Balcao ed126 web by Jornal Balcão Automotivo

PáG. 20

especial

Dia da Mulher

Conheça alguns dos diferenciais de sucesso das mulheres empreendedoras.

PáG.

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Avaliamos o T5 com câmbio manual e T5 Automático, da montadora chinesa.

ANO XI

MARÇO DE 2017

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Indústrias de autopeças: demandas e tendências para a reposição

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E mA I S

Otimismo no Setor

Em seu artigo, Ingo Pelikan, presidente do IQA, acredita numa retomada da economia para 2017.

Executivos entrevistados analisam o comportamento do mercado; reflexo da economia do Brasil e da redução das vendas de veículos novos, e citam itens e componentes que mais têm impactado nos seus resultados. PáG. 4

3 | EDITORIAL As principais demandas das indústrias de autopeças do País para 2017 Na reportagem de capa deste mês, mostramos quais têm sido as principais demandas das indústrias de autopeças do País para o mercado de reposição e as tendências para este ano. Fabricantes ilustram este cenário e analisam o comportamento do setor; reflexo da economia do Brasil e da redução das vendas de veículos novos, além de citar os itens e componentes que mais têm impactado em seus resultados. O que esperar deste novo ano? Embora até o momento seja um pouco cedo para fazer alguma estimativa, seja para mais ou para menos, por conta do atual cenário político-econômico que ainda é incerto, Ingo Pelikan, presidente do IQA, revela que previsões já apontam para uma pequena retomada, no sentido de, no mínimo, estabilizar no atual patamar e ter um pequeno crescimento. Em comparativo, os modelos T5 com câmbio manual e T5 Automático, da JAC Motors, são avaliados. Primeiro veículo da marca a contar com a transmissão automática, a novidade trazida pelo JAC T5 CVT em relação à versão tradicional com câmbio manual é o cruise control, ou controlador de velocidade, também conhecido popularmente como piloto automático. Entre os grandes desafios da indústria automobilística mundial está a tendência de consolidação. Em outras palavras, fusões, aquisições, alianças e acordos para tornar o negócio

ANO XI - Nº 126 - MARÇO DE 2017 www.balcaoautomotivo.com.br Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@balcaoautomotivo.com.br) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@balcaoautomotivo.com.br) Colaboradores Arthur Henrique S. Tupinambá Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs

Departamento Comercial Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@balcaoautomotivo.com.br) Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@balcaoautomotivo.com.br) Executivo de Contas Wanderley Klinger (wanderley.klinger@balcaoautomotivo.com.br) Executivo de Contas Adalberto Franco (adalberto.franco@balcaoautomotivo.com.br)

CTRA Vídeos /Fotos/Depto Audiovisual Wanderlei Castro (ctra@balcaoautomotivocom.br) Editor de Vídeo - William Zotesso Assistente de Arte - Juan Castellanos

Internet/ Desenvolvimento Aryel Tupinambá (aryel@premiatta.net) Financeiro Analista Financeira / Tatiane Nunes (tatiane.nunes@premiatta.net) Administrativo (contasareceber@premiatta.net) Assinaturas (assinaturas@premiatta.net)

Marketing On/off-line Guilherme Possari (marketing@balcaoautomotivo.com.br)

Idealizador (em memória) Bernardo Henrique Tupinambá

Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net)

sustentável em longo prazo. O jornalista Fernando Calmon comenta o quadro atual de grandes grupos controlando várias marcas e as modificações que podem acontecer. Ainda nesta edição, importantes notícias anunciadas pelo Sincopeças-SP: Procuradoria recomenda condenação de montadoras por Abuso de Direito. Para a Procuradoria Federal Especializada junto ao CADE, montadoras cometem abuso de direito e infração à ordem econômica; e Novas regras para segurança do trabalhador com relação à utilização de máquinas e equipamentos. E, é claro, não podíamos deixar de mencionar o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. Cada vez mais as mulheres vêm sendo despertadas para o cenário de empreendedores, assim como posições de liderança. Oportunidade, independência, influência familiar, horário flexível, necessidade de uma fonte de renda e desejo de empreender são alguns dos motivos enumerados pela decisão. Por fim, gostaríamos de nos manifestar a respeito das inúmeras mensagens e telefonemas por conta do falecimento do nosso diretor Bernardo Henrique Tupinambá, ocorrido em 16 de fevereiro passado. Nós, da equipe do jornal Balcão Automotivo, agradecemos imensamente a todos que se solidarizaram com o momento tão difícil pelo qual passamos. Boa leitura!

O EDITOR

Impressão SerzeGraf Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375

TIRAGEM: 20 MIL EXEMPLARES Balcão Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes. Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson PREMIATTA EDITORA LTDA Jornal Balcão Automotivo Rua Engenheiro Jorge Oliva, 111 - Térreo CEP 04362-060 - V. Mascote - São Paulo - SP Tel (11) 5677.7773 ou contato@premiatta.net

í ndice 26...........................Fique por Dentro 36.......Fique Por Dentro/ Montadoras 38 .................................... Fique de Olho 40....................................................Artigo 46..................................................Sindicato

Anunciantes da edição 2 �� Ford - Motorcraft

29 �� Vetor Automotivos

5 �� Zen

31 �� Juntas Illinois

7 �� Takao

33 �� Nakata

9 �� Vetor Automotivos

34 �� LNG

11 �� Aplic Resolit

35 ��Hipper Freios

12 �� Ampri

36 �� TSA

13 �� Tecfil

37 �� Isapa

14 �� Hella

38.........Juntas Santa Cruz /J Flex

15 �� Corven

39 �� Lontra

16 �� Remsa

40 ��VP

17 �� Vetor Automotivos

41 ��NGK

18 �� Bacurity

42 �� Sincopeças-SP

19 ��Pathway

43 �� Automec

21 �� Gates

44 �� Radnaq

23 �� Urba Brosol

45 �� Vetor Automotivos

24/25 �� SK Distribuidora

47 �� Ford - Motorcraft

27 �� CHG

48 �� Dana

CAPA

| BALCÃO AUTOMOTIVO | MARÇO DE 2017 |

P or: K arin F u chs | F otos: D iv u lgaç ão

As principais demandas para a indústria de autopeças Fabricantes retratam o cenário dos últimos meses e as tendências para este ano, citando itens e componentes que mais têm impactado nos resultados

a matéria de capa desta edição, o jornal Balcão Automotivo mostra quais têm sido as principais demandas das indústrias de autopeças do País para o mercado de reposição e as tendências para este ano. Participaram vinte e um executivos que ilustram este cenário e analisam o comportamento do setor; reflexo da economia do Brasil e da redução das vendas de novos veículos.

No Grupo Continental, Felipe Bolognesi, gerente de Produto Aftermarket, diz que “nos últimos meses, considerando o mercado de reposição, nós tivemos bons resultados em pastilhas de freio, cilindros de roda e mestre, bombas de combustível, bicos injetores, bobinas de ignição e interruptores”, cita.

Ele diz que, em geral, produtos para veículos leves têm tido um crescimento muito grande, principalmente nos dois últimos anos. “Especialmente para os kits ABDS (correia Micro V), já que hoje a maioria dos carros sai de fábrica com um grande número de acessórios (ar-condicionado e direção hidráulica)”, afirma, dizendo que a linha para veículos pesados tem apresentado uma pequena melhora em relação ao último ano, “já que com a queda das vendas de veículos novos, as manutenções nas frotas têm aumentado”, justifica.

Paulo Lira, do Grupo Continental

Felipe Bolognesi, do Grupo Continental

Na Gates, Fabio Murta, gerente de Marketing para a América do Sul, conta que também o produto que tem apresentado o maior crescimento de vendas são os kits, formados por correia e tensionador. “Hoje são mais de 140 itens à disposição do mercado, divididos em dois grupos: os Kits SBDS (com correia dentada) e os Kits ABDS (com correia Micro V de acessórios). No total são mais de 800 aplicações cobertas por essa linha”, especifica.

E Paulo Lira, gerente de Vendas de Reposição América do Sul do Grupo Continental, acrescenta: “podemos destacar o crescimento das vendas dos kits de distribuição (correias dentadas + tensores e polias) no mercado nacional, uma vez que é um produto já difundido na Europa há mais de uma década e agora começa se tornar uma tendência no segmento de correias automotivas”. Segundo ele, isso se deve a fatores como: “a manutenção da nossa liderança no mercado de equipamentos originais, a qualidade e tecnologia dos nossos produtos, a nossa política comercial sólida e a nossa equipe de vendas/time técnico. Vale destacar ainda a capacidade de produção local do Grupo Continental, que tem duas fábricas de correias dentadas no Brasil”, pontua.

Rubens Campos, da Schaeffler South America

Rubens Campos, vice-presidente Sênior Aftermarket Automotivo - Schaeffler South America, também comenta sobre uma melhora nas vendas para a linha pesada. “A maior demanda é basicamente para veículos da linha leve de diversas marcas e modelos, mas igualmente tivemos aumento de demanda para picapes, veículos comerciais leves e pesados”, ilustra.

Fabio Murta, da Gates

Com as marcas LuK, INA, FAG e Ruville, Campos destaca que a Schaeffler atende toda a gama de aplicações da frota brasileira e, com base nos últimos meses, os itens

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de maior vendagem têm sido: rolamentos de roda, polias tensoras e kits de embreagem. “Pelas nossas estatísticas, os itens de maior venda são aqueles diretamente ligados ao desgaste por conta do uso contínuo dos veículos e do congestionamento das grandes metrópoles”, complementa.

três ou quatro meses a linha leve tem se destacado mais que a pesada. “Por ter sido período de férias, as pessoas fizeram a manutenção dos seus veículos para viajarem com segurança. Já para a linha pesada tem sido muito ruim por causa da baixa atividade industrial no Brasil”, avalia.

O que esperar... Na Eaton, o gerente Nacional de Vendas – Aftermarket, Fernando Piton, analisa o momento atual e como ele reflete na reposição, em especial no de remanufaturados: “a recessão econômica que o País atravessa tem forçado as empresas a buscarem alternativas para reduzir seus custos operacionais, e a diminuição da entrada de novos veículos comerciais no mercado também contribui para a migração da manutenção de veículos de determinadas faixas etárias para o setor de remanufaturados”.

Ricardo de Abreu, da Corven

atender essa mudança, nós temos em nosso portfólio mais de 1200 aplicações para veículos nacionais, importados, leves e pesados e não custa lembrar que a Corven é líder de mercado na Argentina”, destaca, finalizando que “a demanda de aplicações para carros mais diversos é um processo progressivo, mas nós estamos saindo da grande concentração nos ‘AAA’.” Voltada para o segmento de componentes de motores, na Motorsevice os produtos para as linhas leve, utilitários e comerciais tiveram venda crescente, ao contrário da linha pesada, com tendência de queda. Luis Lipay, diretor comercial da Motorsevice Brazil, analisa a razão: “as vendas para a linha leve vão bem, o que não acontece para a pesada devido à crise econômica ter diminuído significativamente o transporte de cargas no País”, diz.

Fernando Piton, da Eaton

Paulo Gomes, da Fras-le S.A. – Divisão Autopeças

Gomes conta que a Fras-le atende toda a frota, de forma que as vendas são proporcionais a ela. “E, com certeza, a redução das vendas de veículos novos faz com que os usados fiquem mais tempo com seus donos e eles fazem a manutenção impulsionando, assim, o mercado de reposição”, acrescenta. Férias igualmente são uma das razões que Carlos Dourado, diretor de Vendas para o Aftermarket da Dana, atribui o aumento nas vendas. “O verão naturalmente impacta positivamente na venda de componentes para reparação automotiva, principalmente na linha leve. E há também uma preocupação acentuada dos proprietários de veículos em mantê-los em condições adequadas de manutenção, uma vez que a vinda do carro novo deve ainda demorar”, diz.

