Balcao ne 10 web

Com expectativa de público recorde e muitas novidades, Feira acontece de 10 a 13 de agosto, em Fortaleza (CE).

n 10 o

|

Ano I

|

julhO DE 2016

|

R$ 6 ,00

|

www.balcaonordeste.com.br

PáG. 25

comparativo Chevrolet S10 2017 High Country Turbo Diesel e Nissan Frontier 2016 SV Attack AT.

|

PáG. 16

Movimentos que levaram à expansão do Nordeste No período de uma década, a economia do Nordeste apresentou uma evolução expressiva. PIB e PIB per capita cresceram acima da média nacional.

Outro fator que também beneficiou a economia foi o conjunto de políticas públicas implementadas nos últimos anos, dentre elas, investimentos em infraestrutura local e em políticas sociais.

Entrevistados comentam os movimentos que levaram o Nordeste à expansão e os investimentos na região, que mesmo diante de um cenário desafiante da economia brasileira estão sendo mantidos.

PáG. 10

Carreira

Suspensão

Os perfis que mais atrapalham e analise como está a sua imagem.

Os problemas, produtos com maior giro e o potencial de mercado.

PáG. 6

PáG. 36

Nordeste

Diretor Executivo

Bernardo Henrique Tupinambá Diretor Comercial

Edio Ferreira Nelson

ANO I - Nº 10 - JULHO/AGOSTO DE 2016 www.balcaonordeste.com.br Editor executivo Bernardo Henrique Tupinambá Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@premiatta.net) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@premiatta.net) Colaboradores Arthur Henrique S. Tupinambá / Luciana Morosini (Recife) Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs / Jota Pompílio (Fortaleza) Luciana Castro (Fortaleza) Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Assistente de Arte - Juan Castellanos (producao@premiatta.net) CTRA Vídeos /Depto Audiovisual Wanderlei Castro (wanderlei.castro@premiatta.net) Vanderlei Vicário Fotografia Estúdio Premiatta Departamento Comercial (comercial@premiatta.net) Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@premiatta.net) Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@premiatta.net) Marketing (marketing@premiatta.net) Assinaturas (assinaturas@premiatta.net) Internet/ Desenvolvimento Aryel Tupinambá (aryel@premiatta.net) (contato@premiatta.net)

3

| Editorial

agosto de 2016 / edição 10

Nordeste em expansão

N

o período de uma década, a economia do Nordeste apresentou uma evolução expressiva. PIB e PIB per capita cresceram acima da média nacional, o que permitiu reduzir as desigualdades interregionais. Dados mostram que o PIB e o PIB per capita do Brasil aumentaram 59,1% e 44,7% em termos reais de 2002 a 2012, respectivamente. No Nordeste, cresceram de 66,3% e 53,1% no mesmo período.

A região começou a apresentar arrefecimento na economia a partir do 3º trimestre de 2015, enquanto a economia nacional passou a declinar no 4º trimestre de 2014. Outro fator que beneficiou a economia foi o conjunto de políticas públicas implementadas nas últimas décadas, dentre elas, investimentos em infraestrutura local e em políticas sociais.

Com este importante tema em nossa reportagem de capa, entrevistados tanto de âmbito regional como nacional comentam os movimentos que levaram a região Nordeste à expansão e os investimentos realizados e os que ainda estão por vir, que felizmente mesmo diante do cenário desafiante da economia brasileira estão sendo mantidos.

Também trazemos a análise de como os profissionais são vistos no trabalho. Especialista classifica os perfis que mais atrapalham as empresas e orienta o que é preciso fazer para melhorar. As más condições das ruas urbanas e rodovias, tanto federais como estaduais, ainda é uma triste

realidade em todo o Brasil, o que gera o desgaste prematuro dos itens pertencentes ao sistema de suspensão. No Nordeste não é diferente.

Destaques em Comparativo: a Nissan Frontier 2016 SV Attack AT e a Nova Chevrolet S10 2017 High Country Turbo Diesel. Usadas tanto para passeios off-road quanto para o transporte de equipamentos e mercadorias, as picapes médias hoje estão entre as preferências de quem procura um carro versátil, apesar do tamanho, com um acabamento caprichado.

Não podíamos deixar de mencionar também um importante evento na região, a Autop, que está por vir e promete muitas novidades. Os participantes desta edição já podem contar com diferentes perfis de expositores, novo horário e muitos atrativos.

São esperados cerca de 200 expositores, 30 mil visitantes e mais de R$ 40 milhões em negócios realizados.

E mais uma vez estaremos presentes. Visite-nos no estande nº 70, Rua D/8, onde traremos nossas últimas publicações e mostraremos nossa oficinamodelo. Confira nosso Suplemento Especial da Autop nesta edição e fique por dentro das novidades da feira, que acontece entre os dias 10 e 13 de agosto, na cidade de Fortaleza (CE).

Esperamos vocês!!!

O Editor

Financeiro Analista Financeira / Tatiane Nunes (tatiane.nunes@premiatta.net) Assistente Administrativa Stéphany Lisboa (contasareceber@premiatta.net) Impressão Log&Print Gráfica e Logística Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375 Tiragem: 20 mil exemplares Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade.

As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

Balcão Nordeste Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.

Apoios e parcerias

PREMIATTA EDITORA LTDA Tel (11): 5677.7773 ou contato@premiatta.net Jornal Balcão Nordeste Automotivo Rua Engenheiro Jorge Oliva, 111 - Térreo CEP 04362-060 - Vila Mascote - São Paulo - SP

Atualize seu cadastro Para continuar a receber os nossos jornais – Balcão Automotivo e Balcão Nordeste Automotivo – e as newsletters com as principais novidades do setor, atualize seu cadastro no endereço abaixo.

Você é muito especial para nossa editora!

www.premiatta.net/cadastro

6 | de Balcão para balcão

agosto de 2016 / edição 10

Como está a sua imagem no trabalho?

Conheça os perfis que mais atrapalham as empresas e saiba o que pode ser feito para melhorar e criar um ambiente mais agradável e produtivo

Meiry Kamia, psicóloga, mestre em Administração de Empresas e autora do Livro “Motivação sem Truque”

Texto: Simone Kühl | Foto: Divulgação

Q

uem nunca teve ou conheceu um profissional que contamina o ambiente de trabalho de forma negativa, seja por comentários inadequados, roubo de ideias, reclamações ou até mesmo arrogância? No entanto, por mais negativa que a atitude possa parecer, nem sempre as pessoas se dão conta que tais comportamentos podem gerar consequências ruins e prejudicar tanto sua imagem como o trabalho de outros colegas.

De acordo com Meiry Kamia, psicóloga, mestre em Administração de Empresas e autora do Livro “Motivação sem Truque”, as emoções têm um grande papel na vida do profissional, pois as pessoas tendem a transmitir o que estão sentindo, mesmo de maneira inconsciente. “Todos temos uma marca pessoal, e essa marca chega antes de nós aos lugares, para termos uma imagem positiva temos que passar confiabilidade e ter coerência naquilo que falamos e fazemos. Hoje muitas vagas de emprego são preenchidas por indicações e ninguém vai indicar profissionais que passam uma imagem

negativa ou são conhecidos por não concluir seus trabalhos”, alerta.

Tenha um olhar sem críticas Kamia explica que geralmente o indivíduo costuma julgar em vez de ter um olhar mais compreensivo e humilde. “Em primeiro lugar, precisamos ter um olhar humilde e sem críticas para nós, pois a mudança começa de dentro para fora, e o caminho é o autoconhecimento. Se quisermos ter um ambiente melhor temos que começar por nós. Temos que reconhecer o comportamento negativo para depois aprender a lidar com ele”, afirma.

E na hora de identificar os perfis negativos nos colegas, Kamia orienta que o feedback deve ser realizado da melhor maneira possível. “Temos que mostrar que o comportamento do outro foi inadequado e gerou consequências, de maneira a ajudá-lo e não criticá-lo, demonstrando que você quer o melhor para a pessoa”.

Conheça os quatro tipos negativos que mais atrapalham as empresas e aprenda como ajudar colegas com esses perfis.

Aproveite também para fazer uma análise do seu próprio comportamento.

Características

O mal-humorado - Reclama de tudo, desde a estrutura física como computadores, ar-condicionado, mesa, cadeira, etc., passando pelos processos da empresa, até chegar às pessoas.

- As conversas giram em torno de questões negativas: dificuldades financeiras, trânsito, violência, dificuldades na empresa, etc.

- Coloca-se na posição de vítima, e reclama sem dar sugestões de melhorias e também não faz nada para melhorar o ambiente.

- Nunca admite erros. O problema está sempre com os outros.

- É melindroso, ressente-se facilmente, o que gera problemas de relacionamento, nos trabalhos em equipe e também nas relações com chefias.

- Apresenta produtividade medíocre ou abaixo da média. Tem pouca energia para o trabalho.

- Possui muita raiva e rancor dentro de si. É duro com as pessoas, não perdoa nada e não “deixa passar” nenhuma situação sem que a critique. Seu olhar está contaminado pelo rancor a ponto de não enxergar o lado positivo das coisas.

O fofoqueiro - É uma pessoa observadora e, normalmente, fala demais.

- Apresenta baixa produtividade porque o foco da atenção não está na meta de trabalho e sim na vida das pessoas.

- Vira e mexe está envolvida com algum tipo de problema de relacionamento entre os colegas de trabalho.

- É ótimo companheiro do perfil mal-humorado, este último alimenta o perfil fofoqueiro de notícias negativas e o fofoqueiro se encarrega de espalhar as más notícias.

- Possui muita inveja do sucesso do outro.

O bem-estar do colega incomoda, por isso, denigre a imagem dos colegas para se sentir um pouco melhor.

O arrogante - Valoriza apenas a si mesmo e suas ideias, menosprezando o trabalho, as ideias e o esforço do restante da equipe.

- Apresenta dificuldade em trabalhar em equipe.

Sua ansiedade em ser “o melhor” faz com que atropele o restante da equipe.

- Nunca assume erros. Como ele se sente perfeito, o erro só pode ser cometido pelas outras pessoas.

- Tende a rotular as pessoas como sendo lerdas ou burras demais, por isso prefere trabalhar sozinho.

- Em um confronto de ideias tende a reagir agressivamente e depois justifica o modo grosseiro de agir com um “eu estava apenas defendendo meu ponto de vista”.

- Sua ambição é grande demais, o que não permite olhar para os lados e oferecer ajuda aos colegas de trabalho. Isso seria uma perda de tempo.

- É inseguro e utiliza-se da máscara da arrogância para proteger-se do medo de ser ‘desmascarado’. É rígido consigo mesmo, assim como é com os demais.

Não aceita que pode falhar. Falta-lhe humildade e, com isso, não se abre para novos aprendizados.

- Normalmente apresenta bons resultados porque são eles que darão sustento ao comportamento arrogante.

O manipulador - Normalmente bastante comunicativo, persuasivo, inteligente e simpático. Utiliza-se do poder de comunicação e influência para manipular as pessoas em benefício próprio.

- É observador e conhece a natureza das pessoas. Dá-se muito bem com as chefias conquistando rapidamente a confiança.

- É egoísta e egocêntrico. Pensa apenas no seu próprio bem-estar. Passa a imagem de alguém competente, porém aproveita-se das situações para ganhar o mérito do trabalho realizado por outros.

- Aproxima-se das pessoas apenas para usá-las, descartando-as depois.

- Em casos de erros, ele sempre dá um jeito de achar um culpado, que não seja ele, é claro.

- Tende a ser mentiroso e deixa um rastro de mal entendidos e intrigas atrás de si.

- Falhar com a ética é uma tendência fácil para esse perfil que usa as pessoas e a própria empresa como objetos para alcançar seus objetivos pessoais.

Se você tem um amigo assim

8 O mal-humorado Anote os comentários realizados pelo seu colega durante o dia e as consequências deles. Chame-o para uma conversa informal e nela fale sobre os comentários observados e as consequências negativas para o ambiente de trabalho. Diga a ele que, se quiser desabafar, que o faça de forma privada e com as pessoas certas, se desejar, pode se colocar à disposição para isso. Mostre a ele o lado bom das coisas e ensine-o a agradecer.

Se você possui esse perfil

O mal-humorado Se você percebeu que possui esse perfil, você precisa aprender a enxergar o lado positivo da vida.

Em uma folha de papel escreva dez coisas e/ou pessoas que fazem parte da sua vida e que você gosta muito, pode ser casa, carro, mãe, filho, algum curso que esteja fazendo, etc. Ao acordar, leia o primeiro item, feche os olhos, imagine o item em sua mente, e agradeça de forma a sentir a emoção da gratidão (não se limite apenas à palavra “obrigado”, o foco deve ser o sentimento). Faça isso com todos demais itens da lista. Leve essa lista com você e faça esse exercício pelo menos três vezes ao dia.

| de Balcão para balcão

O fofoqueiro Deve agir da mesma forma utilizada com o reclamão, anote os comportamentos do fofoqueiro e suas consequências. Chame-o para conversar num tom amistoso. Mostre ao amigo que todas as ações têm consequências, mesmo que seja um simples comentário. A atenção do fofoqueiro está demasiadamente focada no comportamento do outro, e ele precisa olhar mais para si mesmo. Ajude-o a fazer isso mostrando habilidades que ele pode desenvolver para melhorar a própria performance no trabalho, mostre que ele possui coisas boas e que precisa focar no próprio crescimento.

O fofoqueiro Muitas vezes causamos agitação no mundo externo para não ter que lidar com a agitação do mundo interno. Você deve voltar sua atenção para si mesmo e utilizar o tempo útil para investir em seu próprio crescimento. Antes de fazer qualquer comentário pergunte a si mesmo se é útil e importante ou não. Se não for, apenas cale-se. Se alguém te contar alguma fofoca, simplesmente não repasse. Trace um plano de desenvolvimento pessoal, ocupe a cabeça e seu tempo com algo que seja útil para o seu sucesso profissional.

O arrogante A pessoa arrogante, no fundo, é muito insegura de si mesma. Como mecanismo de compensação se faz de forte e sabe-tudo, mantendo as pessoas a distância, causando falsa sensação de conforto de que não será desmascarado em suas fraquezas. Mostre, através de atitudes, que você não está lá para lhe puxar o tapete, e sim para ajudar, coloque-se como parceiro. Mostre que ser generoso, reconhecendo ideias alheias, permitindo que a equipe participe, etc., não fará com que ele próprio perca o seu valor.

Ao contrário, mostrará que ele é capaz de criar uma equipe com melhor desempenho.

O arrogante Você precisa rebaixar o seu crítico interno. Você é severo demais consigo mesmo e com os outros.

Não aceita errar e também não suporta os erros alheios, e com isso acaba inibindo sua própria espontaneidade e criatividade, deixando todo o processo de trabalho pesado, sério e tenso demais.

Ao rebaixar o crítico, automaticamente, você abre espaço para a virtude da humildade. Ela abre as portas do aprendizado, é o contrário do sabetudo, a humildade ensina a “aprender a aprender”.

agosto de 2016 / edição 10

O manipulador Os comportamentos desse perfil podem ser motivados ou por insegurança, ou por falha de caráter.

A pessoa pode fazer uso de seu poder de sedução porque aprendeu a se comportar assim e o faz de forma inconsciente para conseguir o que deseja. Caso pior é o da pessoa que utiliza tais comportamentos de forma consciente com o objetivo de tirar vantagem – esse segundo caso é o pior porque demonstra uma falha de caráter, e aí é muito difícil de lidar. Nesse caso, você deve trabalhar com fatos e não suposições. Anote os comportamentos de seu colega, busque testemunhas, muna-se de provas e peça ajuda a seus superiores.

O manipulador Deve aprender uma das leis básicas do universo: “dai e recebereis” – tudo o que você planta, você colhe.

Deixar um rastro de más relações, de destruição, de prejuízos materiais e emocionais por onde você passa, não é nada positivo. Aprenda que não é necessário destruir nada e ninguém para crescer. Não permita que sua ganância cave sua futura cova. Confie em você, em seus talentos e cresça baseado em suas virtudes, aprenda a deixar boas recordações por onde você passa.

10

| capa

agosto de 2016 / edição 10

Movimentos que levaram à expansão do Nordeste Texto: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

E o momento atual ante os desafios do cenário da economia brasileira. Empresas mantêm investimentos na região...

E

m um período de uma década, a economia do Nordeste apresentou evolução expressiva, seu PIB e PIB per capita cresceram acima da média nacional, o que permitiu reduzir as desigualdades inter-regionais. “O PIB e o PIB per capita do Brasil aumentaram 59,1% e 44,7% em termos reais de 2002 a 2012, respectivamente. No Nordeste, os crescimentos foram de 66,3% e 53,1% em termos reais no mesmo período”, compara Luiz Alberto Esteves, economista-chefe do Banco do Nordeste.

Assim, a relação PIB per capita do Nordeste em relação ao PIB per capita do Brasil aumentou de 46,1% para 48,8% (2,7 pontos percentuais) no período analisado, o que reduziu a desigualdade econômica da região em relação ao País. “Já o índice de atividade econômica do Banco Central para a Região Nordeste (IBCR-NE) encerrou o primeiro trimestre de 2016 com decrescimento de 3,5% (acumulado em 12 meses). Para a economia brasileira o IBC-Br registrou, no mesmo período, variação negativa de 5,3%”, diz.

