REVISTA BIMES TRAL DE DESIGN ARQUITETURA INTERIORES COMPORTAMENTO
JUM NAKAO E O PAPEL DA MODA
R$ 14.00 Nツコ 37
Nツコ 37
2004
2004
JUM NAKAO AND THE ROLE OF FASHION
BIENAL DE DESIGN GRテ:ICO
QUADRIFOGLIO EDITORA
ARC DESIGN
BIENNIAL EXHIBITION OF GRAPHIC DESIGN
CRIATIVIDADE BRASILEIRA NO DESIGN BRAZILIAN CREATIVITY IN DESIGN
ARQUITETO SANTIAGO CALATRAVA ARCHITECT SANTIAGO CALATRAVA
O MELHOR DA COZINHA THE BEST OF KITCHEN
atenção. Jum Nakao acredita na correlação forma/conceito em todos os campos: dramaturgia, literatura, artes plásticas, música, moda. Principalmente moda. “Vivemos a era da formatação, dos manuais. Não existe o pensar. Os valores encontram-se destituídos de conteúdo”, comenta. Na última edição da São Paulo Fashion Week, este paulista de raízes
Foto Fernando Louza
orientais chocou a platéia com o inusitado: roupas não-comercializáveis, feitas em papel vegetal, destruídas no fim do desfile. “A impossibilidade do ter no ciclo do desejo materializou-se quando as modelos rasgaram as peças, gerando o vazio e provocando uma reflexão sobre a efemeriNo alto da pá gi na, à di rei ta, o es ti lis ta Jum Na kao, cuja obra apresen ta da na São Pau lo Fas hion Week pôs em dis cussão a tran si to ri e da de da moda. Acima, imagem da capa: modelos com perucas que remetem a bonecos Playmobil exibem vestidos primorosos, pro du zi dos em pa pel ve ge tal
dade do vestir”, afirma Nakao. A coleção “Desejos” assinala um capítulo apenas de sua arte conceitual, marcada pela mescla instigante entre moda e tecnologia. Fascinado pela complexidade do ser humano, optou pela eletrônica com o objetivo de descobrir formas de interação pessoal por meio do
Abaixo, o desfecho surpreendente: ignorando o aspec to co mer cial do even to, as rou pas são des tru í das ra pi da men te. O pú bli co aplau de. Tudo pela arte
avanço tecnológico. Logo percebeu outro caminho: a moda. “Não existe maneira melhor de ficar próximo às pessoas senão pelo vestuário. É como trabalhar diretamente com a essência.” Estudou na Coordenação Industrial Têxtil (CIT), cursou artes plásticas na Fundação Álvares Penteado (FAAP) e aprimorou técnicas de estilo com a francesa Marie Ruckie, da École Berçot, Paris. Em 1988, Nakao viajou ao Japão – experiência cultural e criativa que influencia seus trabalhos até hoje. No ano de 2002, o estilista estréia na Fashion Week com a coleção “Future Kitsch”, que pretendia distanciar tecnologia de modernidade, transformando a primeira em kitsch. Atualmente, dedica-se à criação – seja à frente da Viva Vida, seja em seu ateliê –, e a um projeto especial, feito em parceria com o Museu de
Foto Fernando Louza
Arte de São Paulo (MASP), a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) e a FAAP: no início de 2005, funcionará, no MASP-Centro, o Instituto Brasil de Arte e Moda, cuja direção criativa será de Jum Nakao.
Foto Fernando Louza
Questões profundas atraem sua
De sign. Pa la vri nha que até há pou co tem po mu i tos des co nhe ci am, ou não sa bi am bem seu sig ni fi ca do. Hoje, valorizada, citada por todos, é ferramenta e tábua de salvação, conceito sem o qual some o valor agregado do produto. No Brasil, as diversas vertentes do design são prova, por outro lado, de nossa famosa desigualdade: desenho industrial em setores avançados como o da aeronáutica ou dos eletrodomésticos e eletrônicos, por exemplo; design com forte ligação com o artesanato (seja como fonte de inspiração ou como forma de produzir) naqueles em que o consumo não suporta investimentos vultosos, como o dos objetos para a casa. Nes ta edi ção de ARC DE SIGN abor da mos es ses dois ex tre mos e tam bém si tu a çõ es in ter me di á ri as. Design Brasil 2000+4 convoca os designers a soltarem sua criatividade e fala de boas idéias, que podem se tornar, ou não, bons produtos; o artigo sobre cozinhas brasileiras mostra o desenvolvimento das indústrias de ferragens e de armários em madeira, setores de bom desempenho, inclusive no que se refere à exportação; a meio caminho entre a industrialização e o fazer artesanal encontramos o exemplo de Carlos Motta, designer que há muitos anos vem desenvolvendo mobiliário em madeira. Essas três matérias traçam o mapa do momento atual do design no Brasil. O Museu da Casa Brasileira, espaço tradicionalmente ligado ao design, abrigou a mostra Design Popular da Bahia, com peças do repertório cotidiano, como o carrinho de café ou a lata do vendedor de biju. Exposição que reforça o que ARC DE SIGN vem afirmando: o design no Brasil, ou melhor, o design brasileiro é indissociável do artesanato, seja transpondo o vocabulário próprio ao artesanato para uma linguagem contemporânea, seja apenas em termos de pesquisas que levam a respostas e soluções próprias. Um exemplo ao acaso: o ventilador Spirit, brasileiro (veja ARC DE SIGN 24), não é bege nem cinza, como devem ser seus similares norte-americanos ou europeus – mas laranja, ou azul, ou verde. O design na moda é representado por Jum Nakao, que durante a São Paulo Fashion Week criou uma bela e poética performance em torno do papel efêmero da moda. Na arquitetura, as formas escultóricas e altamente tecnológicas do espanhol Santiago Calatrava dão continuidade à série dos mestres contemporâneos. E no design gráfico, uma resenha da produção brasileira exposta na Bienal da ADG, na qual o ponto forte é a diversidade na criação. Uma edição que dá muito o que pensar. Aproveite!
Maria Helena Estrada Editora
Jum Nakao, fashion designer, provocou a platéia do Fashion Week com um desfile conceitual: maravilhosas roupas de papel, cor tadas a laser e rasgadas no final. Imperdível!
ARC DE SIGN convida os desig ners a colo ca rem novas idéias no ar, a aproveitar o momento brasi lei ro de “país na moda”, com pro du tos que espelhem nossa di ver sidade
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Eurocucina, feira internacional realizada em Milão, e ainda um panorama do mercado brasileiro mostram as novidades no mundo do mobiliário para cozinhas
Winnie Bastian
RADIOGRAFIA DE UM PROJETO MINÚCIAS E PORMENORES
João Rieth / Da Redação
COZINHAS MOMENTO ATUAL E TENDÊNCIAS
DESIGN BRASIL 2000+4
Maria Helena Estrada
O PAPEL DA MODA
Vanessa Domingues
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20
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Projetada pela arquiteta Lia Carbonari, uma cozinha de gourmet em São Pau lo se destaca pelo con junto de solu çõ es que ampliam o espaço e favorecem as atividades do morador
REVISTA BIMES TRAL DE DESIGN ARQUITETURA INTERIORES COMPORTAMENTO
NEWS
10
nº 37, julho/agosto 2004
PUBLI BLUM
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Conhe cido mundial mente pelo caráter escultórico de suas pontes e seus edifícios, o arquiteto espanhol tem assumido projetos de grande porte e relevância. Sua obra mais recente, o Auditório de Tenerife, é o destaque desta edição
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Um livro e uma exposição sobre o arquiteto e designer Carlos Motta marcaram os 25 anos de carreira de um dos mais fiéis adeptos da madeira no Brasil
MUNDO TECH
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EXPEDIENTE
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A cultura popular da Bahia vista através do olhar de 80 adolescentes que viajaram por todo o Estado, recolhendo informações. Projeto da ONG Cipó Comu nicação Interati va, no Museu da Casa Brasileira
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ENGLISH VERSION
A BIENAL DA DIVERSIDADE
André Stolarski
Vanessa Domingues
DA NECESSIDADE À CRIAÇÃO
A ORIGINALIDADE DO BÁSICO
Vanessa Domingues
Winnie Bastian
MESTRES DA ARQUITETURA SANTIAGO CALATRAVA
SUPLEMENTO ESPECIAL
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Bienal de Design Gráfico da ADG, um panorama dos trabalhos de profissionais brasileiros. Veja o largo espectro de atuações possíveis na área
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arq_design dupla
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S.C.A. Ambientes Planejados. Mรณveis que combinam com o seu estilo
Fรกbrica: [54] 453 2200 | RST 470 Km 220 | Bento Gonรงalves | RS | www.sca.com.br
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Com Couché Suzano os detalhes saltam.
Tenha impressões com cores puras, uniformes e de grande impacto, possíveis devido à dupla camada de revestimento que só o Couché Suzano tem.
Sua imagem vai ganhar em nitidez e saltar aos olhos de quem vê. Dupla camada, uma tecnologia que só a Suzano produz no Brasil.
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Com Couché Suzano os detalhes saltam.
Tenha impressões com cores puras, uniformes e de grande impacto, possíveis devido à dupla camada de revestimento que só o Couché Suzano tem.
Sua imagem vai ganhar em nitidez e saltar aos olhos de quem vê. Dupla camada, uma tecnologia que só a Suzano produz no Brasil.
TIPOS DE GRAFIA A coleção “Qual é o seu tipo?”, Edições Rosari, “ampliou sua visão”, conforme define o coordenador editorial, Claudio Ferlauto. Foi lançada recentemente uma publicação histórica – bilíngue, vale ressaltar – de Wolfgang Weingart, referência no design contemporâneo: “Como se Pode Fazer Tipografia Suíça? / How Can One Make Swiss Typography?”. Paralelamente, os ensaios sobre os principais tipos continuam; Gustavo Piqueira, Tide Hellmeister e Carlos Perrone assinam, respectivamente, os novos títulos: “Gill Sans”, “Capitular Collage” e “Psicodélicas – um tipo muito louco”. Além de desvendar
PARA BRINCAR E DECORAR
a origem dessas fontes, os auto-
Entre fevereiro e abril deste ano, marceneiros da Comunidade
res ressaltam suas melhores uti-
Monte Azul, São Paulo, compartilharam conhecimento e téc-
lizações, apontando um novo ca-
nica com quatro estudantes da Design Academy Eindhoven,
minho para os artistas gráficos.
na Holanda. Depois da experiência acumulada durante um
Edições Rosari: (11) 5571-7704.
projeto piloto em 2001, os jovens juntaram-se novamente
www.rosari.com.br
para outro desafio: desenvolver produtos no limite entre objeto/brinquedo e objeto/decoração, tendo como “ingredientes” materiais utilizados no cotidiano dos moradores locais. As criações podem ser adquiridas diretamente na Comuni-
ARTE E TÉCNICA
dade Monte Azul (tel.: 11 5851-0505). Estarão disponíveis
Das mãos da banca examinadora para as prateleiras das livrarias. O li-
também na quinta edição do Circuito Craft + Design, a ser reali-
vro “Paulo Mendes da Rocha – Estrutura: o Êxito da Forma”, recém-
zada entre os dias 18 e 22 de agosto no Centro de Eventos São
lançado pela editora carioca Viana & Mosley, nasceu da dissertação
Luís – Salão Santo Inácio: Rua Luís Coelho, 323, São Paulo. Mais
de Denise Chini Solot – com orientação de Ronaldo Brito – para obtenção
informações sobre o evento pelo telefone (11) 3816-6346,
do título de mestre em História Social da Cultura pela Pontifícia Universi-
com a organizadora Marisa Ota.
dade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ). “A obra de Paulo Mendes da Rocha contém a síntese e atinge plena autonomia, compreendendo a arquitetura pelo que lhe é elementar e intrínseco: arte e técnica. A arquitetura de Paulo Mendes da Rocha é uma lição exemplar em que a estrutura é, certamente, o êxito da forma”, afirma a autora em seu texto, justificando a escolha do tema e, de quebra, do título! Viana & Mosley Editora: (21) 2540-8571.
DESIGN E PRECISÃO Desenvolvido por Mari Pini – autora de uma linha de produtos lunares: calendário, agenda, brindes e acessórios –, o globo lunar inflável tem caráter decorativo, lúdico e, principalmente, pedagógico, já que é correto sob o ponto de vista científico (sua realização exigiu dez anos de pesquisa!). Com 36 centímetros de diâmetro, a peça, confeccionada em PVC prata e impressa em silk screen, traz a geografia da superfície da lua desenhada a bico de pena pelo artista plástico Ricardo Negreiros, sob orientação do astrônomo Augusto Daminelli, do Instituto de Astronomia e Geofísica (IAG) da Universidade São Paulo (USP), e finalizada pelo designer Eduardo Musa. O globo lunar está sendo vendido com exclusividade nas lojas Benedixt. Mais informações no site www.tudodalua.com.br. A propósito, a ocasião é bem adequada para aprender mais sobre o sa-
A FAVOR DA NATURE ZA
télite; neste ano, comemoram-se 35 anos que o homem pisou na lua!
“Reconhecer as empresas e os profissionais que se empenham na redução dos impactos de seus produtos sobre o meio ambiente, agregando o conceito de ecoeficiência e
DE SIGN DE ILUMINAÇÃO NA EUROPA
sustentabilidade como vantagem competitiva.” Para alento
Com o intuito de promover o trabalho de designers de iluminação europeus
dos ambientalistas, o objetivo do Prêmio Ecodesign tem sido
– consagrados ou não – e divulgar a tecnologia disponível para o desen-
atingido. Em sua quarta edição, 90 trabalhos foram inscritos
volvimento de projetos nessa área, foi publicado o livro “Lighting Design
no concurso, realizado pela Federação das Indústrias do
Europe”, da editora brasileira Lusco. Durante quatro meses, o fotógrafo
Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), com a colaboração do
Andrés Otero viajou pelo velho continente, registrando 20 séculos de arqui-
Centro São Paulo Design (CSPD).
tetura, história e cultura. “Utilizando a luz como ferramenta de trabalho,
Baseados em critérios específicos de avaliação (novidade
procurei captar os melhores pontos de vista arquitetônicos”, diz.
da proposta; benefícios ambientais no processo produtivo;
Com 250 páginas e edição limitada, o livro traz 26 obras em 11 países
benefícios socioambientais; impacto do design na exteriori-
europeus. Sua distribuição está sendo feita gratuitamente na Europa.
zação das características ecológicas; e utilização de tecno-
No Brasil, serão vendidos cem exemplares; as reser vas podem ser fei-
logia inovadora aplicada ao projeto), o júri técnico homena-
tas pelo telefone (11) 3719-2333.
geou nove criações. Destacamos as telhas recicladas, produzidas a par tir de embalagens Longa Vida, design Eduardo Gomes, empresa Tetra Pak (projeto premiado na categoria Produto no Mercado); o banco laminado, fabricado com bisnagas de géis e cremes dentais, design Renato Gomes e Juliana Nunes, empresa Unilever (menção honrosa – material, mesma categoria); e a caixa para sapatos Stock (acima), cuja matéria-prima é biodegradável e proveniente da mandioca, design Érika Cardoso (menção honrosa – material, categoria Projeto). Outras informações no site da CSPD: www.cspd.com.br
EXPOR TANDO DE SIGN Fernando e Humberto Campana, Carlos Motta, Claudia Moreira Salles, Etel Carmona, Guilherme Mendes da Rocha, Heloisa Crocco, Isay Weinfeld, Kimi Nii, Nido Campolongo, Sibylla Simonek e Zigfreda. Personalidades do design brasileiro agora têm seus trabalhos expostos na Holanda. A empresária e arquiteta Leila Abe realizou um sonho antigo ao criar o showroom Paulista, localizado na área portuária de Amsterdã: “mostrar aos estrangeiros a qualidade estética do design produzido nos trópicos”. Durante a inauguração – que contou com a presença do embaixador do Brasil na Holanda, Gilberto Vergne Sabóia –, o público conferiu, além de belas criações em mobiliário, cerâmica, objetos e vestuário, o lançamento do livro “Carlos Motta” (veja matéria sobre o designer nesta edição), o desfile da nova coleção Zigfreda e a exposição “Arquitetura de São Paulo”, organizada pelo GROUPBR. As visitas ao showroom devem ser previamente agendadas, inclusive para profissionais da área. Mais informações no site www.paulista.nl ou pelo e-mail info@paulista.nl
SUGESTÕES BEM EMBALADAS A partir da nova coleção da Artefacto, 28 profissionais – arquitetos, decoradores e paisagistas – aceitaram o convite e criaram 22 ambientes refinados. A 13ª edição da Mostra Artefacto Bosch contou nova-
18º PRÊMIO DE SIGN MUSEU DA CASA BRA SILEIRA
decorados, o público pode apreciar obras de arte assinadas por artis-
Está se aproximando o tradicional concurso promovido pelo
tas renomados, como Guignard, Tarsila, Goeldi e Di Cavalcanti. Dentre
Museu da Casa Brasileira. Além das categorias já existentes
os projetos apresentados, está a sala de Débora Aguiar, com o home
– Mobiliário, Utensílios, Iluminação, Têxteis e Revestimen-
theater no papel principal.
tos, Equipamentos Eletroeletrônicos, Equipamentos de
A mostra, que acontece no showroom da empresa, tem visitação gra-
Construção e Trabalhos Escritos –, a edição 2004 conta com
tuita e poderá ser conferida até abril de 2005!
Novas Idéias/Protótipos, a fim de incentivar a participação
Artefacto: Rua Haddock Lobo, 1.405. Tel.: (11) 3061-5855.
de estudantes e contemplar produtos que ainda não estão disponíveis no mercado. As inscrições estarão abertas de 9 a 20 de agosto de 2004 para designers profissionais e aspirantes, brasileiros ou estrangeiros residentes no país há pelo menos dois anos. Para a escolha da identidade visual da competição, foi organizado “O Prêmio em Cartaz”. Dentre 313 participantes, a empresa Designing foi a vencedora com um projeto que evidencia o design na vida cotidiana (acima). Outras informações no site www.mcb.sp.gov.br ou pelo telefone (11) 3032-3727. 12 ARC DESIGN
mente com a participação da Galeria Arte Aplicada; junto aos espaços
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TENDÊNCIAS PARA ESTILOS DE VIDA Modernidade, emoção, alegria e funcionalidade. A “Tendence Lifestyle” – International Frankfurt Fair traz as últimas tendências em mobiliário, artesanato, acessórios domésticos, utensílios de cozinha, objetos decorativos, entre outros, para esses quatro universos. Com o tema “Decorate Life” (“Decore a Vida”), a feira, que será realizada de 27 a 31 de agosto em Frankfurt, Alemanha, espera atrair cerca de 3.500 expositores e 100 mil visitantes de diversas partes do mundo. Independente do estilo de vida... www.tendence-lifestyle.messefrankfurt.com
FALTOU! Um acréscimo aos créditos da exposição “Iluminar” (matéria
FEITO À MÃO
“Todas as luzes. A luz”, ARC DESIGN 35): os engenheiros Claudio
A designer Mayumi Ito leva autenticidade às peças da coleção Amaria.
