Mindset Magazine Nº 4 - Ano 1 - Abril 2019

Page 1

ABRIL 2019 | ANO 1 | NÚMERO 4

INDSET M AGAZINE Desenvolvimento Pessoal, Auto-Conhecimento e Espiritualidade

DIÁRIO DE UM ALPINISTA Cada músculo do meu corpo, faz-me lembrar que estou vivo

5 DICAS PARA LIBERTAR BLOQUEIOS A única coisa que conseguimos sentir é como se houvesse uma corda, uma amarra, a puxar-nos para trás.

PERDÃO: A CHAVE DA FELICIDADE Muitas pessoas entendem mal o que significa perdoar porque projetam a culpa do outro

ENTREVISTA A RICARDO LARANJEIRA

"UM HOMEM ENRAIZADO NAS SUAS CRENÇAS RARAMENTE VACILA COM OPINIÕES OU IDEIAS EXTERIORES COM AS QUAIS NÃO COMPACTUA ."


Coaching Consultoria Formação Viagens e Eventos com Desenvolvimento Pessoal SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER E RECEBA, ENTRE OUTRAS INFORMAÇÕES, A REVISTA MINDSET MAGAZINE

WWW.PROMIND7.COM

INFO@PROMIND7.COM


EDITORIAL

DIRECTORA| SÓNIA RIBEIRO

revista@promind7.com PARTILHAS DO LEITOR E SUGESTÕES

info@promind7.com

Caros amigos, Nesta edição, temas diversos, histórias verdadeiras e inspiradoras. Falamos de Amorpróprio, de abundância, de responsabilização. Partilhas de conhecimento e de vivências como exemplos da extraordinária capacidade que o Ser Humano tem de superação, de transformação, de melhoria contínua. Trazemos também novos colaboradores, com novas temáticas e partilhas e como sempre uma entrevista. Desta vez falamos com Ricardo Laranjeira o criador do projecto Men's Evolution e também Coach e autor. Uma conversa sobre transformação e propósito. Somos e seremos uma publicação com pilares como a simplicidade e que não tem pretensão de perfeição. “A simplicidade é o que há de mais difícil no mundo: é o último resultado da experiência, a derradeira força do génio”, escreveu George Bernard Shaw. Na verdade, acreditamos que podemos mudar o mundo através da simplicidade de uma partilha. Nesta primavera que teima em não aparecer, venham connosco nesta viagem pela perspectiva singular e colectiva de pessoas inspiradoras com o propósito comum da partilha de saberes e aprendizagens transformadoras.

MINDSET MAGAZINE | 1


NESTA EDIÇÃO

04

DISTÚRBIOS ALIMENTARES...

06

A PRIMEIRA BASE DO NOSSO SUCESSO...

Patrícia Gama

Alexandre Martins

08

O DESAFIO DA PARENTALIDADE... Fátima Gouveia e Silva

09

O ENCONTRO COM O VERDADEIRO SER Ana Maria Bispo

10

DIÁRIO DE UM ALPINISTA

12

O COFRE DE TESOUROS

14

A ESCOLHA É TUA

17

EXCESSO DE INFORMAÇÃO...

19

O PODER DA VISUALIZAÇÃO

21

FELIZES OS QUE SÃO GRATOS

23

ENTREVISTA: RICARDO LARANJEIRA

Fernando Ferreira Carla Pinto Catarina Teixeira César Ferreira Allan Magalhães Joana Marques

Sónia Ribeiro

30

A PERFEIÇÃO DE SERMOS IMPERFEITOS Inês Sousa

32

5 DICAS PARA LIBERTAR BLOQUEIOS

35

AS LEIS BIOLÓGICAS

36

APRENDI...

38

MR. SELF SABOTAGE

Cristina Gonçalves Jorge Malheiro Marisa Romero Olinda Rocha

MINDSET MAGAZINE | 2


NESTA EDIÇÃO

41

MÉTODO SYM

44

PODERÍAMOS NÓS SOBREVIVER...

45

99% DO SUCESSO É CONSTRUÍDO...

47

SOMOS 100% RESPONSÁVEIS

48

OPERAÇÃO VOAR

Ricardo Peixe Paula Neto

Rui Martins Bruno Neves

Paulo Silva de Pombal

51

VIVE DA TUA PAIXÃO Rui Gabriel

53

PERDÃO: A CHAVE DA ...

56

LIBERTA O PODER...

58

MANTRAR O AMOR-PRÓPRIO

60

COMO RENASCER NAS RELAÇÕES

62

A LAMPADA MÁGICA

64

NÃO É LIBERDADE FINANCEIRA...

66

MEDO, REALIDADE OU ILUSÃO

Yoniel Garcia Pedro Neves Sónia Ribeiro Andreia Carvalho

Maria João Marino Leonardo Gonçalves

Patrícia Haidar

68

ESPÍRITO, CIÊNCIA E QUANTUM

70

UMA VOZ NA MULTIDÃO

Nuno Costa

João Carlos Melo

MINDSET MAGAZINE | 3


DISTÚRBIOS ALIMENTARES AS DESCULPAS QUE USAS PODEM SER MUDADAS Se tu te encontras paralisada, frustrada ou não consegues abafar a voz das desculpas que a tua cabeça te dá, então este artigo é para ti. Uma das coisas que gostava de deixar clara neste artigo e que gostava que tomasses atenção em relação a isto é: Restrições geram obsessão! Fome gera compulsão!

Lá se foi a minha dieta/plano alimentar Esta desculpa é uma das mais usadas só porque hoje comeste algo que estava fora do teu plano. A verdade é que nos agarramos à crença : Ou tudo ou nada, Perdida por dez perdida por mil. O facto de termos ingerido algo que não seria a melhor opção não significa que estejamos perdidas! Mas a cabeça de imediato informa: Lá se foi o plano alimentar Mente inconsciente Mente consciente e Positiva Negativa

Eu não tenho tempo para comer de forma saudável Temos tempo para tudo menos para o auto-cuidado! É uma desculpa super viável nesta sociedade que não caminha, corre! Onde muitas mulheres trabalham em casa, têm uma carreira profissional, são mães, são uma “catrefada “ de coisas. A falta de tempo até dá algum conforto. A verdade é que não é uma questão de tempo, tu não precisas de tempo, precisas escolher. E quando o pensamento te invade, aceita que : É verdade que não tenho tempo mas tenho escolhas e está tudo bem.

MINDSET MAGAZINE | 4


Eu mereço aquele chocolate

Uma das questões com maior impacto, é o comer emocional em vez de estarmos preparadas para ouvir e sentir o nosso corpo. Esse sim, faz-nos comer pela fome física. Basta haver um projecto que corra bem, para a voz da mente dizer: tu mereces isto ou aquilo como compensação, A parte cultural está muito enraizada no nosso dia a dia, basta observar que grandes datas são comemoradas à mesa. Como conseguir treinar o pensamento? Uma das ferramentas que funciona é o da gratidão . Em vez da recompensa alimentar deves sentires-te feliz e grata pela conquista. Em vez de dar voz ao pensamento: Eu mereço isto. Substituir por : eu quero isto, eu desejo isto. Estas afirmações vão gerar a necessidade de justificar pois estás a responsabilizar-te e gera tempo de reflexão. Eu odeio legumes Mais uma desculpa frequente. Estes alimentos são aqueles que quimicamente não dão o efeito desejado, energia rápida e a mente quase que os odeia, mas nutrem imenso. Cozinhar todos eles de formas diferentes fazem a diferença. Comer para nutrir e não para recompensa também o faz. E tenho a certeza que de todos os legumes haverá alguns que gostas. Que sejam esses que tenhas sempre em casa para opção. Resistência. Flexível Os comportamentos alteram-se com treino, resistência e persistência.

Eu não consigo resistir Eu não tenho força de vontade

É óbvio que nunca direi que é fácil contrariar estes pensamentos, principalmente a viver numa correria onde andamos loucos à procura de gratificações, validações. No entanto, é possível quando damos valor ao quanto ganhamos de qualidade de vida e saúde física e mental ( todas elas não são visíveis nem palpáveis o que não ajuda , mas são as mais valiosas)! Alimentares o teu corpo de forma saudável gera um bem estar emocional incrível. Pontos importantes sobre a mente consciente e os teus pensamentos: A mente consciente não faz julgamentos, A mente consciente trabalha através da tua gestão e controle. A mente consciente é focada no momento presente. A mente consciente faz com que os teus pensamentos não estejam em modo mecânico. Os pensamentos não são factos, considera sugestões que podes ou não aceitar. Faz diálogos com os teus pensamentos e não monólogos. Em vez de agir cria um diálogo com o teu pensamento. Sê paciente, não queiras que tudo mude do dia para a noite. Presta muita atenção às sensações físicas e dá valor aos teus sentidos. Lembra-te que os teus pensamentos nunca te vão representar nem determinar o que tu vais ou não fazer. Eles são apenas representações internas de tudo o que viste, ouviste, sentiste, cheiraste, provaste e como essas experiências foram e são interpretadas ou sentidas ao longo da vida. Tu podes sempre construir uma nova versão de ti mesma.

São ambos pensamentos de impulso que te fazem agir de imediato e dar respostas às frases que ouves: “Eu não consigo esperar até ao almoço “, “É só hoje “, MINDSET MAGAZINE | 5

PATRÍCIA GAMA COACH ALIMENTAR

coach@patriciagama.com www.patriciagama.com


A PRIMEIRA BASE DO NOSSO SUCESSO É O AUTO-CONHECIMENTO

Neste artigo vamos falar da primeira base do sucesso: o auto-conhecimento!

Já se questionou até que ponto você se conhece realmente? Já se colocou questões profundas que o levam à sua auto-descoberta constante? Desafia-se com questões que o levam a perceber mais um pouco de si, a cada dia que passa? Já analisou, devidamente, a frase, “Quando não ama o que está a fazer, a probabilidade de tudo dar errado é de 200%”?

Não?! No entanto, filósofos, como Platão e Freud, fazem parte de uma tradição que encaram o autoconhecimento como uma conquista, ou realização pessoal, que traz saúde e liberdade para a pessoa que se auto-descobre. Além disso, “Conhece-te a ti mesmo” é um projecto ético que tem as suas raízes no oráculo de Delfos, que tanto influenciou Sócrates, outro filósofo que, seguindo essa tradição, pensava que o auto-conhecimento é uma realização, e não algo prontamente disponível ao sujeito. . Para se conhecer a si mesmo, é necessário reflectir e interpretar-se, isto porque, quando activa o seu consciente e comunica com

MINDSET MAGAZINE | 6


o seu inconsciente, fica mais próximo de se autodescobrir e de obter mais respostas do que obteve até aqui. Não estamos numa aula de filosofia mas esta simples questão, “Quem sou eu?”, é muito complicada de responder para a maior parte das pessoas que o rodeiam. Duvida? Já fiz essa questão a milhares de pessoas e não tenho um saldo positivo de pessoas que me responderam de imediato, ou seja, com frequência ficam a “patinar” no pensamento. Teste a veracidade de tal questão, você mesmo! Surpreenda as próximas 10 pessoas com a questão “Quem és tu?” e analise as respostas que lhe vão dar. Verifique quem lhe responde de imediato, sem hesitar, veja quem foge ao assunto, quem brinca com o assunto e fica a processar a complexidade da questão. Fica o desafio, não assuma que sabe o que vai acontecer, faça o teste! Atenção: Agora que testou a questão com outras pessoas e verificou as reacções e respostas, deixolhe um EXERCÍCIO: Quem sou eu?

Nota a ter em atenção: Faça este exercício em frente a um espelho, olhando-se nos olhos e respondendo com o máximo de transparência. Se não o fizer, apenas se estará a enganar a si mesmo, estará a dizer que não é honesto consigo. Termino este artigo com uma pergunta, como se sentiu com esta explosão de pensamento?

ALEXANDRE MARTINS COACH DE ALTA PERFORMANCE alexandremartins.org@gmail.com www.martinsalexandre.com

MINDSET MAGAZINE | 7


O DESAFIO DA PARENTALIDADE CONSCIENTE – MUDANÇA DE MINDSET Quando conheci a Parentalidade Consciente e me propus a um conjunto de reflexões que nunca tinha feito, percebi como a parentalidade pode ser muito mais serena e menos desgastante se houver uma mudança de mindset. Essa mudança implica transferir o nosso foco da forma como podemos moldar os nossos filhos para o foco na forma como nos podemos transformar em melhores pessoas, e assim nos podermos tornar o apoio e o porto seguro que os nossos filhos necessitam. Na realidade, nesta fase, tomei consciência de como cresci e evolui como pessoa desde que sou mãe e que é às minhas filhas que devo o meu maior crescimento como pessoa. Foi nessa vivência diária da parentalidade que cresci e me descobri. Parentalidade é sobre nós, pais. É sobre o percurso que fazemos para nos desenvolvermos também enquanto pessoas. É uma verdadeira jornada de autoconhecimento. Se aceitarmos o desafio e a oportunidade que os nossos filhos nos oferecem podemos impulsionar a nossa transformação pessoal. Os nossos filhos são uma dádiva da vida e podem promover o nosso crescimento e transformação para sermos sempre pessoas melhores! Estando despertos e conscientes para o que se passa dentro de nós, não só como pais mas essencialmente como pessoas, podemos crescer, mudar e evoluir em conjunto com os nossos filhos.

“A Parentalidade Consciente é uma prática diária e vitalícia de autodescoberta, em que somos testemunhas atentas da nossa inconsciência e do nosso próprio comportamento, no reflexo que os nossos filhos nos devolvem, para que assim a possamos integrar.” Todos os momentos, por mais difíceis e desgastantes que sejam, tem o potencial e são uma oportunidade para nos ajudar a crescer e a melhor conhecer os nossos filhos e a nós próprios. A Parentalidade Consciente não é um conceito, é uma forma de estar que se torna, sem dúvida, uma filosofia de vida. Ser um pai/mãe consciente requer um grande trabalho interior, humildade, presença e autenticidade. Requer praticar a aceitação e a compaixão em relação aos nossos filhos e a nós mesmos. Requer estarmos preparados para deixar ir crenças e preconceitos, julgamentos, necessidade de controlo, desejo de perfeição, apego, resistência… Aceitando o desafio de um parentalidade consciente aprendi o valor da autenticidade, da vulnerabilidade, da coragem, da aceitação, da compaixão, da empatia, da abertura, da flexibilidade… Aprendi a olhar para dentro e a conectar-me melhor comigo e com os outros. Aprendi a fazer perguntas que me ajudam a refletir e a receber respostas que são únicas e são minhas. Não tenho duvida que o processo de Despertar – Aprender – Evoluir – Transformar – Tornar que a Parentalidade Consciente nos permite implica um grande crescimento espiritual, assim queiramos mudar o nosso mindset.

MINDSET MAGAZINE | 8

FÁTIMA GOUVEIA E SILVA COACH, FORMADORA E FACILITADORA DE PARENTALIDADE CONSCIENTE coaching@fatimagouveiasilva.com www.fatimagouveiasilva.com


O ENCONTRO COM O VERDADEIRO SER CONSTELAÇÕES FAMILIARES E ORGANIZACIONAIS Quando alguém morre, deixa muitas vezes algo que não foi resolvido, integrado no seu coração e, de alguma forma, passa a informação para aqueles que cá ficam e passa como uma herança, um ato de amor, uma aprendizagem, acreditando que alguém irá, honrar essa parte de si, que não foi transformada em amor no sistema familiar. Alguém o faz, por amor ao sistema, ao elo familiar, na esperança inconsciente de que, com uma força que julga superior, ”resolver” o que não ficou resolvido. Desta forma vivemos em “papéis” internos que não são directamente nossos e que de alguma forma nos afasta da nossa verdadeira história de vida que trazemos para trilhar. Quando nascemos, acreditamos que as nossas emoções, são as emoções da nossa Mãe, pois a viagem que fizemos durante os meses que permanecemos no nosso útero sagrado, nos faz ser

um só e dessa forma quando entramos em contacto com a verdadeira realidade, com o mundo real, ficamos agindo e sentindo, muitas vezes, através das emoções maternas de medo, raiva, luto, tristeza, etc. -acreditando que são nossas. Entrando num processo interno de que algo não está certo em nós, podemos entrar num processo de devolução, através deste método, daquilo que sagradamente é da Mãe, devolvendo-lhe a força, perante algo maior, que nos leva ao nosso lugar, o dos pequeninos. Este movimento da alma liberta-nos para algo divino e, desta forma, seguimos o nosso caminho ,com a força dos ancestrais.

MINDSET MAGAZINE | 9

ANA MARIA BISPO TERAPEUTA EM PARAPSICOLOGIA amaria.bispo@gmail.com


DIÁRIO DE UM ALPINISTA Quero partilhar contigo uma página do meu diário, referente a uma expedição que realizei há alguns anos, e da qual guardo gratas e carinhosas recordações. Aqui vai... Diário de um Alpinista Dia 17 da expedição ao Muztagh-Ata (7546 m) China São 2 horas da manhã (10 horas da manhã em Portugal). Ainda dentro do meu saco cama, atrevo-me a meter a cabeça fora da tenda. O meu relógio marca 20º negativos de temperatura… BRRR! É preciso levantar, ganhar coragem para abandonar o conforto do meu saco cama, coberto por uma camada de gelo fino que se parte a cada movimento que faço. Acendo o fogão e princípio a tarefa de derreter neve, é preciso preparar o máximo de líquidos, ingerir a maior quantidade possível de sopa e de chá.

Esta 2ª noite passada a 6950 metros de altitude, tem efeitos devastadores sobre um organismo menos bem hidratado. Acordo o meu colega Denis, que é francês, passou muito mal a noite, sofre muito com a altitude e só a sua enorme perseverança o mantém aqui. Dou-lhe de beber e de comer, alerto-o para a necessidade de “escutar” o seu corpo, pois só assim evitará algum excesso que lhe possa ser fatal. Duas horas mais tarde estamos fora da tenda, debaixo dos nossos crampons, o gelo e a neve rangem a cada passo. Á nossa frente, talvez a 8 horas de distância, o cume do Muztagh-Ata brilha, como que a desafiarnos para que o alcancemos. Iniciamos a ascensão, passo a passo, respiração a respiração, toda a atenção é pouca, a escuridão da noite apesar de rasgada pela luz dos nossos frontais, esconde enormes perigos que é preciso saber evitar.

