Mindset Magazine - Ano 1 - Número 1 - Janeiro 2019

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JANEIRO 2019 | ANO 1 | NÚMERO 1

INDSET M AGAZINE Desenvolvimento Pessoal, Auto-Conhecimento e Espiritualidade

13 LIÇÕES DE VIDA! Se cair levante-se apenas mais uma vez do que as que caiu

O PODER DO PERDÃO A melhor maneira de iniciar a "limpeza interna"

MINDSET: A PORTA PARA A MUDANÇA DA REALIDADE A grande chave para a mudança é a auto responsabilização

ENTREVISTA A YONIEL GARCIA

"MOTIVA-ME O SER HUMANO, A REALIZAÇÃO DO SER HUMANO, A FELICIDADE DO SER HUMANO."


Coaching Consultoria Formação Viagens e Eventos com Desenvolvimento Pessoal SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER E RECEBA, ENTRE OUTRAS INFORMAÇÕES, A REVISTA MINDSET MAGAZINE

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EDITORIAL

DIRECTORA| SÓNIA RIBEIRO

revista@promind7.com PARTILHAS DO LEITOR E SUGESTÕES

info@promind7.com Caros amigos, ANO NOVO, NOVA IMAGEM, NOVA VIDA! E desta vez, acredito que "cheguei a casa", é hora de celebrar com uma boa chávena de chá. Nos últimos dois anos passei por diversas transformações pessoais que me trouxeram até aqui e que me levaram a recriar um projecto que tanto amo: a publicação de uma revista on-line de acesso gratuito dedicada ao Desenvolvimento Pessoal, ao autoconhecimento e à espiritualidade. É com um enorme orgulho que vos apresento a Mindset Magazine, uma revista leve, fluída que tem como propósito a partilha de conhecimento e experiências na vasta área do desenvolvimento pessoal tão necessária e fundamental à nossa evolução enquanto seres humanos, ao nosso equilíbrio e autoconhecimento. Queremos contribuir para uma sociedade mais consciente e harmoniosa. Uma equipa de colaboradores unidos num propósito comum, com a atitude altruísta, de partilhar conhecimento de forma gratuita e de receber em troca somente - sendo tanto! - a gratidão de fazer o bem. Acompanhem-nos nas próximas páginas e deixem-nos saber a vossa opinião sobre esta nossa/vossa revista. Sejam Bem-vindos

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NESTA EDIÇÃO

06

CARPE DIEM!

07

13 LIÇÕES DE VIDA!

08

TROQUE A ROUPA DA SUA ALMA!

09

O MEU OLHAR SOBRE

Sónia Ribeiro Alexandre Martins Adriana Silva

A ASTROLOGIA

Ana Maria Bispo

10

A ECONOMIA DO AMOR

12

COMUNICAÇÃO POSITIVA

14

ALINHA-TE COM A TUA ESSÊNCIA

16

A FORMA COMO APRENDEMOS...

18

MEXE O CORPO QUE A MENTE AGRADECE

Ana Pedroso Carla Pinto Catarina Teixeira César Ferreira

Cristina Gonçalves

20

MINDSET: A PORTA PARA A MUDANÇA DA REALIDADE Allan Magalhães

22

O EFEITO DOMINÓ

24

MUNDO MEU, MUNDO MEU...

26

ENTREVISTA YONIEL GARCIA

32

O PODER DO PERDÃO

35

O QUE TÊM EM COMUM...

37

FOQUE EM QUEM TE FAZ BEM

Fátima Gouveia e Silva Joana Marques Sónia Ribeiro Lisa Joanes Ricardo Cabete Cacá Fontana

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MINDSET MAGAZINE

NESTA EDIÇÃO

38

E SE OUSARMOS SAIR DA MATRIZ?

39

(RE)COMEÇAR

41

APRENDI A NÃO TE TER!

43

MENOS É MAIS

45

LIDAR COM O STRESS ...

47

O STORYTELLING NA GESTÃO...

49

CHEGAR A SER HOMEM

51

SER FELIZ OU ESTAR EM PAZ?

53

COMECEI POR SER UM EMPREENDEDOR FALHADO

Jorge Malheiro Marisa Romero Olinda Rocha Paula Neto Paulo Moreira Pedro Neves Ricardo Laranjeira Mário Rui Santos

Rui Martins

55

COMO CONTROLAR A ANSIEDADE

57

AS CRENÇAS QUE TE LIMITAM O SUCESSO

Talita Martins

Yoniel Garcia

59

PARADOXOS DA FELICIDADE

61

AS 4 ETAPAS DA ESCASSEZ À ABUNDÂNCIA

Patrícia Labandeiro

Rui Gabriel

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DESENVOLVIMENTO PESSOAL É IMPORTANTE?

SIM 98 % NÃO 2%

Fizemos uma sondagem com os nossos potenciais leitores e quisemos saber se achavam que que o Desenvolvimento Pessoal é importante e o porquê? De 133 votos contados até à altura da edição da revista 98% responderam que sim e 12% do publico inquirido é masculino. Ficam abaixo algumas das justificações dos nossos inquiridos.

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Sim. Se todos os dias nos empenharmos em fazer algo novo ou fazer melhor algo que fazíamos anteriormente esse é o caminho para o desenvolvimento pessoal e global.

Sim. Importante porque ajuda-nos a desbloquear os nossos medos e inseguranças. A sermos melhores para nós e para os outros

José Bandeira Lisboa

Fernanda Bessa Porto

Sim. Para mim espiritualidade é sinónimo de evolução pessoal através de actos simples de bondade por mim e pelos outros.

Sim. Conduz-nos a experienciar o nosso verdadeiro eu (interior) que, infelizmente, muitas pessoas não o sabem, sempre aprenderam a viver para o exterior. E o desenvolvimento pessoal faznos descobrir a capacidade que cada um de nós tem.

Sandra Fortuna Arcozelo

Sim. Maior consciência = novas possibilidades = mais estratégias e oportunidades de sucesso e felicidade. Sérgio Rito Torres Vedras

Bruno Neves Valongo

Sim. Importante para me conhecer melhor e poder crescer pessoal e profissionalmente. Também nos permite ajudar os outros partilhando os nossos conhecimentos com mais segurança e entusiasmo Patrícia Figueiredo Porto MINDSET MAGAZINE | 5


CARPE DIEM!

Q

uando pensa nos objectivos e ambições futuras, é fácil começar a sentir medo, a formular desculpas e a ficar com sensação de frustração pela sua realidade presente. Isso acontece certamente, se estiver aquém dos resultados que esperava. Talvez comece a pensar em todas as coisas que quer mudar na tua vida: perder peso, ficar em forma, deixar de fumar, trocar de emprego, realizar um sonho que vai deixando na gaveta… Assim como pensa no que quer mudar, porque não motivar-se olhando para as suas conquistas, para os seus talentos, lembrar as suas qualidades. Alguns exemplos:

A sua brutal capacidade de relacionamento e empatia; A sua inegável capacidade de organização tanto profissional como pessoal; A primeira vez que ultrapassou um medo; A forma especial como recebe os seus amigos. …e assim por diante. Pense comigo: Como podes fazer e sentir mais destas coisas tão positivas e motivadores? Como pode aplicar acções, que lhe tragam estas mesmas sensações, aos objectivos que se propõe concretizar. Talvez possa passar mais tempo aos seus hobbies, ou concentrar-se nos seus pontos fortes no trabalho, ou começar um novo hábito. Viva o momento presente, o agora - CARPE DIEM! É sensato planear o futuro e aprender com o passado – é, contudo, menos boa ideia reforçar pensamentos limitadores, tais como: “Como serão as coisas melhores no futuro quando eu…” ou “A vida era muito melhor no passado porque eu…”

SÓNIA RIBEIRO Uma mulher feliz, Coach Certificada, CEO, formadora e consultora. Especialista em desenvolvimento pessoal, apaixonada pela evolução do ser humano sobretudo, enquanto ser espiritual. É também certificada em Hipnose Conversacional, Storytelling. É Autora do livro “Chega Aonde Quiseres - 9 atitudes para criares a vida que desejas" e criadora da Mindset Magazine. Ser capaz de viver o agora, significa apreciar o que está à sua volta, focar-se no momento presente, em vez de relembrar o que já foi, ou (pre)ocupar-se com o que está por vir. Lembre-se desta máxima: "O passado passou, o futuro não existe, tudo o que tem é o presente". Viva no momento, sinta cada segundo de vida, em vez de deixar a vida passar por si, viva consciente. Comece a verdadeiramente desfrutar, os seus dias de folga, sem pensar constantemente na "segundafeira de manhã" - há quanto tempo não o faz? Ao manter o seu foco no presente, no aqui e agora, irá obter muito mais prazer na vida e os seus resultados aparecerão. Aprenda a desfrutar do processo, é assim que maximiza o seu desempenho. Agradeça e perceba como pode, com simples gestos, melhorar a sua realidade. SÓNIA RIBEIRO MINDSET COACH coach@promind7.com www.promind7.com

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13 LIÇÕES DE VIDA! Querido leitor, quero deixar-lhe uma mensagem MUITO IMPORTANTE, uma mensagem pela qual me guio ao longo destes 40 anos e, ao longo destes anos todos, aprendi algumas coisas que acredito que lhe podem ser de muita utilidade: 1. Não gaste o seu tempo, dinheiro e energia com ALEXANDRE MARTINS quem não quer a sua ajuda. Cometi esse erro e fez-me Gestor, formador e, acima de tudo, aprender algo importante. especialista em transmutação através de métodos avançados para 2. Canalize o seu tempo, dinheiro e energia para quem A Atualidade, usando o planeamento solicita a sua ajuda. Esses, sim, evoluem porque estão e a motivação em programas abertos à mudança, os outros, por muito mal que pioneiros. Ao longo dos seus últimos estejam, não lhe solicitaram nada e isso quer dizer tudo. 20 anos tornou-se num coach de alta Lição tirada do primeiro ponto. performance nas áreas de life, business e mental coaching. É Autor do livro “7 Bases do 3. Se quer, faça ou delegue a alguém que o modela a si. Sucesso” e de um programa pioneiro com o nome de “1080segundos.com”. 4. Acção não é estar parado ou movimentar-se em vão, não é camuflar ou fazer que se faz. Acção é fazer, concretizar o que lhe vai na mente e no papel.

10. Quando integrar alguém, integre quem quer ser integrado, quem mostra uma mentalidade 5. Disciplina é um grande aliado do sucesso e eu quero vencedora, não de um derrotado. Integre quem já que tenha muitos amigos assim. teve dificuldades na vida e soube superar as dificuldades, soube contornar os obstáculos, soube 6. Crenças limitadoras são os melhores amigos de ser mais forte do que o medo, a pobreza, a velhice, infância do fracasso e amigos assim não queira nenhum, a doença, a falta de amor ou, até, a morte. pois falhado não é aquele que tentou mil vezes e falhou, é aquele que, por conforto ou medo, nunca 11. A idade é um posto só para algumas coisas? tentou. Tome como lição as crianças quando começam Acredito que não! Espero que você também a querer caminhar depois da fase do gatinhar. acredite, porque velhos são os trapos. Pessoas com Se cair levante-se apenas mais uma vez do que as que idades avançadas e positivas são autênticas caiu. Esta é uma lição que deve levar consigo para o enciclopédias vivas, são exemplos e mentores. resto da vida: levantar apenas mais uma vez. 7. Simples é desistir. Espero que não seja uma pessoa simples, espero que seja uma pessoa ousada, uma pessoa que não desiste dos seus objectivos. 8. Complicado é persistir. Continue a persistir pelos seus ideais, ideias e crenças potenciadoras. Eu faço isso todos os dias, um olho no agora e outro no futuro. 9. Realizar dá trabalho mas sabe tão bem!

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12. A idade é um conjunto de experiências acumuladas que podemos utilizar a nosso favor, acrescentar valor a algo e não retirar valor a algo. 13. Já tive sucessos e insucessos e acredito que o leitor também! Dos insucessos tirei as minhas lições. Tirou as suas? Ou, ao primeiro insucesso, parou, pensou e ganhou aversão e julgamentos em relação ao sucesso?

ALEXANDRE MARTINS COACH DE ALTA PERFORMANCE alexandremartins.org@gmail.com www.martinsalexandre.com


TROQUE A ROUPA

DA SUA ALMA! ADRIANA SILVA

É brasileira e vive em Portugal. "Viajar é trocar a roupa da alma" , já dizia o grande poeta Empreendedora e Turismóloga. brasileiro Mário Quintana. Cria e organiza roteiros turísticos Porque será que ansiamos tanto pelas férias? num projeto pessoal, chamado E se as férias não incluírem viagem, parece que não são Terras de Cabral. Massoterapeuta férias. Não é mesmo? e Esteticista Naturalista, como Emocionalmente comprovado, nada traz mais acalento e segunda profissão. Apaixonada sensação de bem estar, do que aquela "viagenzinha" que pela escrita que a acompanha fazemos; seja ela de pequeno, médio ou longo curso. desde seus 13 anos de idade, Por vezes, temos a sensação de não mais querer regressar. acredita que o mundo é Touch e se auto define eclética com um elo A pé, de carroça, carro, comboio ou avião... é igual de ligação entre todas as raças, matemática: pouco importam os meios, desde que os fins credos, cores e amores. se justifiquem com a viagem. Algumas acontecem sem nenhum plano e caímos nas graças do propósito. Outras, planeamos cada detalhe e vivemos antecipadamente o destino, alimentando a nossa adrenalina. Existem muitos modos de viajar, mas nenhum deles nos tira a paz. Mesmo aquela viagem corrida de negócios que parece ser tão cansativa a não sobrar nenhum tempo além das reuniões de trabalho e aquela que faz você aportar de aeroporto em aeroporto, sem sequer conseguir provar o prato local. Ainda assim, elas abrem a sua visão sobre o mundo. Pouco seja o efeito de apenas observar as construções e a arquitectura do local, por outra perspectiva.

Impossível não mudar a roupa do seu olhar. Viajar sempre modificará algo em você! Crescemos, evoluímos e desenvolvemo-nos como pessoas cada vez que saímos do nosso habitat natural e nos permitimos vivenciar outros mundos. Conhecer outras culturas, saberes e sabores renovam a nossa existência. A energia que renovamos em uma viagem, é a roupa da alma que trocamos! E você, já sabe quando irá "trocar a roupa" este ano? ADRIANA SILVA TURISMÓLOGA adriasv@hotmail.com @terras_de_cabral

* artigo escrito em português do Brasil

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O MEU OLHAR SOBRE A ASTROLOGIA Não é determinante ,nem tão pouco adivinhatória, é a minha visão e leitura acerca da grande possibilidade de evoluirmos com os momentos em que as forças dos céus, chamados de planetas, exercem poderes vibratórios e energéticos sobre a forma como estamos a conduzir a nossa vida. Actualmente, passamos um desses momentos. Estamos perante a quadratura de Júpiter com Neptuno.

ANA MARIA BISPO Abandonou uma bem sucedida carreira de 25 anos enquanto empresária, para abraçar o caminho terapêutico e de mudança. Fez formação em astrologia, constelações familiares e organizacionais durante 5 anos. Actualmente faz consultas individuais nestas áreas e dinamiza também workshops terapêuticos em Constelações Familiares e Organizacionais.