Helu, Luiz Fernando Castilho e Tellio Giuseppe Totaro Jr. (Cons-
São 14 modelos atemporais de blusas – todas produzidas com exclu-
trutora Claudio Helu) foram responsáveis pela montagem
sividade pela tecelagem Via Roça, situada em Muzambinho, Minas Ge-
técnica da mostra, colaborando no gerenciamento do projeto.
rais. Confeccionadas em seda (o tingimento é feito com pigmentos vegetais, tais como pau-brasil, macela e cascas de cebola, entre outros) e/ou algodão, as roupas recebem tratamento artesanal: estampa
DE SIGN PARA A SAÚDE Um aparelho hospitalar para a coleta de espécimes
pintada à mão, bordado e manufatura de botões e etiquetas. Amaria: (35) 3571-4845.
de sangue conferiu ao designer brasileiro Adriano Galvão o prêmio Silver no “2004 Industrial Design Excellence Awards”, promo-
PRÊMIO MAX FEFFER
vido pela Sociedade Nor te-Americana de
Livros, revistas, folhetos, cartões de visita, convites, capas de CDs e
Desenho Industrial (IDSA). O “Blood Valve”,
DVDs, cardápios, catálogos, anuários. Não importa o tipo; o importante é
como foi batizado, possui compartimentos
ter qualidade. A terceira edição do Prêmio Max Feffer de Design Gráfico,
individuais para cada tubo, eliminando a possibilidade de
promovido pela Cia. Suzano de Papel e Celulose, premiará peças gráficas
contaminação e erros na sequência da coleta. Além disso,
impressas nas seguintes categorias: Editorial, Promocional, Embalagem
como os tubos ficam concentrados na mão do profissional, o
(somente para Supremo Duo Design, produto novo da Companhia), Cor-
risco de se perder uma veia é praticamente nulo.
porativo (somente para Reciclato, outro produto inovador da Suzano)
O produto foi desenvolvido na época em que Galvão era mes-
e Miscelânea (peças que não se enquadram nos grupos anteriores).
trando no Instituto de Design do Illinois Instituto de Tecnologia
Seguindo as diretrizes do Icograda (Conselho Internacional de Associa-
(IIT), em Chicago, Estados Unidos. Hoje, cursa o doutorado na
ções de Design Gráfico), o concurso é aberto a todo e a qualquer profis-
mesma instituição.
sional atuante no setor. Ao contrário dos outros anos, os terceiros colo-
Atualmente, o aparelho está sendo patenteado por Adriano
cados também serão premiados em 2004. O corpo de jurados indicará
Galvão em conjunto com o IIT, mas antes de ser comerciali-
ainda a “Peça Destaque”, prêmio especial que dará ao autor uma viagem
zado, precisa passar por diversos testes clínicos que depen-
internacional para participar de um evento na área de design gráfico.
dem de investimentos de terceiros.
Inscrições até 15 de outubro. Mais informações no site www.suza-
Mais informações: www.id.iit.edu/profile/gallery/bloodvalve
no.com.br ou pelo e-mail premiomaxfeffer@suzano.com.br
14 ARC DESIGN
86764_ 210x280 01/07/2004 20:30 Page 1 MONT_07 server:LAGE & MAGY-86764:Arquivos:Lito:
Tendência Provence Tok&Stok: deixe os campos de lavanda inspirarem novos ambientes.
Almofada Memoire
Cadeira Napoleão
Mesa Napoleão
W W W. T O K S T O K . C O M . B R TELEVENDAS: 0800 70 10 161
LAGE MAGY
REVISTA
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210X280
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CYAN
MAGENTA
AMARELO
PRETO
IED AGORA NO BRA SIL O Istituto Europeo de Design, uma das mais importantes escolas internacionais de design, irá inaugurar, em 2005, uma escola no Brasil, a primeira fora da Europa. A nova unidade funcionará no bairro de Higienópolis, São Paulo, e as aulas terão início em fevereiro do próximo ano. O prédio que abrigará a escola, na Rua Maranhão, já começou a ser reestruturado. A filial de São Paulo será voltada para quatro áreas – moda, design, artes visuais e comunicação –, com cursos trienais pós-diploma de ensino médio, cursos de atualização e especialização, cursos de formação avançada e mestrado. Todos os cursos se desenvolverão em contato direto com o setor empresarial, nas áreas de interesse. O corpo docente, formado por professores brasileiros (70%) e italianos (30%), será constituído por profissionais atuantes nas respectivas áreas “para preencher o vazio existente entre o mundo da formação e o mundo do trabalho”,
LIBERDADE NO CRIAR
afirma Stefano Paschina, administrador geral do grupo.
A coleção de caleidoscópios de um amigo, somada à paixão
Mais informações pelo telefone (11) 3179-0129 ou pelo e-mail
por artes plásticas e danças, inspirou o ensaio fotográfico
ied@italcam.com.br. www.ied.it
“Caleidoscorpos”, assinado pelo alagoano Gama Junior. As 25 imagens da exposição – todas manipuladas digitalmente – poderão ser vistas a partir do dia 7 de agosto na Pinacoteca do Estado. A curadoria é de Diógenes Moura. “Meu trabalho
O QUE HÁ DE MELHOR
coloca a liberdade como ingrediente principal na criação”,
Quais projetos da arquitetura contemporânea – concluídos nos últi-
comenta o fotógrafo, que acumula no currículo exposições
mos cinco anos – você considera os mais sensacionais do planeta?
em N. York e Paris.
Profissionais da área, curadores, jornalistas e críticos especializados
Pinacoteca do Estado: Praça da Luz, 2, São Paulo. Tel.:
deram suas opiniões e, após três anos de análise e debates, a lista
(11) 229-9844.
indicou 1.052 trabalhos de 75 países; nações bastante diversificadas no que diz respeito à geografia, ao clima, à economia e à cultura. O re-
CEDRO LIBANÊS SE TRANSFORMA EM ES CULTURA
sultado aparece no formato de um atlas: “The Phaidon Atlas of Contemporary World Architecture”, com 812 páginas, publicado recente-
O desafio é lançado pela Fabrica, o centro de pesquisa de co-
mente pela editora inglesa Phaidon. O
municação da Benetton localizado em Catena Di Villorba,
livro contém mais de 5.500 ilustrações
norte da Itália: transformar o cedro libanês – ár vore que teve
coloridas e 2 mil desenhos, além de
papel importante no projeto arquitetônico de Tadao Ando para
informações expressivas sobre os
o edifício, e que agora está morta – em uma bela e inabalável
projetos apresentados e os países
escultura; sem desarraigá-lo, é importante frisar. “Viva” é o
onde eles se inserem, permitindo a
nome deste concurso internacional aber to a designers,
análise existente entre riqueza e
arquitetos, escultores, artistas e qualquer pessoa disposta a
ocorrência de boa arquitetura.
testar sua criatividade.
Para adquirir um exemplar, acesse
As inscrições devem ser feitas até o dia 30 de setembro.
www.phaidon.com ou ligue +44 (20)
Para mais informações, acesse www.fabrica.it/tree ou envie
7843-1234.
um e-mail para competition@fabrica.it
O PAPEL DA MODA
Cento e cinquenta pessoas envolvidas, 700 horas de trabalho; tudo destruído no final da apresentação. Enquanto as modelos choravam ao rasgar as roupas-dobraduras, seu criador era ovacionado. “A obra foi concluída. A arte fez efeito”, afirma Jum Nakao, o estilista que ousou – e surpreendeu – na úl ti ma edi ção da São Pau lo Fas hion Week
Vanessa Domingues / Fotos Fernando Louza Iluminação. Música. Expectativa. Na passarela, corpos cobertos por um colante preto, do pescoço aos pés, exibem o branco. Movimentos limitados e recortes perfeitos. “É fácil fazer trabalhos de pura imagem. É tudo pasteurizado, igual, vazio, principalmente em moda. O grande desafio é unir forma e conteúdo. Forma sem conceito não se sustenta, perde-se.” O som do tango provoca melancolia, tristeza. A platéia percebe desenhos românticos, delicados, inspirados em trajes do fim do século 19. Os bordados, as rendas e a estamparia foram feitos com técnicas de computação gráfica e cortes a laser. Mistura de passado e presente. “As peças, extremamente elaboradas, favorecem a percepção de volume, textura, valores – valores perdidos na minha profissão, por isso, muitos a consideram superficial, banal.” Villa-Lobos entra em cena. O público é remetido aos tempos de criança, ao universo encantado dos contos de fadas. “A peruca estilo Playmobil e a maquiagem carregada criam um momento lúdico, transportando os presentes ao sonho. Ali, acontece a desconexão com o passado; é a transitoriedade explícita.” Outro ruído no recinto, este propício para a contemplação das “paper dolls”. As modelagens – vestidos perfeccionistas, saias de construção volumétrica e blusas com mangas bufantes – foram confeccionadas em papel vegetal (quase meia tonelada) e “costuradas” com fita crepe. “Minha intenção é gerar um pensar. As pessoas precisam
Com cai men to per fei to, pe ças fei tas em pa pel exi bi am ren das, es tam pas e re cor tes di ver sos. O bran co – cor da pu re za e ten dên cia para o ve rão – contrastava com o preto do colante, explorando as relações entre luz e sombra
22 ARC DESIGN
Uti li zan do pa pel ve ge tal e téc ni cas de cor tes a la ser, Jum Na kao cri ou vestidos, saias e blu sas ins pi ra dos em tra jes do fim do sé cu lo 19. Com bi na ção de pro cesso ar tesa nal e inova ção tec no ló gi ca
questionar seu papel em todos os sentidos, porque ele está sujeito à ação do tempo, tanto no que diz respeito à cronologia quanto às condições climáticas.” Música trágica, lembrança do fatídico 11 de setembro. As 15 modelos rasgam, furiosamente, as roupas. Destruição do símbolo maior. “O que resta é um índice que não pode ser recomposto. A obra deixa de existir, mas a arte perdura no plano imagético.” No palco, o criador aparece filmando seus próprios olhos. Gritos, aplausos. “O círculo do desejo foi quebrado.” Uma voz desconhecida canta rock n’roll. Os convidados voltam à realidade. Aos bancos da São Paulo Fashion Week. Ao desfile da coleção “Desejos”, de Jum Nakao. “Minha proposta só poderia acontecer na Fashion Week, porque lá se concentram aqueles que trabalham em torno do vestuário, da imagem, do desejo”, continua a declarar o estilista. Paulista, descendente de oriental, Nakao, 37 anos, sempre foi aficionado por tecnologia. Quase se graduou em eletrônica, mas, antes, enxergou na moda uma maneira de ficar mais próximo ao ser humano. Participou de três edições do Phytoervas Fashion, exerceu o cargo de gerente de estilo da marca Zoomp, foi curador da loja do Hotel Lycra. Em 2002, estreou na São Paulo Fashion Week. Hoje é consultor criativo da Viva Vida e trabalha ao lado da esposa, Lelê, em seu atelier, na cidade de São Paulo, onde pode ser encontrada a coleção 04/05 – esta para comprar e vestir de verdade. O evento pautou discussões e fomentou reflexões. Aliando tradição e inovação no processo, Nakao resgatou o romantismo e o sonho, fazendo os espectadores refletirem sobre a efemeridade do vestir. Esse, sim, era seu profundo e sincero desejo. ❉
A coleção “Desejos” contou com o apoio cultural da Editora Senac e da Fundação Álvares Penteado. Quem se interessou pelo trabalho de Jum Nakao poderá obter mais informações sobre os processos da coleção e a relação entre objeto, imagem, mercado e desejo, com o livro e o DVD a serem editados pelas editoras Senac Nacional e Senac São Paulo.
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desiGN BrasiL 2000 + 4 diversidades Os es pe lhos de Ca ri na Ver du go (Ate liê Gala), aci ma, e os bichos de Trancoso (Marcenaria Trancoso), no pé da página ao lado, são pe ças lú di cas, li vres, le ves... Os es pe lhos são presos a painéis de MDF com acabamento em laminado me la mí ni co, for man do uma peça úni ca pela uni ão dos mes mos. O Ta man duá, des can so para pra tos, tem de ta lhe em mar che ta ria, e a Ta ru í ra (la gar ti xa) ser ve tam bém como de co ra ção para pa re des. Am bos de sign Sil via Mecoz zi com exe cu ção de João Ca la zans. Ma dei ras possí veis: ta ta ju ba, vi nhá ti co, ma ça ran du ba, an ge lim, ama re lão, ro xi nho, su cu pi ra, lou ro ou con du rú. Não é um pro du to bra si lei ro, que pena! Está aqui para mos trar que bem po de ria ser nosso. Uti li tá rio em fel tro e bor ra cha, de pro du ção fran cesa (à es quer da), à ven da na Con cei to Fir ma Casa. Na pá gi na ao lado, no alto, pra to em ma dei ra pin ta da, de sign Sil via Me coz zi, na Mar ce na ria Tran co so
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“O que eu busco aqui é o cruzamento de idéias diferentes, usando a diversidade cultural do país.”
Tiziana Cardini, diretora de moda da revista Glamour, Itália, em entrevista à Folha de São Paulo
Maria Helena Estrada vamos soltar a cabeça? Colocar novas idéias no ar? Ter como referência ou inspiração o que está à nossa volta, nossa própria cultura, ou culturas? O momento não poderia ser mais favorável. O mundo nos procura para reciclar as próprias fontes. e nós o que fazemos? repetimos aquele vocabulário cansado, tí midas imitações de uma velha e ultrapassada estética. as portas estão abertas para a criatividade brasileira, para o designer, mas é o pequeno artesão embrenhado no mato ou na pequena comunidade quem está aproveitando. a caixa de lenços de papel traz fotos das peças da cestaria Baniwa (veja arC desiGN 29), as caixas de lanche de uma companhia aérea são ilustradas com peças de artesanato, as bordadeiras da margem do rio são Francisco exportam toda a sua produção. Por outro lado, indústrias de grande porte, como a Grendene, usam tecnologia de ponta para reproduzir o fazer artesanal. são só pequenos exemplos, mas muito significativos. É o Brasil entrando por todos os poros, em todas as culturas. vamos espalhar novos signos no ar, em vez de pensar que o móvel, só porque é feito em madeira é brasileiro? vamos dar vazão a uma criatividade que espelha nosso paí s em vez de ficar criando enfeites estilí sticos para pernas de cadeira, decorando portas de armários, substituindo talento por uma falsa elegância? atenção! até o significado do termo “luxo” já mudou de rumo! Hoje, luxo é cultura. Basta olhar em volta, ver a recém-criada “Casa do saber” para percebermos que “os luxuosos” passaram a desfilar sua elegância em aulas de filosofia. sérias. Fazendo um balanço da oferta no mercado, foi nos dando aquela estranha sensação do “déjà vu”. Na verdade, quase todas as peças já haviam sido vistas, mesmo. Coragem, designers! surpreendam, intriguem, arranquem um sorriso de conivência ou de cumplicidade com uma nova e boa idéia. Não precisa ser um produto de notável apelo comercial, pois é aos poucos, fazendo-se notar, que se constrói uma carreira, se cria uma nova semântica, se consolida a imagem de uma empresa. e, tenho certeza, lojistas e mercado (e não só o brasileiro) já estão maduros – e ansiosos – por essa nova safra de produtos que respirem e transpirem nossa própria diversidade. ❉ 25 ARC DESIGN
Foto Divulgação
Os trans for má veis, exem pli fi ca dos nas duas pá gi nas. À es quer da e abaixo, me tal cur va do, com ou sem vidro, na mesa Leg ge ra. De sign En ri co Fran co para a Dpot.
