CHOCOLATE
Gostinho de Intoxicação
KIT BANHO
Utensílios próprios previnem doenças
GATOS
Pediatria Felina
CRECHE
ão Ediç 07
Brincadeiras e socialização
PUPPY CLASSES
R$
8,6
Ma
rç o/A
0 0
9
Aulas de adestramento em Londres
bril - 20
#7
E MAIS: • CASTRAÇÃO • DUPLA DENTIÇÃO • TUCANOS • COLUNA SOCIAL
CÃO E GATO
CÃO E GATO
Apesar das diferenças, podem ser bons amigos?
Expediente Diretoria
Priscilla Merlino – priscilla@papodepet.com.br Ricardo Mangold – ricardo@papodepet.com.br
Jornalista Responsável Priscilla Merlino (Mtb 28.993)
Colaboradores: Karin Midori, Dr.Sérgio Lobato, Dr.Daniel Svevo, Dr.Herbert Corrêa, Dra Luciana Deschamps, Dr. Christian Corrêa, Dra Leticia Costa e Cecy Passos. Fale conosco: Tel: + 55 11 3801-9103 e-mail: papodepet@papodepet.com.br Departamento Comercial: contato@papodepet.com.br www.papodepet.com.br Assinaturas: assinatura@papodepet.com.br Arte: Diego Bianchi, José Carlos Chicuta e Sergio C. Meirelles e-mail: 3fm@3fmdesign.com.br Impressão: HR Gráfica Editora Assessoria de Imprensa: PMP Assessoria de Comunicação Tel: 55 11 3862-3269 e-mail: pmpassessoria@uol.com.br A Revista Papo de Pet é uma publicação bimestral da empresa Priscilla Merlino – ME. Proibida a reprodução total ou parcial de textos, artigos e imagens veiculados na revista sem prévia autorização de seus editores. A Revista Papo de Pet não se responsabiliza pelo conteúdo emitido nos artigos de seus colaboradores e anunciantes.
Editorial “Brigando feito cão e gato!”. Esta frase não condiz mais com a realidade. A matéria de capa desta edição da Papo de Pet mostra como o convívio entre as duas espécies pode ser saudável, apesar das diferenças. A edição também traz uma reportagem sobre os malefícios do chocolate destinado ao consumo humano. Apenas um “pedacinho” nesta época de Páscoa, pode ser “fatal”. Estes e outros cuidados você confere nesta edição e garante assim mais qualidade de vida e saúde para o seu melhor amigo. Após um ano de mercado, a Papo de Pet comemora sua consolidação e atende a inúmeros pedidos: a revista passa a contar com o sistema de assinaturas e vendas. Desta forma você não perde mais nenhuma edição e ainda pode receber seu tão esperado exemplar com todo conforto e praticidade em sua casa ou comprála nos locais de costume. Boa leitura! Priscilla Merlino
Índice #07 06 10 12 16
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DUPLA DENTIÇÃO
70 74
DIREITO DOS ANIMAIS Declaração Universal foi promulgada pela UNESCO em 1978
MIMOS&CO
Conforto e beleza para o seu amigão
FITOTERAPIA
Tratamento de pele com Aloe Vera
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PET-À-PORTER
62
PET NEWS
24
CHOCOLATE
64
PASSEIO DE GATO
28
GATOS
66
32
DECOR PET
CRECHE
Diversão garantida durante todo o dia
19
PET MOVIES
20
PUPPY CLASSES
Mascotes comandam sucessos na telona
Aulas de adestramento para filhotes ingleses
Em muitos casos a extração é a única solução
Roupas e acessórios com tema de animais
Apenas um “pedacinho” pode causar intoxicação
Pediatria Felina
Objetos de decoração para sua casa
34
KIT BANHO
50
PET BOOK
52 56
Eventos do setor e outras curiosidades
CASTRAÇÃO
Vantagens e mitos sobre a polêmica cirurgia
COLUNA SOCIAL
Famosos divertem-se com seus pets
Dicas para a saída do bichano
TUCANOS
Dóceis e sociáveis
40
Cão e gato
Convivência pacífica e amigável?!
Acessórios próprios previnem doenças
Bichos invadem o universo literário
PRODUTOS DE NICHO
Afinal, o que é isso?
PET FOOD
Petiscos e rações para agradar a bicharada
Capa: Shutter Stock Criação e tratamento de Imagem: Diego Bianchi, José Carlos Chicuta e Sérgio C. Meirelles
Legislação
Declaração Universal dos Direitos dos Animais
V
ocê sabia que existe uma Constituição para os animais? O documento foi promulgado pela Unesco (órgão que pertence à Organização das Nações Unidas, criado para promover a solidariedade e a paz). A declaração data de janeiro de 1978 e serve de referência para as leis de proteção aos animais. Segundo a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, todo animal têm direito à vida, ao respeito e à proteção do homem. Nenhum deve ser maltratado, torturado ou sofrer
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qualquer tipo de violência por parte do homem. Os animais selvagens têm o direito de viver livres em seu ambiente natural, com condições de se alimentar e se reproduzir. O animal que o homem escolher para companheiro, não deve nunca ser abandonado. Toda experiência científica que envolva animais precisa obedecer princípios éticos e ser acompanhada por especialistas que garantam que o animal não passe por sofrimento. Todo ato que põe em risco um animal é um crime contra a vida. A declaração afirma ainda que a poluição e a destruição do meio ambiente, também são considerados crimes contra os animais, já que impedem a sobrevivência das espécies na natureza.
Declaração: Artigo 1º • Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência. Artigo 2º • 1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado. • 2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de colocar os seus conhecimentos a serviço dos animais. • 3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem. Artigo 3º • 1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis. • 2. Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia. Artigo 4º • 1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir. • 2. Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.
Artigo 5º • 1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie. • 2. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito. Artigo 6º • 1. Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural. • 2. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante. Artigo 7º • Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso. Artigo 8º • 1. A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, 7
Legislação comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação. • 2. As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas. Artigo 9º • Quando o animal é criado para alimentação, ele deve ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.
Artigo 12º • 1. Todo o ato que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie. • 2. A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio. Artigo 13º • 1.O animal morto deve de ser tratado com respeito. • 2. As cenas de violência de que os
Artigo 10º
• 1. Nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem. • 2. As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal. Artigo 11º • Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida. 8
animais são vítimas devem ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal. Artigo 14º • 1. Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar representados em nível governamental. • 2. Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem. 9
Saúde Animal
Fitoterapia com Aloe Vera para tratamento de pele em cães
O
que é a fitoterapia? Fitoterapia vem do idioma grego e quer dizer “tratamento” (therapeia) “vegetal” (phyton), sendo a utilização de vegetais em preparações farmacêutica (extratos, pomadas, tinturas e cápsulas) para auxílio ao tratamento de doenças, manutenção e recuperação da saúde. O descobrimento das propriedades curativas das plantas foi, no início, meramente intuitivo ou, observando os animais que, quando doentes, buscavam nas ervas cura para suas afecções. O uso de plantas medicinais vai desde as formas mais empíricas e tradicionais até as científicas. A fitoterapia acompanha a humanidade desde os povos primitivos, que já utilizavam plantas medicinais para curar doenças, e hoje em dia vem ganhando cada vez mais popularidade no mundo todo. A Aloe Vera (do latim vera, “verdadeira”), mais conhecida como 12
Babosa, é uma planta muito utilizada desde a Antigüidade para promover saúde e beleza. Pesquisadores encontraram relatos do uso desta planta entre civilizações antigas como os egípcios, gregos, chineses, macedônios, japoneses e mesmo citações na Bíblia deixam claro que era comum o uso desta planta. A própria Cleópatra, no antigo Egito, utilizava suas propriedades para tratar sua pele; Os soldados de Alexandre o Grande, utilizavam como medicamento de primeiros socorros para curar ferimentos, abreviando sua cicatrização; Antigas tribos do México e América Central e do Sul utilizavam para tratar do cabelo, pele, couro cabeludo e problemas do estômago; A comissão de Energia Atômica dos EUA usaram o Gel de Aloe Vera no tratamento de queimaduras provocadas pelo raio-X, e etc
catalogadas mais de 200 espécies, dentre as quais destacam-se a Aloe arborensis e a Aloe barbarensis Miller, sendo esta última a mais utilizada atualmente devido à maior concentração de nutrientes no gel da folha. Tem um aspecto de um cacto de cor verde, mas pertence à família das Liliáceas, da qual fazem parte a cebola, o nabo e os aspargos. A Aloe Vera pelo qual ela se apresenta em vários produtos cosméticos é constituída de 96% de água e de 4% de
complexas moléculas de carboidratos. É essa água toda que a torna capaz de exercer o seu mais importante papel: o de penetrar profundamente em qualquer tecido e lá operar seus efeitos prodigiosos. Segundo publicação oficial da Organização Mundial da Saúde (WHO, “World Health Organization”), a Aloe Vera é amplamente utilizada em tratamentos de pele, reduzindo inflamações em locais de ferida, acelera
É uma espécie de planta do gênero Aloe, nativa do norte da África, de regiões desérticas, do qual são 13
Saúde Animal cicatrização, aumenta a duplicação e renovação celular, diminui “manchas de pele e cicatrizes” quando aplicadas corretamente. Como a babosa tem o mesmo pH da pele de humanos e animais, ela prolonga a proteção contra as bactérias, além de ser antialérgica. Instituições científicas no mundo, apoiados por provas de laboratório e experiências químicas, mencionam as seguintes propriedades da Aloe vera: • Inibidora da dor • Antiinflamatório • Coagulante • Queratolítica • Antibiótica • Regeneradora • Energética e Nutritiva • Contêm vitaminas A, B1, B5, B6, B12 e C • Digestiva • Desintoxicante • Reidratante e Cicatrizante. Nos últimos anos surgiu interesse no potencial médico da planta e isso também passou para a Medicina veterinária. Muitos são os problemas dermatológicos envolvendo cães e observa-se que uma gama cada vez maior de proprietários não confiam apenas na utilização de medicamentos tradicionais para tratar seus pets. Um aspecto 14
que favorece a demanda por fitoterápicos, como a Aloe Vera em questão, é que a cura acontece sem causar grandes efeitos colaterais danosos, garantindo bem-estar e prolongamento às atividades dos animais – uma vez que as outras terapias muitas vezes implicam algum tipo de reação ou efeitos colaterais, sem contar que uma medicação forte demais traz o risco de nova patologia no animal já doente, modificando todo seu quadro clínico. Os hábitos dos donos refletem muitas vezes nas formas como seus bichos de estimação são tratados, por isso, o aumento do consumo de produtos e medicamentos naturais pelos humanos reflete também no crescimento da utilização de produtos fitoterápicos em animais. Com o uso da Fitoterapia há inúmeras possibilidades de tratar de forma eficaz e mais suave os problemas de cães, gatos, entre outros bichos, sem comprometer sua saúde e equilíbrio, de forma preventiva, auxiliar e curativa. Por Dr Christian Corrêa Médico Veterinário VilaVet - Clinica Veterinária e Petshop Tel.: 11 5084-2910 www.vilavet.com.br contato@vilavet.com.br Imagens: Divulgação/ Shutter Stock
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Comportamento
Ele não está só! Graças às creches para animais, agora nossos amigos peludos não ficam mais solitários
Q
uando desfrutamos da companhia de um animalzinho de estimação, não podemos nos esquecer que o bemestar dele é tão importante quanto o nosso. E considerando que bemestar envolve saúde física e mental, concluímos que os cuidados vão muito além de vacinação em dia e uma boa ração, certo?
