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FEIR A

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AUTONOR 2017 Geraldo Rufino

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REPRESENTANTE COMERCIAL

No dia 11/09, a palestra do fundador da JR Diesel, em evento que antecede a Feira, que acontece de 13 a 16 de setembro, no Centro Convenções de Olinda (PE).

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MER C ADO

INDICATIVOS

1º SEMESTRE

Carreira passa por uma necessidade de readequação e aumento de produtividade.

Apesar das instabilidades econômica e política, autopeças alcançam bons resultados no ano e projetam um 2018 melhor.

JORNAL

KWID, O SUV DOS COMPACTOS

n o131

Entre outros atributos, modelo se destaca pela maior altura do solo, amplos espaço interno e porta-malas da categoria.

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ANO XI

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AG O S TO D E 2 0 1 7

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R $ 6 ,00

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/ B A LC Ã O A U T O M O T I V O

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O QUE MUDA COM A APROVAÇÃO DA

REFORMA TRABALHISTA O Presidente da República, Michel Temer, em julho deste ano, sancionou o projeto da reforma trabalhista, uma modernização da legislação trabalhista, que dá maior flexibilidade às modalidades de contratação e demissão, e maior poder para a negociação entre sindicato e empresa, que poderão se sobrepor à CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, que para se ter uma ideia data de 1943. As novas regras entram em vigor 120 dias após a publicação da lei no Diário Oficial da União. Conheça as opiniões dos sindicatos sobre esse importante tema. PÁG. 8

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DE BALC ÃO

VOCÊ ESTÁ NO CAMINHO CERTO? Consultor dá dicas e balconistas contam sua rotina, respectivamente.

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PESADOS

APOIO NAS RODOVIAS

Criado em 2010, programa que estimula a manutenção preventiva e ajuda a identificar o estado da frota de caminhões já avaliou mais de 6 mil veículos.



3 | EDITORIAL

REFORMA TRABALHISTA COMEÇA A VIGORAR EM NOVEMBRO DESTE ANO Em julho passado, o Presidente da República Michel Temer sancionou o projeto da reforma trabalhista, uma modernização da legislação trabalhista, que dá maior flexibilidade às modalidades de contratação e demissão, e maior poder para a negociação entre sindicato e empresa, que poderão se sobrepor à CLT, Consolidação das Leis do Trabalho. Confira em nossa reportagem de capa deste mês mais sobre as novas regras, que entram em vigor a partir de novembro, 120 dias após a publicação da lei no Diário Oficial da União, e saiba a respeito dos direitos dos trabalhadores e como está a repercussão dessa reforma na opinião dos principais dirigentes dos sindicatos do País. Apesar da instabilidade econômica e política, autopeças de todo o Brasil alcançam bons resultados no ano e projetam um 2018 melhor. E ainda, indíces de desempenho do setor. O comércio varejista dá sinais de melhora em todo o País; e o varejo automotivo acompanha esse desempenho. Para aumentar mais sua performance nas vendas, especialista apresenta indicadores para melhorar o seu desempenho. Responsáveis por manter e gerar novos relacionamentos entre a empresa e as autopeças, os representantes comerciais são fundamentais para a divulgação da marca. No entanto, ainda há muito o que ser melhorado na profissão, que exige muito

esforço, capacitação e dedicação. Trazemos neste mês importantes opiniões daqueles que vivem o dia a dia da representação. E mais, a semana da Autonor promete movimentar o mercado. No dia 11 de setembro ocorrerá a palestra do empreendedor Geraldo Rufino, promovida pelo jornais Balcão Automotivo e Nordeste Automotivo e revista Reparação Automotiva, conhecido por sua história e pelo seu livro “O catador de sonhos”. E, entre os dias 13 e 16, a acontece a Feira, com 700 marcas expositoras e um público estimado de 40 mil pessoas. A Renault inova no Brasil com o lançamento do Kwid, o primeiro SUV compacto urbano. O veículo se destaca entre outros fatores pela maior altura do solo. Por fim, em Pesados, mais sobre o Programa Caminhão 100%. Criado em 2010, o programa, que que estimula a manutenção preventiva e ajuda a identificar o estado da frota de caminhões, já avaliou cerca de 6 mil caminhões.

DA EDIÇÃO O EDITOR Aplic Resolit ...........................19

Juntas Santa Cruz .............. 43

Attow .......................................16

Lontra ..................................... 34

Bosch ...................................... 05

Magneti Marelli ...................48

Jornal Balcão Automotivo

CHG ......................................... 27

MWM ...................................... 33

Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson

Dana ........................................13

Pathway ................................. 29

Dasa ........................................ 07

Pellegrino .............................. 21

Impressão SerzeGraf

Devigili Varity ...................... 06

Raja .......................................... 12

Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375

E-Klass .................................... 37

Schulz ..................................... 35

Ford - Motorcraft ........ 02/47

SK ............................................. 24

Hella .........................................14

Takao .......................................11

Illinois ......................................15

Universal ............................... 23

J.Flex ....................................... 45

Vetor ......................... 09/17/41

Juntalima .............................. 18

Zen .......................................... 39

Departamento Comercial ANO XI - Nº 131 - AGOSTO DE 2017 www.balcaoautomotivo.com.br Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@balcaoautomotivo.com.br) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@balcaoautomotivo.com.br) Colaboradores Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Depto Audiovisual/ Fotos/ CTRA Vídeos Wanderlei Castro (ctra@balcaoautomotivocom.br) Assinaturas (assinaturas@premiatta.net)

PREMIATTA EDITORA LTDA

Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@balcaoautomotivo.com.br) Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@balcaoautomotivo.com.br) Executivo de Contas Wanderley Klinger (wanderley.klinger@balcaoautomotivo.com.br) Executivo de Contas Adalberto Franco (adalberto.franco@balcaoautomotivo.com.br) Financeiro Analista Financeira / Tatiane Nunes (tatiane.nunes@premiatta.net) Administrativo (contasareceber@premiatta.net) Marketing On/off-line Guilherme Possari (marketing@balcaoautomotivo.com.br)

ANUNCIANTES

Boa leitura!

Rua Engenheiro Jorge Oliva, 111 - Térreo CEP 04362-060 - V. Mascote - São Paulo - SP Tel (11) 5677.7773 ou contato@premiatta.net

TIRAGEM: 20 MIL EXEMPLARES Balcão Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes. Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.


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DE BALCÃO PARA BALCÃO

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

VOCÊ ESTÁ NO

CAMINHO CERTO? Conheça alguns dos indicadores de vendas para melhorar seu desempenho no trabalho

Gustavo Paulillo, cofundador do site Agendor (www.agendor.com.br)

| P O R: S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

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ocê já parou para pensar em como está o seu desempenho no trabalho? O porquê de você atingir bons ou maus resultados? E quais as diferenças de comportamento entre os grandes vendedores e os vendedores medianos? Se você parou para pensar nisso, em qual categoria você se encaixa? De acordo com Gustavo Paulillo, co-fundador do site Agendor (www.agendor.com.br - plataforma de aprimoramento em vendas), a paixão, a busca pela evolução e a vontade de aprender constantemente são as principais características que definem o profissional de alta performance nas vendas. E para saber se você está no caminho certo é preciso utilizar indicadores de vendas que avaliem seu desempenho no trabalho e mostrem o que é necessário mudar ou aprimorar. “Uma dica importante para começar é o registro das atividades diárias, assim o profissional terá uma visão do que precisa ser feito e através de uma agenda de tarefas poderá aumentar sua produtividade e revisar o que deve ser melhorado”, pontua.

O que faz o cliente voltar? Para Paulillo, o primeiro passo é mudar a forma de enxergar o cliente, o vendedor não deve focar em apenas tirar o pedido e sim em oferecer soluções e orientar o consumidor da melhor forma. “Hoje as pessoas possuem acesso a muita informação antes de chegar ao balcão da loja, seja pela internet ou através de amigos,

por isso o cliente não quer alguém que o convença da venda e sim alguém que o ajude, que faça uma venda consultiva, mostrando todos os impactos e vantagens da compra do produto”, ressalta. O especialista destaca que o entendimento do papel do profissional na hora da venda está entre os maiores obstáculos. “Existem vendedores que ainda não compreenderam que o seu papel é ajudar o cliente a alcançar os objetivos, de maneira a garantir que ele economize, compre o produto adequado e saia da loja satisfeito. Se esse pensamento não estiver à frente muitas vezes a negociação pode ser bloqueada”, adverte. “Os vendedores excepcionais estão preocupados não apenas em vender mais, mas sim em serem úteis aos clientes e fazer a diferença em suas vidas”, completa.

O que o profissional deve ter? Paulillo explica que a disciplina é o grande diferencial dos bons vendedores, pois essa qualidade será de extrema importância na administração de rotina e no melhor entendimento de todo o cenário de vendas. Além disto, é necessário apontar quais são suas metas pessoais e profissionais, mensurando o que foi já conquistado.

Rogério Stasiak, balconista da Meireles Auto Peças, de Frederico Westphalen (RS)

Neste sentido, ele ainda frisa que as metas pessoais possuem um forte poder no desempenho do especialista. “Bons profissionais têm metas pessoais bem ambiciosas, independentemente das metas empresariais. Essas metas influenciam diretamente em sua performance. E é isso

que transforma um vendedor em uma pessoa disciplinada: ter metas e indicadores que o ajudem a chegar onde quer chegar. O objetivo serve como motivação”, afirma.

Como ser um grande vendedor? Para o balconista Rogério Stasiak, que está há 8 anos na Meireles Auto Peças, na cidade de Frederico Westphalen (RS), as principais características de um grande vendedor é o conhecimento na área e uma boa comunicação com o cliente. “Eu avalio meu desempenho no trabalho através das minhas metas pessoais e das metas propostas pela loja. Além disto, tenho buscado a cada dia mais me aperfeiçoar no ramo e alcançar resultados positivos”, destaca. Já Eduardo Santos Sousa, que trabalha há 12 anos na Auto Peças Tibá em Belo Horizonte (MG), a transparência é a principal característica que o profissional deve ter. “A sinceridade conquista o cliente e isso é o mais importante, também devemos estudar sempre os produtos com os quais trabalhamos e nos atualizar com as tendências do mercado”, salienta. Desta maneira, o balconista planeja um caminho de muito sucesso pela frente. “Almejo crescer p ro f i s s i o n a l m e n te, alcançando cargos de gerência e até mesmo ser proprietário de uma autopeça”, conclui.

8 INDICADORES DE VENDAS QUE FUNCIONAM

Eduardo Santos Sousa, balconista da Auto Peças Tibá, de Belo Horizonte (MG)

1. O que você aprendeu de novo ontem?

2. O que você realizou hoje?

3. Quem conheceu você hoje?

Para um vendedor melhorar seu desempenho e atingir metas grandiosas, ele deve se tornar uma pessoa melhor, uma pessoa mais inteligente, uma pessoa mais focada nos seus objetivos. Quem não aprende nada novo não consegue chegar a lugar algum. Tenha isso em mente ao levantar. O único motivo da existência de um novo dia é a possibilidade de novos aprendizados. Aprender é talvez o maior dom que um grande vendedor precisa cultivar e deve estar incluído entre seus indicadores de vendas.

Grandes pessoas realizam coisas todos os dias. Quebram paradigmas, trazem novas vendas, conversam com pessoas novas, além de aprender coisas novas, como mencionado. O aprendizado só foi efetivo se ele possibilitou a você colocá-lo em prática. Caso contrário, não aprendemos nada. Não perca a oportunidade de conhecer pessoas novas, ajudar quem precisa de ajuda e fazer com que novas pessoas saibam de você.

Vendedores dependem de pessoas para fazer as coisas. Sendo assim, quanto mais pessoas ficarem sabendo de você e do que você faz, mais clientes em potencial você terá. Isso não significa que você vai vender para todos eles. Mas é muito importante fazer com que novas pessoas, diariamente, conheçam mais sobre o seu trabalho e você.



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DE BALCÃO PARA BALCÃO

| AGOSTO DE 2017 |

6 4 7 58 8 INDICADORES DE VENDAS QUE FUNCIONAM

4. Quem indicou o seu trabalho hoje?

Uma das melhores maneiras de identificar quando seus clientes estão satisfeitos e se as pessoas estão gostando daquilo que você faz é quando elas indicam seu trabalho para seus parceiros de negócios e clientes. Sendo assim, a frequência de indicações de clientes que você recebe vai determinar de maneira verdadeira a satisfação dos clientes na sua empresa. Obviamente, não é todo dia que surgirão indicações. Nem elas virão aos montes, como todos nós gostaríamos. Mas, quando elas surgem, precisamos entender o que elas representam e nos dedicar da maneira com que elas merecem. Porém, fica o aviso: grandes vendedores podem não receber indicações todo momento. Mas se elas existem isso é um ótimo sinal, um bom indicador de vendas. Agora, se você não estiver recebendo nenhuma indicação ou, se há muito tempo você não recebe qualquer indicação de seus clientes, comece a desconfiar da qualidade do serviço que você presta a seus clientes.