O que significa esta quadratura? Poderá querer dizer que neste momento estamos a ser testados com os nosso ideais espirituais, a fé, a forma como vemos o mundo. Temos Júpiter em Sagitário e Neptuno em Peixes. Estamos pois perante dois grandes momentos, estando ambos "em casa", ou seja, ambos os planetas estão nos seus signos de origem. "Em casa" está também Saturno, ou seja está em Capricórnio, solidificando a estrutura interna e a honestidade e rigor dos comportamentos humanos. Úrano está em Touro, lembrando que existe muito mais para além da Terra e que a qualquer momento podemos ser testados. Plutão está em Capricórnio, e com isso, transforma o racional, as grandes estruturas, tudo aquilo que foi construído fora da verdade. Eu diria que vamos mesmo ter que mudar a nossa observação perante o que não é visível, mas existe. Onde se estará a passar tudo isto no mapa de cada um de nós ? Como se pode aplicar na terapia ? Observar com a ajuda de um terapeuta, de uma forma individual, estas grandes influências, é um passo para a evolução pessoal. Na sequência de uma observação Astrológica, podemos trabalhar questões familiares, traumas, relações difíceis, familiares e partes da personalidade onde é difícil operar mudanças. ANA MARIA BISPO TERAPEUTA EM PARAPSICOLOGIA

amaria.bispo@gmail.com

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A ECONOMIA DO AMOR És o Líder Consciente da tua Vida? Ativas a tua Liderança Positiva e Autoconsciência no teu dia a dia? Como podes liderar a tua vida e seres a tua melhor versão? Ser consciente é encontrares o equilíbrio do que pensas, PROFESSORA ANA PEDROSO sentes e do que dizes, em especial, contigo próprio em cada momento no teu dia, no “aqui e agora”. A consciência Transformadora de Vidas em também significa atenção e concentração em cada um dos Liderança e Alta Performance pelo Mundo. NeuroGestora Financeira e nossos movimentos (interiores e exteriores). Técnica Oficial de Contas facilita Para estares consciente, e para que estejas atento, em consultoria a Pessoas e a Empresas especial às tuas emoções, repara que elas estão dentro de para a sua Transformação, ti, para te validarem o teu caminho (emoções agradáveis) Desenvolvimento Pessoal através ou para te mostrarem algumas necessidades que não estão do Desenvolvimento de projetos de a ser satisfeitas (emoções desagradáveis). Inovação & Empreendedorismo. Lidera o teu processo interior investindo em ti! Meta-Coach, Empresária e Líder da Lidera a tua vida, Sê 100% responsável por ti! Vive em sua própria Vida é CEO do Instituto atenção plena! Anna Mikii International, Autora do livro "A Ponte para a Felicidade" Para começarmos juntos esta Jornada neste Novo Ano, proponho-te que mantenhas a tua Mente Aberta, para conseguires alcançar transformações profundas na tua Vida e descobrires o que precisas fazer para que as Leis Invisíveis que te guiam e começam na tua MENTE se tornem visíveis para ti. Aprende a Seres + FELIZ neste Ano de Prosperidade para todos, basta acreditares e te libertares de toda a procrastinação e auto-sabotadores diários. Para estares com os outros em Harmonia e Felicidade e para seres um Líder autêntico e exemplar para a tua família, grupo de trabalho, comunidade e sociedade aprende, antes de tudo, a estar contigo mesmo e a relacionares-te de forma serena e amigável com os teus sentimentos e emoções. A consciência em Ti mesmo e de Ti mesmo, faz de TI um líder, mestre e guia, naturalmente. SÊ o PRESENTE de Ti mesmo e dos outros que mais Amas! A tua consciência e a tua Atitude de Seres e Estares presente, criam em ti o verdadeiro PODER de Seres um LÍDER que escolhe conscientemente e em equilíbrio com tudo e com todos. Completa todos os momentos com a tua melhor versão e relembra-te sempre que a realidade de tudo o que desejas para a tua vida acontece primeiramente dentro de ti: no teu centro e da forma como escolhes olhar, contemplar, ousar, sentir, ganhar consciência. Que este Ano 2019, SEJA O ANO! DESEJAS MUITO, MUITO, MUITO E QUERES COM TODA A ENTREGA INTERIOR QUE ESTE SEJA O TEU ANO DE MUDANÇA? Aguardo por ti no próximo artigo para te revelar os Passos. Só Por Agora pratica as reflexões que te entrego para a tua Tranformação! Despeço-me com Amor e reflexões empoderadoras para que o teu Desejo se torne REAL! Por breves momentos responde e torna-te consciente: O que tens estado a ESCOLHER até hoje? Onde colocas habitualmente a tua ATENÇÃO? A tua atenção vai para os teus desejos, sonhos e realizações? Escolhes ser o LÍDER da TUA vida? O foco está em Ti, ou está no(s) outro(s)? ANA PEDROSO TRANSFORMADORA DE VIDAS MINDSET MAGAZINE | 10 info@anapedroso.pt | www.anapedroso.pt


O QUE TENS ESTADO A ESCOLHER ATÉ HOJE? ONDE COLOCAS HABITUALMENTE A TUA ATENÇÃO? PROFESSORA ANA PEDROSO

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COMUNICAÇÃO POSITIVA: UMA LINGUAGEM DE RESPONSABILIDADE

Há vários estudos que mostram a prevalência da comunicação não verbal sobre a verbal, ou seja, quando o corpo diz uma coisa e as palavras outra. Esta informação é particularmente relevante quando CARLA PINTO estamos a comunicar com crianças. Uma mulher feliz, mãe e apaixonada Peggy O´Mara disse que « a forma como falamos com os por temas da Parentalidade e nossos filhos torna-se a sua voz interior» por isso é Educação Positivas. importante que nos possamos lembrar que as crianças Licenciada em Serviço Social. ouvem aquilo que lhes dizemos e a forma como o fazemos. Pós-graduada em Comportamentos Pensemos na forma como interagimos com os nossos filhos. Aditivos e em Parentalidade e Como é que comunicamos com eles? Educação Positivas. Tudo o que veem, ouvem, sentem, tocam e até cheiram Fundadora da Tribo dos Afetos, tem impacto no seu cérebro e, por conseguinte, influencia projeto de intervenção social e a forma como encaram e interagem com o seu mundo pedagógico junto de pais e outros – incluindo a família, a escola, os amigos e até mesmo, educadores com o grande objetivo de promover relações baseadas no consigo próprios. Na verdade, são as experiências que respeito mútuo e um vínculo forte moldam o cérebro, daí a forma como nós (pais, educadores, entre adultos e crianças. família), colocamos por palavras essas vivências que vão

ser estruturantes na construção da sua auto-estima e nas relações interpessoais. Magda Dias (2018,p.155) considera que a forma como falamos e as palavras que usamos não são um mero detalhe e fazem toda a diferença. Por detrás da forma como comunicamos estão os nossos valores e as nossas intenções. Pessoalmente quando comunico com o meu filho quero que o respeito mútuo, a autenticidade, a empatia e responsabilidade estejam sempre presentes, embora nem sempre o consiga. Como praticar uma comunicação mais positiva? A comunicação positiva é um modelo de comunicação que nos ajuda a exprimir de uma forma honesta, clara e empática, respeitando-nos e respeitando o outro. (Dias, 2018) Esta comunicação faz uso da comunicação não-violenta (CNV) desenvolvida por Marshall Rosenberg e aquilo que se faz é descrever o que se vê, o que se sente e de que se precisa, fazendo-se, normalmente um pedido no final.

ANA PEDROSO TRANSFORMADORA DE VIDAS

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Exemplo Em vez de : “ Se não arrumares os brinquedos, ficas de castigo!”, Utilize a Linguagem Pessoal e diga: “ Os teus brinquedos estão espalhados pela sala. Não me sinto bem quando vejo a sala tão desarrumada. Podes arrumar as tuas coisas agora, por favor?” A linguagem pessoal é uma excelente ferramenta de comunicação para criar relações mais próximas e com maior significado e deve ser utilizada o mais cedo possível. (Ovén, 2015) Como usar a Linguagem Pessoal? 1. Conecte-se com a criança 2. Descreva a situação (ser concreto e descritivo, não julgue) 3. Descreva como a situação o faz sentir (a emoção) 4. Escuta activa 5. Seja autêntico e diga as razões das suas emoções 6. Apresente uma solução e faça o seu pedido (razoável e justo) Para Mikaela Ovén (2015, p.161) é «essencial que sinta o que está a dizer, ou seja, não pode falar só a partir da mente, tem de falar com a mente e com o coração». Se estivermos com atenção à maneira como comunicamos, tornámo-nos responsáveis pelas escolhas que fazemos e pela forma como nos posicionamos no mundo. C ARLA PINTO F UNDADORA DA TRIBO DOS AFECTOS c a r l a a b p i n t o @ g m a i l . c o m https://www.facebook.com/tribodosafetos/ Bibliografia Dias, M. (2015). Crianças Felizes. Lisboa: A Esfera dos Livros. Dias, M. (2018). Para de chatear a tua irmã e deixa o teu irmão em paz! Lisboa: Manuscrito Editora. Ovén, M. (2015). Educar com Mindfulness. Porto: Porto Editora.

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ALINHA-TE COM A TUA ESSÊNCIA Como tantas outras pessoas vivi durante muitos anos perdida, descrente e desmotivada, com pessoas e em contextos que não reconhecia como meus, mas que teimava em querer mudar ou me encaixar para me sentir amada, reconhecida e valorizada, apesar de espelharem quem eu era naquele momento. Também escolhi viver em piloto automático para não me permitir sentir, encarar e aceitar a dor do meu desconforto, da minha própria realidade e para não me atrever a questionar o que supostamente era inquestionável. Mas sabes, cresci com a certeza de que nascemos por e para algo maior, muito maior que a simples e pequena vida rotineira trabalho-casa, casatrabalho. Apesar de não saber explicar porquê, sempre soube que a vida não podia ser só isso. Dizem que nasci com alma de Índigo, que questiona tudo, que põe em causa tudo, que se revolta, que faz e pensa muitas vezes diferente e que acredita que todos nós, sem exceção, nascemos com o direito de ser e viver algo com um propósito maior. Como tantas outras pessoas desconheci e neguei durante muitos anos essa minha essência, os meus valores, o que me define enquanto pessoa. Não tinha consciência de que ao desconhecer e negar quem era, também estava a rejeitar viver algo maior, por isso, sentia a minha vida bloqueada a vários níveis; o meu corpo gritava por ajuda dia após dia, grito esse que ignorei vezes sem conta deixando que doenças se somatizassem de forma séria no meu corpo; abafei a minha alegria de viver e o meu sorriso; e escolhi viver uma vida sem coerência e sem um motivo que me fizesse querer acordar todos os dias. Deixei que a minha alma fosse simplesmente transportada por um corpo, sem vontade própria e que não a reconhecia. A minha alma não vivia, sabes, eu apenas permitia que ela sobrevivesse. Escolhi acreditar que o caminho certo era rejeitá-la, ignorá-la e que apenas precisava de ser e fazer o que todos eram e faziam.

CATARINA TEIXEIRA

Viveu durante muitos anos uma vida sem sentido, tentando cumprir o socialmente esperado, desconhecendo e negando a sua essência e propósito de vida. De mãos dadas com muitas pessoas e através de ferramentas de autoconhecimento e formações na área do desenvolvimento pessoal e Coaching reencontrou a sua essência e propósito de vida. As suas áreas de intervenção são a Numerologia, Macrobiótica, Feng Shui e Renascer Feminino aliadas ao Coaching Transformacional.

De forma inconsciente, aceitei sim, pertencer à maioria, negando a minha singularidade e a minha vontade e direito de ser livre. Como tantas outras pessoas entrei num vazio profundo, escuro e doloroso. Direcionei a minha vida para um beco que escolhi acreditar não ter saída. Dei permissão a mim mesma para desistir, para deixar de acreditar, para colocar o poder da minha vida nas mãos de outros, para me diminuir, vitimizar, desresponsabilizar e para me entregar ao sofrimento e dor de viver sem identidade e propósito. Mas sabes, acredito que na vida nada acontece por acaso e que ao vivenciar esse vazio foi-me dada uma gigantesca oportunidade de olhar para mim e para o que me rodeava de forma diferente, tomando consciência do que eu não queria mais continuar a ser e a manter à minha volta. Nesse mesmo momento surgiu, pelas mãos de uma amiga terapeuta, um livro sobre Numerologia, que mudou a minha vida! Aceitei descobrir o que a minha data de nascimento e o meu nome revelavam sobre a minha verdadeira essência e propósito de vida. MINDSET MAGAZINE | 14


CATARINA TEIXEIRA

Viveu durante muitos anos uma vida sem sentido, tentando cumprir o socialmente esperado, desconhecendo e negando a sua essência e propósito de vida. De mãos dadas com muitas pessoas e através de ferramentas de autoconhecimento e formações na área do desenvolvimento pessoal e Coaching reencontrou a sua essência e propósito de vida. As suas áreas de intervenção são a Numerologia, Macrobiótica, Feng Shui e Renascer Feminino aliadas ao Coaching Transformacional. Afinal, nada que fosse descobrir poderia tornar pior tudo aquilo que estava a viver e a sentir! No entanto, a verdade é que a minha primeira reação a tudo o que estava a descobri sobre mim foi duvidar e rejeitar. Aquela não era eu, não havia coerência, não me reconhecia! Um forte sentimento de desalinhamento pessoal apoderouse de mim e, acredita, levei algum tempo para integrar em mim tamanha expansão de consciência. Hoje, percebo que é mesmo assim e que estava tudo certo! Não sabia quem era, como podia identificar-me com alguém que não conhecia? Contudo, esse sentimento deu-me a força que precisava para agir, para dizer basta, para ter a coragem de escolher ser, pela primeira vez, a minha prioridade. Então, mesmo com medo do desconhecido e saindo completamente da zona de conforto, escolhi e permitir-me olhar para dentro de forma cada vez mais profunda e sincera. Acredita, dei por mim muitas vezes a refletir admirada sobre o enorme poder que o nosso nome e data de nascimento possuem para nos descrever de forma tão detalhada!

Com esta nova consciência comecei a resgatar o meu equilíbrio, poder e coragem interiores para dar voz à minha essência. E a cada dia, passo a passo, arrisquei mudar a minha vida, agora sim, alinhandoa com quem sou! Hoje acredito profundamente que o autoconhecimento é a chave para a nossa evolução pessoal e que o caminho certo é aquele que nos permite viver em pleno alinhamento com a nossa verdadeira essência. O meu caminho tem sido e continua a ser feito de mãos dadas com muitas pessoas e através de várias ferramentas de autodescoberta. A Numerologia é sem dúvida aquela que mais me tem permitido sentir e estar alinhada com a minha essência, valores e propósito de vida. É a bússola, o GPS, o mapa de vida que te revela as coordenadas que precisas seguir para dares passos seguros no teu caminho, desde o teu primeiro minuto de vida! CATARINA TEIXEIRA COACH TRANSFORMACIONAL catarina_teixeira@hotmail.com

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A FORMA COMO APRENDEMOS DEFINE OS NOSSOS RESULTADOS O que estamos dispostos a aprender define o tipo de resultados que atingimos. O conhecimento que adquirimos não só nos molda, como nos prepara para patamares mais elevados de concretização. Mas será que devemos aprender de tudo? Será que sermos verdadeiras máquinas de curiosidade é suficiente para que aquilo que ambicionamos se materialize? Uma aprendizagem eficaz só é possível quando dois fatores são evidentes: propósito e aplicabilidade. O processo de aprender algo novo supera a simples curiosidade de querer saber algo novo. Aprender exige um propósito. Um “o quê?” e um “para quê?”. Muitas pessoas têm dificuldade em reter e memorizar informação porque o propósito não foi bem definido. O nosso cérebro necessita de associar e relacionar informação para que a aprendizagem aconteça e seja efetiva. Se aprendermos algo sem dar instruções claras ao nosso cérebro para que serve a informação, facilmente a informação pode perder sentido. A aplicabilidade do conhecimento é importante. Na verdade não é só importante. É mesmo vital. Dale Carnegie afirmava que "conhecimento não é poder até que seja aplicado". Todo o conhecimento que não tem uma aplicação prática pode ser equiparado a nenhum conhecimento. Quer no desenvolvimento pessoal, quer no desenvolvimento profissional, o destaque que possamos dar ou causar depende sempre do conhecimento que conseguimos aplicar. Da diferença que possuímos no ato da demonstração da competência. Mas um processo de aprendizagem ainda é mais profundo. Se pretendes rentabilizar a tua aprendizagem fica a saber uma das verdades mais fundamentais. Qualquer processo de aprendizagem tem de, necessariamente, corresponder a uma experiência. Sem experiência a aprendizagem não é completa.

CÉSAR FERREIRA Licenciado em Filosofia, mestre em Ciências da Informação e da Documentação, com o Curso em Literature and Mental Health: Reading for Wellbeing, formador. Possui certificação internacional em Storytelling & Transmedia, em PNL. Especializou-se em biblioterapia e no desenvolvimento de técnicas de Speed Reading e Speed Learning cujo principal objetivo é promover a motivação e a transformação das pessoas através da leitura. É cofundador da WIPIREADS.

