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TEMPO LIVRE
TENDÊNCIAS NO E-COMMERCE
Este mês, a importância de ter um hobby ou praticar alguma atividade divertida para relaxar a mente e melhorar o desempenho profissional.
Nesta reportagem, especialistas refletem a força do comércio eletrônico para o crescimento e consolidação de empresas.
LARES EXEMP
41 P e S a D o S
INSPEÇÃO VEICULAR
JORNAL
Entidades do setor defendem a sua importância, e a expectativa delas é que comece em 2018 no Estado de São Paulo.
n o130
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ano XI
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JUlHo De 2017
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COMPLIANCE SAIBA O QUE É E QUAL A MELHOR FORMA DE USAR As práticas de compliance são sinônimo de garantia de integridade negocial e jurídica às empresas, possibilitando que se tornem mais seguras internamente e competitivas externamente, e que estão ao alcance de pequenos e médios empresários. PÁg.
8 e Ma I S
DESEMPENHO DO VAREJO Acompanhe no artigo de Sérgio Duque a análise da PMC divulgada pelo IBGE referente ao acumulado até o mês de abril.
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/ B a lC Ã o a U T o M o T I V o
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3 | EDITORIAL
DESCOMPLICANDO O COMPLIANCE O termo “compliance” vem do verbo em inglês “to comply”, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido. Ou seja, estar em “compliance” é estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos. E ao contrário do que muitos pensam, o compliance se aplica em empresas de todos os portes com o objetivo de ganho de competitividade e mais profissionalismo. Em nossa reportagem de capa deste mês, apresentamos as práticas e a importância do compliance, orientadas pelo advogado Dr. André Marsiglia Santos, e o ponto de vista de fabricantes e empresários do varejo sobre seus modelos de gestão e ações focadas no compliance. Também nesta edição, um novo momento para o setor, por Ingo Pelikan, presidente do IQA. Segundo ele, um novo capítulo começa a ser escrito na história da indústria brasileira com o Rota 2030, regime industrial em desenvolvimento para o segmento automotivo, que deve suceder o Inovar-Auto. A promessa é atender a demanda da indústria por maior previsibilidade, com pacote de medidas que deve incluir três ciclos de desenvolvimento até 2030. Em um mundo cada vez mais conectado, a utilização da internet para a realização de compras tem crescido muito nos últimos anos, tornando essencial a participação das empresas no ambiente virtual. Neste sentido, especialistas refletem a força do comércio eletrônico para o crescimento e consolidação da empresa no setor. Para um melhor desempenho profissional, apontamos 8 hobbies que irão trazer benefícios para a sua carreira. Em meio a tantas responsabilidades, uma vida acelerada e um mercado competitivo, ter um hobby é fundamental
para fugir de toda a loucura do dia a dia, relaxar e baixar os níveis de estresse, o que influencia diretamente na vida do colaborador. Em Pesados, a inspeção veicular para veículos a diesel. Expectativa é que ação comece em 2018 no Estado de São Paulo. Medida é defendida por todas as entidades do setor como um benefício à sociedade, e como um ponto de partida para que ela também abranja demais itens do veículo. Ainda nesta edição, a cobertura do Fórum realizado pelo Sincopeças-SP no dia 4 de julho. Com o tema “A tecnologia dirigindo o futuro do aftermarket automotivo”, evento reuniu varejistas e fabricantes, entre outros convidados, para abordar a conectividade e compartilhamento, a indústria 4.0 e o ioT (também conhecido como a “internet das coisas”). E mais, índices de desempenho do varejo automotivo, pelo nosso colunista Sérgio Duque, e os resultados do setor nesse primeiro semestre do ano e as novas expectativas para 2017 de acordo com a Anfavea, Fenabrave, Abeifa e Abraciclo.
Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@balcaoautomotivo.com.br) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@balcaoautomotivo.com.br)
O EDITOR
Colaboradores Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Depto Audiovisual/ Fotos/ CTRA Vídeos Wanderlei Castro (ctra@balcaoautomotivocom.br) Assistente de Arte - Juan Castellanos Assinaturas (assinaturas@premiatta.net)
PREMIATTA EDITORA LTDA Jornal Balcão Automotivo
Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@balcaoautomotivo.com.br)
Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson
Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@balcaoautomotivo.com.br) Executivo de Contas Wanderley Klinger (wanderley.klinger@balcaoautomotivo.com.br) Executivo de Contas Adalberto Franco (adalberto.franco@balcaoautomotivo.com.br) Financeiro Analista Financeira / Tatiane Nunes (tatiane.nunes@premiatta.net) Administrativo (contasareceber@premiatta.net) Marketing On/off-line Guilherme Possari (marketing@balcaoautomotivo.com.br)
DA EDIÇÃO
Até a próxima!
Departamento Comercial ANO XI - Nº 130 - JULHO DE 2017 www.balcaoautomotivo.com.br
ANUNCIANTES
Rua Engenheiro Jorge Oliva, 111 - Térreo CEP 04362-060 - V. Mascote - São Paulo - SP Tel (11) 5677.7773 ou contato@premiatta.net
2 ........................ Ford - Motorcraft
33 ................................ aplic resolit
5 .............................................. Delphi
34 .................................................... VP
6 ............................................. remsa
34 ......................Juntas Santa Cruz
7 ...................................... Pellegrino
35 ................. Vetor automotivos
9 ............................................ Corven
37 ..............................Devigili Varity
10 .................................... Juntalima
39 .................. Vetor automotivos
11 ................. Vetor automotivos
43 ...........................................nakata
12/13 ....................................... Dana
45 .............................................Schulz
17 .............................................. Dasa
46 .............................................lontra
18 .................................................. FTe
47 .............................................Illinois
Impressão SerzeGraf
19 .................................. Fiat Mopar
49 ................... Vetor automotivos
Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375
20 ....................................... Bacurity
50 ..............................................J. Flex
21 ....................................... Pathway
51 .........................................autonor
Balcão Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.
23 ............................. Hipper Freios
53 ............................................... Isapa
24 ........................................ radnaq
55 .......................................Universal
25 ............................................... ngk
56 .......................................Sindirepa
Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.
29 ............................................... CHg
59 ....................... Ford - Motorcraft
30/31 ............................................. Sk
60 ................................................Tecfil
TIRAGEM: 20 MIL EXEMPLARES
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De BalCÃo Para BalCÃo
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QUE IRÃO TRAZER BENEFÍCIOS PARA A SUA CARREIRA!
Especialista explica a importância de ter um hobby ou praticar alguma atividade divertida para relaxar a mente e ainda melhorar o desempenho profissional | P O R: S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
O
que você gosta de fazer em seu tempo livre? Em meio a tantas responsabilidades, uma vida acelerada e um mercado competitivo, ter um hobby é fundamental para fugir de toda a loucura do dia a dia, relaxar e baixar os níveis de estresse, o que influencia diretamente no desempenho profissional. Contudo, o grande obstáculo para muitos ainda é conciliar o tempo livre com a rotina do trabalho. Mas uma coisa não precisa ser oposta a outra. É possível melhorar a produtividade no trabalho por meio de atividades divertidas. Segundo, Marcia Vazquez, gestora do capital humano e educação corporativa da Thomas Case & Associados, os hobbies promovem a capacidade de aprendizagem, o pensamento ‘fora da caixa’, o exercício do planejamento e da organização para abrir espaço na vida para um novo objetivo que é o próprio hobby.
Novas habilidades
Mais qualidade de vida
A gestora explica que ao praticar um hobby as habilidades intrapessoais (como autoestima, resiliência, autocontrole, autogestão, responsabilidade, etc.) são exercitadas. “Essas habilidades são fundamentais no desenvolvimento da atividade profissional e no sustento da carreira”, frisa.
Para aumentar ainda mais a qualidade de vida e motivação do profissional, Vazquez sugere que o indivíduo participe de atividades que lhe permitam estar com outras pessoas aprendendo, trocando informações e experiências, seja em um curso ligado à sua profissão ou não, seja em uma atividade social de qualquer natureza, objetivando “oxigenar a mente”, para incentivar a criatividade e iniciativa.
“Além disto, estimula o desenvolvimento das competências pessoais relacionadas à construção e manutenção dos relacionamentos, percepção do outro e entendimento de cenários através das pessoas; promove o exercício das habilidades de liderança, incitando a motivação (de si e dos outros), a persistência, o encorajamento e a tomada de decisão; e ainda nos impele a aprender a analisar, sintetizar, comparar e inovar, atributos que compõem as habilidades negociais”, emenda.
PRATIQUE EM SEU TEMPO LIVRE 1. Ouça, cante ou aprenda um instrumento musical. A prática dessa atividade promove a inspiração de si e dos outros, motivando a conquista das metas.
2. Estude novos idiomas. Esse aprendizado permite o exercício de reunir, organizar e analisar diferentes
Marcia Vazquez, gestora do capital humano e educação corporativa da Thomas Case & Associados
fontes de informação para um trabalho focado em objetivos além do esperado. 3. Aprenda a programar ou aprenda algo diferente em tecnologia. Esse conhecimento possibilita a aplicação de tecnologia e habilidades relevantes ao trabalho para a realização de tarefas.
No geral, ainda existem alguns obstáculos ligados a não se ter uma eficiente gestão do tempo para a prática de um hobby. É preciso ter um plano de ação que permita determinar as atividades e objetivos (pessoais e profissionais); como: quando iniciar ou quando terminar determinada atividade (o período de maneira clara); com quem e onde será a execução; qual será o ganho (os motivadores para as atividades); e do que deve-se abrir mão para efetuá-las.
4. Realize caminhadas ou corridas. Esse exercício propicia o gerenciamento da pressão sem ficar aborrecido, malhumorado ou ansioso. 5. Exercite a escrita criativa. A escrita criativa desenvolve a reformulação de novas ideias e opiniões. Outras atividades criativas recomendadas: culinária, fotografia, pintura e cerâmica. 6. Faça meditação. Essa atividade facilita o autodesenvolvimento, permitindo adquirir novos conhecimentos sobre si para crescer além das exigências do trabalho.
7. Jogue videogame. Essa ação estimula a inovação, ideias criativas e perspectivas que agregam valor. 8. Tente algo novo, como stand-up comedy. A comédia pode melhorar as habilidades de comunicação e ajudar a falar em público. Essa atividade ainda favorece a flexibilidade, levando o indivíduo a mudar de direção, conforme necessário, com base em novas ideias, abordagens e estratégias.
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De BalCÃo Para BalCÃo
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DIA A DIA DOS BALCONISTAS Há 22 anos na área, Osvaldo dos Santos, balconista da Multpeças, em São Paulo (SP), conta que seu dia começa às 7h quando chega e abre a autopeça. “Durante todo o tempo que estou na loja sempre é uma correria, seja comprando, vendendo ou resolvendo outras questões que vão aparecendo ao longo do dia”, ressalta. Francisco Carlos Pasian, balconista da Alvorada Auto Peças, de Curitiba (PR), também conta que é o primeiro a chegar e o um dos últimos sair. “Trabalho há 28 nessa profissão, meu dia a dia é parecido com o dos outros balconistas, muito atendimento ao cliente e idas e vindas ao estoque para retirar e devolver os produtos”. Osvaldo dos Santos, da Multpeças
Durante seu tempo livre, Pasian gosta de assistir corridas de motocicletas e carros. Ao assistir e participar de eventos automobilísticos, além de se distrair, ele consegue encontrar amigos do setor e ainda conhecer pessoas novas.
Já Santos, revela que a bicicleta é sua grande paixão. “Quando tenho tempo livre procuro sempre andar de bicicleta, gosto de correr também. Acredito que esse exercício é fundamental, recarrega minhas energias e, além disto, me proporciona um momento de reflexão para organizar minhas ideias, sem falar na contribuição para a saúde física e mental. Quando nos exercitamos nosso humor e nossa disposição melhoram”, destaca. Para ele, diante de tanta correria no dia a dia, às vezes o profissional acaba esquecendo coisas importantes da vida, como a saúde, por exemplo. “Por isso não devemos cair nessa armadilha de achar que nossa vida deve-se limitar apenas às obrigações do trabalho. Devemos distribuir bem nosso tempo entre todas as coisas que são importantes”, completa.
Francisco Carlos Pasian, da Alvorada Auto Peças
InDICaTIVoS
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ÍNDICE DE DESEMPENHO
do varejo automotivo * Economista, pós-graduado em Marketing e professor universitário. Há 30 anos atua no mercado de reposição de autopeças
ANÁLISE DO PMC - PESQUISA MENSAL DO COMÉRCIO - DIVULGADA PELO IBGE REFERENTE AO ACUMULADO ATÉ O MÊS DE ABRIL
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egundo dados divulgados pelo IBGE em sua PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), em abril de 2017, o índice ampliado do comércio varejista nacional (que inclui autopeças e veículos) registrou taxas de recuperação de 1,5% em volume de vendas e de 2,3% em receita nominal, mantendo com isso a variação da média móvel trimestral praticamente estável (-0,2%) tanto para o volume, quanto para a receita nominal de vendas. O aspecto negativo fica por conta da análise separada de desempenho dos subsetores que compõem o cálculo dos índices, já que nesta recuperação não houve contribuição dos subsetores de veículos e peças que, juntos, continuaram registrando queda de -0,3%. Não é exatamente mau resultado como um todo, especialmente se observada a questão de tendência de desempenho do comércio, que apresenta
crescimento contínuo desde janeiro de 2017. Saímos de -4,8% de fevereiro para -0,4% em abril e, muito provavelmente, a tendência será mantida, confirmada pelo crescimento do índice de propensão a consumir, que reflete a confiança do consumidor medido pela CNI, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor. Para o mês de maio, a ser divulgado pelo IBGE proximamente, espera-se um índice positivo, inclusive para o setor de autopeças, depois de 24 meses em baixa. Em análise mais focada no quadro abaixo, notase ainda que o País está consumindo 20% menos do que consumia em 2014, sendo que, das regiões
da federação, a sul é a que mais rapidamente está recuperando a demanda. As demais estão estagnadas em algo próximo de 75% do índice comparativo. Regionalmente o sul do País conseguiu atingir resultados eficientes no comércio varejista, com variação positiva de 5,7% no ano e de -2,6% no acumulado de 12 meses. Já nas demais regiões a média é ainda negativa em torno de -3,4% no ano e -7,6% no período de 12 meses. Santa Catarina é o estado do sul com melhor desempenho do comércio.
