Mindset Magazine Nº 2 - Ano 1 - Fevereiro 2019

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FEVEREIRO 2019 | ANO 1 | NÚMERO 2

INDSET M AGAZINE Desenvolvimento Pessoal, Auto-Conhecimento e Espiritualidade

ÉS MAIS QUE UMA IMAGEM

O teu caminho não é nem tem que ser igual ao de ninguém

A PÍLULA MÁGICA... As nossas crenças moldam a nossa vida!

CAMINHO DE SANTIAGO O tal desapego material que nos liberta e nos dá espaço para dar mais atenção ao que vai dentro de nós

ENTREVISTA A EDUARDO TORGAL

"PENSA NO RESTO DA TUA VIDA, PENSA O QUE É QUE EFECTIVAMENTE VAIS TRANSFORMAR OU NÃO, PORQUE ESTA É A ÚNICA OPORTUNIDADE QUE TENS DE PROVAR QUE MERECES A VIDA QUE ESTÁS A VIVER NESTE MOMENTO"


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EDITORIAL

DIRECTORA| SÓNIA RIBEIRO

revista@promind7.com PARTILHAS DO LEITOR E SUGESTÕES

Caros amigos,

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Rapidamente chegamos a Fevereiro, o mês do "Amor Comercial", cheio de corações esvoaçantes, cheio de presentes e afectos...a banalização do Amar pelo interesse comercial, que de uma forma ou de outra todos alimentamos, desvaloriza e diminui o acto da partilha, tira-lhe sentido e emoção. Nesse espírito amoroso, este mês trazemos algumas histórias de Amor, de Afectos e não só. Queremos inspirar também pelo exemplo. Inspirar pelas histórias reiais. Inspirar pelo amor. Inspirar pelas palavras. Queremos ser o veículo para as estórias que precisam de ser contadas. Ser um porto seguro e um trampolim de força, porque ao mesmo tempo que confortamos o próximo, inspiramos por querer que todos sejam ainda melhores. É por tudo isto que não somos um projecto formatado e previsível. Porque tanto podemos partilhar um artigo cheio de factos científicos, como expor uma experiência verídica de uma vida comum que tinha tudo para dar errada e deu certo. Queremos inspirar e falar para todos. Queremos que esta cadeia de inspiração seja infinita para que esta revista não seja apenas um projecto limitado mas sim um testemunho sem prazo de validade em que as histórias de uns sejam o combustível para as histórias de outros. Acompanhem-nos nas próximas páginas e deixem-nos saber a vossa opinião sobre esta nossa/vossa revista.

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NESTA EDIÇÃO

04

ÉS MAIS QUE UMA IMAGEM

05

A IMPORTÂNCIA DE ANDAR À FRENTE DA SUA CONCORRÊNCIA

Patrícia Gama

Alexandre Martins

07

SONHOS FRUSTRADOS...

09

O MEU SENTIR SOBRE O MÉTODO

Adriana Silva

PSICOTERAPÊUTICO SISTÉMICO Ana Maria Bispo

10

OS 7 PASSOS PARA SER LÍDER...

12

OS PILARES BASE DA PARENTALIDADE POSITIVA

Ana Pedroso

Carla Pinto

14

ESCOLHE ACEITAR A DUALIDADE

17

AS 5 CHAVES-MESTRAS...

19

MUDA A COR DA TUA DOR EM 5 MINUTOS

Catarina Teixeira César Ferreira

Cristina Gonçalves

20

REATIVIDADE: COMO MUDAR AS SUAS REAÇÕES Allan Magalhães

21

HIPNOSE CLÍNICA...

25

UMA HISTÓRIA DE DEPENDÊNCIA...

28

ENTREVISTA EDUARDO TORGAL

34

VOLTAR A AMAR

36

A PÍLULA MÁGICA E MILAGROSA...

38

HOJE DECIDES ESCOLHER

Ana Oliveira Joana Marques Sónia Ribeiro Lisa Joanes Inês Sousa Maria João Marino

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NESTA EDIÇÃO

40

AS 5 LEIS DE HAMER

42

AMOR PRÓPRIO E AMOR RECÍPROCO

Jorge Malheiro

Marisa Romero

44

E AGORA?

46

FOCA-TE NAQUILO QUE ÉS...

48

MUDANÇA

50

FALAR EM PÚBLICO COM SUCESSO

51

HOMENS RESOLVIDOS

53

UMA HISTÓRIA REAL

56

A ARTE DE TOMAR DECISÕES DIFÍCEIS

Olinda Rocha Paula Neto

Ricardo Peixe Pedro Neves Ricardo Laranjeira Bruno Neves

Rui Martins

57

AS 3 LEIS ESPIRITUAIS DO DINHEIRO Talita Martins

58

ALL YOU NEED IS LOVE

60

CAMINHO DE SANTIAGO

62

O FACTOR Nº 1 PARA O SUCESSO

64

DIZ-ME COMO ADMINISTRAS O TEU DINHEIRO...

Yoniel Garcia Patrícia Labandeiro Rui Gabriel

Leonardo Lopez

66

RELACIONAMENTOS E ENEGRAMA

68

PRIORIZA A TUA AUTO-ESTIMA

Eduardo Torgal Sónia Ribeiro

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ÉS MAIS QUE UMA IMAGEM

Q

ualquer mulher, qualquer ser humano é mais que uma imagem, é mais que um peso, é mais que algo que não existe: a perfeição. Muitos dos distúrbios alimentares são desencadeados pela procura da dita imagem perfeita. Poderia deixar uma explicação mais científica mas não faz sentido, quando na verdade o importante é o que esse sentimento desencadeia! O teu caminho não é nem tem que ser igual ao de ninguém, logo o teu corpo, a tua Imagem também não tem. A exigência da sociedade é muita, todas nós sabemos, mas viver a correr atrás de um caminho que não é por ti definido, não é o teu caminho nem o de ninguém. A maioria até pode fazê-lo, com medo de explorar um caminho diferente (o delas mesmas). Sabes quantos casos de infelicidade destes há, e que este foi o gatilho para o distúrbio alimentar em que vivem hoje? Quanto mais rápido perceberes que o livre-árbitro é um dom que necessitas de usar e de lutar por ele, melhor! Ele é e será a tua história. Agarrares-te ao que realmente te alimenta e nutre leva-te a estares no teu caminho de uma forma bem mais tranquila. Fazeres o teu percurso da forma mais genuína possível, estares em conexão contigo mesma! Este é o verdadeiro plano. Deixar de viver em legiões de massas que são aceites só porque sim, seguir planos em carneirada quase como escravas, onde o corpo, o êxito laboral, o carro, a imagem se sobrepõe de uma forma monstruosa e

PATRÍCIA GAMA Empresária e Coach Alimentar. Orienta grupos de auto-ajuda para mulheres. Sentir o que Sentes, é o motivo de nos levar até nós mesmas, onde o foco é ir à causa que leva cada pessoa a comer, O que provoca ou provocou a necessidade de procurar o conforto na Comida . Não nascemos iguais. Aceitar este desafio com serenidade é libertador. faz com que nos esqueçamos de cuidar do mais importante: A mente. Estares em contacto contigo mesma é necessário. Sentires o que sentes é libertador. És a soma das decisões que tomas. Decidires ser genuína, aceitares-te com as tuas qualidades e “defeitos” exactamente como fazes com quem amas (podendo melhorar mas sem te penalizares). Aceitares é uma das chaves mestras para a batalha de qualquer distúrbio alimentar! Não nascemos para ser perfeitos, Nascemos para ser reais. PATRÍCIA GAMA COACH ALIMENTAR

coach@patriciagama.com www.patriciagama.com

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A IMPORTÂNCIA DE ANDAR À FRENTE DA SUA CONCORRÊNCIA Hoje em dia faz-se muito esta questão: O QUE FAZ UM COACH E O QUE É COACHING? Como profissional da área de Coaching deixo-lhe a minha visão, é um processo, com início, meio e fim. É definido em comum acordo entre o coach profissional (o treinador) e o cliente, de acordo com uma meta desejada pelo mesmo. O coach apoia o cliente na busca da realização dessas metas, de curto, médio e longo prazo, através da identificação e uso das suas próprias competências, no reconhecimento e superação das suas fragilidades. Assim, o coach atua encorajando e motivando o seu cliente, procurando transmitir-lhe capacidades, ou técnicas, que melhorem as suas capacidades profissionais, ou pessoais, visando a satisfação dos objetivos, inicialmente definidos. Ideias simples, como a partilha de pensamentos soltos, podem ser organizadas, transformando-as numa meta desafiante, com um plano de ações que podem ajudar a concretizar antigos sonhos. Os objetivos podem abranger temas muito diversos como a gestão do tempo, os relacionamentos interpessoais, a carreira, o desporto, o trabalho em equipa, a motivação, entre outros. O coach avalia as forças e fraquezas do seu cliente, enquadrando os objetivos ao meio envolvente, em que este atua, e define um plano que permita alcançar os resultados desejados. TIPOLOGIAS DE COACHING: COACHING EXECUTIVO, visa capacitar executivos na sua performance, excelência pessoal e nos negócios. Assiste o executivo na identificação de metas, valores, missão e propósito da empresa no mercado. Também trabalha a clareza da sua missão pessoal e empresarial, objetivando o equilíbrio dos propósitos da empresa, das suas necessidades humanas e dos diferentes papéis vividos na empresa, na família e na sociedade.

COACHING PESSOAL OU COACHING DE VIDA (LIFE COACHING), objetiva a capacidade das pessoas na sua autorrealização, pelo alcance das suas metas, alinhando-as para uma vida equilibrada com seus valores, missão e propósito de vida. A meta a ser trabalhada pode estar em qualquer área da vida da pessoa, como saúde, relacionamentos, espiritualidade, finanças, carreira, gestão do tempo, família, etc. O coach vai apoiar o coachee (cliente) na definição das metas, na estratégia para alcançar os resultados desejados e também na superação dos desafios que aparecerem ao longo do caminho. Durante o processo de coaching, o foco é no presente e no futuro e o coach trabalhará para manter o coachee em ação para que, ao final, ele realize o que se propôs. Atualmente existem vários nichos de coaching pessoal, entre eles: Coaching para emagrecimento, Coaching para jovens, Coaching Financeiro, etc. COACHING DE PERFORMANCE, o Coaching de Performance o do Desempenho, tem o objetivo de destravar as habilidades naturais dos profissionais. É um processo em que uma pessoa ajuda a outra a desempenhar, a aprender e a atingir objetivos e metas pelo autoconhecimento e consciencialização sobre a própria responsabilidade no crescimento profissional. O Coaching de Performance atinge seus objetivos ao identificar os bloqueios internos e, ao removê-los para a obtenção de resultados. É descobrir a perspectiva e as necessidades da equipa pelo questionamento profundo em que identifiquem e removam obstáculos de desempenho. O Coaching de Performance é a atitude mais importante do gestor para aumentar a produtividade e atingir metas pois é implementar a estratégia: missão, visão, valores, metas, produtos e pessoas. O Coaching de Performance é uma metodologia com resultados tangíveis, mensuráveis

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e, normalmente, implementado em equipas de vendas ou serviços. O Retorno sobre o Investimento (ROI) de um projeto desses reflete-se no desempenho a curto prazo. Um coach é um profissional treinado para fazer as pessoas aumentarem substancialmente a possibilidade de realizarem o que elas querem para a vida delas em diversos campos, pessoais e profissionais. Coaching é uma metodologia que usa ferramentas com validação científica, para ajudar o cliente a trabalhar basicamente 5 campos: Foco, Planeamento, Acão, Melhoria Continua e Resultados. Espero que ao ler este artigo de opinião se aperceba o porquê de uns estarem uns patamares bem acima de outros. Deixo-lhe esta frase abaixo, pois é desta forma que andamos à frente da nossa concorrência no dia-a-dia. "Nunca se esqueça que é na ação que anda à frente da sua concorrência, é na ação que a adrenalina acontece e é na ação que vê resultados extraordinários." A partir de hoje vai andar à frente da sua concorrência?

ALEXANDRE MARTINS COACH DE ALTA PERFORMANCE alexandremartins.org@gmail.com www.martinsalexandre.com

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SONHOS FRUSTRADOS TAMBÉM PODEM NOS MOVER!!! A ver as dunas, as praias , caminhar na areia e passar por aquela ponte linda que ligava o continente à ilha. Conseguiram. Marcaram a viagem. Tudo organizado. Chegara o grande dia. - Pai, amanhã o autocarro sai às 05h da frente ao colégio. Levas-me até lá , certo? - Claro filha, vou por o despertador. - Você raramente precisa de despertador, meu bem. Disse sua mãe. - Boa noite. Vou deitar-me! Emília entra a correr no quarto aos prantos... - Pai , nós perdemos a hora... Já são 06h00!!!

Nos ido dos seus quinze anos dourados, o sonho dela era conhecer a capital do seu estado. Emília terminaria o ensino básico naquele ano e a sua viagem de formatura com a turma escolar havia sido marcada para a capital do estado que vivia. Morava numa cidadezinha de interior cheia de montanhas a sua volta, e sonhava conhecer a cidade grande com as luzes da ribalta que acompanhava pelas revistas, e aquele mar que ela nunca havia pisado. O grupo passou o ano a fazer gincana, vender rifas, promover festas para arrecadarem o máximo de verba sem terem de investir muito. Foi uma conquista prazerosa!!! Ahhh.. Um fim de semana inteiro na capital!!!

- Anda, corre, vamos tentar alcançar o autocarro. Saiu da cama aos saltos. O pai de pijamas, ela a se trocar no caminho. A mochila estava pronta da noite anterior. Saíram esbaforidos ao som da voz da sua mãe. - Vão devagar, não se matem! Boa viagem, filha!!! No caminho o pai desabafa: - Eu ainda dei as 5 batidinhas no pé da cama para o anjo acordar-me. E nem o despertador tocou. Como pode acontecer isso? Ele tinha essa velha superstição de bater com o seu pé, no pé da cama, a dar pancadinhas com o número de vezes da hora que precisasse acordar. Se era as 04h da manhã, quatro batidas ele dava. Dizia que assim o anjo da guarda, ficava mais atento. Parece ter adormecido desta vez.

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- Da próxima vez dê as batidinhas na cabeça do anjo... Gritava Emília a chorar aos prantos enquanto passavam todos os faróis no vermelho naquele início de madrugada, pelas ruas da cidade. Ela não podia acreditar que o sonho de anos, ficaria ali naquela cidadezinha de interior. O pai a pedir-lhe desculpas, com o coração partido pela dor da filha adolescente. Sentiu-se culpado. Mas na verdade tinha sido o anjo. No colégio já não havia nada estacionado. Seguiram a correr pelas ruas mas já não alcançaram a tempo a excursão do grupo. Tentaram de carro ir até a saída da cidade por onde se apanhava a autoestrada. Em vão... Uma época sem telemóveis e whatsapp. Que martírio. Dali o regresso a casa foi a chorar e a culpar o pai e o anjo do pai durante uma semana seguida. O sonho daquela viagem ficou para sempre na memória da pequena Emília. Aquele sonho frustrado moveu-a durante anos e anos a fio, e acompanhou-a nas várias outras capitais do país que ela decidiu conhecer sem parar, uma a uma. Eram 23, e de tantas, boa parte alimentou aquele sonho frustrado que havia ficado no passado.

Atravessou o oceano e conheceu mais outros tantos países e suas respectivas capitais… Assim seguiu sua caminhada nutrido-se daquele autocarro que não chegou a ver distanciar-se diante dos seus olhos mas que ficou marcado para sempre no seu coração. Todas as noites, que antecediam suas viagens, punha o despertador, e lá ia ela bater com o seu pé, no pé da cama que dormia, tantas vezes era a hora que precisava despertar... Olhava para o alto, piscava para o anjo e pedia as bênçãos do seu velho pai, e assim adormecia a pensar no seu próximo destino..

Esta história é parte real de um acontecimento da vida da autora, levando-a a direcionar sua escolha profissional para o turismo. Mostrando-nos que sonhos frustrados também nos movem!

ADRIANA SILVA TURISMÓLOGA

decabralterras@gmail.com @terras_de_cabral

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O MEU SENTIR SOBRE O MÉTODO PSICOTERAPÊUTICO SISTÉMICO EM CONSTELAÇÕES FAMILIARES E ORGANIZACIONAIS

Nascemos numa família ,que vem de outra família e de outra família, etc. e achamos, muitas vezes, que tudo o que vem para além daquela que acolhe o nosso nascimento - Pais e irmãos - nâo tem absolutamente nada a ver connosco,nem nenhuma influência, até porque muitas vezes nem sabemos quem são, nem sequer o nome.

movimento ,chamado o movimento da alma familiar ou do coração familiar, como lhe queiram chamar e que, tal como um rio que quer correr para o seu destino e muitas vezes tem pedras no seu leito, assim somos nós em relação à família. Através dos campos morfogenéticos, onde a informação colectiva existe em cada um de nós, podemos passar a informação através uns dos outros. Utilizando a técnica, numa abordagem terapêutica, podemos ajudar a contactar com alguma dor pessoal ou da família, repondo a ordem e ajudando a libertar. Nas famílias surge, muitas vezes, alguém que vai denunciar o sistema e o que não está bem, ajudando à libertação. Este tipo de terapia, liberta a pessoa que está a fazer e também de alguma forma cura o sistema familiar.

A informação existente dentro de nós, vem da passagem celular e informativa da alma familiar, que vai passando de Mãe em Mãe, através do nascimento, onde foi fecundada através do Pai e consequentemente do seu sistema familiar. Nas constelações organizacionais que tem a ver Existe um sistema colectivo, onde todos nós com empresas, dinheiro, trabalho, organização, pertencemos, existe o familiar e ainda o nosso temos o campo pessoal de cada um de nós e o próprio sistema. campo colectivo do sistema que adquirimos No familiar existem, muitas vezes, acontecimentos, referente à área profissional. que se tornam tabu, segredo mal visto e excluído. É uma organização sistémica também, que nos leva A não integração de algo assim, como suicídios, a saber qual o nosso lugar e trazer força a várias assassinatos, mau comportamento de alguém, áreas profissionais e empresariais. roubos, falências, abusos, abortos, mortes de Este trabalho faz-se em consulta individual e em origem camuflada, etc., vai originar que seja grupos de trabalho sistémico e terapêutico. expiado por alguém que vem a seguir, até que seja aceite pelo sistema e integrado. "Quando em uma família surge um buscador é porque Existe ainda as leis da família que, segundo Bert este encarna o desejo de todo o clã de sair das Hellinger, o fundador desta técnica são três: repetições e do conhecido e ir adiante..." Hierarquia, pertencimento e o equilíbrio. Bert Hellinger Quando nós vivemos fora do nosso lugar ,como por exemplo como filhos ocupando o lugar dos Pais, ANA MARIA BISPO não existe um fluir da força familiar, nem daquilo T E R A P E U T A E M P A R A P S I C O L O G I A que recebemos quando nascemos. Existe um amaria.bispo@gmail.com MINDSET MAGAZINE | 9


OS 7 PASSOS PARA SER LÍDER CONSCIENTE EM 2019 O CENTRO (TU), AS RELAÇÕES E A LIDERANÇA (PARTE 1)

Bem Vindo! Bem Vindo à minha Vida! Obrigada por me leres e confiares em Ti para me leres! É uma honra trazer-te momentos de reflexão, revelando os 7 PASSOS MÁGICOS PARA SERES O LÍDER DA TUA VIDA! Nesta primeira parte deste artigo ofereço-te os 2 primeiros! No Método “A Economia do Amor” assentam 7 passos para a Liderança Interior. Este método, através da Mudança de Mindset, foi criado e comprovado por mim, baseado no desenvolvimento da minha Tese em Psicologia Positiva, onde demonstrei que o mesmo funciona para quem deseje Viver Felicidade Plena e Prosperidade. Continuemos juntos nesta Jornada de Auto Conhecimento! Hoje trago-te mais dois passos para aplicares no teu dia a dia porque sem prática, nada vives e nada Muda! Responde às seguintes questões para recordares como funciona o teu MindSet! Como te Cuidas? Como tratas os outros? Como é o teu diálogo interior... és mais positivo ou negativo? Utilizas muito o julgamento para contigo mesmo e com os outros? És tolerante ao compreenderes as partes de ti que menos aprecias? E com o(s) outro(s)? Escreve as tuas reflexões no teu caderno pessoal ou diário fazendo o Exercício de Auto-Consciência que te proponho.

