Museus de Moçambique

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MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL

MUSEU NACIONAL DE GEOLOGIA

MUSEU NACIONAL DE ARTE

MUSEU NACIONAL

18 DE MAIO

DA MOEDA

DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS

MUSEUS DE MOÇAMBIQUE MUSEU DA REVOLUÇÃO MUSEUS DA ILHA DE MOÇAMBIQUE

MUSEU NACIONAL DE ETNOLOGIA

MUSEU REGIONAL DE INHAMBANE



Indice:

Introdução Mapa com museus de Maputo Museu Nacional de Arte Museu Nacional de Geologia Museu de História Natural Museu Nacional da Moeda Museu da Revolução Mapa da cidade de Inhambane Museu Regional de Inhambane Mapa da cidade Nampula Museu Nacional de Etnologia Mapa da Ilha de Moçambique Museus da Ilha de Moçambique

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Introdução O Homem é um produtor e um produto da cultura. Se nela, ele se projecta, também ela ajuda a moldar o próprio Homem. São, assim, ambos, homem e cultura, o resultado de uma interacção constante que se desenvolve no tempo. Desta forma, ambos estão sujeitos ao desgaste do tempo, ambos nascem, crescem e morrem. As sucessivas gerações de Homens recebem a cultura dos seus antepassados e alteram-na, melhoram-na, criando novas formas de cultura. Para que não se corra o risco das culturas ancestrais se perderem na voracidade das gerações que passam, o Homem criou instituições especialmente vocacionadas para a preservação e transmissão dessas culturas – os Museus. O Homem criou também, para formar as novas gerações, uma outra instituição vocacionada, também ela, para a transmissão e actualização da cultura - a Escola. Assim sendo, estas duas instituições, devem ser aliadas naturais nesse processo de preservação, transmissão e actualização da cultura, como património das sociedades e da humanidade. É tendo por base esta filosofia dinâmica de preservação/transmissão, que a EPM-CELP tem o prazer de se associar ao Departamento de Museus / Direcção Nacional de Cultura do Ministério de Educação e Cultura de Moçambique, com a explicita intenção de promover acções concretas nesta área. Esta brochura, que agora se apresenta, e que comemora o dia 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus, pretende ser a primeira iniciativa de muitas que virão.

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MUSEU NACIONAL DE ARTE

Av. Ho Chi Min, 1233 Maputo E. mail artemus@tvcabo.mz

Horário De Terça-Feira a Sexta-Feira –Das 11:00h às 18:00h Sábados, Domingos e Feriados (excepto 1 de Janeiro, 1 de Maio e 25 de Dezembro)- Das 14:00h às 18:00h Encerra à Segunda –Feira O Museu Nacional de Arte aberto ao público em moldes permanentes desde 1989, é o resultado de um projecto antigo que começou a esboçar-se logo após a Independência nacional. Está instalado num edifício construído em 1964 onde funcionou uma associação dos naturais de Goa e que foi posteriormente adaptado para o efeito. As suas colecções incluem principalmente pintura, escultura, desenho e gravura de artistas que viveram e trabalharam em Moçambique e dos principais artistas moçambicanos dos anos 50 até ao presente. A sua colecção integra ainda obras de arte que pertenceram a várias instituições coloniais, algumas delas de artistas de renome. O Museu Nacional de Arte tem procurado adaptarse às mudanças que têm vindo a ocorrer no panorama 5


artístico nacional e, nesse sentido, tem encorajado a prática da arte contemporânea e tem vindo a alargar as suas colecções. O museu dispõe de uma exposição permanente que ocupa duas salas e organiza com regularidade exposições temporárias na sua área de especialidade. Dispõe de um centro de documentação e de uma biblioteca para investigadores e outros interessados sobre arte, artistas e colecções de arte. O museu oferece programas educativos, visitas guiadas, palestras e projecções e está empenhado em fornecer ao público, de forma cada vez mais facilitada, informação actualizada. No balcão de recepção do museu estão à venda livros, catálogos, postais, Tshirts e objectos diversos