Como resultado, “no segmento de veículos comerciais, os produtos remanufaturados, em geral, têm apresentado um significante crescimento comparado a outros”, cita, acrescentando que também os produtos recém-lançados no mercado, como os servos de embreagens, já possuem uma importante parcela nas vendas de aftermarket da Eaton. Já no segmento agrícola, Piton informa que a demanda de peças de reposição de transmissões e embreagens também tem demonstrado um forte crescimento nos últimos meses. “No segmento comercial, a economia agrícola do Brasil tem superado a crise e motivado a manutenção dos veículos circulantes”, analisa. Ricardo de Abreu, gerente Comercial Brasil da Corven, conta que como eles trabalham com monoproduto, amortecedores, no mercado brasileiro a venda ainda se concentra muito na curva ‘AAA’. “Ou seja, para veículos que têm maior participação na frota, como o Gol, Corsa e o Uno”. Segundo ele, a concentração dessa frota até o momento é muito alta no Brasil. “Porém, percebemos uma mudança progressiva na curva de demanda devido ao perfil dos carros que foram vendidos nos últimos anos no País”, pondera. E, para tanto, ele diz que “a Corven está preparada para

Luis Lipay, da Motorsevice Brazil

De acordo com ele, outro fato importante no segmento motor é que desde janeiro deste ano, todos os elos da cadeia (incluindo o varejo e as retíficas) só podem comercializar produtos com o selo do Inmetro. “Isso gera impacto positivo para as fábricas certificadas, como é o caso da KS”, acrescenta.

Carlos Dourado, da Dana

E, ainda conforme o executivo, a maior demanda de itens tem sido para veículos entre cinco e quinze anos de uso. “Faixa que vem aumentando a manutenção ano a ano, devido à grande venda de veículos zero quilômetro até 2013; cenário que deve se manter nos próximos dois anos”, prevê. A Motorsevice é a divisão que comercializa as marcas KS (Kolbenschmidt), BF e Pierburg.

Dourado menciona que na Dana os itens de maior venda nos últimos meses foram: a linha de homocinéticas e kits de reparo Spicer, seguidos da linha de componentes de suspensão e direção, esses recém-lançados. E acrescenta que “a venda está muito concentrada em componentes destinados aos veículos de passeio, incluindo as SUVs, produzidos antes de 2012, sobretudo com idade entre quatro e dez anos, que já saíram da garantia de fábrica”.

Diretor Comercial do Mercado de Reposição Fras-le S.A. – Divisão Autopeças, Paulo Gomes, expõe que nos últimos

Na Nakata, o diretor de Vendas e Marketing, Sérgio Montagnoli, diz que tem sido percebido aumento pela

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Iguaçu, como os mais demandados pelos distribuidores. “Principalmente para os modelos da linha Ford, como: o Fiesta; o EcoSport e o Ka e da linha Volkswagen, tais como: o Gol e Saveiro gerações IV / V e o Fox”.

Segundo ela, caixas de direção para linha leve da Fiat, Volkswagen e Chevrolet são os líderes de venda, e os mais vendáveis em bombas hidráulicas são para picapes e SUVs. “A frota brasileira cresceu muito nesta categoria e a demanda destes itens tende a crescer gradativamente. E se mantém estável para a Kombi, veículo que ainda é muito utilizado”, ressalta.

Usados em alta Na Delphi, o diretor de Vendas da Divisão de Aftermarket, Arnaldo Leonardo, ilustra que nos últimos meses, bem como em 2016, houve um aumento de volume em mais de 30 famílias de produtos. “Sendo a família de cabos de ignição o maior crescimento para a Delphi no mercado de reposição”, pontua.

Sérgio Montagnoli, da Nakata

procura por itens de suspensão para modelos de veículos mais novos. “Por isso, investimos em lançamentos para atender essa demanda, como posso citar o pivô para o Renegade”, complementa. Ele atribui este aumento ao fato de que a frota circulante cresceu nos últimos dez anos e ficou mais diversificada. “O que exigiu da Nakata investimento constante em lançamentos de linhas, seja para veículos com maior volume de demanda, como para baixos volumes”. Montagnoli destaca que “a Nakata oferece soluções completas para reparação na linha undercar para veículos leves, pesados e motocicletas, como por exemplo, kits de amortecedores e outros itens para suspensão, como bandejas e buchas. No caso da linha pesada, temos soluções para as linhas de cardan e diferencial”. Já Marcus Vinícius Pereira da Silva, diretor de Aftermarket América Latina da Sabó, comenta que os itens que apresentaram maior venda estão relacionados à linha leve e utilitários. “Principalmente na linha leve, atribuímos o crescimento em função das manutenções por conta do crescimento na comercialização dos veículos usados. O consumidor não está adquirindo veículo novo”, acrescenta. Ele também avalia o segmento pesado. “Apesar da demanda mais baixa, ele vem apresentando crescimento”.

Afonso Lopes, da Iguaçu

Lopes atribui este resultado à quebra de paradigma por parte dos reparadores, que retiravam as válvulas termostáticas como única solução para resolver o problema de controle de temperatura do motor. “Fora isso, o que a meu ver tem a maior relevância, está no fato do enorme volume de treinamento ministrado ao longo desses anos em conscientizar os profissionais da reparação sobre a importância da manutenção preventiva”, revela. Também na linha de veículos leves que tem mais participação na frota, Cesar Costa, diretor de Vendas e Marketing da Wega Motors, cita que são para estes que as vendas aumentaram. “Aumentou muito o consumo de itens para os veículos mais vendidos, como o Palio, Fiat, Gol, Fiesta e Ka, e em toda a nossa linha de filtros de óleo, de ar e de combustível”, especifica.

Arnaldo Leonardo, da Delphi

O executivo expõe alguns motivos que justificam os resultados da companhia. “Como a política de comercialização clara para os nossos distribuidores, lançamento de 119 novos produtos ao mercado de reposição brasileiro e o aumento de palestras técnicas promovidas aos instaladores ao redor do Brasil. A percepção de nossos clientes é que a Delphi tinha apenas o pacote GM, iniciamos um trabalho grande para difundir e lançar produtos de outros modelos, aumentando assim o nosso portfólio de produtos”. Ele também atribui o aumento da demanda ao cenário econômico. “O mercado como um todo está optando por realizar a manutenção de veículos mais antigos, já que a compra de veículos novos está sendo postergada”, declara.

Cesar Costa, da Wega Motors Marcus Vinícius Pereira da Silva, da Sabó

Item por item Válvulas termostáticas e sensores de temperatura do líquido de arrefecimento para injeção eletrônica são os itens citados por Afonso Lopes, gerente Comercial da

O motivo, Costa atribui à queda das vendas de veículos novos. “Seja por uma questão financeira, as pessoas estão postergando a troca do veículo e fazendo a manutenção. Assim, aumentou muito o consumo, principalmente dos itens da curva A”, revela. Análise similar faz Stéfani Serral, gerente comercial da Ampri, sobre a retração das vendas de veículos novos. “Consequentemente, o cliente final acaba por realizar mais continuamente a manutenção em seu veículo usado, desta forma a demanda aumenta para o mercado de reposição”, diz.

Eduardo Hiroshi, da NGK do Brasil

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E Eduardo Hiroshi, gerente Comercial da NGK do Brasil, destaca o aumento das vendas de veículos usados. “O que fomentou a procura por itens como a vela de ignição na reposição”, complementa. De acordo com Hiroshi, “esse novo cenário do setor automotivo exigiu que o mercado olhasse com mais atenção para o aftermarket”. E que além de uma movimentação do segmento em relação às velas de ignição, todas as linhas da NGK apresentaram crescimento. “No caso das velas, que é um item de desgaste natural, elas são mais procuradas pelo reparador, e a demanda superou as expectativas da NGK durante os últimos meses”, revela.

estão em maior crescimento no mercado. E isso se deve ao rápido lançamento da fábrica e atualização da linha para a reposição”, explica. Marcelo O. de Sanches, diretor de Vendas Aftermarket – América do Sul TMD Friction do Brasil S/A, diz que nos últimos cinco meses o setor vem sinalizando com acréscimo na demanda por produtos da Cobreq, nos três segmentos de maneira significativa. “Crescimento que vem sendo sustentado pela robustez do portfólio da marca para o mercado sul-americano”, acrescenta. A Cobreq fabrica lonas, sapatas e pastilhas de freios para veículos leves, pesados e motocicletas.

Gerente de Vendas - Brasil e America Latina IAM da Zen, Cesar Nisch, especifica que a maior demanda tem sido para veículos fabricados a partir de 2007. “Entre os motivos, estão: o desgaste natural do veículo, a queda nas vendas das montadoras, o que faz com que o consumidor realize a manutenção do seu veículo e, na linha de tensionadores, o manual do proprietário indica a troca do tensor e das correias a cada 60 mil km/70 mil km”, informa.

share no mercado brasileiro, aliado à lei 13.290/2016, que obriga o uso do farol baixo aceso em rodovias mesmo durante o dia”, expõe.

Para os próximos meses Para Fernando Piton, da Eaton, a tendência se mantém de crescimento para o mercado de reposição. “Nossa expectativa é positiva, acreditamos num aumento de vendas de 20% neste ano em relação a 2016”, prevê. Para Fabio Murta, da Gates, as expectativas são boas, mas ele pondera: “não devemos acreditar em um crescimento muito acelerado. A economia volta a crescer de forma tímida, o País ainda anda em ritmo lento e vemos o setor com alguma desconfiança sobre o futuro”, expõe.

Plínio Fazol, da Corteco-Freudenberg

Cesar Nisch, da Zen

Ele destaca que entre a variada linha de produtos da Zen, o carro-chefe é o impulsor de partida. “O qual temos uma linha bem completa e a venda para veículos a partir de 2007 está crescendo muito nos últimos meses, como também a de tensores”, comenta. Na Mobensani, a diretora Comercial, Simone de Azevedo, destaca que a maior demanda tem sido por itens que têm o melhor custo/benefício. “A nossa curva A é bem ampla, porém os kits de amortecedores, de maneira geral, são os itens que devido ao custo/benefício

Na Corteco-Freudenberg, Plínio Fazol, gerente de Marketing, conta que, de maneira geral, toda a linha de retentores para veículos leves apresenta um ótimo desempenho de vendas, sem destaque específico para um ou outro produto. “O amplo portfólio, que está sempre sendo atualizado, e o foco no atendimento às necessidades de nossos clientes contribuem também para este desempenho”. E acrescenta: “ações consistentes e simultâneas que realizamos junto aos distribuidores, varejistas e aplicadores estão nos permitindo elevar os nossos patamares de vendas”, revela.

Stéfani Serral, da Ampri, também é mais conservadora. “Acredito que o mercado de reposição irá superar as expectativas de 2017. Os anos anteriores foram difíceis devido à crise socioeconômica que o País vem atravessando, mas já tivemos um início de ano bem promissor”. Para Paulo Lira, do Grupo Continental, “o cenário se manterá nos próximos meses, uma vez que o governo e os indicadores econômicos têm sinalizado uma recuperação da economia nacional. Esperamos obter um crescimento similar a 2016”, revela. Ao contrário, Marcelo Sanches comenta que “nós estamos projetando um ano com pouco crescimento em relação a 2016, em função do momento econômico atual. No entanto, a Cobreq espera superar essa projeção com novos lançamentos a serem apresentados na Automec. Com isso, esperamos que essa tendência de crescimento continue e seja ainda mais forte no segundo semestre do ano”, explica. Simone de Azevedo, da Mobensani, acrescenta: “Como a Mobensani realiza um número expressivo de lançamentos mensais, acreditamos que nossa demanda continuará em crescimento”, afirma.

