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Venha fazer negócios! Empresários portugueses estarão no Rio de Janeiro interessados em oportunidades de negócios.
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OPORTUNIDADES Patrocinar e participar ativamente do evento Assistir as palestras e participar do almoço Participar da rodada de negócios Anunciar na revista oficial do evento
NOSSO OBJETIVO Ajudar sua empresa a abordar o mercado europeu, através de Portugal.
APRESE NTAÇÃO
Os Encontros Empresariais, realizados a cada 2 anos com a iniciativa do Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil sempre foram notas bem marcantes de sucesso e êxito. Tais eventos contaram, nas suas diversas versões, com a presença de empresários de sucesso no Universo Lusófono, além de lideranças políticas dos Países Membros da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, entre Presidentes, Ministros de Estado, Governadores, Prefeitos, Diplomatas e Câmaras Portuguesas de outros países das Américas, Europa, África e Ásia.
Rio de Janeiro - Brasil | 16 de setembro de 2011 O evento terá por objetivo apresentar o estado atual das relações comerciais e do fluxo de investimentos, por meio de pronunciamentos e exposições de autoridades, representantes e técnicos de ambos os governos, bem como do empresariado, apontando entraves, soluções e oportunidades para o comércio e investimentos bilaterais. A ampliação do fluxo de exportações e a geração de saldos comerciais, temas que serão abordados e discutidos no encontro, contribuem para a manutenção do nível de atividade e para o crescimento da economia e coincidem com os objetivos de aceleração do crescimento, objetivados por ambos os governos. Inscrições e programa de trabalho atualizado, no site: www.6negociosbrasilportugal.com
RODADA DE NEGÓCIOS A organização do evento oferece a oportunidade aos empresários brasileiros e portugueses interessados em estabelecer parcerias, desenvolver negócios ou constituir “joint-ventures”, participarem da rodada de negócios. Inscrições no site: www.6negociosbrasilportugal.com
O AMBIENTE DE NEGÓCIOS
O ambiente de negócios luso-brasileiros no espaço intercomunitário da União Européia e Mercosul Após duas décadas de negociações, que incluem avanços e retrocessos, a União Européia e o Mercosul estão prestes a fechar um dos mais audaciosos acordos de livre-comércio já fechado entre dois blocos econômicos. A despeito das atuais dificuldades enfrentadas na zona do euro, as oportunidades existentes a médio e longo prazo existem e trabalhar em cima delas exigem conhecimento aprofundado sobre esses dois importantes mercados regionais. Em 2010, as exportações do Mercosul para a União Européia foram de US$ 56,1 bilhões e corresponderam a uma participação de 23,7% sobre o total das vendas do Mercosul (extra-bloco). Na comparação com 2009, houve crescimento de 24,3%. No mesmo período, as importações somaram US$ 50,1 bilhões, com avanço de 37% sobre o ano de 2009, e equivaleu a uma participação, coincidentemente igual, de 23,7% do total das compras extra-bloco. Com estes resultados, houve superávit de US$ 6 bilhões para o bloco dos países sul-americanos e a corrente de comércio totalizou US$ 106,2 bilhões. Dentro deste cenário, verifica-se as relações bilaterais de comércio exterior e investimentos luso-brasileiras e as condições existentes para que ambos os países consigam usufruir das vantagens que surgirão com o fechamento do acordo de livre comércio. Brasil torna-se player global de peso Nos últimos anos, o Brasil vem se consolidando como um dos mais importantes players globais. Em dez anos, as exportações do país deram um salto de 263%, ao passar de US$ 55,1 bilhões em volumes negociados em 2000 para os quase us$ 202 bilhões em 2010. O marco deste upgrade pode ser considerado o ano de 2003, já que, entre os anos 2000 e 2002, o comércio exterior brasileiro manteve regularidade herdada dos anos 90. Vários agentes contribuíram para esta evolução. Trata-se de um processo que começa no início dos anos 90, quando o país abriu o mercado para as aquisições do exterior. O principal deles foram os fortes investimentos no agronegócio, que teve um boom auxiliado pelo aumento da demanda internacional. Investimentos em setores como automobilístico e o aeronáutico também ajudaram a aprimorar e ampliar o parque industrial brasileiro. Há que se considerar que boa parte do aumento das exportações se deve ao aumento das importações, que ajudaram a alavancar a competitividade do setor industrial e a sua capacidade de exportação. O principal indicativo do nível de maturidade alcançado pelo Brasil, na última década, foi a expansão da corrente de comércio registrada no período. Em 2000, a soma de tudo o que foi exportado e importado no Brasil era de US$ 111 bilhões. Em 2010, esta cifra superou us$ 383 bilhões (crescimento de 345%). O aumento da corrente de comércio mostra a intensificação da abertura da economia brasileira e significa uma posição mais confortável para enfrentar ajustes econômicos ocasionados por crises externas - a exemplo do que aconteceu em 2008. O saldo comercial seguiu pelo mesmo caminho. O Brasil saiu de um saldo negativo de US$ 700 milhões em 2000 para US$ 20 bilhões positivos em 2010, com um ápice de US$ 44,9 bilhões em 2005. Em termos de produtos, a diversificação foi realmente pequena. O Brasil continua forte exportador de matérias primas, sobretudo na venda de alimentos para o exterior. Em 2009, houve uma queda muito grande do preço das commodities, depois de um crescimento especulativo anterior a 2008. Mas, a tendência é que os preços e a
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demanda por alimentos continuem em ascendência para os próximos anos, o que pode impulsionar ainda mais as vendas externas do agronegócio brasileiro. Quanto às exportações de produtos manufaturados, eles responderam, em 2010, por 53,4% das vendas ao exterior, uma participação menor que os 74,5% de 2000. Mesmo assim, nessa evolução do comércio exterior, o Brasil aprimorou os manufaturados ao tirar proveito do maior intercâmbio tecnológico. O destino das exportações também teve maior diversificação nos últimos anos. O país aumentou presença dos seus produtos para países da América Latina e Caribe, África, Leste Europeu e Ásia. Contudo, em 2010, a União Européia ficou em terceiro lugar como destino das exportações brasileiras, atrás de Ásia e América Latina. Em relação às importações, a União Européia segue como o segundo maior fornecedor ao mercado comprador brasileiro, vendendo ao mercado brasileiro o total de US$ 39,12 bilhões, em 2010, com 21,5% de share. Dentro da Zona do Euro, a Alemanha apareceu como o principal parceiro comercial do Brasil em 2010. Recuperação do comércio exterior português O comércio exterior português apresentou evolução favorável no ano de 2010, com aumento das exportações em 16% em relação a 2009, atingindo a cifra de 37 bilhões de euros. As importações também registraram crescimento, marcando 10,5% a mais em relação ao ano anterior, totalizando 57 bilhões de euros. O resultado positivo verificou-se em 21 dos 22 principais mercados de destino, que absorveram, nos últimos três anos, mais de 85% das exportações totais portuguesas. Angola foi a exceção. Segundo dados do governo português, as exportações para mercados fora da União Européia aumentaram 18% e dentro do bloco, 15%. A União Européia absorveu 75% das exportações lusas. Apesar do desempenho positivo, a balança comercial portuguesa continuou a apresentar saldo negativo de 20 bilhões de euros. A Espanha continua a ser o principal cliente português. Em 2010, as importações espanholas aumentaram 1 bilhão de euros, chegando a 10 bilhões de euros, ou 27% do total vendido por Portugal ao exterior. Seguiram-se Alemanha (13%), França (12%), Reino Unido (5%) e Angola (5%). A Espanha foi, também, o principal fornecedor de Portugal. Vendeu ao país 18 bilhões de euros (31% das importações portuguesas). Seguiram-se Alemanha (14%), França (7%), Itália (6%) e os Países Baixos (5%). Face à crise econômico-financeira, o bom desempenho do comércio exterior animou o Governo português, não obstante a persistência de elevado saldo negativo na balança comercial. Melhor desempenho exportador não será, contudo, suficiente para evitar eventual recurso do país ao FMI e ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF). Deteriora-se rapidamente a classificação de risco da dívida portuguesa. Além de saldar o passivo comercial, Portugal teria de apresentar resultados muito acima da média. Primeiro: tornar o comércio exterior superavitário. Segundo: produzir superávit capaz de efeito notável sobre as contas do país. Do que exporta, a Europa absorve 75%. Do que importa, fornece 76%. Aparecem como compradores importantes, Angola, EUA e Brasil e, como principais fornecedores, China, Nigéria e Brasil. As exportações originalmente portuguesas (excluído o comércio intrafirmas envolvendo as filiais das multinacionais instaladas no país) continuam, com todos esses países, ancoradas em produtos primários ou com baixo valor agregado.