pessoas recorrem a um serviço cada vez mais popular: a creche para animais. Antes imaginável apenas para as crianças (humanas), este serviço tem aliviado a consciência de gente como a jornalista Luiza Lobato, casada e sem filhos. “Eu e meu marido trabalhamos o dia todo, e não seria justo a Amy passar o dia todo só. Nenhuma criança deveria ficar sozinha”, diz referindo-se
Enquanto seus donos trabalham, muitos animais passam o dia sozinhos, e não raras vezes começam a desenvolver transtornos de comportamento. “Os cães são descendentes do lobo, que é um caçador. Até pouco tempo atrás viviam em bandos, e soltos em grande extensão, onde caçavam, se sociabilizavam e brincavam”, explica Luciana Scaramuzza, proprietária do Amigos DDC Boutique Animal e estudiosa em comportamento “Diversão garantida na creche Cãominhando” animal. “Os cães continuam tendo à cadelinha beagle, de um ano, que há a necessidade de exercer seus instintos, 6 meses freqüenta a creche. e impossibilitá-los desses desejos naturais pode ocorrer conseqüências negativas e Criado nos Estados Unidos com o nome até mesmo graves”, completa. de Day Care, a proposta das creches é aliviar o stress do cão na ausência do É por conta dessa realidade que muitas 16
dono, através de atividades individuais e em grupo, e estimular a socialização, promovendo o equilíbrio físico e mental. No Cãominhando, além das atividades físicas e de adestramento, também fazem parte da rotina da creche aplicação de reiki, cromoterapia, aromaterapia e Florais de Bach.
No Amigos DDC, o transporte casa – creche – casa é feito sem caixas de transporte. A segurança dos quatro patas no veículo é garantida por cintos de segurança especiais para animais.
No Pet do Parque, cada animal tem sua própria mochila (com motivos infantis, claro!), e os “pais” podem acompanhar todas as atividades de suas “crianças”: a agenda mantém o proprietário informado sobre o dia-a-dia do animal, e o local dispõe também de câmeras de monitoramento online 24h. Assim é possível conferir se o animal está em atividade e sendo bem tratado. Mas não vale ficar ligando para a creche a todo momento, por qualquer motivo; bom-senso é fundamental!
Os serviços oferecidos pelas creches são os mais variados, na tentativa de conquistar a confiança dos proprietários e o bem-estar do animal. O serviço pode variar de R$20,00 a R$ 40,00 por dia, havendo pacotes especiais por mês. Mas algumas exigências são observadas antes de aceitar um novo animal: de modo geral, as creches só aceitam animais com vacinação completa (v10 ou v8 + anti-rábica+ giardíase + tosse dos canis), além de aplicação mensal de anti-pulgas e vermifugação a cada 3 meses. E geralmente não são aceitas cadelas no cio.
Alguns locais oferecem o serviço de leva-e-traz, que é pago à parte.
Os animais devem levar na mochila guia e coleira, alimentação (caso a ração
17
Comportamento educados para passear e fazer as necessidades no local certo”, avalia Vanessa Requejo, veterinária do Cãominhando.
consumida seja diferente da oferecida no local), roupa e kit de higiene. Ainda há quem estranhe tamanho cuidado, mas os benefícios são visíveis: os animais deixam de destruir móveis e pertences dos donos, deixam de latir excessivamente, ficam mais sociáveis com as visitas, e deixam de se auto-mutilar. “Os donos ficam satisfeitos por seus animais estarem sendo bem cuidados, educados, tendo os horários para alimentação e medicação respeitados. Eles também ficam mais
Como escolher a creche ideal? • visite o local, e confira se os ambientes são seguros e limpos; • veja se o espaço é suficiente para o número de animais atendidos; • em locais com grama sintética, o
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Luíza concorda, e relembra quando sua Amy teve pseudociese (gravidez psicológica), e precisou ser medicada várias vezes ao dia com compressas. “Graças ao Pet do Parque foi possível fazer o tratamento, do contrário eu teria que sair de férias”, desabafa. Fontes: Pet do Parque Rua Pirapora, 252 — Vl. Madalena Tel: 11 3884-5299 www.petdoparque.com.br Cãominhando Rua Coronel Ferreira Leal, 304 — Butantã Tel: 11 2506-6487 www.caominhando.com.br Amigos DDC Boutique Animal R. Dr. Homem de Mello, 270 — Perdizes Tel: 11 3672-7093 www.amigosddc.com.br Imagens: Divulgação e Shutter Stock
controle de parasitas é mais eficiente; • a creche deve manter veterinário de plantão para os casos de emergência; certifique-se de que a equipe é bem treinada; • leia atentamente o contrato e guarde uma cópia.
por Ricardo Mangold ricardo@papodepet.com.br
Fotos: Divulgação / Reprodução
Novidade nas telonas nacionais “To de Férias” (Impy’s Island / Alemanha / 2006 - 87mim) é uma animação que se passa em uma pequena ilha dos mares do Sul. Um grupo de animais – um pingüim, um lagarto, um pássaro e um elefante marinho – tem suas vidas idílicas interrompidas por Impy, um safado e amável bebê-dinossauro. www.parisfilmes.com.br
Uma boa dica para assistir em casa é a primeira versão para cinema da clássica criação do cartunista Jim Davis: Garfield – O Filme (Garfield / 2004 - 80min). Idealizada para ser um espetáculo infanto-juvenil, a história apresenta o cotidiano sem graça deste felino e de seu dono, o bonzinho e apalermado Jon (Breckin Meyer). Se dependesse do gato, obeso e ególatra, o mundo seria resumido a sonecas e lasanhas. Mas Jon se apaixona pela veterinária Liz (Jennifer Love Hewitt), que o convence a adotar também um cão SRD de nome Odie (interpretado por um animal real). Sentindo seu terreno invadido, Garfield faz de tudo para jogar seu novo desafeto para escanteio. www.casaevideo.com.br 41
Comportamento
Puppy Classes Aulas de adestramento em grupo para filhotes
A
qui na Inglaterra é muito comum, quando se adquire um filhote de cão, levá-lo às tais Puppy Classes. Em diversos bairros podemos encontrar esse tipo de serviço, que promove uma excelente base na educação e socialização de nossos amigos caninos.
atenção ou carinho e até comandos básicos de obediência. Normalmente as aulas intercalam períodos de brincadeira com exercícios de adestramento. Essas reuniões ocorrem uma vez por semana e o ciclo completo de aulas gira em torno de quatro encontros.