Se falarmos em leitura, podemos afirmar que é no momento em que damos experiência contextual às palavras é que podemos afirmar que aprendemos qualquer coisa. Muito conhecimento se perde só pelo facto de não ser evidente. Só por não ser partilhado. Só por não ter uma experiência de transformação associada. Se pretendes resultados de excelência, aprende de forma excelente. A aprendizagem é dos poucos processos que nos acompanha vida fora. Dá propósito e sentido ao que aprendes. Aplica e torna o teu conhecimento uma experiência memorável. Como dizia Mário Quintana “os livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”. CÉSAR FERREIRA READING COACH & BIBLIOTERAPEUTA cesar.a.ferreira@gmail.com www.cesarferreira.co

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SERÁ QUE SERMOS VERDADEIRAS MÁQUINAS DE CURIOSIDADE É SUFICIENTE PARA QUE AQUILO QUE AMBICIONAMOS SE MATERIALIZE? CÉSAR FERREIRA

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MEXE O CORPO QUE A MENTE AGRADECE Vivemos actualmente numa sociedade bastante desequilibrada. Toda a sabedoria ancestral e intuitiva tem sido esquecida para dar lugar a um conhecimento puramente mental. As pessoas estão cada vez mais infelizes, doentes, desequilibradas e com falta de sentido de vida. Desde cedo começamos a ser valorizados pelo que fazemos e como pensamos e não pelo somos ou sentimos. As crianças mais elogiadas são as que têm resultados excelentes na escola e não propriamente as que são mais felizes e equilibradas. Fazem-nos acreditar que o que realmente importa é atingir resultados e estes são medidos apenas pela inteligência logico-matemática do indivíduo. A mente ficou com o papel principal. Isso fez com que evoluíssemos cognitiva e tecnologicamente, é verdade, mas fez também com que nos desconectássemos da nossa verdadeira essência humana. Nos primeiros anos de vida, os seres humanos só possuem o corpo e o instinto como bússola. A mente racional (consciente) só se começa a desenvolver a partir dos 7 anos e estará completamente desenvolvida apenas por volta dos 21 anos. Até lá, são o corpo e as emoções que gerem a maior parte da informação recebida pelos cinco sentidos. Essa informação será posteriormente integrada e organizada pela mente. É por isso que o corpo, mente e emoções estarão inevitavelmente interligadas até morrermos. Assim sendo, tudo o que acontece na mente, reflecte-se no corpo e expressa-se através de emoções e sentimentos. E tudo o que acontece emocionalmente fica gravado no corpo e reflecte-se através de pensamentos. Muitas das doenças que surgem no corpo têm

CRISTINA GONÇALVES Formação base em Engenharia Física, abraçou em 2008 um novo caminho profissional enquanto Coach, Terapeuta e Formadora. Com certificação em PNL e Coaching, também o Xamanismo faz parte do seu trabalho com uma base inicial mais mental, mas aos poucos introduzindo a componente espiritual e energética. A Psicologia Corporal, dança e movimento como abordagens terapêuticas. Neste contexto, facilita eventos de libertação e conexão corporal. Coautora do livro "Viver sem ansiedade agora e para sempre"

como origem emoções reprimidas e pensamentos negativos constantes. Como a mente, o corpo e as emoções fazem parte do mesmo sistema e influenciam-se mutuamente, é fácil perceber que um pensamento de preocupação ou receio, desencadeie um estado emocional de agitação ou ansiedade e que origine tensões nas costas ou dores de estômago. Sendo o ser humano este sistema integrado, tornase fácil perceber que desbloqueando uma das 3 variáveis as outras duas possam também melhorar. Com este conhecimento presente temos sempre a possibilidade de escolher como melhorar a nossa vida a cada momento. Assim, se queremos estar mais tranquilos emocionalmente podemos meditar (acalmar) a mente ou mover o corpo (exercício, dança, respiração…). Não colocamos o foco directamente no estado emocional de agitação e ansiedade mas trabalhamos indirectamente através do corpo ou da mente.

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Da mesma forma, quando estamos algo agitados mentalmente e/ou com falta de concentração, podemos libertar o corpo através de dança, corrida, natação, bicicleta… e a mente automaticamente acalma e volta a estar mais focada. Na minha experiência pessoal e profissional, tenho percebido que o maior mal da sociedade moderna tem sido a inversão dos papéis naturais para os quais fomos desenhados e que nos mantêm em equilíbrio. A mente ganha energia em repouso e o corpo ganha energia em movimento. E o que é pedido de nós a maior parte do tempo? Que estejamos sentados em secretárias, a fazer trabalho puramente mental. Ao final do dia estamos esgotados, pois a mente esteve sempre ativa e o corpo sempre parado. O cansaço físico e algumas dores corporais, devem-se muitas vezes a estarmos demasiado tempo parados. Por sua vez, esse cansaço corporal irá desencadear estados emocionais e pensamentos mais negativos. Por isso, se quiseres ter mais energia, boa disposição, maior concentração e rendimento mental, começa por mexer um pouco mais o corpo, que a mente irá agradecer.

CRISTINA GONÇALVES COACH, TERAPEUTA, AUTORA E FACILITADORA info@crisgoncalves.com www.crisgoncalves.com

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MINDSET: A PORTA PARA A MUDANÇA ALLAN MAGALHÃES

DA REALIDADE Quantas vezes você reclamou da sorte? Em quantas culpou a Deus, o destino ou os outros pelo que aconteceu ou está acontecendo em sua vida? O quanto se sentiu injustiçado em determinados momentos? Creio que você já tenha enfrentado esses questionamentos em algum momento de sua vida, assim como eu. É bastante comum termos esse tipo de pensamento em algum momento de nossas vidas. Contudo, posso lhe assegurar que a sua realidade pode ser mudada por completo com uma simples mudança de mentalidade, de Mindset. Mindset, em uma tradução literal do inglês, significa configuração da mente. De um modo mais claro: é o modo pelo qual você enxerga e interpreta o mundo. O seu mapa da realidade, que é determinada por suas crenças e valores. Por exemplo: diante de uma excelente oportunidade de trabalho, aquele que acredita não ser suficientemente qualificado para preenchê-lo, sequer irá se candidatar à posição. Aquele que se acha feio e sem valor dificilmente terá a coragem de flertar com uma pessoa que acha atraente. Aquele filho, que a vida inteira brigou com o pai, dificilmente pensará na possibilidade de uma vida harmônica com ele. Os exemplos acima traduzem a realidade? Com certeza! A realidade que cada um dos sujeitos forjou para si, justamente por conta de seus Mindsets. E assim como essa programação mental forjou essas tristes realidades, uma outra, mais consciente e positiva com certeza levaria a mudanças nos cenários postos.

É brasileiro. Terapeuta e hipnologo. Hipnoterapeuta formado pela OMNI Hypnosis. Changeworker (Desenvolvimento pessoal) Preparador Mental para despostos de alto rendimento /Tutoria de Estudos.

A mudança de mentalidade impacta diretamente em nossas ações. E a mudança de nossas ações será a causa da mudança de nossas realidades no mundo físico. Simples, não?! A primeira informação importante é de que a mudança deve partir de você. Você deve ser o responsável por sua realidade. Os fatos são somente fatos. O mais importante é a interpretação que você os dispensa. E é exatamente isso que determinará se a experiência foi positiva ou negativa em sua vida. Portanto, a grande chave para a mudança é a auto responsabilização. Você é responsável por quase tudo o que acontece em sua vida. Dessa forma, não transfira essa responsabilidade a ninguém. Pois bem, como protagonista de sua vida, o primeiro passo para começar as mudanças de seus cenários é o autoconhecimento: a necessidade de você se conhecer muito bem, qualidades, habilidades e deficiências, para que tenha uma noção de quem você é e o quanto é capaz de realizar - é interessante que você liste tudo isso em um papel, para facilitar essa análise.

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Diante dessas listas é importante que você saiba que suas habilidades e deficiências são mutáveis: deficiências podem ser sanadas e habilidades podem ser melhoradas, bastam intenção e empenho constante nesse aperfeiçoamentobusque, pesquise, estude. É importante que se evite o chamado Mindset Fixo, bem exposto no livro “Mindset: A nova psicologia do sucesso”, de Carol Dweck. Em síntese, esse tipo de Mindset funciona da seguinte maneira, uma vez reconhecida determinada qualidade, o indivíduo a traz para o seu campo de identidade e começa a viver em função de provar o tempo todo, para si e para os outros que ele detém essa qualidade. Esse tipo de mentalidade tem consequências sérias, pois retira do indivíduo a capacidade de aprender mais para melhorar suas capacidades, bem como traz consigo uma grande dificuldade em lidar com o fracasso, uma vez que falhar traduziria verdadeiro atentado a sua identidade. Exemplificando: se uma pessoa se percebe como inteligente, em um mindset fixo, ou seja, com uma mentalidade de imutabilidade dessa qualidade, ela restará preocupada, 100% do seu tempo, em provar para si e para os outros que ela é inteligente, o que lhe retirará a perspectiva de

aprender mais para ficar mais inteligente, bem como trará uma maior carga negativa diante das frustrações, tal como como uma nota baixa em uma prova. Por fim, para que você comece a realizar mudanças em sua realidade, restam as ações. Pois, conforme uma expressão latina Ex nihilo nihil fit, do nada nada surge. Portanto, igualmente, liste as principais mudanças que deseja em sua realidade e determine pelo menos dois pequenos passos, duas tarefas rumo ao seu intento. E o mais importante de tudo: coloque-os em prática! É a ação que muda tudo. Em suma, as mudanças em sua vida dependem exclusivamente de você. A responsabilidade é sua. Conheça as suas potencialidades e as desenvolva, pois como dito, todas são mutáveis, as qualidades podem ser melhoradas e os defeitos minimizados ou até sanados. Aprenda sempre e faça acontecer. Assim você perceberá nitidamente que é a sua mentalidade que determina a sua realidade. Portanto, construa a sua! ALLAN MAGALHÃES TERAPEUTA, HIPNÓLOGO CLÍNICO E DESPORTIVO allan.magalhaes@gmail.com www.hipnoserj.com.br MINDSET MAGAZINE | 21


O EFEITO DOMINÓ “O efeito dominó, efeito em cascata ou efeito em cadeia sugere a ideia de um efeito ser a causa de outro efeito gerando uma série de acontecimentos semelhantes de média, longa ou infinita duração.” Numa sequencia de dominós alinhados, cada dominó em pé representa uma pequena quantidade de energia potencial. Quanto mais peças se alinharem em sequência mais energia potencial se acumula, o que quer dizer que com um movimento simples, derrubando a 1ª. peça podemos desencadear uma reação em cadeia surpreendente. O livro “A Única coisa”[1], refere uma pesquisa de Lorne Whitehead publicada no American Journal of Physics em 1983, que descreve que uma única peça de dominó pode derrubar uma peça 50 % maior que ela. Posteriormente, em 2001, em São Francisco, essa experiência foi reproduzida usando 8 dominós, começando com uma peça de 5 cm e terminando com uma peça de perto de 1 m. Esta experiencia permitiu chegar à conclusão que, como numa progressão geométrica, poderíamos derrubar peças de alturas impensáveis. Em progressão a 18º peça seria quase do tamanho da Torre de Pisa, a 31ª. peça teria a altura do Monte Everest e a 57ª chegaria à Lua. Se fizermos uma analogia com a nossa vida e os objetivos que pretendemos alcançar podemos perceber que não há objetivos grandes demais e tal como a progressão geométrica do dominó podemos trabalhar passo a passo, etapa a etapa, peça a peça, colocando a nossa energia na próxima conquista, e na próxima e na outra a seguir. A conquista dos nossos objetivo é assim sequencial, mas existe um segredo, e este estará na seguinte pergunta:

FÁTIMA GOUVEIA E SILVA Coach, Formadora, facilitadora de Parentalidade Consciente. Alia o Coaching e a PNL à Parentalidade Consciente o que lhe permite ajudar outras mães a viverem uma vida mais plena, com maior harmonia e satisfação, redescobrindo a sua identidade, investindo em si e sentindo-se mais preenchidas porque encontram maior equilíbrio nas várias áreas da sua vida, e porque através da Parentalidade Consciente conseguem melhorar relações com os filhos e em família.

Quais são as coisas fundamentais que tens que fazer em cada momento? Qual a coisa mais importante a fazer agora? É nessa que tens de te focar, na próxima coisa mais importante a fazer. Definir e alinhar as nossas prioridades permite-nos escolher a peça mais determinante que será a seguinte a derrubar. Aqui reside a mudança de Mindset necessária para alcançar metas ambiciosas: A definição de prioridades. O que é mais importante fazer em cada momento? Aplicar o efeito dominó ao nosso dia a dia, é definir metas intermédias de forma a caminhar passo a passo, celebrando cada etapa. E em cada etapa começar com algo que podemos fazer imediatamente e que define o caminho a percorrer, o mais importante.

[1] A Única Coisa – Gary Keller e Jay Papasan (Edição Sabedoria alternativa

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E mais, em cada etapa alcançada com êxito, construímos o impulso e a motivação para a próxima e ganhamos mais confiança nas nossas capacidades. Cada tarefa que completamos independentemente de ser pequena ou grande, é um passo importante na construção da nossa confiança. Assim, mantemos a motivação para a ação, para o “Fazer Acontecer” e alcançar o resultado pretendido, passo a passo, apropriando-nos das conquistas feitas no caminho. Pensa grande. Tudo o que é grande começou por ser pequeno... “Todas as grandes oportunidades começam como uma queda de dominós.” – BJ Thomson FÁTIMA GOUVEIA E SILVA COACH, FORMADORA E FACILITADORA DE PARENTALIDADE CONSCIENTE coaching@fatimagouveiasilva.com www.fatimagouveiasilva.com

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MUNDO MEU, MUNDO MEU, EXISTE ALGUÉM MAIS PERFEITO DO QUE EU? Num destes dias, no feed do Instagram vi uma imagem que dizia “ia publicar uma fotografia minha, mas já sei que vão começar com piropos, a assediarme e essas coisas depravadas… É melhor não!”. Fiquei a remoer no assunto. Lugares-comuns à parte, é cada vez mais evidente que as imagens passaram a valer muito mais do que as palavras, numa sociedade de consumo imediato e na qual o primeiro impacto dita o sucesso ou insucesso das nossas pretensões, seja a nível profissional ou pessoal. Mesmo que não seja de uma forma consciente, vivemos cada vez mais em função da aparência. O nosso cartão de visita é o nosso aspeto e a forma como nos vestimos. Virtudes e capacidades ficam soterradas debaixo dos enfeites a que recorremos, como se brincos, pulseiras, anéis, malas e colares fossem o espelho da nossa verdadeira essência. Dependentes de gostos e corações virtuais, compartimentamos os acontecimentos do quotidiano em fragmentos fotográficos, vivendo da imagem e através dela. Parece ser transversal esta necessidade de tornar público tudo o que pertence à esfera profissional e privada, o que dá a sensação de que só existimos se mostrarmos aos outros o que andamos a fazer, a comer e com quem estamos, selecionando sempre o registo que mais nos favorece fisicamente. Selfies, palavras-chave e identificações são criteriosamente selecionadas para contar a melhor história, que é cortada, editada e melhorada com recursos a aplicações que eliminam rugas e borbulhas, suavizam a nossa tez, mas também apagam pessoas indesejadas e transformam o banal e corriqueiro em vivências espetaculares, que não correspondem ao que sentimos ou experienciamos em primeira mão. A imagem corporal é central na construção da identidade pessoal e social. O corpo e a aparência condicionam a forma como estamos no mundo e como interagimos com os outros.

JOANA MARQUES Licenciada em Jornalismo e História e autora de artigos sobre Yoga e os distúrbios alimentares. Aluna do Curso de Profissionalização de Yoga – II Edição dirigido pelo Prof. Marco Peralta. Autora da página de Facebook “Tripolaridades – Ansiedade, Anorexia e Bulimia”. Este projecto pretende ser um referencial que permita às pessoas que como Joana enfrentam a anorexia-bulímica e transtorno de Ansieda crónica, perceberem que não estão sozinhas.

A predominância de ideais de beleza impossíveis de atingir podem ter repercussões psicológicas e físicas, com o potencial de levar ao desenvolvimento de patologias sérias, como os distúrbios alimentares e de imagem. O corpo e a ideia de beleza continuam a ser temas que nos devem preocupar, já que vivemos no epicentro de uma sociedade que promove o corpo humano como um objeto de consumo e como consumidor de produtos e serviços que sustentam grande parte do tecido económico do mundo ocidental: os têxteis, os bens alimentares, os serviços destinados a embelezar e manter o corpo em forma, entre outros. Será inevitável que num cenário destes a ética seja substituída pela estética? Qual é a linha que separa a busca pela imagem perfeita e a preservação da saúde física e mental? Hoje todos somos figuras mais ou menos públicas, e quanto mais preocupados estivermos com a nossa imagem, maior é a probabilidade de desenvolvermos relações complicadas com a comida, com o corpo e com os outros. MINDSET MAGAZINE | 24


Viver de aparências anula o que somos verdadeiramente, e esse conflito interior pode pagar-se caro. Em vez de procurarmos alcançar a imagem que melhor se enquadra connosco, com as nossas vivências e personalidade, devemos apostar no fortalecimento da autoestima, ser menos críticos e cínicos, sob risco de sermos o nosso principal inimigo. A autenticidade não se constrói, não depende de modas passageiras ou da capacidade de se atingir um ideal de perfeição antinatural ditado pelo mediático e imediato. Ser-se verdadeiro é ser-se fiel a si próprio, ter consciência de que se é bom o suficiente exatamente como se é, sem fitas métricas, suplementos, horas de ginásio ou intervenções estéticas.