Esteves analisa que a região começou a apresentar arrefecimento na economia a partir do 3º trimestre de 2015, enquanto a economia nacional passou a declinar no 4º trimestre de 2014. “E pelas características econômicas do Nordeste, pode-se considerar a continuidade da deterioração dos indicadores macroeconômicos para essa região, com mais intensidade que em nível nacional”. Ele atribui a perda do dinamismo da economia nordestina, em grande medida, à desaceleração dos fatores que vinham impulsionando o crescimento na região, como investimentos e poder de consumo.

Passado e presente Esteves destaca no Nordeste o conjunto de políticas públicas implementadas nas últimas décadas, dentre elas, investimentos em infraestrutura local e em políticas sociais, como a modernização de portos e aeroportos, projetos de infraestrutura hídrica, inversões em logística de transporte e de mobilidade urbana, investimentos em parques eólicos e no ensino superior acadêmico e profissionalizante federais, dentre outros.

“São investimentos que atraíram inversões privadas para a região. Além deles, o fortalecimento dos programas sociais, a transferência de renda, o aumento real do salário mínimo e a ampliação do acesso à educação permitiram a inclusão e ascensão social de expressivo contingente de pessoas; conjunto de políticas que contribuiu para ampliar o mercado de trabalho, crescer o mercado interno local e fortalecer o setor produtivo”, especifica.

Para o economista-chefe, o Nordeste foi indubitavelmente beneficiado por tais políticas públicas.

“Adicionalmente, cabe mencionar a expansão da ação Luiz Alberto Esteves, economista-chefe do Banco do Nordeste

creditícia e em especial a atuação das agências oficiais de fomento, particularmente o próprio Banco do Nordeste, que expandiu de forma considerável os financiamentos para o setor produtivo na região”, acrescenta.

Descentralização Nos últimos anos, o Nordeste também foi uma das regiões que mais recebeu investimentos.

“Isso se deve à descentralização da localização das plantas das empresas que vieram a se instalar no Brasil, após a abertura comercial de 1990, bem como dos projetos de expansão das empresas que já operavam no Brasil”, diz o economista-chefe do Banco do Nordeste.

Enquanto em 1990 os estados de São Paulo e Minas Gerais respondiam por 99,3% da produção nacional de veículos, em 2015, esta participação ficou em 66,5%. “Por outro lado, os estados da Bahia e Pernambuco, que não produziam um veículo sequer nos anos 1990, foram responsáveis por 4,5% da produção nacional em 2015”, compara. Além da fábrica da Ford, em Camaçari (BA), atualmente mais duas plantas estão em operação: a Ford/Troller, em Horizonte (CE) e a Fiat Chrysler Automóveis (FCA), em Goiana (PE).

Especificamente no Banco do Nordeste, Esteves conta que a demanda por financiamentos para investimentos manteve certo padrão ao longo dos últimos anos, em termos de setores demandantes. “Na agropecuária destacam-se a bovinocultura, produção de grãos (soja e milho) e fruticultura. Na indústria, a de minerais não metálicos (cimento, cerâmica e gesso), a têxtil e de confecções e a indústria de alimentos e bebidas. No setor de comércio e serviços, o comércio varejista, comércio atacadista e serviços de hospedagem”.

Participação (%) dos estados produtores de veículos

Fonte: ANFAVEA (2016)

agosto de 2016 / edição 10

| capa

capa |

11

Tasso destaca que as principais oportunidades para o Grupo estão Ritmo crescente no mercado de reposição brasileiro, “que apesar da crise, continua Hoje, a planta da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), em Goiana crescendo, assim como as exportações a países do Mercosul e novos (PE), produz 45 carros por hora do Jeep Renegade e do Fiat Toro. mercados”, acrescenta. No contraponto ele diz que entre os desafios é Em função da fabricação de dois modelos diferentes e de forma impossível não citar a brutal queda na produção de veículos 0Km. “O simultânea e da boa resposta de mercado, especialmente para o que fez desabar a demanda por baterias para o mercado de montadoras, Toro, a produção média mensal em 2016 está 70% maior que a e a crise também impacta setores importantes para a empresa, como média mensal registrada em 2015, segundo informações da FCA. telefonia e logística”, analisa.

E, em função da escalada de produção do Polo Automotivo Tiago Tasso, diretor Financeiro Jeep, com pouco mais de um ano de operação oficial, os números de e de Controladoria do Grupo Moura Expansão da frota na região empregos crescem proporcionalmente. Hoje, cerca de 8.000 pessoas Esteves comenta que o setor de autopeças é altamente dependente da produção de trabalham no Polo, sendo 90% nordestinos. E os investimentos seguem no ritmo planejado, veículos novos, já que o mercado de peças de reposição não é grande o suficiente para a com avanços no desenvolvimento contínuo dos seus profissionais e na consolidação do manutenção do segmento. “Diante disso, não havia perspectivas de abertura de fábricas de Centro de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Engenharia Automotiva. peças no Nordeste, pela região não possuir montadoras com grandes escalas. As fábricas Também está em fase de implantação a primeira pista do Campo de Provas localizado no existentes focavam naturalmente peças de reposição a exemplo de pneus e baterias”, explica. perímetro do Polo Automotivo Jeep, fundamental para o desenvolvimento de novos veículos Mudança que ocorreu com o funcionamento atual de duas grandes fábricas montadoras FCA em menor tempo e com maior precisão, sendo estratégica para o aprimoramento de (Ford e FCA). “Assim, inicia-se um ambiente favorável a empreendimentos satélites para novos modelos. atendimento de necessidades dessas novas plantas, seja por empresas brasileiras ou E, em ritmo programado de maturação da planta, a fábrica Jeep e seu parque de estrangeiras, que se instalaram ou se instalarão no entorno ou dentro do novo sistema fornecedores estão preparados para continuar avançando na produção com agilidade e fabril”, comenta. flexibilidade. A FCA vai lançar, em média, um novo carro a cada semestre até 2018 e alguns Conforme dados da Anfavea (ver BOX), a frota de automóveis e comerciais leves em desses modelos serão fabricados em Goiana. circulação no Nordeste representa 12,1% da frota nacional e, em 2014, alcançou a marca Para a FCA, o Brasil é um País com enorme potencial, tanto pelo tamanho de seu de 39 milhões de unidades. “Apesar de a frota atual representar somente 12,1% do total mercado interno, quanto pela quantidade de recursos disponíveis, mas que precisa de regras brasileiro de automóveis e comerciais leves, a participação no total de licenciamentos tem claras e previsibilidade para o desenvolvimento dos negócios e consequente geração de crescido e representou 16,6% do total de licenciamentos de veículos novos desses segmentos emprego e renda, bem como de uma política industrial clara e de longo prazo, que estimule a em 2015”, destaca Esteves. competitividade, a eficiência e a inovação.

De acordo com ele, “sob o aspecto regional, a implantação de novas fábricas e o aumento Por enquanto o cenário continua desafiador. Para enfrentá-lo, a estratégia da FCA da frota cria um ambiente propício à chegada de novos empreendimentos relacionados está baseada na gestão da produção, no lançamento de novos produtos e no aumento das ao setor. Somam-se a isso as exigências de implantação de centros de pesquisas locais exportações. A empresa tem uma plataforma de produção flexível, que permite adequar o mix para que as empresas possam fazer jus aos benefícios concedidos para a implantação, em de produtos à demanda do mercado. conformidade às regras do novo regime automotivo (Inovar-Auto)”, expõe.

Sobre as oportunidades para o Nova fábrica segmento, Esteves diz que: “no escopo Há 60 anos em Pernambuco, o Grupo Moura segue investindo não apenas na região nacional, consideram-se o tamanho Nordeste como na Argentina, em Pilar, onde inaugurou em 2012 a sua primeira unidade atual do parque instalado e o potencial fabril fora do Brasil. Especificamente no Agreste de Pernambuco, os investimentos somam de mercado, que pode ser percebido na R$ 209,7 milhões em mais uma fábrica em Belo Jardim, com inauguração prevista para o avaliação da relação veículos/habitante. segundo semestre de 2017.

No aspecto regional, particularmente “Estamos investindo em uma nova planta fabril, na modernização de nossas plantas e no Nordeste, observa-se a criação de em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos. Apesar do cenário de crise condições de desenvolvimento e ampliação neste ano, esperamos que nossa produção cresça em relação aos anos anteriores, e que o da produção, da frota e de processos iguais nível de emprego também, fundamentado no crescimento da produção”, especifica o diretor aos desenvolvidos nas melhores unidades Financeiro e de Controladoria do Grupo, Tiago Tasso. do setor no mundo”, compara.

Ele conta também que, desde o início da crise, a empresa intensificou esforços no sentido O economista-chefe analisa também da busca de produtividade. “É o que chamamos internamente de fazer mais com menos. a queda de produção de veículos e as Luiz Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira Melhorar nossos produtos, rever nossos processos, todos juntos para encontrar alternativas de Estudos de Empresas Transnacionais oportunidades com as importações. de proteger os resultados da empresa em meio ao cenário tão negativo vivido pelo País”. e Globalização Econômica (Sobeet)

12

| capa

agosto de 2016 / edição 10

“O mercado ainda não está enfrentando uma recessão, mas eu diria que uma depressão econômica...”

Felipe Soares Gurgel, da Durametal

Segundo ele, até 2008, o índice de crescimento da produção de automóveis foi acompanhado pelo crescimento das exportações, quando a produção nacional deixou de crescer com a velocidade observada nos anos anteriores.

Em 2010, o aumento da produção nacional teve um novo impulso com a expansão das exportações, fenômeno que se repetiu em 2013. A partir de então, a produção vem sofrendo quedas Almir Ferreira de Sousa, professor Associado sucessivas, especialmente pela drástica da Faculdade de Economia, Administração e redução da demanda interna. E, em 2014, Contabilidade da Universidade de São Paulo e houve queda acentuada também nas coordenador do MBA Gestão Empresarial da Fundação Instituto de Administração – FIA exportações.

“Já no ano passado, verificou-se uma leve recuperação das exportações, o que pode ser um alento para que a indústria automotiva brasileira absorva melhor os impactos da queda da demanda interna, que tem se acentuado em 2016”, diz, acrescentando que, no primeiro semestre deste ano, as exportações cresceram 24%, influenciadas pelo aumento das vendas para países como México e Chile.

O economista-chefe do Banco do Nordeste prevê que este resultado pode ser ainda melhor neste ano. “Caso se concretize a megaencomenda de 222 mil veículos (carros, caminhões e ônibus) que poderá ser feita pelo Irã nos próximos meses”, especifica.

Participação % dos estados do Nordeste na frota nacional de automóveis e comerciais leves em 2014

Fonte: ANFAVEA (2016)

Participação (%) das regiões brasileiras no licenciamento de automóveis e comercias leves, em 2015

Fonte: ANFAVEA (2016) Elaboração dos autores Momento atual A seguir, fabricante e distribuidor da região analisam o mercado atual ante o cenário econômico e político do País. A começar pelo diretor Executivo da Durametal, Felipe Soares Gurgel, comentando que por terem atuação nacional, a regionalidade não os afeta muito. “A maioria dos nossos clientes está no Sul e Sudeste, porém, o Nordeste também está sentindo a crise, mas acredito que não tanto como nas demais regiões”, opina.

Segundo ele, manter crescimento em um cenário como o atual não é fácil. “O mercado ainda não está enfrentando uma recessão, mas eu diria que uma depressão econômica. É preciso se reinventar, readequar a produção à nova realidade, buscando internamente cada vez mais soluções para poder sobreviver a este momento. Nós estamos buscando nos readequar para a nova realidade de segmento”, revela.

Sobre o segmento de reposição, que representa 40% das vendas da Durametal (os demais 60%, dividem-se em: 40% montadoras e 20% exportações), Gurgel diz que a concorrência está cada vez mais acirrada, há sobra de demanda de peças no mercado, as indústrias estão com capacidade ociosa, o que resulta em mais oferta e preços mais competitivos.

“Porém, isso não é saudável para a indústria que não está conseguindo repassar os aumentos de custos que têm ocorrido. Inclusive, muitas (dos mais diversos setores) estão entrando em processo de recuperação judicial”, expõe. Para o segundo semestre ele vê um cenário mais animador.

14

| capa

agosto de 2016 / edição 10

“creio que o pior já passou e que daqui em diante a curva começa a ter uma mudança...”

Cacai, da Auto Norte

Retomada do crescimento Diante disso, Gurgel diz: “creio que o pior já passou e que daqui em diante a curva começa a ter uma mudança. Mas é preciso que seja definido o cenário político (quem governará o País), para que haja retomada da confiança do consumidor e dos investidores, até porque a crise econômica é decorrente da crise Carlos Eduardo Monteiro de Almeida, o Cacai, política”, observa. diretor e proprietário da distribuidora Auto Norte Na parte de exportações, o executivo comenta que o câmbio oscilante é um empecilho. “O produto brasileiro está mais competitivo no exterior, porém, o câmbio está muito oscilante, já chegou a R$ 3,70 e baixou para R$ 3,20. Os importadores de outros países querem um compromisso no longo prazo e para quem exporta fica difícil com a oscilação do câmbio. O que temos feito são exportações pontuais de curto prazo”, revela, defendendo que o câmbio ideal para exportar seria de R$ 3,50 ou R$ 3,60.

Diretor e proprietário da distribuidora Auto Norte, Carlos Eduardo Monteiro de Almeida, o Cacai, conta que à espera de definição do cenário político, o setor de autopeças em sua região está sofrendo os efeitos da crise econômica. Por outro lado, ele diz que o governo provisório de Michel Temer deu um novo ânimo ao País.

Para Cacai, “Temer fechou o ciclo da dúvida quanto à presidente afastada e iniciou um novo ciclo de gestão voltada às definições econômicas e políticas, como a aprovação de algumas medidas em favor da retomada do crescimento e a negociação da dívida dos estados da federação”, avalia.

Para manterem o crescimento, o diretor diz que o foco está na criatividade e contenção de gastos. “Também refinamos a aprovação de cadastros e promovemos melhoria na política comercial com as fábricas”, pontua, acrescentando que as principais demandas do setor de autopeças têm sido o financiamento do varejo, aumento de prazo com fornecedores e logística. E, ainda, em uma região em que a frota de moto é grande, como a do Nordeste, este segmento tem apresentado na reposição um crescimento substancial.

“Por outro lado, a instabilidade fiscal e tributária tem sido um desafio neste cenário de recessão. Para que o setor volte a crescer é preciso que haja a retomada do controle da inflação, queda de juros nos financiamentos, incentivos fiscais”, defende.

Para finalizar, Cacai avalia que a queda nas vendas de veículos novos fez com que os consumidores postergassem a troca, o que replica no aftermarket. “Principalmente pela dificuldade de financiamentos e altos juros, o que obriga os consumidores a realizarem a manutenção de seus veículos e permanecerem mais tempo com eles”, conclui.

Principalmente a confiança dos investidores e da sociedade em geral sobre as políticas públicas é o que precisa para que haja retomada do crescimento da economia brasileira, na opinião do doutor Almir Ferreira de Sousa, professor Associado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo e coordenador do MBA Gestão Empresarial da Fundação Instituto de Administração – FIA. Segundo ele, “claro que as ações macroeconômicas não produzem resultados imediatos, nem se deve esperar por isso, mas é preciso que haja uma sinalização confiável que motive os empreendedores a fazerem mais investimentos para que o nível de emprego volte a subir e a tornar as pessoas menos assustadas em consumir”, analisa.

Para este ano, a retração prevista para o PIB é de 3,81%, conforme o último Boletim Focus, do Banco Central, divulgado no mês de maio. “Na prática, estamos ficando mais pobres. Menor PIB significa menos renda para consumo, menos poupança e menos recursos para investimento. Para um País com tantas carências como o Brasil, inclusive de recursos financeiros, mais uma queda do PIB é um verdadeiro desastre para toda nossa sociedade”, conclui.

Investimentos estrangeiros O Brasil já chegou a ocupar o 4º lugar entre os países que mais recebem Investimento Estrangeiro Direto (IED), caindo para o 6º no ranking global, no ano passado. Mesmo assim, Luiz Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica (Sobeet), avalia que esta ainda é uma boa posição.

E ele explica o motivo: “nós não temos perdido um capital muito grande, em parte porque os investimentos no mundo estão aumentando. Porém, o resultado é ruim em termos de ranking e na fatia do bolo de investimentos global”, comenta. Ele esclarece que o IED é importante em termos quantitativos e, mais ainda, em termos qualitativos.

Isso porque os investimentos, principalmente em manufatura, trazem benefícios para o País em termos de tecnologia, inovação, inserção na cadeia global, novas habilidades gerenciais, entre outros. “Ele traz produtividade e competitividade”, especifica. Também questionado sobre queda nas importações – um cenário que se repete neste ano – o executivo avalia os impactos.

“Isso significa que o Brasil está importando menos máquinas, menos insumos e menos componentes. E quando a economia voltar a crescer, nós teremos um aumento de transações correntes”, esclarece, acrescentando que ainda no tema importações, especificamente nos resultados da balança comercial, o que tem se visto neste ano é que ela está superavitária. Não porque o Brasil está exportando mais, mas porque está importando menos.