Ganha clareza sobre quem ÉS, as tuas necessidades e limitações bem como as tuas grandes motivações e serás capaz de perceber os comportamentos e motivações das pessoas que te rodeiam. Seres um líder é seres um exemplo. Sê o melhor exemplo, sê o melhor de TI em ALTA PERFORMANCE!! Compromete-te na tua ação prática, relembra-te de quem És e qual o caminho a seguires para uma Liderança Consciente e Positiva: 1º PASSO: ESTIMA-TE e AMA-TE! Ganha clareza sobre quem és, reconhece o ser maravilhoso que És com todas as tuas características agradáveis ou menos agradáveis, para superares e transformares. Abraça-te e Ama cada parte de ti mesmo. No teu caderno pessoal escreve diariamente uma característica positiva tua. Se ainda não tens um Diário, mima-te com Estima e compra o Livro onde registarás todas as propostas que te vou inspirar ao longo do Ano! Afirma diariamente “Eu aceito-me exatamente como sou” ou “Eu aceito (escreve a característica) em mim. Eu aceito-me e amo-me profundamente”. Este exercício pode ser realizado para todas as características de personalidade, físicas ou outros aspetos que desejes. Relembra-te sempre que a Aceitação e a Estima, Amor e Compaixão por tudo o que És criam as bases do teu PODER PESSOAL para uma mudança harmoniosa e positiva.

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2º PASSO: SÊ EMPÁTICO e SIMPÁTICO! Pratica a tua capacidade de compreenderes o outro, exatamente como ele é, e não como tu gostarias que ele fosse. Seres empático e simpático é ganhares tempo de entendimento e sabedoria sobre os teus próprios sentimentos e do(s) outro(s), sem julgamentos e críticas. Esta é a base essencial para todos os tipos de relações e relacionamentos felizes. Simplesmente permite-te escutar o outro, com toda a tua atenção, disponibilidade e simpatia. Permite-te entrar sem análises e preconceitos numa nova perspetiva: a do outro. Assim, o teu Melhor e o do outro tornam-se unos numa comunicação assertiva e autêntica.

E o teu MELHOR continua a SER CONSTRUIDO em 2019! Entrega-te a mais um mês de Felicidade Plena. Acreditas nesta possibilidade na tua Vida? Patilha comigo as Mudanças que sentires e vivenciares! A Economia do Amor transforma o Mundo!

ANA PEDROSO TRANSFORMADORA DE VIDAS

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OS PILARES BASE DA PARENTALIDADE POSITIVA Afinal, o que é isto de Parentalidade Positiva? É uma filosofia de vida parental, uma forma de estar que tem por base o respeito mútuo entre pais e filhos, alunos e professores e crianças e adultos. A parentalidade é um dos temas que mais produz controversa entre as pessoas, porque traz o que temos de mais profundo: as nossas convicções, crenças, medos, expectativas, tipo de educação que tivemos, mas acima de tudo, porque somos pais. E é aqui que muitas vezes começamos a procurar outras formas de educar diferentes daquela que conhecemos, que nos dotem de ferramentas práticas para gerir os conflitos naturais do dia-a-dia e que nos ajudam a construir uma relação mais harmoniosa com os nossos filhos. Enquanto pai ou mãe, a procura pela melhoria contínua, dado que a perfeição não existe, pode levar-nos ao conceito de parentalidade e educação positivas, que é acima de tudo, uma forma de ser e de estar e de olhar para a parentalidade. O grande objetivo de quem pratica a Parentalidade Positiva não procura mudar a criança nem o seu comportamento para se conseguir o que se quer, mas antes desenvolver uma relação com significado, tendo por base o respeito mútuo, empatia e generosidade. Descobri que, na educação parental, como em tudo na vida, eu posso escolher. E eu escolho ser uma pessoa com uma atitude genuína e coerente, alguém em quem se confia, que vive a parentalidade de forma consciente e que a minha missão enquanto mãe e educadora é educar, proteger, orientar e caminhar lado a lado com o meu filho. Desta forma, apresento os pilares que fundamentam a Parentalidade Positiva:

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* Pais felizes = Filhos felizes * Educar sem punir Não há segredo, esta é a regra principal da Quando se educa com base no respeito mútuo e se parentalidade positiva. Quando estamos mais felizes, criam relações serenas e tranquilas entre pais e sentimo-nos com mais energia, mais paciência e filhos, o castigo não fará sentido. Na verdade, educar mais capazes de lidar com as birras dos nossos significa orientar, corrigir, prevenir, acompanhar e filhos. Ninguém é mais responsável pela nossa não pressupõe punição. Para mim, é uma questão de felicidade do que nós próprios. Por isso, princípio, não bater no meu filho. Jane Nelsen, descomplique e viva um dia de cada vez!! E trate da terapeuta familiar, tem uma frase muito conhecida, sua felicidade... que diz «Onde é que fomos buscar a ideia de que * Vínculo para uma criança se portar bem ela tem de se sentir É a qualidade da relação que estabelecemos com os mal?». Pelo contrário, quando a criança se sente nossos filhos e eles connosco e esta ligação mais tranquila, segura e próxima dos adultos, ela dependerá muito de nós, pais. Como assim? Quando torna-se mais cooperante e confiante. somos capazes de nos regularmos também somos * Comunicação Positiva capazes de escolher os nossos comportamentos e É um modelo de comunicação que nos ajuda a desta forma influenciamos positivamente os nossos exprimir de uma forma honesta, clara e empática, filhos. Na verdade, o vínculo é a varinha mágica da respeitando-nos e respeitando o outro. O objetivo educação e parentalidade positiva. desta linguagem pessoal é sermos mais assertivos, * Respeito Mútuo concretos e específicos, sem julgar. A forma como É fundamental ter este aspecto em conta e modelar dizemos as coisas e as palavras que usamos fazem a nossa noção de respeito com as crianças. O toda a diferença na relação com as crianças e na respeito não é uma noção adquirida, ou seja, forma como elas próprias se vêem. “A maioria de nós aprende-se através de ver fazer, recebendo cresceu falando uma linguagem que nos encoraja a orientações de como se faz. O respeito tem de ser rotular, comparar, exigir e pronunciar julgamentos ensinado, explicado e repetido. Respeitar a criança, a em vez de estar ciente do que estamos sentindo e sua natureza e a necessidade de apoio no seu precisando”. (Marshall Rosenberg) crescimento são a base de uma educação positiva. * Parentalidade Proativa A parentalidade proativa está relacionada com a preparação antecipada dos pais. É importante CARLA PINTO conhecer os diferentes estágios do desenvolvimento FUNDADORA DA TRIBO DOS AFECTOS da criança de forma a antecipar comportamentos. carlaabpinto@gmail.com Isto irá permitir a gestão de emoções em relação a https://www.facebook.com/tribodosafetos/ determinados tipos de reações das crianças. MINDSET MAGAZINE | 13


ESCOLHE ACEITAR A DUALIDADE Sabes que para mim o caminho do autoconhecimento é a chave para te alinhares com a tua essência. Ele guia-te na mudança de perspetiva pela qual observas o mundo, apoia-te quando arriscas escolher observar-te de dentro para fora e, essa tua decisão proporciona-te uma enorme e transformadora expansão de consciência. Foi essa clareza que o meu mapa numerológico me trouxe, de que as respostas que tanto procurava estavam dentro de mim e que apenas precisava de me permitir observar de forma diferente. Pela primeira vez, aceitei conhecer-me, de forma muito objetiva, através da minha dualidade, das minhas caraterísticas pessoais de natureza tão distinta. E acredita, não estava nada habituada, nem preparada para as encarar, muito menos para as aceitar, por isso, a minha primeira reação foi rejeitar ser aquela pessoa. Tu e eu sabemos que na Vida tudo existe e se cria a partir da dualidade, que é como quem diz, duas realidades opostas e, ao mesmo tempo, tão complementares. Todos nós nascemos com caraterísticas de natureza diferente, mas que, de mãos dadas, nos tornam pessoas únicas. É dessa forma que a Numerologia te desafia a olhares para ti. Quer seja através dos teus pontos fortes, talentos, potencial e caraterísticas associadas (amor, luz, coragem, tolerância, aceitação, harmonia), quer seja através dos teus pontos fracos, conflitos internos, crenças limitadoras e caraterísticas associadas (medo, sombra, insegurança, raiva, tristeza, crítica), ambas fazem parte da tua dualidade, identidade e essência; ambas coabitam em ti, em cada instante da tua vida, e são indissociáveis. Por isso, é tão importante que aceites, que tanto as tuas caraterísticas de luz como as tuas caraterísticas de sombra te representam e te descrevem como pessoa…a ti e a todos os que te rodeiam! Falar-te de alinhamento pessoal é pedir-te que mudes de perspetiva, que te permitas observar e conhecer melhor, e que honres e aceites viver a dualidade que existe em ti. Porque é ela que te permite crescer, desenvolver e evoluir enquanto alma.

É ela que te coloca os desafios e conflitos internos que precisas aceitar vivenciar, acreditando e confiando que eles surgem alinhados contigo e com as capacidades que tu já possuis para os superares. É ela que te impulsiona a sair da tua zona de conforto, a fazeres diferente, para seres tu própria, a pessoa que te vai permitir alcançar o teu propósito nesta vida. Acredita, compreender que faz parte do processo de evolução de todos nós, aceitarmos viver nessa constante dualidade, foi para mim transformador! Só quando reconheci de verdade as caraterísticas distintas da minha essência e aceitei que eu sou a união de ambas em simultâneo, é que consegui experienciar o meu verdadeiro alinhamento pessoal. Por isso, é que escolheres viver (ou não) esse alinhamento é uma escolha que depende apenas de ti, da tua verdadeira entrega e aceitação. Durante vários anos eu não aceitei a minha dualidade. E sabes o que mais alimentava o meu sentimento de desalinhamento pessoal e que o meu mapa numerológico me fez tomar consciência? A minha tendência em escolher a vitimização e a consequente desresponsabilização. Escolhi alimentá-las, ao ceder a minha força interior a outros, sobretudo a pessoas próximas de mim, e ao reclamar da vida que criei. Escolhi viver em dependência, submissão e anulação emocional. Escolhi muitas vezes dizer sim, quando queria dizer não. Escolhi deixar de dar a minha opinião, expressar as minhas ideias e sentimentos, dar resposta às minhas necessidades, para que (pensava eu), as pessoas me pudessem amar, respeitar, reconhecer e valorizar. Escolhi acreditar que tinha de anular-me para não criar ainda mais desarmonia naqueles que me rodeavam. Escolhi dar tamanho poder aos outros e desvalorizar-me de tal forma que passei a acreditar que os outros me queriam mal, ou que tudo na minha vida corria mal, por causa dessas pessoas. Na verdade, o papel de vítima era mais agradável para mim, sabes, era menos doloroso colocar o foco fora de mim e responsabilizar os outros.

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Olhar para mim, para dentro, observar-me de forma imparcial e sincera, era algo realmente duro. Porquê? Porque exigia de mim uma enorme (auto)responsabilização. Por isso, teimava em escolher não aceitar assumir as consequências das minhas escolhas, bem como, a minha dualidade e a das situações e pessoas que me rodeavam. Contudo, foi muito importante para mim passar por tudo isto… para dar valor às escolhas que hoje faço, ter clareza para onde não quero regressar, ter consciência de quando estou a reviver esse padrão de comportamento e saber parar a tempo de o voltar a alimentar. Conquistei a consciência de que todas as minhas escolhas têm consequências e que, apenas eu, sou responsável por elas e por tudo o que escolho vivenciar e receber dos outros. Afinal, tu só dás aos outros o que escolhes dar e, muitas vezes, o que recebes é consequência dessa escolha. Compreendi ainda que muito do que vejo e recebo dos outros é reflexo do meu interior, por isso, aceitei que se eu quero resultados diferentes na minha vida ou que as pessoas reajam de forma diferente comigo, sou eu que tenho que escolher fazer diferente e mudar a minha forma de pensar, sentir e agir! A clareza que o meu mapa numerológico me trouxe foi ainda mais transformadora, quando se tornou claro para mim que ao escolher esse papel de vítima e de (auto)desresponsabilização, eu também escolhi, por consequência, caminhar em direção ao profundo desequilíbrio da minha energia feminina e à inevitável perda de todo o meu poder pessoal, amor e respeito próprio.

Foi uma tomada de consciência muito dolorosa, sabes, percebi e senti naquele momento que era urgente reencontrar-me e que essa escolha apenas dependia de mim e da minha absoluta entrega. Senti-me perdida, não sabia como o podia fazer, mas ao mesmo tempo também senti a enorme importância de o fazer…por mim! Por isso, cedi e aceitei pedir ajuda, algo que outrora era impensável para mim, não me permitia dar espaço para mostrar as minhas vulnerabilidades, sabes, reflexo de quem não aceitava a sua própria dualidade! Segui o meu coração e entreguei-me. Sabes onde me levou? Ao Renascer Feminino[1]. De mãos dadas com ele compreendi como podia resgatar a minha essência, o meu equilíbrio interior e energia feminina, aceitando a minha dualidade e a dos que me rodeavam. Com ele escolhi seguir uma nova direção e tomei uma das decisões mais transformadoras da minha vida: escolhi-me a mim! Aceitei resgatar o meu poder e alinhamento pessoal e a partir daí recuperei a coragem e força interiores para escolher respeitar a minha verdade interior, dizendo não e definindo limites à ação dos outros. Escolhi ter o papel principal da minha vida, assumindo a responsabilidade pelas consequências das minhas escolhas. Escolhi expressar de forma livre as minhas opiniões e ideias, e não depender emocionalmente de outras pessoas, esperando que o amor, respeito e reconhecimento viessem de fora. Escolhi reconhecer todas as bênçãos da minha vida e aprender a colocar-me em primeiro lugar, a ser a minha prioridade, a amar-me e a cuidar de mim. Sabes, tu também podes escolher aceitar a dualidade da tua vida e seguir uma nova direção! Escolhe viver quem és de verdade! Alinha-te com a tua Essência!

[1] É um processo de conexão, cura e ativação da nossa mulher e da frequência do divino feminino que habita em nós. É a este despertar de consciência para a nossa essência divina feminina que o Renascer Feminino nos leva! Tem como portal de comunicação e criação a Sara Leite Castanheira e é potenciado e partilhado através da Matriz de Facilitadoras que abraçam esta missão de amor. Sabe mais em www.renascerfeminino.com

CATARINA TEIXEIRA COACH TRANSFORMACIONAL catarina_teixeira@hotmail.com

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FALAR-TE DE ALINHAMENTO PESSOAL É PEDIR-TE QUE MUDES DE PERSPETIVA, QUE TE PERMITAS OBSERVAR E CONHECER MELHOR, E QUE HONRES E ACEITES VIVER A DUALIDADE QUE EXISTE EM TI. CATARINA TEIXEIRA

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AS 5 CHAVES-MESTRAS PARA UMA APRENDIZAGEM EFICAZ Qualquer que seja o processo de aprendizagem que pretenda realizar terá, se ambiciona eficácia, de acionar cinco chaves-mestras de forma sequencial. Aprender com qualidade é ir abrindo portas à medida que se vão fechando outras. É desconstruir o que antes se apresentava como abstrato e torná-lo claro e aplicável. A aquisição de conhecimento traz em si um processo de escalabilidade que cumpre determinadas etapas. O acesso a cada uma destas é feito pela utilização da chave certa. Independentemente de a maioria das pessoas não se aperceber que tipo de procedimentos acontecem dentro de si quando estão a aprender, a questão é que muitas vezes o processo falha porque alguma das chaves-mestras não foi devidamente usada. Neste texto quero dar-lhe a conhecer essas cinco chaves para que fique em posição de aprender com mais eficácia. 1ª- A chave-mestra da Recompensa Saber o que pode mudar ou que nos espera no final da aprendizagem é mesmo o ponto de partida. Muitas pessoas perdem o entusiasmo porque, na verdade, não sabem o que vão ganhar com o que estão a fazer. Em muitas situações o “para quê” é muito mais importante do que “o quê”. Uma das expressões mais utilizadas pelos jovens que têm resultados pouco satisfatórios na escola é “mas por que razão preciso aprender isto?”. Todos nós gostamos de recompensas. É normal, é humano. Antes de iniciar qualquer aprendizagem saiba que recompensa irá ter. Saiba o que vai mudar. Saiba com clareza que o passo que está prestes a dar irá certamente ter uma recompensa no final.

2ª- A chave-mestra da Organização Seja através de um plano de aprendizagem ou mesmo de um sistema de gestão de conhecimento, a organização é dos pontos mais essenciais. Embora uma das funções da aprendizagem seja ficar em posição de poder aplicar conhecimento para atingir um determinado resultado, a questão é que todo o conhecimento adquirido tem de o ser de forma escalável e sistematizada. Investirá muito mais energia, tempo e dinheiro em tentar aprender algo começando pelo mais complexo. A organização implica também no reconhecer dos ambientes de aprendizagem mais indicados para si, tal como técnicas de rentabilização de informação. 3ª- A chave-mestra do Distanciamento Quando estamos a aprender de forma intensiva o nosso cérebro tem dificuldade em processar todo o volume de informação a que está sujeito. Aprender não é apenas um processo ao nível do consciente, pois toda a informação tem também impacto no subconsciente. Já lhe aconteceu não perceber algo quando estava a estudar mas que depois, ao fazer outra coisa qualquer e vindo do nada, vem a solução? É preciso dar distanciamento ao que estamos a aprender de momento. Dar espaço ao nosso cérebro para fazer todas as ligações sinápticas necessárias para conseguir assimilar e compreender a informação. 4ª- A chave-mestra da Simplicidade Falar sobre o que aprendemos de forma clara e simples é uma das provas de que já compreendemos a informação. É neste ponto que estamos mais aptos a correlacionar e a aplicar

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informação de forma pertinente e de acordo com a exigência do contexto. Costumo dizer que devemos brincar com o conhecimento. Fazer com que seja ágil, divertido e visível. Visto que o complexo é composto pelas relações existentes entre diversas partes simples, ao segmentar algo aparentemente complicado estou a simplificar o processo de compreensão. Portanto, a chave é simplificar. 5ª- A chave-mestra do Checkpoint Gosto também de chamar a esta chave a chave da celebração. Quando concluímos um processo é importante fechá-lo dentro de nós. Fazer o checkpoint é assumirmos que já aprendemos o que queríamos, que a recompensa é nossa e que podemos “partir para outra”.

É esta chave-mestra que nos reposiciona quanto à próxima etapa (ou processo) de aprendizagem. Lembre-se que o conhecimento é escalável e só deve subir mais um degrau quando tem os dois pés firmes no degrau de agora. Aprender com eficácia deve ser simples, intuitivo e divertido. Por vezes levamos muito a sério a informação e o conhecimento. Talvez seja por isto que não nos lembramos de muitas das coisas que aprendemos no passado. Estou certo de que estas cinco chaves-mestras o vão ajudar a impulsionar qualquer aprendizagem que necessite fazer. E nunca se esqueça: o truque está na simplicidade.