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Comércio bilateral O Brasil passou, em 2010, de 11º a 10º importador mais relevante de Portugal. As exportações portuguesas ao Brasil aumentaram 34% em relação a 2009 e as exportações brasileiras a Portugal 18% no mesmo período. O País ocupa também a 10ª posição entre os fornecedores de Portugal. O Brasil é hoje o terceiro comprador extracomunitário de Portugal, atrás de Angola e EUA, e o 3º fornecedor depois de Nigéria e China. Assim, é considerado pelas autoridades portuguesas como alvo prioritário à diversificação do comércio exterior do país. A crise financeira oferecerá, eventualmente, oportunidades para ampliar a pauta e as parcerias do comércio bilateral. Haja vista, por exemplo, o aumento da participação dos vinhos portugueses nas importações brasileiras, apesar da nossa proximidade de Chile e Argentina, parceiros do Brasil no Mercosul. Também a participação de empresas portuguesas de energia (EDP e Martifer) e telecomunicações (PT-Oi) no Brasil poderiam contribuir para o adensamento e qualificação do comércio bilateral. Em sentido contrário, a construção de fábrica da Embraer em Évora e as parcerias entre a Petrobras, a Galp e a Partex também poderiam favorecer novas correntes de cooperação e de comércio. Para reforçar sua presença no mercado brasileiro, a AICEP Portugal Global (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), promoverá campanha de imagem, destinada à mudança na pauta tradicional de exportações portuguesas para o mundo, hoje 65% concentrada em produtos ou serviços que incorporariam, segundo a AICEP, tecnologia média ou alta. Ocorre, entretanto, em Portugal situação semelhante à do Brasil: a indústria aqui instalada é parte do processo de transformação de multinacionais em escala mundial. Assim, Portugal atende primordialmente à União Européia e ancilarmente a mercados extracomunitários, segundo a estratégia das matrizes. Entre as dez principais firmas exportadoras instaladas em Portugal, somente duas são portuguesas: Petrogal (Petróleos de Portugal, empresa do grupo da Galp Energia) e Portucel Soporcel (celulose e papel). As demais são: Autoeuropa, Continental Mabor, Repsol, Bosch Car, Peugeot Citroen, Somincor e Philip Morris Internacional Management. Os principais produtos no comércio com o Brasil continuam a ser os tradicionais: azeite, bacalhau e vinho (são igualmente relevantes os derivados). Também as exportações brasileiras a Portugal concentram-se em produtos primários (petróleo e produtos alimentares). O potencial de mudança na qualidade do comércio apresenta-se, em princípio, reduzido e a possibilidade de sua modificação, a partir de investimentos feitos por empresas de serviços, está para ser comprovada. Vale lembrar que, à exceção da fábrica da Embraer a ser instalada em Évora, as demais empresas brasileiras de porte representadas em Portugal são grandes construtoras.
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RJ: Retomada econômica Júlio Bueno, Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro disse estar otimista em relação ao futuro da economia do estado do Rio de Janeiro. Segundo ele, o Rio está vivendo um momento especial, e citou estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), no qual informa que o estado receberá investimentos de US$ 80 bilhões para os próximos anos. “O Rio de Janeiro passa por um processo de retomada econômica”. Ele fez, também, menção à importância da descoberta de reservas de petróleo na camada pré-sal para o incremento econômico fluminense. “A descoberta do pré-sal é, talvez, o fato mais relevante visto nos últimos quinze anos no setor de petróleo e gás. E o epicentro dessa descoberta é o Rio de Janeiro”, disse. Bueno afirmou que o processo de produção de óleo trará em seu bojo vultosos investimentos nos setores de siderurgia, petroquímica e logística. Além desses setores, o secretário disse, ainda, que o Rio de Janeiro vem atraindo empresas de outros ramos da economia, como o automobilístico e o de cosméticos. “Os eventos esportivos – Jogos Militares, Copa das Confederações, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos - servirão para que haja investimentos em várias áreas como o de telecomunicações e o da tecnologia da informação”, previu. Na questão da administração pública, Bueno disse que as finanças do estado estão em ordem o que fez com que o Rio alcançasse o título de “investment grade” das principais agências de “rating internacionais”, acrescentando que o Rio também está tendo sucesso no combate à criminalidade.
RAIO-X das relações bilaterais Brasil - Portugal Economia e Comércio Exterior de Portugal Portugal registrou PIB de US$ 233,5 bilhões em 2009, situando-se como a 35ª economia mundial e a décima da Zona do Euro. Nesse ano, o PIB do país assinalou declínio real de 2,6% como reflexo da crise financeira mundial deflagrada em fins de 2008. Anote-se que no período a economia mundial apresentou retração de 0,6% e a zona do Euro, retrocesso de 3,2%. A população de Portugal registra contingente de 10,6 milhões de habitantes, garantindo ao país renda per capita equivalente de US$ 22 mil, cifra inferior à média da Zona do Euro (US$ 39 mil), porém, significativamente mais alta que a brasileira (US$ 8,2mil) e que a média da América Latina e Caribe (US$ 7,1 mil). O quadro econômico negativo vigente em 2009 repercutiu no desempenho do comércio exterior de Portugal, com quedas de 22,6% nas suas exportações e de 23,0% nas importações, interrompendo uma sequência de seis anos consecutivos de acréscimos mais expressivos em ambos os fluxos de comércio. O perfil da balança comercial de Portugal mostra uma série histórica de déficits, os quais se ampliaram moderadamente no período mais recente. Em 2008, o déficit comercial atingiu US$ 34,2 bilhões, caindo no ano seguinte para US$ 26,0 bilhões por conta do menor impulso do comércio externo do país. Exportação/Importação No tocante à composição das exportações de Portugal, destaca-se a liderança das
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vendas de veículos e partes, que somaram US$ 4,9 bilhões, representando participação de 11,3% sobre o total das exportações em 2009 (US$ 43,4 bilhões). Na sequência, aparecem: Têxteis e confecções (US$ 4,8 bilhões; participação de 11,1%), Material elétrico e eletrônico (US$ 3,8 bilhões; 8,8%), Máquinas e equipamentos mecânicos (US$ 3,2 bilhões, 7,4%), Produtos siderúrgicos (US$ 2,2 bilhões, 5,1%), Combustíveis minerais (US$ 2,2 bilhões, 5,1%), Plásticos e obras (US$ 1,9 bilhão, 4,3%), Calçados e partes (US$ 1,7 bilhão, 4,0%), Papel e cartão (US$ 1,5 bilhão, 3,5%) Móveis e partes (US$ 1,4 milhão, 3,2%). Comércio Brasil Portugal O intercâmbio bilateral entre Brasil e Portugal apresenta uma superioridade crescente das exportações brasileiras frente as suas importações entre 2000 e 2007, reduzindo essa diferença nos dois últimos anos da série, porém, mantendo a condição historicamente favorável ao Brasil. Anote-se que o superávit brasileiro saltou de US$ 210 milhões em 2000 para US$ 1,46 bilhão em 2007, recuando para US$ 1,11 bilhão e US$ 842 milhões em 2008 e 2009, respectivamente. No tocante à pauta brasileira de exportação para Portugal, a sua composição revela a preponderância de produtos básicos, os quais responderam por 66,5% do total, cabendo aos industrializados, parcela de 30,5% (24,1% de manufaturados e 6,4% de semimanufaturados). Na comparação com o período antecedente, as três categorias apresentaram decréscimos: básicos (-26,5%), manufaturados (-22,6%) e semimanufaturados (-21,9%). Os principais produtos exportados para Portugal em 2009 foram: Petróleo em bruto (total de US$ 439,1 milhões e participação de 34,4% na pauta), Soja em grão (US$ 275,8 milhões, 21,6%), Laminados planos (US$ 82,5 milhões, 6,5%), Polímeros plásticos (US$ 50,3 milhões, 3,9%), Minério de ferro (US$ 32,7 milhões, 2,6%), Açúcar em bruto (US$ 32,2 milhões, 2,5%), Calçados e partes (US$ 22,2 milhões, 1,7%), Fumo em folhas (US$ 20,3 milhões, 1,6%), Partes de motores para automóveis (US$ 19,4 milhões, 1,5%) e madeira serrada (US$ 14,3 milhões, 1,1%). Decompondo-se a pauta de importações, destacam-se como principais itens adquiridos em 2009: Azeite de oliva (US$ 116,5 milhões, correspondendo 26,8% da pauta total); Minério de cobre e concentrados (US$ 38,4 milhões, 8,8%); Bacalhau (US$ 29,7 milhões, 6,8%); Vinho (US$ 24,0 milhões, 5,5%); Peras frescas (US$ 14,9 milhões, 3,4%); Autopeças (US$ 11,0 milhões, 2,5%); Aquecedores e secadores (US$ 10,0 milhões, 2,3%);
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Chapas e folhas de plástico (US$ 9,4 milhões, 2,2%); Aparelhos de proteção e interrupção de energia (US$ 8,4 milhões, 1,9%). Sob a ótica das unidades federativas brasileiras no comércio com Portugal, sobressaem-se, pelo lado das exportações, as vendas do estado do Rio de Janeiro, sendo representadas substancialmente por petróleo em bruto. As exportações fluminenses a Portugal somaram US$ 521 milhões em 2009, significando 40,8% do total das vendas do País. Desse montante, US$ 439 milhões (84%) corresponderam aos embarques de petróleo. Sucedem ao Rio de Janeiro, os estados de São Paulo (com exportações de US$ 114 milhões, 9,0% do total), Mato Grosso (US$ 112 milhões, 8,8%), Minas Gerais (US$ 99 milhões, 7,7%), Rio Grande do Sul (US$ 83 milhões, 6,5%), Maranhão (US$ 68 milhões, 5,3%), Paraná (US$ 50 milhões, 3,9%), Bahia (US$ 49 milhões, 3,9%), Santa Catarina (US$ 31 milhões, 2,4%) e Goiás (US$ 26 milhões, 2,1%). No que diz respeito às importações, a liderança destacada é de São Paulo, cujas aquisições atingiram US$ 176 milhões em 2009, representando 40,5% total do País. A seguir, destacam-se: Rio de Janeiro (US$ 52 milhões, 11,9%), Santa Catarina (US$ 45 milhões), Bahia (US$ 43 milhões, 10,0%), Paraná (US$ 30 milhões, 6,9%), Espírito Santo (US$ 24 milhões, 5,5%), Rio Grande do Sul (US$ 16 milhões, 3,6%), Pernambuco (US$ 13 milhões, 2,9%), Minas Gerais (US$ 12 milhões, 2,8%) e Amazonas (US$ 6,3 milhões, 1,5%).
