Alê Oliveira
Marcas Pelo terceiro ano consecutivo, a Apple lidera o ranking Best Global Brands da
Interbrand; a lista das cem empresas mais valiosas segue com Google e Coca-Cola
pág. 7
on e off devem se unir
ANO 51 - Nº 2568 - São Paulo, 12 de outubro de 2015
R$ 9,50
Federico Grosso (foto), da Adobe, fala que esta não é a hora de separar áreas on e offline. págs. 22 e 23
Jornais ganham nova métrica Em uma união inédita da Ipsos, IVC (Instituto Verificador de Comunicação) e Comscore, foi desenvolvida nova metodologia que cruza os dados dos três institutos de pesquisa para se chegar a novos números de audiência dos jornais. A iniciativa é resultado de um pedido da ANJ (Associação Nacional de Jornais). O diretor-geral da Ipsos Connect, Flavio Ferrari (foto), fala que o objetivo é dar a real dimensão da audiência das publicações nas diversas plataformas. “A leitura vem aumentando exponencialmente, nunca se leu tanto jornal como agora”, ele diz. pág. 21
Marçal Neto
Talent Marcel se apresenta Hall da Fama Alê Oliveira
Arthur Sadoun (abaixado na foto), CEO global da Publicis Worldwide, e Paulo Giovanni, chairman da PWW no Brasil (à direita), participaram do lançamento da Talent Marcel. Nova agência tem José Eustachio (à esq.) como chairman e João Livi, ao lado de Giovanni, no cargo de CEO. pág. 16
dia das crianças
E o consumo consciente?
Divulgação
Em homenagem ao Dia das Crianças, o propmark convidou seis agências para criar sobre consumo consciente, tema de uma matéria especial. Acima, destaque para desenhos feitos no anúncio da Lew’Lara/TBWA. DM9DDB, Full Jazz, Matriz, Ogilvy e Publicis também participam. págs. 30 e 31
tem mais 38
Divulgação
Academia Brasileira de Marketing elegeu mais 38 profissionais para o Hall da Fama. Entre eles, está Sergio Gordilho (foto), da Africa. pág. 6
EXECUTIVOS DA FIFA SÃO SUSPENSOS
pág. 21
ÍNDICE Editorial.................................................................................. 2 Dorinho................................................................................... 2 Entrevista .............................................................................4 Hall da Fama do Marketing.....................................6 Mundo.com.........................................................................6 Best Global Brands ....................................................... 7 Lula Vieira............................................................................ 8
Marketing Day.................................................................. 11 Beyond the Line............................................................... 11 Madia..................................................................................... 14 Talent Marcel é apresentada................................16 Jornais têm nova métrica........................................ 21 Adobe Max............................................................ 22 e 23 Supercenas........................................................................ 24 SBT prepara Teleton..................................................28 Ebap 2015...........................................................................29 Especial Dia das Crianças........................... 30 e 31 Quem Fez .......................................................................... 32 Z+ cria campanha para HB20............................. 33 Marcas & Produtos......................................................38 Cresce mercado de games.....................................39 Breaks e afins................................................................. 40
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j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015
editorialp+m por Armando Ferrentini aferrentini@editorareferencia.com.br
Nenhum tipo de mídia de massa desapareceu do mercado, mesmo as que surgiram em tempos imemoriais
Mudanças 1. O senador Romário, que tanto encantou os brasileiros com o seu futebol-arte, prossegue sendo um craque na vida política nacional. Há pouco, acusado pela revista Veja de ter conta bancária na Suíça, não fez por menos: tomou um avião e procurou o banco que teria emitido o extrato da “sua” conta-corrente no mesmo, cujo fac-símile foi reproduzido pela Veja. Confiante de que era vítima de uma farsa, voltou com uma declaração do banco suíço de que aquele extrato era falso e ele, Romário, não possuía conta alguma no banco. A revista Veja viu-se na obrigação de desmentir sua notícia e o fez com dignidade. Erros acontecem e algumas fontes, parecendo confiáveis, nem sempre assim são. Pois esse mesmo senador Romário acaba de apresentar projeto de lei determinando que os jovens estudantes brasileiros tenham uma matéria a mais no seu aprendizado escolar: a Constituição Brasileira. Achamos ótima a iniciativa do craque Romário, porque a maioria das pessoas em nosso país desconhece os ditames da Carta Magna e, por isso, se abstém de exigir mudanças em dispositivos absurdos, como o que determina que os integrantes do STF sejam indicados pelo presidente da República, passando em seguida para o crivo do Parlamento. Se a própria Constituição abre seu texto estabelecendo que os Poderes da República são três: Executivo, Legislativo e Judiciário, independentes e harmônicos entre si, como pode depois determinar que os integrantes da mais alta corte do Judiciário sejam escolhidos pelo chefe de Estado (Executivo), submetendo-se depois a uma confirmação do Legislativo? Além da contradição que o dispositivo contém, há a desconfiança por ele provocada: no caso de o STF ter de julgar a todo chefe de Estado (Executivo), sempre permanecerá a dúvida de que não haverá isenção suficiente para isso por parte no mínimo daqueles que foram nomeados pelo atual governante.
Jornalista Responsável Armando Ferrentini DIRETORES Armando Ferrentini e Nello Ferrentini Diretor de Redação Marcello Queiroz Editores Neusa Spaulucci Kelly Dores (Site) Alê Oliveira (Fotografia) Editores-Assistentes Cristiane Marsola Daniel Milani Dotoli Repórteres Bárbara Barbosa (SP) Vinícius Novaes (SP) Mariana Zirondi (SP–Site) Rafael Vazquez (SP–Site) Ana Paula Jung (RS) Claudia Penteado (RJ) Editor de Arte Adunias Bispo da Luz Assistente Vanessa Franco de Bastos Site www.propmark.mobi www.propmark.com.br Redação Rua François C oty, 228 CEP 01524-030 – São Paulo-SP Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766 e-mail: redacao@propmark.com.br Departamento Comercial Diretor Renato Resston resston@editorareferencia.com.br Tels.: (11) 2065-0743 e (11) 94783-1208 Gerentes Monserrat Miró monserrat@editorareferencia.com.br Tel.: (11) 2065-0744 Sergio Ricardo sergio@editorareferencia.com.br Tel.: (11) 2065-0750 Departamento de Marketing Gerente Máster: Tatiana Milani Ferrentini tatiana@editorareferencia.com.br Consultor Jurídico Tiago A. Milani Ferrentini (OAB/SP nº186.504) tferrentini@editorareferencia.com.br Representantes Comerciais Brasília Meio e Mídia Comunicação Fernando Vasconcelos fernando@meioemidia.com Espírito Santo Dicape Representações e Serviços Dídimo Effgen didimo.effgen@uol.com.br Interior de São Paulo Hathor Business e Marketing Luciane Cristina Bicardi luciane@hathorbusiness.com.br Paraná Rasera e Silva Representações Ltda Paulo Roberto Cardoso da Silva paulo.youneed@gmail.com Rio de Janeiro Original Carioca Mídia Claudia Garcia claudia@originalcarioca.com.br Santa Catarina Comtato Negócios Anuar Pedro Júnior anuar@comtato.net
O Propaganda & Marketing é uma publicação da Editora Referência Ltda. Rua François Coty, 228 São Paulo - SP - C EP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766 As matérias assinadas não representam necessaria mente a opinião deste jornal, podendo até mesmo ser contrárias a ela.
Temos a certeza que discutindo esses pontos controversos com os jovens em sala de aula, o futuro apresentará mudanças nessas disposições feitas propositalmente para servirem de válvulas de escape, como tem ocorrido em boa parte das decisões da Alta Corte ultimamente em nosso país. 2. Além desse tipo de aprendizado, os estudantes perceberão também que, em muitos pontos, a nossa Carta Magna estabelece proteções e liberdades aos governantes, a ponto de eles se confundirem como proprietários do Estado brasileiro, quando na verdade são apenas servidores. Trocando-se esse conceito, também tão comum nos dias que correm, passaremos a evitar situações esdrúxulas como a que foi denunciada em audiência pública na última semana na CPI dos Crimes Cibernéticos da Câmara dos Deputados. Nessa ocasião, o deputado Sandro Alex (PPS-PR) apresentou dados que, em sua opinião, comprovam que o governo federal e empresas de diversas áreas anunciam em sites considerados piratas. A exposição foi feita na presença do ministro-chefe da Secom, Edinho Silva.
*LIBERDADE
A ANJ (Associação Nacional de Jornais) realiza na próxima sexta-feira (16) a entrega do Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2015, em São Paulo. A premiação será entregue à ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, relatora da ação que considerou inconstitucional a exigência de autorização dos interessados (biografados e seus legítimos representantes) para publicação de biografia. Será apresentado ainda o relatório de liberdade de imprensa no Brasil. O evento contará ainda com a presença de Larry Kilman, secretário-geral da WAN-IFRA (Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias). Ele deve falar sobre a liberdade de imprensa pelo mundo.
*EMPREENDEDORES
O Lide – Grupo de Líderes Empresariais realiza entre os dias 13 e 15 de novembro o 6º Fórum de Empreendedores, em Campos do Jordão (SP). O encontro vai reunir investidores e empresários.
*AGRICULTURA
A revista Exame, da Editora Abril, promove, no próximo dia 26, em São Paulo, evento que vai discutir como será a agricultura
Um mundo sem publicidade Humberto Mendes* A matéria publicada no propmark, edição de 5 de outubro, nos dá uma ideia de como seria a vida do consumidor se ele tivesse de pagar pelos fantásticos custos de se fazer um meio de comunicação de qualidade, apenas com o conteúdo editorial, sem publicidade. A matéria nos leva também a discernir sobre valores que até agora o consumidor comum não teve a menor curiosidade de avaliar. E por falar em consumidor comum, vale lembrar que também existem os consumidores supercomuns, aqueles que não pensam e nem têm a menor ideia de como foi possível colocar uma imagem de TV ou texto de jornal ou revista face a face com ele no aconchego de seu lar. Comparativamente, é mais ou menos como abordar um religioso, daqueles que acreditam cegamente nas promessas do dirigente que lhes garante que já tem um lugar separado no céu exclusivamente para os que pagam um dízimo cada vez mais alto, que fica na contemplação de anjos e querubins tocando harpas e saboreando manjares celestiais, mesmo que à custa do sacrifício da própria família. A mulher quer dinheiro para comprar o leite das crianças, mas o pai entende que o dízimo é mais importante do que tudo. Acreditar que é possível fazer um meio de comunicação sem contar como a participação de publicidade é mais ou menos a mesma coisa, miopia no mais alto grau. Penso que seria mais importante estimular o uso de bloqueadores do mau gosto e da violência que grassa nos nossos meios de comunicação. Tem dois programas na televisão em
São Paulo, daqueles que ‘se espremer sai sangue’, nos quais seus apresentadores pleiteiam a pena de morte o tempo todo, quando todos sabemos que a maior parte da violência é fruto da falta de educação. Poderíamos, bloqueando o que não presta na mídia, dar um passo importante para ajudar até o mais comum dos consumidores a refletir sobre sua vida, que é movida a livre arbítrio, liberdade de pensamento e, como bem ensinou Jean Paul Sartre, cada um é responsável por suas escolhas: “a vida é um permanente exercício de equilíbrio entre escolha e consequência...” Voltando ao mundo sem publicidade, poderíamos fazer uma brincadeira na comparação do mundo que temos com aquele imaginado por alguns, felizmente poucos, que têm intolerância à publicidade. Quem sabe assim, eles entenderiam melhor o mundo em que vivemos. Um mundo sem publicidade seria como um mundo sem as mulheres ou um mundo em que as mulheres perdessem o encantamento. Seria como o futebol sem Pelé e Garrincha. Seria como o Brasil sem o Rio de Janeiro e a Bahia. Enfim, seria como se os nossos meios de comunicação perdessem a cor, completamente. Seria um horror. Por isso, proponho trocarmos o tal “ad block” por “bad taste blok”. *VP executivo da Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda)
O parlamentar identificou anúncios de programas como o Mais Médicos, de slogans como “Pátria Educadora” e de empresas públicas, como a Caixa e os Correios, em sites pornográficos e de download ilegal de filmes e músicas.
conhecer melhor e mais detalhadamente os enunciados da Carta Magna.
O deputado Sandro Alex, um dos sub-relatores da comissão, diz ter feito um levantamento nos 50 maiores sites de conteúdo ilícito do Brasil, que, entre fevereiro e julho deste ano, tiveram um bilhão de visualizações. Segundo o parlamentar, ao patrocinar um site criminoso, você está financiando o ilícito. Você pode ser solidário ao crime, afirmou o deputado, para quem a presença do governo federal e de marcas importantes do Brasil nesses sites, como Ford, TAM, Dell e Citröen, além da Caixa Econômica Federal e dos Correios, dão credibilidade ao ilícito.
4. Repercutiu intensamente no mercado o resultado da pesquisa do Instituto Nielsen, realizada em 60 países, dentre os de maior poder econômico, indicando que a publicidade na TV, e em outras mídias tradicionais, tem mais credibilidade em relação ao meio digital.
Edinho Silva, da Secom, afirmou que o governo não tinha conhecimento dos fatos relatados na CPI, reconhecendo serem de extrema gravidade, mas qualificando o governo federal como vítima nesse imbróglio. Edinho Silva prometeu que o governo tentará identificar e processar os responsáveis pela publicidade governamental nesses sites ilegais. Segundo ele, a destinação das verbas é feita com base em critérios técnicos. 3. O projeto do senador Romário demorará para dar frutos, mas lá adiante fará com que os abusos diminuam tendo em vista um maior número de brasileiros passar a
do futuro e quais inovações tecnológicas ditarão as tendências do agronegócio brasileiro e ajudarão o campo a dar um salto de produtividade. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, confirmou presença. Ela deve debater sobre os entraves que impedem o agronegócio de avançar. Participam do fórum o biólogo Fernando Reinach, com a palestra “Como construir a agricultura do futuro”; e os presidentes da John Deer e da Accenture, Paulo Herrmann e Roger Ingold, respectivamente, escalados ao lado do diretor da Precision Planning, José Carlos Carramate, para debater o impulso ao setor gerado por avanços tecnológicos que vão dos drones à computação em nuvem.
*MANDAMENTOS
Francisco Madia, presidente da MadiaMundoMarketing e da Abramark (Academia Brasileira de Marketing), prepara o lançamento da nova edição, revista, atualizada e ampliada, de seu livro “Os 50 Mandamentos do Marketing”. A obra, editada pela M.Books, traz todas as referências, inspirações e insights necessários sobre gestão e marketing para empresários, profissionais e estudantes de todos os setores. A primeira edição foi lançada em 2004 e conquistou dois Prêmios Jabuti, em 2005, nas categorias Melhor Livro de Administração e Melhor Livro Não-Ficção. O lançamento será no próximo dia 26, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo.
*ELEIÇÕES As eleições para a formação da nova diretoria da Ampro (Associação de Marketing Promocional) para o biênio 2016-2017 já
estão em andamento. A assembleia geral que elegerá os novos integrantes está marcada para o dia 1º de dezembro e os associados que desejarem concorrer aos cargos já podem formar as chapas. As candidaturas deverão ser feitas até 3 de novembro. A Ampro é presidida hoje por Kito Mansano.
*HORÁRIO DE VERÃO
No próximo fim de semana, começa o horário de verão de 2015, com início a partir da zero hora de 18 de outubro e duração até a zero hora de 21/02/16. O horário de verão brasileiro, estendido para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, abrange o Distrito Federal e os estados do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
*COLUNISTAS SÃO PAULO
O júri do Prêmio Colunistas S. Paulo, previsto para se realizar no dia 24/10, foi transferido para novembro, em data a ser ainda determinada pela Abracomp.
*COLUNISTAS DESIGN BRASIL
A versão de 2014 do Colunistas Design Brasil terá vencedores relacionados na 6ª edição do Brasil Design Award 2015. Mais um importante reconhecimento do mercado à escolha anual dos jornalistas publicitários.
*VOCÊ SABIA?
Que, em palestra realizada em São Paulo na última quarta-feira, Nizan Guanaes lançou sua candidatura à presidência da Abap Nacional para 2018? E
O projeto de Romário, se transformado em lei, será o seu maior gol de placa.
A pesquisa foi manchete da última edição do propmark, chamando o leitor para amplo esclarecimento sobre a sua metodologia em página interna dessa edição. Aos poucos, a verdade vai sendo restabelecida: os novos meios não vieram para derrubar ninguém. Há espaço para todos e a convergência é o caminho natural de todos. Já se disse aqui certa feita e pode ser repetido: nenhum tipo de mídia de massa desapareceu do mercado, mesmo as que surgiram em tempos imemoriais. Não há dúvidas de que o novo, pela sua própria natureza, tende a chamar mais atenção quando surge. Logo depois, porém, as coisas se ajeitam, diante da oportunidade da comparação mais duradoura entre o que já estava dando certo e o que se apresenta com essa promessa. Que nem sempre se cumpre na intensidade com que foi oferecida.
estimulou empresários do segmento de agência de comunicação publicitária a fazer o mesmo, tornando a disputa mais valiosa?
*FRASES
1. “Confiando nas urnas eletrônicas, o sapo barbudo pavimenta a sua candidatura para 2018.”
(Leonel Brizola, se estivesse vivo) 2. “Numa reunião ministerial, aquele tédio, e o Levy pegou no sono! Eu acho que ele pegou no sono há uns dez anos!” (José Simão, Folha, 6/10) 3. “Não basta ser bem-sucedido. Os outros também precisam fracassar.” (Gore Vidal, no “Duailibi Essencial”, Editora Campus)
DORINHO
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ENTREVISTA Clovis Tramontina
“Queremos ser uma marca querida” Divulgação
Com 104 anos, a Tramontina tem como maior patrimônio a marca. De acordo com Clovis Tramontina, presidente da empresa, os produtos são todos iguais, o que os diferencia é a marca. "Só não compra a marca preferida quem não tem renda”, disse. Mesmo com o atual cenário, o empresário acredita que não dá para recuar. “Se achamos que a luz no fim do túnel está muito distante, é tempo de acelerar. Ou, quem sabe, inventar a própria lâmpada”. Nesta entrevista, ele também falou sobre a recente parceria com a australiana Breville para lançar eletroportáteis. p o r A n a Pa u l a Ju n g Depois de 104 anos, a Tramontina resolveu fazer um acordo de co-branding com a australiana Breville. É a primeira vez que faz uma parceria como esta. Como se deu o negócio? Foram dois anos de pesquisas nesta linha de produtos de eletroportáteis, quando descobrimos a Breville. Porém, eles queriam somente exportar e não vender com a marca Tramontina. Mas nós dissemos que só venderíamos se fosse com a nossa marca. Vocês vão comercializar e fabricar no Brasil? Num primeiro momento, somente importar. A linha é 100% importada. Como a matéria-prima é o aço inox, isso vai possibilitar que a Tramontina seja, no futuro, fabricante da parte inoxidável e exporte para Breville. Então vamos fazer uma parceria mesmo. Vamos vender componentes para eles. Foi uma discussão, uma troca de ideias que durou dois anos para que as duas marcas assinassem em conjunto. Não foi fácil. Quando eles viram a força da distribuição da marca Tramontina, o serviço que nós temos e a força da marca eles disseram que encontraram o melhor parceiro.