16

| comparativo

agosto de 2016 / edição 10

Texto: Silvio Rocha / Colaborou: Simone Kühl e Wanderlei Castro / Fotos: Estúdio Premiatta

Picapes médias a diesel

Destaques em Comparativo: a Nova Chevrolet S10 2017 High Country Turbo Diesel e a Nissan Frontier 2016 SV Attack AT

A

pesar da crise que passa o Brasil, o perfil do consumidor brasileiro mudou de forma geral. Usadas tanto para passeios off-road quanto para o transporte de equipamentos e mercadorias, as picapes médias ganham cada dia mais mercado. Se é sabido que quem compra picape hoje procura um carro versátil, a despeito do tamanho, e que tenha um acabamento superior, mais caprichado, nesta edição: Nissan Frontier 2016 SV Attack AT e Nova Chevrolet S10 2017 High Country Turbo Diesel.

A Nissan Frontier, ‘picape forte de verdade’, chega à linha 2016 com reforço no pacote de equipamentos da versão SV Attack 4x4, nas opções com câmbio manual de seis velocidades e automática de cinco velocidades. O modelo, que ganhou a opção automática no anomodelo anterior, passa a contar agora com uma central multimídia integrada com o sistema de navegação e câmera de ré. Os preços da linha do utilitário começam em R$ 118.390.

O sistema multimídia da Nissan Frontier SV Attack 4x4 conta com diversas funcionalidades que trazem conforto, segurança e entretenimento a bordo. Com tela colorida de 6.2 polegadas, o equipamento incorpora DVD, Bluetooth® (streaming de áudio e viva-voz para celular) e sistema de navegação por GPS. O equipamento também reproduz áudio e vídeo por meio de USB, iPod® e CD e trabalha em conjunto com a câmera de ré, outra novidade para a versão.

O equipamento de áudio pode ser controlado por botões no volante. Outra novidade da linha 2016 da Nissan Frontier é a inclusão, como item de série, da barra antirolamento (comumente conhecida

motor

A Nova S10 é apresentada em duas motorizações (2.8 TurboDiesel e 2.5 SIDI Flex). Já o motor da Nissan Frontier é o consagrado 2.5 16V turbodiesel de terceira geração (YDK3)

como ‘santantônio’) na versão topo de linha SL. Além de mudanças visuais e de acabamento, a Nova S10 estreia no Brasil com importantes evoluções mecânicas e de conteúdos. O modelo chega com treze variações de configurações. São quatro versões de acabamento (LS, LT, LTZ e High Country), três opções de cabine (simples, dupla e chassis cab), duas de motorização (2.8 TurboDiesel e 2.5 SIDI Flex), dois tipos de transmissão (manual e automática, ambas de seis velocidades), além de dois tipos de tração (4x2 e 4x4 com reduzida).

O resultado é basicamente a soma das evoluções aerodinâmicas, da utilização de materiais mais leves, da adoção de pneus “verdes” de uso misto e freios de baixo arrasto, da mudança na relação do diferencial da transmissão (Flex) e da introdução de um sistema mais eficiente de gerenciamento das cargas elétricas do motor que inclui novo software no módulo de controle do carro, sensores, alternador com menos perdas internas, eletro-ventilador do tipo brushless (sem escovas) e direção elétrica.

A Nova S10 está até 5% mais econômica, graças à utilização de materiais mais leves, de novos componentes mecânicos e de soluções aerodinâmicas inovadoras. Mas ela continua sendo a mais potente e forte do segmento de picapes, tanto na configuração 2.8 TurboDiesel (200 cv) como na 2.5 Flex (206 cv).

Diferenciais Produzida no Brasil, na fábrica da Aliança Renault-Nissan em São José dos Pinhais (PR), a Nissan Frontier é uma picape forte, resistente

| capa

agosto de 2016 / edição 10

comparativo |

17

Painel

Filtro de combustível

A Nova S10 traz quadro de instrumentos bastante completo e de fácil leitura. O sistema multimídia da Nissan Frontier também conta com diversas funcionalidades

Os filtros de combustível da Nova S10 e da Nissan Frontier são de fácil acesso e não requerem ferramentas especiais para a substituição

e arrojada, cujo projeto atende às necessidades dos consumidores.

Ela carrega todo o conhecimento de oito décadas de experiência da montadora na fabricação de picapes e veículos fora de estrada, além das mundialmente reconhecidas qualidade e confiabilidade japonesas.

No Brasil são mais de 115 mil unidades comercializadas desde o início da produção de sua primeira geração nacional, há 14 anos.

O motor da Nissan Frontier é o consagrado 2.5 16V turbodiesel de terceira geração (YDK3). Trata-se do mesmo bloco vendido no mercado europeu, um dos mais exigentes nas leis antipoluição e referência em propulsores diesel. Ele traz características o uso de componentes que reduzem a fricção das partes móveis da unidade principal e também do cabeçote, o moderno sistema de injeção eletrônica de combustível de alta pressão e o filtro de partículas de diesel (DPF, em inglês).

A robustez do conjunto é garantida com um chassi construído a partir de tubos retangulares completamente fechados ao invés de trilhos em formato de C, algo comum no segmento. Reforçado com oito travessas – normalmente modelos deste tipo utilizam sete – e com aço texturizado, muito mais resistente à tensão, essa estrutura,

em pontos estratégicos da carroceria, confere à Frontier rigidez na medida certa. É a base para sustentar toda a tecnologia avançada que a picape oferece.

Do ponto de vista estético, no entanto, a versão 2017 da picape é logo percebida pela nova identidade visual, em sintonia com o DNA global da marca. As mudanças evidenciam a robustez e o prestígio do produto. A maioria das novidades está na parte dianteira. O capô ganhou esportividade com a cavidade esculpida na parte posterior. A grade foi alongada até os faróis, que também foram completamente redesenhados e podem ter uma guia de luz em LED (DRL), conferindo uma assinatura luminosa peculiar ao modelo.

O para-choque traz apêndices aerodinâmicos nas extremidades emoldurando as luzes auxiliares e uma espécie de peito de aço, no meio, logo abaixo da moldura da placa. Na lateral, destacamse os retrovisores com repetidores de pisca e as rodas de alumínio inéditas, que ajudam a reforçar a percepção de que a picape está maior e mais requintada. São aro 16 nas versões de entrada (LS e LT) e 18 nas mais sofisticadas, um upgrade para o modelo LTZ (luxo).

Na linha High Country esse tamanho de roda é tradição.

Na traseira da Nova S10 a novidade aparece na tampa da caçamba, que a partir de então pode vir com uma discreta câmera de ré embutida na maçaneta, preservando assim o visual harmônico do conjunto. O compartimento de carga ganha diferentes tipos de cobertura e há opção de lanternas com LED. Em relação a cores, o Azul Old Blue Eyes e o Preto Ouro Negro fazem sua estreia na linha 2017 da picape, que se juntam às já existentes Prata Switchblade, Branco Summit, Vermelho Chili e Cinza Graphite.

Interior, comodidade e segurança O acabamento interno é requintado, com detalhes cromados e exclusivos bancos em couro (versão SL), que trazem estilo e sofisticação na hora de dirigir. A suspensão foi desenvolvida para ser resistente nos terrenos fora de estrada e, ao mesmo tempo, confortável. A distância entreeixos é uma das maiores do segmento de picapes médias (3,20 m). Dessa forma, o espaço interno é excelente. A robustez da Nissan Frontier está associada ao conforto e tecnologia.

A linha oferece acabamentos com equipamentos que garantem

Amortecedor e freio

Transmissão

Na Nova S10, amortecedores telescópicos na dianteira e traseira. Os freios são a disco com caliper flutuante na dianteira e a tambor na traseira. Na Nissan Frontier, amortecedores são telescópicos tanto na dianteira como traseira. Os freios na dianteira são a disco a rotor frontal tipo “V” com ABS e EBD. Na traseira, a tambor também com ABS e EBD

Na Nova S10, automática de 6 velocidades com active select (opcional). Na Nissan Frontier, automática de 5 marchas com função overdrive

18

comodidade, segurança e prazer na condução. Entre eles, rodas de liga aros 16 e 18 (versão SL); computador de bordo; chave com telecomando para abertura e fechamento das portas; direção hidráulica com ajuste de altura do volante; air bag duplo; ar-condicionado, parachoque dianteiro, grade frontal na cor do veículo; parachoque traseiro cromado; alarme com acionamento por controle remoto; acabamento externo; controle de estabilidade VDC; entre outros.

A versão 2017 da picape média da Chevrolet está mais sofisticada em todas suas configurações. Entre os novos itens de comodidade disponíveis, destacam-se: acendimento automático dos faróis; sensor de chuva; retrovisor central eletrocrômico; câmera de ré; sensor de estacionamento dianteiro; acionamento remoto da ignição e sistema de áudio premium. Itens como lanternas e luzes de neblina, ar-condicionado digital com oito velocidades, banco do motorista com ajustes elétricos estão igualmente disponíveis.

A Nova S10 traz quadro de instrumentos bastante completo e de fácil leitura, que pode receber computador de bordo de última geração. O centro do painel ficou mais imponente com as saídas

| comparativo

agosto de 2016 / edição 10

de ar majoradas e com o multimídia MyLink de segunda geração com GPS. Os apoios de braços e os puxadores de portas também foram retrabalhados, assim como os diferentes revestimentos dos bancos. Já a direção passou a ter assistência elétrica, reduzindo a necessidade de esforço do condutor.

desvio de faixa e o alerta de colisão frontal, comuns apenas a veículos de categorias superiores. Outra inovação que o modelo traz para o segmento de picapes é o OnStar, a tecnologia é uma exclusividade da marca Chevrolet no Brasil. Na Nova S10, ela agrega novas funcionalidades como por exemplo o alerta de valet.

Destaques Na Nissan, ênfase para os controles eletrônicos de tração (TC) e de estabilidade (EPS) e os assistentes de partida em rampas (HSA) e o de descida (HDC). Enfatize-se também o “Compromisso Nissan Frontier”, um pacote de benefícios que inclui as revisões periódicas com preço e mão de obra inclusos; três anos de garantia e dois anos do serviço de assistência 24h Nissan Way Assistance. Com o programa, o custo de manutenção até os 60 mil km do utilitário é um dos mais competitivos do setor de picapes médias a diesel.

A Nova S10 também aprimora seu pacote de segurança ativa.

Adota sistema de freios ABS com EBD (distribuição da força de frenagem) de última geração e novas tecnologias, como o alerta de

Modelos e valores A Nissan Frontier com motor 2.5l Turbo Diesel Eletrônico tem preço inicial sugerido a partir de R$ 118.390 na versão S MT 4X4, no modelo SV ATTACK 4x4 AT o valor é de R$ 140.390 e na versão SL AT 4X4 sai no valor de R$ 153.990.

E a Nova S10 estreia com treze variações de configurações. São quatro versões de acabamento (LS, LT, LTZ e High Country), três opções de cabine (simples, dupla e chassis cab), duas de motorização (2.8 TurboDiesel e 2.5 SIDI Flex), dois tipos de transmissão (manual e automática, ambas de seis velocidades), além de dois tipos de tração (4x2 e 4x4 com reduzida). A opção S10 Cabine Dupla sai a partir de R$ 97.890 e S10 High Country a partir de R$ 167.490.

Custos de peças e serviços

Chevrolet S10 2017 Cabine Dupla Turbo Diesel (High Country) Peças.

Serviços Amortecedor dianteiro:.............................R$ 625,73 - cada...........................................................R$ 323,00 - o par Amortecedor traseiro:................................R$ 460,66 - cada...........................................................R$ 273,00 - o par Disco de freio dianteiro:.............................R$ 762,36 - cada............................................................R$ 323,00 o par* Jogo de pastilhas dianteiras:.................................R$ 807,01 Lonas de freios traseiras:..........................................R$ 601,68.................................................................R$ 423,00 - kit Óleo/ litro:............................................................................R$ 45,00......................................................................R$ 143,00** Filtro de óleo:..................................................................R$ 118,51 Filtro de ar:........................................................................R$ 137,39 Filtro de combustível:................................................R$ 450,86.............................................................................R$ 80,00 Filtro anti-pólen:...............................................................R$ 91,04.............................................................................R$ 70,00 Velas:.....................................................................R$ 101,70 - cada.............................................................................R$ 98,00 * com pastilhas inclusas ** valor incluso com serviço de trocas de filtro de óleo e filtro de ar

Nissan Frontier 2016 SV ATTACK AT Peças.

Serviços Amortecedor dianteiro:.............................R$ 389,32 - cada............................................................R$ 150,00 - cada Amortecedor traseiro:................................R$ 386,45 - cada...........................................................R$ 150,00 - o par Disco de freio dianteiro:.............................R$ 619,50 - cada...........................................................R$ 245,00 - o par Jogo de pastilhas dianteiras:.................................R$ 586,78...........................................................R$ 150,00 - o par Lonas de freios traseiras:..........................................R$ 697,20...........................................................R$ 245,00 - o par Óleo/ litro:............................................................................R$ 45,00.............................................................................R$ 49,00 Filtro de óleo:..................................................................R$ 171,00.............................................................................R$ 49,00 Filtro de ar:........................................................................R$ 150,00.............................................................................R$ 49,00 Filtro de combustível:................................................R$ 233,00.............................................................................R$ 49,00 Filtro anti-pólen:............................................................R$ 126,83.............................................................................R$ 49,00 Velas:.....................................................................R$ 138,56 - cada........................................................R$ 245,00 - o jogo

Colaboraram: General Motors do Brasil, Concessionária Chevrolet Caxangá Recife, Concessionária Autonunes Jaboatão dos Guararapes, Nissan do Brasil e Disnove Nissan Recife

Para assistir a análise técnica destes veículos, acesse nosso portal: www.ctra.com.br

20

| ARTIGO | entidades

SETE AÇÕES QUE IMPEDEM VOCÊ DE PROGREDIR Texto: Christian Barbosa* | Foto: Divulgação

M

uita gente reclama que tem dificuldade de fazer a vida sair do lugar, evoluir e progredir. Para falar sobre essa questão, antes de tudo, devemos ter a clareza de que ação e evolução são bem diferentes.

Em outras palavras, as pessoas estão agindo demais e evoluindo pouco. É como se estivessem em uma roda gigante, que gira o tempo todo, mas não sai do lugar. Nela, você até tem a sensação de que está se movendo, porém sempre volta ao mesmo ponto.

Para auxiliar as pessoas que estão com dificuldades de progredir, selecionei sete ações que interferem diretamente na evolução da vida. São elas: 1 - Não saber gerenciar o próprio tempo Quando a pessoa não tem tempo, ela não consegue desenvolver os seus projetos e faz apenas aquilo que dá para ser feito, no lugar de realizar o que é necessário. Isso tem muita diferença e, caso queira progredir, aprenda a gerenciar seu tempo.

2 - Não estar bem fisicamente Quando uma pessoa não está bem fisicamente, ela fica mal, cansada, com dor de cabeça crônica e não encontra disposição para realizar aquilo que deveria fazer. Ou seja, a vida fica estacionada. O corpo é uma máquina e serve de base para as nossas emoções, foco e concentração. Aprenda a cuidar de você, isso vai te ajudar em todos os sentidos.

3 - Se preocupar muito com o passado Algumas pessoas têm dificuldade de progredir, pois só sabem olhar para o que ficou para trás e reclamar da situação. Esqueça o passado e olhe para frente, só assim é possível seguir e evoluir de verdade.

4 - Não fazer nada de diferente Se você avaliar como foram os últimos anos das pessoas que não progrediram, notará que elas estão apenas repetindo o que já fizeram. Às vezes, até muda uma coisinha ou outra, mas no fundo é tudo igual. É preciso mudar de verdade e fazer algo radicalmente diferente. Claro, com os pés no chão e planejado, mas faça. Do contrário, você vai ter sempre a sensação de que o resultado é o mesmo.

5 - Falta de visão de futuro As pessoas que são focadas demais no hoje não conseguem evoluir. Muitas vezes, o hoje frustra. Isso porque em determinados momentos você não está legal e fica com a sensação de que a vida que está levando não condiz com o que você pode fazer. Todo mundo, não importa quem seja, tem capacidade de fazer mais, ir além, evoluir e ser uma versão melhor dela mesma. Isso é progredir.

6 - Seu networking não te ajuda a evoluir Quem está ao seu redor pode ter uma cabeça pequena, com uma mentalidade pessimista. Esses indivíduos têm o hábito de puxar as pessoas para o mesmo padrão de comportamento que eles vivem, impedindo que quem está ao redor deles progrida. Encontre pessoas diferentes, participe mais de feiras, cursos ou de meetups, que são reuniões rápidas em que se têm a oportunidade de conhecer muita gente. O importante é enxergar que, ao mudar seu network, você consegue alterar o seu resultado também.

7 - Mude sua perspectiva de rotina Se você olha para o teu hoje e acha que tudo é chato, um porre, pense o seguinte: o seu hoje não está legal, mas, a partir deste momento, faça de tudo para ter uma nova versão de você mesmo. Ao mudar a perspectiva do hoje, é possível ter mais oportunidades, encontrar pessoas diferentes e realizar atividades diferentes.

Esses são apenas alguns insights que vão te ajudar a sair do lugar. Existem diversas ações que também podem contribuir. O importante é que você encontre meios para sair da mesmice e fazer a sua vida progredir.

*Maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade, é CEO da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Ministra treinamentos e palestras para as maiores empresas do País e da Fortune 100. Autor dos livros “A Tríade do Tempo”; “Você, Dona do Seu Tempo”; “Estou em Reunião”; co-autor do “Mais Tempo, Mais Dinheiro”; e “Equilíbrio e resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?”. Sua mais recente obra: “60 Estratégias práticas para ganhar mais tempo”. www.triadps.com.br e www.maistempo.com.br

agosto de 2016 / edição 10

Números do setor Texto: Redação

Anfavea Segundo dados divulgados pela Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, houve queda de 25,4% no licenciamento de autoveículos novos: foram 983,5 mil unidades este ano contra 1,32 milhão em 2015. Em junho foram vendidas 171,8 mil unidades, aumento de 2,6% ante as 167,5 mil unidades de maio, e baixa de 19,2% contra as 212,5 mil de mesmo período do ano passado. A produção encerrou junho com 182,6 mil unidades fabricadas, o que significa expansão de 4,2% ante as 175,3 mil unidades de maio e retração de 3% se defrontado com as 188,2 mil de junho de 2015. No acumulado a diminuição foi de 21,2%, com 1,0 milhão de unidades este ano e 1,3 milhão em igual período de 2015.

Fenabrave Os segmentos de automóveis e comerciais leves, somados, apresentaram alta de 2,62% em junho em relação ao mês anterior de acordo com os dados da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Foram emplacadas 166.410 unidades, contra 162.161 em maio de 2016. Se comparado com junho do ano passado, o resultado aponta queda de 18,67%. No acumulado do ano, esses segmentos caíram 25,09%. Foram comercializadas 951.206 unidades no 1º semestre de 2016, contra 1.269.817 no mesmo período de 2015. O segmento de caminhões apresentou aumento de 3,15% em junho, atingindo 4.188 unidades contra 4.060 em maio. No acumulado do semestre o setor caiu 31,99%.

Abeifa As dezoito marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores comercializaram em junho 2.788 unidades importadas, alta de 3,4% em relação ao mês anterior, quando foram emplacadas 2.696 unidades. Ante o mês de junho de 2015, o desempenho negativo é de 45,4%. Foram 2.788 unidades contra 5.104 veículos. No acumulado, cuja totalização chegou a 18.200 unidades emplacadas, a queda significou 44,6% em relação aos 32.876 veículos emplacados no primeiro semestre de 2015. Com os totais somados (importados e produção nacional), a participação das filiadas à Abeifa no mercado interno é de 2,45% no mês de junho e de 2,46% no primeiro semestre do ano.

Sindipeças O Sindipeças atualizou as projeções de desempenho do setor para este ano e para 2017. O faturamento nominal pode chegar a R$ 63 bilhões em 2016, com queda de 4,5% sobre o registrado no ano anterior. Espera-se pequena recuperação em 2017, de 2,7%, para um faturamento nominal de R$ 64,7 bilhões. Estimativas da entidade indicam que as cerca de 460 empresas associadas devem investir US$ 414 milhões este ano, valor 25,1% inferior ao investido em 2015. O número de empregados deve chegar a 164 mil trabalhadores ao final deste ano, nível 4,4% inferior ao apresentado no final de 2015. A queda do número de empregos só não é maior pela utilização de instrumentos como banco de horas, férias coletivas, redução de jornada e salário e o Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

22

| distribuição

agosto de 2016 / edição 10

Rede Âncora reinaugura CD no Paraná Grupo de lojas de autopeças reúne mais de 200 pessoas em evento na semana da Autopar Texto: Redação | Fotos: Estúdio Premiatta / Divulgação

C

om o início das atividades no ano de 2006, o Centro de Distribuição do Paraná foi o quinto CD da Rede Âncora e começou com 22 acionistas em um espaço de 700 m2. Em 2007, mudou-se para um local de 1.000 m2 e hoje está em uma planta de 2.300 m2 e 32 colaboradores.

Para destacar a mudança da sede e a nova fase de atuação no Paraná, a Rede Âncora reuniu mais de 200 pessoas – entre associados da região e de outros estados, gestores, diretoria da empresa e indústrias parceiras – no

Eduardo Pletsch e Jaime Baldessari, presidente do CD, na cerimônia de reinauguração

dia 11 de junho, com o patrocínio das indústrias Magneti Marelli Cofap e ZF Sachs | TRW; além do apoio da Nakata.

De acordo com Eduardo Pletsch, diretor Financeiro, o estado do Paraná é o quarto maior PIB do Brasil, com uma população de mais de 10 milhões de habitantes e uma frota automobilística de 7 milhões de veículos, destacandose por uma economia forte, baseada no agronegócio, comércio e indústria. “Não podíamos ficar sem um CD da Rede Âncora em um estado tão representativo”, diz.

O diretor conta que o projeto teve início a partir da necessidade do aumento do espaço físico para estocagem e melhoria na eficiência dos processos logísticos no Centro de Distribuição. “Temos três objetivos muito claros nesse projeto: eficiência logística, disponibilidade de estoque e aumento do faturamento, com consequência na melhoria do resultado da operação para nossos acionistas”.

Até dezembro de 2016, a companhia pretende atingir o faturamento de R$ 5 milhões e, em 2017, ser o principal CD em faturamento da Rede Âncora. Já a partir de 2018,

os planos são consolidar-se como um dos principais distribuidores de autopeças do estado do Paraná.

Expectativa e expansão Segundo Pletsch, apesar de toda a turbulência política e econômica, em 2016 a Rede Âncora conquistou um crescimento em seu ticket médio e superou o recorde de faturamento no primeiro trimestre do ano. “Nossa expectativa é fecharmos o ano de 2016 com um crescimento superior a 14% em nossas vendas. Com o cenário de queda de vendas de veículos novos, a reparação automotiva ganha destaque”, completa.

O diretor Financeiro revela ainda que o próximo passo da Rede Âncora é a expansão no número de lojas. “Hoje, para se ter uma ideia, temos 90 lojas associadas dentro do estado do Paraná e, até final de 2017, pretendemos aumentar esse número para 130”.

24

Notas

agosto de 2016 / edição 10

Texto: Redação | Fotos: Divulgação

Vetor Automotivos anuncia novo website com catálogo on-line de produtos Acessado através do link www.vetorauto.com.br, o intuito do site é disponibilizar aos clientes, aplicadores ou entusiastas por veículos um novo local totalmente reformulando e intuitivo, que facilmente pode ser acessado pelo computador, tablet ou smartphone. A principal novidade é a publicação de um catálogo on-line onde está disponível uma plataforma moderna para a localização de produtos, nele é possível obter informações quanto a aplicações, tabela de conversão, informações técnicas e vídeos que também estão disponibilizados no Canal Vetor TV no YouTube e em uma área exclusiva dentro do website. O portal conta também com os principais lançamentos e as últimas notícias e novidades do mercado automotivo.

BMW Group Brasil inicia exportação do BMW X1 para os Estados Unidos O BMW Group Brasil iniciou no dia 29 de junho o embarque da primeira remessa de veículos produzidos em solo brasileiro para os Estados Unidos. O inédito plano de exportação da marca bávara, que contempla o envio de dez mil unidades do novo BMW X1, foi realizado no Porto de Paranaguá (PR) e contou com uma cerimônia envolvendo a diretora de relações governamentais do BMW Group Brasil, Gleide Souza, e o vice-presidente sênior da fábrica do BMW Group em Araquari, Carsten Stoecker.

O primeiro lote terá 207 unidades enviadas para os Estados Unidos em ação logística idealizada pela Wallenius Wilhelmsen Logistics (WWL). Os modelos devem tocar o solo americano entre 20 de julho e 1º de agosto.

KYB Amortecedores acelera na Stock Car A KYB Amortecedores está presente na Stock Car como patrocinadora do carro número 10 da equipe Shell Racing. O carro é pilotado por Ricardo Zonta, considerado um dos maiores pilotos do automobilismo brasileiro. A participação da KYB na maior categoria do automobilismo da América Latina contribui para o fortalecimento da presença da marca no mercado brasileiro de reposição de autopeças.

Lançamentos Kolbenschmidt (KS) para duas rodas A KS já disponibiliza pistões com anéis, bielas e válvulas para modelos das marcas Honda e Yamaha. Os produtos da marca KOLBENSCHMIDT (KS), Pierburg e B.F são comercializados no mercado brasileiro de reposição pela MS Motorservice Brazil, divisão do Grupo KSPG AG responsável pelas atividades de vendas e prestação de serviços para o aftermarket.

Zip lube chega à capital paulista com foco em lojas convertidas Pioneira no segmento de serviços rápidos automotivos, especializada no serviço de troca de óleo e filtros e na inspeção e troca de itens de manutenção básica, a Zip lube acaba de completar três anos de atuação e maturação do negócio, com cerca de 40 franquias em operação. A expectativa da empresa é dobrar esse número até o final do ano, com expansão principalmente na capital paulista, apresentando a esse mercado os benefícios das lojas convertidas. A Zip lube oferece toda infraestrutura e suporte necessários aos empresários para a abertura de lojas ou conversão dos seus negócios, incluindo capacitação e atualização técnica, o que acaba beneficiando e padronizando o atendimento em todas as lojas da rede.

Magneti Marelli amplia seu portfólio de molas e bandejas de suspensão com a marca Cofap A Magneti Marelli Cofap Aftermarket expande sua linha de produtos destinados ao Sistema de Suspensão, com novas Molas Helicoidais e Bandejas da marca Cofap. Esses produtos desempenham papel fundamental nas suspensões dos veículos, trabalhando em conjunto com os amortecedores e outros componentes como pivôs, buchas e outros itens do sistema de transmissão e de direção, como juntas homocinéticas, semieixos, terminais axiais e de direção, todos disponíveis no portfólio da marca Cofap, que, graças à confiança dos reparadores e consumidores, é uma das líderes de mercado no segmento de reposição em amortecedores, molas, bandejas e juntas homocinéticas. Mais informações estão disponíveis no site da companhia: www.mmcofap.com.br.

Toyota lidera indústria automobilística em inovação Este é o segundo ano consecutivo que o Departamento de Marcas e Patentes, do governo dos Estados Unidos, emitiu mais patentes para designers e engenheiros da Toyota do que a qualquer outro fabricante de automóveis.

Essa conquista demonstra o compromisso da empresa em produzir cada vez mais carros com ampla segurança, preocupações ambientais e avanços tecnológicos.

Suplemento Especial Autop 2016

26

| capa

/ edição 10

Autop recheada de novidades Os participantes desta edição já podem contar com diferentes perfis de expositores, novo horário e muitos atrativos Texto: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

A

cidade de Fortaleza (CE) se prepara para sediar mais uma edição da Autop, que atrai não apenas o público do Nordeste, mas também de todo o País, entre marcas expositoras e visitantes. Serão cerca de 200 expositores, incluindo de acessórios, mais de 30 mil visitantes esperados e, posteriormente à feira, mais de R$ 40 milhões em negócios realizados. E mais do que números, a edição deste ano vem com muitas novidades.

A começar pela participação de fabricantes de porte menor, uma sugestão que partiu dos próprios distribuidores e, pela segunda vez, só participam indústrias que competem de forma leal no País. “Nós teremos na Feira desde fabricantes multinacionais até os menores. Nós fizemos questão de abraçarmos todos na feira, o que é um grande diferencial, pois os micros e pequenos empresários muitas vezes não têm como participar”, explica Ranieri Leitão, presidente do Sistema Sincopeças/ Assopeças (Ce).

Segundo ele, “nós tivemos a coragem de não permitir que empresas que concorrem de forma desleal com as indústrias brasileiras exponham na Feira, mas isso não significa, por exemplo, que fabricantes de outros países não estarão entre as marcas expositoras. Também neste ano os distribuidores não estarão expondo, mas eles são apoiadores da feira. Somente indústrias e importadoras que tenham canal de comunicação com distribuidores e não com o varejo estarão na Autop”.

A praticamente um mês da realização da Feira, Leitão já faz um balanço: “mesmo em um ano tão difícil, ela nos surpreendeu. As indústrias estão com pouco dinheiro para investir em feira, mas eles entenderam que o Nordeste é promissor. Já são cerca de 200 marcas participantes, muitos compartilharam espaços, e nós mesmos os motivamos a fazer isso não apenas para baixar custos, mas para ter mais espaço para todo mundo”, especifica.

Micheline Camarço, diretora da Ikone Eventos, empresa organizadora da Autop, acrescenta: “o distribuidor passou a ter um papel muito importante na feira que foi a de participar da comissão organizadora do evento.

Em nossas reuniões periódicas eles opinam, sugerem e trazem novidades Micheline Camarço, diretora da Ikone Eventos, do outro lado de quem está do mercado para implementarmos na empresa organizadora da Autop feira. Isso tem sido muito interessante

Edição 2014

para o processo de organização da edição deste acontecimento”, diz.

E como dito anteriormente, a participação de empresas menores foi ideia dos distribuidores. “Partiu deles a sugestão de pacotes, de forma que entregamos tudo pronto para estas empresas, como o espaço, montagem, buffet, recepcionista e segurança. Viabilizamos não somente pelo momento atual em que o País está passando, mas também adequando para a realidade de algumas indústrias que às vezes não participam da Feira por não terem braços para cuidarem de todos estes detalhes”, informa.

O resultado, diz ela, “conseguimos a participação de um grande número de indústrias que, inclusive, com um espírito de parceria até entre as que não se conheciam. Nós abraçamos a ideia, é mais trabalhoso para a organização, mas não estamos medindo esforços para isso, e criamos uma nova estrutura para atender esta demanda. Já acontecia de empresas maiores dividirem espaço e só implementamos neste ano ainda mais por causa dos pacotes”, revela.

Mais atrativos Assim como na edição anterior, a Autop contará com a Oficina Modelo e a novidade é que haverá também a Oficina de Motos. “No Nordeste este é um mercado muito vasto, a ideia também partiu das nossas reuniões com os distribuidores, pois muitos deles estão ampliando sua atuação para atenderem também este segmento”, informa Micheline.

E as caravanas serão ampliadas. “Teremos mais de 120 caravanas do Norte e Nordeste, e de alguns estados como Tocantins e Acre, e das capitais Manaus e Belém”, prevê Leitão.

Micheline complementa: “inclusive não somente com a parceria do Sebrae e dos próprios distribuidores, a Autop também está financiando caravanas na parte de transporte”, informa, acrescentando que no final do ano passado foi inaugurado um hotel Ibis a poucos metros do local da feira e vans serão disponibilizadas para o traslado.

Outra novidade é o horário da Feira, que acontecerá das 16 horas às 22 horas. Em 2014, ela tinha duas horas a mais, começava às 14 horas. “A alteração na edição anterior foi a pedido das indústrias, mas elas Ranieri Leitão, presidente do Sistema Sincopeças/ preferiram manter o horário tradicional. Assopeças (Ce) O argumento é que a tradição do

/ edição 10

capa |

mercado local é aproveitar mais o tempo para trabalhar e fazer visitas e, posteriormente, estar na feira”, comenta Micheline. À frente da organização da Autop desde 2008, ela destaca que pela feira ser o único evento do setor automotivo a ser promovido por uma entidade de classe isso faz toda a diferença. “Pois é uma instituição que trabalha em prol do segmento, não tem fins lucrativos na feira, é mais um serviço que ela presta ao mercado.

Para a indústria é o momento de Itamar Manso Maciel, estreitarem relacionamento com o presidente do Sincopeças-RN Sistema Sincopeças/Assopeças (Ce), pois ele viabiliza muitos serviços, como a UGC (Universidade de Gestão Corporativa), treinamentos, entre outros”, cita.

Programação Para o público participante, Leitão comenta que haverá uma programação extensa de palestras ao longo dos quatro dias de Autop. Já no primeiro dia, a agenda contempla, primeiramente de manhã, a reunião da Câmara Automotiva Nacional, que funciona em nível da CNC, Confederação Nacional do Comércio. “Uma das pautas é o meio ambiente, a responsabilidade do setor de autopeças. Esperamos que este seja um dos pilares para iniciarmos 2017”, revela o presidente do Sistema Sincopeças/ Assopeças (Ce).

Após o almoço, ele conta que haverá um grande workshop sobre a Zona de Processamento de Exportações do Ceará – única em funcionamento no Brasil, que isenta os exportadores de impostos federal e estadual – e a posse do Sincopeças Brasil. “Que eu assumo como presidente com o objetivo de apoiar o setor como um todo”, diz Leitão. No primeiro dia, entre as presenças confirmadas está a do governador do Ceará Camilo Santana.

Expectativas Nas palavras de Itamar Manso Maciel, presidente do Sincopeças-RN, a expectativa com esta edição da Autop é grande. “Neste ano de crise e o momento político que estamos vivendo, estamos ansiosos para saber o que as fábricas vão apresentar de novidades. E com mais de 30 cursos e palestras programadas, tanto para balconistas como para mecânicos, é um momento de reciclar e de aguardar o que as indústrias têm para oferecer para este mercado que é tão importante para a economia do nosso País”, afirma.