MINDSET MAGAZINE | 10


DIÁRIO DE UM ALPINISTA No céu vêem-se já as primeiras claridades da aurora, numa panóplia de cores que o melhor dos pintores por certo não desdenharia. Magnifico! Continuo no meu esforço, agora sozinho, o Denis não aguentava mais, estava exausto. Sei que não posso parar, se o fizer, o frio intenso acabará por me vencer. Cada músculo do meu corpo, faz-me lembrar que estou vivo, o silêncio, este majestoso silêncio, enche-me de paz, apesar das dificuldades…. Deixo de subir, cheguei ao cume! Ao meu redor que paisagem, o deserto de Taklamakan, as Montanhas do Paquistão, do Kazaquistão, do Afeganistão, do Kirguistão, eu sei lá…. Sento-me. Que beleza, que paz, que silêncio, que grandiosidade. Como poderei eu alguma vez explicar o que vejo e sinto? Impossível! Não há palmas, não há público, só eu e as montanhas ao meu redor. O corpo pede-me para ficar, é normal, a 7546 metros de altitude, o oxigénio está reduzido a apenas 30%,e tem esse efeito sobre nós. Tiro fotografias e desço, tenho de descer, o objectivo é chegar ao cume e regressar, são e salvo! Sinto os dedos frios e as forças ao fim de dez horas de intensa actividade já não são as mesmas. Três horas mais tarde avisto ao longe o amarelo da minha tenda, e os braços do Denis que se agitam no ar a indicar-me o caminho, mais uns passos e estarei a salvo no conforto do saco cama e com uma caneca de chá nas mãos, para me aquecer. Finalmente cheguei, o meu companheiro felicitoume e oferece-me o chá que eu tanto anseie, agradeço-lhe e preparo-me para passar outra noite a 6950 metros de altitude. Sinto-me tranquilo e cansado, muito cansado! Subir e descer custaram-me 14 horas de esforço e ligeiras congelações nos dedos. Ossos do ofício.

Amanhã há mais, é preciso descer para o campo base, a 4400 metros de altitude, só aí estarei totalmente seguro. Por hoje terminou a jornada, é bom sentir o calor do saco cama que pouco a pouco vai invadindo o meu corpo. Ao som da música do meu mp3, sinto os olhos cada vez mais pesados e o último pensamento que tenho, é o de que vale a pena sonhar……. Sonhar ……. Espero que tenhas gostado, é um pedaço das minhas memórias da montanha, que quis partilhar contigo. Espero que ele te possa ter inspirado, a lutares cada vez com mais força e determinação, pelos teus objectivos! Um grande abraço, e até ao dia em que possamos subir juntos, uma bela Montanha!

FERNANDO FERREIRA * PROFESSOR E MOUNTAINLOVER mountainlover.fernandoferreira@gmail.com www.mountainlover.pt

* Fernando Ferreira é Fundador do projecto Mountainlover, é licenciado em Educação Física e um apaixonado pelo exercício físico e pelo bem-estar. Tem formação em Coaching, PNL e Liderança para o Alto Desempenho. Ama as montanhas, já subiu várias ao longo da sua vida. Nelas aprendeu grandes lições e descobriu o seu caminho. Pratica vários desporto e ajuda as pessoas nos seus objectivos de exercício e bemestar físico aliado a uma mente forte e a uma boa alimentação

MINDSET MAGAZINE | 11


O COFRE DE TESOUROS “Os pais não devem ensinar as crianças a serem perfeitas- devem ensinar-lhes que são suficientes exatamente como são” Para Vygotsky(1987), não há homogeneidade no processo de aprender e no desenvolvimento da criança. Não há duas pessoas iguais no Universo. Somos seres únicos e extraordinários! Todos nascemos com um “cofre de tesouros”, onde se encontram as nossas habilidades, qualidades e dons, ou seja, um conjunto de características únicas e elementos da nossa identidade. O que se passa com o nosso cofre de tesouros? Acontece que quando fomos crianças, um certo dia decidimos pôr em prática uma habilidade que temos e nos criticaram e julgaram, ou algo saiu mal e não quisemos voltar a tentar ou então porque preferimos adotar os padrões de comportamento de outra pessoa e desta forma encerramos o nosso “cofre”. Não permitimos que se desenvolvessem as nossas habilidades, qualidades e dons devido a crenças que determinam os nossos comportamentos.

autênticos, pois só conseguimos exprimir o que nos vai no coração quando sabemos ser autênticos. A autenticidade surge de uma forma natural e não esforçada, de SER quem és! A parentalidade é algo unicamente pessoal, cada um de nós precisa de encontrar uma forma que seja a sua. O foco está na presença, na qualidade da atenção que atribuo a cada momento e no meu empenho em viver e ser mãe/pai com a maior consciência possível. Acredito que o mundo pode ser bem melhor se ensinarmos às crianças que elas têm valor apenas pela sua existência, e não pelo que aparenta ou pelo que faz. Toda a criança tem valor pela pessoa que é! Nunca é demais relembrar aos nossos filhos “que eles não estão no rodapé da sua vida, mas nas páginas centrais da sua história” ( Augusto Cury). Não deixe que o “cofre dos tesouros” do seu filho se feche. Olhe, escute e sinta com o seu filho, o ser especial e único que ele é!

O crescimento e o florescimento do nosso “tesouro” depende da nutrição que recebe por parte das relações mais próximas. Como todos sabemos e sentimos a parentalidade não é “perfeita” e o importante é que sejamos

MINDSET MAGAZINE | 12

CARLA PINTO FUNDADORA DA TRIBO DOS AFECTOS

carlaabpinto@gmail.com facebook.com/tribodosafetos/


RESGATA A TUA CORAGEM PARA ESCOLHER ALINHAR TUDO NA TUA VIDA DE ACORDO COM O MAIS IMPORTANTE: A TUA VERDADE INTERIOR, A TUA VERDADEIRA ESSÊNCIA! CATARINA TEIXEIRA

MINDSET MAGAZINE | 13


A ESCOLHA É TUA Durante mais de vinte anos insisti encaixar em mim muitas peças que não me pertenciam. Queria encaixar uma pessoa que eu não era; contextos profissionais e sociais que não se encaixavam comigo; várias pessoas, umas por serem do meu sangue e que por isso tinha a suposta “obrigação moral” de as encaixar, outras por pertencerem aos contextos que eu teimava manter na minha vida; e sentimentos e emoções que não me pertenciam, por serem de outros, mas que por terem dificuldade em aceitar que lhes pertenciam e por eu não me conhecer de verdade, passei a acreditar que eram meus. Enfim…poderia partilhar contigo muitas peças que aceitei encaixar no meu passado, mas escolho dizer-te que ainda hoje isso acontece. Muitas vezes, quando me permito parar e autoobservar de forma honesta, procurando compreender o que me está a afastar de mim naquele momento, percebo que ainda é o querer encaixar peças que já não me pertencem. O que procuro fazer? Reconhecê-las, compreender e aceitar o motivo pelo qual ainda estão presentes na minha vida, agradecer a tomada de consciência e aprendizagem associadas e permitir-me libertá-las.

Eu acredito que isto nos acontece por várias razões. Num primeiro olhar, por não nos conhecermos de verdade, não sabermos quem somos, o que gostamos, o que queremos para nós ou por desconhecermos os nossos valores, aqueles pelos quais regemos a nossa vida e que nos fazem tomar uma determinada decisão e ter determinado comportamento ou reação. Num segundo olhar, por medo, insegurança, apegos e dependências emocionais, por não nos amarmos e colocarmos em primeiro lugar na nossa vida ou por não respeitarmos os nossos verdadeiros valores, necessidades e prioridades. No fundo, teimamos escolher viver na incoerência entre o nosso ser e fazer, no caminho mais fácil, o da zona de conforto. Aquele que nos faz sentir o falso sentimento de que somos reconhecidos e amados pelos outros, sabes. A maioria de nós vive em piloto automático, sente-se estagnado, sem motivação, sem um

MINDSET MAGAZINE | 14


propósito de vida. Eu própria já escolhi viver nessa aparente segurança e controlo da vida, escolhendo sentir a dor da zona de conforto. Já a conhecemos bem, ela conhece-nos ainda melhor e os outros também a conhecem, por isso, aprovam e alimentam essa dor que sentimos, por se identificarem com ela e porque lhes validamos a falsa convicção de que é esperado e normal que todos a sintamos. Contudo, a maioria de nós também tem o desejo de mudar algo na sua vida, de fazer e ser diferente. E como essa intenção é tão profunda em nós, ela realmente materializa-se! No entanto, não acontece de acordo com as nossas expetativas e vontades, mas sim através dos inúmeros desafios que a vida nos coloca, com o intuito maior de nos conhecermos melhor e com isso reconquistarmos a coerência entre o nosso ser e fazer. Por isso, teimamos em resistir a esse caminho demasiado incerto, que nos causa tanto medo e insegurança. Mas afinal de contas, já reparas-te que escolher ficar do lado da segurança ou do lado do medo provoca o mesmo em nós? Dor! Então, se assim é, que dor decides escolher? A dor da zona de conforto que te mantém presa a peças que insistes encaixar em ti e que na verdade já não te pertencem? ou A dor de sair da zona de conforto que te permite encaixar peças que realmente estão alinhadas contigo? A escolha é tua! Quando compreendes que dar sentido à tua vida nada mais é do que descobrires quem és de verdade, aceitares essa tua identidade e respeitá-la todos os dias da tua vida, ganhas a coragem de mudares os teus pensamentos, emoções, sentimentos e comportamentos, para arriscares sair da tua zona de conforto e percorrer novos caminhos. Por isso, é vital que decidas, em consciência, qual a dor que realmente escolhes encaixar em ti. Sabes, qualquer que seja a tua escolha, ela é sempre válida, se refletir o que és e desejas de verdade nesse momento da tua vida. Essa honestidade contigo própria é o que te vai permitir viver em paz e aceitação por ti e pelas

consequências da tua escolha. E quando sentires que essa coerência já não existe na tua vida, lembra-te que estás sempre a tempo de mudar porque qualquer decisão que tomes hoje não tem de ser definitiva. Se tudo na vida está em constante transformação porque haveria de ser diferente contigo? Já te deste permissão para ouvires o teu coração e mudares em ressonância com ele? A escolha é tua! Ele é o teu guia e o que o faz vibrar vai-se alterando à medida que tu evoluis, por isso é normal que ao longo da tua vida ele te vá pedindo para escolheres ser e fazer diferente. Sabes, a maioria das mulheres que chegam até mim dizem-me “tenho medo do que me vais dizer!”. Já reparaste como uma reação tão simples e inconsciente, demonstra o quanto nós temos medo de saber mais sobre nós próprios e de colocar luz na escuridão do nosso Ser? Como preferimos escolher permanecer durante tanto tempo nessa falsa segurança, apenas por medo ou insegurança do desconhecido? Já te deste permissão para seres verdadeira contigo própria? O que farias se não tivesses medo de te conhecer melhor? Quantas coisas já perdeste, por medo de arriscar saber mais sobre ti? Quantas coisas já deixas-te de viver, por medo de respeitar a tua verdadeira essência? As mulheres com quem me tenho cruzado inspiram-me, sabes, é admirável sentir que mesmo com medo elas vêm ter comigo e se permitem observar de verdade. É mágico ver cada sorriso escondido, ao confirmarem aquilo que já sabiam, sentiram e pensaram sobre elas próprias. Tu sabes quem és de verdade! Tu sabes o que queres e o que não queres para ti! Tu sabes o que tens de fazer! Apenas tens medo e insegurança! Quando se reencontram e mudam de energia, olhar e postura é um momento único, pois percebem que tudo o que sonham alcançar está do outro lado do medo e que depende apenas da sua entrega e coragem. Quando decides escolher a dor de sair da zona de conforto, o caminho do autoconhecimento, precisas sim de coragem para olhar profundamente para dentro de ti e ser honesta contigo, para assumires e encarares sem medo a tua sombra e escuridão

MINDSET MAGAZINE | 15


interior, bem como, para reconheceres e valorizares a tua luz e força interiores. Só desta forma te consegues colocar na posição do outro e te permites, por instantes, sentir o que o outro pode estar a sentir. Só assim abandonas o velho hábito de ver as coisas de fora para dentro, sob a perspetiva do medo, passado, futuro, vitimização, dependência, queixume, frustração, revolta e aceitas começar a olhar sob a perspetiva da autorresponsabilização, amor, respeito, aceitação, tolerância, presente, gratidão, compaixão, perdão, autoconfiança, merecimento e da autovalorização. A escolha é tua! Só assim permites que as peças certas se encaixem em ti, percebes! E isso torna-te cada vez mais forte, pois compreendes que ao mudar a forma como observas as coisas, elas também mudam e passam a assustar-te cada vez menos. Acredita, quanto mais te conheceres, mais escolhas e decisões coerentes contigo própria vais fazer e trazer para a tua vida; mais ela vai espelhar quem és de verdade; mais liberdade vais reconquistar por te permitires soltar medos, inseguranças e sentimentos de culpa que te fazem sentir e ser quem não és; mais coragem vais gerar para escolher dizer “não” e “basta”; mais consciência e segurança terás no momento de aceitares ou rejeitares que algo ou alguém entre na tua vida; e mais serenidade e paz interior vais sentir. Resgata a tua coragem para escolher alinhar tudo na tua vida de acordo com o mais importante: a tua verdade interior, a tua verdadeira essência! A escolha é tua! Escolhe-te! Alinha-te com a tua essência!

CATARINA TEIXEIRA COACH TRANSFORMACIONAL catarina_teixeira@hotmail.com

MINDSET MAGAZINE | 16


EXCESSO DE INFORMAÇÃO, O PRINCIPAL INIMIGO DO SUCESSO É das pessoas que passa a vida em formações e está a ler vários livros ao mesmo tempo? Então, leia este texto até ao fim. Todos nós procuramos ter sucesso nas mais variadas áreas da vida. É natural, é evidente, é onde investimos a maior parte da nossa energia, do nosso dinheiro e do nosso tempo. Por esta razão, ficamos como que “obcecados” em obter o maior volume de informação possível que nos permita, efetivamente, avançar para termos melhores resultados. Mas já parou para pensar que “essa correria” à informação pode estar a dar-lhe o oposto? Conheço algumas pessoas que investem em muitas coisas de uma só vez. Leem vários livros ao mesmo tempo, acabam uma formação e começam logo outra, aceitam todo o tipo de desafios. Enfim, uma gigante avalanche informacional que não tem fim. O objetivo é melhorar o seu nível de competências para que, com isso, consigam evoluir pessoal e/ou profissionalmente. Porém, e muitas vezes, os resultados teimam em chegar. E uma das razões mais fortes e subtis é o excesso de informação a que se submetem. Quantas pessoas que leem vários livros ao mesmo tempo não terminam um livro que seja? Falta foco, determinação, propósito e organização. O nosso cérebro processa a informação de forma relacional e associativa. São necessários pontos-dereferência internos (a informação que recebemos relaciona-se sempre com a que já possuímos, mesmo que de forma indireta) para que a informação faça sentido, seja passível de ser transformada em conhecimento para que então depois possa ser aplicada de acordo com um contexto. Ao minarmos de modo descontrolado o nosso cérebro com informação estamos a dizer a nós mesmos que nada é suficiente para o que desejamos que aconteça de efetivo. Imagine-se que está numa situação em que estão várias pessoas a falar consigo ao mesmo tempo. MINDSET MAGAZINE | 17


Certamente sentirá dificuldade em perceber o que dizem, certo? Há muita informação a ser processada, o que complicará a sua perceção face à conversa. Entre blocos de informação deve dar um tempo de espera. Um tempo para a informação ficar sedimentada e que o cérebro utiliza para fechar circuitos informacionais que possam ter ficado em aberto. Se continuar a alimentar a sua mente com muita informação de uma só vez, habilita-se a baixar a sua taxa de retenção, de compreensão e de aplicação. E não é isto que procura. Um dos termos que mais utilizo nos meus programas é o “segmentar”. Segmentar não significa apenas dividir, mas também organizar de acordo com uma escala de evolução cognitiva e emocional que trará um determinado resultado. A maior dica que lhe posso dar é segmente a informação para que esta não se torne descartável e excessiva. Dê tempo, aproveitando para aplicar e consolidar conhecimentos, a cada uma das coisas em que investe. A magia não está na quantidade de informação a que tem acesso, mas na qualidade com que aplica, de forma consciente e pertinente, a informação.

Se lê vários livros ao mesmo tempo, escolha no máximo dois. Seja seletivo nas suas escolhas e nos impactos que pretende. Se passa a vida em formações, dê um descanso razoável entre cada uma delas. O seu cérebro não trabalha a informação só quando está a processá-la no momento em que a recebe. Ele precisa de criar experiência, relações, compreendê-la, consolidá-la e, acima de tudo, materializá-la através da aplicação específica. Sucesso e conhecimento são escaláveis. Precisam de etapas, de consolidação e de evidências. Prefira ser uma mente devidamente treinada e não uma mente ruidosa.

CÉSAR FERREIRA READING COACH & BIBLIOTERAPEUTA cesar.a.ferreira@gmail.com www.cesarferreira.co

MINDSET MAGAZINE | 18


O PODER DA VISUALIZAÇÃO Existem muitas pessoas que se encontram completamente perdidas em suas vidas. Na expectativa de que algo aconteça, de que o destino se faça, de que Deus lhes faça justiça, que o universo conspire em seu favor, que as coisas mudem. Despido de qualquer aspecto religioso, a minha intenção é lhe ajudar a pôr um norte em sua vida e auxiliá-lo a alcançar seus objetivos. O principal motivo de várias pessoas não conseguirem alcançar objetivos se dá pelo fato de que, simplesmente, a maioria não tem objetivos na vida. E digo isso não pela total ausência. E sim pela forma que o traçam: vagos, genéricos, abstratos demais para servirem de referência. Portanto, a primeira coisa que você precisa fazer é determinar um objetivo. Para isso, você pode aplicar a técnica S.M.A.R.T., um acrônimo muito utilizado pela PNL para a determinação de objetivos. Segundo ele, o objetivo precisa ser específico (concreto), mensurável, alcançável, relevante e prazo. Infelizmente, minudenciar esses itens fugiria muito do tema proposto. Sugiro que você procure saber mais sobre essa ferramenta, que lhe ajudará tremendamente. Diante do exposto, à partir de agora, partirei da premissa de que você já tem a sua meta completamente definida e determinada. E esse é o pressuposto fundamental para o que passaremos a tratar, ou seja, como chegarmos lá. Há cerca de um ano, conversando com meu mentor e amigo, Alan Whitton, Mental Coach para lutadores em Londres, ele me apresentou a uma tríade muito interessante e poderosa: Be/Do/Get. A utilização dessa tríade em uma simples visualização repetida diariamente é capaz de fazer com que o caminho seja mais preciso e suave. Primeiro você precisa saber quem você quer ser no futuro (Be). Muito bem, sabendo quem você quer ser, agora é necessário você perceber tudo o que é preciso fazer para ser essa pessoa, como essa pessoa age, como ela pensa, o que ela faz (Do). Por fim, você alcançará o resultado que almeja (Get). MINDSET MAGAZINE | 19


Muito bem, como fazer essa visualização: procure um lugar calmo e confortável, onde você não será interrompido. Feche os olhos e se imagine no futuro que você determinou, com todos os detalhes, como se sente sendo essa pessoa, visualize como ela se porta, como é sua postura, como ela pensa, como ela age em seu dia a dia. A hipnose não é essencial para a prática, mas pode potencializar bastante essa experiência. Preste bastante atenção em como essa pessoa que você imaginou age em seu dia a dia, qual o preço que paga para ser quem ela é e chegar aonde ela chegou. Após a prática, liste essas ações. Terminada a visualização, você irá modelar esse novo ser que você almeja. Agirá e pensará, em seu dia a dia, exatamente igual a ele. Sempre motivado pelo resultado que será alcançado, que você já teve o prazer de ver e sentir a sensação previamente.