E a alta do dólar para a importação? Quando começamos a negociar este contrato com a Breville, o dólar estava no patamar de R$ 2,20. Mas não recuamos. Vocês foram corajosos de fazer este lançamento no atual momento... Com certeza, não é uma decisão fácil ousar em um momento econômico tão delicado. Mas a Tramontina chegou até aqui não foi se escondendo das crises – e olha que já enfrentamos algumas nestes cem anos –, mas encarando cada uma delas, enfrentando as incertezas e ultrapassando nossos medos. Num momento em que já estamos esgotados de tantas notícias ruins, de tantos prognósticos negativos e de tanta indigestão política e econômica, é com muita alegria que anunciamos esta novidade tão positiva. Nós acreditamos no potencial e na força do mercado nacional. E no poder de superação dos brasileiros. A crise econômica afetará os negócios? A gente não pode ser um avestruz que se esconde e não enxerga. Precisamos encontrar maneiras de tentar driblar. Este lançamento é uma das maneiras de entrar em outro nicho de
mercado. Outra iniciativa, por exemplo, é que nós lançamos um tablóide para o fim do ano, porque os meses de outubro, novembro e dezembro são os melhores meses do ano. Fizemos parcerias com nossos fornecedores e nossos clientes para reduzir margens e fazermos preços especiais em 50 linhas de produto, desde ferramentas, panelas, facas, móveis etc., com objetivo de mexer o mercado. Vai ser uma operação ganha-ganha. E uma forma de manter as fábricas trabalhando a pleno. Como foi o ano de 2014? E quais as perspectivas de crescimento para 2015? Tínhamos projetado um crescimento de 17% para este ano com o cenário do ano passado. Só que estamos vendo o seguinte: se atingirmos o que fizemos no ano passado nós estamos satisfeitos.
desafio. Por isso, nossa meta agora é fazer desta união um sucesso comercial no Brasil. Ultrapassamos os cem anos porque nunca paramos de nos reinventar. Hoje estamos mais uma vez nos abrindo para a mudança, para uma nova experiência. Qual é o conceito desta nova linha premium? Queremos atingir o mercado classe A. Antes tínhamos o Tramontina Design Colletion focado para este público, agora complementamos. É a primeira vez que entramos com a linha de eletroportáteis. Qual é a estratégia de se manter na categoria premium, crescer em volume, sem popularizar seus produtos? Temos canais certos para distribuição. A linha não vai ser vendida em todos clientes. São
“Eu entendo que o e-commerce é um canal de vendas e a loja física nunca vai desaparecer. Na propaganda, é a mesma coisa, a mídia digital é um canal, mas tem outras mídias que são tão importantes quanto.” No ano passado, foram R$ 4 bilhões. Ou seja, vamos manter as fábricas. Qual é o conselho que o senhor dá a outros empresários para enfrentar a crise? Onde há crise, há oportunidade. E se achamos que a luz no fim do túnel está muito distante, é tempo de acelerar. Ou, quem sabe, de inventar a própria lâmpada. Como vocês encaram este novo desafio? Para uma empresa com mais de um século dedicado quase que exclusivamente à fabricação própria de seus produtos, juntar-se a outra marca é uma ousadia e tanto. Mas escolhemos bem o parceiro de jornada. Além do mais, nós gostamos de ousar e, principalmente, de inovar. E gostamos ainda mais de um bom
clientes “ponto com” e lojas de presentes. São estas lojas, cerca de 300 pontos, que dão status para os produtos porque dão um direcionamento premium. Qual foi o investimento na parceria com a Breville? Investimento de muito trabalho, de certificação dos produtos junto ao Inmetro, tradução dos manuais para o português. O maior investimento é o estoque. Nosso casamento é para sempre. Quanto a Tramontina vai crescer com a nova linha de eletroportáteis? Isso é nicho de mercado. Para o volume total da Tramontina isso representa muito pouco. Mesmo com a concorrência da China, que tem produtos mais baratos, como as panelas da
marca brasileira conseguem estar em terceiro lugar em vendas nos Estados Unidos? Porque é a Tramontina que tem a melhor panela do mundo. Sem medo de errar. No Brasil, o maior vendedor de Tramontina hoje são as lojas Americanas. Como a marca está representada em todos os estados brasileiros? Vocês têm lojas próprias? Nós temos lojas próprias no Rio de Janeiro e em Salvador. Vamos colocar a segunda loja própria no Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo, e em Santiago do Chile. Temos lojas monomarcas que vendem só Tramontina no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e os demais pontos de venda. A Tramontina lança um produto novo a cada três dias? Como faz para ter tantas novidades? Estamos sempre inovando. Temos 18 mil itens. A marca está iniciando no mundo digital com campanha de conteúdo. Por que somente agora? Quais são os planos nesta área? Nós entramos em televisão em 83. Por que não entramos antes? Porque foi quando surgiu a oportunidade. No meio digital, estamos entrando agora porque surgiu a oportunidade. Mas eu digo que esta é “mais uma” estratégia. Não é “a” estratégia. Eu entendo que o e-commerce é um canal de vendas e a loja física nunca vai desaparecer. Na propaganda, é a mesma coisa, a mídia digital é um canal, mas têm outras mídias que são tão importantes quanto. A Tramontina está fazendo um trabalho de internacionalização da marca? Como está sendo feito este trabalho? Hoje nós temos 11 unidades próprias no exterior, um departamento de marketing, em Porto Alegre, que faz toda divulgação internacional da marca Tramontina, e, localmente, fazemos atividades. Por
exemplo, estive na Nova Guiné e vi que a Tramontina está muito bem presente e bem divulgada lá, principalmente no ponto de venda. Temos alguns países que Tramontina é sinônimo de faca, como na Argentina. A nossa mídia é mais o B2B no exterior do que B2C. É bem mais no ponto de venda, algumas revistas de bordo, alguma campanha de televisão. É muito localmente. Através da JWT, a marca tem conquistado diversos prêmios, inclusive Leões em Cannes. Como vocês veem isso? A marca vê isso como uma ação bárbara. Mais do que uma marca industrial, nós queremos estar na mente e no coração das pessoas. Eu sou fanático por marca. Somos a 11ª marca de prestígio pela revista Época no Brasil. No ranking aparecem só três marcas brasileiras. Somos a terceira em confiança, só perdemos para Nestlé e J&J. Imagina que coisa fantástica. A revista Exame publicou que a Tramontina é a marca número um no “Master Chef” mesmo sem comercial. Como a marca quer ser reconhecida? Mais do que uma marca industrial que assina 18 mil itens, queremos ser uma marca querida. E já estamos no caminho. O que vai fazer a diferença é a marca. Os produtos são iguais. A marca carrega valores. Que valores são esses? Valor de transparência. Isso é muito importante. A juventude, por exemplo, não quer saber de uma empresa que mata bichinho, que desmata floresta, que polui rios. Eles escolhem uma marca que não faz isso. E a marca Tramontina carrega isso. Se alguém tiver opção de escolha entre comprar uma água mineral qualquer, sem marca nenhuma, ou uma água da Nestlé para dar ao filho pequeno, qual delas vai comprar? A Nestlé, é claro, mesmo que ela custe mais caro. A pessoa só não compra se não tiver renda. É aí que está o perigo do desemprego.
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Mercado Entre os profissionais estão Marcio Oliveira e Luiz Leite
Abramark elege novos nomes para o seu Hall da Fama A
Academia Brasileira de Marketing elegeu na semana passada mais 38 profissionais (veja lista abaixo) para o Hall da Fama do Marketing Nacional. Entre os nomes estão Paulo Gregoraci, vice-chairman e COO da WMcCann Brasil; Walter Longo, presidente da Grey Brasil; Sergio Gordilho, copresidente e dire-
tor-geral de criação da Africa; e Luiza Helena Trajano, presidente da Magazine Luiza. Com os novos integrantes, passam a ser 88 os hall of famers da Abramark, que reconhece profissionais e empresários por sua contribuição para a construção e o fortalecimento de um marketing moderno e ético.
os 38 homenageados profissionais
agência / empresa
profissionais
agência / empresa
*Deixou a agência em 2008 **Entre 1976 a 2006
mundo.com
quem é responsável pelo digital na sua empresa? Pula Puppi* ppuppi@blinks.com.br
Está cada vez mais difícil estruturar empresas para tentar atingir o consumidor No fim de semana passado, estava no Shopping Morumbi, precisando urgentemente comprar um tênis novo para meu filho (como pode o pé deles crescer tão rápido?).
Se eu comprar na loja física, vindo de uma campanha com o dinheiro do e-commerce, isso vai valer para a meta dessa área? Como eu mediria e daria o crédito para a mídia do e-commerce neste caso?
Instintivamente, puxei meu celular e busquei: “Comprar tênis infantil no Shopping Morumbi”. Esses foram os meus resultados:
Se a campanha no Google é responsabilidade da agência de performance, uma palavra que não tenha uma boa performance no e-commerce será sempre pausada?
- Tênis infantil marca 1 - Tênis infantil marca 2 - Tênis infantil marca 3 Ou seja, nem um anúncio sequer suprindo a minha necessidade. Comprar online é invariavelmente uma ótima opção – eu prefiro essa, é claro –, mas desta vez essa compra não tinha sido planejada. Hora do contra-ataque. Não consegui evitar e passei a procurar um culpado pela falta de anúncio dos meus clientes. Liguei para a minha equipe, que atende a um cliente de roupas infantis da nossa carteira – que inclusive tem loja no Shopping Morumbi –, e obtive a seguinte resposta: “Não cobrimos esse tipo de busca no celular porque não converte e o ROI da nossa campanha cai”. Para mim, isso não faz sentido. Só porque eu não quero comprar via celular no e-commerce, não vou ser impactada pela marca que está a 200 metros de mim? Sou a consumidora mais fácil de converter, estou ao lado da loja, dizendo exatamente o que eu pretendo comprar e, em vez de um cupom de desconto, não recebo nem um mero anúncio dizendo o piso da loja? Inconformada, iniciei uma jornada de questionamentos, que precisam ser respondidos. Vamos lá! Se eu estava buscando online e querendo comprar na loja física, quem precisa dar o budget para esse tipo de campanha: o e-commerce ou o marketing?
Realmente a performance direta no celular não é boa, então devemos não aparecer para esse consumidor em potencial?
A resposta atual para todas essas perguntas está longe de ser a ideal. Não só a busca, mas toda a disciplina de marketing digital, tem ficado cada vez mais apenas sob responsabilidade do e-commerce das empresas.
Durante todo este ano, tive essa mesma discussão, empresa após empresa, diretor após diretor. Entendo que está cada vez mais difícil estruturar as empresas para tentar atingir este consumidor omni-tudo. Mas esse problema precisa ser endereçado, e rápido!
A sensação que eu tenho é que todos os profissionais, que entendem de marketing digital, estão alocados no e-commerce.
Os departamentos de marketing ficaram restritos ao offline.
E suas agências se acomodaram, criando apenas para esse meio. Só que estamos falando de mais de cem milhões de pessoas. É muita gente para abordarmos apenas no momento da compra. Há muito ainda para entender e fazer...
Como parte desse processo de compreensão das melhores estratégias para performance, vale conferir conteúdo do evento do IAB Brasil no próximo dia 27, em São Paulo. O título é Branding & Performance. [Continua na próxima edição...]
*CEO da Blinks e integrante do Comitê de Performance do IAB Brasil
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Mercado Google e Coca-Cola aparecem na segunda e terceira posições, respectivamente, na pesquisa “Best Global Brands” deste ano
Apple lidera ranking da Interbrand p o r C l a u d i a Pe n t e a d o
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elo terceiro ano consecutivo Apple, Google e Coca-Cola são as marcas globais mais valiosas, de acordo com o ranking anual “Best Global Brands” da Interbrand, que apontou uma lista das 100 mais (veja ao lado a lista das 50 mais). Nesta edição, a Apple está avaliada em US$ 170,276 bilhões, 43% a mais que no ranking anterior, enquanto o Google teve 12% de valorização, chegando a US$ 120,314 bilhões. A Cola-Cola perdeu 4% de valor e está avaliada em US$ 78,423 bilhões. As novidades ficam por conta da Amazon, que entrou pela primeira vez entre as dez primeiras – justamente na décima posição –, e o fato de a IBM ter sido “ultrapassada” pela Microsoft, que passa a ocupar o quarto lugar no ranking, enquanto a IBM foi para o quinto, seguida de Toyota, Samsung, GE e McDonald’s. Daniella Bianchi, diretora-geral da Interbrand, fala que este não foi um ranking de grandes surpresas. As marcas de tecnologia continuam dominando, enquanto a Coca-Cola segue bravamente mantendo a terceira posição, com desafios bem maiores do que as demais. “Sua missão é mais complexa. As marcas de tecnologia foram criadas no mundo digital, já nasceram inovadoras, surpreendendo. A Coca-Cola tem uma gestão de marca muito evoluída e impecável, e o posicionamento da felicidade valoriza a experiência e é muito consistente. Sem falar nas demais ações da empresa focando a sustentabilidade, por exemplo”, analisa. André Matias, diretor de estratégia e avaliação de marcas da Interbrand em São Paulo, fala que a Amazon foi uma das marcas de maior crescimento neste ano porque conseguiu expandir sua atuação – um bom exemplo que aponta a direção que as marcas de me-
As 50 mAIS posição 2014
Marca
valor ( em us$ bi )
crescimento
Marca
26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 lhor performance estão seguindo, procurando se tornar muito mais do que um produto ou um serviço. Outro bom exemplo é a Lego, que pela primeira vez figura no ranking (na 82ª posição), pois transcendeu os bloquinhos de plástico que lhe deram fama para uma empresa de entretenimento que virou game, filme e um mundo de possibilidades. “A dominância clara das marcas de tecnologia
posição 2014
no ranking deste ano reflete o sucesso destas marcas em fazer parte da vida das pessoas por meio de seus produtos e serviços”, analisa Matias.
Escândalo Vale destacar também a força das marcas de automóveis como Toyota e Nissan, que vêm conseguindo se reinventar a partir da tecnologia e de automóveis ecolo-
gicamente corretos. A Toyota valorizou 16% neste ano, enquanto a Nissan subiu algumas posições no ranking ao crescer 19%. Já a Volkswagen desceu da 31ª para a 35ª posição, após viver um escândalo de fraude em motores que culminou na renúncia do CEO global e a abertura de investigações nos Estados Unidos e na Alemanha. “Precisamos observar como a Volks figurará no
valor ( em us$ bi )
crescimento
Fonte: Interbrand
ranking daqui para frente. Minha avaliação é que a empresa reagiu rapidamente às denúncias, ao contrário de outras que passaram por escândalos no passado, como a BP, mas foram lentas na reação e desapareceram por completo do ranking”, comenta Daniella. O ranking da Interbrand não realiza pesquisas específicas, mas vale-se de informações disponíveis no mercado, além de levan-
tamentos anteriores da própria empresa, e leva em conta três aspectos fundamentais: performance financeira, papel da marca na decisão de compra do consumidor e indicadores de fôlego para continuar crescendo no futuro. Este ano, além de Apple, Amazon e Nissan, as marcas que mais cresceram foram Facebook (+54%) e Hermés (+22%). “A Hermés apresenta uma performance consistente e está, como outras marcas de luxo como Moet & Chandon (que figura pela primeira vez no ranking) e Louis Vuitton (20ª posição), renovando seu posicionamento. O mercado asiático certamente é responsável por boa parte do crescimento dessas marcas”, analisa Daniella. Figuram pela primeira vez no ranking, além da Lego e da Moet & Chandom, as marcas PayPal (97ª posição), Mini (98ª) e a chinesa Lenovo, na lanterninha, com a 100ª posição e um valor de US$ 4,114 bilhões. É a segunda chinesa a entrar no ranking, depois da marca de tecnologia Huawei, que já ocupa a 88ª posição. As marcas brasileiras, mais uma vez, não figuram no ranking das 100 maiores globais. E, certamente, não figurarão por algum tempo, uma vez que os critérios são bastante desafiadores. Daniella explica que é preciso ter presença consistente em pelo menos três continentes diferentes e 30% de seu faturamento vindo de regiões diferentes de sua origem. A marca Itaú tem força internacional e fôlego financeiro, mas sua robustez ainda está concentrada na América Latina. Em dezembro deste ano sai o ranking de marcas brasileiras. Um dos temas tratados com mais especificidade serão os patrocínios. “Fizemos uma pesquisa AdHoc sobre o tema e vamos avaliar como os patrocínios influenciam na prosperidade das marcas”, adianta Daniella.
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Digital Plataforma pretende ajudar marcas a traçar estratégias
lu l a v i e i r a
Cliente nua e morta - final
Zeppelin e Perestroika criam laboratório Mission Control
Divulgação
Não estou conseguindo resolver a embrulhada que inventei Como se fazia nos folhetins de antigamente, começarei com um resumo dos dois capítulos anteriores. Meus mais fiéis leitores se recordam.
vida estabelecendo enfoques e prioridades. Bem, antes de mais nada, seria bom eu saber o que tinha acontecido, já que à primeira vista eu estava completamente fodido.
Eu acordei na sala de reunião de meu cliente, importante multinacional, com uma enorme de uma dor de cabeça, e encontrei a diretora de marketing morta sentada em sua mesa, nua, com um rio de sangue escorrendo de sua cabeça.
Se alguém entrasse na sala eu não teria uma boa explicação. Ou melhor, não teria explicação. Nem o Cerveró tinha sido pego em situação mais constrangedora.
Na sala em que nos encontrávamos não havia ninguém, a não ser um busto de Napoleão de bronze manchado de sangue.
Dizer o quê? O clássico “não é nada disso que você está pensando?” “Só falarei em juízo”, “Isso é uma armação política!” Mas somente duas pessoas poderiam saber o que aconteceu. E uma delas estava com amnésia. A outra morta.
Eu não me lembrava de nada, a não ser que o início da reunião tinha sido terrível, com a diretora me comunicando que decidira trocar de agência. Depois havia um lapso e, como numa passagem de tempo através de uma fusão rápida, eu me encontrara sentado no sofá de couro da sala. E ela morta. E nua, como já repeti diversas vezes, mas acho que é um detalhe (detalhe?) muito importante nesta história. Como o leitor se lembra também, logo após meu regresso ao mundo consciente, recebi dois telefonemas pelo celular. Um de uma repórter de um jornal especializado em propaganda me perguntando sobre a campanha que eu tinha ido apresentar. Eu contei a ela que estava na sala com a cliente morta e nua, mas ela precisava “fechar a matéria” e tudo que queria saber era o resultado da apresentação e a verba. Como eu não tinha respondido o que interessava, também não ouviu o que eu tinha acabado de dizer e desligou. A outra ligação foi do Paulo Castro, o diretor de criação que achou que a cliente estava morta por puro entusiasmo e estava nua simplesmente porque eu tinha resolvido dar uma rapidinha na hora do expediente. Agora eu continuava do mesmo jeito. Sozinho e sem ninguém para dividir o problema. Daí me lembrei do Bob Kinsey, lendário formador de profissionais da Young&Rubicam e resolvi organizar minha
Bom, daí eu tomei uma decisão. Parar de escrever histórias de mistério, pois faz semanas que eu não consigo pensar em outra coisa. Como sair dessa situação? Talento para criar a confusão eu tive. Mas não estou conseguindo resolver a embrulhada que inventei. Foi assim quando eu criei minha agência. Foi assim quando aceitei fazer palestras na Fundação Getúlio Vargas. Foi assim quando aceitei ser colunista da Rádio Estadão. O que é pior, foi assim quando aceitei fazer crônicas semanais aqui neste jornal. Fiquei com a obrigação de escrever coisas inteligentes a cada sete dias. Mal sei escrever toda semana, imagine coisas inteligentes. Isso me lembra um pouco o que eu sentia quando conseguia convencer a namorada a ir para o motel. No caminho eu ia pensando: e agora? Vai funcionar? Ela vai rir da minha cara? Vai rir do meu pinto? Não vai rir? Vai chorar? A grande vantagem é que, escrevendo ficção, você pode desistir de tudo e pedir penico. Na vida não. E eu estou aqui na sala da cliente. Nua e morta. E – o que é pior – sem a conta. Também não consigo me lembrar do que aconteceu. Me sinto meio Dilma. Será que existe saída? lulavieira@grupomesa.com.br
Cappra: “Criamos um algoritmo que organiza e transforma esses números em informações” p o r A n a Pa u l a J u n g
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Zeppelin, em parceria com a Perestroika, lançou o Mission Control. Segundo os fundadores, esse é o primeiro laboratório aberto de visualização de dados para análise em tempo real do Brasil. Desenvolvido pelo cientista de dados Ricardo Cappra, o Mission Control funciona como uma plataforma aberta para uso de agências e empresas de todo o Brasil. Liderado pela consultora Letícia Pozza, o Mission Control está instalado em uma sala estilo high tech bunker, equipada com seis telões com diferentes dashboards para visualização dos dados. O trabalho começa com um briefing com perguntas bem específicas sobre o que o cliente quer saber para ter o objetivo da missão. Depois de 24 horas é feita a reunião na qual o cliente pode ver o monitoramento das redes sociais. A experiência do usuário dura em média quatro horas, com pesquisas específicas sobre o seu ne-
gócio. “O cliente vê, ao vivo, tudo o que estão falando no ambiente digital sobre sua marca ou seu produto e também da concorrência”, conta Letícia. O Mission Control é um centro de comando orientado por estatísticas matemáticas que coleta dados e informações abertas em várias fontes, incluindo Google, Google Analytics, Facebook, Twitter e Instagram. As informações são apresentadas de forma visual para apoiar a tomada de decisão. “Criamos um algoritmo que organiza e transforma esses números em informações qualificadas”, explica Cappra. A ideia, segundo Letícia, é proporcionar meios para que as empresas consigam definir suas estratégias de comunicação e relacionamento com o mercado a partir do comportamento do seu consumidor. “As informações ajudam de várias formas, desde ter insights de ação, como também montar projetos de inteligência competitiva, visualizar perfis de
consumo, realizar brainstorms orientados por dados, monitorar a reputação da marca e gerenciar crises”, diz. “Não temos as respostas certas e nem queremos ter. A gente quer evidenciar o que os dados mostram e facilitar a tomada de decisão. A partir daí, é uma cocriação. Depois da experiência, o cliente sai com os insights prontos para transformá-los em ações. Nós entregamos as ferramentas”, fala Letícia. As informações são apresentadas em seis produtos diferentes: exploratório, analítico, criativo, performance, audiência e crise. Conforme a necessidade, o cliente pode optar entre quatro formatos: sessões avulsas, semanais, quinzenais e mensais. “As decisões passam a ser tomadas com base em números e dados objetivos e não apenas por intuição”, reforça Letícia. “A informação é qualificada quando é entregue para pessoa certa. Ensinamos a empresa a gerar a cultura de olhar para os dados”, finaliza.
Mercado Executivo da Teradata fala sobre desafios do país
Brasil perde para Argentina e Chile no uso de big data Divulgação
por Bá rbara Barbosa
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Vale do Silício, centro mundial da inovação, é considerado a região mais evoluída com relação ao uso de big data – até aí, nada que surpreenda ou espante. Despontando positivamente neste mercado também estão Suíça e Alemanha, enquanto o mercado latino-americano segue com desafios na implementação de tecnologias, com países como Argentina e Chile demonstrando mais eficiência do que o Brasil. As informações são de Stephen Brobst, CTO da Teradata, multinacional californiana de big data, análise de dados e aplicações de marketing que patrocinou um relatório, em parceria com a McKinsey, com informações a respeito do impacto das iniciativas de big data sobre as práticas e culturas organizacionais. Realizado globalmente com 316 tomadores de decisão das áreas de tecnologia e informação em empresas líderes – das pessoas ouvidas, 43% são da América do Norte, 34% da Europa, 22% da Ásia e 1% do Oriente Médio –, o relatório é resultado de um questionário elaborado pela Forbs Insights e revela a eficiência no uso de big data nessas regiões e, consequentemente, mostra a América Latina fora desse pool. A maioria dos entrevistados relatou não apenas um investimento considerável em big data analytics, mas um expressivo retorno sobre este investimento. Em todas as categorias de investimento, cerca de 90% das organizações relatam níveis médio e alto de investimento, e cerca de um terço considera seus investimentos “muito significativos”. Além disso, cerca de dois terços dos entrevistados relatam que big data e iniciativas de análise de dados tiveram um
Brobst: “Ter tecnologia não é o suficiente para o bom uso”
impacto expressivo e mensurável sobre as suas receitas. Entre as áreas mais impactadas pelo uso de big data apareceram criação de novos modelos de negócios (54%); descoberta de novas ofertas de produtos (52%); e monetização de dados a empresas externas (40%). A pesquisa também revela desafios culturais no uso de big data. De acordo com Stephen Brobst, entender que o uso de dados ultrapassa estratégias digitais é um deles. O executivo lembra que esse tipo de tecnologia é uma ferramenta para entender melhor o consumidor em diversos aspectos, ajudando a construir marcas, desenvolver produtos e fazer investimentos mais assertivos em diversas áreas e mercados. “Ter tecnologia não é o suficiente para o bom uso de big data. É preciso trabalhar a questão cultural das empresas e esse é um desafio”, comenta Brobst.