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MUSEU NACIONAL DE GEOLOGIA

Avª 24 de Julho, 355 MAPUTO Tel. 21313508 e-mail: museugeologia@tvcabo.mz Horário De Terça-feira a Sexta-Feira: 9:00h às 17:00h Sábado: Das 9.00h às 14:00h Domingo e Feriados: Das 14:00h às 17:00h Encerrado à Segunda- Feira Entradas livres ao Domingo. O Museu Nacional de Geologia, ex- Museu de Mineralogia e Geologia de Freire de Andrade, foi criado em 1940 e inaugurado em 1943 expondo inicialmente colecções e documentos de trabalho relacionados com a geologia e com as minas e ainda produtos industriais. A partir daí o museu esteve encerrado várias vezes e mudou de instalações. A última mudança ocorreu já depois da independência para o local onde hoje se encontra, uma vivenda do início do séc. XX que se chamou «Vila Margarida» e que foi adaptada para servir como museu. Após um processo de investigação e de reorganização o museu foi reaberto como Museu Nacional de Geologia em 21 de Setembro de 1992, incluindo a sua colecção 1048 exemplares. As actividades geológicas em Moçambique tiveram início cerca de 1892 quando foram criados os primeiros serviços de Minas. Desde então foram recolhidas e expostas

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espécies que ilustram as características geológicas e mineiras do território, dando-se especial atenção ao aspecto didáctico da exposição. A colecção do Museu Nacional de Geologia inclui actualmente 5853 amostras. As que despertam maior atenção são as pedras preciosas e semi-preciosas os minerais industriais e tecnicamente valiosos. A exposição distribui-se por várias salas, iniciando-se com o desenvolvimento da história da terra e alguns fósseis de Moçambique, incluindo nas restantes uma maquete da geologia de Moçambique em relevo apresentada na escala 1 : 500 000, amostras de minerais, informação sobre a distribuição espacial dos minerais de Moçambique e o seu potencial económico, modelos didácticos de cristais e sua geometria, jóias feitas a partir de pedras preciosas e semi-preciosas de Moçambique, entre outras informações e amostras dos recursos geológicos do país. Entre as várias amostras integradas na exposição destaca-se um exemplar de rubelite, com 50 cm de altura, constituído por quatro colunas de cor violeta, extraído em 1956 na exploração dos pegmatitos de metais raros em Nahia, Província da Zambézia. Considerado um dos maiores cristais existentes no mundo, uma parte dele encontra-se num dos museus da Smithsonian Institution nos Estados Unidos. O Museu oferece visitas guiadas e realiza programas educativos especialmente dirigidos às escolas. Os visitantes podem adquirir amostras e objectos decorativos e de adorno feitos a partir dos recursos geológicos e minerais do país na loja do Museu.

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MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL

Av.Travessia do Zambeze, nº 104 Maputo, Moçambique Caixa Postal 257 Telefone- 21.491145 Fax-21.490879

Horário De Terça a Domingo e Feriados (excepto 1 de Janeiro, 1 de Maio e 25 de Dezembro): das 8:30h às 15:30h Encerrado à Segunda-Feira Entrada Livre aos Domingos O Museu de História Natural inicialmente uma dependência da Escola Comercial e Industrial criada em 1911, tornou-se Museu Provincial em 1913. Tendo mudado várias vezes de instalações, está desde 1933 num edifício de estilo Neo-Manuelino construído pela Câmara Municipal. É um dos marcos da cidade e um dos museus mais visitados por turistas e nacionais. Primeiro Museu Provincial, depois Museu Dr. Álvaro de Castro, passou a designar-se a partir

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de 1975, data da independência, Museu de História Natural. Reabriu ao público em 1977 depois de obras de conservação e de reorganização das exposições. O Museu de História Natural é uma instituição nacional tutelada pela Universidade Eduardo Mondlane que tem por objectivo proporcionar informação naturalística e etnográfica aos visitantes e promover a realização de trabalhos de investigação no âmbito das Ciências Naturais e Humanas. A informação naturalística é dada através da exibição de espécimes de natureza zoológica ou paleontológica, montados ou reproduzidos, e por via de regra inseridos em cenários simulando os naturais. A galeria etnográfica integra peças de carácter diverso, relacionadas com determinadas actividades humanas, no campo da música, da dança, da ourivesaria, da guerra e da instrumentalização de meios de trabalho. Possui uma importante colecção de escultura antiga e inclui ainda bustos representativos de vários grupos étnicos de Moçambique. Paralelamente à actividade expositora, decorrem no Museu trabalhos de índole científica, de âmbito laboratorial, consistindo geralmente no inventário e descrição das espécies zoológicas existentes em Moçambique. Entre as suas colecções destacam-se de modo evidente, a colecção zoólogica, na qual estão expostos embalsamados grande variedade de mamíferos (200), aves (10 137), invertebrados (1250), répteis (150) e insectos (176 527). Entre os exemplares expostos no museu é de salientar uma colecção de fetos de elefante desde 1 mês até aos 22 meses, provavelmente a única colecção de género. A colecção entomológica (insectos), é rica em Coleópteros e significativa em relação à família Scarabaeidae (escaravelhos). A colecção de Cerambycidae (longicórnios) é também muito importante pois conta com muitas espécies colhidas em Moçambique que há pouco tempo não eram conhecidas. O Museu de História Natural possui uma biblioteca, um anfiteatro e outros serviços de apoio aos visitantes em geral e ao público escolar em particular.