Ficar bem na fotografia, ter um corpo fitness e limitar a nossa comunicação com o mundo ao corpo é forçarmos-mos a caber em moldes irreais e desleais. Nos dias de hoje, original é quem se aceita e faz as pazes consigo mesmo. Arrojado é ver nas rugas, cicatrizes e formas mais arredondadas a prova inequívoca de que se está vivo, e isso, por si só, devia ser o único meio de validação da própria existência. De que servem cabelos, dentes e peles perfeitas, corpos milimetricamente esculpidos para ficarem bem na fotografia, se não for mantida a integridade dos órgãos vitais e a saúde mental? É uma falácia considerar-se que o conforto e o bem-estar são metas alcançáveis através da idolatria do corpo, porque a própria busca pela perfeição é um verdadeiro tormento, um sugador de tempo, dinheiro e energia, que só acentua o vazio interior que não desparece com remendos ou retoques estéticos. O caminho do autoconhecimento não passa pela fita métrica, pelo número de visualizações ou de gostos. A vida é para ser vivida no mundo real, com todas as imperfeições, curvas e arestas que contribuem para o nosso crescimento pessoal, e não para ser subvivida no mundo virtual e do faz-de-conta. Se o nosso propósito para 2019 for ser mais feliz e saudável, então que tenhamos como resolução de Ano Novo a construção de vivências mais autênticas, de proximidade e afastadas dos holofotes das redes sociais, que nos cegam ao ponto de não vermos que o que é realmente importante sempre esteve ao nosso alcance. JOANA MARQUES CRIADORA DO PROJECTO "TRIPOLARIDADES – ANSIEDADE, ANOREXIA E BULIMIA" jtpmarques@gmail.com facebook.com/transtornosalimentaresanonima

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ENTREVISTA

Conheci o Yoniel Garcia em Valência, num evento de desenvolvimento pessoal que foi o realizar de um sonho: estar presente no Being One, um evento internacional com oradores tão inspiradores como Elizabeth Gilbert (autora de Comer, Orar, Amar), Joe Dispenza (autor de "Como Criar um novo Eu"), Bruce Lipton (autor de "A Biologia da Crença"), Mickael Beckwith (um dos intervenientes do filme "O Segredo"), Daniel Goleman (autor de "Inteligência Emocional), entre outros palestrantes que desconhecia. Entre os oradores que eu não conhecia estava Yoniel Garcia, uma estonteante surpresa para mim. Assim que começa a sua apresentação em video, antes de Yoniel entrar em palco,

emocionei-me e percebi que provavelmente teria ali uma bela experiência - não me enganei! Yoniel começa por entrar e provocar no publico muita adrenalina, com música, movimento e motivação. As primeiras pergunta que faz ao público são: "Quem de vós tem um sonho? Quem de vós está disposto a proteger o seu sonho? " e termina as perguntas com: "Os sonhos tornam-se realidade, para mim isto e um sonho". No final da sua intervemção arrebata o público com um meditação fabulosa que me levou às lágrimas. A seguir, conheçam, Yoniel Garcia. MINDSET MAGAZINE | 26


ENTREVISTA MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que te definir em 3 palavras, quais seriam e porquê? YONIEL GARCIA: A primeiro seria FELICIDADE. Aqueles que me conhecem sabem que a felicidade é o meu estado natural de ser. Uma felicidade que vem de um sentimento de paz e alegria pela vida. Nem sempre foi assim, porém, é a minha maior e melhor conquista. A segundo seria AUTENTICIDADE. No meu primeiro contacto com o mundo do coaching, esse foi um dos valores que aprendi e integrei à minha personalidade. Também um daqueles que transformaram a minha vida e contribuíram para a minha felicidade: ser autêntico. No meu caso, a autenticidade é congruente nas minhas acções com o que penso, sinto e comunico. E AMOR. Aos 40 anos de idade e tendo acompanhado milhares de alunos e clientes em seus processos de despertar pessoal e consciencialização, percebi que tudo se resume ao amor e amor é o que vim a ensinar(me). O amor que inclui o não o julgamento, o perdão autêntico, a aceitação do outro e, acima de tudo, o reconhecimento do amor que somos e do que existe em nós.

MINDSET MAGAZINE: Como nasceu a tua paixão pelo Coaching? YONIEL GARCIA: Na Grécia, em 2006, quando não sabia como era ser Coach, essa "disciplina" praticamente, ainda não chegara a Espanha. Estava diante do Coach de Coaches Jim Rohn e ele estava a dar uma palestra sobre a "transformação" da lagarta em borboleta. Havia algo mágico no ambiente daquele lugar. O homem que inspirou os melhores do mundo estava a despedir-se e 15.000 pessoas entusiasmadas de pé aplaudiram por cerca de 10 minutos aquela palestra que mudou minha vida.

Ali eu disse: "Eu quero fazer isto". E a vida, como sempre, me disse: "Que assim seja". Naquele momento, comecei minha busca e processo de mudança. MINDSET MAGAZINE: O que te motiva enquanto Life Coach? YONIEL GARCIA: Motiva-me o ser humano, a realização do ser humano, a felicidade do ser humano. Os meus clientes de sucesso: empresários, gestores, pessoas com abundância financeira, já sabem como alcançar o sucesso externo, o que é óptimo, no entanto, a todos eles faltava algo, esqueceram em algum momento que o que realmente os fazia felizes, é o que está escondido dentro de cada um de nós? Fazer com que alguém aprenda a amar-se, a despertar a confiança, o brilho nos olhos de forma a que volte a olhar-se no espelho e gostar. MINDSET MAGAZINE | 27


ENTREVISTA Curar um relacionamento de casal, curando as feridas emocionais de cada indivíduo. Ajudar a trazer harmonia a uma família. Reconectar alguém com o seu Poder Pessoal e Amor ... Eu não consigo imaginar melhor profissão. MINDSET MAGAZINE: O que distingue as pessoas, dispostas a apostar no seu desenvolvimento pessoal, das restantes? YONIEL GARCIA: A Consciência, ser conscientes da nossa necessidade espiritual. Podem estar a passar por um ponto crítico e não têm outra forma que não seja a de "olhar para cima" ou para o interior e dizer: "Tem que haver outra forma de viver". É aí que a busca começa, a partir dessa crise pessoal, maior ou menor, dependendo do nível de consciência e abertura que tenham para a mudança. E a segunda é a Coragem: há que ter coragem para fazer o caminho interior e decidir viver a nossa melhor versão. MINDSET MAGAZINE: Quais acreditas serem os principais obstáculos que levam as pessoas a renunciar da sua mudança de vida? YONIEL GARCIA: Existem vários, vou mencionar três muito poderosos. O medo da mudança: "Melhor mal conhecido que bom por conhecer" dizem muitos e preferem ficar a viver mal do que experimentar a incerteza do que vai acontecer. Passa a vida e, em seguida, eles colocam a desculpa de que não há tempo, que é tarde demais. Enquanto houver vida, há esperança. O medo de brilhar demasiado: Muitos optam por desligar a luz para não ofuscar os outros. Eles esquecem que não fazem favor a ninguém escondendo-se. O medo da crítica ou o julgamento dos outros é letal nesse sentido, porque paralisa e impede o crescimento e a mudança.

É como se traíssem o seu ambiente (família, amigos) que querem que permaneça igual a antes, isto é, na mediocridade. A primeira coisa que surge é: "Você não é a mesma pessoa que antes, você mudou muito", como se isso fosse um crime. Certamente, todos nós em algum momento tivemos esses medos de uma forma ou de outra. O intenso desejo de crescer e ser feliz é o que nos faz passar por isso. MINDSET MAGAZINE: Como surgiu a oportunidade de ser palestrante no Evento Being One? YONIEL GARCIA: Graças a uma das minhas clientes. Ela viu o anúncio e disse: "Tens que estar lá, eu visualizei-te lá!" Ela enviou-me um formulário e eu enviei um vídeo e um e-mail para a organização do evento. A vida queria que eu fosse. É por isso que a minha mensagem foi: Os sonhos cumprem-se. MINDSET MAGAZINE: POrque acreditas que cada vez mais as pessoas procuram este tipo de eventos? YONIEL GARCIA: Felizmente, estamos a despertar para uma maneira melhor de viver a vida, para uma nova consciência. MINDSET MAGAZINE | 28


ENTREVISTA Ainda há muito a ser feito. É por isso que agradeço as iniciativas como estas e espero que, convosco, em Portugal, hajam também cada vez mais espaços para o despertar da consciência e do potencial humano. MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que dizer algo a uma pessoa, que a motivasse a mudar de vida, o que seria? YONIEL GARCIA: Depende do que impulsiona e motiva cada um. Há pessoas motivadas por desafios, outras pelo medo de perder. Outros são motivados pelo amor e pela vida. "Vieste para fazer algo grandioso, para mudar o destino da tua família". "A tua natureza é a grandeza, ela brilha para o teu bem e para o dos teus". Algumas não a fariam sozinhas, mas sim por alguém que amam. "Não façam isso por vocês, se não quiserem, façam pelos seus filhos, pela sua família." Eu diria a todas: "lembra-te que vais morrer" eu não sei quando, mas sei que vais morrer. Quanto tempo mais vais continuar a desperdiçar? Porque toda vez tens menos tempo para viver. A melhor maneira que tenho de motivar alguém é fazendo a pessoa "ver o seu futuro", se ela continuar no caminho que está agora verá aonde as leva, se escolherem, mudar visualizarão o que podem alcançar. MINDSET MAGAZINE: O que acreditas que no futuro levará as pessoas a buscar ajuda para o seu autoconhecimento ou desenvolvimento pessoal? YONIEL GARCIA: Somos seres pensantes e emocionais. Somos seres espirituais vivendo esta manifestação física. Portanto, a nossa alma anseia pelo que é formada: amor. A falta MINDSET MAGAZINE | 29

de amor, de paz interior, a desconexão da "Fonte", o uso excessivo da tecnologia sem consciência gera isolamento, infelicidade e insatisfação e, por sua vez, manifesta-se em estados de depressão, ansiedade, sentimentos de estar perdido ou vazio. Sozinhos podemos fazer a mudança, mas é muito difícil porque estamos acostumados a sabotarmonos. Precisamos de profissionais que ensinam e acompanham a partir da experiência pessoal e não da teoria. MINDSET MAGAZINE: Gostas de Viajar? Qual a tua viagem de sonho? YONIEL GARCIA: Adoro viajar, na verdade viajo muito com a minha companheira para lugares lindos. Tenho muitas viagens ainda pendentes: Egito, Japão, Austrália, alguns países da América Latina ... A viagem dos meus sonhos seria aquela que viajo pelo mundo visitando locais sagrados nos 5 continentes e ao mesmo tempo dando palestras in loco.


ENTREVISTA MINDSET MAGAZINE: Já chegaste aonde querias? Como visualizas a tua realidade daqui a 5 anos? YONIEL GARCIA: Não, acho que estou a meio da minha carreira. Espero que o crescimento seja exponencial em todos os sentidos. A minha experiência diz.me que podemos ser melhores e melhores em todos os aspectos: profissional, pessoal, financeiramente, espiritualmente. Não há limites. MINDSET MAGAZINE: Qual é para ti o Mindset para o sucesso?

YONIEL GARCIA: Estes são meus dez mandamentos para o sucesso:

1. PENSAR EM GRANDE 2. COMPROMISSO, CONFIANÇA E CLAREZA. 3. DESFRUTAR COM SEGURANÇA A VENDA E A AUTOPROMOÇÃO. 4. APRENDIZAGEM CONSTANTE PARA MOLDAR A MENTE 5. CONTRIBUIÇÃO / SERVIÇO 6. AMOR O QUE FAZES E SERES BOM NO QUE FAZES 7. SENTIRES-TE MERECEDOR PARA PEDIR E RECEBER 8. A GESTÃO EMOCIONAL E FINANCEIRA. 9. SABER RELACIONAR-SE / COMUNICAR-SE 10. ACÇÃO FOCADA APESAR DO MEDO

Estas dez chaves são explicadas na minha palestra "O sucesso é para ti" e desenvolvo-as em profundidade nos meus cursos de fim-de-semana DeceroaDiez.com

Entrevista por Sónia Ribeiro a Yoniel Garcia.

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RECONECTAR ALGUÉM COM O SEU PODER PESSOAL E AMOR ... EU NÃO CONSIGO IMAGINAR MELHOR PROFISSÃO. YONIEL GARCIA

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O PODER DO PERDÃO Ouvi dizer que este novo ano de 2019 promete ser especial pelo que senti a vontade de impulsionar ainda mais a tua jornada através de um tema mensal, sempre relacionado com cada um dos meses em questão. Assim, começo desde já, para este mês de Janeiro, com uma proposta dedicada a ti que queres iniciar o novo ano com toda uma outra atitude e convicção. Que tal, em vez de apenas estabeleceres a tradicional lista de promessas (teóricas), aceitares o desafio para renovares a tua força, a tua esperança e colocares em foco a concretização (prática) dos teus projetos/sonhos mais profundos? Ora, para que uma prática possa ser verdadeiramente implementada e a energia do "novo" entre, é preciso que haja esse "espaço" em ti. Tal como quem abre a janela de casa para a arejar e limpar o pó, ou como quem remove as vestes que já não usa de modo a criar espaço a outras mais válidas, também tu te deves predispor a criar esse “espaço”, começando, antes de mais, por esvaziar todo e qualquer conteúdo que já não te acrescenta e nem te leva a lado algum... E como? Através do perdão. O perdão é, sem sombra de dúvida, a melhor maneira de iniciar essa "limpeza interna". Abrir espaço ao perdão é mais do que saber dar uso à palavra, tanto no que toca a proferi-la como a recebê-la, em total profundidade. Também é mais do que remeter o assunto para "debaixo do tapete", numa atitude de ignorar ou evitar o que te magoa, pois tal postura em nada resolve a situação e nem te liberta da energia (karmicamente) retida. Não se trata de um gesto, por mais importante que este seja. Também não se resume a um momento. Antes, solicita, silenciosamente, todo um "tempo" da tua atenção - que se inicia com a tua decisão de perdoar e termina com a transmutação da energia envolvida. Ninguém diz que é fácil abrir mão do que nos feriu.

LISA JOANES Homeopata, tendo passado por diversas escolas e linhas de pensamento, tanto em Portugal como em Londres e em Mumbai, India. Em 2011, Lisa iniciou a sua jornada por terras indianas, em busca de uma abordagem homeopática que lhe permitisse olhar verdadeiramente para o paciente de uma forma ainda mais completa. Entre estágios clínicos e seminários, descobriu no Sensation Method a inspiração que procurava. Autora do livro "Uma farmácia natural em sua casa".

É preciso ter coragem para perdoar, para embarcar na decisão de deixar ir essa mágoa, essa dor, essa pessoa, esse papel de vítima. É preciso coragem para assumir a responsabilidade sobre os teus próprios sentimentos e sobre todas as emoções que povoam o teu coração. Mas, acima de tudo, quando perdoas, é a ti que dás a oportunidade de te libertar do que te fere e somente te consome. É a ti que te presenteias com a possibilidade de evoluir, de alterar o nível de energia e vibração em que fluis, e de (re)começar ainda mais alinhado no fluxo da própria vida. Só tu sabes o que te consome e o que merece permanecer ou não no teu interior... Pelo que perdoar, perdoar de verdade e na totalidade desta energia, permite-te manter Consciente do Ser que És, das emoções que habitam em ti e, assim, ainda expandir todo o potencial que tu tens! E é este o primeiro passo que te proponho para este ano: o Perdão - como forma de abrires mãos a todas estas emoções menos agradáveis que podes já ter vivido.