Brasil
Especificamente sobre o Brasil, onde a Teradata também está presente, Brobst acredita que o país esteja atrás de outros da região, como Argentina e Chile, não apenas por razões culturais, mas, possivelmente, devido ao momento econômico pelo qual o país passa. “As marcas e empresas precisam entender que não é só sobre usar a tecnologia, mas conhecer mais o seu potencial para entender melhor seu consumidor. Para o Brasil, o momento é desafiador, mas o uso de big data pode inclusive ajudar no momento de crise”, diz. “Em alguns casos já percebemos um bom uso. O Brasil já usa big data, por isso a questão não é saber quanto tempo vai levar para ele ter valor, mas sim quando as organizações vão começar a pensar nele como ferramenta importante. Uma vez que isso aconteça, as pessoas passam a reconhecer seu valor”, reforça o executivo.
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Mídia Modelo adotado pela empresa coloca painéis publicitários acoplados a sistema de coleta seletiva de lixo em pontos da Infraero
Coletiva faz um ano em aeroportos
Fotos: Alê Oliveira e Divulgação
Claudio Santos: modelo pioneiro no país atende a questões sustentáveis
Painéis acompanham a coleta seletiva em dez aeroportos e veiculam marcas, como a do Multishow
letadas e resultaram em mais de R$ 170 mil para as cooperativas”, conta o executivo, lembrando que o modelo desenvolvido pela Coletiva é exclusivo para a Infraero.
por Bá rbara Barbosa
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á um ano a Coletiva – Ideias para o Futuro surgia no mercado como a primeira empresa a desenvolver um modelo de mídia aeroportuária que, além de comunicar, valorizava a sustentabilidade. De lá para cá, a união da publicidade a questões sustentáveis vem sendo feita por meio da coleta seletiva de lixo realizada a partir dos mobiliários desenvolvidos pela empresa especialmente para dez aeroportos do Brasil, totalizando, hoje, 989 telas publicitárias instaladas em pontos comandados pela Infraero. De acordo com o diretor-associado da Coletiva, Claudio Santos, o modelo é considerado uma “mídia sustentável”, pois atende a três pilares fundamentais da sustentabilidade: a ambiental, por contribuir com a coleta seletiva de lixo, garantindo o descarte correto de resíduos; o social, pois todo o resíduo recolhido é entregue a cooperativas de catadores, que têm sua renda complementada; e o econômico, uma vez que o investimento financeiro nesta mídia garante o desenvolvimento dos demais aspectos da cadeia. “Funcionamos como uma mídia sustentável, que tem uma equipe dedicada a cada aeroporto onde estamos presentes, coletando diariamente os resíduos para serem destinados às cooperativas. Com isso, mais de 200 toneladas de resíduos já foram co-
Parcerias
Propaganda do SporTV veiculada em espaço da Coletiva, que ajuda 16 cooperativas de catadores
Embora tenha sido fundada há um ano, a disponibilização de publicidade nos painéis da Coletiva teve início em janeiro. De lá para cá, mais de 30 marcas já anunciaram nos espaços, entre elas Gol Linhas Aéreas, Hyundai, Netshoes, SporTV, Bradesco, Ariel, Citibank, Cinemark, CNA, Multishow, Correios e Heineken, entre outras. Ao todo, mil pontos de publicidade administrados pela Coletiva, entre modelos horizontais, verticais, estáticos e móveis, estão distribuídos entre os aeroportos de Congonhas, Santos Dumont, Internacional de Salvador, Internacional de Porto Alegre, Internacional de Recife, Internacional de Curitiba, Internacional de Fortaleza, Internacional de Manaus, Internacional de Cuiabá e Aeroporto da Pampulha. No ano passado, estima-se que o público impactado pelos anúncios nesses pontos tenha sido de 74 milhões de pessoas. Em relação às cooperativas de catadores auxiliadas pela Coletiva, são 16 parceiras até o momento, num total de 450 pessoas beneficiadas pelo sistema. “Além da exposição da marca, geramos resultados mensuráveis ambientais e sociais”, ressalta Santos.
São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 11
Mercado Fundação Getúlio Vargas abrigou Marketing Day; o engajamento entre as marcas e o consumidor foi um dos assuntos da pauta
Profissionais debatem tendências Fotos: Divulgação
sumidor possui. “Ele chega na loja muito bem informado e, durante todo o processo de compra, fica com o celular na mão para questionar, se for preciso”, diz. Ana Paula Andrade, presidente do Comitê de Trade Marketing da Ampro (Associação de Marketing Promocional), foi a responsável por fechar o primeiro painel. Segundo ela, “o futuro do marketing é ser cada vez mais humano”. “O consumidor já decidiu que não vai haver barreiras”, afirmou. Ela também falou sobre a importância do ponto de venda. “O trabalho no PDV é o lugar onde a gente faz o link do consumidor com os outros canais de venda”, explicou Ana Paula.
“O
engajamento é algo que vai além de um like, de um comentário ou de compartilhamento”. A frase é de Adriana Molari, gerente de conections da Ambev, durante o FGV Marketing Day – Tendências e Experiências, realizado na semana passada, em São Paulo. Para ela, engajamento não pode ser medido dessa forma. “A pessoa pode curtir algo que uma marca postou e depois se esquecer”, afirma. De acordo com Adriana, para que ocorra um engajamento, é necessário que haja união entre a empresa, que entrega algo que ela chamou de “reason to believe”, e o consumidor. “A partir de então, o consumidor passa a advogar a favor da marca”, explica. “Engajar é uma forma de conectar mundos”. Adriana citou alguns cases que ilustram formas bem-sucedidas de engajamento. Um deles foi o movimento #WeAllLoveBeer. A campanha instalou câmeras escondidas em bares nos Estados Unidos e gravou o momento em que casais pediam bebidas ao garçom. Nesses casos, as mulheres quiseram cerveja e os homens drinques. O funcionário, no entanto, sempre voltava oferecendo a elas os drinques e a eles as cervejas. O vídeo, que já tem mais de um milhão de acessos, virou hit nas redes sociais e mostra de uma maneira simples e criativa o preconceito velado no universo cervejeiro. “Certamente, muitas mulheres se sentiram representadas e passaram a advogar a favor”, diz. O “Movimento por um Futebol Melhor”, iniciativa que dá benefícios aos sócios-torcedores dos clubes participantes, foi outro exemplo citado por Adriana. “A ‘reason to believe’, neste caso, é de que o futebol pode ser melhor, isso é um exemplo de engajamento”, explica. Os frutos colhidos até aqui
E-COMMERCE
“Movimento por um Futebol Melhor” já reuniu mais de 60 clubes brasileiros, além de redes de supermercados
já reuniram 66 clubes e 69 redes de supermercado parceiras.
LOJAS FÍSICAS Para Henrique de Campos Jr., professor da Fundação Getúlio Vargas, o comportamento do consumidor mudou bastante nos últimos anos. “Hoje, nós sabemos que a loja está no bolso de cada pessoa graças a tudo que a tecnologia pode proporcionar”, disse. Campos, no entanto, afirmou que existe um abismo entre o que o consumidor deseja e o que lhe é oferecido. “O consumidor escolheu esse caminho da tecnologia. Agora, cabe a nós acharmos caminhos para se adaptar a ele”, diz. O especialista ainda citou pesquisas que apontam para este caminho. De acordo com um estudo
Ana Paula Andrade: marketing cada vez mais humano
feito pela Nic.br, 60% dos consumidores brasileiros consultam produtos pelo meio online antes de concretizar a compra. Já outra pesquisa apresentada, feita pelo Google neste ano, revelou que 74% dos usuários de smartphones olham os produtos dentro da loja. “A tecnologia gera tráfego para a loja”, enfatiza Campos Jr. Mariana Manita, gerente de marketing da Fnac, fez um contraponto. Ela questionou o porquê de o cliente ainda ir até as lojas físicas, mesmo neste cenário tecnológico. Os motivos são vários, de acordo com ela. “O cliente ainda vai até a loja física porque ele quer questionar e ser surpreendido”, destaca. Outro ponto que ela destacou foi sobre a informação que o con-
O e-commerce também foi assunto durante o FGV Marketing Day. Leandro Guissoni e Tânia Veludo, professores da instituição, foram os responsáveis pela apresentação do assunto e dar uma dimensão do segmento no país. De acordo com os especialistas, o Brasil gastou no ano passado, por exemplo, US$ 13 bilhões em e-commerce, o que representou um aumento de 25% em relação ao ano anterior. O país, no entanto, é responsável por 53,3% das vendas de comércio eletrônico da América Latina. “Um bom exemplo de índice de conversão no Brasil é o Uol, o que pode ser resultado da parceria que a empresa fez com o Deezer, plataforma musical, recentemente”, lembra Tânia Veludo. Já Leandro Guissoni resumiu a atual situação do e-commerce no país em três palavras. “Estamos vivendo atualmente três pontos importantes, que são o crescimento do segmento, a captação e a busca por rentabilidade”, diz. Pelo lado do consumidor, Guissoni afirmou que “existe uma busca por parte dele do que há de melhor em cada e-commerce”.
RINO COM
beyond the line
Inspiração Alexis Thuller Pagliarini* alexis@fenapro.org.br
Pesquisas demonstram que os meios ditos tradicionais continuam fortes
Isso me lembra um pouco a responsabilidade dos redatores de agências, que, todas as semanas, recebem briefings com demandas exigindo uma sacada criativa, inusitada, capaz de contribuir com a performance de produtos, empresas e instituições. E quando se produz algo excepcional, nem dá tempo de comemorar porque na semana seguinte tem mais briefings e mais outros, mais outros e mais outros... Mesmo os escritores de sucesso relatam o estresse que é terminar um livro. Lembro de uma declaração de Jorge Amado afirmando que cada livro era um sofrimento. Quantas vezes vimos personagens de filmes lidando com a dificuldade de se gerar textos que merecem ser publicados. Aquela famosa cena de centenas de folhas de papel sendo jogadas no lixo (dos tempos em que não havia computadores pessoais). Pois bem, cá estou eu às voltas com mais um texto para a coluna Beyond the Line. E o que me inspira desta vez é o nome da coluna: Beyond the Line. A escolha deste nome se deu em parceria com Marcello Queiroz. Procurávamos um nome coerente com a minha atuação profissional à época. Eu era sócio de uma agência de marketing promocional, trade marketing e eventos, além de VP da Ampro (Associação de Marketing Promocional). Portanto, eu atuava no setor Below the Line. Sim, havia uma divisão um tanto quanto pejorativa para o setor de marketing promocional, colocando-o abaixo
A comunicação, o marketing não deveria ter linhas separadoras. Seríamos, então, Beyond the Line. Além da linha. Aliás, dane-se a linha! Essa era a pegada que nós decidimos adotar. Se, na época, a abordagem era inovadora e questionadora, hoje é mais do que oportuna. Com o tempo, fui atuando de forma bem mais abrangente, tornando-me gestor de marketing de empresas, passando para o lado de “cliente” e voltando às origens, lidando com comunicação e marketing de forma mais abrangente. E o Beyond the Line passou a ser uma abordagem mais ampla. E o bacana é que o nome atende às demandas bastante atuais de se pensar comunicação e marketing de forma mais holística e integrada, rompendo linhas divisórias. Mais do que nunca, devemos pensar Beyond the Line. Uma linha mais recente fez uma separação entre on e offline. Separação esta que vem sendo derrubada. Embora ainda persistam especialistas do universo online – assim como persistem aqueles dedicados unicamente ao marketing promocional (ou Live Marketing) –, todos estão sendo impulsionados a pensar no todo, sem barreiras ou divisões. Outra linha preconceituosa foi criada para separar a propaganda (dita tradicional) das soluções online. E mais esse muro de Berlim vem sendo derrubado. Há termos moderninhos que pregam a atuação disruptiva, tentando desvalorizar o que é tradicional. Pura bobagem! Pesquisas recentes demonstram claramente que os meios ditos tradicionais continuam mais fortes que nunca. Enquanto alguns apregoam o fim da TV, ela mostra-se mais eficaz do que nunca. Já tentaram “matar” o rádio e ele se reinventa e continua sendo super-relevante. “Nunca se leu tanto jornal como agora”, diz a campanha da ANJ. E é verdade! Os meios mudam, mas os hábitos permanecem. Pois é assim que este colunista se enche de orgulho em saber que essa coisa de linhas divisórias é algo para continuar sendo questionado. Danem-se as linhas. Nós somos Beyond the Line! *Superintendente da Fenapro e VP da Ampro
2015
Ter a “obrigação” de escrever um texto de tamanho definido (um pouco mais de 4 mil caracteres) toda semana passou a ser um exercício muito prazeroso, mas também bastante estressante. Não pode ser um texto qualquer. Tem de ser algo que reflita bem o momento, que traga uma abordagem que mereça destaque e – o mais difícil – carregue um pouco da opinião do autor, já que é uma coluna assinada. E, ainda, que seja bem escrito e relevante para os leitores do propmark. Que responsabilidade!
de uma linha imaginária da comunicação. A propaganda seria o Above the Line e o marketing promocional, Below. O nome da coluna veio para questionar essa linha. Below coisa nenhum!
CANNES
SÃO PAULO
2015
Já faz mais de sete anos que me foi dada a oportunidade de colaborar com este jornal. Exatamente em maio de 2008 foi publicado o primeiro texto desta coluna. Na época, eu era sócio de uma agência. A princípio, era uma coluna mensal, mas rapidamente passou a semanal, estando presente em todas as edições do propmark. Fazendo uma conta rápida, são mais de 350 artigos escritos nesse tempo. Wow!
O Cannes Lions Road Show vai passar por São Paulo. Embarque. Uma apresentação de Patrícia Weiss. Cases, tendências e insights com a análise de uma das maiores especialistas brasileiras em Branded Content, que já participou do júri de Cannes e é fundadora e chairman da BCMA (Branded Content Marketing Association). Data: 22/10 Welcome coffee: 9h00 – 9h30 Apresentação e Q&A: 9h30 –11h00 Local: Rooftop 5 & Centro de Convenções (Complexo Tomie Ohtake) Inscreva-se gratuitamente: sinaprosp.org.br/canneslions.php RSVP: marketing@sinaprosp.org.br ou (11) 3035-0099 (Gabriela) Iniciativa:
Realização:
Apoio:
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Inteligência e criatividade gerando sucesso através de campanhas famosas.
Mais uma vez, a Talent traz uma proposta diferente para as marcas do mercado brasileiro. Talent Marcel é tudo o que você conhece e gosta da Talent, junto com Marcel, a agência que está surpreendendo o mundo com seu poder de inovar. Uma agência para uma época de reinven ões. www.talentmarcel.com.br
SĂŁo Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 13
Uma das agĂŞncias mais criativas e inovadoras do mundo, nascida digital e integrada.
14 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015
Agências Empresa curitibana contrata Erick Machado, ex-Talent, para liderar expansão
madia “Eu faço da dificuldade a minha motivação A volta por cima vem na continuação”.
Chorão
O Novo Brasil Em meio às turbulências de um ano de tristes, lamentáveis e incontáveis constatações, um choque brutal de realidade que passamos décadas fingindo ou evitando ver, estamos agora aqui, em 2015, tentando encontrar uma saída para os nossos problemas. Uma saída para o Brasil. E, definitivamente, se pessoas desistem e se mandam por aeroportos, isso é uma impossibilidade absoluta para países... Até onde se consegue ver, um processo político complexo em que réus, e, simultaneamente, protagonistas – deputados, senadores e outros políticos –, têm o poder constitucional de encaminhar decisões e reformas, em que uma presidenta agoniza próximo de credibilidade zero, e há necessidade premente de demonstrarmos ao mundo que ainda temos um mínimo de responsabilidade e somos capazes de colocar a casa em ordem. Mais ou menos como acontece hoje na quase totalidade das empresas. Não apenas pela crise conjuntural do país, mas principalmente pela crise estrutural decorrente de um tsunami tecnológico que mudou por completo o ambiente da vida e dos negócios e em que todas as empresas – sem exceção – precisam se reposicionar. Como superar os dois desafios simultâneos? Separar os problemas em dois mesmo, porque são dois. Uma equipe para cuidar do dia a dia, do desempenho e dos resultados, garantindo a travessia e a sobrevivência, e outra exclusivamente dedicada a pensar, planejar e desenhar o mapa em direção ao futuro. E as duas trabalhando com igual intensidade. Esse é o nó que precisamos desatar. Concentrando parcela das lideranças políticas, empresariais, sociais, institucionais, na busca de uma unidade nacional, uma espécie de pacto, que nos garanta minimamente uma travessia suportável. E uma outra parcela, pensando, planejando, desenvolvendo e encaminhando propostas sobre como será nosso país daqui para frente. Ou seja, precisamos ter uma espécie de constituinte permanente, que funcione em paralelo e de forma independente do Congresso e das necessidades do dia a dia. A primeira providência da segunda equipe é equalizar de imediato todos os brasileiros no ambiente digital. Já que não temos condição de fazê-lo no analógico, vamos fazer já com o digital. Com um plano de Inclusão Digital Ampla, Total e Irrestrita, simultaneamente, vamos adotar a mesma solução de outros países, como a Estônia, e para onde caminham Reino Unido, Israel e Nova Zelândia, com a Identidade Digital. Em que todos poderão fazer quase tudo, no curto prazo, e praticamente tudo, mais adiante, sem sair da casa, da propriedade rural, do escritório, da empresa. Vai ficar infinitamente mais fácil e possível consertarmos o analógico depois de termos nos estruturado e qualificado no digital. E, nesse sentido, o projeto Login Cidadão, criado e implementado pelo Governo do Rio Grande do Sul, é um benchmark a ser seguido e multiplicado. É isso, amigos. Não obstante o tumulto, a falta de dinheiro, a situação precária que uma gestão temerária nos levou, não é suficiente cuidar do passado e do presente. Precisamos construir o futuro agora e simultaneamente. famadia@mmmkt.com.br
Heads investe em SP Divulgação
Pelo terceiro ano consecutivo, a Heads foi eleita pela pesquisa Great Place to Work como uma das melhores empresas de comunicação para trabalhar do Brasil. Além da qualidade de vida e do ambiente de trabalho, a agência levanta como bandeira a equidade de gênero, tendo se tornado, em abril deste ano, a primeira empresa de publicidade signatária dos princípios da ONU Mulheres na América Latina, com o objetivo de estimular a igualdade de gênero no mundo dos negócios e na mídia. Entre suas ações envolvendo o empoderamento feminino, a agência acaba de publicar uma pesquisa de representatividade, intitulada “Um olhar crítico sobre a publicidade brasileira”, que analisou, durante uma semana, 100% dos comerciais veiculados nacionalmente na Globo e no canal a cabo Megapix. Ao todo, mais de 2.823 inserções comerciais, 256 marcas, 42 segmentos de mercado, 242 programas de TV e 84.960 segundos de publicidade foram analisados com a finalidade de identificar casos de sexismo na publicidade brasileira.
por Bá rbara Barbosa
H
á 26 anos no mercado, a Heads Propaganda tem um desafio pela frente: tornar-se conhecida. Com o objetivo bem claro e definido, a agência acaba de trazer para liderar seu plano Erick Machado, ex-Talent (atual Talent Marcel). O executivo assume o comando do escritório paulistano da Heads, que começou em Curitiba e hoje tem ainda operações em Brasília e no Rio de Janeiro. Considerada uma das maiores agências independentes do Brasil, com capital 100% nacional, a Heads alterna a liderança desse ranking com a Artplan. No ranking geral do país, a agência aparece entre as 20 principais, impulsionada por seus escritórios regionais, principalmente os do Rio de Janeiro e o de Curitiba. Para o escritório de São Paulo conquistar maior relevância, Machado tomou a frente das mudanças. E uma das primeiras delas foi no escritório, que da Vila Olímpia passou para o Shopping Cidade Jardim. De lá, o time, ainda pequeno, prospecta clientes oferecendo um modelo fullservice que integra o digital às demais possibilidades da publicidade e marketing, incluindo endomarketing. De acordo com Machado, a Heads é a única agência brasileira presente em quatro capitais, o que possibilita a oferta daquilo que eles consideram diferencial para quem contratar a agência em São Paulo: um trabalho de alcance nacional, mas com a possibilidade de desdobramentos regionais conduzidos por uma única agência. “A Heads é uma
Trajetória
Erick Machado assume o comando da Heads Propaganda em SP
agência desburocratizada. Existe muita colaboração entre as equipes e os escritórios”, define Machado. Considerado o centro do mercado publicitário brasileiro, São Paulo faz parte do plano de nacionalização da Heads. Internacionalização por meio de parcerias com grupos de comunicação, segundo Machado, está fora dos planos da agência. “Nosso plano de internacionalização é São Paulo, é nos tornarmos
conhecidos, entrar no grupo de consideração, participar de concorrências e ganhar clientes”, enumera o executivo. Atualmente, estão na carteira de clientes da Heads alguns veículos, como o Jornal El País, a revista Isto É e a TV Cultura. Marcas como O Boticário, Claro, que é atendida no Sul, Cerveja Therezópolis e Caixa Seguradora também são atendidas pela agência, que neste ano perdeu a conta da Cielo.