CÉSAR FERREIRA READING COACH & BIBLIOTERAPEUTA cesar.a.ferreira@gmail.com www.cesarferreira.co

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MUDA A COR DA TUA DOR EM 5 MINUTOS A maioria das pessoas não se questiona sobre a maneira como pensa. O como processamos e armazenamos a informação na nossa mente. Só sabemos que temos memórias e quando estas surgem trazem consigo uma panóplia de emoções, imagens e até cheiros ou sabores. A PNL – Programação Neurolinguística contribuiu fortemente para a compreensão deste mistério. Sendo uma técnica que engloba abordagens psicológicas, motivacionais e de autoconhecimento serve para “desprogramar” padrões limitadores de pensamentos de forma a podermos reprogramar a mente de forma mais positiva e eficaz. Segundo esta fantástica e transformadora ferramenta a mente armazena a informação através de 3 canais principais, que estão directamente ligados aos cinco

sentidos. O canal visual, o canal auditivo e o canal cinestésico (olfato, tato e paladar). Desta forma, todos os nossos pensamentos estão sempre associados a uma imagem, a uma sensação ou a um som. Maioritariamente estão ativos dois ou três canais em simultâneo. Cada pessoa tem a sua forma única de processar e guardar a informação mentalmente. Essa unicidade deve-se ao quão específica foi vivência de cada qual. A cultura onde cresceu, a educação que teve, os traumas pelos quais passou, as suas conquistas, os

seus fracassos, as influências externas, entre tantos outros. Essas memórias estão sempre codificadas através de imagens, sons e sensações. A parte mágica desta informação é que se formos capazes de alterar essas três qualidades da nossa memória, seremos capazes de alterar a forma como ela nos influencia. Vamos usar o exemplo da dor física. Quando temos uma dor de qualquer tipo: costas, dentes, estômago, cabeça… podemos alivia-la e até elimina-la alterando a maneira como ela fica impressa na nossa mente. Se a dor por exemplo tiver a cor vermelha ou laranja (cores quentes relacionadas com inflamação), podemos alterar-lhe a cor para um tom mais frio como azul claro ou branco. Vamos experimentar este exercício. Quando estiver a sentir uma dor, feche os olhos e crie uma imagem mental da mesma. Pode ser imaginando o local onde sente a dor e percebendo logo a seguir que cor tem a mesma. Logo a seguir e usando o poder da sua imaginação, pense que tem um apagador ou aspirador e limpe a cor que surgiu. Logo a seguir coloque no lugar dessa cor uma outra cor completamente diferente e que lhe transmita mais alívio. Inspire profundamente essa cor e permita-se sentir o alívio que mesma lhe transmite. Logo abra os olhos e meça a diferença na intensidade da dor física antes e depois do exercício. Repita até eliminar a dor. Como o corpo e mente fazem parte do mesmo sistema e influenciam-se mutuamente, ao trabalhar na mente, podemos efectivamente transformar o corpo. CRISTINA GONÇALVES COACH, TERAPEUTA, AUTORA E FACILITADORA info@crisgoncalves.com www.crisgoncalves.com

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REATIVIDADE: COMO MUDAR AS SUAS REAÇÕES Quantas vezes cometemos erros por agirmos no calor da emoção? Quantas palavras mal proferidas por conta de arroubos emocionais? Como diz um provérbio chinês: “Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”. Aquele arrependimento que vem logo após termos dito algo ou por não termos nos lançado em abraçar uma oportunidade arriscada. Muitas pessoas levam suas ações movidas pela emoção para o campo de sua identidade. Não são poucos aqueles que até sentem orgulho de serem extremamente passionais. E isso é um tanto quanto perigoso. Não saber lidar com as emoções é um grande entrave para o desenvolvimento pessoal. Simplesmente, porque dificilmente haverá uma rigidez de caráter, uma vez que bastará um alto impacto emocional, para que a pessoa aja de forma diametralmente oposta àquela que deseja ou prega. A reatividade é a propriedade de reagir. Em termos práticos, a pessoa é determinada a agir sempre com base no que acontece no meio externo. O fato ou ambiente externo desperta determinadas emoções. E essas, por sua vez, determinam as ações dessa pessoa.

Por exemplo: uma pessoa, ao receber palavras grosseiras por parte de outra, se enerva e retribui as palavras no mesmo tom, ou mesmo parte para a agressão física. Passada a ira e realizada a conduta, a pessoa trata de responsabilizar o “agressor” por sua conduta, dizendo que este lhe teria tirado do sério. Um outro exemplo: um empregado de uma empresa que chegara feliz em seu setor no trabalho, onde o ambiente é pesado e triste. E em pouco tempo este começa a agir de forma igualmente desanimada e triste. Note que em ambos os exemplos, o ambiente externo foi o determinante para a conduta das pessoas. E isso nos consome muita energia. Imagine se você pudesse “reagir” de outra maneira, de uma forma mais serena e inteligente, sem gastar energia com esses fatos e ambientes. Seria incrível, não? Pois é. Eis uma boa dica para que você seja capaz de reagir de forma diferente da que você reage hoje em dia. Isso não significa que a reatividade seja a melhor saída, porém, precisamos conceber que a habilidade de não se deixar

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influenciar pelo meio externo não é algo que se adquira do dia para a noite. E conseguir mudar a sua reação já pode ser considerada uma grande vitória. Baseado nos experimentos de Pavlov, Viktor Frankl, psicólogo, psiquiatra, filósofo e sobrevivente dos campos de concentração de Auschwitz e Dachau, em seu livro “O homem em busca de um sentido”, fala sobre o que ele chama de “a última das liberdades humanas”. E fornece preciosíssima colaboração àqueles que desejam mudar suas atitudes.

Com base nesse ensinamento de Frankl, o conselho é que você reflita sobre uma resposta diferente e mais saudável para você. Depois, comece a exercitar diariamente o domínio de seus impulsos, com cenários mais simples. Por exemplo: se em uma roda de colegas de trabalho, Pedro sempre fica aborrecido, por conta de piadas que fazem sobre o seu grande nariz. No entanto, em determinado momento, ele escolhe não de chatear mais com essas piadas. Dessa forma, logo que Pedro estiver nessa situação, ele já programa a sua mente para não se chatear e

Em suma, temos a estrutura:estímulo/resposta. Nos exemplos fornecidos, o proferimento de palavras grosseiras e o ambiente triste e pesado de uma empresa são os estímulos. E as respostas, agir agressivamente e se entristecer são as respectivas respostas. Para Viktor, entre o estímulo e a resposta há uma lacuna, uma saída, a última das liberdades humanas: diante de uma resposta não desejada, a pessoa pode escolher, de uma forma calma e refletida, responder a determinado estímulo de outra forma. Você pode escolher responder com educação e serenidade à palavras grosseiras e a permanecer feliz mesmo em um ambiente triste e pesado.

se policia o tempo todo durante a interação. No início, o fato ainda mexerá com as suas emoções. Contudo, com a prática em conter o antigo impulso, este ficará cada vez mais controlado, até sumir. Portanto, coloque em prática esse pensamento em algum ponto de sua vida em que você anda dando respostas que lhe prejudicam. De preferência com situações mais simples e bobas. E depois vá colocando essa habilidade de contenção de impulsos para outras situações mais importantes e complexas em sua vida. Boa evolução!

ALLAN MAGALHÃES TERAPEUTA, HIPNÓLOGO CLÍNICO E DESPORTIVO allan.magalhaes@gmail.com www.hipnoserj.com.br

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HIPNOSE CLÍNICA – HISTÓRIA E BENEFÍCIOS REAIS Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, a Hipnose clínica, não é por si só uma terapia, mas sim uma excelente ferramenta para facilitar uma variedade enorme de intervenções psicoterapêuticas. Para a nossa mente, tudo o que imaginamos é real, ou seja, sentimos no nosso corpo. Somos muito bons a fazer isso com preocupações e coisas negativas que ainda não aconteceram. Se eu pensar que uma apresentação em público pode correr mal, imediatamente, o meu coração começa a bater mais rápido, a respiração fica mais acelerada, etc. Ao estarmos num estado mais relaxado, um estado modificado de consciência, podemos criar emoções positivas em relação a esses eventos stressantes, podemos aceder a memórias que ainda nos causam sofrimento, podemos modificar comportamentos. Existem vários níveis de hipnose. Acedemos a muitos deles no nosso dia-a-dia, como quando, por exemplo, estamos tão focados a ver um jogo de futebol, que não prestamos atenção a mais nada à nossa volta, ou quando estamos mesmo muito relaxados, até estados mais profundos, como os que eram utilizados no século XIX nas cirurgias. Normalmente, na hipnose com objetivo clínico, o paciente está sempre consciente e comunica com o terapeuta. Ninguém “é hipnotizado” se não quiser passar pelo processo. Ainda existem alguns mitos relativos à hipnose que necessitam mesmo de ser desfeitos. Os benefícios da hipnose clínica são múltiplos e podem ajudar numa série de condições físicas e psicológicas, bem como para auxiliar na modificação de hábitos, como por exemplo deixar de fumar. Nos Hospitais, em Portugal, já temos utilizado a hipnose para Controlo da Dor Crónica, Oncologia (redução dos efeitos secundários dos tratamentos, por ex.), para o Parto sem Dor. Também se obtêm excelentes resultados utilizando a hipnose em pacientes com Cefaleias, Síndrome do cólon Irritável, etc.

ANA OLIVEIRA Apaixonada pela experiência da vida, pela família, pelos amigos e pelo trabalho. É Diretora-geral e Psicóloga na Clínica de Saúde Mental The Psychological Effect (São João da Madeira). Formadora da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP). Orientadora de estágios curriculares. e profissionais. Coach, Practitioner e Master Practitioner em PNL. Practitioner em Mindfulness. Hipnoterapeuta. Pós Graduada em Hipnose Clínica e Outros Estados Modificados da Consciência

Muitos dentistas têm feito formação em hipnose clínica, por exemplo, para poderem trabalhar com crianças e pessoas que têm medo de ir ás suas consultas. Da minha experiência de cerca de 20 anos (fiz a primeira formação em Hipnose em 1998), casos de Obesidade, Compulsão e Transtornos Alimentares, Perturbações de Ansiedade, Fobias, Perturbações do Humor, entre tantas outras situações, têm uma taxa de sucesso muito elevada, com o auxílio de técnicas de hipnose. Curiosamente, é muito utilizada, também por atletas de alta competição , atores, políticos ou qualquer pessoa que queira melhorar o seu desempenho numa determinada área. As suas aplicações são múltiplas e podemos (e devemos) utilizá-la no nosso dia-a-dia, com práticas simples de auto-hipnose. No meu caso, eu sou Psicóloga Clínica e criei um método muito próprio, em que uso um conjunto de técnicas que fui aprofundando ao longo dos anos, tais como a Hipnose, o Mindfulness, a Programação Neurolinguistica e o Coaching. Tendo sempre por base, a Psicologia. Não utilizo apenas uma ferramenta especifica.

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A média de sessões que um paciente deve fazer para chegar aos objetivos ambicionados depende mesmo muito das situações. Da pessoa, da sua história de vida e do problema apresentado. Por exemplo, se a intenção for deixar de fumar, pode conseguir fazê-lo em uma ou duas sessões. Se estamos a falar de pessoas com dor crónica, o acompanhamento deverá ser feito ao longo do tempo. E mesmo isto não é taxativo. Não estamos a falar de um “processo milagroso”, mas sim de um processo sério e que deve ser feito com seriedade e respeitando cada pessoa e o seu ritmo próprio. No entanto, sim, podemos afirmar que os resultados vão surgindo cada vez mais rapidamente. No que diz respeito ao emagrecimento, já tive situações de pessoas que emagreceram 10 kilos em 4, 5 sessões.

todo o mundo, publicações em revistas científicas de Psicologia, Psiquiatria, Medicina, etc. sobre a eficácia da Hipnose Clínica. A 1ª publicação feita sobre Hipnose, foi feita por um médico, James Braid, em 1843!! Em 1955 foi reconhecida pela British Medical Associaton; em 1958, pela American Medical Association, em 1960 pela American Psychological Association. Ainda existe alguma resistência no nosso país a este conceito terapêutico, principalmente pela parte lúdica associada à hipnose (que é possível acontecer, mais uma vez desde que a pessoa queira) e a muitos mitos também. A Hipnose é algo que acontece naturalmente no nosso dia-a-dia. Mas estamos no bom caminho. Já temos médicos,

Mas lá está. Temos sempre de saber o historial clínico e de vida da pessoa. Nestes casos, o problema nunca é o peso em si. É a maneira como a pessoa se está a sentir com o peso que tem naquele momento e isso pode levar a uma outra série de condições, como traumas de infância, perturbações de autoestima, perturbações de sono, ansiedade, etc. Se não formos à raiz do problema, a pessoa até pode emagrecer, mas vai recuperar o seu peso mal termine o processo. Para quem não reconhece validade científica à hipnose clínica, pesquisem bem. Já existem, por

psicólogos e enfermeiros a investigar e a praticar hipnose clínica nos nossos hospitais. Já temos Cursos, Pós graduações em Hipnose Clínica, em algumas faculdades e universidades, como por exemplo, na Faculdade de Medicina de Lisboa e na Universidade Fernando Pessoa no Porto. Acho que em breve o paradigma vai mudar. Exemplificando, numa sessão de hipnose clínica (e dependendo de qual sessão estamos a falar, e qual a problemática a trabalhar), o procedimento é diferente. E claro, pode variar de técnico para técnico. E depende muito, mesmo, da forma como o

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paciente nos chega. No meu caso, por exemplo, dedico muito tempo à primeira sessão. É muito importante conhecer o historial de vida e clínico da pessoa. E como ela está agora. E como ela gostava de estar. A maior parte das pessoas não se sente bem, mas também não sabe muito bem como gostava de estar. O que é mesmo muito comum acontecer. Relativamente ao processo de Hipnose, depois de alguns testes de sugestibilidade, em que avalio a facilidade que determinada pessoa tem em relaxar ou não, passamos à fase de indução, aprofundamento, e faço questão de criar um protocolo específico para o problema apresentado, em que, em estado de relaxamento, vamos trabalhando a problemática apresentada. Aqui poderemos ter que explorar situações do passado, mas termino sempre com uma visualização positiva do futuro do paciente (criada por ele mesmo). No final, permitimos que a pessoa comece a despertar daquele estado que é tão relaxante, como se estivéssemos numa fase inicial do sono. É difícil ter uma sessão planeada ao pormenor. As coisas normalmente, vão sempre por outro caminho do que tínhamos pensado fazer antes do paciente entrar no consultório. Recomendo a todas as pessoas, crianças, jovens, adultos (com exclusão de alguns casos específicos, mediante avaliação prévia, na anamnese), mesmo para as que precisam apenas de parar um pouco e relaxar. Porque não experimentar? ;)

ANA OLIVEIRA PSICÓLOGA CLÍNICA, COACH, MASTER EM PNL DIRETORA GERAL DA THE PSYCHOLOGICAL EFFECT psicologa.anaoliveira@gmail.com www.thepsychologicaleffect.pt

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UMA HISTÓRIA DE DEPENDÊNCIA: ENTRE O MEDO DE COMER E A VONTADE DE COMER DEMAIS Sofri de bulimia nervosa durante 20 anos, com alguns sintomas de anorexia do tipo purgativo, até ao dia em que decidi procurar ajuda psiquiátrica, em Outubro de 2017. Isto significa que passei mais de metade da minha vida a lutar contra duas doenças que me fragilizaram fisiológica e psicologicamente durante as fases mais importantes da minha vida em termos de desenvolvimento pessoal – a adolescência e a primeira década da idade adulta. Já tinha 34 anos quando recorri a ajuda especializada. Já tinha pedido ajuda aos 22 anos (entre 2005-2006). Contei à minha mãe que achava ter um grave

ano perdido: o tratamento só funciona quando o doente sente verdadeiramente que quer melhorar e, se possível, ficar curado. A bulimia é uma adição, um vício perverso, íntimo e vivido em silêncio: eu sabia que tinha uma doença, mas não conseguia por fim ao ciclo vicioso de comer-vomitar-comer-vomitar. A sensação de controlo (sobre o peso e a quantidade de comida ingerida) é tão inebriante, que se sobrepõe a tudo o resto, inclusivamente a ideia de que é um comportamento que em casos extremos pode levar à morte – à minha morte! – e que frequentemente

problema de saúde, porque vomitava tudo o que comia, e passava por grandes períodos de ingestão compulsiva de grandes quantidades de comida, que também vomitava logo de seguida. Nessa altura, aguentava-me à base de barras energéticas e iogurtes, que ingeria depois de vomitar as refeições principais. Caso contrário, começava com tremores, desmaios e um mal-estar generalizado que me podia denunciar – o medo de engordar foi sempre acompanhado pelo medo de ser descoberta. Em estado de choque, a minha mãe levou-me a uma clínica em Belas, onde fui acompanhada durante um ano, em ambulatório. Fui medicada, mas vomitava de seguida, e frequentei quinzenalmente consultas de terapia com um psiquiatra, das quais não tenho qualquer recordação, provavelmente porque o meu cérebro optou pela amnésia seletiva para me poupar à lembrança do sofrimento que sentia na altura. Ao final de um ano de acompanhamento, foi-me dada alta, embora hoje eu saiba que aquele foi mais um

tem efeitos fisiológicos que podem ser irreversíveis: fragilidade dos ossos, corrosão dos dentes, danos no esófago e garganta, desregulação do sistema digestivo e intestinal, entre outros. Dos 22 aos 34 anos, os meus comportamentos alimentares desviantes foram-se mantendo: uns dias tentava digerir tudo o que comia (impunhame esse desafio, sabendo que não teria nenhum castigo além do meu próprio sofrimento físico e psicológico se não o cumprisse), outros só comia frutas, iogurte ou outro tipo de alimentos que considerava “seguros”, ou seja, que não me fariam engordar. A maior parte dos episódios de ingestão compulsiva seguida de purga ocorriam em almoços de família, jantares com os amigos ou festas de aniversário ou qualquer outro tipo de celebração que pressupunha um grande banquete. Sempre que chegava a um sítio novo onde sabia que ia comer desmesuradamente, a primeira coisa que fazia era ir à casa de banho. Mais importante