De acordo com ele, “sempre a expectativa de uma feira é estar mais próximos às fábricas. Elas apresentando novidades, preços e situações que juntos possamos pensar o que fazer nesse momento de dificuldade. A feira é um Erivelton Moura, momento ímpar para este processo. Além disso, a Autop se presidente do Sincopeças-PI consolidou como a maior do Nordeste. Na última edição bons negócios foram feitos e, mesmo com a crise, a expectativa é que possamos alavancar negócios e fomentar a economia”, prevê.

Maciel conta que do Rio Grande do Norte cerca de 200 empresários e colaboradores deverão participar da Autop. “O objetivo é exatamente possibilitar que

27

Suplemento Especial Autop 2016

o colaborador se recicle e verificar o que as fábricas estão oferecendo para os empresários. É uma feira de negócio, este é o nosso objetivo, e também reciclar nossos colaboradores”, pontua.

Para finalizar, ele especifica alguns dos principais atrativos da Autop. “O network, que é muito importante e a feira propicia isso, e ela tem como característica prestigiar a indústria brasileira, tanto que o mercado chinês predatório não estará presente. Essa valorização da Pedro Paulo Medeiros de Moraes, indústria brasileira é fundamental presidente do Sindirepa-PE para que tenhamos uma feira rica e que o empresário não apenas do Nordeste, mas o nacional possa se sentir valorizado”.

Presidente do Sincopeças-PI, Erivelton Moura também diz que a Autop neste ano é esperada ansiosamente. “As nossas expectativas são as melhores possíveis, ao longo dos anos ela só tem evoluído consideravelmente em números de expositores e investidores. E estamos tentando organizar caravanas com participação de empresários das principais cidades do Piauí, além da capital Teresina”, revela.

Segundo ele, “para os profissionais do setor é importante aproximação com os fabricantes que disponibilizam informações mais precisas de seus produtos, agregando conhecimento técnico aos nossos colaboradores na melhoria do atendimento aos clientes das empesas do segmento automotivo, como também, esta aproximação reduz a falta de informação sobre os produtos e serviços, acarretando segurança na transmissão de informações aos clientes do mercado”, expõe.

Para Moura, as palestras técnicas e expositores de todo o Brasil, que irão mostrar suas inovações tecnológicas, são os principais atrativos da Feira e, ainda, faz um retrato do setor em sua região. “Mesmo diante do cenário nacional que atualmente não é um dos melhores, nosso segmento tenta manter o foco na melhoria dos produtos fornecidos e serviços prestados como forma de driblar essa suposta crise, haja vista que a crise para alguns pode ser a oportunidade de outros, inovar para não parar”, finaliza.

Na opinião de Pedro Paulo Medeiros de Moraes, presidente do Sindirepa-PE, a Autop é uma forte candidata a ser a terceira maior feira do setor, depois da Automec, em São Paulo, e da Autonor, em Pernambuco. “É uma feira muito importante e também é importante que ela se fortaleça para que tenhamos cada vez mais este tipo de representação, onde fabricantes, desenvolvedores de softwares do segmento e entidades que trabalham conosco, como Sebrae e o Senai, possam cada dia mais se aproximar do nosso público-alvo, o reparador”.

Moraes também comenta que é fundamental que, cada dia mais, o reparador se torne empresário, se capacite e esteja preparado para esta nova onda de veículos cada vez com mais tecnologia embarcada e eletrônica. “Há muito não se vive mais como mecânico, mas como empresário da reparação com seu quadro preparado, cumprindo as normas da ABNT, qualificados pelos centros de excelência como o Senai e pelo Sebrae, na parte de gestão”, defende.

Motivos pelo qual a feira vem bem a calhar. “A Autop tem o apoio destas instituições (citadas acima) e quando o empresário vai à feira, ele deve conhecer os fornecedores

Suplemento Especial Autop 2016

28

| capa / Novidades

com suas novas apostas e também uma forma diferenciada de gerir seu negócio. É muito importante essa aproximação e a Autop traz o que há de mais moderno na parte de reparação automotiva”, analisa.

Como sugestão, o presidente do Sindirepa-PE deixa aqui uma para a Oficina Modelo.

“Geralmente, este tipo de oficina em feira é estática quando deveria ser montada com equipamentos do nosso dia a dia, com alguém os apresentando com segurança. As simulações poderiam ser feitas em horários estipulados e com monitores de vídeos passando alguns momentos dos equipamentos, como por exemplo do funcionamento do elevador pantográfico, que ainda é uma novidade para nós. Mas isso tem que ser coordenado pelo Senai para não haver risco nenhum”, conclui.

Sebrae Parceiro de longa data e patrocinador oficial da Autop 2016, Luiz Claudius Leite, coordenador nacional de serviços automotivos – Sebrae Nacional –, fala da importância do evento entre outros aspectos para o desenvolvimento da região. “A Autop é um dos principais eventos do País, pois reúne os principais fornecedores de autopeças, levando

/ edição 10

conhecimento e inovação aos empresários da cadeia automotiva. Para o Sebrae, é uma oportunidade ímpar de geração de novos negócios não só com os expositores, mas também entre os próprios visitantes. E, em tempos de crise, toda oportunidade deve ser aproveitada, seja para aprimorar o negócio existente, como oferecer alternativas para ampliação de ofertas, ou desenvolvimento de novos negócios. Nos projetos específicos voltados para os segmentos de serviços automotivos e comércio varejista de Luiz Claudius Leite, autopeças que o Sebrae realiza nos estados, coordenador nacional de serviços teremos caravanas de empresários de outras automotivos – Sebrae Nacional regiões do Brasil que possibilitarão a expansão dos negócios da região Nordeste, bem como o conhecimento das práticas realizadas localmente por esses empresários. Todos ganham, todos crescem!”.

Destaques da Autop 2016 Data: 10 a 13 de agosto Horário: 16h às 22h Local: Centro de Eventos do Ceará Perspectivas: Mais de 30 mil visitantes e mais de R$ 40 milhões em negócios Expositores: Cerca de 200 marcas expositoras, exclusivamente fabricantes e importadoras Programação do primeiro dia: Reunião da Câmara Automotiva Nacional, workshop da Zona de Processamento de Exportações do Ceará e posse do Sincopeças Brasil

Novidades Autop Mann-Filter A Mann+Hummel, detentora da marca Mann-Filter, estará presente apresentando seu amplo portfólio ao mercado de reposição para diversos modelos de veículos das linhas leve, pesada e agrícola, elaborados para atender as demandas do mercado independente seguindo as especificações técnicas das montadoras para cada aplicação. Além da tradicional versão impressa, o catálogo Mann-Filter 2016/2017, atualizado, também está disponível para consulta no site da companhia e ainda em versão para celular.

NGK A Autop é um evento de extrema importância para NGK por conta do seu público estratégico. Durante a feira apresentará sua nova linha de velas especiais, G-Power, além da ampliação do portfólio de bobinas de ignição e a linha de velas aquecedoras para motores ciclo diesel. A NGK preza pelo contato próximo com toda sua cadeia de clientes, por isso seu estande terá ainda a presença da equipe da NGK, que ficará à disposição do público durante todos os dias de feira.

2016 Dayco e Nytron A Dayco e a Nytron estarão presentes na Feira com suas linhas de produtos e lançamentos. Os clientes poderão tirar dúvidas técnicas, conversar com a equipe comercial e conhecer a nova linha de Kit de Bomba d’água Dayco, exclusividade da empresa no mercado, além de novos outros produtos divulgados nos últimos meses.

Com um trabalho forte no Nordeste, a Autop é uma excelente oportunidade de encontrar os clientes e amigos, além de poder conversar pessoalmente sobre os projetos para este e para os próximos anos.

Vetor Presente na Autop, a empresa apresentará todas as suas linhas de produtos: Vetor Automotivos, E-klass e Teslla. O público poderá conferir os lançamentos e ainda tirar todas as dúvidas com a equipe de promotores que estará no estande. Uma das novidades é a polia viscosa, item este pouco notável, mas de fundamental importância no veículo, com função de acionar o ventilador para refrigerar o fluido do motor. A Vetor Automotivos aguarda a visita de todos na rua D-6 estande 73 e 75.

Suplemento Especial Autop 2016

Mobensani Com estande na rua A-7, nº 105.1, divulga suas novidades, entre elas o novo catálogo on-line (Catálogo Ideia 2001) e ainda aproveitará a oportunidade para apresentar seu promotor para a região do Nordeste, o Sr. Mairton Rodrigues, que está realizando desde junho um trabalho de base com os aplicadores e lojas da região, trabalho este que está sendo apoiado junto ao distribuidor através de sua gestora de Negócios do Ceará, Sra. Karine Dêdê.

30 novidades |

/ edição 10

Fremax A Fremax, fabricante de discos e tambores de freios na América Latina e fornecedora oficial e exclusiva da Stock Car e Porsche Cup, estará presente na Autop onde serão apresentados os diferenciais de seu amplo portfólio, composto por mais de 1.600 modelos para 55 mil aplicações diferentes. Apresentará também o Kit Fremax, uma solução completa e exclusiva Fremax que gera economia de tempo, dinheiro e espaço em estoque, além de oferecer garantia de um só fabricante para todos os componentes.

Bosch Na Autop 2016, os visitantes poderão conferir soluções em equipamentos de teste e softwares de diagnose, além de ferramentais da marca OTC. Entre os lançamentos está a recicladora de arcondicionado ACS 810, para reparos em veículos de grande porte, o testador de baterias OTC 3200 para avaliar, em menos de três minutos, a bateria, partida e sistema de recarga, além do OTC D650 (Genisys), scanner de diagnóstico de baixo custo. O estande da Bosch está localizado na rua C-89.

Tecfil Mais uma vez presentes na Autop, a Tecfil e a Vox estarão expondo em seu estande todas as suas novidades do ano de 2016, além de prestigiar todos os clientes da região Nordeste. Também trará seus 25 produtos da linha de motocicletas, itens estes que têm uma ótima penetração de mercado na região. E ainda contará com a presença ilustre do seu piloto da Tecfil Racing Team, Danilo Lewis, líder do Campeonato Superbike Brasil 2016.

Ampri Na Autop lançará sua linha nova e mais oito novos modelos de bombas hidráulicas, além de fortalecer ainda mais sua marca e seu portfólio de produtos com a chegada de 115 modelos de axiais de direção para Linha Hidráulica, Mecânica e Elétrica.

Preparada para atender aos clientes, o evento é uma grande oportunidade para a empresa divulgar suas novidades ao mercado. A Ampri também distribuirá seu catálogo 2016 para todos os visitantes que passarem em seu estande.

Urba e Brosol As marcas Urba e Brosol apresentarão uma série de novidades no estande 83 (Rua B). Serão lançados novos modelos de bombas de água e bombas de óleo, além de uma série de produtos inéditos. Também será possível conhecer todas as aplicações das linhas tradicionais de carburadores, bombas de combustível, kits de reparo e aditivos. Equipes de atendimento estarão de plantão para tirar dúvidas, distribuir catálogos e apresentar a nova campanha publicitária que está estreando em todo o País.

agosto de 2016 / edição 10

Notas | 33

| capa

Fras-le investe em tecnologia no seu Laboratório Químico Laboratório Químico do IQA é acreditado pela CGCRE do Inmetro Instalado nas dependências do Parque Tecnológico de Sorocaba, a 100 Km de São Paulo, o Laboratório Químico do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) acaba de ser acreditado pela CGCRE (Coordenação Geral de Acreditação) do Inmetro. A certificação representa o reconhecimento da competência técnica do laboratório para o desenvolvimento das atividades de ensaios em produtos.

Jaguar Land Rover inaugura sua fábrica no Brasil A Jaguar Land Rover abre no sul do estado do Rio de Janeiro sua nova fábrica totalmente própria fora do Reino Unido. No local, também foi inaugurado o primeiro Centro Educacional (Education Business Partnership Centre – EBPC) da empresa fora da matriz. A unidade recebeu um investimento total de R$ 750 milhões.

Umicore é homenageada pela contribuição aos 30 anos de Proconve A Umicore foi homenageada pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) durante a comemoração do X Prêmio AEA de Meio Ambiente por seu envolvimento constante e incentivo à evolução e consolidação do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE) no Brasil. Em 25 anos de atuação no País a unidade produziu cerca de 47 milhões de catalisadores.

Através do equipamento de Difração de Raios X, a empresa amplia sua capacidade de identificação de materiais que impactam diretamente nas propriedades de desempenho do produto final. Cada vez mais preparada para a internacionalização, com presença em mais de 100 países, a Fras-le busca na tecnologia a excelência de seus produtos. Para isso, mantém em sua unidade de Caxias do Sul (RS) o mais avançado Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da América Latina, integrado pelos laboratórios Químico (desenvolve e caracteriza matérias-primas), Físico (avalia e aprova tecnicamente os processos da empresa) e Piloto (fabrica protótipos e desenvolve processos).

Ford lança o New Fiesta Ecoboost Titanium com motor 1.0 turbo de alta potência A Ford lançou um novo modelo da linha New Fiesta 2017 que vem com motor 1.0 turbo de alta potência e desenvolvido para obter a máxima economia de combustível. Exclusivo na versão Titanium, a mais completa em equipamentos, ele traz a tecnologia EcoBoost que introduziu um novo conceito em motores menores, mais eficientes e com performance. O New Fiesta 1.0 EcoBoost é o mais potente da era turbo nessa categoria de veículo que está chegando ao Brasil.

Com seu lançamento, a Ford aposta no segmento dos chamados compactos premium, onde estão os veículos mais sofisticados e com maior número de equipamentos de segurança.

Lubrificantes sintéticos e semissintéticos avançam no mercado brasileiro

ZF inicia produção da nova transmissão de dupla embreagem com 8 velocidades

O mercado de lubrificantes no Brasil passa pela principal mudança de sua história, com o crescimento na utilização de produtos sintéticos e semissintéticos, em substituição ao óleo mineral, de menor qualidade. No segmento automotivo, essa migração vem se intensificando nos últimos anos.

Em 2015, 58% dos veículos que saíram de fábrica no Brasil já estavam com lubrificante sintético, e outros 37%, com semissintético. Somente 5% deixaram as montadoras com óleo mineral. Ao manter essa tendência, em alguns anos a frota nacional em circulação terá um novo perfil. A Cosan Lubrificantes, detentora da marca Mobil, é umas das líderes no segmento de produtos sintéticos e também a empresa que mais cresceu nos últimos cinco anos, saindo de 11% para 17,7% (1º Tri de 2016) de participação de mercado.

Juntamente com os funcionários da ZF, Uwe-Karsten Städter, membro do Conselho Executivo da Porsche AG para Aquisições, e Dr. Stefan Sommer, CEO da ZF Friedrichshafen AG, celebraram o início oficial da produção da nova transmissão de dupla embreagem com 8 velocidades (8DT) na fábrica de Brandemburgo. Engenheiros da ZF e Porsche desenvolveram um kit de transmissão híbrida modular baseado na nova transmissão de dupla embreagem com 8 velocidades para veículos padrão e de tração nas quatro rodas (AWD). A ZF está investindo mais de 100 milhões de euros na produção altamente flexível do novo sistema de transmissão da planta de Brandembergo.

34

| notas

Abrafiltros completa 10 anos de atividades em prol do setor Criada em 2006 com o objetivo não só de promover a integração entre os fabricantes de filtros automotivos, industriais, filtros destinados em aplicações em estações de tratamento de água e efluentes e fornecedores, mas também realizar ações em prol do desenvolvimento e em defesa do setor, a Abrafiltros - Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas - Automotivos e Industriais - completou em 26 de junho 10 anos de atividades. No segmento de filtros automotivos desenvolveu em 2012 o programa Descarte Consciente de logística reversa pós-consumo de filtros usados do óleo lubrificante automotivo. Para comemorar os 10 anos, a Abrafiltros remodelou o site da associação – www.abrafiltros.org.br – que foi desenvolvido seguindo uma proposta atualizada e mais dinâmica para acesso aos conteúdos.

agosto de 2016 / edição 10

Pioneer apresenta novas versões das centrais multimídias compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto A Pioneer, umas das líderes mundiais no segmento de som automotivo, acaba de atualizar seu portfólio e lança as centrais multimídias AVIC F80TV e a AVIC F980TV. Os lançamentos, assim como os modelos anteriores, são capazes de integrar o iPhone ou o sistema Android, aos automóveis. Basta um multimídia Pioneer e baixar o aplicativo, no caso do Android Auto. Para o Apple Car Play, basta ter a última versão do iOS instalada.

Mercedes-Benz apresenta dois novos conversíveis ao mercado brasileiro A Mercedes-Benz está expandindo cada vez mais seu portfólio de dream cars, composto por diversos modelos de roadsters, cabriolets e coupés. Nenhuma outra marca possui uma gama tão ampla nesses segmentos mundialmente, cujas linhas de design inovadoras, estilo único e esportividade despertam o desejo daqueles que buscam uma experiência de condução exclusiva.

No Brasil, os veículos dos sonhos da Mercedes-Benz vão do Classe C Coupé, que chega ainda no segundo semestre deste ano, ao Classe S Coupé com 94 cristais Swarovski em seu conjunto óptico. O já extenso leque de modelos e versões dos dream cars da marca receberá dois novos integrantes a partir do mês de julho: os roadsters SL e SLC, incluindo suas versões de alta performance da AMG.