Marcos Massao Osako, da Hella do Brasil Automotive

Marcelo O. de Sanches, da TMD Friction do Brasil

Stéfani Serral, da Ampri

Marcos Massao Osako, gerente de Vendas Aftermarket da Hella do Brasil Automotive, destaca as lâmpadas automotivas como o item de maior vendagem nos últimos meses para todos os veículos da linha leve e explica os motivos: “o principal deles é o crescimento do nosso market

Na Zen, Cesar Nisch prevê um cenário mais animador. “Este deve ser um bom ano para a reposição e nós acreditamos em um crescimento na casa de dois dígitos para este mercado nacional”, prevê. Eduardo Hiroshi avalia que “a reposição passou por uma grande evolução nos últimos anos, com a profissionalização dos reparadores e varejistas, e expansão dos distribuidores. Acreditamos que o setor deve continuar crescendo e se consolidando”.

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Ricardo de Abreu revela que a expectativa é muito grande para o ano de 2017. “A Corven continuará lançando novas aplicações mensalmente, e focaremos cada vez mais no mercado a necessidade em se vender e ofertar os itens ‘B e C’ e em lançamentos para que as participações destes itens cresçam naturalmente no faturamento”, antecipa.

Simone de Azevedo, da Mobensani

Para Paulo Gomes, da Fras-le, o cenário é similar ao de 2016. “O volume de vendas de veículos deverá sem bem moderado, em contrapartida, para a reposição será muito bom. Porém, o que nos preocupa é a linha pesada, que não vemos sinais de melhora, embora saibamos que os juros estão baixando e a inflação está controlada. Mas ainda não há uma atividade industrial e econômica para fazer crescer a linha pesada”, avalia. Na Schaeffler, Rubens Campos é otimista. “As expectativas são muito boas, pois a manutenção continuará acontecendo e, além disso, existe um incremento na frota circulante devido ao término do período de garantia concedido pelo fabricante (montadora)”. O mesmo avalia Marcos Osako: “as vendas devem se manter em um patamar alto, porém, agora o crescimento será mais em função de aumento de market share da Hella no Brasil”, destaca.

Para Plínio Fazol, da Corteco-Freudenberg, a previsão é de incremento de vendas. “Claro que tudo depende do cenário se manter estável. Mas o trabalho de sustentação que está sendo feito permite à Freudenberg-Corteco manter o crescimento acima da média de mercado, o que já aconteceu no último ano”. Tendência de alta para a reposição que também é apontada por Carlos Dourado, da Dana. “As incertezas quanto à retomada da estabilidade da economia devem manter os proprietários de veículos preocupados em deixar seus veículos em boas condições de uso, enquanto aguardam o momento certo para a troca”, analisa. E Marcus Vinícius, da Sabó, ilustra este cenário: “as oficinas e os centros automotivos estão lotados. Acredito que 2017 continuará no mesmo ritmo de 2016”. Já Cesar Costa, da Wega Motors, comenta sobre a retomada da confiança do consumidor. “A economia já está passando para o mercado uma situação de mais equilíbrio e o consumidor passou da fase de ‘não acreditar’, para a fase de ‘continuo com esperança’,” reflete. Assim, segundo ele, a tendência é que o mercado de reposição continue a crescer. “Para nós, 2016 foi um ano

muito gratificante, superamos todas as expectativas de vendas. Por isso, também estamos confiantes que este ano continuará na mesma linha de crescimento”. Na Delphi, Arnaldo Leonardo mensura que “embora o cenário econômico comece a melhorar, indicando que a economia está se aquecendo, teremos neste ano um forte crescimento no mercado de reposição. Os valores dos carros novos, equipados ainda com pouca tecnologia, subiram muito em relação ao poder aquisitivo da população e à falta de emprego. As montadoras deverão entrar com ações para conceder descontos consideráveis para atraírem clientes”, presume. Luis Lipay, da Motorsevice Brazil, comenta sobre a retomada para a linha pesada. “A reação da linha pesada deve acontecer com as primeiras projeções positivas de crescimento do PIB, já a partir deste ano. Outro fator que nos sugere essa retomada é a safra recorde que deve começar a movimentar esse mercado mais intensamente nos próximos meses”, especifica. Para finalizar, Sérgio Montagnoli, da Nakata, comenta que as expectativas são boas. “Além do crescimento orgânico da frota, há também os veículos que saem da garantia de fábrica e passam a frequentar as oficinas independentes, gerando demanda para o mercado. Tudo indica que será um ano positivo para o aftermarket, assim como foi 2016, mesmo diante de um cenário econômico e político desfavorável. Este ano tudo indica que teremos um ambiente melhor”.

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E as próximas demandas... Questionados como as fábricas estão se preparando para atender os veículos que estão saindo do período de garantia, confira as respostas: “Existem vários produtos que estamos comercializando de outras unidades da Delphi espalhadas pelo mundo, já que somos Equipamento Original não somente no Brasil. Por outro lado, nossa equipe de Produtos trabalha diretamente no mercado a fim de realizar os lançamentos no menor tempo possível e aumentar ainda mais o alcance de nosso portfólio”. Arnaldo Leonardo, diretor de Vendas da divisão de Aftermarket da Delphi “A Dana voltou a atender diretamente o mercado de distribuição independente desde janeiro com sua tradicional marca Spicer e já conta com uma rede de distribuição atuando em todo o território nacional, pronta para atender as demandas regionais em toda a extensão de nosso portfólio de produtos, composto por eixos diferenciais e dianteiros, cardans e seus componentes, juntas homocinéticas e kits de reparo, colunas de direção e uma linha completa de componentes de suspensão para linha leve e pesada”. Carlos Dourado, diretor de Vendas para o Aftermarket da Dana “A HELLA já está de olho neste segmento e iremos lançar nestes próximos meses nossa linha de produtos eletrônicos, que equipa originalmente a maioria dos veículos no Brasil, e agora estarão disponíveis para o mercado de reposição também. São eles: pedal eletrônico do acelerador, bomba de vácuo, sensor inteligente da bateria e sensor ultrassônico do nível de óleo; todos os produtos que fornecemos como OE para as principais montadoras no Brasil e no mundo”. Marcos Massao Osako, gerente de Vendas Aftermarket da Hella do Brasil Automotive

“Procuramos ampliar o portfólio. Só em 2016 foram lançados para o mercado de reposição uma variedade de produtos para mais de 500 aplicações entre as linhas leve, pesada, agrícola e motocicleta. Neste ano, outros muitos lançamentos estão programados”. Luis Lipay, diretor Comercial da Motorsevice Brazil “A Corven está sempre à frente neste setor, uma vez que para termos o maior e melhor portfólio lançamos aplicações mensalmente, e mesmo antes deste período. Neste ano já lançamos mais de 30 novos códigos. Com entrada desta nova frota ao mercado reparador, mais as ações pontuais feitas no segmento, a tendência é de melhorarmos e aumentarmos cada vez mais nossa participação no mercado”. Ricardo de Abreu, gerente Comercial Brasil da Corven “Uma vantagem que a Freudenberg-Corteco possui é a de ter 70% de participação no mercado de montadoras. Dessa forma, e com expertise técnica que a empresa possui, é possível ter uma ótima velocidade de lançamento de itens para atender estes veículos”. Plínio Fazol, gerente de Marketing da Corteco-Freudenberg “Nós estamos em constante análise de mercado para acompanhamento do crescimento de demanda de novos produtos ou mesmo dos já existentes, juntamente com nossa rede de distribuidores em todas as regiões do Brasil”. Rubens Campos, vice-presidente Sênior Aftermarket Automotivo Schaeffler South America

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“Para este ano, nós temos uma estratégia focada em remanufaturados que vai revitalizar a comercialização de transmissões ECOBox oferecendo preços mais competitivos e novos produtos, novas embreagens para caminhões extrapesados com motores EURO V, novos modelos de embreagens para tratores agrícolas e complemento da linha de atuadores de embreagens com os cilindros de acionamento”. Fernando Piton, gerente Nacional de Vendas – Aftermarket da Eaton “Estamos atentos às necessidades do mercado, não só nos itens fora do período de garantia como os veículos novos, pois já temos uma demanda expressiva em veículos com lançamentos inferiores há três anos”. Stéfani Serral, gerente Comercial da Ampri “Com o apoio de nossas unidades de desenvolvimento na Europa e com a recente mudança de nossa planta fabril de Indaiatuba (SP) para Salto (SP), nós temos bastante flexibilidade de lançamento de novos produtos, o que nos torna aptos a atender esse segmento de veículos recém-saídos de seus períodos de garantia. Mais do que isso, em diversos exemplos, nem mesmo esperamos o término da garantia e já disponibilizamos produtos Cobreq ao mercado”. Marcelo O. de Sanches, diretor de Vendas Aftermarket – América do Sul TMD Friction do Brasil S/A “Na verdade, geralmente já temos estes itens prontos antes mesmo do prazo de garantia, além do mais a parte de suspensão (borrachas e metalborracha) geralmente não entra no prazo de garantia dos veículos”. Simone de Azevedo, diretora Comercial da Mobensani

“Por sermos fornecedores nas montadoras, o lançamento de produtos para a reposição, após a garantia, se torna automático. Para os veículos que agora estão saindo da garantia de fábrica, já temos produtos prontos. E os kits também são uma tendência na reposição das montadoras, além de facilitar a compra e a instalação, a garantia de um único fabricante faz toda a diferença para o aplicador. A Gates é o único fornecedor a fabricar ambos os produtos, nesse nicho de mercado”. Fabio Murta, gerente de Marketing - South America da Gates “Com relação aos veículos que estarão deixando o período de garantia e automaticamente consumirão produtos de reposição, nós temos como estratégia focarmos nossos desenvolvimentos de novos produtos para esses veículos. Neste ano, focaremos no aumento de portfólio para esses veículos, e os seguintes produtos estarão disponíveis na reposição com as marcas ATE & VDO: bobinas de ignição, bicos injetores, bombas de combustível, sensores eletrônicos, atuadores, cilindros de roda e cilindros mestre”. Felipe Bolognesi, gerente de Produto Aftermarket do Grupo Continental “A Iguaçu já vem se preparando há alguns anos para um crescimento constante do portfólio de produtos e de sua capacidade produtiva, investindo em mão de obra qualificada e experiente, tanto no campo produtivo como nas áreas estratégicas de comando, assim como na aquisição de vários maquinários de alta performance, que nos credencia a estarmos extremamente competitivos para atender a maioria da demanda automotiva no que se refere a controle de temperatura e arrefecimento”. Afonso Lopes, gerente Comercial da Iguaçu

Ca pa

| BALCÃO AUTOMOTIVO | MARÇO DE 2017 |

“Nós estamos promovendo lançamentos e atualizando nosso portfólio para atender essa nova frota demandante”. Marcus Vinícius Pereira da Silva, diretor de Aftermarket América Latina da Sabó

“Nós estaremos lançando novos produtos, sempre atualizados com o mercado. Assim que um novo veículo sai de fábrica, consequentemente, atendemos a reposição. Inclusive, estamos desenvolvendo produtos complementares à nossa linha já existente”. Paulo Gomes, diretor Comercial do Mercado de Reposição Fras-le S.A. – Divisão Autopeças

“Em 2016, nós lançamos mais de 100 itens para a reposição e, neste ano, chegaremos a 200 itens. Nós temos a demanda dos distribuidores e também um departamento de inteligência que pesquisa o que foi mais vendido nos anos anteriores para que possamos sair na frente. Além disso, a Zen é uma fábrica que realiza investimentos contínuos em novas máquinas, em melhorias de processos e de produtos para fornecer ao mercado”. Cesar Nisch, gerente de Vendas - Brasil e America Latina IAM da Zen

“A Nakata Automotiva trabalha com a linha de componentes undercar e tem ampliado o portfólio constantemente. Nós estamos lançando vários itens para atender os modelos de veículos mais novos, já temos peças para o Renegade, por exemplo, e outros modelos que acabaram de ser lançados”. Sérgio Montagnoli, diretor de Vendas e Marketing da Nakata

“Como uma empresa especialista em sistema de ignição, a NGK fornece componentes para as principais montadoras do País, fator que faz dela uma empresa diferenciada no aftermarket, pois disponibiliza na reposição peças com a mesma qualidade e excelência do mercado original. A empresa também tem como política estar sempre atenta às demandas do setor, e novas aplicações e expansões de linha são lançadas com frequência para atender as necessidades do segmento. Ampliamos nossa linha de velas de ignição com o lançamento das velas especiais G-Power, que possuem eletrodo de platina e cobertura de cerca de 70% da frota”. Eduardo Hiroshi, gerente Comercial da NGK do Brasil

H omenagem

| BALCÃO AUTOMOTIVO | MARÇO DE 2017 |

Preparadas, capacitadas, perseverantes e confiantes! Em especial ao Dia Internacional da Mulher, os diferenciais de sucesso das mulheres empreendedoras P or: S imone K ü hl | F otos: D iv u lgaç ão

fato que a liderança feminina está cada dia mais evidente no mercado de trabalho e as mulheres já conquistaram bons espaços, seja como executivas nas empresas ou empreendedoras. Elas criam, inovam e alcançam o sucesso e, paralelamente ao trabalho, ainda são donas de casa, esposas e mães.

um melhor relacionamento interpessoal, um maior nível de confiança e um poder de comunicação mais eficaz”, comenta.

