Revista Papo de Pet - Ed02

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SAGÜI Da selva para sua casa PROIBIDO FUMAR Vício dos donos prejudica os pets

ESPAÇO PET

MAU HÁLITO ANIMAL Doenças sérias sob um desagradável odor

Distribuição gratuita - Edição 02 Abril/Maio - 2008

PETS NA ARTE Nossos amigos imortalizados por grandes artistas

CALOPSITA Mais do que um pássaro CONSULTA OU OLHADINHA Não subestime a saúde do seu amigão

E MAIS: MIMOS&CO DECOR PET LIVROS PET&FOOD

#2 ANIMAL DE ESTIMAÇÃO X BEBÊ pet_capa_2.indd 2

Prepare seu pet para a chegada do novo amigo e contribua para uma saudável relação 9/4/2008 14:19:54


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Expediente Diretoria Priscilla Merlino priscilla@papodepet.com.br Ricardo Mangold ricardo@papodepet.com.br Jornalista Responsável Priscilla Merlino (Mtb 28.993) Colaboradores: Emily Cochrane, Karin Midori, Sergio Lobato, Daniel Svevo, Dra. Valquíria Furlani, Silvia Parisi, Herbert Corrêa, André Grespan, Stella Grell, Cecy Passos e Marco Antonio Gioso. Fale conosco: Tel: + 55 11 3801-9103 e-mail: papodepet@papodepet.com.br Departamento Comercial: contato@papodepet.com.br www.papodepet.com.br Arte: Diego Bianchi, José Carlos Chicuta e Sergio C. Meirelles e-mail: 3fm.design@gmail.com Impressão: City Gráfica Assessoria de Imprensa: PMP Assessoria de Comunicação Tel: + 55 11 3053-6983 e-mail: pmpassessoria@uol.com.br A Revista Papo de Pet é uma publicação bimestral da empresa Priscilla Merlino – ME, distribuída gratuitamente através de mailing e pontos selecionados.

Editorial Chegamos à segunda edição ainda em clima de comemoração! Nosso “filhote” obteve tão boa acolhida, com vários e-mails e cartas de parabéns e elogios, que decidimos incluir o espaço “Pet Cartas”. Infelizmente não dispomos de espaço para publicar todas as mensagens. Mas queremos agradecer a todos que nos escreveram, e que acima de tudo, perceberam que a Papo de Pet foi elaborada com muito carinho, cuidado e critério; sob a chancela de renomados profissionais em suas áreas de atuação, dentro ou fora, do segmento pet. Afinal a Papo de Pet é muito mais do que uma publicação sobre o segmento pet. Ela é uma revista de lifestyle que traduz o modo de vida, de ser e de viver de animais de estimação que são tratados como integrantes importantes da família. E como tal, merecem ser tratados com todo cuidado e carinho. Merecem e precisam de produtos e serviços que atendam às suas necessidades e aos critérios de qualidade de seus donos. Por isso, nesta edição, além de reportagens sobre comportamento, saúde, moda, entre outros temas importantes do cotidiano pet, você ainda confere como foi a festa de lançamento da Papo de Pet. Bem vindo ao universo Papo de Pet e Boa Leitura! Priscilla Merlino

Proibida a reprodução total ou parcial de textos, artigos e imagens veiculados na revista sem prévia autorização de seus editores. A Revista Papo de Pet não se responsabiliza pelo conteúdo dos textos de seus colaboradores e nem dos anúncios.

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Índice #02 07 10

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CALOPSITA

Torradas em formato de ossos e “cãovidados” agitam o lançamento da Papo de Pet

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PET&FOOD

PASSEADORES DE CÃES

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FESTA

Diversão extra e qualidade de vida para o animal

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MIMOS&CO

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NECESSIDADES

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SAGÜI

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FELINOS

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PET-À-PORTER

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Mimos que aliam conforto e saúde para o seu melhor amigo

Ambiente ideal para montar o “banheiro” do seu pet

Esse pequeno e curioso animal silvestre ganha espaço entre os bichos de estimação

O gato não é um “cão pequeno”

Muito mais do que um passarinho

Gostosuras para amigão nenhum botar defeito

É PROIBIDO FUMAR Vício do dono também faz mal à saúde do pet

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CONSULTA OU OLHADINHA?

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50 DECOR PET

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MAU HÁLITO

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OTITE

Como você se comporta com a saúde do seu animal de estimação?

Objetos de decoração e design com tema de bichos

Odor desagradável pode revelar sérios problemas de saúde

Coçar ou esfregar o ouvido no chão são alguns dos sinais

Acessórios com tema pet que prometem agradar a diferentes perfis de donos

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PERDA

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PET BOOK

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Quando o melhor amigo se vai

Livros com enfoque no universo animal

MEDICAMENTOS Utilização de medicamentos de seres humanos em animais

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TOSADORES

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MICROCHIP

Qualificação através da regulamentação da profissão

Implantado sob a pele do animal permite encontrá-lo após sua perda

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PETS NA ARTE

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SOCIAL PET

Bichos imortalizados através dos séculos por grandes artistas

Famosos e formadores de opinião exibem seus amigos de quatro patas

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CENTRO DAS ATENÇÕES

Bicho de estimação x bebê: prepare seu pet para a novidade

Capa: Shutter Stock

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CARTAS “Hoje chegou em minhas mãos e de minha família o primeiro exemplar dos próximos “milhões” da revista Papo de Pet. Não dá para descrever a satisfação que esta leitura proporcionou. Aqui em casa temos um york, gatos e um porquinho da índia, que já ultrapassou os seis anos e dois canários do reino ...” todos em harmonia”. Gostaríamos de receber os próximos exemplares da revista em casa...mas é tão boa que se precisar vou buscá-la. Quero de coração parabenizar a equipe inteira da criação, pois não há o que dizer desta revista, ficou excelente mesmo!”— Domingos Verrone “Parabéns pelo excelente trabalho, a revista realmente tem um formato de agradável leitura, adorei a matéria Cães em Ação. Vou inscrever minha cadelinha Mel para sermos voluntárias, vamos adorar poder ajudar, pois eu sei o quanto significa a companhia desses grandes amigos. Sucesso” — Daniela Alves de Souza “Achei uma revista super-interessante e valiosíssima para qualquer amante dos pets desse mundo. Quero parabenizá-los pelo lançamento; há tempos não se via exemplar com objetivo definido, assim como público alvo” — Philipe Viana da Silva “Recebi a revista e simplesmente adorei. Bonita, fácil de carregar e de leitura gostosa. Vocês estão de parabéns”. — Alessandra Freitas “A Revista Papo de Pet era o que faltava. Mudei há pouco tempo e sinto dificuldade para encontrar bons serviços para minhas 2 Lhasas.

Não importa a distância, mas se o Pet Shop for bom, a gente vai atrás. Parabéns e sucesso”. — Patrícia Nishikado “Recebi a revista e achei muito bem feita e as matérias bem elaboradas. Achei o formato bem legal e diferente. Parabéns e Sucesso.” — Eduardo Teixeira “Adquiri o 1º exemplar da revista Papo de Pet no Pet Center Marginal e adorei as matérias, adoraria receber os futuros exemplares, pois essa revista é tudo de bom para nós que somos loucos por cachorro” — Karen Geraldi “Tive o grato prazer de entrar em contato com sua revista. Gostei muito das reportagens e do layout todo. Estão de parabéns” — Rossana Mari Kikuchi “ Primeiramente venho parabenizar a produção desta revista por colocar informações, dados e fotos em uma revista pequena e útil”. — Alexandre Soares de Souza “Conheci a revista no Pet Center Marginal do Tietê e adorei. Quero parabenizá-los pelo excelente padrão de qualidade da revista” — Ronnie Gorodicht “Adorei a revista, as matérias são de muita informação para nós proprietários. Em especial da edição n º 01 achei a matéria dentes saudáveis: UM ESPETÁCULO” — Maria Villibor “Peguei a primeira edição da revista com uma amiga antes de comprar meu cachorrinho... e por incrível que pareça havia uma matéria sobre “A primeira noite do filhote em casa” que me fez entender o que acalmaria ele”. — Camila Farias Gonçalves “Minha mãe recebeu a revista e ficou encantada com o trabalho realizado. Meu amor pelos animais é bem grande, porém atualmente, eu estou morando na Austrália; mas fiquei muito curioso em receber este trabalho tão bem comentado. Como conseguiria ter um exemplar desta revista?” — Eduardo Sobelski

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Fotos: Márcia Lourenço

Festa

Mascotes recebem os convidados

Priscilla Merlino e Ricardo Mangold com um dos cãovidados

Lançamento da Papo de Pet

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prateados, preparados especialmente para o evento por Alice Dutra.

Os mascotes da revista Papo de Pet, um cão e um gato (manipuladores de bonecos), recepcionaram os convidados logo na entrada do coquetel de lançamento da primeira edição, realizada no restaurante Farfalla, nos Jardins, em São Paulo.

Durante a noite de lançamento, além de conhecer a nova publicação, os convidados assistiram ao pocket show dos cães adestrados pela Escola Cães Maravilhosos e concorreram a gifts oferecidos pelas empresas: Pet Society, Lionel Falcon, Arenales, Espaço Fechado, Linha Facial Emily Cochrane®, Cães Maravilhosos, Restaurante Farfalla e Projeto Focinhos Gelados.

orradas em formato de ossinhos e pocket show dos cães adestrados pela Cães Maravilhosos foram algumas das atrações da noite.

Muitos convidados se surpreenderam com torradas em formato de ossos e canapés servidos em comedouros

Confira quem passou por lá

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Festa

Helena Mottin se diverte com os cãovidados

Cães Maravilhosos atrai todas as atenções

Torradas em formato de ossos servidas durante a festa Detalhe da mesa: canapés servidos em comedouros Pocket show da Cães Maravilhosos

Lionel Falcon com Cecy Passos e a Cat Model Nikole

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Helena Mottin, Emily Cochrane Maria Antonia Botelho Bueno, e Alice Dutra

Lucie Matalon e André Blumberg

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Fotos: Márcia Lourenço

Roberta Ferreira da Silva - Eurofarma

Karin Midori, Ricardo Mangold, Priscilla Merlino e Raquel Vituzzo

Convidados folheiam a Papo de Pet

Fábio Arruda e Emily Cochrane conferem a noite

Detalhe da decoração temática

Linda Conde

Arenales Homeopatia Animal marcou presença

Caroline Avril e Daniel Svevo

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Cãovidada

Vandinha Fulaneto

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Entrevista

Passeadores de cães: profissão séria pra cachorro Mercado afasta os aventureiros e exige profissionais qualificados

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igura comum em parques e praças dos Estados Unidos a Buenos Aires, na Argentina, os passeadores de cães, ou “dog walker”, estão em crescimento também no Brasil. Eles desempenham um importante papel para qualidade de vida do animal,

e em alguns casos chegam a suprir a ausência do dono, cuja agenda lotada já não comporta mais os passeios diários. Quem conta um pouco mais sobre essa atividade é Paulo Carreiro, proprietário da empresa Dog Walker, em entrevista concedida à revista Papo de Pet.