5. Como as pessoas enxergam a sua empresa em relação à sua concorrência?

Muitos vendedores acreditam que ser um especialista no que vendem significa conhecer muito bem o seu produto ou serviço. E isso basta. Mas isso está longe de ser a realidade. Para ser um grande vendedor, e um especialista no que você faz, é preciso ser um grande especialista no mercado: e isso significa conhecer o setor como um todo. Principalmente clientes e concorrentes. Você precisa saber suas vantagens e desvantagens ante a concorrência e, principalmente, em como lidar com essas diferenças na hora de abordar, negociar e vender para novos clientes. Só assim o vendedor vai conseguir ser realmente um especialista do mercado e diminuir o potencial ofensivo da concorrência.

6. Quais são as minhas deficiências como vendedor? Ninguém é perfeito. Por mais que você acredite estar perto de ser um vendedor perfeito, com alta performance profissional em vendas, isso é uma grande mentira. Mesmo

que você seja o melhor vendedor da sua empresa, isso não quer dizer que você é o melhor vendedor do mundo e muito menos que não tem nada que precise ser melhorado. Sendo assim, tenha plena consciência de suas falhas, de seus defeitos e de suas incapacidades. Talvez seus indicadores de vendas estejam baixos por causa de algumas dessas deficiências. Se você não pensa 2 vezes antes de parar para falar bem de você, pare e pense o que você precisa melhorar. O progresso profissional e o aperfeiçoamento das deficiências, transformando-as em qualidades é o melhor indicador de que diariamente o vendedor está aprimorando seus conhecimentos. Não esconda seus pontos fracos de você mesmo.

7. Quais são as minhas maiores qualidades como vendedor?

Essa pergunta parece fácil de responder. Nenhum de nós tem dificuldades em puxar a sardinha para o nosso lado. O problema não é saber quais são as nossas qualidades, mas sim, o que fazemos com elas. Se você não aumentar diariamente a sua lista de qualidades, diminuindo suas deficiências, está muito longe de se tornar um grande vendedor de alta performance. O que vai indicar o seu progresso como vendedor é justamente a sua habilidade de diminuir suas imperfeições e aumentar suas qualidades e seus conhecimentos de vendas. E a consequência será simples: seus indicadores de vendas vão melhorar!

8. Eu fiz a diferença na vida das pessoas hoje?

Assim como uma meta não pode ser medida apenas no final do mês, uma pessoa não pode ser medida no final de sua vida. Se você não melhorar cada dia um pouco, não vai se tornar um profissional brilhante. Da mesma maneira, se você não vender todo dia um pouco, não vai ser um excelente vendedor, nem bater as suas metas. Assim, se você não fizer diferença na vida das pessoas, todos os dias, estará longe de ser um especialista de negócios de sucesso, estará longe de realizar seus planos e metas e de conseguir excelentes indicadores de vendas.



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CAPA

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

REFORMA TRABALHISTA,

O QUE MUDA?

DIREITOS DOS TRABALHADORES PERMANECEM, MAS COM FLEXIBILIDADE EM MUITOS ASPECTOS P O R: K A R I N F U C H S | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

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m julho deste ano, o Presidente da República, Michel Temer, sancionou o projeto da reforma trabalhista, uma modernização da legislação trabalhista, que dá maior flexibilidade nas modalidades de contratação e demissão, e maior poder para a negociação entre sindicato e empresa, que poderão se sobrepor à CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, que data de 1943. As novas regras entram em vigor 120 dias após a publicação da lei no Diário Oficial da União.

Evandro Corado Oliveira, diretorpresidente da AAPSA e sócio-diretor da Central Consult - Treinamentos, Assessoria e Consultoria Ltda., esclarece que a reforma não supre nenhum direito do trabalhador. “Ela não diminui nem as férias, nem o FGTS e nem o 13º salário, mais cria uma flexibilidade que não havia”, afirma. Como exemplo, a possibilidade de fracionar as férias em até três períodos, contanto que um deles seja de pelo menos 15 dias corridos. Outra proteção que se mantém para os funcionários, segundo ele, é que aos olhos da legislação trabalhista, demiti-los e contratálos como pessoa jurídica é considerado pelo Art. 9º CLT como fraude. “Um contrato que tem muita chance de ser anulado, caso haja uma reclamação trabalhista”, ressalta. E uma mudança com as novas regras está na modalidade de demissão. “Será possível fazer um acordo com o funcionário que quer sair da empresa e, nesse caso, o trabalhador recebe multa de 20% do FGTS. Tem também a questão do home office e da jornada intermitente (em que o trabalhador recebe por hora e não há jornada fixa) que foram regulamentadas”, cita Oliveira.

A nova lei cria regras para o trabalho parcial, para o trabalhador autônomo e para os terceirizados, cujo texto prevê que o terceirizado deverá ter as mesmas condições de trabalho dos efetivos. “O projeto altera mais de cem artigos da CLT (veja os principais nos boxes, segundo Oliveira). A grande mudança é que haverá uma série de pontos que podem ser negociados de forma que atendam melhor as duas partes, trabalhador e a empresa”, afirma o executivo. E traz mais segurança jurídica. “A reforma inibirá os chamados reclamantes profissionais, pois quem entrar com uma ação de má-fé sem comprovar os fatos está sujeito a punições e multa”, informa. A nova regra prevê punições para quem agir com má-fé, com multa de 1% a 10% da causa, e indenização para a parte contrária. E caso o empregado assine a rescisão contratual, ele fica impedido de questionála posteriormente na Justiça trabalhista. Para as empresas, a reforma não reduz custos de maneira direta, mas sim indiretamente. “Os encargos trabalhistas, que variam de 70% até mais de 100%,

vão continuar. Mas na medida em que a reforma traz mais segurança jurídica, as empresas gastarão menos com advogados e com sindicatos, pois muitos acordos que dependiam de ser feitos somente com sindicatos, agora poderão ser feitos entre as partes. Assim, de uma maneira indireta haverá uma redução de custos a médio e longo prazos para as empresas”, explica. E da informalidade, “muitas empresas que antes não contratavam passarão a registrar seus funcionários, pois valerá mais a pena pela flexibilidade da nova legislação. E a reforma estimulará as pessoas a serem mais produtivas. Quando há uma relação equilibrada de oferta e demanda, o nível salarial se mantém. E conforme as pessoas se capacitam mais e as empresas estão mais competitivas, elas vão contratar mais e a renda das pessoas aumenta”, analisa. Para finalizar, ele defende que o que faltou foi uma simplificação maior da CLT. “Ela tem quase 1.000 artigos e não há a necessidade de ter nem 100. Uma simplificação reduziria a burocracia, e é esperado que isso aconteça no futuro, não apenas na legislação trabalhista, mas, de maneira geral, em todos os marcos regulatórios do Brasil”, conclui.

Evandro Corado Oliveira, diretor presidente da AAPSA

Repercussão Confira a seguir a opinião sobre a reforma trabalhista na voz dos principais dirigentes dos sindicatos do setor no País. A começar por Ranieri Leitão, presidente do Sistema Sincopeças/Assopeças (Ce) e do Sincopeças Brasil. “A reforma trabahista nos dá um norte para que os empresários possam concorrer no futuro em pé de igualdade com as empresas de outros países. Ainda está longe de ser o ideal, mas já é um passo muito importante”, afirma.



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O QUE MUDA?

porque as empresas ficarão mais fortalecidas, ao contrário do que acontece hoje por conta de uma legislação ultrapassada. O principal ponto é que os acordos entre empregados e empregadores terão força de lei, o que traz mais segurança aos empresários que saberão que o que for negociado com o empregado será mantido”.

férias, a possibilidade de contratação mediante contrato de trabalho intermitente e as parcelas que não integram mais a remuneração, tais como prêmios e abonos, entre outras”, cita.

Ranieri Leitão, presidente do Sistema Sincopeças/ Assopeças (Ce) e do Sincopeças Brasil

Segundo ele, “ainda há muitos custos excessivos na folha de pagamento, o que faz com que as empresas pensem duas vezes antes de contratar. É preciso buscar uma forma de diminuir a carga de impostos, sem que isso mexa com as conquistas dos trabalhadores”, defende. E um dos pontos positivos, comenta Leitão, está na terceirização. “As pessoas poderão prestar serviços para mais empresas e, assim, ganharem mais. É muito fácil darmos o exemplo dos Estados Unidos. Por que todos querem trabalhar lá, onde não há 13º e férias? A resposta é porque eles querem ganhar mais. Esse negócio de paternidade não existe, nós temos é que dar condições para que as pessoas se sintam prestigiadas”, ressalta. Para Wilson Bill, presidente do SindirepaPR, a reforma trabalhista trouxe diversas mudanças importantes. “No entanto, considero relevantes aquelas que alteram o dia a dia das relações trabalhistas, como a jornada de trabalho que passa a ter maior flexibilização, o fracionamento das

Wilson Bill, presidente do Sindirepa-PR

Ainda segundo ele, “as questões processuais também são algo positivo, pois o trabalhador irá pleitear somente aquilo a que tenha direito, restringindo as famosas aventuras jurídicas. E como ponto negativo, a supressão de alguns direitos do trabalhador, direitos esses consubstanciados mediante decisões do TST, e que agora foram totalmente suprimidos pela nova legislação. E outro ponto negativo relevante é a extinção da contribuição sindical”, comenta.

Celso Mattos, presidente do Sindirepa-RJ

Um avanço Nas palavras de Celso Mattos, presidente do Sindirepa-RJ, “nós temos que comemorar, nossa legislação trabalhista clamava por mudanças. Afinal, ela data de 1943 e, desde então, as formas de trabalho se modificaram, a sociedade mudou e a globalização fez a interação entre os países se alterar substancialmente de forma cultural, social, econômica e política”, expõe.

Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP

Presidente do Sincopeças-SP, Francisco De La Tôrre, diz que “a flexibilização das relações de trabalho entre empregado e empregador, que oferece mais agilidade e redução de custo para as empresas, foi um avanço importante e necessário. E a reforma trabalhista traz vários pontos positivos que tornam mais fácil e menos burocrático, e acompanha o avanço que o mercado de trabalho exige”, analisa. Para o varejo, De La Tôrre também avalia que a a lei é muito positiva. “Já que a atividade tem alternância entre horários e dias com mais movimento e outros com menos frequência, conforme o dia da semana e época do ano. O comércio possui peculiaridades que demandam contratação de temporários e flexibilidade de jornadas e a nova lei contempla essas condições, o que é muito importante”, explica.

Mudanças que, segundo ele, ficaram à margem da legislação trabalhista e fomentaram a informalidade no mercado de trabalho. “A tercerização, o acordado sobre o legislado, enfim esses são temas importantíssimos nessa tão relevante reforma. E os pontos positivos são diversos, desde a criação da terceirização até a prevalência do negociado sobre o legislado. E não nos parece reduzir ou excluir direito dos empregados, especialmente quando enumeradas as hipóteses em que se poderá negociar”, avalia. Para Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional, a reforma trabalhista foi o maior avanço dos últimos tempos para o País, que trará uma nova realidade para o mercado de trabalho. “A lei estava desatualizada, era necessário fazer mudanças que são muito bem-vindas e trarão melhorias nas relações de trabalho. O principal benefício é que o acordo assinado entre empregado e empregador prevalecerá como lei, o que traz mais tranquilidade ao empregador”, informa. Ele avalia, ainda, que “a lei traz mudanças importantes que tornarão as relações de trabalho mais amistosas e incentivarão os empresários a contratarem mais pessoas

Também para José Carlos Santana, presidente do Sincopeças-PE, um dos pontos altos é a flexibilização. “Como exemplo, eu poderia citar o caso de alguém que “pediu” para ser mandado embora, fazendo um acordo informal com o empregador. Esse jeitinho, que geralmente envolve a devolução da multa sobre o saldo do FGTS por parte do funcionário, está com os dias contados. Importante ressaltar que numa convenção ou num acordo coletivo de trabalho a Justiça do Trabalho se utilizará do princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva”, explica. Presidente do Sincopeças-RS, Gerson Nunes Lopes, diz que “a lei vigente era muito antiga, a reforma foi um avanço, mas precisava de muito mais”, afirma, acrescentanto que “entre as principais mudanças, eu destaco a segurança jurídica, espera-se que acabe a indústria das reclamações trabalhistas”. O que, para Helton de Andrade, presidente do Sincopeças-BH, pode ser traduzido em mais emprego. “Um

Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional

dos grandes motivos dos empresários não empregarem é pela vulnerabilidade do passivo trabalhista”, revela. “A reforma trabalhista veio em um momento importante, não apenas para o empresário, mas para o Brasil, pois há 14



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O QUE MUDA?