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MUSEU NACIONAL DA MOEDA

Praça 25 de Junho Casa Amarela, Maputo Tel. 21. 320290 Horário 3ª a 6ª feira- Das 11h às 17 h Sábado- Das 9h às 15h Domingo e Feriados- Das 14h às 17h Encerra à 2ª feira. O edifício onde está instalado, a “ Casa Amarela”, foi construído em 1860, sendo considerada a primeira casa de alvenaria da então cidade de Lourenço Marques. De arquitectura indo-portuguesa, foi propriedade de um comerciante indiano que, posteriormente, a vendeu ao Governo Português pela quantia de 750 libras esterlinas. O Museu Nacional da Moeda foi criado por ocasião das comemorações do 1º Aniversário da criação do “Metical”, a moeda nacional moçambicana e foi inaugurado a 15 de Junho de 1981, abrindo as portas ao público a 20 do mesmo mês. A sua criação insere-se no âmbito da preservação e valorização do património histórico de Moçambique, tendo em conta que a moeda é um testemunho histórico importante, revelando o grau de desenvolvimento económico de uma

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sociedade e as relações sócio-económicas, políticas e culturais entre povos ou países. O Museu Nacional da Moeda expõe cerca de 4300 moedas, peças moneteiformes, notas e medalhas, sendo 1000 referentes a Moçambique. São mostradas moedas-mercadoria (argolas ou manilhas, enxadas, andas, aspas e cruzetas, entre outras) que circularam em África e em Moçambique, moedas metálicas cunhadas, lisas e carimbadas e notas (papel-moeda). Entre as moedas-mercadoria expostas, pode apreciar-se o antepassado do metical, a moeda de Moçambique. A 4,83gr de ouro em pó chamava-se o metical, termo de origem árabe. Era no interior de penas de aves iguais à que está exposta que o metical era transportado depois de se tapar a extremidade com cera de abelha. Várias salas do museu mostram, segundo um critério geográfico, moedas de diferentes partes do mundo, havendo ainda uma sala dedicada às medalhas.

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MUSEU DA REVOLUÇÃO

Avenida 24 de Julho, 3003 Maputo. Horário Segunda, Terça, Quinta e Sexta, das 9:00 às 12:00 h e das 14:00 às 18:00 h. Sábado, das 14:00 às 18:00 hor Domingo, das 9:00 às 12:00 e das 15:00 às 18:00. Encerra às Quartas-feiras. O Museu, uma iniciativa do Partido Frelimo, foi inaugurado em 25 de Junho de 1978 no âmbito das comemorações do 3º ano da Independência Nacional. Instalado num edifício adaptado para o efeito, o museu possui uma exposição permanente que se desenvolve pelos seus 4 pisos. A partir do período de ocupação colonial, a exposição aborda as várias fases da luta armada de libertação nacional, a Independência Nacional e o período pós-independência que vai até ao III Congresso da Frelimo. As colecções do museu incluem fotografias, panfletos e outros documentos, fardamentos e armamento militar, objectos diversos pertencentes a vários heróis da luta de libertação e relacionados com os períodos históricos abordados. O museu carece de obras de manutenção urgentes, visando melhorar entre outros aspectos, as exposições e os serviços para o público.

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MAPA DA CIDADE DE INHAMBANE

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MUSEU REGIONAL DE INHAMBANE

Rua 1º de Maio, Bairro de Balane 1 Inhambane Horário Terça a Sexta-feira, das 09:00 às 17:30 horas Sábado das 10:00 – 16:00 horas. Encerrado ao Domingo e Segunda-Feira.

Aberto em 1988, por iniciativa local, o Museu Regional de Inhambane foi alvo de um projecto de requalificação museológica em 1996. A exposição informa sobre a arqueologia, a história, a geografia e a cultura material da cidade e da província de Inhambane. As suas colecções, maioritariamente de história e de etnografia, estão quase todas em exposição. O museu tem como missão salvaguardar, valorizar e divulgar o património cultural, social, etnográfico, geográfico e histórico da Província. Oferece programas educativos, realiza visitas guiadas, organiza palestras e exposições itinerantes, principalmente junto do público escolar. O museu dispõe de um balcão de recepção com venda de postais, publicações relacionadas com Inhambane, T-shirts, entre outros materiais de divulgação.

