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Crescimento da cidadelEstado Os gregos nao se consideravam parte integrante de uma nagao, mas membros de uma cidade-Estado. Em 500 a.C., a Gr6cia estava dividida em varios pequenos Estados. 0 menor deles tinha apenas algumas milhas de extensao; 0 maior, a Atica, levava dois dias para.ser percorrido a p6. - Por volta de 800 a.C., quem governava as pequenas cidades Cram os aristocratas. Mas a medida que as cidades cresciam, os mercadores tomavam-se mais ricos, clamando • Monarquia. 0 re]l governai participacao no govemo. Os lavradores tamb6m queriam sozinho ou com urn conselho efetuar mudancas. Enquanto a populagao crescia, a terra de nobres. E]e 6 o sL]mo escasseava. Muitos lavradores tiveram que emigrar, outros sacerdote, comanda -o ex6rcito contrairam dividas e alguns ate venderam a si pr6prios como e confe-re justiea. escravos.
Entre os anos 700 e 600 a.C., houve revolug6es em alguns Estados e o povo ajudou tiranos a tomar o poder. Em o.utros, urn alto magistrado, ou fun.cionario ptiblico, foi designado para elaborar novas leis. Gradualmente, o direito de participacao no governo estendeu-se a mais pessoas. Por volta de 500 a.C., em alguns Estados, s6 os cidadaos de sexo masculino e donos de terra podiam votar. Ep outros, o direito foi extensivo a todos os cidadaos homens.
-7-/.ran/.a. Governo de urn homem que assume o poder pe]a forea. Freqtientemente 6 apoiado pelo povo contra os
aristocratas.
+ L}emocracla. Toaos os cid.adaos homens tomam parte •na elaboraeao das leis.
+ A Gr6cia 6 djvidida em vales per cadeias montanhosas. ]sto ta[vez explique em parte
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per que pequenos Estados se formaram.
Mulheres, crianâ‚Źas e escravos riao eram considerados cidadaos.
t Como as cidades-Estados cresceram de 900 a 600 a.C. Sistemas de governo.
-Aristocracia. Os nobres tomam o poder dos reis e governam. Quando morrem, os ffj]hos assumem o seu lugar.
-Oligarquia. Governo de poucos, gera[mente dos que sao donos de terras. Os atenienses chamavam esse governo de o "governo dos gordos".
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Cidadaos de A{enas
+As ve[has mura]has em volta da acr6pole de Atenas ainda existem. A palavra acr6pole significa fortaleza elevada. Varios Estados tinham uma acr6pole numa co[ina no centre da cidade, chamada anteriormente po//.s.
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Por volta do s6culo V a.C., todos os cidadaos de cidadesEstados como Atenas tomavam parte no governo. Isto se assemelha a uma modema democracia. Mas os nossos Estados de hoje tomaram-se tao grandes que elegemos representantes para debaterem e votarem por n6s. Os atenienses nao se limitavam a decidir como governar o seu Estado. Tinham participaeao efetiva. Todos os anos, cerca de uma
quinta parte dos quarenta nil cidadaos homens adultos de Atenas era convocada para exercer as fung6es de juizes, funcionarios ptibficos e membros do conselho. Cada individuo exercia o seu cargo por urn ano. Assim urn homem podia ser general nun ano e simples soldado no ano seguinte.
Quase todos os cargos pdblicos Cram exercidos em meioexpediente. Como varios cidadaos tinham propriedades agricolas ou oficinas, dispunham assim de tempo livre quando precisassem. Este sistema de governo s6 funcionava porque a populagao acreditava que governar o Estado era tao importante quanto as suas atividades privadas. A populaeao menosprezava quem nao manifestasse interesse pelos assuntos do Estado: Qualquer individuo podia ser conselheiro, juiz o.u funcionario ptiblico pelo menos uma vez. E mesmo que -nao fizesse parte do governo, o ateniense participava dele atrav6s da Assembl6ia. Quem de fato governava o Estado era a Assembl6ia, onde todos os cidadaos se reuniam mensalinente. Todas as pessoas sabiam exatamente como desempenhar cada cargo ptiblico, pol.que todos os cargos eram debatidos em Assembl6ia. Generals e funcionarios ptiblicos nao podiam entrar.em guerra, aumentar impostos, alterar leis ou gastar o dinheiro ptiblico sem o pr6vio consentimento da Assembl6ia.