O que esperar para os próximos dois meses: julho e agosto? A FGV divulgou que seu ICC - Índice de Confiança do Consumidor apresentou queda de -1,9% no período entre maio e junho, atingindo 83 pontos de 200 possíveis. Creditou às incertezas políticas, juntamente com as dificuldades de recuperação do mercado de trabalho, as razões que atrapalham qualquer planejamento financeiro familiar e daí a confiança em consumir. Este índice reflete também os efeitos das ocorrências no cenário político de maio (delação da JBS), mas se contrapondo com as divulgações dos números na atividade econômica com recuperação do PIB e controle da inflação.
(1) Base 2014 = 100 (2) Índice mês a mês = igual ao mês do ano anterior (3) Índice acumulado = (a) no ano igual ao mesmo período do ano anterior; e (b) compara acumulado no período de 12 últimos meses, em relação ao mesmo período do ano anterior
O cenário mais provável para os próximos dois meses será o IBGE confirmar números positivos do comércio ampliado em maio, com o varejo automotivo recuperando parcialmente seus números negativos somente após julho, sobretudo como resultado da demanda estimulada pelas necessidades de reparação preventiva da frota em período de férias escolares.
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Fonte do estudo: Audatec Marketing
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InDÚSTrIa | P O R: R E DAÇ ÃO
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DS APRESENTA
NOVO PORTAL Inovadora e mais tecnológica, nova plataforma garante praticidade e agilidade
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novo portal da DS ( www.ds.ind.br/pt ) está mais moderno e conta com muitas facilidades. Com mais tecnologia, inovação e pensando sempre no cliente, o portal garante praticidade, agilidade e um suporte eficiente. O layout atualizado permite acesso até na palma da mão por meio dos smartphones. Além disso, a nova ferramenta de busca possibilita a localização dos produtos de forma prática, rápida e dinâmica. Outra novidade do portal é a Central de Downloads, onde é possível encontrar o catálogo eletrônico para Desktop e ainda por cima navegar, mesmo estando off-line. A central oferece outros catálogos em PDF, imagens dos produtos e muito mais. Presente no mundo virtual, a DS ainda conta com outros canais de comunicação e relacionamento com seus clientes, entre eles: O Facebook (DS Tecnologia Automotiva), Instagram (@dsindustria), Twitter (@DSchiavetto) e Youtube (DS Indústria).
DS Fundada em 1971, atualmente a empresa atende o mercado nacional e internacional
com alta tecnologia em máquinas e equipamentos e um rigoroso controle de qualidade iniciado a partir da análise de materiais, desenvolvimento de produtos até a montagem e teste final de todas as peças. Além da DS ser uma das primeiras empresas atuante no mercado de aftermarket a obter a certificação ISO 9001, ela ainda é homologada pelos principais sistemistas de Injeção Eletrônica, através de rigorosas auditorias periódicas abrangendo normas e requisitos nacionais e internacionais de gestão de qualidade. A DS cumpre com os requisitos específicos do mercado automotivo mundial, o que vem fortalecer ainda mais o compromisso com melhoria contínua de seus processos, cuja finalidade é garantir peças com a qualidade de original.
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CaPa | BALCÃO AUTOMOTIVO | JULHO DE 2017 |
COMPLIANCE, UMA MUDANÇA CULTURAL E QUE SE APLICA EM EMPRESAS DE TODOS OS PORTES COM O OBJETIVO DE GANHO DE COMPETITIVIDADE E MAIS PROFISSIONALISMO
O Segundo ele, “as práticas de compliance são sinônimo de garantia de integridade negocial e jurídica às empresas, possibilitando que se tornem mais seguras internamente e competitivas externamente. Além disso, impõem condutas profissionais a elas, impulsionando-as a uma inevitável modernização do modelo de gestão”, explica. O advogado conta que muitas empresas brasileiras, sobretudo as de médio e pequeno portes, ainda hoje, possuem perfil familiar ou informal de gestão, e esse perfil é encontrado tanto em gestores mais velhos, e em empresas antigas, quanto em gestores mais jovens, e em startups, que colocam muito de sua força na criatividade e na gestão comercial, mas deixam de se preocupar com questões que são entendidas, muitas vezes, como burocráticas. “Por isso, é preciso criar uma cultura nessas empresas para que elas percebam a importância de uma gestão eficiente. Às vezes, elas até têm um código de conduta, mas não o aplica. Ou aplica de forma incoerente, abrindo exceções.
termo “compliance” vem do verbo em inglês “to comply”, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido. ou seja, estar em “compliance” é estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos. e muitos pensam que compliance cabe apenas às grandes empresas, um equívoco, conforme desmistifica o Dr. andré Marsiglia Santos, sócio da lourival J. Santos – advogados. Uma política de compliance tem que ser permanente, é um exercício diário, como fazer uma dieta”, compara. Ele cita que ainda é comum proprietários de pequenas e médias empresas confundirem o caixa da firma com a conta pessoal, ou terem um relacionamento amigável com seus fornecedores, que nem sempre é o melhor e o mais rentável para a empresa. “Percebemos que as PMEs até resvalam em algumas questões de compliance, porém, não entendem a sua essência, que é gerar uma gestão mais eficiente que passa pelo profissionalismo”.
valor de mercado, mas moral, o que já seria suficiente para entender isso como valor de mercado importante. Além de melhorar a sua imagem perante o próprio segmento, ter uma relação melhor com seus fornecedores e até ficarem mais lucrativas”, afirma. Para tanto, as práticas precisam ser implantadas por profissionais com autonomia, independência e, sobretudo, precisam ser contínuas. “É essencial levar os profissionais ao debate, fazer com que entendam a razão das escolhas,
E enfatiza que mecanismos de compliance são de eficiência de gestão, a fim de que as empresas sejam mais competitivas. “De certa maneira, as grandes empresas estão acostumadas a perceberem o quanto a eficiência de gestão traz resultados concretos para o seu negócio. As PMEs ainda não conseguem perceber isso ou não se dedicam a perceber isso”, compara. Ainda de acordo com o Dr. Santos, “as PMEs até entendem que mecanismos de compliance são algo que não tem
e construam conjuntamente políticas objetivas e transparentes. E um código de conduta é importante existir para que dê ao profissional o norte necessário sobre qual perfil é esperado dele”, ressalta. Também vale destacar que todo esse processo não é custo, mas investimento. “Quando se pensa em compliance, pensa-se em certificações internacionais, o que é para as grandes, pois elas fazem contratos com empresas estrangeiras e às vezes até têm matrizes no exterior, onde as políticas de compliance já são bastante conhecidas e há uma imposição”, diz. Para as empresas menores, compliance se traduz em uma gestão mais eficiente. Ponto de vista
Dr. André Marsiglia Santos
sócio da Lourival J. Santos – Advogados
Para Paulo Silva, responsável pelo Compliance da Schaeffler América do Sul, empresas de todos os portes e segmentos podem e deveriam ter estruturas de governança adequadas às suas necessidades. “Criar controles e regras internas, avaliar riscos e atender a legislação não dependem do tamanho nem do setor. Aliás, afasta diversas dificuldades, tais como comportamentos dos sócios e
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COMPLIANCE, UMA MUDANÇA CULTURAL
Paulo Silva,
responsável pelo Compliance da Schaeffler América do Sul
suas famílias na empresa, sucessão, investimentos, estratégia, etc”, diz. Segundo ele, a adoção de um programa de compliance para empresas, mesmo que pequenas no mercado de reposição, da indústria ao varejo, ajuda a reduzir, por exemplo, práticas ilegais que tragam efeitos negativos à reputação e ao caixa das empresas. “Principalmente reduz a exposição aos riscos de violar a lei concorrencial, uma vez que orienta como evitar a formação de cartéis, da problemática da troca de informação concorrencialmente sensível, e outros riscos oriundos da própria atividade”, esclarece. Ainda de acordo com Silva, “nós estamos vivendo um período sem precedente na história brasileira, em que nunca a ética e a moral individual e corporativa foram tão significativas para a sobrevivência das empresas. A adoção de um programa de compliance, mesmo que seja em uma pequena ou em uma microempresa, além de evitar as pesadas multas, aumenta exponencialmente o valor da empresa perante seus clientes, fornecedores e empregados”. Na opinião de Harold Bouillon, diretor
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disciplinadoras. “Para que as pessoas envolvidas no processo saibam que elas fazem parte do negócio, dos resultados. Ainda que o capitalismo sobressaia a tudo, até ao próprio gestor, e sugue de maneira implacável os resultados de uma empresa, essa competição acirrada para que um seja melhor que outro, faz com que criemos rótulos e regras. Esse é mais um tentáculo do capitalismo para que se crie eficiência para ser eficaz”, analisa Pelegrini.
de Compliance, Jurídico Trabalhista e Auditoria da Bosch América Latina, fazer as coisas de forma ética é algo que deveria ser intrínseco. “Se você vive num ambiente de “vale tudo” e também faz parte disso, então fica muito difícil quebrar esse ciclo. Portanto, é preciso começar, ao menos, pelas pequenas coisas do dia a dia, além de abordar esse assunto com todos, dessa forma passa a existir um comprometimento com o tema e, consequentemente, começam a ter mudanças de atitudes”, defende. Para Bouillon, “se as relações forem mais profissionais e éticas, toda a sociedade tem a ganhar. No final das contas, todos pagam um alto custo pela falta de profissionalismo e ética nos negócios”, conclui. Necessidade Empresário do Grupo Pelegrini, de Uberlândia (MG), João Pelegrini,
Harold Bouillon,
diretor de Compliance, Jurídico Trabalhista e Auditoria da Bosch América Latina
analisa que assim como o próprio comportamento das pessoas muda de acordo com as suas necessidades, nas empresas não é diferente. “É preciso se adaptar o tempo inteiro e, no mundo
José Dionísio Gobbi,
Grupo Motocap, de Colatina (ES)
corporativo, a mola mestra para isso é a concorrência”, reflete, acrescentando que de uma maneira simples, compliance é a melhoria de processos para se obter melhores resultados.
“A mudança de mercado faz com que nos adaptemos à nova realidade. Antigamente, talvez nós tínhamos uma forma de trabalhar um pouco mais descompromissada em relação à gestão.
“É criar regras envolvendo todos os colaboradores para que eles as sigam, de forma a se ter o melhor resultado no seu negócio. Isso envolve não apenas uma mudança de comportamento profissional, mas também na vida pessoal, seja em casa ou no seu meio social. E não é fácil mudar uma cultura, mas é necessário”, afirma o empresário. Internamente na empresa, para Pelegrini, essa mudança também requer que sejam criados mecanismos para determinar quais são as pessoas certas para determinadas tarefas e, com o uso da tecnologia, criar processos parametrizados com a maior velocidade possível. “Um americano é cinco vezes mais produtivo que um brasileiro. Claro que isso passa por uma questão de educação, mas é preciso mudar esta realidade”, defende. E um dos caminhos é criar regras
João Pelegrini,
Grupo Pelegrini, de Uberlândia (MG)
Porém, essa recessão que estamos passando fez com que nós avaliássemos todas as situações de uma maneira mais profissional”, diz José Dionísio Gobbi, proprietário do Grupo Motocap, de Colatina (ES). Segundo ele, adequar processos é uma realidade. “E isso inclui desde a contratação de pessoas, a partir de uma avaliação correta, pois isso gera um custo. E a equipe precisa estar engajada na gestão, envolvida nos processos da empresa, pois não há mais condições de trabalhar sem comprometimento total em relação ao objetivo da empresa. Isso fez com que, quase de uma forma obrigada, nos profissionalizássemos”, avalia.
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COMPLIANCE, UMA MUDANÇA CULTURAL Até porque, revela Gobbi, neste mercado cada vez mais acirrado, a diferença não está no que se vende, mas no serviço que é entregue ao cliente. “Hoje não há como gerir uma empresa sem olhar com muita cautela a questão
COMPLIANCE NA PRÁTICA atender a normas, tais como: de gestão qualidade e melhoria contínua, de gestão ambiental, prevenir fraudes contábeis, gestão de segurança da
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do estoque. Ou se opta por trabalhar com a curva A ou no máximo com a B, e você vai concorrer com todo mundo, ou você fará o diferencial tendo o plus”. Para ele, gestão e adequação de processos nada mais é do que
aprimoramento. “E a cada dia você precisa se reinventar, se adaptar à nova realidade, e isso compromete muito. Além disso, a cadeia não está mais sendo respeitada. No nosso negócio está tudo muito sacrificado”, lamenta.
informação e da lei anticorrupção, prevenir e co-responsabilizar corruptores. oportunidades: separação de contas pessoais, conhecimento e controle dos números, firmar parcerias estratégicas e simulação de cenários.
Case Bosch Segundo Harold Bouillon, diretor de Compliance, Jurídico Trabalhista e Auditoria da Bosch América Latina, “na Bosch, falar em fazer a coisa certa, dentro das regras e dentro da lei, é algo que vem da cultura e dos valores do nosso fundador, Robert Bosch, ou seja, está no DNA da empresa”, diz. Mas foi em decorrência da expansão mundial e do crescimento da organização, que em 2008 foi estruturado o Programa Mundial de Compliance da Bosch, que instituiu canais de denúncia em cada país ou região, envolvendo pessoas com responsabilidades e autonomia suficiente para gerenciar eventuais denúncias, conduzir investigações e tomar medidas cabíveis. “Dessa forma, desde a formalização do programa naquele ano, o assunto ficou ainda mais fortalecido dentro da organização, agora de forma sistemática, com atuação tanto preventiva como reativa. Os colaboradores e o mercado valorizam
muito isso”, conta Bouillon. No modelo de gestão, ele afirma que a preocupação e os cuidados com certeza aumentaram, “não apenas em razão da implantação do programa, mas principalmente por conta da mudança das legislações anticorrupção, consequências de altas multas, exposição na mídia, etc. A imagem da empresa é o seu bem mais precioso e não podemos esquecer disso”. Segundo ele, “não basta ter compliance apenas na teoria. É preciso manter a informação ativa, através de treinamentos, campanhas de comunicação, capacitação de gestores e de usuários com foco nas boas práticas. Compliance é de todos e os gestores, principalmente, precisam e devem dar o exemplo, pois se não for assim o programa estará fadado ao fracasso e perde-se a credibilidade”, finaliza.
