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DE BALCÃO

Jornada empreendedora

Com a chegada de 2017 e os planejamentos listados no ano passado, é hora de pensar e desenvolver novos hábitos e estratégias que aumentem seu potencial realizador.

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Perfil

Volvo XC60 D5 2017 diesel

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A montadora sueca apresentou em agosto do ano passado a linha 2017 do utilitário esportivo XC60 – o modelo mais vendido da Volvo Cars no País– com o motor diesel D5 e 220 cv. PáG. 22

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Ano II

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FEVEREIRO DE 2017

PáG. 8

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R$ 6 ,00

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www.balcaonordeste.com.br

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Nordeste Diretor Executivo

Bernardo Henrique Tupinambá

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| Editorial

fevereiro 2017 / edição 15

Acreditemos no Brasil!

Diretor Comercial

Edio Ferreira Nelson

ANO I I - Nº 15 -JANEIRO/FEVEREIRO DE 2017 www.balcaonordeste.com.br Editor executivo Bernardo Henrique Tupinambá Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@premiatta.net) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@premiatta.net) Colaboradores Arthur Henrique S. Tupinambá Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Assistente de Arte - Juan Castellanos (producao@premiatta.net) CTRA Vídeos /Depto Audiovisual Wanderlei Castro (wanderlei.castro@premiatta.net) Fotografia Estúdio Premiatta Departamento Comercial (comercial@premiatta.net) Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@premiatta.net) Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@premiatta.net) Executivo de Contas Wanderley Klinger (wanderley.klinger@premiatta.net) Executivo de Contas Adalberto Franco (adalberto.franco@premiatta.net) Marketing On/off-line Guilherme Possari (marketing@premiatta.net) Assinaturas (assinaturas@premiatta.net) Internet/ Desenvolvimento Aryel Tupinambá (aryel@premiatta.net) (contato@premiatta.net) Financeiro Analista Financeira / Tatiane Nunes (tatiane.nunes@premiatta.net) Administrativo (contasareceber@premiatta.net) Impressão SerzeGraf Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375

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Brasil terminou 2016 com uma inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 6,29%. Resultado bem abaixo do ano anterior (10,67%) e o menor dos últimos três anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 2017, o Banco Central trabalha com uma projeção de 4,4% para a inflação oficial. Nas palavras do ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, um dos nossos entrevistados na reportagem de capa, existem riscos no Brasil, mas há muito a realizar. “Nós estamos começando a sair do fundo do poço e isso pode ser comprovado pelos resultados do PIB, que têm mostrado um horizonte de estabilidade e crescimento de 1% para este ano e cerca de 2% em 2018”, analisa. Estratégica para fabricantes e distribuidores de autopeças, a região Nordeste tem despontado nos últimos anos como uma das mais promissoras do País. E expandir no mercado local continua nos planos das empresas do setor. Ainda: com base nos resultados de 2016, entidades revelam suas projeções sobre como será o desempenho do segmento neste ano. Comemorando 48 anos de história neste mês, a Só Peças espera dobrar seu faturamento nos próximos cinco anos. A loja foi inaugurada em fevereiro de 1969, na cidade de São Luís, no Maranhão. Como Carreira, é importante que você faça diferente neste ano e busque por atitudes que

Balcão Nordeste Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes. Apoios e parcerias

No dia 10 de dezembro, na Escola SENAI Ipiranga, na capital paulista, foi realizada a grande final do GP Motorcraft 2016, que desta vez teve como ganhador o profissional Cláudio Martinasso, de São Paulo (SP), que além do título de melhor reparador automotivo independente do Brasil, conferido pela organizadora, levou para casa um Ford New Fiesta Hatch S 1.5L 0km. Na seção Perfil deste mês, o Volvo XC60 D5 2017 a diesel. A Volvo Cars apresentou em agosto do ano passado ao mercado a linha 2017 do utilitário esportivo XC60 – o modelo mais vendido da fabricante sueca no País – com uma importante novidade: o motor diesel na configuração D5, o mais potente entre seus concorrentes diretos, com 220 cv. A Autho Mix realizou nas dependências do Centro de Treinamento da Reposição Automotiva (CTRA) a aplicação do tensionador da correia dentada no motor 1.0 16V. O procedimento técnico é compatível nos modelos Peugeot 206, Renault Clio, Renault Logan, Renault Sandero e Nissan March. Por fim, novos ônibus urbanos Mercedes-Benz entram em operação na capital do Maranhão. Até o mês que vem!

CTRA na WEB

CTRA Vídeos técnicos e institucionais

Tiragem: 20 mil exemplares Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

valorizem o seu bem-estar e a realização de seus objetivos.

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Avaliação Técnica Nissan Kicks passa por avaliação no CTRA - Centro de Treinamento da Reposição Automotiva. www.ctra.com.br/videos/teste-nissan-kicks-

PREMIATTA EDITORA LTDA Tel (11): 5677.7773 ou contato@premiatta.net Jornal Balcão Nordeste Automotivo Rua Engenheiro Jorge Oliva, 111 - Térreo CEP 04362-060 - Vila Mascote - São Paulo - SP

APLICAÇÃO DO TENSIONADOR DA CORREIA DENTADA

Dica Técnica Autho Mix realiza a aplicação do Tensionador da Correia Dentada (Motores 1.0 16V - Compatível para 206/ Clio/ Logan/ Sandero/ March). www.ctra.com.br/videos/aplicacao-do-tensionador-da-correia-dentada

www.youtube.com/ctra-videos

O Editor


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Inove sua jornada empreendedora em 2017 Faça diferente neste ano e busque por atitudes que valorizem o seu bem-estar e a realização de seus objetivos Texto: Simone Kühl | Foto: Divulgação

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om a chegada de 2017 e os planejamentos já listados no ano passado, é hora de o profissional pensar em si e desenvolver novos hábitos e estratégias que aumentem seu potencial empreendedor para uma jornada de sucesso neste ano. Naiara Correa, CEO da Lemon & Co Incubadora de Franquias, explica que além das metas profissionais, é preciso ter metas pessoais e criar caminhos para atingi-los. Primeiro, precisamos ter claros os nossos objetivos e anotá-los, em seguida devemos rever nossos hábitos e pensamentos e observar se estamos ou não criando barreiras para realizar nossos objetivos. Busque o seu bem-estar Naiara orienta que o profissional exercite a meditação, inclua em sua semana um esporte para praticar, se inscreva em cursos que possam gerar relacionamento para suas metas, mude hábitos ruins de alimentação e durma com mais qualidade. “Estes são alguns dos estímulos para começar a gerar uma nova forma de criar conexões novas para o sucesso da jornada empreendedora. Não fique ‘bitolado’ na sua meta somente, mas deixe a mente fluir para que a criatividade floresça e os caminhos sejam desvendados. Nem toda a resposta virá de forma cartesiana, muitas delas chegam nestes momentos de ‘ginástica mental’”, pontua. Se conheça De acordo com Naiara, o autoconhecimento é fundamental nessa jornada. “Hoje existem várias técnicas e cursos para desenvolver este lado. Nesta escolha vale uma única regra: ache o que mais lhe faz bem - coach, terapia, curso - e mergulhe de verdade em você. As respostas já estão todas dentro de nós. Basta criar o caminho de acessá-las e para isso nada melhor que pedir o apoio profissional”, sugere. Ela comenta que um bom coach poderá dar a direção, alguns cursos destravam os conceitos mais arraigados e outros oferecem informações para validar os ideais. “Se você já tem certeza do que quer, liste alguns profissionais da área e marque um café, para falar de acertos e dificuldades que passaram. Muitas vezes um bom bate-papo abre muitos caminhos, além de ser uma ótima oportunidade de networking”, afirma. A inteligência emocional também deve ser exercitada diariamente. “Às vezes é difícil não se incomodar com desafios que surgem, mas eles passam. Uma boa estratégia é utilizar a técnica de ancoragem: toda vez que a inteligência emocional balança você pode criar algo leve de novo ao centro, para perceber que tudo, absolutamente tudo, será resolvido”, indica. A CEO ainda ressalta que algumas pessoas usam lembranças que as fazem acalmar, outras usam técnicas de respiração, outras criam uma frase “mantra” para repetir mentalmente.

“Qualquer que seja sua âncora, antes de explodir, use-a”. Administre seu tempo A organização do tempo também é uma área essencial no desenvolvimento de uma jornada empreendedora. “Escreva e priorize tudo o que precisa fazer. Muitas vezes acumulamos tudo na nossa memória ao longo de um dia, uma semana, um mês. Mas a memória falha, principalmente nos dias de hoje, onde somos acessados a todo tempo, com e-mails, alertas do celular ou computadores, redes sociais e todo o acúmulo de informações que nos são disponibilizadas. Então, se organizar é fundamental”, ratifica. No começo do dia, Naiara recomenda que o profissional liste todas as coisas que pretende fazer, em seguida que resolva as mais fáceis, que não gastam muito seu tempo ou exigem grandes esforços. “Para aquelas tarefas que exigem maior concentração, reserve um período especial, sem distração, longe de celulares e outras interrupções; após risque cada item da sua lista na medida em que conclui. Sinta o prazer de ver cada tarefa da sua lista realizada, registre esse momento; caso fique alguma das tarefas para o dia posterior, não se culpe, mas não torne isso um hábito; no dia seguinte retome esse processo. Em pouco tempo você verá um aumento expressivo na sua produtividade”. Seja diferente Outro fator importante é estar preparado para as mudanças e procurar fazer e ser diferente. “Geralmente o mundo à nossa volta não quer mudar, ‘está bom assim’, ‘sempre foi assim’ e ‘não vai mudar’, são algumas das frases mais ouvidas quando um profissional questiona atitudes da empresa em que está”, lamenta. “Mas para mudar e não deixar cair na acomodação, siga esses passos: Primeiro: Mudança exige tempo e disposição de diálogo. Logo, estimule conversa e opiniões, mesmo que sejam diferentes da sua. Segundo: Ouça as dificuldades, mas não se entregue a elas. Terceiro: Se coloque no lugar da empresa e das pessoas com a quais suas ideias divergem. Entenda o porquê de existir resistência para a mudança ou ‘ao novo’. Tente descobrir para que saiba como, aos poucos, quebrar barreiras. Chame estas pessoas para uma conversa, se coloque na posição apenas de ouvinte”, frisa. Naiara menciona que quando for questionada alguma atitude, é preciso levar sempre sugestões acompanhadas de resultados. “Fiz isso na minha área e resultou em x% de resultado, quem sabe não podemos melhorar este ponto também em outras áreas” ou “na nossa equipe. Nos reunimos todas as segundas para uma troca aberta de opiniões sobre como atingir resultados, todos saem de lá com duas atividades para executar, com isso conseguimos atingir x% de resultado”.