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do que o convívio com os amigos ou familiares, era saber se o autoclismo funcionava, se a pressão da água era suficientemente forte para levar todo o meu vómito para o esgoto e se havia uma torneira por perto – muitas vezes é necessário beber água para conseguir expulsar (quase) tudo do estômago, por isso estudava sempre o complexo sanitário, pois podia ser preciso levar uma garrafa de água comigo no final da refeição. Comia muito e muito mal. Doces, salgados, produtos gordurosos, em quantidades absurdas em termos de dimensão. Não era fome ou gulodice, era uma tentativa desesperada de apaziguar e preencher um vazio interior através da ingestão aos tropeções de comida, que não era saboreada ou apreciada, apenas engolida na ânsia de ser expurgada de seguida. Não vivi a maior parte da minha vida. Subvivi, demasiado concentrada no ritual completo que era a minha bulimia nervosa. Estudei, fiz dois cursos superiores, comecei a trabalhar mal saí da faculdade, sem nunca ter tido necessidade de pedir baixa médica devido à minha doença. Fiz exercício físico em doses exageradas, comecei a praticar yoga, mas nunca fiz meditação – o medo de me obrigar a olhar para a minha situação física e mental era demasiado grande. Ninguém de livre vontade quer olhar para dentro de si mesmo e ver o inferno de sofrimento e angústia que lá se passa. Hoje medito diariamente e quero ser professora de yoga e aliar esta minha experiência pessoal com a prática de posturas que amenizem a ansiedade e a dor emocional associadas a qualquer distúrbio alimentar e de imagem, mas isto porque decidi procurar ajuda, de livre e espontânea vontade, com a determinação de, pelo menos, ter ferramentas que me ajudem a controlar a doença (ainda não consigo vislumbrar a cura completa). Assim, foi com os nervos à flor da pele e numa ansiedade exagerada, mas adequada à situação, que voltei a pedir ajuda profissional 16 anos depois da primeira tentativa falhada. Tinha tido um esgotamento nervoso uns meses antes, em Março de 2017, e ainda assim demorei seis meses para MINDSET MAGAZINE | 26


ganhar coragem de assumir perante mim própria que precisava de ter uma relação minimamente saudável com a comida para conseguir viver o resto da minha vida (e não subviver e sobreviver). Fui medicada, fiz terapia, passei a dormir algumas noites inteiras (eu, que estive mais de cinco anos com insónias vividas também em segredo) e comecei a ganhar peso, embora a primeira coisa que me tenham dito na primeira consulta que ninguém estava ali para me engordar, mas sim para diminuir a minha ansiedade relativamente à comida e o isolamento social a que me tinha imposto, porque qualquer doença do foro psiquiátrico faz com que o doente erga muros intransponíveis à sua volta, porque é demasiado doloroso lidar com pessoas “normais” e tentar-lhes explicar o farrapo humano em que nos tornámos sem que lhes confessemos a nossa doença. Desde essa primeira consulta até agora, Janeiro de 2019, muita coisa aconteceu. Recuperei algumas amizades, perdi outras; recuperei e perdi peso; tive recaídas em momentos de fraqueza; mudei de psiquiatra e fui diagnosticada como tendo Transtorno Crónico de Ansiedade, que uma vez controlado, me deu outra ferramenta para lidar com o meu distúrbio alimentar, pois é precisamente em

momentos de grande ansiedade, perturbação ou pânico que volta a pairar o fantasma da bulimia. Tenho trabalhado na minha autoestima, tentando perceber diariamente que continuo demasiado magra para a altura que tenho: 47 quilos para 1,68 centímetros. Como pouco, mas muitas vezes, e aquilo que a minha mente ainda acha “confortável”, ou seja, uma dieta minimamente equilibrada e saudável, mas que eu sei que nunca me vai fazer engordar até ao peso ideal. Por isso, ainda há muito caminho pela frente, porque não consigo comer doces, comida de plástico ou todos os alimentos que o meu cérebro associa com a ideia de “engordar”. No entanto, reconquistei alguma da vontade de viver, voltei a conectar-me com o mundo e continuo a falar da minha experiência, vezes sem fim, porque qualquer testemunho é melhor do que testemunho nenhum, e ainda existem por aí muitas pessoas com distúrbios alimentares a sofrer em silêncio e a sentirem que estão além da esperança. JOANA MARQUES CRIADORA DO PROJECTO "TRIPOLARIDADES – ANSIEDADE, ANOREXIA E BULIMIA" jtpmarques@gmail.com facebook.com/transtornosalimentaresanonima

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ENTREVISTA

Conheci pessoalmente o Eduardo Torgal em 2015, um ano transformador onde me assumi verdadeiramente como profissional de Coaching e onde decidi que iria, de uma vez, por todas enfrentar os meus "ses". O Eduardo foi fundamental neste processo enquanto meu professor de Coaching Transformacional e ajudou-me a mudar a minha perspectiva enquanto profissional na área do Desenvolvimento Pessoal, ensinando-me um método de trabalho verdadeiramente diferenciador e transformador, que acabou por transformar também a minha vida. Durante os 3 meses de formação tive muitos insights e muitas das crenças que me limitavam caíram por terra neste processo. Um momento muito especial que nunca irei esquecer deu-se ao estudar na formação com ele, o Eneagrama, que acabou por vir dar significado a um sonho que me perseguia desde criança. É no símbolo desta sabedoria milenar (o Eneagrama) que estuda os perfis de personalidade das pessoas que se veio para mim revelar o significado desse

sonho e me fez perceber que esse era o caminho. O Eduardo foi muito importante e continua a ser no meu percurso. É, na minha opinião, a pessoa em Portugal que de forma mais proactiva contribui para a existência de Coachs profissionais no mercado, devidamente capacitados para trabalhar com pessoas, munidos das ferramentas essenciais para ajudar na mudança de paradigma e na transformação pessoal. Obrigado por todas as partilhas, por estares sempre disponível, ainda hoje, para as minhas dúvidas e de todos os colegas Eneacoachs. És o exemplo de alguém bem sucedido e que ajuda, sem receio de ensinar aquilo que sabe, Coachs a conseguirem criar a carreira que tanto desejam, oferendo-lhes um método passo-a-passo e que funciona. Actualmente mais conhecido pelas pessoas, devido ao excelente trabalho que faz enquanto Coach de Relacionamentos em programas de televisão como o "Casados à primeira vista" e o "Carro do Amor", apresento-lhes de seguida Eduardo Torgal.

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ENTREVISTA MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que te definir em 3 palavras, quais seriam e porquê?

EDUARDO TORGAL: Paixão, Entusiasmo e Superação. São três palavras que de uma forma ou de outra sempre me permitiram ir para além daquilo que é o patamar de conforto. Sempre foram estas três palavras que me inspiraram a ir para novos patamares da minha vida pessoal, profissional, financeira. E, quando sinto que alguma coisa está parada parece que essas três palavras acabam por me fazer reinventar. MINDSET MAGAZINE: Como nasceu a tua paixão pelo Eneagrama e pelo Coaching? EDUARDO TORGAL: Com o nascimento da minha filha, tendo eu uma vida totalmente exacerbada de trabalho, reuniões, de passar a vida a viajar, decidi parar tudo. Achava que o que eu ia deixar para a Bruna (a minha primeira filha) como legado era muito pouco: só trabalhar. Tive, naquele momento, uma crise existencial, na fase dos 30 anos e, com isso, recorri ao Coaching (na altura fora de Portugal) e percebi que isto poderia ser uma hipótese para mim e acabei por desistir de tudo, alargando a minha carreira, começando do zero na área do Coaching. O Eneagrama foi algo que se atravessou no meu caminho, ao que eu numa primeira fase resisti muito e depois de o aceitar e abraçar passei a vivê-lo 24 horas por dia. Nos últimos oito anos da minha vida preenche e complementa o meu trabalho de uma forma única. MINDSET MAGAZINE: O que contribui para que cada vez mais pessoas procurem uma carreira no Coaching ?

EDUARDO TORGAL: O Coaching é uma carreira que nos inspira . As pessoas que procuram uma carreira no Coaching ou estão apaixonados pela sua transformação ou pela transformação das outras pessoas. É uma carreira que diariamente nos faz vibrar, nos faz sentir que estamos a ter um contributo no mundo e acho que isso é um propósito muito importante. Creio que por isso cada vez mais pessoas, cansadas daquilo que é muitas vezes a sua profissão - fechadas no seu mundo, optam pelo Coaching, o Coaching não tem limites, não tem fronteiras e, nesse sentido, acho que é uma extraordinária oportunidade para viver apaixonado todos os dias e apaixonar pessoas e

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ENTREVISTA influenciar pessoas, deixar uma marca no mundo. MINDSET MAGAZINE: Quais as características mais importantes num bom profissional de Coaching? EDUARDO TORGAL: A Escuta Activa, ter muita capacidade de escutar empáticamente. Ter Curiosidade para perceber o que é que está por detrás do comportamento e do pensamento e palavras das outras pessoas. Essencialmente, gostar de pessoas e, gostar de pessoas não significa só gostar de conversar com pessoas mas perceber o que é que se passa para além dos seus comportamentos, perceber o que é que as inspira. E, Essencialmente ter uma disponibilidade para trabalhar permanentemente sobre si próprio o resto da vida. MINDSET MAGAZINE: O que te motiva enquanto Coach de Coachs?

EDUARDO TORGAL: Para mim é fantástico poder passar esta energia, esta informação, esta forma de pensar e de agir, de uma forma estruturada para outros profissionais, porque eu sinto de alguma forma que este impacto que eu tenho no mundo a nível individual eu não poderei conseguir fazê-lo por mim próprio mas, conseguir passar essa energia, essa capacidade para outros profissionais perpetua e aumenta esse impacto por um lado e, por outro lado eu gosto de o fazer com muita qualidade para que as pessoas que vão para o mercado possam fazer com segurança, com serenidade, e que possam passar essa serenidade e segurança para as pessoas com quem estão a trabalhar no dia-a-dia. MINDSET MAGAZINE: Dás formação tanto em Portugal como no Brasil, o que distingue os Coachs Portugueses dos Coachs Brasileiros?

EDUARDO TORGAL: Essencialmente o momento de Portugal e do Brasil é muito semelhante, ou seja, há muitas pessoas que tiram formações em Coaching mas poucas pessoas sabem exactamente como começar a sua profissão de uma forma estruturada, profissional. A minha actuação tanto em Portugal como no Brasil, destaca-se exactamente nesse sentido, em criar estrutura, criar envolvimento nas pessoas, de forma a que elas sintam que a forma como estão no Coaching lhes dá uma certa segurança, uma certa sensação de poder partilhar essa paixão com outras pessoas de uma forma muito pensada. Se quisermos uma diferença, é que no Brasil é muito mais fácil fazermos um Coaching mais entusiasta, mais vivo, nomeadamente em termos de Marketing e publicação e dos testemunhos, mas são pequenos detalhes que num curto espaço de tempo não se vai notar grande diferença.

MINDSET MAGAZINE: Quais acreditas serem os principais obstáculos que levam as pessoas a desistirem de transformar as suas vidas? EDUARDO TORGAL: Há muitos obstáculos, as pessoas acreditam pouco naquilo que querem, aliás eu este ano de 2019 coloquei como mote para todos os meus clientes - QUERER e CRER - ou seja, QUERER de ter um objectivo, de ter uma intenção e CRER de acreditar nessa intenção pois, muitas

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ENTREVISTA vezes, as pessoas gostam do resultado, não gostam do caminho até lá chegar. O que é interessante é que nós acabamos por valorizar muito mais o caminho do que a chegada, só que se nós nos fixarmos só na chegada, muitas vezes, não temos a capacidade, o orgulho, o brilho nos olhos de ter conseguido fazer o percurso por nós e é isso que falha no processo de transformação as pessoas não acreditarem que merecem isso. Outro aspecto importante é não perceberem, muitas vezes, inconscientemente o que é que lhes está a bloquear, ou seja, factores educacionais, factores de influência do meio, do social, que tantas vezes os impedem de ir para novos patamares e, por isso, aceitarem ficar nos patamares que, de alguma forma, acham que são os suficientes para eles. Transformar, trata de trabalharmos o nosso interior e nos prepararmos para essa conquista e para esse sucesso. MINDSET MAGAZINE: Como surgiu a oportunidade de participar no "Casados à Primeira Vista"? EDUARDO TORGAL: Isto é um bom exemplo daquilo que é um trabalho de persistência, ou seja, eu tenho vindo a trabalhar com Eneagrama e com relacionamentos há cerca de 8 anos e essa persistência, essa consistência, faz com que, nós ainda que pareçamos invisíveis, nos tornamos muito observáveis por parte de outras pessoas e, no momento certo, quando nós estamos prontos e quando essas oportunidades surgem, é muito importante que estejamos, naquele momento, disponíveis para abraçar esses desafios. Fui contactado pela produção, como se calhar dezenas de outros Coachs ou de outros profissionais e acho que aquilo que eu consegui transmitir basicamente

foi que tinha uma diferenciação clara, que tinha um trabalho sustentado, sólido, consistente, com muitas pessoas se calhar que, de uma forma ou de outra, as que recomendaram o meu trabalho para chegar até à editora, já tinham sentido directa ou indirectamente e, por isso, foi uma oportunidade muito interessante e que foi uma revolução na televisão em Portugal, para a SIC em particular, para nós como profissionais e mudou o paradigma porque hoje fala-se em relacionamentos se calhar como há uns anos atrás se falava sobre telenovelas. Acho que é uma melhoria significativa no desenvolvimento pessoal em geral em Portugal. MINDSET MAGAZINE: O que mais te motivou ao seres um dos terapeutas deste programa?

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ENTREVISTA EDUARDO TORGAL: Como trabalho relacionamentos no dia-a-dia eu recebo as pessoas uma vez por semana e o que elas me transmitem ao fim de uma semana não se difere muito daquilo que acontecia em alguns dos casais do programa. A diferença é que ali havia imagens que comprovavam os comportamentos e tornou mais real, ás vezes, certas imagens que eu idealizava sobre a vida dos casais que acompanhava, deu-lhe uma visão muito real. Mais do que isso foi a extraordinária interação que se conquistou com centenas de pessoas que me contactavam or email quase diariamente a dizer o quanto tinha sido importante ver esta ou aquela imagem do casal A ou B ou C e como cresceram com esse sentido, acho que isso foi o que mais me motivou no processo. MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que dizer a uma pessoa algo que a fizesse avançar na Transformação da sua vida, o que seria? EDUARDO TORGAL: Se fosse uma frase só, que não é fácil, eu prefiro trabalhar com método, mas diria: "Pensa no resto da tua vida, pensa o que é que efectivamente vais transformar ou não, porque esta é a única oportunidade que tens de provar que mereces a vida que estás a viver neste momento". Portanto se nós achamos que verdadeiramente merecemos esta vida, nós temos que a usar porque é como se nós não a usassemos, se estivessemos a desperdiçar este dom extraordinário que é viver, que é respirar, que é sentir, que é pensar, que é de alguma forma ter frustrações, ter alegrias - isto faz parte da vida e se nós, desistimos disso então, desistimos de tudo. MINDSET MAGAZINE: No futuro, o que levará as pessoas a procurarem o seu Desenvolvimento Pessoal e Auto-Conhecimento?

EDUARDO TORGAL: Essencialmente, eu acho, que estamos a caminhar para um momento da vida em particular no mundo de muito avanço tecnológico, onde vai haver tempo e disponibilidade. E, esse tempo e essa disponibilidade acaba muitas vezes com o olhar para dentro, um olhar muitas vezes para um vazio que tem que ser preenchido com um conhecimento sobre nós próprios, sobre os outros, com a capacidade de nos interrelacionarmos melhor. Portanto, eu acho que a base desse factor de aumento de pessoas a procurar o Desenvolvimento Pessoal tem a ver com a necessidade de nos relacionarmos que é a palavra chave para qualquer fase da nossa vida.

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ENTREVISTA MINDSET MAGAZINE: Já chegaste aonde querias? Como visualizas a tua realidade daqui a 5 anos?

MINDSET MAGAZINE: Qual é para ti o Mindset para o Sucesso?

EDUARDO TORGAL: Eu sou muito grato do caminho que eu fiz até aqui, sinto-me muito feliz por tudo aquilo que conquistei, coisas que se calhar há uns anos atrás eu pensava que era um sonho, hoje são realidade e portanto estou muito feliz e muito honrado desse percurso agora, claro que todos os dias eu acordo e me motivo para chegar a um patamar diferente, não que eu sinta mal do que estou mas com o desejo incrível de continuar esta paixão de viver de conquistar, de fracassar, de sentir , de viver. A minha realidade daqui a 5 anos, imagino se calhar cada vez mais on-line, cada vez com ainda mais tempo para a minha família, para os meus filhos, mais tempo para viajar com eles e simultaneamente continuar a ajudar cada vez mais pessoas com qualidade. Cada vez mais pessoas que querem de facto fazer a sua transformação na vida e que aproveitem também essa vida para viverem com a mobilidade que temos hoje no local onde se sintam mais felizes, não tem que ser no meio de uma grande cidade, não tem que ser no meio de um grande centro, mas que seja no sítio onde se sintam verdadeiramente felizes e confiantes.

EDUARDO TORGAL: Para mim o Mindset para o sucesso baseia-se em três grandes pilares: * Querer algo - ter a noção que queremos algo e a intenção de desejar algo para nós. * Crer em algo - acreditar que esse algo é possível * Compreender o quanto é importante sentirmo-nos merecedores desse novo estágio da nossa vida. Prepararmo-nos permanentemente para esse novo estágio da nossa vida. Estarmos sempre a preparar o nosso Mindset, a nossa forma de pensar, sentir, de agir como se nós estivessemos já prontos para o novo patamar pessoal, financeiro, de relacionamento, da nossa vida. Aquilo que eu vejo muitas vezes as pessoas a falhar nomeadamente na área que trabalho, nos relacionamentos ou no Coaching como apoio a profissionais desta área, é porque eles não se preparam para o sucesso que aí vem e, portanto, acabam inconscientemente por boicotar esse mesmo sucesso. Entrevista de Sónia Ribeiro a Eduardo Torgal

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VOLTAR A AMAR Para este mês de Fevereiro, e aproveitando a sincronia com o próprio ritmo de cada mês (e o lado prático a que te sugeri na última edição - sobre o Poder do Perdão), pretendo agora direcionar-te para uma nova sintonia e atitude face à verdadeira energia do Amor. É que este pequeno mês de Fevereiro, apesar de ser o mais pequeno de todos os meses, é um “pequenino poderoso” que nos convida a um doce romantismo – com o seu “dia dos namorados” – e nos relembra da importância de celebrar o Amor… mas não apenas o “amor” que advém de um relacionamento entre duas pessoas ou como “caminho” para complementar determinado tipo de carência emocional. A energia do Amor não se resume a um “sentimento pelo outro” ou a qualquer tipo de emoção que surja de um “contacto entre seres” (seja este a nível amoroso, familiar, de amizade, ou qualquer outro contexto) pelo que nem sequer pode ser um ”resultado”, como se de uma adição de matemática se tratasse ou fosse somente uma “consequência” de algo. A energia do Amor, a verdadeira, é a nossa energia original! Ela está presente em toda a natureza e faz parte do ingrediente divino que permite e potencia a Vida em si. A maioria de nós tem buscado o amor num relacionamento como solução ou complemento às suas próprias carências emocionais, seja porque querem viver aquela relação de “amor” que tanto anseiam, ou porque querem ter filhos e formar uma família, ou porque já têm certos receios de vivências passadas, ou por qualquer outro motivo… Mas, independentemente da mais nobre das razões que tu possas ter, iniciares uma relação com base nessas razões, no teu “querer” ou necessidade, cria, por si só, certas expetativas, exigências e condiciona qualquer relação. O “outro” não pode ser limitado a um complemento ou expetativa tua, ele próprio tem as suas

necessidades, vontades e visões. Assim, basear uma relação nessa característica é ponto assente para dar aso ao ciúme, exigências, cobranças, controlo, posse e toda uma série de emoções e experiências negativas, pois é esperado que esse outro “complete” e “suplemente” a tal necessidade e sonho que tu tens. Mas isso não é amor, isso é meramente “querer” que o outro faça o trabalho e cuidado que tu mesmo não estás a fazer por ti… A energia do amor em si corresponde a toda uma vibração e frequência maior, a um estado de plenitude e harmonia que inicia primeiramente dentro de ti, de ti por ti. Precisas de ser tu a experienciar a plenitude, para seres capaz de viver, depois, relacionamentos plenos. Precisas de confiar em ti, para experienciares depois uma relação de confiança. Precisas de te saber amar e respeitar, para seres então capaz de reconhecer como amar e ser amado, como respeitar e ser respeitado.