ENDEREÇOS:
Foto Andrés Otero
Ateliê Gala Rua Simpatia, 285, São Paulo. Cel.: (11) 9161-1678 carverd@attglobal.net Conceito: Firma Casa Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1522, São Paulo. Tel.: (11) 3068-0380 conceito@firmacasa.com.br Dpot Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.250, São Paulo. Tel.: (11) 3082-9513 dpotgabriel@dpot.com.br
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Firma Casa Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.487, São Paulo. Tel.: (11) 3068-0377 www.firmacasa.com.br Marcenaria Baraúna Rua Harmonia, 87, São Paulo. Tel.: (11) 3813-3972 brasilarq@brasilarq.com.br Marcenaria Trancoso Rua Harmonia, 233, São Paulo. Tel.: (11) 3816-1298 www.marcenariatrancoso.com.br
Pepper Rua Serra da Japi, 840, São Paulo. Tel.: (11) 6941–8025 www.pepper.com.br Princípio do Infinito Rua Delfina, 130, São Paulo. Tel.: (11) 3817-5645 lking@principiodoinfinito.com.br Zona D Al. Gabriel Monteiro da Silva, 147, São Paulo. Tel.: (11) 3088-0399 gabriel@zonad.com.br
Li nha Ban ku ku: mesa de cen tro (mó du lo dei ta do), mesa la te ral (mó du lo em pé) ou base para apa ra dor, em pa pe lão on du la do. Design Sergio Ca bral e Thia go Ro dri gues para a Fir ma Casa. Pro du zi da em cha pas Tri plex pren sa das, cor ta das com ser ra de fita e re ves ti das com PVC ex pan di do nas co res bran ca ou pre ta
Acima, com pen sa do cer ti fi ca do e la mi na do me la mí ni co nas me si nhas (ou me si nha e banqueta). De Flavia Pagotti Sil va para a Dpot
Foto
D iv u lg
ação
Abai xo e à direita, alu mí nio e aço inox na chur ras quei ra, elé tri ca ou car re gá vel no acendedor do carro, Gourmet Traveller, da em pre sa gaú cha Sche er (que ex por ta seus pro du tos para 20 paí ses). À ven da na Pepper
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Ac
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Foto João Liberato
Acima, tige la para ma ri nar ali mentos com tá bua e es pá tu las, em Lyptus (cer ti fi ca do pelo Cer flor – órgão fe de ral que reú ne Iba ma, In me tro e ONGs am bi enta listas), re ce be pro te ção an ti bac te ria na. Design Gér tri Bo din, na Pep per
A Ba raú na con ti nua per se guin do a essen cia li da de, mes mo que le ve men te de co ra ti va, como no bufê Cer ca di nho (aci ma), com dese nho ins pi ra do nas do bra du ras ja po nesas: uma só li nha de fi ne o con tor no do mó vel. Aprovei ta so bras de ma dei ra ma ci ça da mar ce na ria e uti li za téc ni cas cons tru ti vas po pu la res, como cavi lhas e pa ra fu sos
À esquerda, um mo sai co uti li za do como jogo ame ri ca no, for ma do por pe que nas pe ças de bar ro de di versas to na lida des. Cria ção de Re na to Co e lho, à ven da na Prin cí pio do In fi ni to
Foto Cibele Cipola
Abai xo, design Sven ja Kal teich, peça em bar ro bran co sem aca ba men to (ver niz, tin ta ou ou tro), trans pa ren te e trans lú ci do, à ven da na Fir ma Casa
EUROCUCINA: Momento atual e tendĂŞncias
Ao lado, fru tei ra em aço ino xidá vel Blow Up, design Fer nan do e Hum ber to Cam pa na para a Alessi. Nas duas pá gi nas, co zi nha Sovi o re, pro du ção Schif fi ni; o pro je to de Vico Ma gistret ti pri vi le gia a ho ri zonta lida de: desta que para os fi nos per fis de alu mínio in se ri dos en tre as pla cas de car va lho. No pé da página, à direita, arranjo com tomates-cereja encon tra do em um dos estandes da Eu ro cu ci na
O que nos trouxe, como fatores determinantes para o projeto das modernas cozinhas, a Eurocucina, feira realizada em Milão durante o Salão do Móvel 2004? Primeiro a constatação de que nas cozinhas não basta uma bela forma: é na solução dos problemas, na capacidade de resolver esse espaço, mix de laboratório e salão, de tornar o todo articulado, que se descobre o bom projeto. Novos costumes geram as inovações no design. No que diz respeito às cozinhas, é da Itália que nos vêm a estética e também o culto à gastronomia, fazendo renascer uma tradição brasileira de tempos remotos, a do convívio em torno do fogão à lenha, da valorização desse espaço peculiar. Cozinha hoje é assunto sério, de planejamento meticuloso e complexo. Impossível estandardizá-la. Como conter, armazenar utensílios, processar e consumir alimentos nesse espaço tão rico de referências? Montar uma cozinha é caro, e relativamente fixo, eterno! Combinar as diversas componentes, que variam de acordo com estilos e fases de vida... e de bolso, é uma decisão importante, que oscila entre a praticidade e o glamour. A cozinha desmaterializa-se. Nela, o sinônimo de qualidade é a tecnologia, e o design não se impõe como exercício de formas, mas como agente da funcionalidade.
João Luís Rieth A Eurocucina 2004, feira bienal realizada durante o Salão do Móvel de Milão, reafirmou o conceito atual do “espaço cozinha”, o qual não se limita à preparação dos alimentos, mas traduz uma nova atitude para vivenciar esse ambiente. As propostas atuais rompem com o rígido sistema modular em favor de ambientes dinâmicos e integrados, fazendo uso da mais moderna tecnologia. Como consequência direta, os projetos das cozinhas contemporâneas evidenciam sua alta funcionalidade: preparo, cozimento e armazenamento dos alimentos se dividem espacialmente, de maneira diferenciada. Considerado um dos locais de maior socialização doméstica, a necessidade de fazer da cozinha um espaço Nesta pá gi na, ou tra versão da co le ção Sovi o re: aca ba mento em alu mí nio la quea do pre to. Cha ma aten ção a pre ci sa mo du la ção para in cor po rar ele tro do més ti cos como forno a gás (abai xo) e for nos elé tri cos (aci ma, no de ta lhe) sem “so bras” ou ar re ma tes
belo e agradável trouxe grande diversidade na escolha dos materiais e acabamentos, tanto dos armários quanto de pisos e paredes.
À direita, co o ler Chi rin gui to, em resi na ter mo plás ti ca, design Ron Arad para a Ales si: uma alça ar ti cu lá vel fa ci li ta o trans por te e per mi te a fixa ção no tam po da mesa
Por outro lado, a influência das soluções adotadas em cozinhas industriais
Fotos Armando Bertacchi Foto Amendolagine Bor
Nes ta pá gi na, duas co le çõ es pro je ta das por Fer ruc cio Lavia ni para a Dada. Aci ma, li nhas sim ples e vo lu mes trans pa ren tes con fe rem le ve za à cozi nha Qua dran te, com por tas em alu mí nio, ban ca da em ma dei ra ma ci ça e ele men tos sem por tas, em alu mí nio e cris tal; aci ma da ban ca da, a mes ma bar ra que ilu mi na orga ni za os uten sí li os. Abai xo, ver são da li nha Vela Qua dra em pa drão car va lho cin za, com mesa ane xa; ban ca da em alu mí nio ano di za do bri lhan te e Co rian pre to
vdsi vhs ifvna ies nvd sivhs ifvn amsnfeiu hbv fd nvjnvi eyf efn sdv n ue fuw ebkdfvn;xioh kdjfisernv is dvie snvd si vh sifv nam snf eiuhbv fd nvj nvie yfefn sdvnuef uwe bk dfv nvj nvie yfefn sdvnuef uwe bknvj nvie yfefn sdvnuef uwe bk dfv sdvnuef uwe bknvjsdvnuef uwe bknvj rnvi s dvi Ixioh v kdj fis e rnvisd vies nvds ivhsi Toj fise rnvisd viesnv dsivhs ifvnam snfeiuhbv fd nvjn vieyf dkjfsdfdkf dfdks fdjf efns dvnuefu webkdfvn; xioh k djfi sernv isd vies nvds iv hsifvna msnfeiuhbv fdn vjn viey fe fn sdv nuef uw ebkdfvn; xioh k djf iser n visd vie snvd sivhsif vn amsnfeiuhbv fdn vjnv ie yfe fnsd vnue fu web kdfvn;xioh kdjf ise rnvi s dvi esn vdsi vhs ifvna ies nvd sivhs ifvn amsnfeiu hbv fd nvjnvi eyf efn sdv n ue fuw ebkdfvn;xioh kdjfisernv is dvie snvd si vh
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acrescentou extrema praticidade na escolha e dispo-
quase negro, e o wengé, além de outras soluções em
sição de seus equipamentos.
madeira clara como haia e nogal, que permanecem em
Os tradicionais planos de trabalho e apoio em granito já
uso, podendo ser associadas.
dividem seu espaço com outros materiais de fácil lim-
Por outro lado, a luminotécnica se faz determinante,
peza, como aço inox, ardósia, porcelanatos e compósitos
com opções cromáticas intensas, como vermelho, laranja
como Corian ou Rover.
e azul-cobalto, o que denota um forte retorno aos pa-
Outras tendências? O vidro (espessura mínima de 12
drões dos anos de 1950 e 1960. O retorno dos laqueados
mm), com superfície interna pintada, oxidada ou jateada
para as portas consolida ainda mais essa tendência.
para planos horizontais e verticais; perfis de alumínio
Em se tratando da distribuição dos diversos comparti-
estruturando as portas dos armários, em vidro trans-
mentos que constituem a cozinha, as soluções horizon-
parente ou semitransparente, sejam elas de abrir, de
tais foram aquelas encontradas com maior frequência.
correr, suspensas, etc., forte presença dos materiais
Grandes gavetas, de até 1,50 metro, com puxadores
translúcidos como o vidro ou os metacrilatos, que
incorporados para os espaços abaixo do plano de tra-
determinam maior leveza visual ao
balho e os armários aéreos com portas de correr ou
conjunto, contrastando com
suspender, associados às prateleiras externas, de fácil
o retorno dos revestimentos de madeira escura, como o carvalho cinza,
acesso e visualização para os usuários. O conceito básico? A ergonomia, não apenas a dos equipamentos, mas também a do próprio projeto. ❉
Na pá gi na ao lado, a li nha Con vi vi um, design Anto nio Cit te rio para a Ar cli nea, com bi na car va lho e aço, ma te riais que “vão se gastan do, per mitin do que se de po sitem as pró prias me mó rias, como se a co zi nha fosse uma bi o gra fia, um lugar que en ve lhe ce de ma nei ra pessoal, real”, diz o desig ner. Abai xo, co zi nha Ginger, tam bém de Cit te rio para a Ar cli nea: a am pla ban ca da em “L” inte gra as zo nas de lava gem, pre pa ro e coc ção. Aci ma, centro de mesa Acha la, design Sat yen dra Pa kha lé em Co rian
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Nas duas páginas, cozinhas apresentadas pela empresa italiana Snaidero na Eurocucina. Acima, linha Skylab, design Lucci & Orlandini: formas arredondadas, sem quinas ou vér tices, e a substituição de armários por prateleiras giratórias e carrinhos multifuncionais garantem maior acessibilidade, facilitando a vida dos deficientes físicos na cozinha. A Skylab surgiu a par tir da coleção Skyline (na página ao lado), também criada por Lucci & Orlandini. Abaixo, a linha Fluida, design Massimo Iosa Ghini: destaque para a iluminação integrada ao mobilário (nas prateleiras altas e no painel em vidro atrás do fo gão), para a coi fa ar re don da da em po li u re ta no (2,50 me tros de com pri mento!) e para o uso inten si vo do Co rian (na ban ca da e na ilha central)
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E NO CENÁRIO BRASILEIRO...
Foto Diego Popelier
Com novos materiais, acessórios e acabamentos, as cozinhas brasileiras evoluíram, e já têm padrão internacional, tanto no que diz respeito ao aspecto formal quanto àquele construtivo. Vale conferir...
Da Redação É grande a velocidade com que as transformações no mobiliário de cozinhas são assimiladas e incorporadas pelos fabricantes nacionais. Em sintonia com as tendências mundiais, novos materiais passam a fazer parte do repertório das cozinhas brasileiras, como é o caso do alumínio (perfis), do metacrilato (portas e fechamentos) e do Corian (cubas e bancadas), cujo uso tem se intensificado de forma expressiva. Nos últimos anos, as cozinhas nacionais deram um visível “salto” de qualidade formal e construtiva. Agora, incorporando materiais e acabamentos diferenciados, os móveis produzidos em série permitem soluções personalizadas, com flexibilidade nas dimensões Foto Marcelo Nunes
e nas possibilidades de combinação dos componentes. Conforme o perfil do usuário e o espaço disponível, as cozinhas assumem as mais diversas configurações: lineares, concentradas em uma única parede; espaciais, com soluções em ilha ou península; ocasionais, contidas em grandes armários. Embora as cozinhas devam combinar conforto e funcionalidade, sempre um desses fatores se sobressai no projeto. Com base nos anseios do cliente, o arquiteto deve priorizar função, para aqueles que, por falta de tempo ou vocação, utilizam a cozinha de forma pragmática, ou conforto, para os que cozinham por prazer e encaram a cozinha como um lugar de socialização. Seguindo pela segunda vertente, a combinação das áreas de preFoto Diego Popelier
paro e de refeições na ilha central é uma tendência forte, como mostram as linhas da Formaplas e da Elgin (páginas 40 e 41), que adotam essa solução. Confira em nossa seleção o melhor das novas cozinhas nacionais! ❉
Na página ao lado, cozinha S.C.A. em MDF com pu xadores em aço escovado embutidos e revestimento nas tonalidades branca e verde-oásis; acima da pia, por tas desli zantes (em vidro) e basculantes otimi zam o aproveitamento do espaço. Nesta página, no alto, cozinha Formma, da linha Evvi va! Ber tolini, em MDF com acabamento na cor Noce Milano e pu xadores em aço escovado; destaque para os nichos em di versos tamanhos e para o armário lateral, com estrutura em alumínio e por tas e prateleiras em vidro. Na sequência, cozinha S.C.A. com ilha central e revestimentos em prata e branco. No pé da página, cozinha Formaplas concentra todas as funções na ilha que, além do cooktop e da área de preparo, conta com acessórios em aço inox, como calha para secagem da louça e recipientes para conser var alimentos aquecidos; tudo da Xteel
Foto Carlos Piratininga
Foto Joel Jordani
Aci ma, à es quer da, co zi nha El gin equi li bra o “ca lor” da ma dei ra com a “fri e za” – e pra ti ci da de – do aço; a exis tên cia de duas ilhas per mi te que duas pessoas ou mais tra ba lhem si mul ta ne a men te sem que uma atra pa lhe a ou tra. A pri mei ra ilha agru pa ar má rio para lou ças e ban ca da de refei ção; a se gun da con cen tra cuba e área de pre pa ro, ten do, nas la te rais, bar ras de acessó ri os como por ta-fa cas e gan chos para uten sí li os e, atrás, ni chos para ob je tos e li vros de re cei tas. Na se quên cia, co zi nha Bon tem po com re ves ti men to em lâ mi na na tu ral de ma dei ra, pa drão Noce. Abai xo, co zi nha For ma plas com re ves ti men to em la mi na do plás ti co pa drão Ouro Ma dei ra; des ta que para o pai nel mis to em aço inox e frei jó que re ves te a pa re de e para o bal cão com gave tas em aço inox (fren te) e la mi na do es tru tu ral (la te rais)
Foto Manoel Nunes
Foto Edson Redivo
Aci ma, à es quer da, co zi nha exe cu ti va Kit chens com bi na por tas des li zantes em vidro tem pe ra do com gave tas re vestidas em la mi na do me la mí ni co bran co com tex tu ra co te lê; pu xa do res tu bu la res em alu mí nio e ban ca da em Co rian. Na se quên cia, li nha Bian ca com re vesti mento em la mi na do mela mí ni co bran co e por tas com per fil em alu mí nio ano di za do na tu ral e vi dros tex tu ri za dos, design João Luis Ri eth para a Ti tan, em presa com sede em Cri ci ú ma, SC. Abai xo, a ex ten sa ilha da co zi nha El gin reú ne pia, fo gão, área de pre pa ro e mesa para re fei çõ es. Por tas e gave tas em me ta cri la to bran co com per fil de alu mí nio ou em MDF re ves ti do com PVC ma dei ra do ita lia no Foto Carlos Piratininga
PUBLI EDITORIAL
BLUM Blum Avenida João Paulo I, 2.090 Embu, SP Tel.: (11) 4785-3400 www.blum.com
A EVOLUÇÃO ESTÁ NOS DETALHES O aperfeiçoamento do sistema de ferragens produzido pela Blum de sem pe nha pa pel-cha ve na evo lu ção das co zi nhas. Além de ofe re cer so lu çõ es que oti mi zam o es pa ço dis po ní vel, a em pre sa traz ex ce len te qua li da de de uso do mo bi li á rio
Sobre a Blum: Fundada no ano de 1952, na Áustria, a empresa possui fábricas também nos Estados Unidos e no Brasil, exportando seus produtos para mais de 70 países.
Agradáveis aos olhos e fáceis de operar, as cozinhas ga-
soas a descobrir o que é importante guardar na cozinha e,
nham destaque na cena doméstica. Funcionais ao extremo,
principalmente, como realizar essa estocagem”, informa o
esses ambientes agregam valor emocional: bem-estar, con-
gerente-geral, Renato Viehmann.
forto, interação. Curiosamente, os responsáveis pela for-
As portas, por exemplo, foram abolidas das partes infe-
mação de novos padrões mobiliários são componentes
riores dos armários e substituídas pelos gavetões, que
muitas vezes ocultos, como as ferragens, especialidade da
proporcionam visão geral e facilitam o acesso aos itens
empresa austríaca Blum.
até quando totalmente carregados (alguns modelos su-
Com a crescente compactação de casas e apartamentos, o
portam 70 quilos!).
aproveitamento eficiente do espaço torna-se crucial. Uma
Divisórias internas permitem o melhor assentamento dos
pesquisa desenvolvida por um instituto austríaco revela
alimentos e utensílios nas gavetas, sem “dançarem” du-
que, após a aquisição e instalação da cozinha, dois terços
rante a abertura e o fechamento das mesmas.
dos compradores sentem a necessidade de mais espaço e,
As portas tradicionais, mesmo se impulsionadas com força,
para evitar a frustração, teriam destinado uma verba maior
fecham de modo perfeito, freadas suave e silenciosa-
à realização do projeto.
mente por amortecedores embutidos ou adaptados, como
Partindo dessa constatação, a Blum investe em novas
o Blumotion, que recebeu o IF Design Awards 2004. Além
alternativas de planejamento, oferecendo soluções – com
disso, a abertura em ângulos amplos – até 170 graus –
diferentes níveis de complexidade – para armazenagem
permite mais liberdade de movimentos, melhorando o
prática e ergonômica de louças, mantimentos e utensílios.
acesso ao interior dos armários.
“Com nossos produtos e serviços, podemos ajudar as pes-
A inovação proposta pela empresa não pára por aí. Con-
Na página ao lado, no alto, armário-despensa: ex tensão total dos gavetões, mesmo quando totalmente carregados. Abaixo, à esquerda, o sistema Blumotion, premiado no IF Design Awards 2004, possibilita o fechamento de por tas, gavetas e gavetões de forma suave e silenciosa; à direita, o gavetão para panelas, com local separado para guardar as tampas. No pé da página, a gaveta de canto permite a utili zação de um espaço antes ocioso
vencida de que na cozinha tudo deve estar bem guardado e fácil de pegar, a Blum aposta no modelo Dynamic Space, que divide o local em cinco setores: despensa (louças, copos, talheres), armazenagem (alimentos em geral), pia (bancada, máquina de lavar louça, lixeira, artigos de limpeza), preparação (sal, temperos, utensílios específicos) e cozimento (fogão, microondas, panelas, assadeiras), tornando as tarefas mais simples e rápidas. Um estudo comprova que essa disposição inteligente representa até 20% de economia, tanto em percurso como em tempo de serviço! “Queremos que arquitetos e designers vejam a Blum como uma parceira. Mantemos as portas sempre abertas a esses profissionais para que eles saibam o que podemos fazer pelo projeto a ser apresentado e implementado. Nosso objetivo é ajudá-los a propor as melhores soluções a seus clientes”, esclarece Renato Viehmann. Tudo para deixar leve e descomplicada a vida dos novos “habitantes” da cozinha, aqueles que a ocupam por prazer e não apenas por necessidade.