Tenneco cresce na reposição com conversor catalítico da marca Walker

O mercado automotivo ganha mais um importante player no segmento de conversores catalíticos. Por meio da Walker, a Tenneco, fabricante mundial de sistemas de controle de emissões, de amortecedores e componentes para a suspensão, disponibiliza diversos modelos do equipamento no mercado nacional de reposição, que visam atender inicialmente 240 aplicações e são destinados a veículos leves com motorização a gasolina, etanol e flex. Produzidos na fábrica de Mogi Mirim, interior de São Paulo, possuem os mesmos padrões de qualidade dos produtos originais.

Em sua 4ª geração, Sportage volta a surpreender A 4ª geração do Kia Sportage chega ao mercado brasileiro recheada de itens de conforto e de segurança, capazes de superar o modelo anterior, mas, sobretudo, de suplantar os seus principais concorrentes da categoria, também por seu design inteiramente renovado que posiciona o novo modelo com mais sofisticação, esportividade e dinamismo. As projeções da Kia Motors Corporation, para o novo Sportage, são alentadoras. Enquanto a marca sul-coreana comercializou 554 mil unidades da 1ª geração (de 1996 a 2002), 842 mil unidades da 2ª geração (2004-2009) e da 3ª geração, pouco mais de 1,6 milhão de veículos (entre 2009 e 2015), a montadora espera ultrapassar a marca de 3 milhões de unidades com a 4ª geração, no período médio de 5 anos.

Spicer lança junta fixa para veículos Fiat A Spicer, marca que a Affinia Automotiva atua no mercado de reposição com componentes de sistema de transmissão (eixo cardan, junta homocinética, eixo diferencial, cruzeta e coluna de direção), lança junta fixa para 10 modelos da marca Fiat. Mais informações e o catálogo eletrônico com as novidades estão disponíveis no site www.affinia1.com.br/informativo.

Nova família 500 da Honda: mais design, conforto e esportividade Projetadas para quem precisa de um meio de locomoção eficaz e econômico, tanto para o diaa-dia quanto para viajar aos fins-de-semana, as versões 2016 da naked CB 500F, da esportiva CBR 500R e da crossover CB 500X chegam com novo design, novas cores e grafismos, além de novidades e melhorias que dão um toque a mais na esportividade, mas sem deixar de lado o conforto e a facilidade de pilotagem.

36

| mercado

agosto de 2016 / edição 10

Suspensão automotiva: problema à espreita Nesta edição, reparadores falam dos principais problemas, lojistas dos itens de maior giro e fabricantes do mercado da região Nordeste Texto: Jota Pompílio (direto de Fortaleza-CE) | Colaborou: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

V

ocê deve estar cansado de sentir na pele os problemas que as ruas urbanas e rodovias, tanto federais como estaduais apresentam para moto, carro, caminhão ou ônibus, realidade esta que ainda está longe de acabar. Estamos falando de desníveis escondidos, às vezes até crateras expostas a céu aberto. Assim como em todo o Brasil, na região Nordeste isto também tornou-se uma triste realidade, afetando mais quem dirige em grandes centros urbanos como por exemplo Aracaju (SE), Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA) e São Luís (MA).

Não precisa ser um expert para perceber que as tais denominadas ‘buraqueiras’ são as grandes vilãs quando o assunto é suspensão do seu veículo. Fato preocupante, já que a maioria dos proprietários de automóveis tem a consciência que, dependendo do estrago, esse tipo de serviço pode ficar muito caro. Em alguns casos, até inviável financeiramente.

Para Jamerson Gomes, gerente da Via Total Torre, em Recife (PE), no bairro Torre, a suspensão é o sistema responsável pela estabilidade do veículo. Didático, ele explica que seu objetivo é absorver, por meio dos seus componentes todas as irregularidades do solo.

“Também é o encarregado de manter as quatro rodas no chão e auxiliar no desempenho do automóvel”.

Segundo o profissional, o modo mais simples de se evitar problemas na suspensão é não exceder o peso de carga máxima permitido, que é diferente para cada modelo e categoria de veículo, bem como a forma que o condutor dirige. Uma dica muito válida é não passar muito rápido por cima de lombadas e buracos, haja vista que no caso deste último o aconselhável realmente, se possível, é desviar deles.

De acordo com Paulo Batista, proprietário da SOS Suspensão, em Salvador (BA), no bairro Federação, existem formas bem caseiras de evitar este problema. “Uma delas é você calibrar toda a semana os pneus do seu veículo. Eles são vitais para o equilíbrio do carro”, sugere. Para somar e ser mais preventivo, ele enfatiza que é fundamental fazer as revisões periódicas.

Na oficina, os principais problemas na suspensão são oriundos de amortecedores que já

se deterioraram com o tempo e não foram trocados no período certo, desgaste das molas (amassadas e batidas) e buchas danificadas.

Américo Junior, proprietário da Tecnoautos Serviços Automotivos, de Fortaleza (CE), igualmente pontua que devido à má qualidade das estradas os coxins, amortecedores, axiais e desalinhamento são os principais fatores que causam problemas no sistema de suspensão. “O ideal é que se faça uma revisão a cada 10 mil quilômetros ou 6 meses”.

E Jean Carlos, proprietário da Oficina J Car, em São Luís (MA), ainda comenta que mesmo com o alinhamento e o balanceamento feito no veículo o número de buracos nas ruas impossibilita a preservação dos itens. “Isso gera um desgaste prematuro, perdendo esse serviço realizado”.

Sinais Para identificar algum problema na suspensão, é preciso ficar atento a alguns fatores.

Caso os elos ou os espirais das molas estejam amassados ou batidos, o veículo terá perdida a sua estabilidade, serão ouvidas batidas secas oriundas da parte debaixo, além do desgaste prematuro dos pneus, amortecedores, coxins, batentes e outros componentes que também integram a suspensão. Isso acontece, normalmente, quando a mola perde parte da sua ação, assim defletindo de modo a bater os seus próprios elos.

Já a quebra da mola, que é um dos problemas mais graves, acontece quando ocorre a ruptura de um dos elos da mesma, fator este que provoca de modo imediato um desnivelamento da altura do veículo e pode ocasionar, possivelmente, a perda de controle do mesmo e, consequentemente, um acidente bastante grave. É preciso verificar também se os espirais das molas não estão com a pintura descascando, com sinais de ferrugem, porque isso destrói aos poucos o tratamento dado ao aço e propicia que haja o surgimento de microtrincas, que podem até contribuir com a quebra dessas peças.

Entretanto, “se você estiver em dúvida a respeito da suspensão, a melhor forma de identificar os problemas são os ruídos emitidos e as vibrações excessivas em pisos irregulares, além do excesso de oscilação sentida pelo condutor ao entrar em curvas ou desvios”, completa Jamerson Gomes.

O proprietário da Tecnoautos ressalta que é preciso ficar atento aos ruídos no veículo, falta de estabilidade e procurar sempre fazer a manutenção preventiva, ação esta que ele orienta sempre aos clientes. “Na oficina costumamos receber muitos veículos com problemas na suspensão, por isso procuro indicar sempre esse tipo de manutenção e alinhamento para evitar falhas futuras”.

Nas autopeças Em Fortaleza (CE), em uma rápida pesquisa nas lojas de autopeças, por causa da problemática da suspensão, constatamos que o que os produtos com mais saída são amortecedores, molas, buchas de bandeja e coxins. Esses materiais variam de preço, pois dependem da marca, ano e modelo.

Para Renan Tavares, gerente de Vendas e Marketing da Auto Peças Macedo, de Aracaju (SE), as condições das estradas e ruas influenciam muito, por conta dos buracos, de forma

38

| mercado

a ocasionar quebras de molas. “O principal motivo do reparo é devido a barulhos. Na verdade, o primeiro motivo deveria ser por falta de dirigibilidade e segurança, mas estes motivos são colocados em segundo plano”, lamenta.

De acordo com Luis Trindade, gerente Geral da O Baratão Auto Peças, de Salvador (BA), “os itens mais vendidos são bandejas, bieletas, buchas, pivôs, ponteiras e amortecedores com batentes. E os principais problemas que os clientes informam referente ao sistema de suspensão são o desgaste prematuro das buchas dos amortecedores, empenos nas bandejas e quebra das bieletas”. Outro ponto que ele cita é a falta de conservação das estradas e ruas, que potencializam os problemas nos itens.

Componentes do sistema de suspensão Amortecedor É o componente primordial ao sistema de suspensão.

Essa peça especificamente tem a funcionalidade interligada à mola. Ele atua no sentido de amenizar as irregularidades do solo em conjunto com a mola. Se o seu carro estiver sem estabilidade e com ruídos vindos dessa parte, os amortecedores podem estar gastos. Isso provoca o desgaste prematuro dos outros componentes e dos pneus.

Mola Com o amortecedor, faz a principal função de amortecimento dos problemas da pista. A mola pode ser do tipo feixe de molas ou helicoidal. Por ser muito flexível, a mola é o componente mais eficiente para filtrar as imperfeições do asfalto. Se o carro apresentar falta de estabilidade e barulho pela suspensão, o problema pode ser o gasto excessivo da mola.

Braço oscilante Sua missão é de servir como apoio para a coluna de suspensão, que é articulável, e o chassi. Atenção à dirigibilidade comprometida acompanhada de barulho. As buchas podem estar gastas ou danificadas.

Pivô de suspensão Auxilia a coluna da suspensão no seu movimento de sobe e desce, permitindo, assim, o ângulo de oscilação do braço.

O maior indicativo de que estão gastos são os ruídos.

Barra estabilizadora Tem como objetivo promover a ligação entre uma coluna de suspensão e a outra. Esse componente é o responsável pela estabilidade do veículo em altas velocidades, em retas e em curvas. Ela é presa à carroceria por buchas de ligação e às colunas por meio de bieletas. O sintoma de falha na funcionalidade desse componente é a falta de estabilidade e o barulho na parte debaixo do automóvel.

Fonte: Canarinho Press

agosto de 2016 / edição 10

Fabricantes Participação na região Presente em todos os estados do Nordeste e até em pequenas cidades, a Perfect fornece para os principais distribuidores desta região, que representam quase 20% de suas vendas. “Atualmente os produtos que lideram nossas vendas são as linhas de pivôs, terminais, axiais, bandejas e homocinéticas. Trabalhamos arduamente para que possamos nos antecipar ao mercado com lançamentos de produtos. Qualidade e preços competitivos são nossos Roberto M. Rodrigues de diferenciais”, ressalta Roberto M. Rodrigues de Jesus, Jesus, da Perfect diretor Comercial.

Com participação através de representantes em todos os estados, o Nordeste tem extrema importância para a Isapa, que trabalha com a linha de suspensão Allen Amortecedores e DLZ (Pivô/Terminal/Bandeja/Axial). “Vendemos para toda a frota, contudo na região o comércio de pick-ups e vans é muito forte”, aponta Marcelo Martins Ferreira, gerente nacional de Vendas.

Para a KYB do Brasil, que está presente em quase todos os estados da região Nordeste, com significativa participação no estado do Ceará, os produtos com maior saída para este mercado também são para as pick-ups, tendo como principais modelos a Hilux e Frontier. “A região Nordeste tem uma característica muito promissora para as empresas que estão atentas às necessidades deste público. Apostamos num portfólio adequado para a demanda deste setor, além do atendimento diferenciado e o compartilhamento de informações que muitas vezes resultam em fortes argumentos de vendas para os seus distribuidores. As vendas para o mercado nordestino representam em torno de 10% do nosso faturamento”, conta Gélcia Fedalto Batistel, coordenadora de Marketing.

Segundo Ricardo Cesar de Abreu, gerente Comercial da Corven, que possui 9% de participação no Nordeste, o melhor share da marca está nos estados de Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, contudo um fator que influencia negativamente os negócios na região é a política de preços dos grandes distribuidores regionais abaixo do mercado Marcelo Martins Ferreira, nacional, de forma a fazer com que os distribuidores nacionais da Isapa participem de uma concorrida política de preços.

E prestando atendimento a toda a região Nordeste seguindo o potencial da frota circulante correspondente por Estado, Alex Calheiros, gerente de Vendas da Nakata, conta que há alguns anos a empresa fez mudanças na estrutura para intensificar sua participação no mercado local, realizando parceiras importantes com distribuidores e também levando suporte técnico e promocional aos profissionais do varejo. Para isso, transferiu a sede para região Nordeste, em Recife-PE, o que permitiu mais proximidade e garantiu o entendimento de características e oportunidades regionais dos distribuidores locais.

Crescendo a cada dia mais na região, Mônica Cassaro, diretora de Comunicação e Marketing da Magneti Marelli Cofap Aftermarket/LATAM, destaca que a participação da empresa fica entre 10% a 15% no faturamento anual.

“Nossa meta é manter o nível de crescimento nos próximos anos. No segmento de suspensão os estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco representam a maior participação no faturamento, e os estados da Bahia, Piauí e Maranhão cresceram exponencialmente nos últimos Gélcia Fedalto Batistel, da KYB do Brasil anos”, revela.

“A importância da região para os negócios da empresa

40

| mercado

é refletida pela estratégia de serviço e de comunicação que adotamos para o Nordeste, que busca estar sempre perto dos nossos parceiros de negócios. Por conta disso, a Magneti Marelli Cofap mantém um escritório técnico, promocional e comercial localizado estrategicamente em Recife, que atende a toda a região Nordeste, podendo identificar demandas específicas e realizar ações regionalizadas em todos os elos da cadeia de comercialização”, complementa.

Principais problemas e capacitação Em relação aos problemas repassados pelos reparadores, Batistel destaca que o índice de garantia dos produtos da KYB é muito baixo, devido ao rigoroso controle de defeitos de fabricação realizado em todas as fábricas do grupo. “Nossos Ricardo Cesar de Abreu, produtos são 100% testados antes de irem para o mercado. da Corven Mas muitas vezes devido às condições das estradas, característica de relevo e o clima de cada região, os produtos acabam sofrendo maior desgaste. As principais reclamações são de vazamento de óleo e quebra de fixação, e que na maioria das vezes estão relacionadas à instalação incorreta do amortecedor ou utilização do veículo em situações extremas”, aponta.

De acordo com o gerente nacional da Isapa, a garantia também é um dos principais problemas mencionados, mas devido à força da equipe de representantes, os processos são resolvidos facilmente. Ele ainda conta que, além da equipe de vendas, a empresa possui supervisores treinados e realiza palestras e campanhas em diversos clientes.

Calheiros ressalta que geralmente as dúvidas estão relacionadas a informações sobre aplicações devido à variedade da frota de veículos. “Por isso, temos consultores técnicos que visitam varejos para levar informação técnica e oferecer palestras sobre produtos e aplicações, além da realização de ações promocionais para aumento de share nestes varejos de acordo com estratégia e identificação de necessidades da região. Também oferecemos catálogos eletrônicos e tiramos dúvidas pelo 0800-707-8022”, explica.

Outro ponto que os profissionais destacam é a dificuldade de encontrar produtos no mercado para os modelos lançados recentemente. “O Nordeste é uma das regiões que apresenta uma grande frota nova, e isso nos desafia a estarmos aptos a atendê-los. Uma característica importante é que apesar da Alex Calheiros, da Nakata grande presença de distribuidores nacionais o atendimento do setor através de distribuidores regionais é muito significativo e valorizado pelos clientes nordestinos”, comenta o diretor Comercial da Perfect.

A Perfect, que investe bastante na área técnica, conta com uma equipe de representantes, consultores e promotores de vendas especializados em suspensão, direção e transmissão.

“Em 2016, mais de 800 pessoas participaram de nossos treinamentos sobre dicas técnicas e atualidades no sistema de reparação de veículos em todo o Brasil. E, por exemplo, nas regiões Norte e Nordeste já estamos com programação ampla nas cidades de Chapadinha, Santa Inês e São Luís”, completa o diretor.

Através de equipes comerciais, técnicas e de promoção de vendas, que mantêm contato constante com os reparadores, balconistas e distribuidores, Cassaro informa que os principais problemas reportados nas visitas é a falta do hábito da manutenção preventiva por parte dos consumidores finais. “Por isso, investimos em treinamentos e palestras técnicas, onde auxiliamos os reparadores a orientar os consumidores sobre os benefícios da manutenção preventiva e seu baixo custo comparado à manutenção corretiva”.

Para isto, a companhia conta com o apoio do Escritório Regional de Vendas localizado em Recife e, por meio da área de Marketing de Serviços, mantém uma agenda anual voltada para a capacitação e treinamento dos diversos profissionais do setor: reparadores, balconistas, vendedores, etc. “Os cursos e palestras possuem temas variados, que vão da apresentação dos produtos, passando por aplicação e técnicas de montagem.

Acreditamos que este tipo de ação tem papel fundamental no desempenho das vendas,

agosto de 2016 / edição 10

no menor índice de retrabalho para aplicador e consequente satisfação do cliente. Além disto, para dar suporte a todo esse aparato de atendimento, contamos ainda com o nosso site (mmcofap.com.br), nossos catálogos eletrônicos e os serviços de atendimento ao cliente através de um contato gratuito e personalizado. Para os produtos da linha Cofap Undercar, o telefone é: 0800 0194054. Já para os produtos da linha Magneti Marelli, o fone é: 0800 0191638”, avisa.

E a Corven, para incentivar e promover também a capacitação técnica, realiza constantemente visitas e palestras técnicas, promocionais e comerciais em todo território nacional, bem como um trabalho específico na equipe de vendas de seus distribuidores e clientes.