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Plano de ação para 2017 • Divida seu plano em áreas de atuação: Exemplo: pessoal, financeira, espiritual, familiar e saúde. • Defina poucas metas: Como sugestão - 2 no máximo por área - e factíveis. Ex.: correr uma prova de 5km ou viajar com a família para um hotel fazenda. • Determine o prazo em que deseja cumprir: Ex.: correr uma prova de 5km até março/17 ou viajar com a família para um hotel fazenda no feriado do Dia das Crianças. • Para cada meta defina de 1 a 3 ações para cumpri-las: Ex: Para correr os 5km: entrar para grupo de corrida, treinar 3 vezes por semana, comprar novo tênis. • Quantifique suas metas: quanto irá custar, posso pagar neste momento, o quanto preciso poupar para realizar? Neste momento você pode precisar priorizar algumas metas em detrimento de outras. Mas não abandone as que ficarem para segundo plano, somente crie prazos maiores.

Naiara Correa, CEO da Lemon & Co Incubadora de Franquias

• Deixe este plano de ação perto de você: num papel enrolado na carteira, no livro que lê à noite, ao lado do espelho em que você se arruma, como nota de acompanhamento do seu celular, na parede. Olhe para ele toda hora, todo dia, toda semana. Aos poucos você notará como coisas escritas e definidas por um plano de ação tendem a se realizar muito mais que coisas somente pensadas. E isso o exercitará para uma visão maior do que deseja para si no futuro. Você pode começar com um exercício mensal ou trimestral, mas aos poucos verá como é gostoso planejar e realizar metas de maior prazo.



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Nordeste continua no radar de expansão Empresas seguem investindo, ampliando negócios e até filiais, prevendo um ano de crescimento gradual Texto: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

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stratégica para fabricantes e distribuidores de autopeças, a região Nordeste tem despontado nos últimos anos como uma das mais promissoras do País. E expandir no mercado local continua nos planos das empresas do setor. “Nós estamos crescendo com nossos distribuidores atuais, e os planos de expansão são definidos junto com eles e fazem parte das estratégias conjuntas”, diz Silvio Alencar de Almeida, diretor Comercial da Dayco para a América do Sul. Segundo ele, o Nordeste tem grande importância na participação de mercado da Dayco e nos seus resultados. “Estamos presentes em todos os distribuidores regionais importantes e nos nacionais, cobrindo todos os estados. Nosso pessoal local atende todo o segmento, de distribuidores a oficinas, levando informação diariamente”, acrescenta. Ele também conta que o crescimento verificado na região Nordeste, com expansão da economia e industrialização na última década, deve continuar a levar progresso aos mais distantes pontos do País, “demandando mais transporte e por consequência a manutenção de veículos”, acrescenta. Carlos Alberto Barbosa, diretor de Vendas da Divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch Brasil, informa que o objetivo é continuar a atuar com foco nas demandas locais, ouvindo os parceiros, participando das atividades locais e discussões nos fóruns da região. “Estamos satisfeitos com os resultados no Nordeste, porém seguiremos sempre buscando crescer, reconhecendo e prestigiando os esforços de nossos parceiros”, afirma. Barbosa especifica que os negócios no Nordeste representam em torno de 10% do mercado de reposição automotiva da Bosch no Brasil. “Este é um setor importante e sua dinâmica nos desafia a inovar para continuar ampliando e intensificando nossa presença na região com todo o portfólio de soluções e ações que envolvem peças, equipamentos e serviços voltados aos distribuidores, varejos e oficinas. Temos as melhores parcerias na região e participamos ativamente das iniciativas regionais como a Autop e Autonor”. Para Rubens Campos, vice-presidente Sênior Aftermarket Automotivo - Schaeffler América do Sul, expandir o negócio é importante. Porém, tão importante quanto conquistar novos clientes é manter os negócios já concretizados. “Por isso, a nossa expectativa é continuar presente na região, por meio de visitas e treinamentos técnicos, atingindo cada vez mais profissionais. Além Silvio Alencar de Almeida, disso, nós temos um call center, no qual todas as dúvidas diretor Comercial da Dayco sobre a nossa empresa podem ser tiradas. Catálogos e para a América do Sul

literaturas técnicas também estão disponíveis com fácil acesso”, especifica. Campos avalia que o Nordeste é uma das regiões brasileiras que mais tem crescido nos últimos anos e, por consequência, de extrema importância para todos os fabricantes de autopeças. “Afinal, ela é responsável por cerca de 10% da frota veicular brasileira, com tendências a aumentar devido ao próprio crescimento da região, onde temos mais de 50 pontos de venda, representados por nossos distribuidores regionais e nacionais. O desafio da Schaeffler é estar atenta às necessidades desses clientes e oferecer sempre as melhores soluções tanto em produtos quanto em condições de fornecimento”, revela. Gerente Regional de Vendas da Tecfil, Fabio Bertini, destaca que: “o Nordeste é uma forte região dentro dos nossos negócios, com participação expressiva. Sem dúvida alguma, a área que mais se desenvolveu economicamente nestas últimas duas décadas no Brasil, e sempre fizemos questão de participar dessa ascensão de muito perto. Sem medo de errar, é uma região que podemos esperar por mais crescimento em nossas vendas”, enfatiza. E diz que a Tecfil tem uma gestão compartilhada com sua rede de distribuidores; uma cogestão que gera dinamismo na atuação comercial e a aproxima do público que decide pela escolha da marca, e um efetivo de profissionais que atende todos os estados do Nordeste. “E neste ano nós já temos definido um escopo de treinamentos para capacitar e reciclar os formadores de opinião. Vamos gerar ações promocionais com estímulo à divulgação de novos produtos, e também disponibilizando muito conteúdo nas redes sociais”. Diretor de Marketing da MTE-Thomson, Alfredo Bastos Jr., fala sobre ações na região. “Nós temos uma presença muito forte com nossos parceiros regionais, com um excelente portfólio em oferta. As ações são focadas em treinamentos como o Tec Show e os encontros técnicos que durante todo o ano estão em nossas agendas. Em nosso treinamento online também temos uma boa participação do pessoal do Nordeste”, pontua. Bastos diz que o Nordeste é um mercado importante, que hoje representa 12% da frota brasileira. “Uma frota com mais de cinco milhões de carros e mais que duplicada desde 2007. Região que teve o maior crescimento percentual da frota de todo o País. E, com o envelhecimento dessa frota, teremos uma boa expansão dos negócios nesta região”, prevê. “O Nordeste tem um terreno muito fértil para o mercado de reposição. Prova disso é o sucesso da Autop, feira que participamos em 2016 em Fortaleza (CE), e que Rubens Campos, vice-presidente nos trouxe resultados extremamente positivos. Neste Sênior Aftermarket Automotivo Schaeffler América do Sul


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com foco em nosso diferencial e nossa qualidade original, ano, nós pretendemos intensificar os contatos feitos para atingir parceiros, distribuidores e o consumidor final. durante o evento a fim de gerar ainda mais negócios O nosso desafio é intensificar o trabalho com a marca e oportunidades na região”, antecipa Eduardo Hiroshi, também com técnicos e gerente comercial da NGK mecânicos, fortalecendo do Brasil. O Nordeste é uma forte região questões como qualidade, Segundo ele, a NGK tem dentro dos nossos negócios, lançamento de produtos forte atuação no Nordeste com participação expressiva. e a excelência em peças e vê a região como um Sem dúvida alguma, a área originais que a Delphi mercado estratégico para que mais se desenvolveu oferece ao setor”. a marca. “A NGK acredita economicamente nestas Sérgio Montagnoli, que distribuidores, últimas duas décadas no Brasil, diretor de Vendas e varejistas e reparadores Fabio Bertini, gerente Regional Sérgio Montagnoli, diretor de Vendas e e sempre fizemos questão de Marketing da Nakata Marketing da Nakata Automotiva automotivos são uma de Vendas da Tecfil participar dessa ascensão de Automotiva, também extensão de seus serviços. destaca a importância da muito perto. Sem medo de errar, Por isso, nossa estratégia região Nordeste. “Ela é um é investir nesse público e é uma região que podemos dos principais mercados para a Nakata. É uma das regiões onde na sua profissionalização esperar por mais crescimento a marca é mais lembrada e reconhecida. Essa forte presença é para ampliar nossos em nossas vendas. fruto de todo o trabalho da marca construído há décadas que negócios na região”. inclui parceria com distribuidores e relacionamento com os Diretor Executivo da Fabio Bertini, gerente aplicadores”, revela. divisão de Aftermarket Regional de Vendas da Tecfil Montagnoli comenta que para expandir a participação não só da Delphi, Amaury na região Nordeste, como em todo o País, a Nakata está focada Oliveira, também destaca em ampliar linhas de produtos undercar (suspensão, freio e transmissão). “Os destaques são o Nordeste como uma região bastante estratégica. os lançamentos de linhas de transmissão para veículos utilitários e pesados, com soluções “Nós temos um time de vendas na região que trabalha completas que atendem às necessidades do mercado. Além disso, também continuamos a focado em aumentar a representatividade da marca investir em material técnico e promocional e apoio em eventos. O atendimento acaba sendo no Nordeste e em estreitar nosso relacionamento com um importante diferencial da marca que está cada vez mais próxima dos clientes”. clientes. A expectativa para 2017 é de crescimento, pois Para finalizar, o executivo antecipa que a Nakata continuará o processo de introdução de iremos introduzir linhas de produtos que antes não eram Eduardo Hiroshi, gerente Comercial da vendidas para os estados do Nordeste”, informa. novas linhas. “No Nordeste, intensificaremos a parceria com distribuidores e também estaremos NGK do Brasil presentes com ação de divulgação da marca no principal campeonato de futebol na região. E Oliveira diz ainda que o Nordeste tem um mercado para o segmento de reposição, enxergo, como oportunidade, o aumento de partnumbers para em crescimento e com muitas oportunidades. “Vamos atender a diversificada frota circulante de veículos”, finaliza. fortalecer nossa presença na região com campanhas de divulgação de nossos produtos e serviços,