Normalmente grupos de pessoas e seus cães se reúnem com o adestrador que iniciará a aula explicando os princípios básicos de como promover um desenvolvimento adequado para os filhotes, e como sociabilizá-lo corretamente. Isso engloba ensinamentos a respeito de uma boa convivência e o direcionamento das necessidades naturais para comportamento aceitáveis, tipo: xixi e coco no lugar certo, não pular nas pessoas para ganhar
Um ponto fundamental que é sempre enfatizado durante as aulas diz respeito da importância de nos tornarmos líderes nessa relação, utilizando os princípios do reforço positivo. Essa base imprescindível na educação dos filhotes irá perdurar por toda jornada que está se iniciando. Visto que após o ciclo vacinal os cães terão como rotina longos passeios pelos parques, comandos como “vem” ou “aqui” são super treinados. Para estimular o cão a nos procurar, um dos exercícios começa com o dono escondido
20
atrás de um biombo enquanto o cão será distraído por outra pessoa. Na sequencia, o dono passa a chamar pelo nome do cão que começa uma busca até achá-lo e assim por diante. Não podemos esquecer da grande sociabilização que este filhote está tendo a oportunidade de vivenciar: ele entra em contato com outros cães, com cheiros diversos, pessoas diferentes, situações preparadas e controladas. Depois do término do
ciclo de aulas encontramos donos mais responsáveis, munidos de informações corretas a respeito dos princípios básicos de treinamento e comportamento canino e, o melhor, um animal mais preparado para crescer e se desenvolver adequadamente. Por Dr. Daniel Svevo, de Londres Médico veterinário, Adestrador e Consultor de comportamento da Organização Cão Cidadão Imagens: Shutter Stock
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Pet-à-Porter
A artista plástica Virgínia Caldas acaba de criar eco-bags com temas de gatos. Amante dos felinos, Virgínia é parceira da ONG Adote um Gatinho. www.virginiacaldas.com.br / Tel.: 11 9303-0835
por Priscilla Merlino priscilla@papodepet.com.br
Fotos: Divulgação
Com a proposta de deixar os pequenos ainda mais fofos e na moda, a marca Baby Couture desenvolveu kits para os recémnascidos confeccionados com o mais puro algodão. O diferencial fica por conta da estampa clean com graciosos cãezinhos. www.babycouture.com.br / Tel.: 11 3661-4105
E como estampa de bichos dificilmente sai de moda, a marca carioca Barra Mix elegeu a padronagem de onça para criar uma carteira super fashion. Tel.: 21 3410–1243
Cada vez mais antenadas e por dentro da moda, à meninada não vai resistir ao modelo Havainas kids com tema borboletas no solado e tiras douradas. www.passarela.com.br/ Tel.: 11 4585-4100
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A t-shirt Gato é uma das apostas na nova coleção da grife carioca Cantão. A peça promete conquistar as fãs dos bichanos. Tel.: 21 2541-3340 / 2541-3697
Produzidos em Como, norte da Itália, os lenços da grife Salvatore Ferragamo são feitos à mão, em seda Twill - mais pesada e usada nos lenços clássicosou seda Georgette - mais leve e transparente. Encontrado em diferentes estampas, o acessório ganhou uma de peixinhos com fundo azul. Tel.: 11 3081-5324 23
Saúde Animal
Guloseima Indigesta Conheça os riscos que o chocolate destinado ao consumo humano pode causar à saúde do seu pet
C
om a grande oferta de chocolates, principalmente durante a Páscoa, muitas pessoas não resistem em dar apenas um “pedacinho” da guloseima ao seu animal de estimação. No entanto, por menor que seja a porção da iguaria destinada ao consumo humano, os estragos no organismo do seu pet podem ser irreparáveis. O chocolate contém um grupo de substâncias conhecido como metilxantinas, e que estão presentes em várias bebidas e estimulantes não-alcoólicos, como o café e o chá. Segundo o Dr. Daniel Bernardes Calvo, médico-veterinário do Hospital Veterinário Rebouças, quando ingere o chocolate, o animal não consegue metabolizar de forma eficaz a teobromina, que permanece no organismo por cerca de até 17 horas. “Nas duas primeiras horas podem ocorrer diarréias, vômitos e hiperatividade. Ao longo do tempo, com a maior absorção da teobromina, observa-se o aumento dos batimentos cardíacos, podendo ocasionar arritmia, tremor muscular, 24
aumento da produção de urina, hiper excitabilidade ou dor excessiva”, alerta. O tamanho do perigo depende do tipo de chocolate ingerido e do peso do animal. O chocolate meio-amargo, bastante utilizado na culinária, contém seis vezes mais quantidade de teobromina do que o chocolate ao leite (mesmo considerando as variações de acordo com as marcas disponíveis no mercado). Já o chocolate branco é o que contém menor quantidade dessa substância. Estima-se que 100g de chocolate ao leite contenha 200mg de teobromina, enquanto que a mesma quantidade de chocolate amargo tem 1.400mg; já no chocolate branco, esta quantidade é de 3,5 mg em 100g de chocolate. De acordo com a Dra. Ana Paula Madeira, médica veterinária do Hospital Veterinário Pompéia, o tratamento para a intoxicação por chocolate inclui lavagem gástrica ou indução do vômito (com acompanhamento do médico veterinário), administração de
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Saúde Animal carvão ativado e fármacos necessários para tratar os sintomas. É preciso também realizar monitoramento dos sinais vitais do paciente em caso de internação, com constante avaliação do eletrocardiograma devido à cardiotoxicidade. Por isso ela alerta que apenas um pedacinho pode realmente fazer mal, e ressalta que os animais devem comer ração ou alimentos específicos para sua espécie. Nem sempre é fácil conscientizar o proprietário. E mesmo que o dono do animal resista a essa escapadinha, muitas vezes são as visitas que, inadvertidamente, oferecem um pedaço de um alimento qualquer, na certeza de que estão apenas agradando o bichinho. Especialmente para eles Na realidade, o paladar nos cães e nos gatos não é o sentido mais aguçado na hora da alimentação. O odor, tamanho e a textura do alimento são os itens que determinam o apetite do animal pela comida, e por último o sabor. “Para se ter uma idéia, o ser humano possui cerca de 9000 papilas gustativas (células que identificam o sabor dos alimentos), um cão apresenta mais ou menos 1700 papilas e o gato 470”, explica Dr. Calvo. Ou seja, o gosto dos alimentos não é o mais atraente na alimentação. Os cães sentem muito o sabor do salgado e ácido e, em menor proporção, os gostos aminados (que identifica o gosto das aminas – prolina, lisina, alanina, cisteína e histidina), doce e amargo. Já os gatos não sentem o gosto doce, muito pouco o ácido e o salgado, mas possuem muita 26
chegando à conclusão que o Chocodog’s® pode ser utilizado com segurança como petisco, agrado e como prêmios em adestramento, além de ter ótima palatabilidade”, explica Elias Almeida, sócio-proprietário do Chocodog’s®, marca que comercializa chocolates especiais para consumo animal, além de panetones e ovos de Páscoa.
Ovo de Páscoa à base de alfarroba, da Panetteria di Canni sensação ao aminado e o amargo. Mas o que dizer dos chocolates para animais? Os produtos destinados a eles seguem um controle para atender às suas necessidades e evitar que substâncias tóxicas ou que não possuem absorção sejam administradas. “Para registro do Chocodog’s® realizamos um estudo técnico científico, e observou-se que, durante os 10 dias de ingestão de determinadas quantidades do produto, não houve alteração alguma com relação ao funcionamento de enzimas pancreáticas, o peso dos animais se manteve dentro de uma variação normal e a glicemia também oscilou dentro dos padrões considerados normais em cães,
Na Dog Bakery também é possível encontrar bombons especiais. A receita leva alfarroba, uma vagem de origem mediterrânea cuja polpa, quando torrada e moída, torna-se um excelente substituto ao cacau. Na Panetteria di Canni, o chocolate canino também é produzido a partir dessa substância, que não causa problemas nos animais, pois não contém cafeína nem teobromina. Vale lembrar que todo e qualquer produto deve seguir orientações de um médico veterinário e de seu fabricante,
pois qualquer alimento em excesso pode ocasionar danos à saúde dos pets. Moderação continua sendo a melhor receita! Fontes: Dr. Daniel Bernardes Calvo - médico veterinário do Hospital Veterinário Rebouças Tel: 11 3062-3011 www.vetreboucas.com.br Dra. Ana Paula Madeira - médica veterinária do Hospital Veterinário Pompéia Tel: 11 3673-9455 www.hospitalveterinamriopompeia.com.br Chocodog´s Tel.: 19 3871-6403 www.chocodogs.com.br Panetteria di Canni Tel: 11 5071-2171 www.panetteriadicanni.com.br Dog Bakery Tel: 11 3399-6291 www.dogbakery.com.br Imagens: Divulgação/ Shutter Stock
Pediatria felina T
odo gatinho recém-nascido é um neonato, que requer uma série de cuidados e atenções especiais. Após um período de 63 a 68 dias, a gata dá à luz aos seus filhotes, quando espera-se que cada um deles pese entre 70 e 150 g, dependendo de vários fatores, como: sexo, alimentação, tamanho da ninhada, raça, etc.
Os gatos nascem de olhos fechados, demonstrando uma fragilidade e dependência, tanto dos cuidados da mãe, como também dos nossos. A gata, nos primeiros dias após o parto, coloca-se em posição lateral, para que os filhotes possam ter um acesso fácil às tetas, e consigam se alimentar devidamente. As primeiras mamadas do neonato ainda não
lhe dão o leite, e sim o colostro, que possui aspecto e composição diferentes do leite, contendo muitos anticorpos, que o animal vai absorvendo durante as primeiras horas de vida. Esses anticorpos vão conferir imunidade durante algumas semanas. Nessa fase, todo o comportamento do recém-nascido está fundamentado em reflexos simples. No reflexo anogenital, o neonato é lambido pela mãe para ser higienizado e para estimular a eliminação de fezes e urina. O recém-nascido não consegue regular sua temperatura corporal, dependendo, portanto, da mãe para mantê-lo aquecido. Possivelmente, o primeiro reflexo a se manifestar no neonato é o tropismo positivo (caminhar em direção ao calor), que também é importante para aproximá-lo e estabelecer um vínculo com a mãe e irmãos da ninhada. Sendo assim, acabam ficando juntos para se manterem aquecidos. Temos outro reflexo que é o da estimulação do focinho, onde o filhote empurra o focinho na direção do mamilo para se alimentar. Esse reflexo, no entanto, desaparece quinze dias após o nascimento, praticamente ao mesmo tempo que consegue abrir
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os olhos, demorando, mais ou menos, quatro dias para adquirir noção de profundidade de campo. Desde muito cedo, podemos observar o sentido de equilíbrio do felino. Ele consegue coordenar seus movimentos, com uma certa dificuldade, é claro, porém, antes de duas semanas de vida. Após 17 dias, ele já está apto para coçar a orelha com a pata traseira. O crescimento do filhote pode ser observado através do seu ganho de peso. Para fazer esse acompanhamento, o ideal é pesar a ninhada todos os dias, no mesmo horário, para poder registrar o aumento de peso de cada filhote. Podemos constatar que o peso, na quarta semana, é igual a quatro vezes o peso quando do nascimento, e, na oitava semana, geralmente, corresponde a oito vezes o peso ao nascer. É importante observar bem a ninhada e a mãe, para conseguir detectar possíveis problemas. Avalie a região perianal e genital para perceber anomalias, como: fístulas, ou talvez alguma lesão causada por lambidas excessivas da mãe. Observe se o filhote está conseguindo fazer a sucção correta do leite. No terceiro dia após o nascimento, o 29
reflexo palpebral, apesar dos olhos ainda fechados, consegue responder a estímulos luminosos e sonoros. No momento do nascimento, os testículos já devem estar no escroto ou mesmo descer em poucos dias. A diferenciação do sexo dos gatinhos não é muito fácil, muitas vezes causando confusões entre os proprietários, acabando por colocar nomes masculinos em fêmeas e vice-versa! Sendo assim, para distinguir o sexo do felino, observe que a distância ano-genital é maior no macho e bem menor na fêmea. Vale lembrar que a pelagem tricolor corresponde sempre a fêmeas; raríssimas vezes encontramos um macho com três cores.
produzida por má nutrição e termoregulação insuficientes, infecções virais, parasitos, transtornos genéticos e enfermidades congênitas ou adquiridas que produzem imunodeficiência. O baixo peso ao nascer também é atribuído ao nascimento prematuro, anomalias congênitas, ou problemas nutricionais. Ainda, as perdas de filhotes também ocorrem por: coronavirus, herpesvirus, calicivirus e retrovirus. Em cada filhote, os sinais clínicos das infecções virais variam de acordo com a via e o momento em que ocorreu a infecção, e de acordo com o grau de proteção passiva vinda dos anticorpos adquiridos pelos filhotes.