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Case Schaeffler O programa de Compliance do Grupo Schaeffler é sustentado por três pilares: atividades de prevenção, de detecção e de remediação. Segundo Paulo Silva, responsável pelo Compliance, Schaeffler América do Sul, ao adotar práticas de compliance, “as principais mudanças sentidas por toda organização estão diretamente ligadas à forma como queremos ser vistos por nossos parceiros comerciais, acionistas e empregados: como uma empresa confiável”, diz. Outra mudança, destaca ele, “está relacionada ao fato de que o programa de compliance trouxe à luz a importância da organização continuar sendo extremamente competitiva e rentável, mas não a qualquer custo. Nada justifica agir de forma irresponsável violando leis e prejudicando a reputação da empresa, o que naturalmente tem consequências negativas nos negócios”. Em 2015, o Grupo Schaeffler fez
sua oferta inicial de ações na bolsa de valores de Frankfurt e, para isso, trabalhou fortemente nos últimos anos para fortalecer e implementar sua estrutura de governança corporativa. “O modelo de gestão passou a incorporar novos sistemas que incluem, por exemplo, um robusto sistema de controles internos, o monitoramento constante de riscos financeiros, estratégicos, operacionais e legais, a própria estrutura de Compliance e o departamento de Auditoria Interna”, especifica. Silva comenta que “para atender a um programa de compliance é necessário que haja uma compreensão comum sobre os benefícios de se fazer a coisa certa, levando a todos os empregados os requisitos básicos de comportamento, uma vez que diferentes pessoas têm diferentes interpretações sobre o que é certo, errado ou tolerado”. Já os desafios, “estão relacionados a fazer os empregados saírem de suas zonas de conforto e pensarem como suas condutas diárias afetam os negócios, e também alinhar os requerimentos de compliance às necessidades dos parceiros comerciais, tais como clientes e fornecedores. E, por fim, consolidar a imagem do departamento de compliance como um parceiro tanto das áreas de negócios quanto das áreas administrativas”, conclui.
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D’PAULA: 25 ANOS DE CONQUISTAS Em processo de sucessão, fabricante comemora aniversário e caminha rumo à profissionalização P O R: R E DAÇ ÃO | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
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undada em maio de 1992, a D’Paula nasceu de uma linha de produtos de estamparia e hoje se transformou em uma reconhecida fabricante no segmento de elétrica e iluminação automotiva para o mercado de reposição e sistemista. De acordo o fundador, José Carlos Domingos Lopes, que entrou no setor automotivo com 25 anos de idade, dificuldades ao longo dos 25 anos da D’Paula sempre existiram, mas a empresa soube se adaptar e investir nos momentos certos. A escolha do nome D’Paula aconteceu em virtude do sobrenome de sua mulher. Hoje, o fundador está em processo de sucessão, deixando seu legado nas mãos de seus três filhos: Cristiano, o mais velho, que atua na área Comercial; Gustavo, que trabalha na área de engenharia mecatrônica, gere e cuida dos itens novos; e Leopoldo, formado em direito e gestão empresarial, responsável pela administração. “Essa sucessão deu uma nova oxigenação para a empresa e estamos trabalhando rumo à profissionalização”, completa.
uma empresa que analisasse os perfis e direcionasse essa sucessão, que vem acontecendo há um ano e meio”, revela. Através da estrutura do conselho formado pelos três irmãos, o fundador conta que o papel dele é auxiliar quando chamado e oferecer o suporte de experiência. “Hoje já estou 70% afastado da D’Paula, para mim ainda é um desafio ir me desvencilhando com o trabalho, mas reconheço a capacidade deles e acredito que farão o melhor possível pela empresa. Eles estão trabalhando com o pensamento em 10 anos para frente”, emenda. Cristian comenta que essa estrutura dividida entre seus irmãos facilita o trabalho e diminui a pressão. “Quando estamos todos reunidos como diretoria, a pressão é menor e conseguimos visualizar melhor o futuro. Estamos ainda aprendendo mais todos os dias como separar a parte profissional, da familiar, dentro da D’Paula somos todos sócios. Aliás, nosso pai nos trata como diretores, e fora da empresa o momento é outro”, explica.
A sucessão
Participação no mercado
José Carlos conta que o processo de sucessão começou a acontecer naturalmente com a entrada de seus filhos no negócio e com o suporte de uma consultoria especializada. “A princípio iniciamos sozinhos essa transição, mas percebemos que precisávamos de
Certificada pelo ISO 9001, a D’Paula trabalha hoje com uma linha voltada à reposição e ao mercado sistemista. Ambos os produtos possuem a mesma qualidade. “Nosso forte é a reposição, entramos nas montadoras de repente, através de um produto para a reposição, o soquete de ônibus, que havia chamado a atenção. E como está em nosso DNA solucionar problemas, começamos a desenvolver com eles esse produto para a sistemista. A partir desse momento começamos a trabalhar com esse setor. Outro grande sucesso foi o desenvolvimento de produtos para o Gol, que alavancou ainda mais as nossas vendas”, relembra José Carlos. Além da visão de futuro e o foco em prover soluções, Cristiano comenta que a D’Paula é reconhecida no mercado devido à qualidade de seus produtos. “Exemplo disto, foi nossa participação na última Automec, onde muitos distribuidores nos procuraram e ressaltaram
José Carlos (2º da esq. p/ dir.) entre os filhos Cristiano, Gustavo e Leopoldo
esse diferencial, além da nossa agilidade de entrega e garantia”, complementa.
Resultados e expectativas Instalada na cidade de Barueri (SP), em um prédio de 3 mil metros quadrados, a D’Paula tem fabricação 100% nacional e produz aproximadamente 30 milhões de peças ao ano para todo o Brasil e ainda exporta para países da América Latina e Europa. Os primeiros meses do ano, conforme a direção da empresa, mantiveram o crescimento projetado, com base nos lançamentos e no trabalho de marketing desenvolvido junto à área comercial.“Em breve, estaremos lançando um novo portal, com uma linguagem mais moderna e dinâmica”, adianta Cristiano. Para a comemoração dos 25 anos, a D’Paula realizou uma programação especial com seus 40 colaboradores, em que promoveu um momento de interação e descontração com um delicioso café da tarde na empresa. Além disto, a D’Paula também aproveitou a data para lançar seu novo catálogo ao mercado.
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NOVO CAPÍTULO NA HISTÓRIA DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
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Por: Ingo PelIkan*
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m novo capítulo começa a ser escrito na história da indústria brasileira com o Rota 2030, regime industrial em desenvolvimento para o setor automotivo, que deve suceder o Inovar-Auto. A promessa é atender a demanda da indústria por maior previsibilidade, com pacote de medidas que deve incluir três ciclos de desenvolvimento até 2030. Hoje estão em discussão os pilares que darão corpo à nova política. Um deles envolve a reestruturação da cadeia de autopeças para recuperação da capacidade de investimento. Discute-se também a necessidade de apoio a pequenas e médias empresas para acesso ao mercado, uma vez que devem apresentar elevada robustez como as montadoras. Outro pilar do programa aborda pesquisa & desenvolvimento e engenharia a partir de tendências, como conectividade e manufatura avançada. Assim, pretende-se estimular o desenvolvimento local da Indústria 4.0, que deve elevar a eficiência das fábricas. Entre os ganhos estarão
a rastreabilidade e o monitoramento remoto de processos. As metas de eficiência energética devem avançar no Rota 2030. As empresas poderão seguir com os investimentos dos últimos anos, mas também deverão considerar as novas tecnologias de motorização, como carros autônomos, além de combustíveis alternativos, como o biocombustível, que precisará ser estudado com maior profundidade. Por outro lado, a questão do controle de emissões também deverá ser contemplada. Segurança veicular ao longo do ciclo de vida do produto é outro foco do novo regime. A preocupação é garantir tanto a integridade física de usuários, quanto segurança de pedestres e demais motoristas diante de imprevistos no trânsito, sobretudo com veículos altamente automatizados. A segurança começa a ser vista como diferencial de mercado. Também faz parte dos debates a produção em baixos volumes, que envolve veículos premium e sistemas
estratégicos, cuja distribuição deverá passar por ajustes. Diante da mesma cobrança por qualidade a empresas de baixo ou grande volume, montadoras devem redobrar a atenção tanto para fabricação, quanto para formação de parcerias. A estruturação de custos para integração competitiva também está em pauta. O atendimento às novas metas deverá ser feito de modo robusto para alcance de eficiência, mas ao mesmo tempo de modo extremamente competitivo em relação a custos para que o Brasil possa avançar como polo global de desenvolvimento e produção de veículos. Estes são alguns desafios em debate para o desenvolvimento industrial do País em longo prazo, que também serão discutidos a partir das principais tendências de mobilidade, durante o 5º Fórum IQA da Qualidade Automotiva, que reunirá lideranças da indústria e do governo no dia 9 de outubro, no Centro de Convenções Milenium, em São Paulo. *Presidente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva
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Pesquisa IBOPE revela que Nakata é a segunda marca preferida dos mecânicos Mais de mil reparadores elegeram a Nakata como melhor marca em junta homocinética, segundo lugar em amortecedores e em bomba d’ água, e também entre as mais conhecidas em pastilha de freio, sistemas de freio, bomba de óleo e bomba de combustível. A satisfação do mecânico com a aplicação da peça é a melhor forma de avaliar a qualidade do produto no mercado de reposição.
ESPECIALISTAS DA SOGEFI ENSINAM COMO IDENTIFICAR OS LEGÍTIMOS FILTROS FRAM Como as peças “piratas” são feitas com materiais inferiores e sem qualquer controle de qualidade, a Sogefi orienta que o cliente preste atenção às embalagens e detalhes do produto. Todos os filtros Fram, por exemplo, trazem gravados os números de série e até a hora em que são produzidos. Nas caixas estão em destaque todos os dados do fabricante, ao contrário da maioria dos itens falsos. Outro sinal de que algo está errado é quando vendem os componentes em embalagens não identificadas ou até mesmo sem as caixas. Para mais informações, acesse: www.sogefigroup.com.
C U R TA S Motul: Referência em qualidade e tecnologia A Motul é uma empresa francesa de alcance mundial que conta com mais de 160 anos de atuação. Especialista na formulação e produção de lubrificantes e fluidos da mais alta tecnologia para diferentes tipos de aplicação, a Motul possui hoje uma das melhores linhas de fluidos de freio para todas as necessidades do seu veículo. Conheça a empresa e saiba mais (www.motul.com/br).
Alerta Umicore: combustível ruim pode aumentar nível dos gases tóxicos
ZEN recomenda cuidados com o motor de partida nos dias mais frios
Abastecer o veículo com combustível de má qualidade pode causar prejuízo ao bolso do motorista e saúde da população. Além do catalisador, combustíveis de má qualidade podem danificar outras peças importantes do carro, como o sistema de alimentação e de ignição, por exemplo, produzindo depósitos de carbono nas válvulas, corpo de borboleta e na câmera de combustão, o que reduz a vida útil do motor. Segundo a Umicore alguns sinais dão a dica ao condutor de que a gasolina e o etanol utilizados não são adequados, como a perda de rendimento, aumento no consumo e falhas no veículo.
Magneti Marelli apresenta novos códigos para o mercado de reposição De acordo com os técnicos da ZEN, a atenção deve ser redobrada na hora de fazer o motor funcionar. Por isso, nos dias em que as temperaturas estiverem mais baixas, é recomendável dar um tempo entre uma partida e outra, caso ocorra uma demora na ignição. Em relação à manutenção preventiva, um dos principais cuidados deve ser com o óleo lubrificante, respeitando sempre os períodos de troca.
A unidade Aftermarket da Magneti Marelli anuncia o lançamento de novos códigos para as linhas de bobinas de ignição, bombas d’água, cabos de velas, corpos de borboleta, eletroventiladores, filtros de óleo combustível e radiadores. Os componentes, que fazem parte da linha de produtos com a marca Magneti Marelli, são destinados a modelos Audi, Chevrolet, Fiat, Hyundai, Mitsubishi e Volkswagen e contemplam uma frota de quatro milhões de carros. Os novos códigos de bomba d’água e de filtro de óleo combustível aplicam-se a veículos comerciais, para exemplares Iveco e Mercedes-Benz.
Grupo Mann+Hummel apresenta lançamentos O Grupo Mann+Hummel apresentou este mês diversos lançamentos com suas marcas. Pela Mann-Filter, lançou novos elementos filtrantes do ar-condicionado destinados a modelos de 11 montadoras. São 18 novos filtros de cabine para atender às fabricantes Citroën, Peugeot, Dodge, Fiat, Ford, Hyundai, Kia, GM, Audi, VW, Nissan, Renault, Toyota e Jeep. E pela marca Wix Filters Brasil, apresentou 16 lançamentos de filtros destinados a veículos de linha leve das montadoras Honda, Hyundai, Kia, Ford, Renault, Toyota, Audi, VW, Peugeot, Citroën, Mercedes-Benz, Nissan e Alfa Romeo.
Novidades KS para veículos leves e motos
O mercado de reposição já pode contar com novos produtos das linhas de anel, kit e válvula da Kolbenschmidt (KS) para motores Citroën, Ford, Honda e Peugeot. As novidades também se estendem à linha de motos. O lançamento de kit atende os motores 125cc, fabricados entre 2006 a 2008 nos modelos Biz.
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Pastilhas para motocicletas, da marca Brembo, chegam ao Brasil O produto é fornecido exclusivamente pela FW Performance, uma das maiores distribuidoras e importadoras de acessórios para carros e motocicletas do País. As pastilhas, fabricadas pela Brembo, oferecem maior desempenho, conforto e durabilidade com uma grande variedade de compostos, que atendem as necessidades de todos os tipos de veículos de duas rodas.
