Informativo Nhá Chica n º 52 by Prod

Impresso Especial 9912282533/2011 - DR/MG

Associação Beneficente Nhá Chica CORREIOS

Órgão Oficial da Associação Beneficente Nhá Chica - Baependi - MG / Ano V - Nº 52 - abril de 2012

“Oh, Páscoa, Magnífica e Sagrada, Oh, Cristo! Força e palavra de Deus! Permita a nós nos unirmos completamente a Tí no dia infinito do Teu Reino” São João Crisóstomo

As Irmãs Franciscanas do Senhor, colaboradores e crianças da ABNC desejam a você e sua família uma

Feliz e Santa Páscoa! Peregrinos de Nhá Chica Romeiros de Baependi e região se unem em caminhada orante pela Beatificação de Nhá Chica. Veja a matéria especial sobre a Peregrinação

Informativo Nhá Chica - Notícias do Santuário e da ABNC - abril de 2012

Expediente Nhá Chica Informativo

Notícias do Santuário e da ABNC

abril de 2012 - Ano V - Nº 52 Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor Província Brasil / Bolívia Provincial Madre Cristina Alves Ribeiro Diretora da ABNC Irmã Claudine Ribeiro Vice-Diretora da ABNC Irmã Gertrudes das Candeias Conselho de Comunicação da ABNC Irmã Sandra Aparecida Gontijo Francisco Joaquim de Siqueira Flávia Maria Maciel Neves Yolanda Aparecida Fernandes Eduardo Luiz Magalhães Brochado Programação Visual Nádia Ferreira Vilas Boas Editor / Jornalista Responsável Sérgio Monteiro Mtb 7697/02 CTP e Impressão Gráfica e Editora Novo Mundo São Lourenço - MG Tiragem 5 mil exemplares Associação Beneficente Nhá Chica - ABNC Rua da Conceição, 165 - Centro Baependi - MG / CEP: 37.443-000 Tel. (35) 3343-1077 Fax. (35) 3343-1661 E-mail: contato@nhachica.org.br Website: www.nhachica.org.br

Irmãs Franciscanas do Senhor 126 anos promovendo a Paz e o Bem

Opinião Para nós, cristãos e católicos de todo o mundo, a chegada da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo é uma data extremamente especial e fundamental para fortalecer nossa esperança em Cristo Salvador. Ainda mais em 2012, quando, em outubro, se iniciará o Ano da Fé. Na Páscoa, fazemos memória da Morte e Ressurreição de Cristo. Já há algum tempo muitos têm se esquecido do profundo significado da festa da Páscoa. Até porque a versão secular desta data é apenas comercial e não religiosa. Este momento solene e fundamental na vivência e na fé cristã, quando Jesus vence a morte, cumpre fielmente o que Deus projetou para a redenção da humanidade. O Cordeiro de Deus, que morreu por nós, agora volta aos braços do Pai como maior intercessor e expiador de nossos pecados. Seu sacrifício expiatório, a fé e a nossa obediência precedem à plena libertação. A Páscoa deve ser celebrada por nós com profunda reverência. Afinal, Cristo é a nossa Páscoa. Sua vida foi posta como cordeiro que, sendo morto, derramou seu sangue em favor de muitos. A nossa libertação espiritual plena foi conquistada por Cristo. São João Batista o chamou de “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (cf. Jo 1,29). São Paulo disse que Ele é a nossa Páscoa (1Co 5,7). Sendo esta a mais importante festa do Ano Litúrgico, centro dos mistérios da vida de Nosso Senhor, devemos buscar na Confissão de nossos pecados e na Comunhão a demonstração do nosso amor e do nosso Sim por Jesus Sacramentado. E nesta Confissão para a Comunhão Pascal somos impelidos a fazer um bom exame de consciência e a estar aptos para recebermos a graça da conversão.

Também em abril, nossas mentes e corações se voltam para o dia 26, quando se completam 202 anos do batismo da Venerável Francisca de Paula de Jesus. Próxima da honra dos altares - com o processo de beatificação em fase final na Santa Sé - Nhá Chica tem recebido cada vez mais e maiores manifestações de fé do povo de Deus peregrinos no caminho da conversão rezando por Nhá Chica. Recentemente, uma grande manifestação foi a caminhada de devotos de Baependi, cidade escolhida pela Venerável para viver a santidade, quando estes peregrinaram em direção ao Santuário, rezando e agradecendo. Vivemos um momento de graça e de alegria, com as bênçãos de Deus em nossos corações. Por isso tudo, ao fazermos memória neste abril tão especial, acima de tudo, do Sacrifico do Filho de Deus que morreu como homem e foi ressuscitado para nos salvar, devemos, cada vez mais, peregrinar num encontro especial na busca pela santidade, possível a cada um de nós. Quando entendemos que nossa Páscoa é Cristo, não podemos jamais esquecer o significado da Páscoa; e foi por isso que Jesus nos ensinou a cear, com a seguinte admoestação, “... fazei isto em memória de mim” (Lucas 22, 19). A memória deste acontecimento nos permite a certeza da libertação do pecado, da morte e da miséria em que vivemos. Jesus Cristo nos garantiu este alívio em nossa peregrinação terrena: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas” (Mateus 11,28-29).

