MECANISMO DE FORMAÇÃO DO CAVACO
Prof. Herbert C.Gonçalves de Aguiar
DEFINIÇÃO SEGUNDO A DIN 8580
Cavaco - porção de material da peça retirada pela ferramenta, caracterizando-se por apresentar forma irregular.
CLASSIFICAÇÃODOS CAVACOS
CONTROLE DE FORMA DE CAVACO A geometria e a disposição podem ser problemáticas, e até críticas, na usinagem de materiais dúteis, principalmente em faixas elevadas de velocidade de corte. A geração de cavacos longos cria problemas no processo, são (Machado e Silva, 1999): Ocupam muito espaço em relação aos sólidos com a mesma massa, causando problemas de armazenamento, manuseio e descarte; Representam riscos para o operador caso se enrolem em volta da peça, da ferramenta ou de componentes da máquina-ferramenta; Podem comprometer o acabamento superficial da peça; Afetam a vida das ferramentas, as forças de usinagem e a temperatura de corte; Impede o acesso regular do fluido de corte.
MECANISMO DE FORMAÇÃO DO CAVACO a)
uma pequena porção do material (ainda solidária à peça) é recalcada (deformações elásticas e plásticas) contra a superfície de saída da ferramenta.
b)
esta deformação plástica aumenta progressivamente, até que as tensões de cisalhamento se tornem suficientemente grandes, de modo a se iniciar um deslizamento (sem que haja perda de coesão) entre a porção de material recalcado e a peça.
c)
continuando a penetração da ferramenta, haverá uma ruptura (cisalhamento) parcial ou completa do cavaco, acompanhando o plano de cisalhamento já citado anteriormente e dependendo da ductilidade do material e das condições de usinagem.
d)
prosseguindo, devido ao movimento relativo entre a ferramenta e a peça, inicia-se um escorregamento da porção do material deformada e cisalhada (cavaco) sobre a superfície de saída da ferramenta. Enquanto isso, uma nova porção do material está se formando e cisalhando, a qual irá também escorregar sobre a superfície de saída da ferramenta, repetindo o fenômeno.
MECANISMO DE FORMAÇÃO DO CAVACO
MECANISMO DE FORMAÇÃO DO CAVACO
Cavaco de material dúctil
Cavaco de material frágil
MECANISMO DE FORMAÇÃO DO CAVACO Deformação elástica ou recalque; Deformação Plástica; Ruptura; Movimento do cavaco sobre a superfície da ferramenta F1
F1
F2
F2
F3
F3
CLASSIFICAÇÃO PELA NORMA ISO 3680
CLASSIFICAÇÃO APRESENTADO POR DINO FERRARESI OS TIPOS DE CAVACOS SÃO: Cavaco contínuo – apresenta-se constituído de lamelas justapostas numa disposição contínua. Forma-se na usinagem de materiais dúcteis (o aço, por exemplo), onde o ângulo de saída deve assumir valores elevados.
Cavaco de cisalhamento – apresenta-se constituído de lamelas justapostas numa disposição descontínua.
CLASSIFICAÇÃO APRESENTADO POR DINO FERRARESI OS TIPOS DE CAVACOS SÃO: Cavaco de ruptura – apresenta-se constituído de fragmentos arrancados da peça usinada. A superfície de contato entre cavaco e superfície de saída da ferramenta é reduzida, assim como ação do atrito; o ângulo de saída deve assumir valores baixos, nulos ou negativos.
Cavaco segmentado – se forma principalmente na usinagem de aços endurecidos. Devido a utilização de ferramenta com ângulo de saída negativo, aparecem na ferramenta e na peça grandes tensões de compressão. Como o material é frágil, essa alta tensão de compressão induz à formação de trincas ao invés da deformação plástica do cavaco.
EXEMPLOS DE TIPOS DE CAVACOS
FORMAS DO CAVACO:
Fita
Espiral
Helicoidal
Lascas ou pedaรงos
FATORES QUE INFLUENCIAM NA FORMA DO CAVACO
INFLUENCIA DO AVANÇO E DA PROFUNDIDADE DE CORTE SOBRE FORMAÇÃO DO CAVACO.
AVANÇO
RELAÇÃO ENTRE A PROFUNDIDADE DE CORTE E O RAIO DE PONTA DA FERRA MENTA SOBRE A FORMAÇÃO DO CAVACO.
DIFERENTES FORMAS DE DIRECIONAR O CAVACO.
ALTERAÇÃO DA FORMA DO CAVACO.
ε rup
1 1 ≤ α × hd × − R0 R1
Para facilitar a quebra do cavaco, pode-se: diminuir o limite de ruptura do material (εrup), aumentando a fragilidade do material através de tratamento térmico ou de trabalho a frio (encruamento) do material. aumentar a espessura do cavaco (hd), através do aumento do avanço ou do ângulo de posição da ferramenta. diminuir o raio de curvatura do cavaco (R0), através da diminuição dos ângulos de saída (γo) ou a inclinação (λs) ou da colocação de quebra-cavaco. aumentar o menor valor de R0 onde ainda se evita o choque com o porta ferramenta ou outro obstáculo (R1), ou limitar o espaço para o fluxo do cavaco. aumentar o coeficiente α – este coeficiente é 0.5 para cavacos com secção transversal regular.
INFLUENCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA SOBRE FORMAÇÃO DO CAVACO Onde: χr = ângulo de posição da ferramenta. ap = profundidade de corte. f = avanço da ferramenta. b = largura de corte. h = espessura do cavaco. A = área do cavaco.
Obs: Quanto maior o χr, ou seja, mais próximo de 90°. Maior vai ser a espessura do cavaco deixando-o mais frágil, facilitando a quebra do mesmo.
TIPOS DE QUEBRA CAVACO
Postiรงo
Moldado ou integral
Sinterizado
FASES DE TRANSIÇÃO DO CAVACO
REFERÊNCIAS