As relações econômicas luso-brasileiras: oportunidades e desafios O Presidente do Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio do Brasil, Rômulo Alexandre Soares classifica como boa a relação luso-brasileira, e deu como prova dessa realidade os bons números da corrente de investimentos nos dois países. No entanto, ele alertou que no comércio exterior ainda há muito que fazer. Para ele, se em termos de transporte aeroviário, há vôos diários, o mesmo não se dá no transporte marítimo, no qual há poucos navios que ligam os dois países. “Não há dúvida de que a logística é um aspecto relevante na formação de custo para o comércio”. O presidente do CCPCB informou que a entidade, entendendo a necessidade de aumentar o fluxo de comércio entre os dois países, encomendou estudo à FUNCEX (Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior) para identificar o perfil das importações e exportações na relação dos dois países. O estudo detectou os produtos que Portugal tem competitividade internacional e descobriu que a exportação chega a cifra de US$ 9,8 bilhões. Da mesma forma, fez-se levantamento dos produtos que o Brasil importava e que eram os mesmos que Portugal fornecia ao mercado externo e constatou-se que o montante total de compras era de US$ 23,6 bilhões, sendo que deste total, o mercado brasileiro importa US$ 93 milhões. “Ao fazer uma pesquisa para saber de onde o Brasil vem importando esses produtos, verificamos que 40% deles vêm da União Europeia. Enfim, há muitos impedimentos que influenciam no baixo fluxo comercial e a questão logística é um deles. Sem estrutura necessária, fica impossível, por exemplo, fazer comércio com produtos perecíveis. Por isso, precisamos investir mais em logística e estamos conversando com a AICEP e membros do governo português, além de divulgar esses estudos para que se possa trabalhar melhor nessa questão”, afirmou Rômulo.
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2010 foi um ano de recuperação frente a crise de 2009 Presidente do Conselho das Câmaras de Comércio Portuguesas no Brasil desde 2008, Rômulo Alexandre Soares comemora os resultados recentes dos investimentos de empresas brasileiras em Portugal, sobretudo o aporte de 148 milhões de euros para a construção de duas fábricas no país. No entanto, os desafios atuais consistem no aumento do comércio luso-brasileiro, ainda, segundo ele, pequeno frente Às reais potencialidades. Soares concedeu entrevista para o Jornalista Brunno Braga e falou sobre esse e outros assuntos referentes às relações bilaterais Brasil-Portugal. Acompanhe, a seguir, os principais trechos da entrevista: Qual é a função do Conselho das Câmaras? Rômulo Soares - O Conselho dá total apoio às 11 câmaras instaladas no Brasil para que elas possam desempenhar de forma adequada o seu papel. E as câmaras, nesse aspecto, têm feito muito para que haja incremento nas relações entre Brasil e Portugal. Temos aí o exemplo da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Portugal, que comemora, em 2011, 100 anos, obtendo bons resultados, apesar das dificuldades. Da mesma forma, as câmaras portuguesas no nordeste brasileiro têm, também, tido um excelente trabalho. Como o senhor avalia o ano de 2010 nas relações entre os nossos países? Rômulo Soares - Relativamente a comércio, 2010 foi um ano de recuperação frente a crise de 2009. Não alcançamos os níveis de 2008, mas esperamos que eles podem continuar crescendo. Quanto a investimentos, tivemos uma boa notícia em 2010. O Brasil é hoje o sétimo maior investidor estrangeiro em Portugal. Isso demonstra que diversas empresas brasileiras, em diversos setores, estão acreditando em Portugal como uma plataforma de inserção na União Europeia. Esse é um dado importante, pois torna mais igual o fluxo de investimentos entre os países, uma vez que, historicamente, sempre houve mais presença de empresas portuguesas no Brasil do que no sentido inverso. E como está o nível de investimentos portugueses no Brasil? Rômulo Soares - No sentido inverso, Portugal continua a investir muito no setor de turismo, com grandes empresas como a Villa Galé e Pestana apostando não somente no turismo de lazer, como, também, no turismo de negócios. Há hoje, investimento significativo por parte da Energias do Brasil, subsidiária da EDP (Energias de Portugal), assim como no setor de telecomunicações, com forte presença da Portugal Telecom no país. Ou seja, o fluxo de investimentos nos dois sentidos vai muito bem. Qual é o papel do Conselho das Câmaras nesse processo? Rômulo Soares - Em termos de projetos, conseguimos consolidar o que nós já havíamos desenvolvido nos dois últimos anos, no sentido de divulgar o espaço da língua portuguesa como meio adequado para os sócios das câmaras e em 2010 acabamos focando no acordo entre União Europeia e Mercosul que é outro importante instrumento que poderá facilitar as trocas comerciais entre os dois países, e esperamos que Portugal possa ser plataforma competitiva e adequada, pela questão da língua e pela questão da proximidade entre os dois blocos regionais. Encomendamos, ainda, um estudo junto à FUNCEX para identificarmos o que Portugal e Brasil produzem e vendem no exterior e o que cada um compra do outro. Portugal tem competitividade internacional, mas o Brasil importa poucos produtos portugueses, comprando similares de outros países. Precisamos, então, incentivar mais conhecimento para que consigamos alcançar o objetivo de fazer o nosso comércio crescer.
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Como o senhor observa as oportunidades de negócios nos demais membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa? Rômulo Soares - As Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil se engajaram nessa estratégia de divulgação das oportunidades empresariais em língua portuguesa, divulgando em seus boletins eletrônicos e impressos, um conjunto de informações que reforçam uma estratégia de entrosamento comunitário lusófono e que isso tem contribuído para reduzir os impactos daquele que entendo ser o maior desafio da construção da CPLP: a inserção empresarial brasileira no debate sobre que o que é e o que deve ser a CPLP. E quais são as dificuldades para que haja um comércio mais dinâmico entre os membros da CPLP? Rômulo Soares - Eu gostaria de colocar alguns aspectos que considero relevantes e que dificultam o comércio e do investimento intra-comunitário na CPLP. É indispensável garantir segurança jurídica ao investimento em cada um dos 8 países da CPLP. Além disso, recentemente, o Banco Mundial publicou estudo que aponta que a maioria dos países da CPLP ainda são ambientes desfavoráveis ao investimento. Abrir empresas, por exemplo, dura em média um dia na OCDE, enquanto que a média na CPLP é de 85 dias, fazendo-se uma nota favorável a Portugal, onde o prazo é significativamente menor do que a média OCDE. Também preocupam os indicadores relacionados às autorizações para construir, contratação de trabalhadores, registro de imóveis, aquisição de crédito, proteção a investidores, comércio exterior, cumprimento de contratos, fechar uma empresa e pagamento de impostos, sendo que neste último caso, destaca-se o Brasil com o pior desempenho na CPLP. O senhor está confiante num possível acordo comercial entre Mercosul e União Europeia? Rômulo Soares - É importante observar os movimentos que cada um dos países faz no mercado onde está inserido. Neste ano de 2010 as Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil estão atentas ao aprofundamento das discussões quanto ao acordo de integração da União Europeia e Mercosul, o que certamente poderá resultar numa alavanca de extrema importância para o adensamento das relações entre o Brasil e Portugal.