“Como mulher, acredito que temos características de personalidade diferentes das dos homens, mas nesse mundo onde temos agora tanta diversidade, tanto homens e mulheres podem ter as mesmas competências e desenvolvêlas de acordo com seu empreendedorismo. Não De acordo com Cintia Senna, educadora Cintia Senna, educadora gostaria de, aqui, dizer que a mulher pode ser Financeira da DSOP, a entrada das mulheres Financeira da DSOP melhor do que o homem, porque ambos podem no mercado formal de trabalho se deu de forma ser fortes ou fracos, corajosos ou medrosos, afetivos ou mais tardia, apenas graças à luta de muitas mulheres. Com agressivos, não existe comparação em dizer que por ser mulher a conquista de espaço, as mulheres têm evidenciando suas temos competências ou qualidades diferentes. Podemos ter, habilidades. sim, habilidades e intuições diferenciadas. Por exemplo: por Para Naiara Correa, consultora da LEMON & CO, cada vez possuírmos um instinto materno, conseguimos equilibrar, mais as mulheres vêm sendo despertadas para este cenário com firmeza e atitude, situações de riscos necessárias em um de empreendedores, assim como posições de liderança. bom líder”, ressalta Tarsia Gonzalez, Oportunidade, independência, influência familiar, horário presidente do Conselho da Transpes, flexível, necessidade de uma fonte de renda e desejo de palestrante e consultora na área de empreender são alguns dos motivos enumerados pela decisão. gestão de pessoas e gerenciamento de carreiras. Características que fazem a diferença Segundo Naiara, a emoção e a sensibilidade estão entre os principais diferenciais. “O que permite maior habilidade para lidar com pessoas. As mulheres são mais intuitivas, por terem mais feelling para as necessidades do mercado, por se mostrarem preocupadas com o cliente, flexíveis, além de terem

Futuro promissor Na opinião de Tarsia, o futuro depende da força interior e da persistência das mulheres

Naiara Correa, consultora da LEMON & CO

profissionais e empreendedoras. “Nossas dificuldades não mudarão radicalmente do dia para a noite. Temos que construir nossos espaços, de acordo com a nossa competência, com uma vantagem de que hoje temos a nosso favor um mundo digital, que nos dá segurança de que podemos divulgar mais Tarsia Gonzalez, presidente do Conselho da Transpes, nossas competências e talentos, palestrante e consultora na trazendo, assim, visibilidade área de gestão de pessoas e e reconhecimento maiores. gerenciamento de carreiras A mulher precisa se sentir empoderada de seus direitos e de sua capacitação, e saber exatamente aonde quer chegar, sempre com muita responsabilidade”, afirma. Cintia diz que o futuro reserva muitas coisas boas para as mulheres, pois cada vez mais elas mostram suas habilidades e trocam experiências, conquistando bons relacionamentos no mercado de trabalho. “Muito deste empoderamento passa pela educação financeira, que gera conscientização para que estabeleçam estratégias para conquistar aquilo que desejam. Espera-se, entretanto, que o mercado de trabalho possa ser cada vez mais justo, especialmente no que diz respeito à equiparação salarial e condições de trabalho. Assim, as mulheres poderão ser reconhecidas nas mais diversas áreas, conquistando uma equidade”, pontua.

O perfil da Empreendedora Brasileira Quem são elas? A pesquisa “Quem são elas? Uma visão inédita do Perfil das Mulheres Empreendedoras” foi feita com quase 1400 mulheres em todo o território nacional, patrocinada pelas empresas AVON, ITAÚ e FACEBOOK, com organização da Rede Mulher Empreendedora - RME. A amostra foi realizada de 31 de julho a 29 de agosto de 2016, utilizando-se da metodologia quantitativa e on-line. Além disto, a pesquisa foi baseada numa divisão estratégica, estipulada pela experiência do Instituto KZM, para uma melhor representatividade em cada região.

De acordo com a porcentagem, 85% das mulheres já empreendem e 15% pensam em iniciar negócio próprio nos próximos 12 meses. A decisão de empreender para a mulher está atrelada à independência financeira e à maternidade. Esse já era um dado percebido pelo mercado, mas que ainda não era comprovado: 75% das empreendedoras decidem ter um negócio após a maternidade. Na classe C, a porcentagem aumenta para 83%. A maioria é das classes B e C, mulheres casadas, com filhos e que apresentam um grau de escolaridade um pouco maior do que as que planejam empreender e que têm média 36,5 anos, sendo que 30% pertencem à Classe C, enquanto 35% das mais velhas pertencem à classe A. Empresa e áreas de atuação Conforme aponta o gráfico abaixo, 42% das entrevistadas iniciaram seus negócios há menos de três anos, 19% estão entre

o período que chamamos de “dor do crescimento” – de 3 a 6 anos, no qual a empresa quebra ou sobrevive. 39% já estão no patamar de consolidação e crescimento, fase que se dá a partir de 6 anos de início de operação da empresa. O setor de atuação das mulheres se concentra mais na área de serviços e quanto mais alta a classe social maior este índice. Um dado interessante é o surgimento da categoria Agronegócio para Mulheres, já que 3% declararam fazer parte desse segmento. A tecnologia é uma área em que se nota uma queda da presença feminina ao longo dos últimos 20 anos, porém é uma das mais promissoras para os próximos 20, 30, 40 anos.

H omenagem

A maioria das mulheres não possui sócios (65% não e 35% sim). Quando tem, o mais comum é a sociedade em partes iguais. Amigos, maridos ou outro familiar são os sócios mais comuns das empreendedoras.

| BALCÃO AUTOMOTIVO | MARÇO DE 2017 |

segundo lugar a razão é conseguir uma renda melhor do que trabalhando para os outros (13%), seguido de empreender porque vislumbrou uma boa oportunidade de negócio (9%); maior flexibilidade de horário (8%), inspirar pessoas (7%), ter mais tempo com a família (7%), se considera competente e esforçada o suficiente para abrir um negócio próprio (5%), e trabalhar em casa (4%). Em relação ao tempo dedicado para o trabalho, 37% das entrevistadas dizem aplicar mais de 45 horas semanais ao seu negócio. No entanto, 43% se dedicam menos de 35 horas semanais. Muitas razões podem estar atreladas a esse comportamento, como a questão da divisão das tarefas e a falta de organização e planejamento.

Investimento x Linha de Crédito 59% das mulheres investiriam mais na empresa se tivessem acesso a melhores linhas de crédito, com juros menores; 50% das mulheres precisam de investimento para a empresa, mas têm receio de fazer empréstimo/dívida; 38% das mulheres precisam de investimento para a empresa, mas não têm acesso/ crédito; 33% das mulheres disseram que o acesso a melhores linhas de créditos ajudaria a reduzir a dívida atual da empresa, e 22% das mulheres no momento não precisam de dinheiro para investir na empresa. Na questão sobre como elas se preparam financeiramente para possíveis imprevistos, 58% das entrevistadas adaptamse aos imprevistos conforme vão acontecendo, 20% possuem reserva financeira, 10% têm seguro empresarial, 8% ressaltam que o negócio não está sujeito a imprevistos e 3% destacam outros motivos. Razões para empreender A principal razão das mulheres para empreender é trabalhar com o que gostam e/ou para realizar um sonho (34%); em

para buscar conhecimento para o negócio. Outro ponto importante retratado foi a sede pelo conhecimento. As mulheres responderam que buscam por informações, capacitação e declararam que precisam aprender mais sobre finanças, planejamento da empresa, formação de preço, mkt/comunicação e vendas/negociação. Redes de empreendedorismo, palestras gratuitas e cursos on-line são os grandes meios, porém a leitura de livros aparece como destaque.

A pesquisa mostra que nem sempre a vontade de empreender se adequa à realidade da mulher empreendedora. Isso se aplica ao recorte de classe: as Classes A e B se dedicam mais horas aos seus negócios, enquanto a classe C fica com a menor fatia, justamente por ser mais sobrecarregada com outras tarefas além de seus negócios. Apesar do fato, elas são mais otimistas quando o assunto é fazer “tudo” sozinha, mesmo com tarefas domésticas, elas se sentem menos sobrecarregadas. Expectativas sobre o futuro Mesmo com todo o discurso negativo da crise atual do País, os negócios de mais da metade (63%) das empreendedoras estão melhores do que há 3 anos. E elas acham que irão melhorar ainda mais nos próximos três anos.

Preparadas e confiantes 59% das entrevistadas participam de um tipo de rede de empreendedorismo feminino, onde buscam melhorar sua capacidade de relacionamento com outras empreendedoras e com o mercado, 2/3 das pesquisadas participam de eventos e encontros de empreendedoras

Busque o crescimento 1. Procure por algo que te dê prazer e que se identifique para investir no seu projeto empreendedor.

o crescimento profissional, que precisa constantemente de investimento.

empreendedores de sucesso e aprenda com a experiência de quem já alcançou o sucesso.

2. Preveja seu caminho e quais ferramentas e instrumentos serão necessários para que conquiste seus sonhos.

5. Faça um diagnóstico de sua vida até aqui, o que idealizou e alcançou, as barreiras vencidas e trace seus sonhos de curto, médio e longo prazo.

8. Aprenda a levantar a mão, participar, se apresentar e entregar o seu cartão.

3. Saiba diferenciar o que você quer do que a sociedade impõe, tendo assim a consciência de que está batalhando para atender aos seus próprios anseios. 4. Saiba que sem um planejamento financeiro, muitos sonhos podem nunca sequer sair do papel, especialmente

6. Cuide de suas finanças, reserve sempre parte dela para esses projetos, assim terá recursos para viver da forma que deseja, se tornando independente financeiramente. 7.

Seja

curiosa,

estude,

pesquise,

converse

com

9. Aprenda a priorizar suas atividades e dar foco para alcançar os objetivos. 10. Sucesso é fazer as melhores escolhas que pudermos e aceitá-las.

Balcão automotivo | MARÇO de 2017 |

por: Redação | Fotos: Divulgação

Boas expectativas de negócios para a ExpoPostos & Conveniência 2017 Os números envolvidos não deixam dúvidas sobre as potencialidades do setor. Estamos falando de um mercado que tem mais de 40 mil postos e faturamento em torno de R$ 300 bilhões por ano. As cerca de 7.500 lojas de conveniência faturam R$ 7 bilhões anualmente, com ótimas possibilidades de crescimento. Essas informações estiveram em evidência no evento de aquecimento para a ExpoPostos & Conveniência, que acontecerá entre os dias 15 e 17 de agosto, no São Paulo Expo. O evento também contará com a palestra de Claudio Reboredo, especialista em distribuição de combustíveis e lojas de conveniência.

