C E N T R O
EDUCACIONAL ARIANO SUASSUNA
Curso: Bacharelado em arquitetura e urbanismo Disciplina: Projeto de arquitetura e urbanismo II Professor orientador: Oliveira Júnior Equipe: Karine Nunes do Nascimento Tauan Paz e Albuquerque Projeto: Escola Localização: Bairro Estação Velha, Campina Grande - PB Terreno: 4225,00 m² Ano: 2018
01 I Apresentação 02 I Localização 03 I Análise do lugar 04 I Programa de Necessidades 05 I Fluxograma e Matriz de relações 06 I Zoneamento/ Implantação 07 l Partido arquitetônico 08 I Detalhamento do sistema de proteção solar 09 I Sistema construtivo 10 l Volumetria
01 Apresentação
S
egundo o MEC, os brasileiros estão estudando e aprendendo cada vez mais. Pois, incluindo todas faixas etárias, houve um crescimento constante nas taxas de frequência nas escolas. Principalmente na população de 4 e 5 anos, que em 2001 estava em 55%, cresceu para 79,1% em 2012. Além disto, a permanência no âmbito escolar também tem aumentado consideravelmente. Tendo em vista todos esses pontos positivos, por consequência, a taxa de analfabetismo no Brasil vem caindo. Segundo o IBGE estima-se uma queda de 8,7% (2012), para 8%, em média 12,9 milhões de pessoas (2015), sendo no Nordeste um índice maior. Todavia, ainda é claro a inacessibilidade de algumas crianças a escola, ou até mesmo a precariedade das mesmas, que na maioria das vezes não suprem com a obrigação de um bom ensino público. Já que 40,2% da população brasileira de 0 a 14 anos vivem em domicílios de baixa renda (Fonte: IBGE), o acesso ao ensino privado é praticamente inexistente. Tendo em vista essa necessidade, foi sugerido um projeto de uma escola na Estação Velha, Campina Grande - PB, bairro no qual tem como característica os moradores de baixa renda, além de ser um local esquecido pela cidade, já que trata-se de uma ilha de segregação, formado por grandes edifícios ao seu entorno. A escola será voltada para o ensino de crianças de 2-10 anos, atendendo as necessidades socioeducacionais do local, com o máximo de desempenho no ensino. Trazendo uma relação família-escola-comunidade. A partir disto, os pais poderão ir trabalhar e deixar seus filhos sem medo, para que haja um futuro justo para os mesmos.
02
03 Localização
O projeto é localizado na cidade de Campina Grande - PB, no bairro da Estação Velha que comporta em média 3.313 habitantes. Sendo 35,4%, crianças. Bairro este com uma baixa renda financeira e baixa visibilidade na cidade, apesar de possuir uma grande parte da história de Campina Grande em seu corpo, como o museu do algodão e o trem que antes funcionava, influenciando assim a econômia na localidade. O terreno proposto está na rua Antônio Carvalho de Souza, de esquina com a rua Tv. Santa Luzia e com a Rua Prudente de Morais, esta que possui um grande fluxo de veículos. Existe a predominância de residências unifamiliares, com alguns usos mistos, além de uma grande área descampada próximo ao terreno proposto, com um grande pontencial construtivo.
Estação Velha
TERRENO PROPOSTO PARA O PROJETO
04
Fotos: Arquivo Pessoal
05 Anรกlise do Bairro
Aรงude Velho
Hiper Bompreรงo
UNINASSAU
Museu do algodรฃo
Slap Boliche
Fรณrum Afonso Campos
Terreno Proposto
N
06
Foi feito uma análise do lugar, em relação aos pontos de referências que se localizam na proximidade do terreno. Foi visto a questão do norte geográfico do mesmo, que neste caso localiza-se a 90° do terreno; A imagem acima ilustra o sol nos períodos desejados, 9h e 15h. Observou-se a questão das ruas ao seu entorno, dividindo-as em rodovia, via coletora, via local e via arterial. Além disto, foi localizado os pontos de ônibus mais próximos da região, ponto este fundamental para a locomoção da comunidade.