“Antes, era considerado na jornada de trabalho o tempo de deslocamento dos funcionários quando a empresa oferecia transporte, o que não fazia sentido, pois a responsabilidade dela é no local de trabalho. E com a nova legislação, ela deixa de ter essa responsabilidade”, explica.

José Carlos Santana, presidente do Sincopeças-PE

milhões de desempregados e fomentar o emprego é regular as formas de trabalho. A reforma trabalhista não é para ninguém perder, mas para garantir direitos com uma legislação moderna a seu tempo, sendo mais flexível e para diminuir a informalidade”, avalia Itamar Manso Maciel Júnior, presidente do Sincopeças-RN. Entre os benefícios da nova legislação, Maciel cita a possibilidade de fracionamento das férias, a segurança jurídica e a questão do deslocamento dos funcionários.

Também para Pedro Paulo Medeiros de Moraes, presidente do Sindirepa-PE, são vários aspectos positivos com a nova legislação, e cita três que para ele foram primordiais: “o primeiro é que todos ganham quando há uma liberdade maior entre o empregador e o empregado, quando há uma flexibilização das leis sem perdas reais para ambas as partes, diminuindo a insegurança jurídica, com a possibilidade do negociado valer sobre o legislado”, avalia. Outro ganho é a possibilidade de uma melhor remuneração com bônus e prêmios para quem trabalha com peças e serviços, sem que isso seja adicionado ao salário. “Isso fará com que possamos reter o mecânico, o vendedor, pois no momento em que eles recebem prêmios por resultados, eles irão buscar metas estabelecidas e não pensarão

em mudar de emprego por um salário um pouco maior”, prevê Moraes. O terceiro, diz ele, “está no acordo para demissões, de forma aberta e clara entre ambas as partes, o que é ótimo, pois o trabalhador continuará com a sua carteira de trabalho limpa e não precisará recorrer à justiça, o que é bom também para o empresário, que antes não tinha segurança jurídica para fazer acordos”.

Para os sindicatos A reforma trabalhista também determina a extinção da contribuição sindical. Na prática, o que isso muda para os sindicatos? “O fim da compulsoriedade da contribuição sindical deve ser celebrada. Ela terá o efeito benéfico de fazer com que os sindicatos criem novos laços com seus representados e demonstrem a defesa incansável dos direitos da categoria para reconquistar sua credibilidade”, diz Celso Mattos. Segundo ele, “o Sindirepa-RJ trabalhou muito bem esse assunto, hoje não dependemos do imposto sindical, oferecemos aos nossos associados uma gama de benefícios que, por si só, faz com que o mesmo se torne nosso associado”, revela.

Gerson Nunes Lopes, presidente do Sincopeças-RS

Wilson Bill comenta que “no nosso caso, sindicato patronal, a grande maioria das empresas é enquadrada no Simples e, portanto, desde 2004 legalmente isentas da contribuição. Mas sempre buscamos diferencial em prestar serviços e assistência à categoria e, em especial, ao associado e aos que pagam alguma contribuição, que



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O QUE MUDA?

solução para esta questão”, defende. José Carlos Santana prevê que sem o imposto sindical, espera-se que as entidades sindicais reformulem suas estratégias de custeio. “Acredito que o cenário é de inovação e prevalecerá a credibilidade no trabalho realizado por cada sindicato”, pressupõe.

contribuição. Nós agora temos esta perda gradativa nos últimos cinco anos, a nossa arrecadação de contibuição compulsória é mínima, não representa nem 10% do total. O que mantém o sindicato são os serviços”, diz Pedro Paulo Medeiros de Moraes.

Pedro Paulo Medeiros de Moraes, presidente do Sindirepa-PE

é o justo. Se não houver contribuição, não existe sindicato patronal, e acredito que com esta filosofia teremos que agregar novos serviços e, principalmente, voltar a estrutura para quem paga”, prevê. Mesmo cenário no Sindirepa-PE. “O sindicato irá perder muito pouco com o fim da contribuição compulsória, mais de 95% dos nossos associados são optantes pelo Simples, o que já os desobriga da

Francisco De La Tôrre, esclarece que a lei não extinguiu o imposto sindical. “Ela tornou facultativa o imposto assistencial, imposto este que serve de subsídio para que os sindicatos possam negociar as CCTs (Convenções Coletivas de Trabalho). Nós, no Sincopeças, negociamos diretamente com mais de 28 sindicatos laborais de todo o Estado de São Paulo e nossos deslocamentos para tal têm custos que são cobertos através desta contribuição”, explica. Conforme ele, “o que está impactado é a Contribuição Assistencial Laboral que, através de acordos entre os sindicatos pelas CCTs, tem sido descontada em folha pelas empresas e seus recursos repassados aos representantes dos trabalhadores”. Para Antonio Fiola, “os acordos e convenções

Itamar Manso Maciel Júnior, presidente do Sincopeças-RN

coletivas terão a mesma força e determinarão questões relacionadas às categorias, como reajuste de salários, por exemplo”, diz. Para Gerson Nunes Lopes, a legislação não ficou clara. “Nós fazemos mais de 60 negociações todos os anos e, de alguma forma, nós temos que cobrar por este serviço. Isso ainda está obscuro na reforma trabalhista e o governo precisa achar uma

Segundo ele, “a nova legislação dá mais força para as convenções coletivas, os acordos feitos entre sindicatos de trabalhadores e empregadores. Pela proposta, o que é negociado e fixado em convenção coletiva passa a valer, logo os sindicatos precisam se enquadrar a essa nova realidade”. Para finalizar, Ranieri Leitão analisa que os sindicatos terão que prestar serviços cada vez mais diferenciados aos seus associados. “Há mais de seis anos, eu tenho insistido e batido na mesma tecla: os sindicatos que representam o Sindipeças Brasil precisam realmente prestar um serviço diferenciado para os seus representados. Todos nós sabíamos que um dia a contribuição sindical seria extinta”, conclui.



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CAPA

Jornada de trabalho Regra atual: É limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 horas mensais, podendo haver até 2 horas extras por dia. Nova regra: Poderá ser diferente das 8 horas diárias e 44 horas semanais. Mas haverá um limite de no máximo 12 horas diárias. E, se forem trabalhadas mais do que 44 horas semanais, será preciso pagar hora extra. Transporte/deslocamento Regra atual: O tempo de deslocamento no transporte oferecido pela empresa para ir e vir do trabalho, cuja localidade é de difícil acesso ou não servida de transporte público, é contabilizado como jornada de trabalho. Nova regra: O tempo despendido até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho. Remuneração Regra atual: Por produtividade não pode ser inferior à diária correspondente ao piso da categoria ou salário mínimo. Comissões, gratificações, percentagens, gorjetas e prêmios integram os salários. Nova regra: O pagamento do piso ou salário mínimo não será obrigatório na remuneração por produção. Trabalhadores e empresas poderão negociar todas as formas de remuneração, que não precisam fazer parte do salário.

REFORMA TRABALHISTA

O QUE MUDA?

Invervalo intrajornada (almoço) Regra atual: De 1 hora, no mínimo, em jornadas com mais de 6 horas de duração. Nova regra: Poderá ser reduzido a até 30 minutos, se houver acordo coletivo, para jornadas com mais de 6 horas de duração.

Banco de horas Regra atual: Deve ser compensado em até 1 ano, e negociado em acordo ou convenção coletiva. Nova regra: Deverá ser compensado em até 6 meses, e são permitidos acordos individuais.

Intervalo antes de hora extra Regra atual: Os trabalhadores têm direito a uma pausa de 15 minutos antes de fazer hora extra. Nova regra: Não há direito a pausa antes de hora extra.

Rescisão contratual Regra atual: A homologação da rescisão contratual deve ser feita em sindicatos. Nova regra: A homologação da rescisão do contrato de trabalho pode ser feita na empresa, na presença dos advogados do empregador e do funcionário – que pode ter assistência do sindicato.

Férias Regra atual: As férias de 30 dias podem ser fracionadas em até dois períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a 10 dias. Há possibilidade de 1/3 do período ser pago em forma de abono Nova regra: As férias poderão ser fracionadas em até três períodos, mediante negociação, contanto que um dos períodos seja de pelo menos 15 dias corridos. Plano de cargos e salários Regra atual: O plano de cargos e salários precisa ser homologado no Ministério do Trabalho e constar do contrato de trabalho. Nova regra: O plano de carreira poderá ser negociado entre patrões e trabalhadores sem necessidade de homologação nem registro em contrato, podendo ser mudado constantemente.

Acordo para demissão Regra atual: Não há. Se o trabalhador se demitir ou for demitido por justa causa, não tem direito a sacar FGTS, seguro-desemprego e não recebe multa. Se for demitido sem justa causa, recebe multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, pode sacar o fundo e tem direito a seguro-desemprego. Nova regra: Além das regras anteriores, empregador e empregado podem chegar a um acordo para demissão. Nesse caso, o trabalhador recebe multa de 20% do FGTS, pode movimentar até 80% do fundo e não tem direito ao seguro-desemprego.

BALCÃO AUTOMOTIVO| |AGOSTO AGOSTO 2017| | | |BALCÃO DEDE 2017 AUTOMOTIVO

Danos morais Regra atual: Os juízes estipulam o valor em ações envolvendo danos morais. Nova regra: A proposta impõe limitações ao valor a ser pleiteado pelo trabalhador, estabelecendo um teto para alguns pedidos de indenização. Ofensas graves cometidas por empregadores devem ser de no máximo 50 vezes o último salário contratual do ofendido. Contribuição sindical Regra atual: É descontado obrigatoriamente no mês de março de cada ano o equivalente a um dia de trabalho como contribuição sindical. Nova regra: Cada trabalhador deverá indicar se autoriza o débito da contribuição sindical. Prazo de validade das normas coletivas Regra atual: As cláusulas dos acordos e convenções coletivas de trabalho integram os contratos individuais de trabalho e só podem ser modificadas ou suprimidas por novas negociações coletivas. Passado o período de vigência, permanecem valendo até que sejam feitos novos acordos ou convenções coletivas. Nova regra: O que for negociado não precisará ser incorporado ao contrato de trabalho. Os sindicatos e as empresas poderão dispor livremente sobre os prazos de validade dos acordos e convenções coletivas, bem como sobre a manutenção ou não dos direitos ali



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CAPA previstos quando expirados os períodos de vigência. E, em caso de expiração da validade, novas negociações terão de ser feitas. Multa Nova regra: A empresa está sujeita à multa de um salário mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. Nova regra: A multa para empregador que mantém empregado não registrado é de R$ 3 mil por empregado, que cai para R$ 800 para microempresas ou empresa de pequeno porte. Convenções e acordos coletivos Regra atual: Convenções e acordos coletivos podem estabelecer condições de trabalho diferentes das previstas na legislação apenas se conferirem ao trabalhador um patamar superior ao que estiver previsto na lei. Nova regra: Convenções e acordos coletivos poderão prevalecer sobre a legislação. Assim, os sindicatos e as empresas podem negociar condições de trabalho diferentes das previstas em lei, mas não necessariamente num patamar melhor para os trabalhadores. Em negociações sobre redução de salários ou de jornada deverá haver cláusula prevendo a proteção dos empregados contra demissão durante o prazo de vigência do acordo. Esses acordos não precisarão prever contrapartidas para um item negociado. Acordos individualizados de livre negociação para empregados com instrução de nível superior e salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do INSS (R$ 5.531,31) prevalecerão sobre o coletivo.

REFORMA TRABALHISTA

BALCÃO AUTOMOTIVO| |AGOSTO AGOSTO 2017| | | |BALCÃO DEDE 2017 AUTOMOTIVO

O QUE MUDA?

