A EXTENSÃO POPULAR NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE COMO EDUCADORES- EXPERIÊNCIA VIVENCIAD

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A EXTENSÃO POPULAR NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE COMO EDUCADORES: EXPERIÊNCIA VIVENCIADA POR ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO NA ESCOLA AUGUSTO DOS ANJOS, JOÃO PESSOA-PB Thaisy Garcia de Oliveira, Ana Karolina Gonzalez de Melo, Ana Claudia Peixoto de Vasconcelos Um grande desafio dos cursos de graduação é encontrar métodos que possibilitem a formação de profissionais de saúde humanizados, com uma postura mais crítica para com a realidade à sua volta, que atuem como verdadeiros educadores. Baseando-se no referencial teórico-metodológico da educação popular e na Portaria Interministerial (Ministérios da Saúde e Educação) nº. 1010, que institui as diretrizes para promoção da alimentação saudável nas escolas públicas e privadas, as extensionistas do projeto de extensão do departamento de Nutrição da UFPB “Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica em Saúde”-PINAB, que tem a Escola Municipal Augusto dos Anjos como um dos seus campos de atuação, vem desenvolvendo atividades semanais com turmas de adolescentes desta. O presente trabalho tem por objetivo evidenciar a importância da extensão popular na formação de profissionais educadores através da exposição de experiências vivenciadas por estudantes de Nutrição do PINAB. Foram realizadas atividades com temas sugeridos pelos próprios adolescentes como Afetividade nos Relacionamentos, Alimentação e Dietas da Moda, Transtornos Alimentares - Anorexia e Bulimia. As atividades realizadas com os alunos dessa faixa etária exigiram uma atuação mais criativa por parte das extensionistas, que através de uma linguagem adequada aos jovens, puderam concretizar uma troca de saberes com estes. Os temas foram trabalhados a partir de músicas, vídeos, teatros, rodas de conversa, e ouros recursos. Através do diálogo obtido com a gestão escolar e o apoio dos funcionários em geral, pudemos concretizar nossas ações e expormos grande satisfação ao notar na fala dos alunos a aquisição de informações obtidas a cada contato. Tivemos o privilégio de adentrarmos a realidade vivenciada por eles e, como resposta à metodologia utilizada, recebemos demonstrações de carinho a cada final de atividade. Essa gratidão foi motivo de grande satisfação principalmente pelo fato de, logo no primeiro contato, alguns adolescentes terem externado certa rejeição ao trabalho proposto, parte dos alunos mostrou-se retraídos, possivelmente com receio de se exporem a pessoas, até o dado momento, estranhas para eles. Outras dificuldades encontradas foram a disponibilidade reduzida de tempo para as atividades, o diálogo baseado em assuntos que os adolescentes apresentaram-se com pensamentos já formados, a ausência de recursos financeiros para utilização de aparelhos tecnológicos melhor qualificados, e a falta de articulação entra a EMAA e a Unidade de Saúde da Família-USF. A experiência vivenciada foi singular, nada que pudesse ser obtido em salas de aula. As atividades realizadas com os adolescentes contribuíram para a ampliação do senso crítico dos extensionistas com relação à difícil realidade apresentada pela comunidade em que os alunos estão inseridos e, provavelmente, para a formação de profissionais educadores, nutricionistas humanizados, bem mais atentos às dificuldades apresentadas por esta classe socialmente menos favorecida. Baseando-se na experiência relatada, recomendamos a prática da extensão popular a todo estudante da área de saúde. EDUCAÇÃO; 3. Educação Popular e Saúde: iniciativas, avanços, desafios e contribuições para as práticas de ensino na saúde.



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