90 minutos de muita diversão

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Papo de Pet — Como surgiu a Dogwalker? Paulo Carreiro — A Dog Walker foi formada em 2001 com o objetivo de oferecer o melhor serviço de passeio do mercado. Nossa adestradora Raquel Yukie Hama fez um curso sobre comportamento animal, e começou a perceber que grande parte dos problemas nos cães com os quais trabalhava era resolvido durante os passeios, e não somente no adestramento. P.P. — Qual o objetivo desse trabalho? Carreiro — Problemas emocionais estão se tornando cada vez mais comuns nos cães de estimação. O convívio estreito com os seus donos torna a relação entre homemcão muitas vezes conflitante. Os passeios e as experiências vividas fora de seu ambiente são fundamentais para a saúde mental e física do animal. Um cachorro que não sai de casa torna-se um cão anti-social, com reações inesperadas quando exposto a situações novas. Um cão precisa de SOCIALIZAÇÃO, ou seja, ter contato com pessoas, outros cães, conhecer barulhos e cheiros diversos e, principalmente, saber se comportar diante de situações inesperadas. P.P. — Qual o tempo de duração e quais as atividades

desenvolvidas durante o passeio? Carreiro — Os passeios são repletos de exercícios e brincadeiras, onde estimulamos a interação dos cães através de atividades lúdicas que ajudam no seu bem-estar físico e mental, além do adestramento básico. Os passeios duram em média 1h a 1h30 e são realizados nos horários cuja incidência do sol não é tão forte. P.P. — Os cães ficam livres ou são mantidos o tempo todo nas coleiras? Carreiro — Os cães sociabilizados e adestrados podem ficar soltos em alguns momentos do passeio, quando podemos brincar de jogar bolinhas e correr com eles. Nós passeadores devemos ser responsáveis pela organização e harmonia do ambiente. P.P. — Com quantos cães costuma passear? Quais os critérios de seleção para os agrupamentos? Carreiro — Formamos grupos de quatro a cinco cães e também oferecemos passeios individuais. Os cães são divididos por porte, temperamento e condicionamento físico para que possam interagir através das brincadeiras. Formamos grupos de cães que gostam de bolinhas e jogos, gostam de farejar ou aqueles que 11

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entrevista

Entre uma brincadeira e outra, pausa obrigatória

apenas precisam de companhia. Procuramos oferecer tratamento personalizado, levando em conta essas diferenças. P.P. — Quais os lugares freqüentados? Carreiro — Os passeios normalmente são realizados em praças e parques próximos à residência do cão. Esses locais possuem áreas bem arborizadas e com bastante entretenimento para eles. P.P. — Vocês aceitam cães de todas as raças? Carreiro — Sim, não temos restrições quanto a raças. Mas se o cão não for sociável com outros cães, fará o passeio individual. P.P. — Quais características deve ter um “passeador de cães”?

Carreiro — Um passeador de cães deve gostar muito de cães e saber entendê-los, ter muuuuuuita responsabilidade, noções de adestramento, comportamento e saúde, além de se comportar como líder de matilha e ter disposição para aprender com os peludos. P.P. — Quanto custa o passeio? Carreiro — O passeio individual custa R$40,00 por dia. Também é possível contratar pacotes de duas a cinco vezes por semana, a preços que variam de R$240,00 à R$510,00 mensais.

Fonte: Paulo Carreiro – proprietário da Dog Walker Tel: 11 5094-0541 www.dogwalker.com.br Imagens: Divulgação e Shutter Stock

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Mimos&CO.

por Priscilla Merlino priscilla@papodepet.com.br

Conheรงa alguns mimos que prometem deixar o dia-a-dia do seu melhor amigo ainda mais saudรกvel e confortรกvel !

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Fotos: Divulgação

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1. Gel Dental Diet Própolis nos sabores Limonade e Frutas Vermelhas (www.zuerst.com.br) 2. Maleta para guardar remédios com tema Cat (www.boxmania.com.br) 3. Fiprolex Drop Spot – multiproteção contra Pulgas e Carrapatos (www.vetbrands.com.br) 4. Guarda-chuva e colete salva vidas (www.aupetstore.com.br) 5. Shampoo Escurecedor com Henna e Amaryllis (www.petmais.ind.br) 6. Caminha dupla face da Planet´S Dog ( tel 11 3035-4837) 7. Cama em couro com design de osso(www.aupetstore.com.br) 8. Bola que gira sozinha para gatos( www.aupetstore.com.br) 15

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comportamento Comportamento

Necessidades no local correto: dicas valiosas!

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Arte Sergio Cotrim Meirelles

A

ntes de começarmos a punir o filhote por ter feito suas necessidades em locais errados precisamos levar em conta alguns fatores. O primeiro consiste em promover um ambiente ideal que por si só seja estimulante para o animal. O banheiro (jornal ou fralda) não pode estar próximo do local onde ficam os comedouros e a cama. Estes, por sua vez, devem ser colocados no local mais próximo possível das pessoas com quem o bicho mantém contato visual. Um exemplo: se o cão vai ficar confinado em um espaço retangular, sua cama e comedouro devem permanecer perto da porta e o banheiro na extremidade oposta, o mais afastado possível. Uma característica do filhote é que nem sempre consegue conter suas necessidades a ponto de chegar ao lugar apropriado antes de se aliviar. A perda do contato social com esse afastamento faz com que ele prefira ficar por perto do grupo para fazer suas necessidades. Há duas boas saídas para driblar esse problema: ou colocamos “banheiros móveis” pela casa (que depois serão abolidos) ou nos preocupamos em levá-lo de tempos em tempos ao local apropriado para que se alivie. Outro ponto fundamental antes de partimos para as broncas, é mostrar ao bichinho que existe um lugar que 17

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comportamento Comportamento

é correto para fazer xixi e coco. Caso contrário ele pensará que este ato é proibido, ou que não pode fazer na nossa frente. Se isso acontecer, certamente você encontrará “presentinhos” atrás dos móveis ou escondidos pela casa, dificultando ainda mais o treino. É possível fazê-lo entender qual o lugar legal recompensando o comportamento adequado com petiscos e elogios logo depois que o cãozinho se aliviar. Podemos nos certificar de que ele está entendendo, quando começar a procurar as recompensas depois do xixi ou coco. Quando a lição estiver aprendida, podemos passar a mostrar a ele os lugares errados, aplicando punições (sustos) que só devem ocorrer no momento exato do ato, caso contrario o cão não será capaz de compreender a frase “é proibido

fazer xixi AQUI”! A palavra “aqui” só se mostrará eficaz se a bronca for dada na hora certa. Saiba que as confusões na cabeça do animal partem de broncas inadequadas, gerando incertezas e inseguranças. A melhor maneira de o cão se habituar a fazer suas necessidades no local certo é continuar incentivando para que se alivie no local correto em troca de recompensas. E, sobretudo, se preocupando em leválo ao canto adequado de tempos em tempos presumindo que esteja com vontade de fazer xixi ou coco. Quanto aos banheiros móveis, devemos arrastá-los gradualmente até o local definitivo. Se o cão, por algum motivo, tiver de ficar sem supervisão, devemos deixálo novamente em um ambiente “neutro”, onde um engano por parte dele não trará grandes problemas. Por Dr. Daniel Svevo – médico veterinário. Adestrador e Consultor de comportamento da Organização Cão Cidadão. www.caocidadao.com.br Imagens: Shutter Stock

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Das Florestas para a Selva de Pedra Curiosos e brincalhões, os sagüis atraem a atenção de quem deseja ter um animal exótico em casa, mas exigem cuidados especiais

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esde tempos remotos, os sagüis já eram criados pelos índios como animal de estimação. Eles são os menores macacos que existem, atingem entre 20 e 25 cm (sem a cauda), e pesam de 250 a 400 gramas. Raramente adotam uma postura bípede, sendo mais comum vê-los sobre os quatro membros. A diferença é que dos tempos de Cabral para os dias atuais, os sagüis estão migrando das florestas para dentro de casas e apartamentos. Não raros são os estabelecimentos autorizados pelo Ibama a comercializarem o bichinho como animal de estimação. Mas antes de se animar em ter a companhia deste animal silvestre, saiba que a atenção às

suas necessidades é imprescindível para criá-lo em ambiente doméstico. Parece óbvio, mas vale lembrar que os sagüis são diferentes de cães e gatos, e apesar de dóceis quando filhotes tornam-se mais reservados na fase adulta. De acordo com a Dra. Renata Vieira, veterinária especializada em animais silvestres e exóticos do Au Pet Store, existem basicamente três perfis de clientes que se interessam em ter um sagüi: adultos acompanhados por crianças que se impressionam com o filhotinho por sua inteligência e interação; adultos à procura de um pet carinhoso e diferente para presentear; ou adolescentes em busca de um animal exótico.

Foi essa a motivação de Fábio Pagnozzi, empresário de 25 anos, quando decidiu adquirir uma sagüi fêmea, a Giulie. Ela vive na casa do 19

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empresário com mais dois cães da raça Pit Bull Terrier, e tem um viveiro só pra ela no meio do imenso jardim, que conta inclusive com uma goiabeira. “É um animal brincalhão e dócil, pula em todo mundo, mas gosta de ficar à vontade, nada de colo, pois é um pouco arisco e pode morder se você ficar pegando na mão. Ela morre de curiosidade sobre os outros animais. Outro dia vi meu pit bul próximo da gaiola, e a Giulie estava passando a mão na cabeça dele”, derrete-se o dono, que já encomendou um sagüi macho. Sagüi de estimação exige cuidados especiais Aliás, companhia é uma das recomendações dos especialistas para a boa adaptação do animal em cativeiro, pois os sagüis estão acostumados a viver em grupos na natureza. A gestação de um sagüi dura cerca de 140 dias, podendo gerar de 1 a 3 filhotes.

reservados e territorialistas. A saúde deste animal é um aspecto delicado que não pode ser negligenciado. Assim como os primatas podem transmitir doenças para o homem, uma simples gripe humana pode matar um sagüi. Cães e gatos também têm doenças específicas que podem levar enfermidades. “Sempre antes e depois de brincar com um sagüi lave bem as mãos, e nunca coloque a mão na boca nem beije seu animalzinho”, orienta a Dra. Damiana Pimenta, veterinária de animais exóticos da Clínica Veterinária Pet Center Marginal. Só os médicos veterinários especializados em animais silvestres estão aptos a fornecer orientações adequadas e específicas para um pet tão especial.