Repita essa prática diariamente. De preferência, logo pela manhã, para que você já possa se inspirar e por em prática esse comportamento. Os resultados são sensacionais! Não se esqueça de uma coisa: O poder está no fazer! Não adianta somente visualizar a tríade e não dar o seu melhor para chegar ao objetivo. Um bom futuro para você!

ALLAN MAGALHÃES TERAPEUTA, HIPNÓLOGO CLÍNICO E DESPORTIVO allan.magalhaes@gmail.com www.hipnoserj.com.br

MINDSET MAGAZINE | 20


FELIZES OS QUE SÃO GRATOS Decidi escrever sobre a felicidade, tema infinito que dá título a livros, filmes, música e obras de arte, e que dá origens a debates não consensuais, pois a felicidade é subjetiva. É tarefa árdua definir um sentimento que reside no que é mais íntimo do ser humano: a sua forma única e inimitável de sentir e de se emocionar. São incontáveis as formas como desde a Antiguidade Clássica até aos dias de hoje se tentou definir a felicidade. Tema central da filosofia, das doutrinas religiosas, da literatura e das artes em geral, a questão nunca se esgota em si mesma. Podia dizer que a felicidade é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, como já vi escrito em diversos textos, que enfatizam a ausência do sofrimento e inquietude. Genericamente, esta é um boa definição, já que todos temos consciência de que a felicidade não é eterna, não é total e não é absoluta. Pode durar segundos ou minutos que parecem horas, pois é sempre relativa às nossas circunstâncias e à nossa atitude perante os desafios e adversidades que a vida nos coloca. Gosto de pensar na felicidade como uma manta de retalhos, de momentos felizes que vamos cosendo uns aos outros, para que nos dias em que sentimos o frio a entrar pela alma adentro nos possamos agasalhar interiormente e amenizar a agitação, a tristeza, a ansiedade ou a angústia que nos levam a dizer “não somos felizes”. Paradoxalmente, muitos acreditam que a felicidade é o exato contrário da infelicidade, estado de espírito que conhecemos melhor e que conseguimos descrever com maior minúcia, porque nos é mais próximo: vivemos numa sociedade que banalizou palavras como stress, ansiedade e depressão, consequência de fazermos depender a felicidade de fatores externos ou metas a alcançar. Diariamente somos bombardeados com imagens de pessoas que aparentam ser felizes porque são belas, magras, têm corpos definidos, roupas caras e acesso a uma infinidade de coisas que só o dinheiro compra (carros, casas de

sonho, tratamentos de beleza ou tecnologias topo de gama são apenas alguns exemplos). Consequentemente, associamos a qualidade de vida ao poder de compra, quando na realidade as coisas que nos fazem mais felizes são aquelas que o dinheiro não compra: famílias funcionais, amigos verdadeiros e tempo para fruirmos dos pequenos milagres que acontecem todos os dias à nossa volta e que ignoramos por estarmos demasiado (pré)ocupados em atingir metas irreais e cujo significado e valor emocional se esgota no exato momento em que as atingimos. Nunca seremos capazes de nos contentar com o que já temos e não valorizamos enquanto não domesticarmos o diabrete que nos sussurra constantemente ao ouvido que não somos suficientes. Enquanto deixamos que o sistema económico lucre por não nos sentirmos suficientemente bons, há um sem fim de coisas que já damos por garantidas que são silenciadas pelo nosso crítico interior, que é um idiota e manipulador. Não devemos viver em função da comparação com os outros, como se fazer mais e melhor nos garantisse um lugar seguro no paraíso da felicidade. Acreditamos muitas vezes que somos uns falhados e que não prestamos para nada, quando na realidade deveríamos ser mais amorosos, generosos e compassivos connosco próprios, pois só assim seremos capazes de aceitarmos a diferença, seja para melhor ou pior. É um milagre acordar todas as manhãs para mais uma oportunidade de reescrever a nossa história. Só o facto de despertarmos para viver outro dia já devia ser razão suficiente para nos sentirmos felizes, no sentido de mais plenos e pacificados. Ser saudável, bem sucedido e seres humanos extraordinários nunca passarão de quimeras se estivermos constantemente dependentes do que os outros pensam, são ou fazem. Mas esta é só uma opinião, fundamentada pela minha experiência de vida, que muitos não sabem, mas que continua a ser

MINDSET MAGAZINE | 21


torturante de quando em vez, pois eu própria, anorética e bulímica em permanente recuperação, passei a maior parte da minha vida a fazer depender a minha felicidade do meu peso e da minha beleza exterior. Seja qual for a nossa situação, da riqueza ou pobreza em que vivemos, do sítio onde nascemos, do género com que nascemos, das crenças que professamos, todos desejamos ser felizes. Aproveito, por isso, para finalizar esta minha pequena reflexão com o exemplo de uma pessoa que tive o privilégio de conhecer na faculdade (fomos colegas de turma durante quatro anos no curso de Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa) e que recentemente reencontrei no lançamento do Infinite Book – Thanks Living / Gratidão Sem Limites. A Mafalda Ribeiro (pesquisem no Google) que nasceu com osteogénese imperfeita, a doença dos ossos de vidro, é o exemplo vivo de que não é a circunstância em que nascemos que dita as nossas possibilidades de virmos a ser felizes. Nunca soube o que é andar, a sua melhor amiga é uma cadeira elétrica, a primeira coisa que vê quando acorda, e já sofreu praticamente uma centena de fraturas ósseas ao longo da sua vida. Recebeu uma sentença de morte à nascença, mais venceu todas

as probabilidades e já viveu 35 anos, sempre com um sorriso na cara e uma palavra sincera e de alento para nos dizer, a nós, que não somos “diferentes” como ela, mas que nos deixamos aprisionar com ideais de perfeição exterior. A sua palavra preferida é “obrigada”, que repete incontáveis vezes desde o dia em que se apercebeu de que não se podia deixar limitar pela sua circunstância. Ao invés de viver amargurada e de ter pena de si própria, a Mafalda agradece o facto de continuar viva, de estar rodeada de pessoas que a amam e de fazer o que a realiza enquanto profissional e pessoa: comunicar com os outros, algo que nos esquecemos de fazer com alguma frequência. É muito vaidosa, porque alicerçou a sua auto-estima em valores que vão além do que a vista alcança. É inconcebível a dor que esta enorme mulher aguentou durante toda a vida, e que não pode optar por não sentir. Daí que faça sentido terminar este texto com uma frase emblemática de Buda: “A dor não é opcional. O sofrimento é”. JOANA MARQUES CRIADORA DO PROJECTO "TRIPOLARIDADES – ANSIEDADE, ANOREXIA E BULIMIA" jtpmarques@gmail.com facebook.com/transtornosalimentaresanonima

MINDSET MAGAZINE | 22


ENTREVISTA

O Ricardo é um entusiasta por natureza, não fosse ele Personalidade 7, segundo o Eneagrama. Tudo o que faz, faz com paixão e foi assim que o conheci em 2016 quando fiz a Certificação em Storytelling. Ricardo é Fundador do projecto Men's Evolution, é Coach, Autor e Formador.

Passou pelo processo de transição a meio da vida. Mudou a sua carreira profissional como director de marketing e a sucessão de mudanças não parou durante cerca de 3 anos. Reinventou-se ao conhecer-se cada vez mais a si mesmo e passou a viver com mais alegria e autenticidade. Professional Coach, Master Practitioner em PNL – Programação Neurolinguística reconhecido pela IANLP – International Association of NLP. Consultor em Panorama Social. Certificado em Storytelling. Terapeuta em Psicologia Transpessoal pela Escola Espanhola de Desenvolvimento Transpessoal. Certificado em Eneacoaching e em processo de certificação internacional na utilização do Eneagrama – Estudo da personalidade humana. Conheçam a seguir: Ricardo Laranjeira

MINDSET MAGAZINE | 23


MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que te definir em 3 palavras, quais seriam e porquê? RICARDO LARANJEIRA: Esta é uma pergunta que só por si já me causa aflição. Porque me limita na minha posição face à vida que é tão multifacetada. É como se me fossem colocados limites e a minha liberdade fosse cerceada. Mas compreendo a tua questão e vou responder com as primeiras coisas que me surgem. Autenticidade, Alegria e Liberdade. É claro que surgiram outras Sónia, mas estas são mais fortes e pautam a essência daquilo que sou. Quem me conhece, sabe que eu não “faço filmes”. Mostro logo aquilo que sou. Essa autenticidade que vem sempre, por vezes é até desprovida de qualquer cuidado e pode ser excessiva. Ou seja, as pessoas ficam a saber logo muito de mim. Tudo isto tem a ver com a alegria que tenho em viver a vida. Há em mim uma criança que ainda vibra com o entusiasmo que é a vida, com a descoberta de tudo o que é novo ou a construção de possibilidades que os outros não veem. E tudo isto só é possível porque o meu sentido de liberdade é muito forte. Ele vem de dentro para fora e impõem-se ao meio envolvente. Não de uma forma abusiva, respeitando a liberdade dos outros, mas jamais permitindo que a minha seja controlada. Neste sentido, com esta pergunta, levaste-me a uma reflexão que já não fazia há algum tempo. Estas três palavras que me definem estão integralmente interligadas e são a história da minha vida desde a minha infância. MINDSET MAGAZINE: Como nasceu a tua paixão pelo Desenvolvimento Pessoal?

RICARDO LARANJEIRA: Não sei se a paixão pelo desenvolvimento pessoal surgiu ou se de facto já veio no meu ADN e, simplesmente numa fase da minha vida, foi definitivamente ativada. Desde que andava na universidade o tema das ciências humanas era algo que me fascinava. Eu formei-me MINDSET MAGAZINE | 24


em Comunicação Empresarial e uma das cadeiras que tive foi Psicossociologia do Consumidor na Publicidade. Eu adorava estudar a forma como as pessoas pensavam e como as levávamos a reagir e a tomar decisões de compra. Lia livros de Stephen Covey sobre eficácia, produtividade e também me atraia toda a área mais esotérica ou espiritual. Olhando para traz, para o princípio dos anos 90, posso até relembrar alguma timidez ou descrição da minha parte com os livros que lia ou consultava em livrarias como a antiga Bucholz que tinha uma secção incrível destes livros (muitos deles em inglês). A afirmação total desta paixão sem quaisquer preconceitos só aparece na viragem entre os 40 e 42 anos. Depois de ser forçado a demitir-me do cargo de Director de Marketing e Comunicação de uma empresa que entrou em insolvência devido à nacionalização do Banco Português de Negócios, fiquei no desemprego. Pela primeira vez na minha vida. O que parecia ter sido uma desgraça (mais aos olhos da minha família e amigos) tornou-se na maior oportunidade da minha vida. Durante dois anos de fundo de desemprego, ter tempo para mim, para aprender em inúmeras formações (Coaching, PNL, Psicologia, Transpessoal,...), transformou-se na maior oportunidade da minha vida – Ter uma segunda vida. MINDSET MAGAZINE: O QUE FAZ UM SECOND-LIFE COACH? RICARDO LARANJEIRA: Um Second-life Coach acompanha pessoas e profissionais em processos de transição num dos diversos ciclos de vida que atravessam ao longo da sua existência. Desde que nascemos, atravessamos diversas fases nas quais é suposto acontecerem diversas coisas. Esses ciclos

têm em média a duração de 7 anos. Por exemplo, até aos 7 anos dá-se a formação da personalidade na criança, aos 14 há uma necessidade de integração e pertença a um grupo fora do núcleo familiar, aos 21 procura-se a afirmação da independência com entrada na idade adulta e por aí vai. No entanto, os desafios mais interessantes (e por vezes desestruturantes) surgem por volta da meia idade. Que tanto pode começar prematuramente aos 35 anos ou começar nas habituais “crises existenciais” dos 40 (aos 42 e aos 49 anos). A década dos 40 ou dos 50 anos pode ser determinante na vida de qualquer pessoa, particularmente na vida de um homem. É o momento em que habitualmente é convidado a decidir se se acomoda ou se se reinventa. Aos que se acomodam, pode não acontecer nada e simplesmente sentirem-se frustrados e arrependidos ou podem mais tarde ou mais cedo rebentar. Isto pode acontecer com perda do trabalho, um divórcio, a morte de alguém muito próximo que era um pilar na sua vida, uma doença que os faz parar e muitas mais coisas. Aos que decidem reinventar-se, é preciso apoiar e encaminhar essa transição para não fazerem alguma asneira que os leve a confrontarem-se com a culpa e o arrependimento. Um Second-life Coach surge para dar suporte e facilitar o processo de transição entre o que se é e já não se quer ser mais e o que ainda não se é e se quer vir a ser. Neste movimento, é vital ter mais autoconhecimento, saber mais sobre a nossa personalidade, os nossos padrões comportamentais repetidos que levam a hábitos enraizados que produzem invariavelmente os mesmos resultados ano após ano. Um Second-life Coach ajuda a descobrir como viver uma segunda vida dentro da mesma vida.

MINDSET MAGAZINE | 25


MINDSET MAGAZINE: Acreditas que os homens aprendem cada vez mais a cuidar do seu Desenvolvimento Pessoal? RICARDO LARANJEIRA: Acredito que os homens têm esse potencial e precisam muito mais do que o que possam pensar de trabalhar o seu autoconhecimento. No entanto, talvez cerca de 80 a 90% continuam a apresentar resistência à mudança. Os que investiram no seu Desenvolvimento Pessoal têm uma qualidade de vida, a todos os níveis, muito acima de todos os outros. Isto é algo que eu vejo todos os dias. A diferença entre quem deu o passo e quem se deixou ficar para trás, preso a preconceitos (a maior parte das vezes da sociedade) que não os permitiu evoluirem. Todas as formações que dou ou organizo para outras pessoas, têm sempre muito mais mulheres que homens. Quando se observa atentamente e analisa cada um destes homens, quase sempre se constata que descobriram algo neles e participarem nestes eventos e que agora se permitem ir mais além. Dedicam-se ativamente a crescer, aumentam seu nível de bem estar e são muito apreciados nesse trabalho interior pelas mulheres. MINDSET MAGAZINE: O que te motiva enquanto dinamizador de eventos de várias áreas do Desenvolvimento Pessoal no projecto "Comunicação Mais Eficaz"? RICARDO LARANJEIRA: Eu adoro inspirar pessoas a mudarem padrões de pensamento que as limitam, adoro ajudá-las a entrarem em ação e concretizarem os seus sonhos, projetos ou objetivos. Só que, no princípio, eu acreditava

que tinha que fazer isso sozinho. Quando conheci o James McSill, que foi com quem comecei a diversificar a oferta da Comunicação Mais Eficaz através do Storytelling, percebi que eu nem sempre precisava de ser o motor lá na frente da audiência. Eu poderia ser o catalisador que faz as coisas acontecerem. Gradualmente fui-me apercebendo que tinha uma facilidade de organizar e fazer acontecer os cursos e workshops que alguns formadores não conseguiam. Também compreendi que eu não podia estudar todas as ferramentas para as ensinar mas que outros, através de

MINDSET MAGAZINE | 26


mim, o poderiam fazer. Então, o que me motiva é conseguir proporcionar às pessoas programas de formação que as preparem e completem para atingirem o que querem. MINDSET MAGAZINE: O que te atrai no trabalho com equipas empresariais? Como distingues esse trabalho do acompanhamento individual enquanto Coach? RICARDO LARANJEIRA: Acho que o que me atrai mais é saber que eu já estive lá daquele lado quando trabalhava na área de marketing, comunicação e publicidade e que a nossa vida profissional pode ser muito melhor e mais apaixonada com o que fazemos do que o que pensamos em determinado momento. Desde que haja uma administração (ou direção) na empresa que tenha uma mentalidade um pouco mais aberta para desenvolver os seus recursos humanos, isso é para mim magnético. Porque sei que se conseguir que aquelas pessoas comecem a pensar e agir de uma forma mais abrangente, elas sentirão muito mais realização profissional no que fazem, a empresa terá muito mais sucesso, os maridos e as mulheres dessas pessoas terão alguém em casa muito mais positivo, isso terá impacto na forma como criam os seus filhos e como se relacionam com os seus familiares e amigos... É algo que não tem fim se tivermos a capacidade de ver o impacto no sistema maior. O trabalho com equipas é para mim sempre mais inspiracional. É um despertar para uma outra realidade, é motivar as pessoas a agirem de forma diferente. Pode ser mais do que isto, mas é frequentemente um trabalho de sensibilização. O trabalho individual, com Coaching, é um caminho de transformação e evolução. É altamente personalizado, diria mesmo “tailor made” como quando se manda fazer um fato num alfaiate.

Porque aí, acompanha-se a pessoa de uma forma muito próxima. E por isso mesmo, o nível de eficácia sobe para os 110%. MINDSET MAGAZINE: Quais acreditas serem os principais obstáculos que levam os homens a fugir de trabalharem o seu lado mais espiritual, o seu lado de crescimento pessoal? RICARDO LARANJEIRA: Isto era tema para uma entrevista com várias páginas. E o que mais me inquieta é o quão pouco se fala disto. De uma forma séria. A nossa sociedade, muito caracterizada por ser patriarcal, forjada por homens, criou a maior armadilha para os próprios. Construiu um “script” ou guião que não permite – ou não é bem aceite – que um homem se expresse totalmente mostrando as suas fraquezas, vulnerabilidades, emoções reprimidas e frustrações. Na verdade, parece que os homens têm um “chip” que lhes foi instalado e programado durante os primeiros anos da sua infância, o qual os impossibilita de aceder a outras áreas que não sejam apenas o hemisfério esquerdo do cérebro. Onde está a lógica, a razão, a racionalidade e a objetividade. Embora isso seja bom para nos afirmarmos neste mundo em que temos que ser práticos e eficazes, só por si, já não chega. E aqui começa o desafio do homem com tudo o que não compreende, que não seja exato, que não seja quantificável. E as áreas emocional e espiritual têm precisamente essas características menos tangíveis. Por oposição às áreas física e mental. As mulheres têm uma facilidade incrível em lidar com tudo isto. E, alguns homens, acabam também por generalizar estas vertentes intangíveis como sendo coisas de mulheres. Como têm um conceito de masculinidade – adulterado – a manter não se permitem ao contacto com o que seria um caminho de expansão inacreditável.

MINDSET MAGAZINE | 27


MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que dizer a um homem algo que o despertasse para a necessidade de cuidar do seu Crescimento Pessoal/Espiritual, o que seria?

MINDSET MAGAZINE: Acreditas que no futuro veremos cada vez mais homens interessados em participar em eventos de Desenvolvimento Pessoal? Porquê?