Antes de entrar para a Heads Propaganda, Erick Machado era, desde 2011, diretor-geral de atendimento da Talent, onde estava desde 2006. Com 20 anos de experiência profissional, entre gestão de marketing em indústrias de bens de consumo e gestão de clientes e novos negócios, o executivo teve passagem por indústrias como Perdigão, Colgate e Kaiser. Além disso, atuou em outras agências de publicidade, como Y&R e Grey. Machado formou-se em administração de empresas pela PUC-SP, possui MBA em marketing pela FIA-USP e especialização na Universidade de Riverside (Califórnia).
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Folha Top of Mind. O maior prêmio de lembrança de marca do país acaba de chegar à marca dos 25 anos.
O maior prêmio de lembrança de marca do país completa 25 anos. Nenhum outro prêmio do gênero tem uma história com tanta importância para o mercado. Com a competência do Datafolha e a credibilidade da Folha de S.Paulo, o prêmio Folha Top of Mind revela as marcas mais lembradas em todos os Estados brasileiros. Vem aí a edição de 2015. Você vai conhecer as vencedoras, que não saíram da cabeça do consumidor, em mais de 40 categorias. A revista especial com os vencedores de 2015 circula dia 27/10, na Folha. Reservas até 14/10 - Material até 16/10. Para anunciar ligue: (11) 3224-3786/7734. Folha Top of Mind. Um prêmio de peso. E de memória.
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Agências Empresa brasileira se junta à rede francesa em busca de troca de conhecimento e evolução para modernizar a publicidade
Talent Marcel mostra nova estrutura
Fotos: Alê Oliveira
Eustachio (à esq.), que assume o cargo de chairman, e Livi, que se torna o CEO
Arthur Sadoun (à esq.), CEO global do Publicis, e Paulo Giovanni, chairman no Brasil
p o r R a fa e l Va z q u e z
“A
sociedade está mudando e não podemos nos dar ao luxo de não evoluir. Precisamos nos renovar todos os dias”. É assim que José Eustachio justificou a união da Talent com a agência francesa Marcel. Conforme a coluna Supercenas, do propmark, já havia adiantado com exclusividade na edição de 28 de setembro, a agência brasileira confirmou a associação com a Marcel. A formalização da união foi realizada na última terça-feira (6), com a presença de executivos do Publicis Worldwide, dono das duas marcas. Além de Paulo Giovanni, chairman do Publicis no Brasil, o CEO global do grupo, Arthur Sadoun, veio ao país especialmente para oficializar a negociação e apresentar a nova Talent Marcel. Com a união, que segundo os executivos não deve ser vista exatamente como fusão, houve uma mudança imediata na estrutura da parte brasileira. José Eustachio, até então CEO da Talent, deixa o cargo para assumir a posição de chairman da Talent Marcel. Em seu lugar, assume João Livi, que nos últimos anos já acumulava as funções de chief creative officer (CCO) e chief operating officer (COO). “É uma mudança que já estávamos preparando e achamos que esse era o momento adequado”, explica Eustachio. A expectativa, tanto do grupo Publicis quanto da agência, é que a proposta apresente resultados mais criativos do que financeiros. Chamada internamente de co-branding, a ideia é utilizar o conhecimento da Marcel em campanhas inovadoras de grande impacto no público para, primeiramente, atender às necessidades atuais dos clientes e, consequentemente, cutucar o mercado publicitário brasileiro, que, segundo João Livi, está atrás em certos pontos. “Hoje é besteira insistir na discussão sobre qual mídia é melhor, digital ou TV, on ou offline. O que uma boa campanha precisa ter atualmente é a integração de todas elas. Onde, de fato, vemos o Brasil um pouco atrás é na falta de atenção da maioria das marcas em questões relevantes e públicos diferentes, como pessoas de mais idade, por exemplo. Considera-se pouco, aqui, as épocas da vida. Aí está o gap e não na escolha da mídia”, analisa Livi. Um dos cases da Marcel citados pelo novo CEO da Talent, que pode dar uma pista do caminho que a agência pretende tomar, é o premiado “Inglorious Fruits and Vegetables”, criado pela empresa francesa para a rede de supermercados Intermarché. A ação partiu da necessidade de reduzir o desperdício de alimentos em países europeus e estimulou os consumidores a comprarem frutas e vegetais com aparência pouco atraente, porém com a mesma qualidade. O supermercado reduziu os preços dos alimentos “feios” em 30% e a agência comunicou a ação em uma integrada que envolveu desde redes sociais a rádio e TV. Como resultado, as indesejadas frutas e verduras foram todas vendidas e o assunto ganhou importância no parlamento europeu, que acabou formulando uma lei para o desperdício de alimento no continente.
Marcelo Duarte (Rede Globo), Glen Valente (SBT) e Paulo Giovanni, da Publicis
Rogério Dezembro, diretor de negócios da WTorre, e Paulo Stephan, da Talent Marcel
Philipe Degen e Eduardo Martins, dupla de criação da Talent Marcel
Rafael Davini, VP de AdSales da ESPN, e Douglas Ramos, diretor de contas da agência
Orlando Marques, do board da Publicis, e João Vassão, da Publicis Worldwide
Renato Pereira e Maurício Andrade, da Rede Globo, prestigiaram a festa
AGÊNCIA ‘NOLINE’ Apesar de a Talent já incentivar o pensamento de comunicação integrada entre seus funcionários há pelo menos dois anos, com encontros e debates frequentes por meio de um programa chamado “Digital Minds”, agora, com a Marcel, a agência assume de vez o posicionamento “Noline”. O conceito pressupõe comunicação e inovação aplicáveis em qualquer plataforma, seja on ou offline, respeitando as dinâmicas de cada meio. As ideias e soluções têm como foco as pessoas com a intenção de entender quem são e o que querem. “As mídias podem mudar hábitos e maneiras de existir socialmente,
mas não criaram nenhuma das necessidades elementares do ser humano. Ajude as pessoas a viver e resolver conflitos e você será sempre contemporâneo”, pontua João Livi.
Nova estrutura Fora os deslocamentos de cargos de José Eustachio, que é um dos fundadores da Talent e agora chairman, e João Livi, o novo CEO, a estrutura diretiva da Talent Marcel continua a mesma e Livi seguirá comandando o departamento de criação da agência por recomendação de Arthur Sadoun. “Não queremos que ele pare de fazer o que sabe fazer de melhor”, diz o CEO global do Publicis Worldwide.
A sugestão foi bem aceita. “Pretendo ser um CEO criativo e não alguém que vira CEO e deixa de ser criativo”, completou Livi. Nos demais cargos da direção, a equipe se mantém com Antonio Dudli, como CFO; Alex Isnenghi, como diretor-geral de atendimento; Jean Boechat, na função de diretor de estratégia digital; Paulo Stephan, como diretor-geral de Mídia; e Renata Serafim, como diretora-geral de planejamento. Para absorver a cultura da Marcel, e também para que a Talent possa oferecer o seu conhecimento no mercado latino-americano, a materialização do novo modelo vai ocorrer pelo
intercâmbio de profissionais das duas agências, com troca de experiências, adoção de práticas de trabalho e metodologia. Do lado da Marcel, um dos principais ganhos da associação é a expansão da marca, uma agência originalmente francesa, para novos mercados. Além da Talent Marcel, agora em São Paulo, a empresa já está presente em Nova Iorque, na Cidade do México e em Shanghai. Segundo Arthur Sadoun, outras unidades devem ser abertas, principalmente no continente asiático, nos próximos anos. Nascida há cinco anos e considerada uma agência nativa da era digital, a Marcel, que atua
no modelo de agência boutique, atualmente conta com 250 funcionários e com clientes como Intermarché, Oasis, Renault, Ray Ban, Orange, Contrex e Uber. A Talent Marcel recebeu, também no último dia 6, à noite, em São Paulo, profissionais do mercado para comemorar a nova sociedade e estrutura da agência. Entre os presentes à festa estiveram nomes como o de Glen Valente, diretor-comercial do SBT; Renato Pereira, diretor-executivo de relações com mercado da Rede Globo e vice-presidente da APP (Associação dos Profissionais de Propaganda); e Rafael Davini, VP de AdSales da ESPN.
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entre aspas
TV do futuro é pessoal,
inteligente e está na nuvem Ido Wiesenberg* info@kaltura.com
Superstock/Other Images
“A experiência de assistir televisão está em transformação diante de nossos olhos e se adapta para suprir às novas necessidades e hábitos dos espectadores.
Ásia e a penetração de OTT já está estimada em mais de 1 milhão em alguns países da América Latina.
De fato, um relatório recente aponta que 95% das famílias latino-americanas serão digitais em 2020, contra apenas 50% de hoje. E a Comissão de Banda Larga da ONU estima que, até o fim de 2014, 75% dos esperados 6,9 bilhões de assinantes de telefonia móvel em todo o mundo estarão em nações em desenvolvimento.
A TV tem se tornado pessoal, permitindo que cada integrante da família desfrute de uma experiência diferente diante do mesmo aparelho. Imagine uma televisão que reconhece o espectador e oferece descoberta pessoal de conteúdo com base no gosto pessoal, seus programas favoritos, suas preferências e de seus amigos.
Nuvem e big data são duas tendências adicionais que estão crescendo e jogam diretamente nesta mesma área. Especificamente, o Netflix tornou-se o maior aplicativo em nuvem no mundo e, em breve, serviços de consumo de massa semelhantes vão surgir e consumir uma quantidade enorme de recursos da nuvem.
Ao utilizar ferramentas de crowd sourcing, cada telespectador encontra o mais relevante e personalizado conteúdo. A TV está em todo lugar – nos smartphones, tablets, web browser, set-top box e virtual em qualquer dispositivo conectado. A próxima fronteira é a Cloud TV, na nuvem, que vai prover uma experiência perfeita e idêntica por meio de qualquer dispositivo e direcionada para nossa identidade, preferências e círculos sociais.
Escalabilidade e elasticidade da nuvem são fundamentais para apoiar as mudanças de hoje no consumo de dados.
A implantação de um serviço OTT completo, usando a plataforma de vídeo do Kaltura e a nuvem SoftLayer para Turner América Latina, foi realizada em tempo recorde de 3 meses. A plataforma presta um serviço personalizado em cada região, em vários idiomas, e, portanto, altamente escalável, que pode ser implantada facilmente em novos territórios.
A Turner recentemente divulgou o TNTGO, a próxima geração de solução em TV na América Latina, desenvolvida pela solução de OTT TV da Kaltura e hospedada na IBM Cloud. O TNTGO inclui smartphone e aplicativos de tablet com conteúdo TNT (live e VOD) em português e espanhol, integrado com MSO local para alcançar mais de 50 milhões de assinantes na região.
As aplicações de frontend combinam personalização da experiência de visualização, interatividade por meio de redes sociais e ferramentas para uma melhor navegação e descoberta.
A Turner planeja expandir o serviço da Cloud TV para essa base e lançar um aplicativo similar para todas as 18 redes na região. Essa nova solução de Cloud TV foi oferecida para a Turner a partir da união de forças da Kaltura e da IBM Cloud e representa uma nova fronteira de recursos disponíveis na próxima geração de TV. O movimento da Turner vem na esteira da maioria de anúncios adicionais no setor de TV em qualquer lugar, com players globais como HBO, CBS e Kabel Deutschland, se firmando no topo de um caminho
que começa a ser trilhado. Ao focar especificamente no mercado latino-americano, a Turner está crescendo demograficamente em uma região que é cada vez mais digital.
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APRESENTAÇÃO
MARIANA CARTIER
QUINTA - 17h
HORÁRIOS ALTERNATIVOS: SEXTA-FEIRA: 15H, SÁBADO: 8H, DOMINGO: 3H30, SEGUNDA-FEIRA: 7H30, QUARTA-FEIRA: 3H30
O consumo, online e nos aparelhos mobile, está crescendo em um ritmo rápido, especialmente na África, Ásia, Latam e no Oriente Médio: 2013 registrou 42 milhões de espectadores de vídeo online somente na
Esses recursos melhoram o engajamento dos usuários finais e aumentam a penetração do serviço. A experiência junto à Turner mostra que, juntos, IBM e Kaltura figuram uma força de liderança na era das novas experiências de TV e conduzem a níveis de consumo em nuvem sem precedentes. Estamos muito satisfeitos de estar na vanguarda da mudança e estamos ansiosos para o que vem pela frente nos próximos meses e anos.” *VP de televisão e mídia da Kaltura
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sul online
Mídia Revista traz tendências da moda
Elle realiza Fashion Preview no Rio
Ana Paula Jung Divulgação
Internacional A produtora de som Loop Reclame, de Porto Alegre, que atua há 11 anos no mercado da música, passou, nos últimos dois anos, por um processo de reestruturação. Hoje é uma agência de música e trabalha a partir de quatro divisões: produção, estratégia & conteúdo, artística e novos negócios. Agora, a Loop abre escritório na Califórnia, em Beverly Hills. A unidade será comandada por Natalia Aranovich (foto). A Loop vai buscar coproduções com produtoras de filmes para fazer trilhas, músicas e sound design.
Divulgação
Desfile organizado pela publicação será realizado no aeroporto
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Elle, da editora Abril, realiza, nesta quarta (14), no Rio de Janeiro, o evento mais importante do ano: o Elle Fashion Preview, um desfile que antecipa as principais tendências de outono/inverno de 2016, que ganha a sua quarta edição. Nas edições anteriores, realizadas em São Paulo, o evento era voltado para os lançamentos de verão e se chamava Elle Summer Preview, mas a empresa decidiu mudar o nome para possibilitar a realização em diferentes épocas do ano, segundo Carol Bertelli, diretora de marketing das publicações femininas da Abril. A chegada ao Rio será em uma locação inusitada: a pista de pouso do aeroporto Santos Dumont, onde 64 modelos desfilarão após o seu fechamento, às 23 horas, para cerca de 800 convidados, em sua maioria estilistas, profissionais de moda e formadores de opinião. A produção geral é da Dream Factory e os principais patrocinadores são Colgate e Natura, com apoio da Havaianas e da cerveja Itaipava. A Gol será a transportadora oficial e a Infraero entra com um apoio especial pela locação. O evento foi criado por Susa-
Anunciantes Bolt incentiva Marrom
na Barbosa, diretora de redação da revista Elle, e terá direção de Paulo Borges. Entre as marcas que desfilam estão Osklen, Lenny Niemeyer, Alexandre Herchcovich, Ellus, Patricia Vieira e Glória Coelho, entre outras. Haverá atrações musicais internacionais e nacionais pós-desfile, realizadas no hangar do aeroporto: o duo Richard Colburn & Chris Geddes, da banda escocesa Belle & Sebastian, fará um DJ Set. A cantora Anitta interpretará as principais músicas que marcaram o mundo da moda e o DJ Zeh Pretim receberá os convidados antes do desfile. Carol afirma que o ano tem sido bom para a revista e para as revistas femininas de uma maneira geral, na Abril. “Temos nos reinventado”, disse. Este ano a Elle criou o case da selfie na Capa (uma capa que refletia o rosto de quem olhava e, no iPad, permitia montagem com uma foto), que neste mês foi adotado pela Elle Austrália. E vem realizando experiências em novas plataformas, como a transmissão de trechos de desfiles via Periscope. Além das edições impressa, no iPad e no site M de Mulher da Abril, a Elle está nas redes sociais Facebook, Twitter, Instagram e Periscope.
Posicionamento “Estamos há cinco anos nos preparando para entrar de vez no mercado internacional. Vimos construindo isso para evoluir e não ficar somente na publicidade. Vamos trabalhar com arte. A arte sempre é a referência para a publicidade”, conta Edu Santos, fundador e diretor-criativo da empresa.
Moda e música A chegada da Loop Reclame aos Estados Unidos será marcada pelo lançamento do projeto Trim Sounds. Realizado em parceria com a organização do LA Fashion Week, principal evento da semana de moda de Los Angeles, o Trim Sounds é uma coleção de álbuns criados a partir da inspiração no trabalho de designers, provando que, assim como a música inspira a moda, a moda também inspira a música.
Fashion ID A agência Ama montou o núcleo de fashion id, comandado pelo VP Bento Corbetta. O núcleo desenvolve coleções completas para marcas nacionais de moda. Além de criar estampas, sugerir novos produtos e participar da seleção
RODA VIVA
Nissan transforma desafio em série
Divulgação
Os atletas Hortência e Clodoaldo incentivam Marrom (no centro)
de fabricantes licenciados e representantes comerciais, o núcleo realiza estudos. O primeiro trabalho é a coleção de alpargatas desenvolvidas para a marca Absurda, de Santa Catarina. “Estampa é mídia”, afirma Zeca Honorato, fundador e presidente da Ama.
Ama em São Paulo A Ama está abrindo, em novembro, uma unidade completa em São Paulo para atender a Mais AD, operadora de telefonia móvel virtual voltada para o público evangélico. A Mais AD utiliza a rede da Vivo, mas é uma operadora independente que mira os 18 milhões de fiéis da Assembleia de Deus.
Regional Paraná Para comemorar os 40 anos da regional do Paraná do Prêmio Colunistas, a organização local está lançando um vídeo criado por André Prestes, Marcos Lima e Rafael Misuta, alunos da Redhook School. Foi realizado um concurso entre os alunos e o roteiro vencedor foi “Toda premiação tem dois lados”, que foi produzido com a colaboração da Deiró Moving Ideas e da Canja Audio Culture. propsul@uol.com.br
I
magina ser desafiado pelo recordista mundial Usain Bolt a correr 100 metros rasos, distância que ele faz em menos de dez segundos. Foi o que aconteceu com o humorista Marcelo Marrom durante um evento interno da Nissan, patrocinadora dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. No encontro, que foi realizado no ano passado, o atleta sugeriu a Marrom que ele treinasse para cumprir a distância em 16 segundos. O desafio foi aceito e a brincadeira foi transformada no reality show “Desafio Nissan”, uma série em 14 episódios que será veiculada até abril do próximo ano, com um novo capítulo por semana, no site www. quemseatreve.com.br, que reúne todo o conteúdo referente ao patrocínio da marca. O reality show está alinhado com a estratégia de comunicação da marca para os Jogos Olímpicos Rio 2016, que foca na “força do atrevimento”. No primeiro episódio, que estreou na semana passada, o humorista apresenta o seu projeto de atrevimento. Marrom conta que terá um tempo para se preparar para a corrida: até a Rio 2016. No momento, ele está percorrendo os 100 metros
em 23 segundos, sete segundos além do pretendido. O filme começa com o humorista mostrando o momento em que sua água foi abençoada pelo atleta como incentivo ao cumprimento da meta. Para alcançar o objetivo, Marrom contará com ajuda de treinadores e nutricionistas, além dos 29 atletas e paratletas do Time Nissan e dos dois mentores da turma: a jogadora de basquete Hortência Marcari e o nadador Clodoaldo Silva. O treino inclui mudanças nos hábitos alimentares e na rotina do humorista e as transformações serão exibidas na websérie. “Eu confesso que achei que era mais fácil correr 100 metros em 16 segundos. Eu estou na primeira semana de treinamento e não consigo baixar meu tempo por nada. Mas eu tenho a convicção de que vou conseguir porque eu sou atrevido e quem se atreve vai além”, finaliza o humorista. Durante o episódio desta semana, o humorista vai conversar com Hortência e Clodoaldo sobre como se dar bem no mundo dos esportes. O reality show é produzido pela Trampaê Produções e tem direção de Nil Agra e Marcus Vinicius.
INTERVALOINTERVALOINTERVALOINTER
A Dim & Canzian reforçou a base de seu departamento de criação com a contratação do redator André Barreiros, que faz dupla com o diretor de arte Diogo Barbosa. Ex-Ampfy (agência digital), Barreiros tem passagens por ID/TBWA, Lew’Lara TBWA e Isobar. Já atendeu anunciantes como Nissan, Fiat, Suzuki, L’Oréal Paris, Garnier, MTV, GQ Magazine, Outback, Banco do Brasil, Sadia, Pernod Ricard, Absolut, Grupo RBS, Gatorade, TIM, Editora Abril, Sky, Ministério das Cidades, Ministério da Saúde, Ministério do Turismo e Ministério da Cultura. Barreiros é também responsável pelo Palavra Andante, um projeto que une educação e arte em oficinas.
Fotos: Divulgação
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Inclua já no Plano de Mídia “sapientnitro da sua campanha a veiculação que ” grupo de mídia rj vaiseminários fazer cannes a diferença. lions
A Africa é a primeira agência brasileira a assinar a campanha institucional mundial da Lürzer’s Archive (foto). A edição global da publicação, muito celebrada entre criativos de todo o mundo, começa a circular nesta semana. A campanha faz uso do layout clássico da O papel do anunciante é cada vez mais inspirar, conseguir Archive, com sua linha tracejada, como se fosse uma linha divisória “brifar” menos e inspirar mais, para extrair o melhor das melhores pessoas que separa os anúncios que entram daqueles que não conseguem que estão nas agências Entrevistas: Gaston Legorburu e Marcelo Tripoli entrar na seleção da revista.
Leva 8 profissionais para Cannes
A análise do jornalista Luiz Marinho
a crise
“roubadas” Fernando Muylaert e as gafes e “roubadas”
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making of neve Campanha digital dos Lenços
making of vivo “exagerado”
Ação de branding content em homenagem ao MAKING artista Cazuza OF Agência Africa
Umedecidos Neve Supreme. Agência iris São Paulo
SKY A ESCOLHA INTELIGENTE FCB BRASIL
e o mercado publicitário
Se a dificuldade de venda é maior, nós somos ainda mais necessários para uma marca...tudo que uma agência pensa, agora em épocas mais difíceis é colocado à prova, a eficiência precisa ser mostrada mais claramente
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MARIANTAÇÃO NA CA RTIE
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ESEN HORÁ TAÇÃO RIOS AL TERNAT IVOS: SEXTAFEIRA: 15H, SÁ BADO : 8H, DO MINGO: 3H30, SEGU NDA-FE IRA: 7H 30, QU ARTA-F EIRA: 3H30
MARQIAUIN NATCAAR1T7 IEhR
MAKING OF
LOCAWEB HORÁ RIOS AL TE
making of“Usou amanco Amanco ta fácil”
QUIN SECCO ATIVOA DEBORAH JÁ IMAGINOURNSE S: SE TA - 1 ATENDE? A-FE BATE NA SUA PORTAXTE VOCÊ IRA: 15 NÃO 7h H, SÁBA SAPIENTNITRO DO: 8H
MakingMAKING Of / Lançamento de CampanhaCannes no Lions 2015 OF cases favoritos aos leões POSTOS São 6 exibiçõesos Programa Reclame/Multishow. semanal. PETROBRAS Afinal, todo mundo quer saber quem participou e quem foi SEMPRE MAIS BORGHI/LOWE MAKING OF fundamental ARIEL na concepção da campanha. , DOM INGO: 3H30, SEGUN DA-FEI RA: 7H 30, QUA RTA-FE IRA: 3H 30
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MARIA TAÇÃO NA CA RTIE
Consulte: 11 5644-8484
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CHEVROLET SALLES CHEMISTRI
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MARIANA CARTIER
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O senador Aloysio Nunes; o presidente do conselho executivo do Lide, João Doria; e o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (foto), participaram da abertura do 20º Meeting Internacional, em Montevidéu. O evento reúne, há duas décadas, líderes de grandes empresas e integrantes do setor público, com o objetivo de fortalecer relacionamentos e promover oportunidades de negócios bilaterais.