Nakata lança bieletas para Corolla, Amarok e Camaro A Nakata, fabricante de autopeças para o mercado de reposição para veículos leves, pesados e motocicletas, líder no desenvolvimento de componentes undercar, apresenta lançamentos de bieletas para Corolla (Toyota), Amarok (VW), Camaro (GM), entre outros modelos das montadoras Citroën, Peugeot e Ford. A fabricante está constantemente incluindo no portfólio novos itens na linha undercar tanto no segmento de veículos leves como pesados para atender a demanda.

Hipper Carbon: Mais tecnologia aos produtos Hipper Freio A Hipper Freios busca, diariamente, acompanhar as tendências e inovações do mercado, para garantir uma melhoria contínua aos seus produtos. Assim, agrega otimizações à sua linha de produtos através de diversas tecnologias, utilizadas também pelas montadoras. Entre elas, destaca-se o Hipper Carbon, que integra um alto nível de carbono aos discos de freio, proporcionando vantagens como maior condutibilidade térmica, contribuição à dissipação do calor e redução de vibrações. Agora, todos os produtos da Hipper Freios contarão com o selo Hipper Carbon, que confirma a qualidade do produto que está sendo utilizado. Acesse o site da empresa e saiba mais sobre esta tecnologia: www.hipperfreios.com.br

CURTAS NSK Brasil é reconhecida como melhor fornecedora pela Yamaha Pelo quarto ano consecutivo, a NSK Brasil ganha o Prêmio de Melhor Fornecedor 2016, concedido pela Yamaha Motor da Amazônia, na categoria Performance de Qualidade, destacando-se em todas as análises realizadas durante o ano passado. “O reconhecimento da Yamaha nos deixa muito satisfeitos e demonstra o quanto estamos comprometidos a trabalhar para manter os nossos padrões de qualidade e bem servir nossos clientes”, afirma Carlos Storniolo, presidente da NSK Brasil e Argentina.

IQA alerta varejistas para nova exigência do Inmetro Desde 1º de janeiro, o selo do Inmetro é obrigatório para comercialização das autopeças citadas na Portaria 301/ 2011. Fazem parte da portaria amortecedores de suspensão, bombas elétricas de combustível para motores do ciclo otto, buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos. As lojas de autopeças que descumprirem as exigências da portaria poderão sofrer penalidades, tais como advertência, multa, interdição, apreensão e inutilização. Os varejistas interessados em obter mais informações podem contatar o IQA por meio do telefone (11) 5091-4545 ou do e-mail negocios@iqa.org.br.

ZF inaugura primeiro Centro de Distribuição unificado da divisão de Aftermarket no mundo Após a conclusão do acelerado processo de integração no Brasil da TRW no Aftermarket, o mercado de reposição passa a contar com um novo centro de distribuição, que reúne em um único local todos os produtos, peças e serviços oferecidos pelo Grupo ZF. Além de ser pioneira no início do processo de integração, a América do Sul foi também a primeira Região no mundo a inaugurar o Centro de Distribuição da ZF Aftermarket integrado. Localizado em Itu, interior de São Paulo, os 21 mil m² da nova instalação da ZF Aftermarket são dedicados ao centro logístico e administrativo. O CD está próximo às principais rodovias do estado e a duas horas do porto de Santos, em São Paulo.

Magneti Marelli lança novos itens de reposição Desta vez, os lançamentos são destinados a Sistemas de Suspensão, com novos Pivôs de Suspensão e Top Kit Suspensão da marca Cofap, reconhecida pela qualidade de quem fornece peças para a indústria automotiva há mais de 50 anos no Brasil e que lidera o mercado de amortecedores nos segmentos de reposição e de equipamento original. Os novos itens destinam-se a uma frota circulante equivalente a dois milhões de veículos das marcas Ford, GM, Hyundai, Nissan e Renault, e estão disponíveis em todo o território nacional graças a uma das maiores redes de distribuição do mercado de reposição de autopeças do País.

Tecfil Racing Team é a campeã da Copa Pirelli 2017 A Tecfil Racing Team iniciou o ano com a conquista de um título importante. A equipe de motovelocidade venceu a categoria principal da Copa Pirelli, competição dividida em duas etapas e que integra o calendário do Campeonato Paulista do SuperBike Brasil. O piloto Danilo Lewis – atual vice-campeão Brasileiro – obteve um excelente desempenho e, após vencer as duas baterias da rodada inicial, garantiu o título com um terceiro lugar na 2ª etapa. Com o resultado, Lewis somou 66 pontos na tabela classificatória e abriu 20 pontos de vantagem para o segundo colocado.

Balcão automotivo | MARÇO de 2017 |

Blindagem de veículos acompanha aumento da violência no País Em um típico cenário de guerra, marcado pelo aumento da violência urbana, problemas socioeconômicos e pela procura, cada vez mais constante, por serviços voltados à segurança, o ano de 2016 registrou, segundo informações recentes, obtidas junto ao Sistema de Controle de Automóveis Blindados do Exército Brasileiro, 18.865 blindagens em todo o País, uma alta de mais de 60% em dois anos, considerando os últimos dados disponibilizados pela Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), de 2014. São Paulo é, disparado, o estado com o maior número de processos realizados, com 12.097 veículos.

Novo F-700: O melhor Firestone da categoria A Firestone, marca pertencente à Bridgestone, está lançando o pneu F-700, que chega para ser o seu principal produto na linha de pneus de passeio para o segmento de veículos compactos. O novo pneumático apresenta um excelente desempenho de frenagem, dirigibilidade e economia de combustível. No requisito frenagem no molhado a linha F-700 apresenta classificação C no Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro, que pode representar uma melhoria de até 2% na distância de frenagem em relação ao seu antecessor. Com estes atributos, o F-700 é a escolha perfeita para os clientes que procuram um produto confiável e com qualidade superior para equiparem seus veículos.

Unificação de setores ‘leves’ e ‘pesados’ da AUTOMEC 2017 chega em bom momento A unificação dos setores de mecânica e serviços de veículos “leves” e “pesados” da indústria automobilística na Automec 2017 deverá trazer mais facilidades aos expositores, aumentar o número de visitantes e otimizar as ações que ocorrerão durante o evento. Grandes fabricantes como Tramontina, de ferramentas industriais, Grupo Randon, de produtos para implementos rodoviários de carga, Delphi, de equipamentos eletrônicos para veiculos, Wimpel, de equipamentos para pintura, além das entidades como Sindirepa e Sindipeças, têm ótimas expectativas quanto à unificação da Feira. A Feira acontece em São Paulo, de 25 a 29 abril de 2017, no Expo Exhibition&Convention Center, localizado na Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – Vila Água Funda-SP.

Entidades divulgam resultados do setor Segundo balanço da indústria automobilística no primeiro bimestre, publicado pela Anfavea, o licenciamento de veículos novos apontou uma queda de 6,4% no período com 282,9 mil unidades vendidas nos dois primeiros meses deste ano e 302,1 mil no ano passado. No levantamento feito pela Fenabrave, considerando todos os segmentos automotivos, as transações de veículos usados apresentaram queda de 13,39% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. Ao todo, foram transacionadas 942.939 unidades em fevereiro de 2017, contra 1.088.709 em janeiro. De acordo com a Abeifa, foram emplacados no primeiro bimestre 3.631 veículos importados, total 44,5% inferior aos primeiros dois meses de 2016, quando foram anotadas 6.543 unidades vendidas. E conforme divulga a Abraciclo, a produção de motocicletas em fevereiro totalizou 67.319 unidades, volume 17,5% inferior em relação a janeiro (81.646). No acumulado do bimestre, houve leve alta de 1,3%, passando de 147.096, em 2016, para 148.965, em 2017.

Jurid amplia linha de fluidos de freio com o lançamento da formulação DOT 5.1 A Jurid anuncia o lançamento do fluido de freio com especificação DOT 5.1 para automóveis e veículos comerciais. A ação é parte do programa de ampliação da gama de produtos da empresa para atender à frota em circulação nos mercados do Brasil e da América do Sul. DOT é a classificação internacional para fluidos de freio adotada pelo Department of Transportation, dos Estados Unidos. O fluido com classificação DOT 5.1 tem o mais elevado ponto de ebulição, correspondente a 280ºC, característica que aumenta a segurança em frenagens.

Taranto lança linha de atuadores hidráulicos de embreagem O ano de 2017 já começa com uma ótima novidade da Taranto. A marca já começou a venda da sua linha de atuadores hidráulicos de embreagem, que chega para ser mais uma opção de qualidade reconhecida no mercado de autopeças brasileiro e para completar a linha de produtos da empresa. A função dos atuadores é o acionamento hidráulico, que tem como objetivo levar conforto ao condutor do veículo. O sistema utiliza o fluido de freio para seu acionamento que é gerado por meio de cilindros e atuadores. Confira mais informações no site:www.taranto.com.br/atuadores

CURTAS Total Lubrificantes realiza treinamento para a capacitação da equipe de trocadores de óleo Com o objetivo de levar conhecimento aos trocadores de óleo de sua rede, a Total Lubrificantes do Brasil – uma das quatro maiores companhias de petróleo e gás do mundo – promoveu no dia 6 de março o Treinamento Troca Rápida de Óleo (ROC) no SENAI Ipiranga, zona sul de São Paulo. A ação foi destinada apenas aos profissionais da rede ROC Total e teve palestras que abordaram questões técnicas e comerciais para aperfeiçoar a prestação de serviços.

O impacto das novas tecnologias no setor de reparação de veículos Diante de tanta novidade em tecnologia, o CONAREM, juntamente com outras entidades do setor de reparação de países da América Latina, vai criar o Instituto de Estudos Internacionais de Mobilidade para promover conhecimento e encontrar novas oportunidades de negócios para o setor de reparação. “Este será o maior desafio da reparação para os próximos anos, entender e acompanhar as mudanças para que o mercado de reposição se mantenha forte e atuante. A participação de fabricantes e entidades do setor é muito bem-vinda para ajudar a encontrar meios de como atuar em uma nova realidade”, diz José Arnaldo Laguna, presidente do CONAREM e vice-presidente do Sindirepa-SP.

com parat i v o

| BALCÃO AUTOMOTIVO | MARÇO DE 2017 |

SUV compacto chinês

Nesta edição, os modelos T5 com câmbio manual e T5 Automático, da JAC Motors por: Silvio Rocha e Simone Kühl | Colaborou: Wanderlei Castro | Fotos: Estúdio Premiatta /Divulgação

o anunciar a chegada do novo JAC T5 CVT, equipado com transmissão automática, a JAC Motors dá início a um novo capítulo de sua história no Brasil, que começou em março de 2011. Em razão das novas condições apresentadas pelo mercado automotivo, houve a necessidade de renovar o portfólio de modelos para ingressar em 2017 com uma família de produtos competitiva e desejada para o atual momento. No segmento em que concorre, o dos SUV’s compactos, o câmbio automático responde por mais de 75% das vendas. Após mais de 600.000 km rodados durante alguns meses, que deram origem a pequenos ajustes técnicos para o lançamento, o JAC T5 CVT começou a ser comercializado em novembro do ano passado. Completo, bonito e bem equipado, sua versão manual foi exibida pela primeira vez no Salão Internacional do Automóvel, de São Paulo, em 2014, e suas primeiras unidades começaram a ser vendidas em março de 2016. Com destaque para a relação custo/benefício, o modelo ofereceu ao comprador do “SUV de entrada” a experiência só vivida até então por consumidores de exemplares de patamares bem mais elevados de preço. E com a “receita” final do JAC T5 CVT o veículo ficou extremamente competitivo para o segmento de SUV’s. O carro conta com mudanças específicas para o gosto do brasileiro, obtidas por nova calibração da TCU (Transmission Control Unit, ou Unidade de Controle da Transmissão), visando gerar maior agilidade de resposta aos comandos do acelerador. Posicionado abaixo do T6, o SUV da montadora chinesa com câmbio manual custa entre R$ 66.490 e R$ 69.990. E a versão automática do T5 custa entre R$ 71.490 e R$ 74.990. Design Segundo SUV da marca no mercado nacional, o T5 exibe um design atual e agressivo, que certamente o distingue no segmento o qual disputa, mesclando belas linhas da carroceria à combinação de spoiler preto na parte inferior dos para-choques, e a inclusão de frisos cromados na parte de cima.