Chassi inteligente, conectado e ativo, é a nova tecnologia da ZF para evitar acidentes O chassi é um dos sistemas mais complexos do carro. Com as funções de condução assistida e autônoma, essa importância é cada vez maior. O controle integrado do chassi (ICC) interconecta os sistemas do chassi e age como parte de um conjunto completo para alcançar o máximo de dinâmica longitudinal, transversal e vertical. Além de representarem um ganho expressivo de segurança, essas tecnologias preparam o caminho para uma maior aceitação das funções de condução autônoma em que a ZF contribui ativamente para concretizar o “Vision Zero”, sua visão de zerar acidentes e emissões no trânsito.
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C U R TA S Presença ilustre no Centro Global de Pesquisa e Tecnologia da Petronas Lubricants International na Itália A PETRONAS Lubricants International teve o prazer de receber o piloto da equipe Mercedes AMG PETRONAS de F1, Valtteri Bottas. Ele visitou o Centro de Pesquisa e Tecnologia onde é desenvolvido combustível, o lubrificante do motor e todos os fluidos funcionais que alimentam seu carro nas pistas.
Novo Portal DPK Ford lança área de informações técnicas da Courier para reparadores independentes no site Motorcraft A Ford acaba de lançar mais uma novidade no site Reparador Motorcraft, voltada para os reparadores independentes de veículos: uma página com informações técnicas da picape Courier. O objetivo da publicação, que tem acesso gratuito, é divulgar conteúdo técnico de modelos fora de linha da Ford e facilitar o seu reparo nas oficinas independentes (www.reparadormotorcraft.com.br).
Em uma plataforma muito mais moderna, dinâmica e inovadora, o Novo Portal (www.dpk.com.br) está recheado de novidades! Entre elas, conta com a Rádio DPK, que possui uma programação completa de músicas e conteúdo automotivo. O ouvinte pode interagir, pedir músicas e fazer sugestões. A rádio também pode ser acessada pelo site do KDaPeça e pelo aplicativo “Rádio DPK” disponível para Android e em breve para IOS. Além disso, o novo portal conta com o canal de Notícias. Todo conteúdo é retirado dos portais dos fornecedores da distribuidora ou de newsletters enviadas por e-mail.
TAKAO traz a maior plataforma de conteúdo sobre motor do mercado Em menos de 2 meses de lançamento, a Academia do Motor já conquistou mais de 1.000 apaixonados. Se você é aplicador ou reparador, aproveite os cursos online com certificação, e-books com dicas para as oficinas, blog, quiz e muito mais. E ganhe prêmios! Para você que é distribuidor, esta é uma grande oportunidade para treinar sua equipe! Participe! Acesse: www.academiadomotor. com.br. É grátis!
Hipper Freios conquista o Prêmio Empresa Cidadã Catarinense ADVB/SC Mais do que uma empresa que fabrica peças para o setor automotivo, a Hipper Freios busca estar sempre integrada com a sociedade. Sabendo que as crianças são o desenvolvimento da nação, a empresa criou um projeto “Hipper Desafio de Matemática”, com intuito de incentivar o estudo no município de Sangão, sede da empresa. Este projeto trouxe um resultado muito positivo à Hipper Freios: o Prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC. Esta conquista homenageia as melhores iniciativas de empresas catarinenses que fazem da responsabilidade social o seu melhor exemplo, produto e resultado.
ZF e HELLA formam parceria estratégica O foco da parceria está nos sistemas de câmera, imagem e tecnologia de sensor de radar. A ZF fortalecerá seu portfólio como fornecedora de sistemas de assistência modernos e funções de direção autônoma, enquanto a HELLA impulsionará o desenvolvimento tecnológico e benefícios de um amplo acesso ao mercado com suas tecnologias de ponta.
FIQUEPOR DENTRO
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Nova geração do Audi A5 Sportback chega ao País A nova geração do A5 é atlética, esportiva e elegante. Seu design é complementado pela aerodinâmica sofisticada. Sob a carroceria, o modelo impressiona pelo novo chassi, motores potentes, sistemas de entretenimento, informação e de assistência aos motoristas inovadores. O carro chega ao País na carroceria Sportback com quatro opções de acabamento: Attraction, Ambiente, Ambition e Ambition Plus.
Ford Fusion cresce mais de 11% e amplia a liderança nos sedãs de luxo O Ford Fusion teve um crescimento acima da indústria no primeiro semestre de 2017 e ampliou sua liderança no segmento de sedãs de luxo. O modelo vendeu 2.026 unidades no acumulado do ano, volume 11,6% maior que o do mesmo período do ano anterior, enquanto a indústria como um todo avançou cerca de 4%. Dentro do chamado setor de sedãs CD de luxo, o Fusion aumentou sua liderança de 81% para 87,4%. Quando se somam a esse grupo os concorrentes de marcas premium, o sedã da Ford também continuou à frente, elevando sua participação de 24% para cerca de 30%.
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C U R TA S Vendas da Toyota crescem 2,7% no primeiro semestre de 2017 A Toyota do Brasil alcançou, no fim do primeiro semestre de 2017, crescimento em vendas de veículos zero quilômetro no segmento brasileiro. Com 87.779 unidades negociadas, a fabricante superou em 2,7% os números registrados em igual intervalo de 2016, com 85.457. No que se refere à participação de mercado, a Toyota manteve a média de 8,6%, o que lhe garantiu o 6º lugar no ranking dos fabricantes.
Agora fabricado no Brasil, Nissan Kicks ganha mais opções de versões, equipamentos e cores
Mercedes-Benz encerra primeiro semestre com crescimento nas vendas de automóveis A Mercedes-Benz encerrou os primeiros seis meses de 2017 com resultados expressivos nas vendas de automóveis, registrando melhor desempenho no mercado brasileiro em comparação ao mesmo período do ano passado. Com 5.547 unidades emplacadas entre janeiro e junho, a marca chega à metade do ano com uma participação de 38,5% no segmento de veículos premium.
O modelo que tem toda a intensidade das ruas acaba de ganhar nacionalidade brasileira. O Nissan Kicks, exemplar mais vendido da linha da Nissan no Brasil atualmente, passa a ser fabricado no Complexo Industrial da empresa em Resende (RJ), o que lhe garante diversas vantagens. Entre os equipamentos introduzidos pelo Nissan Kicks brasileiro estão os inéditos – para o segmento – alerta de colisão e assistente inteligente de frenagem, itens opcionais para a versão topo de linha SL. O crossover compacto também traz para os consumidores o avançado sistema multimídia “Nissan Multi-App”, um verdadeiro tablet no painel.
Kia, 25 anos: superação, design e inovação tecnológica Chevrolet Cobalt reforça pacote de segurança Está chegando às concessionárias Chevrolet a linha 2018 do Cobalt. O sedã médio-compacto reforça seu conteúdo de segurança ao incorporar luz de neblina na base do para-choque traseiro e os sistemas Isofix e Top Tether de ancoragem para cadeirinha infantil. Prático e eficiente, o Isofix permite a fixação de cadeirinha compatível diretamente em engates soldados à carroceria, posicionados na base dos assentos laterais traseiros. A tecnologia também diminui o risco de má instalação da cadeirinha e permite montagem mais rápida que o processo convencional, que utiliza o cinto de segurança do veículo para a amarração.
Volvo Cars anuncia estratégia mundial para veículos elétricos A partir de 2019, todo modelo Volvo terá um motor elétrico, marcando o fim histórico de carros que só possuem propulsor a combustão e colocando a eletrificação no centro de seus negócios futuros. O anúncio representa um dos movimentos mais significativos de uma fabricante de automóveis ao apostar na eletrificação.
A importadora e distribuidora Kia Motors comemorou seus primeiros 25 anos no mercado brasileiro no mês de junho. A festa de comemoração de um quarto de século da marca no Brasil aconteceu em Montevidéu, no Uruguai, mas por um motivo muito nobre: os concessionários visitaram a linha de montagem do caminhão leve Bongo na capital uruguaia e participaram da convenção da Rede Autorizada com o objetivo de projetar o futuro próximo da marca, sem os 30 pontos percentuais no IPI em seu portfólio de produtos a partir de 1º de janeiro de 2018.
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A TECNOLOGIA DIRIGINDO O FUTURO
DO AFTERMARKET AUTOMOTIVO
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o dia 4 de julho aconteceu na sede do Sincopeças o Fórum “A tecnologia dirigindo o futuro do aftermarket automotivo”, que reuniu varejistas e fabricantes, entre outros convidados, para abordar a conectividade e compartilhamento, a indústria 4.0 e o ioT (também conhecido como a “internet das coisas”). O evento começou com uma apresentação do presidente da entidade, Francisco de La Tôrre, que ressaltou a importância dos varejos tornarem o ponto de venda em uma experiência de consumo e as novas tendências de comportamento do consumidor e dos serviços oferecidos. Foi realizada também uma breve apresentação sobre a empresa SlideLog, parceira do Sincopeças para serviços de logística nas autopeças. Luiz Pedro, da Spicer, também trouxe uma reflexão sobre os desafios e oportunidades da indústria diante deste cenário, e ressaltou que a mesma tem se inovado cada vez mais e é preciso acompanhar todas as mudanças e entender as características e necessidades do consumidor. Os convidados igualmente participaram de um sorteio com brindes. O evento contou com o patrocínio do Canal da Peça, Dana, KS Kolbenschmidt, Granero, MTE-Thomson e Perfect Indústria Automotiva.
Fórum do Sincopeças-SP ocorreu no dia 4 de julho, na sede da entidade
executam 4 milhões de cotações e pedidos de peças para 300+ varejistas do setor. Cynrot apresentou aos convidados o impacto deste tema na melhoria da qualidade de vida das pessoas, nos quesitos: como vivem, trabalham e se relacionam. “As aplicações residenciais, logísticas, urbanas e corporativas são as mais facilmente reconhecíveis, porém a IoT já está presente em segmentos de muito mais complexidade como indústria de alta performance, nanotecnologia, saúde/ciência, aplicações espaciais, etc.”, comenta. De acordo com ele, a Indústria 4.0 ou Quarta Revolução Industrial engloba tecnologias para automação e troca de dados e utiliza conceitos de Sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem. No Brasil a Indústria 4.0 ainda é pouco utilizada pelas empresas nacionais. “O atraso brasileiro diante da integração das tecnologias físicas e digitais em todas as etapas de desenvolvimento de um produto fica evidente porque 43% das empresas não identificam quais tecnologias têm potencial para alavancar a competitividade do setor industrial”, avalia.
A Internet das coisas e a Indústria 4.0 Para abordar “A Internet das Coisas (IoT) e a Indústria 4.0”, Fernando Cynrot, fundador e diretor do Canal da Peça, realizou uma palestra sobre este tema, fornecendo algumas orientações aos convidados. O Canal da Peça, plataforma desenvolvida para o aftermarket automotivo, que reúne fabricantes, distribuidores, varejistas, aplicadores e proprietários de veículos em um único ambiente digital, possui hoje 500 mil usuários únicos ao mês que
IoT e Indústria 4.0 para o varejo Como exemplos de aplicação das ferramentas da Indústria 4.0 para o varejo de autopeças Cynrot lista: Rede Wi-fi (em troca de informação do cliente), RFID, Dispositivos Móveis e Conectividade, Beacon (GPS Indoor), Big Data, Integração de Sistemas, Impressão 3D e Realidade Virtual.
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Painel Interativo Para encerrar, foi realizado um painel interativo de perguntas e respostas com Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças, o palestrante Fernando Cymrot, Luiz Pedro Ferreira, da Dana, e Alfredo Bastos, da MTE-Thomson. Entre os questionamentos feitos, um ponto abordado foi a venda de produtos das autopeças em portais grandes de vendas (Como exemplos: Extra, Amazon, etc.), e se essa parceria era vista como uma aliada nas vendas ou uma possível concorrência no futuro? Para os participantes do Painel, essa parceria tem dois pontos que devem ser avaliados, como uma aliada nas vendas, a presença nesses portais é de extrema importância, pois irá agregar ainda mais ao faturamento da autopeça e a tendência de venda pela internet vem aumentado cada vez mais, por isso é essencial a venda de produtos nesse canal. Como concorrência, percebendo a fatia de mercado que as autopeças têm conquistado com determinado produto, é fato que os grandes portais irão começar a incrementar seu portfólio e vender diretamente, prova disto é o Extra que hoje vende pneus, óleos, etc. Contudo, eles enxergam que essa parceria irá trazer mais pontos positivos, do que negativos, pois mesmo o consumidor hoje podendo fazer várias pesquisas na internet e comparações de preços, na hora da compra ele muitas vezes irá optar adquirir um produto através de um site especializado na área, do que de uma empresa que não pertence ao segmento automotivo.
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OPORTUNIDADES E TENDÊNCIAS NO
E-COMMERCE Especialistas refletem a força do comércio eletrônico para o crescimento e consolidação da empresa no mercado
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m um mundo cada vez mais conectado, a utilização da internet para a realização de compras tem crescido muito nos últimos anos, tornando essencial a participação das empresas no ambiente virtual. Contudo, a criação de um e-commerce de sucesso ainda tem desafiado muito os empresários. De acordo com Marcelo Sousa, diretor executivo da Marketdata e presidente da ABRADi, do ponto de vista digital, antes de criar um e-commerce, é preciso alinhar três pontos: oferecer uma experiência de compra prazerosa, ter um plano de divulgação e possuir um sistema inteligente de recomendação. Além de ter um bom volume de estoque, preços competitivos e rápida
planejamento, informação e engajamento de todos na empresa é fundamental também”, afirma. Diego Smorigo, consultor do Sebrae-SP, também concorda e enfatiza a importância do planejamento. “Ao contrário do que muita gente pensa, o atendimento no e-commerce é tão complexo quanto o atendimento na loja física, pois se algum ponto for negativo durante a experiência de compra, o cliente pode deixar um comentário negativo e interferir nas próximas vendas, fato este que não acontece na loja física. O melhor a fazer é sempre manter a política de transparência e dar um feedback ao cliente mostrando uma solução ao ponto negativo apresentado”, alerta. “Para melhorar o atendimento no e-commerce, o Sebrae oferece três cursos: Gestão para E-commerce, logística para E-commerce e Como vender mais pelo seu E-commerce”, complementa.