João Salgueiro Embaixador de Portugal no Brasil Embaixador de Portugal no Brasil, João Salgueiro considera que as relações Brasil- -Portugal irão assumir, nos próximos anos, patamares de excelência, refletindo o grau de importância histórica existente entre os dois países. Parcerias no setor de energia, aumento da presença de investimentos brasileiros em Portugal e as expectativas de parcerias entre as empresas foram os temas tratados durante a entrevista concedida pelo diplomata ao jornalista Brunno Braga. Como estão hoje as relações políticas entre Brasil e Portugal? João Salgueiro – Portugal e Brasil vivem, desde finais dos anos 90, um dos melhores momentos do seu relacionamento. Não existem contenciosos de monta, não há acordos, protocolos ou convenções bilaterais pendentes, os contatos institucionais e sociais nas mais diversas áreas são constantes, e o diálogo político ao mais alto nível é intenso e profícuo, tendo adquirido carácter regular através da realização de cimeiras bienais num e noutro lado do Atlântico. A língua comum, profundos laços históricos, culturais e
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humanos criaram entre nós uma “comunidade de afetos” que sobreviveu através dos tempos e confere uma especificidade muito própria às nossas relações. Naturalmente, cada um dos nossos países tem os seus próprios interesses e prioridades e é função deles que toma as suas decisões. Mas a verdade é que, sempre que está em causa um aspecto de particular relevância para um dos lados, o outro tende a levar isso em consideração de forma especial. Essa relação muito especial que une os nossos dois países foi mais uma vez sublinhada no encontro que o ex Primeiro Ministro português José Sócrates teve com nova Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, por ocasião da sua tomada de posse, dia 1 de Janeiro deste ano, em Brasília. Na ocasião, José Sócrates garantiu que a relação com o Brasil é “uma das prioridades mais altas da política externa portuguesa”. Portugal e Brasil têm, com efeito, valores de afirmação externa e interesses coincidentes em muitos domínios, com destaque para a consagração internacional de nossa língua, afirmando cada vez mais uma parceria de futuro. É esta parceria que queremos fortalecer na área cultural, científica e mediática, com a realização conjunta e simultânea, em 2012, do ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal. E as relações econômicas? João Salgueiro - O continuado reforço do relacionamento bilateral a que vimos assistindo há década e meia acabou por conferir substância econômica concreta ao imperecível sentimento de proximidade que desde sempre nos liga. A partir de 1998, Portugal associou-se, através de um forte movimento de capitais, à recuperação da economia brasileira que então se iniciava. Se forem contabilizados os fluxos oriundos de diversas praças, os investimentos portugueses no Brasil superam hoje os US$ 15 bilhões. Um esforço em que se encontram envolvidas algumas das melhores empresas portuguesas, que apostaram num amplo leque de atividades – das mais tradicionais, como comércio, banca, turismo, hotelaria, transporte aéreo, construção civil, serviços, saneamento, às tecnologicamente mais avançadas, como as telecomunicações e as energias renováveis. Ao todo, serão hoje mais de 600 empresas com capital português no Brasil, contribuindo para a criação de mais de 100.00 postos de trabalho diretos. Agora, reversamente, é o Brasil que aposta cada vez mais em Portugal como porta de acesso ao mercado europeu e estímulo à internacionalização das suas empresas. Quais são os empreendimentos a serem destacados? João Salgueiro – A EMBRAER, que já é acionista maioritária das OGMA (Oficinas Gerais de Material Aeronáutico), começou a construir duas fábricas de material aeronáutico no sul de Portugal, um investimento estruturante superior a 200 milhões de euros, que irá gerar centenas de postos de trabalho. Ainda no âmbito da EMBRAER, refira-se a futura participação , já confirmada, da indústria portuguesa na construção do novo avião de transporte militar brasileiro, o KC-390. A Camargo Corrêa(31%) e a VOTORANTIM (22%) estão hoje entre as principais acionistas da Cimpor, a maior fábrica portuguesa de cimentos; o Banco Espírito Santo assinou parceria com o Banco do Brasil e o Bradesco para atuação conjunta em África e a Portugal Telecom celebrou acordo com a Oi que levará à constituição de uma grande empresa lusófona na área das telecomunicações. Estes são apenas alguns exemplos, mais significativos, do crescente relacionamento empresarial, que dá hoje forma e conteúdo reais às nossas seculares relações de amizade e bom entendimento, projectando-as para o futuro.
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Tudo isso também se expressa e fortalece os contatos humanos entre os dois países… João Salgueiro - Sim, claro. Esse relacionamento também se tece – e muito - de contatos humanos. Pelo turismo, que tem vindo a crescer cada vez mais entre os nossos dois países – com os portugueses a povoarem as praias do Nordeste e a descobrirem, progressivamente regiões do Brasil por onde passou boa parte da própria história portuguesa séculos atrás. Os brasileiros, por outro lado, fazem de Lisboa ponto de passagem obrigatório nas suas deslocações à Europa, descobrindo que afinal em Portugal se sentem um pouco em casa. E também através das grandes comunidades de cidadãos nacionais que, por via dos fenômenos migratórios – primeiro de portugueses para o Brasil e, nos últimos anos, de brasileiros para Portugal - cada um dos nossos dois países tem no outro. Essas correntes de contatos humanos encontram, aliás, expressão na rede de vôos da TAP para o Brasil- são hoje 70 frequências diretas de Lisboa para diversas cidades brasileiras. Quais são as perspectivas de comércio bilateral para 2011? João Salgueiro - Segundo dados dos organismos de comércio externo dos dois países, o comércio entre Portugal e Brasil atingiu o ano passado US$ 2,08 biliões, terceira maior corrente comercial luso-brasileira de sempre, apenas atrás de 2008 (US$ 2,3 biliões) e 2007 (US$ 2,1 bilhões). Em dezembro de 2010, teve o maior registo mensal de todo o ano, com as trocas a somarem US$ 307 milhões, o que constitui um bom prenúncio para 2011. Em 2010, o Brasil exportou para Portugal US$ 1,5 biliões, mais 18,1% que em 2009. No sentido inverso, as exportações portuguesas para o mercado brasileiro fecharam 2010 nos US$ 580 milhões, o segundo melhor ano de sempre das nossas vendas para o Brasil. A pauta de exportações para Portugal foi liderada pelo petróleo (32,9% do total), seguido dos grãos de soja (18,7%), açúcar em cana (9,6%) e milho em grão (5,4%). Por outro lado, as importações brasileiras de produtos portugueses foram dominadas pelo azeite (22,8%), bacalhau (10,8%), vinho (5%) e pêras frescas (4,5%). São dados importantes, mas há estudos que mostram que podemos certamente fazer mais e melhor. Trabalho recente realizado pela Funcex – Fundação Centro de Estudo do Comércio Exterior – a pedido das Câmaras de Comércio do Brasil e de Portugal, identificou 205 produtos nos quais Portugal possui alto potencial exportador e cuja demanda de importações brasileiras é significativa. Se esses 205 itens entrassem no comércio bilateral, as exportações portuguesas para o Brasil poderiam aumentar em até 340% . O desafio conjunto que se nos coloca nesta área é o de ultrapassar os obstáculos, designadamente logísticos – que ainda travam o nosso comércio. Como está o investimento português no Brasil e brasileiro em Portugal? João Salgueiro - O volume de investimentos portugueses no Brasil em 2010 (até novembro) atingiu 836 milhões de euros – três vezes mais do que em 2009 - fazendo de Portugal o sétimo país que mais investe no Brasil. Portugal é hoje responsável por três por cento dos investimentos diretos no Brasil provenientes do estrangeiro. Um movimento que se poderá reforçar através das oportunidades abertas pela próxima realização de dois grandes eventos de âmbito mundial no Brasil – a Copa do Mundo e e os Jogos Olímpicos. Por seu turno, Portugal é o terceiro destino dos investimentos brasileiros na Europa, atrás apenas do Luxemburgo e da França. De janeiro a novembro do ano passado, as empresas brasileiras investiram em Portugal US$ 959 milhões, 20 vezes mais do que em relação ao total investido em 2006. No ranking geral, que inclui todos os países, inclusive os paraísos fiscais, Portugal foi o quinto principal destino do investimento brasileiro no exterior. Um tanto paradoxalmente, a crise financeira internacional acabou por se transformar numa oportunidade de investimento para as empresas brasileiras, que estão a apostar cada vez mais nos mercados da Europa., designadamente em Portugal.