Na frente, a grade em formato de trapézio é caracterizada por aletas cromadas espessas, que lhe garantem identidade única. O capô em forma de cunha e o para-choque envolvente, com luzes de neblina, complementam o conjunto. O T5, inclusive por incluir as luzes diurnas de LED, oferece forte personalidade estética. A lateral mescla linha alta na “cintura” e traços que surgem no capô dianteiro e no parachoque que promovem sensação de fluidez dinâmica e constante movimento. A pequena janela e a coluna C mais larga, bem pronunciada, dão o tom da robustez que convém a um SUV, a exemplo das rodas de liga de 16 polegadas e dos apliques plásticos em linha ascendente nas portas traseiras. Já a traseira, igualmente sólida na impressão de robustez, caracteriza-se pela tampa mais “bojuda”, grupo ótico com formas orgânicas e vidro traseiro de menor dimensão, formado por uma linha descendente do teto. Com o pequeno aerofólio montado na extremidade do teto, o T5 ganha um ar efetivamente “esportivo” na confluência desses ingredientes visuais. Com a proposta de se integrar a um estágio superior de acabamento na percepção do consumidor, ele recebe um pequeno friso cromado sobre o para-choque, assim como nas molduras de saídas de escape na parte mais inferior. Interior O quadro de instrumentos possui dois grandes mostradores hexagonais: velocímetro e contagiros. Neles, a parte central de cada instrumento revela o nível do tanque e o termômetro de água do motor, respectivamente. Já no meio dos mostradores, o motorista encontra as luzes-espia e o computador de bordo. Chamam a atenção os detalhes no acabamento do T5. Molduras acetinadas envolvem o quadro de instrumentos e as aletas de ventilação, compondo um cenário visivelmente de bom gosto com as superfícies pretas que compõem o restante do painel.

com parat i v o À esquerda do volante de direção, encontra-se o botão de acionamento elétrico de altura do facho dos faróis, o controle dos retrovisores e a tecla de desligamento do ESP (controle eletrônico de estabilidade). Este volante, inclusive, seguindo o padrão de outros modelos da JAC Motors comercializados no mercado brasileiro, é multifuncional: você comanda as funções do rádio e atende ao celular por intermédio de simples toques, sem soltar as mãos do volante. O sistema de ar-condicionado, por sua vez, posicionado no console central, logo abaixo do kit multimídia, é digital e automático. Sua principal função é definir a temperatura desejada e fixá-la no mostrador. O aparelho variará a velocidade de resfriamento até que a temperatura desejada seja atingida. Logo, abaixo, o motorista encontra as tomadas USB e HDMI, que serão utilizadas para espelhamento do telefone celular do kit multimídia. Equipamentos Com o JAC T5 CVT, a proposta da marca é oferecer um carro com maior número de equipamentos e menor valor de compra quando comparado aos concorrentes. Para tanto, o novo JAC é igualmente bem equipado. Um de seus maiores diferenciais reside no kit multimídia, fornecido pela Foxconn, com mirror link e tela de 8 polegadas, sendo que as dimensões dessa tela não são adotadas por nenhum outro SUV desse segmento. Como ocorre na versão com câmbio manual, é totalmente intuitivo e em português, possui conexão HDMI e Bluetooth, leitor de MP3, entradas USB e SD Card e oferece a função “Link”, que permite conectar, espelhar e operar todas as funções de alguns modelos de smartphones ou tablets através do touchscreen da tela HD de 8 polegadas. O sistema incorpora, também, a câmera de ré, que facilita muito as manobras de estacionamento. Itens como ESP (controle eletrônico de estabilidade), TCS (controle eletrônico tração), assistente de partida em rampas (HSA), EBD (distribuidor eletrônico de frenagem), BAS (assistente para frenagens de pânico), BOS (pedal “inteligente” de freio), que anula a aceleração quando os dois pedais são pressionados simultaneamente, e até luzes diurnas de LED compõem a lista de equipamentos de série do T5 CVT. Nova caixa de câmbio Com uma caixa de câmbio desenvolvida pela Punch Power Train, da Bélgica, o JAC T5 CVT possui os mais modernos recursos de utilização dessa transmissão. O novo câmbio conta com três modos de uso: “D” – Drive, ou modo de condução normal, objetivando conforto e economia de combustível; “S” – Sport, ou modo esportivo, que conta com “trocas de marchas” em altas rotações, o que presume um melhor desempenho; “Sequencial ou Manual” – Nesse modo, o condutor comanda o instante em que quer realizar as trocas de marchas. Por ser um câmbio CVT, que não possui “marchas reais”, mas uma

| BALCÃO AUTOMOTIVO | MARÇO DE 2017 |

Caixa de câmbio O T5 é o primeiro veículo da marca a contar com a transmissão automática. Com uma caixa de câmbio desenvolvida pela Punch Power Train, da Bélgica, o JAC T5 CVT possui os mais modernos recursos de utilização dessa transmissão. Além da transmissão automática, a novidade trazida pelo JAC T5 CVT em relação à versão tradicional com câmbio manual é o cruise control, ou controlador de velocidade, também conhecido popularmente como piloto automático

Volante Entre os diferenciais do veículo, a nova opção conta com o volante em acabamento de couro e costuras vermelhas

Filtro do câmbio

Com a versão automática, o modelo passa a conter um filtro de câmbio

Estepe

Um dos diferenciais da JAC Motors em relação à concorrência é a qualidade do estepe, que segue o mesmo padrão dos pneus originais da marca, diferentemente das demais montadoras em que o pneu de estepe é distinto dos pneus utilizados nos veículos

relação continuamente variável, essa caixa da Punch oferece seis marchas virtuais, que podem ser comandadas por uma pequena alavanca no console central identificada por “+” e “-”, ou trocas ascendentes e reduções, respectivamente. O câmbio da Punch adotado pelo JAC T5 CVT também incorpora a função WIN, que permite melhor rendimento nas

arrancadas em pisos escorregadios, como lama, por exemplo, na medida em que bloqueia o câmbio numa relação mais longa para evitar que as rodas motrizes patinem nas arrancadas. Além da transmissão automática, a novidade trazida pelo JAC T5 CVT em relação à versão tradicional com câmbio manual é o cruise control, ou controlador de velocidade, também conhecido

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| BALCÃO AUTOMOTIVO | MARÇO DE 2017 |

Custos de peças e serviços

popularmente como piloto automático. Acionado por teclas no volante de direção, ele mantém a velocidade constante, tanto em subidas como descidas, poupando a necessidade de se pressionar o pedal do acelerador. É um dispositivo conhecido em carros de alto padrão, mas empregado em poucos exemplares dessa categoria. Motor Equipado com o mesmo motor da versão com câmbio manual, isto é, uma unidade motriz de 1,5 litro, com quatro válvulas por cilindro e variador de fase no comando de admissão (VVT). Por usar o avançado sistema bicombustível JetFlex, esse motor dispensa o uso do tanquinho de gasolina para as partidas a frio. Já utilizado com êxito na família J3 S, bem como no J5, o motor 1.5 16V VVT JetFlex é o responsável pelo desempenho do T5. Possui potência máxima de 125 cv a gasolina e 127 cv com etanol, a 6000 rpm. De torque, são 152 Nm (gasolina) e 154 Nm (etanol), ambos a 4.000 rpm. Apesar do peso acima de 1.200 kg, o T5 faz-se valer do câmbio manual de seis marchas para garantir um desempenho de destaque em sua categoria. Tanto que faz 0 a 100 km/h em menos de 11 segundos e chega a 194 km/h de velocidade máxima. O foco no desempenho, porém, não prejudica o veículo em relação ao consumo. A tecnologia VVT, Variable Valve Timing, ou Comando Variável de Válvulas, permite a variação no tempo de abertura das válvulas, fazendo com que o motor ofereça torque em baixas e médias rotações, bem como apresente potência nos altos regimes.

Modelos: T5 MT e T5 CVT

Ficha Técnica

Motor: Tipo: 1.5 VVT 16V JetFlex Potência Máxima (cv/rpm): 125/6000 Gasolina/ 127/6000 Etanol Torque máximo (nm/rpm): 152/4000 Gasolina/ 154/4000 Etanol Dimensões Comprimento: 4325 mm Largura: 1765 mm Altura: 1625 mm Distância entre eixos: 2560 mm Capacidades Peso em ordem de marcha: 1210 kg Porta-malas: 600L Tanque de combustível: 45L

JAC T5 Manual/Automático Peças Serviços Amortecedor dianteiro: R$ 515,00 - cada .......................R$ 90,00 - cada Amortecedor traseiro: R$ 429,00 - cada ..........................R$ 90,00 - cada Disco de freio dianteiro: R$ 558,29 - cada .......................R$ 60,00 - cada Jogo de pastilhas dianteiras: R$ 387,20............................R$ 90,00 - kit Jogo de pastilhas traseiras: R$ R$ 387,20.........................R$ 180,00 Filtro de óleo: ................................R$ 51,08 ...............................R$ 50,00 Filtro de ar: ......................................R$ 91,08 ...............................R$ 40,00 Filtro de combustível: ..............R$ 42,49 ...............................R$ 40,00 Filtro anti-pólen: ..........................R$ 100,08 ............................R$ 70,00 Velas: ..................................................R$ 38,84 - cada ................R$ 120,00

Colaboraram: Jac Motors Brasil e Concessionária Gastão Vidigal (CEAGESP).

Confira a análise técnica destes veículos em nosso portal: www.ctra.com.br/videos

fiquepor dentro

Balcão automotivo | MARÇO de 2017 |

por: Redação | Fotos: Divulgação

Fábrica da GM em Joinville (SC) comemora quatro anos com produção de mais de 350 mil motores

Ford apresenta o Fiesta ST de nova geração com motor EcoBoost 1.5 de 200 CV A Ford exibiu pela primeira vez na Europa o Fiesta ST de nova geração, que fará sua estreia no Salão de Genebra. O Fiesta ST de terceira geração será o primeiro modelo da Ford Performance com motor de três cilindros e também o primeiro Fiesta ST com modos de direção selecionáveis: Normal, Sport e Track (pista), otimizando os controles do motor, direção e estabilidade para cada condição de rodagem. Os modos de direção variam também o som do escapamento, que conta com válvula de controle ativo e a tecnologia “Electronic Sound Enhancement”. O sistema amplifica o som naturalmente esportivo do novo motor EcoBoost, que também é o primeiro três cilindros da indústria com sistema de desativação de cilindros para reduzir ainda mais as emissões.

A fábrica da GM do Brasil em Joinville completou quatro anos de operações no dia 27 de fevereiro. Referência mundial em sustentabilidade e preservação do meio ambiente, a unidade catarinense da General Motors já produziu mais de 350 mil motores nas versões 1.0 e 1.4 litro, destinados à fábrica da GM em Gravataí (RS). As peças são usadas nos modelos Onix e Prisma. Nestes quatro anos de atividades, a produção atingiu 354.129 unidades (até dezembro de 2016) e 136.276 no acumulado do ano passado. A utilização de módulos fotovoltaicos, o uso racional da água e da energia elétrica, tratamento de esgotos por meio de jardins filtrantes e tratamento de água por osmose reversa integram alguns dos processos relacionados à sustentabilidade.

Time Nissan 2.0 é apresentado no Rio com atletas de várias modalidades O grupo marca o início de um novo ciclo de apoio ao esporte brasileiro. Ao todo, são 12 integrantes, divididos igualmente entre seis homens e seis mulheres, seis olímpicos e seis paralímpicos, incluindo o mentor multicampeão na natação, Clodoaldo Silva. Todos se tornarão embaixadores da marca, inclusive no novo projeto com foco em promover a mobilidade para pessoas com deficiência (PCD). “Nós aprendemos muito com o esporte, que tem muito a ver com os valores da Nissan. A nossa empresa é diversidade, é trabalho em equipe, é disciplina. Tudo que a gente encontra no esporte”, disse François Dossa, presidente da Nissan do Brasil, durante a apresentação do Time Nissan 2.0.