Previsões para o ano... “Avaliamos que 2017 será um ano de recuperação gradual da economia. Apesar de lenta, ainda trará oportunidades para o setor de reposição automotiva que, nestes últimos anos, tem obtido bom desempenho com o aumento do volume de carros nas oficinas, buscando a manutenção, seja ela preventiva ou corretiva, e também com o crescimento da frota em reparação, proveniente da venda dos veículos novos há mais de três anos. Para a Bosch, o setor de reposição é estratégico, independentemente do cenário nacional”. Carlos Alberto Barbosa, diretor de Vendas da Divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch Brasil “Mesmo nos cenários mais adversos, com incertezas políticas e crises macroeconômicas, a Tecfil sempre cresceu. Isso revela uma interessante característica

da empresa em adaptar-se ao mercado. Acredito que 2017 será um ano desafiador, que exigirá mais das indústrias, pois existe uma grande ramificação na reposição, em diferentes expectativas de crescimento, como na linha pesada que não apresentou boa performance neste último ano”. Fabio Bertini, gerente Regional de Vendas da Tecfil “O ano deve se manter no mesmo ritmo de 2016, com a venda de carro zero sem reação e a manutenção do usado ainda aquecida. A preocupação é quanto ao crescimento do País, afetando os empregados e a renda, e isso uma hora refletiria no dono do veículo e na manutenção. Mas a frota para reposição vai crescer nos próximos anos mantendo a demanda por serviços. Em resumo, acreditamos que será um ano bom”. Alfredo Bastos Jr, diretor de Marketing da MTE-Thomson


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“2016 foi um ano desafiador para todo o setor. Acreditamos que 2017 deva marcar o início de uma retomada, ainda que lenta. Em 2016, o bom desempenho dos segmentos de reposição e exportação foi decisivo para os negócios da NGK. Por isso, começamos o ano confiantes de que estamos preparados para os mais diversos cenários”. Eduardo Hiroshi, gerente Comercial da NGK do Brasil “Para 2017 as expectativas da Delphi são as melhores. Apesar de 2016 ter sido um ano difícil para a maior parte do mercado automotivo, do lado do aftermarket foi um ano de adequação de portfólio e crescimento, para nós. Assim, para este ano, o nosso objetivo é crescer ainda mais e focar em lançamento de produtos. Muitas novidades estão vindo por aí!” Amaury Oliveira, diretor Executivo da divisão de Aftermarket da Delphi

“Afirmar que neste ano tudo estará estabilizado e em condições favoráveis de crescimento talvez seja uma visão positiva demais, mas, certamente, podemos dizer que ao que tudo indica, começaremos uma retomada na economia em nosso setor. Trabalhando com o que é tangível, a Schaeffler segue focada em desenvolver sua estratégia de crescimento global, que inclui o mercado brasileiro, trazendo soluções econômicas e sustentáveis para o futuro, focadas na mobilidade para o amanhã”. Rubens Campos, vice-presidente Sênior Aftermarket Automotivo Schaeffler América do Sul “Esperamos uma melhora, considerando que a queda da economia deve ter atingido seu máximo, e que este será um ano de estabilidade. Nosso setor que se manteve razoavelmente bem no ano de 2016 poderá almejar algum crescimento”. Silvio Alencar de Almeida, diretor Comercial da Dayco para a América do Sul “O aftermarket cresceu em 2016 e continuará evoluindo, ao contrário, de muitos setores que registraram queda. O resultado positivo é o que chamo de vento a favor, provocado pelo crescimento orgânico da frota circulante que dobrou de tamanho nos últimos 15 anos e, hoje, conta com 42,5 milhões de unidades. Estudos de consultoria internacional especializada no segmento automotivo destacam o crescimento do mercado de reposição de 4,5% ao ano até 2020, justamente porque existe a migração constante de volume de veículos que sai da garantia de fábrica e vai para a reposição. A Nakata tem como desafio crescer dois dígitos novamente, como ocorreu em 2016, apesar das condições adversas da economia”. Sérgio Montagnoli, diretor de Vendas e Marketing da Nakata Automotiva

Carlos Eduardo Monteiro de Almeida (Cacai), diretor e proprietário da distribuidora Auto Norte

O olhar dos distribuidores Para este ano, Carlos Eduardo Monteiro de Almeida (Cacai), diretor e proprietário da distribuidora Auto Norte, conta que a expectativa é consolidar o plano de expansão e abertura de

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filiais no Norte do País. “A Auto Norte se consolida como um distribuidor autenticamente nordestino. Por isso, nossas vendas são dirigidas para essa região se estendendo ao Norte do Brasil. Nós nos preocupamos muito em ser abrangentes em nossa região”, afirma. Cacai trabalha com a expectativa de um incremento de 12% nas vendas, em relação a 2016, e torce para que os entraves políticos sejam equacionados e o País volte a crescer. Sobre o mercado de reposição, ele diz que “eu não vejo novas oportunidades, mas um momento Alcides Acerbi Neto, de recuperação do segmento que sofreu em 2016 diretor Comercial da Jahu por falta de financiamento e políticas públicas”. O que há, ainda de acordo com ele, é o reflexo da queda nas vendas de veículos novos para a reparação automotiva. “Levando em conta que com a dificuldade de financiamento os usuários priorizam a manutenção de veículos usados”, acrescenta. Opinião similar tem o diretor Comercial da Jahu, Alcides Acerbi Neto, “a queda é preocupante, porém, não significa necessariamente queda da frota circulante. Sendo assim, o nosso mercado até agora apresenta crescimento, refletindo positivamente em nossos negócios”. Neto avalia que 2016 serviu para as empresas se adaptarem ao novo momento da economia e que este será o ano para colher os resultados desta reorganização. “E na reposição as oportunidades se repetem. Quem focou na reestruturação dos negócios, correções de rota e investimento em TI terá boas oportunidades de crescimento”, pontua. Por outro lado, ele cita que os principais desafios continuam sendo entender e cumprir a confusa legislação tributária que envolve o setor. “É este entendimento tributário que orienta as tomadas de decisões para contratação de funcionários, investimentos em TI e em logística, abertura de filiais em outros Estados, etc.” Sobre o mercado nordestino, Neto revela que ele continua importante para a Jahu e que a filial de Pernambuco vem apresentando crescimento e fortalecendo a participação da empresa na região. “As nossas expectativas são de crescimento e consolidação. Estamos ampliando nosso estoque regional e melhorando a logística local”, antecipa. De acordo com ele, o maior desafio em operar no Nordeste é se adaptar às características locais do mercado. “São políticas e formas diferenciadas de trabalho (a Jahu está sediada em São Paulo). Já as oportunidades são muitas. A nossa empresa possui um perfil diferenciado, o que nos abre muitas portas e traz boas oportunidades de Leandro Robson Martins Machado, diretor da Padre Cícero negócios aos nossos clientes”, conclui. Diretor da Padre Cícero, Leandro Robson Martins Machado conta que 2016 foi um ano positivo e que a empresa apresentou um crescimento na faixa de 10%, em relação a 2015. “Para este ano, o nosso foco é estar mais próximo ao cliente. Nós estamos investindo na conclusão de um centro de distribuição na região metropolitana e expandindo no Piauí com um centro de distribuição em Teresina”, especifica. Com os investimentos, a distribuidora contará com dois centros de distribuição: em Fortaleza (CE) e na capital piauiense, onde ela já tem duas lojas. “E lá só tem aumentado as nossas vendas, por isso, percebemos a necessidade de ter um centro


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de distribuição local”, explica. Conforme suas palavras, “cada vez mais, o mercado de reposição oferece oportunidades devido à crise de vendas de veículos novos e aumento de demanda para a manutenção de usados. E nós sempre vemos oportunidades, principalmente, focando nossos esforços para que não faltem mercadorias. O nosso cliente quer ser atendido de imediato”, frisa Machado. A Padre Cícero trabalha com as linhas leve, pesada e para motos, e Machado conta que um dos focos tem sido ampliar o número de itens para sistemas de ar-condicionado, segmento que eles começaram a atuar timidamente. “Nós percebemos esta oportunidade, o que foi ótimo nos resultados das nossas vendas, inclusive, contratamos profissionais dedicados a este setor e já estamos nos tornando uma referência nessa linha”, finaliza. Marcos Antonio Nunes Bezerra, diretor Comercial da Bezerra Oliveira, sediada em Fortaleza (CE), fala sobre expansão de empresa. “Iniciamos este ano com a construção de um prédio próprio no Rio Grande do Norte, onde já tínhamos filial, e hoje temos unidades também no Piauí e na Paraíba. E temos um projeto de expansão para outro estado (ainda em sigilo) no Nordeste”. Estados que, segundo ele, são semelhantes ao do Ceará. “São regiões que não são ricas, porém, se souber trabalhar bem, você consegue extrair o melhor delas”, acrescenta. Também neste ano, Bezerra conta que a distribuidora continua focada no programa Mais Varejo. “Ele foi o carro-chefe da empresa no ano passado e ele é o nosso grande diferencial”, diz.