A desnutrição também é um fator considerável na perda de recémnascidos, pois é possível que o filhote ingira uma quantidade insuficiente de leite, ou leite não-apropriado, ou porque a mãe abandonou os filhotes, ou ainda por ela possuir alguma enfermidade. É importante pensar na questão ambiental, mantendo-se uma temperatura adequada para os filhotes, evitando que ocorra hipotermia nos neonatos, que deprime a capacidade de sucção e função gastrintestinal. O ideal é conseguir manter uma temperatura inferior a 33ºC, pois temperaturas altas favorecem o aparecimento de quadros respiratórios graves.
A higiene é importante e fundamental para que não ocorram infecções dermatológicas, umbilicais e oculares. Portanto, mantenha sua ninhada num ambiente limpo, aconchegante, quente, com alimentação rica em proteína, água fresca, granulado higiênico sempre muito limpo para a mãe, e observando todos os cuidados aqui discutidos. Por Dra LUCIANA DESCHAMPS Médica Veterinária Titular da Clínica Veterinária Sr. Gato (exclusiva para gatos) Presidente da Ong FELBRAS – Felinos do Brasil www.clinicasrgato.com.br Tel.: 11 3086-0737 Imagens: Shutter Stock
As principais causas de doenças nesse período são: a septicemia
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Decor Pet
Os adesivos decorativos já fazem parte dos projetos de interiores de muitos arquitetos e decoradores do país. De olho no segmento pet o site de e-commerce ArtfixStore lança adesivos com temas de gatos. Ideal para personalizar a parede, um objeto ou até mesmo o canto preferido do seu bichano de estimação. O modelo da foto é produzido em vinil. Outra opção é o acrílico espelhado. www.artfixstore.com.br
por Ricardo Mangold
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Fotos: Divulgação
ricardo@papodepet.com.br
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Acessórios
Inimigo Oculto Instrumentos para banho e tosa sem adequada desinfecção oferecem riscos à saúde do animal
R
ecentemente muito tem sido falado sobre o risco de contaminação a partir do uso comum de materiais de manicure em salões de beleza. Se não estiverem adequadamente esterilizados, os instrumentos podem transmitir desde micoses até hepatite, oferecendo risco tanto para clientes quanto para os próprios funcionários. E nos pet shops, será que nossos amigos peludos também
estão expostos a riscos semelhantes? Segundo Renata Siqueira, proprietária do Instituto de Beleza Canina (São José dos Campos/SP), em um ambiente de banho e tosa sem higiene adequada o animal pode sim contrair doenças; o mesmo vale para os instrumentos que não estiverem esterilizados. Muitos são os materiais que oferecem risco de contaminação, como
toalhas, pinças de ouvido, pentes de aço, escovas de dente, lâminas de tosa, rasqueadeiras e desemboladores. “Colocamos no autoclave (aparelho utilizado para esterilização de materiais) peças de metal, como pinças, tesouras, lâminas de tosa e pentes, que podem receber temperaturas mais altas”, explica Zenildo Pereira Rosa, tosador da Cobasi Villa Lobos. Para as demais peças são utilizados desinfetantes apropriados. Elas devem ser lavadas e deixadas submersas por 40 minutos; depois de secas estarão prontas para o uso. Também devem ser desinfetados com produtos específicos as mesas, canil, caixa de transporte, chão e paredes em geral. Caso esses cuidados não sejam tomados, o animal pode contrair infecções causadas por fungos (micoses são as mais frequentes), sarna, seborréia, otites e coceiras, além de pulgas e carrapato (este último, responsável pela transmissão da babesiose e
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erlichiose). E as chances não são remotas, pois as contaminações não se dão apenas se o instrumento tiver entrado em contato com o sangue do animal. Já o uso de luvas pelos profissionais não é obrigatório, mesmo porque atrapalham na hora do banho. Segundo Zenildo, com elas fica difícil sentir se o animal está bem limpinho 35
Acessórios e sem resíduo de produtos, por isso os tosadores usam as luvas em casos específicos, por exemplo quando o animal está com algum problema sério na pele, oferecendo risco de contaminação. Mas vale lembrar que o profissional deve sempre esterilizar as mãos antes de lidar com outro animal. O bom estado de conservação dos materiais também
é importante para garantir o bemestar do seu pet. Se a rasqueadeira e o desembolador estiverem gastos, podem machucar o animal. Além disso, uma rasqueadeira gasta não deixa os pêlos bem escovados como devem ficar. Ela tem que ser macia e não deve ser esfregada na pele, para evitar assaduras e ferimentos em geral. Já o desembolador, se estiver com a lâmina gasta, pode cortar a pele do animal, porque o contato é direto.
Se no pet shop tudo for esterilizado de maneira adequada, dificilmente o animal terá problemas. Na dúvida, é aconselhável que o dono leve ao banho material próprio, de uso exclusivo de seu bichinho. No Beleza Canina essa orientação foi passada aos clientes, e muito bem aceita. Cada animal leva sua própria nécessaire, contendo kit para higiene. Após o fim do serviço o ideal é que o pet shop lhe devolva o material esterilizado. O que não pode faltar na nécessaire do pet: • 1 escova adequada para os pêlos • 1 pente de aço • cortador de unhas • 1 escova de dentes • creme dental apropriado • toalhinha de boca • toalha de banho Por isso, ao escolher o local para o banho e tosa de seu animal de estimação, é importante certificar-se de que os profissionais estão atentos a todos esses cuidados. É bom checar a higiene do local onde o animal será tosado, além do
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lugar a ser ocupado durante a espera pelo banho. O ambiente de estética deve ser sempre dedetizado contra pulgas e carrapatos. Observe como o profissional lida com o animal durante o banho e a qualidade do serviço que está sendo oferecido; por isso é importante o diálogo com o profissional. Veja se as toalhas e escovas de dente são de uso individual. Se possível, permaneça no estabelecimento para acompanhar o banho e a tosa (muitos dos locais são de vidro, justamente para permitir esse acompanhamento). Certifiquese da desinfecção dos locais de banho e secagem, bem como dos instrumentos de tosa – lâminas, tesouras, etc. Dessa forma você garante que seu pet fique limpinho, cheiroso – e com a saúde preservada!
Fontes: Renata Siqueira — proprietária do Instituto de Beleza Canina São José dos Campos (SP) Tel.: 12 3933-7654 / 3939-8185 www.belezacanina.com.br Zenildo Pereira Rosa — tosador da Cobasi — Villa Lobos (SP) SAC: 11 3831-8999 www.cobasi.com.br Imagens: Divulgação e Shutter Stock
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CAPA
Cão e gato:
ex-arqui-inimigos! Ao contrário do ditado popular, cães e gatos não são rivais naturais
“Eles brigam como cão e gato!”.
A
máxima diz que a convivência entre essas duas espécies é praticamente impossível. Mas de onde vem essa história? É difícil dizer como a crença surgiu, mas temos algumas pistas: ambos são animais territoriais (principalmente os machos), podendo ocorrer conflitos até entre animais da mesma espécie. Mas são as diferenças que tornam a convivência entre eles um pouco mais complexa.
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CAPA Os cães descendem dos lobos, que viviam em matilhas. Neste sistema social, há um líder absoluto e uma hierarquia linear, ou seja, o líder domina a todos, o segundo cão domina a todos, exceto o líder, e assim por diante. Já a relação social de nossos amigos felinos se dá geralmente com a mãe e irmãos da mesma ninhada. Não havendo uma liderança, cada um faz o que quer – só não se metem uns com os outros.
Apesar da natureza distinta, não significa que cães e gatos sejam inimigos naturais. E no intuito de criar situações pitorescas e engraçadas, muitos desenhos animados acabam por disseminar ainda mais essa lenda. Se você é apaixonado pelas duas espécies, e acalenta o sonho de ter um cão e um gatinho, saiba que é possível uma convivência harmoniosa entre eles. E você que já tem os dois animais, veja as dicas dos especialistas para que essa seja uma parceria de sucesso!