CURTAS Motores Volkswagen TSI estão entre os mais eficientes em desempenho e economia de combustível no País A tecnologia TSI é oferecida em duas famílias de motores: A EA211 (com 1 litro e 1,4 litro de cilindrada e potência entre 105 cv e 150 cv) está nos modelos up!, Golf, Golf Variant, Jetta e Tiguan; e a família EA888 (2 litros de cilindrada e potência entre 200 cv e 220 cv) equipa os modelos Jetta, Tiguan, Fusca, CC, Golf GTI e Novo Passat. A eficiência é demonstrada em desempenho – todos os modelos equipados com motor TSI aceleram de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos.

Johannes Roscheck é o novo presidente da Audi do Brasil Engenheiro Industrial especializado em produção de motores e automóveis, Johannes Roscheck é formado em Engenharia Industrial na Áustria e é PhD em Engenharia Mecânica e Industrial. O executivo tem mais de 20 anos de experiência no setor automotivo, com atuação internacional nas áreas de Finanças e Produção. Dentro da Audi, ocupou cargos de chefia na Hungria, Estados Unidos, Alemanha e Brasil, além de ter passagens pelo Grupo Volkswagen e empresas de consultoria.

FIQUE DE OLHO

| texto: Redação | Fotos: Divulgação

Mastra é pioneira na América Latina na fabricação com nova tecnologia para catalisadores linha diesel

Atendendo a demanda de mercado e as regulamentações do PROCONVE P7 (Euro 5), a Mastra em parceria com a Umicore investiu em tecnologia e desenvolveu uma linha exclusiva de Conversores Catalíticos e Filtros de Particulados Diesel. São produtos de alta tecnologia que possibilitam uma ótima performance na conversão de gases provenientes do motor. Além disso, são de fácil aplicação, mantendo também a originalidade dos veículos, garantindo a regeneração ativa do filtro. Cummins Filtration comemora crescimento de dois dígitos no mercado de reposição Em período de queda nas vendas de caminhões, a Cummins Filtration diversificou-se, investiu no pós-vendas, ampliando os serviços e atendimento prestados e produtos ofertados. A unidade de Negócios da Cummins Brasil obteve crescimento no ano passado na ordem de dois dígitos (acima de 20%) no mercado de reposição em comparação com 2015. Além de evoluir com novos parceiros, a companhia ampliou seu portfólio em aplicações nas principais montadoras do segmento automotivo.

| Balcão dos pesados | MARÇO de 2017 | 38

Inspeção para veículos diesel em todo o Estado de São Paulo representa avanço na melhoria da qualidade do ar

Ford fornece caminhões cargo e série F para uso na segurança pública do Estado de São Paulo

Randon conquista três troféus no Prêmio Preferência do Transporte 2017

Filtro de partículas para motores a diesel retém até 90% dos gases poluentes

A implantação da inspeção ambiental para veículos diesel em todo o Estado de São Paulo é um avanço importante para a melhoria da qualidade do ar. “Sem dúvida, este trabalho é positivo sob o aspecto ambiental e como tem âmbito estadual terá efeito bem significativo. A inspeção na cidade de São Paulo comprovou os benefícios da medida para redução de poluentes e não poderia ter sido interrompida, uma vez que a legislação determinava”, comenta Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional.

A marca Randon foi apontada como a Melhor da Categoria Semirreboque Graneleiro/Bitrem com 67% dos votos, Melhor na Categoria Semirreboque Porta Container com 49% dos votos e Melhor na Categoria Semirreboque Frigorífico, com 73% dos votos, na pesquisa realizada pela Revista Estrada, o que levou a Randon S.A Implementos ao Prêmio Preferência do Transporte 2017. A premiação, que está na sua 9ª edição, foi criada em 2005 e visa destacar a qualidade e confiança das empresas do setor.

A Ford acaba de fornecer um lote de 32 caminhões para o Governo do Estado de São Paulo, composto pelos modelos leves Cargo 816 e F-4000. Os veículos implementados serão utilizados no serviço de segurança pública. Dessa frota, o Cargo 816 é reconhecido pela sua robustez, conforto, economia de combustível e manutenção muito econômica. Na configuração fornecida, a aplicação com baú especial permite o transporte de 16 ou 20 pessoas. É equipado com motor 4.5 da Cummins de 162 cv e tem peso bruto total de 8.215 kg, um dos fatores de sua grande versatilidade.

Presentes nos veículos comerciais leves movidos a diesel desde 2012 para atender a fase P7 do Proconve, os filtros de partículas são responsáveis por transformar até 90% dos gases tóxicos e do material particulado proveniente da combustão em substâncias inofensivas. De acordo com a Umicore, principal fabricante de catalisadores automotivos do País, essa eficiência garante mais qualidade ao meio ambiente e saúde à população, que deixa de ser atingida pelo material nocivo.

| BALCÃO AUTOMOTIVO | MARÇO DE 2017 |

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Um quadro de gigantes 40 Por: Fernando Calmon*

ntre os grandes desafios da indústria automobilística mundial está a tendência de consolidação. Em outras palavras, fusões, aquisições, alianças e acordos para tornar o negócio sustentável em longo prazo. Esta coluna comentou, em mais de uma oportunidade, que o quadro atual de grandes grupos controlando várias marcas ainda passará por modificações.

Afinal, os investimentos para diminuição de consumo (por consequência de dióxido de carbono – mais conhecido por CO2, um dos gases de efeito estufa e mudanças climáticas), controle de emissões de gases regulamentados (monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos) e maiores exigências de segurança veicular ativa e passiva vão demandar imensos recursos financeiros. Sem contar gastos com hibridização e eletrificação. Mais recentemente, os esforços para a gradativa adoção de veículos com direção semiautônoma e, em seguida, totalmente autônoma, levaram os grupos automobilísticos a desenvolver pesquisas avançadas altamente custosas, alguns por conta própria e outros em associação com gigantes da informática. Como há muito dinheiro envolvido e altos riscos inerentes ao próprio negócio, o quadro atual de conglomerados deve voltar a se alterar. Há cerca de dois anos a consultoria Business Insider (BI) fez um levantamento e apontou que 14 grupos automobilísticos controlavam 54 marcas de automóveis e veículos comerciais leves, conforme a ilustração no fim desta coluna. Pelo critério da BI, os grupos Renault e Nissan estão separados, pois formam apenas uma aliança. Nesse meio tempo a aliança comprou a russa Lada e a Nissan anexou a japonesa Mitsubishi. Mais cedo ou mais tarde os referidos grupos tendem a se fundir, apesar de resistência do governo francês, dono de 20% das ações da Renault. A Suzuki, que vendeu parte das suas ações para a Volkswagen e as comprou de volta, é a japonesa mais perto de algum grande conglomerado. A Honda afirma querer se manter

independente. Duas pequenas japonesas, Mazda e Isuzu, terão dificuldades se não se unirem a um grupo maior. Semana passada General Motors e PSA (Peugeot, Citroën, DS e a chinesa Dongfeng) admitiram conversações para venda da alemã Opel e da inglesa Vauxhall (na verdade carros Opel com logotipo próprio e volante do lado direito). O grupo americano perde dinheiro na sua subsidiária europeia há 16 anos e acumula prejuízo de US$ 15 bilhões. Como PSA e Opel já têm parceria para desenvolvimento de duas famílias de modelos, tudo indica que o negócio será fechado, embora não alterasse o quadro mundial de consolidação, pois se trataria de movimento interno. Especulações, no entanto, rondam os desdobramentos desse fato recente. Pode acontecer de a GM examinar a possibilidade de compra do grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles). No ano passado, Sergio Marchionne, principal executivo da FCA, veio a público sugerir tal negociação, mas os americanos ignoraram. Se ficar sem nenhuma presença na Europa, talvez tenha chegado o momento de a GM rever o assunto, como comentado na imprensa especializada dos Estados Unidos. Livre do peso que a Opel/Vauxhall representa, a superfusão formaria o maior conglomerado automobilístico do mundo, como foi a própria GM por 75 anos (1931 a 2005 e em 2011).

*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor técnico, de comunicação e mercado. www.facebook.com/fernando.calmon2

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Uma dose de otimismo 44

Por: Ingo Pelikan*

riatividade se tornou palavra de ordem em 2016, um ano extremamente complicado para a indústria automotiva, marcado por uma queda brusca de volumes. Ao longo destes 366 dias, todos os segmentos do setor foram obrigados a ser criativos para sobreviver e, apesar de toda a dificuldade, conseguiram administrar bem o cenário.

Se os quatro pilares forem bem trabalhados com objetivo de aprimorar a qualidade da marca, certamente serão maiores as chances de aproveitar melhor as oportunidades com a retomada. Dentro desse conceito, é preciso oferecer qualidade com alto desempenho, que contemple todas as demandas do cliente e não gere dores de cabeça.

Em função da incerteza de quando poderia haver uma retomada do crescimento, todos os elos jogaram um pouco na defensiva. Assim, fizeram uma série de ajustes para que realmente não houvesse impactos na qualidade dos processos produtivos. De fato, a princípio, não há indicadores que apontem para uma queda neste quesito, mas existe uma séria preocupação com a cadeia de fornecedores.

O setor também precisa estar cada vez mais próximo para debater as dificuldades, alinhar os conceitos e desenvolver trabalhos em conjunto. Todos os elos devem estar integrados para que no momento da retomada não haja a procura de culpados, mas se tenha a solução na mão, já debatida com antecedência.

O que esperar deste novo ano? Embora ainda seja um pouco cedo para fazer alguma estimativa, seja para mais ou para menos, por conta do atual cenário político-econômico que ainda é incerto, previsões já apontam para uma pequena retomada, no sentido de, no mínimo, estabilizar no atual patamar e ter um pequeno crescimento. Já existe aí um pequeno otimismo capaz de estimular o crescimento da indústria. Uma dose de otimismo é fundamental para que todos voltem a acreditar em nosso potencial enquanto Brasil e estejam preparados para um possível aumento de demanda. Já em preparação para uma eventual retomada, as organizações precisam entender que este é um importante período para revisar todos os processos de manufatura enxuta, responsáveis por atacar fortemente os desperdícios. São quatro os pilares que geram excelência operacional: processos, produtos, serviços e pessoas.