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Todas as situações trazem aprendizagem (principalmente se souberes retirar, de cada uma delas, uma mensagem positiva à tua evolução). Porém, fazem apenas parte do passado, não do “novo” que queres para ti, pelo que está na hora de integrares (conscientemente) essa mensagem e te libertares da restante energia. É em ti que a mudança deve acontecer, mesmo que o outro não mude, pois só tu és responsável pelo teu processo. O outro está no processo dele também. Ora, a boa notícia é que o perdão pode ser treinado e, nesse sentido, criei uma Meditação de Perdão para te ajudar. Antes de a iniciares, fecha os teus olhos por breves instantes e escolhe uma situação, uma pessoa, algo que precises de perdoar. Apenas 1, para que toda a tua energia e intenção se alinhem neste propósito. 1 - Começa por escolher um local tranquilo e que te inspire boa energia. A seguir, posiciona-te de modo confortável, de preferência sentado e com a coluna vertebral alinhada. 2 - Fecha gentilmente os teus olhos e leva toda a tua atenção para a respiração (que deve ser feita através das tuas narinas). 3 - Por um ciclo de 3 respirações, vais inspirar, contando mentalmente até 4 segundos, reter o ar dentro de ti, também contando mentalmente até 4, e por fim expirar, igualmente em 4 segundos... E enquanto respiras, simplesmente te entregas ao momento, aquietando a mente e os seus pensamentos, expandindo a tranquilidade em ti. 4 – Depois, ao estares mais "voltado para dentro", permanece na mesma posição, ainda de olhos fechados, e apenas acrescentas mais 4 segundos à expiração (que passará a ser realizada em 8 segundos). Então, por um ciclo de 7 respirações nasais, inspira em 4, retém em 4 e expira em 8, aproveitando toda a extensão para ainda intensificares mais toda a libertação a que te propões. 5 - Por fim, leva a tua mão direita ao teu coração e deixa-te ficar por mais alguns segundos, simplesmente sentindo, conectando... sendo... Aconselho-te a repetir esta meditação por 11 dias consecutivos (sempre para a mesma situação), de modo a integrares a nova energia e abrires o “espaço” que 2019 merece. Deixa que este novo ano te aproxime, ainda mais, do que te realiza de verdade e te faz vibrar de pura emoção. LISA JOANES HOMEOPATA E AUTORA lisa.c.joanes@gmail.com www.light-in.pt

Link da meditação: https://youtu.be/QcJ_31F4r1A MINDSET MAGAZINE | 33


QUANDO PERDOAS, É A TI QUE DÁS A OPORTUNIDADE DE TE LIBERTAR DO QUE TE FERE E SOMENTE TE CONSOME. LISA JOANES

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O QUE TÊM EM COMUM AS PESSOAS EMOCIONALMENTE INTELIGENTES? Sabem escutar. As pessoas emocionalmente inteligentes sabem que ouvir e escutar não significam o mesmo. Para realmente escutarmos alguém precisamos de estar focados no que estamos a ouvir, perceber o significado, sentir as palavras e interpretar as expressões faciais. Dica rápida: Experimentem repetir o que acabaram de ouvir em forma de pergunta para garantir que perceberam exatamente o que foi dito. Por exemplo: “Se percebi bem, sentes-te injustiçada por não teres sido promovida e estás a pensar mudar de trabalho, é isso?” Interessam-se genuinamente pelos outros. As pessoas emocionalmente inteligentes são fascinadas pelo comportamento humano. Adoram saber quais os interesses e paixões das pessoas que conhecem. Procuram sempre o lado positivo nos outros e isso faz com que consigam ver o que cada pessoa tem de especial. Da próxima vez que falar com alguém, em vez de falar apenas de assuntos superficiais, experimente perguntar: “O que gostas tanto de fazer que nem dás pelo tempo passar?” Abraçam a mudança. São pessoas flexíveis e em constante adaptação. Sabem que o medo da mudança é paralisante e é uma ameaça ao seu sucesso e felicidade. Elas lideram a mudança e desenvolvem um plano de ação para que a mudança ocorra de forma positiva e com benefícios bem definidos, para elas e para os outros. Pode começar por alterar a sua rotina, o que fez hoje de diferente? Conhecem se a si próprias. Sabem quais são as suas forças e fraquezas. Percebem exatamente que situações, ambientes ou pessoas despertam determinadas emoções. Ter uma inteligência emocional elevada significa ter a

RICARDO CABETE É um apaixonado pela música e desenvolvimento pessoal. PósGraduado em Inteligência Emocional e Saúde Mental, tem certificação internacional em Coaching, Programação Neuro-Linguística e Inteligência Emocional. Em 2017 tornou-se Campeão Europeu de "Public Speaking" tendo representado Portugal e a Europa na final Mundial em Vancouver. Através da sua marca Emotion Talks®, realiza palestras e formações na área de Inteligência Emocional.

capacidade de utilizarmos as nossas forças para explorar todo o nosso potencial e evitar que as nossas fraquezas nos impeçam de progredir. Desta forma podemos perceber qual o melhor caminho para conseguirmos alcançar o sucesso e a felicidade. Tem noção do que sente no seu corpo quando está perto daquela pessoa que o incomoda? Da próxima vez experimente apontar todas as sensações corporais. Não guardam rancor. Guardarmos rancor em relação a alguém faz aumentar os níveis de stress no nosso corpo, sentimos um aperto no peito, uma tensão geral no corpo, acelera a batida do coração e revivemos mentalmente a situação que nos fez guardar rancor. Investigadores da Universidade Emory nos EUA mostraram que vivermos em stress contribui para o aumento da pressão arterial e aumenta a probabilidade de contrairmos uma doença de coração. Perdoe, pela sua saúde!

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Guardam os seus erros a uma distância segura. As pessoas emocionalmente inteligentes distanciam-se dos seus erros, mas não os esquecem. Guarde os seus erros longe o suficiente para não estar sempre a pensar neles, mas perto o suficiente para aceder às lições do passado com o objetivo de tomar as melhores decisões no futuro. Se estiver sempre a pensar nos seus erros, vai baixar a sua auto estima, se os esquecer aumenta a probabilidade de os cometer novamente. Dica rápida: Sempre que erra, associe sempre ao erro uma aprendizagem positiva, uma lição. Não deixam que ninguém limite a sua alegria. Quando a nossa sensação de prazer e satisfação é consequência da opinião das outras pessoas, deixamos de ser donos da nossa felicidade. As pessoas emocionalmente inteligentes sentem-se bem em relação a elas próprias e não deixam que ninguém lhes retire esse sentimento. Apesar de ser impossível desligarmos as nossas reações em relação às opiniões dos outros, podemos ter consciência que o nosso valor vem de dentro de nós. Amarmo-nos incondicionalmente é a base da felicidade. As pessoas emocionalmente inteligentes também... São gratas pelo que têm, não perseguem a perfeição, vivem no presente, conseguem expressar as suas emoções, têm um vasto vocabulário emocional, são assertivas, têm relações pessoais fortes e saudáveis, são otimistas e sabem gerir o stress. Ao contrário do QI (quociente de inteligência), o QE (quociente emocional) pode ser desenvolvido com o treino regular de comportamentos emocionalmente inteligentes, o nosso cérebro constrói os caminhos necessários para os transformar em hábitos. Passado algum tempo passa a adotar os novos comportamentos sem sequer pensar neles, ou seja, de forma natural. Aumentar a sua Inteligência Emocional está nas suas mãos. RICARDO CABETE FORMADOR DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ricardocabete@emotiontalks.com www.emotiontalks.com

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FOQUE EM QUEM TE FAZ BEM! Não perca seu tempo com quem não agrega. Que tal começar 2019 com um novo filtro? Já está na hora de filtrar seus relacionamentos e se livrar das pessoas tóxicas. Como descobrir uma pessoa tóxica? Basta usar a lógica. Sabe aquela pessoa que adora fazer piadas desagradáveis? Aquele "amigo" que não perde a chance de fazer um comentário infeliz? Talvez você sinta algum tipo de pena dele, mas a verdade é que não é normal, nem bacana ser assim. Pessoas saudáveis não comentam sobre condições físicas dos outros, pois entendem que cada um é do jeito que é. Quando nos misturamos com pessoas que vibram muito diferente de nós, entramos em profundo estado de sofrimento. Essas pessoas que ironizam sobre assuntos sérios, mostrando ZERO capacidade empática, não são capazes de respeitar qualquer tipo de vida que cruze seus caminhos, percebe? Também tem aquelas pessoas que só conseguem falar de si mesmas, que são incapazes de elogiar, sorrir ou agradecer.

CACÁ FONTANA É brasileira e reside em S. Paulo. Advogada e editora-chefe da Revista Pense Mais Sinceramente, seja prático, seja rápido. Não entregue seu tempo para quem é frio, insensível e sempre te deixa para baixo. É fácil saber se uma pessoa é tóxica. Depois de uma rápida conversa com aquela pessoa como você se sente? Se esta pessoa lhe deixa melhor, mais feliz, faz elogios sinceros, é solicita, amorosa e sabe até te dar broncas de um jeito especial... Pois bem, aí está uma pessoa bacana. Mas se a pessoa te agride, desanima, emana energias negativas por onde passa, não se misture com ela. Não deseje o mal dela, pois ela está em processo evolutivo. Mas lembre-se que é seu direito FOCAR no que TE FAZ BEM e seu DEVER evitar perder energia vital com quem te derruba. CACÁ FONTANA EDITORA-CHEFE DA REVISTA PENSE MAIS caca.fontana.contato@gmail.com www.editorapensemais.com.br

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E SE OUSARMOS

SAIR DA MATRIZ? JORGE MALHEIRO Recordo-me de ver o filme “The Matrix”, nos idos anos 90. Um filme que questionou a visão que temos do mundo, se este na verdade existe como o vemos ou se é apenas a projecção do nosso inconsciente nele. Na verdade, faz mais sentido olhar para o filme partindo do facto de que sendo real, questionarmos se o que observamos é imperfeito e com erros na matriz, ou se pelo contrário é perfeito e sem erros. Durante o meu percurso de vida, fui aprendendo que na verdade ele é mais perfeito e sem erros do que alguma vez imaginamos. Várias vezes fiquei espantado com tanta assertividade, tanta perfeição e tanta programação. Não sei quem a fez, mas é uma máquina de excelência… Há cerca de 35 anos atrás, um homem resolveu sair da matriz. Após, um pesadelo na sua vida, o Dr. Ryke Hamer, começou a questionar a estrutura da mesma e tudo em que ela assentava, desde o senso comum à ciência, e é nesse momento que começa o seu estudo a uma das grandes doenças do século passado e com certeza deste também, O Cancro. Todos conhecemos pessoas que sofreram e/ou sofrem desta doença atroz…… foi precisamente o aparecimento de um Cancro no Testículo Direito ao Dr. Ryke Hamer e no Ovário Direito na sua esposa, a Drª Sigrid Hamer, após a morte do seu filho Dirk, que o fez equacionar que esta doença fatal, tida como um acaso da natureza… é precisamente o resultado de um acontecimento traumático. O Dr. Hamer, na Universidade Alemã de Tubingen e Heidelberg, passa a focar o seu trabalho nos aspectos que podem condicionar o aparecimento desta doença e, após exaustos estudos, concluí que afinal nada é doentio na natureza.

Consultor Comercial, Hipnoterapeuta e Palestrante Formação em Hipnose Clinica e Hipnoanálise, em Terapia das Vidas Passadas. Formação no uso de MMS e em RPP (Ressonância Pessoal Psicoterapêutica). Em EMDR e em GNM – As 5 Leis de Hamer. Formação em Biodescodificação e Transgeracional.

A natureza é e sempre foi perfeita, nada está feito para nos prejudicar mas antes para nos ajudar e assim descobre que toda e qualquer doença, nada mais é que uma forma de ajuda da natureza a qualquer ser vivo, e elabora assim as 5 Leis de Hamer ou as Cinco Leis Biológicas Naturais. Se até aqui tudo parece fazer sentido nesta lógica natural das coisas, então o que mata tanta e tanta gente por todo o mundo? É precisamente neste ponto que começa o problema do Dr Hamer, que descobre que os pacientes são vítimas do tratamento e que o mesmo não ajuda na cura. O Dr. Hamer ousa fazer frente ao procedimento instituído e comummente aceite e começa a ser perseguido. Sejam então bem-vindos a um dos maiores escândalos de sempre! Não percam os próximos capítulos…

JORGE MALHEIRO CONSULTOR E HIPNOTERAPEUTA geral@jorgemalheiro.pt www.jorgemalheiro.pt

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(RE)COMEÇAR Num acordar, meio atordoada, após anos de rotinas que sufocaram, de desafios superados, de superações esgotantes, de gritos silenciosos, de lágrimas de tristeza, de lágrimas de alegria, de comemorações por conquistas inimagináveis, de despedidas inesperadas e outras reconhecidas, parece que chegou o momento de recomeço. Chegou o momento de encontrar um caminho leve e sereno. Chegou o tempo de respirar e de abrandar. Chegou o tempo de observar, interna e externamente, o que se passa… o que acontece… e decidir por onde continuar. Pensava ela… Porque somos todos decisores do caminho que seguimos. Pediu em pensamento e em palavras. E como Mulher que é, pediu com verdadeiro sentido. Ela procura conversar com o seu coração, com o seu “Eu Interior”. Ela, procura respostas dentro e fora de si… e todos os ecos que escuta vão ao encontro daquilo em que acredita: o Amor. Diz desistir… mas avança… é incongruente nos atos e nas palavras. Acusa o exterior e culpabiliza-se internamente. Maldita razão! Mas no sentir… nesse… oscilando, limpando, curando, sempre que aprofunda mais um pouco, nesse sentir, não parecem existir duvidas. É puro. É sentido. E ao sentir-se a ir para outro caminho, outro lugar, ela percebe que foi o limite. É preciso esperar. É preciso perceber que existe todos os dias a hipótese de um novo começo. Em final de ano civil, percebe-se uma grande e já habitual azáfama de todos os que a rodeiam. E observa. Em final de ano civil, é preciso pausar. É necessário tempo para refletir (não só no final do ano civil mas aproveitando a formatação social do final de ano e início de novo ano... acontece). É tempo de balanço. Balanço do que aconteceu, dentro da zona de conforto de cada um, ou para aqueles que decidiram avançar, balanço de tudo o que aconteceu nessa zona onde a magia parece acontecer.

MARISA ROMERO Psicóloga, Formadora e Hipnoterapeuta. Cresceu procurando sempre um sentido para o que fazia. Sentindo sempre o desejo de ajudar o próximo, hoje, altruísmo vai sendo a palavra que melhor a define. O Amor é o que a move, e o caminho faz-se caminhando em busca da luz interior. Dá formação comportamental e vai aceitando desafios que a desafiem a crescer e a aprender diariamente. Aos 40 anos sente que está no caminho certo.

E todas as aprendizagens contam para encontrar o novo caminho. Porém, em tempo de balanço, é preciso não ficar à mercê de fatores externos que parecem querer destabilizar. É preciso saber parar, observar… como se estivéssemos em frente a um espelho, observando o que é refletido… sentindo… sem julgar… deixando ir o que não fizer mais sentido. E aqui também é preciso muita coragem. Largar o que não nos traz bem estar. Tomar consciência do que pretendemos daqui para a frente e seguir, passo ante passo, nesse mesmo sentido. Percebendo que entre escolhas conscientes, buscando aquilo a que se chama de felicidade, pode haver aquilo que se sente como perda, sejam elas perdas sentidas direta ou indiretamente. Mas será que são perdas? Ou serão ganhos? Perseguir nossos sonhos, respeitando o nosso Ser e os outros, agindo com coragem, não permitindo que o medo nos iniba, vale o “peso do caminho”? Seja ele qual for?

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Ela, como ele, como tantos de nós, pára neste tempo de reflexão. Percebe que, como ela, tantas pessoas à sua volta estão emocionalmente fragmentadas. Tantos seres que atrás de grandes sorrisos estão feridas socialmente, estão asfixiadas intelectualmente, mas permanecem naquela zona de conforto, usando o seu melhor sorriso, fazendo alguns desabafos que permitem libertar alguma tensão sentida para que possam continuar. E esta, é também, uma escolha legítima. Permanecer e continuar. Em altura “típica” para refletir sobre como chegámos até aqui e para onde queremos ir, é importante relembrar que, acima de tudo, o respeito por nós próprios é primordial. O amor próprio deve vir em primeiro lugar, o amor pelo outro deve acompanhar. Respirar profundamente, sem esperar nada do outro, sem expectativas (desafiante para o ser humano que parece nunca estar satisfeito), e avançar, ao nosso ritmo, ao nosso tempo, iluminando o nosso “Eu Interior” (que há pouco foi mencionado), iluminando o nosso olhar e o nosso coração.