Diferenças entre cães e gatos Cães hábitos diurnos sistema social: há um líder absoluto, e uma hierarquia linear associam seu dono ao líder da matilha é mais submisso aos humanos olfato apurado: através dos odores que percebem o mundo ao seu redor altamente sociais: buscam companhia e atividades em grupo Gatos hábitos noturnos sistema social: não há liderança fixa, cada um faz o que quer vêem o dono como uma mãe ou irmão natureza independente visão muito desenvolvida, enxergam até no escuro são considerados semi-sociais, exibindo comportamentos individualizados e brincadeiras solitárias Um estranho no ninho Uma aproximação bem conduzida pode ser determinante no sucesso ou fracasso da relação. De acordo com a Dra. Daniela Ramos, médica veterinária e especialista em comportamento animal, a melhor estratégia é tentar a convivência quando ambos ainda são filhotes. Se
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as experiências vividas com a outra espécie neste período forem sempre positivas, maiores são as chances de aceitação. “Os primeiros encontros e as associações positivas que farão com a outra espécie ocorrerão num período em que o aprendizado estará mais facilitado e, portanto, esta socialização ocorrerá mais rapidamente. Da mesma forma, se experiências muito ruins e até traumáticas ocorrem nesta etapa, enquanto são filhotes, haverá hostilidade entre as espécies e será muito mais difícil reintroduzi-los depois”, orienta Dra. Daniela. Ela indica os melhores períodos para socialização entre eles: cães de 3 -12 semanas, e gatos entre 2-7 semanas. A segunda melhor alternativa seria introduzir um filhote de cão com um gato adulto, e o professor de Zoologia da UNESP – Assis (SP), Carlos C. Alberts, explica porquê: como geralmente os cães são maiores que os felinos, quando adultos podem machucar os filhotes de gato na tentativa de 43
CAPA estabelecer uma hierarquia. A adaptação não é imediata, e por isso deve ser feita em etapas. No início é recomendado fazer uma aproximação olfativa, trocando panos e almofadas, por exemplo, para que ambos se acostumem com os novos odores. Durante o processo gradativo de aproximação, cada um deve ter seu local delimitado na casa. Assim, os encontros serão sempre programados e supervisionados pelo dono. À medida que a aproximação avança e encontros harmoniosos vão ocorrendo, cão e gato passam a compartilhar o mesmo ambiente por mais tempo, com apenas alguns momentos para relaxamento separados. Com conhecimento de causa, a própria Dra. Daniela tem sob o mesmo teto dois cães e um gato. Ela conta que na casa já moravam um cão e o gato, quando o segundo cachorro chegou, também adulto, há cerca de três meses. “O gato aceitou o cão prontamente, provavelmente pela experiência de interação positiva que já tinha com o outro cão. Bastante interessado pelo novo morador, o felino ia se aproximando do outro com curiosidade e pouco comportamento defensivo”, relata. Mas havia um problema: o cão recémchegado reagia com agressividade a essas aproximações, e perseguia constantemente o bichano, que 44
reagia com agressividade defensiva. Então a cada investida do cão sobre a gata, Dra. Daniela utilizava um spray d´água que era borrifado no focinho do cachorro, eventualmente substituído por uma bronca firme (“não”). Paralelamente, sempre sob a supervisão dos donos, cão e gato eram alimentados próximos, e também realizavam sessões de treinamento juntos, ganhando petiscos muito saborosos! Hoje ela garante que ambos convivem tranquilamente juntos, mesmo na sua ausência, e a hostilidade é muito pequena. Por via das dúvidas, há dois cômodos da casa que só o felino tem acesso (ela utiliza baby gates), assim garante que ele possa escapar e permanecer em local seguro, no caso de algum ataque. E ela continua com as sessões de treino conjunto.
Nessa briga não se mete a colher? É claro que “desentendimentos” e até ataques podem ocorrer, e neste caso o dono deve sim interferir. A fim de evitar possíveis confrontos, a premissa básica na convivência entre animais de espécies diferentes é que cada um tenha seu território garantido. A Dra. Rúbia Burnier, veterinária e especialista em comportamento animal, alerta que é preciso habilidade para separar uma briga. “Procure assustar os animais jogando neles água fria ou um cobertor. Deve-se evitar pegar no corpo deles, pois podem se voltar contra a pessoa que tenta apartar a briga”. O professor Alberts afirma que outras tentativas de aproximação podem ser feitas, mas se os ataques persistirem, o projeto de uma vida em comum terá que ser abortado.
Garantir um espaço exclusivo para cada animal pode evitar também outros dissabores: é sempre bom que ambos tenham água e comida individualizadas, garantido assim que se alimentarão tranquilamente e com a quantidade apropriada. Uma dica é colocar a alimentação do felino em lugares altos (que eles adoram!), e fora do alcance do cão, como em prateleiras e estantes, desde que tenham espaço suficiente. A caixa de areia do gato também deve ficar inacessível ao outro animal, para evitar problemas como ingestão de fezes do gato ou marcação da caixa de areia com urina. Cães que praticam atividades e mantêm uma vida social são mais propícios a aceitar a convivência com os gatos. Um cão entediado pode ver na perseguição ao gato seu único entretenimento, insistindo neste comportamento e deixando o felino em constante estado de estresse! E não é só isso: o professor da UNESP afirma que algumas raças de cães ou gatos são mais difíceis de se relacionar com outra espécie. Os cães de raças consideradas mais inteligentes, como Pastor Alemão, Border Colie e Labrador, têm mais facilidade em entender que o gato não representa uma ameaça. “E o contrário é verdadeiro para raças como 45
CAPA Fox Paulistinha, Pinscher e Daschshund (salsicha), já que são mais agressivas. Em contrapartida, por serem pequenos e não muito ágeis, permitem que os gatos se defendam”, esclarece Alberts. No lado dos gatos, os SRD ou vira-latas e as raças que descendem de gatos de rua, como Maine Coon e o Norwegian, são mais inteligentes e adaptáveis ao convívio com cães. Na outra ponta estão as raças como os Siameses e os Persas, que além de pouco adaptáveis, têm geralmente muita dificuldade para se defender. Por isso ele afirma que, no relacionamento entre totós e bichanos, podem existir barreiras intransponíveis. Outro cuidado a ser observado é o estresse que a chegada de um novo animal na casa pode provocar no antigo morador, assim como pode haver estresse na chegada de um irmão novo na família onde havia um filho único. Por isso a forma como o dono conduzirá a situação é muito importante. A veterinária e professora de homeopatia Ana Regina Torro orienta a nunca mudar a hierarquia da casa e nem a rotina do animal antigo. Este deve entender que a chegada do novo companheiro não acarreta perdas, e sim ganhos. Os profissionais concordam que mesmo um cão bem socializado sentirá ciúmes e precisará de um tempo para se acostumar com a presença de um “intruso” em seu 46
território. Mas se a socialização dentro da casa não for bem conduzida, ou se o cão sentir que perdeu espaço, a relação entre os animais ficará inviável, porque os conflitos podem ser permanentes. O constante pega-pega entre cães e gatos tem sua explicação: o fato de o gato sair correndo estimula o cão a perseguí-lo, pois o cão é muito sensível a movimentos e reage instintivamente a tudo o que se move ao seu redor. Correr, subir numa árvore ou saltar o muro são atitudes do gato que funcionam como uma “provocação” para o cão. Caso isso aconteça, o cão deve ser repreendido quando perseguir o felino, e devidamente recompensado quando observar o gato correndo sem perseguí-lo. Que doenças podem transmitir um ao outro? Conforme explica a Dra. Rúbia Burnier, as doenças mais comuns e que podem ser transmitidas entre cães e gatos são a raiva e a toxoplasmose. “Mas cada espécie tem doenças que são específicas, transmitidas por agentes diferentes”, observa. Segundo ela, as vacinas do cão são diferentes das do gato, exceto a vacina contra a raiva, que é a mesma. Os vermes, as pulgas, os fungos e as sarnas são também diferentes e os medicamentos são específicos para cada espécie. 47
CAPA Arca de Noé?!? Imagine uma casa em que vivem quatro gatos e dois cachorros. Agora visualize os seis animais e sua dona reunidos em um ambiente, ouvindo cantos gregorianos, em relax total. Impossível? Não para Maria da Penha Bertoldi Youssef, bióloga, que fez questão de filmar a cena, que se repete sempre que ela coloca o CD para tocar em casa. Ela acredita que a convivência entre cães e gatos é possível sim, mas é dificultada muito mais pelos humanos do que pela própria natureza dos animais. “Existe uma harmonia nisso tudo que é difícil de explicar, é mais fácil de ser sentida”, comenta. O animal mais antigo da família é Baltazar, um siamês hoje com 18 anos. Os outros gatos foram chegando aos poucos, primeiro Bárbara (13), depois Jackson (11) e Martim (6), todos SRD. Por fim vieram os dois cães: Rabisco (da união de Golden Retrivier com Labrador), atualmente com 5 anos, e Samba (SRD, 3 anos). Maria da Penha relembra que o único que apresentou mudança de comportamento, sempre que chegava um novo animal, foi o gato Baltazar, que de tão emburrado ficava sem entrar na casa durante algumas semanas. Comia e dormia no quartinho de fora. Mas depois que percebia que 48
não havia perdido seu reino e que o “intruso” não era uma ameaça, voltava a se comportar como antes. Os especialistas afirmam que é possível que o antigo animal pare de brincar e até deixe de comer, mas se a situação durar mais de dois dias é hora de intervir: avalie suas atitudes, e se necessário leve o animal ao veterinário.
Em alguns casos, a interação entre os animais pode ser tão boa que com o tempo os comportamentos típicos de cada um podem se misturar. “Conheci um cão que aprendeu a subir no muro e uivava feito um miado. Ele cresceu rodeado por gatos e nesse caso, a convivência com gatos acabou modificando seu comportamento”, conta Dra. Rúbia. Tem até gato que já leva a bolinha pro dono jogar, e cães que sobem em telhados! Na “Arca de Noé” da Maria da Penha, Rabisco é a paixão do gato Jackson. “O gato adora esfregar a cabeça no queixo do cachorro. De vez em quando o Rabisco perde a paciência com o amigo “grudento”, dá um chega-pra-lá, mas não passa disso”, diverte-se a bióloga.