Rodovia Via coletora
Via Local Via arterial
Ponto de ônibus
07
Programa de necessidades AMBIENTES
ATIVIDADES
CARACTERÍSTICAS
DIM
Atender os pais dos alunos, bem como resolver a burocracia da escola.
Sala do psicólogo
Auxiliar o aluno quanto ao seu comportamento psicoeducativo.
Pequeno porte, iluminada, ventilada, baixa circulação e permanência.
Birô, cadeira, sofá.
16,18m²
Almoxarifado
Armazenar os materiais escolares.
Pequeno porte, sem iluminação e venbaixa circulação e permanência.
Prateleira, armário.
11,25m²
Sala dos professores
Proporcionar interatividade dos professores.
Médio porte, iluminada, ventilada, média circulação e baixa permanência.
Mesa, cadeira, birô, bebedouro, sofá, armário, guarda volume.
17,49m²
Coordenação
Atender os pais dos alunos, arquivar e sistematizar os documentos escolares.
Pequeno porte, iluminada, ventilada, média circulação e baixa permanência.
Birô, cadeiras, armários, arquivo. 16,4m²
Secretaria
Centralizar os serviços de expediente e arquivar documentos da escola.
Pequeno porte, iluminada, ventilada, alta circulação e baixa permanência.
Birô, cadeiras, armários, arquivo. 15,33m²
Recepção
Dar informações
Pequeno porte, iluminada, ventilada, alta circulação e baixa permanência.
Birô, cadeira, armário.
Pátio
Proporcionar convívio dos alunos e atividades de lazer.
Amplo iluminado, ventilado, alta circulação e baixa permanência
Bancos, bebedouro
200m²
Playground
Proporcionar convívio dos alunos e atividades de lazer.
Amplo, iluminado, ventilado, alta circulação e baixa permanência.
Balanço, carrossel, es corregador, gangorra.
80m²
Quadra poliesportiva
Realizar atividades esportivas.
Ampla, iluminada, ventilada, baixa circulação e permanência.
Bebedouro
432m²
Sala de aula(Pré Escolar) Atender a dinâmica de convivência e aprendizado dos alunos na escola.
Ampla, iluminada, ventilada,
Mesa, cadeira,
48m²
Sala de aula(Fund I)
Atender a dinâmica de convivência e aprendizado dos alunos na escola.
Ampla, iluminada, ventilada, alta circulação e permanência.
Mesa, cadeira, armário, birô.
38,27m²
Sala Multidisciplinar
Realizar trabalhos pedagógicas que ajudem no treino de áreas do saber.
Ampla, iluminada, ventilada, baixa circulação e permanência.
Mesa, cadeira, armário, birô, pia.
34,24m²
Lab de Informática
Integrar tecnologias a comunidade escolar motivando a aprendizagem.
Ampla, iluminada, ventilada, baixa circulação e permanência.
Mesa, cadeira, armário, birô.
34,24m²
Biblioteca
Informar, educar, ampliar a criatividaAmpla, iluminada, silenciosa, baixa de, ensinar a cultura e estimular a leitura circulação e alta permanência, acústica.
Cozinha
Preparar refeições.
Refeitório
Servir refeições.
Dispensa alimentícia
Pequeno porte, iluminada, ventilada, baixa circulação e permanência.
MOBILIÁRIO
Diretoria
Armazenar os alimentos.
Médio porte, iluminada, ventilada, baixa circulação e alta permanência. Amplo, iluminado, ventilado, baixa circulação e permanência. Pequeno porte, pouco iluminada e ventilada, baixa circulação e permanência. Pequeno porte, pouco ventilado e iluminado, baixa circulação e permanência.
Birô, cadeiras, armário.
Mesas, cadeiras, estante, guarda volumes,
11,83m²
15,33m²
51,3m²
Fogão industrial, freezer, geladeira, 47,48m² bebedouro. Mesas, bancos.
Prateleiras
200m²
14,49m²
Depósito de Lixo
Armazenar o lixo produzido pela escola.