Pode ser negociado

Não pode ser negociado

Organização da jornada de trabalho

Normas de identificação profissional e anotações na Carteira de Trabalho

Banco de horas individual

Direito a seguro-desemprego

Intervalo intrajornada

Salário-mínimo

Plano de cargos

Remuneração adicional do trabalho noturno

Salários e funções

Valor nominal do 13º salário

Regulamento empresarial

Repouso semanal remunerado

Representante dos trabalhadores no local de trabalho

Remuneração do serviço extraordinário superior à do normal em no mínimo 50%

Teletrabalho

Número de dias de férias devido ao empregado

Regime de sobreaviso e trabalho intermitente

Gozo de férias anuais remuneradas

Remuneração por produtividade

Licença-maternidade com a duração mínima de 120 dias e licença-paternidade

Gorjetas e remuneração por desempenho individual

Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, com mínimo de 30 dias

Modalidade de registro de jornada de trabalho

Normas de saúde, higiene e segurança do trabalho

Troca do dia de feriado

Adicional de remuneração para atividades insalubres, penosas ou perigosas

Enquadramento do grau de insalubridade

Seguro contra acidentes de trabalho

Prorrogação de jornada em ambientes insalubres sem licença prévia do Ministério do Trabalho

Restrições ao trabalho de crianças e adolescentes

Prêmios de incentivo em bens ou serviços

Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso

Participação nos lucros ou resultados da empresa

Liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador e direito de greve



INDICATIVOS

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

ÍNDICE DE DESEMPENHO

do varejo automotivo | P O R: S É R G I O D U Q U E*

* Economista, pós-graduado em Marketing e professor universitário. Há 30 anos atua no mercado de reposição de autopeças

AFINAL, BOAS NOTÍCIAS. JÁ NÃO ERA SEM TEMPO. O COMÉRCIO VAREJISTA DÁ SINAIS DE MELHORA EM TODO PAÍS; E O VAREJO AUTOMOTIVO ACOMPANHA ESSE DESEMPENHO

N

o final do mês de julho, o COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) reduziu mais 1 ponto porcentual na taxa Selic, fazendo com que a mesma fique estabelecida em 9,25% a.a., trazendo a taxa básica de juros para abaixo de 1 dígito, montante que não era registrado desde 2013. Os efeitos dessa decisão serão percebidos a partir de agosto. Para alguns executivos do varejo o valor da redução ainda é tímido (poderia ter havido um corte maior), mas é o sinal mais que claro que a tendência é positiva e, a qualquer momento, o comércio reagirá com números que agradem o mercado de forma geral. Não se trata de chororô de empresário. Saúda-se fielmente a retomada da demanda, mas o atraso é tão imenso que há muita pressa em se confirmar bons números. Sabidamente, a redução da Selic traz efeitos imediatos para o comércio: lojas, bancos, financeiras e administradoras de cartões de crédito costumam repassar a redução para os consumidores e, desta forma, há estímulo na demanda de bens de consumo. Como a taxa de inflação também registrou queda (houve deflação de -0,50% no IPCA de junho), a tendência é que a taxa Selic caia ainda mais na próxima reunião, o que garante pelo menos que os agentes financeiros reduzam de imediato os juros para financiamento. Aí o comércio é beneficiado, pois todos os preços tendem a cair. Segundo dados divulgados pelo IBGE em sua PMC Pesquisa Mensal do Comércio, o índice ampliado do comércio varejista nacional (que inclui autopeças e veículos) registrou taxas de recuperação em maio. Ficou em -0,6% no acumulado do ano (era de -0,8%) e com -5,2% no período de 12 meses (era -6,3%). Isto tudo antes da atual redução da taxa. Quer dizer que para agosto se espera um valor bastante satisfatório. Ainda para o mês de julho, a ser divulgado pelo IBGE proximamente, espera-se também mais um índice

| F OTO: D I V U LG AÇ ÃO

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(1) Base 2014 = 100. (2) Índice mês a mês = igual ao mês do ano anterior. (3) Índice acumulado = (a) no ano igual ao mesmo período de 2016; e (b) compara acumulado no período de 12 últimos meses, em relação ao mesmo período do ano anterior.

positivo, inclusive para o setor de autopeças, depois de 24 meses em baixa. Em análise no quadro abaixo, nota-se que o País consumiu 15% menos do que no mesmo período de 2014, sendo que, das regiões da federação, a Sul continua a expressar recuperação mais consolidada da demanda. As demais regiões reagiram timidamente, mas com perspectivas favoráveis. Estão com redução média acumulada de demanda em maio de 82,6% do índice comparativo, quando em abril haviam fechado com 78%.

O que esperar para o próximo mês de agosto? Com a deflação de -0,50% nos preços em junho, mas com a previsão de nova alta em julho (as parciais apontam que pode chegar a 0,35% no mês), a previsão da inflação acumulada para o ano passou de 3,60% para 3,33%. Destes números saíram os fatores que contribuíram para a redução da taxa Selic e poderão consubstanciar a decisão para nova redução em outubro.

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) a ser medido oportunamente pelo FGV (e também por outras instituições) deverá registrar nova alta, isto é, melhora na expectativa de demanda do consumidor. A resposta mais imediata será sentida na segunda quinzena de agosto, quando os preços estiverem sobre impacto do repasse do aumento de valores nos combustíveis, que causará reação em cadeia no aumento de preços, sobretudo de alimentos, bebidas e outros bens de consumo, inclusive autopeças, claro. O cenário mais provável para o próximo mês será o IBGE confirmar números positivos do comércio ampliado em junho, com o varejo automotivo recuperando parcialmente seus números negativos, como resultado da demanda estimulada pelas necessidades de reparação preventiva e corretiva da frota no mês de férias escolares, que foi em julho, p.p. Já para o mês de agosto, espera-se uma demanda levemente superior a junho, mas ainda inferior a julho.



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INDÚSTRIA

|| BALCÃO BALCÃO AUTOMOTIVO AUTOMOTIVO || AGOSTO AGOSTO DE DE 2017 2017 ||

DANA COMEMORA

70 ANOS NO BRASIL Com investimentos constantes, lançamentos de produtos e várias iniciativas para o setor, companhia prova que veio ao Brasil para ficar

| P O R: R E DAÇ ÃO | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

C

onsiderada uma das principais fabricantes do setor automotivo mundial e líder no fornecimento de sistemas de transmissão, vedação e gerenciamento térmico com alta tecnologia para as montadoras dos mercados de veículos de passageiros, caminhões e equipamentos forade-estrada e industriais, a Dana comemorou no dia 10 de julho 70 anos de atividades no Brasil. Com grandes projetos no mercado, Luis Pedro C. Ferreira, responsável por Relações Institucionais da Dana para a América do Sul, conta que o primeiro investimento da companhia fora dos EUA foi no Brasil, há mais de 60 anos. “Nos últimos cinco anos, sem mencionar os investimentos em aquisições, investimos R$ 125 milhões em melhorias e na capacitação de nossas linhas para atender a programas locais e de exportação, alguns para veículos que não estão disponíveis em nosso setor”. A companhia realizou investimentos significativos na internalização de processos e na verticalização da cadeia de suprimentos, obtendo mais competitividade e se preparando para um novo período de crescimento que se acerca. “Seguimos conquistando novos negócios junto aos clientes do mercado de veículos originais, o que fortalece a nossa proposta de valor para os clientes da reposição – produtos de qualidade, produzidos e entregues por quem atende as montadoras originais. Nossas marcas fortes e a seriedade de nossas políticas comerciais nos estabelecem e capacitam para atender aos nossos clientes e assim ajudá-los a fazer melhores negócios”, completa ele.

História De acordo com Luis Pedro, a empresa deu continuidade

PROJETOS SOCIAIS DANA

a um trabalho pioneiro. “A antiga Albarus foi fundada por um imigrante alemão, Ricardo Bruno Albarus, em 1947. Sua origem é anterior ao próprio estabelecimento da indústria automobilística no Brasil, por Juscelino Kubitschek, em 1956. E a evolução de oficina de precisão para o mercado automotivo se deu graças à reposição, para atender ao pedido de produção de 1.000 cruzetas para jipes. O trabalho executado com esmero e dedicação rendeu um contato com a então Spicer Manufacturing, que depois viria a ser a Dana, e faria assim seu primeiro investimento fora dos Estados Unidos no Brasil, na Albarus. E assim iniciava um movimento de expansão internacional”, explica. 70 anos depois, a companhia passou por muitos momentos importantes no País, onde ampliou sua presença no mercado, suas operações e seu portfólio de produtos. “Crescemos, enfrentamos crises, dores do crescimento. Mudamos, nos ajustamos. E nos preparamos para voltar a crescer, momento que protagonizamos nestes últimos anos, coroando a comemoração dos 70 anos em grande estilo com um enfoque renovado na reposição brasileira, com time dedicado, equipe nacional de representantes e um Centro de Distribuição em Diadema (SP), de onde despachamos os produtos com a marca Spicer para nossos distribuidores nacionais e no exterior”, enfatiza o executivo.

Destaques e lançamentos Desde o ano passado a empresa já realizou importantes ações no segmento, através da presença na Autop, em Fortaleza. Em 2017, a Dana lançou com a marca Spicer os produtos de suspensão, que se somam à tradicional linha de juntas homocinéticas Spicer e aos componentes de cardans

Preocupada também com o bem-estar do cidadão, a empresa tem participado e desenvolvido vários projetos culturais, sociais e ambientais, todos eles estão listados no portal da companhia. Entre os projetos, destaque para um em especial de grande orgulho, que é a inclusão social de PCDs, pessoas com Deficiência Mental Moderada em nossas operações de Gravataí (RS). Um projeto de capacitação que visa atender de forma sustentável as cotas estabelecidas por lei.

Luis Pedro C. Ferreira,

Carlos Dourado,

Relações Institucionais da Dana para a América do Sul

diretor de Vendas para o Aftermarket

e diferenciais, compondo o portfólio inicial desta nova fase no mercado de reposição. Na Automec, a empresa apresentou seu pacote de catálogos impressos e digitais, o App SpicerBrasil (que tem catálogos consolidados por veículo, independentemente do produto), vídeos técnicos, manuais e guias de instalação disponíveis em seu site Spicer.com.br .

Mercado e expectativas Segundo Carlos Dourado, diretor de Vendas para o Aftermarket, as vendas no primeiro semestre estavam acima do esperado, o que reforçou a confiança da companhia para seguir trabalhando para melhor atender aos clientes, com produtos de qualidade, de marcas fortes e reconhecidas, como as que a Dana tem. Para o fechamento do ano, o executivo prevê ainda muito trabalho. “Vamos dar seguimento aos contatos que fazemos, visitando clientes por este ‘Brasilzão’, lançando produtos para melhor atender às necessidades dos clientes de nossos clientes, fortalecendo nossas relações com eles de forma próxima e diferenciada”, emenda o diretor. “Crescer é uma palavra maravilhosa, que fascina e alegra a todos. Mas com ela vem também a responsabilidade de fazer isto de forma sustentável, que dure, que respeite e proteja a reputação da empresa e dos profissionais que nela trabalham, em todos os níveis da cadeia. Se continuarmos fazendo isso, com ética e respeito, fazemos jus ao nosso potencial e damos continuidade à proposta que nosso fundador Ricardo Bruno Albarus iniciou há 70 anos – estamos aqui para ficar”, finaliza Dourado.

Este projeto foi premiado pela ABRH/RS e é referência para o Ministério do Trabalho no estado. “Da mesma forma, citamos projetos ambientais como a reciclagem de borracha ou o processo que a suporta a fim da geração de efluentes líquidos em nossas operações de Gravataí, dois projetos que conquistaram reconhecimento nacional e destaque nos rankings ambientais do Instituto Benchmarking Brasil”, comenta Luis Pedro .





BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

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POR: REDAÇÃO | FOTOS: DIVULGAÇÃO

Valeo apresenta nova tecnologia em alternadores automotivos no aftermarket A empresa divulga ao mercado uma nova tecnologia nos reguladores de voltagem para alternadores. Com a mudança, os componentes passam de mono para multi-função, ou seja, a ter outras atribuições além de monitorar e controlar a tensão corrente produzida. A nova tecnologia permite ainda a preservação do alternador e demais equipamentos eletrônicos em caso de superaquecimento e evita picos de energia.

Desde 29 de julho, pastilhas e sapatas de freio só podem ser comercializadas com o selo do Inmetro O programa de certificação compulsória de autopeças prossegue e, desde de 29 de julho de 2017, o varejo só pode comercializar pastilhas e sapatas de freio com o selo do Inmetro, atendendo à Portaria Nº 301/2011, que prevê a certificação de diversos componentes. A Nakata, desde 28 de janeiro de 2016, já fabrica pastilhas e sapatas de freios com o selo do Inmetro. A empresa também lançou cartilha para tirar eventuais dúvidas que pode ser acessada em seu site. (www.nakata.com.br/ Content/nakata/files/catalogos/ Cartilhainmetro-freios.pdf).

C U R TA S AMPRI marca presença no Fortal 2017 O Fortal 2017 concentrou milhares de “foliões” nos quatro dias de evento, em julho passado, e a Ampri estava presente com seu camarote, onde pôde prestigiar o evento ao lado de seus clientes da região. Estiveram presentes no Fortal alguns de seus distribuidores parceiros como a Padre Cícero, Bezerra Oliveira, Nosso Estoque e a Equipe da Sama/Dasa.