Paciência e dedicação do dono, além de uma boa orientação profissional, são os segredos para se ter sucesso no convívio destas espécies. Conflitos sempre podem existir, mesmo porque todo animal quer ser o “único”. A sabedoria está em fazer com que todos se sintam especiais. Carlos C. Alberts Professor de Zoologia da UNESP – Assis(SP) e especialista em comportamento de felinos. e-mail: calberts@femanet.com.br Daniela Ramos Mestre em comportamento animal aplicado pela Universidade de Lincoln – Inglaterra. Doutoranda em comportamento felino pela Universidade de São Paulo – Brasil e-mail: daniela.ramos@psicovet.com.br www.psicovet.com.br Tel.: 11 3368-2135 Ana Regina Torro Médica veterinária e professora de Homeopatia da FACIS Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e-mail: torroanacarlos@terra.com.br Rubia Burnier Veterinária e terapeuta, especialista em comportamento animal. espaço.animal@uol.com.b e-mail: espaço.animal@uol.com.br www.espacoanimal.com.b www.espacoanimal.com.br Tel.: 11 3034-3131 Imagens: Shutter Stock
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Pet Book
por Ricardo Mangold ricardo@papodepet.com.br
• Em “Diga Trinta e Três - 24 horas de risos, lágrimas e muita emoção numa clínica veterinária”, o leitor encontra um retrato divertido e tocante do cotidiano do cirurgião-veterinário Dr. Nick Trout, que dedica sua vida a salvar pacientes e acalmar seus donos. O autor mostra que, além dos procedimentos cirúrgicos determinantes para o futuro dos animais de estimação, seu maior desafio é se relacionar com os donos, ocupando o papel de conselheiro, psicólogo, mediador e até mesmo de um ombro amigo. Diga Trinta e Três — Ediouro — www. ediouro.com.br — Tel.: 21 3882-8416 50
• Pula, gato!, da Editora Scipione, é uma história contada apenas por imagens, sobre uma garota que visita uma galeria de arte e é surpreendida pelo gato de uma das telas expostas. A autora e ilustradora Marilda Castanha faz uma releitura das obras de importantes artistas brasileiros, como Tarsila do Amaral, Amilcar de Castro, Candido Portinari, Guignard, Heitor dos Prazeres, Oswaldo Goeldi, entre outros. Pula, gato! – Editora Scipione - www. scipione.com.br - 0800 161700
Fotos: reprodução
Imagens: Divulgação
• Pesquisadora do California Institute of Technology (Caltech), a bióloga Stacey O’Brien relata sua convivência com Wesley, a coruja que adotou com apenas quatro dias de idade. Ao mesmo tempo em que fornece informações e curiosidades sobre a fisiologia e o comportamento da ave de rapina, Stacey faz o relato afetivo não só do que aprendeu sobre Wesley, mas, sobretudo do que aprendeu com a ave. Lições sobre honestidade, coragem e lealdade são ensinadas o tempo todo pelos bichos por meio da mais didática das metodologias: o exemplo. Observar Wesley e entender a razão de suas atitudes foi, para a bióloga, uma porta permanentemente aberta para conhecer mais sobre si mesma e sobre a natureza humana. Wesley — A incrível história de amizade entre uma garota e sua coruja – Editora Globo - www. globolivros.com.br
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MARKETING PET
Consumo de Produtos de Nicho? O que é isso?
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oje o mercado de produtos e serviços destinados aos consumidores proprietários de animais de estimação apresenta características que chamam a atenção de vários periódicos de economia e de marketing no cenário de negócios. O crescimento gradual e constante tem sido apontado como a justificativa para que empreendedores oriundos de vários segmentos invistam suas economias e abram petshops, realidade que tem se revelado uma armadilha para centenas de lojas que sequer completam 1 ano de existência.
Um “nicho” é algo como uma especialização ... vamos entender?
O Mercado Veterinário é o mundo Macro, dentro dele existem vários segmentos, por exemplo Médicos Veterinários – Tosadores – Lojistas . Dentro de cada segmento temos as especialidades, ou seja, os nichos, aquelas áreas com comportamento e características muito específicas.
O Mercado Pet apresenta características muito peculiares que são ignoradas por grande parte desses investidores, e por muito dos lojistas que já estão há algum tempo no mercado buscando uma melhor performance em seus estabelecimentos.
Uma dessas características tem sido o caminho natural pela segmentação, o que chamamos em nosso título de Consumo de Produtos de Nicho.
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? ? MARKETING PET
Um dos melhores exemplos do que seja um nicho é o crescente Mercado Felino, onde produtos e serviços destinados aos consumidores proprietários de Gatos são disponibilizados em uma escala muito mais intensa do que há alguns anos.
apurado e estratégico por parte dos prestadores de serviços onde eles deverão estar atentos a conceitos como exclusividade, atenção, segurança, responsividade, superação de expectativas, estilo e diferenciação.
Ou seja,você proprietário de um gato ,por exemplo ,faz parte de um grupo de consumidores com características especiais e peculiares que o tornam parte de um nicho.
Por isso você como proprietário de animal de estimação deve buscar por parte de seus prestadores de serviço este tipo de compreensão. Pois somente assim entenderemos que a especialização dos serviços
Se você prefere que a tosa de seu Poodle seja sempre feita na tesoura, faz parte de um nicho...
Se você leva seu animal para fisioterapia geriátrica,você faz parte de um nicho..
Se você costuma reservar um banho de ofurô regularmente, você faz parte de um nicho...
Se você usa florais para tratar problemas de saúde de seu pet, você faz parte de um nicho...
Mas comercializar produtos de nicho, conhecer produtos de nicho e atuar em segmentos de nicho exige muito mais dos empreendedores do mercado pet.
oferecidos a nossos animais de estimação deve sempre ser guiada pelos critérios acima mencionados, e não apenas um modismo inconseqüente e irresponsável.
Exige o posicionamento mais
O comportamento dos consumidores
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? MARKETING PET
de nicho exige toda esta qualificação... Você está preparado para esta tendência que já se cristaliza como uma nova realidade? Pense nisso!
Dr.Sérgio Lobato Soluções em Pet Marketing www.sergiolobato.com.br Imagens: Shutter Stock
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Pet & Food por Ricardo Mangold ricardo@papodepet.com.br
Imagem: Shutter Stock
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Fotos: Divulgação
A Pedigree® acaba de reformular sua linha de rações para cães. A nova receita oferece cinco cereais: arroz, trigo, milho, aveia e centeio. Para garantir uma refeição saborosa os produtos também ganharam cobertura de molho de carne e nuggets feitos com carne fresca. Elaborada nas versões Junior, Adulto e Adulto Raças Pequenas a novidade é encontrada nos sabores carne com vegetais, carne e marrowbone, ovelhas e cereais. SAC 0800-702 0090 / www.pedigree.com.br
A nova linha Evicanto, da Evialis, conta com quatro produtos para diferentes espécies de aves, entre elas: sabiá, trinca-ferro, bicudo, curió, calopsita, papagaio e periquito. As novas rações proporcionam equilíbrio dos nutrientes em cada partícula, melhor digestibilidade e menor desperdício. Contém probióticos e são fortificadas com vitaminas e sais minerais essenciais para a saúde e bem-estar das aves. www.evialis.com.br
Doguitos Páscoa é a novidade da Nestlé Purina para cãezinhos que não resistem a um bom petisco. Produzido à base de carne e com edição limitada, a iguaria é encontrada em embalagem de 195g com três unidades de sabores sortidos (peru e bacon, frango e carne). SAC 0800-7701180 / www.purina.com.br
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Dupla Dentição Cães pequenos, das raças Yorkshire, Poodle e Maltês, e gatos Persas e Siameses são propensos à retenção dos dentes de leite
A
ssim como as crianças, cães e gatos possuem dentes de leite, que começam a cair no terceiro ou quarto mês de vida. Cães de pequeno porte e gatos das raças Siamês e Persa possuem predisposição à dupla dentição, ou seja, os dentes permanentes nascem sem que os de leite tenham caído. Em muitos casos a única solução é a extração dos dentes de leite, conforme esclarece o médico veterinário e mestre em cirurgia, do Odontovet – Centro Odontológico 58
Veterinário, Dr. Herbert Corrêa em entrevista concedida à Papo de Pet. Papo de Pet — A partir de qual idade os dentes de leite devem ser substituídos, em cães e gatos? Dr. Herbert — Em geral, com pequenas variações, a partir do final do terceiro mês e início do quarto já pode ser notada a troca dos dentes de leite. Iniciando-se pelos dentes incisivos e completando-se a troca de todos os
dentes no sexto mês no caso dos gatinhos e até no sétimo mês para os cães. PP — Como identificar quando o dente de leite não caiu? Dr. Herbert — Não é tão simples diferenciar um dente de leite do dente permanente, mas acredito que é mais fácil perceber que algo está errado, pois é fácil notar que existem dois dentes juntos, ou seja, o de leite e o permanente. Os dentes permanentes são maiores, mas robustos ou largos e também têm uma cor de um branco mais vivo. Diferente dos dentes de leite que são menores, mais delgados ou finos, potiagudos e com cor branca mais translúcida (ligeiramente acinzentada). Esta condição de ter os dois dentes juntos não é normal. Muito pelo contrário, ela é na maior parte dos casos prejudicial. PP — Quais as conseqüências da dupla dentição para a saúde de cães e gatos? Dr. Herbert — O normal e fisiológico é que o dente de leite “caia” e após algumas semanas o dente permanente “nasça” naquela posição. Se por qualquer motivo o dente de leite não cai, o dente permanente irá nascer ou para frente, ou para um dos lados ou para trás da posição correta. Em outras palavras, o dente permanente “nasce torto”. Se o dente nasce fora de sua posição, o paciente terá uma maloclusão ou defeito no encaixe dos dentes, o que é prejudicial e pode ficar um defeito definitivo se esta condição não for tratada adequadamente. Outra consequência de ficarem os dois dentes
juntos, de leite e permanente, é o acúmulo de placa bacteriana e sujidades entre eles, levando ao mau hálito e inflamação da gengiva precoces. PP — Quais doenças são ocasionadas pela retenção dos dentes de leite. Como identificá-las? Dr. Herbert — A primeira e mais imediata é a maloclusão ou defeito no encaixe dos dentes. Dentes fora de posição podem causar desconforto ao paciente além de favorecer ao acúmulo de placa bacteriana e sujidades. A segunda é a doença periodontal devido ao acúmulo de placa bacteriana entre os dentes. A doença é caracterizada por mau hálito, presença de tártaro sobre os dentes e inflamação da gengiva, podendo causar dor, perda dos dentes e até infecção em outras partes do corpo. PP — Há raças predispostas à dupla dentição ? Dr. Herbert — As raças de pequeno porte e as miniaturas, em geral, são mais predispostas. Nos yorkshires, poodles, malteses tem-se visto com maior frequência. Nos gatos, não é tão frequente, sendo mais comum nos persas e siameses. PP — Qual a prevenção para evitar o problema? Dr. Herbert — Não existe um método preventivo, pois este problema pode ter um componente genético. Alguns pesquisadores defendem que o dente de leite não cai porque o dente permanente já foi formado fora da sua posição normal e por este 59
motivo não “empurra” e estimula a destruição da raiz do dente de leite e consequentemente a sua queda. PP — Estimular cães e gatos a roer ossos, petiscos e brinquedos mais duros contribui para a queda dos dentes de leite? Dr. Herbert — Não existe nenhum estudo que comprove esta afirmação. Sabe-se que objetos muito duros e principalmente ossos naturais levam a fratura dos dentes, tanto os de leite como os permanentes. Portanto, são preferidos ossinhos artificiais e tiras de couro ou brinquedos de borracha com o objetivo de distraí-los e ajudar na higiene bucal. Sempre lembrando que a escovação diária é insubstituível.
definitivamente e seria muito mais difícil colocar um aparelho para corrigi-los do que extraí-los. Portanto, em geral, estes dentes devem ser extraídos. Se houver dúvida, consulte um médico veterinário especializado em odontologia. Este profissional saberá selecionar os casos em que realmente não serão necessárias as extrações (casos mais raros) e também será o profissional indicado para realizar as extrações (maior parte dos casos), pois os dentes de leite têm raízes delicadas que se não extraídas adequadamente podem trazer complicações. Dentição mista, ou seja, incisivos e caninos de leite e permanentes ao mesmo tempo na cavidade oral de um cão com seis meses. Neste caso a extração é recomendada.