Desafios O consultor do Sebrae-SP ressalta que o Brasil tem muito para crescer no e-commerce, contudo ainda existem certos obstáculos a serem ultrapassados. “O público mais velho (acima de 45 anos) tem certo receio em fornecer seus dados para a compra online, falta confiança nas plataformas de compras. É preciso também
Diego Smorigo,
consultor do Sebrae-SP
oferecer um serviço de chat, pois como a venda é mais técnica o consumidor pode precisar de suporte”, reforça. Outro ponto que tem afetado os empresários é o custo do frete pelo correio. “Tenho conversado com algumas pessoas e muitas delas sentiram o impacto no aumento do frete, para isto estão contratando pequenas transportadoras para fazer a entrega dos produtos”, comenta.
Novo cliente, novas oportunidades
Marcelo Sousa,
entrega. “O cliente hoje não gosta de responder muitas perguntas ou dar muitos cliques para realizar uma compra, por isso é preciso facilitar esse processo, junto com bom plano de mídia para divulgar o site, combinado com um sistema eficaz de recomendação”, orienta.
Segundo os especialistas, o cliente de hoje é omnichannel, ou seja, não se restringe a um único canal de venda, como o balcão de vendas ou a internet, ele usa todos os canais simultaneamente, com isso, as empresas precisam utilizar uma nova abordagem para acompanhar os clientes em todos os canais. A experiência de compra muitas vezes começa no ambiente virtual e se concretiza na loja física – ou vice-versa.
Para Pedro Guasti, CEO da Ebit, que mede a reputação das lojas virtuais e apresenta dados do mercado online, antes de entrar no ambiente virtual, as empresas precisam alinhar o tipo de produto que irão vender, junto com sua estratégia comercial, e entender quais são as particularidades do comércio eletrônico. “O
Desta maneira, o comércio eletrônico apresenta um campo de novas oportunidades para os empresários que desejam explorar um canal digital para as vendas. “Independentemente de como está o cenário hoje, as vendas online continuarão aumentado, acredito que o crescimento do e-commerce será entre duas a três
diretor executivo da Marketdata e presidente da ABRADi
Pedro Guasti, CEO da Ebit
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TenDÊnCIa vezes maior do que o crescimento da economia do País como um todo, mas isso não apenas por conta da retomada da economia, mas porque as pessoas estão cada vez mais habituadas a comprar pela internet”, salienta Sousa, da ABRADi. “Um fenômeno também que tem estimulado e trazido volumes de vendas maiores pela internet é Black Friday no Brasil”, ressalta.
Guasti, da Ebit, também comenta que o número de pessoas que realizam pesquisas no Google antes de concluir a compra pela internet tem crescido cada vez mais. “O consumidor se apoia Leandro Ribeiro, nas ferramentas de informações e na head de Autopartes do Mercado Livre comparação de produtos e preços. O Brasil tem crescido em um ritmo bastante alto e quem não estiver presente no e-commerce irá deixar de vender uma boa parcela rapidamente”, adverte. “Principalmente porque as novas gerações possuem o hábito da compra digital, comunicação e vida social na internet. Além disto, a internet traz muita conveniência ao consumidor”, completa. Falando sobre o segmento automotivo, Leandro Ribeiro, head de Autopartes do Mercado Livre, ressalta que a busca por informações a respeito dos produtos automotivos na internet tem aumentado exponencialmente. “Exemplo disso, é a categoria de Acessórios e Peças para Veículos, que é líder no ranking de vendas no Mercado Livre. Para aproveitar dessa tendência, disponibilizar todo o seu portfólio no site é fundamental para ampliar o potencial de conversão em vendas na plataforma. No mês de Junho/17 produtos das categorias como pneus, som automotivo, suspensão, freios, filtros e peças para motor tiveram a liderança em vendas na categoria Acessórios para Veículos”, revela.
E-commerce de sucesso Contudo, para estar presente nessa plataforma e ter uma atuação bem-sucedida, é preciso de muito planejamento. De acordo com o Sebrae, é preciso prestar atenção em 10 pontos: 1. Segmentação A segmentação proporciona menos concorrência e mais chances de alcançar a liderança no setor, além de demandar investimento inicial consideravelmente menor. O empresário precisa mapear as informações sobre o mercado consumidor, o mercado concorrente e o mercado fornecedor. É preciso também dividir o segmento em grupos de compradores potenciais que têm necessidades, desejos, percepções de valor ou comportamentos de compra semelhantes. 2. Promoção A divulgação do e-commerce em uma multiplicidade de canais - do e-mail marketing aos sites de buscas, passando pelas redes sociais, classificados, sites de compras coletivas, etc. – é fundamental para colocar o e-commerce no mapa da internet e do seu consumidor. É necessário conhecer as mídias, ferramentas e sites que podem ajudar o seu negócio a vender mais e melhor. 3. Marketing de relacionamento O investimento em um atendimento impecável ao cliente, com diversos canais de contato e respostas ágeis e prestativas, bem como a utilização desses canais para gerar vendas adicionais e conhecer melhor o perfil do consumidor, é um diferencial importante para seu negócio. Conhecer o perfil do consumidor é uma das principais regras para traçar estratégias de vendas para a micro e pequena empresa. E o empreendedor pode contar com as inovações tecnológicas para ficar de olho em seu cliente, conhecendo suas preferências. 4. Mobilidade Em um momento em que celulares, smartphones e tablets são cada vez mais ferramentas importantes de comercialização dos produtos, uma loja virtual que se adapte ao tamanho das telas é fundamental para potencializar as vendas e conquistar o consumidor.
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5. Tempo de carregamento
7. Preço
No comércio eletrônico, se a página da loja online demora a carregar, isso pode significar a perda imediata de clientes. A velocidade das informações do site é primordial na hora de um potencial consumidor escolher o seu produto. Imagens que não abrem completamente, arquivos pesados, entre outros problemas de navegabilidade, fazem os consumidores interessados nos produtos desistirem da compra, pois eles não esperam além do tempo necessário.
Formar preço de forma adequada - observando concorrência, analisando e conhecendo profundamente seu mercado de atuação e o seu público-alvo, e usando mecanismos de estabelecimento de preços dinâmicos - é um grande diferencial na hora de converter os clicks em compras. O investimento em sistemas que realizem essa atividade de maneira automática pode aumentar a lucratividade no comércio eletrônico.
6. Otimização de buscas
8. Prazo
Em um cenário de concorrência acirrada, adotar técnicas específicas para obter bons resultados em um site de buscas pode fazer a diferença na hora de o cliente escolher a loja virtual na qual irá realizar sua compra.
Uma entrega rápida e no prazo prometido, assim como uma gestão de logística interna eficiente para o processamento e envio do pedido, são diferenciais na hora de garantir a satisfação e fidelizar clientes para a loja virtual. Antes de criar o comércio eletrônico,
é necessário ter uma estrutura empresarial e um planejamento logístico que tem peculiaridades se comparado ao do comércio tradicional. 9. Métricas Utilizar um conjunto de parâmetros para medir a performance da loja virtual e dos seus processos internos é parte vital de uma estratégia digital e auxilia na tomada de decisão dentro da empresa. 10. Comunicação visual As informações visuais da sua loja online e a qualidade das fotos dos produtos vendidos também fazem a diferença para o sucesso do negócio. Para abrir uma loja virtual, é preciso conhecer estratégias de design, organização e usabilidade. Elas podem aumentar as chances de sucesso do empreendimento.
CURIOSIDADES, DE ACORDO COM A EBIT - WEBSHOPPERS 35ª EDIÇÃO 2017 REPRESENTATIVIDADE DO COMÉRCIO ELETRÔNICO EM 2016 • Na contramão da crise: E-commerce faturou R$ 44,4 bilhões, crescimento nominal de 7,4%.
As regiões Sul e Centro-Oeste registraram maior crescimento de participação nas vendas do comércio eletrônico. Já a região Sudeste registrou uma redução de crescimento.
com as compras em sites nacionais, o aumento no faturamento em 2016 foi impulsionado pela retração nas vendas de veículos novos e consequente necessidade de realizar manutenção na frota de automóveis usados (crescimento nominal de 58% em relação a 2015).
PRODUTOS MAIS VENDIDOS EM VOLUME FINANCEIRO
EXPECTATIVAS PARA 2017
• Quase ¼ do Brasil: 48 milhões de consumidores compraram no comércio eletrônico pelo menos uma vez no ano, alta de 22% ante 2015. • Sites internacionais: 21,2 milhões de consumidores gastaram US$ 2,4 bilhões em sites internacionais. • Mais smartphones: 21,5% das transações online foram realizadas via dispositivos móveis. Em 2015, o share do e-commerce foi de 12%. • Black Friday: Faturamento de R$ 1,9 bilhão em 25 de novembro equivale a 13 vezes a média de um dia comum. • Dois dígitos: Ebit prevê que o e-commerce deverá crescer 12% em 2017, com quase R$ 50 bi em faturamento. PERFIL DOS COMPRADORES A idade média do consumidor brasileiro permanece 43 anos, devido à entrada de novos consumidores com idade mais reduzida.
As categorias Acessórios e Automotivos e Casa e Decoração cresceram em 2016, principalmente pela crise que reduz a venda de novos veículos e aumenta o tempo dentro de casa.
CATEGORIAS MAIS COMPRADAS EM SITES INTERNACIONAIS A categoria de acessórios automotivos apresentou crescimento expressivo, ela ganhou três pontos percentuais em 2016. Traçando um paralelo
A Ebit prevê que o movimento de migração das vendas para o meio digital deva continuar e, desta forma, estima um crescimento nominal de 12% no faturamento do comércio eletrônico, atingindo um total de R$ 49,7 bilhões em 2017.
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TenDÊnCIa
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OPÇÕES PARA O CONSUMIDOR E LOJISTA Canal da Peça Com cerca de 3 milhões de cotações e pedidos de peças ao mês, realizados por 500 mil usuários (20% destes são reparadores), o Canal da Peça, plataforma digital especializada no processo de busca, compra e venda Fernando Cynrot, de peças no aftermarket fundador e diretor do Canal automotivo, possibilita da Peça que reparadores, frotistas e proprietários de veículos acessem informações técnicas de mais de 1 milhão de itens catalogados e realizem pesquisas de disponibilidade e preço em mais de 800 lojistas e distribuidores espalhados por todo o Brasil. Para comercializar através do Canal da Peça, Fernando Cynrot, fundador e diretor da plataforma, informa que os lojistas devem apenas preencher um simples cadastro no site e são automaticamente contatados e assessorados no processo de integração de seus estoques à plataforma. “O Canal da Peça oferece a funcionalidade de geolocalização, priorizando sempre o oferecimento do produto disponível mais próximo do comprador, diminuindo o tempo e custo de entrega, agilizando a instalação da mesma”, explica. Apesar do aftermarket automotivo “sofrer” menos do que outros setores com a recessão econômica, Cynrot acredita que a retomada do crescimento econômico representará uma grande oportunidade para os players do segmento, tanto no ambiente off-line quanto no
online. “O comércio eletrônico de peças vem crescendo mais de 50% ao ano ao longo dos últimos 3 anos e deve apresentar desempenho semelhante nos próximos três, devido à crescente inserção do hábito de consulta e compra de peças pela internet no dia a dia de profissionais do setor e proprietários de veículos. O volume de transações no Canal da Peça cresceu em média 16% ao mês no primeiro semestre de 2017. Acreditamos que a plataforma manterá sua atual taxa de crescimento, atingindo cerca de 200% de crescimento anual em 2017 comparado a 2016. Nosso objetivo é alcançar a mesma taxa em 2018”, pontua. Arsenal Car Com 15 mil itens para carros, vans e pick-ups, nacionais e importados, o site Arsenal Car (www.arsenalcar.com.br), é um dos maiores portais de e-commerce de peças e acessórios do Brasil e conta com ferramenta de busca avançada, em que é possível efetuar a pesquisa por marca do produto, modelo, ano do veículo e até mesmo pelo número original da peça procurada.
Thiago Micheloni, gerente da Arsenal Car
receber seu produto em casa. “Também temos um preço bem mais acessível que concessionárias e concorrentes”, destaca. Nossa expectativa é crescer pelo menos 15% este ano”, adianta. KDaPeça Segundo Armando Diniz, diretor Geral da DPK, o KDaPEÇA (www.kdapeca.com.br) é exclusivo para os clientes cadastrados na DPK. “Entretanto, estamos finalizando uma versão que será disponibilizada para todo o mercado. O KDaPEÇA foi desenhado para ser utilizado de maneira muito simples. Seu sistema de busca consegue cruzar todas as informações que o cliente digitar e trazer o resultado esperado, algo semelhante ao que o Google faz”, pontua.