Espaço dos Leitores Olá! Com muita alegria quero agradecer o jornal que vocês sempre me enviam! Parabéns pelas mensagens e edição do jornal. Fico muito feliz com as graças que surgem por intermédio da Venerável Nhá Chica. Queira Deus que, em breve, a vejamos como Beata. Parabéns às Irmãs Franciscanas pelo trabalho pastoral e de divulgação da causa. Que Deus e Nhá Chica possam abençoar a todos(as)! Thiago Felipe Lima da Mata Salvador - BA

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Nhá Chica

Rua da Conceição, 165 - Centro - Caixa Postal 15 - CEP:37443-000 Baependi - MG - Brasil - Fone: (35) 3343-1077 - Fax: 3343-1661 www.nhachica.org.br / e-mail: contato@nhachica.org.br

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Irmãs Franciscanas do Senhor recebem documentos da Beatificação de Nhá Chica Fazer memória do Batismo de Nhá Chica é reavivar a fé no coração

m recente encontro em São Paulo (SP), Irmã Claudine Ribeiro, diretora da Associação Beneficente Nhá Chica, recebeu das mãos do Postulador da Causa de Beatificação de Francisca de Paula de Jesus, Dr. Paolo Vilotta, importantes documentos do processo que elevará Nhá Chica à honra dos altares. Um destes documentos é o reconhecimento, por parte da Santa Sé, da vida de virtudes heroicas vivida pela Venerável Serva de Deus. Este reconhecimento oficial aconteceu em 14 de janeiro de 2011. O documento é assinado pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato. Também foi entregue a Irmã Claudine um livro onde estão registrados todos os levantamentos, contendo depoimentos, exames e pareceres médicos de Ana Lúcia Meirelles Leite, a miraculada, cuja cura de um problema cardíaco foi aceita pela Santa Sé como milagre por intercessão de Nhá Chica. Em outubro de 2011, a comissão de médicos do Vaticano, reunida para avaliar este milagre de cura, deu parecer favorável, por unanimidade, ao concluir que o restabelecimento da professora havia ocorrido por intercessão da Venerável Serva de Deus. Segundo os sete especialistas, a cura não tem explicação científica. A Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor, fundada na Itália em 1885, está presente no Brasil desde 1954 e é a guardiã do legado espiritual de Nhá Chica. As religiosas dirigem a instituição que leva o nome de Associação Beneficente Nhá Chica e estão junto com toda a Igreja à frente do processo de beatificação da Venerável Serva de Deus. Agora, o processo de beatificação segue para nova etapa, com o parecer dos cardeais. A última parte está a cargo do Santo Padre, o Papa Bento XVI, que deverá promulgar o decreto de beatificação e anunciar a data da cerimônia festiva. Neste momento, as Irmãs Franciscanas do Senhor pedem que os fiéis intensifiquem as orações na intenção de que Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica, possa ser “elevada à honra dos altares” na hora e no momento que forem da vontade de Deus.

O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta de entrada no Espírito e também o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado original e regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados a sua Igreja e feitos participantes de sua missão: “Baptismus est sacramentum regenerationis per aquam in verbo”: ‘O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra’. Para restaurar na alma a graça perdida, Jesus instituiu o Sacramento do Batismo. Através do Batismo, a alma passa a participar da própria vida de Deus e a essa participação chamamos Graça Santificante. Batizar quer dizer lavar, mergulhar. É o ponto de partida da vida de cristão. É o primeiro sacramento que recebemos. É o sinal que nos indica qual é o nosso compromisso. O batismo tem significado para o cristão, visto que este assume os compromissos que dele derivam. Ao receber o batismo, o cristão recebe vida nova. Esta nova vida é o compromisso que ele deve vivenciar na família e na comunidade. Sem essa vivência o batismo de nada valerá. Para relembrar este fato fundamental na vida de Nhá Chica, em abril de 2010 as celebrações dos 200 anos do Batismo da Venerável Francisca de Paula de Jesus foram realizadas com grande intensidade. O ano jubilar foi marcado por um tríduo preparatório que antecedeu o aniversário de 200 anos do Batismo de Nhá Chica, celebrado em 26 de abril. Naquele ano foi lançado também um “Selo Personalizado” para marcar data tão especial. O selo foi acompanhado de um carimbo comemorativo. Ambos ficaram disponíveis para colecionadores e foram usados naquele ano em agências dos Correios. A cerimônia de lançamento aconteceu no dia 26 de fevereiro de 2010, na sede da Associação Beneficente Nhá Chica. Também naquele mesmo dia, as Irmãs Franciscanas do Senhor homenagearam, numa cerimônia emocionante, com a entrega da Comenda Nhá Chica, personalidades que, de alguma forma, têm um forte envolvimento com a história de santidade da Serva de Deus e com a obra de ajuda aos mais necessitados iniciada por ela e resgatada pela Congregação. Precisamente no dia 26 de abril de 2010 uma solene Celebração Eucarística fez memória do dia do início da peregrinação de Nhá Chica pelos caminhos da santidade. Ao longo daquele ano de 2010, diversas outras celebrações, como a Festa da Páscoa de Nhá Chica, em 14 de junho, e o dia de Nossa Senhora da Conceição, em dezembro, também marcaram a data especial. Celebrar agora, neste 26 de abril, os 202 anos do Batismo de Nhá Chica é fazer, mais uma vez, um resgate dos primeiros passos da Venerável no peregrinar em busca da santidade. O acontecimento histórico é confirmado em toda a pesquisa realizada para a formação do processo de beatificação de Nhá Chica. No lugar onde Francisca de Paula de Jesus nasceu - Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, distrito de São João delRei (MG) - existe até hoje a Pia Batismal onde a Venerável foi batizada. Foi ali que Nhá Chica teve seu primeiro chamado à santidade, com o sacramento do Batismo. Um local que marca o início da história de vida e fé desta mulher humilde, que, ainda na infância, mudou-se para Baependi (MG) com sua mãe e seu irmão e levou uma vida dedicada a Nossa Senhora da Conceição, a quem ela sempre rezava com muita fé.