-
5,61m²
Área de Serviço
Atender as necessidades de limpeza escolar.
Pequeno porte, iluminada, ventilada, baixa circulação e permanência .
Armário, tanque, pia, máquina de lavar.
WC
Atender a higiene pessoal dos alunos.
Médio porte, iluminado, baixa circulação e permanência.
Feminino: 4 vasos, 3 pias. 11,71m² Masculino: 2 vasos, 3 pias, 2 mictórios
Vestiário
Atender a higiene pessoal dos funcionários.
Pequeno porte, iluminado, baixa circulação e permanência.
1 vaso, 1 pia, 1 chuveiro
Estacionamento
Estacionar veículos
Amplo
-
Depósito de gás
Armazenar botijão para a cozinha.
Pequeno porte, pouco iluminado e ventilado, baixa circulação e permanência.
-
10,26m²
10,44m² 163m² 6,38m²
08
Fluxograma e Matriz de Relações Na matriz de relações analisou-se a relação dos ambientes existentes no projeto. Classificando-os em: Indispensável, Desejável, Indesejável e Desnecessária. Para que assim pudesse ser iniciado o estudo do fluxograma, sendo este o estudo da relação de proximidade dos ambientes, para que haja um funcionamento otimizado da edificação. Levando em consideração o acesso social (público), serviço (restrito) e também a circulação vertical.
Diretoria Coordenação Secretaria Recepção Sala do Psicólogo Sala dos Professores Refeitório Cozinha Depósito de lixo Depósito de gás Dispensa WC PNE WC Vestiário Área de Serviço Almoxarifado Estacionamento Pátio Playground Quadra Biblioteca Sala de Aula (Pré Esc) Sala de Aula (Fund I) Sala Multidisciplinar Lab. Informática
Indispensável Desejável Indesejável Desnecessária
N
09
Correlatos
HOUSE IN MANTIQUEIRA São Bento do Sapucaí - Brasil
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Correlatos
RESIDENCIAL DE PERZIDES Zona Oeste de São Paulo - Brasil
Zoneamento
a
R. Pru dente de Mo r
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Tv
No zoneamento deste projeto é analisado a disposição dos ambientes de acordo com a orientação solar e a ventilação. Colocando os ambientes de maior permanência no nascente, favorecendo assim os usuários da edificação, em relação ao conforto térmico. Levando em consideração que a ventilação é oriunda do sudeste e o Sol da manhã nasce em leste e se põe a oeste. Já os locais de menor permanência, ou seja, o setor de serviço, foram postos voltados para o oeste, menos privilegiado, quando trata-se de temperatura. Foi pensado também em abrir o edifícios para todos os lados do terreno, para que haja uma interação da área interna e externa. O zoneamento foi todo pensado para que haja um fácil entendimento do projeto, para que seja claro e prático.
z Lu ia R. Antõnio Carvalho de Souza
ZONEAMENTO REFERENTE AO TÉRREO
Sa
rais
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dente
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Lu
de Mo
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R. Pru
11
R. Antõnio Carvalho de Souza
Setor Esportivo Setor Serviço Setor Ensino Setor Administrativo Circulação vertical
ZONEAMENTO REFERENTE AO 1° PAVIMENTO
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Partido Arquitetônico
Neste projeto tivemos como conceito primordialmente a integração de todas as fachadas com o entorno da edificação, sendo assim, com a ausência de fachadas cegas, que terminam por segregar certa parte do edifício. Pensou-se também numa construção permeável, que da fachada principal (sul) consiga ver a fachada norte, que dá acesso a área descampada da comunidade. Trazendo uma edificação totalmente convidativa a quem passa, já que um dos objetivos da mesma é fazer com que a população use este lugar para se encontratem, contemplarem, e assim, se tornar um local semi público, agregando valor ao bairro. Utilizou-se a questão das cores e das formas, já que se trata de uma escola destinada a crianças de 2-10 anos. Buscando sempre um bom conforto ambiental para o edifício, dispondo os ambientes de acordo com o favorecimento solar e da ventilação, por este motivo, o setor serviço foi direcionado a fachada noroeste, já que trata-se de locais de baixa permanência. E os demais ambientes, de maior permanência, foram destinados para fachadas mais agradáveis ao se tratar de conforto. Foi analisado também a colocação do layout nas salas de aulas, posicionando o quarto branco de forma que a incidência luminosa entre pela esquerda, para que assim, os destros, que são maioria consigam uma boa iluminação, sem que faça sombra no papel. Para que não haja manchas de sol adentrando ao ambiente da sala de aula, foi pensado no sistema de proteção solar, criando uma sombra entre os horários de 9h da manhã as 15h da tarde.