RADIOGRAFIA DE UM PROJETO
MINÚCIAS E PORMENORES Um espaço pequeno com forte significado: o projeto de Lia Carbonari para a copa e a cozinha de um gourmet exigiu a combinação de diversos “pequenos truques” para fazer crescer o espaço e o conforto do usuá rio Winnie Bastian
Eis a equação: de um lado, o proprietário, apaixonado pela
onde estivessem confortáveis para o uso”, revela Carbonari.
boa mesa e se iniciando na arte culinária; de outro, uma
No projeto, a copa (com 5,8 metros quadrados) passou a
cozinha reduzida (cerca de 9 metros quadrados), pratica-
complementar efetivamente a cozinha, a começar pela re-
mente um corredor entre a copa e a área de serviço.
tirada da porta que as dividia, seguida do aumento do vão
A grande preocupação da arquiteta Lia Carbonari foi
de passagem, medida que favoreceu a circulação. O uso
conseguir uma distribuição eficiente de todos os equipa-
dos mesmos materiais e acabamentos nos dois ambientes,
mentos necessários ao gourmet sem “estrangular” a cir-
dando uma sensação de continuidade, contribuiu para a
culação. A cozinha comporta geladeira com porta dupla,
ampliação visual do espaço.
fogão, forno elétrico, microondas e máquina de lavar
Devido ao pouco espaço disponível, tanto a copa quanto a
louças, todos importados e, portanto, com tamanho su-
cozinha precisariam contar com muitos armários. A cada
perior ao padrão nacional. “Meu ponto de partida foi a
ambiente foi dada uma solução diversa.
localização dos eletrodomésticos e a distribuição destes
Na cozinha, a arquiteta tirou partido da janela baixa, que
Abai xo, vis ta ge ral da copa in te gra da à co zi nha; des ta que para a com po si ção dos ar má ri os. Na pá gi na ao lado, vis ta par ci al da co zi nha, com ar má ri os al tos e pou co pro fun dos aprovei tan do o vão so bre a ja ne la
percorre toda a parede, aproveitando a parte superior para
recuadas para reforçar a sensação de “soltura” do móvel.
armários pouco profundos, “para não causar a sensação
“Um detalhe interessante”, afirma Carbonari, “é a sensa-
de opressão e também porque o morador não precisa de
ção de que aquilo foi montado aleatoriamente. E na verda-
mais do que 20 centímetros no armário superior, pois é o
de não, foi tudo extremamente sob medida para poder
que ele consegue alcançar com conforto”, esclarece Lia.
adequar o espaço da copa, que era reduzido”.
Na copa, a arquiteta criou armários compostos, que não
A escolha dos materiais também foi determinada por princí-
dão a impressão de uma única massa, e assim não “pe-
pios definidos: a arquiteta optou pelo contraste entre cores
sam” no ambiente. Bancadas em Corian branco suportam
e texturas dos diversos materiais que compõem copa e cozi-
– visual e estruturalmente – armários da Kitchens com
nha. O piso e o painel em granito escuro e polido contrastam
acabamento em Ciliegio (cerejeira). “Eu queria dar a im-
com o branco do Corian e de alguns armários, e com a ma-
pressão de um aparador solto, no qual os módulos se
deira, clara e opaca; sua textura rugosa, com veios marcados,
encaixassem”, explica Lia. Para conseguir esse efeito, a
contrasta com o aspecto impecavelmente liso do Corian.
arquiteta trabalhou com duas espessuras de Corian no
Assim, prestando atenção aos detalhes, a arquiteta Lia
“aparador”: 6 centímetros para a estrutura em “U” e 2
Carbonari construiu um projeto harmônico na forma e
centímetros para as prateleiras, que ficam levemente
apurado na função. ❉
Ao lado, a planta bai xa de pois da in ter ven ção de Lia Car bo na ri. Abai xo, à es quer da, per ce be-se a 3 2
in te gra ção en tre a co zi nha (em pri mei ro pla no) e a copa (em se gun do); na se quên cia, o de ta lhe evi den cia o re cuo dos mó du los em re la ção à es tru tu ra de Co rian,
1
dan do le ve za à com po si ção 4 LEGENDA 1. Área de serviço 2. Cozinha 3. Copa 4. Despensa
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futura
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Cenas de Fábulas.com, uma das peças do Teatro Cauê nas Escolas que, em dois anos, já atendeu à 55.000 crianças.
Cauê. Novos caminhos para quem constrói. Para nós da Camargo Corrêa Cimentos, fabricantes dos produtos Cauê, buscar novos caminhos deve ser entendido não como uma postura mercadológica, mas sim como um compromisso. Porque, para nós, novos caminhos é adotar uma postura inovadora não só nos produtos oferecidos, mas, principalmente, na relação com o mercado e com as comunidades onde atuamos. É acreditar no desenvolvimento do país e colaborar efetivamente para que ele aconteça. Enfim, nós da Camargo Corrêa Cimentos acreditamos que inovação e criatividade devem estar presentes no nosso dia-a-dia. E, através de nossa marca Cauê, trabalhamos para que isso se traduza em qualidade, segurança e responsabilidade social. www.caue.com.br
FUTURA
REVISTA
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28/06/04
239/348
CYAN
MAGENTA
YELLOW
BLACK
SU PLE M E NTO ESPEC IAL ARC DESIG N Nยบ37
MESTRES DA ARQUITETURA Santiago Calatrava
Uma Publicação Quadrifoglio Editora / A Quadrifoglio Editora Publication Diretora Editora / Publisher – Maria Helena Estrada Diretor de Marketing / Marketing Director – Cristiano S. Barata Diretora de Arte / Art Director – Fernanda Sarmento Redação / Editorial Staff: Editora Geral / Editor – Maria Helena Estrada Editora de Design Gráfico / Graphic Design Editor – Fernanda Sarmento Chefe de Redação / Editor in Chief – Winnie Bastian Equipe Editorial / Editorial Staff – Vanessa Domingues (Redatora) Tatiana Palezi (Produtora) Jô A. Santucci (Revisora) Tradução / Translations: Paula Vieira de Almeida Arte / Art Department: Designers – Cibele Cipola Milena Codato Estagiária – Isabelle Carramaschi Gerente de Publicidade / Advertising Manager: Ivanise Calil Imagem da Capa / Cover Image: Jordi Verdés Padrón / Auditorio de Tenerife
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SANTIAGO CALATRAVA
ARQUITETURA DO MOVIMENTO Escultor, engenheiro, arquiteto. Conhecido mundialmente pelo impacto cênico de suas estruturas, Santiago Calatrava Valls nasceu em Valência, Espanha, em 1951. Quando criança, estudou na Escola de Artes e Ofícios de Valência. Formou-se em arquitetura pela Universidade de Valência em 1973. Dois anos depois, iniciou o doutorado em engenharia civil no Instituto Federal de Tecnologia (ETH), em Zurique, Suíça, obtendo o Ph.D em 1979. Após completar seus estudos, tornou-se assistente no ETH e começou a aceitar pequenos projetos e a participar de concursos, abrindo escritório próprio em Zurique em 1981. Seu primeiro projeto vencedor, em 1983, foi para a estação de trem Stadelhofen, em Zurique. No ano seguinte, projetou e construiu a ponte Bach de Roda para os Jogos Olímpicos de Barcelona; era o início de sua reputação como criador de insólitas pontes. A estação de TGV do Aeroporto Lyon-Satolas (1989-1994), contudo, foi uma das realizações que mais contribuíram para o seu prestígio internacional. Durante esse período, ele abriu escritório em Paris (1989), para facilitar a execução do projeto e da obra. O mesmo aconteceu em 1991, quando outra filial do escritório foi aberta em Valência, por ocasião do concurso para o projeto da Cidade das Artes e das Ciências, ainda não concluída. A sensação de movimento tem sido uma constante na obra de Calatrava. No Milwaukee Art Museum, no entanto, o edifício realmente se movimenta por meio de um complexo sistema de brise-soleil. Além do movimento, a natureza é um tema recorrente nos projetos do arquiteto/engenheiro, que busca uma nova expressão formal na combinação de linhas orgânicas e inovação tecnológica. Calatrava observa a realidade e a transpõe para seus projetos, inspirando-se em “construções” como o olho humano (Planetário de Valência), as asas de um pássaro (Terminal WTC, Milwaukee Art Museum), árvores (Estação do Oriente). Com apenas 53 anos, já tem uma produção notável de obras em toda a Europa e recentemente foi “descoberto” nos Estados Unidos, onde tem um projeto concluído e dois em andamento. Ambicioso, Calatrava busca se superar a cada novo trabalho e afirma: “Não existem pistas a seguir. Desejo ser como um navio no mar: atrás, a esteira, e nada pela frente”.
AUDITÓRIO DE TENERIFE
ARQUITETURA COMO CENÁRIO A primeira obra de Calatrava destinada às artes performáticas localiza-se na cidade de Santa Cruz de Tenerife, Ilhas Canárias. Facilmente reconhecível, o edifício impressiona pelas formas dramáticas e por seu “movimento parado”, já tendo se tornado, poucos meses após a conclusão das obras, um dos símbolos da cidade
Foto Jordi Verdés Padrón
Winnie Bastian
Foto Jordi Verdés Padrón Foto Jordi Verdés Padrón
Situado em um promontório em frente ao mar, o Auditório de Tenerife está entre o Porto de Santa Cruz e o novo Parque Marítimo, projetado para auxiliar na revitalização da faixa costeira que tem sediado plantas industriais e refinarias de petróleo. O governo de Tenerife solicitou a Santiago Calatrava um edifício monumental e dinâmico que fosse não apenas um lugar para a música e a cultura, mas que também criasse um ponto focal para a área de 2 hectares. Externamente, o edifício é formado por “conchas” em concreto branco, cobertas por uma estrutura independente que se assemelha a uma onda. Essa curva dramática, que se tornou a marca do auditório, ergue-se a 58 metros de altura em relação à sala de concertos. A forma do edifício tem origem no estudo do olho e da pálpebra, mote recorrente na obra de Calatrava. “O olho é a verdadeira ferramenta do arquiteto, e essa idéia remonta aos babilônios”, esclarece. O complexo contém uma sala de concertos (1.660 lugares) e uma sala de música de câmara (428 lugares). A sala de música de câmara, as instalações técnicas, os serviços gerais e os
Foto José Ramón Oller
Aci ma e na pá gi na an te ri or, vis tas ge rais do Au di tó rio de Te ne ri fe e sua “asa”: o edi fí cio de 17.270 me tros qua dra dos cus tou mais de 65 mi lhõ es de eu ros. Abai xo, o sa guão que se pa ra fí si ca e acus ti ca men te a sala de con cer tos e a sala de mú si ca de câ ma ra. Na pá gi na ao lado, pro je to res na par te in fe ri or da asa ilu mi nam a con cha so bre a qual esta se apóia com mais de 3.500 to ne la das de peso; além des te pon to de apoio, mais qua tro su por tam a asa: dois de 500 to ne la das e dois de 400
À es quer da, cor te trans ver sal mos tra a par te fron tal da sala de con cer tos; des ta que para os pai néis acústi cos angu lo sos em ma dei ra e fi bra de vidro e para a “cor ti na” me tá li ca erguida so bre o pal co, dois re cursos acústi cos ex plo ra dos este ti ca men te por Ca la trava. No pé da pá gi na, vis ta par cial da sala de mú si ca de câ ma ra. Na pá gi na ao lado, plan ta do nível térreo e cor te lon gi tu di nal
vestiários estão localizados dentro do embasamento escalonado, feito em basalto, pedra vulcânica local. Arcos laterais em concreto, com 50 metros de comprimento, emolduram as entradas públicas envidraçadas. O acesso principal à sala de concertos localiza-se em uma praça elevada, abaixo da concha de concreto do telhado. Embora as áreas administrativas e de serviço tenham ar-condicionado, os foyers públicos e as áreas de circulação aproveitam o clima agradável da ilha: eles são naturalmente ventilados pela indução do fluxo de ar através das áreas envidraçadas abaixo e entre as conchas de concreto do edifício. A asa, puro gesto escultórico em aço e concreto, teve sua estrutura pré-fabricada em Sevilha e transportada para Santa Cruz em 17 peças, a maior delas pesando 60 toneladas. Projetada para apoiar-se em apenas cinco pontos (um deles suporta 3.500 toneladas, e os outros quatro suportam entre 400 e 500 toneladas cada), a asa combina dois acabamentos: concreto branco na parte inferior e “trencadis” – tradicional mosaico espanhol com cacos de cerâmica – na superior. Os 18 mil metros quadrados de trencadis foram trazidos de Valência. Apesar de Calatrava exercer sua profissão em Zurique, muitas de suas referências são espanholas ou, mais especificamente, ligadas a arquitetos e artistas catalães. “Com toda a modéstia, podemos afirmar que nosso trabalho é uma continuação natural da obra de Gaudí e de Gonzalez, um trabalho de artesãos evoluindo na direção da arte abstrata”, diz o arquiteto em entrevista de junho de 1997, citada no livro “Santiago Calatrava”, de Philip Jodidio, editado pela Taschen. Além do exterior marcante, o edifício surpreende pelas soluções acústicas: as duas salas foram projetadas para diferentes performances e situações, e o saguão comum que as separa cria um isolamento acústico que permite a realização de eventos simultâneos. As paredes do fundo da sala de música de câmara são revestidas com ripas horizontais de madeira sobre fibra de vidro. No interior da sala de concertos, ocorre o inverso: painéis de madeira com formas que lembram cristais são recobertos com fibra de vidro; essa montagem tem “janelas” que abrem e fecham, expondo a fibra de vidro ou a madeira, conforme a exigência acústica do evento. Outro recurso engenhoso: em vez de cortinas, o palco possui uma tela com “ripas” verticais de alumínio, as quais, ao serem abertas – ou melhor, suspensas – agem como refletores acústicos sobre o vão da orquestra. É justamente a proposta de soluções inusitadas para problemas do cotidiano, combinada à utilização de formas dramáticas e tecnologia avançada, que faz de Santiago Calatrava um dos grandes nomes da arquitetura contemporânea, um arquiteto que equilibra a precisão do engenheiro e a liberdade do escultor. ❉ Foto José Ramón Oller
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LEGENDA 1. Sala VIP 2. Sala de ensaio orquestra 3. Sala de relacionamento 4. Camarins coletivos 5. Camarins individuais 6. Cafeteria músicos
7. Sala de ensaio dança 8. Acesso serviço 9. Bastidores 10. Sala de concertos 11. Chapelaria 12. Bar
13. Acesso público 14. Saguão 15. Loja 16. Sala de imprensa 17. Sala de música de câmara 18. Acesso para a praça elevada
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Foto Timothy Hursley / Milwaukee Art Museum
MILWAUKEE ART MUSEUM – MILWAUKEE, ESTADOS UNIDOS Pri mei ro pro je to de Ca la trava exe cu ta do nos Es ta dos Uni dos, o pavi lhão cria do para a ex ten são do MAM si tua-se à bei ra do Lago Mi chi gan. Ca la trava pro pôs uma cons tru ção em eixo com a Wis con sin Ave nue, a prin ci pal via do cen tro de Mil wau kee. O mu seu é li ga do à ave ni da por uma passa re la de 76 me tros de com pri men to sus pen sa por ti ran tes – “um bra ço es ten di do à ci da de”, se gun do Ca la trava –, que atravessa a Lin coln Me mo rial Dri ve e dá acesso di re to ao pavi lhão. O novo edi fí cio acres cen ta 13.200 me tros qua dra dos aos 14.900 me tros qua dra dos exis ten tes, re la ti vos aos edi fí ci os pro je ta dos por Eero Saa ri nen (1957) e David Kah ler (1975). A entra da prin ci pal do mu seu con duz a um hall de re cep ção pa ra bó li co, com fe cha men to em vi dro e pé-di rei to de 27,43 me tros. No alto desse átrio en vi dra ça do, lo ca li za-se um bri se-so leil ci né ti co em aço e vi dro, em par te responsável pela enorme repercussão do projeto na mídia internacional. Trata-se de uma estrutura de 90 toneladas com 72 elemen tos
Foto Timothy Hursley / Milwaukee Art Museum
Foto Timothy Hursley / Milwaukee Art Museum
Foto Timothy Hursley / Milwaukee Art Museum
mó veis (va rian do de 7,9 a 32 me tros de com pri men to), se me lhan te às asas de um pássa ro, que abre e fe cha para con tro lar a en tra da de luz e ca lor no edi fí cio – o movi men to tam bém é re a li za do dia ria men te ao meio-dia, para a ale gria dos vi si tan tes. O mu seu in cor po ra ele men tos ins pi ra dos pela sua lo ca li za ção jun to ao lago, como o bri se-so leil e o mas tro da pon te de pe des tres, ins pi ra do na for ma de um bar co a vela. “Tra ba lhei para im preg nar o edi fí cio com cer ta sen si bi li da de à cul tu ra do lago”, diz Ca la trava. No nível térreo, a expansão abriga o átrio, galerias para exposições temporárias (1.500 metros quadrados), um centro educacional com sala de palestras para 300 lugares e uma loja de presentes. O restaurante, locali zado em um ponto focal do pavilhão, oferece vista panorâmica do lago. Cu ri o si da des cons tru ti vas: o edi fí cio con su miu 36.160 to ne la das de con cre to, re for ça do com 2.100 to ne la das de bar ras de aço. Ape nas 6% dos 915 pai néis de vi dro uti li za dos são ver ti cais; os de mais são in cli na dos, cur vos ou am bos.
© Santiago Calatrava S.A.
© Santiago Calatrava S.A.