PP — Qual seria o tratamento para solucionar o problema? Dr. Herbert — Uma regra é clara: “dois corpos (dentes) não podem ocupar o mesmo lugar no espaço (boca)”. Portanto, assim que for notado que um dente permanente começou a nascer e o de leite não caiu, deve-se procurar um especialista em odontologia que irá avaliar cada caso. Na grande maioria dos casos é necessário a extração imediata do(s) dente(s) de leite. PP — A extração é a única solução? Estes dentes não caem sozinhos com o tempo? Dr. Herbert — Excelente pergunta! Sim, alguns dentes caem sozinhos com o tempo, mas na maior parte dos casos, quando estes dentes caem, os permanentes já ficaram “tortos” 60
Fonte: Dr. Herbert Corrêa - médico veterinário e mestre em cirurgia Odontovet – Centro Odontológico Veterinário Tel.: 11 3816-2450 www.odontovet.com Imagens: Divulgação – Odontovet/ Shutter Stock
Pet News Virtual Um grupo de apaixonados pelos Galgos - categoria que engloba os cães das raças Afghan Hound, Azawakh, Borzoi, Galgo Inglês, Italian Greyhound, Saluki, Whippet e Wolfhound Irlandês - criou o blog Confraria dos Galgos. O espaço destinado a debates sobre as peripécias de seus amigos quatro patas também reúne veterinários, criadores, estudiosos, entusiastas e donos de cães. A proposta do Confraria é ser um blog coletivo, sem identidade única, para que todos os membros tenham liberdade ao postar suas dicas e opiniões, desde que seja sobre os magrelos. http://confrariadosgalgos.blogspot.com
Errata Na edição nº 06 (janeiro/fevereiro – 2009) da Revista Papo de Pet, a reportagem de capa “Verão exige atenção especial com os pets” apresentou uma frase não compatível com a explicação da Dra. Danielle Oliveira de Sousa. Pedimos desculpas pelo equívoco e abaixo segue a transcrição da frase correta: “A ingestão de água do mar pode ocasionar vômito e até gastrite; outro problema comum são as otites provocadas pela presença de água no conduto auditivo. Já a areia pode provocar vômito e enterite quando
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ingerida, e quando em contato com os olhos, pode provocar irritações e conjuntivites”. A Revista Papo de Pet esclarece ainda que a frase “Além disso, a ingestão de água do mar pode causar desde distúrbios gastrointestinais até um desequilíbrio eletrolítico, quando o animal perde muito líquido através do vômito ou urina, de modo que a concentração de sais no sangue fica abaixo do normal, levando à desidratação”, (p. 46), foi atribuída erroneamente à profissional.
Anote na Agenda
• Acontece em São Paulo, entre os dias 20 e 22 de março, no Centro de Exposições Imigrantes, a 31ª Exposição de Pequenos e Médios Animais, organizada pela Agrocentro. O público poderá conferir gatos, roedores, porquinhos da Índia, aves, aquarismo, canários, periquitos, mini pôneis e mini bovinos. Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo(SP) – entrada franca Tel.: 11 5067-6767
• E no Rio de Janeiro acontece a 9ª edição da Feira de Negócios Pet e Vet (RIOVET), no Riocentro, entre os dias 14 e 16 de maio. Seminários, exposições, apresentações de agility e tosa, Workshop de Pet Marketing e Seminário de Nutrição são alguns dos eventos programados. Informações: www. riovet.com.br/ Tel.: 21 3295-2804
Comportamento
Passeando e interagindo com seu Gato
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uem ainda tem dúvidas sobre ter ou não ter um gato, mais uma vez vamos quebrar paradigmas e nos lançar ao século XXI. Gato usa guia, coleira, peitoral? Gato passeia no parque?
Gato usa roupas? São as dúvidas do dia-dia. Todo o segredo está em condicionar seu gatinho ou não desde cedo. Lembrando que gato não se adestra e sim se condiciona, pois ele tem o tipo chamado de vontade própria. É importante observar se nosso cat mascote é mais ou menos ativo. Mais questões: Quando temos um gatinho sem raça definida fica mais fácil interagir? Outro mito, pois o que devemos perceber é o que ele tem de maior disposição. Por exemplo, se colocarmos uma coleira e ele não ficar parado, o condicionamento será mais rápido. Quem já não colocou uma roupa, acessório ou até mesmo uma guia e teve que arrastar seu gato.
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Não significa que ele não irá passear ou não irá usar roupas. Também e por vezes já ouvimos pessoas que não usam acessórios dizendo: _ “... coitadinho dele!” Tudo deve ser analisado e observado. Gato usa sim coleira, peitoral, roupinhas de passeio. Cabe ao seu proprietário decidir pela sua disposição e colocá-lo para aulas de condicionamento! Assim como um cão faz agility, os gatos também são condicionados para poder ficar ainda mais próximo de seu proprietário. Uma dica: use sempre coleiras de passeio sem trava de segurança (sem elástico), pois ela se abre e ele pode sair do condicionamento. Procure peças leves e sempre exclusivas para Gatos. Já existem inclusive peitorais de festa, temáticos e bem fashion. Os petiscos podem ser usados para premiar o mascote, além de carinho e muita paciência; esse é o maior segredo. Gato não é cão pequeno, lembre-se disso; eles são bem diferentes. Gatos devem ser conquistados e aí sim eles vão responder ao condicionamento. Também quando for passear e ele estiver no colo use peitoral, pois ele irá perceber que os acessórios serão para um momento especial com seu proprietário.
Mudando um pouco o foco sobre condicionamento, é importante usar guias ou peitorais quando for participar de desfiles e eventos, e nunca deixe seu gatinho com coleira sem trava de segurança (o elástico) sozinho em casa, pois ele precisa dessa trava quando não estiver passeando, ou seja, se ele por algum motivo qualquer se enroscar em suas travessuras ela vai permitir que ele se solte. Lembre-se que você tem uma responsabilidade quando usar produtos, mesmo direcionados para ele. Em casa use coleiras, que podem ser as básicas ou as mais sofisticadas, mas sempre com trava de segurança. Por Cecy Passos Consultora de felinos www.cecypassos.com www.nikole.com.br www.gatopersa.com.br gatanikole@gmail.com Imagens: Shutter Stock
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Animais Silvestres
Beleza Tropical Coloridos e exóticos, os tucanos são famosos por seus longos bicos
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pesar de ainda não ser uma espécie ameaçada de extinção, muitas aves têm sido capturadas e traficadas para outros países. No entanto, é possível criar um tucano em casa sem infringir a lei, conforme esclarece a bióloga Antonietta Ficucella, gerente da Amazon Zoo(SP), loja especializada em animais silvestres e exóticos, em entrevista concedida à Papo de Pet. Papo de Pet (PP) — No Brasil é possível ter um tucano em casa sem infringir leis? Antonietta Ficucella(AF): Sim. Através da portaria No. 118/97 o IBAMA regularizou o funcionamento de Criadouros de Animais Silvestres com fins econômicos, ou seja, os Criadouros Comerciais. Já a portaria 117/97 autorizou a venda desses animais provenientes desses Criadouros autorizados pela Instituição. Os tucanos estão cobertos sobre essas duas portarias. PP — Quais precauções o proprietário deve tomar antes de adquirir a ave? AF — Não diria precauções, pois é uma ave bem tranquila de se manter. Os cuidados necessários são basicamente os 66
mesmos para outras aves. Salientamos somente à parte da alimentação (trata-se de animais onívoros, que se alimentam basicamente de tudo) que é diferenciada e o espaço que deve ser adequado para que a ave fique confortável (levando-se em conta seu avantajado bico) e que possa se movimentar. Agora, o “conselho” serve para todas as pessoas que queiram ter qualquer animal de estimação em casa: “Antes de adquirir qualquer animal, pense que são animais que precisam de cuidados e principalmente de atenção”. PP — Como é o temperamento? São facilmente adaptáveis ao convívio humano? AF — Naturalmente são animais observadores e desconfiados, mas se tornam bem dóceis e sociáveis quando criados e manejados de uma forma correta, permitindo um contato bem próximo com o ser humano. São bem procurados também por serem aves silenciosas que emitem sons de baixo volume. PP — Como deve ser o manejo?