13
Detalhamento do sistema de proteção solar
48
Azimute de 50° Área de sombra
Análise da Fachada Sudeste
Foi estudado a fachada sudeste, onde localiza-se as salas de aula, sendo assim, um grande ponto a se preocupar em relação a incidência do sol. Anteriormente a análise, observou-se que apesar do beiral de 1,50m, o ângulo de incidência estava com 63°. Sendo assim, haveriam raios luminosos adentrando a sala de aula. Para que não ocorresse essa caso, foi analisado a carta solar, desejando sombra no local das 9h da manhã as 15h da tarde, e para que isto viesse acontecer, o ângulo de incidência deveria ser de 45°. Sendo assim, foi proposto aumentar o beiral para 2m, e subir um peitoril da janela de 0,50m, sendo assim, não houve tanta mudança no partido proposto.
41
14
Azimute de 215º Área de sombra
Análise da Fachada Noroeste
Da mesma forma que na fachada Sudeste, os estudos de ângulação foram feitos, e no príncipio, mesmo com o beiral de 1,50, o ângulo possuia 57°, havendo a entrada de raios luminosos ainda no ambiente. Entretando, com a presença de brises, essa ângulação ajustou-se para 41°, a partir disto, há a existência de sombra nos horários solicitados de 9h as 15h. Para isto, teve que subir paredes alternadas de 1m a cada brise, apenas na parte debaixo dos brises. Onde não há brise localizado na parte inferior, deverá ser encontrado uma parede de 1m.
Sistema construtivo
Correlatos
m²
Q POL UADRA IESP ORT ÁRE IVA A: 19
4.04
-2.00
15
01
PLANTA BAIXA TÉRREO
Na estrutura optou-se pela utilização da viga Verendeel, já que ela é capaz de alcançar maiores balanços. Já que esta construção possui estes balanços ousados.
Sistema construtivo
Correlatos
4.04
m²
Q POL UADRA IESP ORT ÁRE IVA A: 19
-2.00
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02
PLANTA BAIXA 1° PAVIMENTO
+ 10,00
17
+ 6,15
+ 3,15 + 2,81
+ 0,00
CORTE 1 + 10,00
+ 6,15
+ 3,15 + 2,81
+ 0,15
+ 0,00
CORTE 2
18
+ 6,15
+ 3,15 + 2,81
+ 0,15
CORTE 4
41
+ 0,00
+ 10,00
+ 6,15
+ 3,15 + 2,81
+ 0,15
+ 0,00
CORTE 3 Optou-se pela laje nervurada, para que possa vencer vãos maiores com a presença de poucos pilares. Na ilustração, observa-se o detalhamento da mesma.
19
FACHADA SUL
FACHADA LESTE
FACHADA NORTE
20
LAJE IPE
rais LAJE IP
ta
R. Pru
dente
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.00.04m
-2.00
Q
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LA
UAD POL QU RA ADR IESP PO A LIE ÁRE SP ORTIV R IV A ÁRE A: 19O A: 19 4.04T m² A -2 4
RMEAB ILIZADA INCL. 2%
R. Antõnio Carvalho de Souza
0
03
PLANTA DE COBERTA
5
10
15
20
25
21
Volumetria
22
23
24
25
26
C E N T R O
EDUCACIONAL ARIANO SUASSUNA