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ESTAÇÃO INTERMODAL WORLD TRADE CENTER N. YORK, ESTADOS UNIDOS Com in ves ti men to pre vis to de 2 bi lhõ es de dó la res, o pro je to será cons tru í do no con tex to do pla no di re tor de sen vol vi do por Da ni el Li bes kind para a área do World Tra de Cen ter. O cen tro de trans por tes li ga rá por trem o sul de Ma nhat tan com o Es ta do vi zi nho de Nova Jér sei e terá co ne xõ es com 14 li nhas de me trô, com os ser vi ços de ferry boat que cru zam o Rio Hud son e tal vez com uma fu tu ra li ga ção fer ro vi á ria com o Ae ro por to J. F. Ken nedy. No va men te, Ca la tra va in cor po ra es tru tu ras ci né ti cas à sua ar qui te tu ra: o pa vi lhão em aço e vi dro é co ro a do por duas fo lhas que se en tre cru zam de ma nei ra aná lo ga às asas de um pás sa ro e que, da mes ma for ma, po dem se mo ver gra ças a um so fis ti ca do sis te ma hi dráu li co, per mi tin do mai or ven ti la ção du ran te o ve rão. A luz na tu ral é um dos ele men tos prin ci pais do pro je to e che ga rá até as pla ta for mas gra ças à abó ba da en vi dra ça da que en vol ve a es ta ção, co brin do o am plo sa guão que abri ga rá di ver sos ser vi ços para os usu á ri os e os aces sos me ca ni za dos às pla ta for mas. Den tro do edi fí cio, 18 mil me tros qua dra dos se rão uti li za dos para ati vi da des co mer ci ais e para as pla ta for mas no ní vel in fe ri or. O ter mi nal deve ser inau gu ra do em 2009, em bo ra deva es tar li be ra do para uso no fi nal de 2006, subs ti tu in do a es ta ção tem po rá ria que ope ra des de no vem bro de 2003
COMPLEXO ESPORTIVO OLÍMPICO – ATENAS, GRÉCIA Tra ta-se da re mo de la ção do já exis ten te Es tá dio Olím pi co de Ate nas (OAKA), assim como sua in fra-es tru tu ra e sua rede de acesso, em exe cu ção para as Olim pí a das de 2004. Com custo esti ma do em 21 mi lhõ es de eu ros, o pro je to pre ten de in te grar os lo cais das com pe ti çõ es ao en tor no, tor ná-los de fá cil acesso e criar es pa ços de la zer re la ci o na dos ao es por te e à cul tu ra. O con cei to do pro je to está ba se a do no uso de três ele men tos prin ci pais: Olym pic Ve nu es (as di fe ren tes ins ta la çõ es des por ti vas), Back of Hou se (as áre as de ser vi ço que pro por ci o nam a in fra-es tru tu ra para as ins ta la çõ es) e Com mon Do main (to das as áre as acessí veis aos es pec ta do res após a en tra da de cada com ple xo des por ti vo). A exe cu ção de man da rá 15 mil to ne la das de aço e dará ao está dio existente uma am bi ci o sa co ber tu ra mó vel em arco, com 304 me tros de ponto a ponto, constru í da em aço e vidro. Ca la trava pre ten dia fa zer algo di fe rente das constru çõ es das cida des se des dos jo gos no passa do, uma vez que Ate nas é o lugar de iní cio dos Jo gos Olím pi cos Mo der nos. “Pen sa mos em intro du zir es pa ços com água, pe dra e ter ra, criar luga res de gran des di men sõ es como pra ças e um mer ca do”, ex pli cou o ar qui te to.
© Santiago Calatrava S.A.
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PARA ABRIGAR A OBRA DE IBERÊ CAMARGO, O MUSEU TINHA QUE ESTAR À ALTURA. O Museu Iberê Camargo, que irá abrigar a obra desse grande artista, já é considerado um espaço de arte de classe internacional. E não é para menos. Ao escolher o cimento Cauê Branco em seu projeto, deixou clara sua opção pela modernidade, pela inovação. Projetado pelo arquiteto português Alvaro Siza Vieira, o Museu Iberê Camargo está à altura da obra que irá abrigar. Tome este partido arquitetônico em sua próxima obra. Use a imaginação. Use Cauê Branco.
futura
Imagem cedida pela Fundação Iberê Camargo. Foto: Romulo Fialdini.
www.caue.com.br Central de Atendimento Cauê 0800 703 9003
Ciclistas no Parque da Redenção, 1989, óleo sobre tela, 95 x 212 cm. Coleção Romero Pimenta de Figueiredo, MG.
FUTURA
REVISTA
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PARA ABRIGAR A OBRA DE IBERÊ CAMARGO, O MUSEU TINHA QUE ESTAR À ALTURA. O Museu Iberê Camargo, que irá abrigar a obra desse grande artista, já é considerado um espaço de arte de classe internacional. E não é para menos. Ao escolher o cimento Cauê Branco em seu projeto, deixou clara sua opção pela modernidade, pela inovação. Projetado pelo arquiteto português Alvaro Siza Vieira, o Museu Iberê Camargo está à altura da obra que irá abrigar. Tome este partido arquitetônico em sua próxima obra. Use a imaginação. Use Cauê Branco.
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Imagem cedida pela Fundação Iberê Camargo. Foto: Romulo Fialdini.
www.caue.com.br Central de Atendimento Cauê 0800 703 9003
Ciclistas no Parque da Redenção, 1989, óleo sobre tela, 95 x 212 cm. Coleção Romero Pimenta de Figueiredo, MG.
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A ORIGINALIDADE DO BÁSICO Matéria-prima: madeira – de redescobrimento ou certificada, mas sempre madeira. Nada de vernizes ou tintas tóxicas. Sem lixas. Pouquíssima cola. O menor uso possível de máquinas. Encaixes. Ergonomia. A obra de Carlos Motta é marcada essenci al men te pela fun ci o na li da de e pelo mi ni ma lis mo dos ob je tos. Para ele, “de sign é exa ta men te pro je tar e exe cu tar o ób vio”
Vanessa Domingues / Fotos Romulo Fialdini “Não faltam produtos no mundão. Os bens materiais estão resolvidos. (...) Temos que ser lúcidos. Acho que houve um exagero em relação ao design, um culto vazio. Virou palavra vazia, vulgar, pejorativa. Tornou-se a maior das alavancas do marketing. Isso descaracterizou completamente a essência do design. Ninguém precisa de mais que uma havaiana, uma botina, um tênis. Cadeira...” Um desavisado pode logo indagar: “afinal, de quem é esse depoimento? Um crítico talvez? Um profissional aposentado?”. Acredite: trata-se de um designer, ou melhor, um projetista de móveis atuante na área e valorizado no mercado por seu talento. Tudo passa a fazer sentido quando o projetista é Carlos Motta: surfista, hippie, praticante de ioga, amante incondicional da natureza, adepto do básico, funcional, avesso ao status, modismo. Na fase de adolescência, a atração pelo “ecologicamente correto” já despontava... Depois de vencer ondas no litoral norte paulista, Motta passeava pelas redondezas, colhendo aquilo que o oceano ou as pessoas rejeitavam. Para se ter uma idéia, a primeira cadeira assinada por Motta foi produzida com cabos de enxada de guatambu, mais parafusos e um pedaço de lona; itens encontrados numa loja de ferragens. Hoje, aos 52 anos de idade e comemorando 25 de carreira, a “mistura de garimpagem com arqueologia praiana” – como ele define – é referência em seu trabalho. Pedaços de raiz, partes de barcos e caixotes são reutilizados, abraçando a causa da natureza e fazendo acontecer outro tipo de design. Sua carreira toma impulso em 1979 com a cadeira Estrela, “a cadeira mais cadeira que você possa imaginar”, diz o designer. A peça vinha autografada com uma estrela (daí o nome) de cinco pontas vazada no espaldar, referência aos hippies e símbolo da sorte para Motta. 50 ARC DESIGN
Foto Chris von Ameln
No tra ba lho de Car los Mot ta, fica evidente a in flu ên cia dos Sha kers – seita origi ná ria da Ingla ter ra e que pro du ziu nos Esta dos Unidos, du rante o sé cu lo 19, pe ças mar ca das pela obje ti vida de, sim pli cida de e be leza. Ao lado e abai xo, ca dei ra São Pau lo des mon tá vel, com es tru tu ra em ma dei ra ma ci ça tor ne a da, assen to em ma dei ra com pen sa da tam bém tor ne a da e en cos to em la mi na do mol da do. Aci ma, mo bi li á rio fei to com ma dei ra de re des co bri men to, exposto no Museu da Casa Brasileira. Na página ao lado, no alto, o ícone da sor te do designer: a estrela de cinco pontas (sem vínculo religioso). Embaixo, cadeira CM9 em amendoim e couro
51 ARC DESIGN
À es quer da, ca dei ra Fle xa para co mer ou tra ba lhar; os qua dros de assen to e de en cos to – re ves ti dos por di fe ren tes ma te riais – são es tru tu ra dos por um arco de la mi na do de ma dei ra mol da da. Abai xo, pol tro na Guaiú ba, em pe ro bi nha-do-cam po. No pé da pá gi na, ca dei ra Es tre la em amen doim. Na pá gi na ao lado, a ar quite tu ra de Car los Mot ta: no alto, duas residên cias na Bar ra do Sahy, São Pau lo; no pé da pá gi na, residên cia na Ser ra da Manti quei ra
Já estava pronto também o primeiro protótipo da cadeira Flexa, mas foi somente após sua viagem à Finlândia, em 1981, que ele aprendeu a técnica que viabilizaria sua fabricação no Brasil. No ano seguinte, o projeto da cadeira São Paulo rouba as atenções. Por ser desmontável e ter um preço popular, ela não tardou a ser produzida em série, todas embaladas numa caixa de papelão de 45 centímetros de comprimento, 45 de largura e 15 de espessura. Vencedora do Prêmio Museu da Casa Brasileira em 1987 junto com a Estrela e, no mesmo ano, do Concurso Nacional de Desenho Industrial – Prêmio Aloísio Magalhães, deu origem a uma linha com bancos e mesas. Em 1985, a cadeira Flexa, estruturada por um arco de laminado de madeira moldada, também aparece com características industriais. O sucesso da São Paulo e da Flexa levou o projetista a inaugurar uma fábrica de móveis na Vila Madalena, em São Paulo. Hoje, Carlos Motta vive uma nova fase de sua carreira. A parte fabril é terceirizada, abrindo espaço para outros projetos, dessa vez construídos com madeira de redescobrimento (trazida pelo mar ou pelo rio, derrubada pelo vento ou vinda de demolições), como as linhas Astúrias e Parati. “Não podemos ficar extraindo matéria-prima só pelo prazer de transformá-la em produto de consumo”, diz. E, assim, a proa de uma canoa velha e estragada vira uma poltrona, os pedaços da lateral da embarcação agora são bancos com encosto e a parte do fundo se transforma em um elegante banco baixo. Sua arquitetura segue o mesmo princípio: causar o menor impacto ambiental possível. O trabalho de Carlos Motta deixa a natureza falar alto, quase que ditando as regras do jogo. No livro “Carlos Motta” – lançado recentemente pela Editora Dórea Books and Art (DBA) durante exposição em sua homenagem no Museu da Casa Brasileira, São Paulo, ambos com patrocínio da Tok & Stok –, ele afirma: “A natureza é generosa e muito tem nos oferecido, tentando satisfazer à ânsia de nossa espécie. Nosso planeta está cansado, exaurido. Temos de reconsiderar o que é importante e vital para o homem. Propor um design básico, objetivo. Desvincular a felicidade do bem material”. Alguém discorda? ❉ 52 ARC DESIGN
Foto Kiko Ferrite
DA NECESSIDADE À CRIAÇÃO Acervo ARC DESIGN
O Mu seu da Casa Bra si lei ra, em São Pau lo, abre as por tas para os de signers populares da Bahia, pessoas que driblam as dificuldades da exclusão social usando – e abusando – da criatividade. Na exposição, peças encontradas nas ruas, nas praças e no comércio das cidades tra du zem a his tó ria e re ve lam a iden ti da de do povo bai a no
Fotos Ong Cipó Comunicação Interativa
Vanessa Domingues
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Fotos Isabel Gouvêa
À es quer da, can de ei ros cons tru í dos com la tas de ali men to, am bos en con tra dos na Fei ra de São Joa quim, Sal va dor. Na pá gi na ao lado, no alto, car ri nho de café cria do por Gil ber to San ta na, com ro das de car ro de bebê adap ta das em três ei xos. Em bai xo, car ri nho de café para 16 gar ra fas com es tru tu ra mo du lar, ba ti za do "Ca ta ma rã" por seu in ven tor e usu á rio, Beto Oli vei ra
Sozinho e incomunicável, ele se viu preso em uma ilha
garrafas, latas e um pavio molhado no combustível.
deserta. A saia de bailarina ajudou na pesca, as lâminas
A exibição foi possível graças a um projeto desenvolvi-
de um par de patins produziram lanças afiadas e a bola
do pela Cipó Comunicação Interativa, uma organização
de vôlei lhe fez companhia. No filme “Náufrago”, Chuck
não-governamental (ONG) baiana dedicada à educação
Noland, inspetor da FedEx interpretado por Tom Hanks,
por meio da comunicação. Mais de 80 adolescentes,
confere novo sentido aos objetos, colocando em pauta a
com idades entre 15 e 17 anos, viajaram por diversos
criatividade do ser humano diante de situações adversas.
municípios da Bahia com a missão de selecionar peças
Da ficção para a realidade, uma exposição realizada no
que identificassem o design popular da região, além
Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, de 9 de junho a
de colher histórias e dados socioeconômicos
11 de julho, comprovou que o homem, independente de
desses inventores criativos.
sua condição social, intelectual ou financeira, sempre
Da extensa pesquisa, nasceu a “Coletânea
usou da genialidade para garantir a sobrevivência ou sim-
Multimídia Cultura da Bahia – Design Popu-
plesmente facilitar o desempenho de tarefas cotidianas.
lar”, que acompanhou a exposição. Trata-se
Na mostra “Design Popular da Bahia”, os autores são
de cartazes fotográficos, vídeos (um docu-
homens do povo: pescadores, lambe-lambes, ambulan-
mentário e um ficcional), CD com o site
tes e outras personagens típicas do cotidiano de Salva-
www.cipo.org.br/museudesolucoes e revistas em qua-
dor e do interior do Estado. Exemplos de criatividade e
drinhos. “O trabalho permitiu que os jovens conheces-
inventividade não faltam. Duas latas e uma alça de ara-
sem e valorizassem a cultura regional, integrando-se
me formam um fogareiro: o suficiente para manter o
no processo como um todo”, afirma a curadora Isabel
amendoim aquecido com baixo custo de produção.
Gouvêa, uma das coordenadoras da ONG.
Para vender doces, salgados e maços de cigarro, foi
Um bom exemplo para as demais comunidades segui-
construído um carrinho em forma de estante, com
rem. Afinal de contas, divulgar comportamentos e
madeira, vidro e duas rodas de bicicleta. Há também
costumes de um grupo fortalece relações e ajuda a
uma churrasqueira feita com o tambor de uma velha
definir identidade. Quanto a incentivar a capacidade de
máquina de lavar roupas e uma base de ferro mol-
criar e inventar, os benefícios são evidentes. Que o diga
dada. Isso sem falar no candeeiro produzido com
Chuck Noland... ❉
Acima, à direita, churrasqueira criada por Nelson Antônio, feita com calhas de lâmpadas fluorescentes, grades de geladeira, encostos e pés de cadeiras de escritório. À esquerda, latas de taboca (biju) pro je ta das para acon di ci o nar, con ser var e trans por tar a gu lo sei ma; in ven ção de Fe li cia no dos Reis. À di rei ta, mo bi li á rio tra di ci o nal das barracas de festas populares em Sal va dor; cria ção de José Rai mun do Mota
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• São Paulo/SP (11) 3030-1900 • Bauru/SP (14) 3223-4162
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• B. Horizonte/MG (31) 3221-4411 • Brasília/DF (61) 225-0147 • Campinas/SP (19) 3254-1980 • Curitiba/PR (41) 342-7017 • Fortaleza/CE (85) 261-3911
• Juiz de Fora/MG (32) 3217-1028 • Manaus/AM (92) 642-4473
• Maringá/PR (44) 3031-1909 • Natal/RN (84) 201-0309 • Porto Alegre/RS (51) 3332-8011 • Recife/PE (81) 3467-1445 • Ribeirão Preto/SP (16) 620-2460
• Rio de Janeiro/RJ (21) 2512-9989 • Salvador/BA (71) 267-8888
• Santos/SP (13) 3234-1221 • São José do Rio Preto/SP (17) 231-9033 • Fábrica (11) 6431-3600 • Central de Informações 0800 11 4142
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A velocidade do avanço tecnológico impressiona
inovações que deixarão você tentado.
e maravilha os consumidores, sempre ávidos
Já imaginou escrever usando o celular
por novidades que facilitem seu dia-a-dia, seja
como se fosse uma caneta? Pois com o
no aspecto profissional, seja sob o ponto de
Pen Phone, da Siemens, a mensagem é con-
vista pessoal. ARC DESIGN continua com-
vertida instantaneamente para o editor SMS.
prometida com seus leitores, perma-
Gosta de ouvir música no último volume? O
ne cen do atu a li za da nes se Mun do
amplificador digital SD-HX500, da Sharp,
Tech em constante mutação.
permite a proeza sem distorções! Esses são
Para esta edição, selecionamos
apenas dois exemplos... Leia e surpreenda-se!
ESCREVEU, ESTÁ REGISTRADO!
DE DIA OU À NOITE
O usuário escreve números de telefones em um papel
A linha de filmadoras digitais Handycam MiniDV, recém-
comum e eles são introduzidos instantaneamente no
lançada pela Sony Brasil, apresenta modelos em média
aparelho. O envio de torpedos também se torna mais
25% menores do que os anteriores, todos com a tampa
ágil. Por meio de um recurso de reconhecimento de
da lente embutida e tecnologia “touch-screen” (acesso
escrita cursiva, os movimentos da mão são interpreta-
ao menu por toques na tela). As filmadoras permitem
dos e convertidos diretamente no editor SMS. Produto
a gravação de imagens com grande nitidez, mesmo
do futuro? Apenas de certa forma. O Pen Phone (acima),
em ambientes com pouca luz, além de possibilitarem
da Siemens Mobile, está em fase de estudo, mas já con-
a criação de vídeos musicais personalizados. Por
quista a atenção de todos os aficionados por tecnologia.
meio de uma conexão USB e um software de
Com 140 mm de comprimento e 19 de diâmetro, a
videoconferência, as imagens grava-
“caneta telefone” funciona em três bandas e oferece,
das podem ser transmitidas ao vivo
além de todos os recursos de um celular padrão, ino-
ou em tempo real.
vações revolucionárias. Vamos aguardar! Siemens: 0800-7071248. www.siemens.com.br
O modelo DCR-HC40 tem zoom ótico 10x, digital 640x e cartão de memória de 8 MB. Sony: (11) 3677-1080. www.sonystyle.com.br
60 ARC DESIGN
GADGET FIXO
NO ÚLTIMO VOLUME
Câmera integrada e fun-
Para este segundo semestre de 2004, a Sharp anuncia
cionalidade MMS. Esses
a chegada do modelo SD-HX500, da linha 1-BIT.
recursos – até há pouco
Equipado com sistema de amplificação digital do som, o
exclusivos de celulares
aparelho de última geração traz 600 watts de potência
– estão disponíveis no
e trabalha com resolução 128 vezes maior do que a de
telefone fixo sem fio da Siemens Mobile, o Gigaset SLX740,
CDs comuns. Em outras palavras, o usuário pode atingir
todo feito em titânio. Com visor colorido de alta resolução,
o volume máximo sem qualquer risco de distorção.
permite enviar e receber imagens, além de videoclipes com
Além da potência extrema, outra vantagem do produto
áudio. O Gigaset tem capacidade para armazenar 200
é seu design compacto: tem apenas 12 cm de profundi-
nomes e telefones – sendo possível, inclusive, acrescentar
dade e pode ser facilmente pendurado na parede.
fotos na agenda eletrônica! Recém-lançado na Europa e
Sharp: (11) 3286-0381. www.sharpbr.com
sem data prevista de comercialização no Brasil, o aparelho abre novas possibilidades de comunicação. Mais informações no site www.siemens-mobile.com/gigaset
QUAL QUER FORMATO
LIMPE ZA SAUDÁVEL
Acaba de chegar às lojas de eletroeletrônicos brasileiras o
Quem é alérgico costuma sofrer em dia de faxina.