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Como andam as relações bilaterais no setor de petróleo e gás? João Salgueiro – No que respeita ao pré-sal, a companhia portuguesa de petróleos Galp está junto com a Petrobras no bloco BM-S-11 (Lula e Cernambi), no qual tem 10 por cento; além do BM-S-8 (14 por cento); BM-S-21 (20 por cento) e BM-S- 24 (20 por cento).A Petrobras e a Galp, que já cooperam na exploração de petróleo, formaram também uma “joint-venture” para a produção de biocombustíveis de segunda geração com destino aos mercados da Europa - um investimento de 357 milhões de euros - e as duas empresas vão também promover investigação conjunta no sector de pesquisa e produção de hidrocarbonetos em águas profundas na Bacia do Atlântico. E quanto às parcerias para o desenvolvimento de projetos de energias alternativas? João Salgueiro - No plano da energia eólica, é bem conhecida a atividade da EDP Renováveis, empresa do Grupo português EDP no Brasil, recentemente eleita a companhia mais inovadora da região Sul do Brasil, no segmento de energia. A eleição da EDP Renováveis deve-se à sua atuação no Estado de Santa Catarina com o Parque Eólico Cenaeel, que engloba as UEE Horizonte e UEE Água Doce. Estes parques eólicos juntos possuem uma capacidade instalada de 14 MW e fazem parte do programa Proinfa. O desempenho da Empresa no estado catarinense teve início em 2008, com a aquisição deste empreendimento, primeiro investimento do Grupo EDP no Brasil no segmento de geração a partir dos ventos. A segunda operação eólica da Companhia também está localizada na região Sul, no litoral do estado do Rio Grande do Sul. Em construção na cidade de Tramandaí, o parque de mesmo nome possui 70 megawatts de potência. No total, a EDP Renováveis Brasil possui 84 MW em fontes renováveis, todas na região Sul. Outro grupo português – Martifer - anunciou recentemente que pretende investir mais 300 milhões de reais na construção de novos quatro parques eólicos no nordeste do Brasil, com uma potência global de 90,3 megawatts que deverão entrar em funcionamento até Julho de 2012. Trata-se de uma área em que Portugal tem hoje uma posição avançada, mesmo em termos mundiais, cujo conhecimento muito pode beneficiar o Brasil Segundo dados da Associação Europeia de Energia Eólica, Portugal ocupa o sexto lugar no ranking europeu e o nono no plano mundial em termos de potência instalada de energia eólica, com 3.535 megawatts (MW). Em termos de energia solar, a empresa portuguesa VIV Energia Renovável prepara-se para iniciar a sua internacionalização com a instalação, no Brasil, da primeira fábrica de painéis solares térmicos, painéis fotovoltaicos e iluminação pública com módulos fotovoltaicos. A ViV Brazil espera ter a funcionar, na Bahia, durante o primeiro semestre de 2011, a primeira linha de montagem de painéis fotovoltaicos luso-brasileiros. Como o senhor avalia o andamento das negociações entre o Mercosul e União Europeia? João Salgueiro - Como se sabe, há mais de uma década os dois blocos buscam um acordo bilateral na área comercial. Entre as maiores “sensibilidades” de cada bloco, temos, do lado europeu, a área agrícola, e, no Mercosul, o sector industrial. Atualmente, apesar das dificuldades que ainda subsistem em torno de um consenso sobre os subsídios e a redução de tarifas para alguns produtos, o clima é de relativo optimismo, como referiu recentemente o representante da União Europeia no Brasil, embaixador João Pacheco, mostrando-se confiante no progresso das negociações que irão decorrer em Março, em Bruxelas. Em 2011, será comemorado o centenário de fundação da Câmara de Indústria e Comércio Brasil-Portugal , com sede no Rio de Janeiro. Qual é a importância dessa data nas relações entre os dois países? João Salgueiro - As Câmaras de Comércio e Indústria são importantes pólos de fomento das relações entre os nossos dois países. Da consistência e maturidade das empresas
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que as integram dependem a dimensão, o protagonismo e o papel das próprias Câmaras, Os seus elementos, particularmente os seus Corpos Diretores, constituem verdadeiro repositório vivo da informação sobre o que de mais importante ocorre nas áreas políticas, comerciais, econômicas e, muitas vezes também, culturais de cada região. No Brasil, sendo as Câmaras uma rede vasta com expressão em 11 Estados, elas podem carrear elementos fundamentais sobre as economias locais e os principais interlocutores econômicos e financeiros das suas regiões, com o objectivo de estabelecer contacto com potenciais parceiros ao mesmo nível, em Portugal. Nesta matéria, considero-as insubstituíveis. No Rio de Janeiro, como em São Paulo, grandes centros de presença portuguesa no Brasil, essas Câmaras têm um século de existência o que só acentua a importância de que se revestem. Assinalar condignamente o aniversário significará aproveitar a efeméride para congregar atenções e esforços no sentido de aprofundar as nossas relações bilaterais, sempre numa perspectiva de futuro. O senhor gostaria de acrescentar mais algumas informações para os nossos leitores? João Salgueiro – Particularmente relevantes, no contexto multifacetado do relacionamento Portugal-Brasil, que vai muito para além do meramente institucional ou econômico-comercial, são as relações culturais e profissionais existentes numa série de áreas, em particular entre as universidades dos dois países e entre os respectivos círculos jurídicos e judiciários. Há uma cooperação intensa entre as universidades, com muitos estudantes portugueses a virem terminar os seus cursos no Brasil, ao mesmo tempo que em sentido inverso, milhares de estudantes brasileiros fazem cursos de pós-graduação em universidades portuguesas, designadamente de engenharia. A Faculdade de Engenharia do Porto, por exemplo, assinou convênios com diversas suas congêneres brasileiras, pelos quais finalistas de engenharia do Brasil terminam os seus cursos em Portugal e vice-versa – um bom exemplo que poderia alargar-se com proveito mútuo a outras matérias. No total, há hoje 3813 estudantes brasileiros em Portugal, o maior grupo do conjunto de estudantes estrangeiros no país. Na área jurídica, fundamental para a consolidação do Estado de Direito, são já correntes e de longa data os contatos, visitas e trocas de experiências entres juízes e magistrados. Os Professores de Direito portugueses Gomes Canotilho e Jorge Miranda desfrutam, como se sabe, de grande prestígio no Brasil. Uma outra dimensão que nos aproxima é a da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, na qual o Brasil, pela sua dimensão e dinamismo, desempenha um papel insubstituível. Mas não é só a língua – é a realidade e a potencialidade dos mercados dos 8 países que integram a CPLP que em muitos produtos e serviços são complementares, simultaneamente fornecedores e receptores. Em conclusão, pode dizer-se que, alicerçadas num passado secular, as relações Portugal-Brasil vão hoje muito para além da retórica tradicional, apresentando um quadro pleno de perspectivas em que participam tanto as instituições como, e cada vez mais, as próprias sociedades.
Fernando Serrasqueiro, Secretário de Economia, da Inovação e do Desenvolvimento de Portugal O Exmo. Sr. Fernando Serrasqueiro, Secretário de Economia, da Inovação e do Desenvolvimento de Portugal, faz menção à situação econômica de seu país. “Hoje, na Europa e em Portugal, o discurso político e econômico está grandemente ocupado pelos impactos da crise financeira. A forma como diferentes economias estão a ser atingidas é substancialmente diferente, umas afetadas economicamente, outras financeiramente.”