Balanceando entre escolhas, sentindo cada uma delas, ajustando desejos e vontades e largando amarras, aceitando presenças e ausências, desfrutando de cada momento vivido, sabendo que desta vida terrena nada levamos a não ser o que vivemos. Renascendo, ela ergue a sua cabeça, tal como a flor de lótus que tem suas raízes presas em lodo, e brota uma linda flor que embeleza o seu espaço, ela sabe que tudo o que viveu serve para a impulsionar para a frente. Inspirando. Ela, como ele, como todos nós, sabe que o tempo não pára e que é preciso continuar. Ela avança. Ela sente. Ela permite-se. Sejamos sinceros! Sejamos felizes! MARISA ROMERO PSICÓLOGA psicologia@marisaromero.pt www.marisaromero.pt

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APRENDI A NÃO TE TER! O som do jazz enche a sala de uma nostalgia doce e calma. Foco a minha atenção nos pensamentos que brotam do coração. Confesso que a saudade espreita. O amor que sinto é de uma grandeza infinita. Das poucas certezas da vida, sei que te vou amar sempre e para sempre. Fazes parte de mim, do meu equilíbrio, da minha existência. Não foi fácil aceitar este sentimento sem reciprocidade. Estudei as minhas reações e utilizei o meu saber para controlar as minhas emoções. Mas eu queria sentir, eu queria saber como era. Travei uma luta de enfermidade e cura. A escolha era intuitiva. Desistir ou ficar no sofrimento é o mais fácil, não me serve. Houve dias em que não entendi onde fui buscar força para continuar. As frentes eram tantas e o isolamento tão grande. A tua indiferença e a distância em todos os sentidos contribuíam para aguçar a dor e fomentar a mágoa numa contenda desleal. A verdade é que nem tudo era contra. Existiram momentos lindos e reconfortantes de cumplicidade, de amizade e de entrega em que o amor esteve presente. As memórias de um passado distante onde a vida era feita de um amor, que ainda hoje, gera um sorriso que ilumina os meus lábios e engrandece a minha alma. Tenho uma dívida de gratidão para com a vida. Apesar das memórias não conseguia perceber a lição. Não entendia a razão de te encontrar, amar e relembrar. Tudo era estranho, nada parecia fazer sentido. Pedi pela tua ajuda, em silêncio, num olhar, em palavras. Parecia não valorizares. Deixavas-me num emaranhado de dúvidas. Não te culpei de nada, mesmo nada. Eu sabia que o problema era meu, tinha de o resolver no meu interior. Por vezes as lágrimas correram numa mágoa de impotência. Houve outras alturas em que me apeteceu zangarme contigo, mas só consegui zangar-me comigo. Eu sabia que tinha que aprender uma lição só não sabia qual.

OLINDA ROCHA Fundadora da “2action - Coaching e Consultoria Pessoal e Financeira”, especialista em alto desempenho pessoal e financeiro. Coach, formadora e consultora. Licenciada em Gestão – Auditoria Financeira, Pós-graduada em Fiscalidade e Recursos Humanos, Membro da OCC, Licensed Practitioner de PNL. Certificação Internacional em Coaching. Practitioner de CPS. Certificação Internacional em Sorytelling . Mental Coach na rúbrica "Mudança de Visual" no "Você na TV" da TVI.

Bati no fundo algumas vezes mas havia sempre uma memória que aflorava e me trazia de novo aquele sorriso feito de amor. Nada, mesmo nada conseguiu fazer com que permanecesse na dor, na mágoa, na culpa. O que sinto em mim e as memórias desse amor alimentaram positivamente a minha sanidade e a minha paz. Tenho muitas memórias para reviver e principalmente para perceber esta dádiva, mas tomei a decisão de não querer saber, de não explorar ou querer entender. O significado de tudo isto só existe na reciprocidade do querer. Sei que me amaste, nunca duvidei. A reação dos nossos sentidos, o encaixe, o conhecimento, o sentir, o toque e o silêncio, permitem ter certezas sobre termos sido. Quanto às tuas escolhas, não as compreendo todas mas aceito-as a todas de coração aberto, são parte de ti. Como alguém disse: Amar é querer a felicidade do outro mesmo não fazendo parte dela; faz todo o sentido. Prezo a minha liberdade, sou pouco aderente a obrigações. Partilhar contigo momentos de amor era o meu intento.

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O tempo foi passando, fui interagindo com as minhas emoções e tornei-me a cada dia uma pessoa mais segura no amor por mim e mais confortável no amar-te sem te ter. Aos poucos ficou um amor de alma. Um amor que produz sorrisos e boas memórias. Um amor livre de mágoa, culpa e medo. Um amor para todo o sempre. Respiro fundo e projeto-me no tempo, vejo o teu rosto, ouço a tua voz e sinto o teu calor num abraço de gratidão para um final e novo começo. Aceito que não percebi todas as lições mas que aprendi as lições que me permitiste aprender. Amor quando é amor é para sempre.

Percebo que está na hora de aceitar sentir um novo amor. Permitir que a minha alma desfrute de uma nova paixão e viva um amor que a quer. Um amor que vive na liberdade e no respeito. Um amor que se alimenta na reciprocidade…Obrigada por me ensinares a viver sem te ter! OLINDA ROCHA LIFE & FINANCIAL COACH olindalrocha@gmail.com www.2action.pt

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MENOS É MAIS Termino este ano com este sentimento e certeza muito forte no meu coração…. “menos é mais”, em todos os aspetos da minha vida. Vivemos numa aceleração tal, no nosso dia a dia, que entramos em modo “piloto automático”, sem dúvida nenhuma. Ao fim do dia chegamos com a cabeça em água a casa, e sentimos um peso enorme… que nos obriga a incutir o ritmo acelerado a todos os que nos rodeiam, sobretudo nossos filhos… quando desaceleramos, ficamos doentes, porque até o nosso sistema imunológico entrou em piloto automático que já nem consegue reagir em modo slow… Há uns anos atrás senti que algo me dizia “Pára… abranda”, e eu senti-me incomodada, senti que tinha que mudar algo e foi aí que se deu a primeira mudança… mudança que me fez crescer e refletir realmente o que importa na vida, para onde deveria focar a minha atenção, mudança que me permitiu despir de preconceitos e retirar uma venda que me camuflava o verdadeiro sentido de liberdade para viver a vida e desfrutar o que a natureza nos dá. O poder da natureza, na sua criação e na sua essência sente-se, quando nos conectamos verdadeiramente com ela…. quando paramos para ouvi-la, e apuramos os nossos sentidos, de modo a sentir todo o poder e esplendor da criação.

PAULA NETO Engenheira do ambiente. Fundadora do projecto "Lua Criativa", um projecto que a completa, pois permite-lhe conectar com a sua criatividade e com a natureza. Sonhadora, comunicativa, criativa, amiga e indomável. Preza imenso a sua liberdade e é na natureza, desde o mais simples ao mais complexo que a conquista. Mãe de dois filhos maravilhosos de sangue e de um filho de coração. . Uma pessoa realizada e feliz!

Para além da conexão com a natureza, outra das coisas que me leva a desacelerar e tirar o sentido de “obrigação de timings a cumprir e riscos…” é o artesanato, os trabalhos manuais que faço. O meu projeto chamasse “Lua criativa”. Neste meu cantinho a que chamo de projeto, desenvolvo trabalhos, e alguns deles com a ajuda preciosa da minha mãe, na parte da costura, eu sou mais de criar objetos, miminhos reutilizando materiais diferentes, e buscando na natureza materiais que me ajudam a desenvolver trabalhos.

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A concretização deste projeto, deveu-se à falta que sentia em desenvolver a minha criatividade… sim, descobri a minha essência, sou uma pessoa super criativa, e encontro soluções para tudo! Por isso, este projeto permite-me preencher este vazio interior que o meu trabalho não permite preencher. Por vezes precisamos de passar pelo deserto para nos descobrirmos, para termos conexão connosco próprios, para nos ouvirmos, para contemplarmos (a nós próprios) e descobrirmos qual a nossa verdadeira essência, para nos valorizarmos enquanto mulheres, pessoas numa sociedade, mães… quando regressamos desse deserto, conseguimos olhar o “mundo” à nossa volta com outros olhos, e descobrimos que temos o suficiente para sermos felizes. Temo-nos a nós próprios, na nossa verdadeira essência. É na natureza que consigo buscar o equilíbrio… PAULA NETO ENGENHEIRA DO AMBIENTE neto.paula78@gmail.com www.instagram.com/luaacriativa/

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LIDAR COM O STRESS

AO LONGO DA VIDA PAULO MOREIRA O stress é um tema que tem vindo a ser estudado ao longo das últimas décadas. Hans Selye, considerado o “Pai do Stress” considerava que um evento negativo, gerava automaticamente a reação de stress. No entanto, este modelo apresentava uma grande limitação, que era a ausência do papel dos fatores psicológicos. Lazarus e Folkman, outros dois nomes fortes na área do stress, indicaram que a forma como lidamos com um evento negativo, é o resultado entre o julgamento sobre o que está em causa e a percepção das nossas opções para lidar com o evento. Estes autores desenvolveram teorias fundamentadas em processos cognitivos, mostrando que é o significado que damos aos acontecimentos e a avaliação que fazemos aos mesmos, que os transforma num evento de stress. Alguns autores têm vindo a verificar que ao longo do nosso ciclo de vida, vamos mudando as estratégias (coping) adaptativas, para lidar com os eventos negativos e existem estratégias que podemos aprender com indivíduos que estão noutras faixas etárias. Para entendermos melhor como é que podemos lidar com um evento de stress ao longo da nossa vida, vamos ver como um jovem adulto, um adulto de meia-idade e um idoso tipicamente lidam. Começando pelos jovens adultos, é interessante ver que embora ainda não tenham experienciado tantas perdas e tantos conflitos como os adultos de meiaidade e os idosos, são os que reportam experienciar mais stress. Tipicamente, perante um conflito, os jovens adultos tendem a focar-se mais na regulação emocional para lidar com o stress sentido (Arnett, 2001). Embora também direcionem comportamentos para a resolução do objetivo, não são tão diretos como os adultos de meia idade. Em vez de utilizar a regulação emocional, os adultos de

Fundador da marca Treino Inteligência Emocional ® e o CEO da empresa EQ-TRAINING LDA, empresa líder na prestação de eventos e formações na área da Inteligência Emocional em Portugal. Certificado nas três grandes correntes mundiais da Inteligência Emocional, nomeadamente na Emotional Quotient Inventory (EQ-i); na Emotional and Social Competence Inventory (ESCI) e na Mayer-SaloveyCaruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT).

meia idade tendem a utilizar mais estratégias focadas no problema. Então, perante um evento negativo, é mais comum que um adulto nesta idade, tente abordar diretamente a pessoa ou situação, tentando comunicar de forma mais objetiva de forma a resolver a situação. É despendida muito mais energia a tentar eliminar os eventos negativos que surjam, em vez de perderem tempo com o seu estado emocional, como fazem os jovens adultos. Em relação aos idosos, o que é muito interessante analisar é que embora experienciem mais eventos negativos, pois têm maior probabilidade de sofrerem de problemas de saúde e terem perdido pessoas mais próximas, são os que tendem a relatar menos acontecimentos de vida stressantes e preocupantes (Chiriboga, 1997). O que a investigação tem mostrado é que os idosos vão-se desfazendo de estratégias que não resultam tão bem, aprendendo a reconhecer mais facilmente que alguns problemas se resolvem por si próprios e outros que não têm solução.

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Passam de um coping focado na resolução do problema, como os adultos de meia-idade tipicamente fazem, para um coping mais focado na regulação emocional, tal como os jovens adultos tipicamente fazem. No entanto, esta regulação emocional é feita de forma mais eficaz, porque há vários eventos que os jovens adultos podem considerar negativos e que os idosos simplesmente não interpretam dessa forma. Então, perante um evento negativo, os idosos podem reinterpretar a situação, de forma a reduzir o impacto do stress, ou entenderem que pode não ter solução, de forma a eliminar este stressor da sua vida. Um dos motivos que possa estar por trás desta forma lidar com os eventos negativos, é que estão mais conscientes do impacto que o stress lhes faz, e também estão

mais conscientes do tempo limitado que a vida lhes oferece, reinterpretando as coisas de outra forma. Podemos aprender muito na forma como os indivíduos lidam habitualmente com o stress ao longo da vida, principalmente os idosos. Se tivermos em conta que a nossa experiência de stress está ligada fortemente aos nossos processos cognitivos e que podemos mudar estes através de certas estratégias, então temos a responsabilidade de o fazer, de forma a experienciar um maior bemestar e reduzir o nosso stress. PAULO MOREIRA FORMADOR INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

paulomoreira@treinointeligenciaemocional.com www.treinointeligenciaemocional.com

Referências bibliográficas Arnett, J. J. (2001). Conceptions of the transition to adulthood: Perspectives from adolescence through midlife. Journal of Adult Development, 8(2), 133-143. Chiriboga, D. A. (1997). Crisis, challenge, and stability in the middle years. In M. E. Lachman & J. B. James (Eds.), Studies on successful midlife development: The John D. and Catherine T. MacArthur Foundation series on mental health and development. Multiple paths of midlife development (pp. 293-322). Chicago, IL, US: University of Chicago Press. MINDSET MAGAZINE | 46


O STORYTELLING NA GESTÃO DE MARCAS E PRODUTOS PEDRO NEVES Creio que já não é novidade para ninguém o facto de o Storytelling ser uma ferramenta de persuasão, de influência, considerando que dota as nossas ideias de emoção e tem a capacidade de gerar "mensagens mentais" em todos quantos se ligam à história! Aliás, como referia o Cientista Cognitivo Roger C. Shank, "os humanos NÃO estão idealmente configurados para compreenderem a lógica; estão idealmente configurados para perceberem histórias". Reparem que quando uma história é muito bem contada, mais do que a ouvirmos, fazemos representações internas da mesma, vivemos a história como se fosse nossa, numa espécie de acoplamento neuronal; e isso sim, vai permitir que nos sintamos mais ligados a uma atividade ou produto e tenhamos, por conseguinte, necessidade de falar disso. Se soubermos exatamente o ponto em que nos encontramos, se conhecemos muito bem o produto ou serviço que queremos comunicar e se soubermos exatamente para onde queremos ir (a quem queremos chegar, e de que forma), temos então todos os ingredientes para criarmos uma história visual, criativa, inspiradora, vencedora e... VENDEDORA! O Storytelling é tão persuasor e influenciador, quão maior for a nossa capacidade de conjugar estes dois fatores: 1 história incrível e 1 estratégia para seguir E se a arte de contar histórias é antiga, o que é verdade é que pode (e deve) ser otimizada com todas as ferramentas modernas de que dispomos. E hoje é bem mais fácil usarmos o mundo digital em nosso benefício.

Consultor, Humorista, Business Coach, Formador, Marido e Pai (nem sempre por esta ordem, segundo ele). Criador do Gargalhão - Festival de Comédia de S. João. Trabalha a motivação e liderança nas organizações. Acredita que pessoas felizes geram valor acrescentado e, nesse sentido, utiliza ferramentas de Coaching e PNL em ações de formação e/ou na organização de Teambuildings. Sempre com Talento, Ousadia, Atitude e Criatividade

Mesmo no nosso maior amadorismo podemos ser melhores naquilo que (até agora) não sabíamos fazer. Há tutoriais para quase tudo no Youtube, há ferramentas de apresentação de ideias, marcas e produtos incríveis, capazes de fazerem de nós designers criativos, como o Canva (www.canva.com), etc. Claro que se tivermos possibilidade de recorrer a técnicos, consultores e designers de qualidade ganhamos na lógica e coerência com que os nossos produtos/marcas são promovidos e comunicados e, muito provavelmente, os nossos objetivos são alcançados com mais rapidez. E por último, a título de exemplo de como o Storytelling pode mesmo fazer a diferença na gestão dos seus produtos ou da sua marca, vouvos contar uma história.