Assim, talvez esteja na altura de te voltares a amar e é essa precisamente a minha proposta para ti: a de te conectares genuinamente com a energia do amor, começando por redefinires e aprimorares o que é o amor para ti, por ti e sentindo 3 a 5 das características que mais valorizas numa relação. Nesse sentido, criei uma Meditação de Cocriação do Amor para te ajudar…

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1 - Começa por escolher um local tranquilo e que te inspire boa energia. A seguir, posiciona-te de modo confortável, de preferência sentado e com a coluna vertebral alinhada. 2 - Fecha gentilmente os teus olhos e leva toda a tua atenção para a respiração (que deve ser feita através das tuas narinas). 3 - Por um ciclo de 7 respirações, vais inspirar, contando mentalmente até 4 segundos, reter o ar dentro de ti, também contando mentalmente até 4, e por fim expirar, igualmente em 4 segundos... E enquanto respiras, simplesmente te entregas ao momento, aquietando a mente e os seus pensamentos, expandindo a tranquilidade em ti. 4 – Entretanto a tua mente e as tuas emoções estão mais serenas, o suficiente para sentires e definires agora o que é o amor para ti. Qual o tipo de amor que queres atrair e viver? (Faz alguns segundos de silêncio e sente entre 3 a 5 características que definam o amor que queres viver, os pontos mais importantes para ti). E será que já cultivas esses mesmos valores e energia de amor de ti por ti? Que tipo de pessoa é que queres ser a partir de agora, para ti mesmo e para com a relação que possas vir a querer abraçar, quando estiveres pronto? (Faz alguns segundos de silêncio e define 3 a 5 valores e características que queres

aperfeiçoar em ti para te amares e atraíres o amor que definiste). Por fim, volta a inspirar profundamente e sente o teu coração a dizer-te que tipo de pessoa é que é verdadeiramente importante ao teu lado. Ninguém é perfeito, nem mesmo tu, pelo que não exijas essa perfeição a alguém. (Define de modo íntegro e consciente 3 a 5 qualidades que sejam genuinamente imprescindíveis num companheiro, para quando o encontrares saberes dar valor a essas qualidades em vez de apontares meramente os defeitos). 5 – Deixa-te ficar alguns segundos mais. Une ambas as palmas das mãos à frente do coração, em posição de reza, agradecendo e integrando o que sentiste. Aconselho-te a repetir esta meditação entre 21 e 65 dias, para que possas viver em maturidade e responsabilidade a real energia do amor e as definições que estabeleceste. Não apagues a chama do sonho nem a chama do Amor, redefine-o apenas e abre portas a tudo de bom que a vida ainda te quer dar. LISA JOANES HOMEOPATA E AUTORA lisa.c.joanes@gmail.com www.light-in.pt

Nota: Esta meditação está disponível gratuitamente no meu canal do YouTube, link: https://youtu.be/bMunlErqUrQ MINDSET MAGAZINE | 35


A PÍLULA MÁGICA E MILAGROSA ESTÁ SÓ E APENAS DENTRO DE TI! O meu percurso pelo auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal começou relativamente cedo, formei-me em psicologia porque sempre tive muita vontade de ajudar e compreender os outros, e sobretudo a mim mesma! Acredito que todo o ser Humano atravessa várias fases com vários temas ao longo da vida e, variadas vezes voltamos aos mesmos temas, como se fosse algo cíclico. E é! No desenvolvimento das nossas capacidades de perceber o mundo e perceber o nosso mundo interno, deparamo-nos com dificuldades e desafios que nos fazem dar outro tipo de atenção às nossas questões! Percebi, por experiência própria e pela experiência que tenho com outras pessoas, que “velhos” assuntos voltam inevitavelmente porque não foram bem resolvidos, não tiveram a devida atenção e deliberação. Assim, a vida, o Universo, as circunstâncias, o que lhe quiserem chamar, trazem para a nossa realidade e momento presente, situações com o mesmo tema! Estas situações acontecem como uma nova oportunidade de agora, sim, resolver, dar a devida atenção, curar e seguir em frente! Acredito que quando se passa por todo o processo, estas velhas questões deixam de aparecer nas nossas vidas! Não significa que não tenhamos outras a surgirem, até porque, são os desafios que nos tornam mulheres e homens de sucesso, resilientes, fortes, positivos e guerreiros na arena da vida! Contudo, entendi que a crença que alimentamos dentro de nós, ajuda ou dificulta o nosso percurso e o processo para uma vida melhor, mais plena! Uma das grandes aprendizagens que detive e que cada vez mais, faz mais sentido e tem mais força, reside precisamente no poder da crença! As nossas crenças moldam a nossa vida! Podem torná-la mais leve, alegre e positiva, ou podem torná-la num martírio e massacre constantes. Frequentemente me perguntava: O que distingue o mais comum cidadão de uma pessoa de sucesso?

INÊS SOUSA Começou o percurso profissional pela Psicologia. A sua curiosidade e sede de conhecimento levou-a a estudar Numerologia, Hipnose, Feng Shui, e também à certificação em Coaching e PNL. Autora do projecto Life Keys resultado da sua paixão pela partilha e ajuda ao outro

Ao contrário do que pensava antigamente, não são as oportunidades, não é o facto de ter nascido numa família influente, ou ter tido a sorte de ter a vida facilitada em muitos aspetos, não se trata de sorte, não se trata de nada disso! Trata-se da crença que estas pessoas têm sobre elas mesmas e sobre a vida! Os eventos mais marcantes, os desafios, os contratempos, etc., acontecem a toda a gente, a diferença que faz a diferença é a forma como lidamos com elas, e aquilo em que acreditamos acerca do que nos acontece! Alguém disse: Quer acredites que consegues fazer algo, quer acredites que não, tu estás certo! É claro que as nossas crenças têm origem na forma como fomos educados, nas nossas experiências, naquilo que lemos, ouvimos, vemos, etc… a questão é que perante as dificuldades que nos aparecem na vida, raramente questionamos as nossas crenças, centrando-nos apenas na dificuldade, no desafio e nos porquês! Isto, porque as nossas crenças são muito nossas, são muito enraizadas, é como se fizessem parte da nossa estrutura como um todo! Precisamos de nos dissociar delas, questionar as nossas crenças! Precisamos refletir se elas nos servem e nos facilitam a vida, ou pelo contrário, se nos enrolam mais nas dificuldades e tornam a vida mais pesada e penosa.

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Grande parte da resolução para os desafios que vejo nas pessoas, encontra-se nas suas crenças! Existem vários estudos sobre o tema e está mais que comprovado que somos aquilo em que acreditamos! É possível alguém resolver uma questão sem acreditar que isso seja possível? É possível alguém melhorar as suas capacidades, seja em que área for, sem acreditar que isso seja possível? Na minha visão, não é! Vejamos a diferença entre duas pessoas que estão desesperadamente envolvidas em questões problemáticas e não veem nenhuma solução: a pessoa X que procura ajuda e (por pouco que seja) acredita que há solução para a sua questão, fez já 51% do percurso para a resolução do seu desafio. A pessoa Y, por sua vez, não procura auxílio, não acredita que haja alguma solução e fica inerte face à sua condição. Espera que a situação se resolva por si só ou espera uma pílula milagrosa! A pessoa Y não terá muito sucesso, pois até no que se refere a milagres, é preciso acreditar neles! Não existem pílulas milagrosas, pois todos os processos de crescimento, de cura e de resolução, passam por si, pela sua crença, pela sua fé e pela certeza que essa pílula milagrosa não existe no seu exterior! Bem pelo contrário, está dentro de si! Aquilo que nós profissionais fazemos, é auxiliar a explorar os caminhos até à solução! A crença é fundamental e meio caminho andado para a cura e a resolução de qualquer situação! Tenho refletido e trabalhado muito nesta temática, pois acredito que faz toda a diferença nos processos que me chegam, e nos meus próprios processos! Repare que existem pessoas que passam anos e décadas a viverem uma vida miserável e sem sentido, e há um momento, um acontecimento, um clique, um pensamento, que muda tudo! O que aconteceu ali? Terá sido uma mudança de crença? Acredito que sim! INÊS SOUSA PSICÓLOGA E COACH ines_sousa3@outlook.com www.facebook.com/lifekeyspt/

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HOJE DECIDES ESCOLHER

MARIA JOÃO MARINO

Escolher significa sempre abdicar de algo, alguma coisa que nem sempre conhecemos o seu valor emocional. Uma das principais questões associadas às escolhas que fazemos é o que desde pequenos tendemos a mover-nos segundo o que o mundo espera de nós. Aquela velha frase dos pais “o meu filho testa-me” já mostra que vamos desde pequenos até onde consideramos útil aos olhos dos outros. Em crianças “corremos” para ter atenção e fazemos o que está ao nosso alcance para a ganhar. Em adultos pouco muda, procuramos reconhecimento social, procuramos adaptar-nos ao emprego para onde fomos escolhidos, pautamos o nosso comportamento nos relacionamentos, segundo a imagem que queremos projetar, segundo o que percecionamos ser reconhecido pelos outros. O resultado deste posicionamento externo é, muitas vezes, de uma total dissociação da nossa essência, acabamos tantas vezes por deixar de nos reconhecer de tanto que nos adaptámos e escolhemos os olhos dos outros em lugar dos nossos.

Naturalmente que as sensações de insatisfação de insegurança e por vezes até revolta, são alguns dos resultados possíveis. Agora vamos virar a página, imagina que hoje, e só por hoje, reconhecias que as escolhas não são certas

Coach pessoal e empresarial amante da comunicação desde que se recorda. Com formação na área da PNL, da Hipnose e do Eneagrama. A sua missão é promover a consciência, clarificar os valores e crenças dos seus coachees para que cheguem ao seu propósito. ou erradas para os outros, são as tuas escolhas e só tu sabes o valor que estas têm para ti. Imagina que hoje ao olhar para o que conheces ser, observas as tuas decisões e compreendes que, muitas vezes, as tomas por instinto e outras pelo reconhecimento que pressupões ter nessa escolha. É este o momento em que encontras o teu reconhecimento, a ideia clara que o que motivou a tua escolha foi o outro e não tu. Imagina agora que hoje escolhes por ti e que a responsabilidade desta é só tua. Imagina que quando escolhes estás totalmente consciente dos resultados e conheces os ganhos da tua opção e lembra-te

mesmo quando parece que a escolha foi um erro, o teu ganho será sempre maior. O teu ganho é alem de todos os outros, o da aprendizagem o da confiança porque assumiste o controlo da tua vida, a convicção de que quem decide de ti e para ti, és tu.

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Hoje desafio-te a encontrar uma escolha tua, uma escolha determinante. Aquela que te faz saber que tens o poder sobre ti e sobre a tua vida. Escolhe ganhar o que te faz feliz. Deixo-te 5 passos para te apoiar neste passo de consciência no teu desenvolvimento. 1 – Escolhe um objetivo; 2 – Dá qualidade ao teu objetivo, e encontra o que te move para esse objetivo, qual é o motivo pelo qual o queres alcançar, vai alem da 1ª resposta que tiveres; 3 – Faz uma lista objetiva dos prós e contras da tua decisão nesse objetivo. Nesta altura vais sentir emoções à medida que concluis o que está numa lista ou na outra, e esta é a parte mais interessante, as tuas emoções vão fazer-te compreender o caminho e eventualmente reveres a tua lista. Sabes, é que nesta altura terás tendência a atuar no padrão que mais conheces e assumir escolhas externas. O segredo está em ouvires a tua voz interior e sentires o que para ti é certo;

4 – A tua escolha está feita, é momento de concretiza-la. Escolhe a tua estratégia, sem pressas. Garante que estas fazem parte de um plano consciente e exequível para ti. 5 – Este é o momento, o momento de comemorar, por isso espera-te o mais determinante do caminho que aqui fizeste. Comemora, reconhece-te pelo passo gigante que deste! Encontra algo que te faça sentir muito bem e dá-te esse presente. E agora? Bom agora de mim para ti, Parabéns, uma escolha está feita, segue até à próxima. Abre as portas da tua vida encontra-te e diverte-te na jornada.

MARIA JOÃO MARINO COACH infogeral@coachmariajoaomarino.com www.coachmariajoaomarino.com

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AS 5 LEIS DE HAMER

A Nova Medicina Alemã (GNM) compreende as descobertas do médico alemão Dr. Ryke Geer Hamer. O Dr. Hamer descobriu as CINCO LEIS BIOLÓGICAS que explicam as causas, o desenvolvimento e a cura natural das “doenças” com base em princípios biológicos naturais. De acordo com estas leis biológicas, as chamadas “doenças” não são, como geralmente se supõe, resultantes de disfunção ou de alguma malignidade do organismo; ao contrário, elas são consideradas “PROGRAMAS ESPECIAIS COM SIGNIFICADO BIOLÓGICO” (SBS), criados para ajudar o indivíduo durante um período de aflição emocional e psicológica. Todas as teorias médicas, convencionais ou “alternativas”, do passado ou actuais, baseiam-se no conceito de que as doenças são “disfunções” do organismo. As descobertas do Dr. Hamer provam que nada na Natureza é “doentio”. As Cinco Leis Biológicas que constituem esta verdadeira “Nova Medicina” ancoram-se firmemente nas ciências naturais, estando, ademais, em perfeita harmonia com leis espirituais. Em razão disso, os espanhóis chamam a Nova Medicina Alemã (GNM) de “Medicina Sagrada”.

Quem é o Dr. Hamer? Dr. Ryke Geer Hamer nasceu em 1935, e viveu na Frísia, Alemanha. Acabou os estudos superiores aos 18 anos e foi para Tubingen estudar Medicina e Teologia. Foi aqui que conheceu Sigrid Oldenburg, estudante de medicina e que mais tarde se tornou a sua esposa. Com 20 anos passa no exame de medicina, casa-se passado 1 ano e completa o curso de Teologia aos 22 anos. Entretanto nasce uma menina e um rapaz chamado Dirk, que no futuro acaba por ter grande relevância nas suas vidas. Com 24 anos Dr. Hamer acaba o curso de Medicina e estagia por 2 anos em Marburg. Continua o seu trabalho médico por alguns anos na Clínica Universitária de Tubingen e Heidelberg. Especializa-se em medicina interna e como hobby regista patentes de equipamentos médicos que foi desenvolvendo, alguns dos quais ainda hoje em uso. A família Hamer tem 4 filhos (2 rapazes e 2 raparigas), e tudo corre normal até Agosto de 1978, altura em que Emanuel de Savoy (príncipe de Itália), dispara acidentalmente contra Dirk, enquanto este dormia no Iate. Dirk luta 4 meses contra a morte mas acaba por não resistir, Dr. Hamer passou dia e noite ao seu lado, até 7 de Dezembro de 1978, data da morte de Dirk. No seguimento destes eventos, foi diagnosticado ao Dr Hamer um cancro no testículo esquerdo, e a Drª Sigrid tem um cancro de ovário. Em 1981, o Dr.

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Hamer começa a ter a certeza que estes cancros estavam ligados com a morte do filho e começa a estudar os pacientes do Hospital de Milão, onde trabalhava e criando a ligação entre o conflito, o cérebro e o órgão afectado. Em 1985 e depois do Dr. Hamer ter tentado criar clínicas e hospitais para dar seguimento a esta sua teoria, a sua esposa morre, por nunca ter ultrapassado a morte do filho e pela luta travada contra a família Savoy pela morte do filho. Em 1986 começam a impedir o Dr. Hamer de exercer a medicina e de sequer tratar os seus doentes. Ainda nesse ano aconselham o Dr Hamer a seguir outros caminhos que não a medicina (District Court of Cologne). Dr. Hamer continua os seus estudos com apoio de colegas médicos e pacientes. Por ordem de tribunal é pedido a Universidade de Tubingen que reveja a tese do Dr. Hamer, mas tudo fica parado até 1994.

Nesta altura Dr. Hamer cria as 5 Leis Biológicas depois de estudar 20.000 pacientes. Toda esta insistência do Dr Hamer ainda o levaram a prisão em França, tendo sido libertado por 6000 dos seus 6500 pacientes de cancro terem sobrevivido á doença e estarem 100% recuperados. É muito fácil testar e provar a GNM, uma vez que percebendo o mecanismo, se consegue saber o que está por detrás da “doença”

JORGE MALHEIRO CONSULTOR E HIPNOTERAPEUTA geral@jorgemalheiro.pt www.jorgemalheiro.pt

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AMOR PRÓPRIO E AMOR RECÍPROCO Na maioria das vezes, o indivíduo, depara-se com um espelho em algum momento da sua vida. Não tem de ser um espelho físico e construído, mas, mais uma vez, na maioria das vezes, é. Nesse espelho, vemos refletida uma imagem. Essa é a imagem percecionada por cada um de nós. É a representação que temos de nós próprios, o nosso autoconceito. Este reflexo, por sua vez, pode ser influenciado por vários fatores internos e externos. Mas, afinal, o que é que realmente importa? Quando me refiro a um espelho não material, não físico, não construído, refiro-me à necessidade ou importância de cada um nós, se observar. Observar e sentir. Podemos até, estar virados para uma parede e vermos o nosso reflexo, de olhos fechados. Desafiante? Porque “ver” vai muito mais além do que os olhos atingem. Observar, através dos sentidos, a imagem ou representação que temos de nós próprios é essencial para seguir em frente. Na minha prática profissional cruzo-me com muitos adultos que “não têm tempo” para se observarem, e é em consulta que acabam por refletir sobre si e sobre o que sentem sobre si próprios. Sobre as relações que vão construindo ou destruindo ao seu redor. Este processo (muitas vezes doloroso) é transformador. Começa (ou devia começar) ainda na fase gestacional, o vínculo ao Amor (para não dizer que se inicia muito antes disso, pois tanto haveria para escrever). Vamos assumir, por agora, que é na gestação que iniciamos o percurso do amor, do receber amor e proteção, e ao longo do crescimento vamos sendo alimentados por este amor que nos chega. Ao receber amor, vamos assumir que, inconscientemente começamos a retribuir e, posteriormente, de uma forma mais consciente (força daquilo a que chamamos maturidade) mantemos a reciprocidade.

Crescemos. Há uma certeza inquestionável que é a de que o tempo não pára. Ao crescer, desenvolvemos, então, o que anteriormente referia, o autoconceito que, por sua vez, deveria ter na sua essência, aquilo a que chamamos de autoestima. Ou será que o processo se constrói ao contrário? Lanço a questão ao leitor. Mas voltemos ao Amor próprio. Este que, na minha opinião, deve vir em primeiro lugar. Uma das essências do nosso Ser. Como desenvolver o amor próprio, ou seja, a nossa autoestima? Em primeira instância, respeitandonos. Inicialmente devemos ter respeito por nós e pelos acontecimentos, pois participamos intensamente naquilo que fazemos, ou seja, não devemos agir inconscientemente em virtude da nossa “cegueira”. Depois, devemos ter a capacidade de admitir, experimentar e assumir a responsabilidade pelos nossos pensamentos, sentimentos e ações, sem fugir, negar ou refutar. A aceitação do “eu” como ele é, evitará que nos comportemos como se estivéssemos a ser julgados e, deste modo, não estaremos com os mecanismos de defesa ativados e conseguiremos ouvir críticas ou ideias diferentes sem nos tornarmos hostis ou competitivos. Consequentemente, devemos ter sentido de responsabilidade, onde nos tornamos responsáveis pelas nossas escolhas e ações. (Afirmo que cada um de nós, adultos, é responsável pela própria vida, pelo próprio bem-estar e pela realização das nossas metas). Devemos também permitir-nos a ser autênticos nas relações interpessoais, respeitarmos os nossos próprios valores e as outras pessoas em diversos contextos e estarmos dispostos a nos defender assertivamente (a nós e às nossas ideias). Assim, viveremos objetivamente e isto consiste em estabelecermos os nossos objetivos ou planos de curto e longo

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prazo e delinearmos as estratégias necessárias para concretizá-los, organizar o comportamento em função desses objetivos, monitorizar as ações para garantir que estamos no caminho certo e prestar atenção ao resultado para saber se precisamos voltar atrás e quando teremos de fazê-lo. Sim, voltar atrás é, também, um ato de Amor próprio. Por fim, mas não menos importante, devemos sempre possuir integridade pessoal. No fundo, devemos viver em congruência e de forma coerente com os nossos conhecimentos, palavras, atos e crenças. Devemos dizer a verdade, honrar os nossos compromissos e servir de exemplo dos valores que declaramos admirar. É tratar os outros de maneira justa e assertiva. Tratar os outros da forma como eles gostam de ser tratados, mas sem beliscar a

nossa própria essência. Há quem lhe chame de “manipulação”, mas não. Chamo-lhe, adaptação. Quando traímos os nossos valores, traímos as nossas próprias mentes e a autoestima é inevitavelmente prejudicada. Primeiro, o Amor próprio, depois, o recíproco. Só assim, podemos ser felizes e partilhar felicidade, influenciar o outro com amor e, consequentemente, felicidade.