São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 21
Mercado Nova metodologia, desenvolvida a pedido da ANJ, cruza dados da Ipsos, IVC e Comscore, para avaliar todas as plataformas
Alcance de jornais terá métrica única
Fotos: Alê Oliveira e Marçal Neto
Pedro Silva: “novidade é muito positiva para o mercado publicitário e benefício é grande”
Flavio Ferrari: “leitura vem aumentando exponencialmente, nunca se leu tanto jornal como agora”
A vez do branded content por Kelly Dores
Divulgação
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novo relatório Métrica Única de Audiência, que vai medir a audiência dos jornais brasileiros cruzando dados de três fontes diferentes, é uma das melhores notícias nos últimos tempos para o meio, que atravessa um período de dificuldades com queda de circulação impressa e receita publicitária. A nova metodologia, desenvolvida em conjunto pela Ipsos, IVC (Instituto Verificador de Comunicação) e Comscore, a pedido da ANJ (Associação Nacional de Jornais), quer dar a real dimensão da audiência dessa mídia acessada em diversas plataformas e potencializar a percepção de que o jornal transcendeu o papel e vai muito além de uma mídia impressa. A investida promete dar resultado. Afinal, uma visão unificada vai deixar para trás a visão fragmentada da audiência, o que deve aumentar a consideração dos anunciantes pelos jornais no seu plano de mídia. Os números por si só falam melhor: atualmente, o Estudo Geral de Meios (EGM) da Ipsos, que abrange nove regiões metropolitanas, indica que há 1,3 milhão de leitores das versões impressas, sendo que, a partir da união dos dados dos três institutos, o público leitor de jornais nas plataformas digitais e impressas, em nível nacional, pula para 14 milhões de pessoas, numa análise de 30 dias. “A percepção de que os jornais estão perdendo espaço, de que as pessoas não leem mais jornais e revistas, fica absolutamente distante da realidade. Pelo contrário, a leitura vem aumentando exponencialmente, nunca se leu tanto jornal como agora. O jornal é uma marca de mídia nacional, com a qual o consumidor pode entrar em contato através da plataforma que ele julgar conveniente. Pode ser tablet, smartphone, site ou aplicativo. Quem define a forma de entrar em contato é o consumidor. E agora, o que estamos oferecendo para o mercado, com a unificação das informações, é a real dimensão da audiência”, analisa Flavio Fer-
p o r A n a Pa u l a J u n g
S
eguindo tendência mundial, o branded content ganha cada vez mais força na disputa pela atenção dos consumidores. Para acompanhar esse movimento, os jornais de grandes grupos de comunicação estão ampliando suas áreas de conteúdo sob demanda. No Brasil surgiram iniciativas de branded content na Editora Abril, Grupo RBS, Infoglogo e Estadão. Agora a Folha de S.Paulo e a Gazeta do Povo, do Paraná, também criaram núcleos específicos para atender à demanda ligada a publicidade nativa, entretenimento e storytelling. Segundo o BCMA (Branded Content Marketing Association), a tendência é que o branded content passe a fazer parte do coração da estratégia de marketing das marcas e exigir cada vez mais investimentos. Atendendo à nova demanda por parte dos anunciantes, esta também é uma forma de os veículos aumentarem suas receitas. A previsão do IAB é de que, em 2018, o conteúdo promovido movimentará US$ 21 bilhões nos EUA. A tendência é que o conteúdo de marca conviva com a publicidade tradicional. Para grandes grupos de comunicação, que já têm no seu co-
rari, diretor-geral da Ipsos Connect. Ferrari fala que a sensação é de que “o anunciante está perdendo uma enorme oportunidade ao deixar de usar as marcas de mídias na forma de se comunicar com o consumidor por considerar apenas o impresso”. E completa: “em geral, vem tendo uma tendência em polarizar a verba publicitária entre TV e internet, o que é um erro, porque o anunciante está olhando para o jornal apenas como uma mídia impressa”.
Becel fez ativação completa para incentivar redução de colesterol
re business informação, cultura, entretenimento, marca, canais e negócios, por meio das multiplataformas, o caminho fica fácil para desenvolver conteúdo sob demanda, com a vantagem de garantir a credibilidade do veículo que o produz. Desde que fique claro que o conteúdo é patrocinado e não seja misturado ao do editorial. No The New York Times, por exemplo, a publicidade nativa é umas das áreas comerciais crescentes e já representa quase 10% da receita com publicidade digital, que totalizou US$ 182 milhões no ano passado. No jornal Gazeta do Povo, o objetivo é gerar engajamento do consumidor por meio do conteúdo atrativo. As primeiras marcas que usaram a estratégia foram Becel, Red Bull, Vivo e prefeitura de Curitiba. A Becel, por exem-
Para o diretor-geral da Ipsos Connect, com a consolidação dos dados, a percepção passa a ser realista. “O mercado está acostumado a olhar para a audiência de forma fragmentada, o que nós fizemos foi juntar os dados que já estavam no mercado. O fato de as informações estarem separadas não passava o recado tão importante dessa mídia”, acrescenta. Para chegar à nova metodologia, as informações do Comscore sobre o ambiente digital foram unidas à base de dados do EGM
plo, fez uma ativação completa com objetivo de incentivar a redução de colesterol na capital do Paraná. Com a ação, a marca cresceu 44% em vendas no período.
PLATAFORMAS Fazendo uso das diversas plataformas de comunicação da Gazeta do Povo, como gastronomia, agronegócio e moda, o grupo avança nas possiblidades comerciais. “É uma tendência da comunicação como um todo. É uma transformação do jeito de consumir informação. A comunicação das marcas baseada em discurso já não é tão eficaz. O conteúdo precisa ser cada vez mais relevante e a marca tem de participar do dia a dia do seu público para merecer o carinho”, diz Guilherme Krauss, head de planejamento de marketing da Gazeta do Povo.
da Ipsos, que abrange nove regiões metropolitanas, depois os números foram projetados para todo o Brasil a partir dos dados do IVC, que mede a circulação impressa dos jornais e também audita a audiência na internet. A entrega do primeiro relatório da Métrica Única de Audiência está prevista para a segunda quinzena de outubro. Ferrari conta que, recentemente, a Ipsos desenvolveu uma pesquisa chamada de “Mídia motivation” para avaliar as motivações prioritárias que levam as
Se a publicidade tem caráter invasivo, o conteúdo sob demanda tem a premissa de não ser visto como publicidade, ser uma comunicação mais sutil e, dessa forma, conseguir se aproximar mais. A conquista vai ser pelo interesse no conteúdo, que deve ser relevante. A Gazeta do Povo pretende produzir branded content para outros canais de comunicação, além dos seus. Com isso, além da atuação regional, amplia o mercado para o nacional. “A minha aposta é que a gente vai ser maior fora das nossas plataformas do que dentro, por isso temos uma atuação nacional. Uma das áreas que estamos nos especializando é em web séries”, conta Krauss. Já o núcleo de negócios da Folha de S.Paulo foi batizado de Estúdio Folha. A área visa atender à demanda de anunciantes e do mercado publicitário por conteúdo patrocinado. Independente da Redação da Folha, mas seguindo os princípios de qualidade editorial do jornal, o Estúdio vai criar conteúdo patrocinado. “A Folha é uma liderança e os anunciantes têm uma expectativa de que nós podemos auxiliar as marcas neste caminho. Podemos auxiliar com a nossa expertise em conteúdo e com as nossas audiências nas nossas plataformas”, comenta a jornalista Cleusa Turra, que está à frente da nova área. pessoas a entrarem em contato com as difentes mídias. E bingo! As três principais considerações foram: credibilidade, atualização e profundidade da informação. “Esse é extamente o território das marcas de jornais, que atendem a essas três motivações prioritárias para quem está buscando conteúdo ou informação nas mídias”.
Dados mais confiáveis Pedro Silva, presidente do IVC, reforça que a novidade é muito positiva para o mercado publicitário. Segundo ele, de certa
maneira, algumas agências já faziam esse processo de combinação de dados, mas cada uma fazia do seu jeito. “Isso feito pelos três institutos vai permitir que as agências não tenham esse trabalho e obtenham dados mais confiáveis, menos sujeitos a erros. É uma coisa nova, que não existia antes”, destaca o executivo. Segundo Silva, muitas vezes, as pessoas comparavam os dados de audiência de maneira errada, como somando a audiência do impresso e do digital. “Está errado, pois o mesmo leitor pode ver o conteúdo na internet e no impresso”. Ele também cita que uma das técnicas sobre o uso da comunicação afirma que, quando você fala com uma pessoa por diferentes mídias, é mais efetivo do que passar a mensagem repetidas vezes num só meio. “Essa é a parte interessante de trabalhar com diferentes meios. Na hora que entende a sobreposição, você consegue trabalhar melhor a distribuição da verba de mídia”, avalia. A configuração da união dos três institutos de pesquisa – que na prática são concorrentes – também é um marco no Brasil. Ferrari conta que esse tipo de esforço existe em outros países, como Espanha, Inglaterra e Estados Unidos, mas que o movimento também é novo no mercado internacional. “Longe de ser um discurso, o que observo é que cada vez tem mais informação sendo produzida, seja através de pesquisa ou redes sociais. Essas informações são mais ricas quanto mais integradas forem. Nós sentamos na mesa para atender a uma demanda do cliente, no caso a ANJ, e acabamos de abrir uma porta que não deve fechar mais”. Silva complementa: “Somos todos fornecedores da indústria publicitária e a concorrência levava muitas vezes a não se trabalhar colaborativamente. É um esforço novo, traz um benefício grande. O ambiente colaborativo no meio dos negócios é uma novidade muito positiva para o mercado publicitário como um todo”. A novidade também deve ser estendida em breve para as revistas. Segundo o diretor-geral da Ipsos Connect, existe uma negociação avançada com a Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas) para se utilizar a mesma métrica para medir a audiência das revistas.
Polêmica Após sequência de escândalos, situações constrangedoras e pressão de patrocinadores, executivos são afastados da Fifa
Blatter, Valcke e Platini suspensos
p o r R a fa e l Va z q u e z
H
á anos pairam desconfianças sobre a idoneidade dos executivos que comandam as diretrizes do futebol mundial. O jornalista britânico Andrew Jennings, por exemplo, autor dos livros “Jogo Sujo” e “Um Jogo Cada Vez Mais Sujo”, que investigam os bastido-
res da entidade, afirma que a falta de ética e os negócios obscuros na Fifa começaram há décadas, desde a gestão do brasileiro João Havelange, que presidiu a entidade de 1974 a 1998, quando deu lugar ao atual presidente, Joseph Blatter. Em resumo, escândalos nunca foram exatamente uma novidade na organização. No entanto, desde maio deste ano, quando o FBI invadiu o hotel em Zurich, na Suíça, para prender altos dirigentes que participariam das eleições que elegeram Blatter para um novo mandato,
uma avalanche de denúncias e o surgimento de provas derrubaram de vez a reputação da entidade que governa o esporte mais popular do mundo. O fato mais recente aconteceu na semana passada. Após cinco meses de agonia e momentos constrangedores, como quando um humorista britânico aproveitou uma coletiva de imprensa para jogar dólares falsos em cima do presidente da Fifa, o comitê de ética da entidade finalmente pediu a suspensão de Blatter do cargo. O executivo terá de ficar
afastado por 90 dias e, se voltar, retornará aproximadamente um mês antes das próximas eleições, convocadas por ele mesmo ao renunciar ao cargo no meio da sequência de escândalos – apesar de ter sido reeleito em maio, o executivo renunciou dias depois. Vale ressaltar que a suspensão veio poucos dias após os patrocinadores Coca-Cola e McDonald’s pedirem, publicamente, a saída imediata de Blatter da Fifa com o objetivo de “limpar o futebol” e absolver as marcas que possuem contratos com a Fifa.
Um mês antes, no entanto, após reunião dos patrocinadores com Blatter, as empresas haviam anunciado que pretendiam colaborar calmamente com o processo de transição. Entre o dia em que as companhias prometeram colaboração e o dia em que foram a público pedir a cabeça de Blatter, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, também foi soterrado pelo aparecimento de provas que o envolvem diretamente no esquema ilegal de ingressos durante as Copas do Mundo de 2010, na África
do Sul, e de 2014, no Brasil. Além disso, o próprio Blatter foi indiciado pela Justiça suíça por atividades à frente da organização. A suspensão foi aplicada para Blatter, Valcke e Michel Platini, candidato favorito para as próximas eleições e presidente da Uefa, entidade que cuida do futebol europeu. Platini é investigado por receber dinheiro ilegal por meio do próprio Blatter, a quem se opõe politicamente. A questão agora é saber se os patrocinadores aguentarão mais um presidente envolto em denúncias de corrupção.
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adobe max 2015
Debate reforça visão de tela conectada Fotos: Divulgação
p o r M a r i a n a Zi r o n d i – de Los Angeles
“S
e você pode imaginar, você pode criar”. Esta afirmação é do presidente e CEO da Adobe, Shantanu Narayen, durante a abertura do Adobe Max 2015, conferência criativa que foi realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos, entre os dias 5 e 7 de outubro. Com o objetivo de lançar as novidades do Creative Cloud, que inclui famosos softwares como Photoshop, Illustrator e Indesign, o evento anunciou sua visão de “tela conectada”, cujos usuários podem criar seus trabalhos em qualquer lugar, independentemente do dispositivo. Com quase sete mil pessoas, a conferência reuniu user experiences, designers gráficos e mobile, diretores de criação, profissionais de vídeo, fotógrafos, além de estudantes, agências das principais companhias ao redor do mundo. Todos, afirmou Narayen, unidos por uma única paixão: a criatividade. “Estamos aqui todos os anos para sermos inspirados pela inovação, que é promovida pela tecnologia. Todos os momentos são propícios para criações, não havendo um momento certo para isso acontecer. Nós vemos coisas que nunca tínhamos visto antes e vamos a lugares que nunca fomos. Temos acesso ao inacessível e imaginamos o inimaginável. Fortes experiências que mudam a forma como nós pensamos, interagimos, entretemos, trabalhamos e como nos relacionamos com o todo. Isso significa que, para ter uma boa experiência, ela precisa fluir assim como ser bonita. E precisa nos inspirar, transportar e transformar. O bom conteúdo tem a força para mover o mundo”, disse Narayen. Bryan Lamkin, VP sênior e general manager de digital media da Adobe, falou sobre a pressão vivida pelos criativos, que pre-
Shantanu Narayen: “Todos os momentos são propícios para criações, não havendo um momento certo para isso acontecer”
cisam ter as melhores ideias de forma cada vez mais rápida. É por isso que Lamkin reafirmou o compromisso da companhia em conectar todas as ferramentas em um mesmo lugar, recurso promovido pela tecnologia na nuvem. “Ter as melhores ferramentas não é o suficiente. Você precisa escolher as que combinam com você, e o que pode ajudar seu trabalho a fluir melhor. E essas ferramentas precisam trabalhar quando e onde você quiser, se movendo do desktop para o mobile”. Essas funcionalidades, ressaltou Lamkin, são permitidas com o Connected Workflows, Creatives Libraries e Adobe Stock, banco de imagens da companhia. Ele ainda destacou três ten-
dências para o design. A primeira delas é a importância conquistada pela área, em que a qualidade do design é tão relevante quanto a sua função e experiência e o produto precisa ter aceitação. A segunda está relacionada ao “mundo multitelas”. “Estamos vivendo um momento de muitas telas e os consumidores esperam ter os conteúdos em qualquer uma delas. É aí que entra a terceira tendência, pois querem isso com uma experiência personalizada quando, onde e como quiser. A demanda por criatividade cresce à medida em que os usuários se tornam mais críticos e exigentes”.
Novidades Bryan Lamkin: “Ter as melhores ferramentas não é o suficiente”
Brasil divide experiências Fotos: Alê Oliveira e Divulgação
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á 22 anos trabalhando com propaganda, Atila Francucci passou grande parte do tempo como redator, contando histórias. Mas, com o passar dos anos, sentiu que precisava se renovar e encontrar um novo caminho para continuar no mercado publicitário. Foi então que trouxe para o Brasil a Co:Collective, agência de storydoing lançada há dois meses em São Paulo e a primeira da rede fora dos Estados Unidos. Como um dos clientes da Adobe, Francucci compartilhou, durante uma sessão latino-americana do Adobe Max, na última terça-feira (6), suas experiências com a criação da nova agência, que se define atuando com soluções criativas para o desenvolvimento de negócios. “Praticamos o storydoing acreditando que é preciso fazer e não só dizer. Hoje as marcas não são construídas pelo que dizem, mas pelo que realmente são. Assim as histórias são vividas e as pessoas compartilham isso de graça”. Além disso, a agência trabalha com um quest, que significa causa, que são as razões que vão além do que é produzido e como suas missões mobilizam a empresa para algo que será vivido por todos os colaboradores. “A Co:Collective fez um estudo com 42 empresas e mostrou que o doing é mais negócio, pois as receitas crescem mais e a propaganda via redes sociais é maior a partir de um volume maior. Tudo isso gastando menos dinheiro em mídia”, analisou Francucci. Outro parceiro da Adobe, a rede educacional Kroton tem como um dos principais projetos o desenvolvimento de um livro digital que vai além de um material didático em PDF. Emanuel Santana, gerente-sênior de produção de material didático da Kroton, explicou que para estruturar esse projeto se basearam no design thinking, com a experiência do aluno em primeiro lugar, um material didático disponível para todos os alunos, além de qualidade e foco no aprendizado.
Dois novos aplicativos foram
Brandon Stanton valoriza diferença
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Em parceria com o Instituto Ayrton Senna, a Azul criou arte para o avião que homenageia o piloto
“Escolhemos a Adobe para ser nossa parceira e utilizamos o Creative Cloud por ser um projeto que está na nuvem, e ainda com as ferramentas DPS desenvolvemos o aplicativo que disponibiliza o material para os alunos. Nosso objetivo agora é fragmentar cada vez mais o conteúdo com pílulas de conhecimento e aplicar a oferta dos materiais em outros devices”. Ainda uma criança na história da aviação brasileira, a Azul foi fundada em 2008, mas já se tornou uma das maiores malhas no Brasil, com mais de cem destinos, quatro deles internacionais. Designer gráfico responsável por toda a identidade visual da marca, desde a sua função, Nemo Sampaio participou do encontro latino durante o Adobe Max e revelou que começou sozinho a desenvolver o material gráfico da companhia. “Nascemos com o foco na experiência de voar e em ser diferente das nossas concorrentes. Criamos muitos anúncios que falavam das nossas vantagens, como avião de dois
Átila Francucci inaugurou a primeira Co:Collective fora dos EUA
lugares, assentos de couro, monitores individuais, serviço de bordo à vontade. Tínhamos o slogan ‘Tudo Novo, Tudo Azul’”, contou Sampaio. O designer compartilhou quais ferramentas do Creative Cloud utiliza para a criação de cada peça e elemento gráfico da companhia. Ressaltou ainda a integração entre desktop e mobile, que facilita
o trabalho da equipe e eliminou alguns procedimentos, como a digitalização. “Nós demos nomes para cada aeronave e brincamos com as pinturas de cada uma. No ano passado, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, fizemos uma arte em homenagem ao piloto. Esse foi um dos trabalhos que tive mais orgulho de fazer”, revelou Sampaio. MZ
adicionados à família Creative Cloud: o Photoshop Fix e o Captura CC, que permitem o retoque rápido e a captura de ativos em movimento, respectivamente. Além disso, dois novos recursos touch foram incluidos aos aplicativos Photoshop CC, Illustrator CC e Premiere Pro CC para desktop. Os criativos podem capturar qualquer inspiração com o Adobe Capture CC, combinando Adobe Brush, Adobe Shape, Adobe Color e Adobe Hue em um único aplicativo. Já estão disponíveis, também, atualizações para outros aplicativos móveis, como Photoshop Mix, Photoshop Sketch, Illustrator Draw, Comp CC e Premiere Clip. A solução que vai sincronizar os aplicativos móveis e o desktop também foi apresentada. Trata-se do Creative Sync, que conecta os ativos usados diariamente por profissionais criativos, como fotos, fontes, gráficos de vetor, pincéis, configurações, metadados etc. Todos os ativos criados com os aplicativos móveis da Adobe conseguem ser armazenados nas Creatives Cloud Libraries, bibliotecas que podem ser acessadas de qualquer lugar, facilitando a integração entre equipes. Outra novidade é que o Adobe Stock receberá conteúdo de vídeo em breve. O banco de imagens oferecerá suporte para baixar e comprar conteúdo de vídeo, ampliando a sua coleção de fotos, imagens e gráficos. O Adobe Portfólio também foi lançado como uma nova maneira de criar sites com portfólio simples. O profissional criativo poderá personalizar seu site criado, que inclui suporte para designs interativos garantindo visual para telas de qualquer tamanho. Os sites do Portfolio podem incluir um URL personalizado, proteção por senha e fontes Typekit de alto impacto.