AF — Se criados e manejados de uma forma correta, se tornam excelentes aves de estimação. Os cuidados básicos são: gaiola adequada para que a ave possa se movimentar confortavelmente e poleiros em vários níveis para facilitar esse exercício (são aves que gostam de pular de um poleiro para outro). Uma caixa de ninho também é recomendada para que a ave possa se sentir protegida quando no frio e/ou para dormir. É aconselhável que a ave passe um tempo diário fora da gaiola para que ela possa se exercitar e interagir com as pessoas da casa. A alimentação é muito importante e deve ser considerada como um dos itens fundamentais para a manutenção saudável da ave. Ela deve ser específica para a espécie, pois como são aves onívoras, na natureza se alimentam basicamente de tudo (frutos, sementes, insetos, pequenos animais). Para tanto, precisam de uma alimentação rica em proteína, principalmente na época reprodutiva. Outro fator importante é a limpeza a fim de manter a ave fora de contato com restos de comida e excreta. São aves que gostam de banhar-se. Brinquedos interativos ajudam a ave se distrair e se entreter. PP — Por favor, fale sobre as características físicas e os cuidados necessários para garantir a saúde do tucano. AF — Possuem olhos vivos e marcantes. O corpo é longilíneo com as patas relativamente curtas. Sustentam um enorme bico que se apresenta de diversas cores (geralmente bem colorido) dando a eles uma aparência realmente curiosa e exótica. Acredita-se que o colorido do
seu bico seja para intimidar possíveis predadores. Seu bico é bem poderoso, constituído de lâminas ósseas que o tornam sólido e resistente. Por outro lado, seu bico é bastante leve por ser oco. Pertencem ao gênero Ramphastos. Há cerca de 41 espécies que habitam da América do Sul a Central. Para uma ave ter uma aparência saudável é necessário que o seu manejo seja correto, principalmente no que se refere à alimentação. Banhos também auxiliam em penas mais saudáveis e conseqüentemente mais bonitas. PP — Qual a altura e o peso máximo que a ave atinge? AF — O Tucano-toco ou Tucanuçu (Ramphastos toco) é o maior representante da família, medindo cerca de 56 cm com peso de 540g. PP — Como é a convivência com crianças e com outros animais de estimação, como outras aves, gatos e cachorros? AF — Se bem criadas e manejadas convivem bem com seres humanos. Para a convivência com outros animais, é preciso de uma adaptação preliminar para que todos possam se aceitar naturalmente. Isso é uma regra básica para qualquer aproximação de uma nova ave com outros animais já existentes em casa. PP — Quais medidas devem ser tomadas para evitar doenças? AF — Como qualquer outra ave, os tucanos sensíveis ao vento. Proteções de vento como capas, cortinas e ninhos já auxiliam nesse quesito. Os tucanos 67
Animais Silvestres também são sensíveis a verminoses; daí a importância de se manter o viveiro/ gaiola sempre higienizado, a fim de evitar que a ave tenha contato com restos de alimento e excreta.
pela casa a fim de se exercitar (sempre com supervisão de alguém) e interagir, mas é aconselhável que se tenha um local pré-estabelecido para que ele possa se alimentar e descansar.
PP — Com qual freqüência deve passar por consulta médica? Pode ser levado ao Pet Shop ou apenas em clínicas especializadas? AF — Assim como para nós humanos, sugere-se um check-up anual para qualquer animal de estimação. O mais indicado é que a pessoa procure um médico veterinário especializado em animais silvestres. O mais importante mesmo é que a pessoa observe diariamente sua ave para que ela possa notar qualquer anormalidade o mais rápido possível. Isso aumentará consideravelmente as chances de recuperação, caso a ave adoeça.
PP — Como deve ser a alimentação? Frutas e verduras são permitidas? E quais alimentos devem ser evitados? AF — A alimentação é específica para a espécie. A ração possui maior nível de proteína, já que são animais onívoros. Frutas e verduras são bem-vindas. É importante salientar que a alimentação deve ser oferecida de uma maneira que a ave possa engolir, já que são aves engolidoras, ou seja, para se alimentar elas pegam o alimento com a ponta do bico, experimentam com a língua e com um movimento rápido jogam o alimento para cima engolindo-o finalmente. Frutas ácidas e/ou ricas em ferro devem ser evitadas.
PP — O tucano pode ser criado solto ou deve ficar em ambientes préestabelecidos? AF — Pode passar boa parte do dia solto
PP — Quais são as brincadeiras e os brinquedos mais indicados? AF — Os tucanos são aves muito
observadoras e que necessitam serem entretidos. Brinquedos de madeira, brinquedos coloridos, balanços e escadas são muito bem recebidos por eles. Quando em contato com seus donos, gostam de ficar no braço ou ombro onde passam boa parte do tempo mexendo delicadamente em seus cabelos. PP — Qual é a expectativa de vida em cativeiro? AF — A expectativa de vida para os tucanos é cerca de 20 a 30 anos. PP — Para finalizar, alguma outra peculiaridade sobre o tucano? AF — Uma curiosidade: Falando um pouco de sua morfologia, os tucanos têm dois dedos para frente e dois para trás, denominados animais zigodáctilos, facilitando assim a aderência nos galhos. São aves monogâmicas territorialistas, ou seja, vivem e se reproduzem em casais fechados. São aves que não possuem dimorfismo sexual, ou seja, não possui diferença aparente entre macho e fêmea. Daí a necessidade de um exame de DNA a fim de descobrir o seu sexo. Na natureza, são aves consideradas “dispersoras de sementes” já que cospem as sementes dos frutos que se alimentam. Auxiliando, portanto, na recomposição das matas. Fonte: Antonietta Ficucella — bióloga e gerente da Amazon Zoo, loja especializada em animais silvestres e exóticos Tel.: 11 3045-1000 www.amazonzoo.com.br Imagens: Shutter Stock
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Saúde Animal
Castração: o que é isso?
A
castração sempre foi motivo de polêmica entre os proprietários de cães e gatos. Alguns donos já sabem os benefícios da cirurgia e para muitos, ainda continua sendo uma mutilação ao animal. Entre os profissionais veterinários, praticamente a cirurgia já é incorporada à rotina, sendo muito defendida pela classe. É uma cirurgia que consiste na remoção do útero e ovários, na fêmea, e dos testículos, no caso dos machos. Trata-se de um método definitivo de esterilização. Esta cirurgia é realizada por profissionais veterinários, sob o efeito de anestesia geral, tornando-se, desta maneira, indolor. A castração pode ser realizada em qualquer fase da idade reprodutiva do animal. A maioria dos veterinários, entretanto, recomenda que o animalzinho tenha idade aproximada a partir dos 4 meses, quando já terão seus órgãos sexuais internos desenvolvidos e quando já estão com a imunização completa. A recuperação no pós cirúrgico é bem mais rápida quando comparamos um filhote com um adulto. A esterilização do macho, chamada de orquiectomia, é mais fácil e mais rápida (a cirurgia dura em média 15 70
minutos), requerendo menos cuidados no pós-operatório. A esterilização das fêmeas, chamada de ováriosalpingoesterectomia (OSH) - que consiste na retirada de útero e ovários - requer alguns dias de atenção após a cirurgia até a completa cicatrização. A cirurgia dura em média 30 minutos. Todo procedimento cirúrgico-anestésico é considerado um risco ao animal. Este risco pode e deve ser sempre minimizado pelo uso de anestesia inalatória, com monitorizarão cardiorrespiratória. Seguindo esses procedimentos e realizando alguns exames pré-cirúrgicos (hemograma completo, função renal e função hepática para os animais jovens e eletrocardiograma e eco cardiograma para os animais acima de 5 anos), a cirurgia é realizada praticamente sem riscos de vida ao animal. O animal deve permanecer em repouso de 07 a 10 dias, quando é feita a retirada dos pontos, retornando as suas atividades normais. Este repouso é importante para a completa cicatrização dos pontos internos e de musculatura, no caso das fêmeas, além de evitar 71
Saúde Animal inchaço (edema) na região do corte cirúrgico. A região do corte cirúrgico deve sempre ficar protegida por um curativo e uso de roupa cirúrgica. Na impossibilidade do uso da roupa, é aconselhado o uso de um colar elisabetano.
vez ao dia, durante 7 a 10 dias, e um analgésico durante os primeiros dias, para maior conforto do animal.
Normalmente é prescrito um antibiótico de amplo espectro, uma Quais as vantagens da castração? • Diminui consideravelmente o risco de tumores de mama, próstata e tumores transmitidos sexualmente; • Elimina o risco de tumores de útero, ovários e de testículos; • Elimina a gravidez psicológica (pseudociese) nas fêmeas; • Elimina o risco de uma piometra (doença uterina na qual a fêmea pode apresentar após o cio, onde o útero se enche de pus, e na qual o tratamento é a castração, ocorre em cerca de 60% das fêmeas não castradas); • Diminui o risco das 72
Por Dra Leticia Costa Médica Veterinária Planet’s Dog Espaço www.planetsdogespaco.com.br Imagens: Shutter Stock
fugas que podem acarretar acidentes graves e até fatais;
vida aumenta, pois há menor chance de doenças reprodutivas.
• O animal se torna mais calmo, acaba com os latidos, miados e uivos que podem acontecer devido ao cio;
Mitos da castração. Saiba a verdade!
• Os gatos tendem a minimizar o hábito de urinar nas paredes e móveis da casa para demarcar território, e sua urina também perde o odor forte e desagradável; • Evita gravidez indesejada, não ocorre mais o cio e nem o sangramento nas fêmeas; • A castração favorece a qualidade de vida do animal. Animais se tornam mais saudáveis e sua expectativa de
• O animal castrado não engorda, apenas precisa de menos alimento e de mais exercício; • Machos não ficam “boiolas”, não perdem o instinto de proteger o território, apenas deixam de urinar pelos cantos e de procurar fêmeas para cruzar; • Fêmeas não precisam ter a primeira cria antes de serem castradas — Procriar não é sinônimo de saúde; • A cirurgia é indolor, feita sob anestesia geral (inalatória). 73
São Francisco de Assis “Protetor dos Animais”
Oração
S
enhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz. Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. Onde houver Trevas, que eu leve a Luz! Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna!
www.franciscanos.org.br Imagem/ Arquivo: Basílica de São Francisco de Assis – Itália – o complexo da basílica é composto por duas igrejas, construídas uma sobre a outra. Faz parte do conjunto também a cripta onde estão guardados seus restos mortais.
Fotos: Divulgação
Coluna Social
1 1 – A São Bernardo Cristal é a alegria do humorista Carlos Alberto de Nóbrega e sua esposa, a atriz Andrea Nóbrega. 2 – Vanessa Menga, ex-jogadora profissional de tênis, e sua Shitzu Brisa, de quatro anos.
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3 – A arquiteta Débora Aguiar entre os cães da raça Scottish Terrier Happy e Hope. 4 – Chamboca, Chambinha (em pé), Branquinha e Pretinha. Estes são os quatro SRD de Daniela Albuquerque, apresentadora do programa Dr. Hollywood (Rede TV).
4 Ike Levy / Divulgação