Neste cenário, a qualidade made in Brazil deve ser aperfeiçoada constantemente pelo setor, afinal a expectativa de crescimento não é restrita ao mercado interno, mas envolve as exportações. O produto nacional precisa ser competitivo globalmente para que a qualidade made in Brazil seja reconhecida em todos os lugares. O Brasil lida com a forte concorrência de países emergentes, que certamente investem nos mesmos aspectos e talvez não sofram um abalo político-econômico tão forte como o Brasil nos últimos três anos. Países como Índia, Rússia e México tiveram período um pouco mais tranquilo para se prepararem para o aumento dessa demanda global. Agora é a hora de intensificar estes princípios e praticá-los definitivamente porque a velocidade da retomada é imprevisível. Ao longo dos processos de crescimento, muitas organizações acabam ficando para trás. É hora de cada empresa fazer uma autoavaliação sobre onde chegou e o que precisa fazer daqui em diante. Vamos em frente! *Presidente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva

s indi c ato P or: R edaç ão | F oto: D iv u lgaç ão

Procuradoria recomenda condenação de montadoras por Abuso de Direito

Fale com o Presidente O empresário varejista tem linha direta com a Presidência do Sincopeças-SP no Portal da Autopeça. A íntegra das notícias e legislações citadas abaixo pode ser encontrada em www.portaldaautopeca.com.br

VW, Fiat e Ford impedem fabricantes independentes de vender peças. Para Procuradoria Federal Especializada junto ao CADE, montadoras cometem abuso de direito e infração à ordem econômica. O Sincopeças participa como terceira parte interessada do processo A Procuradoria Federal Especializada junto ao CADE (PFE/CADE é o órgão da Advocacia Geral da União responsável pela consultoria, assessoramento jurídico e representação judicial/extrajudicial do CADE) emitiu parecer favorável à condenação da Fiat, Ford e Volkswagen no caso Anfape - Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças, voltando atrás em relação ao seu primeiro parecer em 2009, que na época considerou regular o exercício do direito de Desenho Industrial. Segundo Renato Ayres Fonseca, diretor Executivo da Anfape, esse parecer se junta ao do Relator da Averiguação Preliminar, Carlos Ragazzo (2010) e ao da Superintendência do CADE (2016), que também consideraram a conduta dessas montadoras Abuso de Direito. “Em poucos meses, o plenário se reunirá para a decisão final. Até lá continuaremos trabalhando para que o segmento independente de autopeças, mais especificamente os fabricantes independentes, seja reconhecido como gerador de desenvolvimento e bem-estar da sociedade”, enfatiza Fonseca. Veja a íntegra da conclusão: Da análise dos fatos apurados e circunstâncias verificadas, a Superintendência-Geral entendeu haver exercício abusivo do direito de propriedade industrial, em decorrência do desvio dos fins sócio-econômicos determinados pela norma constitucional, que tem por objetivo o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país (art. 5º, XXIX), configurando desrespeito ao direito à livre concorrência, ao direito dos consumidores e à repressão ao abuso de poder econômico. Em conclusão, afirma que a conduta das representadas representa infração à ordem econômica, nos termos do artigo 20, incisos I, II e IV c/c artigo 21, incisos IV, V, VI e XI, ambos da Lei nº 8.884/94 e artigo 36, incisos I, II e IV e § 3°, incisos III, IV e XIX da Lei n° 12.529/11, sugerindo, além da aplicação de multa cabível, que seja determinado às montadoras representadas a não imposição dos desenhos industriais em face dos fabricantes independentes de autopeças. Este parecer acrescenta à análise do presente processo administrativo a constatação de que as representadas incorrem em venire contra factum proprium, consubstanciado no

comportamento contraditório, de quebra de confiança, em nítida violação à boa-fé objetiva, ao intentar impedir a atividade de fabricantes independentes de autopeças, sob alegação de legítimo exercício do direito de propriedade industrial. O emprego de instrumentos econômicos permite demonstrar a contrariedade entre o comportamento inicial e o posterior, que se revela lesivo à concorrência. O comportamento inicial que está demonstrado é o de não oposição à atuação dos fabricantes independentes de autopeças, setor da economia em funcionamento há décadas e que gera eficiências econômicas, sobretudo em benefício direto do consumidor. A interdependência de ambos os segmentos industriais é reconhecida inclusive pelas representadas. Assim, não há que se aceitar o comportamento contraditório perpetrado nesse momento para obter o amparo da lei na intenção de exclusividade no uso de design registrado, segundo a legislação da propriedade industrial, em prejuízo da confiança e boa-fé objetiva, valores esses inspirados nos fundamentos éticos da Constituição Federal, que são pressupostos de validade e legitimidade dos atos jurídicos, além de o Código Civil (art. 187) prever que comete abuso de direito quando seu exercício exceder os limites impostos pela boa-fé. Os efeitos potenciais da conduta das representadas excedem ao âmbito restrito dos títulos de registro de desenho industrial ora invocados em face dos fabricantes independentes de autopeças, bem como ao patrimônio jurídico dos associados da representante, atingindo todo um setor da economia e em prejuízo à defesa do consumidor e à repressão ao abuso do poder econômico. A conduta assim verificada incide na previsão do art. 20 da Lei nº 8.884/1994, que dispõe que os atos sob qualquer forma manifestados que gerarem efeitos anticoncorrenciais são passíveis de repreensão como infração à ordem econômica. Portanto, observa-se a abusividade no exercício do direito de propriedade industrial, incidente na cláusula nemo potest venire contra factum proprium, ensejando a produção dos efeitos danosos previstos na legislação de defesa da concorrência, além de ter por objeto a utilização abusiva da posição dominante com o fim de impedir ou dificultar a concorrência.

Francisco Wagner de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP

Ante todo o exposto, verificando que os atos abusivos praticados pelas representadas, visando o reconhecimento do monopólio de fabricação de peças de reposição de automóveis às montadoras detentoras de registro de desenho industrial, resultam em efeitos anticompetitivos e significam exercício abusivo de posição dominante, conclui pela existência de infração à ordem econômica, nos termos do art. 20, I, II e IV, c/c art. 21, IV e V, da Lei nº 8.884/1994, e dos arts. 36, I, II e IV e § 3º, III, IV, XIV e XIX da Lei nº 12.529/2011, devendo ser determinado às representadas que não imponham os desenhos industriais em face dos fabricantes independentes de autopeças, resguardandose, entretanto, a proteção conferida às marcas segundo a legislação aplicável. À consideração superior. ANTONIO MARCOS GUERREIRO SALMEIRÃO Procurador Federal Ciente e de acordo. Ao Procurador-Chefe. RODRIGO ABREU BELON FERNANDES Coordenador de Estudos e Pareceres De acordo. Aprovo o Parecer n° 42/2016/CGEP/PFE-CADE/PFG/AGU da lavra do i. Procurador Federal Antonio Marcos Guerreiro Salmeirão e adoto-o nos autos do presente processo. VICTOR SANTOS RUFINO Procurador-Chefe do CADE Artigos: Lei nº 8.884 de 11 de Junho de 1994 Art. 20. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados:

I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; II - dominar mercado relevante de bens ou serviços; IV - exercer de forma abusiva posição dominante. Art. 21. As seguintes condutas, além de outras, na medida em que configurem hipótese prevista no art. 20 e seus incisos, caracterizam infração da ordem econômica; IV - limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao mercado; V - criar dificuldades à constituição, ao funcionamento ou ao desenvolvimento de empresa concorrente ou de fornecedor, adquirente ou financiador de bens ou serviços. Artigo 36 da Lei nº 12.529 de 30 de Novembro de 2011 Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados: I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; II - dominar mercado relevante de bens ou serviços; IV - exercer de forma abusiva posição dominante. § 3o As seguintes condutas, além de outras, na medida em que configurem hipótese prevista no caput deste artigo e seus incisos, caracterizam infração da ordem econômica: III - limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao mercado; IV - criar dificuldades à constituição, ao funcionamento ou ao desenvolvimento de empresa concorrente ou de fornecedor, adquirente ou financiador de bens ou serviços; XIV - açambarcar ou impedir a exploração de direitos de propriedade industrial ou intelectual ou de tecnologia; XIX - exercer ou explorar abusivamente direitos de propriedade industrial, intelectual, tecnologia ou marca.

Novas regras para segurança do trabalhador Instrução Normativa regulamenta NR 12, que lista requisitos para proteção, segurança e saúde do trabalhador na utilização de máquinas e equipamentos. Conforme a regulamentação, não há multa a ser aplicada contra a empresa, na primeira visita do auditor fiscal do trabalho, pois a norma concede até 12 meses para regularizar, além de abrir a possibilidade de prorrogação do prazo. No entender da Assessoria Jurídica do Sincopeças-SP, o lojista não deve temer retaliações por parte do auditor, pois o prazo é elástico e suficiente para que as empresas se ajustem à norma ALTERAÇÕES NA NORMA REGULAMENTADORA 12 PRAZOS PARA EMPRESAS SE READEQUAREM SEM APLICAÇÃO DE MULTA O Diário Oficial da União publicou, em 12 de janeiro de 2017, a Instrução Normativa 129, que estabelece novas regras de fiscalização impostas pela NR 12, a qual, em regra geral, lista os requisitos para a proteção, segurança e saúde do trabalhador na utilização de máquinas e equipamentos. Referida NR 12 vem passando por várias alterações, sempre com o intuito de proteger a integridade física do trabalhador, sendo a principal o estabelecimento de prazo para que as empresas regularizem suas máquinas e equipamentos sem autuação e consequente multa pelo Auditor Fiscal do Trabalho. De acordo com o artigo 3º e seus parágrafos, a empresa que apresentar irregularidades em suas máquinas e equipamentos terá prazo de até 12 (doze) meses para sanar tais problemas, prazo esse concedido pelo Auditor Fiscal do Trabalho dependendo da complexidade dos problemas apresentados. Esse prazo poderá ser prorrogado, quando a empresa não conseguir adequar seu maquinário no termo concedido pelo Auditor Fiscal, desde que apresente justificativa técnica e econômica para tanto, como por exemplo, peças de

reparo muito caras ou importadas que ainda não chegaram ao Brasil, etc., como também, apresente um plano de trabalho com cronograma para tais atividades. Art. 3º Mediante justificativa que evidencie a inviabilidade técnica e/ou financeira, devidamente comprovadas, para atendimento dos prazos fixados no Art. 2º, é facultado ao empregador apresentar plano de trabalho com cronograma de implementação escalonado para adequação. §1º O plano de trabalho juntamente com o cronograma de implementação e a justificativa de que trata este artigo deve ser protocolado pelo empregador no prazo de até 30 dias do recebimento da notificação ou em outro prazo superior a ser ajustado junto ao AFT. §2º O plano de trabalho com cronograma de implementação contendo prazos de até 12 meses deve ser aprovado pelo AFT ou equipe que tenha emitido a notificação de que trata o Artigo 2º, devendo ser formalizado por meio de Termo de Compromisso. §3º O plano de trabalho com cronograma de implementação contendo prazos superiores a 12 meses deve ser aprovado pelo AFT ou equipe que tenha emitido a notificação de que trata o Artigo 2º, com anuência da chefia

imediata, devendo ser formalizado por meio de Termo de Compromisso. §4º A chefia imediata poderá designar AFT ou equipe de AFTs para analisar a proposta de plano de trabalho, visando subsidiar sua decisão. Art. 4º É vedada a autuação pelos itens notificados até o término do prazo concedido no Termo de Notificação ou no Termo de Compromisso. Art. 5º O plano de trabalho com cronograma de implementação deve permanecer no estabelecimento e disponível à fiscalização do trabalho e à representação sindical dos trabalhadores preponderante no estabelecimento. Anteriormente a tais alterações, a empresa, quando fiscalizada pelo Auditor Fiscal, já recebia autuação pelas irregularidades apontadas com a consequente multa, sendo que, no retorno do Auditor, a multa dobrava de valor pela reincidência no ato faltoso. As alterações definidas na NR 12 não englobam as máquinas e equipamentos que apresentam riscos graves à saúde do trabalho, sendo que nesses casos não há prazo adicional para adequação da irregularidade, sendo as mesmas imediatamente interditadas. Importante salientar que ao trabalhador não restará nenhum prejuízo em face

dessas alterações, isso porque a intenção da norma é justamente adequar todo o maquinário e equipamentos da empresa à higidez do empregado na realização de suas atividades diárias. Ao Auditor Fiscal do Trabalho restará maior autonomia em seu trabalho, pois poderá verificar no local da autuação as condições da empresa, suas reais dificuldades e concederá prazo em conformidade com tais fatos. Referida Instrução Normativa permanecerá em vigor por 36 (trinta e seis) meses, prazo esse que a Comissão Nacional Tripartite Temática (CNTT) estudará a aplicabilidade das normas. De acordo com pesquisas realizadas, desde 2010, quando a NR 12 passou por mudanças mais rigorosas, a Comissão vem debatendo alterações na Norma e na fiscalização delas. Em 2011, o primeiro ano depois dessa mudança, foram registrados 76,3 mil acidentes em máquinas e equipamentos no Brasil. Já em 2015, esse número caiu 58,7 mil. A expectativa, com as próximas alterações, é que esse número diminua em torno de 20% Fonte: Sincopeças-SP Assessoria Jurídica – Paulo Ribeiro Advogados Associados

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