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"No outro dia quis fazer uma cena diferente. Fui jantar a uma Maison de Pâturage. Casa de luz quente e reduzida, de aspeto rústico, com velhas pipas atrás do balcão. Para entrada um pratinho de Gériers com molho de cravando, noz moscada e pimenta Cayenne. Como prato principal 1 cama de batata Battonet, envolta em oeuf étoiles e coberta com finas fatias de ibérico fumado, de 36 meses de cura. Para acompanhar, o néctar dos deuses, tinto, monocasta, da região. De atendimento simples, discreto e direto como se sempre nos tivessem conhecido, como se estivessem a receber amigos na sua própria casa. INTERESSANTE, NÃO?! Tenho a certeza que ficaram interessados neste espaço de que vos falei. Bem mais interessados do que se vos tivesse dito que... Fui a um tasco da minha terra, uma casa de pasto (maison de pâturage), comer um pires de moelas (gériers). Para prato principal, batatas fritas com ovos estrelados e presunto. Para beber, Tinto da Casa! PEDRO NEVES CONSULTOR, HUMORISTA E BUSINESS COACH pedro.neves@likeaproevents.com www.likeaproevents.com

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CHEGAR A

SER HOMEM Chegar a homem, ao longo dos tempos, tem sido um caminho repleto de estereótipos que a sociedade e mesmo outros homens nos incutem sobre masculinidade e o que é ser um homem como tal. Será que o momento em que nos tornamos homens aconteceria com a primeira relação sexual? E poderia acontecer através de um processo natural e apaixonado, com o primeiro grande amor. Ou então através de um processo provocado como mandava a tradição em algumas partes do país. Certo é que muito provavelmente emerge disso um novo ciclo pois seria quando sentimos um despertar para a vida. Será que a partir daí é chegada a hora em que podemos dizer que já somos homens? Na verdade, esse é apenas o inicio da jornada mas, numa sociedade ocidental altamente sexualizada, parece apesentar-se como o único caminho, fruto dos média e das redes sociais. Na realidade, esta sensação de estar vivo, este despertar dos sentidos e a revelação de um mundo interno de emoções até então desconhecido, dá a ilusão de que tornarmo-nos homens passa por esta experiência. E que são as mulheres – jovens raparigas da nossa idade – que nos dão o acesso a isso. Sem se aperceberem que ficaram em falta muitas outras coisas. Já mais à frente na vida, lá pelos 30, 40 ou 50 anos muitos homens vão encontrar-se com algo que dentro deles não foi completado: o seu processo de iniciação como homens. E assim, não se sentem realizados e verdadeiros. Pelo contrário, sentem-se enganados por terem entrado numa corrida que não era suposto entrar – fazem um curso, arranjam um emprego, casam, compram casa, têm filhos e depois ficam a manter tudo isto durante os próximos vinte

RICARDO LARANJEIRA Coach, Eneacoach, Master em PNL, Consultor em Panorama Social, Terapeuta em Psicologia Transpessoal, Storyteller e Results Coach. Fundador da Comunicação Mais Eficaz e de Men’s Evolution é formador de Desenvolvimento Pessoal e Humano. Second-life Coach, ajuda a descobrir como viver uma segunda vida dentro da mesma vida. Autor do livro Viver sem Ansiedade.

a trinta anos, aguardando pela próximo grande acontecimento – a reforma de um emprego que provavelmente nem gostam mas tem que manter. E nem compreendem mais qual é o propósito das suas vidas. Nestes momentos é bem possível que partes menos agradáveis, até mesmo desconhecidas, venham à superfície para mostrar que afinal ainda não são o que já pensavam ser. Não são as mulheres que nos dão o passaporte para nos tornarmos homens, naquele momento tão especial. Talvez apenas nos seja aberta a porta para ter acesso a um outro mundo interior. Mas só quando, ao vivermos a vida, temos o contacto com a morte, com a perda, a dor ou o sofrimento é que provavelmente nos encontramos com nós mesmos. É um acidente, uma perda de emprego, um problema de saúde, a morte de alguém importante para nós, a relação com drogas ou álcool, que nos faz bater no fundo e acordar para vida. Os homens tendem a ser muito fortes, são resistentes e aguentam demais. Não deixam que as emoções surjam facilmente.

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Por isso digo que, em muitos casos, o processo de crescimento é feito “à bruta” acontecendo-lhes uma ou mais destas coisas, causando um alto impacto. Porém, é isso também que os abre e torna-os disponíveis para uma outra etapa da vida (se eles a souberem fazer ou forem bem acompanhados pela experiência de outros homens). Claro, como já disse antes, só passam por isto por volta da meia idade. Aí chegados, apercebem-se que estão aprisionados em si mesmos e que, afinal, não têm estado verdadeiramente vivos. Nem se sentem verdadeiramente homens. Continuam jovens rapazes aprisionados em corpos de homens adormecidos funcionando em piloto automático.

Esquecidos de si mesmos, confusos, lutando e fingindo. Perderam alegria e entusiasmo, estão sem um propósito na vida e até mesmo com pouca ou nenhuma confiança em si mesmos. Esta, contudo, será porventura a maior oportunidade das suas vidas, a possibilidade de reconhecer que podem precisar de ajuda no caminho que os leva a ser homem e, neste ponto de viragem, começarem a planear a segunda parte da vida. Tornando-se mais e melhores homens. RICARDO LARANJEIRA SECOND LIFE COACH

ricardo@ricardolaranjeira.com www.ricardolaranjeira.com

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SER FELIZ OU

ESTAR EM PAZ? Escrevia Fernando Pessoa, através do seu heterónimo Alberto Caeiro: “Mas eu nem sempre quero ser feliz. É preciso ser de vez em quando infeliz Para se poder ser natural... “ Esta é uma realidade dura, mas prática. A infelicidade ou a tristeza fazem parte de uma forma natural de estar e de ser. Por mais que nos custe, especialmente para aqueles de nós que mais frequentemente sentem estados de tristeza no seu dia-a-dia. No entanto, a aceitação da naturalidade da tristeza tem um efeito paradoxal que importa relembrar. Quanto mais a sentirmos como algo natural, menos sofreremos com ela. Se a sentirmos como algo que devemos evitar ou combater, ela alimenta-se desse sentimento e surge-nos com um peso ainda maior. Começo então por relembrar esta posição. Que me faz sentido pessoalmente, mas também porque a trabalho com as pessoas que me procuram para o seu desenvolvimento pessoal. E este princípio é uma parte importante num sentimento de Paz que se pretende cada vez mais residente neste nosso ser humano. Mas porquê, fazer esta distinção entre a Paz e a Felicidade? (como surge neste título) Bom… na verdade, são dois estados profundamente interligados. Mas tendo em conta que sou terapeuta e formador, tenho como papel e missão ajudar – de forma pedagógica – as pessoas a atingirem-nos e a manterem-nos. Sendo assim, necessito identificar etapas claras e atingíveis para cada um. O que me leva a perceber um esforço inglório de muitas pessoas que buscam, quase obsessivamente, a tão almejada Felicidade.

MÁRIO RUI SANTOS Terapeuta e formador na área da hipnoterapia e do desenvolvimento pessoal. Realiza sessões e workshops em várias cidades do país. Organiza, coordena e lecciona cursos de formação de terapeutas na área da hipnose – em Portugal e no Brasil.

Cada um à sua maneira, nas suas práticas diárias, leituras e outras aprendizagens. No entanto, vou observando que cada um destes “buscadores” a vai procurando com muitas feridas abertas, carregando pequenas ou pesadas zangas – umas vezes com eles próprios, outras vezes com os outros. Por exemplo, o simples facto da dita Felicidade ainda não ter sido atingida, torna-se isso num motivo de auto-censura ou até mesmo de recriminação. Aliás, vejo esta dinâmica a surgir em muitas pessoas que “coleccionam” cursos atrás de cursos, sem terem atingido a tal dita Felicidade. Por outro lado, quem carrega pequenas doses de ressentimentos e revoltas, parece também não se encontrar no melhor estado para atingir esse tão querido objectivo. Perante este cenário, surge-nos então algo que parece ser uma etapa precedente: estar em Paz. Especialmente consigo próprio/a. Até porque a pessoa que não se sente em paz consigo própria, muito dificilmente (para não dizer que é impossível) se sentirá merecedora dessa Felicidade.

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Porquê? Porque a Culpa que ela lança sobre si própria irá sempre funcionar como um impedimento inconsciente, lançando um sentimento de desmerecimento que vai sabotando todos os esforços que possa encetar para atingir a Felicidade. Ou seja, se eu carrego Culpa (mesmo que seja numa dimensão muito leve, ou quase subtil), não me sentirei merecedor de estar bem, de me sentir feliz. E este é um “circuito cognitivo” que observo muito frequentemente. Uma espécie de “vírus” que carregamos no nosso inconsciente que vai sabotando todos os passos que se possam dar para o caminho da Felicidade. Também quando a Culpa é lançada para o outro, e se fica numa espécie de revolta ou ressentimento subtil ou mais explícito, parece que ficamos presos ao passado à espera da reposição de uma justiça Universal. Neste caso, à espera do castigo do outro. Algo que nos prende ao passado, mantendo-nos no papel de vítima, consumindo-nos energia e impedindo-nos de avançar no nosso merecido caminho da Felicidade. Todas estas situações me foram ensinando o quanto necessário é cumprir esta etapa de Paz, para podermos desbravar o Feliz Caminho.

*a pedido do autor, este texto não segue as normas do acordo ortográfico

Neste processo de pacificação interna (e para o exterior), a perspectiva prática que apresento não é aquela habitual distribuição de Perdão por todas as frentes e dimensões, como habitualmente se defende ou se apregoa. Não, necessariamente. Mais do que nos obrigarmos a perdoar, a nós próprios ou aos outros, importa parar de (auto)recriminar. Abrindo-se janelas de compreensão e aceitação, sem termos de concordar ou perdoar. Se pelo menos esta primeira etapa for cumprida, cada um começará a sentir vislumbres de Paz. Que poderão ser então consolidados, respeitando a história de cada um e a sua dor pessoal. Desta forma, trabalha-se então - estrategicamente - o atingir da Felicidade – de um modo menos directo, talvez. Mas mais alicerçado e consolidado. Porque à medida que este apaziguamento se vai conseguindo, a Naturalidade de que Fernando/Alberto nos escrevia no seu poema vai surgindo. E a Felicidade vai visitando-nos cada vez mais frequentemente, mantendo-se bem perto por cada vez mais tempo. MÁRIO RUI SANTOS HIPNOTERAPEUTA, FORMADOR E COORDENADOR mrs@marioruisantos.net www.MarioRuiSantos.net

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COMECEI POR SER UM EMPREENDEDOR FALHADO RUI MARTINS E tu, estás a obter os sucessos desejados como empreendedor, ou sentes que estás a falhar? Nos últimos anos da minha vida tive uma carreira profissional invejável. Dediquei-me de corpo e alma à empresa de família, de distribuição de bebidas. Devido a alguns problemas familiares resolvemos fechar a empresa e seguir em frente. Aí comecei a trabalhar por conta de outrem. O meu percurso profissional passou pela Logística e pela gestão de equipas no sentido de obter cada vez melhores resultados. À medida que a responsabilidade ia crescendo as tarefas também aumentavam e o patrão estava muito satisfeito com o meu contributo para a empresa. Modéstia à parte eu próprio sentia orgulho por todo o percurso que foi traçando ao longo dos anos em que trabalhei naquela empresa. Mas apesar de todo aquele sucesso não me sentia realizado. Com a maior sinceridade te confesso que não era feliz. A frustração crescia de dia para dia e nenhuma vitória que conquistava me concretizava. Acredito que conheces estes sentimentos. Durante 17 anos da minha vida trabalhei exaustivamente. Achava que se trabalhasse dia e noite, sem gozar férias nem feriados ia conquistar todos os meus sonhos e objetivos mais rapidamente, podendo depois usufruir de mais conforto e ter mais tempo para me dedicar à minha família. Mas na verdade não foi bem assim. Acabei por me desencontrar da família mas principalmente acabei

Coach e formador. Profissional competente e focado, com uma constante vontade de aprender e evoluir, procurando ser sempre uma parte fundamental e uma mais valia das empresas a que pertence. Interessa-se por abordagens inovadoras que lhe permitam encarar novos desafios e superar os seus limites. Ao longo do seu percurso profissional tem sido reconhecido o meu profissionalismo, a facilidade nas relações interpessoais e a adaptação à mudança.

por me desencontrar de mim. Infelizmente sei que já passas-te por isso. Confesso humildemente que nada me concretizava. Todo aquele entusiasmo e alegria que sentia a cada vitória que alcançava foi desaparecendo ao longo do tempo, deixando apenas um vazio e um sentimento de culpa quando olhava para os meus filhos já crescidos. O que perdi no crescimento dos meus filhos foi bem mais que o que ganhei com todos os sucessos e vitórias que conquistei nos últimos anos para a empresa onde trabalhei. Acredito que me compreendes…

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Sentia-me de mãos e pés atados. Sabia que era necessário fazer algumas escolhas importantes e mudar a minha vida. O problema é que passei a minha vida a carregar a empresa do meu patrão às costas, fazendo grandes e decisivas escolhas conquistando várias vitórias e quando chegou a oportunidade de eu tomar decisões para a minha vida senti-me perdido. Suponho que também já te tenhas sentido perdido… Eu tinha a plena consciência que era necessário agir o quanto antes. O meu futuro, o futuro da minha família mas principalmente a minha realização pessoal estava em jogo. Comecei por procurar soluções alternativas, que acabavam sempre por falhar não me levando a lado nenhum. Foi passado algumas tentativas falhadas e vários erros cometidos que através de um processo acompanhado encontrei uma luz ao fundo do túnel. E é dos erros que tal como eu muitos empreendedores cometem que te vou falar no próximo artigo. RUI MARTINS COACH TRANSFORMACIONAL rui@coachbyrui.com www.coachbyrui.com

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COMO CONTROLAR A ANSIEDADE NOS DIAS ATUAIS? Ansiedade, a doença do século XXI! As pessoas estão cada vez mais ansiosas, preocupadas com o futuro e o que vão ter, como ter, o que fazer para ter. Consequentemente vivem aprisionadas em uma perturbação mental de uma busca desenfreada pela satisfação pessoal. Mas aí que está, a satisfação pessoal que as pessoas tem procurado nos dias de hoje é apenas uma ilusão criada por um sistema que nos faz acreditar que só quem tem o corpo perfeito é atraente, que precisamos trabalhar loucamente para conseguir algo na vida, que precisamos ter um celular moderno para atender nossas necessidades dos dias atuais, que precisamos gastar muito dinheiro com estéticas para termos auto estima. E quanto ao SER? Porque não se preocupar com quem somos e no que temos nos tornado a cada dia? Quando trazemos a atenção para nosso interior, as preocupações exteriores começam a diminuir consequentemente. Mas quem hoje pensa em ser alguém melhor quando o mundo mostra que você é aquilo que você tem? Daí a necessidade de sairmos cada vez mais deste sistema e buscar a nossa verdadeira essência! Então quero deixar algumas dicas de como controlar a ansiedade nos dias atuais e vivendo um dia de cada vez: Crie o hábito de meditar – Você não precisa passar o dia inteiro meditando, mas comece por 5 minutos diários. Silencie sua mente, ouça mais o coração! Cuidado com o que você tem assistido! - Tudo o que vemos e ouvimos é informação e toda informação é energia. Você tem passado horas

TALITA MARTINS É brasileira. Psicanalista, practitioner em PNL, hipnoterapeuta, terapeuta holística, terapeuta quântica, coach, escritora, palestrante e consultora em desenvolvimento profissional e pessoal. Atualmente estudante de neurociências, apaixonada por transformações de vida e resultados!

na frente da TV ouvindo noticiários de violências, desastres e calamidades? Ou assistindo programas de TV que apenas tem como objetivo te induzir ao consumo excessivo? Mude o que você assiste e procure mais programas que te tragam benefícios á sua mente! Passa mais tempo com a natureza – Qual foi a última vez que você parou pra sentir o cheiro da grama molhada após uma chuva? Quando parou para prestar atenção no canto dos pássaros? Quando se dispôs a sentir a brisa do vento tocar-lhe o rosto? O que lhe tem impedido passar este momento? Ansiedade! Preocupações! Livre-se disso! Aprecie o que há de bom na vida! Ria muito – São tantas preocupações que nos esquecemos de dar aquela gargalhada não é mesmo? Busque o lado bom de tudo na vida e ria de tudo. Quanto mais alegria você enviar ao Universo, mais alegria você receberá de volta.

O mais importante de tudo: Se ame, se ame incondicionalmente, seja o grande amor da sua vida! Aprecie sua companhia, passe mais tempo com você e se concentre no HOJE! Viva um dia de cada vez com a pessoa mais importante da sua vida: VOCÊ! TALITA MARTINS PSICANALISTA E TERAPEUTA Talita.desenvolvimentoquantico@gmail.com https://talitaterapeutaecoach.blogspot.com/ MINDSET MAGAZINE | 55


QUANDO TRAZEMOS A ATENÇÃO PARA NOSSO INTERIOR, AS PREOCUPAÇÕES EXTERIORES COMEÇAM A DIMINUIR CONSEQUENTEMENTE. TALITA MARTINS

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AS CRENÇAS QUE TE LIMITAM O SUCESSO da população tem tanto medo de 40% empreender que nem sequer tentam. Acham que é inútil dar o passo, que falharão, que é arriscado, que não são bons, que não terão clientes, que não é seguro... Têm fortes crenças que os fazem pensar que isso não é para eles. Mas, serão reais? Muitos dos pensamentos que acabamos de admitir como precisos ou confiáveis não foram questionados; Alguns deles não são nem mesmo o resultado da nossa experiência ou educação, mas são herdados por nós ou os assumimos socialmente, familiarmente ou circunstancialmente. São crenças que nos limitam porque supomos que sejam autênticas, provavelmente as assumimos durante a infância e as registramos como reais; e nos impedem de nos ver como somos, na nossa totalidade, limitam-nos de provar e até de alcançar nossos objetivos e sonhos. Sucesso para cada pessoa pode significar algo muito diferente. Alguns relacionam-no com riqueza económica, outros com a posição de destaque na sua empresa, outros com a profissão, alguns com relacionamentos de amor ou família, outros com o seu grau de conexão espiritual. No livro "O sucesso é para si" do Dr. David HAwkins, eu amo a definição final de sucesso quando ele escreve que: "sucesso como felicidade, é a consequência automática de quem somos, o que nos tornamos e das nossas atitudes internas " As nossas atitudes internas dependem directamente do que acreditamos e pensamos que somos e, portanto, o que nos leva a agir, isto é, as nossas crenças e sentimentos. Vamos falar hoje sobre as nossas crenças, especialmente aquelas que nos impedem de avançar.