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Atualmente, são cinco empresas participantes do programa. “E essas lojas serão inauguradas até no máximo no mês de abril. Elas não são nossas, mas de nossos clientes que estão em processo, por exemplo, de modernização ou ampliação. Isso significa dizer que, cada vez mais, eles estão focados na organização, nos serviços, e não estão olhando para a crise. Mas, sim, acreditando que há uma frota circulante que demandará manutenção e eles têm que estar preparados para atendê-la”, expõe. Fazendo um balanço de 2016, Bezerra relata que foi um ano muito bom para a distribuidora. “Embora haja uma crise instalada no nosso País, nós criamos uma empresa preparada para momentos como este. Eu diria que o nosso maior êxito é saber lidar com a crise, devido à capilaridade dos nossos serviços, sistemas e da nossa metodologia de vendas. Todas as nossas unidades terminaram o ano com crescimento”, revela. Para este ano, o diretor diz que a palavra de ordem é trabalhar. “Este será mais um ano difícil. Porém, quem tiver flexibilidade, o famoso jogo de cintura e souber trabalhar o cliente, poderá driblar as dificuldades. Nós teremos que trabalhar mais, para obter resultados semelhantes ou até melhores Marcos Antonio Nunes Bezerra, diretor que em 2016”, finaliza. Comercial da Bezerra Oliveira


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Cenário macroeconômico Indicadores Nas palavras do ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, O Brasil terminou o ano de 2016 com uma inflação oficial existem riscos no Brasil, mas há muito a realizar. “Nós estamos medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de começando a sair do fundo do poço e isso pode ser comprovado 6,29%. Resultado bem abaixo do ano anterior (10,67%) e o menor pelos resultados do PIB, que têm mostrado um horizonte de dos últimos três anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia estabilidade e crescimento de 1% para este ano e cerca de 2% em e Estatística (IBGE). 2018”, analisa. Para este ano, o Banco Central trabalha com uma projeção de E apesar do cenário ainda de crise, Nóbrega comenta que “a 4,4% para a inflação oficial que, se concretizada, será a primeira gestão de risco no País é eficiente, porque possui mecanismos vez, desde 2009, que ela ficará abaixo da meta de 4,5%. Vale de alertas, fruto do alto nível do sistema financeiro brasileiro, lembrar que somente a queda da inflação não é suficiente para que é, mundialmente, considerado superior aos dos países aquecer mercados. A economia do País precisa voltar a crescer. desenvolvidos. Prova disso é que terminaremos 2016 como Em relação à taxa básica de juros (Selic), o Banco Central prevê o 9º na economia mundial, em momentos melhores já fomos que em 2018 ela chegará a 9%. Na primeira reunião deste ano, a 6º nesse ranking, ainda assim, continuamos entre os dez decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central primeiros”, destaca. Maílson da Nóbrega, foi reduzi-la pela terceira vez seguida, de 13,75% para 13% ao ano. Sobre a solidez do mercado financeiro, ele disse que a taxa ex-ministro da Fazenda A Selic é uma taxa referencial que impacta na atividade Selic está em novo ciclo de queda e que, por enquanto, não econômica, inclusive a inflação. Quando ela é aumentada pelo há expectativa de crises cambiais e bancárias, pois no ápice Copom, o efeito esperado é conter a demanda aquecida, já que juros mais altos do impeachment o câmbio funcionou muito bem, sem traumas. “Isso significa que encarecem o crédito. E o oposto, quando há redução da taxa, a expectativa é que o nosso sistema financeiro é muito sólido”, pontuou, durante a sua apresentação no crédito fique mais barato, incentivando a produção e, consequentemente, o consumo. 2º Encontro Tree Solution para o Mercado Financeiro, realizado em dezembro pela Porém, isso também depende da taxa de inadimplência, seja de pessoa física ou jurídica. empresa de tecnologia, Tree Solution.

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Desempenho e perspectivas Um retrato do comércio no Rio Grande do Norte, nas palavras do presidente da Fecomercio, Marcelo Fernandes de Queiroz Texto: Karin Fuchs | Foto: Divulgação

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m entrevista exclusiva ao Jornal Balcão Nordeste Automotivo, Marcelo Fernandes de Queiroz, presidente da Fecomercio RN, fala sobre resultados e previsões para este ano e como o comércio em sua região está se reinventando para superar quedas nas vendas. A começar pela análise de 2016. “Os números oficiais mais atualizados de que dispomos dizem respeito às vendas de novembro. Assim, podemos dizer que 2016 foi o pior ano da história para o comércio. Naquele mês, a queda foi de 5,8% sobre novembro de 2015. Com isso, já tínhamos uma queda acumulada no ano de 10,2% em relação ao mesmo período de 2015. Amargamos uma sequência de incríveis 17 meses de retração. Tivemos, em 2016, dois dos três piores desempenhos para um único mês em toda a nossa história. Foram 13,2% de queda em julho e 12,4% em janeiro”, conta o presidente. Para 2017, afirma ele, “acredito que temos um caminho longo a ser percorrido pelos poderes públicos na reconstrução da economia e na retomada do crescimento. Somente assim poderemos voltar a registrar incremento nas vendas. Apostamos numa retomada, mas muito tímida, na casa dos 0,5% a 1% na atividade econômica, com reflexo direto e proporcional nas vendas, que ainda não devem registrar incremento, mas, pelo menos, devem cair menos”. Queiroz também falou sobre oportunidades e desafios. “Nas dificuldades sempre surgem oportunidades. O que eu tenho dito é que uma das poucas coisas boas deste momento de tantas

turbulências na economia é que as empresas estão, como toda a população, aprendendo a fazer mais com menos, a otimizar recursos e pessoal. E isso é uma lição que levaremos para sempre conosco. Este será o grande legado de toda esta crise, a meu ver”. E sobre como o comércio tem atuado para contornar momentos de turbulência, Marcelo Fernandes de Queiroz, o presidente diz que otimizando recursos presidente da Fecomercio RN e pessoal. “Hoje, as empresas estão sendo obrigadas a racionalizar tudo. Cada real do consumidor, do cliente, ficou muito mais difícil de se conquistar. Então, reduzir custos para poder ser competitivo e oferecer preços melhores e condições diferenciadas são os grandes segredos. Só que isso, no Brasil, não é nada fácil. Temos uma estrutura fiscal, contábil e tributária muito intrincada e uma legislação trabalhista que trava fortemente as relações das empresas com os colaboradores. Isso é uma das coisas que precisa mudar, urgentemente”.



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Previsões para Com base nos resultados de 2016, entidades revelam suas projeções sobre como será o desempenho do setor neste ano Texto: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

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e acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, o balanço final da indústria automobilística brasileira em 2016 apresentou um resultado negativo, o licenciamento de autoveículos no ano passado foi de 2,05 milhões de unidades, com queda de 20,2% ante as 2,57 milhões de unidades vendidas em 2015. No entanto, mesmo com essa queda, a entidade destacou que dezembro foi o melhor mês do ano, onde foram negociados 204,3 mil autoveículos, crescimento de 14,7% ante as 178,2 mil unidades de novembro e baixa de 10,3% se comparado com as 227,8 mil de dezembro de 2015. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, vários fatores contribuíram para este desempenho: “O primeiro é a confiança em baixa, em razão da instabilidade política vivida pelo País, que fez investidores e consumidores adiarem suas decisões. O segundo é o acesso ao crédito, resultado da conjuntura socioeconômica, que tornou as instituições financeiras muito seletivas na hora da concessão. A consequência disso foi que a participação de vendas financiadas no total do Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave licenciamento atingiu os patamares mais baixos da série histórica”, conta.

Expectativas A Anfavea estima aumento de 4,0% no licenciamento de autoveículos em 2017: a expectativa é de comercializar 2,13 milhões de unidades. No caso das exportações, novo aumento é esperado: 7,2%, o que totaliza 558 mil unidades enviadas para outros países. A previsão de produção é de 2,41 milhões de unidades, 11,9% acima do registrado em 2016. Na visão de Antonio Megale, presidente da Anfavea, existem diversas razões para acreditar em crescimento: “A conjuntura macroeconômica indica fatos positivos, como aumento do PIB, inflação convergindo para o centro da meta, reduções contínuas Antonio Megale, da taxa básica de juros e estabilização do dólar. Além disso, presidente da Anfavea a PEC do teto dos gastos já está aprovada, algumas medidas econômicas foram anunciadas, vivenciamos estabilização do ritmo de vendas e teremos uma base baixa de comparação. Ao juntar todos estes fatores, acreditamos em uma reação sequencial, que passa pela retomada da confiança tanto do consumidor quanto do investidor, reaquecimento do consumo e abertura gradual da concessão de crédito”, prevê. A previsão da entidade para o setor de pesados também é de crescimento das vendas em 6,4% contra 2016. Com isso o segmento deverá encerrar o ano com 65,6 mil unidades vendidas. A projeção de exportações do mercado é de 34,4 mil unidades, elevação de 10,0%. Assim, a produção deverá ser de 100,0 mil, um aumento de 26,1%. Para o setor de máquinas agrícolas e rodoviárias, a Marcos Fermanian, projeção é de alta das vendas internas em 13,0% – serão presidente da Abraciclo 49,5 mil unidades em 2017. As exportações também serão 6,0% superiores: 10,2 mil unidades. E a fabricação de novos

produtos será de 59,6 mil unidades este ano, alta de 10,7%. Já para o segmento de duas rodas, Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, comenta que em 2017 a expectativa é que o setor atinja resultados similares aos do ano passado. “Além disso, acreditamos que a realização do Salão Duas Rodas, o maior evento do mercado de motocicletas, deverá contribuir para estimular os negócios no segundo semestre”.

Emplacamentos e crescimento Conforme o levantamento realizado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, Fenabrave, os emplacamentos de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos) apresentaram queda acumulada de 20,29% em 2016, no comparativo com 2015. Ao todo, foram emplacadas 3.174.625 unidades em 2016, ante as 3.982.765 registradas no ano anterior. O presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, avaliou 2016 como “o pior da história da distribuição de veículos no Brasil nos últimos 11 anos”. Segundo Assumpção Júnior, “este foi um dos setores da economia que mais sofreu com a crise econômica e política do País. O mercado retroagiu a volumes equivalentes aos anos de 2005 e 2006. Este resultado deve-se a fatores já comentados ao longo do ano passado, como a queda acentuada do PIB, incertezas geradas pela política, desemprego, baixo índice de confiança do consumidor e de investidores, entre outros”, argumenta. Para o presidente da Fenabrave, as incertezas nos cenários político e econômico, presentes em 2016, afetaram, diretamente, a concessão de crédito, fundamental para a distribuição automotiva. “Dificuldades como essas, agregadas ao baixo índice de confiança, fizeram com que as famílias e as empresas se retraíssem em relação ao consumo, o que retarda a tomada de decisão para a compra de veículos novos”, completou Assumpção Júnior. Com base nos estudos realizados pela Fenabrave, o setor como um todo deverá apresentar crescimento moderado em 2017, chegando a 3,11% para todos os segmentos somados. Para os mercados de automóveis e comerciais leves, a expectativa é de alta de 2,4% sobre os resultados. Já para caminhões e ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 3,15%, sendo 2,8% para caminhões, 4,40% para ônibus e 7,08% para implementos rodoviários. O setor de motocicletas, que passa por sucessivas quedas desde a crise de 2008, deverá apresentar alta estimada em 4,04%. Para tratores e máquinas agrícolas, a previsão é chegar a um crescimento de 13,5% em 2017, reforçado pelos bons resultados do agronegócio no País. Importação As dezoito marcas filiadas à Associação Brasileira das