Motorservice aumenta atuação e serviços para o aftermarket A Motorservice amplia lançamentos para atender o mercado de reposição brasileiro oferecendo produtos com qualidade premium, como anéis, bronzinas, camisas, kits, filtros, bielas com a marca KS, bombas de óleo Pierburg para a linha leve e BF para a linha pesada. Em 2016, a Motorservice investiu na ampliação do número de componentes no portfólio, lançando mais de 120 itens, com aplicação para mais de 500 veículos, números que devem ser superados ainda este ano. Mais informações podem ser encontradas no site da empresa: www.ms-motorservice.com.br

FORD LANÇA O ECOSPORT 2018 Com preço a partir de R$ 73.990, o utilitário esportivo da marca passou por uma transformação no visual, no nível de acabamento externo e interno e traz novas tecnologias de segurança, além de novos motores que acentuam o prazer ao dirigir. A empresa também anunciou uma promoção especial de financiamento com taxa de 0,99% e a primeira revisão grátis para os clientes que fizerem a reserva antecipada do SUV.

Hipper Freios recebe o prêmio Empresa Cidadã da ADVB/SC Como forma de reconhecimento pelo desenvolvimento do projeto social Hipper Desafio de Matemática, a Hipper Freios recebeu o Prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC na categoria Desenvolvimento Cultural, promovido tradicionalmente pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas (ADVB/SC), em Chapecó/SC. Jefferson Pereira, responsável pela Comunicação da Hipper Freios, diz que esse reconhecimento é muito importante para o projeto, “para nós, da Hipper Freios, é uma grande honra fazer parte do desenvolvimento social do município que nos abriga desde o início da nossa história”.

ZEN moderniza site com foco na reposição A ZEN lança uma nova versão do seu site voltada especialmente ao aftermarket. No ar, a página reúne novas funcionalidades e recursos, tornando a navegação ainda mais intuitiva. O objetivo da mudança é oferecer ainda mais agilidade e dinamismo aos reparadores, clientes e parceiros que visitarem o endereço online. A nova versão do website da companhia está disponível também na versão mobile. Para mais informações, acesse www.zensa.com.br.

Aftermarket: Monroe Axios lança 23 aplicações do terminal axial

A linha de terminal axial da Monroe Axios – mais recente lançamento da marca do Grupo Tenneco na reposição – tem agora 23 novas aplicações no aftermarket. Os novos produtos chegam para atender a uma demanda do mercado e contemplam veículos de grande importância da frota brasileira de marcas como Fiat, Ford, Chevrolet, Honda, Toyota, Volkswagen, Seat e Audi.



BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

Radiex é a nova parceira da Rede PitStop

ZF Aftermarket lança portal exclusivo ao mercado de reposição

A Rede PitStop acaba de firmar parceria com a Radiex, empresa genuinamente brasileira voltada ao desenvolvimento de produtos para o bem-estar automotivo. A partir de agora, a Radiex passa a ser a fornecedora dos produtos voltados ao sistema de arrefecimento veicular dentro da plataforma Negócios em Rede, ambiente exclusivo de compra desenvolvido para os membros da Rede PitStop.

A ZF Aftermarket, divisão ZF voltada ao segmento de reposição, lança nessa semana portal exclusivo (aftermarket.zf.com/br) para o mercado de pós-venda. Por meio do novo endereço que conta com navegação intuitiva e responsiva, distribuidores, varejistas, reparadores, frotistas e concessionárias ZF de toda a América Latina encontrarão em um único local todas as informações de interesse sobre os produtos e serviços das marcas ZF, Sachs, LEMFÖRDER, TRW e Openmatics.

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C U R TA S APEX do Brasil e TONINI Distribuidora recebem importante prêmio A APEX do Brasil e a TONINI Distribuidora receberam no primeiro semestre de 2017, da Prefeitura de Santana de Parnaíba, o Certificado de Destaque Empresarial de Desenvolvimento Econômico da cidade, pela relevância e contribuição ao desenvolvimento econômico dado ao município. Além disso, em julho passado participaram da 3ª edição da Feira de Negócios e Emprego com o objetivo de divulgar os produtos e serviços das empresas.

Tecfil é parceira nos postos Petrobras - Rede LUBRAX+! Taranto ressalta importância de parafusos novos na reparação das juntas de cabeçote A reparação completa de um cabeçote não é uma tarefa das mais fáceis. Dentre todos os itens usados, um faz toda a diferença no serviço: os parafusos novos. A linha de parafusos da Taranto é a mais completa do mercado. Com tecnologia de ponta, eles suportam condições críticas de esforços intermitentes, altas temperaturas e fadiga, o que permite que os itens se mantenham apertados.

A Tecfil é oficialmente uma das marcas homologadas na Rede de Troca de óleo Lubrax + dos Postos Petrobras de todo o Brasil. Nos postos BR que possuem a Troca de Óleo Lubrax +, você poderá encontrar os Filtros Tecfil nas prateleiras. Essa parceria é muito importante para a empresa marcar presença na principal rede de Postos do Brasil.

OSRAM traz ao mercado automotivo a linha de lâmpadas ULTRA LIFE A OSRAM, multinacional alemã e uma das líderes mundiais em iluminação automotiva, traz ao Brasil uma linha que é sinônimo de durabilidade: a ULTRA LIFE, composta por lâmpadas com vida útil até quatro vezes superior à dos modelos similares originais de fábrica. Os produtos, desenvolvidos na tecnologia halógena, podem chegar até 100.000 km percorridos sem necessidade de troca e oferecem garantia de quatro anos, equiparável ao tempo que podem durar em um carro.

Chevrolet comemora 50 anos do Camaro com prova nunca antes feita Em ação inédita, a Chevrolet preparou uma surpresa em grande estilo para os fãs do Camaro, que completa 50 anos com o Camaro Fifty. Para celebrar o aniversário da lenda, a Chevrolet preparou dois saltos radicais nunca antes feitos. No impressionante salto é destacada a evolução da performance, o ronco do motor V8, 461cv e a incrível marca de 4,2 segundos para acelerar de zero a 100km/h, requisitos fundamentais para se executar uma prova como esta. As acrobacias deram origem a dois filmes com criação da Commonwealth//McCann Brasil e produção da Volcano Hotmind.

HENGST FILTER LANÇA SEU PRIMEIRO APLICATIVO Com o intuito de oferecer o melhor para o seu cliente e ainda facilitar o acesso à informação, a Hengst Filter leva todo o portfólio e qualidade para mais perto da mão do cliente. O app está disponível a partir de agora na Apple Itunes e Google Play Store.



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MERCADO

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TERMÔMETRO

DO VAREJO Apesar da instabilidade econômica e política, autopeças alcançam bons resultados no ano e projetam um 2018 melhor | P O R: S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

O

primeiro semestre do ano representou boas oportunidades de crescimento para algumas autopeças, já para outras os primeiros meses de 2017 mantiveram os mesmos números. Contudo, apesar da incerteza para o próximo ano, a expectativa é de melhores resultados e de mais investimentos.

Norte Para Jasiel Martins Quintão, gerente da loja linha leve da Rondobras, em Boa Vista (RR), o primeiro semestre do ano começou devagar. No primeiro trimestre tivemos poucos dias úteis por causa dos feriados e do Carnaval, por isso não conseguimos alcançar nossas metas, mas no segundo trimestre as vendas melhoraram”, conta.

Já para Quintão, as expectativas são mais positivas para o fechamento do ano, a agricultura da cidade tem crescido e beneficiado o setor, contudo, é preciso levar em consideração as singularidades da região. “Nossa cidade tem características diferentes das outras regiões do Norte, nosso período chuvoso termina em setembro e isso afeta os resultados, pois no verão as máquinas trabalham mais. Acreditamos que após esse período chuvoso as empresas voltem a trabalhar e, com isso, o segundo semestre seja melhor. Para 2018 planejamos abrir uma nova loja e aumentar nosso faturamento”, completa.

Altair Chaves Vieira, Jasiel Martins Quintão,

Realidade esta que também aconteceu na Autopeças Caxangá Fiat, em Manaus (AM), de acordo com Altair Chaves Vieira, gestor da loja. “Os primeiros meses foram fracos, tivemos muitas festas na região, o que influenciou nas nossas vendas. Com isso, não sabemos como serão nossos resultados até o final do ano, a economia ainda está muito instável e os aumentos dos impostos e da gasolina têm mexido com o nosso setor. Esperamos que haja uma melhora nas vendas e estamos fazendo o possível para manter toda a nossa equipe”, emenda.

da Brunopeças

Autopeças, de Salvador (BA), comenta que a expectativa era que este ano apresentasse melhores resultados que 2016, o que não ocorreu. “A forte recessão que atravessa o País continua, e com muito custo conseguimos repetir o mesmo desempenho do ano anterior”.

da Autopeças Caxangá Fiat

da Rondobras

Bruno Rafael,

De acordo com o empresário, com a pequena recuperação do emprego no início deste ano, a perspectiva é de uma reação em torno de 3% de aumento nas vendas para o segundo semestre. “Abrimos uma loja no começo de 2017 e estamos apostando neste novo empreendimento. Esperamos que em 2018 a crise política termine para que possamos retomar nossos planos de crescimento com a abertura de novas filiais e investimentos na área de tecnologia e infraestrutura”, informa.

Nordeste O primeiro semestre na Brunopeças, de São Luís (MA), apresentou crescimento nas vendas, conforme relata Bruno Rafael, sócio-administrador. “Não temos do que reclamar, conseguimos alcançar níveis inéditos e terminamos nosso projeto de ampliação da loja no começo do ano, isso ajudou a alavancar as vendas ainda mais. Estamos otimistas para o segundo semestre, esperamos manter o mesmo ritmo e teremos mais surpresas para o final de 2017. Acreditamos que 2018 será melhor”, salienta. Luis Trindade, gerente Geral do varejo O Baratão

Luis Trindade, da O Baratão Autopeças


MERCADO

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Centro-Oeste Para João Marcelo Gonzaga de Aquino, gerente Comercial da Jaicar, de Goiânia (GO), os primeiros seis meses do ano apresentaram resultados acima das expectativas comparados com o mesmo período em 2016. “Isto foi possível através da adoção de estratégias específicas para atender e satisfazer as necessidades dos nossos clientes. Apesar das incertezas geradas pela política do nosso País, não paramos de investir em pessoas, projetos de estrutura física, tecnologia e, principalmente, em nossos estoques de produtos”, frisa. Segundo Aquino, a autopeça está muito bem localizada estrategicamente. “Nossa cidade fica posicionada próxima aos cinco estados com maior número de unidades circulantes e temos 2,95% da frota em nossa região, o que contribui para os bons resultados alcançados”, pontua. “As expectativas para o fechamento de 2017 traz consigo a necessidade de avaliarmos os resultados obtidos no último semestre e utilizar os dados como balizador para as ações a serem adotadas no último período do ano. João Marcelo Gonzaga Temos ainda projetos de Aquino, em andamento da Jaicar para a construção e inauguração de duas novas filiais na cidade de Goiânia, projetos estes que foram iniciados em 2017”, adianta. Emerson Coelho Parente, proprietário da Parente Autopeças, de Porto Nacional (TO), também compartilha dos mesmos resultados no primeiro semestre. “Os primeiros meses do ano foram bons, melhores que 2016. A região de Tocantins tem ganhado força, há um bom fluxo de pessoas chegando em decorrência da agricultura. Esperamos fechar o ano com 30% de crescimento e temos investimentos planejados para 2018 na área de prestação de serviços de oficina para o cliente. No entanto, não sabemos como será

Emerson Coelho Parente, da Parente Autopeças

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

o próximo ano, ainda mais por causa da eleição. Um dos pontos que poderia ajudar a melhorar o nosso mercado é a entrada de empresas pequenas no Simples Nacional para a liquidação de dívidas”, afirma.

Sudeste Na Braskape Autopeças, de São Paulo (SP), o primeiro semestre foi surpreendente de acordo com o gerente de Compras, Ricardo Streich Kohara. “Temos uma expectativa de crescimento de 12% para o fechamento de 2017, sendo um pouco otimista, estamos tentando alcançar 16%. Tem sido um ano excelente e a crise fez com que todo o mercado abrisse os olhos. Quem se manteve com investimento, atualização e trabalho árduo, conseguiu na crise buscar melhores negociações e parcerias”, destaca.

Ricardo Streich Kohara,

da Braskape Autopeças Para 2018, Kohara explica que é difícil ter uma previsão otimista ainda. “A partir do momento em que nosso País se estabilizar, todos os mercados começarão a reinvestir, trazendo novamente um fluxo normal de emprego e, consequentemente, melhores resultados na economia nacional. O meu desejo é que a Operação Lava Jato seja o ponto inicial de mudança, que todos os políticos sejam exonerados de seus cargos e que paguem por seus delitos quando provada corrupção ou qualquer outro tipo de agressão ao povo brasileiro. Somente com mudanças drásticas e leis mais rigorosas iremos ter um Brasil mais justo e equilibrado e, consequentemente, uma economia muito mais forte”, avalia.