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MAPA DA CIDADE DE NAMPULA

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MUSEU NACIONAL DE ETNOLOGIA

Avenida Eduardo Mondlane, nº 1107 (39) Nampula Caixa Postal 364 Horário Terça, Quarta, Quinta, Sexta,- das 9:00h às 17:00 h Sábado e Domingo- Das 11:00 às 16:30 h Encerrado às Segundas e Feriados de 1 de Janeiro, 1 de Maio e 25 de Dezembro.

O actual Museu Nacional de Etnologia é resultado da ampliação do anterior Museu Regional inaugurado a 23 de Agosto de 1956, sob responsabilidade da Câmara Municipal da Cidade de Nampula, compreendendo várias secções e sendo a de etnografia a mais importante. Ainda antes da Independência Nacional, o museu passou por um período de dificuldades, mereceu alguma atenção logo nos primeiros anos do novo país mas acabou por encerrar nos anos 80. Entretanto, resultado de um programa museológico de transformação em Museu Nacional de Etnologia, foi reaberto ao público a 25 de Junho de 1993. Foi oficialmente criado pelo Decreto número 19/96, de 11 de Junho. Como museu nacional exerce funções de coordenação científica e orientação metodológica dentro da sua área de especialidade. As suas colecções têm vindo a ser ampliadas, apesar de grandes dificuldades, visando representar o país na sua área de especialidade: Etnologia/ Etnografia.

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O museu tem uma exposição permanente e organiza exposições temporárias. Oferece ainda programas educativos e programas culturais diversos. Possui uma biblioteca especializada e uma loja. No espaço exterior do museu trabalham vários artesãos.

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ILHA DE MOÇAMBIQUE

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Museus da Ilha de Moçambique Palácio de S. Paulo

Ilha de Moçambique

Horário: Terça a Domingo das 08:00 às 17:00 horas Encerra à Segunda e Feriados de 1 de Janeiro, 1 de Maio e 25 de Dezembro

Os museus da Ilha de Moçambique começaram a ser criados nos anos 60, integrados num projecto de recuperação de vários edifícios desta ilha que foi a primeira capital de Moçambique. Uma comissão destinada a preservar o património e imóvel de Moçambique, iniciou-se trabalhos de pesquisa, pediu empréstimos, reuniu e comprou peças. Foi entre os anos 1969 e 1972 que os Museus abriram finalmente ao público. Estão instalados nos anexos da igreja da Misericórdia e no palácio de S. Paulo, edifício construído em 1919 pelos padres jesuítas para servir o colégio. Chamou-se S. Francisco Xavier e tinha uma igreja anexa, do lado sudoeste, de invocação a S. Paulo, mesmo nome que acabou por ser atribuído a todo edifício depois da expulsão desta ordem religiosa pelo Marquês do Pombal, 1959. Pertencendo então à Coroa Portuguesa, em 1963 o 1º andar foi adaptado a residência dos Governadores e no r/c instalaram-se as secretárias do Governo.

No final do séc. XIX, com a mudança de capital da colónia para a então Lourenço Marques (hoje Maputo), a Ilha perdeu também importância como centro político e económico. O Palácio de S. Paulo conheceu então um certo abandono. Em 1943 foi proclamado Monumento Histórico de Moçambique, assim como a sua Igreja e vários outros edifícios da Ilha. Depois da independência Nacional, em 1975, a Ilha

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de Moçambique foi objecto de várias intervenções visando a sua preservação, e em 1991 a sua inscrição na lista do Património Mundial foi aceite pela UNESCO. O Museu de Marinha montou se no r/c (zona da frente, do lado esquerdo da entrada do Palácio), o Museu-Palácio de S. Paulo (Artes Decorativas) instalou-se no 1º Andar (na antiga área residência) e o Museu de Arte Sacra Foi instalado nas antigas dependências do Hospital da Santa Casa da Misericórdia, com a entrada lateral à Igreja da Misericórdia, que lhe é anexa. Este último Museu fica integrado no conjunto arquitectónico daquela que foi a Igreja Matriz, com paredes-meias com o Palácio de S. Paulo.

Museu da Arte Sacra O Museu de Arte Sacra foi inaugurado em 1969, contando com peças bastante invulgares, provenientes, na sua maioria, das extintas igrejas da Cidade de Moçambique (Ilha) e arredores. O seu acervo é constituído por objectos que se utilizaram no culto católico ou que estão relacionados com este culto, constituindo várias colecções, como: ourivesaria em prata, escultura em madeira, escultura em pedra, mobiliário, pintura a óleo e têxteis. São, na sua maioria peças de arte indoportuguesa, nomeadamente na escultura, no trabalho de metal, no mobiliário e nos tecidos. São peças de excepcional qualidade e do interesse histórico, uma vez que são maioritariamente exemplares dos séculos XVI, XVII e XVIII.