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Peregrinação: uma santa viagem Que alegria quando me disseram: vamos para a casa do Senhor (Sl 122, 1)

Uma ação de fé, realizada sempre em direção a um lugar sagrado, que se constitui num memorial de acontecimentos, e num momento especial para se dar graças a Deus. Assim podese definir uma verdadeira peregrinação. No sentido espiritual, o ato de peregrinar permite que o caminhante sinta a experiência da presença e ação de Deus junto dos que Nele confiam. A peregrinação confunde-se com a própria história do cristianismo. Ela reproduz a condição do homem, que gosta de descrever a sua própria existência como um caminho e de viver na “condição peculiar de ‘homo viator’ (homem que caminha)”. Estas palavras são do Papa João Paulo II, na bula de proclamação do Jubileu de 2000. As primeiras peregrinações do cristianismo datam do início do século IV e tinham por destino a Terra Santa. As peregrinações também começaram a desenvolver-se a locais onde estavam enterrados santos, apóstolos, mártires, ou, ainda, a locais onde a Santíssima Virgem Maria apareceu aos olhos humanos. E é sempre em busca deste encontro que milhares de devotos da Venerável Serva de Deus Nhá Chica saem de suas casas e peregrinam em direção ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição, pedindo graças e agradecendo pelo que Deus proporcionou a cada um destes. Peregrinar não é simplesmente caminhar na direção de um determinado lugar, mas fazê-lo movido por algo muito importante, determinante para a vida do peregrino. E é justamente com este sentimento que os devotos se achegam em busca de oração e fé. Isto sim caracteriza a peregrinação. Alguns realizam este ato buscando o próprio sentido de sua existência, como uma

viagem interior. Nhá Chica também foi peregrina tanto física quanto espiritualmente. Saiu de sua terra natal e andou por trilhas e caminhos junto com sua mãe e irmão, até chegar a Baependi, onde viveu toda sua santidade. Ela experimentou qualidades da existência humana comum, a vida em sociedade, o amor humano, a vida dedicada à religião. Aceitou não somente sua própria comunidade, à qual peregrinou para encontrar, mas também sua própria sociedade, seus amigos, sua cultura, e toda a humanidade. Ao se descobrir em uma nova vida, não permaneceu ligada a um conjunto limitado de valores que havia recebido. Viveu como católica, de forma universal, aberta às mudanças de seu tempo e às necessidades do seu peregrinar para se encontrar com Deus. Converteu-se de fato. E para ser um peregrino autêntico é preciso, primeiramente, passar pela conversão. Desde o mundo antigo, as peregrinações (per agros, de origem latina, significa ‘pelos campos’), sob o ângulo histórico e religioso, consistiam em jornadas realizadas individualmente ou em grupo para um determinado lugar consagrado, em busca desse encontro com Deus. A peregrinação é também uma antiga expressão da nostalgia do coração humano pela transcendência. É uma das experiências fundamentais do Antigo Testamento e a encontramos no cristianismo e em todas as religiões do mundo como busca espiritual, chamada para a memória e celebração dos valores mais altos e, sobretudo, de Deus. Outra importante experiência espiritual ao longo de uma peregrinação é a possibilidade de um encontro com

Maria. Ela espera-nos para nos dizer que compreende, que sabe muito bem o muito que nos custa caminhar. Porque Maria também soube dos sabores e dissabores do Caminho. De Nazaré a Belém... De Belém ao Egito... Do Egito a Nazaré. E dali para Jerusalém. E, neste caminhar, Maria está presente como “a que é feliz porque acreditou”, como a que avançava na peregrinação da fé, participando, como nenhuma outra criatura, do mistério de Cristo. Assim como Nhá Chica, que chamava a Mãe de Deus de “minha Sinhá’, na certeza da sua intercessão junto ao Pai, hoje os cristãos se espelham nessa fé inabalável da Venerável Francisca de Paula de Jesus em Maria. A Mãe de Deus, ao largo de todos os caminhos que vamos percorrendo, vai ao nosso encontro para nos animar a continuar.

Informativo Nhá Chica - Notícias do Santuário e da ABNC - abril de 2012 Uma peregrinação deve ser sempre pela busca de Deus, finalidade de expressão e alimento da fé e da devoção. Todo homem é um ser em caminho. Esta característica humana exprime-se e alimenta-se quer na viagem existencial de cada pessoa, que percorre um itinerário ao longo do seu tempo de vida, quer nas múltiplas viagens que ela realiza pelas estradas do mundo, por necessidades e interesses vários. Um dos motivos para a viagem é a fé. O homem põese ao caminho à procura de Deus ou atraído para o encontro com Ele, como diz uma inscrição na Basílica de S. João de Latrão, em Roma: “Tu atraíste-nos para Ti, Senhor, e inflamaste os nossos corações”. Quando o peregrino parte movido pela fé, animado de verdadeiro espírito cristão, em resposta a um apelo e impulso divinos, então pode-se dizer que ele faz uma “santa viagem”. Desta forma, adora Deus, põe-se à escuta da Sua voz, manifesta o seu amor e a sua fé para com Deus e cultiva a sua espiritualidade. Mas o peregrinar em busca desse encontro espiritual pode ser realizado também de outras formas para os que não podem se deslocar, de fato, por um caminho. A oração e a penitência são os meios mais imediatos para realizar uma peregrinação, esteja o fiel onde estiver. Os peregrinos devem praticar tais ações de várias formas, associando atitudes e palavras. Andar longas ou pequenas distâncias a pé, caminhar de joelhos em direção a uma capela; o cumprimento de promessas de súplica e de gratidão, a oração do rosário e de outras preces, invocações e fórmulas constituem um leque de múltiplas expressões de fé e devoção dos peregrinos, mesmo que não estejam andando em um caminho de fato. A peregrinação é “momento e parábola do caminho” para a eternidade. Através dela se manifesta e se alimenta o desejo de Deus e da plenitude da vida que n’Ele se encontra. O peregrino sabe que, aqui na terra, não temos morada permanente (cf Hb 13,14), pelo que, independen-

temente da meta imediata de se chegar a um santuário, avança através do deserto da vida em direção ao Céu, a verdadeira Terra Prometida, a sua Pátria e morada eterna. A experiência, por exemplo, do caminhar para um santuário, como podem fazer os devotos de Nhá Chica, aviva a consciência da transitoriedade da vida temporal e fortalece a esperança na vida eterna. No percurso e na experiência espiritual do lugar santo, o peregrino faz a sua caminhada de conversão. É neste momento que cada peregrino parte, deixando atrás, pelo menos durante esse breve período de tempo, todas as coisas que, por vontade de Deus, devem estar no cotidiano. Durante a peregrinação devem ocupar-se apenas de uma coisa, do que é indispensável, do que dá significado a tudo. A peregrinação é, sem dúvida, um tempo em que se convive e conversa unicamente com o sentido de todo o nosso caminho humano, o aproximar-se de Deus Pai. O caminho exterior torna-se expressão e estímulo da busca interior, como muito bem o exprimiu o salmista peregrino de Jerusalém: “Como são amáveis tuas moradas, ó Senhor do universo! A minha alma suspira e tem saudade dos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne cantam de alegria ao Deus vivo!” (Sl 84, 2-3).