Diniz comenta que toda informação disponibilizada é proveniente do Grupo DPaschoal. “Mostramos o CD mais próximo para compras de acordo com a Armando Diniz, cidade que o cliente é cadastrado. diretor Geral da DPK Entretanto, ele pode alterar a filial de compra como bem desejar. Caso seja alterado, o KDaPEÇA recalcula automaticamente Thiago Micheloni, gerente da Arsenal preço, estoque, impostos e opções de transporte”, Car, explica que todo o cadastro dos complementa. produtos é feito por uma equipe interna, que verifica todas especificações das “Hoje, contamos com mais de 7.000 clientes peças, incluindo peso e medida. “Hoje recorrentes fazendo buscas. Possuímos mais de temos mais de 1 milhão de acessos 100.000 itens cadastrados, até mesmo aqueles que ao nosso site mensalmente. São mais não comercializamos, a fim de entender cada vez mais de 130 marcas cadastradas, incluindo o mercado. Trabalhamos com todas as categorias de todas as categorias de produtos. produtos, as mais consultadas são: freio, filtros, direção/ Temos 20 montadoras nacionais e os suspensão e motor. Para compras e consultas, o itens mais buscados são kits de milha, KDaPEÇA está disponível 24h. Entretanto, toda nossa tapetes e faróis”. equipe de vendas é treinada e oferece suporte durante o horário comercial. Nossa expectativa para os próximos O portal está disponível 24 horas meses é que as vendas por este canal continuem e o cliente pode comprar todos os crescendo de maneira acelerada”, finaliza. produtos em até 10X sem juros e
POR DENTRO DAS TENDÊNCIAS Lançado no início de 2017, o Grupo Universal/Univel apresentou ao mercado o 1º e-commerce B2B do setor de reposição automotiva (www.universalautomotive. com.br). O objetivo da criação da loja virtual foi facilitar o processo de compras dos clientes e ter uma melhor administração do estoque. Deise Nóbrega, gestora de e-commerce B2B do Grupo, informa que, quando o cliente já é atendido pela operação física do Grupo Universal/Univel, o sistema integrado ao site é capaz de ofertar as mesmas negociações que o agente comercial disponibiliza “Desta forma potencializamos as vendas de forma única para cada cliente. Nossos agentes comerciais incorporaram o site à sua estratégia de vendas, uma vez que aumentaram o faturamento por cliente e sua comissão permanece a mesma da operação física. Uma união que resulta em aumento de vendas, Mix e
frequência de compras”, emenda. A loja virtual do Grupo está em fase de crescimento. Desde seu lançamento já conquistou mais de 50.782 usuários e mais de 383.523 visualizações de páginas de produtos. “Nosso grande tráfego é por quem busca itens da linha Universal/Univel (Ferragens), mas as demais linhas de produtos têm sido incrivelmente procuradas, como a linha Amortex, Uniflex e Micro Palhetas. Cada vez mais as outras marcas do Grupo se tornam conhecidas e requisitadas”, ressalta. Entre as funcionalidades do portal estão: disponível 24h; fácil
navegação e acesso único para cada cliente (CNPJ e Senha); maior portfólio de produtos do mercado com mais de 18.000 itens; lançamentos e promoções em primeira mão; preços líquidos, com a mesma negociação do agente comercial; não possui valor mínimo por pedido, desta forma o cliente poderá abastecer rapidamente seu estoque e não perderá mais vendas; rápido atendimento com profissionais qualificados para sanar todas as dúvidas do seu processo de compras, via WhatsApp; atualização e acompanhamento do pedido em tempo real, e rápida entrega com Deise Nóbrega, do opção dos Correios e Campanha de Grupo Universal/Univel Frete Grátis.
CaPa
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INSPEÇÃO VEICULAR PARA VEÍCULOS A DIESEL A expectativa é que ela comece em 2018 no Estado de São Paulo. Entidades do setor defendem a sua importância
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m fevereiro deste ano, o governo Geraldo Alckmin anunciou a intenção de implementar, em 2018, a inspeção veicular para veículos a diesel no Estado de São Paulo, nos moldes da inspeção que foi realizada na cidade paulistana entre 2009 a 2014, incluindo os veículos que trafegam pelo Estado. De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, ainda não há prazo definido para que ela de fato aconteça. A Cetesb aguarda o final da tramitação do Projeto de Lei que está na Assembleia Legislativa, instituindo o PIV em todo o Estado, para depois se posicionar a respeito. E a inspeção veicular para veículos a diesel é defendida por todas as entidades do setor como um benefício à sociedade, e como um ponto de partida para que ela também abranja os demais meios. Conforme o Detran, a frota a diesel no Estado de São Paulo é de 1,7 milhão de veículos. Já pelo levantamento do Sindipeças, ela chega a cerca de 500 mil, pois o estudo considera apenas a frota circulante. “O que esperamos é a retomada de
Visão similar tem o presidente do Sincopeças-SP, Francisco De La Tôrre. “Já ficou comprovado que a medida traz resultados eficazes para a redução de | Ingo Pelikan, presidente emissão de poluentes, o que contribuiu do IQA para diminuição dos índices de doenças Conforme ele, o que há hoje é a inspeção de ônibus urbanos e escolares, bem como de táxis, pela respiratórias que afetam a população (ver Box)”, informa. SPTrans. “Eu tive o prazer de ver como ela “São inúmeros os benefícios que a inspeção traz à é feita e, infelizmente, ainda é de forma muito visual, por amostragem, e com população. O principal deles é a melhoria da qualidade o uso de apenas dois equipamentos, do ar que pode salvar vidas. Estudos já comprovaram o dicibelímetro (mede nível de ruído) que a inspeção ambiental na cidade de São Paulo e opacímetro (mede densidade da ajudou a reduzir significativamente a emissão de fumaça). E o índice de rejeição é muito poluentes (ver Box)”, defende Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional. grande”, lamenta.
| Gábor Deák, conselheiro do Sindipeças
eficácia. Ao buscar ações efetivas para a melhoria das emissões, haverá grande benefício em relação à qualidade do ar e à saúde da população”, diz.
um processo que, no meu entendimento, jamais deveria ter sido interrompido. Em um primeiro momento, a verificação do estado dos veículos e assegurar que eles atendam às condições ambientais para que haja controle da poluição. Em um segundo, que a inspeção abranja as condições de segurança”, afirma Gábor Deák, conselheiro do Sindipeças.
Ingo Pelikan, presidente do IQA, comenta que a questão ambiental é um dos fatores essenciais deste provável programa. “A poluição ambiental é uma das grandes preocupações globais e precisa ser tratada com muita ênfase e
Eficácia Na opinião do executivo do Sincopeças, “o programa precisa ser perene para que a eficácia seja sentida pela população. Ele não pode ser interrompido de uma hora para a outra como já aconteceu”, destaca. Para Fiola, além
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de fiscalização de itens de segurança, como já acontece nos Estados Unidos, União Europeia, México, Chile, Canadá e Japão, a inspeção deveria incluir componentes de segurança, visando a redução de acidentes de trânsito.
por instalação de produtos de baixa qualidade”, diz.
De acordo com ele, isso foi observado durante o período de vigência da inspeção ambiental na capital, em que houve um forte aquecimento no primeiro ano e um fluxo bom e “É comum vermos notícias de sustentável no período seguinte. Em acidentes que ocorrem no Brasil em que nome do Sindipeças, Deák comenta que caminhões e ônibus com problemas | Francisco De La Tôrre, mais do que incremento de negócios, o de manutenção provocam tragédias presidente do Sincopeças-SP mais importante da inspeção é que o e mortes. Isso poderia ser evitado se houvesse uma fiscalização anual”, diz Fiola. Para Pelikan, veículo voltará à sua condição original. uma forte divulgação junto à sociedade é fundamental “Até porque o aftermarket representa algo em torno para que todos os envolvidos valorizem e respeitem a de 20% a 25% dos nossos negócios, e um pequeno inspeção veicular. aumento não será capaz de reverter as dificuldades “Em diversos países, esta prática já está totalmente que o setor tem passado nos últimos anos. Assim, a incorporada na rotina das empresas e das pessoas. Um minha visão é que a inspeção veicular debate profundo entre as entidades envolvidas também irá impactar muito mais no aspecto é essencial para que as mesmas se unam e tenham um ambiental e quando for focada na interesse comum para esta prática, pois no final todos questão de segurança, isso fará com que os veículos pelo menos voltem à terão benefícios e ganhos”, afirma o presidente do IQA. sua condição original”, explica. O mesmo defende Gábor Deák. “Todos têm muito a “Ainda não sabemos ao certo, mas ganhar com a inspeção veicular. Nós temos uma frota a diesel relativamente idosa e grande que circula pelo com certeza (a inspeção) promove Estado de São Paulo, sem nenhum controle sobre o um incremento nos negócios por ponto de vista de emissões e de segurança. Se o Estado estimular a prática da manutenção seja de São Paulo, que é o principal do País e tem a maior preventiva ou corretiva após inspeção”, frota, adotar a inspeção isso será um passo importante afirma Fiola. Ele lembra que quando | Antonio Fiola, havia a inspeção na capital paulista, ela para colocar as coisas em ordem”. do Sindirepa-SP foi uma oportunidade do setor para mostrar aos clientes que a revisão é necessária para Para a reposição que o veículo rode em boas condições. “O apelo apenas Nas palavras de De La Tôrre, “há uma demanda educativo não tem tanto impacto como uma legislação reprimida para esta frota devido à falta de manutenção específica”, ressalta. e com a inspeção haverá um aquecimento nas vendas e E na opinião de Ingo Pelikan, primeiramente, é nos serviços para atender à exigência com incremento de peças de melhor qualidade, pois, o consumidor necessário entender quais são as exigências legais que temerá um possível retorno às plataformas de inspeção deverão ser cumpridas pelo programa de inspeção e
discuti-las em profundidade com as entidades do setor. “Com base nisso, fazer um mapa estratégico do seu negócio para avaliar quais serão as demandas necessárias, tanto técnicas quanto organizacionais”, sugere. Além disso, ele destaca que é preciso preparar bem o time de trabalho para a capacitação destas exigências técnicas com foco na execução do trabalho e no perfeito atendimento ao cliente. “Mesmo sendo de cunho voluntário, a certificação da oficina poderá contribuir muito para o atendimento de todos os requisitos necessários”, ressalta. Estímulo E a inspeção veicular pode estimular a própria manutenção preventiva. Nesse aspecto, Pelikan comenta que ela, primeiramente, deverá gerar uma quebra de paradigma e uma maior preocupação com ações preventivas para que o usuário não tenha problemas quando efetuar a inspeção.
presidente
Segundo ele “nossa cultura é bem criativa, mas neste aspecto deverá ter uma nova postura e entender que a inspeção não é apenas uma forma de controlar e gerar custos, mas sim de trazer benefícios para as pessoas e a sociedade. Sendo assim, a manutenção periódica tem grandes chances de ser inclusa na rotina das pessoas”.
Para Antonio Fiola, “sendo uma medida obrigatória, ela vai forçar o motorista a cuidar melhor do veículo para mantê-lo em boas condições”. E Francisco De La Tôrre complementa: “a legislação acaba tornando-se a forma mais eficaz de promover a prática da manutenção preventiva, criando a cultura, assim como já acontece em outros países”, conclui.
RESULTADOS
POLUENTES
SEGURANÇA
Durante o período de inspeção na cidade de São Paulo, um levantamento mostrou que houve redução na emissão de poluentes tóxicos pela melhoria da manutenção da frota que equivaleria à retirada de circulação de 1,4 milhão de automóveis e motos para monóxido de carbono, 850 mil automóveis e motos para hidrocarbonetos e 36 mil veículos diesel (caminhões, ônibus, vans, picapes, etc.) para material particulado (base ano 2012).
Segundo estudos da Faculdade de Medicina da USP, durante a inspeção ambiental na cidade de São Paulo, a redução dos poluentes diminuiu a mortalidade na Capital (559 mortes prematuras) e a morbidade (1.515 internações foram evitadas anualmente). Dividindo o custo das inspeções pelo número de mortes evitadas, chega-se a R$ 10 mil por vida salva, o que caracteriza este programa como o de maior custoefetividade para a saúde pública, gerando uma economia para os cofres públicos de cerca de US$ 79 milhões por ano.
No quesito segurança, a maioria dos acidentes de trânsito é provocada por motoristas. Mas, se este estiver dirigindo um veículo em perfeitas condições em vias bem cuidadas e bem sinalizadas, a capacidade de resposta para evitar o possível acidente será bem maior, reduzindo, assim, drasticamente as mais de 42 mil mortes/ano nos acidentes de trânsito no Brasil.
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NOVA SOLUÇÃO PARA OS DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA Michelin lança pneu desenvolvido para oferecer mais segurança e economia, com ganhos de até 10% no rendimento quilométrico em 1ª vida | Escultura Blocante 3D T E X TO: S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO | Michelin x Core
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om o intuito de oferecer o melhor para a segurança, economia e pontualidade dos transportadores, a Michelin lançou no mês de junho uma nova solução para os desafios no transporte urbano, de passageiros e carga. O pneu Michelin X Incity Z chega ao mercado para proporcionar benefícios a todos os envolvidos na cadeia do transporte urbano: passageiros, motoristas, gerentes de frota e empresários. “Contribuir para a melhor mobilidade das pessoas e dos bens é a razão de ser da Michelin. A inovação está em nosso DNA e, com o lançamento do pneu Michelin X Incity Z, mais uma vez, mostramos que estamos atentos às necessidades de nossos clientes, agregando valor ao transporte urbano do Brasil”, afirma Nour Bouhassoun, presidente da empresa para a América do Sul.
| Forcion
Segundo Antonio Crespo, diretor de Marketing e Vendas de pneus de ônibus e caminhão da Michelin América do Sul, “o pneu está entre os principais custos dos transportadores. A empresa trabalha permanentemente no desenvolvimento de novos produtos e serviços que contribuem para uma operação financeira saudável, com mais produtividade para o transportador e segurança para a sociedade”. Desenvolvido para uso
em todos os eixos e otimizado para eixo direcional de ônibus urbano e caminhões, o lançamento reúne o mais moderno conjunto de tecnologias em um único pneu. “Entre os grandes diferenciais do Michelin X Incity Z está a escultura inovadora, que se transforma durante o uso, o que faz com que o pneu ganhe uma ‘nova cara’ conforme sua utilização. O resultado para o cliente é maior segurança durante a rodagem, devido à manutenção do mesmo nível de aderência durante toda a 1ª vida do pneu (em relação ao pneu 275/80 R22.5 X INCITY XZU3), e a redução do custo operacional com a maior quilometragem”, explica Renato Silva, gerente de Marketing Produto da Michelin América do Sul. Tecnologias Graças à tecnologia Regenion, o Michelin X Incity Z inicia sua vida com 3 sulcos expostos e termina com 5. Devido ao novo desenho da banda de rodagem, a escultura do novo pneu evolui com o uso, se transformando e garantindo o mesmo nível de aderência em toda a 1ª vida, além de uma maior quilometragem. Entre as outras tecnologias estão a Escultura Blocante 3D, que oferece mais resistência do pneu e segurança no transporte, desenvolvida para minimizar o processo de deformação da banda de rodagem do pneu, em arrancadas e freadas do veículo; a tecnologia Forcion, inovadora mistura de borracha da banda de rodagem que proporciona maior resistência à abrasão com o solo, menor velocidade de desgaste do pneu e menor resistência ao rolamento do pneu. E também a Carcaça com tecnologia Michelin X Core, desenvolvida para suportar as fortes solicitações em
freadas, arrancadas, manobras e curvas no uso urbano, graças ao: novo composto interno de borracha, que reduz a infiltração, talão reforçado, que dá maior resistência à sobrecarga e aquecimento e redução da distância entre os cabos internos para uma maior resistência às agressões e danos na banda de rodagem. Frota certa A companhia também apresenta a oferta Frota Certa, serviço inovador que oferece soluções em torno do pneu para otimizar a gestão da frota do transportador. O serviço é realizado pela rede de distribuição Michelin, que conta com profissionais capacitados e alta tecnologia para realizar as inspeções regulares no cliente. O serviço é feito diretamente no usuário através da visita do responsável técnico, que verifica a pressão e a profundidade da escultura, além de identificar eventuais anomalias. Os dados apurados são processados, armazenados e automaticamente transformados em relatórios, que poderão ser acessados pelos usuários no portal da oferta Frota Certa, a qualquer momento, em qualquer aparelho com internet. Além desse diagnóstico, regularmente, a Michelin presta uma consultoria, ajudando os frotistas a transformarem todas essas informações em ações concretas para melhoria da gestão do seu negócio. A oferta contribuirá para proporcionar mais segurança, produtividade e redução do custo operacional para as empresas. Ao informar, de forma rápida e simples, a situação em que se encontram os pneus, alertando sobre a necessidade de calibragem, rodízio e/ou alinhamento, a solução proporciona o aumento da performance de pneu. | Regenion
FIQUe De OLHO
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Veículos pesados: amortecedores em dia garantem mais segurança na estrada De acordo com Juliano Caretta, coordenador de Treinamento Técnico da Monroe, os amortecedores são os principais componentes do sistema de suspensão e os responsáveis por manter o contato permanente dos pneus com o solo. Além das más condições das estradas, a deterioração de outros componentes internos da suspensão são os maiores causadores de problemas nos amortecedores. A empresa recomenda a revisão periódica das peças a cada 10.000 quilômetros ou conforme especificação da montadora.