RICARDO LARANJEIRA: A primeira reação que me surge seria não lhe dizer nada. Um homem enraizado nas suas crenças raramente vacila com opiniões ou ideias exteriores com as quais não

RICARDO LARANJEIRA: Acredito profundamente nisso. E especialmente veremos mais homens interessados em eventos especificamente direccionados para homens. Talvez porque muitos

compactua. Porém, o que eu faria, era falar-lhe de mim, da minha história e do meu percurso na fase de transição, com o que me deparei, o que tive que enfrentar, as decisões duras e difíceis que tomei, como lidei com a culpa das minhas decisões (ainda que estivessem corretas e alinhadas com a minha bússola interna) e a forma como vivo a vida agora. Ao seu tempo, ele próprio tirará as suas conclusões e decidirá se tem ali um amigo, um irmão, um homem em quem pode confiar porque reconhece partes suas que são iguais no outro.

deles não se identificam tanto com o modelo genérico que hoje em dia é feito para homens e mulheres. Isso é o que está a acontecer por todo o mundo, particularmente em países com elevados níveis de desenvolvimento e capacidade económica. Nos EUA já existem muitos grupos de homens a fazerem este trabalho, alguns com mais de 30 anos de existência. Aqui na Europa há alguns países que se destacam muito com organizações em vários países – Inglaterra, Escócia, Pais de Gales, Irlanda, Alemanha, Áustria, República Checa.

MINDSET MAGAZINE | 28


Tenho tido a oportunidade de estar em alguns deles, como participante e como facilitador, e isto é algo que não vai parar. Vai crescer muito mais. As taxas de suicídio masculino são preocupantes em alguns destes países, o isolamento, solidão, não ter com quem falar tem contribuído largamente para esta situação. Em todos os países há organizações para ajudar as mulheres vitimas de qualquer situação (violência, dependência, mães solteiras, etc) e praticamente não há em nenhum destes países algo parecido para homens.

vejo-me a contribuir para uma masculinidade mais saudável e equilibrada nos homens e que consigam passar isso pelo seu exemplo também para os seus filhos. Vejo-me envolvido em workshops e retiros que contribuem para que homens de mulheres tenham relacionamentos de um outro nível de consciência. Que compreendam mais as diferenças entre si e que percebam que é precisamente isso que os completa.

MINDSET MAGAZINE: Já chegaste aonde querias? Como visualizas a tua realidade daqui a 5 anos?

RICARDO LARANJEIRA: Consciência, Responsabilidade, Ação e Persistência. Precisamente por esta ordem e repetindo-se em ciclos constantes em relação a cada meta ou objetivo que se quer atingir. Pode haver – e certamente há – outras coisas importantes. Mas sem estas – tenho descoberto e vivido isso na minha vida – tudo o resto se torna efémero e insustentável no longo prazo.

RICARDO LARANJEIRA: Em termos pessoais poderia dizer que sim. Não tenho uma vida muito diferente do ideal de bem estar e felicidade que possa imaginar. Em termos profissionais acho que muita coisa ainda está no principio. Todo o meu novo projeto Men’s Evolution ainda agora começou a dar pequenos passos. Daqui a 5 anos vejo-me a ajudar e dar apoio a outros homens que decidiram dar inicio a grupos de encontros regulares pelo país,

MINDSET MAGAZINE: Qual é para ti o Mindset para o Sucesso?

Entrevista de Sónia Ribeiro a Ricardo Laranjeira

MINDSET MAGAZINE | 29


A PERFEIÇÃO DE SERMOS IMPERFEITOS Engana-se quem acredita que existem pessoas perfeitas! Até os nossos mentores, gurus, mestres, professores e afins, são dotados da perfeição de serem imperfeitos. O conceito de perfeição está descrito no dicionário como O grau de excelência, bondade ou beleza a que pode chegar alguma coisa. Entendo que o maior grau de excelência, bondade e beleza, reside na nossa imperfeição que é absolutamente perfeita! Convido-te a refletires sobre a perfeição e o que ela significa para ti! Muitas vezes colocámos imensa pressão sobre nós mesmos e sobre os outros, porque temos que ser perfeitos, porque tudo tem que ser feito de uma forma perfeita, porque tudo tem que correr de uma forma perfeita, porque o nosso parceiro/a tem que ser perfeito/a, e a lista continua… Não! Somos seres humanos e como tal, imperfeitos! Erramos e erramos muito ao longo da nossa vida! Nunca poderíamos ser perfeitos, pois a vida não teria o mesmo sabor, os desafios e processos de crescimento não fariam qualquer sentido! Podes perguntar: então os desafios e as contrariedades não servem para crescermos e nos aproximarmos mais da perfeição? Sim e Não! Não, pois a perfeição como sendo perfecionista é pressão, é penoso, é doloroso e só traz sofrimento! Sim, pois a perfeição é sermos imperfeito e aqui os desafios e contrariedades servem para crescermos, evoluirmos, compreendermos a nossa natureza imperfeita e errar mais e errar melhor! Servem para nos aproximarmos da nossa essência e respeitá-la como perfeitamente imperfeita! Servem para nos conhecermos mais e melhor, servem para nos honrarmos e aos outros, aceitando que ninguém é um Ser idílico, aceitando que a nossa dimensão humana assenta na vivência constante de ciclos de transformação, de evolução e elevação da consciência, onde nos tornámos perfeitos na nossa imperfeição! É claro que podemos gostar de realizar o nosso trabalho de forma exímia e com rigor, no entanto,

não nos devemos tornar perfecionistas ao ponto de nos pressionarmos e nos colocarmos em constante avaliação e julgamento. Existe um pressuposto da PNL (Programação Neurolinguística) que diz que o fracasso não existe, apenas feedback. Considero este pressuposto riquíssimo, pois se o considerarmos com mais seriedade veremos que realmente os nossos erros, fracassos, derrotas, etc, não são mais do que um feedback, são consequência de ações e comportamentos que geraram um determinado resultado! Ora, aqui existem duas ideias fundamentais, a primeira é que poderemos sempre aprender com os resultados e feedbacks que vamos tendo ao longo da nossa vida

MINDSET MAGAZINE | 30


e eventualmente ter outras ações e comportamentos que nos deem o resultado que pretendemos; a segunda ideia é a leveza com que podemos e devemos olhar para os nossos erros e resultados como sendo aprendizagens, feedbacks e não como uma condenação e consequente rotulação de fracasso. É legítimo querermos bons resultados, é legítimo sermos exigentes e notáveis nos nossos trabalhos e atuações, no entanto, não considero de todo saudável uma constante busca pelo perfecionismo em tudo o que fazemos e principalmente em tudo o que somos! Todos temos receios, anseios, vergonhas, reservas, dúvidas e efetivamente todos erramos! É necessário perceber que ser perfecionista é completamente diferente de ser excelente! Quando vivemos em excelência, vivemos em bondade, em beleza e leveza com a nossa imperfeição que é perfeita! Vivemos conscientes das nossas emoções, sentimentos, formas de ser e estar que vão mudando ao longo do

tempo, que vão evoluindo, que passam por estágios e ciclos infinitos, e assim é a vida, uma constante roda viva onde nos transformamos, conhecemos, progredimos e respeitámos como seres im(perfeitos). As pessoas mais fortes e corajosas que conheço, são pessoas que mostram realmente quem são, com as suas vulnerabilidades que as tornam autênticas e perfeitas! E a perfeição para mim acontece quando de facto és forte o suficiente para teres a coragem de ser vulnerável e imperfeito/a. Esta é a minha definição de perfeição: quando és excelente na tua vulnerabilidade, forte e corajoso/a para aceitares e seres esse Ser perfeitamente imperfeito com bondade, leveza e sem julgamentos! Qual é a tua definição de perfeição? Como é que a vives? INÊS SOUSA PSICÓLOGA E COACH ines_sousa3@outlook.com www.facebook.com/lifekeyspt/

MINDSET MAGAZINE | 31


5 DICAS PARA LIBERTAR BLOQUEIOS Uma das frases que mais costumo ouvir nos cursos e sessões individuais que facilito é – “Estou bloqueado ou tenho um bloqueio”. Muitas vezes as pessoas nem sabem bem o que isso quer dizer, só sabem que querem andar com a vida para à frente e não conseguem. Podemos comparar um bloqueio interno a um barco que tenta fazer a sua viagem mas esquece-se de soltar as amarras. Muitas vezes temos sonhos, estabelecemos objectivos, criamos projectos e entramos dentro do barco escolhido rumo ao sucesso e realização pessoal. Preparamo-nos, estabelecemos a rota, o tempo de percurso e confirmamos como estará o clima. Abastecemos de comida e combustível e ligamos o motor. O entusiasmo da viagem rumo ao destino escolhido toma conta de nós. Já sonhamos tanto com esse destino e finalmente temos coragem de avançar. Mas há qualquer coisa estranha a acontecer. Depois do arranque inicial do barco ele não avança mais do que alguns metros. Damos mais potência ao motor e nada acontece. Depois de algum tempo vamos perdendo o entusiasmo e deixamos de acreditar que será possível. Deixamos de tentar e voltamos para trás de regresso a terra firme, porque ficar dentro do barco sem avançar deixa de fazer sentido. Ao regressar percebemos que o barco estava preso ao pontão pelas amarras, mas agora já estamos cansados para desatar os nós e não temos mais energia nem entusiasmo para tentar. Chega um novo dia, voltamos a sentir o apelo da alma lá vamos nós novamente para dentro do barco. E o ciclo repete-se. E assim acontece sistematicamente na nossa vida. Vamos tentando uma e outra vez, sem chegar onde queremos. A única coisa que conseguimos sentir é como se houvesse uma corda, uma amarra, a puxarnos para trás. Um bloqueio dentro de nós que nos impede de avançar. Sempre que sentes medo, vergonha, ansiedade, tristeza, insegurança, stress ou dúvida estás na presença de um bloqueio interno. Estes bloqueios surgem na infância e vão reforçando-se ao longo da juventude e vida adulta. MINDSET MAGAZINE | 32


É muito duro e difícil mudar um comportamento ou libertar um bloqueio de forma consciente. Os bloqueios normalmente estão relacionados com padrões inconscientes e por isso, temos que aceder à mente subconsciente para os poder libertar. Estes bloqueios podem manifestar-se em 5 níveis diferentes: Mentais (pensamentos negativos e destrutivos). Emocionais (emoções ou sentimentos reprimidos ou suprimidos). Físicos (tensões ou dores corporais). Espirituais (desconexão da fonte. Não acreditar em nada superior a nós) Energéticos (falta de vitalidade). Os bloqueios surgem para mostrar-nos o que precisamos resolver e ultrapassar internamente. Libertar bloqueios é um processo de crescimento e evolução pessoal. É algo que devemos urgentemente fazer para podermos viver a vida que merecemos. Partilho contigo 5 Dicas para Libertares os Bloqueios internos que te impedem de avançar. Estas dicas são simples mas podem ajudar. Um trabalho mais profundo e eficaz deve ser feito com um acompanhamento individualizado.

Dica 1 – Bloqueio Mental: quando os pensamentos negativos começarem a invadir a tua mente olha para o exterior e foca a tua atenção no que está a acontecer lá fora. A rua, as pessoas, os sons, a natureza, os aromas. Ao levar a atenção para os factores neutros do exterior quebramos o ciclo negativo interno.

Dica 2 – Bloqueio Emocional: põe atenção a como te sentes em cada situação da tua vida sem julgar ou analisar o sentimento. Simplesmente aceita que estás a sentir tristeza, medo, culpa, raiva ou vergonha. Todas as emoções são normais, não há certo ou errado, bom ou mau. Ao aceitar o que estas a sentir no momento permites que a emoção se manifeste e possa desaparecer. O que resistimos persiste. O que aceitamos desaparece. Dica 3 – Bloqueio Físico: Respira lenta e profundamente. Sempre que sentimos algum tipo de bloqueio prendemos a respiração. Retomar uma respiração profunda, permite que estejamos mais no momento presente. Dica 4 – Bloqueio Espiritual: Medita. É fundamental manter a conexão com a parte divina dentro de ti. Isso permitirá que te sintas mais apoiado e nutrido pelo universo Dica 5 – Bloqueio Energético: Procura fazer regularmente alguma terapia que nutra, reajuste e limpe o campo energético (aura) como o Reiki ou Cristaloterapia. Os outros bloqueios manifestam-se também energeticamente.

CRISTINA GONÇALVES COACH, TERAPEUTA, AUTORA E FACILITADORA info@crisgoncalves.com www.crisgoncalves.com

MINDSET MAGAZINE | 33


PODEMOS COMPARAR UM BLOQUEIO INTERNO A UM BARCO QUE TENTA FAZER A SUA VIAGEM MAS ESQUECE-SE DE SOLTAR AS AMARRAS. CRISTINA GONÇALVES

MINDSET MAGAZINE |34


AS LEIS BIOLÓGICAS A PRIMEIRA LEI BIOLÓGICA - O Segundo Critério O conteúdo do conflito determina a localização dos HH no cérebro, e exatamente onde, no órgão, o Programa Especial (SBS) correspondente será acionado. Quando o conflito ocorre, nosso subconsciente associa ao evento, em fração de segundo, um tema de conflito biológico muito particular. Por exemplo: “perda de território”, “preocupação com o ninho”, “abandonado pelo rebanho”, “separação do companheiro”, “perda de um filho”, “ataque de um adversário”, etc. A PRIMEIRA LEI BIOLÓGICA - O Terceiro Critério Todo Programa Especial com Significado Biológico (SBS) executa-se sincronicamente na psique, no cérebro e no órgão correspondente. LATERALIDADE BIOLÓGICA Nossa lateralidade biológica (ser destro ou canhoto) determina qual dos hemisférios cerebrais será impactado pelo conflito e que lado do corpo será afetado. Nossa lateralidade biológica é decidida no momento da primeira divisão celular, após a concepção. A relação entre pessoas destras e pessoas canhotas é de aproximadamente 60:40. A regra da lateralidade: Uma pessoa destra responde a um conflito com mãe ou filho (a), com o lado esquerdo do corpo, e a um conflito com um companheiro(a) [qualquer pessoa, exceto mãe/filho(a)], com o lado direito do corpo. Já em pessoas canhotas, dá-se o contrário. A SEGUNDA LEI BIOLÓGICA Todo Programa Especial com Significado Biológico (SBS) desenrola-se em duas fases, contanto que haja resolução do conflito. Assim, existe a fase de conflito e a fase de cura. Estas fases tem a mesma duração em termos temporais.

A TERCEIRA LEI BIOLÓGICA A Terceira Lei Biológica explica a correlação entre a psique, o cérebro e o órgão no contexto do desenvolvimento embrionário (ontogenético) e evolutivo (filogenético) do organismo humano. Ela mostra que nem a localização do foco de Hamer (HH) no cérebro, nem a proliferação celular (tumor) ou a perda de tecido que segue uma Síndrome de Dirk Hamer (DHS) são acidentais; ao contrário, fazem parte de um sistema biológico inerente a todas as espécies. A QUARTA LEI BIOLÓGICA A Quarta Lei Biológica explica o papel benéfico dos micróbios em sua correlação com as três camadas germinais embrionárias durante a fase de cura em qualquer Programa Especial com Significado Biológico (SBS). A QUINTA LEI BIOLÓGICA - A Quintessência Toda e qualquer doença é parte de um Programa Especial com Significado Biológico (SBS) criado para ajudar um organismo (pessoas e animais) a resolver um conflito biológico. Permite esta Quinta Lei, perceber que a natureza tem ordem e que cada ocorrência na natureza tem um propósito. Nada é destituído de sentido, nada é maligno nem doente.

JORGE MALHEIRO CONSULTOR E HIPNOTERAPEUTA geral@jorgemalheiro.pt www.jorgemalheiro.pt

MINDSET MAGAZINE | 35


APRENDI… Finalizado o mês de celebração da vida, acabo por me permitir refletir sobre o meu caminho. Este mês gostaria de ter uma abordagem mais próxima de si que lê estas palavras, sendo que me permito transpor para esta tela (chamemos-lhe assim) o que sai diretamente do coração. Tem sido um caminho sinuoso aquele a que me propus fazer (eu acredito que houve uma intenção clara atempadamente assumida). E neste caminho sinuoso aprendi que, como diz Antoine de Saint-Exupéry em “O Principezinho”, “só se vê bem com o coração”. Aprendi que as questões do ego se sobrepõem muitas vezes às do coração e que isso desafia a comunicação e pode tornar muito complexas as relações, sejam elas quais forem. Aprendi que só se vive uma vez (esta vida do agora) e que tudo pode terminar num instante. Aprendi que nada controlamos a não ser o pensar ou acreditar que controlamos algo. Aprendi que nada vale a pena se não tocarmos no coração do outro, se não fizermos a diferença na vida daqueles que amamos. Aprendi que o que temos como certeza hoje, se torna incerto amanhã ou no instante a seguir. Aprendi que quando se mente, apenas nos estamos a iludir a nós próprios. Aprendi que ensinamos através do exemplo e não através das palavras. Aprendi que um abraço é o aperto mais delicioso que temos na vida. Aprendi que o amor incondicional é aquele que prolonga a vida de outro ser. Aprendi que um sorriso pode provocar “borboletas no estômago” e que as decisões de outrora podem tomar outros contornos no aqui e no agora. Aprendi que o que nos preenche é fazer o que nos dá prazer, sem prejuízo do próximo e respeitando, em primeira instância o nosso Ser. Aprendi que o esforço compensa, quando é sentido e não pensado. Aprendi que olhar nos olhos e escutar o outro é tão enriquecedor quanto perceber que o nosso coração bate involuntariamente. Percebi que posso decidir sorrir ou chorar perante o mesmo acontecimento e que isso não define a minha identidade, define sim, a forma como procuro

MINDSET MAGAZINE | 36


vivenciar cada momento. Aprendi que tão forte é aquele que decide mudar quando sente que não é feliz, quanto aquele que decide ficar, apesar de saber que não é ali o seu lugar. Aprendi que para recomeçar não basta querer, mas sim, acreditar. Aprendi que a minha fé pode não ser a mesma que a sua, mas que nenhuma é mais forte que a outra. Cada um de nós constrói o seu mundo, no seu pensamento e no seu sentir. Aprendi que o mapa não é o território e que cada um de nós vê a realidade à luz da sua experiência. Aprendi que cada um de nós decide carregar a sua “bagagem” ou largá-la para poder recomeçar. Aprendi que cada fim, é um recomeço. Aprendi que há quem busque inspiração e há quem seja essa mesma inspiração. Aprendi palavras vãs e palavras que tocam o coração. Aprendi que há crianças, jovens e adultos que depositam em mim o seu coração e que muitas vezes o carrego nas mãos e os coloco junto do meu. Aprendi que ninguém se cruza no nosso caminho por acaso, e que o acaso é das melhores coisas que já me aconteceram. Aprendi que

devemos seguir o que o nosso coração nos diz e que lado a lado se constrói um caminho de nós. Aprendi que as pessoas se desiludem porque foi criada uma expectativa em relação à mesma. Aprendi que muitas vezes somos usados como escudo, não para proteger o outro, mas para servir de alvo, esquecendo que o que nos lançam são as suas próprias “coisas” que acabam por retornar a quem lança. Aprendi que o medo morre de medo do amor… ah o amor… esse… aprendi que durante uma vida se entende o amor de várias formas, mas que a maturidade, essa, permite fazer sentir aquilo que na sua essência é a energia que nos move e que mantém o coração naquele batimento que outrora disse ser involuntário. Aprendi…