Já para Ricardo Carnevale, sócioproprietário da Josecar, com lojas na capital Paulista, Osasco e em Jundiaí, ao analisar a economia do País, pode-se dizer que o primeiro semestre foi muito Ricardo Carnevale, bom. “Esperávamos da Josecar um crescimento maior, mas devido à atual situação do País, temos observado um crescimento favorável em todas as nossas lojas, independentemente das regiões que estão localizadas. Acreditamos que o segundo semestre será muito melhor que o primeiro, fechando assim 2017 com ótimo desempenho”, prevê. Carnevale ressalta que os investimentos da autopeça continuam a todo vapor. “Iremos inaugurar ainda neste ano, no mês de setembro, uma nova loja e, em 2018, e estudar o mercado e as oportunidades que surgirem, e quem sabe mais lojas poderão ser abertas”.

Sul Alexandre Lima, sócio-gerente do Grupo Apul, de Santa Maria (RS), conta que no mês de junho houve um aumento de 40% aproximadamente quando comparado a janeiro de 2017. “Esse aumento fora do padrão aconteceu por causa de uma promoção de amortecedores que fizemos. Em relação ao primeiro semestre de 2016, tivemos uma estabilidade em vendas apesar de comparada a uma base fraca como foi à do ano passado. Ou seja, para vender a mesma coisa tivemos que criar e correr muito mais e com menos custos”. Para Lima, a perspectiva é fechar o ano com estabilidade e um pequeno crescimento através de muito trabalho e criatividade. Pensando em 2018, ele diz que apesar de todos os órgãos que fazem previsão serem cautelosos e preverem um crescimento muito pequeno na economia, a expectativa é de melhora por ser um ano eleitoral. Contudo, a realidade foi outra na Alvorada Auto Peças – unidade Bacacheri em Curitiba (PR). Francisco Carlos Pasian, gerente de balcão, ressalta que a instabilidade econômica e política dificulta o crescimento e as perspectivas

Alexandre Lima, do Grupo Apul

de futuro. “Estamos em uma constante, sem queda, mas sem fortes progressos também, estamos sobrevivendo porque a loja possui um amplo portfólio e sempre está investindo”. O gerente comenta que a autopeça recentemente abriu uma filial e ainda pretende abrir uma nova unidade no próximo ano. “Além disso, vamos nos mudar para um prédio próprio em breve, as obras ainda estão sendo realizadas e talvez no final de 2018 consigamos fazer essa mudança”, conclui.

Francisco Carlos Pasian, da Alvorada Auto Peças


CAPA

| AGOSTO DE 2017 |

ORIENTAÇÃO NAS ESTRADAS

Um programa que estimula a manutenção preventiva e ajuda a identificar o estado da frota de caminhões

T E X TO: K A R I N F U C H S | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

C

riado em 2010, o programa Caminhão 100% já avaliou mais de 6 mil caminhões. Especificamente no ano passado, Elias Mufarej, coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, e conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição, conta que foram realizadas 823 inspeções. Segundo ele, “32% apresentaram falhas na iluminação externa e, entre os principais problemas verificados nos caminhões, também estão: a barra de direção e terminais (23%), pneus (21%), cubos de roda (17%) e embreagem (13%). Somente 2% deles apresentaram algum tipo de anormalidade em emissões de gases de escapamentos”, cita. O programa, desenvolvido pelo GMA em parceria com o Grupo CCR, tem como objetivo conscientizar motoristas de caminhões sobre a manutenção preventiva. “Um trabalho que acaba indiretamente fomentando negócios e também aproxima os fabricantes do consumidor final. Cada empresa usa a sua estratégia para fazer isso”, diz Mufarej. Além da prestação de serviço e orientação aos caminhoneiros sobre os problemas de manutenção, os dados coletados a respeito dos problemas identificados servem de amostra para identificar o estado da frota de caminhões. Como explica Mufarej, “a ação visa também incentivar

a consciência da manutenção preventiva e destacar os benefícios desta prática para melhorar a segurança no trânsito e reduzir consumo de combustível e níveis de poluentes”.

Realização Atualmente, o Caminhão 100% está presente na rodovia Presidente Castelo Branco, no posto do Grupo CCR, o qual é parceiro do projeto e possui o programa Estrada para a Saúde. “O local possui infraestrutura para atender caminhoneiros, o que facilita bastante a organização da ação que é mensal”, conta Mufarej. Ele diz que a ação nasceu na rodovia Presidente Dutra, onde era itinerante em postos ao longo da estrada, e por questões de logística foi para a rodovia Castelo Branco em um local fixo com estrututura para abrigar o evento. “A ideia é que as avaliações mensais sejam estendidas a outras rodovias que o Grupo CCR tem concessão. Para isso, vamos precisar da participação e do apoio de fabricantes que dão suporte técnico nas operações”. O programa tem a coordenação do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, conta com a participação de técnicos de fábricas, e Antônio Gaspar, diretor do Sindirepa-SP, é o responsável pela organização operacional. E o Programa Carro 100%/Caminhão 100%/ Moto 100% abrange várias ações para sensibilizar

| Em quase sete anos, o programa Caminhão 100% já avaliou mais de 6 mil caminhões

o proprietário do veículo sobre a manutenção preventiva, como divulgação na imprensa com dicas de manutenção, conteúdo e informação a respeito da orientação para o motorista, além de avaliações gratuitas.

AGENDA A programação do Caminhão 100% é anual, definida com o programa Estrada para a Saúde. Confira:

Agosto

16 e 17

Setembro

20 e 21

Outubro

18 e 19

Novembro

22 e 23

Dezembro

12 e 13

Local: KM 57 (sentido São Paulo) da Castelo Branco, CCR ViaOeste, das 10 às 17 horas

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FIQUE DE OLHO

| FOTOS: DIVULGAÇÃO

| BALCÃO DOS PESADOS | AGOSTO DE 2017 |

MWM Motores atinge o marco de 70 mil seguidores em sua fanpage no Facebook

Meritor já se prepara para retomada do setor

Turbocompressor da BorgWarner movimenta o novo motor a diesel do Jaguar Land Rover

A fabricante independente de motores diesel líder no Mercosul, MWM, conquistou neste mês o marco de 70 mil seguidores em sua fanpage oficial no Facebook. A MWM criou sua identidade digital no Facebook há cinco anos, estimulando e facilitando a comunicação com diversos públicos. Em número de seguidores, a empresa contabilizou um crescimento de 67% ante 2016 e a média de alcance diária das publicações é de aproximadamente 3.600 pessoas.

A Meritor, principal fornecedora de eixos e sistemas para o drivetrain de veículos comerciais na América do Sul, já se prepara para a retomada do mercado interno de caminhões. Com a constatação que irá produzir nos próximos três meses volume superior ao registrado no primeiro semestre, a empresa acaba de encerrar o acordo coletivo, iniciado em 2015, com seus colaboradores da fábrica de Osasco e o sindicato metalúrgico de Osasco, que previa carga horária de trabalho reduzida (uma média de três dias a menos por mês de produção). Desde 1º de agosto, a jornada da produção voltou a ser de segunda a sábado.

A premiada tecnologia de turbocompressores de dois estágios regulados (R2S®) da BorgWarner impulsiona com 177KW/240HP o novo motor a diesel 2.0 I4 do Jaguar Land Rover. Inicialmente disponível para o Range Rover Sport e os novos SUVs Land Rover Discovery, a avançada tecnologia de turbocompressores da BorgWarner possui uma carcaça do compressor arrefecida a água, oferece torque melhorado em baixas rotações e melhora o desempenho e a eficiência do motor, contribuindo para a redução das emissões.

Mercedes-Benz lança quarto episódio da websérie sobre produção de ônibus

Schulz comemora o sucesso das bombas hidráulicas e planeja dobrar o número de produtos no ano

Vetor apresenta cabos de velas

A Mercedes-Benz acaba de lançar nas redes sociais o quarto e último episódio da websérie “Coração das Máquinas”, especialmente criada para destacar a qualidade dos chassis de ônibus produzidos na fábrica de São Bernardo do Campo em São Paulo. No total, até agora, a Websérie alcançou nas redes sociais mais de 2,5 milhões de visualizações, 66 mil curtidas e cerca de 20 mil compartilhamentos no Facebook (www. facebook.com/mercedesbenzonibus).

Diante do sucesso dos produtos entre os clientes e dos pedidos por mais aplicações, um grande investimento será realizado no segundo semestre. A meta da Schulz é antecipar o planejamento inicial e dobrar o número de bombas hidráulicas à venda até dezembro. Dessa forma, passará a ter uma das mais completas linhas do segmento para a manutenção de caminhões, ônibus, picapes e vans. Em complemento, a empresa catarinense também lançará kits de reparo para todas as aplicações disponíveis.

A Vetor Automotivos, importadora de reposição automotiva, localizada em Brusque (SC), lança mais um produto de qualidade no mercado com a linha E-klass. São mais de 100 itens, que atendem as mais variadas aplicações. Para saber mais, acesse o site da empresa (www.vetorauto.com.br) e confira suas novidades. A companhia trabalha com a linha leve e pesada, nas linhas de produtos de: mecânica, ignição, injeção e acessórios.

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CARREIRA

P O R: S I LV I O R O C H A | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

OS REPRESENTANTES

DO NOSSO SETOR!

Profissionais descrevem as maiores dificuldades, oportunidades e o que ainda precisa ser melhorado

F

undamentais entre outras coisas para a divulgação da marca, os representantes comerciais significam o elo entre a empresa e as autopeças. Afinal, são eles os responsáveis por manter e gerar novos relacionamentos nesse elo da cadeia,

além de oferecer todo o suporte e apoio aos clientes. No entanto, ainda há muito o que ser melhorado na profissão, que exige muito esforço, capacitação e dedicação. Nesse espaço, importantes opiniões daqueles que vivem a representação no seu dia a dia.

MERCADO, DESAFIOS E MUITO TRABALHO PELA FRENTE!

Luiz Cláudio Barcelos, da LC Barcelos Representação e Consultoria Ltda.

“O mercado para representantes comerciais está aquecido, uma vez que as indústrias estão com necessidade de redução de custos e despesas de vendas. Afinal, somos nós que arcamos com todas as despesas oriundas do trabalho de vendas (hospedagem, combustível, alimentação, veículo, promoção, estrutura física e humana de escritório, etc.), sendo remunerados apenas sobre nossa performance e nível de prestação de serviços. O nível de cobrança, controle e exigência das indústrias a respeito dos escritórios de representações forçou uma profissionalização, transformando os ‘representantes’ em verdadeiras empresas de representações e promoções”.

“Vejo o mercado muito bom, hoje está cada vez mais caro um funcionário e algumas fábricas que no passado abriram mão de representantes, voltaram com atendimento aos clientes através da representação. Acredito que o que mais pesa no nosso trabalho são os custos que temos com despesas, algumas fábricas diminuíram as comissões percentualmente e, para conseguirmos atingir os objetivos propostos, acabamos tendo que investir mais. As condições na relação entre a Representada e o Representante não têm muito o que melhorar, apenas alguns ajustes no dia a dia. O que ajudaria a melhorar seria se o Governo diminuísse os impostos pagos por nós e se fossem criados incentivos com corte em impostos para compra de carros”.

Thiago Nunes, da Adonai Representações

“O mercado para o homem de venda tem se mostrado extremamente desafiador. Ofertado ao extremo, exigindo dos representantes comerciais total dedicação a suas representadas, utilizando todo seu conhecimento de setor e networking para auxiliar as fábricas e seus clientes nas tomadas de decisões”.

João Mancini, da Revema Mancini Representações e Vendas Ltda.

Anderson Zavarize, da ANYG – Assessoria de Vendas

Celso Borba,

Silmar Luiz Vieira, da S. L. VIEIRA Representações Comerciais Ltda.

“O mercado de representantes comerciais de autopeças está passando por grandes mudanças, assim como em todas as áreas e setores não aceita mais a ‘mono-função’. Os que não entenderem que o modelo de representação antiga que era baseado em visitar clientes e tirar pedidos acabou terão sérios problemas em suas fábricas. Nós, da Adonai, entendemos que não somos representantes comerciais, e sim gestores das fábricas nas regiões que atuamos. Não somos vendedores, somos provedores de solução”.

“No mercado recessivo, o representante está enfrentando diversas dificuldades. Com a queda das vendas, as comissões diminuem e a rentabilidade fica comprometida; as despesas para a execução do trabalho seguem subindo com o aumento de tarifas e insumos, e a carga tributária imputada a nós dificulta a contratação de colaboradores e a expansão dos negócios. Para melhorar o desempenho da categoria, a meu ver, a redução na carga tributária e a implantação de um benefício similar ao que os taxistas têm para a aquisição de veículo refletiriam positivamente no desempenho da profissão. Acredito que com o consolidação do setor produtivo toda a economia ficará fortalecida e teremos melhores dias”.