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Para o representante do governo português, Portugal, sendo uma dessas economias, tem sofrido os impactos da incerteza e instabilidade, de escassez de liquidez e da subida de juros da dívida, que começa agora a esmorecer. “Com efeito, afetada sobretudo do ponto de vista financeiro, a economia portuguesa dá importantes sinais de recuperação, tanto mais assinalável se considerarmos a forte contenção orçamentária que se vive em toda a Europa”, analisou. Em sua avaliação, dentro de um cenário de forte contenção financeira e orçamentária, a economia portuguesa conseguiu crescer 0,4% no terceiro trimestre face aos três meses anteriores e 1,5% face ao mesmo período de 2009. Na perspectiva das exportações, ele informou que, de janeiro a setembro de 2010, o país obteve crescimento de 15,5% face ao mesmo período de 2009, com maior peso dos países fora da comunidade europeia. “Não obstante o período crítico de crise financeira, entre os 29 países para os quais Portugal exporta com valores superiores a 100 milhões de euros (que representam mais de 90% das exportações totais), em apenas três deles se verificou uma contração do montante exportado. Estes resultados são o melhor testemunho da competitividade da economia portuguesa, do dinamismo da sua função empresarial e da qualidade da sua oferta”. Portugal moderno Serrasqueiro revelou que Portugal é hoje uma economia moderna, com competências reconhecidas em diferentes setores. “Mantendo-se os pilares tradicionais na nossa estrutura produtiva, os novos setores são agora modernos, ocupando o top de rankings internacionais. Ao mesmo tempo, ganham progressivamente mais peso a indústria de automóveis, eletrônica e de saúde. E apresentamos competências reconhecidas ao nível das comunicações e eletrônica, serviços de manutenção de aeronáutica e energia renováveis”. Ele ressaltou a importância que vem ganhando o setor de energia no cenário econômico português. “O setor de energia é estratégico para Portugal. O governo tem vindo a fazer grandes investimentos na promoção das energias renováveis e da eficiência energética com vista a reduzir a dependência exterior de fontes de energia tradicionais (petróleo e gás) e contribuir para a redução de emissões de carbono”. Ele acrescentou que o país aproveita, com eficiência, o potencial que a localização geográfica e as condições naturais permitem explorar a energia solar, eólica e hídrica. Em relação ao futuro, o palestrante disse que o programa Estratégia Nacional Portuguesa para a Energia estabelece metas mais ambiciosas do que as exigidas em âmbito da União Europeia. “Para 2020, objetivamos alcançar 31% do consumo de energia proveniente de fontes renováveis e 10% no setor de transportes; redução da dependência externa em matéria de energia para 74% (era 83% em 2008); e a consolidação do cluster de energias renováveis, com a criação de mais 120 mil empregos. Ao mesmo tempo, Portugal tem vindo a implementar o Programa Nacional de Eficiência Energética, que objetiva reduzir em 9,8% o consumo de energia até 2015”, detalhou. De acordo com Serrasqueiro, essas medidas estão associadas ao desenvolvimento de um cluster industrial, com base na criação de emprego e desenvolvimento de serviços inovadores de elevado valor agregado. “Projetos como MobiE e as smart grids, relacionados ao Programa para a Mobilidade Elétrica lançado em 2008 pelo governo português, estão a fazer de Portugal uma referência mundial no setor de tecnologia”.
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Ele informou que esta não é só a primeira experiência em âmbito nacional em todo o mundo, como se distingue de todas as outras por ter uma natureza integradora. Trata-se, além do mais, de um projeto desenhado para ser implementado em qualquer geografia, o que abre amplas possibilidades de estabelecimento de parcerias nas áreas de mobilidade elétrica, da eficiência e das energias renováveis. Investimentos O problema da redução do nível de investimentos e financiamentos foi, também, colocado pelo palestrante. Serrasqueiro contou que a Europa está desenvolvendo esforços significativos coordenados de forma a estimular o crescimento e restaurar o fluxo de crédito. “O futuro apresenta grandes desafios. Enquanto membro da União Europeia, a maioria dos parceiros comerciais de Portugal encontra-se nesta união econômica de livre circulação. Mas, entendemos que devemos procurar novos mercados fora do espaço europeu, tal como temos vindo fazer em países como a China, Rússia, Irã, América Latina e países africanos de língua portuguesa. O Brasil é naturalmente um mercado de eleição para Portugal, no âmbito da nossa estratégia de internacionalização e promoção do crescimento”. O palestrante também mencionou a importância do Brasil como parceiro comercial de Portugal. Ele relatou que em 2009, o Brasil posicionou-se como 11º cliente de Portugal, 3º cliente extra-comunitário e 10º fornecedor de mercadorias. Já por região geoeconômica, o Brasil foi o 1º cliente no âmbito das Américas Central e do Sul. “Entre janeiro e setembro de 2010, estas posições ao nível das exportações mantiveram-se, assinalando-se um acréscimo de 68,83% nas exportações de bens e de 48,7% nas exportações de serviços, que transmite uma evolução positiva do comércio bilateral”. O representante do governo português comentou, ainda, que no turismo, o Brasil ocupou, em 2009, a sétima posição do ranking de turistas estrangeiros ao país. E, igualmente, o Brasil representa um importante emissor e destino de investimento direto para, e de Portugal. “Este bom estado atual das relações comerciais e do fluxo de investimento direto entre Brasil e Portugal traduzem os fortes laços que unem os nossos países, numa alargada comunhão de interesses políticos, econômicos, sociais e culturais. Não posso, aliás, deixar de referir a existência de uma população portuguesa e luso-brasileira, residente no Brasil, de cerca de 700 mil pessoas, que me muito me apraz saudar. Estamos conscientes de um amplo campo de convergência de objetivos, e empenhados na sua consolidação e desenvolvimento futuro”, afirmou. Oportunidades Na perspectiva econômica, Serrasqueiro disse que existe uma ampla variedade de oportunidades de exportação para as empresas portuguesas, que ajudarão a ter um progressivo equilíbrio do saldo comercial. Mas, também, ao nível do investimento português no Brasil, existem amplas oportunidades, beneficiando o Programa de Aceleração do Crescimento do governo brasileiro para os setores de infraestrutura, e da preparação da Copa do Mundo de 2014, evento no qual o Brasil é país anfitrião. “Existirão inúmeras possibilidades para as empresas portuguesas de projetos, engenharia e serviços virem a se associar com empresas brasileiras nos processos de construção e exploração de toda a infraestrutura necessária. Destaco igualmente as áreas da energia (distribuição, geração, comercialização), do turismo e hotelaria, das possibilidades de parcerias público-privadas, das tecnologias de informação e do agronegócio. Essas potencialidades devem ser aproveitadas, dando maior amplitude ao nosso relacionamento econômico”, considerou.
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No sentido inverso, do investimento do Brasil em Portugal, Serrasqueiro destacou o recente investimento da Embraer, desenvolve a criação um cluster aeronáutico no país europeu. “À semelhança destas presenças empresariais, existem amplas áreas de interesse para o investimento brasileiro em Portugal. As oportunidades bilaterais de investimento e de cooperação entre os nossos países são múltiplas. É certo que persistem entraves ao nosso relacionamento, da mesma forma que existe um esforço contínuo para a sua resolução, seja em âmbito bilateral, seja no campo das negociações entre a União Europeia e o Mercosul”.
Arlindo Catóia Varela - Conselheiro da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro - CPCIRJ e 1º Vice-Presidente da Federação das Câmaras de Comércio Exterior - FCCE
Sinergia no campo da tecnologia - Mais parcerias entre Brasil e Portugal no setor de alta tecnologia Arlindo Catóia Varela - Conselheiro da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro - CPCIRJ e 1º Vice-Presidente da Federação das Câmaras de Comércio Exterior - FCCE, é um profundo defensor da melhoria nas relações bilaterais luso-brasileiras e, na sua avaliação esse processo passa, de forma cabal, no incentivo e desenvolvimento das trocas no campo da tecnologia. “Portugal produz e vende produtos de alta tecnologia. E esses produtos são vendidos na Europa e outros países do mundo, mas, infelizmente, não vende para o Brasil. Não vende porque falta agressividade dos exportadores portugueses junto ao mercado brasileiro porque há um desconhecimento do nosso potencial consumidor por parte desse setor em Portugal. É preciso, também, que o Brasil passe a olhar para Portugal como um país que produz produtos de alta tecnologia, com grande valor agregado”, afirmou. Varela acrescentou que, como nas últimas décadas Portugal focou seu comércio com os países da União Europeia, sobretudo com vistas a se integrar melhor dentro do bloco, agora, com a crise na região, o objetivo é fazer comércio com países de outros continentes. “Em números, é possível afirmar que 80% do comércio exterior português está voltado para o continente europeu. No entanto, com a crise na zona do Euro, começa-se a vislumbrar a necessidade de se abrir novos mercados e é aí que o Brasil pode entrar”, analisa. Ele acredita que nesse processo as pequenas e médias empresas terão papel crucial. Segundo ele, é extremamente válido estimular as PMEs para intercambiar negócios. “Precisamos nos unir mais, encontrar parceiros internos e externos. Os canais das Câmaras de Comércio bilaterais são uma boa alternativa para quem quer chegar ao comércio internacional, por exemplo”, sugere. Varela defende, ainda, a criação de algum mecanismo que consiga congregar os interesses do setor de Tecnologia da Informação de forma cooperativada, para que as empresas, juntas, ganhem mais força nos mercados interno e externo. “Portugal domina setores de confecção, design, telecomunicação e arquitetura moderna. Buscar uma sinergia brasileira com esses setores em Portugal fará com que a nossa relação fique mais robusta”. Como exemplo, ele citou os investimentos em conjunto entre a Petrobras e a Galp e, também, a instalação da fábrica da Embraer em território português voltada para produção de componentes de aviação.