MARISA ROMERO PSICÓLOGA psicologia@marisaromero.pt www.marisaromero.pt

MINDSET MAGAZINE | 37


MRS. SELF SABOTAGE! Tal como no filme Mr. & Mrs. Smith, a autosabotagem também se esconde atrás de segredos e estratégias de forma a conseguir executar a sua ação com êxito, recorrendo a tudo o que estiver ao seu alcance independentemente da sua licitude ou da falta dela. Ela está preparada para actuar na pele de qualquer personagem da vida numa adaptação exímia de papéis. Não tem preconceitos nem filiações políticas ou religiosas que a impeçam de atingir os seus intentos. Uma das suas estratégias de camuflagem com sucesso comprovado, é fazer-nos pensar que só acontece aos outros nunca a nós. É aqui que somos enganados pela nossa própria mente e abrimos a porta para que a autosabotagem se instale de forma a criar as raízes da nossa destruição. Somos mestres em ver o erro cometido pelo outro mas cegos para ver o nosso erro. Perante este cenário, faz todo o sentido perguntar, o que é isso da autosabotagem? O tema é amplo, mostrarei de uma forma simples e sucinta alguns dos pontos essenciais e comuns à maioria de nós. Começo por dizer que a autosabotagem é tudo aquilo que fazemos na nossa vida contrário ao nosso bem-estar e à conquista dos nossos objetivos. São os comportamentos destrutivos que aplicamos no nosso dia-a-dia sem, na maioria das vezes, termos consciência desse facto. É o adiamento e a não tomada de decisões, sejam elas grandes ou pequenas, que sabemos serem importantes para a nossa vida. É o medo irracional de tudo, seja do sucesso ou de falhar. E é por estas e outras razões que a autosabotagem encontra terreno fértil sempre que associamos a uma mesma coisa dor e prazer. O mesmo será dizer que para conseguirmos o nosso objetivo e obtermos o prazer de o ter alcançado teremos que passar por algo que nos vai trazer desconforto, dor. E aqui prevalece o que é mais forte para nós. Assim, se a dor associada ao que temos que fazer para alcançar o objetivo for maior do que a dor de não o obter, deixamos

simplesmente de agir em prol do nosso objetivo e fazemos a chamada fuga à dor sabotando o nosso possível prazer. Por mais estranho que pareça, isto acontece a toda a hora nas nossas vidas, vejamos a seguinte situação; “O Marco resolveu introduzir nos seus hábitos diários o exercício físico para melhorar a sua saúde física e mental. Está feliz com a ideia e já começa a imaginar como vai ficar fantástico. É uma ideia que lhe traz prazer, alegria, satisfação. Depois de passada a “névoa do milagre” e cair na realidade de que terá que se levantar uma hora mais cedo todos os dias, faça chuva ou faça sol, é acometido por uma dor agonizante, acordar cedo é “matá-lo”. Mesmo assim decide começar. Nos primeiros dias até cumpre, mas depois, um dia porque dormiu mal, no outro porque está frio, no outro faço amanhã e quando se apercebe já o objetivo está longe da sua mente.” Podia ilustrar com as mais variadas situações do dia-a-dia, tabaco, álcool, comida,…, relacionamentos insatisfatórios a nível pessoal ou profissional, mas cada um de nós tem o poder de avaliar o seu ambiente e retirar daí as devidas ilações. Nas palavras de A. Robbins, “O segredo do sucesso é aprender a usar a dor e o prazer em vez de ser usado pela dor e pelo prazer. Se o fizer, terá controlo sobre a sua vida. Se não o fizer, será controlado pela vida.” A questão é que tudo o que fazemos se resume à necessidade de evitar a dor ou ao anseio de obter o prazer. E tudo se complica quando baseamos as nossas decisões no resultado de dor ou prazer a curto prazo sem uma visão a longo prazo. São as emoções que nos movem, se queremos efectivamente mudar é crucial actuar na causa e não no efeito. Disse Oscar Wilde, “Não quero estar à mercê das minhas emoções. Eu quero usá-las, aproveitá-las e dominá-las.”. A alteração dos

MINDSET MAGAZINE | 38


nossos comportamentos ou atitudes, os hábitos instalados no nosso subconsciente, faz-se ao aprendermos a condicionar as nossas mentes, corpos e emoções de forma a associar a dor e o prazer ao que pretendemos. Só associando dor ao antigo comportamento e prazer ao novo comportamento, que traz benefícios para a nossa vida, é que a mudança se manterá. Adoptar a atitude de direcionar o nosso foco para o que é mais importante a longo prazo, incentivando o agora. Ter esta atitude requer ter consciência do que mudar, o que nem sempre se consegue sem a ajuda de um profissional. Mas o maior erro é ter a sensação de incapacidade e desistir sem pedir ajuda a outros ou a nós próprios. Quantas vezes desistimos sem questionarmos, sem procurarmos no nosso interior a solução? O acto de fazer boas perguntas, ou seja, que levem à acção, com foco na solução e viradas para o futuro, é libertador e arrasa com a autosabotagem, uma vez que estimula, no momento, a mudança da nossa forma de sentir por força de uma nova perspectiva e muda os recursos ao nosso dispor. Para vermos isto a funcionar, atentem a algumas das perguntas fortalecedoras para o caso da situação do Marco, acima referida;

O que estou disposto a fazer para obter o resultado que quero? O que estou disposto a deixar de fazer para obter o resultado que quero? Como posso associar um prazer imediato a esta situação de forma a despertar e estimular a minha motivação e disciplina? Qual o prazer que diariamente posso desfrutar com esta situação? Como posso dar a volta a esta situação de forma a obter qualidade de vida?

MINDSET MAGAZINE | 39


É bom lembrar que temos a tendência para vivenciar as situações de forma a confirmarmos as nossas crenças. O pensamento leva à emoção que por sua vez leva à acção que vai gerar o resultado.

Todo o pensamento é suportado por um modelo mental que foi construído através das nossas vivências, os resultados que estamos a obter estão sobre a influência desse modelo. Assim, sempre que exista incongruência entre os resultados e os nossos desejos é sinal que está na hora de refletir, aceitar e buscar a solução. Um pensamento é só um pensamento e muda no momento. A cura é parte de nós. É uma peça do nosso Ser. Só temos que a usar! OLINDA ROCHA LIFE & FINANCIAL COACH olindalrocha@gmail.com www.2action.pt

MINDSET MAGAZINE | 40


MÉTODO SYM Porque é que algumas pessoas parecem ter facilidade em atingir objetivos enquanto que outras raramente passam das intenções aos resultados? Esta foi uma pergunta que sempre me criou enorme curiosidade e que me “animou o espírito” nos últimos 8 anos. Esse estudo resultou no Método SYM. Um inovador método de definição e concretização de objetivos, que contêm ferramentas de Coaching Alta Performance, PNL e Condicionamento Neuro Associativo. Este método foi “afinado” ao longo da última década no contacto com mais de 40.000 pessoas em inúmeras organizações. Obviamente, já existem vários métodos de definição de objetivos, sendo que a grande diferença do SYM para os demais é que responde de uma forma mais eficaz aos três grandes motivos pelo qual o ser humano não cumpre as suas resoluções: 1. Não as define concretamente. 2. Não tem uma razão suficientemente forte para as concretizar 3. Não dá os passos necessários para chegar ao resultado. Então, em que consiste o Método SYM? Em três passos desenhados para superarmos estas dificuldades. 1. SMART Ao fim de 60 anos desde a sua “invenção”, o SMART continua a ser o melhor método de definir concretamente um objetivo. Um objetivo, a fim de facilitar a sua concretização, deve ser SMART, isto é eSpecifício, Mensurável, Acionável, Realista e Temporal.

eSpecífico: os objetivos devem ser tão específicos quanto possível, evitando na sua formulação ambiguidades e abstrações. É diferente ter como objetivo “ir de férias” de “ir de férias para o país A, para um hotel desta categoria, em regime de meiapensão.” Se não for específico, não é um objetivo, é um desejo. Mensurável: a formulação de um objetivo deve proporcionar a medição do seu progresso de forma clara e objetiva. Um objetivo mensurável permite a cada momento saber o caminho que já foi trilhado e o que falta percorrer para chegar à meta definida. Como diz Peter Drucker: “O que não se pode medir, não se pode gerir”. Acionável: qualquer objetivo definido tem de depender da ação própria. Se depender da ação de terceiros, são objetivos desses terceiros, ou quando muito são objetivos de conjunto. Um chefe de vendas não pode ter como objetivo que a sua equipa suba as vendas em 10%. Antes o seu objetivo tem que se centrar nas ações que ele vai fazer que potenciem a equipa para atingir esse objetivo de conjunto. Se não for acionável pelo próprio, não é um verdadeiro objetivo, é uma fantasia. Realista: E realista para a única pessoa que interessa: o próprio. A própria pessoa tem que definir um objetivo que ela própria acredite ser possível de atingir. Não interessa se os outros acham ou não o objetivo atingível. Ninguém acredita que o corpo humano é capaz de conseguir certos feitos, mas o mundo do desporto é feito da quebra dessas barreiras: 100 m em menos de 10 s, a milha em menos de 4 minutos. Tempos houve em que se julgava estes marcos humanamente impossíveis de bater. Mas eles foram batidos porque alguém acreditou que era possível (e por isso trabalhou incansavelmente para os atingir). Acreditar não é tudo, mas sem isso não há mais nada. Um objetivo em que o próprio não acredita é uma parvoíce.

MINDSET MAGAZINE | 41


Temporal: O ser humano é tipicamente procrastinador e por isso um objetivo deve ter uma baliza temporal para a sua concretização. Se o objetivo não tiver uma data fixada para a sua concretização, as ações necessárias para chegar até ele serão (quase) sempre adiadas. Se não há prazo, não há pressão e tendemos a relaxar. Sem esse limite temporal, não é um objetivo, é um sonho. 2. (wh)Y? Definidos os objetivos, há que perceber que para os pormos em prática teremos de ter uma boa razão, uma motivação forte, um motivo suficientemente importante para cumprir aquela meta que ajude a superar as inevitáveis dificuldades do caminho. É que tudo tem um determinado custo, seja ele físico, emocional, financeiro, ou de outro tipo. Há sempre um preço a pagar pelas coisas que queremos. E os recursos há nossa disposição são finitos. Mais horas numa determinada tarefa, querem dizer menos tempo para a família. Mais dinheiro gasto num determinado projeto, quer dizer menos dinheiro para outros. Quereremos nós pagar este preço que o nosso objetivo custa? Mesmo? Neste processo, importa compreender o processo pelo qual tomamos decisões no nosso dia-a-dia. Como se de uma balança de pesos-padrão se tratasse, estamos permanentemente a pesar, de um lado, o que ganhamos se fizermos (ou continuarmos a fazer) algo e o que perdermos se não fizermos e, do outro, o que ganhamos em não fazer (ou em parar de fazer) esse algo e o que perdermos se o fizermos. Do resultado desta pesagem tomamos a nossa decisão de ação. Então queremos que as razões que nos movem para o nosso objetivo, o porquê, o tal (wh)Y, sejam sempre mais pesadas que o lado da balança que nos move noutra direção. Noutras palavras, temos que querer pagar o custo associado ao objetivo que definimos. E convém saber este custo à partida para confirmar a nossa real vontade, ou seja para sabermos se, confrontados com esse custo no nosso caminho, não vamos abandonar o objetivo. MINDSET MAGAZINE | 42


Se quisermos mesmo algo, temos que querer o custo associado. Se não estivermos disponíveis para pagar o preço, provavelmente esse objetivo nunca se irá realizar. 3. Motion Com um objetivo SMART, com os (wh)Ys bem definidos, só falta uma coisa para atingirmos os nossos objetivos: movimento em direção a eles. Algo frequentemente esquecido é que todas as caminhadas, por muito longas que sejam, começam com um primeiro passo. E depois desse, outros muitos. Uma maratona é feita de 42.195 metros que fazemos em diferentes ritmos, mas nunca todos de uma vez. A consciência de que os nossos objetivos não vão ser concretizados de uma vez só é determinante para o planeamento das ações necessárias para a sua prossecução. Com isto em mente, é necessário traçar um plano de ação que colmate estas fragilidades. Uma boa forma de o conseguir é com um PAI, um plano de ação invertido. Esta é uma ferramenta de coaching muito utilizada para a determinação das estratégias que permitem atingir os objetivos definidos. O seu funcionamento tem tanto de simples como de poderoso, pois permite estruturar caminhos e estratégias e dividir aquela grande meta em pequenos (e muito mais rápidos e atingíveis) marcos que levam à grande meta. Para implementar esta ferramenta, vamos começa-se pelo fim, pelo tempo que definimos como limite para a concretização do objetivo. Depois, através de perguntas muito simples, regride-se no tempo para perceber quais as ações intermédias que permitem atingir o grande objetivo. É mais fácil perceber esta técnica na prática com a utilização de um exemplo. Imagine-se um objetivo como “Conseguir um trabalho como Marketeer nos próximos 6 meses” Com o Plano de Ação Invertido, começamos pelo final: Objetivo: Daqui a 6 meses quero ter um trabalho como Marketeer.

Pergunta: O que tem de acontecer daqui a 4 meses para que daqui a 6 meses conseguir o meu objetivo? Resposta: Quero já estar envolvido e numa fase avançada de pelo menos 4 processos de recrutamento para que nos dois meses que faltam possa ter pelo menos uma resposta positiva. Agora regredimos no tempo para os 4 meses. E definimos qual o objetivo que queremos daqui a 4 meses que possibilite a nossa grande meta. Objetivo: Daqui a 4 meses quero estar numa fase avançada de pelo menos 4 processos de recrutamento. Pergunta: O que tem de acontecer daqui a 2 meses para que daqui a 4 consiga este objetivo? Resposta: Quero ter conseguido entrar em contacto direto com responsáveis de contratação de pelo menos 20 empresas. E assim sucessivamente até chegarmos ao dia de amanhã. Criar um plano desta forma assegura que percebemos qual o próximo passo e que ele é suficientemente pequeno para que eu o consiga dar e suficientemente importante para eu valorizar dá-lo. Um objetivo sem um plano é… nada! Feliz ou infelizmente não existe nenhuma fórmula secreta que garanta, com 100% de certeza, atingir os objetivos definidos. O que é possível perceber quando estudamos pessoas de sucesso é que quando se utiliza um conjunto de práticas na definição e prossecução de metas as nossas probabilidades de conseguir as conseguirmos atingir aumentam. A magia não existe. O que existe é ilusionismo. Um conjunto de técnicas e ferramentas, que quando aprendidas, praticadas e aperfeiçoadas produzem resultados… mágicos. Se quiser saber mais sobre este curso vai a www.insideout.pt. RICARDO PEIXE COACH DE ALTA PERFORMANCE, TRAINER & SPEAKER rpeixe@insideout.pt www.insideout.pt

MINDSET MAGAZINE | 43


PODERÍAMOS NÓS SOBREVIVER COM O ESSENCIAL? Equilíbrio, paz, tranquilidade… tudo o que se busca diariamente e anseia, para atingir a chamada “felicidade”! Pois bem, eu cá acrescento uma pitada de ADRENALINA… aquele impulso que nos estimula, que faz estremecer o nosso sistema nervoso, que nos leva a sair da nossa zona de conforto, desafiando os nossos medos e receios e pondo à prova quem somos! O nosso maior bloqueio somos nós! (Como escrevi nos meses anteriores, partilho aqui a minha experiência pessoal, a minha experiência de vida, com o objetivo de que possa ajudar e contribuir para a vida de alguém. Falo “nós” porque considero que tu estás no processo de vida e descoberta pessoal.) Assim, acredito que eu sou o meu maior bloqueio, nós somos os nossos maiores bloqueios. Aliás, antes Tanta coisa, tanta coisa que temos em casa… coisas que damos valor, outras nem tanto… mas temos imensa. A natureza dá-nos tudo o que precisamos, tudo o que é essencial à nossa sobrevivência. Esta é a minha fé, cada vez mais enraizada no meu coração. Mas então porque, que nos deixamos levar por um mundo de consumismo, um mundo onde o fútil, passa a útil e essencial? Será que é eterna insatisfação do nosso ser? Será que é isso que nos preenche o vazio cá dentro, que por vezes sentimos, e que precisamos de ceder, para nos sentirmos valorizados e com a nossa autoestima em alta? Será que precisamos de comprar tanta coisa? O que procuro é olhar para cada coisa, não pelo que ela é, mas sim, pelo que ela poderá se tornar! Sim, tenho a capacidade e tenho o incrível poder de imaginar como será aquele objeto, qual a outra vida que poderei proporcionar-lhe. A esta transformação chamo reutilização.

Reutilizar objetos, desde mobiliário a pequenas peças, isto move-me cada vez mais. Não posso mudar o inicio de ciclo de vida do meu objeto, não sei de onde ele veio, como foi feito, quais as suas matérias primas, mas sei que fim lhe vou dar… sei como se o posso transformar, procuro imaginar mais além. Aqui entra a minha capacidade de imaginar e de criar… aqui entra a Lua Criativa.

PAULA NETO ENGENHEIRA DO AMBIENTE neto.paula78@gmail.com www.instagram.com/luaacriativa/

MINDSET MAGAZINE | 44


99% DO SUCESSO É CONSTRUÍDO NO FRACASSO O que é para ti o sucesso? Pensar que o sucesso nasce muitas vezes de um fracasso dá que pensar não achas? O sucesso nasce da correção imediata dos nossos erros. Quando não conseguimos obter as coisas certas na primeira vez que as efetuamos. Agora vou te falar de uma sequência de ensaios sobre a psicologia do fracasso e adaptação. Como deves imaginar poucas das nossas falhas são fatais. É um facto, mas nós na realidade não reagimos assim. Quando olhamos para os nossos erros, achamos isso tão perturbador e incómodo que perdemos a vantagem mais importante de falhar: a ameaça de superar os nossos egos e retornar com uma abordagem mais forte e mais inteligente. Quando falhamos, a frustração, o desgosto e a revolta consomem-nos. Somos sem duvida os primeiros a apontar o dedo a nós próprios e a nos

rotularmos como incapazes, culpados e inúteis. Acredita que os nossos egos são os nossos piores inimigos. Assim que as coisas começam a dar para o torto, rapidamente os nossos mecanismos de defesa entram em ação, tentando fazer o impossível. No entanto, essas reações muito normais, como a negação, perseguem as nossas perdas e modificações hedônicas causando muitas vezes estragos na nossa capacidade de adaptação. Parece que o mundo desaba aos nossos pés quando temos de admitir que cometemos um erro e muitas vezes em vez de pararmos um pouco para pensar no que correu mal, tentamos logo corrigir o problema. Mas apenas requer que façamos uma reflexão da nossa própria criação. O problema é que estamos tão ansiosos para nunca mais "traçar uma linha sob uma escolha que lamentamos" que paramos de infligir ainda mais danos ao tentar apagá-la.