“No cenário atual, podemos mencionar alguns fatores relevantes que afetam diretamente o trabalho dos representantes, como concorrências excessivas nas ofertas dos produtos por linhas oferecidas e custos cada vez mais elevados para manter suas atividades devido aos gastos com impostos, manutenções, combustíveis, pedágios, refeições, estacionamentos, multas, entre outros. Para melhorar as condições de trabalho, acredito ser necessário reduzir desde a quantidade de fábricas e clientes até os roteiros nas visitas, o que iria, consequentemente, diminuir os custos”.

da RepBorba “O mercado como um todo está muito difícil devido à crise que o País atravessa. Isso afeta para nós, representantes, pois o custo da rua está muito caro. Para nós que trabalhamos em grandes centros, como São Paulo, o trânsito é outra coisa que atrapalha muito. Além disso, devido às condições de setor, com as margens caindo cada vez mais, os ganhos dos representantes também são negociados. Como eu e meu sócio, o José Carlos, mais conhecido como Cacá, já estamos no mercado há mais de 20 anos, conseguimos consolidar algumas marcas, e fazemos um trabalho diferenciado junto aos clientes, e estes tornaram nossos amigos. Hoje, o que facilita para todos são os clientes que agendam horário para atendimento, evitando assim o deslocamento desnecessário”.

Marco Tavares, da ORT Representações



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CARREIRA

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

OS REPRESENTANTES

DO NOSSO SETOR!

Luiz Cláudio Barcelos, da LC Barcelos Representação e Consultoria Ltda.

“A realidade de nosso mercado de autopeças ainda está fortemente condicionada a quatro fatores: qualidade, preço, prestação de serviços e relacionamento interpessoal. Quando falamos nos dois primeiros, concordamos que um bom sistema de informações e uma boa rede tecnológica pode informar e fornecer o que os clientes necessitam, mas quando falamos em prestação de serviços e em relacionamento interpessoal com os clientes as máquinas jamais nos substituirão, portanto não enxergo a possibilidade de substituição ou extinção do profissional de representação comercial em nosso segmento”.

“A tecnologia gera controle, otimiza o tempo, apoia a equipe de vendas e abre canais diretos com o cliente, facilitando sobremaneira a comunicação e a exposição de seus produtos, entretanto não se confunde com o trabalho do representante comercial. O ‘tirador de pedido’ já não existe mais, auxiliado também pela tecnologia, através de CRM adotado em seus escritórios, ele passa a ser um consultor de negócios, que conhece os produtos e o mercado, oferecendo estratégias para o desenvolvimento da empresa a qual representa e oportunidades a seus clientes”.

TECNOLOGIA NO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE

Thiago Nunes, da Adonai Representações

“Acho excelente o investimento que está sendo feito em tecnologia, hoje tudo gira em torno da informação e vejo esse investimento como uma ferramenta de venda fundamental, tanto para a indústria como para o distribuidor, além de incluir o restante da cadeia, autopeça e aplicador, com catálogos online, envio de pedidos via EDI, consulta em smartphones, etc. Não acredito que o contato virtual substitua uma coisa chamada “relacionamento”, o nosso mercado ainda gira muito em torno disso, a presença física nunca será substituída por uma forma virtual de atendimento”.

Anderson Zavarize, da ANYG – Assessoria de Vendas

“Os recursos na era da tecnologia digital vieram para auxiliar o trabalho dos representantes e agregar valor. Porém, eles não devem substituir o trabalho junto aos gestores de compras, tendo em vista que somos um elo entre fabricantes e distribuidores, além de ser facilitador na parte operacional, o que é fundamental para a concretização de grandes negócios para ambos”.

João Mancini, da Revema Mancini Representações e Vendas Ltda.

“A tecnologia de hoje é uma grande aliada do representante, além de ser inevitável. Ela ajuda muito o desenvolvimento dos trabalhos, em que facilita diversos contatos e informações junto aos fabricantes. E ao mesmo tempo, auxilia a manter o cliente sempre informado das coisas. O grande problema que eu vejo é a quantidade de informação que roda o mercado, e temos de estar bem atentos para fazer uso disso, de uma maneira real e de qualidade para os dois lados. O contato pessoal é insubstituível, mesmo com todas as facilidades, pois é nesse momento que a figura do representante se faz presente! É este contato que gera o bom negócio, sempre olhando para os dois lados. Por isso, acho que apesar da tecnologia avançar muito, ajudar a todos, se o representante fizer um bom trabalho, gerando bons negócios, ele não tende a sumir. Algumas grandes corporações fazem uso de um atendimento direto, mas sempre com a presença do material humano. Sendo assim, a tecnologia bem usada facilita para todos”.

“Nós recebemos muito bem todos os avanços tecnológicos, usamos sempre a nosso favor para gerar mais negócios e prestarmos um serviço melhor para nossos clientes. O contato virtual nunca vai substituir o trabalho humano, ele sempre vai ajudar a melhorar. Acreditamos em relações baseadas em princípios como: honestidade, lealdade, amizade e responsabilidade. No dia em que uma máquina fundar uma empresa aí sim nós teremos problemas com a tecnologia, mas enquanto os gestores forem humanos, as máquinas nunca nos substituirão”.

Celso Borba, da RepBorba

Marco Tavares, da ORT Representações

“Todo o representante comercial deve conhecer, dominar as novas tecnologias e saber usá-las a seu favor para o desempenho da carreira. Seja como apoio à prestação de serviços com eficácia e/ou divulgação de informações relevantes para o cliente. O meio online passa a ser um forte complemento às nossas atividades, porém o contato pessoal jamais será substituído, pois é no convívio que os vínculos e fidelidade se estabelecem. Vale ainda ressaltar que cabe ao profissional de vendas a divulgação das promoções, campanhas, lançamentos de produtos, novas marcas e tecnologias”.

Silmar Luiz Vieira, da S. L. VIEIRA Representações Comerciais Ltda.



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INDÚSTRIA

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DOIS ANOS APÓS AQUISIÇÃO, INTEGRAÇÃO DA TRW NO GRUPO ZF ESTÁ COMPLETA Após conclusão do processo de integração no Brasil, Grupo inaugura novo centro de distribuição, que passa a reunir todos os produtos, peças e serviços em um só local acompanhar em tempo real todas as informações sobre o veículo. Para nós, é importante estar presente nas feiras para expor as principais tendências do mercado”, avalia.

Novo Centro de Distribuição

A

ntes mesmo de a matriz alemã integrar a marca TRW ao portfólio, a América do Sul foi a primeira região no mundo a passar pela integração entre a ZF e TRW. As divisões ZF Services e a TRW Aftermarket, voltadas para o mercado de reposição, iniciaram o processo em março de 2016. A partir desta integração as marcas TRW e Varga também fazem parte do portfólio ZF, junto com as marcas ZF, SACHS e LEMFÖRDER. De acordo com João Lopes, diretor ZF Aftermarket Unidade de Negócios Services, a aquisição aconteceu com o intuito de acompanhar as tendências do mercado no que diz respeito à condução autônoma. “Enxergamos que esse futuro está próximo e é irreversível, por isso temos que nos adaptar às novas tecnologias, junto com a TRW agora temos soluções nas sete principais linhas de produtos: transmissão, eixos, embreagem, amortecedores, sistema de direção, freios e suspensão”, lista. “Isso nos garante um portfólio maior e a possibilidade de oferecer ao reparador todos os produtos através de uma fonte apenas. E ainda juntos somamos uma equipe de profissionais altamente eficientes”, emenda. O executivo ainda comenta que a Automec deste ano serviu para deixar mais claro ao público a integração da TRW com a ZF. “Tivemos um feedback muito positivo dos visitantes e conseguimos fechar vários negócios. A Feira também serviu para abordar o conceito e telemática. Acreditamos que grandes evoluções serão feitas nessa área e no futuro será fundamental para empresa

Além de ser pioneira no início do processo de integração, a América do Sul foi também a primeira Região no mundo a inaugurar o Centro de Distribuição da ZF Aftermarket integrado. “Desde de janeiro deste ano, a unidade reúne em um único local todos os produtos, peças e serviços. Já chegamos a despachar 260 toneladas de produtos em um só dia”, conta. Localizado em Itu, interior de São Paulo, o CD possui 21 mil m² e está localizado próximo às principais rodovias do estado e a duas horas do Porto de Santos, em São Paulo. O CD conta com aproximadamente 16 mil posições de estoque dedicadas às marcas ZF, SACHS, LEMFÖRDER e TRW em todos os segmentos que a ZF atua, tanto nas linhas leve e pesada, como em equipamentos fora de estrada. Toda a estruturação operacional do CD é baseada na Metodologia LEAN em Sistema Puxado, que garante eficiência operacional em relação aos processos convencionais de logística.

Oficina Modelo Agora localizada também em Itu, a oficina modelo da ZF existe desde 2010 e atende o segmento fora de estrada e industrial. Além da nova estrutura que a oficina ganhou no novo espaço, a ZF Aftermarket ampliou a oferta de serviços para o setor de pesados.

| Joao Lopes, diretor ZF Aftermarket - Unidade de Negócios Services

Atualmente a ZF Aftermarket tem uma rede de 63 concessionárias estrategicamente instaladas em todo o Brasil. A oficina modelo é uma referência de qualidade e organização no atendimento às concessionárias ZF em processos de certificação, além de oferecer suporte técnico à rede quando necessário. “Estamos também incorporando treinamentos e novos produtos na oficina”, complementa.

Foco no reparador Preocupada ainda em oferecer o melhor ao profissional, Lopes revela que a companhia possui projetos e novidades para o reparador, entre eles o programa “Amigo Bom de Peça”, uma ação que engloba a produção de conteúdo exclusivamente voltado aos profissionais de oficinas mecânicas e do setor de reparação de todo o País. Por meio de um canal no YouTube e uma página no Facebook, a ZF pretende entregar dicas técnicas, passo a passo de aplicações e curiosidades sobre todos os seus produtos destinados ao mercado de reposição, e que envolverá as marcas ZF, SACHS, LEMFÖRDER e TRW. Temos também outros canais de comunicação através do 0800, e-mail e WhatsApp”, emenda Outra novidade que em breve será anunciada é o Protech, com o objetivo de reunir as oficinas em uma rede de associadas, a companhia irá disponibilizar em seu portal uma série de informações sobre a manutenção de todos os veículos no Brasil. “Já possuímos esse programa na Alemanha e agora vamos lançar no Brasil, oferecemos ao profissional a possibilidade de adesão ao acesso Plus para a realização de treinamentos e visitas técnicas”, completa.



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FEIRA

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

SEMANA DA AUTONOR PROMETE MUITAS ATRAÇÕES Geraldo Rufino, exemplo de empreendedorismo e sucesso, realizará palestra antecedendo a abertura da Feira | P O R: S I LV I O R O C H A E S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

E

ntre os dias 13 e 16 de setembro acontecerá no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, a Autonor, e dois dias antes da abertura da feira, será realizada uma palestra do empreendedor Geraldo Rufino, promovida pelos jornais Balcão Automotivo e Nordeste Automotivo e Revista Reparação Automotiva.

Novidades e atrações Este ano, a organização investiu em um novo formato dedicado à capacitação profissional, com o objetivo de aprimorar o intercâmbio de conhecimentos no segmento, além do espaço caravanas, dedicado a recepcionar os grupos das mais diversas cidades do País. “Mais uma vez, contamos com o importante ajuda do SEBRAE no apoio às micro e pequenas empresas. Nesse cenário, a Autonor tem se mostrado como um instrumento ideal para o lançamento de novos produtos e novas tecnologias aplicadas ao setor automotivo”, ressalta o coordenador da feira.

O empresário, já conhecido no setor, é um exemplo de superação e sucesso para quem quer trabalhar e crescer em sua carreira. Com um começo parecido com a história de milhares de brasileiros que mudam de cidade para melhorar de vida, Rufino provou que o trabalho duro e a persistência fazem a diferença para quem planeja ter um futuro promissor.

Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Nacional e do Sistema Sincopeças/Assopeças-CE, conta que estão sendo organizadas caravanas do Ceará para a Feira. “Os empresários entendem a importância da Autonor e não querem perder esse momento de negócios e relacionamento. Este é o ano da Autonor, o ano da família de autopeças de Pernambuco e todos estamos com boas expectativas”.