DAD O S DO BRASIL
Área: 8.511.925 km² (0,65% de águas internas). População atual: 192.924.526 habitantes, 2010 (fonte: IBGE) - 5ª do mundo. Densidade: 22,66 habitantes por km². Capital: Brasília, 2.455.903 habitantes (estimativa 2009). Outras cidades importantes: São Paulo; Rio de Janeiro; Salvador; Belo Horizonte; Fortaleza; Curitiba; Recife; Manaus; Porto Alegre; Belém. Presidente da República: Dilma Vana Housseff. Vice-Presidente: Michel Temer. Presidente do Senado e Congresso Nacional: José Sarney. Ministro das Relações Exteriores: Antonio Patriota. Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: Fernando Pimentel. Data da Constituição: Outubro de 1988. Alterações introduzidas posteriormente. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 16,56% e 6,17%. A esperança média de vida atinge 71,97 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,777 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Gênero (IDG) é de 0,770 (2009). Etnicamente, a população é composta por brancos, mulatos, mestiços, índios e negros. Religião: A maioria da população professa o cristianismo e cerca de 3/4 pertencem à Igreja Católica Romana. Língua: O português é a língua oficial. Unidade monetária: Real (BRL). Geografia País da América do Sul. A República Federativa do Brasil tem 26 estados e um Distrito Federal e é o quinto maior país do globo, com uma área de 8 511 965 km² e uma costa atlântica de 7400 km. Faz fronteira com todos os países da América do Sul, à exceção do Equador e do Chile. A sul do Brasil localiza-se o Uruguai, a sudoeste a Argentina, o Paraguai e a Bolívia, a oeste com o Peru, a noroeste a Colômbia, e a norte a Venezuela, a Guiana, o Suriname e a Guiana Francesa. Entre as principais regiões naturais, merecem realce a Amazônia, uma floresta equatorial da América do Sul, o Pantanal e o Planalto Brasileiro. O Pantanal é uma das maiores planícies do mundo, cobrindo uma área comparável à da península Ibérica. Ao Brasil pertence uma área de 150 mil quilômetros quadrados no Estado do Mato Grosso, que todos os anos, entre outubro e março, é inundada pelos rios pertencentes à bacia do Paraguai. O Pantanal foi transformado em reserva ecológica, defendida pela Constituição Brasileira desde 1988, onde vivem 80 espécies de mamíferos, 230 de peixes, 650 de aves e mais de 1100 variedades de borboletas. A norte de Cuiabá, ainda no Pantanal, fica um planalto de terra vermelha onde se encontram cachoeiras, e a leste encontram-se piscinas de água com elevadas temperaturas. A lei que defende a fauna e a flora do Pantanal é implacável. Os tempos em que se roubava peixe acabaram e a pesca de rede está proibida, assim como a caça.
DA D O S DO BRASIL
A Amazônia, também chamada pulmão da terra, é uma região de floresta equatorial da América do Sul que ocupa 40% da área total do Brasil. A Amazônia é formada pela bacia do rio Amazonas, com 7.047.000 km², que é o maior rio do mundo em volume de água, e ao longo do qual crescem as grandes extensões de floresta. Faz fronteira com as terras altas da Guiana, a norte, com os Andes a oeste, com o planalto central do Brasil a sul e com o oceano Atlântico, a leste. É a floresta mais rica e a que contém a maior reserva biológica de todo o globo. Possui milhões de espécies de insetos e as mais variadas plantas, árvores e aves, muitas das quais permanecem ainda desconhecidas dos cientistas. A vida animal é bastante rica e inclui macacos, jacarés, roedores, manatins e tapires, entre outros. A partir do século XX, com o crescimento populacional, o homem foi conquistando cada vez mais terras à Amazônia. Os madeireiros têm aqui um manancial para o seu negócio. Mesmo assim, a Amazônia tem resistido aos ataques dos homens. Muitos são os grupos ambientalistas que continuam a erguer a bandeira da defesa e da conservação da Amazônia. No período de 1981 a 1990, o Brasil perdeu em cada ano 36,7 milhares de km² de floresta, a maior área do mundo. Em segundo lugar esteve a Indonésia, com 12,1 milhares de km² ao ano.
Economia O Brasil é a maior potência econômica da América Latina. A modernização que o país tem sofrido nas últimas décadas alterou a estrutura da sua economia, na medida em que a produção de matérias-primas para exportação tem um peso cada vez menor na economia brasileira, ao mesmo tempo que a produção industrial e o setor terciário têm sofrido grande crescimento. O país possui grandes potencialidades em praticamente todos os setores. Em termos agrícolas, o Brasil é o maior produtor mundial de café, produzindo também quantidades elevadas de milho, soja, cana-de-açúcar, algodão, trigo, bananas, laranjas e cacau. A pecuária, em especial a criação de bovinos, tem registrado um aumento significativo. A exploração florestal constitui, igualmente, uma atividade muito importante, quer na exportação de madeiras preciosas quer no fornecimento de matéria-prima para o fabrico de papel e celulose; a antiga produção de borracha natural encontra-se muito circunscrita. Quanto aos recursos minerais e energéticos, são enormes as reservas de ferro, estanho, bauxita, carvão, crómio, magnésio, urânio, zinco, ouro, diamantes, petróleo e gás natural. A imensa rede hidrográfica proporciona um elevado potencial hidroeléctrico. A indústria, concentrada sobretudo nos estados do sul e do sudeste, dedica-se a transformação de produtos agrícolas, pecuários e florestais, produzindo também maquinaria, automóveis, aço, produtos químicos, têxteis e calçado. O turismo representa uma enorme fonte de receitas, sendo mais significativo no litoral.
DA DO S D E POR TUG AL
Área: 91.947 km² População: 10.632.069 (Banco Mundial – 2009) Densidade populacional: 116,7 hab./km² (1° trim. 2009) Designação oficial: República Portuguesa Chefe de Estado: Aníbal Cavaco Silva. Primeiro Ministro: indefinido. Data da atual Constituição: Aprovada em Abril de 1976. Revisões: Setembro de 1982, Julho de 1989, Novembro de 1992, Setembro de 1997, Dezembro de 2001, Julho de 2004 e Agosto de 2005. Principais Partidos Políticos: Partido Socialista (PS), no governo; Partido Social Democrata (PSD); Partido Comunista Português (PCP); Centro Democrático Social/ Partido Popular (CDS-PP); Bloco de Esquerda (BE), Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV). Capital: Lisboa (população do concelho: 509.751, em 2006; da área metropolitana (19 conselhos). Outras cidades importantes: Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal (Madeira), Ponta Delgada (Açores), Porto, Setúbal. Religião: A maioria da população professa o cristianismo e mais de 90% pertence à Igreja Católica Romana. Língua: O português é a língua oficial. Unidade monetária: Euro (EUR). Geografia País do Sudoeste da Europa. Situado na parte ocidental da Península Ibérica, abrange uma superfície de 92 391 km². Faz fronteira a norte e a leste com a Espanha e a sul e a oeste é banhado pelo oceano Atlântico. 0 território português é composto por três unidades territoriais: Portugal continental, a Região Autônoma dos Açores e a Região Autônoma da Madeira, tendo estas duas últimas regiões órgãos de poder próprios, embora subordinados aos órgãos supremos da Nação. Portugal continental administrativamente divide-se em 18 distritos: Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Portalegre, Lisboa, Setúbal, Évora, Beja e Faro; que por sua vez se subdividem em concelhos, num total de 311, e estes ainda em freguesias. A Região Autônoma dos Açores é constituída por nove ilhas que se dividem em três grupos: O Ocidental, o Central e Oriental. Do grupo Ocidental fazem parte as ilhas Flores e Corvo, do grupo Central as ilhas Graciosa, S. Jorge, Terceira, Faial e Pico e do grupo Oriental as ilhas de S. Miguel, Santa Maria e ilhéu das Formigas. Por sua vez, a Região Autônoma da Madeira é formada pelas ilhas da Madeira Porto Santo,Desertas e Selvagens. Para efeitos administrativos, após a entrada na CEE, foram criadas novas unidades administrativas designadas por NUT, nomenclatura das unidades territoriais para fins estatísticos de acordo com as normas da União Europeia, com vários níveis hierárquicos NUT I, NUT II, NUT III. A capital da República Portuguesa é Lisboa, destacando-se, no entanto, outras cidades de dimensão significativa como Porto, Coimbra, Setúbal, Aveiro, Braga e Faro. O relevo de Portugal apresenta uma grande diversidade de formas. A norte do rio Tejo, apresenta-se muito acidentado, com exceção das planícies litorais, e com uma altitude média superior a 400 metros, recortado por vales encaixados e rios com caudais significativos. Por sua vez, a sul do Tejo o relevo é suavemente ondulado, com altitudes fracas, onde predominam as planícies. As serras com maior altitude estão situadas a norte do Tejo, destacando-se as serras da Estrela (1991 m), Geres (1508 m), Marão (1416 m), Montemuro (1381 m) e Caramulo (1075 m). A sul do Tejo, salientam-se as