Cargos priblicos exercidos.por atenienses ---,--,-
+500 conse]heiros esco]hidos por sorteio preparavam a pauta de disdussao para a Assembleia e vigiavam os funcionarios.
+6.000 juizes eram escolhidos por sorteio. Tomavam pal]te em jriris e julgavam causas pendentes entre cidadaos.
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.::: Quando urn juiz era ;`';.: escolhido para servir durante
'; urn ano, uma placa de
bronze com o seu none era
ouvir as causas. Nao havia advogados. Os cidadaos falavam por si mesmos. As vezes os cidadaos pagavam a quem [hes
colocada na tabua acima. Todo dia Cram escritos
escrevesse os discursos.
muitos nomes, para se fazer o sorteio daqueles que deveriam prestar servieo. Os juizes reuniam-se em
Urn homem podia, tamb6m, levar seus filhos para o tribunal, mat vestidos, para obter a simpatia dos jufzes.
grupos-de 301 a 1.001 para
+Autori'dadej§, entre as quais dez generais e dez arconfes escolhidos por sorteio organizavam os festivais e faziam cumprir as leis, auxiliados por outras 1.000
Pess0as13
So[dados-cidadaos de Esparta +]Os espartanos vivj@m em cinco cidades. Os 4r./ofas traba[havam nas propriedades
agricolas. os perf.ecos, homens [ivres sem voto, vjviam has a]dei@s. Produziam os
outros autigos de que os espartanos necessitavam. No diagrama, cada figura equivale a cerca de 12.000 pessoas. Cidades espartanas
A vida em varios Estados gregos era semelhante a de Atenas. Mas os habitantes de uma cidade-Estado, Esparta, viviam de maneira muito diferente. Os espartanos tinham invadido a regiao da Lac6nia, na Gr6cia, no s6culo XII a.C. Apropriaram-se das terras dos lavradores transformando-os em escravos - os fez.Jofczs. Estes hilotas deviam entregar metade de sua producao aos espartanos. E Esparta, enquanto cidade, 1imitava-se a controlar a sua imensa populagao de escravos.
Casas dos hilatas Aldeias dos per.Iecos
Periecos
Hilotas
Espartano
Periecos
fi¢¢ mmmm di §§§§§§§-i ® Mais de 100.000 habitantes © 65.000 a 100.000 habitantes ® 30.000 a 65.000 hab.Itantes
+ 0 mapa indica Atenas e Esparta e alguns dos maiores Estados gregos. Mas a majoria das cidades-Estados tinha memos de 10.000 habitantes.
Os Estados gregos das ilhas do mar Egeu e da Asia foram fundados pe[os gre-gos no s6culo XIl a.C.
Os cidadaos espartanos Cram soldados que se dedicavam integralmente aos treinos militares preparando-se para eventuais revoltas dos hilotas. Aos sete anos, os meninos espartanos deixavam a mac e iam viver em acampamentos nas montanhas. Ali, descalgos e vestidos com uma ttinica leve, gE&qufr qHe fosse o tempo, treinavam, praticavam jogos de _g[]i-=IIa e aprendiam as leis. Mesmo adultos, continuavam a rfemer em casemas e visitavam a sua mulher secretamente. milil:-ants dots anos, Cram obrigados a servir na policia se-
¹ qne ca§ava e matava hilotas desordeiros. As meninas espartanas tamb6m faziam exercicios fisicos pr:a qHe seus filhos nascessem robustos. Os espartanos desprE::za;lil;lam o conforto, a boa comida, roupas macias, palavras dE=necessfrias e id6ias novas. E nao possuiam arte.
iiH
+Estatua do famoso rei espartano Le6nidas, que foi erigida na Passagem rdesfiladeiro] das Term6pilas. Com 300 espartanos, ele defendeu a passagem durante dois dias contra a ex6rcito
persa, ate que todos os espartanos estivessem mortos. Ha mais detallies acerca das guerras contra os persas na pagina 53.