YONIEL GARCIA Nasceu em Cuba, aos 15 anos rumou a Madrid com uma mochila e 100 doláres e cedo se tornou um empreendedor de sucesso. Descobre a paixão pelo desenvolvimento pessoal e hoje é Happiness & Life Coach. Terapeuta Bioreprogramação e Thetahealing. Conferencista. Consultor de Negocios. Já palestrou para mais de 5000 pessoas. Foi um dos oradores no Being One 2018.

AS CRENÇAS Identificar crenças limitadoras requer um trabalho contínuo de autoconsciência e consciência interior. Requer tempo, mas a recompensa é imensa. No meu caso, ainda hoje, depois de tanto tempo, fico surpreso ao descobrir algumas crenças limitadoras ocultas. Elas podem ser muito subtis, como "Não te abras muito, não confies demais", "Tens sonhos muito altos", "isso não é para ti" ... mas nós as arrastamos pela vida a menos que decidamos mudar. Este tipo de crenças que assumimos como verdadeiras limitam-nos, bloqueiam e actuam como barreiras. Na verdade, muitas vezes nos escondemos atrás delas para argumentar que estamos de tal ou qual maneira e como uma desculpa para não mudar. Neste artigo, quero identificar quatro barreiras que usamos como desculpas e que, na verdade, determinam uma crença limitadora que pode estar a prejudicar-nos e impedir-nos de atingir as nossas metas ou sonhos, sejam profissionais ou pessoais.

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1. SENTIR-SE MELHOR NO PEQUENO: Sentes-te confortável em posições abaixo da tua categoria. Quando queres optar por uma posição melhor, por um melhor posto de trabalho; um trabalho adaptado aos teus conhecimentos e ficas surpreendido dizendo a ti mesmo que não, que é melhor ficar como está. Na realidade, tens dentro de ti uma sensação de "não ser suficiente", que pode estar ligada a uma crença do tipo: "Tu não tens valor." Todos nós podemos alcançar o nosso potencial máximo, sem vergonha e sem culpa, por isso experimenta. 2. SOBRESSAIR NO AMBIENTE QUE TE RODEIA: Esse medo é comum quando se é "leal" ao estado limitador da sua família ou do seu meio ambiente e te preocupas com o facto de que cumprir os teus sonhos significa separares-te deles, perdendo o seu afecto. Pode parecer banal, mas não é. Acontece quando elevas o teu nível social, fazes par com alguém de diferentes hábitos e estilos ou te moves fora do escopo ao qual o teu clã ou ambiente estava acostumado. Essa barreira está ligada ao medo de ser abandonado e à crença de que o grupo vem em primeiro lugar. Pergunta a ti mesmo: Se realizares esse sonho que desejas, sentir-te-ás mal com a tua família? 3. MAIS SUCESSO SERÁ MUITA CARGA PARA MIM OU PARA OUTROS: Se o teu nascimento não foi motivo de alegria para os teus pais, por qualquer motivo, é muito certo que isso te afecta. Uma maneira muito explícita de fugir de uma responsabilidade; não te movas, não faças nada, não saias da zona de conforto porque não estás preparado para assumir essa responsabilidade. Essa barreira é baseada na crença de que "tu não podes".

Medo de falhar, de fracassar, de não fazer bem. Pode acontecer que, quando tu está prestes a obter algo importante, o que pode significar uma grande mudança para ti e o teu ambiente, de repente, tudo cai (auto-sabotagem). 4. NÃO QUERO DESLUMBRAR-ME: O medo do deslumbramento, de perder a tua luz, de brilhar é muito comum. Está directamente relacionado ao medo do poder interior, da tua luz. Crenças do tipo: "Ter destaque é mau" e querer permanecer dentro de um grupo, sem ser visto. A ideia de que, se tu brilhares com o teu parceiro, o teu sócio, alguém se sentirá mal e inferior por causa da tua "falha". Essa é uma das crenças mais difíceis de quebrar, porque são conceitos que trazemos como herança e nos ensinaram que "precisamos de ser humildes" (falarei sobre isso depois). No entanto, somos todos bons em alguma coisa, somos excelentes em alguma área e isso não deve afectar os outros. Não prives os outros da tua luz e brilho porque é o que tu irradias que irá enriquecer-te e enriquecer os outros. Identificas-te com algumas destas barreiras? Se assim for, convido-te a analisá-las e a derrubá-las. Não precisas de continuar a viver com essa limitação aprendida e imposta. Podes ser livre e transcender qualquer barreira que te proponhas. YONIEL GARCIA HAPPINESS & LIFE COACH yonielcoach@gmail.com www.yonielgarcia.com

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PARADOXOS DA FELICIDADE Como primeira partilha para um projecto que convida a um “mergulho” no auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal, tinha de ir ao cerne da questão! E, nem de propósito, estive há poucos dias num evento promovido pelo JN e pela CM de Ermesinde sobre “O Poder da Felicidade”. O conceito e formas de vivência da felicidade são dimensões da existência humana que sempre me cativaram. Cativam a atenção, a curiosidade, a vontade de saber mais mas também as angústias e os “vazios”! Julgo ser a questão fulcral da própria existência e dedico-lhe muito tempo de estudo mas também de concretização empírica. As viagens a países que colocam no topo das suas preocupações, os níveis de felicidade da população, como a Dinamarca e o Butão, são os meios de “análise” de que mais gosto. “Estudar” mais sobe a felicidade enquanto faço algo que me deixa tão feliz, viajar! Estas visões (e podíamos aqui focar o contraste de uma cultura de felicidade ocidental e uma cultura de felicidade oriental) são o pano de fundo e um plano mais macro daquilo que as sociedades, as comunidades e o poder político e estatal, perseguem enquanto objetivo comum. Mas importa também falar do particular, de como cada um de nós sente a felicidade e se ressente da falta dela. Neste encontro, foi ideia consensual que a felicidade não é um estado permanente e que poderá até implicar em si o conceito do oposto. A infelicidade como parte integrante da experiência de felicidade ou como necessidade de oposição que lhe dê sentido. É neste paradoxo que me quero focar. Creio que possam existir dois tipos diferentes de felicidade (e não me refiro a conteúdos e formas de se ser feliz, porque aí, teremos tantos quantos seres humanos existem, ou talvez mais, porquanto somos em muitos aspectos duais e construímos percepções diferentes ao longo da vida).

PATRICIA LABANDEIRO Psicóloga e Coach. Exerceu Psicologia Clínica, mas sentiu que faltava o brilho da auto-realização e da auto-transcendência. Voltou ao estudo e descobriu a psicologia positiva e o desenvolvimento pessoal que dela deriva. Apaixonouse pelo Coaching e fez várias certificações, bem como uma PósGraduação específica para Psicólogos. Amante da natureza e do Caminho de Santiago. Criadora do projecto Despertar-Formação e Psicologia.

Estes dois tipos de felicidade referem-se à “estrutura” do sentimento. Uma felicidade leve, sorridente, prazerosa, hedónica. Outra felicidade em que existe um certo peso, em que não rimos, em que não mergulhamos no prazer, em que abdicamos até desse prazer imediato como objetivo supremo… em que saber o sentido, em que cumprir os valores, em que fazer o correcto de acordo com o que nos define, em que servir algo maior que nós, nos leva um estado de felicidade existencial, não necessariamente terrena, não necessariamente visível nas expressões, nem quantificável em níveis de dopamina. Este é um tipo de felicidade transformador. Num exemplo bastante extremo mas tão comum nas nossas vidas, quando acompanhamos uma pessoa que amamos num processo de doença e, ainda mais extremo, no caminho até à morte, não estamos clara, obvia e inevitavelmente felizes na assunção generalista no termo. Mas sabermos que estamos a garantir os cuidados de que aquela pessoa precisa, que estamos presentes a minimizar dores, que estamos em guerra e vitória perante a solidão, que MINDSET MAGAZINE | 59


estamos a honrar a nossa história e relação com essa pessoa, que estamos a cumprir a nossa missão de cuidador, que estamos a trazer amor ao momento mais desafiante das nossas vidas… isso traz uma felicidade transformadora! Quando fazemos algo do que tipicamente dizemos que “gostamos”, isso traz alegria e é bom, é fantástico, queremos ficar neste estado ou lá voltar rapidamente. Mas será transformador? Trará novas dimensões da nossa existência? Mostrará mais do que somos? Trará uma elevação? Ambas são necessárias para o ser humano que quer crescer e expandir-se. Em Psicologia falamos de crescimento pós traumático como o fenómeno de aquisição de novas competências/capacidades e adopção de uma visão mais adaptativa da vida e seus desafios, como consequência da vivência de uma experiência potencialmente traumática. Esta felicidade transformadora poderá ser entendida como o movimento de levar a consciência deste potencial de crescimento para o momento presente em que a dor está a acontecer. Assim, equilibrar a dor/infelicidade do momento pela consciência de como isso nos está a elevar além do terreno. O crescimento a este nível é uma experiência existencial (espiritual para quem sentir a ligação a esta dimensão). A consciência dele no momento exigente (ex. quando damos a mão a quem amamos num momento de doença; quando nos superamos num momento de dor; quando por exemplo avançamos numa missão humanitária que nos coloca perante o sofrimento de outros…) poderá ser o caminho para uma visão mais consistente da vida como uma experiência de felicidade. É difícil imaginar que em contextos extremos por exemplo de guerra e caos, seja possível entrar em conexão com esta consciência superior. Mas incrivelmente, há quem o faça… Basta ler “Um Homem em busca de um sentido” que percebemos de que forma Viktor Frankl construiu um significado para sua experiência num campo de concentração Nazi e trouxe a consciência de como se elevaria e de como esta passagem dolorosa da sua vida seria um ponto de partida para uma concretização maior. Vivendo com a dor extrema e o terror, sua e de todos à sua volta, trouxe uma narrativa para essa experiência

que lhe permitiu resistir e construir, com orgulho pessoal e momentos fugazes de uma improvável felicidade, um legado que o engradeceria. E engrandeceu. Esta não é a forma de transformação que procuramos, que desejamos, que escolhemos… o que buscamos é a felicidade hedónica, a leve, a que nos faz sorrir, aquela em que facilmente percebemos que a vida tem uma “força feliz” por si mesma! Mas a existência humana acarreta sempre os momentos de dor… esta felicidade de transformação será uma forma amadurecida, resiliente e emocionalmente inteligente de lidar com a inevitabilidade da infelicidade. A nossa luta poderá ser esta, a de buscar a felicidade leve mas aceitar o que nos traz a dor, como forma de nos superarmos e descobrirmos sentidos. Num contexto de dor, ser capaz de ver o amor, de ver os pequenos gestos, de estar grato pelos recursos internos e externos que temos disponíveis para lidar com essa situação, persistir no que está coerente com os nossos valores, prever que a dor não dura sempre e que depois disso fica o orgulho pessoal pela forma como lidamos com ela e ficam novas aprendizagens sobre nós, quem sabe novas competências. Se equilibrarmos estas duas dimensões da felicidade, será mais naturalmente assumida a tal resposta à fatídica questão: és feliz? “Sim, sou feliz, às vezes porque amo, sorrio, tenho prazer e me divirto e outras vezes porque me transformo. Sou feliz, também, quando me transformo.” PATRICIA LABANDEIRO PSICÓLOGA CLÍNICA E COACH gerencia@despertar.com.pt ww.despertar.com.pt MINDSET MAGAZINE | 60


AS 4 ETAPAS DA

ESCASSEZ À ABUNDÂNCIA RUI GABRIEL Quando se quer viver em abundância precisamos saber que o Universo distribui a sua riqueza consoante aquilo que lhe damos. Nem toda a gente sabe disto, e, mesmo quem sabe raramente o põe em prática: O Universo funciona em modo Pré-Pago. O que vou contar agora, faz parte da minha experiência. Quando comecei a trabalhar com Internet a fazer aquilo que eu faço hoje, eu estava a passar por muitas dificuldades. Vivia em escassez, não porque não tinha nenhum dinheiro, que não tinha, mas porque a minha mente estava formatada de uma certa forma que me levava a viver da forma como vivia. Aprendi desde então que se pode viver em abundância tendo muito dinheiro, e se pode viver em abundância tendo pouco da mesma forma que se pode viver em escassez tendo muito dinheiro e se pode viver em escassez tendo pouco. A abundância não tem a ver com aquilo que tu tens, mas sim com a pessoa que tu és, ou melhor, com a pessoa na qual te vais transformando enquanto percorres o caminho das 4 etapas. A primeira etapa é uma etapa de Escassez. É o nível em que nós pensamos que “para eu ter aquilo que eu desejo os outros não o podem ter.” “Eu tenho de retirar aos outros alguma coisa para eu ter aquilo que eu desejo ou aquilo que eu preciso.” Se temos uma vida de escassez nós pensamos que o mundo não é abundante, que não há dinheiro que chegue para todos, não é? “Para alguns ganharem outros têm de ficar a perder” - Durante muito tempo eu pensei assim. Eu pensava que as pessoas ricas eram pessoas que tinham retirado, roubado dinheiro aos outros, tinham roubado recursos. E também pensava que as

Business Trainer e Mentor. Fundador da Comunidade A Tribo e da Universidade da Tribo para ensinar o caminho de prosperidade fazendo e sendo aquilo que adoram. Fundador do Grupo de Ação Social (GAS) com missões humanitárias em Portugal, Guiné, Benim e Moçambique. Dedica-se a 100% ao Business Training Pessoal e Mentorship, para dar a mais pessoas a oportunidade de transformarem dificuldades em Abundância .

pessoas pobres eram aqueles coitados que trabalhavam e não ganhavam nada porque eram explorados pelos ricos. Quando vivia com esta mentalidade, dizia coisas como: – “A vida é difícil”, “O dinheiro é escasso”, “Preciso ganhar o máximo porque se não os outros vão ficar com a minha parte”. Tinha a perceção de que o mundo é hostil. Vivemos em modo-sobrevivência. A segunda etapa é a da Não-Interferência: “Os outros também podem ter o que eu quero para mim”. Isto significa que eu sei que os outros também podem ter aquilo que eu quero para mim, por isso deixo-os estar à vontade. É o nível da Tolerância. Quando vivemos nesta etapa dizemos coisas como: – “É pá, cada um que se faça à vida, cada um que faça o seu melhor.” Se alguém está a conseguir muito sucesso dizemos:

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– “Bom para ele” – ainda que o digamos com uma pontinha de inveja. Este é um nível mais avançado do que o primeiro, mas continua a ser um nível de escassez- Vivemos em modo-concorrência. Na terceira etapa, nós ajudamos os outros a conseguirem o que nós desejamos para nós. Aqui é o nível da Generosidade e já não estamos a falar de escassez, já estamos a falar de viver em abundância: Nós vamos atrás do nosso sonho, do nosso objetivo, queremos determinados bens para nós, queremos ser aquele tipo de pessoa, queremos fazer aquele tipo de coisas. Queremos isso para nós e trabalhamos ativamente para proporcionar o mesmo a outras pessoas. “Eu tenho liberdade, eu vivo com a minha família, eu trabalho em casa, eu tenho o meu próprio negócio, posso viajar quando eu quiser pois não tenho de responder diante de ninguém.” Estes, para mim, são valores fundamentais e eu posso ajudar outras pessoas a fazer com as suas vidas exatamente isto que eu estou a fazer com a minha Quando vivemos em generosidade pensamos que o mundo é amigável, perdemos o medo e vivemos em modo-contribuição.

A quarta etapa é a etapa do Serviço. O nível do serviço é como o anterior, da generosidade, mas focamo-nos no que as outras pessoas desejam mais do que em nós mesmos. É muito interessante! – “Ajudamos os outros a conseguirem…” não o que nós queremos para nós, mas o que essas pessoas querem para elas mesmas. Vamos ajudá-las a descobrir aquilo que elas querem. Ajudá-las a descobrir o seu caminho. Vamos ser mentores e vamos ser faróis. Quando vivemos neste registo e passámos pelos anteriores, este pode ser um nível de abundância muito grande. Já não estamos preocupados com o facto de poder ou não poder haver o suficiente para nós porque sabemos que o Universo é abundante, criámos sistemas que canalizam essa abundância para nós e permitimo-nos receber tudo aquilo que o universo envia na nossa direção. Vivendo em modo-serviço, tendo vivido cada etapa deste processo, acabamos por atrair uma quantidade imensa de dinheiro, de recursos e de aliados sem esforço algum. O universo é abundante e tu sentes isso na pele, todos os dias. RUI GABRIEL BUSINESS TRAINER E MENTOR rui@ruigabriel.com ww.Ruigabriel.com

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