MINDSET MAGAZINE | 45


Quando nos envolvemos na edição hedonista, tentamos nos convencer de que o erro não importa, agregando as nossas perdas às nossas propriedades benéficas ou encontrando alguma maneira de reinterpretar os nossos defeitos como sucessos. Estamos tão ansiosos agora para não traçar uma linha sob uma escolha que lamentamos que paramos de causar mais ferimentos enquanto tentamos apagá-la. Quanto mais complexos e elusivos forem os nossos problemas, maior será a tentativa e o erro vantajosos. Não podemos começar a prever se a nossa "grande ideia" irá simplesmente afundar ou nadar quando estiver lá fora. Geralmente tentamos muitas abordagens exclusivas, com base no fato de que o fracasso é comum. Frequentemente, adotamos iniciativas em que o valor da falha é proibitivo e apenas esperamos o melhor.

Acima de tudo, os comentários são vitais para identificar quais as experiencias que foram bemsucedidas e quais falharam. O ideal é procurar conselhos e não simplesmente de uma pessoa mas de várias para conseguir identificar rapidamente onde exatamente ocorreu a falha. É essencial ser desapegado: negligencie se estamos ou não à frente ou atrás, e nos esforçamos para olhar para os possíveis preços e vantagens de perseverar com onde estamos. Ser capaz de reconhecer uma falha é o primeiro passo para o sucesso. Aí vamos ter a oportunidade e a capacidade de sermos capazes de recolocá-la em algo muito bem sucedido. Os parafusos satisfatórios são os privados que cometemos nos confins do nosso próprio quarto, sem estranhos a assistir. Pratique o pluralismo disciplinado. O pluralismo funciona porque não vale a pena viver a vida sem novas experiências. Precisamos tentar muitas coisas e nos comprometermos apenas com as que estão a funcionar. Nós provavelmente podemos acrescentar um pouco de liberdade e flexibilidade extra no nosso dia de trabalho. O fracasso não é apenas inevitável, mas sim necessário. O sucesso não é construído com base no sucesso, mas sim no fracasso. É construído na frustração. Às vezes é construído nas catástrofes. O fracasso não nos torna inúteis. Falhar abre novas portas. O fracasso nos torna mais fortes. De fato, o fracasso é apenas o atraso e nunca a derrota.

Como todos sabemos, reconhecer o fracasso é a parte mais difícil. Temos sido hábeis que a persistência pode pagar. Parece errado reduzir as nossas perdas e fracassos. Mas se somos absolutamente autoconscientes e ouvimos atentamente depois de um lançamento "da nossa grande ideia”, não podemos errar. Ser capaz de entender um fracasso simplesmente como uma capacidade de transformá-lo em algo extra com toda a probabilidade de ter sucesso.

RUI MARTINS COACH TRANSFORMACIONAL rui@coachbyrui.com www.coachbyrui.com

MINDSET MAGAZINE | 46


SOMOS 100% RESPONSÁVEIS Sim, 100% responsáveis por tudo. Seria tudo mais fácil se cada um de nós fosse capaz de se responsabilizar por todos os seus actos e palavras. As relações melhorariam 200% fossem elas pessoais ou profissionais. Escrevo isto, porquê? Porque tudo o que projectamos para o exterior reflete o nosso interior. Então porque não assumir a responsabilidade? O grave problema - o Ego. Orgulhoso, ferido, quer sempre vencer - "Eu quero ser o melhor" - se pensamos desta forma, então porquê esperar melhores atitudes dos outros? Pobre Ego, causador de tantas guerras desnecessárias e de conflitos pessoais. Quando tivermos a capacidade de aprofundar e aprendermos que somos 100% responsáveis por tudo o que nos acontece teremos uma vida direcionada para a plenitude. Mesmo que alguém nos ofenda, somos nós que o permitimos, portanto nada a acrescentar. Todas as pessoas que estão na nosso vida entraram porque nós assim o permitimos, se for um desconhecido que nos ofenda, ou pessoas que nos são impostas lembra-te temos sempre o livre arbítrio, que cabe a cada um de nós usá-lo para fazer as suas escolhas.

Agora, lembra-te das consequências, és 100% responsável. Reparo na tamanha fraqueza de quem fere, mas não tem a coragem de o admitir. Estas pessoas são mestres em arranjar desculpas ao argumentar que foi sem intenção, que foi sem querer ou que usam ainda a "velha" e já tão gasta desculpa - "Estava nervoso!" Vou aqui contar rapidamente uma parábola e que desejo que vos fique gravada.: "Numa família existia um filho que era muito mal comportado, um dia o pai disse-lhe: "Por cada asneira que fizeres vais pregar um prego". Haviam dias em que eram mais de trinta. Já cansado de pregar pregos, o filho começou a mudar, então o pai ordenou que os fosse tirando da tábua onde os pregava, até que chegou o dia que não sobrava nenhum. O rapaz ficou orgulho e logo chamou o pai, ao que o pai lhe diz: "Filho fico contente mas repara, tiraste os pregos mas os buracos ficam lá sempre" - Reflete.

BRUNO NEVES EMPRESÁRIO abreatuamente2018@gmail.com Instagram: abreatuamente

MINDSET MAGAZINE | 47


“OPERAÇÃO VOAR + ALTO” UM PLANO PARA AUMENTAR O PRESTÍGIO DE UMA PROFISSÃO Em 2007 um sonho começou a tomar forma, criar uma nova ordem profissional, a “Ordem dos Vendedores”, provavelmente a profissão mais antiga e das menos compreendidas do mundo. Em várias listas publicadas resultantes de inquéritos sobre quais são as profissões mais respeitadas, quase sempre estas listas são encabeçadas por bombeiros, profissionais de saúde e pilotos. Os vendedores raramente aparecem ou então vêm lá para o fim da lista. Dada a responsabilidade e importância desta actividade na economia, há claramente uma necessidade de aumentar o seu prestígio. Sempre com a intenção de criar a ordem em mente, foi previamente fundada uma associação em 2009, a OV – Associação Portuguesa dos Profissionais de Vendas. Esta associação comemora este ano o décimo aniversário e será celebrada essa efeméride no dia 1 de Maio de 2019 em Vila do Conde no Porto. Este evento denominado “Operação” Voar + Alto vai na quarta edição desde o ano de 2015. Anteriormente foram efectuadas três “Operações” Voar + Alto. Estes eventos anuais servem para dar a conhecer ao país a associação e para prestigiar cada vez mais os profissionais de vendas. As várias “Operações” permitiram também momentos intensos de networking, de desenvolvimento de negócios, assim como de descontracção, convívio, partilha, aprendizagem e sentido de grupo. Na primeira Operação Voar + Alto em 2015, no Palace Hotel de Monte Real, o tema foi o Prestígio. Na segunda Operação Voar + Alto em 2016, na Coimbra Business School o tema foi a Reputação e Reconhecimento. Na terceira Operação Voar + Alto em 2018, no Instituto Piaget em Almada, o tema foi a Ética e a Excelência e… na quarta Operação Voar + Alto este ano, o tema vai ser “Celebração” e “Cooperação”. O lema da associação em latim é “Honoris Verbum”, que significa “Palavra de Honra”.

Este é um termo e conceito antigo, que queremos reavivar. Também o acrónimo E.P.A.* representa os valores que nos têm servido de mapa e guia. *E.P.A. = Ensinar, Partilhar e Aprender.

Porque nasceu a OV? - A palavra vendedor tem má conotação nalguns meios em Portugal e não só. “Vendedor da banha da cobra” é uma expressão que todos conhecemos e que nada nos agrada. Por isso surgiram designações como “consultores de vendas”, “técnico-comerciais”, “representantes”, “gestores de conta”, “Key Account Managers” e outras “elegantes” conjugações. Desta forma assim se tenta disfarçar algo que pelo contrário deveria trazer brio, em vez de embaraço. Queremos mudar o paradigma e assumir a palavra Vendedor com a coragem e a honra que este trabalho merece. Conta-se que antigamente iam para vendedores: ou “maus” filhos de famílias “ricas”, ou os “bons” filhos de famílias “pobres” ou ainda, quem não sabia fazer mais nada. Hoje os vendedores de alta performance são diversos em habilitações e qualificações e convivem vários conceitos e várias gerações, mas cada vez mais, os profissionais de vendas são especialistas licenciados, mestrados ou detentores de MBAs, pós-graduações e tantas

MINDSET MAGAZINE | 48


outras habilitações diferenciadoras. Nos EUA a maior parte dos CEOs têm brio em assumir a sua passagem pelas vendas e quem não passou por lá fica com um claro handicap.

Em verdade todos temos de vender. A profissão pode potencialmente ser das mais bem pagas e das mais prestigiantes. Necessitamos continuamente de construir relações de confiança e de dignificar o

O que significa OV* no nome da associação? Pretendemos “voar mais alto” e apesar dos grandes desafios que temos pela frente pensamos cada vez mais seriamente na possibilidade de se criar uma ordem, a (O)rdem dos (V)endedores. A (O)peração (V)oar + Alto, compreende também estas duas letras O e V. Tudo foi pensado e a sigla OV pretende adicionalmente, fazer recordar a atitude com que se fechavam negócios antigamente. Para muitos bastava a “Palavra de Honra” (hOnoris Verbum em latim). Queremos ser guardiões de bons e tradicionais costumes dos sérios homens e mulheres de negócios, logo a “palavra de honra” tem de estar no topo da hierarquia de qualquer acordo, estando acima dos importantes e necessários contratos. *OV = Operação Voar + Alto // hOnorem Verbum // Ordem dos Vendedores. Vamos mudar o paradigma. Vendedor é provavelmente a mais antiga profissão do mundo.

nosso trabalho. Associarmo-nos e cooperarmos são passos cruciais. Palavra de Honra (Honoris Verbum)

PAULO SILVA DE POMBAL FUNDADOR DA OV ovsecretariado@gmail.com

MINDSET MAGAZINE | 49


MINDSET MAGAZINE | 50


VIVE DA TUA PAIXÃO Não seria espetacular se pudéssemos expressar o nosso potencial e viver uma vida abundante fazendo aquilo que adoramos? Porque razão acreditamos que não podemos viver da nossa paixão e que temos de procurar outras coisas para ganhar a vida? Quero falar-te de uma ideia que me inspira muito: Eu creio que todas as pessoas têm um valor imenso. Aprendi há algum tempo que, para nós conseguirmos ganhar dinheiro de forma fácil e simples (sim, não tem de ser nem complicado nem difícil) temos de ter autoconfiança e descobrir quem nós somos na realidade. Aquilo que nos faz sentir bem, aquilo que nos faz sentir realizados. Sabes? Aquelas coisas que poderias estar a fazer todos os dias sem te cansares, aquelas coisas que, mesmo que não ganhasses dinheiro com isso farias na mesma… isto é a definição de uma paixão. Há pessoas que não têm paixões, não se interessam com nada, não têm nenhum interesse em especial, e há pessoas que se interessam muito. É para essas pessoas que têm paixões, que são pessoas apaixonadas que vou falar em seguida: Eu creio que estar apaixonado por alguma coisa é uma inspiração. Deus, ou o Universo conforme o que acreditas, aquela entidade superior da qual todos nós fazemos parte tem uma economia: distribui os benefícios e os talentos, distribui missões por todas as pessoas do mundo e isso faz com que todos nós tenhamos missões diferentes, cada um a sua. Deixa que te diga isto: se tu não cumprires a tua, não é que venha outra pessoa substituir-te. Não. Simplesmente aquilo que tu tinhas para fazer, deixa de ser feito, fica em falta. Eu ouvi há um tempo atrás, um mentor, em Madrid, que me disse: – Rui, sabes qual é o pedaço de terra mais rico do mundo, que tem mais valor, em todo o mundo?

Eu pensava que ele estava a falar de imobiliário, então imaginei logo que fosse um terreno no centro de Nova Iorque e disse várias ideias, mas ele disseme: – Não, não é nada disso. O terreno mais valioso do mundo é o cemitério. – O cemitério? Isso é um bocado estranho! Sim, o cemitério, e ele explicou-me porquê. – Porque estão aí enterradas todas as obras de arte que não foram feitas, todos os livros que não foram escritos, todas as aventuras que não foram vividas pelas pessoas que estão ali enterradas. Tudo aquilo que ficou por fazer está ali, enterrado. Todas as atividades, toda a inspiração, todo o valor que não foi expresso durante a vida daquela pessoa está ali enterrado com ela. Eu creio que a maior parte de nós acaba por não expressar na totalidade o seu potencial e por isso todo o universo fica mais pobre. Partindo desta ideia, sabendo que muitas vezes não damos valor ao valor que nós temos, eu tenho hoje esta mensagem para te dar: – Eu creio firmemente, creio tanto que estou disposto a apostar a minha vida nisso, que tu tens valor e que esse valor pode ser “empacotado” de uma certa forma e colocado no mercado, e há pessoas que vão pagar-te dinheiro por esse valor que tu já tens. Isto, quando eu o descobri, foi uma grande revelação: que eu já tinha valor suficiente. A minha história, as minhas competências, as minhas paixões, aquilo que eu sei fazer bem, há outras pessoas lá fora que gostariam de saber, gostariam de ter as experiências que eu posso proporcionar, as ideias que eu tenho e que as podem inspirar, o conhecimento que eu tenho e que pode aumentar as suas competências e têm dinheiro para me dar em troca desse valor que eu já tenho.

MINDSET MAGAZINE | 51


Não somente creio que todos podemos transformar o valor que nós temos em algo que seja útil para a humanidade e para as outras pessoas, mas também, fazendo isso, obviamente nesta economia do Universo, nós vamos receber benefícios por causa disso. É assim que o mundo está feito: o que nós colocamos no mundo vem na forma de energia também e essa energia tem 3 formatos normalmente: – Vem na forma de Reconhecimento, de Apreço e de Dinheiro, e nós damos as boas-vindas a estas 3 formas de energia que nos vêm devolvidas sempre que expressamos o nosso valor no mundo. Todos os que querem ter um impacto no mundo, aumentar os seus resultados, atrair mais pessoas, fazer mais vendas, se é esse o teu objetivo, mobilizar mais pessoas, se o teu objetivo é mobilizar pessoas, transmitir ideias e influenciar o mundo, se o teu objetivo é transmitir as tuas ideias e influenciar o mundo… das nossas dificuldades, vêm do facto de não sabermos aquilo que não sabemos. Eu sei que há pessoas que usam a Internet e que ouvem falar de Marketing Digital e pensam que já sabem o que é. Mas às vezes não sabem: não vêm além do seu horizonte. Eu creio firmemente que, se tens uma paixão, tens uma oportunidade. Não creio que te tivesse sido inspirada uma paixão, para ser professor, artista, músico, veterinário ou advogado ou médico… podes ser muitas coisas.

Se tens uma paixão, então tens uma oportunidade porque por detrás de cada paixão, existem recursos que tu podes usar para poderes viver da tua paixão. Não é justo seres apaixonado por alguma coisa, essa paixão ter sido inspirada por Deus ou pelo Universo porque tens um papel no Mundo, e depois teres de ir fazer outra coisa qualquer só porque precisas ganhar dinheiro. Não é justo. Não só não é justo como tem de estar errado. Todos os segundos que nós passamos a fazer coisas que não nos levam na direção que nós devemos ir, que não nos levam na direção do nosso propósito, todos esses segundos são segundos perdidos. A vida é curta. Passa e não volta. Cada segundo que nós desperdiçamos não volta. Por isso creio firmemente que não estamos aqui para desperdiçamos uma vida. Nós estamos aqui para dar expressão ao nosso potencial e para usarmos métodos e ferramentas que nos permitam viver uma vida abundante ao darmos expressão a esse nosso potencial. Penso que esta é uma boa descrição de “felicidade”: vivermos o nosso potencial e não precisarmos de fazer outras coisas.

MINDSET MAGAZINE | 52

RUI GABRIEL BUSINESS TRAINER E MENTOR rui@ruigabriel.com www.Ruigabriel.com


PERDÃO: A CHAVE DA FELICIDADE Perdoar é uma das ações e valores mais poderosos que podemos praticar, que mais paz pode nos trazer e que mais felicidade pode criar. Ao mesmo tempo, o mais difícil de aplicar e explicar na vida. Muitas pessoas amarradas a um passado (pessoa ou circunstância) que as magoam, e de que se lembram uma e outra e outra vez. Desta forma, estão constantemente a vivê-lo de novo, já que não podemos esquecer que recordar o passado é voltar a vivê-lo. A Pergunta é: quais são as memórias que lembras e vives de novo? Que pessoas ou situações causam dor emocional e ainda não deixaste ir? Perdão é igual à libertação da culpa (desculpar) Assumindo a Responsabilidade O poder que vem do perdão talvez esteja para além da nossa primeira compreensão. Muitas pessoas entendem mal o que significa perdoar porque projetam a culpa do outro e pensam que perdoar significa permanecer acima do outro. "Tens que me pedir perdão", alguns pensam erroneamente. Essa ideia está longe de ser um verdadeiro perdão. O ego sente-se satisfeito porque adora superioridade. Existe uma técnica havaiana de cura emocional e relacionamentos muito conhecida, chamada Ho'oponopono, que tem o perdão como um dos pilares fundamentais. Baseia-se principalmente na responsabilidade, assumindo e compreendendo que somos os criadores da nossa realidade e que, portanto, temos o poder de transformá-lo se não o gostarmos. "A paz começa em mim", é uma das frases que identifica essa filosofia. 1- Eu sou 100% responsável pelo que acontece comigo. 2- Sou 100% responsável por alterá-lo se quiser.

"Perdoa-me, sinto muito, eu amo-te, obrigada" é a declaração ou afirmação do hooponopono que é repetido várias vezes como um mantra para liberar memórias de dor e sofrimento. Nesta frase, é claramente explicado o que é o perdão. Perdão = Amor = Gratidão Mudando a interpretação Maria é uma mulher de 33 anos que vem à sessão para curar o que para ela foi um abuso do pai, com quem ela quase não fala e mantém a distância pois sente-se ressentida. Antes de iniciar a sessão, em consulta, expliquei que podemos fazer o processo sem sofrimento ou dor, e que embora haja libertação emocional com lágrimas, não necessariamente tem que ser por algo doloroso. Uma vez iniciado o processo, ela vai mentalmente para sua infância. Sendo ela bébé, o seu pai fazia cócegas em todo o corpo dela, inclusive nas suas partes íntimas, mesmo que isso a fizesse rir, um dia a sua mãe os repreendeu e, desde aquele momento, ela se sente "suja" ou envergonhada. Quando Maria revive o momento como se fosse o seu pai, ela percebe que não houve má intenção, mas simplesmente, o pai a fez rir e, para ele, não havia contexto sexual. Então ela entendeu que era a forma de mostrar amor e que não havia nada "errado". Pode agora entender e perdoar, percebe que foi a sua percepção do que aconteceu, ressignificado pela repreensão da mãe, o que precisa perdoar. No entanto, ela vivera a vida inteira rejeitando o pai e agora, depois de perdoar e libertar o pai da culpa e a si mesma por julgá-lo, ela começa a sentir a paz interior. Quando terminamos a sessão, ele disse: "Vou ligar ao meu pai assim que sair daqui. Ele está sempre triste, agora eu entendo porquê e eu quero dar-lhe um abraço ".