Wix Filters apresenta nove filtros para linha pesada
a Wix Filters Brasil, uma das marcas do grupo Mann+Hummel, uma das maiores fabricantes do mundo em soluções de filtragem, apresenta nove lançamentos de filtros destinados a veículos da linha pesada das montadoras Volvo, Man, Iveco, Mercedes-Benz e Scania. os lançamentos são elementos filtrantes do óleo lubrificante, do combustível e ar, além dos filtros desumidificador e blindado de combustível.
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Novo lançamento Hengst Focada na qualidade de seus produtos e processos, a Hengst apresenta ao setor o filtro de combustível separador de água H392WK para Caminhões e Ônibus Volvo - FH/FM/FMX/NH 9-1011-12-13-16. Número original: 21389745. A Hengst oferece para o mercado livre de peças de reposição um sortimento de filtros completo para todos os tipos de motores correntes, além da ampla gama de produtos da Hengst com soluções de filtração para a tecnologia industrial e ambiental.
Valeo lança embreagens para mais de 30 mil veículos pesados
referência na fabricação e desenvolvimento de tecnologias para embreagens de veículos pesados, a Valeo Service lança duas novidades para o setor: os kits de embreagem 395mm, para os veículos Man Volkswagen Constellation 24-280 e 17-280, e as embreagens 430mm, para o Scania Série 3. as novidades, desenvolvidas especialmente para o aftermarket, atendem a uma demanda do mercado e incrementam a cobertura da frota de veículos pesados por produtos Valeo Service.
E-klass lança mais um item de reposição para a linha pesada a fabricante apresenta um novo item de reposição para a linha pesada, a bomba de combustível eBC1065 a Diesel com aplicação para VW Caminhões 15-180 e 17 MB 710. esse novo produto do grupo Vetor vem para agregar o portfólio da empresa e atender toda a frota nacional. Para mais informações, acesse ao portal da empresa www. vetorauto.com.br.
Wabco assina contrato global de fornecimento de controle para transmissão manual automatizada A WABCO Holdings Inc. (NYSE: WBC), fornecedora global líder em tecnologias e serviços que melhoram a segurança, a eficiência e a conectividade de veículos comerciais, anunciou que a Daimler Trucks ampliou seu contrato de longo prazo com a WABCO para fornecimento da nova tecnologia de controle de transmissão manual automatizada (AMT), que será utilizada na produção de seus caminhões na Europa, América do Norte, Japão e América do Sul.
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NOVO COMANDO NA MERITOR Adalberto Momi assume a diretoria Geral para América do Sul. Dobrar as vendas para o mercado de reposição é uma das metas T E X TO: K A R I N F U C H S | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
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pós 18 anos de carreira na Meritor, Silvio Barros passa o bastão para Adalberto Momi, que assume o cargo de diretor Geral para América do Sul. Anteriormente, ele ocupava o posto de diretor Geral de Assuntos Corporativos para Eixos Cardans, e soma 40 anos de empresa. Um dos seus desafios é dobrar as vendas para o mercado de reposição nos próximos dois ou três anos, conforme anunciado em almoço para a imprensa, no mês de junho. “Este é um segmento muito importante para nós, ele é extremamente competitivo, mais do que o das montadoras. O nosso foco é dobrar as vendas no aftermaket em até três anos”, validou Momi. Atualmente, o mercado de reposição representa 10% das vendas da Meritor no Brasil. Para este ano, a previsão é que este percentual chegue a 15%. E Silvio Barros comentou o quanto a empresa se transformou em uma
| Adalberto Momi, diretor Geral para América do Sul da Meritor
companhia de engenharia global. “Nós temos produtos que outras indústrias não têm, e em um prazo de três anos a divisão de aftermarket deverá ser a mais importante na América do Sul”, afirmou. E para conquistar cada vez mais o mercado de reposição, a Meritor tem apostado em inovações e soluções. “Entre eles, com o lançamento da linha de óleos lubrificantes para eixos diferenciais”, citou Momi, acrescentando que o objetivo é mostrar aos reparadores e clientes as vantagens da empresa, e mais do que vendas, passar conhecimentos de aplicação. Recentemente, foi lançada a plataforma de cursos gratuitos a distância, a Universidade Meritor.
Credenciadas Outra novidade da Meritor é o projeto de postos autorizados, oficinas credenciadas com alto padrão de qualidade focadas na manutenção de diferencial e eixos trativos; projeto que deve ser colocado em prática ainda no segundo semestre deste ano, além de investimentos constantes. Somente a unidade de Osasco (SP) recebeu US$ 15 milhões em modernização de processos produtivos. De acordo com Momi, “a Meritor tem se posicionado cada vez mais não apenas como fornecedora de eixo, mas de soluções com tecnologia bastante avançada. Somente nos meses de abril e maio nós tivemos o melhor período de produção dos últimos dois anos, com um crescimento de 18%”, disse o executivo, que vê sinais de recuperação da economia do País. “Foi a primeira crise longa, um aprendizado para o Brasil e para os executivos. Com certeza o País sairá mais fortalecido dela e a indústria também. Nossa indústria está reagindo e acredito que ela terá um crescimento sólido e constante”, prevê. No ambiente da macroeconomia, ele falou sobre a safra agrícola deste ano, que deverá chegar a mais de 230 milhões de toneladas de grãos e gerar maior movimento de caminhões pelas estradas pedagiadas. Ainda de acordo com ele, a crise econômica gerou uma demanda reprimida de compra, o que também deverá favorecer a retomada. “Há alguns gargalos que ainda são preocupantes, como a instabilidade
| Silvio Barros
política, dólar instável, frota inativa nos pátios das transportadoras e a dificuldade da reação da cadeia produtiva para o aumento da produção. Contudo, as chances de retomada são grandes”, explicou.
Vanguarda A Meritor foi pioneira no desenvolvimento de novas tecnologias com destaque para localização e fabricação de eixos com solda a laser 17X e 18X – que aumenta a capacidade de carga trativa, nacionalização de componentes com considerável redução de peso, desenvolvimento de eixo com duas velocidades (específico para o mercado brasileiro), além da tecnologia Logix Drive, que funciona de forma eletrônica junto aos eixos, controlando o nível de óleo do diferencial conforme o torque exigido. O mais recente lançamento foi o eixo Detachable Tandem, que pode ser aplicado em qualquer configuração de caminhões traçados, possibilita o desengate de um dos eixos trativos na configuração tandem (6x4), permitindo, assim, que esse eixo trativo seja levantado sempre que o veículo estiver descarregado (configuração 4x2). Entre as principais vantagens está a redução do consumo de combustível de até 4%, se comparado à utilização do veículo com os dois eixos no solo.
Perfil De origem americana, a Meritor é um fornecedor global de amplo portfólio de sistemas integrados, módulos e componentes para fabricantes de equipamentos originais e aftermarket no segmento de transportes e industrial. Na América do Sul suas operações se concentram no Brasil. Na unidade de Osasco (SP) são produzidos eixos, cardans e componentes para veículos comerciais e fora-de-estrada, e a operação brasileira conta com um centro de engenharia, responsável pelo desenvolvimento de produtos.
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DISTrIBUIDor | P O R: R E DAÇ ÃO | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
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FESTA JUNINA
ODAPEL
REALIZADO PELO TERCEIRO ANO, EVENTO REÚNE AMIGOS, FORNECEDORES PARCEIROS E COLABORADORES
Mariana Contesoto, MARKETING DA ODAPEL
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omo de costume, a odapel realizou no dia 30 de junho sua tradicional festa junina no estacionamento da empresa, localizado na av. Jaguaré, 551, Jaguaré, São Paulo (SP). o evento reuniu cerca de 160 pessoas entre amigos, fornecedores parceiros e colaboradores. aliás, a realização da festa só foi possível graças ao importante apoio dos fornecedores parceiros, que possibilitou à empresa a montagem das suas tradicionais barracas e a oferta ao público de uma noite agradável regada a muita comida, música, brincadeiras e diversão. Presença no setor Há mais de 50 anos no segmento, a odapel Distribuidora de autopeças ltda. conta com sua Matriz localizada em São Paulo e mais 5 filiais. a empresa está presente em 6 estados, são eles: goiânia (go), Contagem (Mg), rio de Janeiro (rJ), Curitiba (Pr), Campinas (SP) e Palhoça (SC).
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CONECTIVIDADE AVANÇA NO MERCADO DIESEL Por: MaUrÍCIo laVoraTTI*
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crescente a influência da conectividade nas decisões estratégicas atuais, relacionadas aos negócios do mercado Diesel. As inovações avançam tanto nos processos de manufatura, nos sistemas que realizam trabalhos remotos de engenharia a partir de unidades de comando conectadas, quanto nos veículos comerciais equipados com avançados sistemas de gerenciamento de frotas. Altamente difundido na Europa, Japão e Estados Unidos, o uso da conectividade nas aplicações Diesel é cada vez mais presente no Brasil. Montadoras e sistemistas vêm avançando no desdobramento de soluções de suas matrizes à medida que o usuário final enxerga os benefícios. Num futuro não muito distante, a conectividade se tornará ferramenta essencial e desejada pelo usuário e não mais somente um acessório de luxo. Não haverá nenhuma máquina de construção, logística ou agricultura
desconectada. Frotas inteiras estarão conectadas para uma melhor compreensão das operações. Todo o trabalho de Big Data que será gerado ao usuário final representará terreno fértil para a otimização de custos operacionais, portanto fator decisivo de competitividade. No campo dos projetos de engenharia, a conectividade também avança. Hoje ser competitivo com testes de engenharia com mão de obra humana é quase impossível em função do fator custo. São necessárias muitas pessoas para estudar o comportamento das aplicações no campo e só depois disso, com base em todas as informações, tomar ações que possivelmente precisarão de outras validações. Não temos mais espaço para investimento de recursos tão escassos como o próprio tempo. O avanço da conectividade reduzirá a necessidade de pessoas no campo. Bastará colocar uma unidade de comando conectada no veículo para o envio automático das
informações por meio de softwares de tratamento a custos competitivos. Dessa maneira, a tecnologia proporcionará uma base maior de conhecimentos para a otimização de todos os processos com menor investimento. A conectividade também deve evoluir com o Rota 2030, que tem aberto as portas para discussões não somente relacionadas à Indústria 4.0, como também ligadas à conectividade nas aplicações automotivas. Caso o programa em desenvolvimento se consolide conforme vem sendo desenhado, certamente vai acelerar a introdução da conectividade nas aplicações Diesel nos próximos anos. Estes e outros assuntos serão debatidos no 14º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia e Motores Diesel, que se propõe a avaliar e debater o atual cenário de inovações na ótica da indústria, da universidade e do governo. O encontro será realizado no Teatro Positivo, em Curitiba (PR), dias 22 e 23 de agosto. * Diretor de Engenharia da Bosch e chairperson da Comissão Organizadora do 14º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia e Motores Diesel
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QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS ERROS QUE AFASTAM OS CLIENTES? Por: CarloS CrUZ*
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* Diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas) - www.ibvendas.com.br
ma das principais missões de um profissional de vendas é atrair a atenção de um consumidor. No entanto, uma questão muito comum nessa área é: como fazer para que os clientes não saiam correndo do seu negócio?
Trabalhar com pessoas exige delicadeza, algumas medidas e cuidados são essenciais para obter sucesso na área. Para isso, é necessário, primeiramente, saber que para vender é preciso ir muito além de uma conversa superficial. Abaixo, listo quatro erros fatais, que podem fazer o comprador ir buscar a solução que procura na loja ao lado:
Falta de empatia
Os clichês
- Crie identificação com o comprador e transmita boa impressão. Cuide da aparência e aja de acordo com o perfil de cada cliente para inspirar as compras. As pessoas têm tendência em confiar e se relacionar com quem possui algo em comum com elas;
- Ao contrário do sucesso, jargões, exageros, mentiras e falar demais podem atrapalhar a negociação. A sinceridade é muito mais bem vista e aceita pelos clientes que uma simpatia exagerada, que soa como falsidade. Portanto, saiba usá-la moderadamente;
Não seja muito invasivo
Despreparo e insegurança
- Pergunte, mas também saiba ouvir. Fuja do monólogo, busque sempre o diálogo e nunca se esqueça de que cautela é essencial. Entenda o que o cliente quer e trabalhe para resolver os seus problemas. Lembre-se que o vendedor é um solucionador e ajuda quem o procura a suprir necessidades e realizar sonhos;
- Estude sempre e busque profissionalização. Mantenha-se informado sobre os produtos que vende e os mercados nos quais estão inseridos, participe de palestras e cursos preparatórios, leia obras importantes na área e fique antenado às tendências e acontecimentos.