Trilhando o próprio sucesso Rufino vem de uma família de oito irmãos e após seus pais perderem tudo na lavoura, foi preciso a mudança para a cidade de São Paulo com o intuito de uma vida melhor, “mas a capital paulista foi apenas escolhida porque na época o dinheiro da passagem só nos permitia chegar de trem até a estação da Luz”, conta. Como a família era grande, todos precisavam trabalhar, Rufino e seu irmão começaram a ajudar sua mãe, que era diarista, mas antes dele completar oito anos, sua mãe veio a falecer. “Ela era uma mentora fantástica e me ensinou a ajudar o próximo sempre”, recorda. Rufino então largou a escola e ao trabalhar como office-boy no Playcenter voltou a estudar. “Eu cresci lá e fui educado pelos meus ex-patrões, cada vez que um contratempo surgia eu começava de novo e nunca desistia”, diz. Hoje, presidente do Conselho da JR Diesel, Rufino é conhecido na mídia por sua história e pelo seu livro chamado “O catador de sonhos”, onde conta em detalhes sua trajetória de luta, trabalho e sucesso, mas ainda há muito caminho a ser percorrido. O empresário revela que tem investido em suas horas vagas na política e deseja um dia concorrer a uma vaga no Senado. “Não podemos deixar de acreditar em nosso País, mesmo com todos os problemas que existem, é hora de fazer melhores escolhas e prover soluções”, finaliza.

O que esperar da Autonor 2017? De acordo com a organização do evento, essa edição da Autonor promete superar os resultados de 2015 e ainda trazer muitas novidades. Neste ano 700 marcas estarão expondo seus produtos para um público estimado de 40 mil pessoas, ou seja, também maior do que na edição anterior, quando 38 mil visitantes estiveram no pavilhão de exposições. Segundo a organização da Feira, é esperado um incremento nos negócios cujo montante deve passar dos R$ 35 milhões em 2015, chegando ao patamar dos R$ 42 milhões em 2017. Conforme aponta Emanuel Luna, coordenador da Autonor Empreendimentos e Consultoria, os dados estatísticos mostram que o setor automotivo começou a se recuperar e deve registrar aumento nas vendas e na produção este ano. “O que nos deixou bastante otimistas com relação aos resultados da Autonor 2017. A organização investiu bastante para o crescimento das caravanas, com a divulgação extensiva às cidades do interior e de outros estados, contribuindo para a presença de um público segmentado e interessado em negócios”, destaca.

Pedro Paulo M. de Moraes, presidente do SindirepaPE, também comenta que foram confirmadas caravanas do Espírito Santo, Maranhão, e outros estados. “Eles estão pedindo para nós organizarmos uma visita na fábrica da Fiat, o que já conseguimos para alguns”. “Em parceria com o Sebrae, Senai e a Ford, nós teremos a oficina do futuro, um espaço dentro da Feira onde iremos mostrar para o público as inovações tecnológicas do setor automotivo, desde o motor de autoeficiência energética até a Internet das Coisas, produtos e serviços ligados à cadeia automotiva, os aplicativos, as ferramentas futuristas, a maneira diferenciada de se trabalhar um produto que tem uma performance melhor, o que gera menos tempo e menos custo para o usuário do carro. Teremos também outras parceiras para a Oficina do Futuro. Além disto, o Sindirepa-PE junto ao Sebrae separou 20 estandes para beneficiar pequenas empresas que não tinham condições de pagar um estande na Feira. Estamos trabalhando com um valor reduzido para que elas possam expor no meio dos grandes”, completa.

Benefícios para o setor Segundo José Carlos de Santana, presidente do Sincopeças-PE, mesmo o País passando por esse momento


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FEIRA

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

um pequeno aumento nas vendas. Apesar disso, a retomada neste ano ainda deve seguir um ritmo mais lento do que gostaríamos. “Esperamos que, a partir de 2018, a economia comece a se expandir de forma mais acelerada”, finaliza.

de turbulência na economia, as expectativas são excelentes para a Feira. “Sempre vejo como oportunidade de crescimento e superação”, analisa. Emanuel Luna também reflete na importância da Autonor para o setor, pois irá oferecer oportunidades de acesso às novidades e lançamentos em produtos desenvolvidos pelas indústrias de autopeças nacionais e estrangeiras, além do aprimoramento técnico e profissional, através de palestras e seminários durante o evento. “Para os expositores, é a possibilidade de utilizar um importante canal de penetração no mercado a fim de ampliar seus negócios e consolidar a imagem de suas marcas”, pontua. Com relação ao Nordeste, ele destaca que a localização estratégica de Pernambuco, como área de influência abrangendo os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas, proporciona condições ideais para que distribuidores, lojistas e representantes comerciais desses e

Emanuel Luna,

coordenador da Autonor Empreendimentos e Consultoria

de outros Estados visitem a feira de maneira efetiva, vindo individualmente ou em caravanas. “Em 2019, a Autonor completará 20 anos de trajetória e realizaremos uma edição comemorativa especial para o segmento e o mercado”, adianta.

Cenário Brasileiro Para Emanuel Luna, o setor automotivo já atravessou a pior fase, pois o mercado está dando sinais de recuperação com

José Carlos também acredita que as expectativas são de resultados positivos no próximo ano. “2018 com certeza vai ser melhor, devido às eleições, há uma expectativa positiva sobre a mudança do Governo, esperamos que seja um ano de superação”. Na opinião de Ranieri Leitão, todos os empresários que buscaram melhorar a sua gestão neste ano já estão no caminho certo. “2017 foi de ajustes e gestão, o que nos preparou para 2018. Acredito que o ano que vem será diferente, especialmente se contar o alto número de endividados em 2017. Além disto, estamos torcendo para que as reformas trabalhistas e previdenciárias tragam um novo fôlego para o País crescer ainda mais”, conclui.


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LANÇ AMENTO

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

Com o SUV dos compactos, a Renault espera entrar de vez na briga pelo segmento de carros entrada

MUITO PRAZER, KWID! P O R: S I LV I O R O C H A | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

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Renault lança no Brasil o Kwid, o primeiro SUV compacto urbano. O veículo se destaca pela maior altura do solo (180 mm) da categoria e os ângulos de entrada (24°) e de saída (40°). O Kwid tem ainda o maior espaço interno e o maior porta-malas da classe (290 litros). “A Renault traz mais uma vez aquilo que os exigentes clientes desejam, levando ao segmento de entrada um veículo com diversas características do universo SUV – o que mais cresce no País –, além de itens de segurança e espaço interno não encontrados nos automóveis compactos”, afirma Luiz Pedrucci, presidente da Renault do Brasil. O novo veículo é também “best-in-class” em consumo de combustível entre os automóveis compactos de entrada, registrando 15,2 km/l (G) e 10,5 km/l (E), em trajeto misto (urbano-rodoviário), e traz de série quatro airbags (dois frontais e dois laterais), além de diversos outros itens de segurança e reforços estruturais.

GARANTIA E MANUTENÇÃO O Kwid oferece os mesmos três anos de toda a linha

Renault. O modelo tem um plano de manutenção com menos de R$ 1 por dia durante esse período para a versão Life. Revisões

10 mil

20 mil

KWID Life Kwid Zen /Intense

R$ 349 R$ 388

R$ 349 R$ 349 R$ 388 R$ 388

ré, abertura elétrica do porta-malas, rodas Flexwheel e chave dobrável, além de diferentes detalhes de acabamento externo e interno.

30 mil 40 mil 50 mil 60 mil R$ 470 R$ 349 R$ 349 R$ 509 R$ 388 R$ 388

O Kwid tem três versões de acabamento: Life, Zen e Intense, nas opções de cores Orange Ocre, Branco Marfim, Vermelho Fogo, Branco Neige, Prata Étoile e Preto Nacré. Versão Life – R$ 29.990 Principais itens de série: rodas 14”, dois airbags laterais, dois airbags frontais, dois Isofix, predisposição para rádio e indicadores de troca de marcha e de condução. Versão Zen + rádio – R$ 35.390 Principais itens de série: direção elétrica, ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos, rádio com Bluetooth e entradas USB e AUX Versão Intense + Pack Connect – R$ 39.990 Principais itens de série: retrovisores elétricos, faróis de neblina cromados, Media NAV 2.0 com câmera de

Jornalista participou do evento de lançamento a convite da Renault do Brasil


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INDÚSTRIA

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

NSK COMEMORA

IMPORTANTE MARCO EM SUA HISTÓRIA NO BRASIL No mês de julho a empresa comemorou 45 anos da fabricação de seu primeiro rolamento no País

| P O R: S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

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á 45 anos a NSK escolheu a cidade de Suzano, na grande São Paulo, para o início de suas operações e produção do primeiro rolamento no País. A fábrica deu início a um grande passo da companhia japonesa sendo a primeira a ser construída fora do Japão. A fabricação dos rolamentos só foi possível com muito esforço e dedicação de Yoshio Sudo, hoje com 86 anos, que foi o responsável por convencer os japoneses a trazerem a NSK para o Brasil, segundo Carlos Storniolo, presidente da NSK Brasil e Argentina. Em 1955, Sudo começou a jornada da implementação da empresa indo de porta em porta, durante três anos, para formar a clientela. No início, a companhia se estabeleceu como uma empresa de importação e comércio. Em meados de 1965, graças ao trabalho do Sr. Sudo, a NSK viu a necessidade de construir uma fábrica no País, que começou suas operações em 1972, no polo industrial de Suzano.

Encontro com a imprensa Para celebrar este acontecimento em

sua história, a NSK realizou no dia 17 de julho um encontro com a imprensa especializada, onde promoveu uma visita monitorada à fábrica para apresentar seu espaço e seus processos de fabricação. O evento contou com uma palestra realizada por Alexandre Froés, diretor das unidades de negócios Industrial e Aftermarket, que apresentou um breve relato sobre a história da NSK no Brasil e a visão 2026 da empresa, desenvolvido em 2016, quando completou seu centenário, a visão que traça metas para serem cumpridas durante dez anos para alavancar ainda mais o crescimento da companhia, contribuindo para o avanço de toda a sociedade. Em seguida, Ricardo Oliveira, supervisor de Engenharia da Aplicação, ressaltou a importância do rolamento na indústria, como a NSK contribui positivamente na Indústria com Programa AIP (Programa de Adição de Valor) e ainda explicou quais as etapas para o processo de produção do rolamento.

Carlos Storniolo, presidente da NSK do Brasil e Argentina, conta mais sobre a história de sucesso da empresa em encontro com jornalistas


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INDÚSTRIA

| BALCÃO AUTOMOTIVO | AGOSTO DE 2017 |

MOPAR INAUGURA

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS NO INTERIOR DE SÃO PAULO Com um ganho de 34% em agilidade na entrega de peças para todo o Brasil, as demais unidades da companhia terão o mesmo modelo de sistema

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om o intuito de expandir sua presença no Brasil, a Mopar inaugurou no dia 13 de julho seu novo Centro de Distribuição na cidade de Hortolândia (SP). Em um espaço de 42 mil m², a unidade é considerada uma das mais modernas no País e é referência em agilidade, eficiência e qualidade no atendimento aos clientes da FCA. De acordo com o diretor da Mopar para a América Latina, Francesco Abbruzzessi, para a abertura dessa nova unidade foram investidos R$ 15 milhões e cerca de 300 empregos (diretos e indiretos) com mão de obra local serão gerados.

Operação e entrega A localização geográfica foi o ponto principal para a escolha da cidade de Hortolândia. A unidade está próxima das principais rotas rodoviárias do País, com conexão ao aeroporto de Viracopos e Porto de Santos. “Do ponto de vista logístico, seremos mais eficazes. Em um raio de mil quilômetros, iremos efetuar as entregas em 24 horas. Teremos uma redução do tempo médio das entregas em 34% para

as concessionárias”, pontua Abbruzzessi. O novo Centro de Distribuição tem capacidade de operação de 2 milhões de peças por mês e abastecerá mais de 400 concessionárias da Fiat, Jeep e Chrysler, em oito estados brasileiros (São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre), com peças vindas dos Estados Unidos, Europa e Betim (MG).

Sistema moderno A unidade já inicia as operações com a metodologia do World Class Logistics (WCL) implementada. O WCL, composto por 20 pilares, é usado globalmente pela Mopar para aprimorar a qualidade do serviço, reduzindo perdas e desperdícios e garantindo melhor segurança de trabalho. Além disso, a unidade utiliza o conceito chamado HomeBase, que visa maior produtividade dentro da operação para que sejam feitos com rapidez na separação, embalagem e expedição. Segundo o diretor da Mopar para a América Latina, a expectativa da companhia é trazer esse sistema

Francesco Abbruzzessi, diretor da Mopar para a América Latina

para as demais unidades da companhia. O Centro de Hortolândia faz parte de uma estrutura de mais de 50 unidades semelhantes da Mopar em todo o mundo. A marca oferece mais de 500 mil peças e acessórios para os mais de 70 milhões de veículos atendidos ao redor do planeta.

Reposição Atenta também aos consumidores do aftermarket, a Mopar apresentou recentemente sua linha Classic Line voltada aos consumidores que estão saindo da concessionária. Para a companhia, é de extrema importância estar nesse mercado e oferecer aos clientes custo/benefício e a qualidade de seus produtos à reposição.




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