José Luiz Gandini, presidente da Abeifa


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Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, Abeifa, comercializaram, em 2016, 35.852 unidades, total 40,2% inferior as 59.975 unidades vendidas em 2015. As projeções iniciais, anunciadas em janeiro, indicavam 39 mil unidades para o ano de 2016. “Infelizmente, não conseguimos sequer atingir as vendas projetadas em janeiro de 2016 porque, independentemente da instabilidade politico/econômica do País, estamos contingenciados pela alíquota extraordinária de 30 pontos percentuais no IPI e limitados à cota com teto máximo de 4.800 unidades/ano sem a sobretaxa”, argumenta José Luiz Gandini, presidente da Abeifa. Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças “Em permanecendo essa política restritiva ao setor de veículos importados, nossas primeiras projeções para este ano indicam 25 mil unidades, ou seja, teremos de nos restringir às vendas dentro da cota sem os 30 pontos percentuais do IPI. Caso queiramos vender mais do que a cota, certamente os importadores terão prejuízo a cada unidade comercializada”, complementa. “Por isso, volto a insistir que os nossos pleitos pelo fim dos 30 pontos percentuais no IPI precisam ser atendidos, para que possamos recuperar especificamente o setor de veículos importados. Mas, por ora, mantemos o pleito de ao menos a liberação das cotas não utilizadas por outras marcas em 2016. Com esta alteração não há benefícios fiscais, pois as cotas existem e não estão sendo utilizadas por algumas marcas que perderam seus canais de distribuição ou encerraram suas atividades ou até foram descredenciadas do Inovar-Auto, portanto sem qualquer renúncia fiscal. Com esta simples alteração, não corremos o risco de gerar mais desemprego no segmento com o fechamento de mais concessionárias e com certeza aumentaremos nossos recolhimentos de tributos aos cofres públicos, mas sobretudo estaremos em consonância com a agenda positiva que o governo Temer deseja estabelecer para o País”, enfatiza Gandini.

mercado | 15 Retomada da economia Na opinião do presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, o setor de autopeças vive nestes últimos anos a pior crise de sua história, com enormes quedas nos volumes de produção. “Temos problemas relacionados à falta de competitividade, na maior parte das vezes devido a fatores que estão fora do controle das empresas, como por exemplo burocracia, elevado custo financeiro e falta de infraestrutura. E temos elevada dependência do mercado doméstico pela falta de integração do Brasil ao mundo”, aponta. “Nossa expectativa é que o País enfrente com rapidez a agenda da governança fiscal, fundamental para a Elias Mufarej, coordenador do retomada do crescimento e, na sequência, dê atenção GMA e conselheiro do Sindipeças a medidas que aumentem a competitividade do setor, seu adensamento e a sua integração internacional. Há sinais de melhoria das expectativas, mas ainda não vemos reação dos volumes. Esperamos que em breve essas expectativas tornem-se realidade. Segundo projeções do Sindipeças, feitas em novembro do ano passado, o faturamento nominal do setor em 2016 foi de cerca de R$ 63 bilhões, com queda de 4,5% sobre o registrado em 2015. Espera-se pequena recuperação em 2017, de 2,7%, para um faturamento nominal de R$ 64,7 bilhões”, emenda. Para Elias Mufarej, coordenador do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva) e conselheiro do Sindipeças, o cenário do mercado de reposição para 2017 ainda não está definido devido às incertezas na política e economia. Contudo, para a reposição há um fator relevante e favorável: a frota circulante que está nas ruas e mais entrantes que saem da garantia devem movimentar o mercado. “Portanto, esperamos que, para a reposição, seja um ano positivo no que diz respeito à linha leve, pois o segmento de pesados depende da retomada mais forte da economia”, conclui.


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Mercado de reposição

Varejo Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional. Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças De acordo com o presidente do SindirepaNacional e do Sistema Sincopeças/Assopeças MA, Antonio Rosa, o ano que passou apresentou (Ce), pontua 2016 como um ano histórico para resultados promissores, contudo ainda há o País. “A crise política e econômica trouxe muito a ser melhorado. “No Maranhão temos também uma crise social e, principalmente, uma a informalidade em nosso setor e a falta perda de confiança do mercado e dos próprios de fiscalização. E se não bastasse, tivemos empresários e gestores. Apesar disso, a crise se aumento da tarifa de energia elétrica e aumento mostrou um palco de oportunidades. A queda na do imposto do ICMS, aprovado na assembleia venda de veículos novos, por exemplo, deu fôlego legislativa do nosso Estado. O grande problema ao setor de reposição, já que a procura por peças é que quando aumenta o imposto, aumenta o de reposição aumentou”. salário de funcionários e os preços quase que Ranieri Leitão, Antonio Fiola, presidente do Sincopeças Nacional presidente do Sindirepa Nacional No Ceará, o Sistema Sincopeças/Assopeças desabam, não conseguimos concorrer com a e do Sincopeças-Ce (CE) também saiu vitorioso. Realizamos com informalidade, não conseguimos repassar esses bastante êxito, mais uma edição da Autop, segundo custos para o cliente melhor evento automotivo brasileiro, além de fóruns e devido à crise política e econômica do nosso País. Aliás, seminários com grandes palestrantes nacionais, como algumas empresas tiveram que cortar gastos e acabaram Clóvis de Barros; Marco Antônio Villa; Leandro Karnal, por fazer demissões. E cresce entre os desempregados O primeiro semestre não Mário Sérgio Cortella e Bráulio Bessa. os que decidem abrir a sua própria oficina, causando deve ser muito diferente Em seu ponto de vista, a expectativa neste ano aumento de novas empresas no nosso segmento. Com do cenário de 2016 e as é de seguir em crescimento, mas com cautela. “O isso, posso afirmar que a mão de obra que andava novas políticas econômicas, primeiro semestre não deve ser muito diferente do escassa por aqui, hoje está sobrando. Quanto a este apesar de promissoras, cenário de 2016 e as novas políticas econômicas, ano, basta buscar meios para continuar a se manter e ainda não surtiram os apesar de promissoras, ainda não surtiram os efeitos torcer para que o cenário nacional possa reagir com mais efeitos esperados. esperados”, prevê. otimismo”, argumenta. Além dos cursos e treinamentos visando a capacitação Pedro Paulo de Medeiros Moraes, presidente do Ranieri Leitão, do setor, a programação do SSA-CE para 2017 contará Sindirepa-PE, também comenta que o mercado da presidente do Sincopeças com o V Encontro Assomotos, as feiras de negócios reparação automotiva tem muito a crescer nos próximos Nacional e do Sistema regionais Cariripeças e Nortepeças e o V Seminário anos, entre os motivos que aponta para este crescimento Sincopeças/Assopeças (Ce) Automotivo do Nordeste, que deverão movimentar o estão: as baixas vendas de carros novos, um número segmento automotivo no Estado. grande de veículos saindo de garantia e por fim o aquecimento nas vendas de veículos usados. “No instante Reparação em que o proprietário de um veículo seminovo percebe Para o setor de reparação de veículos que que não pode trocar o seu carro, ele certamente fará a opção de botar em dia a atende a frota em circulação, 2016 foi um ano manutenção do seu veículo usado para continuar de trabalho e movimento nas oficinas, já que usufruindo com segurança. O momento é muito muitas pessoas decidiram postergar a troca oportuno para que os empresários da reparação do veículo por um novo e tiveram de fazer a repensem seus negócios e façam o dever de manutenção no usado. “Com isso, estima-se casa, que compreende: capacitar e certificar que houve um aumento de 10,5%, segundo o seu quadro de funcionários não apenas os pesquisa realizada na Grande São Paulo em seus produtivos e técnicos operacionais, mas relação a 2015. Considerando o atual cenário também o seu administrativo financeiro; e rever econômico e as vendas de carros novos seus conceitos ambientais e comportamentais, ainda em patamares semelhantes a 2016, a pois o mercado e o mundo têm buscado e reparação deve se manter no mesmo ritmo, cobrado a cada dia boas práticas e excelência Antonio Rosa, com oportunidades devido à procura por profissional. Agindo desta forma certamente o Pedro Paulo de Medeiros Moraes, presidente do Sindirepa-MA serviços”, enxerga Antonio Fiola, presidente do ano de 2017 será promissor”, finaliza. presidente do Sindirepa-PE



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Referência no Maranhão Comemorando 48 anos de história neste mês, Só Peças espera dobrar seu faturamento nos próximos 5 anos Texto: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

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naugurada em fevereiro de 1969, na cidade de São Luís, no Maranhão, a Só Peças se destaca hoje como um dos melhores varejos na região, atendendo a cidade e as regiões metropolitanas através de um vasto portfólio de reposição. A autopeça foi fundada pelo Sr. Francisco Gonçalves, que hoje, aos 81 anos de idade, acompanha diariamente a movimentação de suas duas lojas, atualmente administradas por seus filhos João Gustavo, Lucio André e Franki Davisom. Diferenciais e serviços De acordo com Fabio das Chagas Carvalho, consultor de Vendas e Relações Comerciais, apesar do estado do Maranhão não ser tão reconhecido e rico, possui uma frota muito grande quando comparado ao número de habitantes, e a autopeça tem se consolidado na região.“A Só Peças oferece entrega imediata, assistência técnica e pós-vendas, além de treinamentos mensais. Buscamos juntamente com nossos parceiros, que nos dão uma base concreta de conhecimento e nos aproximam das grandes indústrias automotivas, proporcionar o aprimoramento dos profissionais”, comenta. A loja A autopeça atende todas as linhas de reposição com

exceção de pneus e câmaras de ar, uma vez que seu principal foco são as peças de reposição. “Nosso público agrega frotista, lojista, aplicador de peças e até mesmo consumidor final. Atendemos todos, sem exceções, desde que estejam adimplentes no mercado”, informa. Para se manter atualizada às tendências e novidades do mercado, a Só Peças realiza a atualização constante de seus colaboradores, através de cursos, em que aborda a inovação e os detalhes técnicos dos produtos.