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enTIDaDeS
| BALCÃO AUTOMOTIVO | JULHO DE 2017 |
NÚMEROS do setor
P O R: R E DAÇ ÃO | F OTO: D I V U LG AÇ ÃO
Novas expectativas e resultados do primeiro semestre
A
s novas projeções de vendas, produção e exportação de autoveículos para 2017 da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, apontam um crescimento de 35,6% nas exportações, o que significa chegar ao fim deste ano com 705 mil unidades enviadas para outros países – a projeção anterior era de crescimento de 7,2%. Esta mudança, em conjunto com a diminuição da participação de importados, levou a uma previsão maior também na produção: saltou de 11,9% para 21,5%, alcançando 2,62 milhões de unidades ao término do ano. Para as vendas ao mercado interno a previsão manteve-se inalterada. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, a revisão foi necessária em decorrência, essencialmente, do resultado positivo das exportações: “Nossa previsão inicial para as exportações já era bastante relevante, mas com o aumento mês a mês do resultado foi preciso rever nossos números para cima, o que é extremamente importante para o setor automotivo por impactar diretamente na produção. Entretanto, o resultado do mercado interno ainda apresenta estabilidade e não é suficiente para ocupar a capacidade ociosa que a indústria apresenta”. As projeções para o segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias também não foram alteradas. Sobre os resultados, o licenciamento de autoveículos em junho ficou em 195 mil unidades, praticamente estável a respeito das 195,6 mil vendidas em maio e maior em 13,5% contra as 171,8 mil do mesmo mês do ano passado. No primeiro semestre deste ano 1 milhão de unidades foram comercializadas, crescimento de 3,7% ante as 983,5 mil de 2016. De acordo com Megale, “a média diária de vendas em junho foi a melhor do ano até agora e este é o segundo mês consecutivo de crescimento sobre o mesmo mês do ano anterior. Isto representa
mais um sinal da estabilização no comportamento dos negócios da indústria automobilística. Se tivermos um ambiente político mais estável e com alguns indicadores macroeconômicos positivos, a tendência é de retomada”. As exportações apontaram para mais um recorde para a indústria automobilística este ano: foi o maior volume exportado em um primeiro semestre na história. Com 372,6 mil unidades enviadas para outros países em 2017, houve um aumento de 57,2% ante as 236,9 mil do ano passado. Somente em junho foram negociadas 66,1 mil unidades, 9,3% abaixo das 72,8 mil de maio e 40,9% maior no comparativo com as 46,9 mil de junho de 2016. Na produção, o sexto mês deste ano registrou 212,3 mil unidades fabricadas – diminuição de 15,4% contra as 250,9 mil de maio e acréscimo de 15,1% na análise com as 184,5 mil de junho anterior. No acumulado do ano o setor apresentou resultado superior em 23,3%, com 1,3 milhão de unidades em 2017 e 1 milhão no ano passado.
Fenabrave Conforme divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, Fenabrave, no primeiro semestre de 2017 foram emplacadas 1.505.453 unidades ante 1.592.711 no mesmo período de 2016, o que representou uma queda de 5,48% para todos os setores somados. A entidade também anunciou novas projeções para o segmento em 2017. Segundo a Fenabrave, considerando todos os mercados, o resultado deste ano deve cair 1,6% em relação a 2016. Para os setores de automóveis e comerciais leves, a expectativa é de alta de 4,3%. Já para caminhões e ônibus, deve haver queda de 10,2% (-11,5% para caminhões, -5,5% para ônibus e -7,1% para implementos rodoviários). O segmento de motocicletas deverá cair 13,5%, de acordo com a entidade.
Abeifa As dezessete marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, Abeifa, com licenciamento de 13.289 unidades, anotaram no primeiro semestre baixa de 27% ante igual período de 2016, quando foram vendidas 18.200 unidades. No desempenho de vendas no mês de junho, porém, houve uma pequena alta. Passados os primeiros seis meses do ano e mesmo diante de cenário econômico instável, José Luiz Gandini, presidente da Abeifa, refaz a projeção de fechamento em 2017. “No início do ano, havíamos estimados 25 mil unidades para 2017. Mas, como chegamos a pouco mais de 13 mil veículos no semestre, podemos ter um pequeno alento e chegarmos a 27 mil unidades neste ano. Ainda assim fecharemos o ano abaixo das 35.852 unidades de 2016”.
Abraciclo Nos primeiros seis meses do ano foram produzidas 423.750 motocicletas, o que representa queda de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram fabricadas 464.732. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, Abraciclo. Apesar deste cenário, a entidade mantém as projeções de estabilidade informadas no início do ano: 910 mil motocicletas produzidas no acumulado de janeiro a dezembro, o que representará alta de 2,5% com relação as 887.653 unidades de 2016. O levantamento da entidade mostra também que em junho saíram das linhas de montagem 50.259 unidades, recuo de 38,5% com relação ao mesmo mês do ano passado (81.762). Na verificação com maio a redução foi de 35,3% (77.730).
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NOTÍCIAS SINCOPEÇASSP
Fale com o Presidente Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e o presidente da FecomercioSP, Abram Szajman
O empresário varejista tem linha direta com a Presidência do Sincopeças-SP no Portal da Autopeça. A íntegra das notícias e legislações citadas abaixo pode ser encontrada em www.portaldaautopeca.com.br
Francisco Wagner de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP
MINISTRO DO TRABALHO DEBATE REFORMA TRABALHISTA NA FECOMERCIO SP Ronaldo Nogueira pôde acompanhar o trabalho da instituição para informar empresários e trabalhadores sobre detalhes das alterações propostas no projeto
Câmara do Comércio Varejista realiza reunião ordinária O presidente do Sincopeças-SP, Francisco De La Tôrre, integrou a mesa diretora da 5ª reunião ordinária da Câmara do Comércio Varejista, realizada em 20 de junho na FecomercioSP
O presidente da FecomercioSP, Abram Szajman, encontrouse na segunda-feira, 26, para almoço com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. O encontro foi acompanhado por presidentes de sindicatos. O tema da reunião foi a reforma trabalhista proposta pelo governo do presidente Michel Temer, em tramitação no Senado. A FecomercioSP apoia o projeto e tem agido de forma ampla para divulgar e informar cidadãos e empresários sobre as alterações propostas no projeto governamental. O presidente do Sincopeças-SP e vice-presidente do
COMÉRCIO É AUTORIZADO A COBRAR PREÇO DIFERENTE DE ACORDO COM O MEIO DE PAGAMENTO Sincopeças-SP mantém enquadramento sindical de empresa em ação judicial movida pelo sindicato dos metalúrgicos da baixada santista Algumas entidades de defesa do consumidor se manifestaram contra a autorização. Para a Proteste, é “abusiva” a diferenciação de preços em função da forma de pagamento. “Ao aderir a um cartão de crédito o consumidor já paga anuidade, ou tem custos com outras tarifas e paga juros quando entra no rotativo. Por isso, não tem porque pagar mais para utilizá-lo”, disse a Proteste em nota divulgada após o anúncio da medida. A associação recomenda ao consumidor que não adquira bens e serviços em empresas que adotarem a prática.
Francisco De La Tôrre (primeiro à direita), presidente do Sincopeças-SP, integrou a mesa diretora
Os temas abordados foram: 1. PALAVRA DO PRESIDENTE
Comércio
2. MOMENTO ECONÔMICO 3. VISITA DR. HUSSEN GENHA 4. ASSUNTOS DOS SINDICATOS • Visita à Secretaria de Segurança Pública: Feirinhas e Delegacia do Consumidor • Visita ao Procon • Visita à Deputada Keiko Ota • Orientação para as eleições dos Sindicatos • Prestação de contas 5. ENCERRAMENTO Fonte: FecomercioSP
Um dos principais temores é que se torne comum o embutimento dos custos do cartão já no preço anunciado dos produtos. Dessa maneira, ao conceder o desconto à vista, o comerciante estaria na verdade cobrando o que seria o preço normal. Para entidades representativas do comércio, o risco dos custos do cartão virem embutidos nos preços anunciados já existe, mesmo sem a medida, e a legalização de preços é positiva não só para lojistas, mas também para o consumidor, por conferir maior liberdade nas relações comerciais. “Existe uma coisa que se chama concorrência. Nada impede aumentar o preço e depois dizer que o desconto é promoção. No mercado você tem liberdade de preços, não vejo que isso vai alterar em nada”, disse Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo. “Não vai mudar muito em relação ao que é hoje, a não ser a segurança para quem já faz a diferenciação de preços”, completou o economista.
Sincopeças Brasil, Francisco De La Tôrre, participou do encontro e apresentou ao ministro uma proposta de flexibilização para que as pequenas empresas participem do programa do primeiro emprego. O ministro acatou a sugestão e está convocando seu corpo técnico para estudar o assunto. Segundo De La Tôrre, a legislação atual inviabiliza essa contratação. “Entendemos que o fim de algumas obrigações que dizem respeito ao primeiro emprego trariam facilidades para o pequeno empresário. Em virtude das grandes dificuldades que temos em formar profissionais para serem
vendedores de autopeças, a possibilidade de nos valer da lei do primeiro emprego, com normas e obrigações mais flexíveis, ajudaria muito nossos negócios. Afinal, 80% de nossos representados são EPPs – empresas de pequeno porte e, somente no Estado de São Paulo, respondem por estimados 180 mil colaboradores”, argumenta De La Tôrre. Nessa oportunidade também foi apresentado ao ministro Nogueira o trabalho que a FecomercioSP tem feito para promover o tema, que pode ser conferido no site da entidade.
SP cobra dívidas de ICMS sobre vendas para outros Estados A Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz) notificará nesta semana empresas que vendem para consumidores finais de outros Estados e que devem ICMS sobre essas operações (diferencial de alíquota) A Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz) notificará nesta semana empresas que vendem para consumidores finais de outros Estados e que devem ICMS sobre essas operações (diferencial de alíquota). Com a medida, o contribuinte terá a possibilidade de quitar seus débitos sem o pagamento de multa punitiva, que pode chegar a 150% do tributo devido.
Castro Advogados, a iniciativa é interessante para toda venda não presencial, como e-commerce e televenda, por exemplo. “Muitas vezes, o contribuinte deixa de pagar tributo porque o sistema é complexo. As mudanças sobre o diferencial de alíquotas foram motivo de muito rebuliço, mesmo nas empresas de grande porte”, afirma.
O Estado pretende encaminhar o alerta a 202 empresas paulistas e 31 de outros Estados, que comercializam alimentos, cosméticos, eletrônicos, medicamentos e vestuário. Ao todo, são R$ 296,3 milhões em débitos não declarados.
A advogada lembra que o Código Tributário Nacional (CTN) só permite expressamente o pagamento de débito sem multa se, antes de qualquer manifestação da Fazenda, o contribuinte toma a iniciativa de regularizar sua situação. “A Receita Federal só faz isso com pessoa física, na malha fina. Mas essa não é a primeira vez que São Paulo permite a autorregularização”, diz.
A ação faz parte do programa “Nos Conformes” do governo estadual, que tem por objetivo reduzir o número de processos administrativos e judiciais e, por consequência, aumentar a arrecadação. Segundo a Fazenda, de janeiro de 2016 a março deste ano, a arrecadação referente ao diferencial de alíquotas somou R$ 2,67 bilhões. De acordo com a Sefaz, na notificação constará o valor dos débitos e as respectivas correções (juros diários e Selic), para serem regularizados em até 45 dias, a contar do aviso enviado pelo Fisco. Será possível parcelar em até 60 vezes os valores pendentes, conforme o período a ser retificado e do valor mínimo da parcela. “No caso de autorregularização, o valor que deixou de ser pago será cobrado com multa pelo atraso (mora), mas sem a multa punitiva”, informa a Fazenda. As companhias receberão o aviso da Fazenda por meio do Domicílio Eletrônico do Contribuinte (DEC). Segundo o Fisco, apesar dessas 233 empresas terem emitido notas fiscais em operação desse tipo, entre janeiro de 2016 a março deste ano, não declararam nas guias de informação e apuração do ICMS (GIA).
(Brasília - Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil)
A Fazenda afirma que há casos de falta de entrega de GIAs, apresentação de GIAs com valores menores que aqueles destacados nas notas emitidas e GIAs com códigos incorretos, dentre outras situações.
Edição: Carolina Pimentel
Segundo a tributarista Bianca Xavier, do Siqueira
O diferencial entre a alíquota do ICMS no Estado de destino da mercadoria e a alíquota interestadual passou a ser exigido nas operações para o consumidor final do produto, que não é contribuinte do ICMS, no ano passado. Com uma alíquota interestadual de 12%, se o produto é vendido por empresa em São Paulo ao consumidor final de Minas Gerais, onde a alíquota da mercadoria é 18%, o diferencial devido é de 6%, por exemplo. A cobrança do diferencial nessas operações passou a ser válida a partir da entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 87, de 2015. Mas o Convênio ICMS do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) nº 93, de 2015, estabeleceu que a partilha do diferencial entre os Estados de origem e destino da mercadoria mudaria gradualmente. A cada ano aumenta a participação devida ao Estado de destino. Em 2016, 60% ficou com o Estado de origem e 40% com o destino. Este ano, esses percentuais se invertem. Em 2018, só 20% ficará com o Estado de origem e, de 2019 em diante, 100% vai para o destinatário. Fonte: Valor Econômico (http://www.valor.com. br/legislacao/5011596/sp-cobra-dividas-de-icmssobre-vendas-para-outros-estados) – Por Laura Ignacio | De São Paulo
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