MARISA ROMERO PSICÓLOGA psicologia@marisaromero.pt www.marisaromero.pt

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E AGORA!? Como é tradição, no final do ano o tema é unânime. Nas redes sociais, na televisão, nas revistas, nos jornais, nas conversas de café, nas pausas disto e daquilo e sei lá mais o quê, todos falam nas resoluções para o novo ano. A sensação é que todos merecem tudo, conseguem tudo e podem tudo. Basta fazer uma lista de desejos, sonhos, metas ou objetivos - para mim tudo igual - e está resolvido. Lista feita e sinto que pertenço ao grupo de pessoas que estão alinhadas com os novos tempos e com as novas formas de criar a vida. Passam as festas. O Janeiro ganha velocidade e a lista onde desenhei a minha vida vai ficando para trás porque hoje é dia de…ou dia de…ou dia de…ou porque estou exausto ou porque…o melhor é ficar para o início de Fevereiro. Começo a pensar que nem sei bem como fazer para chegar ao que disse querer. Acho que tenho um livro que fala sobre isso. Depois vejo. E desta forma, as dúvidas assediam a minha mente e deixo-me levar nos “braços do morfeu” tal vítima desta vida. O Fevereiro vai frio. Desço à Ribeira e sento-me numa das esplanadas a saborear o sol acolhedor nesta manhã de domingo. Abro o “face” e encontro um texto sobre objetivos. Sorrio, nem de propósito, que coincidência, e ainda dizem que não há coincidências. É de uma mental coach, isto do coaching está na moda, vamos lá ver de que trata. “Novo ano! Há muitos métodos e fórmulas, eficazes e eficientes, para nos ajudarem a traçar objetivos seja a nível pessoal ou a nível profissional. A minha experiência como coach e consultora mostra-me que, no geral, não temos dificuldade de maior em fazer a lista de objetivos, a “lista de quereres” como, carinhosamente, eu lhe chamo. A dificuldade está na falta de consciência do que é efetivamente uma resolução e das suas implicações na vida. É de todo aconselhável termos em atenção alguns itens na hora de fazer a dita lista, para que a motivação não se esfume à velocidade da luz. Comecemos pelo significado de resolução, pois tudo o que se vai gerar depende desse entendimento. Uma

“Resolução” não é mais nem menos que uma “Decisão”. O facto de fazermos uma lista com os nossos objetivos não é de forma alguma o equivalente a tomarmos as nossas resoluções. A consciência de que “Resolução é igual a Decisão” alerta-nos para o que estamos ou não dispostos a fazer para obter o que dizemos querer. Faz imergir no nosso consciente as chamadas “desculpites”, uma série de obstáculos sobre os quais dizemos não ter poder e que nos complicam a vida. Torna-se fundamental saber a razão pela qual queremos o que declaramos querer. O mesmo será dizer que temos que nos conhecer, saber quem somos. Conhecer os nossos valores e princípios, os nossos medos, as nossas crenças, admitir as nossas fragilidades e reconhecer as nossas forças. Estar dispostos a mudar de dentro para fora, entender a procrastinação, perceber que desejar algo relevante para nós vai sempre exigir disciplina que provavelmente trará, no curto prazo, dor e fazer da resiliência uma prática salutar. Usar estratégias para fomentar o foco/concentração para um melhor “controlo” das emoções e dos sentimentos e principalmente apurar o nosso sentido de compromisso e sinceridade para com a pessoa mais importante da nossa vida que é também a única responsável por tudo o que nos acontece, ou seja, nós próprios. Como disse Peter Drucker, “Não há nada mais inútil do que fazer bem feito algo que não precisava ser feito”. Caro leitor, quando souber quem é, vai perceber que com lista ou sem lista a sua vida segue rumo ao seu querer.” Olha! Um artigo interessante. Realmente! A responsabilidade da minha vida é inteiramente minha. Hum! Fiquei a pensar no que li. De volta a casa, procurei a minha “lista de quereres”. À medida que a lia percebi a minha incongruência entre o ser, o fazer e o ter. Eu escrever, escrevi, mas não tomei verdadeiramente nenhuma decisão. Apercebi-me que nem sei bem a razão de querer algumas das coisas. Eu não me comprometi.

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Eu pura e simplesmente me enganei a mim próprio. Esta consciência acelerou o meu coração e na minha mente em cadência crescente soava, E agora!?, E agora!?... Acreditem, a ansiedade ou o medo ou a frustração ou a vergonha ou não sei, foi algo alarmante. Respirei profundamente, olhei para a lista mais uma vez. E agora!?...Agora, está na hora de tomar verdadeiramente as decisões para um novo EU.

OLINDA ROCHA LIFE & FINANCIAL COACH olindalrocha@gmail.com www.2action.pt

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FOCA-TE NAQUILO QUE ÉS E VIVE A VIDA! Às vezes ponho-me a pensar que vivemos numa sociedade formatada por padrões, pelo “tem de ser”, “todos fazem assim,...” tudo tem de ser “capa de revista”, “ instagram”, tudo o que sai desse padrão/formatação é “rebelde”! Então, constato cada vez mais que pertenço ao grupo dos rebeldes, porque sou mesmo “fora da casinha”, nos meus pensamentos e na minha essência. Mas sinto-me feliz, porque este grupo tem vindo a aumentar (significativamente) e isso é um sinal muito positivo. Na busca pela felicidade, descobri que ela já nasce connosco e está em todo o lado, temos é apenas que desviar o olhar para “fora da caixa” e despertar os sentidos. Sim, olha à tua volta, respira!!! Isto é ser feliz, primeiro porque respiras, depois porque sentes! Isto é a minha prática todos os dias… e partilho que, ainda se sente mais a felicidade quando se agradece! Sim, agradecer por mais um dia, mais oportunidades, mais possibilidades, mais evolução, mais amor e generosidade! Descobri que para ser feliz, devo focar a minha atenção no que me envolve, no que me rodeia. Numa das minhas viagens diárias, para levar os meus miúdos à escola, deparo-me com a lua… sim, a lua, a minha companheira diária, e reparo nas nuvens, como elas “andam” tão rápido! Pois é… chego à conclusão de que estamos a andar tão rápido, o tempo está a voar, e nós muita das vezes não vivemos como deveríamos viver,.. focamos a nossa atenção nos outros, no que fazem ou deixam de fazer, perdemos tempo com preocupações e frustrações, quando temos o dia da nossa vida para viver!

Creio que uma das coisas que o ser humanos não tem, é a capacidade de adivinhar quando irá morrer! Sim, por isso, porque não paramos um pouco, e respiramos (com consciência) e fazemos um scan aos nossos dias? Porque não deixamos “aquilo que os outros pensam” para o que “eu quero” e “acho que devo fazer”? Digo-vos que irão descobrir uma vida rejuvenescida… “Aquele que planta árvores sabendo que nunca irá sentar-se à sua sombra, começa a compreender o sentido da vida. “ Rabindranath Tagore

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Este é o primeiro passo para o despertar, para o desbloquear, e sentes logo um amor tremendo a percorrer-te as veias e as artérias, o oxigénio a fluir em ti, parece que levitas! E ficas com um amor tremendo dentro de ti… é aí que, despertas a tua atenção para a gratidão! E despertas a tua atenção para a generosidade, para contigo e para com os outros. Deixas de “ouvir” o que os outros pensam e fazem aquilo que sentes. Partilho convosco uma frase que me fez ter consciência daquilo que sou, e do que andava a fugir…

“Generosidade é dar mais do que podes, e orgulho é levar menos do que precisas.”Kahlil Gibran

E, posso partilhar convosco que é esta a minha essência, dar mais aos outros, e não posso fugir disto… apenas tenho que ter cuidado para me “encher” com que me nutre! E esse “encher” vem do que me rodeia (família, natureza e amigos). Um brinde à vida! E deixa as “formatações sociais” de parte e vive a vida com gana!

PAULA NETO ENGENHEIRA DO AMBIENTE neto.paula78@gmail.com www.instagram.com/luaacriativa/

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MUDANÇA

RICARDO PEIXE Quem tem medo de “mudar”? E de onde é que “vem” esse medo? Qualquer mudança na nossa vida acarreta por definição algum grau de incerteza. É que mudar não garante melhores resultados, aliás, no início, os resultados podem até ser piores por não estarmos acostumados com os novos métodos, locais ou pessoas. É nessa incerteza que reside o receio. E é muito natural e até salutar que assim seja. É que o medo, que normalmente é encarado como algo mau e a derrotar, é um aliado poderoso e essencial na nossa vida. Era o medo do tigre dentesde-sabre que nos mantinha cautelosos (e vivos) quando olhávamos para a folhagem. É o medo de morrer que nos impede de saltar de um prédio (sem para-quedas) ou atravessar a rua sem olhar. Será o medo do desconhecido que nos vai aguçar os sentidos e colocar-nos em modo de alerta quando estivermos em processo de mudança. Pode ser uma mudança de emprego, de residência, de estado civil, etc. Esse medo “do que há-de vir por aí” é sinal de

Fundador da InsideOut, desde 2008 que se dedica à formação, treino e capacitação de equipas e empresas nas áreas da Comunicação & Influência. Coach de Alta Performance, conta com mais de 40.000 participantes, de mais de 200 organizações, em mais de 450 palestras, formações e sessões de coaching, que ultrapassam as 25.000 horas de inspiração para uma vida mais feliz com resultados de excelência.

que essa mudança tem impacto na nossa vida. O único problema do medo é quando ele nos petrifica ao invés de impulsionar. Para evitar isso, devemos aceitar que temos receio, perceber que é normal e passar à ação. A pergunta a fazer é: O que é que tenho de aprender e melhorar para superar aquilo que temo? Como disse Ellen Johnson Sirleaf, a primeira mulher presidente de um país africano (Libéria): Se os teus sonhos não te assustam é porque não são grandes o suficiente. RICARDO PEIXE COACH DE ALTA PERFORMANCE, TRAINER & SPEAKER rpeixe@insideout.pt www.insideout.pt

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O QUE É QUE TENHO DE APRENDER E MELHORAR PARA SUPERAR AQUILO QUE TEMO? RICARDO PEIXE

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FALAR EM PÚBLICO COM SUCESSO! ARTE, OU NEM POR ISSO?

Há uns meses, tendo tido conhecimento de que iria organizar uma formação de 2 dias sobre a "arte" de falar em público com sucesso, a Oliva Creative Factory lançou-me o desafio de fazer um pequeno workshop sobre esta matéria para a nossa comunidade. Algo mais simples, curto, menos técnico, mas que pudesse ser uma boa base de reflexão e trazer alguns aspetos de valor acrescentado para os colegas das Start-ups lá instaladas! Tomei consciência da importância desta temática quando li o relatório de um estudo da Universidade de Atlanta que concluiu que 41% dos inquiridos, não só tinham medo de falar em público, como esse medo superava o de morrerem. Ou seja, há pessoas que preferem morrer a ter de falar em público, e isto é tão dramático quanto incrível! Que grande chatice as crenças tornarem-se medos, que grande porcaria criarmos crenças tão limitadoras, em vez de crenças potenciadoras! É que no fundo, na realidade, tod@s sabemos falar em público. Quem não gosta de falar de desporto com @s amig@s, ou de música, ou d@s filh@s, ou de filmes? E às vezes até parecemos profissionais a falar desses assuntos, não é? Então e isso não é falar em público? Para um público diferente, conhecido, mas público! Quero deixar-vos aqui 6 pequenos "segredos", passos, que podem mesmo ajudar-vos a comunicarem de forma mais eficaz. 1 - Preparem-se. falem apenas daquilo que sabem e saibam muito bem sobre tudo aquilo que é importante dizerem. Não precisam dizer muito, digam bem.

2 - estruturem e organizem os vossos pensamentos. Apontem por tópicos os assuntos mais importantes a serem transmitidos, eliminem tudo o que seja ruído ou que não seja de valor acrescentado. Preparem-se para falar apenas sobre o assunto que vos leva a determinado público e esquematizem de forma simples e descomplicada. Menos é mais, acreditem. 3 - Se tiverem tempo trabalhem a visualização. Corram nas vossas mentes um filme que vos ajude. Como querem e vão caminhar, como vão falar, como segurarão no microfone (se for caso disso), como agradecerão no final e corram este filme várias vezes, vários dias, de forma confiante e agarrem-se a essa emoção. 4 - A ação é mesmo importante até à perfeição. Façam "por amor da Santa"! Arrisquem. Em vez de pensarem porque foram convidar-vos para falarem, pensem no que isso pode representar (em termos de oportunidades) para vós. 5 - A sério, ninguém está a ver! Grande parte do nosso nervosismo não é perceptível aos olhos dos outros. Por isso, convertam o nervosismo em entusiasmo, vistam a capa do orador, sintam-se o maior palestrante do planeta e... Fake it, until you make it! 6 - Do it Again! Analisem friamente a vossa intervenção, corrijam o que há a corrigir e voltem uma vez mais a falar em público. O treino e a repetição serão os vossos maiores aliados! Um abraço PEDRO NEVES CONSULTOR, HUMORISTA E BUSINESS COACH pedro.neves@likeaproevents.com www.likeaproevents.com

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HOMENS RESOLVIDOS Quando tenho a oportunidade de passar algum tempo com uma ou outra amiga, a beber um café e ter uma conversa mais séria, costuma surgir o tema dos homens de hoje. Elas sabem que trabalho esta vertente do masculino em termos de desenvolvimento pessoal e em sessões de Coaching que faço habitualmente com homens. Então, frequentemente, este tipo de conversa começa comigo a perguntar: - Como é que estamos de relacionamentos? - Não há nada! - Então? E aquela tal pessoa que conheceste? - Tinha muitos problemas. Ia ser muito complicado. - Mas como é que uma mulher como tu ainda está sozinha? - Olha, porque não quero um homem que me complique a vida. Quero um homem que esteja resolvido. Esta é a questão central de hoje para muitas mulheres. Com todo o seu valor, estudaram, emanciparam-se no mundo do trabalho, tornaram-se financeiramente independentes, deixaram de depender de alguém (muito menos de um homem) para viver. Investiram no seu crescimento mental, emocional e evolução pessoal. Leram mais livros, frequentaram mais cursos, fizeram mais sessões individuais de Coaching, Terapia e muitas outras coisas. Agora estão melhores que nunca mas sentem-se sozinhas. Porquê? Porque a grande maioria dos homens não acompanha este processo de evolução. Uns porque nem sequer dão conta pois estão completamente a Leste do que é isso de evoluir e ter mais consciência possa ser. Outros porque desconfiam pelo que têm que passar e não estão para isso. Poucos são os que dão o passo resolvem, os seus assuntos internos e expandem. Só que como este tipo de homens é escasso, qualquer mulher bem resolvida e mais atenta não deixa escapar um espécime desta natureza. E assim, por enquanto, parece não haver homens destes para todas.

Então quais são algumas das qualidades que as mulheres mais procuram nestes homens? Passado resolvido – Este é logo o ponto por onde começámos. Quando trazem assuntos por resolver ou mal resolvidos, mais cedo ou mais tarde, estes vão ficar à vista na nova relação e o conflito começa. Habitualmente, com os mesmo contornos do conflito nas relações que deixaram para trás. Repetem o padrão comportamental. Emergem e acontecem exatamente o mesmo tipo de situações ou então algo muito parecido. Tanto podem ser assuntos da idade adulta que vêm das relações anteriores como podem ser temas de uma infância e/ou adolescência problemática – inseguranças, medos, dependências, ciúmes, hábitos estranhos, terem sofrido bullying ou serem eles mesmo os agressores, até uma relação com a mãe ou com o pai ainda por resolver. Só para referir alguns exemplos. Se estes assuntos não estiverem resolvidos, qualquer relação, num determinado momento, vai despoletar que estas questões venham ao de cima. Decididos e autoconfiantes – Uma mulher quer ao seu lado um homem. Alguém com quem possa contar nos momentos mais difíceis. Isso implica que haja determinação e confiança nele e que, fundamentalmente, o consiga trazer para a relação. Alguns homens têm muito pouco disto, geralmente devido às questões referidas no ponto anterior. Por outro lado, há homens que têm isto em excesso e as mulheres também o apreciam porque sentem isso como arrogância ou até insensibilidade da parte deles, quando parecem levar tudo à frente. Não é fácil, mas o equilíbrio é a resposta. Financeiramente independentes – Se elas já não dependem de ninguém para viver, não vão querer certamente um “pendura” na sua vida. Se a independência financeiramente da mulher foi uma evolução, a dependência financeira de um homem é algo contra-natura.

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Não que isto não possa acontecer temporariamente entre ambos como forma de apoio e interajuda de um casal numa relação. Mas não é algo para se prolongar. Abertos e Comunicativos – As mulheres querem conhecer o que se passa dentro do seu homem. Só que muitos homens têm receio de falar sobre o que se passa dentro deles. Acham que se têm um problema, são eles mesmos que têm que o resolver. Não podem mostrar ou dar parte fraca. Os homens também são muito mais simples perante a complexidade das mulheres. E isso não é necessariamente bom numa relação pois acabam por ser mais superficiais na comunicação, quando elas procuram profundidade. Pressupor algo que parece ser evidente, sem conversar sobre isso, é uma das maiores armadilhas para um homem. É melhor perguntar sempre, falar e comunicar. Emocionalmente desenvolvidos – Já não basta ser forte e protector os homens têm que saber falar de emoções. Do que sentem, das suas ansiedades, medos, raivas, tristezas, mágoas e alegrias. Têm que

ter a capacidade de expressar afectos mais regular e naturalmente. Isso significa por vezes dizer “eu não estou bem, temos que falar pois estou a sentir-me...”, ou conseguir dizer mais vezes eu amo-te, abraçar a mulher e aos filhos a partir do momento que eles surjam nas suas vidas. Enfim, ser mais carinhoso, ouvir e ser empático. Intimidade – Este talvez seja o ponto alto onde a relação deve chegar e onde muitas delas se debatem com dificuldades hoje em dia. Conseguir viver o quotidiano e manter acesa a intimidade, o romance e a conquista, não é fácil. Exige empenho e atenção continua de ambas as partes. Mas certo é, para se chegar aqui, teve que se passar por quase todos os pontos anteriores. E se há algo que pode ajudar, esse algo é autoconhecimento e evolução pessoal. RICARDO LARANJEIRA SECOND LIFE COACH ricardo@ricardolaranjeira.com www.ricardolaranjeira.com

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UMA HISTÓRIA REAL: O HOMEM QUE TROCOU AS LUVAS PELO CORAÇÃO Olá, esta é a minha primeira prestação na revista Mindset Magazine e é uma imensa gratidão por poder partilhar convosco. Penso que faz todo sentido nesta primeira vez falar sobre a minha história. Sou o Bruno Neves tenho 41 anos, dois maravilhosos filhos e uma esposa insubstituível. Nasci num bairro social fantástico mas também problemático, na década de 80 onde não havia, nem tínhamos acesso a tanta informação. Reinava o mundo do mais valentão e das drogas. Para fugir aos momentos vazios, era preferível ter a cabeça em marte! Logo cedo, por não ter um meio familiar estável, fugia também muito para a rua e assim fui crescendo. Vi o meu pai a pagar a factura por 3 vezes pelos seus maus actos. Portanto, ao final de semana, enquanto as famílias mais comuns saiam para desfrutar, eu visitava o meu pai na cadeia. Entre essas suas estadias, quando estava connosco, lidávamos com os traumas que de lá trazia - esses momentos não eram fáceis. Além de assistir ás agressões á minha querida mãe, também acabava por ser vítima de maus tratos. Cresci revoltado. Sentia me incapaz porque sempre que a tentava defender mais ela apanhava e eu também. Quando ele ia para o " hotel " lá em casa era uma libertação, mas faltava muita coisa. A comida era pouca – alturas houve em que não tínhamos o que comer. Certa altura, eu e minha querida mãe, tivemos mesmo que perder a vergonha, pegar num saco de plástico e ir pedir ajuda aos vizinhos. Lembro-me perfeitamente – eu tinha 9 anos e recordo-me também do que disse à minha mãe: levantei-lhe o rosto caído, cansado e pelo qual caiam lágrimas – o rosto de uma mulher guerreira – “Mãe vou eu pedir, sou um menino ninguém vai ligar. Tu já és uma mulher não quero que passes por isto”. E assim foi.