inspiração anda de mãos dadas com a criatividade. Uma não é nada sem a outra e é com esse propósito que o segundo dia do Adobe Max, realizado em 6 de outubro, trouxe personalidades que se dedicam diariamente em ‘fazer diferente’. A conferência global da companhia, que reúne quase sete mil pessoas no Staples Center, mistura seus lançamentos do Creative Cloud, que inclui os populares Photoshop, Illustrator, Indesign e Premier, com atrações que tentam, de alguma forma, transpor suas experiências criativas com os presentes. Entre as atrações, o fotógrafo Brandon Stanton, criador do site Humans of New York, compartilhou sua história à frente do site, que, basicamente, fotografa pessoas nas ruas de Nova York e faz perguntas básicas sobre as suas vidas. Os materiais são compartilhados no blog de Stanton, assim como no Facebook e no Instagram. Com mais de 15 milhões de seguidores, o jovem fotógrafo conta que decidiu fazer o que gostava quando ainda morava em Chicago. “Eu passava os meus dias trabalhando e pensando como poderia mudar a minha situação, porque eu estava o tempo todo preocupado se ia ser demitido ou não. E um dia isso acabou acontecendo:
eu perdi o meu emprego e foi, inesperadamente, um ótimo dia”. Stanton contou que, por dois anos, todos os seus pensamentos estavam em como manter esse emprego. Foi então que percebeu que, com a demissão, poderia fazer o que queria e imaginava. “Antes de ser demitido, quando o meu trabalho começou a ir mal, eu comprei uma câmera e comecei a andar por Chicago, todos os dias depois do trabalho, fotografando todas as coisas que eu via. Então eu decidi que ia ter o dinheiro suficiente para organizar meu tempo”, contou. “O Humans of New York se tornou o melhor da minha vida, porque comecei a parar as pessoas na rua e pedir para elas contarem, da melhor maneira possível, um pouco das suas vidas. Eu tento aprender algo com elas, coisas que fazem as pessoas serem únicas. Todas as histórias são individualmente únicas. Eu começo perguntando ‘qual é o melhor momento da sua vida?’, qual a sua maior fraqueza?, qual é o seu maior medo?. E as respostas vêm com muita emoção, porque misturam comédia, felicidade ou tristeza”, comenta Stanton. Em fevereiro deste ano, Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, foi personagem do seu blog. “Isso me fez pensar que há cinco anos eu nunca tinha pegado em uma câmera e hoje tenho 15 milhões de seguidores. Isto porque eu fui capaz de superar os meus medos e tentei alguma coisa nova. Acredite que você pode fazer algo diferente, mesmo que ninguém acredite ou aposte em você. Imagine e se torne o que você quer se tornar”, finalizou. MZ
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adobe max 2015
Eficiência está em unir on e offline Motivada pela necessidade de se reinventar, a Adobe vem concentrando, a cada ano, um número maior de produtos e ferramentas baseados em sua tecnologia cloud, ou seja, na nuvem. Ao sair do formato de licenças e "caixinhas", como era conhecida a venda de seus pacotes no passado, a empresa revolucionou a forma como integra seu portfólio e passou a oferecer seus softwares pela internet, pagando taxas mensais ou anuais. A companhia promove dois grandes eventos por ano. No primeiro semestre, o Adobe Summit, dedicado ao Adobe Marketing Cloud, conjunto de soluções de marketing digital que ajuda os clientes a criarem campanhas e a gerenciar conteúdos. Já o Adobe Max, recentemente realizado entre os últimos dos dias 5 e 7, em Los Angeles, nos Estados Unidos, reuniu mais de sete mil pessoas para debater criatividade e inovação. O evento trouxe as novidades da companhia para o Adobe Creative Cloud, que tem como protagonista o já consagrado Photoshop, que neste ano completa 25 anos. No entanto, a Adobe quer mais. Federico Grosso, head da Adobe na América Latina, afirma que hoje os trabalhos da companhia estão em fornecer ferramentas que ultrapassam os desktops e chegam aos dispositivos móveis fazendo fluir a criatividade onde quer que ela esteja. Ele ainda reforça o compromisso da companhia em ser o catalizador de tecnologias para fazer o mercado brasileiro crescer. E que, apesar da forte presença mobile, este não é o momento de separar on e offline, mas em fazer estes dois se encontrarem e trabalharem juntos, de forma eficiente. Veja a seguir os principais trechos da entrevista que mostra o compromisso da Adobe em ser um fomentador da transformação digital. p o r M a r i a n a Zi r o n d i – de Los Angeles
Carreira “Eu sou italiano e, em 1997, trabalhei no Yahoo, quando ele estava começando. Ninguém sabia direito o que seria a internet, porque ela era extremamente escrita e pouco visual. Eu vi o impacto da inovação americana chegar à Europa. Formei-me em ciências políticas, sociologia e jornalismo eletrônico, com isso foi fácil entrar nessa área. Na época, o Yahoo já estava grande, mas eu tinha a sensação de startup, porque no escritório da Itália éramos só quatro pessoas. O que a gente estava fazendo era incrível, se pensarmos nos dias de hoje. O meu trabalho era tipo um ‘monge digital’. Eu achava um site e o colocava em uma taxonomia, criando assim a árvore do Yahoo. Era uma curadoria humana da internet, possível quando ela era pequena. Depois fui para Londres com a empresa e fiquei por lá durante sete anos. Então criei uma startup sobre busca de vídeo na internet, em que a tecnologia tinha capacidade não só metadata, mas também com o que estava sendo dito e falado. Depois, cheguei ao Brasil trazendo uma outra empresa inglesa, que foi adquirida pela HP, e há 15 meses estou na Adobe”.
Mercado “Estamos começando a ver que todas as tendências – como design thinking, creative data, digital marketing, mobilidade e nuvem – estão começando a se juntar. Dentro das empresas pioneiras e de inovação, elas conseguem se conectar e é aí que entra nosso desafio. A presença da Adobe ajuda a criar essa conexão, em que a pessoa de criação vai conversar com a parte de analytics ou mídia programática e todos vão trabalhar na mesma plataforma. Eu acho incrível porque esses mundos estão se encontrando e o Brasil não está tão atrasado. O brasileiro tem uma forte curiosidade, com forte
adoção tecnológica. A gente tem um atraso natural de maturidade, mas não é mais aquele abismo que você tinha antigamente”.
Adobe “É incrível estar na Adobe porque, de um lado, temos a parte criativa, que é extramente forte e é o orgulho da Adobe. Há reconhecimento pela estabilidade e continuidade do nosso trabalho, que cresce e melhora a cada ano. Do outro, temos o marketing digital, que é recente, com aquisição em 2013, e está começando a se encontrar. O que me fez ir para a Adobe é que ela é uma marca icônica. Se você vê as marcas do Vale do Silício, é uma das mais fortes. Acabaram de publicar brands mais valoriosas do mundo pela Interbrand e ela está posicionada em 68º lugar. A Adobe é muito forte na inovação e tem essa capacidade de se reinventar. O que hoje se chama Adobe.com foi a passagem pela nuvem, abandonando as licenças e as caixinhas. Mudaram o modelo de negócio e expandiram. São poucas as empresa que vivem o cruzamento entre comunicação, tecnologia e criatividade dessa forma. Nossos produtos criaram padrão, viraram verbo”.
Adobe no Brasil “A Adobe tem atuação no Brasil há mais de 18 anos e está vivendo um novo momento. Com a minha entrada, mudamos o escritório de Miami para São Paulo. Brasil é o país onde vemos uma capacidade muito grande e fomento digital pelas grandes empresas brasileiras com o trabalho que estão fazendo. Com isso, mudamos a operação para o Brasil e estamos focados em atender os clientes brasileiros. Percebemos um amadurecimento na conversa digital, que está entrando no vocabulário digital, e isso é um desafio. Se pensar em uma empresa estabelecida, não é fácil transformar o seu negócio, tem sempre aquele trade off para proteger algo que já se tem e carregá-lo para o futu-
Alê Oliveira
Federico Grosso: “A Adobe tem atuação no Brasil há mais de 18 anos e está vivendo um novo momento”
ro. O Brasil está se destacando no mapa como um dos grandes entre os emergentes. A gente tem um trabalho bacana na Europa e na Austrália. Faltava colocar o Brasil no circuito”.
Mobile no Brasil “O Brasil tem potencial para se tornar um grande exemplo de mobilidade. O que estamos vendo aqui é que, com a melhora da condição social e a forte adoção de tecnologias, alguns usuários pulam do desktop e vão direto para o mobile. Então eu acho que esses são fenômenos extremamente interessantes por causa de questões que são macroeconômicas e estão acontecendo. Mas é fato que estamos vendo uma aceleração do negócio digital pela eficiência que ele pode trazer. Existe uma busca em saber como os budgets podem ser aproveitados melhor, assim como os fluxos criativos. Com isso, vem uma questão que estamos pensando muito, que é como utilizar a colaboração, como customizá-la, e temos visto exemplos fortes de como os produtos da Adobe conseguem reduzir os valores”.
América latina “É impressionante a quantidade de coisas que nós conseguimos ver em dois dias de evento. Isso é o que a Adobe gosta, mostrar não só como é possível ter novas tecnologias, mas também como inspirar seus clientes a serem cada vez mais criativos. Para a América Latina nós levamos tudo o que vemos aqui para melhorar as suas atuações. Sem os nossos clientes, sem as pessoas que trabalham com os produtos da Adobe, não seria possível ter esse diálogo e o feedback sobre o que estamos fazendo. Estamos falando de tendências, colaboração, processos que estão vindo por aí. Tudo o que falamos durante o evento está disponível para a América Latina. Esta inovação é o que levamos para os países em que atuamos. Fizemos uma sessão com
grandes clientes brasileiros, um espaço para que eles pudessem compartilhar suas metas e conquistas. Este é um momento especial para o trabalho criativo e estão aptos a fazer coisas incríveis, se tornando cada vez mais fluidos e cada dia mais transparentes. Todos os clientes têm a possibilidade de mudar seus negócios e melhorá-los, o que talvez fosse quase impossível há cinco anos. E o impacto que nós queremos ter na nossa instituição, da qual trabalhamos com educação e business, é grande.
Adobe Max No Adobe Max tivemos duas tendências muito fortes. Uma é apoiar o processo criativo não só através de ferramentas específicas. É claro que o Photoshop tem sua estrela e está evoluindo, mas ele faz parte de uma plataforma muito mais abrangente. E não é só dar uma ferramenta que ajuda a melhorar a imagem, mas a otimizar o tempo. Raramente a criatividade acontece em frente à tela. As ideias são capturadas no dia a dia com os nossos aplicativos, disponibilizadas na nuvem e compartilhadas com toda a equipe. A contribuição maior é se tornar cada vez mais transparente. Estamos tirando o processo, o mouse, colocando intuição, caneta, pincel, o dedo, tudo para liberar a criatividade”.
Físico x Virtual Estamos fomentando a conversa de transformação digital. E quando os clientes querem essa mudança, eles pensam na Adobe como uma empresa importante por fornecer tudo isso. Você tem um benefício no digital, com medição e eficiência mais rápidas e pode cruzar modelos tradicionais com o digital. Não é o momento de pensar só em digital, mas fazer essa mistura entre virtual e físico. Então esses mundos estão se encontrando e talvez a eficiência está em fazer tudo isso se encontrar.
Desafios “A transformação digital é um fenômeno extremamente interessante e somos catalizadores dessas mudanças. Precisamos juntar essas várias peças do quebra-cabeça, que mistura a parte tecnológica com o elemento humano, fomentando ideias, criatividade e projetos. Ainda há certa resistência, que é uma barreira cultural, mas o processo de transformação não é fácil e vem com algumas dores. O desafio é o equilíbrio entre o tático e o estratégico. As suas ações táticas e medíveis se conectam a algo estratégico de longo prazo. E a gente está muito focado em dizer: vamos ter projetos em que a gente pode medir, pode demonstrar, pode rapidamente dizer ‘aqui funciona’. E tem algumas áreas em que a gente precisa experimentar e os resultados têm sido, muitas vezes, surpreendentes. Eu, pessoalmente, fico surpreendido pela adoção, pelo interesse e pela curiosidade que vejo no Brasil. E falo isso com o meu olhar de gringo, porque o entusiasmo que tem no mercado e o interesse na conversa e a sua energia são bem positivos”.
Ações A gente tem no nosso calendário dois eventos grandes: um é o Max, o outro é o Summit. O que a gente tenta fazer é usar esses dois eventos como centro de gravidade para dar energia ao pré e ao pós, e replicar esses conteúdos. O design Matter, realizado em agosto, foi especial porque foi realizado em Nova York, Cidade do México e São Paulo, num intervalo de três semanas, então três nervos da América foram tocados nesse espaço de tempo.
Usuários Nosso objetivo é dar acesso maior e criar uma colaboração que não seria possível sem a nuvem. E a colaboração é o ‘x’ da questão. Estamos melhorando as ferramentas que precisamos para gerenciar a vida profissional. Inclusive
dando visibilidade para aos portfólios. Existem, também, vários planos de licenciamento. Tivemos sete mil pessoas no Max e o nosso foco é o usuário final, o freelancer ou o criativo. O usuário, independentemente de estar em uma companhia, pode baixar vários aplicativos de graça com a Adobe ID.
Pirataria
“O que a gente pode fazer é, através do nosso produto oficial, oferecer algo que não pode ser oferecido de qualquer outra forma. Essa questão do compartilhamento de espaço, de ter todos os aplicativos ligados em um mesmo lugar, no final das contas, está relacionada com a experiência em comprar o serviço. A pirataria é um fenômeno que existe, mas a gente acredita que oferecer a experiência é o melhor caminho”.
Publicidade
“A gente participa da nossa comunidade organicamente. Este ano não fizemos campanhas oficiais, porque não temos um problema de marca para resolver. É mais a questão de evangelizar e chegar aos lugares certos. As redes sociais ajudam nisso e tentamos fomentar a própria comunidade de usuários com o que sabemos. Não queremos criar a conversa, a gente cria um espaço para as pessoas dialogarem”.
Futuro
“Queremos ter papel de liderança intelectual sobre o tema da transformação digital e essa é a nossa prioridade. É saber que quando uma empresa tem um problema de transformação digital ela pensa na Adobe como o lugar para onde ir, trocar ideias e escutar. E a outra grande tendência que a gente vai ver em 2016 é esse encontro, cada vez mais forte, entre mundos que se unem e essa forte onda de criatividade. Se a gente consegue ajudar as empresas a fazer isso, fornecendo ferramentas para isso, a gente vai ter um ano extremamente interessante”.
24 j or n al p ro p a g a n d a & mar k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015
mqueiroz@propmark.com.br
Adriano Pena/Divulgação
Supercenas
MARCELLO QUEIROZ
Profissionais da Sky e da FCB no cenário da nova campanha da operadora de TV: lares paradisíacos
Felipe Andreoli e Antonio Tabet em websérie da Neogama/BBH para Renault
Paulo Mancini/Divulgação
Sidney Araujo/Divulgação
Dani Calabresa (de vermelho) com Álvaro, Sofia e Federica: PedidosJá
Val Ferrer/Divulgação
VIVO ESCOLHE A Vivo pré-agendou para a primeira semana de novembro o resultado da concorrência de sua conta publicitária. O processo movimentou – e muito – algumas das principais agências do mercado semana passada, nos dias 6 e 7. Na disputa estão Havas, Africa, DPZ&T, DM9DDB e Y&R, que fizeram apresentações nessa ordem. Atualmente, a marca é atendida por quatro das cinco convidadas, exceto a Havas, que teria entrado na disputa a partir de uma determinação do grupo francês Vivendi, que vendeu a GVT para a Vivo. Houve uma exigência do anunciante para que no máximo sete profissionais de cada agência participassem dos painéis de avaliação. Do lado da operadora, segundo uma fonte, estavam “aproximadamente” dez pessoas. “Houve muitas perguntas e detalhes pormenorizados de muitos itens”, contou um dos participantes. Há informações no mercado de que a Vivo, com esse processo de concorrência, passaria a trabalhar apenas com duas agências a partir de 2016. Mas há fontes afirmando que o anunciante deverá escolher três.
“Loira do Banheiro” com profissionais da Mar, Bacardi, Matel e Tumpats
AS CASAS DA SKY A operadora de TV Sky está com nova campanha criada pela FCB. Trabalho traz o conceito “Sky – sua casa é o paraíso” e conta com a participação de Gisele Bündchen, a garota-propaganda da marca. Durante as filmagens, no fim de agosto, com produção da 02 e direção de Nando Olival, profissionais da agência e do anunciante ocuparam o cenário feito em um estúdio paulistano para endossar a ideia dos múltiplos e paradisíacos lares onde a Sky está presente. O visual remete ao case “Voyeur”, da BBDO de Nova York para a HBO, de 1984.
STORYTELLING DA RENAULT Com direção geral de Criação de Alexandre Gama e direção de criação de Márcio Ribas e Fabio Mozeli, a Neogama/BBH criou uma websérie para o lançamento do Sandero R.S 2.0, da Renault. O trabalho estreou no último dia 8 e conta com um total de cinco episódios, que serão lançados semanalmente. Duas equipes, cada uma formada por um piloto, um humorista, um repórter esportivo e um consumidor, exploram o novo carro em provas gravadas em três autódromos. Entre os participantes estão Felipe Andreoli, Antonio Tabet, Tarso Marques e Antonio Pizzonia. TRADIÇÃO MEXICANA Executivos da Bacardi e da agência Mar Comunicação acompanharam os bastidores da campanha “Dia de Los Muertos”, criada para a tequila Sauza. O trabalho, com a atriz Luitha Miraglia, que interpreta a “Loira do Banheiro”, brinca com uma tradição mexicana. A produção é da Matel Comunicações com trilha da Tumpats. FOME E SOBRENOMES Dani Calabresa e Marcos Mion estão na campanha criada pela We para a PedidosJá, plataforma online para entrega de comida. A empresa atua em dez países da América Latina e conta com opções de 6 mil restaurantes brasileiros que têm serviço de delivery. O roteiro faz, com humor, associação de celebridades com sobrenomes de comidas. Álvaro Garcia, CMO e fundador da empresa, diz ter expectativa de crescer 700% no Brasil até o fim de 2016. Ele acompanhou a produção da Sentimental Filme com Federica Hampe, diretora de comunicação da marca, e Sofia Tavares, da Delivery Hero.
ORIGINALIDADE Ela é a qualidade mais importante para o sucesso de uma campanha de mídia social, segundo um estudo do Warc. Supera fatores como “utilidade” e “incentivo” MOBILE Os investimentos publicitários nessa área tiveram aumento de 51% no primeiro semestre entre os anunciantes do Reino Unido. Movimentaram £ 1,08 bilhão (R$ 6,21 bilhões), segundo a PwC MENSAGEM INSTANTÂNEA Uso de plataformas como WhatsApp e Facebook Messenger cresceu 12% no último ano, ultrapassando o tempo dedicado aos sites de redes sociais, segundo estudo global da TNS
MÍDIA PROGRAMÁTICA Apesar do aumento de investimentos, ela está cercada de ameaças, principalmente dos softwares de bloqueio de publicidade, concluiu um seminário sobre o assunto em Londres, na semana passada
COMÉRCIO No Brasil, o índice de confiança de empresários do setor caiu 4,1%, entre agosto e setembro deste ano, e 26%, entre setembro de 2015 e o mesmo mês do ano passado, segundo a CNC
INDÚSTRIA No último mês de agosto, em comparação a julho, a produção do setor caiu em 10 dos 14 mercados pesquisados pelo IBGE. Maior recuo foi no Ceará
São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 25
Produtoras Sócio da Cine assina o longa “Ninguém ama ninguém... por mais de dois anos”; Marcello Serpa cria cartazes de divulgação
Diretor mostra universo rodrigueano Fotos: Divulgação
dução investiga a intimidade de cinco casais, que têm as suas histórias contadas paralelamente, no Brasil do início dos anos 1960. A produção é de Raul Doria e Nelson Rodrigues Filho, com finalização da Cine e Cinecolor e distribuição da Europa Filmes. Em tom tragicômico, o filme discute a fragilidade dos relacionamentos. “Se você nunca foi traído, é comédia. Se já foi traído, é drama”, descreve Mello. A reflexão sobre o desejo humano, aliás, já rondava o diretor há algum tempo. Antes da investigação no legado de Nelson Rodrigues, Mello lançou o curta-metragem “Sildenafil” (2009), baseado em conto de Reinaldo Moraes. Bem-humorado, o filme focaliza um casamento em crise e recebeu vários prêmios, incluindo festivais de cinema do Rio de Janeiro, de Miami e de Toronto. Em “Ninguém ama ninguém... por mais de dois anos”, Mello adapta para o cinema os contos “Coroa de Orquídeas”, “Rainha de Sabá”, “Despeito”, “Infidelidade” e “Vendida”, que integram a série “A vida como ela é...”.