Só Peças Endereço: Quadra 220, loja 05, Av. Guajajaras, 17 - São Cristóvão, MA Horário de funcionamento: 8h às 18h Telefone: (98) 3133-6121 Quantidade total de colaboradores e motoboys: 47 colaboradores e 8 motoboys

Próximos investimentos Sobre o ano passado, Carvalho revela: “Seria demagogia relatarmos que a crise que o nosso País sofre não iria nos afetar em algum aspecto, porém temos atravessado sem maiores prejuízos, acreditando sempre no nosso crescimento contínuo. As perspectivas são as melhores, apesar da crise. Almejamos para 2017 um bom crescimento e para os próximos cinco anos esperamos dobrar nosso faturamento”. Considerando a importância de ser estar presente no ambiente on-line, Carvalho também comenta que as mídias sociais estão entre as principais atividades no momento e que o varejo tem trabalhado no sistema de vendas virtuais.





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Volvo XC60 D5 2017 diesel

Motor suave, silencioso, econômico e potente são algumas das características do modelo testado por nossa equipe de reportagem

Texto: Silvio Rocha / Colaboraram: Simone Kühl e Wanderlei Castro / Fotos: Estúdio Premiatta / Divulgação

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Volvo Cars apresentou em agosto do ano passado a linha 2017 do utilitário esportivo XC60 – o modelo mais vendido da fabricante sueca no País – com uma importante novidade: o motor diesel na configuração D5, o mais potente entre seus concorrentes diretos, com 220 cv. A montadora aposta no motor a diesel como um importante motor

Dianteiro, cinco cilindros em linha, 2.400cm³ de cilindrada, 16V, turbodiesel, com injeção direta de combustível, que desenvolve potência máxima de 223cv a 4.000rpm e torque máximo de 44,8kgfm de 1.500rpm a 3.000rpm

diferencial para veículos dessa categoria no Brasil, por agregar imagem de robustez e baixo consumo de combustível. A robustez do propulsor – de 2,4 litros, turbodiesel e cinco cilindros – é também acompanhada de muita força. São 440 N.m de torque máximo alcançados entre 1.500 e 3.000 rpm, além de economia de combustível. Dados do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), indicam que o XC60 D5 consome 9,5 km/l na cidade e 12,4 km/l em estrada. Com um tanque de 70 litros, o modelo pode atingir 868 quilômetros de autonomia. O XC60 D5 está equipado com sistema de tração integral AWD com diferencial central de acoplamento viscoso, que distribui a força do motor para as quatro rodas em qualquer circunstância e condição de uso. No caso de perda de aderência, por exemplo, o torque enviado às rodas varia de acordo com a necessidade, o que mantém a dirigibilidade de referência do modelo. O utilitário esporte é provido ainda com transmissão automática Geartronic de seis velocidades e paddle shift. Atraente e competitivo Na linha 2017, o XC60 D5 é oferecido em duas versões de acabamento, Kinetic e Momentum, seguindo a nomenclatura global da Volvo Cars. O modelo apresenta acabamento refinado em seu interior, caracterizado por diversas opções de cores combinadas, e é atraente em vários sentidos.

Ficha técnica

Volvo XC60 D5 Kinetic Motor Designação: D5/ Diesel Arquitetura do motor: 5 cilindros em linha Sistema de tração: Tração integral AWD Potência máxima: 220 cv Torque máximo (N.m.): 440

Dimensões Comprimento: 4.644 mm Largura: 1.891 mm Altura: 1.713 mm Distância entre-eixos: 2.774 mm

Capacidades Porta-malas: 495 litros Tanque de combustível: 70 litros


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Válvula EGR

Filtro de óleo

Painel

A válvula de recirculação dos gases de escape (EGR, na sigla em inglês) direciona os gases do escape para as câmaras de combustão em regimes pré-determinados de funcionamento, com o objetivo de reduzir a temperatura da combustão e, consequentemente, a formação do óxido de nitrogênio

O elemento filtrante do óleo do motor é do tipo convencional e não requer ferramenta especial para substituição

O painel é revestido com material emborrachado, agradável ao toque; os comandos estão bem posicionados; os instrumentos analógicos e digitais são de fácil visualização; a central multimídia conta com GPS, Bluetooth, entradas auxiliares, USB e iPod, comandos de voz e emparelhamento fácil com o celular e acesso à internet

Banco dianteiro elétrico com memória para o motorista, arcondicionado digital de duas zonas com sistema de controle de qualidade do ar multiativo (Clean Zone), espelhos retrovisores elétricos retráteis com desembaçador e memória, faróis de xênon com acendimento automático e controle direcional ativo, luzes sinalizadoras dianteiras de LED e piloto automático são alguns dos equipamentos de série. A versão Momentum inclui banco com regulagem elétrica também para o passageiro, painel de instrumentos digital de 8” com três modos de tela, teto solar elétrico, câmera traseira de estacionamento, além de suporte lombar com regulagem elétrica do assento dianteiro e sistema de navegação por GPS (com mapas em 3D e informações de tráfego em tempo real). O sistema de entretenimento do novo modelo da montadora de origem sueca é igualmente completo, contando com display central com tela de 7” e DVD player. Para se ter uma ideia da intensidade sonora, o áudio de alta performance é reproduzido em 8 alto-falantes. Segurança e tecnologia Além do amplo pacote de equipamentos, o XC60 D5 prima pela segurança de seus ocupantes e oferece de série o City Safety, um sistema de assistência ao condutor para evitar ou reduzir colisões com o veículo da frente em velocidades reduzidas. Ao detectar a falta de reação do motorista a uma possível colisão, o sistema aciona imediatamente os freios até a parada total do automóvel. O modelo é também equipado com seis airbags, controle avançado de estabilidade (ASC), controle dinâmico de estabilidade e tração (DSTC), monitoramento de pressão dos pneus e sistemas de proteção contra lesões na coluna cervical e de impactos laterais.

O banco traseiro conta com Isofix para fixação de cadeiras infantis e assentos integrados para crianças. O XC60 D5 se beneficia da tecnologia de última geração ao disponibilizar o Volvo On Call, um serviço de segurança, proteção e conveniência, que dispõe de um aplicativo para smartphone e smartwatch que conecta o motorista ao seu veículo. O Volvo On Call está integrado ao sistema Sensus Connect, uma solução completa de entretenimento e conectividade. Reconhecido por sua sofisticação, luxo e segurança, o XC60 D5 é oferecido na rede de concessionárias da marca no Brasil ao preço de: R$ 219.950,00 na versão Kinetic e R$ 246.950,00 na Momentum. Para completar, em 2016, a Volvo comercializou 2.144 unidades do XC60, o que corresponde a 62% das vendas da marca no Brasil. Serviços Volvo De acordo com os consultores técnicos da Volvo Autostar de Santo Amaro, na capital paulista, César Russo e André Luiz, o atendimento ao cliente que vai à concessionária sempre é feito por uma dupla de mecânicos, desta forma enquanto um técnico conversa com o cliente, outro já realiza a vistoria no veículo. A versão diesel avaliada foi o modelo inicial XC60 D5 Kinetic, a versão topo de linha da marca na opção diesel é o XC60 D5 Momentum. O veículo a diesel oferece mais autonomia ao cliente e pode chegar a 900 km com um tanque de combustível. No teste de performance foi observado que apesar de o modelo ser diesel, o nível de ruído é muito baixo, o que passa a impressão de dirigir um carro a gasolina. Além disso, a versão conta com o sistema StarStop, que desliga o motor quando o veículo está parado.

No entanto, os técnicos comentam que o veículo é desligado de acordo com a temperatura para não sobrecarregar a bateria. A primeira revisão é feita com 10 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. Suspensão e Freios

A suspensão dianteira é independente, McPherson; e traseira é Multilink e barra estabilizadora. Os freios são a discos ventilados na dianteira e na traseira têm sistema ABS, Distribuição da Força de Frenagem (EBD) e Assistência de Frenagem de Emergência (BAS)

Para assistir a avaliação deste veículo, acesse o nosso canal no Youtube - CTRA Vídeos www.youtube.com/ctra-videos


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Notas

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Texto: Redação | Fotos: Divulgação

Ford inaugura centro de distribuição de exportação de peças na Bahia A Ford inaugurou um centro de distribuição de exportação de peças produtivas na Bahia, na cidade de Simões Filho, com instalações de padrão internacional para agilizar o envio de itens locais para sete fábricas da marca no mundo. Com ele, a Ford torna-se a primeira montadora automotiva no Nordeste a usar o novo conceito de exportação, em que todo o processo é feito dentro de uma área alfandegada. Esta é a segunda instalação da Ford a usar o novo sistema. A primeira começou a operar no mês de agosto do ano passado, o centro de distribuição de Suzano (SP).

Sistema Sincopeças Assopeças (Ce) promove curso de Qualidade na Gestão do Setor Automotivo A instrutora Sandra Jucá (Saron Consultoria e Treinamento Empresarial-foto abaixo) ministrou o curso Qualidade na Gestão do Setor Automotivo, promovido pelo Sistema Sincopeças Assopeças Ceará, entre os dias 23 e 27 de janeiro. O programa abordou assuntos como: relacionamento interpessoal, comunicação eficaz e direcionada, controle de preocupações e estresse, venda de ideias e fazendo bons negócios e etiqueta corporativa e postura profissional.

Grupo Universal/Univel apresenta 1º e-commerce B2B de reposição de peças automotivas O Grupo Universal/Univel implantou o 1º e-commerce B2B do setor de reposição automotiva. O lançamento foi realizado na presença física de 44 profissionais de 22 importantes players e clientes do Grupo Universal/Univel de todo o Brasil, na sede da empresa, em Osasco (SP), quando assistiram a uma apresentação ao vivo do novo canal de vendas online. O e-commerce está disponível a todos os clientes para compras desde 10 de fevereiro de 2017. www.universalautomotive.com.br

Monroe Axios retoma comercialização de bandejas para a suspensão

Sincopeças-Pe anuncia Convenção Coletiva de Trabalho e a realização de treinamento

Automec 2017 investe em espaços para o conhecimento e aprimoramento técnicos

A Monroe Axios reinicia, a partir deste mês, a comercialização da linha de bandejas Monroe Axios no segmento de reposição. As peças, que também trazem buchas da empresa referência no mercado na produção de borrachas e metais para a suspensão, chegam ao aftermarket com 29 produtos que contemplam veículos da Volksvagen, Fiat, Ford e General Motors. As bandejas são componentes que ligam a estrutura do carro à coluna do amortecedor, incluindo a roda do veículo. São elas as responsáveis pela movimentação dessa parte da suspensão.