Desde já, deixo o meu mais sincero e profundo agradecimento a todos que me ajudaram – tenhovos no coração. Hoje, felizmente posso pagar uma refeição num bom restaurante mas nunca me saberá tão bem quanto a que me foi oferecida pelos vizinhos, em criança - por pessoas que tinham pouco também. Entretanto crescia e o que mais via eram assaltos e drogas mas, os conselhos da minha Dª Leonor foram ouro para mim – “Mãe obrigado, nunca te faria sofrer mais do que sofrias, nunca te daria o desgosto de entrar nesse tipo de vida" - Mãe deveria ser eterna.

Os meus planos eram poucos, não tinha grandes sonhos e, por isso mesmo, tentar desistir era o caminho mais fácil. Muitas vezes nas minhas caminhadas para o rio mais próximo, em que eu passava por pontes para lá chegar, dava comigo a olhar lá para baixo e sozinho pensava: “ Era rápido…” Mas bem lá no fundo sentia que havia alguma coisa reservada para mim, e também não queria

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ver a minha mãe sofrer. Numa das vindas do meu pai a casa, ele incentivoume me a praticar desporto, mas também, logo cedo, reparei que não tinha jeito com os pés mas sim com as mãos. Fui para as escolas do boxe do Futebol Clube do Porto, tinha 14 anos. Quando o meu pai lá me deixou, nunca mais me esqueço, também me disse: “Quero ver quando vais ser um campeão nacional!” Com o passar dos anos e dos treinos intensos. Com alguns combates feitos, sentia-me então preparado para o grande assalto, para a disputa do campeonato. Cheio de orgulho, provei ao meu pai que com 19 anos eu era não só campeão nacional de meios pesados como também campeão da taça de Portugal. No ano seguinte fiz o bis voltei a vencer. A vida abriu-me assim as portas, sabem para onde – para o mais óbvio - emprego como Segurança. Comecei a trabalhar em bares e discotecas, era dinheiro fácil, apareciam serviços "extra" com boa remuneração. Lá estava eu, levava palmadinhas de todos, era o campeão e o meu ego enchia-se de orgulho - pelo menos já era respeitado. Passei a chefe do bairro pois sabia usar bem os punhos, senti o respeito do meu pai a crescer e o medo por ele a desaparecer. Já não me sentia o incapaz. Isso levou-me a viver como se fosse um imortal, sentia-me vaidoso e orgulhoso do que tinha alcançado. Adoptei a crença de que era pago para ser profissional e ponto. Tinha ainda pouca consciência… Era um bom profissional, adquiri bons contactos, ganhei boas quantias de dinheiro - sentia me realizado.

Casei sem o mínimo conhecimento do que era viver uma vida a dois, iludido com o mundo que tinha. Para ser feliz tinha que o abandonar mas não fui capaz. Fui vivendo sempre atrás de obter mais e mais como a vida fosse apenas só isso – dinheiro e bens materiais. Os anos foram passando e, já um pouco cansado, porque pouco a pouco ia-me questionando conheci a minha querida e actual esposa – claro, voltei a casar. Pensava eu que já tinha vivido tudo e que agora sim estaria pronto – enganei-me de novo! Entretanto descobri que ia ser pai e isso abalou o meu mundo – não estava programado e agora? Medo de falhar: “Será que vou estar à altura?” – perguntava-me. Medo das responsabilidades, sair completamente da minha área de conforto - enfim todos aqueles medos que, penso que, quem não está preparado sente. Nasceu o Santiago e eu fui um covarde no início. Deixei tudo à responsabilidade da minha mulher porque, lá no fundo, ainda gostava da vida que tinha, era fácil. Já nem as desculpas que lhe pedia serviam de muito, eram repetitiva e em nada eu mudava de atitude. A minha vida resumia-se a treino e trabalho. Até que um dia, por sentir que não estava a conseguir cumprir com as minhas responsabilidades, fui-me totalmente abaixo. Senti me perdido, sem rumo e senti que o amor que a minha esposa tinha por mim estava a desaparecer. Sentado a olhar o mar, muito confuso com os meus pensamentos e sem conseguir estancar as lágrimas que me corriam pela cara, tomei uma decisão, algo que nunca tinha feito – procurei ajuda. Isto para mim não era nada fácil, pois era egocêntrico e muitas vezes arrogante, o orgulho, a vaidade estavam a perder a força. Entrei num consultório de psicologia que mais tarde me levou me a fazer terapia. Embora ainda muito perdido e com o pensamento de que aquilo

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não me iria levar a nada, continuei. Sempre tive uma grande auto-disciplina - senão nunca teria sido campeão de boxe – permiti-me ir ficando, porque perdido já eu estava. Começa aí a minha viagem interior. Fui confrontado com questões que jamais algum dia pensei enfrentar. Fui levado a fazer a maior viagem que alguma vez imaginei – não, não fui ao Brasil – viajei para dentro de mim: descobri-me. Terapia, livros, escutar palestras, frequentar espaços de meditação, ir pessoalmente a palestras sobre auto-conhecimento, mudar o meu grupo de influência, enfim. Nunca mais parei esta deslumbrante pesquisa. A pesquisa não do mundo em que estava habituado - do exterior - mas sim o meu mundo, o meu EU.

Passaram quase quatro anos desde que iniciei essa viagem, e aqui estou eu a partilhar convosco. Não fazem ideia do que eu perdi, muito menos do que eu ganhei: foi tanto! Hoje, início o meu dia junto dos meus dois filhos entretanto chegou à família o Afonso, mas desta vez foi um filho planeado – e levo-os à escola. Não me permito perder seja o que for da vida deles. Depois dedico-me ao exercício físico faço de tudo, menos boxe. Tenho uma alimentação adequada, medito, leio e escuto boas palestras. São hábitos que enriquecem os meus dias. Levo uma vida feliz, digo muitas vezes á minha esposa que levarei o resto da vida a “compensá-la” por ter sido tão incrível para mim, obrigada por sempre acreditares em mim.

Deverão estar a pensar porque faço “tudo menos boxe”… Sim, é verdade – tudo menos boxe, porque aquilo que encontrei na minha viagem interior e sinto hoje, não me faz ter vontade de golpear ninguém, mas sim de acarinhar. Combati, bati muitas vezes no saco e no adversário com raiva. Hoje, depois de tudo o que vivi e aprendi não tenho sequer vontade de o fazer, pois dentro de mim não há espaço para sentires raiva. Aliás, hoje pergunto-me: “Como é que o homem paga e tem hora marcada para ir ver combates, onde estão dois seres humanos a ferir-se um ao outro?” Reparo também que muitos lutadores falam de Deus, dizem: “Ele está comigo." – é a crença deles, acredito que até pode estar, mas também acredito que estará muito triste porque ele não nos criou para bater uns nos outros. Não me venham falar de competição, hoje vejo-a como a maior burrice do ser humano: para que precisamos de competir? Provar o quê a quem? Bater no saco de boxe porque estou furioso - é falta de compreensão - furioso com o quê? Segue o meu exemplo e senta-te, medita. Vais encontrar todas as respostas para a tua fúria. Depois só tens de as colocar em prática. Vais ver que tudo fica sereno. Lutei no ringue por falta de compreensão, hoje “luto” por uma paz contínua. Acredito que todos sabemos que o amor vence sempre, então para quê lutar?

BRUNO NEVES EMPRESÁRIO abreatuamente2018@gmail.com Instagram: abreatuamente

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A ARTE DE TOMAR DECISÕES DIFÍCEIS Num dos processos de coaching que acompanho, o coachee disse que a sua vida estava num daqueles momentos de crise em que nada está bem, ou seja, chegou o momento de decidir o que fazer, e sair daquele caminho sem saída. Existe na vida momentos em que não conseguimos prosseguir, porque algo nos bloqueia, prende e impede de avançarmos para um próximo nível, e temos de tomar decisões difíceis. As pessoas entendem isso, mas o que separa os vencedores dos comuns mortais é a vontade de vencer e a coragem de tomar decisões mesmo sendo difíceis. Em um dos seus seminários, Tony Robbins conta uma história que ilustra muito bem, a razão pela qual as pessoas não avançam nas suas vidas. Ele conta assim: Certa vez um general chinês tinha ido para a guerra e levado consigo toda a sua tropa. No caminho para chegar ao lugar onde aconteceria o combate, todo o exército precisava atravessar uma ponte. Enquanto cruzavam esta ponte, alguns soldados gritavam e demonstravam pânico com a possibilidade de perder a batalha, mas seguiam. Outros comentavam que caso a situação saísse de controle, eles poderiam atravessar de volta e fugir.

Ao perceber os receios dos soldados, o general não pensou duas vezes. Quando toda a tropa terminou de atravessá-la, queimou a ponte. Deste modo ninguém poderia recuar. Todos ficaram chocados com aquela atitude, e o general deixou clara sua postura: era vencer ou morrer. Mas eles precisavam estar lá, lutando, com toda a sua alma e vontade, sabendo que precisavam dar tudo de si, ou não haveria outra opção. Moral da história, por vezes temos de “queimar a nossa ponte” para podermos avançar para o tão desejado nível. Cada um de nós é o único responsável pelo seu destino. Ao “queimar a nossa ponte” dá-nos poder e responsabilidade sobre o nosso destino, apesar da dor que vai acompanhar esse processo. Mas é necessário e todos nós sabemos que para ir rumo ao sucesso temos que dar esse passo importante. Esse passo que faz parte da caminhada rumo ao sucesso. RUI MARTINS COACH TRANSFORMACIONAL rui@coachbyrui.com www.coachbyrui.com

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3 LEIS ESPIRITUAIS DO DINHEIRO QUE VOCÊ PRECISA CONHECER

Quando falamos de dinheiro geralmente o primeiro pensamento que vem a nossa mente está ligado a escassez, falta e carência. Não nos damos conta que quanto mais pensamos desta forma,mais criamos isso para nossas vidas. Ou até mesmo vem crenças limitantes a nossa mente que não percebemos mas limitam nossa prosperidade. Então hoje quero te apresentar 5 leis espirituais do dinheiro que fará com que você mude seu modo de enxergar o dinheiro e assim deixar as portas abertas para que a abundância venha para você. 1 – O dinheiro é uma benção; Muitas pessoas relacionam o dinheiro como algo sujo, pecaminoso, que os levará ao inferno e que traz maldição. Sendo assim que você acredita assim será! Mas e se você começar a enxergar o dinheiro com outros olhos? Ver que é através dele que você paga suas contas, que você realiza seus sonhos, que você usa para comprar seu alimentos e tudo aquilo que você quer ter. Então comece a abençoar todo o dinheiro que vem em suas mãos para que posso multiplicar e prosperar. 2 – É dando que se recebe; A pessoa que geralmente vive na falta e escassez espera um milagre surgir em sua vida para começar a “abençoar” outras pessoas. Mas vivemos em um Universo de campo eletromagnético e que toda a onda que eu emano eu recebo, isto é fato! Como eu receberei mais dinheiro se o que eu emano é sempre a falta! Quando resolvo ajudar alguém, por mínimo que seja eu estou criando mais disso pra mim. Então quanto mais ajudo pessoas a prosperarem mais e mais eu prospero.

3 – Saiba usar o dinheiro; O que você faz com o dinheiro que você recebe? Usa com bebidas, drogas, jogos e coisas supérfluas? Você gasta mais do que ganha? Como você lida com o dinheiro que vem na sua mão? O dinheiro é uma energia que precisa circular, mas quando circulado de forma vã neste enorme campo eletromagnético eu crio mais coisas vãs pra minha vida! Existem pessoas com muito dinheiro e existem pessoas prósperas, onde todas as áreas de suas vidas vão bem. O que você escolhe ser? Quer ter muito dinheiro e terminar sua vida gastando com remédios, tratamentos de valores altíssimos ou pagando advogados, resolvendo causas em justiça? Ou quer ter uma vida tranquila e vendo todas as áreas da sua vida satisfeita? Quando você verdadeiramente entende estas leis e enxerga o dinheiro de outra forma, você cria uma realidade diferente na sua vida financeira! Experimente aplicar estas leis em sua vida e veja os resultados surpreendentes!

TALITA MARTINS PSICANALISTA E TERAPEUTA talita.desenvolvimentoquantico@gmail.com https://talitaterapeutaecoach.blogspot.com/

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ALL YOU NEED IS LOVE Certamente já ouviste essa frase mítica da música dos Beatles. E é tão óbvio! Nós já sabemos que todos nós precisamos de amor, mas como estamos nessa área essencial de nossa vida? Como é o nosso amor enquanto casal? Como é o nosso amor com a família? Quanto te amas realmente? Quando nos permitimos avançar, aprofundar e nos tornar conscientes do NOSSO AMOR, de todo o amor que precisamos e que somos, mas que não nos estamos a dar, é quando a magia surge porque, realmente, "all we need is love" (tudo o que precisamos é amor). Mas o que normalmente acontece? Nós colocamos o foco no exterior. De alguma forma, acreditamos que o amor que precisamos está fora de nós; que deve vir dos nossos parceiros, nossos filhos, pais, amigos ... No entanto, assim como não podemos dar nada que não temos, não podemos receber nada que não possamos dar a nós mesmos. Todo o amor que vem de fora é bem-vindo, mas também é importante saber como recebê-lo. A primeira aprendizagem que me levou até onde estou hoje foi estar muito consciente da necessidade de me amar; Tudo começa em nós, no nosso interior. E é importante começar a lidar com esse amor que mereces, que é teu, que vem de ti. É por isso que te convido a praticá-lo, a abrir os teus braços para o poder do teu amor interior. AMA-TE. Curiosamente, um dos comportamentos mais interessantes nesses anos de consultas tem sido descobrir por que é mais difícil para nós receber amor e afeto do que dar. A resposta a que cheguei é porque sentimos que não merecemos ou não somos dignos desse amor, e esse sentimento está fortemente ligado à emoção da culpa ou da vergonha. Para dar e receber amor em equilíbrio, é extremamente importante libertarmo-nos das emoções de baixa vibração, conforme descrito pelo Dr. David Hawkins em seu livro "Let go", como culpa, vergonha, ódio, orgulho e ressentimento. Se não "sintonizarmos" a alta energia do amor, não o veremos e, portanto, não seremos capazes de experimentá-lo.

É então quando distorcemos o dar e o transformamos em moeda de troca: eu dou-te para que me dês amor (e isso nem sequer é amor). Ou quando adoptamos personagens e papéis nos nossos relacionamentos que se tornam tóxicos. É imprescindível deixar ir as emoções que nos ferem e nos limitam, para que possamos emergir para uma energia de vida cada vez mais elevada. Devemos estar conscientes de que todos os seres humanos são essencialmente amor, e retornar a esse amor nos torna não apenas mais humanos, mas também mais felizes e divinos. O reconhecimento da nossa natureza amorosa, do nosso poder interior, do que somos capazes por este amor, de como o colocamos ao serviço do bem comum é essencial para a nossa evolução e desenvolvimento. Nesse sentido, as mulheres são, na minha opinião, privilegiadas porque, por causa de sua energia, seu poder de amar e sua capacidade de gerar e transmitir vida, elas têm esse inato privilégio de amar sem condições. Mais e mais homens estão a abrir-se para uma nova masculinidade, mais equilibrada e amorosa, embora ainda tenhamos muito o que fazer e curar: as mulheres na auto-estima e segurança, os homens na confiança e amor fraternal. Juntos, como seres humanos, podemos criar um futuro melhor, conectando-nos com o poder do nosso coração, o poder do amor. Nesse sentido, quero partilhar contigo uma das primeiras coisas que aprendi no meu caminho de desenvolvimento pessoal. Foi com Louise L. Hay no seu livro "Você pode curar a sua vida" e consistiu em estar consciente e usar as palavras corretamente através de afirmações ou decretos. As palavras criam um grande impacto na tua vida. Pergunte a ti mesmo que palavras te dizes nos teus pensamentos e que palavras expressas em voz alta? O que dizes em voz alta diz muito sobre o que pensas e o que achas que cria a tua realidade.

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Exercício: Atenção quero propor um exercício totalmente transformador que recomendo aos meus clientes por pelo menos 21 dias. Antes, quero deixar claro que, para ti o que é fácil de fazer, também é fácil NÃO fazer. Portanto, não subestimes o poder deste exercício. Anota: 1. Coloca-te na frente do espelho e sem pressa, olha para ti mesmo e observa-te. Que pensamentos vêm à mente? Que julgamentos? O que te dizes a ti mesmo sobre ti? 2. Depois de estares ciente disso, começa a dizer a ti mesmo: "EU TE AMO. EU TE AMO E TE ACEITO COM TODO O MEU CORAÇÃO. 3. É importante que faças isso colocando o teu nome na tua frente. Por exemplo "Maria, eu te amo, te amo e te aceito com todo o meu coração".

Esta mensagem que parece tão simples é totalmente eficaz: vai diretamente para o teu inconsciente, para o teu menino ou menina que precisa de todo esse amor que estavas a buscar fora. Tem em mente que em muitas ocasiões nós arrastamos conflitos com os nossos pais; zangados, conscientes ou inconscientes, que impedem o fluxo desse amor que temos. Experimenta! Em mais de 10 anos de experiência e sessões posso dizer que tudo é RESUMIDO AO AMOR: ao amor que somos capazes de sentir por nós mesmos, ao amor que somos capazes de dar aos outros. Só o amor cura porque é o que somos: amor. YONIEL GARCIA HAPPINESS & LIFE COACH yonielcoach@gmail.com www.yonielgarcia.com

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CAMINHO DE SANTIAGO – A MAIS BELA METÁFORA DA E PARA A VIDA! Porque caminho uma e outra vez em direção ao Apóstolo Santiago? Porque os significados do que se vive no Caminho, me ensinam tanto sobre a vida… O caminho é sobre simplicidade, é sobre ficarmos todos “reduzidos” (aliás, engrandecidos) à nossa essência humana, sem levarmos estatutos, títulos e diferenças de poder financeiro. Somos todos peregrinos e por vezes falamos sobre questões profundas e partilhamos experiências que nos marcaram sem passarmos pelo habitual (e por vezes superficial) código social de conhecimento mútuo (Que idade tens? O que fazes? És casado? Já tens filhos? …). Recordo algumas conversas que me marcaram, com peregrinos sobre os quais nem o

nome soube… É sobre confiarmos nos outros de quem por vezes apenas sabemos uma coisa: peregrinos como nós. Pernoitamos num espaço comum, expomo-nos na intimidade do nosso sono, ouvimos a respiração uns dos outros (e por vezes o ressonar, é verdade!) … Assim, vulneráveis uns aos outros, a respirar em uníssono e a confiar que estamos em segurança, uns com os outros. O caminho é sobre partirmos com o essencial, aprender a reconhecer o que é necessário e o que é acessório (e que bom é ficarmos com essa visão nas nossas vidas quotidianas cheias de coisas). Todos os peregrinos têm esta experiência de redução

Fotografia: Nuno Araújo

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sucessiva (e natural) dos quilogramas que transportam de cada vez que se põem a Caminho. O processo de deixar ficar objetos que no dia a dia nos parecem tão indispensáveis e de reduzir drasticamente o número de calças ou t-shirts disponíveis durante uma série de dias, ajuda-nos a relativizar a noção de necessidade… O tal desapego material que nos liberta e nos dá espaço para dar mais atenção ao que vai dentro de nós e que, isso sim, é crucial para a vivência do caminho. O caminho é sobre religião, ou não… é sobre espiritualidade, ou não… é sobre fé, com toda a certeza! Não precisamos de ser Cristãos nem crentes em qualquer religião ou dimensão espiritual da existência para o fazer e absorver o impacto mais profundo que pode deixar. Se vamos sem fé, há uma grande probabilidade de a encontrarmos… quanto mais não seja, a fé em nós próprios e na humanidade. O caminho é sobre descobrires os teus próprios recursos (e passares a ter fé neles), enfrentares alguns medos e caminhares sem a certeza do que aí vem. Existe um plano, simples, caminhar. Mas não sabes quem vais encontrar, quanto tempo demorarás a chegar ao destino, quando vai chegar a dor… quem vais descobrir que és nesse momento de dor e incerteza. Nesse momento em que vais questionar o que estás ali a fazer e que sentido faz. Nesse momento, descobrirás alguma coisa sobre ti (e sobre quem te acompanha). Algo que não sabias à partida.