A
parceria de Clovis Mello, da Cine, e Marcello Serpa, vista nos vídeos de Havaianas produzidos ao longo da trajetória do publicitário na AlmapBBDO, segue firme. Nesta segunda-feira (12), o Rio de Janeiro terá a pré-estreia de “Ninguém ama ninguém... por mais de dois anos”, longa-metragem inspirado em contos de Nelson Rodrigues que tem direção de Mello e cartazes de divulgação assinados por Serpa. Com lançamento nacional previsto para o dia 12 de novembro, “Ninguém ama ninguém... por mais de dois anos” marca a estreia de Mello, que é um dos mais premiados diretores de publicidade do Brasil, com um longa-metragem no cinema. Para divulgar o filme, os cartazes, que já estão presentes nos principais cinemas do Brasil, trazem ilustrações inspiradas na estética das pin-ups. “Em vez de usarmos imagens do filme, Serpa trouxe essa ideia genial que quebra o paradigma atual dos cartazes de cinema para instigar o público já nos corredores”, comenta Mello sobre o trabalho de Serpa, que em 2011 já havia criado cartazes para divulgar o filme “Quebrando o tabu”, de Fernando Grostein Andrade. Em “Niguém ama ninguém... por mais de dois anos”, o público vai ter acesso a contos de Nelson Rodrigues que são inéditos no formato audiovisual. A pro-
Cena do filme produzido pela Cine, que reúne contos de Nelson Rodrigues e tem participação especial da atriz Luana Piovani
Elenco
Na pele da audaciosa Elvira, Gabriela Duarte dá início a uma nova fase da carreira, que já contabiliza 32 anos dedicados à atuação. A atriz, que já encenou personagens de Nelson Rodrigues na TV, no teatro e no cinema, é um dos destaques do elenco, estrelado ainda por Zezeh Barbosa, Julia Lund, Lidi Lisboa, Julianne Trevisol, Branca Messina e Luana Piovani, em participação especial. A trama também conta com Marcelo Faria, Ernani Moraes, Michel Melamed, Pedro Brício, Antônio Fragoso, Thelmo Fernandes e Paulo Reis.
Estética pin-up está presente nos cartazes de divulgação do longa-metragem, que levam a assinatura de Marcello Serpa
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26 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015
PATROCÍNIO
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Vice-Chairman e COO da WMcCann Profissional Dirigente de Agência
VP de Atendimento da Africa Profissional de Atendimento
Sócio-diretor da Cia de Cinema Profissional de Criação
LUIZ RITTON
PAULO ZOÉGA
EDUARDO TRACANELLA
GUSTAVO LEME
VP de Mídia e Operações da Lew’Lara\TBWA Profissional de Mídia
CEO da Zoégas Comunicação Profissional de Planejamento
Superintendente de Marketing do Itaú Profissional de Anunciante
VP da FOX International Channels Brasil Profissional de Veículo
PEDRO MARTINS SILVA
ALÊ OLIVEIRA
IGOR PUGA
SPARTACO PUCCIA FILHO
Presidente Executivo do IVC Profissional de Serviços Especializados
Editor de Fotografia do Jornal Propmark e das Revistas Propaganda e Marketing Profissional de Imprensa Especializada
VP de Integração e Inovação da DM9DDB Profissional de Especialização Digital
Diretor Presidente SPB Comunicação Profissional Destaque Regional Capítulo APP Londrina
São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 27
Produtoras “A Estilista”, do canal Fox Life, promove a Riachuelo
Nº 4 / 2015
INFORME PUBLICITÁRIO
GTEC cria série em formato branded content para TV Alê Oliveira
Irmãos Gabriel e Felipe Ribeiro: novos projetos de branded content em andamento
por Bá rbara Barbosa
C
om mais de 35 anos de trajetória, a GTEC Videocomunicação, que já foi do Grupo Globo sob o nome de Globotec, segue um caminho de inovação guiado pela produção de programas de TV com viés em branded content. Nessa linha, a produtora, hoje comandada pelos irmãos e sócios Gabriel e Felipe Ribeiro, assina o projeto “A Estilista”, no ar pela Fox Life. A produção mostra o dia a dia da estilista Lethicia Bronstei, que, ao final de 13 episódios, terá criado uma coleção para a Riachuelo. “Essa foi uma ideia original nossa, que teve início após
conversas no ano passado, durante um trabalho que fizemos com a Lethicia no período da Copa do Mundo. Juntos, fomos construindo o projeto, até chegarmos na Riachuelo como marca parceira”, conta Gabriel, responsável pela área de criação da produtora. À frente da área comercial da GTEC, Felipe afirma que esse formato de branded content é muito procurado pelas marcas e tem atenção especial da produtora, que, além de produzir sob demanda, busca desenvolver e criar modelos atraentes para os clientes. “A gente identificou no projeto que as marcas estão buscando muito além dos 30 segundos na TV. Elas querem trabalhar um conteúdo especial, que tem uma cauda longa e desdobramentos, além de possibilitar a construção da marca de um modo muito próximo do consumidor”, destaca. Segundo os irmãos, projetos semelhantes estão no radar da produtora, com destaque para as
áreas de esporte e life style. “O mercado de esporte, esse lado mais fitness, cresce muito e estamos nos mobilizando para trazer isso do digital para a TV, algo que ainda não tem”, comenta Felipe. “Temos alguns projetos em andamento. A GTEC possui estrutura de uma produtora normal, mas temos também esse braço criativo. A gente desenvolve conteúdo e buscamos as parcerias”, acrescenta Gabriel. Além de branded content, a GTEC tem uma área digital já consolidada, que permite oferecer aos clientes e parceiros soluções em transmissões ao vivo via satélite e Web TV, além de vídeos de educação a distância e produções customizadas para TV aberta e fechada. Em sua história, a produtora já assinou mais de 5 mil comerciais, 1,6 mil programas para TV aberta, 2,6 mil peças de comunicação corporativa e mil horas de transmissão ao vivo para TV aberta, fechada e web.
Web Ibope Conecta aponta que 56% têm medo de finalizar compra
Segurança é o quesito que mais preocupa o consumidor
A Panamericana realizou no mês Setembro, o 1º ArteScambo com a participação de mais 400 pessoas e 200 imagens trocadas. O evento que recebeu fotógrafos e artistas amadores e profissionais para que trocassem seus trabalhos de forma anônima com o objetivo de fomentar o colecionismo e o apreço pela imagem. O encontro promoveu interação entre pessoas. Devido ao grande sucesso, estamos planejando o 2º ArteScambo para o ano de 2016. Informações do evento e participantes, podem ser conferidos em nosso site.
Portfólio Rewiew Alunos selecionados, tiveram a oportunidade de apresentar seu portfólio à 5 grandes profissionais da área de fotografia: Alexandre Belém, Cássio Vasconcelos, Georgia Quintas, Juliana Arruga e Lucas Lenci. Foi uma experiência valiosa aos alunos da Panamericana.
Fotos: Other Images
56% dos entrevistados se
Exposição dos Professores de
preocupam com a segurança na hora de efetuar uma compra via internet
Design de Interiores
80%
fazem as compras com cartão de crédito
A
No período de 14 a 30 de Outubro, na sede da Av. Angélica, 1900, os Professores da área de Design de Interiores, apresentarão alguns de seus projetos profissionais em uma mostra coletiva, onde mostram a relação entre ensino e sua atuação no mercado de trabalho, diz o coordenador Eduardo Rodrigues.
JARDIM
38% das pessoas
afirmaram que compram pela internet uma vez por semana
por Vinícius Novaes
responsável pela área de produtos digitais da MasterCard para o Brasil e o Cone Sul. Na percepção dos consumidores, segundo o estudo, alguns atributos oferecem mais segurança para que eles forneçam seus dados pessoais no momento do pagamento de uma compra online: certificações de segurança em primeiro lugar; a credibilidade do estabelecimento, em segundo; e as marcas das bandeiras de cartão e/ou carteiras digitais para pagamento, em terceiro. Theodoro cita algumas alternativas criadas pela MasterCard para aumentar a confiança na hora de comprar via internet. Um desses exemplos é o MasterPass. “As empresas precisam construir produtos que possam dar mais segurança, além de precisarmos investir na educação do consumidor por meio de campanhas”. Os eletrônicos lideram entre as categorias mais adquiridas no meio online, com 77%. Em segundo lugar,
BANHO 01
GARAGEM
utilizam o notebook como dispositivo para efetuar as compras
BANHO 02
PÁTIO
SALA ESTAR
SALA JANTAR
B
B
A
produtos comprados via e-commerce são eletrônicos
69% dos entrevistados
DORMITÓRIO
COZINHA
77% de todos os
ESCRITÓRIO
LAVANDERIA
SUÍTE
A
segurança ainda é o quesito que mais preocupa os consumidores que usam o e-commerce. De acordo com levantamento feito pelo Ibope Conecta e divulgado pela MasterCard, a segurança do site é o item que impede a conclusão da compra para 56% dos entrevistados. O segundo aspecto mais importante é o tempo de espera do produto, com 22% dos respondentes. Em terceiro lugar, opções de pagamento (poucas ou não atrativas), com 15%, seguido do formulário para preenchimento das informações pessoais. “O consumidor de hoje está muito mais exigente, tanto no que diz respeito à segurança quanto à conveniência. Se o prazo de entrega excede suas expectativas, isso afeta negativamente a percepção. O mesmo acontece quando a experiência no momento da compra não é satisfatória”, analisa Marcelo Theodoro, diretor-sênior e
vestuário (64%). Eletrodomésticos (60%), cosméticos (43%), viagem e turismo (35%) e brinquedos (34%) vêm em seguida. Apenas 27% da classe C consome turismo, percentual que revela potencial de consumo no Brasil, quando comparado às classes A/B. Em relação à frequência de compra, 38% afirmam comprar uma vez por mês, 21% compram uma vez a cada dois meses, 9% compram uma vez por semana, 8% compram de duas a três vezes por semana e 24% compram com menor frequência que as citadas. Já em relação ao meio utilizado para a compra, o notebook é o principal, com 69% da preferência, seguido de desktop, com 52%, e smartphone, com 29%. Os tablets representam 12%. Os jovens são os que mais preferem comprar pelo smartphone, com 42%. A pesquisa foi realizada em julho de 2015, com 1.012 internautas de todas as regiões do Brasil.
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO
SCA é a nova parceria do nosso Job Training
A SCA e Panamericana, fecham parceria, para realização de Job Training voltada a área de Design de Interiores, com a criação de um ou mais ambientes residenciais para o show room da loja SCA Jardim Paulista. O objetivo do Job é proporcionar ao aluno trabalhar profissionalmente.
Exposições gratuitas. Visitas de segunda a sexta, das 9h às 21h, e aos sábados, das 9h às 12h. Não abre domingos e feriados. Avenida Angélica 1900, fone 3661.8511 Rua Groenlândia 77, fone 3887.4200
www.escola-panamericana.com.br
28 j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015
Veículos Programa, que acontece em 23 e 24 de outubro, na sede do SBT, em São Paulo, tem meta de arrecadar cerca de R$ 26 milhões
Teleton escolhe gratidão como tema
Lourival Ribeiro/Divulgação
O
Teleton deste ano chega à sua 18ª edição, contando com mais de 200 artistas, além de Getúlio, criança símbolo de 2015, para atingir a desafiadora meta de arrecadar R$ 26 milhões, que serão revertidos para a AACD. O programa acontece em 23 e 24 de outubro, no SBT, em São Paulo. O total arrecadado nesta edição será destinado à manutenção e à sustentabilidade das unidades da instituição, presentes em sete estados brasileiros, e para investimentos em pesquisas de reabilitação que agreguem tecnologia e conhecimento, permitindo a capacitação de profissionais. Em 2014, foram realizados cerca de 1,4 milhão de atendimentos.
Para Angelo Franzão, superintendente de marketing e captação de recursos da AACD, gratidão talvez seja uma das palavras que mais representam o evento, uma vez que a instituição, por ser filantrópica e sem fins lucrativos, depende da doação. “Qualquer doação, independentemente do valor, é de extrema importância. Somos gratos pela ajuda dada à instituição, por meio do Teleton, há 18 anos e, especialmente neste ano, precisamos ainda mais da ajuda de todos”, afirma Franzão. Nomes como os dos padrinhos Eliana e Daniel, Patricia Abravanel, Carlos Nascimento, MC Guimê, Paula Fernandes, Padre Alessandro Campos, Ivete Sangalo e Ratinho, entre outros, são presen-
ças garantidas ao vivo no programa. “O auxílio de todos os artistas no Teleton é essencial para nós. Passamos por um ano desafiador para cumprir nosso orçamento. A divulgação da nossa instituição e da excelência no trabalho realizado em prol do deficiente físico, por meio de figuras com alta credibilidade da TV, potencializa cada vez mais as doações”, diz o CEO da AACD, Valdesir Galvan. Nas redes sociais do Teleton, diversas celebridades que apoiam a causa da AACD e a maratona televisiva têm fotos e vídeos divulgados. Por lá, o internauta aprende de forma simples e descontraída como ajudar a AACD. Qualquer pessoa pode interagir com a instituição nas redes sociais com a hashtag #somostodosteleton.
A apresentadora Eliana e o cantor Daniel foram escolhidos como padrinhos da edição deste ano
Mercado Bens de consumo serão afetados
Vendas devem cair no último trimestre Divulgação
Professor Nuno Fouto, diretor no Ibevar: orçamento familiar para o fim deste ano será menor
O
último trimestre do ano, considerado o mais aguardado pelo comércio, chega com baixa expectativa para os brasileiros. Nem as compras de Natal, tradicionais para o período, conseguiram elevar a intenção de compra. Segundo pesquisa realizada pelo Provar (Programa de Administração do Varejo) e pela FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com o Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo) e com a Felisoni Consultores Associados, o índice de consumidores que pretendem efetuar uma compra de bens duráveis de outubro a dezembro é de 34,4%. O indicador é dez pontos percentuais menor do que o registrado no terceiro trimestre do ano e apresenta queda de seis pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, a intenção de compra na internet também diminuiu: passou de 86,6% no trimestre passado para 82,5% neste trimestre. De acordo com o diretor do
Ibevar, professor Nuno Fouto, o resultado é explicado pela “deterioração” das condições de compra. “De fato, no quarto trimestre do ano passado, depois de descontadas as despesas e o pagamento das dívidas, sobravam 10,8% do orçamento das famílias para novas compras. No entanto, para o mesmo período deste ano, sobram apenas 6,5%”, informa o professor, que conduziu a apresentação da pesquisa na última semana, em São Paulo. Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa de campo que ouviu de 500 consumidores de varejo e 4.448 e-consumidores, no mês passado. Nas abordagens, realizadas na rua, os participantes foram indagados sobre os produtos que pretendiam comprar nos próximos três meses, em relação às seguintes categorias de produtos: linha branca, móveis, eletroeletrônicos, material de construção, informática, cine e foto, telefonia e celulares, cama, mesa e banho, eletroportáteis, vestuário, calçados, viagens de turismo, automóveis e motos, e imóveis.
Agências Design Thinking Propaganda reuniu cerca de 30 profissionais em debate sobre a busca de soluções para empresas
Fenapro discute modelo de negócio por Cristiane Marsola
A
Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) reuniu representantes do mercado de São Paulo, na semana passada, para mais uma edição do Design Thinking Propaganda. O evento, em parceria com o Sinapro-SP (Sindicato das Agências de Propaganda de São Paulo), tem como objetivo discutir o modelo das agências de publicidade e pensar em soluções para o negócios no futuro próximo. “Reunimos profissionais de 25 agências para discutir o modelo do nosso negócio. Este momento de crise influencia os problemas,
as dificuldades são potencializadas. Em comum, essas agências têm a dificuldade de se mostrar relevante para se tornar melhor remunerada. Este é um momento de achar soluções”, afirmou Geraldo de Brito, presidente do Sinapro-SP. A técnica do design thinking está sendo utilizada como uma facilitadora para levantar as ideias. De acordo com Brito, o grupo reunido foi bem variado, com representantes de agências de todos os tamanhos, da capital e do interior do estado. “O resultado vai ser um trabalho de conscientização para todos. Cada um que sai daqui, já faz uma grande reflexão”, falou Brito. Esta é a segunda edição do Design Thinking Propaganda, que
em agosto reuniu os profissionais do Rio de Janeiro. Até o fim do ano, a intenção é levar a discussão para mais quatro praças: Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte e Florianópolis. “A gente está, há dois anos, falando sobre a necessidade de desenvolver uma percepção de relevância maior para o negócio. Na crise, a discussão sobre a relevância do que a gente faz é ainda maior”, disse Glaucio Binder, presidente da Fenapro, que participou do primeiro encontro no Rio. A intenção da entidade é divulgar, no Dia Mundial da Propaganda, comemorado em 4 de dezembro, um documento com os insights levantados a partir dos seis encontros. “O Design Thinking Propaganda ajuda a le-
var para dentro da agência uma discussão positiva”, falou Binder. No evento do Rio, por exemplo, um dos temas discutidos foi o nome agência de propaganda, já que o negócio é muito mais do que isso. “Precisamos valorizar o que temos de mais relevante no negócio, que são as ideias transformadoras”, contou o presidente da Fenapro. Segundo o presidente da federação, o modelo atual usado pelas agências está sendo questionado não apenas no Brasil. “O mundo inteiro está buscando um modelo para a relação de clientes e agências”, explicou Binder. Também em dezembro, a Fenapro deve divulgar uma pesquisa que está fazendo um raio-x do perfil das agências do Brasil.
Divulgação
Geraldo de Brito: “Este é um momento de achar soluções”
São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 29
Mercado Encontro de agências de publicidade, que ocorre no dia 27 de outubro, terá palestrantes internacionais para debater o tema
Ebap aborda força da mídia de massa
Alê Oliveira
p o r C l a u d i a Pe n t e a d o
O
próximo Encontro Brasileiro de Agências de Publicidade (Ebap), que será realizado no dia 27 de outubro, no Maksoud Plaza, em São Paulo, será inteiramente dedicado às mídias “de massa” ou “tradicionais” – embora Orlando Marques, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), organizadora do evento, não goste dessa última nomenclatura. “A entidade defende as boas qualidades das mídias que ajudaram a construir grandes marcas e seguem fortes, sem desconsi-
derar, naturalmente, a força do digital. Acreditamos na força de todas as mídias usadas de maneira combinada, não adianta ficar só no digital”, comenta Marques, que abrirá o encontro ao lado de Rafael Sampaio, hoje consultor da entidade, para falar das lições aprendidas no Cannes Lions e no encontro da 4A’s, em Austin. Dois palestrantes internacionais estão convidados. O primeiro é o jornalista Michael Wolf, que recentemente esteve no Festival of Media Latam 2015 falando da força da televisão e falará justamente sobre “O inesperado triunfo da TV” durante o Ebap. O outro palestrante internacional é George Ivie, CEO do MRC – Media Rating Council, que discorrerá sobre o tema “Sem
precisão das informações de audiência, não há qualidade de planejamento e compra de mídia”. Um dos destaques é o painel com três anunciantes que contarão suas histórias, mediados pelo jornalista William Waack. São eles: Luiz Eduardo Falco, diretor-presidente da CVC; Márcio Utsch, CEO da Alpargatas; e Wesley Batista, CEO global da JBS. “São histórias de grandes marcas construídas antes da era digital, que vão contar como se valeram das mídias de massa e hoje são grandes anunciantes em todas as plataformas”, comenta Marques. O Grupo Consultores divulgará, durante o Ebap, uma pesquisa que comprova a contribuição das mídias de massa para a força das
marcas mais valiosas. O painel que fecha o evento une profissionais da mídia impressa para comentar as novas múltiplas fronteiras dessa mídia, com moderação do diretor de conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour. Participam da conversa Carlos Lindenberg Neto, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Rede Gazeta de Comunicações; Frederic Kachar, presidente da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e diretor-geral da Infoglobo e da Editora Globo; e Pedro Silva, presidente-executivo do Instituto Verificador de Comunicação (IVC). O encontro tem patrocínio da Rede Globo de Televisão e apoio da Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro).
Orlando Marques defende a ideia do uso combinado das mídias
Palestras Lançamento do curso terá debate
Senac oferece pós em branded content
Alê Oliveira
A executiva de planejamento estratégico Patrícia Weiss é a curadora
O
Centro Universitário Senac passa a oferecer uma pós-graduação em planejamento estratégico e concepção de branded content. O curso tem curadoria de Patrícia Weiss, executiva de planejamento estratégico com experiência no mercado de publicidade e marketing, e vai explorar as diversas formas de criar e produzir um conteúdo de marca original e relevante, para informar, entreter e engajar o consumidor. O lançamento oficial será com o evento “Branded Content”, que acontece às 8h, do dia 20, na unidade Lapa Scipião, em São Paulo. O tema central do encontro é “Desvendando mitos e segredos do branded content – as histórias que as marcas estão criando”. A curadora do curso fará a moderação dos debates entre os profissionais de marketing e criativos. A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas no site www.sp.senac.br. Serão dois principais temas debatidos: “O que o branded content representa para as marcas hoje?”, com apresentação de Daniela Gavranic Cachich,
VP de marketing da Heineken, e Thiago Cesar Silva, gerente de planejamento, conteúdo e digital do Marketing Institucional Itaú; e “Criativos e realizadores – desmistificando o branded content pelo ponto de vista de quem cria e realiza narrativas para as marcas”, com palestras dos diretores de criação João Caetano Brasil, da Leo Burnett Tailor Made; Marcelo Nogueira, da Almap/BBDO; e Fabio Pinheiro, da Hungry Man. O público-alvo da pós-graduação são os profissionais graduados nas áreas de comunicação, marketing, entretenimento e administração. O curso tem o objetivo de oferecer a oportunidade para alcançar alta performance na condução, administração e conhecimento da relação marca e consumidores. Patrícia Weiss, que já trabalhou em grandes empresas e atuou em importantes agências do Brasil, é consultora estratégica de branded content & entertainment e narrativas de marca, coprodutora executiva dos projetos de conteúdo e entretenimento da Asas e fundadora e chairman do BCMA (Branded Content Marketing Association) para a América do Sul.