DVD Recorder DR 4912N, da LG Electronics. O aparelho apre-
O mínimo movimento da vassoura no carpete,
senta o design mais compacto do mercado – apenas 69 mm
por exemplo, desencadeia uma irritante ses-
de espessura – e vem equipado com progressive scan, o
são de espirros. Com o aspirador de pó
que garante maior qualidade de imagem. Permite a grava-
K5500, da Kärcher, a limpeza é mais prática e
ção de filmes, novelas, shows e outros acontecimentos
não prejudica a saúde. Seu filtro de água retém
diretamente da TV, da câmera fotográfica (digital ou analó-
partículas de pó e sujeira, incluindo as causado-
gica), do computador ou do videocassete, em todos os for-
ras de alergias. Dois filtros adicionais tornam o ar
matos de mídia (DVD-R, +R, -RW, +RW). Por ser multiformato,
que sai do aspirador mais limpo do que o ar do
o DVD Recorder reproduz CDs de áudio/vídeo, CD-R, CD-RW,
ambiente. De fácil armazenamento e
VCD, WMA, MP3, DVD áudio, DVD-R, +R -RW e +RW, além de
sem necessidade de refil, o produto
exibir fotos em formato JPEG, armazenadas em CD.
apresenta baixo nível de ruído,
LG Electronics: 0800-7075454. www.lge.com.br
podendo ser utilizado em qualquer parte da casa: tapetes, colchões, cortinas. Kärcher: 0800-176111. www.karcher.com.br
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28.06.2004
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Foto: Gal Oppido
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“ L I V R O S S Ã O PA P É I S P I N TA D O S C O M T I N TA ” . Fernando Pessoa
Takano - Av. Dr. Silva Melo, 45 Cep: 04675-010 Jd. Marajoara - São Paulo - SP Tel (11) 5694-9999 Fax: (11) 5694-9967 www.takano.com.br / marketing@takano.com.br
7ª BIENAL DE DESIGN GRÁFICO
A BIENAL DA DIVERSIDADE Se a primeira Bienal de Design Gráfico da ADG, promovida em 1992, podia ser literalmente classificada como a exposição dos trabalhos de um pequeno clube de de sig ners, sua sé ti ma edi ção foi mar ca da pela par ti ci pa ção em mas sa. Ultrapassando todas as edições anteriores em número de inscritos (2.100), categorias (17) e trabalhos expostos (369), e concebida desde o início para itinerar pelo Brasil, a Bienal consolidou-se como a exposição mais representativa da atividade no país e como uma peça-chave para entender seus rumos
Mis ce lâ nea. Aci ma e à es quer da, pro du tos de mer chan di sing do SESC Ber ti o ga, desen vol vi dos pela Mat tar Design, com ilus tra çõ es que re me tem à na tu re za. Na pá gi na ao lado, tra ba lho ex pe ri men tal pro du zi do por Clau dio Ro cha, Clau dio Fer lau to e Mar cos Mel lo para a Ofi ci na Ti po grá fi ca São Pau lo, que com bi na re cur sos da ti po gra fia tra di ci o nal com im pressão off-set
André Stolarski / Fotos Gustavo Ferri A diversidade – uma diversidade complexa,
de uma vez por todas com “a dúvida secular que ator-
que não se limita à diferença aparente entre
menta os designers” na hora de escolher qual fonte usar.
os trabalhos expostos – é a pista mais impor-
A outra face dessa diversidade é ética. Aqui entra em
tante dessa investigação. Ela pode ser enten-
cena outro critério estabelecido na edição passada, que
dida de duas maneiras. A primeira delas é es-
é não perder de vista o movimento dos diversos cam-
tética, poética. Um dos critérios mais impor-
pos de atuação do designer, o que também inclui o des-
tantes da mostra seletiva da Bienal, estabeleci-
bravamento e a conquista de novos campos e a “inva-
do na edição passada pelo curador Francisco Homem
são” de áreas de atuação tidas como exclusivas por
de Mello para orientar o trabalho do júri, é procurar
não-profissionais ou por profissionais de outras áreas
mostrar tantos trabalhos cuja excelência contribua
– coisas que normalmente acabam modificando a pró-
para sedimentar conhecimento, repertório, método e
pria maneira de entender a figura do designer. Nessa
tecnologia, quanto trabalhos que contribuam para ex-
discussão, a Bienal registrou uma ocupação mais con-
pandir os limites das linguagens com as quais o designer
vincente de terrenos antes timidamente explorados,
lida, desmontando lugares-comuns e desbravando
como a tipografia – acompanhada por
terrenos incomuns. Esse equilíbrio dá conta de um
uma Bienal paralela, a Letras Latinas
grande dilema que é próprio da profissão e é um dos
– e a área de TV, cinema e
pontos altos da Bienal. No primeiro time, projetos como
vídeo. Além disso, amplia-
os programas de identidade da Claro e do Instituto Pas-
ram-se as iniciativas em
teur. No segundo, trabalhos como a exposição “3T+1H”,
que o próprio conteúdo dos
da Epigram, que explora a confusão entre arte e arqui-
projetos foi concebido, produzido
tetura, texto e imagem, design e comunicação, ou como
ou modificado por seus designers,
a ácida FinalFont, do estúdio Rex, em que cada caractere
como é o caso do livro em homenagem
é composto por 36 variações de si mesmo, para acabar
aos 450 anos da cidade de São Paulo
Em ba la gem, ma te rial pro mo ci o nal e au to pro mo ção. Em ba la gens Kuat Paz (no alto, à es quer da), da DPZ Pro pa gan da, e la tas da edi ção es pe cial de sor ve tes Nes tlé (aci ma, à di rei ta) em ho me na gem aos 450 anos da ci da de de São Pau lo, que des pem os pro du tos de sua carga vi sual cos tu mei ra para mar car seu ca rá ter es pe cial. Abai xo, à es quer da, avi ão zi nho para o con vi te de aber tu ra do es tú dio fo to grá fi co Ban dits; na se quên cia, fol der do Buf fet Gas tro no mia sob Me di da, no qual o pa pel ve ge tal des ven da os sa bo res de um ban que te aris to crá ti co
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Aci ma, em ba la gem dos ce lu la res Cla ro, da Gad Design, pro du zida em plásti co in je ta do, que vira ma le ta mul ti u so. À di rei ta, port fo lio da Tá til Design, cujo esto jo de sur pre en dente tex tu ra é pro du zido a par tir de uma úni ca peça de EVA. No alto da pá gi na, em ba la gens da Li nha Contém 1g, cria ção da agên cia inter na da em presa, mar ca das pela cita ção irô ni ca de re fe rên cias ver na cu la res
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“Sob o Sol, a Garoa e a Fumaça”, coordenado por Cecilia Consolo e Luciano Cardinali, e da revista de design “Nervo Óptico”, de Claudio Ferlauto. Com ensaios feitos exclusivamente por designers, essas publicações exploram as possibilidades que se abrem quando a relação entre textos e imagens passa a ser mais importante que a sua integridade. Também cresceu muito a lista de projetos de reflexão, pesquisa e difusão de informações sobre design: revistas de tipografia, como a “Tupigrafia”, de Claudio Rocha e Tony de Marco; livros que catalogam e discutem a obra de designers importantes, como Aloísio Magalhães e Alexandre Wollner; trabalhos e publicações estudantis, como a “Zebras Caolhas”, de Priscila Farias; portfólios e ações empresariais reflexivas, como a revista “Tempo”, do escritório paulista de mesmo nome, ou como o livro “Ver é Compreender”, da carioca Pós-Imagem. A timidez ficou por conta da pequena presença numérica dos profissionais de internet e dos projetos selecionados fora do eixo Rio–São Paulo, que não chegaram a 10% do total. A quantidade e a qualidade dos caminhos mostrados na Bienal não deixam dúvidas: a popularização dos meios de produção visual, a disseminação dos cursos
Li vros, pe ri ó di cos e ca tá lo gos. Aci ma e à esquerda, ca tá lo go da ex po si ção “Jean Nou vel”, cria do pelo es tú dio Cu bí cu lo, res pon sá vel por al guns dos tra ba lhos mais in te ressan tes da Bi e nal. No alto, em sentido anti-horário: revista “Vi zoo”, de Breno Pineschi, revista literária “Ácaro”, de Daniel Trench, Manu Maltez e Rita M. da Costa Aguiar, e li vro “Sob o Sol, a Garoa e a Fumaça”, de Cecilia Consolo, Luciano Cardinali e equipe
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Acima, li vro “Titãs”, do Estúdio Sil via Ribeiro, cuja capa translúcida fixa a banda em movi mento per pé tuo. À es quer da, catálogo da exposição “Daniel Senise – The Piano Fac tory”, criado por Jair de Sou za, que ex plo ra a re la ção entre ma té ria e ma te rial grá fi co. À di reita, li vro “Kazuo Ohno”, de Raul Loureiro, resultado de uma primorosa ar tesania gráfica com utili zação de técnicas tradicionais japonesas na encader nação e no papel que embala a capa
Brin ca dei ras grá fi cas em dia gra mas car tesia nos. À es quer da, capa do li vro “So na ta para Pan de mô nio”, de Vic tor Bur ton, na qual o en qua dra men to das le tras e as va ria çõ es possí veis den tro do mes mo peso de um al fa be to re ta lham mais ain da um tí tu lo já par cial; à di rei ta, os cír cu los per fu ra dos na capa e quar ta-capa dão acesso ao “ou tro lado” do li vro “Lado B”, da Ouro so bre Azul Design
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Car ta zes. Aci ma, à es quer da, duas pe ças da sé rie “Ros tos”, da Ne o ga ma/BBH, nas quais Ju ni or Lo pes bebe na fon te de ou tro ar tis ta plás ti co: Vik Mu niz; à di rei ta, a “des co ber ta” da DPZ Pro pa gan da no car taz da Coca-Cola em ho me na gem aos 500 anos do des co bri men to do Bra sil. Iden ti da de cor po ra ti va e ti po gra fia. Abai xo, à es quer da, o di ver ti do sím bo lo do pro gra ma de iden ti da de da Film Pla net Group, da Rex De sign; ao cen tro, sín te se to tal na du pla in ter ro ga ção do lo go ti po da 4ª Bi e nal do Mer co sul, da Ho mem de Mel lo & Troia De sign; à di rei ta, fon te Man gue bats, da Fun di ção – Ti pos do Aca so para o Se brae de Per nam bu co, que traz íco nes re presen ta ti vos do movi men to Man gue Beat
Am bi en ta ção e si na li za ção. Abai xo, à es quer da, ex po si ção “3T + 1H”, da Epi gram, co men ta da nes ta ma té ria; na se quên cia, a lim pe za e a ma cros co pia grá fi ca da si na li za ção da rede de lo jas Fast Shop, da A 10 Design e Co mu ni ca ção. No pé da pá gi na ao lado, o enge nho so e gigantes co in fo grá fi co mu ral da Ca-tk Design para o SESC Ita que ra, no qual atle tas em ta ma nho real es pa cia li zam cu ri o si da des do mun do olím pi co
70 ARC ARC DESIGN DESIGN
de design e a multiplicação dos contatos com os campos das artes plásticas, da publicidade, da arquitetura, da moda, da música, da literatura e de outros campos não-profissionais frequentemente combatidos na tentativa de estabelecer um âmbito exclusivo de atuação do designer, estão provando ser muito mais benéficas que perigosas. Se a força da produção presente nessa Bienal é inédita, tudo leva a crer que ela irá aumentar nas próximas edições, o que obriga o evento a superar problemas que ainda o impedem de ser, de fato, uma grande exposição. Alguns deles são contingenciais e se devem, em boa parte, aos limites naturais dos esforços heróicos de seus organizadores, que dessa vez ainda se propuseram à tarefa adicional de organizar simultaneamente a reunião anual do Conselho Internacional de Associações de Design Gráfico (Icograda). A montagem (em especial a torturante baixeza das vitrines e a demarcação discreta
Acima, programa de identidade visual do Instituto Pasteur, criação de Valéria Marchesoni; abaixo, catálogo “Zebras Caolhas”, de Priscila Farias, com fontes produ zidas no curso de design gráfico da Faculdade Senac de Comunicação e Ar tes (SP). Abaixo, à esquerda, redesenho da marca do Playcenter, da Cauduro & Mar tino, que ganhou novas associações ligadas à tridimensionalidade
demais das categorias da exposição no espaço) e o tratamento das informações sobre os trabalhos (em especial a ausência de comentários individuais, que só aparecem no catálogo) são obstáculos que fragilizam a Bienal e a distanciam do público em geral. Outro problema mais sério diz
71 ARC ARC DESIGN DESIGN
TV, ci ne ma e ví deo. Aci ma, vi nhe ta do “A Nova Cara da MPB – E-Fes ti val IBM”, da Ogilvy In te rac ti ve, na qual as si lhue tas e as ima gens em ne ga ti vo aju dam a man ter a “nova cara da mú si ca” no ano ni ma to, an tes da vo ta ção. Abai xo, co la gem he te ro gê nea do Nú cleo de Moda e Ima gem da Tra ma para o CD “Im pren sa Can ta da”, de Tom Zé
No alto, à di rei ta, a brin ca lho na aber tu ra do fil me “Nar ra do res de Javé”, de Kiko Far kas, Ra fael Ter pins e Car la Caf fé, na qual os si nais dia crí ti cos da ti po gra fia com por tam-se como os per so na gens e as his tó rias do fil me; logo abai xo, aber tu ra do pro gra ma de te le vi são “Mar cas”, da Lobo, na qual a for ça das mar cas fica evi den te pela sua au sên cia
72 ARC DESIGN
respeito à própria estrutura do evento. A Bienal é uma exposição montada por uma associação de classe, organizada em temas mais ligados a gêneros de produção que a categorias reflexivas, e que depende da inscrição de interessados e da avaliação de um júri. Numa analogia com as artes plásticas, ela está mais próxima do salão que da exposição curatorial, mais próxima da triagem que da pesquisa, mais próxima da vitrine que do ensaio. Se por um lado é difícil produzir uma exposição desse porte de outra maneira, por outro é preciso reconhecer que falta ao resultado um discurso mais articulado, capaz de dar ao visitante recursos mais generosos para incentivar a leitura do conjunto dos trabalhos expostos. De minha parte, creio que a exposição seria bem mais envolvente se os critérios de seleção que vimos acima fossem transformados em categorias expositivas que, na falta de outros nomes, poderiam chamar-se “Design de excelência”, “Investigação de linguagem”, “Novos campos” e “Pensando o design”. Seja como for, a riqueza do material da Bienal é um “prato cheio” para a produção de inúmeros derivados que, estimulando o comentário e a reflexão, talvez sejam, afinal, o melhor modo de tirar todo o proveito que o seu gigantesco potencial merece. ❉
CDs e in ter net. À es quer da, pro je to do CD “Todo Mun do”, da Ban da Gam biar ra, cria do pela Epi gram, no qual as do bras do en car te com ce nas de sa tu ra ção ur ba na po dem pro du zir ca pas di ver sas; aci ma, hotsi te do fil me “Iden ti da de”, de Ma xi mi li a no Cha nan, que man tém o modo mis te ri o so do thril ler
Uma Publicação Quadrifoglio Editora / A Quadrifoglio Editora Publication ARC DESIGN n° 37, Julho/Agosto 2004 / July/August 2004
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Arc Design – endereço para correspondência / mailing address: Rua Lisboa, 493 – CEP 05413-000 São Paulo – SP Brazil Telefones / Telephone numbers: Tronco-chave / Switchboard: +55 (11) 3088-8011 Fax: +55 (11) 3898-2854
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EDITORIAL
the models were crying when tearing their folding-garments, the
Design.
creator was being applauded enthusiastically. “The work has been
A little word that, until a while ago, many people did not know, or at least
concluded. Art had a good effect,” affirms Jum Nakao, the fash-
did not recognize its meaning very well. Nowadays, appreciated, cited by
ion designer who dared – and surprised – in the latest edition
everyone, it is the tool and board of salvation, an essential concept for the
of São Paulo Fashion Week
aggregate value of products. In Brazil, the several directions of design are a proof, however, of our famous inequality: industrial design in advanced sectors like aeronautics or house-
Vanessa Domingues
hold and electronic appliances, for instance; and design strongly linked to
Lighting. Music. Expectation.
handcraft (be it as a source of inspiration or as a form of production) in
On the catwalk, bodies covered by a tight black outfit, from neck to feet,
which consumption does not support large investments, such as the ones
exhibit white. Limited movements and perfect cuts.
related to home objects.
“It’s easy to develop works of pure image. Everything is pasteurized, similar,
In this issue of ARC DESIGN, we approach these two utmost points and also
empty, especially in fashion. The great challenge is to combine form and con-
intermediate situations. Design Brazil 2000+4 convokes designers to free
tent. A form without concept has no support, it is wasted.”
their creativity and refers to good ideas, which may become, or not, good
The sound of tango provokes melancholy, sadness. The audience notices
products; the article on Brazilian kitchens shows the development of ironware
romantic, delicate designs, inspired by the end of the nineteenth century.
and wooden cabinetry industries, sectors of a good practice, specially concern-
Embroidery and lace and print works produced with graphic computing tech-
ing exportation; halfway between industrialization and handcraft, we found the
niques and laser cuts. A mixture of past and present.
example of designer Carlos Motta, who has been developing wooden furniture for
“The pieces, extremely elaborated, favor the perception of volume, texture
years. These three subjects outline the current moment of design in Brazil.
and values – lost values in my profession, which is why many people con-
The Museu da Casa Brasileira, a space traditionally linked to design, shelt-
sider it superficial, banal.”
ered the exhibition Popular Design from Bahia, with pieces of the daily reper-
Villa-Lobos enters the stage. The audience is brought back to childhood, to
tory, such as the coffee trolley or the can of the manioc cakes street vendor.
the enchanted universe of fairy tales.