MINDSET MAGAZINE | 53


O importante não é o que acontece, é o que interpretamos do que acontece. Quando perdoamos, declaramos-nos inocentes e nos libertamos da culpa. Muitas pessoas acreditam que não podem perdoar, e isso não é verdade. É melhor dizer "eu não quero perdoar agora". A sua dor emocional é tão grande que querem manter-se escravos da culpa que apontam aos outros, fazendo dano a si mesmos. Isso, às vezes, é difícil de entender e explicar. É como dizer ao outro "olha para mim, a culpa é tua, e eu vou sofrer ainda mais para te punir e fazer-te sentir ainda mais culpado". Isso faz sentido? Para muitas pessoas, sim, apesar das consequências. Podes mudar isso, tornando-te responsável pelos teus pensamentos, sentimentos e ações, é uma questão de decidir deixar ir e perdoar a pessoa, mudando a interpretação do que aconteceu. Eu não estou a dizer que é fácil, na maioria das vezes não é, no entanto, não é mais difícil passar uma vida inteira a sofrer?

Como eu sei que perdoei? Quando pensas naquela pessoa com quem estavas em conflito e sentes a PAZ no teu coração. Sentes que algo muito profundo já foi libertado e que não deves nada nem a pessoa a ti. Não olhas para ela por cima do ombro, mas como igual. E, em suma, o maior perdão é quando consegues sentir amor por essa pessoa. Quando te lembras daquele evento que aconteceu e que mudaste a percepção vendo-o agora com amor. O que acontece se eu começar a aplicar o perdão, mas não libertar completamente esse sentimento? Continua, às vezes o perdão é um processo, é difícil perdoar imediatamente. Imagina uma cebola que vai de camada em camada até chegar ao fim. Há grandes histórias de perdão. Muito inspiradoras! Eu pessoalmente sempre lembro de Jesus de Nazaré ao responder a alguém sobre a questão: quantas vezes eu perdoei, ele respondeu "perdoa até 70 vezes 7".

MINDSET MAGAZINE | 54


És tu quem está interessado em perdoar, porque tu és quem sofre se guardas rancor, ódio, raiva ... Essas emoções podem se tornar em doenças. Ao guardares estas emoções não positivas, estás a vibrar numa energia que impede o teu progresso e a tua felicidade. Perdoe então até sentires paz. Levando em conta a responsabilidade e deixando de lado a vitimização, lembra-te de que criamos a nossa realidade, a nossa experiência. Para facilitar a compreensão, imagina que tenhas pedido a essa pessoa que aja de uma determinada maneira, para que a tua personagem faça sentido como se fosse num filme. Um filme em que cada personagem faz sentido, por exemplo: para que o Batman faça sentido, deve haver sempre o Joker. Por outro lado, lembro que, ao julgares, serás julgado, por quem? Por ti! Os julgamentos que emites não são nada mais do que os julgamentos com os quais te julgas. Pela Lei da Doação, tudo o que dás tu recebes, então se estiveres com raiva receberás raiva, etc. Os teus julgamentos condenamte. Queres ter paz: perdoa Queres ter abundância: perdoa Queres ter felicidade: perdoa A propósito, no final vais perceber que a única pessoa que precisas perdoar és TU. Convido-te a praticar estes Exercícios de perdão:

1- Faz agora uma lista das pessoas que precisas perdoar. 2- Faz agora uma lista das pessoas que sentes que precisas pedir perdão. (Em ambos os casos, inclui-te a ti mesmo, se ainda não o fizeste). 3- Com a mão no teu coração e visualizando essa lista de pessoas à tua frente, repete: "Peço perdão se a qualquer momento, consciente ou inconscientemente, eu te causei dano, dor ou sofrimento em palavras, situações, ações ou pensamentos. Se vocês, consciente ou inconscientemente, me causaram dor de alguma forma, aqui e agora eu vos perdoo. Eu vos perdoo e me perdoo. Eu vos libero e me liberto. " (Repete estas frase pelo menos 3 vezes, devagar e sentindo) Desejo-te uma vida de paz e felicidade. Com toda a certeza YONIEL GARCIA HAPPINESS & LIFE COACH yonielcoach@gmail.com www.yonielgarcia.com

MINDSET MAGAZINE | 55


LIBERTA O PODER DO ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS E se entendêssemos de uma vez por todas que uma das coisas que distingue os grandes conquistadores das pessoas comuns é a sua enorme capacidade de alcançar objetivos? Parece uma verdade de La Palice, mas há ainda muita gente que não tomou consciência disso! Aqueles que de forma pro-ativa perseguem e lutam pela conquista de objetivos são os que estão mais preparados para estabelecerem novos e melhores desafios para o futuro. Se soubermos qual é o nosso propósito, se formos determinados naquela que é a nossa visão e forem verdadeiramente claras as nossas necessidades e desejos, temos “apenas” de convertê-los em objetivos específicos e mensuráveis e começar a agir com a certeza de que os vamos alcançar. Eu acredito nisso. Demorei a acreditar, custou a focar-me, mas desde que o faço sou muito mais realizado e tenho muito melhores resultados. Durante muito tempo, aquilo que me impedia de definir objetivos era o facto de não ter referências na família que me explicassem que ter objetivos era

uma coisa boa e que havia formas de lutarmos por eles. De igual forma, nunca foi nada que me ensinassem na escola, nenhum plano curricular abordava isso. Sempre que partilhava um objetivo ambicioso ou de difícil concretização, era muitas vezes alvo de chacota ou, no melhor dos casos, considerado (depreciativamente) um sonhador. Quase que fiquei com a crença de que era mau ser-se sonhador. E isso provocava em mim algum medo de rejeição, medo de falhar e com isso ser ridicularizado, rejeitado… Bem sei que a esmagadora maioria dos leitores desta incrível publicação já fazem parte de um grupo muito especial de pessoas que buscam permanentemente, de forma curiosa, novas técnicas, abordagens e ferramentas que lhes permitam alcançar um nível de consciência e bemestar de excelência. Porém, há ainda um longo caminho a percorrer para que estas poderosas ferramentas cheguem à generalidade da população.

MINDSET MAGAZINE | 56


Um dos meus objetivos enquanto Trainer, palestrante, formador é despertar a curiosidade do maior número possível de pessoas para estas questões e contribuir para que consigam uma melhor versão de si mesmos a cada dia que passa, a cada aprendizagem. Um dos desafios que coloco àqueles com quem trabalho é que, independentemente de acreditarem que seja (ou não) alcançável, possam definir UM simples objetivo que, se pudesse ser alcançado, faria mesmo uma grande diferença nas suas vidas. Pode ser um objetivo pessoal, de vendas, de expansão de negócio, de criação de negócio, de obter um grande prémio ou reconhecimento, de voltar à escola ou de escrever um livro, de participar num reality-show ou perder peso, não importa. O que importa é que seja um objetivo simples, pelo qual estamos MESMO dispostos a lutar e que nos vai levar a um novo e melhor patamar das nossas vidas. Depois disso, normalmente sugiro que visualizem como a conquista desse objetivo vai transformar as suas vidas, qual o resultado do sucesso nessa conquista, o que vão estar a fazer, o que vão sentir, o que vão ver. Finalmente peço que convertam tudo isso numa afirmação escrita; numa frase que represente esse objetivo, que seja o permanente lembrete daquilo porque estamos a lutar. E se, por um lado, constato a dificuldade que tanta gente tem em formular um único objetivo, por outro lado, depois de o fazerem, desperta-se a vontade de usarem todos os recursos de que dispõem para o alcançarem. E isso é fantástico, não acham?

PEDRO NEVES CONSULTOR, HUMORISTA E BUSINESS COACH pedro.neves@likeaproevents.com www.likeaproeventes.com

MINDSET MAGAZINE | 57


MANTRAR O AMOR-PRÓPRIO A tendência de comparação perante os outros é inevitável, o problema é que muitas das vezes é feita em inferioridade: és a vítima coitadinha e gostas de te queixar para te passarem a mão pela cabeça. Isto nada mais é do que falta de Amor-Próprio! Quando deixas ser o coitadinho e te habituas a essa rotina (que muitas vezes fica para a vida toda), perdes as milhares de oportunidades que a vida te apresenta e que tu de forma egoísta desperdiças – existirá maior prova de egoísmo? Quando não tens Amor-Próprio, não te pertences, não tens o comando da tua vida e, por muito que faças para contornar isso, nunca estarás bem, nunca te sentirás em paz…pois faltará sempre o fundamental. Todos os dias são oportunidades de Amor, cultiva essa semente em ti, aposta em ti, cuida-te, faz algo que te apaixone, aprende a gostar de ti! Muda aquilo que vai contra os teus valores, deixa a preguiça e a mente de lado, sente o prazer de fazeres algo só para ti, que te faça sorrir por dentro e por fora, habitua-te a mimar-te – simples não é? Descompliquemos o amor, ele é simples e está ao esticar da mão, no respirar fundo, no sorriso, nos afectos. Naturalmente, mesmo tratando-se de uma brutal inaturalidade, aprisiona-mos o amor: nos limites que nos impomos e transmitimos aos outros, na hiper protecção dos filhos, dos amigos mais queridos, nos medos que fantasiamos e que nos impedem de agir em liberdade, no julgamento que fazemos de alguém…

MINDSET MAGAZINE | 58


Somos, à nascença, programados a agir e a comportarmo-nos assim, pelos nossos pais, familiares e amigos, pela escola e professores, pela sociedade… e mais uma vez habituamo-nos a isso e seguimos uma vida inteira esses valores que não são nossos, que nos são impostos – quem disse que tinha que ser assim? Com estes comportamentos, castramos a possibilidade do Amor crescer e ramificar, em liberdade. Toma as rédeas da tua vida o quanto antes e começa a mudança, sem apegos…experimenta! A melhor forma de cultivar o amor é viver o Agora, permitir sentir e deixar os pensamentos de lado. Quando sentimos não deixamos que nada interfira, que a mente nos prenda, nos limite a acção, e é aí que temos que apostar: nos sentidos. Nada melhor do que nos permitirmos sentir a paixão por algo que nos faz bem: uma caminhada na praia, desligarmos do mundo ao som das ondas, ao bater do sol no rosto, existe melhor sensação do que esta? Quando estamos no Agora, não existem limites, torna-se viciante o querer sentir as borboletas na barriga quando fazemos pela primeira vez, algo que há muito queríamos, mas adiávamos pelas mais variadas desculpas…

Há quanto tempo não vais dançar, ou comer ao teu local preferido, há quanto tempo não estás com aquele amigo tão especial e não lhe dizes o quanto o amas? Cria o teu Mantra do Amor e integra-o em ti. O meu, partilho-o contigo : Amo-me: Desde o fio do meu cabelo à última célula de mim. Respeito-me: Com as minhas limitações e com as minhas virtudes. Encontro-me: Todos os dias com o espelho e faço-me um elogio. Observo-me: Em meditação, em silêncio e busco as respostas. Apaixono-me: Por cada Agora vivido, em pleno Sinto-me Em cada respirar, grata pela vida Amor-próprio é isto e muito mais…. Faz o teu mantra do Amor-Próprio e apaixona-te por ti.

O que queres da vida? O que te apetece sentir? Porque não o fazes? O momento é Agora, mesmo que seja um objectivo que seja difícil de alcançar por limitações que não dependem directamente de ti. Mesmo assim podes agir, estipula metas e vai dando passos em direcção a elas, mesmo que aparentemente sejam passos muito curtos. Não desistas de ti, não desistas dos teus sonhos ao primeiro obstáculo. Sê persistente, e confia que vais conseguir, foca-te. Implementa Agoras nos teus dias, alimenta o teu Amor-próprio.

SÓNIA RIBEIRO MINDSET COACH, HIPNOTERAPEUTA E AUTORA coach@promind7.com www.promind7.com

MINDSET MAGAZINE | 59


COMO RENASCER NAS RELAÇÕES (MAIS SIGNIFICATIVAS) DENTRO DA FAMÍLIA? Para mim, tudo começa na família. Este é o primeiro espaço que nos vê crescer - dá vida e acolhe. Sabemos que nem sempre é um espaço saudável e estruturado, o que traz muitas consequências penalizantes a cada pessoa – criança, adolescente ou adulto. Olhar as relações dentro da família é olhar o todo que está presente e ausente. O que está presente é o que conseguimos ver e está lá. As pessoas que compõem o agregado familiar e constituem o que se define por família nuclear. O que está ausente é o que não conseguimos ver e que pertence também ao domínio da família alargada, estando aqui muito do material genético transgeracional. Estas e outras dimensões são precisas ter em conta para apoiar à transformação relacional dentro de uma família, rumo a um estar e vivências positivas e salubres. Sim, trata-se de salubridade, de cuidar de um ambiente que se torne favorável ao crescimento saudável dos elementos que a compõem. A maioria dos nossos desequilíbrios pessoais e sociais têm causas na família - Vale a pena dentro da vida dar espaço para cuidar dela. Para mim, cuidar e apoiar a harmonizar famílias é um processo de ReNascimento para uma nova direcção, que traga bem estar, espaço de respeito e igual valor para com todos e por todos. E como se faz quando tudo parece ruir? Quando o caos habita o dia a dia? Quando parece que já não é possível? Primeiro, alguém toma consciência e escolhe que é importante mudar e que quer cuidar e trazer harmonia à sua família. Por norma, ou na maioria dos casos, são as mulheres-mães que dão o passo. Em boa verdade, quando o fazem com coragem e determinação, e com acompanhamento adequado,

conseguem-no e levam esta nova vibração a todo o sistema familiar. É nisto que acredito e que tenho observado com resultados incríveis! ReNascer nas Relações familiares de referência é reestruturar, é religar às raízes e dar sentido. Para isso, partilho aqui A Bússola do Coração com 5 direções transformadoras para começares a mudar as relações dentro da tua família: 1- Ativar a mente de principiante 2- Ver o melhor do outro – os seus pontos fortes, virtudes ou qualidades 3- Comunicar com verdade e autenticidade 4- Falar com a voz do coração 5- Surpreender A mente de principiante é olhar como se fosse a primeira vez, tudo o que já vimos. Sugiro que olhes os teus filhos, companheiro/a como se fosse a primeira vez, pois neste dia ou momento será, e Encanta-te de novo. Colocar a nossa atenção no melhor do outro altera completamente o foco do nosso olhar, abrindo espaço para a conexão e ligação. Quando estamos focados nas vulnerabilidades e faltas, entramos no julgamento e acusação, o que não contribui para relações mais fortes e de respeito. Usar um discurso sincero e baseado na verdade e autenticidade é ‘meio caminho andado’ para relações de respeito e bem estar, pois não se geram equívocos ou tornam-se quase inexistentes. A comunicação flui numa base honesta, mesmo que por vezes traga ‘ao de cima’ desagrados e desacordo, o que é natural. Claro que este tipo de comunicação ganha muito em se alinhar com a direcção seguinte.

MINDSET MAGAZINE | 60


A voz do coração permite escolher formas de expressão conectadas à energia do amor. Exemplos: falar num tom de voz mais baixo e suave, usar palavras carinhosas e positivas, movimentos acolhedores e expressões afáveis. Por fim, surpreender a família com práticas inovadoras que vão ao encontro dos gostos de cada um. Surpreender é criar situações que não sejam esperadas, que quebrem a rotina e que o outro não esteja à espera. Exemplo: o prato preferido para jantar, mensagens no quarto, bilhetes para ‘aquele’ espectáculo ou jogo, música eleita a bombar, ou qualquer outra prática que faça sentido na tua família e com aquela pessoa, pois nem todas as surpresas funcionam com todos.

Lembra-te de começar estas práticas contigo primeiro. Depois vai e avança com determinação e consistência. Questiona-te: - O que me está a impedir de renascer nas minhas relações familiares? – Qual a minha intenção agora? – Como posso alinhar as minhas ações às minhas intenções? Agora, escolhe uma ou mais direção da bússola do coração e manifesta-te em pleno ReNascimento. Vou gostar de ter notícias tuas. Abraço do coração

MINDSET MAGAZINE | 61

ANDREIA CARVALHO COACH E MENTORA EDUCACIONAL E RELACIONAL info@andreiacarvalho.com www.andreiacarvalho.com


A LÂMPADA MÁGICA E se hoje tivesses a oportunidade de escolher o que te faz feliz, o que escolhias? Esta parece uma pergunta de fácil resposta, porque provavelmente em algum momento já pensaste nessa felicidade. Então, porque é de fácil escolha, podemos aprofundar. E se pudesses escolher o que te faz feliz e só depende de ti? Naturalmente que a estas duas perguntas já te deste varias respostas e em uma delas sentiste a emoção que te diz Eu quero mesmo isto. Muito se fala acerca da tal felicidade. Felizmente, hoje também trabalhamos a importância da felicidade na tua profissão. Especialistas dizem que os nossos trabalhos devem ser os nossos hobbies. O teu é? Será que alguma das tuas escolhas para a tua felicidade é mudares radicalmente de vida e escolheres o que realmente de apaixona? Bom, então hoje desafio-te a observar o que pensas após esta escolha. Habitualmente quando fazemos

uma escolha realmente desafiante e que depende fundamentalmente de nós, em seguida também vacilamos. E é natural, estas mudanças fazem-nos mover para o desconhecido o que aumenta o desafio. Para te apoiar nesta reflexão avalia o que te dizem estas afirmações quando partes do pressuposto que queres ser feliz e essa felicidade está no trabalho que queres transformar em hobbie. Imagina-te nesse momento. Sim, eu quero ser feliz e quero que o meu dia seja repleto de energia porque faço o que escolhi fazer e ganho por ser feliz. - Não, ninguém ia perceber isso. - Não, isso não existe, uma coisa é trabalho e outra é diversão. - Não, seria de doidos, como é que vou escolher “isso”? e deixava o que tenho seguro? Quem me pagava as contas? - Não, eu afinal não quero, estou bem, até sou feliz assim.

MINDSET MAGAZINE | 62


Então, que te pareceram estas respostas? Como é curioso para ti este resultado? A verdade é que qualquer delas te trava! Qualquer que seja a que te identificou te impede de escolher o que te faz feliz. E para todas estas observações existem dois caminhos, ou vou ou não vou e mais importante ainda nestes dois caminhos é o quero ou não quero. Entre uma e outra deixo-te as 10 perguntas que te fazem encontrar em ti o que há de novo, saberes o que te faz mover e essencialmente saberes o que te faz feliz e pode ser para ti. 1. O que quero faz-me feliz? 2. Já alguma vez tentei? 3. Se tentaste o que é que falhou? 4. Se não tentaste o que te impediu?