O caminho é sobre encontros inesperados, conversas improváveis e memórias do caricato. O mundo é diverso, as pessoas têm idiossincrasias interessantes, a natureza reserva surpresas, o teu corpo vai comunicar contigo de novas formas… se estiveres aberto a absorver o que vem, haverá momentos marcantes! O caminho é, para mim, sobre liberdade, fé, simplicidade e partilha. Sobre o silêncio que acaba por te permitir confrontares com o ruído interno, com as mil vozes que nos desassossegam, com o redemoinho da nossa incessante narrativa… até que se “esgota” e, por momentos, voltas ao silêncio (num outro nível e com outra entrega). E então, percebes finalmente o que é o silêncio e guardas esse porto-de-abrigo em ti, para quando o mundo estiver a gritar e tu precisares de te ouvir. Fica em ti, uma nova dimensão do silêncio interno. Costumo dizer que é a mais bela metáfora da e para vida… Como se “tudo” o que preciso de aprender para os desafios da vida possam estar presentes, metaforicamente, em tudo o que vivo no caminho. Com os outros e comigo própria.

PATRICIA LABANDEIRO PSICÓLOGA CLÍNICA E COACH gerencia@despertar.com.pt ww.despertar.com.pt

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O FACTOR NÚMERO 1 PARA O SUCESSO NOS NEGÓCIOS E NA VIDA Há um fator mais importante que todos no que respeita ao sucesso nos negócios, nos relacionamentos, realmente em tudo na vida: Esse fator é a Confiança e é composto de 2 elementos. Já te vou explicar quais são os 2 elementos da Confiança. Antes, porém, vou explicar por que motivo é tão importante nos negócios, pois, na vida acho que é mais óbvio. Existe um valor em dinheiro que pode ser atribuído à Confiança. Chamemos-lhe “Capital de Confiança” O Capital de Confiança é o valor monetário, financeiro que tem a confiança. Há uma fórmula para medir quanto é que a Confiança traz, em termos financeiros, a uma empresa. Pode colocar-se um valor: Esta empresa vale X e esta empresa vale Y e este diferencial tem a ver com a confiança que as pessoas têm na empresa. Este “Capital de Confiança” ouvi-o pela primeira vez da boca de Stephen Covey, (não sei se já ouviste falar dele. Escreveu o livro “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” que poderás encontrar facilmente online) com quem estive uma vez em Filadélfia nos Estados Unidos, a tomar o pequeno almoço. Foi dele que ouvi esta ideia e fiquei fascinado. Este Capital Mensurável de Confiança é composto por dois elementos: Competência e Integridade, sendo que a Integridade é mais importante. A “Competência”: Quando te juntas a alguém ou a alguma pessoa para fazeres um negócio ou para comprares alguma coisa precisas ter a confiança de que essa pessoa é competente: ela sabe o que está a fazer. Conhece o produto ou o serviço, conhece a forma de fazer e tem a competência para entregar aquilo de que precisas, que queres e que estás a comprar.

A Competência é uma coisa muito importante, pois é uma base da Confiança. Porém, não é a única. Há outra talvez mais importante ainda. O segundo elemento da Confiança é a Integridade. É possível que tenhas um relacionamento de negócios com alguém, ou que tenhas um relacionamento pessoal e essa pessoa não seja assim tão competente, tenha cometido algum erro. - “É pá, não há problema!” Somos tolerantes e provavelmente até, se não for assim uma coisa muito grave que ponha em risco não sei o quê, poderás continuar a relacionar-te com essa pessoa, sem problemas de maior. Mas se essa pessoa tiver uma falha de Integridade o mais certo é deixares de te relacionar com ela. Dificilmente as coisas ficam arranjadas, são definitivamente muito diferentes daí para a frente: a confiança é abalada… muito (!) quando há falhas de integridade. Sendo os 2 fatores importantes, a Integridade e a Competência, para teres este capital de confiança, a Integridade é, provavelmente, mais importante. Haverá então uma forma de tu medires a integridade das pessoas e organizações com quem te relacionas? Quando estás para te relacionar com alguém, precisas medir a Competência, vendo os resultados que a pessoa tem, se sabe ou se não sabe, mas como irás tu medir a integridade? A Integridade mede-se quando ouves o que a pessoa diz, vês o que faz, como diz, como faz, quais são os valores que regem a sua vida, o que ela pensa e, mais importante que tudo, quanto é que essa pessoa está disposta a perder para se manter

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fiel aos seus princípios e aos seus valores. Isto é importante: quando uma pessoa está disposta a perder muito, se for necessário, para se manter fiel aos seus princípios e aos seus valores, essa é uma pessoa íntegra. Isto significa que tem um Capital de Confiança muito elevado. Tu sabes que podes confiar nela, porque essa pessoa não te vai largar da mão assim sem mais nem menos, essa pessoa não se vai embora, não vai desaparecer porque tu sabes que ela até está disposta a perder para se manter fiel aos seus princípios, aos seu valores e à sua missão. Se tu te juntares a uma pessoa assim podes estar bem confiante em que essa pessoa te vai ajudar, que vai levar a sua missão até ao fim e não vai andar a saltar de coisa em coisa. Esta Integridade é muito importante. Se tiveres de optar entre Competência e Integridade, opta sempre pela Integridade. Pessoalmente, prefiro trabalhar com pessoas íntegras, ainda que possam ser menos competentes que outras, mais competentes, mas menos íntegras. Como irás reagir no futuro, sabendo que a integridade é o principal fator do Capital de Confiança e que este capital de confiança tem tanto valor no mercado? Dá muito prejuízo ser um parvalhão sem integridade, mesmo que pareça que são os parvalhões sem integridade que têm sucesso. Não são.

RUI GABRIEL BUSINESS TRAINER E MENTOR rui@ruigabriel.com www.Ruigabriel.com

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DIZ-ME COMO ADMINISTRAS O TEU DINHEIRO E EU TE DIREI QUEM ÉS Essa frase foi repetida várias e várias vezes durante as consultas que realizei no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e na Espanha. O dinheiro apareceu nas consultas junto com outros problemas emocionais e foi uma parte importante do sofrimento das pessoas. No final das contas: Quantos de vocês já tiveram alguma vez problemas económicos? A resposta é tão óbvia que transforma essa questão numa piada. Na verdade, podemos separar as pessoas em dois grupos: - aqueles que têm problemas económicos e - aqueles que um dia terão problemas económicos. O mais interessante nesta situação é analisar a falta de educação neste campo ao longo do nosso ciclo de vida. Senão vejamos: houve alguma disciplina na escola onde nos ensinassem como administrar e o que fazer com o nosso dinheiro a nível pessoal? Talvez alguma cadeira na universidade? Num mestrado? É um dos problemas mais comuns e afeta milhões de pessoas no mundo, mas a educação é escassa nessa área. Em novembro de 2017 eu queria registar e saber quanto tempo levaria para ficar rico a partir da minha situação naquela época. Trabalhava como empregado de mesa e ganhava quase mil euros por mês e não gostava da minha vida profissional, então gravei um vídeo no YouTube para que tivesse provas disso. Embora o conceito "rico" possa ser um conceito relativo, considerei-me rico a partir do momento em que consegui trabalhar 2 meses para viver os 10 meses restantes confortável economicamente. E assim foi, 10 meses depois, era rico economicamente. Demorei 10 meses para alcançar esse status.

LEONARDO LOPEZ Empresário, Investidor e Psicólogo Nasceu no Brasil, aos 7 anos viaja pela primeira vez para Portugal e logo em seguida para Espanha. Descobre através do seu pai a paixão pelo mundo empresarial. Aos 19 anos cria a sua primeira empresa, que se tornou referência e aos 21 o seu primeiro restaurante. Fundiu a Psicologia com o mundo empresarial da restauração para ajudar os empresários a criar maior felicidade e efectividade nas suas atividades.

No vídeo, mencionei alguns dos passos que segui durante esse processo e as leis que foram essenciais para que essa transformação ocorresse. Consegui encontrar 7 leis muito importantes: - Uma boa gestão económica é essencial para melhorar a tua saúde monetária. - Dinheiro é igual a energia. Maior energia equivale a mais dinheiro. - A tua experiência anterior com o dinheiro determina a tua realidade atual (a menos que a alteres). O teu relacionamento atual com o dinheiro é o resultado do que ouviste os teus pais ou tutores dizerem sobre o dinheiro. - Pessoas economicamente determinadas pensam a longo prazo e as pessoas economicamente pobres pensam a curto prazo, geralmente no final do mês. - Até que proves que podes administrar o que tens, não terás mais do que aquilo que já tens. - Onde a energia se concentra, a tua atenção flui e os resultados crescem. - O hábito de administrar bem o teu dinheiro é mais importante do que a quantidade que administras.

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Estes foram os 3 passos que segui para melhorar a minha saúde económica: 1. Saber exatamente as minhas despesas. Tinha que ser algo exato e por isso escrevi tudo num papel. 2. Criar um objetivo para curto (3 meses), médio (1 ano) e longo prazo (5 anos). 3. Separar as despesas em diferentes áreas para propósitos específicos. Eu separei em 6 áreas diferentes usando percentagens diferentes: - 10% de investimento - 10% de poupança a longo prazo para despesas 5% (dívidas) e 5% (viagens, carros, motos, universidade, etc.) - 10% de educação. "Se não estás a crescer, estás a morrer." Exemplos, seminários, cursos, mestrados, etc. - 10% Diversão - massagens, restaurantes, festas, artigos de luxo, etc. - 5% Doação - 55% de necessidades. Aluguer, eletricidade, água, comida, ginásio, telemóvel, internet, carro, gasolina, seguro, etc. Não se trata de ter dinheiro suficiente para começar a separar e administrar o teu dinheiro com eficácia, mas, quando aprenderes a administrar o teu dinheiro, terás dinheiro de sobra. Este é o princípio universal da gestão. LEONARDO LOPEZ EMPRESÁRIO, INVESTIDOR E PSICÓLOGO leonardoferreiralopez@gmail.com Instagram: leoeponto

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RELACIONAMENTOS E ENEAGRAMA – QUAL O TIPO DE PERSONALIDADE PARA UMA RELAÇÃO PERFEITA?

“ Mulher madura, sabendo o que quer da Vida, personalidade Tipo 3, procura Homem com sentido de responsabilidade e dinâmico personalidade Tipo 7 para uma relação séria.” Será este anuncio possível de gerar uma relação feliz? Não colocaria aqui as minhas esperanças. O conhecimento sobre a personalidade base do nosso companheiro/a pode ser uma ferramenta fundamental para entender os seus comportamentos e a forma como cada um dos membros da relação poderão reagir sobre stress, e dessa forma se possa antecipar alguns dos motivos essenciais dos seus constrangimentos. Isso dá numa primeira instância uma sensação de segurança. Algo que todos nós invariavelmente procuramos ver satisfeito numa relação. Com regularidade escutamos casais referirem que havia uma relação antes e uma relação depois de conhecerem o Eneagrama. O motivo fundamental para esta transformação deve-se essencialmente à nossa disponibilidade para compreender os comportamentos dos outros em vez de os interpretar como agressões. Conseguir antecipar comportamentos sob stress e entender as motivações que possam estar nessa origem, ajuda muitas vezes casais a relativizar e a solucionar inicio de conflitos fruto tantas vezes das suas inseguranças. Fica claro que a utilização do Eneagrama não se refere à procura de pares perfeitos ou que existam tipos de personalidade com maior possibilidade de sucesso que outras quaisquer combinações. Ou seja, um casal composto por personalidades Tipo 3 e Tipo 7 têm a mesma possibilidade de sucesso ou insucesso que qualquer outra combinação. A chave do conhecimento dos tipos de personalidade não é manifestada pela sua combinação senão pelo seu reconhecimento.

EDUARDO TORGAL Coach, Autor, Especialista em Eneagrama. Em 2004 escolheu que quer passar a sua vida a transformar vidas. Desde então se dedica ao Coaching, ao Eneagrama e à transformação apoiando outros a concretizar o sonho de Viver o sonho das suas carreiras e dos seus relacionamentos. Autor de "Descubra a sua personalidade com o Eneagrama" e "40 dias e 1 segundo para mudar a sua vida" Ainda que esta compreensão mútua seja decisiva, antes de qualquer coisa aconteça teremos que ultrapassar uma primeira barreira – o “Love Map”. Na base da nossa relação e da sua sustentabilidade está neste fator determinante. O que cada um de nós considera, consciente ou inconscientemente essencial o outro parceiro ter, que faz com que nos sentamos atraídos? A esse mistério nós determinamos Love Map. Para muitos de nós um segredo bem guardado, esse mapa foi construído na base daquilo que foi o nosso modelo de relação assistido enquanto crianças. Aquilo que enquanto crianças observámos como tendo sido o Amor fonte da nossa existência, passa muitas vezes inconsciente para o nosso paradigma de relação. Assim procuramos relações violentas, indiferentes ou apaixonantes dependendo do modelo que percepcionamos através da nossa cristalizada observação enquanto crianças. Outras vezes, mais subtilmente procuramos na outra pessoa o elemento que resolve os problemas, ou que aparenta ser bem sucedido, ou que se disponibiliza a ser ajudado ou outro padrão qualquer que aparenta nos dar uma sensação de conforto.

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Essa busca vem muito frequentemente dessa fonte de informação que foram os nossos progenitores (geralmente o Pai relativo às mulheres e a Mãe relativo aos homens), ou por contraste pelo preenchimento de uma necessidade de expressão de uma nossa vertente que não foi autorizada a ser expressada como desejávamos. Um tipo de emotividade, liberdade, expressividade, controlo que não nos foi autorizado manifestar e que hoje encontramos em outra pessoa. Ver essa característica nessa pessoa faz-nos relembrar de nós e isso é reconfortante. Compreender o seu Love Map e compreender-se a si e aos outros pode fazer a diferença na sua relação consigo mesmo/a e depois com os outros. Compreender os nossos mais básicos impulsos, interpretar os comportamentos dos outros e os riscos de nos apoiamos desequilibradamente nos outros

para nos compensar, pode fazer a diferença entre o sucesso e o insucesso de uma relação. “ A melhor maneira de ser feliz com alguém é aprender a ser feliz sozinho. Daí a companhia será uma questão de escolha e não de necessidade.” Jo Soares

Oferta de ebook com as 5 regras para amar sem perder a tua autenticidade. https://ip.eneacoaching.com/ebook-5-regras

EDUARDO TORGAL COACH E AUTOR

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PRIORIZA A TUA AUTO-ESTIMA!

É urgente estar consciente do nosso núcleo de

atributos, de recursos para que possamos viver a vida que merecemos usando todos os nossos talentos e forças. O problema quando existe baixa auto-estima é que raramente temos consciência desses nossos atributos e quando temos, minimizamo-los . É por isso que muitas pessoas com baixa auto-estima necessitam de ajuda para reconhecer as suas forças. EXERCÍCIO: Pensa em algo do teu passado , algo bom que aconteceu , algo marcante (1º emprego, carta de condução, primeiro beijo, qualquer coisa por pequena que seja). Fecha os olhos, isso ajuda a tua imaginação e a tua mente a trabalhar melhor. À medida que relaxas, concentra-te na tua respiração, lembra esse momento, lembra as sensações desse acontecimento especial, onde estavas, que cores estavam à tua volta, os sons. Resistindo à tentação de minimizar esse momento - é muito fácil fazê-lo de reduzir as tuas conquistas. Mantendo os olhos fechados recorda e escolhe agora alguém que te conheça bem, que te dá uma opinião sincera, alguém que te conhece e percebe porque é que te diz o que te diz. Pensa nas qualidades que essa pessoa te atribui: determinação, confiança. honestidade, sejam quais forem, sente cada uma dessas forças e características tuas. Sente e ouve como um sussurro as palavras que essa pessoa diria a teu respeito. Quando fazemos algo muito bem, facilmente esquecemos o poder que tem sobre nós a sensação de algo bem feito, porque é algo que nos parece fácil demais. Sente essas sensações de empoderamento que te passam essas características e pontos fortes que te atribuem. Quando relaxamos vemos as coisas de outra perspectiva, longe da usual baixa-estima. Não basta mudar o pensamento, há que mudar a emoção. Os nossos pensamentos seguem as nossas emoções. É hora de parar de viver no lado do patinho feio e recuperar o teu poder . Quando a tua auto-estima começar a evoluir naturalmente, desenvolverás a autoconsciência do teu núcleo de forças e talentos,

sem ter que pensar neles. É usual dizer que precisamos ir dentro de nós para desenvolver a auto-estima , esquecemos no entanto que somos parte de algo maior, precisamos viver de acordo com esse algo maior de forma a que nos sintamos parte dele, de forma a nos sentirmos bem e felizes . Assim como as flores murcham quando não recebem da natureza o que precisam, também acontece connosco quando não satisfazemos as nossas necessidades básicas, físicas e emocionais, que alimentam a nossa auto estima. Quanto mais consciente disso estiveres, quanto mais tornares o teu bem-estar numa necessidade básica, mais confiante e forte serás, mais sentirás a plenitude do Amor-Próprio e tornarás a tua autoestima como algo a nutrir todos os dias, como algo fundamental na sustentação das tuas emoções e acções.

SÓNIA RIBEIRO MINDSET COACH, HIPNOTERAPEUTA E AUTORA coach@promind7.com www.promind7.com

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AGÊNCIA SANTARÉM Parceiro ProMIND7

Viajar não muda o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. As viagens só mudam as pessoas.

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FEV JA EN REIRO 2019 | ANO 1 | NÚMERO 2 1

INDSET INDSET AGAZINE M MAGAZINE Desenvolvimento Pessoal, Auto-Conhecimento e Espiritualidade

13 LIÇÕES DE VIDA! Se cair levante-se apenas mais uma vez do que as que caiu

O PODER DO PERDÃO

ATÉ BREVE! A melhor maneira de iniciar a "limpeza interna"

MINDSET: A PORTA PARA A MUDANÇA DA REALIDADE A grande chave para a mudança é a auto responsabilização

ENTREVISTA A YONIEL GARCIA

MOTIVA-ME O SER HUMANO, A REALIZAÇÃO DO SER HUMANO, A FELICIDADE DO SER HUMANO.


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