Museu de Artes Decorativas O Museu de Artes Decorativas ocupa a zona habitacional do Palácio e conta com peças que pertenceram ao seu antigo recheio enquanto residência do governo. Para a Montagem do Museu foi necessária uma selecção criteriosa do que seria conveniente ali permanecer. Na Ilha de Moçambique e seus arredores, historiadores, arquitectos e demais especialistas procuraram e compraram

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mobílias e acessórios decorativos antigos que antigas famílias, na sua maioria oriundas da antiga Índia Portuguesa (Goa, Damão e Diu) ainda conservavam. Sabe-se, através de depoimentos orais e pesquisas, que algumas destas peças são dos séculos XVIII e XIX, mas há outras que foram fabricadas mais recentemente (séc. XX) em Moçambique, à semelhança de modelos originais. Na então Lourenço Marques reuniu-se peças que se encontravam no Arquivo Histórico de Moçambique, no Museu Histórico Militar instalado na Fortaleza de Nª. Senhora da Conceição e compraram-se outras que foram restauradas nas oficinas das obras públicas. Todas as mobílias e acessórias decorativos adquiridos, estavam, de alguma forma relacionados com o contexto histórico da Ilha. Em 1971 foi concluída a obra, tendo sido também a Igreja e o jardim/quintal do Palácio alvo de arranjos que lhes procuraram restituir o aspecto e carácter antigo. No acervo deste museu, o mobiliário representa o núcleo mais importante, onde entre peças portuguesas, francesas e chinesas, se destacam as mobílias indo-portuguesas. Estas mobílias são constituídas por um representativo número de canapés, cadeiras, mesas, camas, arrumarias, malas, oratórios, entre outros. Porcelanas, tapetes tapeçarias, metais, esculturas em madeira, pinturas a óleo, gravuras e meio de transportes são ainda outras colecções que fazem parte deste museu e que caracterizam uma época vivida na Ilha de Moçambique, que corresponde aos sécs. XVIII e XIX. A Igreja de S. Paulo é mais uma manifestação da diversidade cultural de Moçambique. O seu púlpito e altar foram encomendados a Índia no séc. XVII pelos padres jesuítas, representando novamente a arte indoportuguesa em todo esplendor.

Museu de Marinha O museu de Marinha, criado em “nos baixos do Palácio”, foi concluído em 1972, para o qual foram recolhidos valiosos despojos marítimos encontrados na costa moçambicana. No projecto de criação deste museu estava prevista uma segunda fase e o aproveitamento de outras dependências. Reuniram-se para constituir o acervo deste Museu peças de artilharia naval, âncoras, espingardas, embarcações locais, miniaturas de embarcações portuguesas, instrumentos náuticos e pinturas alusivas aos descobrimentos e a navegação. Prevê-se o desenvolvimento deste Museu, tendo-se para o efeito recuperado alguns espaços e adquirido novas peças Depois da Independência Nacional os Museus e o património à sua guarda continuaram a

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merecer atenção. Apesar das dificuldades em pessoal em recursos financeiros, os museus nunca fecharam e tem vindo a ser objecto de várias intervenções. O Ministério da Educação e Cultura, com o apoio da Cooperação Internacional, onde se destaca a ASDI, a MS, a NORAD, a UNESCO e a Cooperação Portuguesa desenvolveu um programa de profissionalização destes museus que inclui para além da reabilitação dos edifícios, a criação de vários sectores necessários ao desempenho das várias funções museológicas. Os museus possuem, actualmente, exposições fruto de novas aquisições feitas nos últimos anos. Os visitantes têm também à disposição um centro de informação e uma loja.

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Ficha técnica

Texto: Alda Costa e Sara Teixeira ( Departamento de Museus ( DINAC / MEC ) Imagens: Departamento de Museus / DINAC / MEC e EPM-CELP Concepção gráfica e paginação: CRE da EPM-CELP Coordenação editorial e distribuição: Departamento de Museus / DINAC / MEC e EPMCELP Impressão: Centro de Recursos Educativos da EPM-CELP Tiragem : 5000 exemplares Maputo, 18 de Maio de 2007

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Um agradecimento muito especial a todos os Museus de Moรงambique.

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R ep úb lica de Moçamb ique M INIST ÉR IO D A E DU C A Ç ÃO E C UL TUR A

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