An exhibition that reinforces what ARC DESIGN has been affirming: design
“The wig in Playmobil style and the strong makeup create a playful moment,
in Brazil, or better, Brazilian design, is inseparable from handcraft, be it by
transporting the present to a dream. There, a disconnection with the past
transposing the proper vocabulary on handcraft for a contemporary lan-
happens; it is the explicit transitoriness.”
guage, be it only in terms of researches that lead to proper answers and
Another sound in the propitious room for the contemplation of the “paper dolls.”
solutions. For instance: the Brazilian ventilator Spirit (see ARC DESIGN 24)
The styles – perfectionist dresses, volumetric skirts and bulging-sleeved
is not beige, not even grey as similar ones from North-America or Europe
blouses – were manufactured in drawing paper (almost half a ton) and
should be, but orange, or blue, or green.
“seamed” with masking tape.
Design in fashion is represented by Jum Nakao, who, during São Paulo
“My intention is to cause a certain thought. People need to question their role
Fashion Week, created a beautiful and poetic performance around the
in every meaning, because it is subjected to the action of time, concerning
ephemeral role of fashion.
both chronology and climatic conditions.”
In architecture, the sculpturing and highly technologic forms created by
Tragic music; a memory from fatidic September 11. The fifteen models tear
Santiago Calatrava give continuity to the series of contemporary masters.
their outfits furiously. A destruction of the greatest symbol.
And in graphic design, there is a review on the Brazilian production at ADG
“What remains is a rate that cannot be recomposed. The work ceases to exist,
Biennial Exhibition, in which the strong point is diversity in creation.
but the art endures on the imagistic plan.”
An issue that incites a lot of thinking. Enjoy it!
On the stage, the creator appears filming his own eyes. Screams, applauses. “The circle of desires has been broken.”
Publisher
An unknown voice sings rock ‘n roll. The guests return to reality. To the seats of São Paulo Fashion Week. To the fashion show of the collection “Desejos,” by Jum Nakao. “My proposal could only be developed at Fashion Week, because there the
THE ROLE OF FASHION – page 20
ones who work specifically on clothing, image and desire are present,” the designer continues his statement.
One hundred and fifty people involved, seven hundred working
Born in the capital of São Paulo, Nakao, the 37-year-old oriental descendant, has always been attached to technology. He almost graduated in electronics,
hours; everything destroyed at the end of the presentation. While
but, before that, he saw in fashion a way of staying closer to the human being.
English Version
Maria Helena Estrada
He has participated of three editions of Phytoervas Fashion, been the style
While taking stock of the offer in the market, we were having that strange
manager of the brand Zoomp, and the curator of the Hotel Lycra store. In
feeling of “dejà vu.” In fact, almost everything has already been seen, really.
2002, he debuted in São Paulo Fashion Week. Nowadays, he is the consult-
Have courage, designers! Surprise, incite curiosity, drag a smile of con-
ant of Viva Vida and works next to his wife, Lelê, in his studio, in the city of
nivance or complicity with a new and good idea. It does not have to be a
São Paulo, where the 04/05 collection may be found – this one to be really
product of remarkable commercial appeal, once it is little by little, making it
purchased and worn!
remarkable, that a career is constructed, a new semantics is created and the
The event caused discussions and incited reflections. By combining tradition
image of a company is consolidated.
and innovation in the process, Nakao rescued the idea of romanticism and
And, certainly, not only Brazilian retail and market are already mature – and eager
dream, making the audience reflect on the ephemerality of clothing, which
– for this new harvest of products to respire and transpire our new diversity.
was, indeed, his deep and sincere desire.
The collection “Desejos” received cultural support from Editora Senac and Fundação Álvares Penteado. More information on Jum Nakao’s work, the processes of the col-
EUROCUCINA: CURRENT MOMENT AND TENDENCIES – page 30
lection and the relations between object, image, market and desire will be available on a book and DVD to be edited by publishers Senac Nacional and Senac São Paulo.
What brought us Eurocucina, an exhibition carried out in Milan during the 2004 Furniture Fair, as a determinant element for
DESIGN BRAZIL 2000 + 4 DIVERSITIES – page 24
designing modern kitchens? Firstly, let us evidence that a beautiful form is not enough for kitchens: it is in the solution of problems, in the capacity to
“What I search here is the intersection of different ideas, using the
resolve and articulate this entire space, a mixture of laboratory
country’s cultural diversity.” Tiziana Cardini, fashion director of the
and salon, that a good project is discovered.
magazine Glamour, Italy, on an interview for the newspaper Folha
New habits generate the innovations of design. Concerning what
de São Paulo, Brazil
is known about kitchens, it is from Italy where aesthetics and gastronomy veneration come, making a Brazilian tradition from
Maria Helena Estrada
Shall we have a brainstorm? Give wings to some ideas? And have as a ref-
old times be reborn, the one characterized by the use of wood stoves in a period such peculiar space was so valued.
erence or inspiration what is around us, our own culture, or cultures? The moment could not be more favorable. The world searches us to recycle
The kitchen is, nowadays, a serious subject of meticulous and
its own sources. How about us... what do we do? We repeat that tiring vocab-
complex planning. It is impossible to standardize it. How to keep
ulary, timid imitations of an old and outdated aesthetics.
and store utensils, process and consume foods in this space so
The doors are open for Brazilian creativity, for designers, but it is the small
rich in references?
artisan, hidden in the woods or in a little community, who is making good
It is very expensive, and relatively stable, eternal, to furnish a kitchen!
use of everything. The box of handkerchiefs brings photos of pieces manufactured by the basket shop Baniwa (see ARC DESIGN 29), the meal cases
To combine the several components, which vary according to
of an airline are illustrated with handcrafted pieces, the embroiderers living
styles and phases of life... and financial conditions is an impor-
on the borders of River São Francisco export their entire production. On the
tant decision, which oscillates between practicalness and glamour.
other hand, big industries, like Grendene, make use of state-of-the-art tech-
Kitchens immaterialize themselves. In them, the synonym of
nology to reproduce the handcrafting deed. Those are only small examples,
quality is technology, and design is not imposed as a practice of but very significant. They show Brazil expanding through each and every spot. Shall we spread out new signs, instead of thinking that furniture is Brazilian
forms, but as an agent of functionality
only because it is made of wood? Shall we do it instead of continuing to create stylish ornaments for chair legs, decorate closets doors and substitute tal-
João Luís Rieth
ent for fake elegancy? Pay attention! Even the meaning of “luxury” has
Eurocucina 2004, the biennial exhibition held during the Milan Furniture Fair,
already changed its direction! Nowadays, luxury is culture. A look around is
reaffirmed the current concept of the “kitchen space,” which is not limited to the
enough to see the just-created “Wisdom House” to realize “the luxurious
preparation of meals, but translates a new attitude to experience this environ-
ones” started to transmit their elegancy in philosophy lessons. Serious ones.
ment. Current proposals break with the strict modular system in favor of dynamic
and integrated environments, making use of the most modern technology.
most diverse configurations: linear, concentrated on a single wall, and spatial,
As a direct consequence, projects of contemporary kitchens evidence their
with solutions in island or peninsula; occasional, contained in big linear cabinets.
high functionality: preparation, cooking and storage of foods are divided
Although kitchens must combine comfort and functionality, one of these fea-
spatially, in a different manner.
tures always stands out in the project. Based on the client’s desires, archi-
Considering one of the places of greatest domestic socialization, the need for
tects must give priority to function, for the ones who, for not having time or
making the kitchen a beautiful and pleasant space brought a big diversity to the
vocation, utilize the kitchen in a pragmatic way, or comfort, for the ones who
choice of materials and finishes, both for cabinets as for floorings and walls. On
cook for pleasure and see the kitchen as a place for socialization.
the other hand, the influence of solutions adopted in industrial kitchens added
Following another tendency, the combination of areas of preparation and
extreme practicalness to the choice and disposition of equipment.
meals on the center island is a strong inclination, like the collections by
The traditional plans of work and support in granite already share their util-
Formaplas and Elgin (on pages 40 and 41), which suggest this solution.
ities with other materials easy to clean, such as stainless steel, black slate, porcelain stoneware and composites like Corian or Rover. Other tendencies? Glass (minimum thickness: 12 mm), with painted, oxidized
PUBLI BLUM - EVOLUTION IS IN DETAILS – page 42
or sandblasted internal surface for horizontal and vertical projects; aluminum profiles structuring the cabinet doors, in transparent or semitransparent glass,
Blum
whether they are hinged, sliding or top-hinged doors etc.; a strong presence
Avenida João Paulo I, 2.090
of translucent materials such as glass or methacrylate, which determine bet-
Embu, SP
ter visual lightness to the whole, contrasting with the return of dark wooden
Tel.: (11) 4785-3400
coverings, such as grey, almost dark oak and wenge (also called dikela or
www.blum.com
palissandre du congo), besides other solutions in light wood such as haia and white hickory, which remain in use and are able to be associated.
The improvement of ironware systems produced by Blum per-
On the other hand, lighting design is a determinant element, with intense chromatic options, like red, orange and cobalt blue; which symbolize a
forms a key-role in the evolution of kitchens. Besides offering
strong return to the patterns from the 1950s and 1960s. The return of lac-
solutions that optimize the space available, the company provides
quers for doors consolidates this tendency even more.
excellent furniture quality of use.
Concerning the distribution of several compartments that constitute the kitchen, horizontal solutions were found more often. Big drawers, measur-
Good looking and easy to operate, kitchens gain a highlight on the domestic
ing until 1.50 meters long, with handles incorporated for the spaces below
scene. Extremely functional, these environments aggregate emotional value:
the working plan, and top cupboards with sliding or top-hinged doors, asso-
well-being, comfort, interaction. Curiously enough, the responsible features
ciated to external shelves of easy access and visualization for the users.
for the structure of new furniture patterns are components generally hidden,
The basic concept? Ergonomics, not only related to equipment, but also to
such as ironware, especially by the Austrian company Blum.
the project itself.
With the growing compactness of houses and apartments, the efficient utilization of spaces becomes decisive. A research carried out by an Austrian institute reveals that, after the acquisition and installation of the kitchen, 2/3
AND THE BRAZILIAN SCENE... – page 44
of the purchasers feel the need for more space and, in order to avoid frus-
By the Editorial Staff
Considering this fact, Blum invests in new planning alternatives, offering
The speed with which the transformations in kitchen furniture are assimilated
solutions – with different levels of complexity – for practical and ergonomic
and incorporated by national manufacturers is high. In reciprocity with the
storage of dishware, food and utensils. “With our products and services, we
tration, they increase their expenses for the project’s accomplishment.
worldwide tendencies, new materials start to make part of the repertory of
can help people realize what is important to keep in the kitchen and, mainly,
Brazilian kitchens, which is the case of aluminum (profiles), methacrylate
how to perform such storage,” says general manager, Renato Viehmann.
(doors and enclosures) and Corian (sinks and workbenches), which have
The doors, for instance, were excluded from the lower parts of the cupboards
been used intensely in an expressive form.
and substituted by big drawers, which provide general view and facilitate the
In the latest years, national kitchens have grown considerably in formal and
access of items even when they are totally loaded (some drawer-standards
constructive quality. Now, incorporating materials and different finishes, the
may hold up to 70kg!).
furniture pieces produced in series allow customized solutions, with flexibility
Internal compartments allow a better disposition of foods and utensils with-
of dimensions and possibilities of combining components.
out moving when the drawers are being opened or closed.
According to the user’s profile and the space available, kitchens assume the
The traditional doors, even when pushed with strength, close perfectly,
stopped soft- and silently by shock-absorbing systems that can be imbedded
transmitted the feeling of continuity and contributed for the visual amplifica-
or adapted (like Blumotion, which received the IF Design Awards in 2004).
tion of the space.
Besides that, the opening in wide angles – until 170º – allows more freedom
Due to the small space available, both pantry and kitchen would need to have
of movements, improving the reach to the inside of the cupboards.
many cabinets.
The innovation proposed by the company provides even more features.
For each environment a diverse solution was conceived. In the kitchen, the
Convinced that it is in the kitchen where everything must be well stored and
architect considered the low window, which occupies the whole wall, by making
easy to reach, Blum believes in the Dynamic Space model, which divides the
good use of the top part for not-very-deep cabinets, “in order not to cause
place in five sectors: pantry (dishware, glasses, cutlery), storage (food in gen-
the feeling of oppression and also because the inhabitant does not need more
eral), sink (workbench, dishwasher, garbage bin, cleaning articles), prepara-
than twenty centimeters in the top cupboard, once that is the measure he can
tion (salt, spices, specific utensils) and cooking (stove, microwave, pans,
reach comfortably,” clarifies Lia.
baking and roasting plates), making the tasks easier and quicker to perform.
In the pantry, the architect created composed cupboards, which do not give
A study confirms that such intelligent disposition represents until 20% of
the impression of a single unit, but make the environment not “heavy.”
economy, of both trajectory and time of service!
Workbenches in white Corian support, visually and structurally, cupboards by
“We want architects and designers to see Blum as a partner. Our doors are
Kitchens with finishes in Ciliegio (cherry tree). “I wanted to add the feeling of
always open for these professionals, so that they know what we can do for
a loose sideboard, in which the modules would fit,” explains Carbonari. In
their projects to be presented and implemented. Our objective is to help them
order to achieve such effect, the architect worked on two denseness levels of
propose better solutions to their clients,” explains Renato Viehmann.
Corian on the “sideboard:” 6 centimeters for the “U”-shaped structure and 2
Everything developed in order to make the life of the new kitchen “inhabitants”
centimeters for the shelves, which are settled slightly retreated in order to
(those who occupy it for pleasure and not only for necessity) easier and lighter.
reinforce the feeling of “looseness” of the furniture. “An interesting detail,” affirms Carbonari, “is the sensation that it was assem-
About Blum:
bled in a random way. But, in fact, it wasn’t. Everything was extremely well
Founded in 1952 in Austria, the company has factories in its origin coun-
measured so that the pantry space, which was reduced, could be adjusted.”
try, in the USA and in Brazil, exporting its products to over 70 countries.
The choice of materials was also determined in consideration of well-defined
Additional information is available at www.blum.com.
principles: the architect opted for the contrast between colors and textures of the several materials that compose the pantry and the kitchen. The floor and
DETAILS AND PARTICULARITIES – page 44
the panel in dark polished granite contrast with the white of Corian and some cupboards, and with the clear opaque wood; their shriveled texture, with
A small space with a strong meaning: Lia Carbonari’s project for the pantry and kitchen of a gourmet demanded the combination
well-marked veins, contrasts with the completely smooth aspect of Corian. Therefore, by paying attention to details, architect Lia Carbonari built a project that became harmonious in form, and refined in function.
of several “little tricks” to extend the space and the user’s comfort.
Winnie Bastian
ORIGINALITY OF BASIC - page 50
This is the equation: on the one hand, the owner, who loves a well-settled table and is taking his first steps in the art of culinary; on the other hand, a
Raw-material: wood. Certified-wood or demolition-wood, but
reduced kitchen (of about 9 square meters), practically a corridor between the pantry and the laundry area.
always wood. No varnish or toxic inks. No sandpapers. Very little
The biggest worry of architect Lia Carbonari was to achieve an efficient dis-
glue. The least possible use of machinery. Mortise. Ergonomics.
tribution of all necessary equipment for the gourmet without compromising
Carlos Motta’s work is marked essentially by functionality and
his movements. The kitchen contains a double-door fridge, a stove, an elec-
minimalism of objects. For him, “design means exactly to project
tric oven, a microwave and a dish washer, all imported and, therefore, big-
and execute the obvious”
ger than the Brazilian national size pattern. “My starting point was the localization of the household appliances and their distribution in places where they would have a comfortable use,” reveals Carbonari.
Vanessa Domingues
In the project, the 5.8-square-meter pantry complemented effectively the
“Products are not missing in the big world. Material assets are resolved.
kitchen, starting by the withdrawal of the door that used to divide them, fol-
(...)We have to be lucid. I think there has been a certain exaggeration in rela-
lowed by the extension of the interspaced passage, which favored the move-
tion to design, an empty cult.
ments. The use of the same materials and finishes in both environments
It became an empty, vulgar and pejorative word. It became the biggest trigger
of marketing. This completely deprived design’s essence of its characteristics.
His architecture follows the same principle: to cause as little environmental
Nobody needs more than one pair of flip-flops, one of boots, one of sneakers…
impact as possible.
And a chair…”
Carlos Motta’s work allows nature to speak out loud, as if it were almost dic-
An unnoticed person may soon ask: “after all, whose statement is this? From
tating the “rules of engagement.” In the book “Carlos Motta,” released recently
a critic, maybe? A retired professional?” Believe: it belongs to a designer, or
by Editora DBA – Dórea Books and Art during an exhibition to pay homage
better, an active furniture designer recognized in the market for his talent.
to him at the Museu da Casa Brasileira, São Paulo (both events sponsored
Everything starts making sense when the designer is Carlos Motta: surfer,
by Tok & Stock), he affirms: “Nature is kind and has been offering us a lot,
hippie, apprentice of yoga, unconditional lover of nature, adept at the basic,
trying to satisfy the anxiety of our species. Our planet is tired, exhausted. We
functional and contrary to status and trends.
have to reconsider what is important and vital for mankind, in order to propose
When teenager, his attraction for what was “ecologically correct” started to
a basic, objective design and disentail happiness from material assets.”
emerge… After surfing on the north coast of São Paulo, Motta would walk
Does anyone disagree?
around the surroundings, collecting whatever the ocean or people rejected. In fact, the first chair developed by Motta was produced with spade handles
FROM NECESSITY TO CREATION – page 54
made of “guatambu” (an easily bent, cut, nailed and polished type of wood known for its hardness and close grain, which makes it exceptionally resistant to marks and wear), in combination with screws and a piece of canvas;
The Museu da Casa Brasileira, in São Paulo, opens its doors to
items found in a shop of hardware tools.
popular designers from Bahia; people who cope with the difficul-
Today, at 52 years old and celebrating 25 years of career, the “mixture of
ties of social exclusion by using – and abusing – creativity. At
searches for materials with seashore archeology,” as he describes, is a refer-
the exhibition, pieces found in the streets, in the squares and in
ence in his work. Pieces of plant roots, parts of boats and crates are reused,
the commerce of cities translate the history and reveal the iden-
embracing the cause of nature and making another type of design happen. His career gained strength with the Estrela chair, “the most chair-like chair
tity of the people from Bahia
you can imagine,” as he says. The piece was autographed with a five-pointed star (which is why its name is Estrela, that is, star in Portuguese) with a seethrough aspect on its back, in reference to the hippies and the symbol of luck for Motta. The first prototype of the Flexa chair had already been finished, but only after his trip to Finland, in 1981, he learnt the technique that would make its manufacture feasible in Brazil. One year later, the project for the São Paulo chair was the center of attention. For having a disassembling system and a popular price, it did not take long for it to start being produced in series, packed one by one in cardboard boxes measuring 45 cm long and 15 cm thick each. Winner of the Museu da Casa Brasileira Prize in 1987 along with the Estrela chair and, in the same year, of the National Contest of Industrial Design – Aloísio Magalhães Prize, it started a collection of seats and tables. In 1985, the Flexa chair, structured by an arch made of molded wood laminates, was also produced with industrial features. The success of the São Paulo and Flexa chairs led the designer to inaugurate a furniture factory in the district Vila Madalena, in São Paulo Nowadays, Carlos Motta experiences a new phase of his career. The heavy industry part is outsourced, giving opportunities for other projects, this time constructed with demolition-wood (brought by sea or rivers, knocked down by wind or coming from demolitions), like the collections Astúrias and Parati. “We cannot continue to extract raw-materials only for the satisfaction of transforming them into consumer goods,” he says. And, just like that, the prow of an old and damaged skiff becomes an armchair, the side-pieces of the boat are now seats with a back and the bottom part is transformed into an elegant low seat.