Quando filhotes, os sagüis são extremamente afetuosos. Por serem vendidos em idade de crescimento, eles necessitam do contato humano, e na ausência dos pais elegem seus proprietários para ganharem seu carinho. Com pessoas estranhas eles costumam gritar e até se esconder, mas sempre há exceções. Podem conviver com outros animais, mas quando adultos se tornam mais 20

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Afetuosos, mas um tanto temperamentais, os sagüis podem adaptar-se bem em casa ou apartamento, desde que sejam respeitados seus horários de brincar e dormir, suas exigências de espaço, banho de sol diário, e alimentação adequada. “Com pouco espaço, tendem a desenvolver alterações de comportamento, podendo inclusive ficar depressivos ou agressivos”, adverte Dra. Renata. Quem sonha em ter um sagüi deve estar ciente de que é preciso adequar sua residência de forma a recebê-lo com maior conforto, criando um ambiente pré- estabelecido (como um viveiro), pois em uma casa existem diversas “armadilhas” que podem machucar seu animal. Outro motivo importante é que ele pode fugir, e assim você estará “liberando” um animal silvestre, e isto pode oferecer um grande risco para o meio ambiente. “Eu particularmente não vejo dificuldades em cuidar da Giulie; tenho sempre que deixar seu habitat limpo, pois eles urinam em cima da comida e você tem que estar sempre atento para trocar. Mas compensa a satisfação de ter em sua casa um animal exótico, bem tratado e alegre”, justifica Pagnozzi. A alimentação do animal é basicamente à base de larva de besouro, grilo, ovo de codorna cozido, ração para primatas, frutas, verduras, legumes e (pasme!) danoninho. Em pet shops especializados, um sagüi custa cerca de R$2.800, mas o gasto mensal é relativamente

É possível adquirir um sagüi regularizado em pet shops credenciados no IBAMA. No Brasil existem diversos criadores da fauna silvestre brasileira autorizados. Quando você adquire um animal com origem legal, o seu animal está registrado junto ao IBAMA, deverá vir acompanhado pela Nota Fiscal, onde constará o número do registro do criador, junto ao IBAMA, e o número de marcação do animal. A Nota Fiscal é a garantia de origem do animal, sem ela você poderá sofrer processo e multas, além de perder o animal. Ao adquirir um animal no tráfico, além contribuir com a devastação de nossos recursos naturais, você estará sujeito a sanções legais. Não sabe em que condição encontra-se este animal, qual a sua origem, ficando exposto a uma série de doenças. Fonte: www.faunabrazilis.com.br

baixo, cerca de R$60 por mês, além de consultas periódicas e exames. Se interessou por este curioso animal? A dra. Damiana dá um conselho, onde responsabilidade é a palavra-chave: ”Se você escolheu adquirir um animal de estimação, seja ele qual for, cuide bem dele, pois foi você que escolheu tê-lo em casa, e não ele que escolheu ter você!” Fonte: Dra. Renata Gaspar Vieira — médica veterinária especializada em animais silvestres e exóticos do Au Pet Store. Tel: 11 3088-0838/3044-7555 / e-mail: atendimento@aupetstore.com.br Dra. Damiana Pimenta — residente da Fundação Parque Zoológico de São Paulo e médica veterinária de Animais Exóticos da Clínica Veterinária Pet Center Marginal Tel: 11 6097-7400 (Pet Center Marginal) Site www.ibama.gov.br Imagens: Shutter Stock/ divulgação

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Gatos

Gato: o Pet do Século Ele pode ser tão dócil e companheiro quanto um cão

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m tempos modernos, e com a correria do dia a dia, que tal chegar em casa e encontrar no sofá um companheiro(a) carinhoso(a), e que ainda fica te esperando o dia todo sem reclamar? Dormem em média de 16 a 18 horas por dia, são tranqüilos e super limpinhos. Além de independentes, quando o assunto é ficar sozinho. Mas não se engane, porque quando você chegar ele vai querer muito o seu carinho. Muitas vezes alguns chegam até a arranhar o sofá. Você pensa que ele está afiando as unhas, mas nada disso, está pedindo carinho e colo. Gatos são super companheiros, adoram ficar no colo quando estamos assistindo televisão ou no computador. Quem os tem pode dizer; e quem ainda não teve o prazer de conhecê-los irá se encantar. Condicionados desde pequenos, podem andar com guia e coleira acompanhando seu proprietário; passear ou viajar de carro e avião,

tomar banho no pet shop ou em casa, ir a passeios, e ,claro, até fazer carreira de modelo! Vale lembrar que são mais sensíveis ao calor e barulho, mas nada que um bom ar condicionado e um protetor de ouvidos não resolvam. Mas é preciso em primeiro lugar saber que gato não é um cão pequeno! Ele tem necessidades e cuidados específicos, seja com sua alimentação, higiene, ou até mesmo em serviços como hotéis e banhos.

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Antes de ter um gatinho como companheiro é preciso saber que ele não é mais um caçador e sim um mascote. Nada de deixá-lo ir e vir da rua, ele pode se contaminar com outros animais. Gatos são extremamente curiosos e com as saídas, principalmente noturnas, podem ter contato com alimentos

não indicados, plantas venenosas, além de produtos perigosos. A indicação em apartamentos é o uso de tela e no caso de casas a opção é muro alto e portões fechados. Gatos são como uma criança de três anos, não têm noção de perigo. Os gatos são extremamente companheiros e a cada dia as pessoas começam a entender melhor esse novo membro da família. Por Cecy Passos Consultora de felinos www.cecypassos.com www.nikole.com.br www.gatopersa.com.br gatanikole@gmail.com Imagens: Shutter Stock

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PET-À-PORTER

A inspiração da coleção inverno 2008 de Glorinha Paranaguá é a obra do artista plástico Angelo de Aquino e sua criação mais conhecida - o cão viralata Rex. Com seu universo irreverente e divertido o Rex aparece agora muito além das telas e gravuras. Interpretado por Yasmine Paranaguá, o cão ganhas as estampas, desenvolvidas exclusivamente para a marca, em bolsas, sacolas, carteiras em lona, camisetas de malha e lenços de seda. Ele e seu fusca também são os protagonistas da linha de carteiras em verniz. Tel: 21 2267-4295.

Cães e gatos ilustram a nova coleção da Rasa, marca mineira que há oito anos desenvolve acessórios, como linha de bijoux, bolsas, chaveiros e chapéus. Entre as novidades vale destacar os colares com divertidos pingentes em formato de cão e gato, este último, também é encontrado na versão com pássaro. E para quem pretende um look completo tem também chaveiro com pingente de cachorro. Tel: 32 3215-3775

Quem não sente o coração apertado ao ter que sair e deixar o animal de estimação sozinho em casa?! Para amenizar um pouquinho as saudades na ausência do animal, a Full Image tem uma dica que promete fazer sucesso: transformar a foto do seu cãozinho ou gatinho em jóia. Basta escolher a foto que a empresa se encarrega de transportá-la para um pingente – em ouro ou cristal – através do processo de fotogravação. Esse pingente pode ser preso a uma corrente de ouro, fita, fio de couro ou da maneira que a imaginação permitir. www.fullimage.com.br

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Por Emily Cochrane emily@emilycochrane.com.br

A H.Stern lança a coleção Lizard, que tem como marca registrada um antigo símbolo francês da sorte: a salamandra. As jóias, encontradas ouro amarelo, ouro branco e também em ouro nobre, trazem uma pequena salamandra que pode ser vista nos fechos, atrás das pedras, sempre discretas, ou como elemento principal do design da jóia. Procurá-las é uma diversão. www.hstern.com.br

Ao completar 90 anos a Fasolo inova ao desenvolver modelos arrojados e com foco na moda, sem abrir mão da tradição. O resultado é uma coleção renovada, onde os acessórios não são simples coadjuvantes, mas sim astros da produção. Entre as novidades vale destacar as graciosas carteiras em couro com divertidos desenhos de gatos, que prometem agradar em cheio aos amantes dos felinos. www.fasolo.com.br

A irreverente mochila Rex da Imaginarium vem conquistando os corações da garotada e também do público kidult, com sua simpatia infantil de formas inusitadas e desproporcionais. Feitas de algodão, as peças trazem uma modelagem pequena, com bolsinhos internos, e são ideais para usar em passeios rápidos e de quebra atrair a atenção de muitos admiradores. www.imaginarium.com.br

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gatos C alopsitas

Muito mais do que um passarinho

Muito mais do que um passarinho Calopsitas são os menores membros da família das cacatuas, com aproximadamente 30 cm de altura. Possuem uma crista típica acima de suas cabeças, que utilizam frequentemente expressar seu alopsitas são para os menores humor: levantada quando animadas membros da família das ou agitadas e abaixada quando cacatuas, com aproximadamente 30 tranqüilas. cm de altura. Possuem uma crista típica acima de suas cabeças, que Consideradas aves domésticas, utilizam frequentemente para em cativeiro, média 15 expressar seu vivem humor:em levantada anos. Um casal pode se reproduzir quando animadas ou agitadas em qualquerquando época tranqüilas. do ano, e abaixada botando de quatro a sete ovos. A incubação levaaves de 18 a 22 dias eem Consideradas domésticas, nascem geralmente três filhotes, cativeiro, vivem em média 15 anos.que Um casal pode se reproduzir em qualquer época do ano, botando de quatro a sete ovos. A incubação leva de 18 a 22 dias e nascem

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geralmente três filhotes, que ficam independentes entre sete novee ficam independentes entreesete semanas de idade. nove semanas de idade. Algumas calopsitas sofrem de pânico noturno, condição em que o animal tem medo do escuro e se debate na gaiola, o que pode ser muito perigoso. Para resolver o problema, coloque uma luminária (fraca) perto da gaiola e retire qualquer coisa que possa machucá-la ao se debater. Doze horas de sono são imprescindíveis para a saúde da ave. Portanto evite deixar o animal em locais agitados. Ela deve dormir sempre presa na gaiola e nunca solta pela casa. É recomendado colocar um pano fino de cetimum cobrindo a recomendado colocar pano fino gaiola para tornar oa ambiente mais de cetim cobrindo gaiola para tranqüilo e proteger de vento. tornar o ambiente mais tranqüilo e proteger de vento. São aves sociais e afetuosas, sendo a maioria é extremamente São avesque sociais e afetuosas, sendo gentil dócil, oéque as torna boas que a emaioria extremamente companhias para a família. gentil e dócil, o toda que as torna boas Reconhecidos por seus os companhias para todatalentos, a família. machos assoviam alguns chegam os a Reconhecidos pore seus talentos, “falar” pequenas frases; em geral as machos assoviam e alguns chegam a fêmeas possuem esta habilidade. “falar” não pequenas frases; em geral as fêmeas não possuem esta habilidade. As calopsitas são muito barulhentas, em especial quando querem chamar As calopsitas são muito barulhentas, a atenção. grupo,chamar basta em especialQuando quandoem querem você tirar um indivíduo da gaiola a atenção. Quando em grupo, basta para gritaria tenha você que tiraraum indivíduo dainício. gaiola para que a gritaria tenha início.

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A dedicação ao animal é fundamental para identificar A dedicação ao animal é problemas, pois as identificar aves são muito fundamental para sutis e em geral sinais de problemas, pois escondem as aves são muito doença até geral o último instante. Se o de sutis e em escondem sinais proprietário ficar instante. atento pode doença até onão último Se o perder seu animal. proprietário não ficar atento pode perder seu animal. Dieta e Gaiolas Dieta e Gaiolas Quer uma Calopsita Calopsita “feliz”? “feliz”? Forneça Forneça um ambiente ambiente saudável, saudável, com com muito muito espaço, brinquedos brinquedos ee alimentação alimentação adequada. Dê Dê preferência preferência para para gaiolas pintadas pintadas de de tinta tinta branca brancaou preta (resina epóxi), poispois as gaiolas ou preta (resina epóxi), as com arame ou dourado gaiolas comprateado arame prateado ou recebem recebem tratamento de galvanização dourado tratamento de para não enferrujar e oenferrujar metal galvanização para não e utilizado neste tratamento é tóxico o metal utilizado neste tratamento para a ave. Recomenda-se evitar é tóxico para a ave. Recomenda-se gaiolasgaiolas redondas. O tamanho ideal evitar redondas. O tamanho deve permitir que a que ave bata asas ideal deve permitir a aveasbata sem esbarrar na tela ou as asas sem esbarrar na em telaqualquer ou objeto, o queobjeto, é um ótimo em qualquer o queexercício. é um ótimo exercício. A gaiola, o pote de água e o comedouro devem ser limpos A gaiola, o pote de água eo diariamente. Todasser aslimpos sujeiras comedouro devem e restos de alimento diariamente. Todas as devem sujeirasser e restos retirados. de alimento devem ser retirados. A dieta deve ser baseada em pellets e não em sementes. Existem inúmeras marcas de ração extrusada no mercado; dê preferência para as naturais, sem corantes artificiais. É possível complementar

a alimentação com frutas, legumes e hortaliçasÉ (sempre cor verde artificiais. possível de complementar escuro, mas nunca a alimentação com alface). frutas, legumes e hortaliças (sempre de cor verde É interessante variar os brinquedos, escuro, mas nunca alface). principalmente para aves que passam boa parte do dia sozinhas ou presas É interessante variar os brinquedos, na gaiola. Brinquedos paraque escalar, principalmente para aves passam mastigar explorar ou resolver, boa parteedo dia sozinhas ou presas só evite osBrinquedos de metal, pois na gaiola. parapodem escalar, provocar eintoxicação. mastigar explorar ou resolver, só evite os de metal, pois podem Durante ointoxicação. dia deixe a gaiola em provocar uma sala onde a família passe a maior parte tempo e ondeem possa Durante o diadodeixe a gaiola interagir Evitea uma sala com ondeas a pessoas. família passe deixá-la na cozinha, maior parte do tempoprincipalmente e onde possa durante acom preparação de alimentos. interagir as pessoas. Evite Os vapores sujam as penas, deixá-la na grudam cozinha,eprincipalmente além da apossibilidade durante preparação de acidentes. alimentos. Coloque-as em localeonde Os vapores grudam sujamseassintam penas, seguras recebam a luz além da epossibilidade desolar. acidentes. Coloque-as em local onde se sintam Uma dasemelhores para seguras recebam maneiras a luz solar. construir um forte vínculo com a calopsita é passar algum tempo, Uma das melhores maneiras para pelo menos 15 avínculo 20 minutos, construir umde forte com ado dia com ela. Quanto maior o tempo, calopsita é passar algum tempo, melhor! pelo menos de 15 a 20 minutos, do dia com ela. Quanto maior o tempo, melhor! Por Dr. André Grespan - Medico Veterinário Wildvet - Clinica Veterinária para Por Dr. André Grespan - Médico Veterinário Wildvet - Clinica Veterinária Animais Selvagens para Animais Selvagens Tel 11 Tel 30450045 - -www.wildvet. 11 30450045 www.wildvet.com.br Imagem : Shutter Stock com.br

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PET FOOD

por Ricardo Mangold

ricardo@papodepet.com.br A Nestlé Purina está lançando a linha Pro Plan® Puppy OptiStart Plus, um produto super premium especialmente para cães filhotes de todas as raças. O alimento tem como objetivo reforçar o sistema imunológico e digestivo do animal contra ameaças externas, além de estender a proteção do leite materno durante o primeiro ano de formação. É o único alimento do mercado que contém anticorpos naturais, extraídos do leite da vaca nos primeiros dias de lactação - o colostro. SAC 0800-770 1180

A linha Torí de sementes para pássaros de diversas espécies acaba de ganhar novas embalagens. Produzida pela Yoki Alimentos a linha é composta por: Ração Triturada para Pássaro-Preto e Sabiá, Alpiste, Alimento Vitaminado para Canário, Mistura para Pássaros, Girassol, Painço, Ração Granulada e Quirera. Cada produto vem identificado com a imagem do pássaro a que se destina o alimento. SAC (11) 2188-8444

O consumo de calorias em excesso e falta de atividade física proporcionam aos cães problemas como a obesidade. Pensando nisso, a Divisão de Pet Food da Perdigão desenvolveu a ração Balance Light, formulada para combater o acúmulo de gordura corporal. Indicada para cães adultos de todas as raças, o alimento é elaborado com proteínas, fibras, extrato de Yucca e maçã, que promovem a saúde intestinal e a absorção de nutrientes, além de vitaminas com ação antioxidante. SAC 0800 722 2250 28

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Whiskas® Temptations é o novo petisco recheado para gatos que acaba de ser lançado em três deliciosos sabores: carne, frango & queijo e salmão. Crocante por fora e macio por dentro, o produto vem acondicionado em uma lata com 80 gramas. SAC 0800 7020090

Composto de Farelo de Soja, Farelo de Arroz e Subproduto de Peixe, o Inodore elimina o odor das fezes e da urina de cães e gatos. Por ser um produto 100% natural é indicado para animais de todas as idades ou porte. Deve ser adicionado junto à ração do animal, em uma das refeições, diariamente. e-mail: sac@amicus.com.br

O Grupo Bertin acaba de lançar a Linha FunPet, que é composta por 53 produtos elaborados à base de raspa bovina mastigável, indicada para cães e gatos. Fabricados artesanalmente, os produtos possuem diferentes formatos e sabores, e são divididos em mastigadores, snacks e sticks. A empresa possui certificação SIF – Sistema de Inspeção Federal. www.funpet.com.br Fotos: Divulgação

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Saúde

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É proibido fumar! Saiba que seu vício causa prejuízos também à saúde de seu pet

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egundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vício do cigarro é considerado a principal causa de mortes evitáveis em todo o mundo. Recentemente pesquisadores do departamento de radiologia do Children’s Hospital of Philadelphia conseguiram, através de um tipo de ressonância magnética mais sensível do que o convencional, registrar imagens de pulmões que demonstram como a fumaça alheia causa danos aos que não fumam, mas que são obrigados a conviver com o cigarro. Sinais de enfisema pulmonar foram encontrados em 33% dos pacientes expostos por mais de 10 anos ao fumo passivo. Já é notório que as crianças são as vítimas mais comuns da exposição ao cigarro alheio. Mas você já parou para pensar no impacto deste vício na saúde do seu animal de estimação? “A exposição à fumaça do cigarro pode predispor os animais principalmente às doenças respiratórias. Em gatos com bronquite asmática, há potencialização e aumento da 30

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frequência das crises respiratórias, podendo em alguns casos levar o gato à morte por insuficiência respiratória aguda”, explica o Dr. Archivaldo Reche Junior, professor do departamento de clínica médica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP. A situação é confirmada pelo Dr. Marcello Roza, médico veterinário do Centro Veterinário do Gama (DF). “Há cerca de 4720 substâncias identificadas no cigarro, entre elas nicotina, alcatrão, monóxido de carbono, metais pesados e muitas substâncias cancerígenas. A exposição pode levar a uma série de doenças graves, inclusive ao câncer”, sentencia.

Uma pesquisa desenvolvida por ele na Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (FM/UnB), com o título “O cão como fumante passivo: efeitos da exposição à fumaça de cigarros em cães de ambientes domésticos”, estabeleceu uma relação entre a maior incidência de problemas respiratórios, tumores e outras doenças em animais de estimação de donos fumantes. Foram analisados 30 cães da raça yorkshire, escolhida por ser de pequeno porte e permanecer sempre próxima ao dono. Eles foram divididos em 2 grupos de 15: um grupo de residências onde havia fumantes que consumiam pelo menos 20 cigarros por dia, e outro de residências onde

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não havia fumantes. Após análises das células do trato respiratório dos cães, o resultado foi preocupante. Todos os animais de residências com fumantes apresentaram presença de cotinina no organismo (um metabólito da nicotina), além de aumento de algumas populações celulares como macrófagos e linfócitos, e antracose (presença de partículas de carbono) nos citoplasmas das células. “A presença de antracose por si só já é grave, uma vez que pode desencadear doenças como o câncer de pulmão”, conclui o Dr. Roza. O estudo será publicado na Nicotine and Tobacco Research, uma das mais importantes revistas do mundo sobre tabagismo e suas conseqüências. O assunto tem despertado tanta preocupação entre os médicos veterinários que há outras pesquisas sobre o assunto em andamento, como a coordenada pela Dra. Denise Saretta Schwartz, professora doutora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – USP. A pesquisa ainda está em fase de estudo-piloto, mas também tem o objetivo de analisar a ocorrência de problemas respiratórios em cães que convivem com pessoas fumantes. Se esses malefícios são diagnosticados até em animais

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saudáveis, imagine o prejuízo nos pets com problemas respiratórios, por exemplo, e que são obrigados a conviver diariamente com donos fumantes! O ambiente doméstico pode ser tão nocivo a esses animais que, quando são afastados desses locais, melhoram significativamente, muitas vezes sem necessidade de intervenção terapêutica. Quem garante é o Dr. Reche, que certa vez acompanhou um gato com bronquite asmática severa e de difícil controle, chegando a ter crises semanais de broncoespasmo. Foram sugeridas mudanças no ambiente para minimizar a ocorrência das crises, tendo sido solicitado inclusive que a dona do animal parasse de fumar, mas sem sucesso. “Depois de alguns meses, a proprietária se mudou para Inglaterra, deixando o gato na casa de uma prima - não fumante- desde então esse gato não apresentou mais nenhuma crise de broncoespasmo”, relata o veterinário. O que poucas

pessoas sabem é que os cuidados dispensados às crianças alérgicas e com problemas respiratórios também deveriam ser dedicados aos animais. Segundo o veterinário Marcello Roza, que realizou a pesquisa com os cães, raças com focinho curto têm maior tendência de localização de câncer no trato respiratório posterior, enquanto nas raças de focinhos longos há maior incidência nos seios nasais. Mas o fato é que, de cães a gatos de qualquer raça, bem como aves e outros animais, ninguém está a salvo dos malefícios das baforadas de seus donos. Se ao menos esses pets pudessem falar.... Dr. Marcello Roza - Médico veterinário do Centro Veterinário do Gama (DF) Tel: 61 3556-5227 Dr. Archivaldo Reche Junior - Professor do departamento de clínica médica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e-mail: valdorec@usp.br Dra. Denise Saretta Schwartz - Professora Doutora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – USP e-mail: dschwartz@usp.br Imagens: Shutter Stock

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Saúde

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Consulta ou Olhadinha: Como você se comporta com a saúde de seu animal de estimação?

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ecentemente um amigo de minha família, sabendo de minha atuação junto ao mercado pet, veio me perguntar se uma situação que ele tinha presenciado em uma clínica era correta. Ele disse que ao entrar em uma sala de espera da clínica veterinária de sua cidade observou que em cima do quadro de avisos da clínica, onde ficavam os documentos, preços de procedimentos e outras informações de rotina; a veterinária proprietária da clínica tinha colocado uma placa que assim dizia: “Consulta: R$50,00, olhadinha: R$ 200,00” E você? Já viu este tipo de placa em alguma clínica ou consultório veterinário na sua região? Mas o que está por trás deste tipo de 36

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comportamento que surge entre os profissionais da Medicina Veterinária em vários pontos do Brasil? Conversamos com vários veterinários de todo o Brasil, com diretores de entidades de classe e com muitos proprietários de animais de estimação para entender o que está acontecendo na relação entre aquele que é o responsável legal pelo animal de estimação e aquele que é o profissional mais capacitado para garantir o bem estar e a sanidade de seu melhor amigo. Nos últimos 15 anos vimos um crescimento desordenado do mercado pet, por um lado o boom dos petshops e lojas de produtos para animais de estimação que foram criminosamente indicados e valorizados como a grande solução de investimento no mercado de serviços. Por outro lado, o crescimento inexplicável e suspeito das liberações de cursos de veterinária pelo MEC que inundaram o Brasil com mais de 140 faculdades de Medicina Veterinária lançando profissionais às centenas a cada semestre em um mercado saturado. Não podemos deixar de citar que paralelo a estas situações, temos ainda os charlatões e práticos, tosadores e adestradores que exercem ilegalmente o exercício da Medicina Veterinária e “receitam”

medicamentos e até mesmo realizam cirurgias e vacinações. Neste cenário alguns proprietários de animais de estimação acabam desenvolvendo comportamentos que podem ser agrupados em algumas condutas: • Acham que o Médico Veterinário por gostar de animais deve atender de graça animais abandonados, animais de pessoas carentes e mesmo os dele! • Acham que o Médico Veterinário não necessita de exames para ajudar no diagnóstico. • Acham que o Médico Veterinário não precisa de uma consulta e sim uma olhadinha para dar uma dica... Muito do problema também é responsabilidade dos Médicos Veterinários que não souberam impor os limites certos de seu profissionalismo perante aos seus clientes e perante a sociedade como um todo. Quem, dos profissionais veterinários que estejam lendo essa matéria, não teve que dar uma opinião sobre o cachorro da tia, do vizinho e do amigo e ainda não ouviu a frase : “Ué, você não é veterinário?!?!? Tem que saber!” O que queremos discutir aqui é que 37

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SAÚDE

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o profissional médico veterinário investiu recursos, tempo e muito dinheiro em sua formação profissional, e, como prestador de serviços como um advogado, encanador, médico ou mecânico; deve ser remunerado pela prestação de seu serviço, no caso o serviço veterinário em questão. Mas o que há por trás do hábito da olhadinha? Vamos ver as possibilidades... Tentativa de economia? Falta de respeito pelo profissional? Falta de respeito pela vida de seu animal de estimação? Falta de conhecimento sobre o papel do médico veterinário na sociedade? Falta de conhecimento sobre suas responsabilidades legais enquanto dono de um animal de estimação? Hábito adquirido?

Infelizmente muitos proprietários não reconhecem em seu médico veterinário um profissional capacitado a cuidar de seu animal de estimação e ser remunerado por isso, e agem como se fossem donos do conhecimento, e emitem opiniões como: • “ Ah doutor é só uma coceirinha simples...” • “ Doutora, é uma dor de barriga passa rápido, vê um remedinho e pronto” • “ Ué vai cobrar? Mas é só um cachorro?!?!?” • “ Não precisa consultar não, é só uma olhadinha, esse tumor apareceu do nada!” Muitos profissionais se sentem ofendidos com colocações como essa, mas tentam mostrar de uma forma mais educada a importância do papel do Médico Veterinário nesta relação tão

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especial chamada Homem-Animal. Outros colegas já em um tênue limite entre o profissionalismo e a decepção, apelaram pelo protesto das placas e anúncios nas clínicas que originaram o texto deste especial. “ Como é possível que alguém espere que em uma olhadinha eu consulte, dê um diagnóstico e prescreva um tratamento? Só se eu fosse super dotado, médium ou um ET!” “ A Olhadinha é o mesmo que pedir que eu dê de graça todo o conhecimento que eu tenho para vender, afinal é para isso que eu me formei, é esse meu ganha pão!” Perguntados se ações como essa não estimulariam os clientes a buscar informação com balconistas e até mesmo alguns tosadores irresponsáveis, a maioria dos veterinários entrevistados para a matéria disse que esse tipo de cliente é um irresponsável com a vida dos animais sob sua tutela, mas que é o tipo de cliente que eles não precisam e nem querem ter, pois trazem problemas e mais problemas. E muitos retornam quando a situação se agrava ao terem usado medicamentos receitados por vizinhos, amigos e balconistas leigos, e surpreendentemente

esperam que o veterinário ainda resolva o mais rápido possível, como num passe de mágica. Ter um animal de estimação é uma responsabilidade, e sabemos dos custos envolvidos, e o proprietário de animal de estimação que passar por uma situação econômica desfavorável, não precisa usar desse subterfúgio. Nosso conselho é que converse com seu veterinário e estipule uma maneira de pagar parceladamente pelo serviço, pois sempre com uma boa conversa e um entendimento, a solução poderá surgir mais fácil e rápida que uma simples olhadinha...pense nisso! Afinal neste exato momento o seu melhor amigo está ao seu lado, dependendo de você... Cuidar dele da maneira correta é mesmo o melhor caminho. Cuidado com o atendimento leigo, pois de boas intenções o inferno está cheio! Por Dr.Sérgio Lobato – Soluções em Pet Marketing www.sergiolobato.com.br Imagens: Shutter Stock

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Centro das atenções Animal de Estimação x Bebê: prepare seu pet para a chegada do primeiro filho

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o lar, o animal de estimação é o centro das atenções ... até a chegada de um bebê, que certamente roubará as atenções, e será alvo de todos os cuidados e carinhos. Se antes era permitido ao pet dormir na cama do dono e circular livremente pela casa, agora seus passos são observados, qualquer deslize é repreendido, e o “não pode” passou a ser a palavra de ordem. Mas para preservar a harmonia nesse novo contexto, os proprietários dos animais devem se empenhar para que o seu melhor amigo não se sinta preterido, e acolha o novo morador com o mesmo carinho que trata seus donos. “Quando souberam que minha esposa estava grávida, muitas pessoas nos perguntaram se iríamos dar nossos cachorros”, conta perplexo Alberto Gonçalves, administrador e

“pai” de três malteses: Maiko (3), How (2) e Luz (1). “Infelizmente percebi que há pessoas que cogitam a possibilidade de abandonar o animal com a chegada de um filho”. Indignado com a constatação, e decidido a integrar os malteses ao novo membro da família, desde o início da gravidez de sua esposa Alberto criou um verdadeiro dossiê sobre a relação criança X animal, contando com a ajuda de profissionais e trocando experiências com quem havia passado pela mesma situação. O que ocorre é que, com a chegada do bebê, os animais podem apresentar três tipos de comportamento: curiosidade, medo ou agressividade. Em geral manifestam a curiosidade, já o segundo comportamento mais comum nos cães é a agressividade. “Os cães que já são naturalmente 41

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Capa capa agressivos, independente da raça, podem manifestá-lo também com a chegada do bebê”, adverte Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal. “Mas se o cão aceita bem receber visitas ou o contato com outros cães, geralmente é um indicativo de que não haverá problemas”, completa. Mas como evitar que o animal fique ressentido com a chegada da criança? De acordo com especialistas, o ideal é evitar mudanças drásticas, como restrição de território ou diminuição súbita na atenção dedicada ao pet. As

pessoas tentam compensar o animal com uma dose extra de carinho nos últimos meses da gestação, quando deve ser feito o oposto: aos poucos deve-se acostumar o cão a brincar mais só ou ficar menos no colo, por exemplo. Segundo Rossi, é importante também que o animal associe o bebê a situações agradáveis, e que não o veja como um concorrente. O cão deve participar de algumas atividades que envolvem a criança, e vice-versa. Preparando a chegada Ao longo da gestação, enquanto a esposa estava às voltas com o enxoval do bebê, Alberto se empenhou em preparar os cães para a chegada da filha. Uma das estratégias utilizadas por ele foi restringir o território dos animais, impedindo o acesso ao quarto do bebê, que ficou fechado nos últimos seis meses da gravidez. Após a primeira noite do nascimento

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de sua filha Clara, o administrador pegou um paninho usado pela recémnascida e o deixou onde dormem os cães, para que eles se acostumassem com o cheiro da menina; ação que se repetiu por cinco dias. Ao retornarem do hospital, Alberto e sua esposa Lane, cientes de que os

pets estavam saudosos de sua dona, inicialmente entraram na casa sem o bebê, fazendo a maior festa com os animais, como de praxe. Passada a empolgação inicial dos cães, o casal

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Capa capa apresentou a pequena Clara aos novos companheiros. “Eles a observaram, e ficou tudo em paz”, relembram, satisfeitos. Mesmo com todas as medidas adotadas para um convívio saudável entre a filha e os pets, o casal ainda mantém uma conduta de não aproximação entre eles, afinal a menina tem poucos meses. “A única aproximação permitida é quando a Lane está amamentando, e eles se aproximam apenas para observar, no máximo cheirar o pé da Clarinha”, relata o pai.

mesmo um choro repentino. Exemplo clássico é a da criança curiosa que puxa o rabo do cachorro: os pais devem tomar todo cuidado para evitar que isso aconteça, porque o susto para o animal pode ser grande,

E se um incidente ocorrer? Grande parte dos acidentes envolvendo cães e crianças acontece quando elas começam andar. De acordo com Rossi, uma agressão por parte do animal só aconteceria em situações ameaçadoras: quando o cão entende que criança pode tirar algo que está em seu poder; quando se sente encurralado, por algum movimento brusco dela, ou até

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e maior ainda para a criança, se este reagir. Isso pode afetar negativamente a relação no futuro, gerando medo em ambos. Caso ocorra uma investida do animal contra a criança, o cão deve ser repreendido, e se afastar imediatamente. “Um barulho repentino, como bater a colher na panela, ou um ‘não’ firme já devem mostrar resultado. O dono já deve ter o comando sobre o animal, e essa não é a melhor hora para aprender”, alerta Rossi. Uma dica para acostumar o cão com os carinhos do bebê, que a princípio podem ser mais bruscos, é bater a mãozinha da criança suavemente no cão, aumentando a intensidade gradativamente (sem machucá-lo, claro!), e oferecer-lhe um biscoito. Essa é uma forma para que o animal não reaja a uma simples

manifestação do pequeno, associando a atitude a gesto carinhoso. Há situações em que é preciso um longo trabalho para adequar o comportamento do cão. Rossi nos conta o caso de um bebê que foi “adotado” por uma rottweiller com gravidez psicológica. Cada vez que o casal se aproximava do fillho, a cadela ficava agressiva. E quanto mais difícil for o cão, mais firme deverá ser a postura dos pais. “Não podemos esquecer que o cão é um animal irracional, apesar atribuirmos a ele uma personalidade, muitas vezes uma projeção nossa. Temos que nos prevenir de reações que o animal possa ter quando se sentir ameaçado. Além disso, o animal respeita e protege aquele que ele elegeu como líder da matilha, no caso o dono, o que necessariamente pode não ocorrer com o filho do dono”, ressalta Natércia Tiba, psicóloga especializada em terapia familiar. Ela mesma, uma dog lover, passou pela experiência. Antes do nascimento de seu primeiro filho, Natércia havia comprado um filhote de São Bernardo, que na fase adulta mostrou45

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Capa capa se uma verdadeira fera. “Confesso ter ficado com medo de que ela pudesse ter ciúmes do bebê, porque pesava 68kg, imagina o que poderia acontecer!”, conta a psicóloga. Então Natércia utilizou estratégias reconhecidamente eficientes para preparar o animal para a chegada de seu filho. Eis que a cadela se revelou uma verdadeira guardiã. “Ela nunca deixava o Eduardo se aproximar da piscina”. Aliás, nadar era um problema na casa da família Tiba. “Quando queríamos nadar, era preciso prender a São Bernardo, porque ela sempre pulava na piscina para nos ‘salvar’ ”, lembra a psicóloga, entre risos. Felinos têm suas particularidades Além das gravações da novela Amor e Intrigas, da rede Record (no qual vive a personagem Adelaide) e os ensaios da peça Desencontros Clandestinos, a atriz Eliete Cigaarini ainda se divide entre sua filha Gabriela e seus dois gatos. Segundo ela, Mel (10 anos) sempre foi mais arisca do que Chico (8 anos), mas o comportamento se agravou após o nascimento de sua filha, hoje com 4 anos. “A Mel nunca se aproximou da minha filha desde que ela nasceu; quando a Gabriela chega perto, a gata foge e se esconde”, relata Eliete. O que mais intriga a atriz é que a mascote mudou

o comportamento até com os próprios donos. Se antes era um pouco mais afetuosa, hoje pouco se aproxima do casal, que mal consegue pegá-la no colo. Já o outro bichano, Chico, é feito literalmente de “gato e sapato” pela criança, que aceitou desde a primeira noite. Após conseguir burlar o esquema de segurança preparado pelo casal, o gato foi flagrado dormindo confortavelmente no berço, junto com a bebê! O que pode explicar as diferentes reações é o período em que os gatos chegaram na casa, de acordo com o especialista em felinos Carlos C. Alberts, professor de Zoologia da Unesp – Assis. Se a fêmea foi recebida com mais idade, ela será naturalmente mais arisca e distante. Se o macho chegou na casa ainda filhote, sua socialização foi completa, tendo sido acostumado a ser manipulado pelos humanos desde o início. A relação que os gatos estabelecem com o recém-nascido é como se fosse a chegada de um irmão, tal qual gatos de ninhadas diferentes que vivem juntos. O mais comum é que os gatos mais velhos não aceitam bem a chegada dos mais novos, mas dificilmente trazem problemas ou se tornam agressivos. “O que dificulta a relação, por exemplo, é que o casal permite que o gato suba em sua cama, mas não

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quer que o bichano faça o mesmo no berço do bebê. E os gatos não entendem essa diferença”, explica o professor. Mas como desembaraçar esse novelo? Assim como os cães, gatos podem ser condicionados, mas o ensinamento deve ser veemente. Se não quiserem que o gato fique subindo no colo, tire-o gentilmente. Quando ele estiver aos pés do dono, mas não subir em seu colo, deve-se agradá-lo com um petisco. Segundo Alberts, os gatos aprendem rápido; a dificuldade maior está em mudar os hábitos dos donos e demais pessoas que vivem na casa. E essa preparação deve

ser feita o quanto antes, logo após confirmada a notícia da gravidez. Gatos podem se ressentir com a chegada do bebê, deixando de comer, de cuidar da sua pelagem, e até mesmo ficarem depressivos. Mas isso não acontece por ciúme, e sim por motivos como estresse e diminuição no contato com seu dono. Para que sejam saudáveis, esses felinos precisam ser estimulados intelectualmente. Vale substituir a presença dos donos por brinquedos, mudar a textura e a disposição dos alimentos, comprar um recipiente de água diferente, fazer um rodízio nos ambientes ao qual ele tem

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Capa capa acesso. Se isso for feito, a transição e adaptação para a chegada do bebê será suave. Mas é preciso ser firme e persistente! Mas abandonar o animal decididamente não é uma solução. A convivência entre crianças e animais é uma forma de expressão da afetividade dos pequenos, pois por meio deste vínculo eles demonstram amor, medo, submissão e respeito. “Se os pais deixarem o animal de canto para a criança será um péssimo exemplo, pois elas entenderão que os animais de estimação são objetos, e reproduzirão esse comportamento”, avalia Natércia. A relação entre crianças e pets é benéfica também por outros motivos: elas desenvolvem senso de responsabilidade com relação a um ser vivo, como dar comida, banho e

remédios. A socialização, nesta fase do desenvolvimento, também é favorecida, pois os mascotes costumam atrair a atenção de outras crianças, facilitando a aproximação.

Alexandre Rossi – zootecnista e especialista em comportamento animal Cão cidadão - tel 11 3571-8138 Dra. Natércia Tiba - psicóloga clínica especializada em terapia familiar. Co-autora do livro “Quem ama educa! Formando cidadãos éticos” Tel: 11 3814-5657 Carlos C. Alberts - professor de Zoologia e especialista em felinos, UNESP – Assis e-mail: calberts@femanet.com.br Imagens: Shutter Stock

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DECOR PET

por Ricardo Mangold

ricardo@papodepet.com.br

Qual tal decorar sua mesa com um jogo americano personalizado? Essa é a mais nova proposta criada pelo fotógrafo especializado em pets, Lionel Falcon, que acaba de desenvolver uma linha de jogos americanos com imagens próprias de cães e gatos. No formato de 44x29cm, em PVC, as peças também podem ser confeccionadas com as fotos do seu animal de estimação. www.lionelfalcon.com Foto Lionel Falcon

Funcional e divertido esses descansos de pulso emborrachados são encontrados em formatos de bichos, como: gato, cachorro, porquinho, vaquinha e sapinhos. Os modelos possuem gel em seu interior, por isso são macios e não permitem esforços ou lesões nos nervos após várias horas em frente ao computador. www.lojafujiyama.com.br

Pare de perder suas moedas por aí. Que tal relembrar a infância e guardar todas as moedas que recebe de troco? Os cofres de porcelana estão de volta e dessa vez em divertidos formatos, como o “Pigg”, da Spicy.www.spicy.com.br

Foto: Divulgação / Nilson Satomi

Foto: Divulgação

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O banho da criançada vai ficar ainda mais divertido com as duchinhas da Lorenzetti, encontradas na Leroy Merlin. São sete modelos: elefante, peixe, jacaré, pato, tartaruga, sapo e baleia. www.leroymerlin.com.br / Tel.: (11) 5613-2500 Foto: Divulgação

Feito em cerâmica, o recipiente decorado com esculturas de três pássaros pode ser utilizado tanto como comedouro, basta colocar alpiste, ou bebedouro para os pássaros. Sem contar, que a última opção ainda dá direito a um banho rápido. Pode ser encontrado na loja Martha Candy, em São Paulo. Tel.: (11) 3872-5544

Além de garantir sofisticação os cristais são ideais para atrair boas vibrações e “filtrar” as energias negativas. Por isso uma boa dica para decorar distintos ambientes é o leopardo em cristal da Baccarat. Tel.: (11) 3811-9556 Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

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Mau Hálito Animal é Normal? Esse odor desagradável pode revelar um sério problema de saúde

A

cúmulo de tártaro, restos de alimentos ou doenças respiratórias e sistêmicas são apenas alguns dos responsáveis pelo mau cheiro na boca dos nossos amigos de quatro patas. O mau hálito não é normal nem pode ser ignorado, pois pode revelar um sério problema de saúde, conforme explica o Dr. Herbert Corrêa, médico veterinário, da Odontovet, durante entrevista concedida à Papo de Pet. Papo de Pet: Quais são as principais causas do mau hálito em animais? Dr. Herbert Corrêa: O mau hálito também conhecido como halitose ou “bafo” pode ter várias causas, dentre as mais comuns estão doenças da cavidade oral, doenças respiratórias e sistêmicas, como por exemplo, a uremia devido a insuficiência renal.

irão ter “bafo”. O mau cheiro vem da fermentação bacteriana de restos de alimento que ficam na boca. PP: A partir de qual idade é comum notar o mau hálito no animal? Dr Herbert: Geralmente a partir de um ano de idade. O importante é ter em mente que o mau hálito não é normal e que sua presença é um alerta de problema. Alguns sinais são a presença de “tártaro” nos dentes e gengiva vermelha e inflamada. Fazer uma escovação também pode ajudar na diferenciação, porém, se houver doença, pode haver sangramento e desconforto. Por isso, o melhor

PP: As doenças dentárias podem ser as vilãs do mau hálito e por quê? Dr. Herbert: Na prática sim, pois o mau hálito de origem bucal é o mais comum. A principal doença bucal é a Periodontal, que acomete cerca de 85% dos cães e gatos adultos. Isto quer dizer que de cada 10 cães ou gatos, aproximadamente oito deles 52

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é procurar um médico veterinário especializado. PP: O mau hálito pode revelar algum problema de saúde mais sério? Dr. Herbert: A doença periodontal é um problema de saúde muito sério! Pois além da perda dos dentes pode levar à infecção de órgãos importantes como o coração, pulmão, fígado e rins. Portanto, conclui-se que o mau hálito é um aviso de que algo está errado. PP: Animais que comem alimentos estão mais propensos ao mau hálito? Dr. Herbert: Acredita-se que sim, pois o alimento caseiro tende a deixar mais resíduos após a alimentação. Gerando fermentação bacteriana e produzindo o mau hálito. PP: A escovação regular pode reduzir as chances do mau hálito? Dr. Herbert: Sim, pois a escovação remove a placa bacteriana que é responsável pelo mau hálito. Nos filhotes a escovação deve começar no

4o ou 5o mês. Nos animais adultos é preciso passar por uma avaliação odontológica. Se a doença periodontal já estiver instalada, primeiro há necessidade de ser feito o tratamento e depois iniciar o programa de controle da placa através da escovação diária. PP: É possível prevenir o mau hálito? De que forma? Dr. Herbert: Sim, iniciando desde filhote um programa de combate a placa bacteriana através da escovação diária dos dentes. Avaliações e exames periódicos (“check-ups”) também são importantes para analisar outros problemas de saúde que podem produzir o mau hálito. PP: Quais cuidados podem prevenir o mau hálito em animais? Dr. Herbert: Não existe nada infalível, mas existem três regras básicas que garantem a saúde bucal: 1- procure um médico veterinário para um exame completo da cavidade oral; 2- inicie uma rotina de cuidados odontológicos em casa; 3- faça avaliações pelo menos uma vez ao ano no médico veterinário. Não esqueça que a saúde começa pela boca! Fonte: Dr. Herbert Corrêa — Médico Veterinário e Mestre em Cirurgia da Odontovet – Centro Odontológico Veterinário www.odontovet.com Imagens: Shutter Stock

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SAÚDE

ANIMAL

Otite Coçar ou esfregar o ouvido no chão são alguns dos sinais

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tite é o nome que usamos para os processos inflamatórios do ouvido. O ouvido normal de um cão não apresenta odor, e a quantidade de cera é bem pouca. Os sinais de alteração, normalmente, são: coçar ou esfregar o ouvido no chão, balançar a cabeça ou pendê-la para um dos lados. O animal pode chorar ou ameaçar morder quando tentamos acariciá-lo perto da orelha. O cheiro nos ouvidos é ruim e há excesso de cera. As otites mais profundas, denominadas internas, podem afetar o equilíbrio e o sinal mais evidente é o andar com a cabeça “pendendo” para o lado do ouvido afetado. As causas da otite são várias: • infecciosa: causada por bactérias e, geralmente, acompanhada de pus. Às vezes, é difícil de ser tratada e necessita de exames complementares, como coleta da secreção para análise e determinação do antibiótico que deve ser usado (cultura e antibiograma). Esses tipos de

otite, quando “mal curadas”, ocasionam um quadro crônico e cada vez mais difícil de ser resolvido. • parasitária: causada por ácaros (sarna). É muito comum encontrarmos excesso de cera de cor marrom muito escura, o cão coça bastante as orelhas. O ácaro que acomete o conduto auditivo não é o mesmo que causa a sarna de pele. Ele é transmitido entre cães e gatos, mas não para o homem. A recidiva desse tipo de otite é comum se o animal freqüenta ambientes contaminados. • fungos: é similar à otite bacteriana, mas o tipo de agente é outro. Apenas o exame da secreção do ouvido poderá diferenciar o microrganismo causador. • seborréica: por excesso de produção de cera. Alguns cães produzem muito cerúmen e o mesmo não é eliminado. O acúmulo do material vai causar fermentação, o que leva ao mau cheiro e posterior inflamação dos ouvidos.

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• umidade: alguns cães têm o hábito de nadar, e a entrada de água nos ouvidos certamente causará inflamação. A penetração de água no conduto auditivo durante o banho é uma freqüente causa de otite. Chumaços de algodão devem ser colocados, para que os ouvidos fiquem protegidos. • predisposição racial: raças que tem orelhas longas e peludas têm maior probabilidade de

terem otite. Orelhas caídas abafam os ouvidos e não permitem a circulação do ar (aeração), condição que favorece a multiplicação de bactérias. O excesso de pêlos que algumas raças apresentam dentro dos ouvidos é outro fator predisponente. Os pêlos formam um tampão que impede a entrada de ar e saída da cera. A remoção do excesso de pêlos dentro dos ouvidos deve ser feita pelo veterinário, com a freqüência que se achar necessária. O tratamento da otite irá depender muito da causa. Evitar fatores como umidade, excesso de pêlos e o gotejamento desnecessário de medicamentos no conduto, diminuem a incidência da otite.

Por Dra Silvia Parisi Médica Veterinária – www.vidadecao.com.br Imagens: Shutter Stock

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Perda

Quando o melhor amigo se vai A dor pela perda de um animal de estimação é inevitável, mas não deve ser subestimada

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uando morre o animal de estimação, aquele companheiro fiel e que tantas alegrias proporcionou à família, o que fica é a tristeza e o vazio, muitas vezes acompanhados por revolta e um sentimento de culpa. Nos Estados Unidos, existem grupos especializados em prestar apoio psicológico a pessoas que perderam seus pets. A American Pet Loss and Bereavement (www.aplb.org), entidade sem fins lucrativos, reúne conselheiros especializados em lidar com a dor da perda de animais de estimação. No Brasil, iniciativas como essa ainda são bastante tímidas. 56

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Com a intenção de humanizar o atendimento aos donos de animais internados em estado crítico, o Hospital Veterinário Sena Madureira criou há um ano um serviço de apoio psicológico. “Quanto mais o veterinário entender essa relação de amor que existe entre os proprietários e seus animais, mais poderá ajudá-los nessas situações”, afirma a Dra. Simone Cortez, psicóloga responsável pelo Serviço de Apoio Psicológico aos proprietários. O atendimento é feito nos horários de visita ou, se houver necessidade, o cliente pode procurar o profissional nos horários de plantão. Em trabalhos de apoio psicológico, os donos dos animais se sentem acolhidos e compreendidos no momento de dor, medo e angústia. Os pacientes são motivados a esclarecer suas dúvidas com a equipe veterinária, o que ajuda na compreensão da doença e alivia a culpa, que ocorre em alguns casos. “Esse suporte também é importante porque há situações em que é necessário dar orientações com relação às providências que os proprietários têm que tomar no hospital, e no seu retorno à vida cotidiana. No início de dezembro de 2005, a professora Marcia Regina Xavier

perdeu a companhia de Boy, um poodle toy que há 10 anos fazia parte de sua vida. A família se alarmou após dois dias de indisposição. Várias consultas, exames, internação e até mesmo uma transfusão de sangue foram tentados, mas sem sucesso. “Nada disso adiantou, perdemos o nosso Boy. Ficamos desolados e decidimos não ter mais qualquer pet em casa, apesar da pena que tínhamos de ver o Kid, filho do Boy, tão tristonho e se sentindo só”, relembra a professora. Os animais de estimação são muito sensíveis ao estado emocional de seu dono, e isto pode se refletir no comportamento deles, tornando-os mais tristes, agressivos ou irritadiços. Segundo a psicóloga do Hospital Sena Madureira, nesses casos é importante que os donos vivenciem o seu luto, mas percebam que o outro animal continua ali, e precisa da sua atenção. Marcia estava aos poucos superando a dor da perda quando no Natal, menos de um mês após a morte de Boy, um dos filhos surpreende a família com um presente: dentro de uma caixa, um Schnauzer miniatura, que recebeu o nome de Johnnie Walker. “Ele é um doce! Muito inteligente, amoroso e brincalhão! Trouxe muita alegria para a casa, e 57

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Perda Toledo, que presenciou a trágica morte de seu lhasa Apso de 2 anos. O pet foi surpreendido e atacado por um dos cães do irmão de Viviane, um Dogo Alemão. Desesperada, Viviane pegou a estrada com seu cão ensangüentado no colo, e por telefone avisou o marido. Ao chegar na clínica, a veterinária constatou que não era possível salvá-lo. Meses depois, Viviane teve depressão e foi buscar ajuda psicológica. “Acredito que a forma brutal como o meu cachorro morreu desencadeou o processo, além disso, meu marido me culpava, pois ele dizia que em nossa casa, onde ele era o único homem, apenas o cão o compreendia.”

Johnnie Walker resgatou a alegria da família Xavier”

é o companheirão do Kid, filho do Boy”, ela conta. Quando é preciso pedir ajuda “Se a situação estiver muito difícil, é bom procurar uma ajuda especializada, pois uma perda como nos casos de morte do animal de estimação pode fazer surgir sentimentos há muito guardados, relacionados ou não com o animal”, orienta Dra. Simone. Situação semelhante aconteceu com Viviane

Como lidar com as crianças? Se para os adultos já é difícil superar a perda do melhor amigo, a situação é ainda mais delicada quando envolve crianças. Abalada por ter presenciado a morte de seu pet, Viviane ainda tinha um problema em vista: como dar a notícia à sua filha pequena, que estava viajando? A psicóloga orientou Viviane a não contar a verdade, uma vez que perda aconteceu de forma trágica. Disse então que o cão ficara doente e veio a falecer. A orientação dos profissionais é de que os pais não omitam o que

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realmente aconteceu com o animal, salvo em situações extremas. Se a morte foi presenciada pela criança, as explicações devem ser dadas em uma linguagem clara e simples.

sentimentos não forem observados, podem apresentar reações como pesadelos constantes, nervosismo, incapacidade de concentração e aprendizado.

Adquirir rapidamente outro animal também não é aconselhável, pois pode transmitir a mensagem de que o animal de estimação é um objeto, facilmente substituído. Além disso, a criança pode ter medo de perder o novo mascote, e conseqüentemente se recusar a aceitá-lo. Quando a família decidir que é chegada a hora de ter outro animal, a criança deve participar do processo, escolhendo a raça, o nome e até mesmo onde o animalzinho irá dormir. Se devidamente amparadas, elas são capazes de superar a morte de um animal de estimação com pouco ou nenhum trauma. Mas se seus

Em perdas repentinas, o sentimento de revolta é mais exacerbado. Se o animal faleceu por conta de idade avançada ou por motivo de doença, o assunto deve ser tratado abertamente pela família. É importante que todos sejam estimulados a manifestarem seus sentimentos, cada um à sua maneira. “Este é um luto que não acaba, pois sempre nos lembramos dele com muito carinho e saudade. Temos fotos do Boy até hoje no porta- retrato, e sempre teremos,” finaliza Marcia.

Fonte: Simone Cortez — Psicóloga clínica e hospitalar. Responsável pelo Serviço de Apoio Psicológico aos proprietários do Hospital Veterinário Sena Madureira. e-mail: simonecortez@hotmail.com Imagens: Shutter Stock/ Divulgação

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PET

BOOK

Por Ricardo Mangold

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ricardo@papodepet.com.br

Henry Lederfeind, autor do livro Brigando feito Gato e Cachorro, da Clio Editora, convida o leitor a refletir sobre o amor real e suas contradições. Se a gente se ama, por que vive brigando feito gato e cachorro? Em cada página a foto de um cão ou de um gato vem associada a uma frase. A sintonia entre a imagem e o texto dá o tom do começo ao fim e acima de tudo convida o leitor a pensar sobre o amor e como mantê-lo. Brigando feito Gato e Cachorro – Clio Editora - Tel.: 11 3846-4898

Foto: Divulgação

“Os gatos - arrogantes, fingidos e sempre subestimados — são os seres dominantes na relação que têm com os humanos”, afirma Jim Edgar, autor do livro Bad Cat. Engenheiro de software da Microsoft, morador de Seattle, o autor não tem filhos nem gatos. Entretanto, enxerga nos humanos um papel subserviente junto aos felinos. Em 244 fotografias com gatos em poses extravagantes, o livro é uma visão bem humorada desse dócil animal doméstico. A publicação mostra, por meio de fotografias com legendas, o lado obscuro e engraçado desse bicho de estimação. Bad Cat – www.ediouro.com.br/prestigio

Foto: Divulgação

Diário de um Cão reúne histórias, algumas reais, contadas em primeira pessoa pelos próprios cães. Apaixonada por animais desde criança, Cláudia Lubrano de Castro retrata com toques poéticos reencontros, tristezas e alegrias desses animais. Em uma delas, por exemplo, a autora promove a narrativa de um cão idoso que relembra sua alegre infância, juventude e velhice, até ser ignorado pelo dono e abandonado com problemas no coração e cegueira em algum lugar da cidade. Diário de um Cão propõe a reflexão sobre a realidade e a problemática dos animais na sociedade, como a posse responsável, o não abandono, a castração e a adoção de animais abandonados. Diário de Um Cão – www.gizeditorial.com.br

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Medicamentos

Medicamentos de seres humanos utilizados em animais: conheça os riscos

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s animais de estimação são vistos, mais do que nunca, como um legítimo ente da família e recebem carinho e cuidados proporcionais a qualquer outro familiar. Porém, quando o assunto é saúde, não se pode generalizar: os proprietários precisam estar em alerta quanto aos riscos de medicamentos para seres humanos administrados em animais. 61

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MEDICAMENTOS Há cerca de 20 anos, existiam poucas opções de tratamentos para pets. Atualmente, não foi só o mercado de produtos para higiene e beleza que cresceu. Nota-se o grande avanço no setor de medicamentos veterinários, inclusive em relação à segurança, pois existe fiscalização mais rígida dos órgãos regulatórios.

altas de antibióticos. Numa dosagem baixa, isso não ocorrerá e, conseqüentemente, a infecção pode se agravar ainda mais. Por outro lado, se a dose para determinada espécie for excessiva, haverá efeitos tóxicos severos e até mesmo a morte do animal.

Pela definição, medicamento é um produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Mas a composição, a dosagem e os efeitos são diferentes. Circunstâncias indesejáveis podem ocorrer ao utilizar medicamentos de humanos em animais. Uma delas é a subdosagem, quando a dose aplicada não é suficiente para atingir a eficácia necessária. Outro caso é a superdosagem, quando o medicamento é administrado em concentrações muito maiores do que o necessário para o uso eficaz e seguro. As conseqüências são diferentes nessas duas circunstâncias. Na subdosagem, o medicamento não alcança os níveis sangüíneos para promover o tratamento necessário. Imagine um animal com infecção grave, que precise de concentrações

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Além da dose, existem outros fatores que também aumentam os riscos à saúde dos pequenos animais: • A constituição dos órgãos internos de uma determinada espécie animal é, de maneira geral, diferente da dos seres humanos;

• O tempo de absorção do medicamento é diferente no animal e no homem, dadas as características do trato gastrintestinal; • O princípio ativo de alguns produtos veterinários pode ser semelhante ao dos medicamentos para seres humanos, mas a composição é diferente; • A forma de administrar medicamentos para os animais nem sempre é a mesma que em humanos, portanto, a formulação de medicamentos veterinários deve ser diferente. É importante lembrar que o tratamento deve ser orientado e conduzido pelo médico veterinário, profissional habilitado para diagnosticar e prescrever o medicamento adequado para seu pet. Assim, consulte o veterinário do seu animal, pois ele tem o conhecimento para saber qual e em que dosagem um medicamento deve ser prescrito. Com segurança!

Por Stella Grell Médica veterinária formada pela Universidade de São Paulo (USP) e gerente de produtos da Unidade de Negócios Animais de Companhia da Pfizer – CRMV-SP 7967 – stella.grell@pfizer.com / www.pfizersaudeanimal.com.br

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Tosadores e banhistas: regulamentação da profissão

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evolução e o progresso evidentes no segmento pet, nos últimos anos, deveriam vir acompanhados da necessidade gritante de profissionalização e capacitação dos tosadores e banhistas. Nos dias atuais, não é mais possível e nem mesmo os

consumidores aceitam profissionais despreparados para atender seus preciosos animais, não só companheiros de estimação, mais sim, companheiros de vida. No início, ainda era possível trabalhar com informalidade, e até um certo amadorismo, mas com a estabilização do setor, torna-se irresponsável e fora do mercado o proprietário de petshop que não vise ter em seu quadro de tosadores profissionais com competência a este digno trabalho. A regulamentação da profissão vem seguindo a lentos passos, mas é necessário entender quais as vantagens da mesma para os profissionais, para os lojistas e para os consumidores finais.

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Com a regulamentação os serviços prestados de banho e tosa seriam oferecidos em conformidade com as regras técnicas definidas por lei, no intuito de preservar a integridade física dos animais e respeitando o padrão ideal de cada raça. É de extrema importância a criação de aptidões mínimas necessárias aos profissionais que possuem a intenção de exercer o ofício.

banhista encontra-se catalogada na Classificação Brasileira de Ocupações no Ministério do Trabalho e Emprego. Vale dizer, já existe uma definição sobre as funções específicas do tosador e do banhista, bem como, suas peculiares competências. Esse progresso é dedicado aos profissionais da área que preocupados com o comportamento de maus profissionais,

A conseqüência natural seria a retirada do setor de profissionais descompromissados com a qualidade técnica e ética necessárias. Comprometendo, desta forma, a imagem daqueles que exercem sua profissão com seriedade e aptidão. O lojista teria a tranqüilidade de saber que está entregando seu “cliente” para um profissional preparado e capacitado. Como conseqüência, o consumidor teria a garantia de estar deixando seu precioso animal de estimação nas mãos de um profissional devidamente qualificado para o ofício. A lei poderia regulamentar e fiscalizar os cursos que estão no mercado, tendo em vista que os atuais não garantem sua eficiência somente por emitir um simples Certificado. Atualmente a profissão de tosador e

dirimiram seus esforços para alcançar esta primeira conquista. O caminho ainda é longo e as vias para a regulamentação se apresentam nessa ordem: A Auto regulamentação, no qual um projeto é elaborado por profissionais do setor, embasado na prática profissional que se traduz num Código da Profissão e, posteriormente seja apresentado como Projeto de Lei perante o 65

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Congresso Nacional; Projeto de Lei de Iniciativa Popular: mediante um abaixo-assinado dos profissionais do setor para se chegar ao Congresso Nacional. Sobre a intenção de alcançar a regulamentação mediante a Iniciativa Popular, presume-se necessário e imprescindível uma reunião de profissionais com a criação de uma Associação que torne possível tal pretensão. Uma Associação de Profissionais de Tosadores e Banhistas, sem fins lucrativos, com a finalidade precípua de galgar interesses aos seus associados. A Associação, além de colaborar com seus esforços para regulamentar a profissão com as vantagens acima consideradas, poderia atestar profissionais aptos, estabelecer

cadastro de bons profissionais, além de desenvolver várias ações próprias de uma Associação. De tudo que foi discorrido, conclui-se que algum avanço já ocorreu, mas para a conclusão da regulamentação do setor, mister se faz o empenho de todos os profissionais para que se organizem e lutem por seus interesses. Quanto aos consumidores, é imprescindível que tomem informações sobre as competências do profissional que irá tratar seu animal de estimação. Por Dra. Valquíria Furlani Advogada atuante no segmento pet Consultora Jurídica na área pet do SINDILOJAS – SP – Sindicato dos Lojistas da Cidade de São Paulo e-mail: valquiriafurlani@uol.com.br Imagens: Shutter Stock

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Tecnologia

Seu animal tem microchip? T

ambém chamado de transponder, o microchip é uma cápsula de biovidro, do tamanho de um grão de arroz, que contém um pequeno microchip e uma antena de cobre. Contém 15 dígitos formando um código único que ficará registrado no banco de dados Petlink e poderá ser decodificado por leitoras especiais com padrão ISO mundial 11784 e 11785. É implantado sob a pele do animal, em geral na tábua do pescoço, do lado esquerdo. Se o animal se perder do dono, qualquer veterinário que tenha uma leitora (se parece com uma calculadora) poderá passá-la na região do pescoço e identificar o código. Com este número, o profissional entra no sistema Petlink, online, ou liga para a Anclivepa-SP. Logo ele saberá onde, em qual clínica e por quem ele foi chipado e cadastrado. O veterinário que o implantou é avisado de que o animal foi achado, por telefone ou por e-mail. Este contatará ao dono, avisando que ele foi encontrado. O dono do animal ou qualquer pessoa, e claro, o veterinário poderão obter este número pelo website. Todo o veterinário deveria ter uma leitora, pois caso algum animal se perca, poderá saber se ele possui ou não o chip, sempre recorrendo ao website Petlink. É um serviço que em muitos países está presente em quase 100%

das clínicas veterinárias, ou seja, é um serviço básico! Em alguns anos será obrigatório, não por lei, mas pelo mercado, que toda clínica tenha este serviço, tanto quanto imunização! Hoje em dia qualquer leitora lê qualquer chip, desde que ele siga a ISO (11784 e 11785), que é universal. Mesmo que não seja um chip da Datamars, ela poderá ler, e vice-versa. O cliente deve saber que apenas médicos-veterinários podem implantar, feita com uma seringa estéril e, no caso da Datamars, individual e sem dor. Qualquer espécie, cão, gato, cavalos, répteis e aves podem ser chipados. Isto já é lei para animais silvestres e agora também será para animais comercializados dentro do município de São Paulo. A maioria dos países da Europa só aceita que animais chipados cruzem suas fronteiras. Todas as alfândegas e polícias federais destes países (imigração) possuem leitoras. A essência do chip é fazer animais se encontrarem com seus donos, assim o que importa é que o animal seja cadastrado no banco de dados. Chipar e não exigir o cadastro é jogar dinheiro fora e talvez imperícia ou imprudência do médico veterinário. A Anclivepa-SP somente aceitou esta parceria com a empresa suíça

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O cadastro poderá ser feito preferencialmente online! Ao chipar o animal, o médico veterinário deverá preencher uma ficha diferente daquela da clínica. Nesta ficha, ele colará uma etiqueta com código de barra e outra na ficha clínica do paciente, prontuário ou na cópia do proprietário. O próprio colega poderá, na frente do dono, via online, preencher o cadastro Petlink, em português. A Anclivepa-SP ficará atenta a todo e qualquer chip comprado pelo veterinário e não cadastrado no sistema. Isto é, se ele comprou 500 chips e, no banco de dados aparecerem apenas 480, os 20 restantes serão cobrados (pois o registro é obrigatório). Datamars exatamente porque o comércio dos microchips será feito concomitantemente com a obrigatoriedade do registro no banco de dado Petlink. As empresas envolvidas estão comprometidas com esta regra mundial que será controlada pela Datamars e pela Anclivepa-SP. A empresa que comercializará o chip, chamada de Newimage, de São Paulo, não venderá chip, mas um sistema de re-encontro entre animal e dono! A Anclivepa-SP pesquisou colegas que chiparam animais e nem sabem onde está o cadastro, se é que ele foi feito. Já ocorreu de um proprietário aparecer com um saquinho transparente com um chip (não estéril) dentro, pedindo para que um veterinário o implantasse! Isso mostra claramente que precisamos informar melhor. A maioria não sabe ainda o que é transponder ou microchip.

O banco de dados é o coração de todo o processo! A Anclivepa-SP quer atuação ética dos clínicos! E isto é exatamente o que não vem sendo feito em muitos países e também no Brasil. Muitos colegas não registram, principalmente por desmotivação, falta de informação e não pelo custo em si. Neste sistema novo, Petlink, o custo do registro estará incluso. A Anclivepa-SP dará toda orientação a seus associados para a correta aplicação do microchip e para o registro obrigatório no banco de dados Petlink. Enfim, se você tem animal de estimação, deveria pensar seriamente em chipar seu amigo. Procure um médico veterinário associado da Anclivepa-SP! Por Dr.Marco Antonio Gioso Prof. da FMVZ – USP/ Presidente da Anclivepa – SP info@anclivepa-sp.org.br Imagens: montagem sobre foto da Shutter Stock 69

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Pet

na

Arte

Arte com Bicho

A

s primeiras aparições da imagem de um cão na arte foram encontradas em cavernas na Espanha e datam de aproximadamente 12000 anos. Já nas pinturas egípcias, há pelo menos 6600 anos, várias raças caninas, muito parecidas com as que convivemos hoje, foram achadas pintadas nas paredes e nos hieróglifos. Na clássica arte grega, imagens estilizadas de cães aparecem tanto na porcelana como na escultura.

“Menina de vestido azul no terraço com um Greyhound” Artista inglês desconhecido (cerca de 1840)

Hoje em dia a figura do cão aparece em todas as formas da arte, em todas as partes do mundo. Na arte grega, talvez a figura mais popular, sempre acompanhada por um cão de caç a, seja a famosa deusa Diana Caçadora. Já no período da Renascença, a figura do cão foi muito usada nas pinturas mitológicas, alegóricas e religiosas, quase sempre como complemento ao assunto principal da obra.

Foto: Reprodução

Artistas x Pets Alguns dos maiores mestres da arte da Renascença até o século XVIII, como Ticiano (1487-1576), Veronese (1528-1588), Leonardo Da Vinci (1452-1519), Velásquez (1599-11660), Jan Van Dyck (1390-1441), Albert Durer (1471 -1528) , todos, sem exceção, incluíram a figura do melhor amigo do homem nas suas pinturas mais importantes.

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No começo do século XVIII, a pintura dos animais se tornou muito popular. Na Inglaterra, os maiores pintores dessa época, Georges Stubb (17241806) e Thomas Gainsborrough (1727-1788), receberam muitas encomendas para pintar as propriedades das famílias ricas, junto aos seus animais e terras. Já nos tempos modernos, tanto na Europa como nas Américas, a visão romântica do cão continuou a prevalecer durante o século XX. Artistas importantes como Renoir (1840-1919), Toulusse Lautrec

(1864-1901), Pablo Picasso (18811973), Juan Miró (1893-1993), Albert Giacometti (1901-1966), incluíram a figura do cão nas suas mais importantes obras. Assim vamos, sem dúvida, conviver sempre com esse fiel amigo, seja na vida real ou representado em todas as formas da arte.

Diplomada pela Christie’s de Londres, a marchande Lourdina Jean Rabieh atua há 20 anos no mercado de arte. www.lourdinajeanrabieh.com.br

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Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Divulgação

COLUNA SOCIAL

Foto: Divulgação

1 - A apresentadora Amanda Françoso exibe sua Princesa, uma yorkshire de três anos que vive em Ibate, sua casa no interior de São Paulo 2 - Leopoldo, um poodle de nove anos, e Nina, uma street dog de um ano, são as alegrias da empresária Helena Mottin 3 - A empresária do ramo de iluminação, Eneida Bertolucci, e sua Golden Retriever, Farah, de 5 anos 4 - Alice Dutra, do restaurante Farfalla (SP) posa com um “pet cliente”

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Foto: André Vicente/ MD Assessoria

Foto: Arquivo Pessoal

5 - Paco, um labrador de três anos, é a melhor companhia para as caminhadas de Olga Bongiovanni, apresentadora da Rede TV!

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