Resultados e expectativas em 2016 Apesar do cenário econômico adverso, o mercado de reposição teve uma performance bastante aceitável no primeiro semestre. “Para o 2° semestre esperamos uma pequena reativação da economia, o que trará uma nova perspectiva de recuperação a partir de então. Com isso, considera-se que normalmente este segundo período é sempre mais aquecido do que o 1°. Temos expectativa de fecharmos o ano com um crescimento de 5% com relação a 2015, principalmente na região Nordeste”, afirma Roberto M. Rodrigues.

Com marcas exclusivas, programa de fidelidade (cliente fiel) e a melhor relação custo x benefício, Ferreira destaca que o primeiro semestre do ano foi difícil para a Isapa, mas a empresa tem obtido um bom resultado na região e as expectativas são muito positivas para o restante do ano.

Abreu menciona que os resultados no primeiro semestre deixaram a desejar, mas o fechamento de junho/2016 superou as expectativas da Corven. “O amplo portfólio e a embalagem são nossos principais diferenciais, contamos com mais de 900 códigos para no mínimo 1.300 aplicações para toda frota de veículos nacionais e importados, assim como nossa embalagem que possui design moderno e estrutura física reforçada”.

Para a Magneti Marelli Cofap, apesar da crise que o País atravessa, foi conquistado um crescimento de 5% no primeiro semestre em relação ao ano passado, e a expectativa é fechar o ano com 7% de crescimento na região.

“Essa conquista se deve ao atendimento que os times das áreas comercial, técnica e promocional dedicam aos clientes, além da força que as marcas possuem no Nordeste”, pontua Cassaro.

Já a Nakata, conforme o gerente de Vendas menciona, a perspectiva é continuar ampliando suas linhas de produtos e lançando novas famílias de componentes para oferecer ao mercado de reposição ampla cobertura e diversificação de itens, incluindo peças para motocicletas, como amortecedores, kit coroa e pinhão, kit coroa pinhão e corrente, corrente, entre outros itens. A marca vai intensificar ações para amortecedores HG e reforçar o foco nas linhas de bieletas, axiais, bandejas, pastilhas e cubos. “Estamos cada vez mais buscando o aprimoramento da equipe e atualizações de acordo com necessidades do setor. Continuamos acreditando que pessoas fazem a diferença e a região é muito atraente e de grande potencial”, completa.

E, como explica a coordenadora de Marketing da KYB, o histórico de vendas da marca nestes dois anos de atuação é de franca evolução no mercado de reposição brasileiro.

“A despeito da situação econômica desfavorável que o País está enfrentando, consideramos os resultados de vendas satisfatórios, estando de acordo com a expectativa da empresa. Sem dúvida vemos a oportunidade de crescimento no segundo semestre e estamos investindo em várias estratégias para alcançar este resultado. A KYB é a principal fornecedora mundial de equipamentos originais.

As principais marcas de veículos do mundo são equipadas Mônica Cassaro, da Magneti Marelli Cofap com os amortecedores KYB”, conclui.

Aftermarket/LATAM

42

pESADOS

agosto de 2016 / edição 10

Texto: Redação | Fotos: Divulgação

Test-drive com Atego 2430 é atração da Mercedes-Benz na Feira do Caminhão de Itabaiana A Mercedes-Benz, em parceria com o concessionário Mardisa, esteve presente na 51ª Feira do Caminhão de Itabaiana, em Sergipe.

A região é considerada a capital do caminhão Mercedes-Benz, devido à grande concentração de veículos da estrela de três pontas.

O estande da marca destacou os tradicionais modelos indicados para os caminhoneiros, como o leve Accelo 815 (o “Mercedinho”) e o semipesado Atron 2324 6x2. Além disso, expôs o cavalo mecânico Actros 2651 6x4 com pintura especial em homenagem à equipe Mercedes-Benz AMG Petronas, atual bicampeã da Fórmula 1 – este design arrojado acentua ainda mais a imagem de força e imponência do novo Actros. Os motoristas ainda tiveram um Atego 2430 6x2 à disposição para test-drive.

Agrale apresenta duas linhas de tratores compactos na 19ª Expocafé Os tratores Agrale 5075 e 575 da Linha Compact foram destaque na 19ª Expocafé, feira que ocorreu de 8 a 10 de junho na cidade de Três Pontas (MG). Os dois modelos de tratores que a marca expôs representam soluções ideais para os diversos tipos de cultivo do café, de hortifrutigranjeiros e demais culturas adensadas, além de contarem com motores MWM reconhecidamente econômicos e de baixo custo de manutenção.

Caminhoneiros recebem homenagem da Iveco Diariamente, homens e mulheres dirigem seus caminhões pelo Brasil levando cargas e muitas histórias para contar. Para homenageá-los no Dia dos Caminhoneiros, comemorado em 30 de junho, a Iveco preparou uma ação especial para mostrar aos caminhoneiros a importância da profissão deles. A montadora foi para a estrada e gravou depoimentos de cidadãos que falam sobre a importância dos motoristas para o seu dia a dia. O resultado emocionou os caminhoneiros e será veiculado nas redes sociais da montadora, como Facebook, Instagram e o Blog da Iveco. Para Maurício Corrêa, gerente de Marketing da Iveco, o filme enfatiza o papel desses trabalhadores na economia do País. Veja o vídeo em: www.youtube.com/iveconobrasil.

MAN Latin America entrega 64 ônibus ao programa Caminho da Escola no Maranhão

Foton Caminhões investe em excelência no atendimento de Pós-Venda

A MAN Latin America entrega 64 ônibus escolares Volksbus 8.160 OD ORE1 para transporte de estudantes na zona rural do Maranhão. As aquisições foram feitas por meio do programa Caminho da Escola e beneficiarão milhares de alunos na região. O modelo, que acaba de estrear no programa, marca a entrada e extensão das características de robustez, durabilidade, segurança e acessibilidade já consagradas com o 15.190 na categoria ORE2. Competitivo e robusto, o 8.160 OD ORE1 chega reforçado com pacote de itens que atendem às demandas do programa federal Caminho da Escola. A MAN Latin America é a maior fornecedora de ônibus escolares para o programa federal Caminho da Escola. Desde o início, já soma mais de 15.590 entregas.

A Foton Caminhões promoveu ao longo de maio e junho deste ano treinamentos de Gestão de Pós-Venda, Técnico de PósVenda e Certificação Cummins para os titulares, gerentes e mecânicos das 26 concessionárias que fazem parte da rede Foton. No total, foram contabilizadas mais de 2.500 horas de treinamentos. Parte das 2.500 horas foi destinada à Certificação Cummins, realizada nos centros de treinamentos regionais da empresa. Os cursos ministrados abordaram os temas eletrônica, mecânica de motor e diagnóstico através da ferramenta Insite da Cummins. Estão previstas mais 2.000 horas de capacitação para o segundo semestre com foco nos treinamentos Técnico e Certificação Cummins.

Volare comemora 18 anos de história em junho Segundo o diretor-geral Gelson Zardo, a Volare nasceu como um modelo leve para o transporte de pessoas e se transformou numa montadora de uma linha completa de veículos e uma unidade de negócios da Marcopolo.

Com mais de 50% de participação de mercado, possui duas unidades fabris, uma em Caxias do Sul e outra em São Mateus, e tem capacidade de produção diária de 35 veículos.

43

agosto de 2016 / edição 10

Clientes Volkswagen Caminhões e Ônibus e MAN podem ganhar caminhões de prêmio A MAN Latin America, fabricante dos caminhões e ônibus Volkswagen e MAN, promete mais uma vez movimentar as vendas de caminhões no País com a Promoção Vire a Chave. A montadora vai brindar seus clientes com o sorteio de dois caminhões MAN TGX e uma Saveiro, todos 0 km, além de diversos prêmios instantâneos como televisões, tablets e smartphones.

Transmissão remanufaturada é opção para caminhoneiro que precisa diminuir tempo de parada na oficina Em época de crise, ficar com o caminhão parado na oficina significa perder fretes importantes e indispensáveis. Isso leva muitos caminhoneiros, inclusive, a adiar um reparo para não perder dinheiro. No caso de problemas com transmissão, há uma alternativa que reduz a parada para conserto de cinco para apenas um dia. Optar pela transmissão remanufaturada possibilita uma economia de R$ 3 mil a R$ 5 mil dependendo do tipo de caminhão e da região. Atualmente, a linha reman da Eaton conta com cerca de 50 transmissões diferentes. Além de reduzirem o tempo de parada do veículo, elas chegam a ser 40% mais baratas do que as novas e oferecem menor custo por km rodado e a mesma garantia de um produto novo.

Cummins é homenageada por contribuir 30 anos com o Proconve

Meritor Aftermarket lança novos kits de reparo para rolamento de eixos Sempre preocupada em atender as necessidades do setor, a Meritor traz ao mercado de reposição os novos kits de reparo para rolamentos.

São ao todo 20 variações capazes de se adequar ao tipo de veículo e aplicação desejada. As opções do kit variam entre a versão completa, composta de rolamento da caixa do pinhão e vedador, e a versão parcial, com rolamento do pinhão e vedador.

A Cummins Brasil foi uma das empresas homenageadas durante cerimônia de entrega do Prêmio AEA de Meio Ambiente, em São Paulo (SP). A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), em comemoração aos 30 anos do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE), reconheceu a importância das empresas que participam desta iniciativa, sendo fundamentais para a evolução tecnológica e consolidação do sucesso do programa. A visão da Cummins é melhorar a vida das pessoas através da força de seus colaboradores e tem como missão produzir um ambiente mais limpo, saudável e seguro. O atendimento e contribuição ao Proconve vai ao encontro dos objetivos da Cummins no que diz respeito ao cumprimento das metas de redução de poluentes emitidos pelos motores diesel.

Manutenção preventiva de máquinas agrícolas pode ser feita diariamente A manutenção preventiva é muito importante para garantir vida longa aos equipamentos agrícolas no campo. Por isso, é importante fazer a checagem diária dos componentes do motor, como os filtros de ar, combustível, radiador de água, óleo do motor, bombas hidráulicas e da cabine, correias, além da checagem diária na calibragem dos pneus. A TVH-Dinamica recomenda que se conte com o auxílio de um especialista em manutenção, com o objetivo de evitar quebras inesperadas no campo, que a lataria dos tratores seja mantida em bom estado e armazenada em locais cobertos e a instalação de peças de qualidade e compatíveis com o modelo da máquina.

WABCO passa a fornecer cilindro de freios para a Mercedes-Benz A Wabco ganhou o contrato para fornecimento de TRISTOP™ para a Mercedes-Benz. A produção em série no Brasil, já iniciada, irá abastecer toda a linha de caminhões e ônibus do cliente. A WABCO reforça assim a sua posição de principal fornecedor de cilindro de freios para a indústria automotiva de veículos comerciais na América Latina. O TRISTOP™ foi desenvolvido como uma solução “plug and play” para a Mercedes-Benz, minimizando investimentos em processo de montagem e modificações no veículo. Produzido na planta de Sumaré (SP), o produto traz alto índice de conteúdo local. Com o novo contrato, a WABCO América do Sul reforça a liderança do produto no mercado sul-americano, ao mesmo tempo em que ressalta um dos pilares da empresa, no que se refere à globalização.

44

| lançamento

agosto de 2016 / edição 10

pESADOS

Novos modelos da linha Cargo Proposta da Ford Caminhões é aumentar a rentabilidade no negócio de transporte de carga e serviços Texto: Redação | Fotos: Divulgação

N

o dia 16 de junho, em Campinas (SP), a Ford Caminhões apresentou quatro novos caminhões lançados para atender os segmentos de 14, 15 e 31 toneladas de peso bruto total com a maior capacidade de carga, formados pelo C1419, C1519, C3129 e C3129 Mixer.

Segundo João Pimentel, diretor da Ford Caminhões, “os novos produtos são verdadeiros ‘puros-sangues’ da linha

Nordeste

44

Ford Cargo. Ou seja, têm muita durabilidade e oferecem mais tonelagem de carga com o melhor compromisso em relação ao preço de compra e manutenção. Foram focados para o trabalho mais rentável no atual cenário do País”, explica.

Ainda de acordo com o executivo, as novas opções da Ford Caminhões são destinadas a diferentes tipos de aplicação, otimizam tanto a capacidade de carga como a durabilidade, o que melhora o desempenho geral da frota.

“Eles estão totalmente alinhados com as atuais necessidades do mercado, em que aumentar a produtividade tornou-se vital para todos os setores de atividade, principalmente no transporte”, completa.

Os novos caminhões, como toda a linha Cargo, trazem também conforto ao motorista, fator importante na produtividade. Têm banco com suspensão a ar de série e cabine ergonômica para beneficiar o usuário em longos períodos de serviço.

A saber, os caminhões C1419, C1519, C3129 e C3129

Mixer chegam imediatamente à rede exclusiva de distribuidores da Ford Caminhões. Têm preços muito competitivos e contam com pacotes completos de serviços pós-venda.

Serviços completos Para se ter uma ideia, a Ford Caminhões hoje está presente em todas as regiões do Brasil através da sua rede formada por 120 distribuidores, e oferece um pacote completo de serviços pós-venda adequados às necessidades de cada cliente. O sistema de rastreamento e monitoramento chamado FordTrac vem instalado de fábrica nos veículos para habilitação.

Por fim, o Ford Service oferece planos de serviços que cobrem desde manutenção preventiva à corretiva. O SOS Ford garante atendimento 24 horas para reparo do caminhão em qualquer lugar do País e o DiskFord mantém especialistas para tirar dúvidas dos clientes.

| SEMINÁRIO

julho de 2016 / edição 10

Scania promove seminário sobre sustentabilidade e valorização do motorista de caminhão Montadora também anuncia a 6ª edição da competição Scania Driver Competitions 2016. Prêmio máximo será um caminhão Streamline Highline R 440 6x2 zero km Texto: Redação | Fotos: Divulgação

A

Scania realizou no dia 9 de junho, em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP), o seminário ‘O Motorista e a Sustentabilidade no Transporte’.

As apresentações mostraram a visão de toda a cadeia do transporte sobre a importância do profissional que dirige um caminhão e seus impactos na sociedade, a necessidade do treinamento e a importância da atualização constante.

Estiveram presentes nos painéis e na plateia condutores, transportadores, embarcadores e representantes de entidades de classe e escolas de formação.

Durante o evento, a Scania

anunciou a sexta edição da competição Scania Driver Competitions 2016.

Educação no Transporte (Fabet). Após as apresentações, os palestrantes participaram de debates sobre os temas.

Painéis O primeiro painel ‘Do insumo ao consumo: O papel do motorista na cadeia de transporte’ teve uma palestra de Ana Jarrouge, coordenadora nacional do programa ComJovem da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística). Já o segundo abordou ‘O motorista como pilar fundamental para o gerenciamento de custos’.

A apresentação foi de Manoel Carvalho Filho, professor de Custos na Fundação Adolpho Bósio de

SDC 2016 Para os interessados no Scania Driver Competitions, as inscrições vão de 9 de junho a 31 de agosto. A única forma de se inscrever é pela internet, pelo site www.scaniasdc.com.br ou por aplicativo. Só podem participar profissionais com carteira de habilitação categoria E. O regulamento completo está disponível no portal oficial. Após o cadastro ser efetivado, o motorista será avaliado em duas fases on-line. A terceira fase será realizada em setembro e outubro. Os 60 melhores disputam as semifinais e a final de 8 a 10 de novembro. Os três primeiros da final brasileira estarão credenciados para a final América Latina com os três melhores motoristas de caminhão de Argentina, do Chile e Peru. Esses 12 profissionais duelam no Brasil nos dias 26 e 27 de novembro. O prêmio máximo será um caminhão Scania Streamline Highline R 440 6x2 zero km.

46

Técnica

agosto de 2016 / edição 10

Texto: Simone Kühl / Colaborou: Wanderlei Castro | Fotos: Vanderlei Vicário

Troca da válvula termostática no Ford Ka Iguaçu demonstra passo a passo como deve ser feito o correto procedimento

C

omo dica de manutenção preventiva, João Cunha, técnico da Iguaçu Componentes Automotivos, demonstra no CTRA (Centro de Treinamento da Reposição Automotiva) a substituição do conjunto de válvula termostática do motor Zetec Rocam do Ford Ka 1.0 gasolina ano 2001.

Para essa troca, deve ser utilizada a peça de código 601 3004 82 da fabricante, que vem com o conjunto montado da válvula termostática e o sensor de temperatura.

1

Conjunto de válvula termostática do motor Zetec Rocam do Ford Ka

Passo a passo da troca da válvula termostática do motor Zetec Rocam do Ford Ka 1.0 – Antes de iniciar o procedimento, faça o escoamento do líquido de arrefecimento. Solte os seis parafusos que prendem a carcaça ao bloco do motor. Os parafusos devem ser retirados alternadamente para não empenar a carcaça, caso queira utilizá-la.

Obs.: Importante lembrar que é necessário desconectar o sensor de temperatura.

2 – Após, com o alicate solte a abraçadeira elástica e as mangueiras para remover a carcaça. Caso encontre dificuldades para soltar a abraçadeira localizada atrás da carcaça, tire primeiro a abraçadeira que fica embaixo com a mangueira para a retirada da carcaça.