As casas da cidade La em cima na acr6pole e na agora, os edificios e os templos Cram de marmore claro polido. Mas as casas das ruas, sujas c tortuosas, Cram principalmente construidas de adobes se|`ados ao sol.
+ Fieconstituig5o da fachada de uma casa. A]gumas casas, provavelmente, tinham urn andar superior na sua parte de tras.
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Nao havia residencias suntuosas. Mesmo urn grande general, como Temistocles, vivia numa casa simples, igual a de seus vizinhos. Os homens ricos nao Cram respeitados pelo dinheiro que gastavam consigo pr6prios, mas pelo que davam aos deuses e a cidade para custear os festivais ptiblicos.
r==Tandestinhampavimentosdepedra.Emoutras,
I ±=TEfara¥m:ii:a%t:t:a:: af::ag:1:S:::d:ee:,ep:eirire:sr:s:::::SIS::t:: =-ram a passagem para entrar.
en alque6Iogos encontraram ferramentas mos assoalhos j=:-a sElas junlo as ruas. Talvez se possa deduzir dai que os ±±=E±gB utilizavam as salas que davam para a rua como [`1.
as a.Itros c6modos davam para urn patio central e poucas an.=±L para a rua. Isto era devido ao fato de que nas cid.adng -il-aiores havia urn esgoto aberto no meio das ruas. A a i+Muitas casas nao tinliam -riEina do banheiro estava ligada a este esgoto. Nas cidades mmr!res nao havia esgotos. E todo o lixo era jogado nas
I-s pars. ser apanhado pelos caes.
banheiros. Esta pintura de urn vase grego mostra urn rapaz lavando-se numa tina.
aE -ipe6Iogos mos descrevem
- I-I as casas dos ricos, =======±+iLse em vestfgios de
jiiii±;a qua encontraram. Nao ha ±±±==+iE das casas de gente ]ilillr.e porque eram feitas -==::_=::=:=+-Hiedeadobes,que
--aeram. • |c arro 430 a.C. urn novo =iiiiiiiii;i3 foil construfdo em Olinto,
- Irfe da Gr6cia. A partir Ill- aFcerees de pedra e dos \=_===|ns de mosaicos, urn ±!!±il±±±E±rfe reconstituiu a p]anta
- -a casa conl:orl:ave]
E-i-±givca[
+. Ehaens fazem azeite de ojiva
-hfr
a Afar erguido no patio aberto. A glarifa do porteiro fica a
a± da entrada.
3. REco coberto, I e 5. £Ls sa]as de estar sao
±das per braseiros a carvao.
i a 7. Quartos das mu[heres]
I. A ftrmaga do Togo sobe djreto
- a lelhado.
i|L -ire. Sala de estar das mulheres. -. e 12] As mulheres moem o
rty e leeem oou pano na cozinha. ~i Despensa quarto dos
-ass-i hiesa]a.
•i EHF5s sao co[ocados nun
nd ma fs e]evado do ch5o e ao
± da sa[a de jantar dos -ts= Bestos de comida sao
qrfus ao €hao. E no assoalho,
t± Hm esgoto que da para a rua.
+A moea deste baixo-relevo esta se preparando para o banho.
rna pe]e, retiravam o excesso depois e se banhavam com
Como nao havia sab5o,
agua.
as pessoas espalhavam azeite 17
Vida dom6stica "Nunca passo o tempo em casa: a minha mulher 6 capaz de cuidar da casa sozinha", diz urn personagem no livro Oeco#o77ÂŽz.c#S, de Xenofonte. Era regra geral em todas as
famflias. Depois de uma refeigao ligeira de manha, o homem saia e s6 voltava ao cair da noite. Fazia as compras, traba1hava na oficina e exercia urn cargo como membro do jtiri ou do conselho. Tamb6m passava parte do tempo conversando com os amigos sobre politica, assuntos varios ou apenas tagarelando. Excetuando as visitas as amigas e a ida aos festivais da cidade, a mulher grega ficava dentro de casa. Mas isto nao quer dizer que ficasse isolada ou nao tivesse nada que fazer. Tinha os parentes, os escravos, os filhos, os vizinhos para lhe fazerem companhia. Tinha que organizar todo o servigo da casa. Isto incluia fiar e tecer, tomar conta das provisoes, buscar agua na fonte ptiblica e encher as lamparinas de azeite. As ilustrag6es a direita dao mais informae6es acerca da vida da mulher grega.
especialmente meninas, eram colocados em vasos de argila p?ra mos 'campos ou morrerem has
Xenofonte djz que os deveres da mulher eram: administrar o dinheiro e tratar do tear,
* A mulher guardava leng6is, peeas de roupa e a armadura d{ marjdo nesta area. 0 cesto de trabalho, o espelho, a an fora do azeite e a ta?a ficavam dependurados na parede.
t Os .brinquedos das criangas eram feitos de argi]a, couro ou cera. A boneca de argila, com cerca de 15,2 cm de a[tura
deve ter side pintada com cores ben vivas. Quando as crianeas morriam, os brinquedo eram enterrados com elas para lhes fazer companhia no outro mundo. I 2ÂŽ
Apesar de as meninas nao irem
I
3ae::::a'p::aesecnrsaivnoa-i:Straui|de:.
Aos quinze anos, as meninas abandonavam osÂŽbripquedos e
escolhido por seu pai. Depois da cerim6nia e festa em sua casa,
casavam com o homem
a noiva ia para o seu novo Iar.
Todas as manhas a mu]her . fazia uma pequena oferenda aos
deuses protetores da case.
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vida de urn escravo +Nao sabemos com certeza qua] era a popu[a?ao de Atenas. Mas os historiadores -fizeram uma estimativa. Cada figura representa 5.000 pessoas.
adultos. Quase todos tinham. mulher e filhos.
Mesmo em Estados democraticos, nem toda a popula?ao tomava parte no governo da cidade. As mulheres, os estrangeiros e os escravos nao Cram considerados cidadaos e, portanto, nao podiam votar. Mesmo quando urn escravo era libertado, podia ter uma loja ou servir no ex6rcito. mas nunca se tornava cidadao. Atenas e. muitas outras cidades-Estados tinham grandes populae6es de escravos. Qualquer pessoa podia-se tornar escrava, podia ser raptada por piratas ou capturada na guerra. Os escravos que viviam com uma familia Cram bern tratados e, muitas vezes, benquistos. Esperava-se deles fidelidade e eram torturados antes de deporem no tribunal porque, do contrario, podiam esconder fatos que lesassem seus donos. •. Os escravos tinham que trabalhar para quem os comprasse, a menos que seus amigos lhes fornecessem dinheiro para readquirir sua liberdade. Podiam tamb6m poupar di•nheiro para comprar sua liberdade ou serem libertados
-35.000 escravos trabalhavam mos campos ou em oficinas.
+25.000 escravas cuidavam dos afazeres de casa.
+10.000 crian?as escravas eram treinadas para exercer urn pficio.
-20.000 escravos mineiros cavavam as minas de prata, descobertas em 483 a.C.
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quando o dono morria. Mas os escravos, que trabalhavam nas minas de prata e que fizeram de Atenas uma cidade rica, nao tinham esperanga de liberdade. Marcados a ferro e amarrados uns aos outros por correntes, trabalhavam por longos periodos em pequenos ttineis subterraneos ate morrerem de exaustao.
+0 cidadao ganhava 15 c}-racmas por mss. Ele e seu escravo podiam ainda
ganhar, cada urn, uma dracma per dia em traba]hos priblicos. Ao escravo era permitido guardar 1/6 do dinheiro.
t Preeos, em dracmas, dos escravos, comparados com outras mercadorias. Quase todas as fami]ias tinham uma menina para os servieos dom6sticos e urn homem para a oficina ou propriedade agricola.
{ Numa escola de mdsica de
Atenas, as mulheres escravas eram treinadas como cantoras e dan?arinas, e a[ugadas para a]egrar festas. t Uma mu[her escrava esta segurando a cabeea de urn jovem, que comeu e bebeu demais nun banquete. As vezes os homens apaixonavam-se e casavam com escravas bailarinas. Mas os fjlhos de uma mulher escrava nunca poderiam ser cidadaos.