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Peregrinos de Nhá Chica No domingo, 26 de fevereiro, devotos da Venerável Francisca de Paula de Jesus promoveram uma peregrinação onde juntos rezaram pela Beatificação de Nhá Chica. Milhares de pessoas das mais diversas localidades de Baependi, cidade escolhida pela Venerável para viver a Santidade, além de romeiros de outras localidades da região se dirigiram a Igreja de Nossa Senhora da Conceição num ato de fé e devoção.

Este segundo grupo reunia 55 pessoas, todas dos bairros Gamarra e Recreio (22 km do centro de Baependi). Dona Maria, de 72 anos, era a mais idosa que compunha o grupo. Unidos, vieram rezando exclusivamente pela beatificação de Nhá Chica. Um dos peregrinos, Sr. Paulo, que saiu do Centro, onde mora, para se juntar à caminhada na zona rural, disse: “Poucas pessoas no mundo são privilegiadas como nós, por caminhar e rezar pela beatificação de alguém”.

Peregrinos que saíram do bairro Belém (19 km do centro de Baependi). A caminhada começou às 03:50 h. A família, composta por 5 pessoas, dentre elas uma criança de 1 ano e 3 meses, participa unida pela 2ª vez. Após completarem a primeira parte do percurso, aguardavam mais grupos que vinham de outros bairros.

Outro grupo de peregrinos era formado por aproximadamente 17 pessoas, com participação de várias crianças acompanhadas dos pais. Todos do bairro Belém (19 km do centro de Baependi). Quando a reportagem os encontrou já eram 04:20 h. Eles saíram de suas casas às 03:30 h.

Ainda de madrugada, quatro mulheres que também peregrinaram até o ponto de encontro, esperando um grupo maior já formado pelas diversas comunidades. Fé, coragem e determinação para rezar por Nhá Chica. Às 05:15 horas, o encontro com este quarto grupo, que veio do bairro da Índia. Formado por 45 pessoas, saíram às 4 h. de casa. Estavam participando da caminhada pela segunda vez. O coordenador desta comunidade é Robson dos Reis: “Nossa comunidade se reúne uma vez por semana para rezar pela beatificação de Nhá Chica”. A pessoa mais idosa tem 75 anos e o mais novo, Gabriel, com apenas 4 meses. A mãe do bebê, Jussimeire, disse que no ano passado não participou porque estava grávida, mas que agora vem com o filho ao colo. São quatro gerações da mesma família na peregrinação: bisavó, avó, mãe e o pequeno Gabriel.

Grupo da comunidade Cachoeirinha, também enfrentando a madrugada para peregrinar rumo ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição.

Informativo Nhá Chica - Notícias do Santuário e da ABNC - abril de 2012 Ponto de Encontro dos diversos grupos que vinham da zona rural: Congonhal, Vargem, São Pedro, Farias, Vargem Grande, Piracicaba, Chapéu, Pinhal, Serra do Juju e algumas pessoas vindas de bairros urbanos: comunidades da Palmeira, Cohab e inclusive da região central.

A devota Janaína foi organizadora de uma van que saiu do centro até o bairro São Pedro. A caminhada começou às 02:30 h. “É uma alegria ter participado desta peregrinação. Viemos caminhando em oração e tranquilidade.”

Moradores do centro da cidade que foram até o bairro Chapéu, que fica há mais de 22 km de distância. Entre os peregrinos, Glauber Arantes Pereira, VicePrefeito de Baependi e devoto de Nhá Chica. “Esta é uma experiência de fé, de peregrino e de devoto. É muita emoção; difícil dizer em palavras. Pretendo continuar realizando esta caminhada sempre que puder. Nos faz perceber que podemos sempre ser mais humildes, mais caridosos. É uma alegria muito grande estar aqui hoje. E vamos, unidos, rezando pela beatificação de Nhá Chica, num sentimento de amor e alegria por aquela que é exemplo de vida e santidade para todos nós”. Peregrinos de diversas localidades chegando ao ponto de encontro.

A caminhada segue do ponto de encontro, ainda na zona rural, em direção ao centro, onde todos se reuniram para a procissão rumo ao Santuário.

Ana Lúcia de Lima Santos – moradora no centro. Ela foi ao bairro São Pedro para fazer a caminhada. Saiu de lá às 02:30 h. “Foi boa a experiência, um tempo que dediquei a Deus. A fé nos dá mais confiança e perseverança. Fui motivada a participar desta peregrinação devido à cura do meu filho, Gustavo”.

Matheus Felipe de Paula Cambraia, 16 anos, é da região central. Foi à zona rural, no Bairro da Vargem, saiu por volta das 22 h e peregrinou o tempo inteiro levando a imagem de Nhá Chica.

Padre José Roberto de Souza, atual pároco na Paróquia São Sebastião, em Varginha (MG), idealizador da peregrinação, juntamente com a comunidade do Bairro Pinhal. “Naquele momento, vimos que, assim como outras cidades fazem romarias ao Santuário, o povo de Baependi poderia também fazer o mesmo” - relembra. O Padre saiu desta vez da localidade da Cachoeira do Juju, às 21:30 h com um grupo de 20 pessoas.”Sinto-me feliz porque a comunidade de Baependi manifesta sua fé e devoção pela Venerável Nhá Chica. Peregrinar para mim é uma experiência da busca de Deus, da santidade e da conversão. É muito interessante ver esta comunidade reunida, fazendo esta peregrinação; todos motivados pela fé.” Aos devotos de Nhá Chica o sacerdote admoesta: “Não se cansem de buscar a santidade, a exemplo de Nhá Chica”.

Chegada ao centro da cidade, no local de encontro, para iniciar a procissão rumo ao Santuário. Os devotos de Nhá Chica foram recebidos pela equipe do grupo ECC (Encontro de Casais com Cristo), da comunidade de Baependi, com um delicioso café da manhã.

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A Chegada ao Santuário Após horas em peregrinação, vindos em oração dos mais distantes pontos do município de Baependi, devotos chegam ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição. Uma prova de amor e fé em Nhá Chica e devoção a Nossa Senhora da Conceição, no exemplo da Venerável Serva de Deus.

A Celebração Eucarística aconteceu na quadra da Associação Beneficente Nhá Chica. Mais de quatro mil pessoas acompanhavam emocionadas a celebração. Presidida pelo Padre José Roberto de Souza e concelebrada pelo Pároco de Baependi, Padre José Douglas Baroni, e pelo Vigário Paroquial, Padre Elberson de Andrade.

Momento de grande alegria, quando a imagem de Nossa Senhora da Conceição, que pertenceu a Nhá Chica, é trazida para o meio do povo. Em seguida, são exibidos os documentos oficiais, enviados pelo Vaticano, do reconhecimento das Virtudes Heroicas de Francisca de Paula de Jesus e da aprovação do milagre.

O senhor Jair da Silva, vindo do bairro Belém, emocionado ao chegar ao Santuário, afirma: “Venho todos os domingos, mas, hoje, sair caminhando com os meus amigos lá de onde moro e estar aqui, vendo este lugar cheio de gente, é muita emoção. Participei da primeira caminhada, estive hoje e, se Deus quiser, vou estar no ano que vem também”.

No túmulo da Venerável Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica, todos rezam unidos por sua beatificação, com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, que pertenceu a Nhá Chica. Os fiéis emocionados vão às lágrimas com os dizeres do Pároco de Baependi, Padre Douglas Baroni: “Vamos rezar com a imagem que viu a face da Venerável; com a imagem que Nhá Chica beijou, hoje aqui conosco”. “Esta foi a primeira vez que participei. E no próximo ano, se Deus quiser, vou estar aqui de novo. A fé em Nhá Chica me levou hoje a estar nesta caminhada. Uma fé muito grande. E estas notícias de que a beatificação está próxima então nos trazem mais felicidade ainda. A gente aproveita a caminhada para refletir sobre a vida, pedir e agradecer a Deus por tudo. É uma paz! Fazer uma peregrinação como esta é muito pouco pelo tanto que Nhá Chica faz pela gente” – disse a dona de casa Marlúcia Xavier Prudente.

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Peregrinando junto ao povo de Deus em busca da Santidade Os Padres da Paróquia de Santa Maria, em Baependi, e as Irmãs Franciscanas do Senhor estiveram junto ao povo de Deus na recente peregrinação que os devotos de Nhá Chica promoveram rumo ao Santuário, para rezar pedindo a beatificação da Venerável. Padre Douglas Baroni disse: É um tempo oportuno, por estarmos na Quaresma, tempo de penitência, de conversão e de crermos no Santo Evangelho, para realizarmos esta peregrinação, que foi idealizada pelo antigo Pároco, Padre José Roberto de Souza, como forma de demonstrar que a Igreja tem essa continuidade. Ela não tem ruptura, ela é fiel na comunhão, na sua participação plena e verdadeira. Fazer parte desta segunda caminhada é poder peregrinar com a Igreja que, dia a dia, nos demonstra os traços de santidade de Nhá Chica. Nós bem sabemos que estamos a caminho de uma grande e breve notícia da beatificação. É um momento significativo e especial de estar celebrando, aqui nesta Paróquia, o tempo de Graça, o tempo oportuno de Deus. Este peregrinar se torna um dia de Ação de Graças, para afirmarmos que nós amamos Nhá Chica. Aqui ela se santificou, andou por estas ruas, por estes mesmos caminhos que hoje fizemos. Que seja hoje um pedido a Deus de conversão, mas também um louvor àquela que nos ensina a ter fé mesmo diante das intempéries e dificuldades da vida. Por isso, Venerável Serva de Deus Nhá Chica, rogai por nós!

“Hoje estamos peregrinando em busca da santidade, da possibilidade de santidade, assim como foi para com a leiga Nhá Chica, hoje representando esta possibilidade numa caminhada. Estamos respondendo o pedido de Jesus: ‘Sede santos, como vosso Pai do Céu é santo!’ Importante percebermos que a santidade é algo possível também para nós, homens pecadores. Ser santo é ser amigo de Deus. E isto observamos em toda a vida da Venerável Serva de Deus Nhá Chica. Foi amiga de Deus em ação e também na intimidade, na hora de sua oração. Foi também amiga dos pobres, sendo capaz de perceber Deus na pessoa do sofredor. A todos acolheu e sempre tratou com respeito, dignidade e amor, mostrando que amar a Deus é servir ao próximo. Nesta peregrinação de hoje, o que nós queremos é mostrar que nós podemos ser santos, que devemos buscar a santidade, que a meta de todo cristão é a santidade, e não desanimarmos nesta caminhada, pois somos tentados em todos os momentos, somos afligidos por todos os lados. Mas devemos caminhar com esta segurança de que Jesus é o nosso Mestre, nosso pastor. E tendo Jesus como nosso guia, nós queremos chegar ao Pai e buscar esta santidade de vida, dando exemplo e testemunho” – afirmou Padre Elberson de Andrade.

Irmã Claudine Ribeiro falou que é uma grande alegria recebermos sempre todos os devotos e peregrinos que chegam a este Santuário. Sempre pedimos e exortamos a todos - devotos, romeiros, sejam estes de Baependi e também de todos os lugares do Brasil e do mundo, que nos visitam - para que rezem com muita fé pela beatificação de Nhá Chica. E viver este encontro tão especial, saber que todos vêm em busca de se reencontrar com Deus, pela intercessão de Nossa Senhora da Conceição e de Nhá Chica, nos enche de alegria e de orgulho. Ver este povo unido, fazendo o que a nossa Venerável Nhá Chica sempre fazia, ou seja, rezar e pedir e agradecer a Deus por tudo o que Ele nos concede é, sem dúvida, um momento especial. Ainda mais num dia tão importante como foi o desta peregrinação, que aconteceu no primeiro domingo da Quaresma. Há anos que nós, Irmãs Franciscanas do Senhor, junto com todo este povo, rezamos com fé, no exemplo de Nhá Chica, esperando com isso ver as coisas que vão acontecendo em seu tempo, conforme a vontade de Deus. Vivemos um momento de graça, quando a beatificação se aproxima. É mais do que nunca, agora, que todos nós, devotos e fieis da Venerável Francisca de Paula de Jesus, devemos nos ajoelhar e dizer sem medo: Obrigado, Senhor!

Coral da ABNC canta em dia especial

A presença do Coral da ABNC, formado por crianças e adolescentes atendidos na instituição, abrilhantou a Celebração Eucarística do dia da Peregrinação. A participação do coral, assim como de todas as crianças que frequentam a ABNC, faz parte do projeto pedagógico deste ano, quando, em pelo menos um domingo de cada mês, elas estarão presentes e participando das missas no Santuário.

Informativo Nhá Chica - Notícias do Santuário e da ABNC - abril de 2012

Relatos de Graças Alcançadas Meu pedido foi atendido, mas continuarei rezando a Nhá Chica Há 4 anos estive aqui sozinha e pedi a Nhá Chica que intercedesse a Deus para que meu marido começasse a trabalhar, já que tínhamos comprado uma Kombi ano 92. Prometi que rezaria todos os dias para ela. Hoje estou aqui agradecendo, pois, uma semana depois que estive aqui, meu marido começou a trabalhar e hoje já estamos com outra Kombi mais nova (ano 2006). Vim hoje acompanhada do meu marido para agradecermos juntos. Continuarei rezando a Nhá Chica todos os dias. Amém! Edna e Rafael

Iremos a Baependi para agradecer pela graça que alcançamos

Minha mãe vai até Baependi para agradecer

Venho testemunhar a graça que recebi pela intercessão da querida “Santinha” Nhá Chica. Pedi um novo emprego para o meu filho, Adolfo Faria de Paula Junior, e a graça aconteceu! Ele começou a trabalhar no dia 13 de fevereiro. É um ótimo trabalho e ele está muito agradecido. Obrigada, querida Nhá Chica. Já fomos ao Santuário por duas vezes e agora vamos voltar para agradecer. Mandamos a nossa contribuição todos os meses, pois gostamos muito dessa obra. Que Deus abençoe muito todos vocês aí da Associação. Continuem rezando por nós! Um forte abraço.

Estava com minha mãe em coma, desenganada pelos médicos. Como os mesmos me disseram, ela sobreviveria só por milagre. Foi quando ganhei uma oração de Nhá Chica e fiquei sabendo da sua força e fé. Rezei em todos os 50 dias em que minha mãe ficou na UTI, até ir para o quarto sem risco de vida. Agora vou levar minha mãe até Baependi para conhecer um pouco da vida de quem intercedeu por sua recuperação.

Dalva Maria e família

Rilton Luiz Peres Mococa – SP

Estou realizando um sonho que levou 23 anos para acontecer Sou professora de Inglês e Português da rede pública estadual desde 1989, tendo começado minha carreira aos 18 anos. Hoje tenho 41 anos e 23 de carreira. Ocorre que, durante todos esses anos, eu nunca havia tido a oportunidade de prestar um concurso para poder ser professora efetiva. Foi quando surgiu a minha primeira oportunidade em 2010. Eu passei no concurso e fui chamada para fazer curso de formação em 2011. Prestei prova do curso de formação e também passei. Mas, em 7 de janeiro de 2012, fui impedida de empossar meu cargo pelo departamento de perícias médicas, pois desde 2007 passei a sofrer de ansiedade e possuía 3 licenças pela psiquiatria; a ansiedade causava-me taquicardias fortíssimas e eu era obrigada a afastarme de meu trabalho. O psiquiatra do DPME, além de considerar-me inapta para o trabalho, escreveu um laudo injusto a respeito da minha saúde mental, que acabava com qualquer possibilidade de reconsideração. Eu não desisti e no dia 10 de janeiro de 2012 entrei com o pedido de reconsideração, mas sem nenhuma esperança - só um milagre poderia fazer o DPME dar-me um parecer favorável, e eu já não acreditava mais nem em milagre. Eu havia ganhado uma imagem de Nhá Chica de minha irmã, mas a imagem estava guardada em meu guarda-roupa há muitos anos. Foi quando olhei para Nhá Chica e resolvi lhe fazer uma promessa se ela me alcançasse o milagre de que precisava. No dia 14 de janeiro, o DPME publicou no Diário Oficial um novo agendamento de perícia médica para mim, a ser realizada em 23 de janeiro, na qual fui submetida ao parecer de três psiquiatras, analisando-me individualmente. E o impossível aconteceu. A justiça foi feita por intercessão de Nhá Chica. Eles consideraram-me APTA e estou realizando um sonho que levou 23 anos para acontecer. Obrigada, Nhá Chica. Que o Vaticano reconheça mais este milagre e a beatifique. Milena de Sousa Lima São Paulo - SP

Informativo Nhá Chica - Notícias do Santuário e da ABNC - abril de 2012

Relatos de Graças Alcançadas Graças pela recuperação de Daniel Um dia antes de Daniel nascer eu sofri um sangramento. Logo comecei a rezar uma novena, pedindo a proteção de Nhá Chica. No dia seguinte, Daniel nasceu com o cordão umbilical envolto no pescoço, o que lhe provocou uma parada cardíaca, além de também ter aspirado água na hora do parto, o que lhe provocou uma pneumonia. O bebê ficou na UTI neonatal em Ubá (MG), pois era um pouco prematuro. Meu irmão, que mora na cidade de Passa Quatro (MG), quando soube da notícia, também começou a fazer uma novena a Nhá Chica, unindo-se a mim em oração. Daniel ficou durante sete dias no hospital e voltou para casa muito bem de saúde, sem nenhuma sequela. Hoje venho agradecer a Nhá Chica por sua intercessão a Deus nesta graça e deixar aqui registrado este meu testemunho.

NHÁ CHICA

Lélia Aparecida da Silva Santos Dumont – MG

Nhá Chica continua nos ensinando o valor de uma fé viva e atuante Iniciei a Novena de Nhá Chica no dia 7 de fevereiro último, pedindo sua intercessão pela venda de um estabelecimento comercial. Passados apenas três dias, o negócio foi feito. Agradeço por sua intercessão e rezo todos os dias pela sua beatificação! Nhá Chica continua nos ensinando o valor de uma fé viva e atuante. Ela é uma poderosa intercessora. Obrigado! André Luiz Prezzi Campinas - SP

a d a ç ê c n vo ca l , a e t a a ç Rel sua gra ra da o h , n e m sa S s o ndo u N també m e d o rio te a

ORAÇÃO PELA BEATIFICAÇÃO DE

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Ó Pai, que mostrais a Bondade e a Sabedoria do Vosso Filho Jesus, naquelas pessoas que O procuram seguir, e que “ocultais as novidades do Reino aos sábios e inteligentes, e as revelais aos pequeninos”, nós Vos pedimos que a Igreja possa reconhecer oficialmente as virtudes de amor ao próximo, de fé profunda e de grande sabedoria de vida que concedestes à Vossa filha e servidora Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica. Por ter sido de uma vida exemplar, fiel seguidora de Jesus Cristo, devota de Maria Santíssima, e de grande amor à Igreja, nós Vos pedimos que, pela sua valiosa intercessão, Vós nos concedais a graça de que mais temos necessidade. Concedei-nos também, ó Pai, que a seu exemplo, o nosso coração esteja cheio de ardente amor a Vós e ao nosso semelhante. Tudo isso Vos pedimos por intermédio de Jesus Cristo, Vosso Filho, em união com o Espírito Santo. Amém.

+ Dom fr. Diamantino Prata de Carvalho, ofm. Bispo Diocesano de Campanha MG, 04/10/1998 Lembre-se das palavras de Nhá Chica: ”Isto acontece porque rezo com fé”.

Rosário de Nossa Senhora da Conceição Reza-se nas contas do Pai Nosso Aflita vos vistes Senhora, Aflita aos pés da Cruz, Aflita estou eu agora, Valei-me ó mãe de Jesus! Reza-se nas contas da Ave Maria Ó Virgem da Conceição, Valei-me nesta ocasião! Oração a Nossa Senhora da Conceição Ó Maria Imaculada, Senhora da Conceição, Filha predileta do Eterno e Divino Pai, Mãe Santíssima do Eterno Divino Filho, Esposa Imaculada do Espírito Santo, Nossa Senhora pela devoção e amor terníssimo que para convosco teve a serva de Deus, Francisca de Paula de Jesus, erguendo em vossa honra uma capela, intercedei junto à Santíssima Trindade e alcançai-nos as graças que com viva fé vos pedimos.Ó nossa boa mãe do Céu, não nos abandoneis. Protegei-nos, defendei-nos, salvai-nos. Assim seja.

Informativo Nhá Chica - Notícias do Santuário e da ABNC - abril de 2012

Ressurreição de Nosso Senhor Jesus: o alicerce de toda a Fé Cristã Páscoa cristã celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. Por sua Páscoa, Jesus fez-nos passar do pecado para a graça da vida plena. Com a celebração do tríduo pascal, culminando na vigília do sábado para o domingo, nós iniciamos o Tempo Pascal. Na realidade, o evento pascal ilumina e motiva toda a vida cristã. É central em nossa espiritualidade. Por isso mesmo, “fazer Páscoa” anualmente é essencial para o cristão poder viver o seu dia-a-dia alimentado pela presença do Cristo Vivo e Ressuscitado. Jesus, o bom Pastor, revela o amor do Pai, doando a própria vida pelas ovelhas, conduzindoas no caminho da salvação. Ele nos reúne para formarmos um só rebanho congregado em seu amor. Somos chamados a colaborar para que todos tenham vida em abundância. A imagem do pastor, conhecida especialmente através dos profetas e salmos (Is 40,11; Jr 23; Ez 34; Sl 23 e 80), expressa a relação de Deus com o povo ao longo da história. Por meio da vida e obra do Messias, Deus se revela como o verdadeiro pastor. Enquanto o mercenário foge diante do lobo, Jesus cuida e defende o rebanho até dar a própria vida. Ele é o bom pastor - Salmo 118 (117). Os judeus inicialmente celebravam a Páscoa numa festa de pastores que imolavam animais, ou seja, ofereciam-nos em sacrifício para agradecer e pedir fecundidade para o rebanho. Passou, algum tempo depois, a significar também o agradecimento a Deus pelos frutos da terra e o pedido de fertilidade para os campos. E, finalmente, o símbolo da passagem de Deus no Egito, poupando as casas dos israelitas no momento em que o povo eleito estava para ser libertado da escravidão. Após o exílio babilônico, a Páscoa se tornou a festa por excelência, uma das grandes peregrinações do ano litúrgico. O povo lembra o processo de libertação e a presença de Deus no meio deles. Os profetas anunciaram o Messias como aquele que tiraria o povo da situação de escravidão. A Páscoa hebraica é justamente este memorial da libertação da escravidão do Egito e previa anualmente o rito da imolação do cordeiro, um cordeiro por família, segundo a prescrição de Moisés. E a nossa Páscoa nos dias de hoje tem este mesmo significado de libertação. Após Deus enviar seu Filho como um cordeiro a ser sacrificado ou imolado na cruz, para tirar os pecados do mundo, permite que a nossa libertação do pecado e da morte seja alcançada. Precisamos deste sacrifício e da nossa fé nesta salvação, alicerçada na ressurreição de Jesus, que venceu a morte para alcançarmos também a glória junto ao Pai.

Cristo Jesus foi sacrificado e morto exatamente na hora em que era costume imolar os cordeiros no Templo de Jerusalém. O sentido deste seu sacrifício tinha-o antecipado. Ele mesmo, durante a Última Ceia, substituiu-Se – sob os sinais do pão e do vinho – aos alimentos rituais da refeição na Páscoa hebraica. Jesus levou ao cumprimento a tradição da antiga Páscoa e transformou-a na Sua Páscoa. Portanto, desde quando Jesus instituiu a celebração dessa nova Páscoa até os dias de hoje, este deve ser o momento especial de se fazer memória de todo o Sacrifício de Cristo por nós e desta grande possibilidade de conversão e salvação. É um tempo que nos convida a morrermos com Cristo, para com Ele entrarmos na vida nova por Ele inaugurada (Rm 6,8). É uma nova e eterna aliança no sangue de Cristo, vencendo o pecado, que causa morte, e levando a pessoa humana para a vida eterna. Jesus conduz seus discípulos à fé verdadeira. O gesto de Jesus que abençoa, parte e oferece o pão (Lc 24,30) recorda sua vida compartilhada ao longo de seu ministério. A palavra do Senhor se concretiza na Eucaristia, através do amor e partilha solidária. Os discípulos, desde o princípio do cristianismo, anunciam o Senhor que passou fazendo o bem, colocando suas vidas a serviço do Evangelho (Atos 10,34a.37). Neste contexto, o Apóstolo São Paulo ressalta ainda que ressuscitamos com Cristo para vivermos a vida nova da graça. Pelo batismo, participamos de sua vitória sobre a morte, que se manifesta em nós através das obras (Colossenses 3,l-4). É a busca pela renovação pela fé. A vivência do mistério pascal requer abandonar o velho fermento do pecado, da maldade ou da iniquidade, para nos tornarmos pães ázimos de sinceridade e de verdade (ICor 5,7-8). O Apóstolo refere-se a um antigo costume hebraico, segundo o qual, por ocasião da Páscoa, era preciso eliminar de casa todo e qualquer resto de pão fermentado. Por um lado, isto constituía uma recordação do que tinha acontecido aos seus antepassados no momento da fuga do Egito: saindo às pressas do país, tinham levado consigo apenas fogaças não fermentadas. Mas, por outro, os ázimos eram símbolo de purificação: eliminar o que era velho para dar espaço ao novo. O buscar o novo, nos dias de hoje, permite ao humano pecador e errante inaugurar a vida nova com o novo fermento da graça e da fidelidade a Cristo. A ordem de Jesus “Fazei isto em memória de mim” vai muito além de mera repetição ritual comemorativa da Última Ceia. O cristão que busca a salvação encontra os frutos da Paixão, Mor-

te e Ressurreição do Senhor. Na Eucaristia, Jesus se dá como alimento. Ele é o verdadeiro alimento da nossa peregrinação em busca do Reino definitivo. Quando celebramos o mistério da entrega total de Cristo por nós, nos comprometemos a dar nossa vida como oferta agradável ao Senhor. São João Crisóstomo, teólogo e escritor cristão, Arcebispo de Constantinopla no fim do século IV, disse em uma de suas homilias sobre a Páscoa: “Quem tiver piedade e amor a Deus, regozige-se nesta gloriosa e brilhante festa. Quem for servo bom, entre e alegre-se no gozo de seu Senhor. Quem suportou a fadiga do jejum, receba agora a recompensa; quem trabalhou desde a primeira hora, receba hoje o seu justo salário. Quem veio após a terceira hora, festeje com gratidão. Quem chegou após a sexta hora, entre sem hesitar, porque não será renegado. Quem atrasou-se até a nona hora, venha sem receio e medo”. Esta é uma das missões do cristão: manter-se fiel a esta fé que resulta na crença de que Cristo é única fonte de salvação e ainda peregrinar pelo mundo como exemplo a ser seguido, incentivando outros com ações e virtudes, para que também busquem a salvação, possível a todos. A espiritualidade pascal não se restringe a este tempo de celebração. Necessariamente expande-se por todo o ano litúrgico e se desdobra nas diferentes celebrações do mistério de Cristo, na certeza de que “se morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele. Sabemos que Cristo, ressuscitado dos mortos, não morre mais. A morte não tem mais poder sobre Ele. Pois aquele que morreu, morreu para o pecado, uma vez por todas, e aquele que vive, vive para Deus. Assim, vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, no Cristo Jesus” (Rm 6,8-11). Sendo assim, a vivência pós Páscoa continua. Devemos ressuscitar para sermos um povo novo, marcado pelo amor. Hoje também Jesus está presente no meio de nós como quando percorria as estradas da Galileia. Podemos vê-lo com os olhos do coração e reconhecê-lo nas pessoas que encontramos na estrada da vida. Unidos às pessoas de Deus, com seus exemplos de santidade alcançável por todos como foi a vida da Venerável Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica - temos em Jesus ressuscitado uma dádiva de Deus Pai. Que cresça em cada um de nós a consciência de que somos também filhos de Deus, dispostos a testemunhar o amor Dele entre todos que caminham conosco, num compromisso missionário de testemunhar o seu Filho àqueles que ainda não O conhecem. Amém.