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serras de S. Mamede (1025 m), Monchique (902 m) e Caldeirão (577 m). O relevo português completa-se com uma franja de planícies litorais, realçando-se três grandes conjuntos: a planície da Beira Litoral formada pelas planícies aluviais do Vouga e Mondego, a planície do Algarve e as planícies aluviais do Tejo e do Sado. Os arquipélagos dos Açores e Madeira têm origem vulcânica e contam com um relevo acidentado. Nos Açores as costas marítimas são abruptas e rochosas, ao passo que a região interior é extremamente montanhosa, atingindo-se aqui a altitude máxima de Portugal no Pico, com 2351 metros. A Madeira caracteriza-se por ter uma elevada cadeia montanhosa na parte central da ilha. Os rios mais importantes são, do norte para o sul de Portugal continental, o Minho, o Douro, o Tejo e o Guadiana, que nascem em território espanhol o desaguam no Atlântico. Entre os rios cujo curso é exclusivamente português, destacam-se os rios Cavado, Vouga, Mondego, Sado e Mira. Economia Economicamente o país apresenta uma elevada terceirização, devido ao desenvolvimento dos serviços e do comércio. O setor terciário emprega mais da metade da população altiva e o seu contributo para o Produto Interno Bruto é de aproximadamente 2/3. A indústria, o segundo setor mais importante tanto no emprego como na produção, encontra-se concentrada em poucos distritos (Braga, Porto, Aveiro, Lisboa e Setúbal) e as suas linhas de orientação econômica têm sido sobretudo a exportação de produtos com alguma tradição industrial no País {têxteis e confecções, calçado, celulose, cortiça) ou fruto de investimento estrangeiro (indústria automobilística). 0 abastecimento do mercado interno tem vindo a perder competitividade face à crescente concorrência de outros parceiros comunitários, em especial da Espanha. Dos três setores de atividade, o setor primário é o que atravessa maiores dificuldades que têm como causas diretas a insuficiente modernização, os desequilíbrios na dimensão da propriedade, a falta de
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preparação técnica da mão-de-obra e a ausência de espírito empresarial por parte da maioria dos agricultores. Com a abertura dos mercados agrícolas e pecuários, os baixos níveis de produtividade e rendimento da agropecuária nacional são um obstáculo para um desenvolvimento do setor. Entre as produções que tem conseguido inverter essa tendência, merecem referência o setor vinícola, com uma clara aposta na qualidade em detrimento da quantidade, a fruticultura, a horticultura e a pecuária. A pesca é uma atividade que também enfrenta dificuldades pela dependência que existe em relação a países terceiros para poder exercer plenamente a sua atividade. O arquipélago dos Açores, à semelhança de Portugal continental, tem no setor terciário o maior contributo para a formação do Produto Interno Bruto. No setor primário, destaca-se a pecuária e a pesca. O setor industrial assenta nas indústrias alimentares (laticínios, conservas) que transformam matérias-primas obtidas na região. O arquipélago da Madeira tem a sua economia centrada no turismo, que direta e indiretamente proporciona as maiores receitas regionais. As tradicionais produções agrícolas (bananas, cana-de-açúcar, vinho) e artesanais (bordados, vime) beneficiam em larga medida do grande afluxo de turistas à região.
População A população portuguesa distribui-se no território continental de forma desigual: a região litoral tem a maioria da população, concentrada principalmente nas duas áreas metropolitanas do país, Lisboa e Porto. A população portuguesa tem vindo a aumentar, mas com um crescimento natural (natalidade menos a mortalidade) cada vez menor, levando a que o país se encontre envelhecido e não exista renovação de gerações. Por outro lado, a esperança média de vida tem vindo a aumentar, tanto nos homens como nas mulheres. O maior crescimento da população tem-se verificado nos distritos costeiros principalmente Setúbal, Porto, Aveiro e Braga, mas continua a diminuir nos distritos do interior. A estrutura etária portuguesa caracteriza-se por uma base da pirâmide estreita, devido a uma redução da natalidade e topo da pirâmide etária cada vez mais largo, gerado pelo aumento do número de idosos. Nos últimos tempos a imigração tem vindo a aumentar em conseqüência da entrada de africanos provenientes dos PALOP europeus de Leste, estabelecendo-se principalmente nas grandes cidades portuguesas. A emigração permanente tem-se mantido a níveis baixos, desde a revolução do 25 de Abril e com a entrada na União Europeia. Internamente, a migração é dominada pela atração exercida pelas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto com relação ao resto do País.
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DIAMANTE Presença do Presidente ou Diretor do apoiador na “Reunião de Cúpula de autoridades e diretorias de grandes empresas luso-brasileiras” a ser realizada no espaço “V.I.P”; O apoiador poderá indicar 1 (um) palestrante para compor 1 (um) dos painéis do evento (aproximadamente 15 minutos); Distribuição de material promocional do apoiador nas pastas dos participantes; Inserção da logomarca do apoiador no website do evento; Inserção da logomarca do apoiador na faixa central e nos cartazes do evento; Inserção da logomarca do apoiador nas credenciais; Inserção de publicidade em 1 (um) espaço, na capa ou contra capa da revista “6º Encontro de Negócios Brasil-Portugal "; Inserção na revista, de entrevista exclusiva com o representante do apoiador, com fotos do próprio; Direito a 6 (seis) convidados para assistir as palestras e participar do almoço; Direito a 1 (uma) mesa para negociações durante a rodada de negócios; Direito a 1 (uma) mesa no jantar comemorativo aos “100 anos da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro”, a se realizar no dia 17 de setembro no Museu Histórico Nacional.
OURO Presença do Presidente ou Diretor do apoiador na “Reunião de Cúpula de autoridades e diretorias de grandes empresas luso-brasileiras” a ser realizada no espaço “V.I.P”; O apoiador poderá indicar 1 (um) palestrante para compor 1 (um) dos painéis do evento (aproximadamente 15 minutos); Distribuição de material promocional do apoiador nas pastas dos participantes; Inserção da logomarca do apoiador no website do evento; Inserção da logomarca do apoiador na faixa central e nos cartazes do evento; Inserção de 1 (uma) página de publicidade no interior da revista “6º Encontro de Negócios Brasil-Portugal"; Inserção na revista, de entrevista exclusiva com o representante do apoiador, com fotos do próprio; Direito a 4 (quatro) convidados para assistir as palestras e participar do almoço; Direito a 1 (uma) mesa para negociações durante a rodada de negócios; Direito a 1 (uma) mesa no jantar comemorativo aos “100 anos da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro”, a se realizar no dia 17 de setembro no Museu Histórico Nacional.
PRATA Distribuição de material promocional do apoiador nas pastas dos participantes; Inserção da logomarca do apoiador no website do evento; Inserção da logomarca do apoiador nos cartazes do evento; Inserção de 1 (uma) página de publicidade no interior da revista “6º Encontro de Negócios Brasil-Portugal";
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Direito a 4 (quatro) convidados para assistir as palestras, participar do almoço e da rodada de negócios; Direito a 8 (oito) convites para o jantar comemorativo aos “100 anos da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro”, a se realizar no dia 17 de setembro no Museu Histórico Nacional.
BRONZE Inserção da logomarca do apoiador no website do evento; Inserção da logomarca do apoiador nos cartazes do evento; Inserção da logomarca do apoiador na página de agradecimentos, na revista “6º Encontro de Negócios Brasil-Portugal"; Direito a 2 (dois) convidados para assistir as palestras, participar do almoço e da rodada de negócios; Direito a 4 (quatro) convites para o jantar comemorativo aos “100 anos da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro”, a se realizar no dia 17 de setembro no Museu Histórico Nacional.
Condições de pagamento Os patrocinadores podem solicitar o pagamento do patrocínio em duas prestações, sendo a primeira com vencimento 30 dias após a assinatura da “Autorização de Patrocínio” e/ou “Contrato” e a segunda com vencimento em 15/10/2011.
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