Vanessa Domingues
Alone and unable to communicate, he saw himself stuck in a desert island. The ballerina skirt helped in the fishing, the blades of a pair of skates produced sharp spears and the volley ball was his companion. In the movie Cast Away, Chuck Noland, a FedEx inspector interpreted by Tom Hanks, grants a new signification to objects, registering the human being’s creativity when facing adverse situations. From fiction to reality, an exhibition held at the Museu da Casa Brasileira, in São Paulo, from June 9 to July 11, proved that man, disregarding his social, intellectual or financial conditions, has always made use of ingeniousness to assure survival or simply make the performance of daily tasks easy. At the exhibition “Popular Design from Bahia,” the authors are ordinary men: fishers, street photographers, street vendors and other typical characters from the quotidian of Salvador (the capital of Bahia) and the interior of the state. Examples of creativity and inventiveness are not missing. Two cans and a wire handle form a little stove: enough to keep peanuts warm with a low production cost. To sell candies, salty snacks and packets of cigarettes, a trolley with shelves was built with wood, glass and two bicycle wheels. There is also a portable barbecue fireplace made with the drum of an old washing machine and a molded iron foundation. Without mentioning the sconce produced with bottles, cans and a wick dipped in fuel. The exhibition was feasible thanks to a project developed by Cipó Comunicação Interativa, a non-governmental organization (NGO) in Bahia devoted to education through communication. Over eighty adolescents, aged between fifteen and seventeen, traveled through several municipal districts of
Bahia with the mission of selecting pieces that identify the popular design of
disturbs designers” when having to choose which letter font to use.
the region, besides gathering socioeconomic stories and data from these cre-
The other side of this diversity is ethical. Here another criterion established
ative inventors.
in the previous edition comes in, which is not to lose sight of the movement
The result from the extensive research was the “Cultural Multimedia
of the designer’s several fields of practice that also include taming and con-
Collection of Bahia – Popular Design,” which was presented along the exhi-
quering new fields, and the “invasion” of performance areas known as exclu-
bition. It is about photographic posters, videos (a documentary and a fictional
sive by non-professionals or professionals of other fields – things that even-
story), a CD with the website www.cipo.org.br/museudesolucoes and comic
tually modify even the way of understanding the designer’s figure. In this dis-
books. “The work allowed the young people to get to know and appreciate
cussion, the Biennial Exhibition registered a more convincing occupation of
the regional culture, integrating themselves in the process as a whole,” says
fields very little explored before, such as typography – presented by a par-
curator Isabel Gouvêa, one of the coordinators of ONG.
allel exhibition, Letras Latinas – and the field of TV, cinema and video.
A good example for other communities to follow. After all, to divulge behav-
Besides that, there was an extension of the initiatives in which the projects’
iors and habits of a group strengthens relations and contributes to the defini-
content was conceived, produced or modified by their designers, which is the
tion of identity. As for encouraging the capacity to create and invent, the ben-
case of the book written in homage to the 450 years of the city of São Paulo
efits are evident. Chuck Noland can certify that very well...
“Beneath the Sun, the Drizzle and the Smoke,” coordinated by Cecilia Consolo
THE DIVERSITY BIENNIAL EXHIBITION – page 64
by Claudio Ferlauto. With essays developed exclusively by designers, these
and Luciano Cardinali, and published by the design magazine “Nervo Óptico,”
publications explore the possibilities that become available when the relation
If the first Biennial Exhibition of Graphic Design produced by ADG (Graphic Designers Association), promoted in 1992, could be liter-
between texts and images is more important than their own integrity. The list of projects of reflection, research and diffusion of information on design also increased a lot: typography magazines such as “Tupigrafia,” by Claudio
ally classified as the exhibition of projects developed by a small organization of designers, its seventh edition was marked by
Rocha and Tony de Marco; books that catalogue and discuss the work of important designers like Aloísio Magalhães and Alexandre Wollner; projects
mass-participation.
and publications accomplished by students, like “Zebras Caolhas,” by Priscila
Overcoming all previous editions in number of entries (2,100),
Farias; reflexive portfolios and actions by entrepreneurs, like the magazine
categories (17) and projects exhibited (369), and conceived, from
“Tempo,” by the office located in the capital of São Paulo with the same name, or the book “Ver é Compreender,” by the company Pós-Imagem, established
the beginning, to be itinerated throughout Brazil, the Biennial
in the city of Rio de Janeiro.
Exhibition was consolidated as the most representative exhibition of
Timidity was expressed by the small attendance of internet professionals and
the field in Brazil and as the key for understanding its directions
projects selected outside the Rio-São Paulo region, which did not reach 10% of the total.
André Stolarski
The quantity and quality of the directions presented at the Biennial Exhibition
The diversity – a complex one, which is not limited to the apparent difference
were certain: the popularization of means of visual production, the dissemi-
between the exhibited projects – is the most important hint of this inquiry. It
nation of design courses and the multiplication of contacts with fields of plas-
may be understood in two ways. The first one is aesthetic, poetic. One of the
tic arts, publicity, architecture, fashion, music, literature and other non-pro-
most important criteria of the event’s selective exhibition, established in the
fessional fields (which are usually ignored in the attempt of establishing an
previous edition by curator Francisco Homem de Mello to guide the jury’s
exclusive extent of the performance of designers) are proving to be more
work, is to aim at showing as many projects that, with their excellence, con-
useful than harmful.
tribute for the development of knowledge, repertory, method and technology,
If the strength of the production in this exhibition is inedited, each aspect
as projects that contribute for the expansion of the limits of languages with
leads to the belief that it will be expanded in the next editions, which makes
which designers cope when disassembling common-places and taming
the event overcome problems that prevent it from being, indeed, a great exhi-
uncommon grounds. Such balance handles a great dilemma that is typical of
bition. Some of them are uncertain and mostly due to the natural limits of the
the profession and is one of the strongest features of the exhibition.
heroic efforts of their organizers, who, this time, offered additional work for
The first group displayed projects like the identity of Claro and of the
organizing simultaneously the annual meeting of the International Council of
Pasteur Institute. The second group displayed projects such as the 3T+1H
Graphic Design Associations (ICOGRADA).
exhibition, by Epigram, which explores the confusion between art and
The setting (especially the torturing lowness of the display windows and the
architecture, text and image, design and communication; or the acid
discreet delimitation of the exhibition-in-space categories) and the approach
FinalFont, by the Rex studio, in which each character is composed by 36
of the information on the projects (in special the absence of individual
variations of itself, in order to completely solve the “secular doubt that
comments, which are showed only in the catalogue), are obstacles that
weaken the Biennial Exhibition and distance it from the general public.
and transposes it to his projects, inspired by “constructions” such as the
Another more serious problem concerns the event’s structure. The Exhibition
human eye (Planetarium in Valencia), the wings of a bird (WTC Terminal;
was set by a class association (organized in themes more linked to produc-
Milwaukee Art Museum) and trees (Oriente Station, Lisbon).
tion goods than to reflexive categories) which depends on the entries of inter-
At the age of 53, he already has a remarkable production of works all around
ested individuals and on the judgment of a jury. In an analogy with plastic arts, it is closer to the salon than to the curatorial exhibition, closer to triage than to research, closer to the display window than to the essay. If, on the one hand, it is difficult to produce an exhibition of such importance,
Europe and has been recently “discovered” in the United States, where he has one project concluded and two in progress. Ambitious, Santiago endeavours to excel in each new work and affirms: “There are no hints to follow. I wish to be like a ship on sea: behind is the wake, and nothing is ahead.”
on the other hand it is necessary to admit that the result lacks a more articulated discourse, able to offer the visitor more generous resources to incentive the reading of the set of exhibited projects. It could be said the exhibition would have been way more involving if the
TENERIFE AUDITORIUM ARCHITECTURE AS SCENERY
selection criteria mentioned above were transformed into expositive categories that, among many other names, could be called “Design of excellence,” “Language investigation,” “New fields” and “Reasoning design.”
The first work of Calatrava devoted to performing arts is located in
In any case, the valuable features of the Biennial Exhibition are a great offer
the city of Santa Cruz de Tenerife, Canary Islands, Spain. Easily
for the production of countless derived projects that, through the stimulation
recognizable, the building is impressive for its dramatic forms and
of comments and reflection, might be, after all, the wisest way of making a
“stopped movement”, having already become, few months after the
much better use deserved by its gigantic potential.
conclusion of its construction, one of the city’s symbols
MASTERS OF ARCHITECTURE: SANTIAGO CALATRAVA
Winnie Bastian
Situated on a promontory facing the sea, the Tenerife Auditorium is located between the Santa Cruz port and the new Marine Park, designed to help revi-
MOVEMENT ARCHITECTURE Sculptor, engineer, architect.
talize a coastal strip that has been the site of industrial plants and oil refineries. The Government of Tenerife requested Calatrava to design a monumental and
Known throughout the world for the scenic impact of his structures, Santiago
dynamic building that would not only be a place for music and culture, but
Calatrava Valls was born in Valencia, Spain, in 1951. When a child, he attended
also create a focal point for the 2-hectare area.
the Arts and Crafts School of Valencia. He graduated in architecture from the
Externally, the building is formed by “shells” in white concrete, covered by an
University of Valencia in 1973. Two years later, the artist started his doc-
independent structure similar to a wave. Such dramatic curve, which became
torate in civil engineering at the Federal Institute of Technology (ETH), in
the auditorium’s mark, rises up to 58 meters high in relation to the concert hall.
Zurich, Switzerland, receiving his PhD in 1979.
The building’s form comes from the study of the human eye and lid, a recur-
After completing his studies, Calatrava became an assistant at the ETH and
rent motto in Calatrava’s work. “The eye is the true tool of an architect, and
started to accept small projects and participate of competitions, opening his
this idea ascends Babylonians,” he explains.
own office in Zurich in 1981. His first winning project, in 1983, was for the
The complex comprises a concert hall (1,660 seats) and a chamber music hall
Stadelhofen railway station, in Zurich. One year later, he designed and built
(428 seats). The chamber music hall, the technical facilities, the general ser-
the Bach de Roda Bridge for the Olympic Games in Barcelona; it was the
vices and the dressing rooms are located within the stepped plinth, made of
beginning of his reputation as a creator of unusual bridges. The TGV station of the Lyon-Satolas Airport (1989-1994), however, was one of the achievements that contributed the most for his international reputation. During that period, he opened his second office in Paris (1989), in order to facilitate the execution of the project and work. The same happened in 1991, when another branch of his firm was opened in Valencia, in occasion of the competition for the project of the City of Arts and Sciences buildings, still being constructed. The feeling of movement has been regular in Calatrava’s work. At the
basalt (the local volcanic stone). Side arches in concrete (50 meters wide each) frame the glazed public entrances. The main access to the concert hall is located on a raised plaza, beneath the concrete shell of the roof. Although administrative and service areas are air-conditioned, public foyers and circulation areas profit from the island’s pleasant climate: they are naturally ventilated by inducing a flow of air through the glazed areas beneath and between the building’s concrete shells.
Milwaukee Art Museum, though, the building really moves through a complex
The wing, a pure sculpturing gesture in steel and concrete, was pre-manu-
system of louvers.
factured in Seville and transported to Santa Cruz in 17 pieces, of which the
Besides movement, nature is a recurrent theme in the projects of the archi-
biggest weighs 60 tons.
tect-engineer, who searches for a new formal expression in the combination
Designed to rest upon only five points (one of them holds 3,500 tons and the
of organic lines and technological innovation. Calatrava observes the reality
other four hold between 400 and 500 tons each), the wing combines two
finishes: white concrete on the inferior part and trencadis – traditional Spanish
exhibitions (1,500 square meters), an educational center with a 300-seat lec-
mosaic made of broken ceramic tiles – on the superior one. The 18-thousand
ture room, and a gift shop. The restaurant, located on a focal point of the pavillion,
square meters of broken tiles came from Valencia.
offers a panoramic view of the lake.
Although Calatrava practices his profession in Zurich, many of his references
Constructive curiosities: the building consumed 36,160 tons of concrete, rein-
are Spanish or, more specifically, linked to Catalonian architects and artists.
forced with 2,100 tons of steel bars; only 6% of the 915 glass panels utilized
“Being completely modest, we can affirm that our work is a natural continu-
are vertical; the other ones are inclined, curved or both inclined and curved
ation of Gaudí and Gonzalez’s work, a performance of artisans progressing
at the same time.
towards abstract art,” said the architect on an interview in June 1997, cited in the book “Santiago Calatrava,” by Philip Jodidio, edited by Taschen.
INTERMODAL STATION WTC – New York, USA
Besides the remarkable exterior, the building surprises for its acoustic solu-
With an estimated investment of two billion dollars, the project will be con-
tions: the two halls were designed for different performances and situations,
structed in the context of the master plan developed by Daniel Libeskind for
and the foyer that separates them creates an acoustic isolation that allows the
the area of the World Trade Center.
realization of simultaneous events. The walls on the back of the chamber
The transport center will link, through a train, the south of Manhattan to the
music hall are covered by horizontal wooden laths over glass fiber. On the
neighbor state of New Jersey and will connect fourteen subway lines, with
inside of the concert hall, it is the opposite: wooden paneling with forms that
ferry boat services that cross the Hudson River and maybe with a future rail-
resemble crystals are covered by glass fiber; such assembly system has “win-
road connection with the J. F. Kennedy Airport.
dows” that open and close, exposing glass fiber or wood, according to the
Again Calatrava incorporates kinetic structures in his architecture: the pavillion
acoustic demand of the event. Another ingenious resource: instead of curtains,
in steel and glass is crowned by two intercrossing foils, similarly to the wings
the stage has a screen with vertical aluminum “slats,” which, when opened –
of a bird, that can, in the same way, move thanks to a sophisticated hydraulic
or better, raised – work as acoustic reflectors over the orchestra area.
system, allowing better ventilation during the summer.
It is exactly the proposal of unusual solution for daily problems, combined with
Natural light is one of the main elements of the project and will reach the plat-
the use of dramatic forms and advanced technology, which makes Santiago
forms thanks to the glazed arched roof that encompasses the station,
Calatrava one of the greatest professionals of contemporary architecture. An archi-
covering the wide foyer that will comprise services for users and mechanized
tect who balances the accuracy of an engineer and the freedom of a sculptor.
accesses to the platforms. Inside the building, 18 thousand square meters will be used for commercial
OTHER PROJECTS:
activities and for the platform on the lower level.
MILWAUKEE ART MUSEUM – Milwaukee, USA
The terminal is to be inaugurated in 2009, although it might be open for use
Calatrava’s first project in the USA, the pavilion created for the expansion of
at the end of 2006, substituting the temporary station that has worked since
MAM is located on the boards of Lake Michigan.
November 2003.
He proposed a construction in continuation of the Wisconsin Avenue, the main street of the center of Milwaukee. The museum is connected to the avenue by
OLYMPIC SPORT COMPLEX – Athens, Greece
a 76-meter-long suspended pedestrian bridge – “an arm extended to the city,”
It is about the remodeling of the already-existent Athens Olympic Stadium
in Calatrava’s words –, which crosses Lincoln Memorial Drive and offer direct
(OAKA), its infrastructure and access chain, being currently executed for the
access to the pavilion.
2004 Olympic Games. With an estimation of a 21-million-euro cost, the project
The new building adds 13,200 square meters to the 14,900 square meters existent
intends to integrate the competition areas to the surroundings, make them
in the buildings designed by Eero Saarinen (1957) and David Kahler (1975).
easy to access and create leisure spaces related to sport and culture.
The museum’s main entrance leads to a parabolic reception hall, with a glass
The project’s concept is based on the use of three main elements: Olympic
cladding and a 27.43-meter ceiling-height. On the top of this glazed hall there
Venues (the different sportive facilities), Back of House (the service areas that
is a kinetic louver in steel and glass, partly responsible for the huge reper-
provide infrastructure for the facilities) and Common Domain (all areas acces-
cussion of the project on international media. It is a 90-ton structure with 72
sible to the spectators after the entrance of each sportive venue).
movable elements (ranging from 1.9 to 32 meters long), similar to the wings of
The execution will demand 15 thousand tons of steel and add to the existent
a bird, which open and close to control the entrance of light and heat in the building
stadium an ambitious movable roof in arch, with 304 meters from point to
– the movement is also performed daily at noon, for visitors’ enjoyment.
point, built in steel and glass.
The museum also incorporates elements inspired by its lakefront location,
Calatrava intended to make something different than the constructions of the
such as the louvers and the soaring mast, inspired by the form of a sailboat.
cities that previously sited the games, once Athens is the starting venue of the
“I have worked to infuse the building with certain sensitivity to the culture of
Modern Olympic Games. “We thought of introducing spaces with water, stones
the lake,” says Calatrava.
and earth, creating places of great dimensions such as plazas and a market,”
On the ground floor, the expansion comprises the hall, galleries for temporary
the architect explained.
Decoração: no caso do aço inox colorido, em especial a aplicação é ampla, como em revestimentos internos e externos; elementos arquitetônicos; esculturas; luminárias; peças e acessórios de banheiros e cozinhas; eletrodomésticos; cutelaria; e muito mais;
Corrimãos: oferece longa vida, é seguro e resistente
Mobiliário urbano: requer pouca manutenção, facilidade de limpeza principalmente na remoção de pichações
Campo Visual Comunicação
Portas e entradas (fachadas) de lojas: é atrativo do ponto de vista estético, resistente ao fogo e à corrosão