5. Do que falhou, como usaste esse resultado? 6. Desististe? 7. O que hoje podes fazer diferente? 8. O que ganhas se te moves em direção ao que imaginaste? 9. O que podes fazer agora que já sabes o que queres? 10. Como podes iniciar o teu plano? Agora usa estes 3 R’s Respeita-te, Responde-te, e Ri ri muito. Avança já! A vida quere-te feliz, e tu também MARIA JOÃO MARINO COACH infogeral@coachmariajoaomarino.com www.coachmariajoaomarino.com

MINDSET MAGAZINE | 63


NÃO É LIBERDADE FINANCEIRA. É CONFIANÇA FINANCEIRA! O nosso sistema de ensino não nos ensinou, nem continua a ensinar como devemos gerir a nossa habilidade em fazer dinheiro além da tão conhecida “luta” por um emprego, na esperança ilusória de que nos trará “alguma” segurança. E como não nos sentimos seguros em relação ao nosso futuro, pensamos que se nos esforçarmos, se realmente nos esforçarmos, aí sim poderemos vir a disfrutar da chamada liberdade, e neste caso, financeira. Muitos são os que andam atrás da famosa “liberdade financeira”, tentando uma e outra coisa, sem nunca terem realmente resultados que reflitam a tal liberdade prometida. A grande questão que aqui se coloca é que nunca poderás ter ou sentir a verdadeira liberdade financeira na vida, mas sim confiança financeira. Qual a diferença? Liberdade Financeira é a ilusão de que algum dia vais ter dinheiro suficiente para seres livre. Confiança Financeira é a certeza de que “podes fazer” dinheiro quando quiseres, quantas vezes quiseres e onde quiseres. O primeiro conceito é uma ilusão, o segundo é uma certeza. Então como é que conseguimos obter Confiança Financeira? Acima de tudo, adquirindo e possuindo uma habilidade de alto rendimento que nos permita ganhar mais. Existem diversas formas de o fazer, mas há apenas uma que pessoalmente considero verdadeiramente transformadora em qualquer negócio ou pessoa. Essa habilidade é saber vender e além disso, saber fechar vendas. Parece uma habilidade tão “desligada”, tão sem emoção, tão materialista para muitos, mas sejamos realistas… se não conseguirmos vender as nossas ideias, os nossos produtos, os nossos serviços, então como raio vamos poder vir a ter a vida que tanto desejamos? MINDSET MAGAZINE | 64


Esta habilidade é sem dúvida a experiência mais transformadora pela qual vais poder passar na área do desenvolvimento pessoal, porque quando aprenderes a fazer isto como deve ser, vais reparar que a tua autoconfiança vai aumentar, bem como, o teu auto-valor. Consequentemente a tua autoimagem será moldada para algo maior, porque começarás a sentir que tens de facto a vida nas tuas mãos. Se queres realmente transformar a tua vida, aprende a “vender-te”. É assim de simples! Parece tão fácil vender algo de outras pessoas, mas quando se trata de vendermos os nossos próprios serviços e/ou produtos a história é bem diferente, certo? Aprende esta habilidade de uma vez por todas, sabendo que é crucial para que possas de facto viver a vida que tanto desejas. Não te iludas pensando que vais ter liberdade financeira poupando. Os problemas de dinheiro resolvem-se ganhando mais dinheiro.

Portanto para finalizar algumas dicas: 1. Aprende a ganhar dinheiro consistentemente 2. Aprende a poupar esse dinheiro 3. Aprende a multiplica-lo Foca-te no ponto 1 até conseguires ser extremamente consistente, só assim fará sentido passares para o passo 2 e depois para o passo 3. Não tentes fazer tudo ao mesmo tempo, é por isso que não tem funcionado. Deixo-te com estas reflexões finais: Pés na Terra, Cabeça nas Estrelas. Ação Imperfeita Constante, Porque Feito É Sempre Melhor Que Perfeito! VIVE INTENSAMENTE. ACREDITA INFINITAMENTE. PARTILHA INCONDICIONALMENTE. LEONARDO GONÇALVES MENTOR PREMIUM, PALESTRANTE & EMPREENDEDOR geral@leonardogoncalves.net www.aartedevenderpremium.com

MINDSET MAGAZINE | 65


MEDO, REALIDADE OU ILUSÃO? .... há quem diga que o medo de uma forma geral vem do nosso ego, da nossa mente e é algo paralisante... muitas são a situações de medo que enfrentamos ao longo da nossa vida... muitas vezes ele se instala em nós de forma consciente e inconsciente.... muitas vezes outros sentem medo e por proximidade com a pessoa, nós passamos a sentir esse mesmo medo também.... Temos medo de morrer, medo de perder pessoas queridas, medo de não casar, medo de não encontrar a pessoa ideal, medo de altura, medo de não conseguirmos alcançar nossos objetivos quaisquer que sejam eles, medo de não conseguirmos sair de uma situação ... enfim a nossa conversa aqui é como podemos transpor o medo de forma consciente? Difícil viu! mas não impossível, quiçá você consiga isso através de sessões terapêuticas comportamentais de forma cognitiva, isto é olhando para a origem deste medo. A pausa para a reflexão que podemos fazer é perguntarmos o que é de fato o medo? Ele existe de

verdade? Ele é real? Ele é consistente? Ele vem de situações vividas no passado? Ele vem de projeções futuras? De expectativas futuras? de onde ele vem? de onde ele surgiu? Quando? Como? Porque? O fato é que o medo é apenas uma ilusão que o seu cérebro usa , sua mente se agarra, para de fato esconder algo mais profundo, tornando-se parte da nossa sombra, acaba se solidificando dentro de você, acaba virando pânico e por ai vai... Conto tudo isso, pelo fato de saber que existem milhares de pessoas ao redor do mundo que adorariam viajar , sonham com isto, mas o medo que sentem é estarrecedor e paralisante, impedindo de realizar este sonho . Certa vez, atendi uma pessoa, que veio para 2 sessões e em seguida foi viajar, ao se ver e se perceber indo para um passeio nessas cadeiras que andam no monotrilho sob montanhas nevadas, ela teve o “despertar” que o pavor (palavra dela) que sentia de altura tinha acabado de desaparecer para sempre e que isso tinha feito total diferença para a vida dela a partir dali, de forma

MINDSET MAGAZINE | 66


natural, de dentro para fora. Sim , quando nos livramos de um padrão de comportamento, de um sentimento, de uma emoção , de um pensamento, de algo que nos aprisiona, isto torna-se libertador de fato e muitas transformações podem ocorrer de forma natural e com leveza, como foi o caso desta pessoa. A novidade é que existem muitas outras técnicas hoje , que vêm ajudando milhares de pessoas ao redor do mundo a dissiparem e dissolverem os medos, os aprisionamentos, as emoções não resolvidas e que ficam ali latentes dentro de nós. As terapias integrativas, holísticas, alternativas, quânticas, energéticas, não importa a denominação estão sendo cada vez mais e mais espalhadas aos 4 ventos, com a intenção de melhorar, reduzir, transformar, contribuindo para melhorar a vida das pessoas de dentro para frente , na sua integralidade, “mente sana corporis sano” reduzir e até eliminarmos nossas mazelas ou sombras, sem a necessidade de nos aprofundarmos em experiências, dores, traumas e dramas já vividos. Umas das técnicas com quais utilizo para trabalhar são as Barras de Access, surgiu há 28 anos , está em 176 países, com validação médico cientifica para cura de depressão, stress e ansiedade e que vêm ganhando a passos largos espaços no campo energético, física quântica e nos consultórios e que trabalham essas memórias emocionais armazenadas em nosso cérebro e em nossas células inclusive, sem

termos a necessidade de nós “aprofundarmos” sobre a origem do medo em qualquer conversa ou sessão. São sessões terapêuticas, onde não precisamos saber de fato, a razão pela qual o cliente nos procurou, simplesmente o acolhemos, fazendo a sessão acontecer. E que os clientes recebam e acolham este medo transformando-o em mola propulsora para resignificar uma nova etapa de vida a partir das sessões, a isso denominamos mudança de mindset. Fica a dica, sonhar em Viajar, conhecer outros países, outras culturas... corre para o abraço.. ops ... corre para transformar, transmutar, transcender tudo isso, buscando a harmonia, o bem-estar e passar a ter uma vida leve e uma vida fluída!! MEDO é um mito ou uma ilusão? PATRÍCIA HAIDAR * FACILITADORA BARRAS ACCESS pc.hj@hotmail.com www.accesscounsciousness.com

* Patrícia Haidar é Brasileira, Buscadora de auto conhecimento há 30 anos, empresária, exdiretora de vendas, palestrante empresarial, escritora, treinadora de equipes, atendimentos individuais e facilitadora com Certificação Internacional das técnicas de Barras de Access, Facelift Energetico e processos corporais.

MINDSET MAGAZINE | 67


ESPÍRITO, CIÊNCIA E QUANTUM Evoluução é um Processo da Singularidade/ QUANTUM. A Realidade é visível, invisível, exterior, interior e do interminável equilíbrio e potencial Quantum. Sem principio nem fim, a parte maior da existência é invisível e estrutura / arquitectura da experiência de movimento e aceleração constante da realidade actual, visível ou ambiente de `Apenas Energia´. Tudo que HOJE é actual é de Auto-Escolha e tem origem no interminável potencial Quantum ou quântico de realidade. Sub-educado ou vivenciando a experiência de criação quase 100% do nosso ego, mente ou pensamento racional, são as nossas crenças, quase todas `falsas´ e redutoras, que `governam´ o nosso ciclo diário e consciente de vida. Nesta fómula de sistemático estreitamento de potencial do ser ao que é apenas visível e exterior, a nossa consciência ou visão de realidade percepcionada é quase sempre subtractiva ou negativa e muito raramente expansiva ou positiva. Sermos mais positivos é simplesmente a nossa auto e livre escolha por vibrações sempre mais altas e requisito na prática diária de aceleração do nosso crescimento individual. Do reconhecimento e auto-responsabilização por todos os momentos da nossa vida, mais somos resultado lógico e consciente deste processo continuo de mudança interior. Todos magníficos e únicos MESTRES de nós próprios, contribuímos para uma cada vez melhor experiência de Unicidade pelo nosso exemplo individual e mudança estruturada de comportamentos. A expansão do SER TOTAL é da mestria dos diferentes níveis de AMOR, integração de estágios vibracionais, ganho e fortalecimento do campo morfogenético para mais auto cura/ saúde plena. Neste processo somos todos parte igual & especial, Única e Magnífica e o Agora resultado do novo uso, analógico e combinado, de energias real e holográfica.

Retorno Ao SER Total/ Mestria Quantum. Educação Total usa a area do nosso peito, perto de onde está localizado o coração fsico e portal para mais aprendizagem e equilíbrio de informação/ Amor- Próprio, no retorno eventual ao nosso Ser mais completo. A glândula pineal funciona como ponto de conexão cérebro / saber interior e a Alma, usa o plexo solar no armazenamento de crenças e verdades conscientes. Enquanto acordados usamos energia holográfica, fotónica Ou electromagnética (base electrões # Campo -1) e muito rápida. Usamos energia real durante o sono, quando também acontece a maior parte da nossa educação e cura energética. Energia Real é muito lenta, chega num duplo vórtice de matéria (electrões) e anti-matéria (positrões) conectados num só ponto neutro (ponto zero) e reverte ao espírito, ou forma plásmica da água. Evolução é da integração, consciente e analógica, do ambiente de `Apenas Energia´ ou desenho geometricamente orientado com a realidade total ou desenho original quantum. É SEMPRE um trabalho interno de LIVRE E AUTO-ESCOLHA. Apenas requer INTENÇÃO de mais consciência de mudança, equilíbrio, força, amor-próprio e verdade interior. Somos responsáveis pelas nossas vibrações, reacções e experiências 24/7, numa fórmula única de autoaprendizagem com origem na nossa parte magnífica ou ser total. ESCOLHAS são desenhos de alta precisão no interminável melhoramento da experiência individual & partilhada de UNICIDADE ou criação, e por Isso SEMPRE POSITIVAS! FOCO é na masterização Quantum e combinação consciente destas duas energias no AGORA ciclo diário de 24 horas para actualização gradual dos corpos / sistemas energéticos (Físico, Emocional, Mental e Espiritual/ ADN) para mais saudáveis. Todos assuntos atuais e potenciais cenários que referem TUDO menos que SAÚDE PLENA são naturalmente incluídos neste processo de profunda reestruturação energética.

MINDSET MAGAZINE | 68


Fórmula De Equilíbrio TOTAL. HOJE é sempre resultado do mais completo e perfeito AGORA que inclui Passado, Presente e Potenciais Futuros. O AGORA é base única para o real desenvolvimento, partilha e integração dos campos Quantum (Equilíbrio) & Divino (Energia). Eventos Quantum trabalham no conjunto Alma (Consciência/ Ego, Emoções e Sentidos) e Espírito (ADN, Genomas, Células Estaminais) Para a GRADUAL recuperação dos mal estares Físicos, Emocionais Mentais e Espirituais. O Stress consciente E sub-consciente é causa maior na acumulação de TOXINAS e `crenças falsas´ pelos nossos Sistemas Energéticos e destruição do equilíbrio total. Toxinas distorcem água, fotões, ADN, simetria do corpo e eventualmente a maioria das nossas células e são origem de TODOS os desarranjos, dores e peso excessivo. Para nos libertarmos da toxina e apagarmos a `Crença Falsa´ do nosso Ser Total temos que a reequilibrar. A maioria das vezes, o processo de auto cura repete A Dor, Ou `Crença Falsa´ que lhe está associada. Esta informação é importante porque muitas vezes, é precisamente esse `Aparente Retrocesso´ que estagna o nosso crescimento pessoal. A fórmula EQUILIBRIO TOTAL usa ressonância de duas vias na transformação consciente do ser para padrões sempre mais positivos. Neste novo equilíbrio electromagnético e bioquímico manifestamos uma melhor resposta orgânica e metabólica na recuperação de desarranjos do cérebro, saúde vascular e cardíaca e melhor função dos sistemas endócrino e exócrino (Glândulas). Os resultados na experiência total de vida do procurante dão visíveis invisíveis, interiores, exteriores e muito significativos. Aceleramos sempre mais em direcção ao nosso melhor, mais feliz, realizado e completo EU.

NUNO COSTA * PRATICANTE / TERAPEUTA QUANTUM onunos@gmail.com facebook/NMSSC130972

MINDSET MAGAZINE | 69


UMA VOZ NA MULTIDÃO, ESCUTANDO A VOZ DO CORAÇÃO. Em nossas vidas muitas vezes sentimos um chamado para sair do lugar comum, romper o status quo e, cada um de nós que experimentou isso, seguramente teve uma sensação parecida com a dessa estória... Imagine um estouro de boiada. Várias cabeças de gado correndo juntas numa mesma direção, todas de cabeça baixa cheirando poeira do chão e rabo do companheiro da frente. Você já viu um estouro de boiada? Todos juntos, correndo numa mesma direção, sem porque ou propósito... Em algum momento, quem sabe num momento mágico daqueles que se apresentam vez por outra, e que por outras tantas vezes insistimos em não perceber, um deles reflete: “Não é possível que seja só isso! Não é possível que estejamos todos indo para o mesmo lugar, sem saber para onde, sem saber o porquê!”. Sua inquietação se torna insustentável, e ele, decidido, levanta a cabeça para olhar ao redor. E então, a sua frente na altura do pescoço, uma lâmina se aproxima velozmente para decapitá-lo! Ele se assusta, baixa a cabeça, apavorado, e conclui: É... não é possível levantar a cabeça, não é possível olhar ao redor; espremido nesse estouro de boiada só me resta continuar cheirando a poeira do chão e o rabo do meu companheiro da frente, sem saber para onde vou, e porque vou. Entretanto quando o sujeito da nossa história levantou a cabeça, além da foice ameaçadora, por um breve instante, pode ver que havia outros campos, que havia outros sítios, que havia outras possibilidades. Que fora daquele estouro de boiada havia campos calmos, riachos serenos, uma brisa suave... Nossa personagem passa a viver um grande conflito: a foice ameaçadora versus as novas e encantadoras possibilidades. Já não é possível para ela permanecer nesta situação, continuar nessa ausência de propósitos, na mesmice desse lugar comum, na

MINDSET MAGAZINE | 70


comodidade da zona de conforto, como se de conforto se tratasse, indo apenas porque todos vão. Já não é possível para ela dizer a si mesma que não viu as novas e encantadoras possibilidades. O conflito, então, se torna insuportável, permanecer naquela situação se torna insustentável. É chegada a hora da decisão: “Perco minha cabeça, mas nesse lugar eu não permaneço mais!”. A foice se aproxima ameaçadoramente de seu pescoço, e ele já sente o toque da lâmina fria. Mas, quando ela toca sua pele, magicamente ela desaparece! Ele, então, descobre que a lâmina é uma ilusão. E se dirige à margem, senta-se à beira e contempla a boiada que continua sem destino, sem direção, e sem propósito. Naquele momento ele descobriu que a possibilidade de mudança é real, para aquele que a enfrenta, para aquele a quem permanecer no lugar comum, na zona de conforto tão incômoda, se tornou insustentável. Na cena seguinte surge em meio ao estouro da boiada um companheiro que levanta a cabeça e olha ao redor. E ele então assovia: “Ei! Vem para cá! É possível...” Ao que o outro diz: “Não!! Olha a foice!!”.

E baixa a cabeça novamente seguindo sem saber porque, para onde, e comandado por quem... Esta estória é essa história de cada um de nós que, por um momento que tenha sido, ousou desafiar as convenções, aquilo que está estabelecido, aquilo que “sempre foi assim”. Arriscar sair da zona de conforto, que de conforto não tem mesmo nada, é sempre um grande desafio. Trata-se, portanto e enfim, de arriscar, a cada instante, escutar ou não a voz do seu coração. JOÃO CARLOS MELO * TERAPEUTA PSICO-CORPORAL E MESTRE DE REIKI jc@joaocarlosmelo.com www.joaocarlosmelo.com * João Carlos Melo (Gyandharma Prem) é Brasileiro, mestre em Reiki e terapeuta psicocorporal em Análise Bioenergética, com diversas formações em técnicas de respiração, como o Rebirthing® . É co-idealizador do método BodyOshean® e das das massagens tântricas Reconectiva, Orgástica, e Cósmic, É fundador da Casa de Lakshmi, e coordenador da Ong Reiki Sem Fronteiras Brasil e do Projeto Reiki Sem Fronteiras em Portugal

MINDSET MAGAZINE | 71


QUANDO SENTIMOS NÃO DEIXAMOS QUE NADA INTERFIRA, QUE A MENTE NOS PRENDA, NOS LIMITE A ACÇÃO, E É AÍ QUE TEMOS QUE APOSTAR: NOS SENTIDOS. SÓNIA RIBEIRO

MINDSET MAGAZINE |72


AGÊNCIA SANTARÉM Parceiro ProMIND7

Viajar não muda o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. As viagens só mudam as pessoas.

VIAGENS 2019 COM PARCERIA PROMIND7 - CLICKVIAJA SANTARÉM

MADEIRA - EGIPTO - NOVA IORQUE

WWW.SANTAREM.CLICKVIAJA.COM

SANTAREM@CLICKVIAJA.COM


JANEIRO 2019 | ANO 1 | NÚMERO 1

INDSET INDSET AGAZINE M MAGAZINE Desenvolvimento Pessoal, Auto-Conhecimento e Espiritualidade

13 LIÇÕES DE VIDA! Se cair levante-se apenas mais uma vez do que as que caiu

O PODER DO PERDÃO A melhor maneira de iniciar a "limpeza interna"

MINDSET: A PORTA PARA A MUDANÇA DA REALIDADE

ATÉ BREVE!

A grande chave para a mudança é a auto responsabilização

ENTREVISTA A YONIEL GARCIA

MOTIVA-ME O SER HUMANO, A REALIZAÇÃO DO SER HUMANO, A FELICIDADE DO SER HUMANO.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.