A Automec, que acontecerá na capital paulista, de 25 a 29 abril, no São Paulo Expo Exhibition&Convention Center, reserva aos visitantes, na sua 13ª edição, uma série de atividades voltadas para a capacitação e conhecimento técnicos aos profissionais do setor e aos visitantes interessados. Estão programadas para acontecer no decorrer da feira atividades como palestras gratuitas e espaços específicos destinados aos profissionais do varejo, como a Loja-Modelo, em parceria com o Sincopeças, e da reparação, a Oficina-Modelo.

O Sindicato informa às empresas do comércio de peças, pneus, ar-condicionado para veículos, auto-serviços para veículos automotores e ciclomotores, de Olinda, que foi registrada a Convenção 2016/2017. Mais informações no site do sindicato: www. sincopeçaspernambuco.com. Por fim, a Eropeças promoveu a Palestra “Tecnologia em Arrefecimento” com o consultor Alexandre Costa (foto), diretor da Alpha Consultoria, nos dias 14 (SindilojasCaruaru) e 16 (Senac UTV-Recife).



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| montadora

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Novos ônibus urbanos Mercedes-Benz entram em operação na capital do Maranhão Marca obteve mais de 80% de participação em licitação para compra de 176 ônibus Texto: Redação | Fotos: Divulgação

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sistema de transporte de condução econômica, quanto de coletivo urbano de São operação dos ônibus articulados”, diz Luís, capital do Maranhão, Walter Barbosa, diretor de Vendas e conta agora com 148 novos ônibus Marketing de Ônibus da MercedesMercedes-Benz, que entraram Benz do Brasil. “Além disso, a imagem em operação no mês de janeiro. de qualidade e a tradição dos nossos A marca obteve mais de 80% de produtos no Maranhão e no Nordeste participação no atendimento a uma contribuíram para que esse pool de licitação realizada no final de 2016 empresas decidisse renovar a frota para aquisição de 176 unidades para com os veículos Mercedes-Benz”, renovação e ampliação da frota, tendo complementa. em vista a melhoria da qualidade do Walter Barbosa, diretor de Vendas e serviço prestado à população. Mercedes-Benz lidera as vendas de Ônibus da MercedesSeis empresas de São Luís Marketing de ônibus no Nordeste Benz do Brasil adquiriram 92 chassis OF 1724, A Mercedes-Benz vem ampliando sua entre versões com suspensão pneumática e metálica, presença no Nordeste do País, onde é líder destacada 34 unidades do modelo OF 1721 com suspensão nas vendas de ônibus. Em 2016, foram emplacadas pneumática, 19 articulados O 500 MA e três chassis na região 1.018 unidades, o que levou a marca a de microônibus LO 916. alcançar uma participação de 51%, o que significa 3 “Essa expressiva venda é resultado de um forte pontos percentuais a mais sobre os 48% obtidos no trabalho de demonstração de ônibus em situação real ano anterior. Capitais como São Luís, Salvador (BA), do sistema de transporte e de treinamentos Natal (RN), Recife (PE) e João para os motoristas, tanto Pessoa (PB) renovaram recentemente suas frotas de ônibus urbanos com forte participação de chassis MercedesBenz, atestando essa liderança local. Com a venda de 148 chassis às empresas de São Luís, a MercedesBenz também reafirma sua liderança de mercado na cidade, tendo alcançado, em 2016, uma participação de 64%. A Mercedes-Benz confirmou ainda a

posição de líder absoluta e tradicional nas vendas de ônibus no Brasil. “Em 2016, nossa marca obteve 73% de participação no segmento urbano acima de 8 toneladas, com 4.593 unidades emplacadas”, conta Walter Barbosa. “Considerando o mercado total de ônibus, acima de 8 toneladas, a participação é superior a 58%, com emplacamento de 6.067 unidades no ano passado. Isso significa 5,9 pontos percentuais a mais em relação aos 52,5% do mesmo período de 2015”, finaliza. Atendimento especializado e diferenciado a clientes de ônibus O aumento de market share da Mercedes-Benz no Nordeste atesta o êxito do trabalho intenso que a Empresa desenvolve na região para maior aproximação com os clientes do segmento de ônibus. Isso inclui, por exemplo, o atendimento especializado dos concessionários Center Bus, que oferecem uma estrutura voltada exclusivamente para ônibus, na qual os clientes encontram uma equipe de profissionais treinados para essa finalidade, com gerentes, vendedores e assessores ao frotista. Por meio do Center Bus – no Nordeste, são quatro unidades – é dado todo apoio ao cliente, desde o processo de vendas até o treinamento de seus motoristas e mecânicos, além da disponibilização de oficinas volantes, devidamente equipadas para atender às necessidades de assistência técnica dos frotistas onde eles precisarem. O atendimento e a assistência especializada de toda a Rede de Concessionários ampliam ainda mais as vantagens oferecidas aos clientes. Por meio da Rede, eles têm à disposição três linhas de peças de reposição (Mercedes-Benz, RENOV e Alliance), contratos de manutenção, assistência 24 horas e diversos outros produtos e serviços. Isso contribui para que as empresas obtenham a maior disponibilidade possível de seus veículos, trabalhando e gerando mais rentabilidade.



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Texto: Redação | Fotos: Divulgação

MAN Latin America diversifica negócios com caminhões usados O segmento de caminhões usados tem ganhado mais destaque nos negócios da MAN Latin America. Em 2016 a empresa adquiriu 541 veículos seminovos, originários de negociações envolvendo a troca de caminhões novos. O volume é 80% superior ao de 2015. O modelo de negócio ganhou força devido à crise econômica no País, já que os clientes que desejam renovar sua frota contam com usados que podem ser utilizados como parte do pagamento.

Cummins Brasil amplia fornecimento de motores para Jacto A Cummins Brasil vai equipar o Uniport 2530, pulverizador automotriz da Jacto. Dotado de motorização QSB 4.5 de 195 hp, resultado de trabalho dedicado pela engenharia ao entregar um produto com mais potência e tecnologia, sob medida, e adequado à legislação de emissão MAR-I. Assim, o Uniport 2530 será oferecido com a motorização Cummins QSB 4.5, que recebeu alterações da potência, elevando a entrega de mais 20 hp.

Linha pesada necessita da coifa protetora de barras de direção Uma das falhas graves que pode acontecer na segurança em barras de direção, para veículos pesados, é quando a coifa protetora da mesma se rompe, com isto ocorre a contaminação da graxa lubrificante por impurezas. É importante verificar a cada 5.000 Km se a coifa não está rasgada em toda a sua circunferência, e também verificar se o produto não tem folga. Mais dicas estão disponíveis no canal da Nakata no YouTube www.youtube.com/componentesnakata ou no site www.nakata.com.br.

Banco Mercedes-Benz encerra 2016 no topo do ranking de repasses do Finame

Scania participa da primeira operação com comboio 100% autônomo no mundo

Segundo coletiva de imprensa, que teve, entre outros executivos, a presença do presidente do Banco MercedesBenz, Bernd Barth (foto), a instituição financeira conquistou, em 2016, o primeiro lugar no ranking de liberação de repasses do Finame. Para se ter uma ideia, no ano passado foram liberados R$ 1,56 bilhão para financiar a compra de 11.473 veículos pesados. Esse montante é 2,6% superior ao registrado em 2015, que foi de R$ 1,52 bilhão.

A Scania vai executar a primeira operação de comboio de caminhões totalmente autônomos. Os veículos trafegarão em estradas públicas transportando contêineres entre terminais portuários de Singapura. O objetivo é organizar comboios de quatro caminhões e automatizar os processos de transporte. A organização é do Ministério dos Transportes e da Autoridade do Porto de Singapura (PSA Corporation) e também conta com a participação da Toyota.

Novos pistões de aço serão apresentados para o segmento OEM Premium A KS Kolbenschmidt, marca mundial no fornecimento de peças motor que faz parte da divisão Rheinmetall Automotive AG (anteriormente KSPG AG), deve produzir a partir de 2019 pistões de aço em sua unidade na República Tcheca, em Ústi nad Labem, para nova geração de motores diesel 6 cilindros. A operação destinada ao mercado OEM Premium envolve valor agregado de mais de 45 milhões de euros e um período de seis anos.



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Técnica

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Texto: Simone Kühl / Colaborou: Wanderlei Castro | Fotos: Estúdio Premiatta

Autho Mix realiza aplicação do tensionador da correia dentada no motor 1.0 16V Procedimento técnico é compatível nos modelos Peugeot 206, Renault Clio, Renault Logan, Renault Sandero e Nissan March

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o mercado há mais de 10 anos com produtos de qualidade, a Autho Mix é reconhecida pela excelência em seu processo de fabricação, assistência técnica e ótima relação custo x benefício. Com o intuito de trazer mais informação sobre seus

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produtos, a empresa realizou a instalação do tensionador da correia dentada no Peugeot 206. O procedimento também é o mesmo para motores 1.0 16v compatível com os modelos Renault Clio, Renault Logan, Renault Sandero e Nissan March.

Passo a passo da aplicação do tensionador da correia dentada no motor 1.0 16v do Peugeot 206

Antes de iniciar o procedimento, verifique as informações da etiqueta amarela de identificação de tensionamento e da bula técnica, pois os dados são importantes para reforçar os cuidados na hora da instalação do produto.

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2 Retire o protetor de cárter e coloque o cavalete para sustentar o motor na hora da retirada do suporte. Após, remova as rodas do veículo e o protetor de lataria (parabarro), para assim ter uma melhor visualização da troca das correias.

Na parte superior do motor, para ter acesso à correia dentada, é necessária também a retirada de duas correias (do alternador e do ar-condicionado), em seguida, retire as proteções da correia dentada. Sem as capas protetoras das correias é possível o acesso às polias do virabrequim e de comando, colocando assim a correia dentada no ponto de referência.

4 Depois da instalação da correia dentada e do tensionador, é preciso o auxílio de um espelho para a verificação do ponto de referência de tensão. Após a aplicação de tensão no sistema, é importante dar duas voltas no motor para verificar o assentamento da correia e o posicionamento do ponteiro de referência de tensão no tensionador. Obs.: Mais detalhes e dicas de instalação são demonstrados nos pontos abaixo com o cabeçote na bancada.