48

agosto de 2016 / edição 10

Técnica

3

4

– Com a peça removida, lembre-se que é necessário manter o jumping na carcaça, onde liga a carcaça primária à carcaça secundária. Pois, caso seja colocado um tampão impedindo a ligação entre ambas, o veículo pode vir a ferver.

– Faça a devida conexão e inicie o processo de montagem.

5

– Coloque os parafusos da carcaça alternadamente. Após dar o torque sem o excesso de aperto em todos os parafusos da carcaça, conectaremos a mangueira, fixe a abraçadeira e o conector do chicote do sensor de temperatura.

Obs.: Importante realizar a devida limpeza do cabeçote antes da montagem para que a junta faça a sua perfeita vedação.

6 – Para finalizar o procedimento, complete o líquido de arrefecimento e faça sua sangria.

Para assistir o passo a passo da Troca da válvula termostática no Ford Ka, acesse nosso portal: www.ctra.com.br/videos

nº

3

Este suplemento é parte integrante do Jornal Balcão Nordeste ano I – nº 10 – AGOSTO de 2016

Eixo diferencial possui características específicas para cada veículo Spicer destaca os tipos de diferenciais e suas funcionalidades Colaborou: Spicer | Foto: Divulgação

O

diferencial que equipa a grande maioria dos veículos é conhecido no mercado como diferencial convencional, ou mais tecnicamente como “OpenType”, (Tipo Aberto), esse diferencial funciona muito bem quando as condições de aderência pneu/piso são favoráveis, em situações críticas como lama ou areia as chances do veículo atolar tendem a aumentar, com isso, devido à sua característica construtiva, transfere o torque para a roda com menor aderência.

Para operações em pisos escorregadios ou com baixa aderência, existe para algumas aplicações os diferenciais autoblocantes ou de deslizamento limitado (LSD - Limited Slip Differential). O melhor exemplo desse tipo de diferencial é o já consagrado SPICER “Trac-lok”.

Equipamento original das montadoras (OEM - Original Equipment Manaufacturer) e presente na grande maioria de picapes e utilitários esportivos (SUV).

O conceito do diferencial pode ser exemplificado da seguinte maneira: quando o veículo faz curvas é necessário que haja uma diferença de rotação entre suas rodas motrizes - as que recebem o torque do motor caso contrário haverá um arrasto das rodas durante a curva, condição que causaria um desgaste acentuado dos pneus além de uma maior dificuldade no esterçamento e controle do veículo. A dificuldade de controle seria devido à tendência de sub-esterçar (sair de frente) caso as rodas

motrizes fossem as dianteiras ou sobre-esterçar (sair de traseira) se as motrizes fossem as traseiras.

Sem o recurso do diferencial esse arrasto seria frequente porque a roda do lado externo da curva sempre percorre uma distância maior que a roda do lado interno.

Assim o diferencial entra em ação durante as curvas, mas em linha reta faz com que as rodas girem paralelas e em velocidades equivalentes distribuindo igualmente o torque do motor. Em situações onde a falta de aderência dos pneus com o solo é detectada, o Trac-lok entra em ação automaticamente transferindo o torque para a roda que apresentar maior aderência, o que, diminui consideravelmente as chances de ficar retido em um lamaçal, por exemplo.

Além dos componentes normais do diferencial, o sistema Spicer Trac-Lok utiliza um conjunto de discos de fricção e molas para fazer o acoplamento do semieixo e a transferência de torque. Por dentro, todo diferencial é composto por uma carcaça, semi-eixos e um conjunto de engrenagens sendo a coroa e o pinhão as mais lembradas, mas existe ainda as engrenagens satélites e as engrenagens planetárias que ficam alojadas dentro da caixa do diferencial, além de pinos, rolamentos, calços, travas, discos de fricção (na versão Trac-lok) vedadores e, claro, óleo lubrificante específico para cada tipo de diferencial.

A maior força segmentada do aftermarket nordestino

nº

Catalisador / agosto de 2016 / 50

3

Catalisador automotivo deve ser checado periodicamente Parte química do componente que converte gases tóxicos do motor em vapores inofensivos pode perder a eficiência Colaborou: Umicore | Foto: Divulgação

C

omo todos os componentes do veículo, o catalisador automotivo necessita de verificações periódicas. Embora a peça seja desenvolvida para ter a mesma durabilidade do automóvel, a parte química, responsável por fazer a conversão dos gases tóxicos emitidos pelo motor em vapores inofensivos, pode perder a eficiência durante o tempo de uso. Se isso acontecer, o carro passa a emitir gases poluentes acima dos limites legais, gerando danos, principalmente para a saúde da população.

Fabricante mundial de catalisador, a Umicore orienta que não é recomendável aguardar a luz da injeção eletrônica acender no painel para verificar o componente. Segundo Cláudio Furlan, gerente Comercial da Umicore, a luz é um indício que o catalisador está completamente comprometido, ou seja, não está mais realizando a conversão dos gases de forma eficiente.

Para se ter uma ideia, o índice de poluição na cidade de São Paulo é duas vezes superior do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados fazem parte de uma pesquisa internacional que analisa a situação de 3 mil cidades ao redor do mundo. Ainda segundo a OMS, mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente por causa da contaminação do ar.

“Com a suspensão da Inspeção Veicular é necessário a conscientização do motorista e dos profissionais da reparação para a importância de verificar os componentes do veículo que impactam o sistema de emissões”, diz ele. O executivo recomenda revisar o veículo em oficina mecânica de confiança, que possua as ferramentas necessárias para o correto diagnóstico. O scanner automotivo é uma peça fundamental. O utensilio lê o código armazenado na central do veículo, que funciona como um computador, registrando dados, incluindo falhas de sistema. “É recomendável que o diagnóstico do catalisador seja realizado aos 80 mil quilômetros e depois anualmente. O intuito é averiguar se há algum código de falha dos componentes do sistema de emissões, como sensores, sonda lambda e sistema de ignição, que podem abreviar a vida útil do catalisador automotivo”, complementa Furlan.

Peças genuínas Segundo o gerente Comercial da Umicore, os carros produzidos depois de 2010 possuem

diagnóstico a bordo (OBD), permitindo uma análise mais precisa do catalisador. Além disso, é necessário que o profissional tenha um bom conhecimento técnico para interpretar corretamente o código de falha. Se for constatada a necessidade da troca, o consumidor deve exigir catalisadores homologados pelo INMETRO, o que garante a procedência e evita a instalação de equipamentos falsificados.

Um catalisador homologado custa de R$350,00 a R$1.350,00 dependendo do modelo do veículo.

Outra dica importante é desconfiar de preços abaixo do mercado.

Outro fator que pode abreviar a durabilidade do catalisador é o abastecimento com combustível adulterado. Substâncias inadequadas presentes em óleos lubrificantes de má procedência também podem comprometer o componente.

20 mil exemplares

20 mil exemplares e maior índice de leitores por exemplar

e o maior índice de leitores por edição

nº

3

Óleo / agosto de 2016 / 51

É preciso trocar o óleo do carro após atravessar enchentes?

Como saber se o lubrificante foi afetado e, em caso positivo, quais os riscos de continuar com o mesmo óleo no veículo Colaborou: Mobil | Foto: Divulgação

N

os meses de maior incidência de chuvas, em que as condições meteorológicas causam fortes pancadas e, muitas vezes, o motorista é obrigado a enfrentar enchentes e locais com grandes quantidades de água na pista. Porém, mesmo depois de passar pela enchente com sucesso, não há garantias de que o veículo não tenha sofrido algum tipo de prejuízo.

Wilde Bueno, especialista em lubrificação da Mobil, explica a importância de consultar um mecânico de confiança, assim que possível, para fazer um check-up nas partes elétricas e no motor do veículo. É essencial conferir também os freios, a parte de baixo do veículo (uma vez que partículas de lixo podem se prender às peças), os filtros (ar, combustível e óleo) e o sistema de lubrificação do motor, entre outros itens.

“No caso do óleo lubrificante, deve-se verificar a vareta de nível e checar a aparência e a cor do produto. Se houver alguma anormalidade, como aparência leitosa e coloração que vai do creme ao café com leite, é provável que tenha entrado água no sistema”, conta o especialista.

Neste caso, é preciso trocar o óleo imediatamente porque o produto perde suas propriedades com a invasão da água. O mecânico deve realizar uma limpeza geral: esvaziar o óleo do cárter, limpar as velas e trocar o óleo e o filtro de óleo.

“O bom lubrificante minimiza o atrito das partes internas do motor, assegurando seu funcionamento.

Logo, usar o veículo com o lubrificante contaminado com água pode trazer sérios problemas como a quebra da película lubrificante, possibilitando contatos metálicos e desgaste das peças e até mesmo causar o fatal motorfundido”, conta Bueno.

Se inevitável, veja como passar pela água com segurança Caso o motorista se veja em meio a uma enchente, é possível tomar algumas medidas para manter a segurança dos passageiros e prejudicar o menos possível o veículo:

Que tal a sua marca rODAPE 3 neste espaço?

• Observe a altura do nível de água do trecho alagado e só atravesse se não ultrapassar o centro da roda. Esta é a altura de segurança para deixar o escapamento fora da água.

• Uma vez na água, o carro deve ser dirigido em baixa velocidade, em rotação constante do motor, em torno de 2.500 RPM. Não troque a marcha para não correr o risco de o veículo morrer, e não force o acelerador, para não criar uma marola na frente do carro e permitir que a água entre no motor.

• Se o motor morrer durante a travessia, não dê a partida. Mantenha o carro desligado e remova-o apenas quando a água baixar. O ideal é guinchar o veículo até uma oficina, pois pode ser que tenha entrado água no motor e, ligá-lo nestas condições, aumenta o risco de danos causados por calço hidráulico.

• É recomendado desligar o ar-condicionado durante a travessia, reduzindo assim o risco de calço hidráulico.

nº

3

Freios / agosto de 2016 / 52

Saiba como se comporta o freio quando ocorre falha no ABS Caso aconteça algum problema no ABS, o freio convencional (sem ABS) permanece funcionando para manter a segurança, explicam especialistas da WABCO Colaborou: Wabco | Foto: Divulgação

U

ma grande dúvida dos motoristas é saber se uma falha no ABS deixa o veículo sem freio. A WABCO América do Sul, uma das líderes de mercado em ABS, controle eletrônico de estabilidade (ESC), sistemas de freio convencionais, controles de transmissão automática e outras tecnologias de segurança e eficiência para veículos comerciais, esclarece que o veículo não perde o freio quando ocorre alguma falha no ABS. O sistema de freio antitravamento de roda (ABS) é uma segurança a mais para o motorista e, se o caminhão e a carreta têm ABS, o veículo certamente é mais seguro. Saiba mais detalhes sobre o funcionamento do ABS e siga tranquilo pelas estradas.

O ABS é mais um recurso para auxiliar a condução. A tecnologia proporciona frenagens mais seguras. “Se algo ocorrer com o ABS, como por exemplo, falhas envolvendo partes elétricas, válvulas moduladoras da pressão do freio ou sensores de velocidade, o veículo poderá ter o freio acionado normalmente e com total segurança.

Contudo, o motorista deve estar ciente de que não terá a funcionalidade principal do ABS, que é o sistema antitravamento de roda”, afirma Germano Collobialli, gerente de aplicação, treinamento e assistência técnica da WABCO. No sistema antitravamento de roda (ABS), a principal função é garantir a segurança e também a dirigibilidade durante as frenagens independentemente das condições da pista (se está com óleo, água ou sujeira, por exemplo). O monitoramento do controle da pressão do freio é realizado todo o tempo em que o veículo estiver em

movimento e sempre que o motorista acionar o freio de serviço – o que pode ser feito pisando no pedal ou usando a válvula de freio do reboque. Por meio dos componentes do ABS, a pressão pneumática liberada será controlada de maneira a garantir a eficiência do freio nas rodas, evitando o travamento e assegurando a dirigibilidade. Normalmente, a distância necessária até a parada total do veículo com segurança também pode ser reduzida.

Maior segurança no trânsito Uma das situações mais comuns ao dirigir um veículo com ABS é o motorista bombear o freio ou até mesmo liberar o freio ao sentir alguma pulsação no pedal (característica muito comum em veículo com sistema de freio hidráulico). O movimento no pedal ocorre devido ao controle automático do freio realizado pelo ABS. A dica é manter o pedal acionado.

Ao manter a pressão no pedal, o ABS atua de maneira eficaz para reduzir ao máximo a distância de frenagem.

Se tudo está em ordem, o motorista deve ficar atento a outros itens que podem influenciar na segurança. Os pneus precisam estar em bom estado de conservação para que o veículo mantenha a aderência adequada na pista e para que se promova mais segurança no trânsito, evitando acidentes.

O ABS não exige cuidados específicos para que funcione bem e tenha longa durabilidade; para isso, mantenha em dia a manutenção do veículo, conforme orientações do fabricante e, se for o caso, consulte o profissional

qualificado para solução dos problemas com ABS. Ao volante, a ação do motorista para frear o veículo deve ser: pisar no pedal (ou acionar a alavanca da válvula do freio do reboque), manter a pressão mesmo que o pedal pulse e esterçar o volante se for o caso de desviar de um obstáculo. Simples assim. O caminhoneiro pode fazer uma verificação antes da viagem, basta checar se as luzes no painel estão funcionando normalmente. Quando a luz do ABS permanece acesa, sinaliza que o sistema apresenta alguma falha e necessita de checagem ou precisa de manutenção. O painel sinaliza somente as condições do ABS (se está com ou sem falha).

Fique tranquilo, lembre-se de que os freios convencionais de seu caminhão e de sua carreta continuam funcionando.

Quando há falha no ABS o que pode ocorrer é o travamento de rodas durante a frenagem, portanto, dirija sempre atento às leis de trânsito respeitando os limites de velocidade e tenha uma ótima viagem!

As soluções de ABS da WABCO estão presentes mundialmente em caminhões, ônibus e semirreboques, com suspensão pneumática ou de molas, inclusive para veículos especiais como rodotrens, bitrens e demais configurações brasileiras.

Veja mais dicas sobre o ABS e outros produtos WABCO no Facebook. https://pt-br.facebook.com/ wabcobrasiloficial.

54

| artigo

agosto de 2016 / edição 10

Certificação é condição para a oficina crescer Texto: Ingo Pelikan e Sérgio Fabiano* | Fotos: Divulgação

H

oje a frota brasileira circulante conta com aproximadamente 45 milhões de veículos, dos quais 90% possuem, pelo menos, mais de dois anos de uso. Como todos sabem neste momento de retração, as perspectivas passam longe da renovação da frota. Prova disso é que somente 2 milhões de veículos serão comercializados no Brasil, na previsão para 2016.

Tal cenário representa uma oportunidade para a área de serviços automotivos, que evidentemente tem o compromisso de manter os padrões de qualidade e segurança adotados pelos segmentos produtivos da cadeia, que contemplam das montadoras aos fabricantes de matéria prima, passando pelos sistemistas e o restante da cadeia.

Fato é que o mesmo rigor de exigências deve chegar às concessionárias, lojas de autopeças e centros de reparação. A sensibilidade dos gestores desta área de serviços automotivos precisa ser aguçada para ao mesmo tempo acompanhar as práticas dos segmentos produtivos para a qualidade e a segurança e atender as altas expectativas do cliente final, ou seja, do consumidor.

Neste sentido, é preciso intensificar, com urgência, o movimento para a implantação de um padrão de qualidade em toda a cadeia automotiva. Pensando nisto, o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, com o apoio do Sindirepa, desenvolveu um trabalho para avaliação e certificação voluntárias das oficinas de reparação. O Instituto entende que a certificação da qualidade é um método robusto e seguro para aprimorar negócios e aumentar a satisfação dos consumidores.

Nesse setor, toda oficina com pelo menos três funcionários pode ser certificada. O foco é aprimorar e melhorar continuamente os processos, dar suporte técnico aos gestores para que adotem conceitos de empresa na administração de seus negócios e, assim, tenham todo o controle dos processos.

Uma vez certificada, a oficina colhe resultados – que não são poucos – como o aumento da satisfação dos clientes; a redução dos custos via eliminação dos desperdícios, sejam de tempo, material, mão de obra ou fluxo de trabalho; a ampliação das possibilidades de permanência no

mercado; e a maior interação e o comprometimento da equipe.

Mesmo não sendo obrigatória, a certificação é instrumento de segurança para o cliente porque atesta a qualidade dos serviços, afinal toda oficina certificada passa por uma avaliação bem ampla de um órgão imparcial, idôneo e competente sobre todos os pontos de gestão e organização da empresa, o que possibilita ao gestor ter o controle das informações.

Ter processos adequados é diferencial para a empresa não somente se manter no mercado, mas fisgar novos negócios, uma vez que a oficina certificada pode prestar serviços para grandes empresas e órgãos públicos. Dessa maneira, a certificação é vista como passaporte para um mercado mais maduro.

O dono do negócio precisa ter consciência porque a certificação voluntária depende muito de querer e acreditar. Além de vontade, precisa ter cabeça de administrador para conseguir enxergar todos esses benefícios. Com mais de 20 anos de experiência, o IQA sabe que os resultados aparecem à medida que os passos são realizados. *Ingo Pelikan é presidente e Sérgio Fabiano é gerente de Serviços Automotivos do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva