ONG’s DE DEFESA DOS ANIMAIS
Distribuição gratuita - Edição 04 Setembro/Outubro — 2008
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QUILINHOS EXTRAS Reeducação alimentar para Pets “gordinhos” HORA DA DIVERSÃO Brinquedos para alegrar e educar IMPLANTE DENTÁRIO Cães e gatos com mais qualidade de vida CRIANÇAS TRAVESSAS Respeito aos pets deve começar na infância INTELIGÊNCIA FELINA Gatos podem aprender apenas por observação ARARAS Aves dóceis e interativas
Expediente Diretoria Priscilla Merlino priscilla@papodepet.com.br Ricardo Mangold ricardo@papodepet.com.br Jornalista Responsável Priscilla Merlino (Mtb 28.993)
Colaboradores: Karin Midori, Sergio Lobato, Daniel Svevo, Dra. Valquíria Furlani, Cecy Passos, Herbert Corrêa, Carolina Solai, Antonietta Ficucella, Daniela Ramos e Paulo Salzo. Fale conosco: Tel: + 55 11 3801-9103 e-mail: papodepet@papodepet.com.br Departamento Comercial: contato@papodepet.com.br www.papodepet.com.br Arte: Diego Bianchi, José Carlos Chicuta e Sérgio C. Meirelles e-mail: 3fm.design@gmail.com Impressão: Gráfica Editora Modelo Assessoria de Imprensa: PMP Assessoria de Comunicação Tel: 55 11 3053-6983 e-mail: pmpassessoria@uol.com.br A Revista Papo de Pet é uma publicação bimestral da empresa Priscilla Merlino – ME, distribuída gratuitamente através de mailing e pontos selecionados. Proibida a reprodução total ou parcial de textos, artigos e imagens veiculados na revista sem prévia autorização de seus editores. A Revista Papo de Pet não se responsabiliza pelo conteúdo dos textos de seus colaboradores e nem dos anúncios.
Editorial De uns anos pra cá, o assunto virou onipresente. As ONG´s desenvolveramse, organizaram-se e, acima de tudo, estabeleceram-se como uma importante ferramenta para a melhoria de uma sociedade. Com uma série de dificuldades e muitos acertos, elas recolhem e cuidam de animais abandonados e maltratados por uma parcela irresponsável da população. Por isso, leitor, a Papo de Pet, além de apresentar a cada edição as novidades em produtos, cuidados e serviços para o bem-estar do seu pet, mostra agora o dia-a-dia de pessoas que compreendem o verdadeiro significado da compaixão, um sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia de outrem, acompanhado do desejo de atenuá-la. Independente de religião ou crença, São Francisco de Assis pregava que os animais não são coisas, objetos nem serviçais, mas sim companheiros. São eles que nos alegram todos os dias, nos momentos difíceis ou mesmo compartilhando conosco as felicidades do cotidiano. Uma boa leitura e até a próxima edição! Ricardo Mangold
Índice #04 08
HORA DA DIVERSÃO Brinquedos alegram, aliviam o estresse e educam
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PET MOVIES
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INTELIGÊNCIA FELINA
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MIMOS & CO
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Filmes protagonizados por divertidos mascotes
Gatos podem aprender apenas por observação
Preciosidades para melhorar o dia-a-dia do seu amigão
FILHOTES
Prós e Contras de adquirir mais de um pet ao mesmo tempo
30 38 40 43 54
IMPLANTE DENTÁRIO
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LIÇÃO DE RESPEITO
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LEGISLAÇÃO
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Uma alternativa para melhorar a qualidade de vida de cães e gatos
Pets são vítimas de crianças travessas
Cuidado com a venda casada!
QUILINHOS EXTRAS Rações específicas e exercícios para Pets “Gordinhos”
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PET & FOOD
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EVENTO PET
DECOR PET
Peças de decoração e design com tema de bichos
PROFISSIONAL PET A importância do aperfeiçoamento constante
PET BOOK
Literatura cujos personagens principais são os bichos
BANHOS DOS GATOS Mitos e verdades sobre a higiene dos bichanos
PET-À-PORTER
Moda para donos que são apaixonados por seus pets
IGUANA
Aparência exótica que lembra os pré-históricos dinossauros
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Rações para deixar os mascotes bem alimentados e em forma
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COLUNA SOCIAL
Famosos e formadores de opinião apresentam seus mascotes
Visitação qualificada e diversidade de produtos marcam a RioVet 2008
PET NEWS
Dicas e curiosidades sobre o segmento
66
ARARAS
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SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Aves dóceis, interativas e brincalhonas
Para o Santo os animais não são coisas, mas sim companheiros!
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À Espera de um Lar
Todos os dias seres inocentes são abandonados em ruas e jardins das grandes cidades Capa: Shutter Stock Criação e tratamento de Imagem: Diego Bianchi, José Carlos Chicuta e Sérgio C. Meirelles
Comportamento
Hora da Diversão
dado brinquedo que exercite muito, pois ele pode ser um cardiopata, ou ter problemas em articulações ou ossos, portanto irá depender da idade do idoso e de sua saúde e patologias”, sinaliza Bruna Masiviero.
Alegrar, aliviar o estresse e promover o aprendizado são apenas algumas das funções dos brinquedos na vida dos pets
C
om a chegada do mês de outubro, e o Dia das Crianças se aproximando, as atenções se voltam para as lojas de brinquedos. Mas você já parou para pensar que seu pet é uma “eterna” criança? Então, que tal aproveitar a ocasião e escolher o brinquedo mais adequado para presenteá-lo? Mais do que um passatempo, o brinquedo desempenha um papel muito importante no dia-a-dia dos animais de estimação. Aliviar a ansiedade, o estresse e promover o aprendizado são apenas algumas das funções exercidas pelos brinquedos, que ainda suprem parte da ausência dos donos. “Por serem descendentes de lupinos, os cães precisam dar vazão aos seus instintos de caça e do cérebro. Os brinquedos ajudam muito a torná-los mais equilibrados e sociáveis”, explica o educador canino, Daniel Gregório. E assim como os cães, os gatos também precisam e devem ganhar brinquedos para ser tornar mais alegres e saudáveis. Multicoloridos,
com formatos divertidos e muitas vezes inusitados, os artigos criados para os pets encantam, e até podem confundir seus donos no momento da compra. Por isso é importante conhecer os critérios que devem ser levados em consideração durante a escolha do brinquedo ideal para o animalzinho de estimação. Os brinquedos possuem finalidades diferentes para cada fase da vida do pet. O temperamento, mais calmo, agressivo, ou mesmo destruidor, também colabora para a definição do brinquedo, assim como seu porte. Vale lembrar que artigos desproporcionais ao seu tamanho, podem ser facilmente ingeridos. “Para um filhote, com a troca de dentição, é indicado um brinquedo que massageie sua gengiva, evitando os muito rígidos. Para um adulto, o importante é saber se o animal é de grande ou pequeno porte para dar um brinquedo direcionado para a sua força. E no caso de destruidores deve-se tomar cuidado com os modelos frágeis, como por exemplo, bolinhas
Para os mascotes que passam boa parte do tempo sozinhos, é recomendável optar por brinquedos que agucem sua curiosidade, que prendam sua atenção, como por exemplo, ossinhos tipo nó ou bolinhas com espaço para colocar petiscos. Desta forma o pet permanece um bom tempo entretido, tentando desfazer o nó ou retirar sua guloseima. de borracha ou látex, que são de fácil destruição, assim como alguns de corda e pelúcia, pois seus pedaços podem ser ingeridos e se não forem expelidos, ficam parados no intestino ou estômago, levando a vários transtornos e até mesmo a necessidade de cirurgia para retirada”, alerta a médica veterinária do Au Pet Store, Bruna Masiviero. A idade avançada exige ainda mais cautela no momento da aquisição de um brinquedo, uma vez que o pet idoso nem sempre possui o mesmo entusiasmo e disposição para brincadeiras. “O ideal para um idoso são os brinquedos macios como pelúcias, por causa da dentição, e dependendo do animal, não deve ser
Quando o dono está por perto a dica são os artigos que promovem interação, como por exemplo, bolinhas, cabo de força e frisbee. Bolinhas presas a cordas e brinquedos com luz são modelos que conferem diversão garantida inclusive entre os bichanos. Embora seja recomendável deixar sempre mais de uma opção de brinquedo à disposição, o pet sempre acaba elegendo seu favorito. “Os brinquedos são como uma caça para o cão, por esse motivo, e para que não haja ociosidade, devem ser trocados aproximadamente a cada três meses, fazendo um rodízio com os antigos. Caso o cão perca o estímulo no brinquedo antigo, deve ser substituído, para que não
Comportamento haja desinteresse total em brinquedos”, recomenda o educador canino, Daniel Gregório.
mais importante, como são levados à boca, devem ser muito bem enxaguados e ficar totalmente secos antes de serem devolvidos aos seus donos.
E assim como os pets, os brinquedos também necessitam de banho! A assepsia deve ser feita uma vez por semana com sabão neutro. Em casos de brinquedos utilizados em parque públicos é bom lavar assim que chegar em casa. E o
Fonte: Daniel Gregório - Educador Canino Tel.: 11 9201.8175 / Nextel id 1*48631 Dra Bruna Masiviero Médica Veterinária do Au Pet Store Av. Europa, 352 – São Paulo Tel.: 11 3088-0838 Agradecimentos: Pet Import brinquedos para cães e gatos Tel.: 11 2592 4491/ www. petimport.com.br Imagens: Shutter Stock e Divulgação - Pet Import
O mercado oferece uma boa variedade de brinquedos, confeccionados em diferentes materiais, modelos e formatos, por isso o bom senso deve prevalecer no momento da escolha, sempre levando em consideração o perfil do pet, conforme recomenda Daniel Gregório: FASE Filhote
Adulto Idoso
BRINQUEDOS Mordedores de látex c/ cravinhos, achatados, roliços, bolinhas c/ cravinhos macias ou maciças. bolinhas de borracha, mordedores com corda ou de borracha, cabo-de-guerra, Frisbee de látex, ossos de nylon maciço, pneus em látex, cong ou toing, entre outros. Modelos macios e com cravinhos
INDICAÇÃO Recomendados até a troca de dentes, pois evita que o cão roa móveis e outros objetos Utilizados para distração e ociosidade. Utilizados para distração, evitando que machuquem a gengiva
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por Ricardo Mangold ricardo@papodepet.com.br
Fotos: Divulgação
“Snow Buddies - Uma Aventura no Gelo” (E.U.A / 2008 / 87min.) é o mais recente lançamento em DVD da Disney. Estrelado pelos adoráveis filhotes da Disney, que agora embarcam numa jornada emocionante, repleta de ação, diversão e muita confusão, no Ártico. Entre eles estão o comilão Budderback, o estiloso Rosebud, o sossegado Buddha, o rapper B.Dawg e o bagunceiro MudBud, além dos novos amigos Talon e Shasta, que ajudam a turma a encontrar o caminho de volta para casa. No DVD há uma série de bônus, entre eles, erros de gravação, efeitos especiais, comentários dos buddies, entrevista com o elenco, e muito mais. www.disney.com.br
A coleção Pica-Pau e seus Amigos (E.U.A), da Universal Pictures, conta com seis volumes. São aventuras em desenho animado do pássaro mais excêntrico de todos os tempos: Pica-Pau. O desenho animado, que surgiu na década de 40 e até hoje une gerações, conta as loucas aventuras desse pássaro que faz qualquer um morrer de rir com suas palhaçadas. É diversão garantida para toda a família. www.universalpictures.com.br / SAC 11- 2105.1234
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Comportamento
E
nquanto para seus amantes e apreciadores, os gatos são criaturas excepcionalmente inteligentes, para os céticos, ou simplesmente para a grande maioria das pessoas, os gatos são pouco inteligentes, especialmente porque, diferentemente dos cães, eles são independentes e mais difíceis de treinar. Mas será que a inteligência está de fato ligada à capacidade de ser treinado ou mesmo a quanto são apegados a nós, seres humanos? A resposta é não. Serem pouco sociáveis e difíceis de manipular (embora bastante manipuladores!) significa apenas que é difícil avaliar a sua inteligência, mas não que os gatos sejam desprovidos desta. Afinal, o que, se não a sua inteligência, explicaria o grande sucesso dos gatos domésticos como caçadores solitários! De fato, embora existam gatos extremamente atentos e motivados, capazes de aprender a responder a comandos tais como “deita” e “rola”, capazes de exibir truques e até de competir em provas de esportes tradicionalmente caninos, estes indivíduos são a exceção e não a regra. Gatos se motivam relativamente pouco pelo carinho e elogios humanos, e quando a recompensa se torna difícil (exemplo: o recebimento do petisco é dificultado durante o adestramento), eles desistem e partem em busca de uma “presa” mais fácil. 12
Assim, métodos tradicionalmente utilizados para treinar cães não são exatamente os mais apropriados para treinar gatos. Sendo assim, o insucesso neste tipo de treinamento não significa que não sejam capazes de aprender e nem tampouco que não sejam inteligentes. Ao contrário, estudos científicos recentes têm comprovado nos gatos capacidades intelectuais bastante complexas, algumas delas só mesmo demonstradas por animais altamente inteligentes, tais como os primatas. A mais notável destas habilidades é o aprendizado por observação, ou seja, a capacidade que gatos têm de aprender a desempenhar determinada função a partir da observação de um outro gato em desempenho. O mais corriqueiro dos exemplos é o aprendizado da caça por filhotes de gatos, que se dá através de freqüentes observações da própria mãe em plena atividade de caça. Embora isto pareça uma tarefa simples e até óbvia para muitos proprietários de gatos, vale dizer que o aprendizado por observação é algo tão complicado que, até o momento, não há evidências científicas convincentes de que cães sejam igualmente capazes de tal habilidade.
Outro aspecto que chama bastante à atenção é o bom desempenho que gatos têm em testes de inteligência envolvendo o desaparecimento e o reaparecimento de brinquedos e /ou comida. Por exemplo, num destes testes o gato primeiramente observa o experimentador colocando um petisco saboroso dentro de uma caneca. Posteriormente, o gato também observa o experimentador trazendo esta caneca para de trás de uma barreira, porém não o vê retirando o petisco de dentro da caneca. Em seguida, o experimentador traz a caneca de volta, para próximo do gato. Seguindo um raciocínio bastante lógico (porém ausente em diversas espécies animais!) os gatos testados, ao perceberem que a comida não estava mais dentro da caneca, partiam imediatamente para a busca atrás da barreira, obtendo êxito no teste. Para se ter uma idéia, crianças só são capazes de desenvolverem tal raciocínio por volta de 1 ano e meio de vida! Por fim, porém não menos importante, podemos citar a incrível capacidade que gatos têm de medir o tempo com precisão, por exemplo, quanto devem gastar caçando, brincando ou até dormindo. É por isso que podem nos funcionar muito bem como
verdadeiros despertadores pela manhã! Numa recente pesquisa científica, os gatos conseguiram diferenciar se haviam permanecido na gaiola por 5 segundos ou por 8 segundos! Como isto? Se o experimentador os trancasse na gaiola por 5 segundos, ao ser liberto, acharia comida no lado esquerdo da gaiola. Se, por outro lado, o experimentador o tivesse deixado por 8 segundos na gaiola, ao sair desta, comida poderia ser encontrada do lado direito da gaiola. Assim, tomando como base uma incrível estimativa de quanto tempo haviam permanecido na gaiola (se 5 ou 8 segundos), os gatos então saiam e, na grande maioria das vezes, procuravam a comida no local certo! Surpreendido com o que foi até aqui exposto sobre a inteligência felina? Ainda há muito mais por vir. Pesquisadores já estão investigando nos gatos domésticos formas ainda mais complexas de inteligência, tais como a noção de cálculo ou até mesmo a capacidade de elaborar atos de vingança! Portanto, há que se ter em mente que, mesmo sendo alunos mais complexos no adestramento, gatos são excelentes observadores e quem sabe até...exímios estrategistas! Por Dra. Daniela Ramos - médica veterinária graduada pela Universidade de São Paulo (USP) e especializada em Comportamento Animal pela University of Lincoln (Inglaterra) daniela.ramos@psicovet.com.br/ www.psicovet.com.br Imagem: Shutter Stock
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Mimos&CO. por Priscilla Merlino
1 Fotos: Divulgação
priscilla@papodepet.com.br
Pequenos luxos que conferem um toque de glamour e bem-estar ao dia-a-dia do seu pet !
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1. Peitoral e guia da linha Flowers para menininhas super fashion, da PetMell (www.petmell.com/
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tel. :51- 3593.3535 ou em São Paulo através do www.amigosddc.com.br /tel.: 11- 3672.7093
2. Poltrona fofinha para momentos de relax dos bichanos, da Amazon Zoo
(www.amazonzoo.com.br/ tel.: 11- 3045.1000) 3. Bolsa para transportar seu amigão sempre com você, confeccionada em couro nos tons bege com creme, da Au Pet Store (www.aupetstore.com.br/ tel.: 11- 3088.0838) 4. Na hora do banho shampoo para pêlos claros com aloe vera e camomila ou pêlos escuros com henna e macela do campo, da Sanol Dog (www.sanoldog.com.br) 5. Cães e gatos menos ansiosos, mais tranqüilos e felizes com a ajuda dos compostos florais de Bach e Saint Germain, da Animal Flower (www.animalflower.com.br/ tel: 11- 3817.5441) 6. Roupinhas para eles e elas, nova aposta do segmento pet wear, da marca gaúcha Gang (www.gang.com.br/tel.:51-3025-4264) 7. Linha ProMeris para gatos e ProMeris Duo para cães, eficaz no combate a carrapatos e pulgas, da Fort Dodge (www.fortdodge.com.br/ SAC: 0800 701 9987) 8. Comedor para gatos com motivo ratinho e para cães com motivo de ossinho da marca holandesa Invotis, na Benedixt (www.benedixt.com.br) 15
COMPORTAMENTO
Pontos positivos e negativos de se adquirir dois filhotes de uma única vez N ormalmente resolvemos adquirir um cão por um grande impulso momentâneo. É muito difícil ouvir falar em pessoas que se informaram previamente antes de comprar um cãozinho, pesquisando desde particularidades da raça, cuidados veterinários até a forma correta de escolher um individuo dentro de uma ninhada. Este mesmo impulso pode nos levar a adquirir não apenas um, mas dois filhotes direto para dentro de nossa família. Existem muitos prós nesta escolha, mas se não prestarmos atenção em alguns detalhes, a alegria inicial pode se tornar um grande pesadelo.
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Se tomarmos como ponto de partida as necessidades naturais dos cães como socialização, companhia, atividade física, interação e brincadeiras, ter um companheiro em casa pode trazer grande qualidade de vida ao nosso pet. O ritmo corrido da cidade muitas vezes não nos dá condição para passar um tempo grande com o cão - como sabemos, animal extremamente social - por isso um amigo pode ser muito legal. O ponto sobre o qual devemos refletir é como fazer com que essa convivência seja agradável para os cães e para os donos.
Se muitas pessoas têm dificuldade de ensinar um animal, imagine dois! Dependendo da personalidade dos cães, a educação deverá ser bem mais intensa. Existem brigas extremamente violentas entre cães, há o risco de agressividade relacionada a pessoas desconhecidas, a outros animais ou até mesmo contra os donos. Possuir dois animais é mais do que ter o dobro de responsabilidade. Por isso é preciso ter um grande conhecimento de como funcionará a dinâmica de controle e treinamento daquele um grupo, mesmo que seja de dois. Os problemas menos graves, não relacionados à agressividade, porém não menos importantes são educação e obediência básica, que quando não bem aplicados tendem a gerar uma grande dor de cabeça e um transtorno na vida das pessoas.
Para tentarmos minimizar a possibilidade de problemas existem algumas dicas no momento da escolha dos cães. O primeiro ponto básico será conhecer seu temperamento e buscar os mais equilibrados: nem muito medrosos, nem dominantes ou ansiosos. No caso de filhotes podese tomar como ponto de partida o temperamento dos pais. Sexo, tamanho e idade diferentes podem ajudar muito, e para minimizar a competição, devemos evitar escolher dois cães dominantes. O ideal é buscar características que os diferenciem bastante: teoricamente será mais arriscado adquirirmos duas fêmeas irmãs com tendência à dominância do que um casal de cães de idade e tamanhos diferentes, no qual um é um pouco mais submisso do que o outro. Por Dr. Daniel Svevo Médico veterinário Adestrador e Consultor de comportamento da Organização Cão Cidadão www.caocidadao.com.br Imagens: Shutter Stock
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PROFILAXIA
Implante Dentário: Uma alternativa para melhorar a qualidade de vida de cães e gatos
A
perda de dentes também é comum em cães e gatos. Porém é um erro pensar que ela acomete apenas cães e gatos com idades avançadas. De acordo com Dr. Herbet Corrêa, médico veterinário e mestre em cirurgia, da Odontovet – Centro Odontológico Veterinário, cerca de 85% dos cães têm doença periodontal, que leva à perda dos dentes e quanto mais velho, geralmente, maior é o comprometimento. A doença periodontal é causada pela placa bacteriana que origina desde a inflamação da gengiva até a destruição das estruturas que suportam os dentes (gengiva, osso e ligamento periodontal) ocasionando a perda dos dentes. Há risco também de infecção em outros locais do organismo, uma vez que as bactérias da placa ou seus subprodutos podem entrar na corrente sanguínea. A escovação é fundamental para o controle da placa bacteriana e deve ser feita pelo menos três vezes por semana, mas de preferência diariamente, sempre com cremes dentais específicos para os pets. E em casos onde o dente ficou comprometido e caiu? A solução, assim como em seus donos, pode ser recorrer ao implante dentário, 18
conforme explica o Dr. Herbert Corrêa, em entrevista concedida à revista Papo de Pet. PP - É possível fazer implante em animais que perderam seus dentes? Dr. Herbert - Sim. O implante pode ser feito no caso de perda (fratura, extração, avulsão, anomalia e doença periodontal) ou até ausência de determinado dente (não formação). PP - Em quais casos o implante é indicado? Dr. Herbert - Esta é uma questão difícil de responder, pois não existe uma indicação expressa para a realização de um implante em um cão ou gato, por exemplo. Isto não quer dizer que os implantes não possam ou não devam ser realizados. Muito pelo contrário. É provável que muitos pacientes pudessem ter sua qualidade de vida melhorada com os implantes. O fato de cães e gatos poderem viver sem os dentes, não limita a indicação do implante. Quando estes animais possuem dentes com problemas, como é o caso da doença periodontal ou um dente fraturado eles têm sua qualidade de vida comprometida. Em outras palavras, é preferível ter um
dente saudável na boca do que ter todos os dentes, com problema. Quer dizer que cães e gatos podem viver sem os dentes? Sim, é isto mesmo. Mas não quer dizer que os dentes não sirvam para nada e que não devam ser preservados a todo custo. Os dentes servem para defesa, para pegar os alimentos e também para mastigá-los, além de funções extras, como a de “se coçar”. No entanto, na vida doméstica, a função de defesa não é primordial para sobrevivência. Depois, cães e gatos não mastigam como os seres humanos. Os seus dentes são em sua maioria com um formato pontiagudo, para rasgar os alimentos e não para moê-los. Então, se um cão perde um ou mais dentes isto não afeta significativamente sua saúde, mas se ele fica com um dente com doença, isto sim afeta à saúde. O implante vem a ser um recurso para repor um dente perdido, mas sempre que for possível deve-se tentar preservar o dente. Como dito anteriormente, a doença periodontal é a principal causa de perda de dentes e está relacionada à falta de higiene bucal. Portanto, se um paciente perdeu um dente por falta de cuidados bucais, a menos que haja uma conscientização por parte do proprietário e a introdução de hábitos de higiene bucal em casa, um implante poderia ter insucesso ou vida curta. PP - O implante pode ser feito em animais de diferentes espécies? Dr. Herbert - Sim, mas em princípio, os implantes foram desenvolvidos para
os seres humanos. Isto quer dizer que em qualquer espécie sempre serão necessárias adaptações e aí é que começam os problemas e limitações do uso de implantes em animais. Quando se fala em reabilitação oral através de um implante, basicamente existem dois componentes: o interno ou implante propriamente dito, que é uma espécie de parafuso que irá ficar dentro do osso, fazendo a função da raiz do dente, e o componente externo, ou seja, a coroa que é a parte visível do dente. Como o formato e tamanho dos dentes dos animais, de um modo geral, diferem grandemente dos dentes dos humanos, a adaptação entre a parte interna e a parte externa nem sempre é ideal o que pode comprometer o sucesso de devolver um dente perdido. PP - O tamanho e porte do animal interferem neste tipo de procedimento? Dr. Herbert - Sim, interferem. Dentes muito pequenos ou com formatos diferentes são limitações, pois os materiais são desenvolvidos baseados no tamanho e formato dos dentes humanos. PP - O implante nos animais é semelhante ao dos humanos? Os pinos também são de titânio? Dr. Herbert - Exatamente, o material utilizado é o mesmo utilizado nos seres humanos. Resumidamente, o implante é parafusado no osso e após alguns meses ocorre uma interação 19
PROFILAXIA muito íntima entre os dois (osseointegração), o que garante a estabilidade do implante. Após este período, que pode variar de 3 a 6 meses, este implante está pronto para receber uma prótese (coroa). Hoje, existe a técnica de carga imediata onde se coloca o implante e a prótese imediatamente após, mas para animais, onde não se tem um controle da mastigação, em princípio, a técnica não seja recomendável. PP - Quanto tempo dura o procedimento? Dr. Herbert - Não há limite de dentes a serem implantados num só dia, levando-se cerca de uma hora para colocar o implante. PP - É possível ocorrer rejeição? Dr. Herbert - Sim, pode haver rejeição, mas não são tão comuns, pois o material cujo implante é feito é biocompatível. O que pode acontecer é não ocorrer a osseointegração (ligação íntima entre o parafuso e o
osso) de modo que o implante se perde. Isto pode ser influenciado por infecção, carga imediata, qualidade do osso, dentre outras causas. PP - Após o implante, o animal come e brinca normalmente? Quais cuidados são necessários? Dr. Herbert - Ainda não existem estudos de longo prazo para afirmar qual a resistência de um dente implantado em animais. Em humanos existem implantes osseointegrados há mais de 20, 30 anos com função mastigatória satisfatória, desde acompanhados por boa higiene dental. PP - A mastigação pode ficar comprometida devido ao dente implantado? Dr. Herbert - Não deveria. Em princípio, a reabilitação através do implante visa devolver a forma, função e estética de um dente. Portanto, o profissional tem a tarefa de fazer um
planejamento adequado de modo que estes objetivos sejam alcançados. PP – Com o tempo é comum o implante necessitar de reparos? Dr. Herbert – Ainda não existem dados suficientes na literatura para saber qual a vida útil de um implante em animais. No entanto, uma vez que ocorreu a osseointegração, a parte interna ou implante é mais resistente e duradoura, mas a parte externa, esta sim pode sofrer fraturas ou até se perder. A vantagem é que se a parte externa se perder, esta pode ser substituída sem grandes problemas. PP – Após o implante com qual freqüência é preciso visitar o veterinário? Dr. Herbert - Pelo menos a cada 3 meses no primeiro ano e depois anualmente. Uma vez que é feito o implante e colocado a prótese, os cuidados são os mesmos de um dente normal, o que implica em escovação diária. Dr. Herbert Corrêa Médico veterinário e mestre em cirurgia Odontovet – Centro Odontológico Veterinário Tel.: 11 3816-2450 www.odontovet.com
Falha visível antes do implante 20
Dentes perfeitos após o procedimento
Raio X do implante
Divulgação – Odontovet/ Shutter Stock
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Comportamento
Lição de Respeito Se você acha que secar o gato no microondas é apenas travessura de criança, fique atento: o respeito ao próximo também envolve os animais
C
om pouco mais de 1 ano de idade Naomi foi encontrada, em junho de 2007, pelas ruas do Butantã (zona oeste de São Paulo). Seria apenas mais um caso de abandono de animais, não fosse pela crueldade que assustou aqueles que a encontraram: a bela cadelinha SRD (sem raça definida) teve os olhos colados por cola de sapateiro. Com uma grave infecção, Naomi foi recolhida e encaminhada para tratamento, e por sorte não teve sua visão comprometida. Infelizmente maustratos como esse não são apenas travessura de 22
criança. “Padrões de agressividade muitas vezes se instalam ainda cedo nas crianças porque elas foram assim educadas, podem se repetir e se
tornarem comuns na fase adulta”, avalia Francisco Assumpção Júnior, psiquiatra infantil e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Mas é possível evitar que seu filho se torne um adulto agressivo e cruel com os animais, ainda na infância? Alguns excessos cometidos por crianças pequenas com seus animais de estimação, como puxar o rabo de um cachorro, podem ser simples curiosidade, comum nessa fase, pois elas ainda não têm consciência de que podem machucar o animal. Já as maiores o fazem pelo prazer de infligir sofrimento àquele que é mais frágil, como forma de demonstrar poder ou descarregar sua raiva. Mas tais comportamentos merecem a atenção dos pais, que devem avaliar a freqüência e intensidade com que acontecem, além do dano causado, claro. Um estudo realizado pela Humane Society of the United States (HSUS), organização americana de proteção animal, estabeleceu uma conexão entre a crueldade contra animais e a violência humana. A pesquisa, realizada no ano 2000, constatou que 21% dos casos de crueldade intencional contra animais também
envolvem algum tipo de violência doméstica, seja contra o cônjuge, crianças ou idosos. Em muitos desses casos, as vítimas dos agressores também são obrigadas a presenciar atos de violência contra seus animais de estimação. A agressividade infantil não é apenas uma simples manifestação instintiva, mas reflete em muito o
modelo percebido dos adultos mais próximos, principalmente dos pais. “Ela aprende mais com o que vê do que com o que se fala para ela. Pais são modelos, por isso devem ser cuidadosos nos seus atos”, avalia o psiquiatra. Que o diga Adriana Duarte, que recebeu a cadelinha Naomi. Para ela, abandonar um animal já é 23
Comportamento por si só uma forma de violência. Defensora confessa dos animais, Adriana criou há pouco mais de um ano o site Patinhas on Line, no intuito de auxiliar um abrigo que recebe cães vítimas de abandono, torturas e descaso do homem. “Além de dar banho, limpar as baias, providenciar vacina e castração, desenvolvemos um trabalho para promover a adoção de animais, mas ainda é muito difícil encontrar um lar para tantos peludinhos abandonados”, lamenta Adriana.
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Em meio a tantas campanhas em defesa dos animais, talvez a melhor forma de combate ao abandono e aos maus-tratos ainda seja a prevenção. Certamente uma educação mais humanitária permite que a criança entre em contato com as necessidades e sentimentos do outro, auxiliando na introdução
de valores que podem impedir que os pequenos percorram caminhos destrutivos. Além disso, a crueldade contra os animais não deve ser ignorada, mas encarada como a manifestação de uma agressividade latente, que pode sinalizar um comportamento violento também contra o semelhante no futuro. Para que o respeito entre humanos e animais ande de mãos dadas, na imensa ciranda da vida, até mesmo antigas canções passaram por uma releitura. O tradicional “Atirei o pau no gato” ganhou sua versão politicamente correta, bastante propagada pelos educadores: “Não atiro o pau no
gato-to, porque isso-so não se faz-az, o gatinho-nho é nosso amigo-go, não devemos maltratar os animais!”. Os pets agradecem!
Fonte: Adriana Duarte — criadora do site Patinhas On Line e-mail: patinhasonline@gmail.com www.patinhasonline.com.br Francisco Assumpção Júnior — psiquiatra infantil Tel: 11 5579 2762 e-mail: clinica_drfrancisco@hotmail.com Imagens: Shutter Stock
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Legislação
Cuidado com a venda casada!
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ão, caro lojista. Você não está na seção errada e tampouco estamos tratando de assuntos matrimoniais aqui. Venda casada, para aqueles que ainda não sabem do que se trata, diz respeito à prestação de um serviço que, automaticamente (e muitas vezes, convenientemente), condiciona o cliente a consumir outro produto/serviço. Para quem atua no setor do
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comércio, discorrer sobre este assunto é absolutamente necessário, já que não têm sido poucas as vezes em que tomamos conhecimento de casos em que lojistas praticam a venda casada sem a mínima noção de que estão, na verdade, violando o Código de Defesa do Consumidor. Exemplos disso não nos faltam. Em particular às pet shops da cidade, vemos muitos estabelecimentos do gênero condicionarem o cliente a uma consulta veterinária tão logo este adquire um filhote.
Quer mais exemplos? Quantos lojistas do segmento não sugerem ao cliente, após uma consulta de praxe, o banho e tosa? E é claro que, conseqüentemente a isso, um xampu específico para a manutenção da tosa também se faz necessário, correto? Bem, é recomendável tomar muito cuidado com esse tipo de estratégia lojista. Muito cuidado mesmo. Todos esses exemplos nos parecem simples oportunidades cotidianas, é verdade, mas essa simplicidade engana. A ‘inocente’ prática da venda casada é resolutamente vedada pelo Inciso I, do Artigo 39 do Diploma citado. Surge, então, a pergunta: Quando é que se pode praticá-la nos estabelecimentos? Retomemos a sua definição primária. Sendo a venda casada o condicionamento de consumo de um outro produto que não aquele que o cliente originalmente procurara, é preciso que se faça bastante evidente o conhecimento sobre produtos que podem – ou devem – ser vendidos separadamente. Hipoteticamente falando, é claro que o lojista de confecção não é obrigado a vender apenas a calça do terno, assim como os chamados ‘pacotes’ oferecidos pelas agências de
turismo também não podem ser vetados pela lei. O que se veta, na realidade, é a imposição conjunta, ainda que o preço global seja mais barato que a aquisição individual, o que é comum nos citados pacotes de viagem, por exemplo. Com isso, é direito pleno do consumidor adquirir apenas dois itens, se assim o preferir, por seus preços normais. Em relação à quantidade, há situações semelhantes. Contudo, como a norma permite a utilização de limites quantitativos quando justificada, duas hipóteses são possíveis: o limite máximo de aquisição e a quantidade mínima. No primeiro caso, justifica-se que o fornecedor estipule um limite máximo em época de crise. Suponhamos que ocorra a falta de óleo no mercado. É aceitável que o supermercado venda uma ou duas latas por pessoa. No que diz respeito à imposição de compra de quantidade maior àquela que o consumidor deseja, temos de considerar os produtos industrializados que acompanham o padrão tradicional no mercado e que são aceitos como válidos. Esse é o caso do sal vendido em pacotes 27
Legislação com 500 gramas, assim como a farinha de trigo, os cereais, etc. Venda a granel, vale lembrar, é uma ação cada vez mais escassa no mercado e isso não ocorre à toa. É uma tendência natural do comércio. Na quantidade, porém, há situações mais delicadas, que exigem uma interpretação mais atenta e acurada no que concerne à justa causa. Tomem o exemplo do famoso “Compre três e pague dois”. Isso é válido desde que o consumidor tenha também o direito de adquirir apenas uma peça se quiser, mesmo tendo de pagar um pouco mais caro pelo produto único no cálculo da oferta composta. Assim sendo, é de grande valia o conhecimento desses conceitos sobre venda casada, pois apenas dessa forma evitamos cometer delitos não intencionais contra o consumidor. O Artigo 5º, Inciso II, da Lei nº 8.137/90 está aí para nos orientar sobre o tema tratado neste espaço. Se possível, pesquisem 28
a respeito e tomem nota. Isso é muito importante. Em um mercado acirradamente competitivo como o nosso, a diferença entre ter e não ter conhecimento sobre as medidas preventivas relativas à venda casada pode significar muito mais do que o simples cumprimento da lei. Acima de tudo, pode significar a sobrevivência de seu negócio. Por Dra. Valquíria Furlani Advogada atuante no segmento pet Consultora Jurídica na área pet do SINDILOJAS — SP (Sindicato dos Lojistas da Cidade de São Paulo) e-mail: valquiriafurlani@uol.com.br Imagens: Shutter Stock
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OBESIDADE
Quilinhos Extras Reeducação alimentar, rações específicas e exercícios devem fazer parte da rotina dos pets “gordinhos”
V
ida sedentária, com níveis reduzidos de atividades, castração, desequilíbrios hormonais, predisposição racial e genética, são apenas alguns dos fatores que contribuem para o sobrepeso ou até mesmo a obesidade em cães e gatos. A obesidade em animais, assim como em seus donos, pode ocasionar sérios problemas de saúde. “As pessoas acreditam que cães e gatos “gordinhos” estão saudáveis, mas na verdade não estão. A obesidade é considerada uma doença grave que predispõe a alterações mórbidas, tais como, problemas articulares e cardíacos, infecções, infertilidade e diabetes, resultando na redução da qualidade e expectativa de vida. Em média, os cães obesos vivem dois anos a menos que cães com peso ideal”, sinaliza a médica veterinária, diretora da Endocrinovet – Endocrinologia e Metabologia Veterinária, Dra. Alessandra Martins Vargas. A obesidade ocorre quando a quantidade de energia ingerida na forma de alimento é maior que a quantidade de energia necessária 30
para a sobrevivência do animal, ou seja, quando ele come mais do que necessita. “Muitos proprietários relacionam seus hábitos sociais e alimentares à vida dos animais. A redução da atividade animal comum (selvagem) pelo aumento da estimação e domesticação interfere muito no metabolismo e alimentação dos animais. Alguns proprietários acreditam que as rações não ofertam as necessidades alimentares corretas e incrementam a alimentação dos cães e gatos com suplementos ou mesmo alimentos destinados aos humanos, até mesmo como forma de agradar seu animal. Mas para estes casos vale lembrar que existem inúmeros petiscos destinados exclusivamente para cada espécie”, orienta o médico veterinário, mestre em nutrição e alimentação animal, e professor da Universidade Anhembi Morumbi – Medicina Veterinária, Dr. Roberto de Andade Bordin. Reeducação alimentar, dieta balanceada e exercícios são fundamentais para estimular a
perda de peso. A obesidade é uma doença grave que deve ser tratada assim que diagnosticada, e para que o pet recupere sua forma esbelta e saudável, o professor Roberto de Andrade Bordin relaciona as principais etapas para o êxito do tratamento:
Petiscos fora de hora devem ser contabilizados às calorias ingeridas
√ Diagnóstico diferencial entre os problemas de saúde primários que desenvolveram a obesidade; √ Desenvolver um plano de perda de peso controlada (tempo x saúde), para este animal; √ Utilização de uma dieta interessante e adequada ao animal e ao orçamento do proprietário; √ Orientação enfática ao proprietário quanto ao tratamento proposto ao seu animal de estimação; √ Incluir um programa de exercícios que se adaptem as necessidades deste animal; √ Controle de peso perdido e manutenção de peso objetivo alcançado através das consultas periódicas. Alimentação Balanceada De acordo com trabalhos científicos estima-se que no Brasil cerca de 20 a 30% dos cães e gatos estão acima do peso ideal. Para o veterinário e gerente técnico do Grupo Guabi, Dr. Rodrigo Bazolli, a obesidade pode ser evitada, desde que o proprietário 31
OBESIDADE passe a oferecer alimentos de qualidade na quantidade exata, reduza os petiscos e incentive a prática de exercícios físicos. “Estudos apontam que dietas com maiores teores de proteína e de fibra e com ingredientes funcionais, como L- Carnitina, colaboram para a perda de peso, mantém a massa muscular e contribuem para a saciedade”, ressalta Bazolli.
Ainda segundo a Dra Manoela é preciso ter muito cuidado para não reduzir a presença de alguns elementos essenciais, pois é importante também, manter o animal saciado para que ele não sinta fome durante o tratamento e acabe por ingerir outras fontes de alimentos, ou seja, controlar a ingestão sem provocar fome.
“Um animal obeso pesa 20% a mais que o peso desejado e o animal com sobrepeso está entre 10 e 19% acima do peso desejado. O depósito excessivo de gordura corporal produz efeitos prejudiciais à saúde e à longevidade. O médico veterinário é quem deve avaliar o animal através de exames e recomendar o alimento/ tratamento mais indicado para cada caso”, alerta a médica veterinária da Hill’s, Dra. Manoela Caribe.
Desde 1997 a Nestlé Purina vem oferecendo ao mercado produtos com baixa caloria, elaborados para garantir uma nutrição adequada para cães e gatos na fase adulta, permitindo a perda de gordura sem a perda da massa muscular. De acordo com estudo realizado pela empresa, cães com alimentação restrita têm em média uma vida 15% mais longa, do que aqueles alimentados à vontade.
Evite alimentos destinados aos humanos
“As rações da linha light são menos calóricas quando comparadas as demais rações, principalmente por apresentarem menor quantidade de gordura em sua composição. Frequentemente são utilizadas durante a dieta para emagrecimento ou mesmo para prevenir a obesidade em cães e gatos. Além das rações da linha light, há também as linhas terapêuticas, ou seja, específicas para cada doença. Assim, existem rações para animais obesos e para animais diabéticos, que são prescritas pelo médico veterinário”, observa a Dra. Alessandra Martins Vargas.
Uma dieta para animais obesos ou que tenham tendência a engordar deve ser balanceada para fornecer uma quantidade menor de energia, mantendo a ingestão de outros nutrientes como vitaminas e minerais. Atentas às essas necessidades, grandes empresas do segmento realizam constantes pesquisas para o desenvolvimento de linhas específicas, tanto para animais que estão um pouco acima do peso, como para casos comprovados de obesidade e doenças decorrentes. Atenção à quantidade do alimento 32
veterinário Mark Morris, que já estudava a relação da nutrição com saúde dos animais há 70 anos, a Hill’s oferece alimentos light da linha Science Diet® que são recomendados a animais saudáveis, com tendência à obesidade, e alimentos para redução e manutenção de peso da linha Prescription Diet® , que necessita de prescrição do médico veterinário.
Desenvolvida pelo visionário médico 33
Atividades Físicas
As brincadeiras feitas em casa, entre proprietário e pet, são boas aliadas para estimular a perda calórica, no entanto, há casos em que a redução de peso exige técnicas específicas e acompanhamento profissional. “ Com oito meses o Pucci apresentou um problema de peso que me assustou. Ele estava sem formas e respirava com dificuldade. Iniciei um programa de perda de peso com sua veterinária. Isso não só ajudou o seu problema estético, mas também lhe deu mais energia e vitalidade. Estou muito satisfeita e acredito que essa mudança lhe rendeu mais anos de vida”, comemora, Frederica Krull. Após aproximadamente 15 sessões de fisioterapia e controle de peso com ração balanceada, o Snoopy recuperou a forma, a saúde, e claro, a alegria de seus proprietários. “ Nosso cachorrinho Snoopy já está com 12 anos e um dos seus pontos fracos era a sustentação das perninhas traseiras devido à obesidade. Hoje, um ano após o tratamento com a Dra. Clarissa, ele não apresenta nenhum tipo de 34
problema, apesar da idade”, anima-se Amarílis Mossi. Apesar da diferença de idade, Pucci e Snoopy precisaram adotar uma rigorosa reeducação alimentar que só obteve sucesso com a implementação dos exercícios físicos prescritos pela médica veterinária Dra. Clarissa Triccoli, do Toya´s Place Pet Boutique. “Oferecemos tratamento de emagrecimento gradativo com acompanhamento nutricional, físico e psicológico. São desenvolvidas caminhadas e corridas na esteira, alongamento e massagem”, explica Dra. Clarissa. As atividades que podem acontecer de uma a três vezes por semana, são indicadas de acordo com as necessidades de cada paciente. Em todas as sessões são mensuradas e anotadas as distâncias percorridas, quantas calorias foram perdidas, o tempo em que a atividade foi realizada, assim como a freqüência
Divulgação
OBESIDADE
Cãominhadas na esteira aumentam gradativamente!
cardíaca e respiratória antes e após o exercício. “Semanalmente o animal é pesado e avaliado para comparar as suas medidas iniciais. Toda a fase de emagrecimento é seguida de acompanhamento nutricional rigoroso. O tempo estimado do tratamento varia de acordo com o diagnóstico prévio de cada paciente. E será bem sucedido se todos os membros da família cooperarem”, complementa Dra. Clarissa. 35
OBESIDADE Para ajudar na avaliação corporal e no controle e manutenção do peso ideal, WALTHAM desenvolveu um guia prático e simples de avaliação corporal, o GUIA WALTHAM SHAPE. O Guia pode ser utilizado facilmente por proprietários e está disponível on-line nos sites www.whiskas.com.br e www. pedigree.com.br. Para comprovar se seu gato está com excesso de peso ou não, faça este teste simples: • Em pé, por cima do seu gato e olhando para baixo, procure a linha da cintura dele. Gatos com o peso correto têm um afundamento perceptível atrás das costelas. • Com as palmas para baixo, coloque as duas mãos suavemente sobre as costelas do seu gato. Em condições normais, você deve poder apalpá-las, mesmo se não sobressaírem. • Se não conseguir apalpá-las, é provável que seu gato esteja com excesso de peso. Outro sinal de excesso de peso é a presença de
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gordura na área da pélvis, entre as patas traseiras. • Se, por outro lado, as costelas de seu gato estiverem muito visíveis, o animal estará abaixo do seu peso. Se depois desse teste você tiver alguma dúvida sobre o peso do seu gato, recomendamos que consulte o seu veterinário. Fonte: WHISKAS®
Elaboradas com base nos níveis energéticos e de nutrientes recomendados pelo Centro de Pesquisas WALTHAM, as linhas WHISKAS® Light e PEDIGREE® Weight Control, marcas produzidas pela Mars Brasil para animais com tendência à obesidade, apostam forte na palatabilidade. Em seu Centro de Pesquisas, em Mogi-Mirim, a empresa realiza estudos sensoriais, com testes de palatabilidade e digestibilidade, que medem a aceitação dos cães e gatos e a absorção de nutrientes. “O produto light para gatos possui uma quantidade maior de proteínas para que o animal não perca massa magra (músculo), já que não temos como levá-los para passear ou fazer exercícios”, ressalta a supervisora de marketing da PremieR Pet, Daniela Komatsu, pois vale lembrar que cães e gatos são espécies diferentes, portanto possuem necessidades nutricionais distintas. A reeducação alimentar dos pets com sobrepeso ou obesos depende da disciplina de seus proprietários, pois exige mudanças e a adoção de hábitos saudáveis, que incluem desde a introdução de exercícios diários a alimentação correta e balanceada. “Porém não basta apenas trocar a ração por uma light, é preciso ficar atento às quantidades e também os petiscos fora de hora. É importante oferecer apenas a quantidade
adequada do alimento. A quantidade ou mesmo os petiscos ao longo do dia, muitas vezes são negligenciada pelos proprietários”, destaca o Dr. Rodrigo Bazolli. Dra. Alessandra Martins Vargas Médica Veterinária Mestre em Ciências Humanas pelo ICB/ USP Diretora da Endocrinovet – Endocrinologia e Metabologia Veterinária www.endocrinovet.com.br Prof. Roberto de Andrade Bordin Médico Veterinário Mestre em Nutrição e Alimentação Animal Universidade Anhembi Morumbi – Medicina Veterinária rbordin@anhembi.br Dr. Rodrigo Bazolli Médico Veterinário Mestre e Doutor em Medicina Veterinária pela UNESP Gerente Técnico do Grupo Guabi Nutrição Animal www.guabi.com.br Dra. Manoela Caribe Médica Veterinária da Hill’s SAC 0800 70 44557 / www.HillsPet.com Daniela Komatsu Supervisora de Marketing da PremieR Pet www.premierpet.com.br Dra. Clarissa Triccoli Médica Veterinária Toya´s Place Pet Boutique Tel: 11 3141-1106 www.whiskas.com.br www.pedigree.com.br www.nestle.com.br/purina Imagens: Shutter Stock / Divulgação
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Decor Pet ricardo@papodepet.com.br
Fotos: Divulgação
por Ricardo Mangold
Especializada em objetos de decoração de luxo importados, a Grifes & Design acaba de receber esculturas coloridas da cristaleira francesa Daum. Além dos cachorros, há também elefantes, cavalos, sapos, borboletas, peixes, golfinhos, gatos e ursos; Todos são confeccionados através da técnica artesanal patê de verre (pasta de vidro), pequenos cubos de vidro que imitam pedras preciosas com detalhes minuciosos. Tel.: 11 3062-1251– www.grifesedesign.com.br
A coleção das vacas Cow Parade da Lenat Tabaco & Gifts acaba de aumentar! A tabacaria recebeu sete novos modelos de vaquinhas, cada uma mais divertida e charmosa que a outra. A Golfer Cow é assinada pela designer Eva Vitova, de Praga. www.lenat.com.br
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Ideal para decorar varandas e ambientes com estilo rústico, a escultura em forma de pato é confeccionada em raiz de madeira de floresta sustentável, e está a venda na Tania Bulhões Home. Tel.: 11 3087-0099
Se a idéia for sofisticar ambientes distintos, a dica é a coleção Farfalla, da Scatto Lampadario, que conta com abajur, arandela e pendente, nas versões prata e ouro. As peças de iluminação decorativa são de aço inox com acabamento em cristais austríacos incolores. www.scatto.com.br
A marca francesa Ibride, criada pelos designers Rachel Convers, Benoit Convers e Carine Jannin - cuja sonoridade em francês se assemelha à palavra Híbrido e esta determina também o seu conceito - produz móveis lúdicos e divertidos. Um bom exemplo é o banco ovelha, encontrado na Benedixt. Ele se chama “Scott” e é feito em material MDF com componentes encaixáveis. Tel.: 11 3081-5606 - www.benedixt.com.br
Para fugir do tradicional ursinho nos enxovais dos bebês, a Marlene Enxoval aposta nos motivos caninos para a linha de conjunto de berço. O kit, 100% algodão, com piquet e bordado, percal 180 fios, está disponível em tamanho único e conta com cinco peças: uma cabeceira, duas laterais, um rolinho e um trocador. Tel.: 11 6013-6500 www.marleneenxovais.com.br
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Marketing Pet
Porque um Profissional do Mercado Pet deve se aperfeiçoar
Q
uando observamos que nos últimos dez anos o mercado pet tem sido alvo de observação da economia como um dos segmentos que mais cresceram nos último 15 anos, em um primeiro momento podemos fazer uma análise superficial que nos indicaria o mercado pet como uma excelente opção para um investimento. E isso foi o que aconteceu, muitas pessoas investiram no mercado, super-povoando cidades, bairros e ruas de todo o país com lojas e estabelecimentos pet, os famosos petshops. Cresceram em número e isso fez com que crescesse a demanda
por profissionais que atuassem nestas lojas como vendedores, balconistas, tosadores e banhistas. Mas este crescimento foi desordenado, pois não havia, e infelizmente ainda não há em grande escala a preocupação com a formação destes profissionais que estariam lidando com os consumidores deste mercado.
E a situação se agravou com os estímulos quase criminosos que a mídia e alguns órgãos setoriais fizeram sobre o segmento, estimulando que mais pessoas, sem a menor formação, ligação ou preparo para lidar com o mercado pet, investissem suas economias em abertura de novas lojas. O excesso de pontos de venda gerou a concorrência entre eles, muitas vezes pautadas em ações não muito éticas e de baixo profissionalismo. Paralelamente a isso, o mercado consumidor dos produtos e serviços veterinários veio se transformando em um mercado altamente exigente, e o segmento se assustou com esta demanda. Hoje a resistência ao treinamento, à qualificação profissional e à educação continuada, começam a ser quebrados, mas ainda em escala de pequeno porte, pois por uma simples razão, os profissionais do mercado pet estão se importando: A competição mudou!! Os paradigmas mudaram! Hoje a qualificação dos profissionais é um fator de escolha por parte do consumidor de mercado pet!
como consultor do mercado pet, é importantíssimo a qualificação técnica, o conhecimento sobre o seu produto e o seu serviço..porém uma formação humanista, motivacional é importantíssima pois um fator relegado a segundo plano, mas presente é que as relações humanas são o fator decisivo na escolha do profissional. Eu como consumidor quero encontrar um profissional que saiba sobre o que está falando ou fazendo, que saiba me explicar e que saiba se portar, mas principalmente que saiba se relacionar. Não existe mais espaço para os dois pontos críticos, nem para falta de profissionalismo, nem para o profissional pseudo-estrela que se acha acima do bem e do mal e sequer sabe dar um sincero bom dia... E você consumidor o que espera encontrar ao entrar em uma loja? Bom serviço? Bom preço? Orientação correta? Cortesia? Segurança? Profissionais qualificados? Higiene? Novidades?
Porém, faço aqui a minha crítica 2
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Marketing Pet O que te faz escolher este ou aquele petshop ou clínica para atender ao seu melhor amigo? Pense nisso! Pois depende de você exigir que o mercado exclua aqueles que pensam
no mercado pet como um campo fértil e fácil, quando devemos buscar sempre entender que é um segmento onde além de profissionalismo você deve ter uma grande paixão pelo que faz, pois você lida com VIDA e SENTIMENTO. Por Dr.Sérgio Lobato Soluções em Pet Marketing www.sergiolobato.com.br Imagens: Shutter Stock
Capa
À Espera de um Lar ... Conheça o árduo, porém gratificante, trabalho das ONGs de defesa dos animais
A
o chegarmos no sítio em Juquitiba, somos recepcionados com festa por inúmeros cães. O olhar triste e desolado se limita a alguns poucos, porque a maioria nos recebe com carinho que pouco se vê em muitos seres humanos. Muitos desses 4 patas (ou 3, em alguns casos) estão à espera de um lar...
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Na cidade de São Paulo são incontáveis as instituições ou organizações nãogovernamentais que se dedicam, das mais variadas formas, a uma causa comum: a proteção aos animais abandonados. São pessoas que não conseguem ficar indiferentes aos peludos que encontram nas ruas, sujos, famintos, por muitas vezes feridos.
“Hoje em nosso abrigo temos cerca de 370 cães e 63 gatos, além da clínica em São Paulo, onde são feitas as castrações e preparo dos animais para doação, além de nosso próprio Centro de Adoções”, explica Cíntia Tonelli, uma das fundadoras e veterinária responsável pela Associação Vira Lata é Dez. O trabalho de socorro a animais atropelados e castração em comunidades carentes foi iniciado em 1995, e em 2003 a instituição adquiriu personalidade jurídica. Atualmente o foco maior da entidade é a castração dos animais, cerca de 15 por dia, todas realizadas em comunidades carentes da região. O amor pelo trabalho comunitário fez com que Cíntia abandonasse sua clínica de veterinária, no Morumbi, para dedicar-se exclusivamente à Ong. Apenas sua irmã continua atendendo
profissionalmente, mas também dedica grande parte de seu tempo ao trabalho na instituição. O Vira Lata é Dez se mantém com recursos próprios, obtidos com vendas de camisetas, eventos e através do apadrinhamento virtual, onde pessoas contribuem mensalmente com valores destinados à compra de ração e remédios. “Tudo isso, aluguel e manutenção do sítio, a clínica, funcionários registrados, nos leva a um custo em torno de R$ 27.000,00 por mês; só com ração o gasto é de R$ 15.000,00 mensais. Quase sempre estamos no vermelho”, relata a diretora do Vira Lata é Dez. Mas a satisfação em ver os animais recuperados e adotados mantém o ânimo destes benfeitores anônimos. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estima que na cidade de São Paulo há cerca de 1,5 milhão de cães
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- um cão para cada sete habitantes, e 230 mil gatos - 1 para cada 46 pessoas. Destes, 10% encontram-se em total abandono. O CCZ de São Paulo recolhe aproximadamente 24 mil animais por ano, dos quais cerca de 19 mil são sacrificados. A captura, a guarda e o sacrifício desses animais geram despesas aos cofres públicos, não resolvem o problema da superpopulação e alimentam um ciclo interminável de mortes. As propostas da legislação Em abril deste ano o governador de São Paulo, José Serra, sancionou a Lei no. 12.916, de autoria do deputado Feliciano Filho (PV-SP), que proíbe a eutanásia em animais saudáveis e amplia de três para 90 dias o prazo 46
de permanência destes nos canis e Centros de Zoonoses do Estado de São Paulo. Se no período de 90 dias os animais capturados não forem adotados poderão ser sacrificados. Antes da nova lei cada município tinha suas próprias regras. A partir da vigência desta nova norma, o CCZ (popularmente conhecida como carrocinha) tem recolhido apenas animais agressivos ou doentes, porque afinal, trata-se de um órgão de saúde pública, e não de um abrigo. De fato, observa-se desde o início do ano uma diminuição no número de apreensões. Segundo dados do próprio Centro, em abril deste ano (mês da nova lei) foram recolhidos 785 animais, em maio, 649. A tendência é que
o número de apreensões continue caindo, o que resulta em mais animais vagando pelas ruas. Entretanto, as entidades de proteção animal consideram a nova lei uma vitória. Elas concordam que recolher e sacrificar os animais é insuficiente para resolver a questão do abandono e da superpopulação de animais em situação de rua. Recolhê-los em abrigos também é uma solução emergencial. Devido ao constante número de animais abandonados, ONGs com estrutura inadequada ou insuficiente muitas vezes se transformam em verdadeiros depósitos de animais, fato que gera discussões acerca do trabalho desenvolvido pelos abrigos. Para Marco Ciampi, presidente da Arca Brasil, a iniciativa dos indivíduos que recolhem animais, bem como das entidades de proteção animal que possuem abrigos, representa um ato de solidariedade genuína, porém, insuficiente diante da atual conjuntura. “A sociedade se encontra num momento em que a solução para o problema dos animais abandonados está somente em ações de médio e longo prazo, como o controle de natalidade e a educação dos proprietários de cães e gatos”, avalia Ciampi. Atuando em outra vertente de trabalhos de proteção animal, a Arca
Brasil não possui abrigos nem doa animais. O trabalho é baseado em organizar e distribuir conhecimentos para a sociedade e influenciar políticas públicas. A diretora da Aliança Internacional do Animal (AILA), Marta Giraldes, concorda que muitos abrigos se transformam no que ela classifica
Grandes redes aderem a responsabilidade social A Cobasi realiza desde 2001 seu Programa de Adoção: em parceria com algumas ONGs cede espaços em determinadas unidades, sem qualquer custo, para a realização de feiras de adoção. Desde o início do projeto já foram adotados mais de 8 mil animais. São disponibilizados também espaços em frente aos caixas onde os clientes podem fazer doações de alimentos, roupas, camas, dentre outros itens. O Pet Center Marginal também firmou parceria com algumas Ongs que abrigam animais carentes e criou o Projeto Meu Novo Amigo. O grupo cede espaço nas dependências das lojas e a infra-estrutura necessária para a realização das feiras, enquanto a Ong responsabiliza-se por disponibilizar os animais devidamente castrados, vermifugados e vacinados.
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Capa como “campos de concentração”, onde animais morrem em disputas por território e por comida. “Mas o que fazer com os bebês que já estão aí?”, ela pergunta, referindose carinhosamente aos animais abandonados. A AILA instalou-se na favela de Paraisópolis, segunda maior comunidade carente de São Paulo, com a função de conscientizar os cidadãos e proporcionar-lhes condições de ter atendimento veterinário para os seus animais de estimação. Criaram também a primeira unidade móvel de esterilização e educação, um ônibus itinerante transformado em um centro cirúrgico que tem capacidade para três cirurgias de castração
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simultaneamente, podendo chegar até 100 castrações dia. Marta considera tímida a atuação do Estado diante do tema. O grande número de animais abandonados atinge inclusive a vida dos que não se preocupam com eles: muitas vezes causam acidentes de trânsito, e transmitem doenças, o que se torna um problema de saúde pública. Por isso, mais do que uma causa “humanitária”, uma contundente intervenção do Poder Público se faz necessária até mesmo para prevenir os problemas decorrentes do abandono de animais. Na tentativa de manter o mínimo de dignidade e bem-estar aos peludos
abrigados, algumas entidades optaram por não recolher mais animais além dos que já se encontram em seus espaços, e passaram a atender apenas casos emergenciais. No âmbito municipal a Lei nº 14.483, resultado do projeto de Lei do vereador Roberto Trípoli (PV), regulamentou a criação de cães e gatos e a venda desses animais por estabelecimentos comerciais no município de São Paulo, e agora os eventos de adoção são regidos por lei específica. Outra novidade importante gerada com a lei é a obrigatoriedade de os canis e gatis implantarem microchip nos animais que forem comercializados ou doados, contendo dados relativos ao animal, como espécie, sexo, cor do pêlo, idade e raça.
Dia Nacional de Adotar um animal Você sabia que dia 04 de outubro, dia de São Francisco de Assis, também é o Dia Nacional de Adotar um Animal?
Aproveite a data e reflita sobre a possibilidade de adotar um cão ou gato.
“Avançamos bastante com leis municipais, o controle reprodutivo aliado a programas educativos, permanentes e sucessivos, são os fortes pilares na busca de solução para o abandono de animais. O controle da criação e comércio de filhotes e a identificação eletrônica dos animais são ações importantes”, avalia Ângela Caruso, presidente do Quintal de São Francisco.
para atender a demanda, cenário que se repete em várias capitais do país. Um auxílio efetivo em favor da causa poderia se fazer por meio de maior incentivo financeiro do Poder Público para subsidiar as ONGs que desenvolvem estes trabalhos. Não é possível delegar a elas a responsabilidade de resolver uma questão que envolve saúde pública, educação e cidadania, pois não têm como substituir a ação do Estado. Mas descentralizar um serviço que as prefeituras não conseguem realizar é uma alternativa viável.
O fato é que os programas municipais existentes para controle reprodutivo e incentivo à adoção não são suficientes
Neste ano a Prefeitura de São Paulo ampliou o número de ONGs cadastradas para participarem do 49
Capa convênio ao Programa de Saúde Animal, que paga um reembolso aos serviços de castração prestados pelas entidades. Mas são poucas as que estão aptas a se vincularem a este convênio, porque muitas sequer têm personalidade jurídica. Outras não conseguem habilitação jurídica ou técnica. Solidariedade na internet Sites específicos para adoções de pets também apresentam bons resultados. Criado em 2003 por Susan Yamamoto e Juliana Bussab, duas amigas
apaixonadas por gatos, o site Adote um Gatinho foi fundado com o objetivo de cuidar e preparar para adoção gatos encontrados abandonados pelas ruas. Praticamente um gato é adotado por dia, graças ao trabalho suado e dedicado de suas colaboradoras. Bem organizado, o site traz fotos dos gatinhos disponíveis para adoção que ficam em lares provisórios, dentre outras informações preciosas para quem pretende adotar um felino. Susan conta que uma das principais dificuldades enfrentadas pela instituição é a falta de apoio
Há diversas formas de colaborar com o trabalho das ONGs de proteção animal: • Muitas entidades têm programas de
apadrinhamento: você pode “apadrinhar” um animal, e contribuir com uma quantia mensal para garantir ração e medicamentos para seu afilhado; • Faça a castração de seu animal. Mesmo que você consiga proprietários para os filhotes, não tem como garantir que todos sejam conscientes o suficiente; • Torne-se voluntário de alguma instituição. Muitas vezes um simples repasse de e-mail faz a diferença. • Caso opte por adotar um animal, certifique-se que ele está vacinado e castrado; • Contribua com doações em dinheiro ou em rações; • Doe medicamentos que não serão mais usados por seu pet, desde que estejam dentro do prazo de validade. 50
financeiro. Aliás, o pouco envolvimento das empresas do setor é uma queixa de dez entre dez entidades. Ao conhecer o trabalho do Adote um Gatinho, quando adotou o segundo dos cinco bichanos que tem em casa, Simone Andreata imediatamente decidiu colaborar. Proprietária da grife Maria Simone, ela criou modelos exclusivos com estampas dos felinos, e doa parte da renda para a ONG. A parceria tem sido um sucesso para ambas. Trabalho semelhante é realizado pelo site Petfeliz, criado há quatro anos. Mas a trajetória de Marta Arruda, publicitária e idealizadora do projeto, teve início há 18 anos, quando ela e o marido começaram a ajudar os animais
nas ruas. Mas não são os animais os únicos beneficiados com as adoções. “Temos trabalho, preocupação e despesas, mas numa proporção bem pequena diante da alegria e amor que nos dão Eles são exatamente como nossos filhos, pois será para toda vida, ou você dispensaria um filho por algum desses motivos?”, desabafa Alice Dutra, empresária, que adotou seu cão Jeff através do Pet Feliz. Na cidade maravilhosa... No Rio de Janeiro, intelectuais como Carlos Drummond de Andrade, Dra. Nise da Silveira e Rachel de Queiroz fundaram em 1943 a SUIPA (Sociedade União Internacional Protetora dos Animais), uma associação civil particular, mantida com contribuições 51
Capa de seus associados. A SUIPA se localiza no subúrbio do Rio de Janeiro, entre duas favelas – Manguinhos e Jacarezinho – e ocupa um terreno de três mil metros quadrados. Lá existe o abrigo, com cerca de seis mil animais, assistidos pelos 140 funcionários contratados, além dos voluntários. Segundo Izabel do Nascimento, diretora-presidente da instituição, os gastos mensais giram em torno de trezentos mil reais, pois há também animais que necessitam de medicamentos mais caros e cuidados especiais. “Culpar o governo é muito fácil, mas não tento também desobrigálo, pois as autoridades brasileiras, em especial na área de saúde e educação, deveriam dar maior ênfase à importância da esterilização nos animais de estimação, mesmo com raça definida”. No abrigo da SUIPA 40% dos cães adultos são de raças como sharpei, rotweiller, labradores, poodles, bassets, o que reflete a falta de respeito dos proprietários com relação à vida, qualquer que seja ela. Também no Rio de Janeiro, o resultado do trabalho desenvolvido pelo SOS Vida Animal foi bastante expressivo: 500 animais retirados das ruas em um ano. Hoje, com três anos de existência, a entidade não mantém nenhum abrigo por acreditar na insalubridade deste tipo de ambiente para os animais, 52
que se não forem adequadamente tratados, ficam expostos à depressão e a outras doenças, e se desacostumam ao convívio com seres humanos. Os pets resgatados ficam em lares temporários, são tratados e aguardam, à espera de adoção. Tanto quanto o Estado, os cidadãos são igualmente responsáveis por esses animais, que são abandonados à própria sorte. Por isso, pense bem antes de comprar ou adotar um pet, afinal são seres vivos, têm sentimentos. Pense com quem ficará o animal quando você sair de férias. E caso você se mude de casa ou de emprego, ele poderá ir com você? Filhotes fazem suas necessidades, muitas vezes fora do lugar adequado, roem móveis, choram à noite, ficam doentes... Cães e gatos podem viver 15 anos ou mais, e muitas pessoas compram seu animais por impulso, sem refletir o que implicaria em um convivência a longo prazo. Se você decidir ter um focinho em casa, avalie tudo isso, para que aquele ser inocente não acabe “esquecido” nas ruas e jardins das grandes cidades. “ Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da Criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante” (Albert Schweitzer Prêmio Nobel da Paz de 1952)
Cíntia Tonelli - Associação Vira Lata é Dez www.viralataedez.com.br Marco Ciampi - Arca Brasil www.arcabrasil.org.br Marta Giraldes - AILA (Aliança Internacional do Animal) www.aila.org.br Ângela Caruso - Quintal de São Francisco www.quintaldesaofrancisco.org.br Susan Yamamoto - Adote um Gatinho www.adoteumgatinho.com.br Marta Arruda - Pet Feliz www.petfeliz.com.br Izabel do Nascimento - SUIPA (Sociedade União Internacional Protetora dos Animais) www.suipa.org.br Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo – Centro Permanente de Adoção Rua Santa Eulália, 86 - Santana Imagens: Shutter Stock
Conheça o trabalho de mais algumas instituições: UIPA www. uipa.org.br
Cão sem dono www.caosemdono.com.br
Projeto Cel www.projetocel.org.br
Adote um focinho www.adoteumfocinho.com.br
Felbras – Felinos do Brasil www.felbras.hpg.ig.com.br
Chácara meus amores www.chacarmeusmores.org.br
Focinhos Gelados www.focinhosgelados.com.br
SOS Fauna www.sosfauna.org
Anjos para Adoção anjosparaadocao.multiply.com
APASFA (Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis) www.apasfa.org
Abrigo Piccolina www.abrigopicolina.org.br Anjos dos Bichos www.anjosdosbichos.com Patinhas on-line www.patinhasonline.com.br
União RSD www.uniaosrd.com.br Estimação www.estimacao.org.br Marlene Graff – Ubatuba 53
Gatos
Banho de Gato: Mitos & Verdades! Tantas são as questões com cuidados e produtos para gatos. A cada ano percebemos sua evolução. Seus proprietários buscam o que há de melhor para eles. E os bichanos agradecem com ronrons e mais ronrons.
A
gora o que todos querem saber: gatos tomam banho?
Claro que sim! Quem vai querer um bichinho de estimação sujinho? Mas gatos se lambem e esse é o seu banho? Bom, na natureza eles se lambem mais, mas em nossas casas a rotina já é outra. Hoje seus donos escovam seus dentes e usam protetor solar. Então não há sombra de dúvidas. Tomam banho sim e com produtos específicos para eles ou com ph neutro, pois gatos são super sensíveis e o ph do xampu e do condicionador é de suma importância para a saúde da pelagem. Tanto que já existem produtos para as diversas cores e tipos de pelagem. Gatos de pelagem longa e semi-longa devem ser escovados diariamente ou no máximo a cada dois dias. Para que não formem os tão famosos nós. Agora não se engane, os gatos de pelagem curta 52
também devem ser escovados. Muitos proprietários cometem esse erro. Gatos têm que passar por escovação
e esse é um momento único entre o homem e o pet. Banhos podem ser ministrados semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente. Jamais após esse período, pois em casa eles têm um comportamento onde esperam que seus responsáveis os assumam e que os mesmos cuidem deles. Procure ministrar no ato da escovação um produto sem spray para banho a seco, tipo mouse para tirar nós e manter a pelagem mais macia para a próxima escovação e banho. Para os gatos com pelagem longa e semi-longa use pentes leves com cerdas bem largas e longas ou escovas com cerdas longas e nunca com bolinhas nas pontas, pois as mesmas quebram a pelagem. Para os gatos de pelagem curta use rasqueadeiras com cerdas bem macias para não machucar a pele. Mais uma questão: gatos devem ou não ser tosados? Somente em casos impossíveis de escovação por volume absurdo de nós que é chamado de falta de posse responsável do proprietário. Como já comentado existem produtos específicos para a escovação e quando chegamos nesse extremo é sinal de que não houve comprometimento com
o animal. Tosas por completo muitas vezes podem dar alergia na pele de alguns gatos. Existem máquinas silenciosas e específicas para esses casos. Já no verão a tosa é bem vinda e deve ser feita em toda a barriga do gato, nos casos de animais com pelagem longa e semi-longa. A tosa auxilia na manutenção e higiene da parte mais íntima do seu bichano. Muitos perguntam se é preciso tirar os pelinhos do ouvido e dos tufos das patas. Sabemos que esses pêlos podem ser para proteção ou para auxiliar na higiene do banho de língua deles, e que por sinal ficam lindos com esses pelinhos a mais. O importante é buscar sempre um profissional que tenha curso de estética felina, pois ainda existem muitos profissionais que não se atualizaram e não conhecem o perfil desse cliente tão exigente. Lembrando sempre que nutrição & cosmética estão juntas para que todo esse processo se complete e que um veterinário deve ser sempre consultado. Banhos no Pet Shop devem ser ministrados somente após o ciclo das vacinas. Em casa banhos a seco e escovação conforme as dicas já citadas. Por Cecy Passos Consultora de felinos www.cecypassos.com www.nikole.com.br www.gatopersa.com.br gatanikole@gmail.com Imagens: Shutter Stock/ Lionel Falcon
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Pet-à-Porter por Priscilla Merlino Pelo visto os cães vão invadir as praias nacionais. O motivo é o biquíni criado pela estilista Adriana Degreas cuja estampa reproduz graciosos cachorrinhos. Com fundo preto e pets nas cores branco, marrom e bege, o modelito é super prático: na hora de tomar sol, o sutiã fica tomara-que-caia. Depois da praia, um toque charmoso preso ao pescoço. Já a calcinha tem arremate em fivela de tartaruga. www.ecloset.com.br Gato, cachorro, beija-flor, canário e elefante são alguns dos bichinhos que foram escolhidos pela Joalheria Alternativa para compor a nova coleção. Os pingentes, feitos em prata, podem ser encontrados em dois tamanhos. www.joalheriaalternativa.com.br
Para os mais despojados, que não dispensam uma prática e confortável camiseta, a marca dzarm tem peças bacanas com estampas de animais. Figuras de cães e gatos são reproduzidas em peças, que são encontradas em diversas cores. SAC 0800-473114 www.dzarm.com.br 26
Fotos: Divulgação
priscilla@papodepet.com.br
Já que é impossível viver grudada com seu melhor amigo, então que tal andar por aí com a imagem dele a tiracolo? É simples, basta escolher a melhor pose e mandar a foto para a Drageê – Acessórios Personalizados. Seu amigão pode estampar desde bolsas até malas de viagens, confeccionadas em lona ou couro. Tel.: 11- 6605.3385 www.dragee.com.br
Quem disse que gato preto não traz sorte? Mudando a mística pesada que o bichano carrega, a grife carioca Oh, Boy! prova que a história não passa de puro preconceito. O felino aparece como mascote, de forma charmosa e estilizada, em roupas e acessórios. Pode ser na estampa de um vestido, camisetas, maxibolsas ou até mesmo como amuleto, para ser usado onde sua criatividade permitir. A partir de agora as supersticiosas vão ter que rever seus conceitos. www.ohboy.com.br
“Less is more”, a máxima do arquiteto e designer Ludwig Mies Van Der Rohe (1886-1969) inspirou o conceito da marca TR3 shirt. A proposta é tratar o básico de forma inteligente e leve. O bom gosto aliado à qualidade. O cuidado no caimento das peças, o corte preciso, as melhores matériasprimas, o equilíbrio. Utilizando tecidos orgânicos e leves: algodão e fibras de bambu, a TR3 shirt acredita que o conforto e a estética têm de estar em harmonia com o conceito de preservação do meio-ambiente. E como não poderia faltar, cães e gatos marcam presença na coleção da marca. www.tr3shirt.blogspot.com 27
Animais Silvestres
Iguana: Aparência exótica remete aos pré-históricos dinossauros C onsiderado em alguns países como “the first reptile pet”, o Iguana, além de sua beleza exótica (possui muita semelhança com os préhistóricos dinossauros), é um animal muito dócil e calmo, que se adaptou muito bem ao convívio humano. Nos Estados Unidos é a espécie de réptil mais procurada, principalmente por esses motivos. Já no Brasil, o hábito de manter répteis como animais de estimação é ainda muito tímido, mas está crescendo a cada dia, devido sua divulgação e criação em cativeiro.
O Iguana pertence à família Iguanidae e possui o corpo alongado que pode atingir até 2 metros de comprimento, sendo 2/3 só de cauda. Possui os dedos bem compridos, o que facilita sua escalada nas árvores. Quando jovens, sua cor é verde bem intenso e à medida que se tornam adultos, sua cor
muda para um cinza mais escuro. O Iguana vive em média 15 anos em cativeiro.
Como todo réptil, o Iguana é um animal de sangue frio, ou seja, não consegue manter sua temperatura corporal sozinho e depende do fator ambiente para manter-se em equilíbrio. Por esse motivo, os cuidados já começam com o preparo de um ambiente ideal para sua manutenção. O terrário indicado para um animal adulto tem que ter pelo menos 1,60m x 0,80m x 0,60m. São arborícolas, então gostam de ficar descansando em troncos altos, por isso a importância de um terrário alto. Lâmpadas de aquecimento, tanto diurna quanto noturna (que não afeta o foto-período do animal) são necessárias para proporcionar um local aquecido, com uma temperatura de 28 a 30 graus pela manhã e de
25 graus durante a noite. O Iguana é um animal que necessita receber os raios do sol para se manter saudável. Para isso, é necessário utilizar uma lâmpada própria para répteis, que emite os raios UVA e UVB, necessários para a saúde do animal. Pedras aquecidas também são bem-vindas para auxiliar na digestão. Além do aquecimento é importante oferecer um ambiente bem natural. Isso é possível através de painéis decorativos e do uso de troncos e pedras. Outro fator importante é a umidade que deve permanecer entre 70 a 80%. Acessórios como nebulizadores, borrifadores de água ou até mesmo vasilhas com água são bem recebidos. Quando filhotes e jovens, os Iguanas são mais onívoros, ou seja, se alimentam de frutas, legumes, verduras e proteína animal. Frutas como banana, maçã, mamão, goiaba, dentre outras, e legumes como cenoura, beterraba e pepino, além de verduras como escarola, almeirão, couve e outras folhas verdes, são sempre as mais indicadas. A carência de proteína é suprida com a oferta de ração específica para iguana, além de tenébrios e grilos. Com o crescimento, o Iguana se torna praticamente herbívoro, ou seja, sua dieta se baseia em 100% de verduras. Flores como a de
hibisco, ipê e folhas de rosas também podem fazer parte de sua alimentação, que deve ser oferecida duas vezes ao dia. Vale lembrar que nos dias mais frios, o Iguana, como qualquer outro réptil, ingere bem menos alimentos. Para a qualidade de vida de qualquer animal, um conjunto de fatores tem que estar sempre bem alinhado. Portanto, a alimentação tem que ser adequada, o terrário tem que ter um tamanho mínimo ideal, a temperatura dentro do aceitável e o animal sempre deve ser observado, para detectar a tempo qualquer tipo de alteração. Os problemas mais comuns que o Iguana enfrenta são terrário mantido com temperatura errada e alimentação deficiente, com proporção de cálcio e fósforo totalmente desbalanceada. O Iguana é um animal muito dócil e tranqüilo que se adapta muito bem em cativeiro, desde que mantido de uma forma correta. Interage bem com seus donos. É indicado para qualquer tipo de público e faixa etária. Infelizmente, desde janeiro de 2008, o Iguana também faz parte da lista de animais proibidos para a venda. O IBAMA não autoriza nenhum estabelecimento a comercializar essa espécie. Porém acredito e espero que essa situação seja revertida dentro de pouco tempo. Por Antonietta Ficucella – Bióloga e gerente da Amazon Zoo, Pet Shop especializado em animais silvestres e exóticos Tel: 11 3045-1000 / www.amazonzoo.com.br Imagem: Divulgação/Amazon Zoo
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Pet & Food
A linha Science Diet Canine Light da Hill’s Pet Nutrition é indicada para cães adultos, de um a sete anos de idade, que necessitam de uma dieta menos calórica. Geralmente são cães pouco ativos, com tendência à obesidade ou castrados. O alimento ajuda a manter o peso ideal, proporcionando uma vida mais vigorosa e saudável. Além disso contém L-carnitina, que reduz o excesso de gordura corporal e promove o crescimento da massa magra muscular. A versão Small Bites é produzida com um kibble pequeno para facilitar a mastigação dos cães de pequeno porte. SAC 0800 70 44557 / www.hillspet.com
por Ricardo Mangold ricardo@papodepet.com.br
Desenvolvido para auxiliar a perda e a manutenção de peso, o alimento específico para gatos adultos da Whiskas® ganha versão Light. Elaborado com frango e legumes, além de agradar o paladar dos felinos, o produto atende suas necessidades nutricionais. O alimento contém Bioplus®, composto de nutrientes, vitaminas e fibras que favorece a saúde, melhorando a qualidade dos pêlos e a digestibilidade. SAC 0800 7020 090 / www.whiskas.com.br
Imagens: Shutter Stock / Divulgação
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A ração Frily Dog, da Fröhlich, contém probióticos que melhoram o sistema de defesas naturais, otimizando a absorção de ingredientes e o processo digestivo. Enriquecido com Ômega 3 e 6, contém também Yucca Schidigera, ingrediente natural que reduz a amônia. São quatro opções: cães em fase de crescimento, cães de pequeno porte, cães adultos com cereais ou mix de três sabores (carne, vegetais e frango). www.frily.com.br 27
Evento Pet
Agility e freesby organizados pelo Clube do Totó
Mascote agitou os visitantes no espaço da Papo de Pet
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isitantes e expositores não pouparam elogios à 8ª RioVet - Feira de Negócios Pet&vet e 8ª Conferência Sul Americana de Medicina Veterinária que aconteceu entre os dias 7 e 9 de agosto de 2008 no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro. Cerca de 8 mil visitantes, entre médicos veterinários, proprietários de pet shops e profissionais da área, circularam pelos pavilhões durante os três dias do evento, que de acordo com a organização gerou R$ 21 milhões em volume de negócios. Além das novidades apresentadas pelas 120 empresas expositoras, a 8ª RioVet contou com vários eventos paralelos, como: a etapa final do 1º Concurso de Tosa Sanol Dog para Novos Talentos, cuja primeira etapa aconteceu em julho, em 60
São Paulo. A final nacional do concurso contou com a participação dos 16 melhores tosadores do Brasil. A grande campeã foi Lucia de Queiroz Aranha, de São Paulo, que levou para casa o furgão Peugeot Partner 2008, além do troféu e de produtos profissionais da linha Sanol Dog; a 8ª Conferência Sul-Americana de Medicina Veterinária, evento fechado e técnico-científico, reuniu alguns dos mais conceituados especialistas do Brasil, América Latina e Estados Unidos. Atração à parte foi a 65ª e 66ª Exposição Internacional de Gatos de Raça, evento realizado pelo Clube do Gato do Rio de Janeiro, que já faz parte do calendário anual de exposições no Brasil e na Federação Felina Internacional. O seminário Lucrando com Pássaros e o workshop Aquariofilia atraiu muitos
Etapa final do Concurso nacional de Tosa
visitantes interessados em investir nestes segmentos. Paralelamente aconteceu também o 1º Encontro Brasileiro de Marketing Pet Vet, o 2º Seminário de Nutrição Pet e a apresentação de Agility e Freesby organizado pelo Clube do Totó.
participação na feira. “Também atingimos a meta de estabelecer novas parcerias com distribuidores e estreitar relacionamento com lojistas e veterinários”, comenta Ronald Glanzmann, presidente da empresa.
“A participação na feira teve como objetivo aumentar a distribuição, pulverizando os pontos de vendas”, afirma Felipe Lantimant, gerente de marketing da Granfino, que participou pela quarta vez do evento e apresentou a Grancão e Grancat, sua divisão de alimentação animal.
E a Revista Papo de Pet também marcou presença no evento. Seu espaço atraiu muitos visitantes encantados com a animação da mascote da revista, que entre uma brincadeira e outra, distribuía exemplares da publicação.
A Centralvet, empresa especializada em gestão comercial e representante de marcas do mercado veterinário nacional e internacional alcançou resultados positivos com a
Devido ao sucesso do evento muitos expositores já confirmaram presença para a próxima edição da RioVet, que será realizada de 14 a 16 de maio de 2009, no Riocentro. Informações no site www.riovet.com.br ou pelo e-mail info@riovet.com.br. 61
Pet News iversário de sete Para comemorar o an em São Paulo, anos, a Amazon Zoo, o o mês de promove durante tod r. São descontos setembro o Pet Baza 70% nos setores de a % que variam de 30 Entre as opções cães, aves e répteis. o, coleiras, estão roupas de invern sórios, gaiolas, es camas importadas, ac tros artigos ou tre en filhotes de aves, de répteis, a variados. Já no setor o estoque. liquidação é de todo ig. Faria Lima, Amazon Zoo – Av. Br s 9 às 18h da – 4087 – Itaim-Bibi 0, 00 -1 Tel.:11 3045 m.br www.amazonzoo.co
Acompanhantes
Artigo do Pet Bazar, da Amazon Zoo
7ª edição da Pet South América 2008 Realizada pela Nielsen Business Media, a 7ª edição da Pet South America, principal feira internacional para a linha pet e veterinária da América Latina, acontece de 17 a 19 de setembro de 2008, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Mais de 260 expositores, entre fornecedores para a indústria cosmética, farmacêutica, alimentos, insumos, acessórios, equipamentos, matérias-primas, embalagens, serviços e publicações, estarão apresentando as principais tendências e lançamentos do setor para 2008. Os organizadores estimam que cerca de 20 mil pessoas, entre profissionais da área, veterinários, donos de pet shops e representantes
Lionel Falcon
A dupla She lby de Zoda ra (6 anos) e Ludwig Van Beethoven (8 anos), d a raça Schnauzer miniatura, que pertence a Ma Selma Hage rcia Hage e ,d foi a vence e São Paulo, dora do co ncurso Pet Model, promovido na última ediç ão Papo de Pe da Revista t. E fotografado les foram sp especializa elo retratista do em anim ais Lionel Falc on. Parabé ns!!!
Divulgação
Pet Bazar
Pet Model
das indústrias de rações, acessórios, medicamentos e cosméticos, visitem a feira durante o três dias de evento. Paralelamente à feira acontece: 8º Conpavepa (Congresso Paulista de Medicina Veterinária de Pequenos Animais), International Pet Business Meeting (evento comercial que atende às expectativas dos profissionais da indústria e do setor de produtos para animais de companhia), 5º Seminário de Lojistas Pet (para gerentes e administradores de pet shops e clínicas veterinárias), além do 3º Seminário Arca Brasil - Veterinário Solidário: Responsabilidade Social & Crescimento Profissional. Informações no site www.petsa.com.br
Fazer exames laboratoriais acaba de se tornar uma experiência bastante agradável. Graças ao inovador projeto do Fleury Medicina e Saúde, em São Paulo, que a partir de agora permite pets como acompanhantes durante a consulta para realização dos exames de saúde. Inicialmente as unidades Paraíso, Ibirapuera, Jardim América e Villa-Lobos já disponibilizam em suas
áreas externas espaços com divisórias e bebedouros com capacidade para acomodar gatos e cães de pequeno, médio e grande porte. E entre um exame e outro, os clientes ainda podem folhear e retirar gratuitamente o seu exemplar da revista Papo de Pet, que já está disponível nestas unidades. Tel.: 11 3179-0822
(11) 3641.8478 www.caesmaravilhosos.com.br
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Aves & Cia
Araras: dóceis e belas
À
primeira vista, apesar de sua beleza exuberante, elas impõem respeito às pessoas que tentam se aproximar. Algumas vezes são tomadas como aves que devem ser mantidas à distância, sem muito contato com os seres humanos, por serem donas de bicos bem fortes e potentes. Entretanto, após alguns minutos de observação, fica fácil perceber que as araras são aves extremamente dóceis
e interativas, que adoram carinho e atenção. Podemos dizer até, que são brincalhonas! Dentre os psitacídeos, família de aves que inclui exemplares de bico torto (como os papagaios e periquitos), as araras são os maiores representantes. Elas pesam entre 1,2 kg e 1,5 kg, e podem chegar até quase 1m de comprimento, dependendo da espécie. Em nosso país encontramos quatro espécies de araras: a arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), a araracanindé (Ara ararauna), a arara-vermelha (Ara chloroptera) e a ararapiranga (Ara macao). Para todas elas é permitida, desde 1997, a criação comercial em criadouros com registro do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), para serem animais de estimação.
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Isto significa que os amantes de aves podem ter em suas casas, de maneira legalizada e com origem comprovada, um dos exemplares mais magníficos da avifauna brasileira. E não é só a beleza que chama a atenção das pessoas que decidem ter uma arara em suas casas: são a sua afetuosidade e interatividade conosco o que realmente nos conquista. Elas reconhecem as pessoas que convivem com elas e são muito amigáveis e companheiras, a ponto de seguirem seus donos pela casa para poderem sempre estar próximas daqueles que gostam. Além do fato de que são capazes de aprender a vocalizar algumas palavras. É claro que estas características estão presentes naquelas araras que são criadas 65
• Além da necessidade de uma gaiola ou viveiro de tamanho adequado para a ave (para ser utilizada nos momentos em que estiver sozinha e como dormitório), é importantíssimo que os donos tenham disponibilidade de tempo para poder brincar e dar atenção e carinho à nova integrante da família; • Também é importante manter uma alimentação adequada à base de ração peletizada específica para os psitacídeos, frutas, legumes e verduras escuras;
de maneira correta desde o início de suas vidas, pelos criadouros e, posteriormente, por suas famílias. Por isso, se você tem interesse em ter uma arara em sua casa, é essencial comprá-la de um estabelecimento que tenha registro do IBAMA para a venda de animais silvestres, que forneça nota fiscal com a marcação individual da ave (presente na anilha e/ou microchip) e que dê toda a orientação necessária relacionada ao manejo nutricional e sanitário dela. E para quem está pensando que é muito complicado ter uma arara em casa, aqui vão algumas dicas:
• A limpeza do ambiente e dos utensílios utilizados pela arara deve ser diária; • E o local escolhido para que ela fique na casa deve ser sempre protegido do vento. E após a aquisição, é só manter estes cuidados e desfrutar da companhia do novo amigo, que com certeza acompanhará os donos por muitos e muitos anos. Afinal de contas, as araras podem viver cerca de 80 anos em cativeiro. Por Carolina Solai — Bióloga Casa do Papagaio www.casadopapagaio.com.br Imagens: Shutter Stock
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São Francisco
Para São Francisco de Assis os animais não são coisas, objetos nem serviçais, mas sim companheiros
J
uli e Fofinha são duas gatas que vivem e circulam em um ambiente muito calmo, onde a maioria das pessoas nunca terá acesso. A dupla faz parte dos mascotes que habitam o Convento de São Francisco de Assis, no Largo São Francisco, em São Paulo. Nesse ambiente cercado por muita paz, oração e abnegação, elas convivem tranquilamente com seis
periquitos e um casal de calopsita, além é claro, dos 30 Frades Franciscanos. Fundado em 1947 o Convento teve como morador mais ilustre o Frei Antônio de Sant’Ana Galvão, o primeiro santo brasileiro. No dia 6 de junho de 1997, o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, declarou que o Convento de São Francisco passaria a ser também Santuário São Francisco, já que recebe fiéis de toda a grande São Paulo. Por ser um Santuário, oferece atendimento espiritual ininterruptamente durante todo o dia. Para se ter uma idéia, cerca de 2.241 pessoas procuram as confissões mensalmente. Porém, engana-se quem pensa que o dia-a-dia na comunidade religiosa é calmo. Seguindo os ensinamentos de São Francisco, os freis dedicamse às causas sociais e coordenam distintos projetos, como o SEFRAS – Serviço Franciscano de Solidariedade que mantém três grandes programas sociais: defesa da cidadania, inserção no mercado de trabalho e formação
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Benção aos Animais As atividades sociais são conciliadas aos momentos de benção e cuidados com os nossos amigos de quatro patas. “Para São Francisco os animais não são coisas, objetos nem serviçais, mas sim companheiros dos humanos, e devemos respeitá-los, assim como toda a natureza”, revela o Frade Marcos Estevam de Melo, mais conhecido como Frei Melo. São Francisco amava e respeitava todas as pessoas, ao mesmo tempo, que protegia animais e plantas aos quais chamava, carinhosamente, de irmãos. Para ele, também a chuva, o vento e o fogo deveriam ser reverenciados e respeitados. Considerado o santo mais amigo dos animais, foi intitulado patrono do presépio e Santo Patrono dos Ecologistas. Graças à sua mensagem de paz, São Francisco é respeitado por várias religiões, e sua Basílica em Assis, na Itália, é a segunda mais visitada por turistas de todo o mundo, ficando atrás apenas do Vaticano. Todo dia 04 de outubro as comunidades Franciscanas realizam festividades e
integral. A partir deles, desenvolve serviços e projetos que atendem soropositivos, crianças em situação de risco, terceira idade, população em situação de rua, catadores de materiais recicláveis, jovens excluídos do ensino superior e famílias.
Moacir Bego/ Divulgação
Amigo dos Animais
Animais e seus donos recebem a benção de Frei Melo
celebrações litúrgicas pelo padroeiro São Francisco de Assis. Em São Paulo, os Freis organizam a Marcha pela Paz, cuja caminhada termina em frente ao Santuário onde acontece a Missa e a Benção aos Animais. “As pessoas trazem mais cachorros e gatos, mas já benzemos periquito, galo, tartaruga e hamster. E os donos também recebem a benção”, destaca Frei Melo. A bênção aos animais não acontece apenas no dia do padroeiro. É possível levar o pet durante os dias da semana. Basta ligar antes e agendar na secretaria do Santuário. Informações: Fraternidade Franciscana São Francisco Tel: 11 3291-2400 Largo São Francisco, 133 - Centro Arquidiocese de São Paulo - Regional Sé www.franciscanos.org.br Agradecimentos: Frei Marcos Estevam de Melo e Fraternidade Franciscana São Francisco 71
COLUNA SOCIAL
Fotos: arquivo pessoal
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1 - José Carlos Julianelli Jr., gerente-comercial da Nielsen Business Media (organizadora da Pet South America), e sua border collie Catarina.
3 – O casal da raça maltês, Spliftch e Nounis, posa com sua dona, a apresentadora Claudete Troiano.
2 – Membro da Academia Paulista de Letras, o autor de livros, peças teatrais, roteiros e novelas de televisão Walcyr Carrasco não dispensa a companhia de seus gatos Shiva e Merlin, além de três cães.
4 - A arquiteta e decoradora Brunete Fraccaroli se diverte com sua maltês Sissi, que ganhou o nome em homenagem à imperatriz da Áustria.
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Foto: André Vicente/ MD Assessoria
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