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fevereiro 2017 / edição 15

Técnica

5 As hastes do tensor devem ser alojadas nos pontos certos do cabeçote após o alojamento correto do tensionador e da aplicação da correia dentada. É necessário retirar o pino facilitador de montagem, o mesmo não deve ser confundido com alguns modelos de tensionadores.

6 Após a retirada do pino facilitador de montagem, aplique a tensão. A aplicação correta nesse tensor deve ser no sentido anti-horário. Caso não seja observada a tensão, a polia entrará em atrito com o ponto fixo do cabeçote. Caso seja tensionado ao contrário, ela entra no ponto fixo do cabeçote e gera o bloqueio também. A capa protetora da correia possui um ressalto; na hora da instalação, como a polia do tensionador estará irregular, ela entrará em atrito com esse ressalto e irá bloquear por definitivo essa polia. Obs.: Esse desgaste da polia ocorre tanto em polias de plástico como em polias de metal.

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8 Após o tensor ser desmontado, foi possível ver o desgaste da polia do tensor, com marcas acentuadas também na polia. Outra marca foi causada pelo ressalto da capa protetora da correia. Por isso, se não for observado o alojamento correto das hastes do tensor no ponto de fixação do cabeçote, o tensionador apresentará essas características.

Dica importante: Além da verificação do ponto ideal do alojamento do tensionador no cabeçote na hora da aplicação de tensão, o tensionamento deverá ser feito no sentido anti-horário até o ponteiro de referência de tensão se deslocar e ficar centralizado com o encosto traseiro do tensor. Isso irá garantir mais vida útil ao tensionador, à correia e também o bom funcionamento do motor.

Para assistir ao passo a passo deste procedimento, acesse nosso canal no Youtube - CTRA Vídeos www.youtube.com/ctra-videos


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Ford elege melhor reparador independente do Brasil Cláudio Martinasso, de São Paulo (SP), vence a terceira edição do GP Motorcraft Texto: Silvio Rocha | Fotos: GP Motorcraft / Divulgação

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o dia 10 de dezembro, na Escola SENAI Ipiranga, na capital paulista, foi realizada a grande final do GP Motorcraft 2016, que desta feita teve como ganhador Cláudio Martinasso, de São Paulo (SP), que deixou para trás nove mecânicos e recebeu o título de melhor reparador automotivo independente do Brasil. O profissional, que conseguiu a melhor nota entre o grupo de finalistas da etapa derradeira, levou para casa um Ford New Fiesta Hatch S 1.5L 0km. Para se ter uma ideia, os competidores foram avaliados por profissionais do ramo, que julgaram os trabalhos com base em critérios como preparação do carro, inspeção visual do sistema, utilização dos equipamentos e ferramentas, reparação dos defeitos (conforme recomendações do fabricante), utilização correta da literatura técnica e execução dos serviços de acordo com padrões de organização e limpeza. A nota final foi baseada na média de desempenho do participante nas duas etapas. O Grande Prêmio Motorcraft, desenvolvido em duas fases, teve a realização da primeira a partir de uma prova on-line de conhecimentos gerais da área automotiva, com um teste de 30 questões. Na segunda fase os dez melhores do País foram reunidos na avaliação prática, feita nas instalações do SENAI Ipiranga, onde foram divididos em dois grupos para a realização de duas provas: conserto de defeitos em veículos (Novo Ford Ka) e montagem de motores. Destaques Como novidades, a competição premiará também os dois melhores reparadores por região com uma caixa de ferramentas especiais. E os que chegaram entre os Top 100 na prova on-line receberão um certificado atestando a sua boa performance. Novamente em 2016, em sua terceira edição, o Grande Prêmio Motorcraft contou com a participação de mais de 16.500 reparadores de todo o Brasil. A sua realização tem a parceria do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa-SP), SENAI, Bosch e grupo editorial Oficina Brasil.

Ricardo Cramer dos Santos (vencedor 2014), Cláudio Martinasso (vencedor 2016) e Cláudio Carvalho (vencedor 2015)

Instrutor acompanha finalista no conserto de defeito e (ao lado) competidor participa da montagem de motor

DISTRIBUIÇÃO DOS INSCRITOS - REGIÃO NORDESTE Região

Nordeste

Estado Alagoas Bahia Ceará Maranhão Paraíba Pernambuco Piauí Rio Grande do Norte Sergipe Total Nordeste

2015 0,5% 2,1% 1,4% 0,4% 0,5% 1,6% 0,3% 0,7% 0,5% 8,0%

2016 0,7% 2,7% 2,0% 0,4% 0,8% 1,9% 0,4% 0,9% 0,4% 10,2%

Os dez finalistas do GP Motorcraft foram: Francisco Parizzi Obice, de Toledo (PR); Cláudio Martinasso, de São Paulo (SP); Alexandre de Souza, de Mogi Mirim (SP); Licharles Rogério Angella, de Botucatu (SP); Vitor José Spironello, de Piracicaba (SP); Cleubo Vieira Martins, de Mauá (SP); Fernando Neves, de Mauá (SP); Fábio Franco Neves, de Mauá (SP), José Humberto de Oliveira, de São Caetano do Sul (SP), e André Luiz de Souza, de Mogi Mirim (SP).

Senai Ipiranga (SP)

Finalistas da 3ª edição do GP

O Prêmio Segundo Rodolfo Possuelo, gerente de Serviço ao Cliente da Ford, o Prêmio GP Motorcraft cresce a cada ano. “Essa competição é a coroação de um trabalho em que podemos estabelecer um relacionamento mais próximo com os reparadores. Em 2016 a prova ficou mais dinâmica e todos puderam trabalhar ao mesmo tempo”, diz. O diretor de Vendas, Marketing e Serviços da Ford, Guy Rodrigues, enfatiza a importância da capacitação profissional. “Queremos ajudar e incentivar a educação com este Prêmio. Sabemos que é um desafio para eles e esperamos a cada ano ter mais pessoas”. Para se ter uma ideia, a marca treinou no ano passado 1.500 reparadores independentes em todas as regiões do Brasil. Marcelo Lima, gerente MKT de Produto da Bosch, conta que essa é a terceira edição que a empresa participa. “É uma grande satisfação contribuir com o reconhecimento do reparador brasileiro”. Desta vez, a Bosch cedeu o novo scanner KTS 590 e o tablet DCU 100, para auxiliar os mecânicos no diagnóstico das unidades de comando dos veículos.

Rodolfo e Guy Rodrigues, da Ford


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Este suplemento é parte integrante do Jornal Balcão Nordeste ano II – nº 15 – FEVEREIRO de 2017

Aplicação de caixa de direção da Kombi e Fusca Fique atento ao lacre de segurança que não poder ser rompido e à lubrificação da caixa Colaborou: Ampri | Foto: Divulgação

CUIDADO

A

violação do lacre de segurança faz com que o mecanismo trabalhe fora das condições corretas de trabalho, danificando os componentes internos, gerando assim um mau funcionamento e desgaste prematuro. Com os mecanismos analisados, constatou-se o rompimento do lacre de segurança, o que implica em perda imediata de garantia.

Tintura na peça Etiqueta vermelha com sinalização

Lubrificação: É importante ressaltar que todos os mecanismos de direção do veículo Kombi fabricados pela Ampri chegam ao profissional aplicador sem lubrificação. O óleo especificado pela fábrica é o SAE-90.

Etiqueta vermelha com sinalização

Tintura na peça


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Suspensão / fevereiro de 2017 / 34

Marcas nos pneus podem indicar desgastes nos amortecedores Sinais irregulares pedem checagem na suspensão Colaborou: Monroe | Fotos: Divulgação

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omponente relacionado diretamente à segurança do veículo, o amortecedor sofre desgaste ao longo do tempo. Como os efeitos do esgotamento nem sempre são visíveis e perceptíveis, é preciso ficar de olho a alguns sinais. Os pneus, por exemplo, podem ser ótimos termômetros para indicar quando a suspensão precisa passar por uma revisão. De acordo com o coordenador de Treinamento Técnico da Monroe, Juliano Caretta, marcas não contínuas na região central dos pneus podem significar problemas nos amortecedores. “Esses desgastes localizados, e em formato de ‘concha’, podem indicar que os amortecedores estão com algum tipo de problema ou até mesmo montados de forma errada”. O especialista explica ainda que esses sinais ocorrem quando a suspensão funciona de forma inadequada e os pneus passam a dar pequenos pulos, não ficando em contato permanente com o solo. “Esses sinais são mínimos e quase imperceptíveis ao motorista. Por esse motivo, é essencial que se faça a revisão periódica de todas as peças”, alerta.

excessivos, pois a peça substituída provavelmente vai sofrer desgaste novamente”.

O coordenador de Treinamento Técnico da Monroe comenta que sempre que os pneus apresentarem qualquer tipo de desgaste é preciso investigar a real causa do problema. “É comum que as pessoas os troquem e não verifiquem o que provocou o defeito. Isso pode gerar riscos ao dirigir, já que o componente defeituoso segue sem ser inspecionado. Além disso, a falta de um check-up pode causar gastos

Outros sinais Além das marcas nos pneus, amortecedores desgastados podem causar ruídos na suspensão, derrapagens, aumento da distância de frenagem, inclinação excessiva nas curvas e aquaplanagem. “Caso o motorista note qualquer problema de dirigibilidade no veículo, ele deve procurar imediatamente uma oficina ou centro automotivo para inspecionar os amortecedores”, orienta Juliano Caretta. A vida útil do amortecedor é proporcional às condições de uso do veículo. A Monroe recomenda revisar as condições dos amortecedores quando os mesmos atingirem aproximadamente 40.000 quilômetros e, após este período, fazer checagens periódicas a cada 10.000 quilômetros, ou conforme a orientação da fabricante do veículo. Para mais informações, a fabricante oferece suporte por meio do serviço de atendimento ao cliente da Monroe pelo telefone 0800-166-004 ou pelo chat através do site www.monroe.com.br.

CTRA Vídeos técnicos e institucionais TROCA DO FILTRO DE COMBUSTÍVEL

Dica Técnica Tecfil realiza a troca do filtro de combustível no CTRA. www.ctra.com.br/videos/troca-do-filtrode-combustivel-

ctravideos@premiatta.net tel (11) 5677-7773




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