Anunciantes Estrelada por dois rappers, campanha da Full Jazz tem o objetivo de reduzir o abandono da escola pelos jovens
Ação quer diminuir evasão escolar por Vinícius Novaes
P
or ano, mais de um 1,5 milhão de crianças abandonam a escola no Brasil. Esse é um dado divulgado pelo último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o principal motivo pelo qual a Full Jazz, ao lado da Fundação Pro 120, criaram o Movimento Prosseguir, uma iniciativa inovadora em parceria com o Governo
do Estado de São Paulo, que tem como objetivo combater o abandono escolar. Com o conceito “A escola está presente em tudo, inclusive nas coisas que você mais gosta”, o movimento pretende mostrar aos alunos que o ensino é a base de tudo e, diferentemente do que a maioria deles pensa, muitas coisas que eles mais amam têm muita relação com a escola, como, por exemplo, uma manobra de skate que, para ser bem realizada, tem bastante física empregada, ou uma letra de rap que depende de o MC saber de história, ciência, política e conhecimentos gerais. Marcelo Fróes, diretor de criação da FullJazz, contou que a campanha é um teste. “A ação,
que já foi aprovada pela Secretaria de Estado da Educação, é um pré-teste que está sendo aplicado em 92 escolas públicas da capital e, depois, será estendido para as escolas de todo o estado”, diz. Igor Ota, diretor de criação da agência, comentou os resultados alcançados até aqui. “A campanha está implementada há um mês e já temos bons resultados: muitas pessoas decidiram não abandonar a escola”, revela. Além de embaixadores do movimento, os MCs Rashid e Max B.O. criaram duas músicas exclusivas, que serão os hinos dessa iniciativa: “Viver agora”, de Rashid, e “Novo aprendizado”, de Max B.O. Os dois também são as estrelas de um
videoclipe, em que um mash up com as músicas dos dois rappers serve de pano de fundo para contar a história de um aluno que resolve abandonar a escola, mas que pensa melhor e desiste a tempo de seguir em frente com os estudos. Os rappers também marcam presença em cartazes e material de divulgação colocados em mais de 90 escolas públicas da cidade de São Paulo, atingindo mais de cem mil alunos. O projeto tem como plataforma principal as redes sociais e, em sua página no Facebook, é possível fazer o download de todo o conteúdo exclusivo, como as músicas e o videoclipe da campanha.
Campanha deverá ser estendida para escolas públicas de todo o estado de São Paulo
Divulgação
30 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015
especial dia das crianças
Consumo consciente ganha espaço Fotos: Divulgação
por Cristiane Marsola
O
Dia das Crianças é uma daquelas datas em que a mídia é tomada por ações temáticas. São peças divulgando produtos e serviços voltados aos pequenos. No entanto, nos últimos anos, a publicidade infantil tem mostrado cada vez mais uma preocupação com a ética. Anunciantes, agências e veículos tomam cuidado ao apresentar uma campanha, já que a autorregulamentação é a principal arma que têm. Uma das bandeiras que podem ser verificadas em muitas ocasiões é a da relação da criança com o consumo consciente, tema do especial de Dia das Crianças do propmark neste ano (veja mais abaixo). “Se pararmos para pensar, algumas iniciativas de proibição à publicidade e ao mundo do consumo me parecem anticonsumo consciente”, contou João Matta, professor de publicidade e propaganda do curso MBA em ciências do consumo aplicadas. De acordo com o professor, antes de falar em marcas, é preciso entender o que é o consumo consciente. “É o uso de bens e serviços de maneira pensada, que tenha preocupação com a criança e com a sua constituição”, falou. Matta destacou também que algumas marcas têm o cuidado de ajudar na educação das crianças, mas ainda são ações pontuais. “No mundo do politicamente correto, as empresas ficam com medo de ser ousadas”, disse. Para o professor, mais que a comunicação, os produtos precisam ser para crianças. “O próprio produto tem de ser pensado de uma forma adequada, algo que construa uma identidade, sem adultização. As grandes marcas já fazem isso”, disse.
Educação O Instituto Akatu, que tem o consumo consciente em seu slogan, desenvolveu a plataforma Edukatu, uma rede de aprendizagem que visa o compartilhamento de experiências entre alunos, professores e a entidade. No site, é possível ver as diferentes iniciativas voltadas ao tema desenvolvidas em diversas escolas pelo país. “As crianças são muito importantes porque é difícil um adulto mudar o comportamento. Quando o filho aprende o consumo consciente, eles incentivam os pais”, disse Silvia Sá, gerente de educação da entidade. De acordo com Silvia, a ideia não é ensinar as crianças a não consu-
Nascimento, do Discovery Kids: política comercial é rigorosa
Costa, do Nickelodeon: criar dia sem TV está sendo estudado
Paula, do Gloob: “Procuramos demonstrar e indicar os caminhos”
Nickelodeon chama a atenção para a economia de água
Agências entram no debate
E
m homenagem ao Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, o propmark convidou seis agências para criar anúncios com o tema “Criança e consumo consciente”. As peças podem ser conferidas nas páginas 31, 32, 33, 35, 39 e 40 desta edição. O anúncio da Full Jazz busca o resgate da infância usando o próprio jornal como brinquedo. A peça incentiva o consumo consciente quando sugere que o
mirem, mas realmente fazê-las ter mais consciência sobre o ato. “Não é fazer sacrifício, é observar. Valorizar o que é realmente importante”, contou. O Akatu trabalha com em-
leitor use o anúncio para fazer um barquinho de papel. O passo-a-passo da dobradura ajuda quem já esqueceu como se faz. A Lew’Lara/TBWA incentiva a troca do presente, que poderia ser da nova geração de algum dispositivo, pela companhia, criando assim uma nova geração de pessoas. Na peça da Ogilvy, a agência usa um conselho de seu fundador, David Oglivy, de 1982. A frase lembra aos criativos que presas parceiras, mas se preocupa em como coloca a marca nos projetos. “Parte do trabalho é explicar para a criança o papel do marketing no mercado e apresentar as opções. Você sabe se essa
os comerciais que eles escrevem serão vistos por seus filhos. A Publicis lembrou que, mais que um anúncio a respeito do consumo consciente, eles já criaram uma agência inteira, em referência à Publicis Kids, uma das réplicas de empresas que estão no parque KidZania, no Shopping Eldorado, em São Paulo. No espaço, a criançada conhece o dia a dia de várias profissões, entre elas a de publicitário, podendo vivenciar os diferentes empresa investe na comunidade local? Os produtos que ela vende fazem mal?”, afirmou.
Veículos Os canais infantis também têm
trabalhos. A agência Matriz usou em seu anúncio a notícia sobre um casal norte-americano que decidiu ficar um ano sem comprar brinquedos e eletrônicos. A decisão nem foi percebida pelos filhos deles, de 5 e 7 anos. No trabalho da DM9DDB, o destaque é um gigantesco “Não”. A peça aborda os limites que os pais devem impor às crianças se querem formar adultos mais conscientes. incentivado o consumo consciente, tanto na publicidade como no conteúdo. No Nickelodeon, por exemplo, foram feitas algumas campanhas de conscientização do uso da
água e da energia elétrica. “Essa conscientização das crianças é parte de um projeto maior, o Together for Goods, patrocinado globalmente pelo Nickelodeon”, explicou Raul Costa, gerente-geral da Viacom. O veículo também tem outros projetos, sempre com o foco na formação da criança como um indivíduo inserido na comunidade. Um dos projetos é a restauração de praças e, em parceria com algumas marcas, ocorre a Roda de Leitura Nickelodeon. “Para o ano que vem, queremos trazer para o Brasil o dia sem TV. O canal interrompe a transmissão por um dia para estimular as crianças a saírem de casa”, contou Costa. O Discovery Kids tem preocupação sobre o que é exibido no meio da programação e nos breaks. “O canal trabalha com pré-escolar, crianças de 4 a 8 anos, por isso tomamos muito cuidado com tudo o que é comercial. Temos uma política interna muito rigorosa”, explicou Roberto Nascimento, VP de vendas publicitárias da Discovery Networks. O canal mantém, por exemplo, uma balança nutricional interna e só aceita anunciantes de alimentos que estejam de acordo com esse padrão. Além disso, há um trabalho de curadoria para agências e anunciantes. “Entregamos um caminho. Cada vez mais a gente tem sido demandado para explicar o posicionamento do canal”, comentou. O Gloob também tem usado o tema do consumo consciente. A questão da sustentabilidade aparece nas séries do canal, por exemplo. “Em ‘Detetives do Prédio Azul’, temos um episódio que aborda a importância de separar o lixo orgânico. Já em ‘Gaby Estrella’, temos um episódio em que as crianças pegam a sucata oriunda do lixo da fazenda, como latas e garrafas pet, e constroem vários brinquedos reciclados. Procuramos conscientizar sobre a importância do consumo consciente de maneira leve, sempre com muito humor e diversão”, disse Paula Taborda, gerente de conteúdo e programação do Gloob. A intenção do veículo é suscitar discussões importantes para as crianças. “É essencial que elas já comecem a criar olhares críticos sobre o mundo. Para isso, não acreditamos em uma forma de ensinar que seja impositiva. Costumamos dizer que o Gloob não procura ser um canal didático. Procuramos demonstrar e indicar os caminhos, principalmente através da inspiração”, falou Paula.
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80 anos Em homenagem às oito décadas de Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, durante um ano, Cebolinha e seus amigos vão estampar uma aeronave Airbus 320 da Avianca (foto). “Queríamos fazer uma homenagem ao grande cartunista com personagens brasileiros”, diz Flávia Zulzke, gerente de marketing e comunicação da Avianca
Brinquedos vivos A Fundação Abrinq convocou os brinquedos para defender os direitos das crianças na campanha (foto) criada pela Neogama/BBH e produzida pela Shinjitsu Filmes. As peças ganham vida enquanto o narrador explica que há varias possibilidades para defender uma causa, como criar um exército ou fazer greve de fome
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Às compras Em um clima Toy Story, os brinquedos aparecem passeando pelo Shopping Center Norte (foto) na campanha para o Instagram criada pela Bold. São 14 fotos que mostram a perspectiva de bonecos e carrinhos
Nova programação A TV Cultura aproveita a data para colocar no ar novidades voltadas aos pequenos. Um dos destaques é “Era Uma Vez no Quintal – O Homem das Cavernas” (foto), exibido de segunda a sexta, às 11h e às 17h15
Ação promocional A Renault dará bônus de até R$ 1.500 na compra de um carro da marca para as crianças que forem com os pais às concessionárias e doarem um carrinho. A campanha de divulgação é assinada pela Neogama/BBH
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especial dia das crianças
Estudo mostra personagens preferidos p or Ana Paula Jung
M
ax Steel, Homem-Aranha, Peppa Pig, Minions, Mickey e Galinha Pintadinha lideram o ranking dos personagens preferidos, no momento, pelas crianças e seus pais. Como estão em alta, segundo Diego Senise, diretor da consultoria Ilumeo, estes são os personagens que têm maior potencial de gerar resultados de licenciamento para as empresas. A Ilumeo, empresa de pesquisa de mercado e consultoria em marketing, realizou uma pesquisa para avaliar a imagem que pais e filhos fazem de 60 personagens. Foram 16 mil entrevistas. No portfólio da Ilumeo já existe a pesquisa de celebridades chamada Persona. Este estudo dos personagens infantis preferidos é uma derivação do método para análise de celebridades em comunicação, que pesquisa centenas de artistas quadrimestralmente desde 2011. “Criamos este produto, para saber qual imagem que os pais têm de personagens infantis. Através dos personagens, bem como das celebridades, é um caminho mais curto para promover o consumo principalmente de produtos infantis”, diz Senise. “Desenvolvemos um método para ajudar empresas, agências, licenciadores e varejistas a tomarem decisões mais embasadas, que tragam melhor retorno. A ideia surgiu em uma reunião com o Maurício de Sousa”, conta o diretor. “Como o mercado de licenciamento tem crescido muito e, provavelmente, passará ileso à crise, os dados da pesquisa se tornam relevantes para tomada de decisão”, diz Senise. Graças à carga emocional que os personagens podem gerar sobre um produto, esse mercado de licenciamento tem sido promissor e movimenta bilhões por
Neste Dia das Crianças, o seu filho merece ganhar um não. Aquele rosto bonitinho, olhando para você e falando de um jeito bem meigo “eu quero”, aperta qualquer coração. Por mais duro na queda que você seja, a sua
Fotos
Galinha Pintadinha coloca pais e filhos para cantar
O Homem-Aranha é bem cotado entre os entrevistados pela pesquisa
Diego Senise e Otávio Freire, diretores da consultoria Ilumeo
vontade é atender cegamente a todas as vontades daquele pequeno na hora. Mas não. E é justamente este o segredo: o não. Falar não a uma criança causa esperneio, chilique e choro. Faz pessoas em volta lançarem olhares de julgamento a você sem direito a um argumento de defesa. Não importa. Não volte atrás,
A porquinha Peppa Pig faz sucesso entre os pequeninos
bata o pé mais forte. Faça ainda mais birra. Porque não é não. O não educa. E o não a histéricos “eu quero” e “me dá”, que parece limitar a criança, na verdade, amplia as suas possibilidades no futuro. Para que ela possa dizer “sim, eu sei quanto o meu pai trabalhou para comprar este brinquedo”. “Sim, um docinho é suficiente, mamãe”. E “sim, eu aprendi o real valor das coisas”.
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ano, sobretudo no Brasil. Dados divulgados pela Abral (Associação Brasileira de Licenciamento) mostram que, só no ano de 2014, o faturamento no setor de varejo referente a esse mercado de licenciamento foi de 13,2 bilhões de reais, representando um crescimento de 6% em relação ao ano de 2013. Para o ano de 2015, a Abral prevê que o mercado de licenciamento tenha resultados positivos, mesmo em tempos difíceis para a economia brasileira. As previsões indicam um aumento de 4%, o que elevará o faturamento do setor para aproximadamente R$ 13,7 bilhões. Segundo a associação, o Brasil já faz parte do grupo dos principais países com maior faturamento em licenciamento de marcas do mundo. Nesta lista também aparecem Estados Unidos, Japão, Inglaterra, México e Canadá. Peppa Pig, Minions, Homem-Aranha, Ben 10 e Bob Espoja são os que se destacam nas métricas de preferência e intenção de compra, quando analisadas as respostas de pais com filhos de até dez anos de idade. O sucesso dos Minions, por exemplo, fez com que mais de 50 empresas licenciassem esta franquia, de acordo com a Abral. Por outro lado, os monstrinhos japoneses Pokemons, por exemplo, não conseguem manter o mesmo sucesso que faziam anos atrás. Ainda nas últimas colocações, Tartarugas Ninjas, um clássico do universo infantil com grande sucesso em outra época, já não consegue manter a sua identidade, conexão e fama com as novas gerações. Os resultados da pesquisa mostram Raphael, Donatello e Michelangelo nas últimas colocações. A pesquisa foi realizada, de 8 de julho a 6 de agosto de 2015, nos 26 estados brasileiros. No total, foram 16.204 respostas.
Por isso, se você quer ajudar a formar um adulto e um consumidor mais consciente, neste Dia das Crianças, dê um não de presente ao seu filho.
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quem fez
Cristiane marsola cristiane@propmark.com.br
My Agência Hypermarcas
Mar Comunicação/Sauza Tequila
Título: Para Sempre; produto: Vitasay Stress; produtora do filme: Paranoid; direção de cena: Paulo Vainer; produtora de áudio: Zeeg; aprovação do cliente: Vesper Trabulsi
Título: Loira do Banheiro - Dia de Los Muertos 2015; produto: institucional; direção de criação: Jader Rossetto; redação: Gabriel Duarte; direção de arte: Guilherme Penachio; atendimento: Guilherme Miller; mídia: Rodrigo Roccasecca Sampaio; produtora do filme: Matel Comunicacões; direção de cena: Hermes Bruchmann; maquiagem: Escola Madre Conhecimento Criativo; produtora de áudio: Tumpats; aprovação do cliente: Veridiana Carvalho
Fotos: Divulgação
Sonhos
Loira do Banheiro
A realização do sonho de viajar cozinhando do chef Olivier Anquier é o tema da nova campanha do Vitasay Stress, criada pela house da Hypermarcas, My Agência. O apresentador do “Cozinheiros em Ação” comenta que para aguentar as mudanças de clima conta com a ajuda do polivitamínico. A produção do filme é da Paranoid.
Quem não conhece a lenda da Loira do Banheiro? A mulher que vem do mundo dos mortos para assombrar através do espelho está no filme da Sauza Tequila, assinado pela Mar Comunicação. A personagem lendária é interpretada na campanha pela apresentadora do MTV Móv3l, Luitha Miraglia, maquiada pelos profissionais da Escola Madre Conhecimento Criativo especialmente para a ocasião. A campanha começou com um teaser divulgado nas redes sociais da marca. No vídeo, a loira interage com um rapaz quando ele vai ao banheiro e o espaço é transformado em balada. A comunicação foi oficialmente lançada com um filme de apresentação da personagem, que convida as pessoas a interagirem com ela nas redes sociais.
Ogilvy & Mather Brasil Claro
Artplan Amanco
FCB Brasil Nestlé
Título: Cai-Cai; produto: internet; diretor de arte: Silvio Medeiros; redator: Marcio Fritzen e Renato Barreto; produtora: Vetor Zero/Lobo; direção de cena: Mateus de Paula Santos; produção de áudio: Satélite Áudio; aprovação do cliente: Rodrigo Vidigal, Cristina Bandiera, Magda Cani, Carolina Saito e Lia Palacios
Título: Leitura Labial; produto: institucional; diretor de criação: Marcelo Fedrizzi; criação: Marcos Abrucio; Pablo Fernández Russo e Maurício Perussi; produtora do filme: Cine; diretor de cena: Clovis Melo; produtora de áudio: Play It Again
Título: Tribunal; produto: Chandelle Chantilly; criação: Ricardo Silveira e Marcelo Jun Sato; produtora do filme: Barry Company; direção de cena: Mariana Youssef; produtora de som: Timbre; aprovação do cliente: Maria Carolina Odon, Silvia Rodrigues e Priscilla Oliveira
Lesma
Discussão
Castigo
O novo filme da Claro, criado pela Ogilvy & Mather Brasil, brinca com o apelido que o jogador Neymar recebeu. Na peça, durante uma entrevista, um jornalista questiona o fato de o craque ter fama de cai-cai, mas Neymar o desafia a mostrar em vídeo. O problema é que a internet do lesma chip do repórter cai o tempo todo.
No filme da Amanco, os assuntos discutidos durante uma partida de futebol são descobertos graças ao recurso da leitura labial. Em vez de acertos sobre o jogo, os rapazes conversam sobre Josias, o instalador que só usa Amanco. Além do filme para a TV, a campanha tem material de PDV, peças online, spots de rádio e anúncios em revista.
Pior que ser condenado à prisão é ficar sem sobremesa. Essa é a mensagem do filme “Tribunal”, da FCB Brasil para Chandelle Chantilly. A ação também tem o filme “Casal”, que insinua que ficar sem o doce é pior do que ser abandonado pela mulher. Além do filme, a campanha tem ações promocionais e patrocínios a programas da TV paga.
No Dia da Criança, se for pra ter excesso, que seja de criatividade. Use a folha deste jornal para montar um brinquedo junto com seu filho e ensine o valor do consumo consciente.
1- Pegue uma folha do jornal e dobre ao meio.
2- Com a folha dobrada ao meio, pegue as pontas e dobre para dentro, sem encostar na borda.
3- Dobre as bordas restantes para dentro, em ambos os lados.
4- Levante o meio e empurre os lados juntos.
fulljazz.com.br • (11) 3054 6262
5- Junte as pontas de baixo com as pontas de cima.
6- Levante o meio e empurre os lados juntos.
7- Separe os lados e forme um barco.
São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 33
Anunciantes Campanha de lançamento é assinada pela Z+ e tem quatro fases; a última etapa integra todos os meios de comunicação
Hyundai apresenta seu novo HB20
Fotos: Divulgação
Cena da campanha que explora toda a viagem que um carro novo desperta no imaginário; filme traz ainda características que mostram as mudanças do novo HB20, como o design e a tecnologia embarcada
Z+ assina a campanha integrada do HB20, da Hyundai, sob o conceito “Novo HB20. A Hyundai fez de novo”. Segundo Rodrigo Cerveira, diretor-executivo da Z+, o modelo revolucionou o mercado. “É uma referência de design, desejo e de quebrar paradigmas na categoria”. Ainda conforme o diretor, a estratégia para o lançamento partiu primeiro da ideia de que o carro é um ícone e, portanto, deve ser valorizado independentemente de sua geração. “Ter um HB20 significa fazer parte de um grupo de aficionados, fãs mesmo. Olhando para o novo HB20, essa tradição em subir a barra se mantém. A partir daí, a estratégia foi dividida em quatro fases e atinge o ápice com a chegada do novo carro e a campanha de lançamento”. A primeira ação valorizava o modelo atual. Para comemorar a marca de 500 mil unidades vendidas, a Hyundai ofereceu um ano a mais de garantia, passando
Ruivo encontra Sabrina Sato Divulgação
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ara divulgar o Vivo Tudo, que contempla internet 4G, ligações e SMS por menos de R$ 1 por dia, o novo filme da operadora, criado pela Y&R, traz o personagem Ruivo, interpretado por João Côrtes, interagindo com a apresentadora Sabrina Sato. Este é o 20º filme com a presença do personagem, que já contracenou com Grazi Massafera e Fábio Jr., entre outros. No filme “Omelete”, Sabrina se prepara para degustar seu prato, quando é abordada pelo jovem. Ele a avisa que leu na internet que ovo engorda. Quando ela desiste da refeição, ele volta atrás contando que encontrou outro estudo dizendo o contrário.
Na peça “Omelete”, a apresentadora desiste de degustar seu prato graças a informações do colega
exposição professores design de interiores 14 a 30 outubro
Avenida Angélica 1900, fone 3661.8511 Exposições gratuitas. Visitas de segunda a sexta, das 9h às 21h, e aos sábados, das 9h às 12h. Não abre domingos e feriados.
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ana marta grimm andrea foltran beto guimarães beth ferraz beatriz tripitelli cecília vieira gomes eduardo rodrigues fernanda allegrini jorge pessoa liz branco luciane zebele marcio lupinacci mauro magliozzi renata carboni bueno sheila pitta valéria la terza
de cinco para seis anos. Na segunda foi utilizado o conceito do storytelling para desenvolver três vídeos que contassem a trajetória do HB20 desde o lançamento até hoje. A terceira ação foi o lançamento do teaser viral. Por meio da tecnologia screen to screen foi possível integrar a tela do computador à do celular para ver detalhes do novo carro, sem revelar o modelo completo. A quarta fase é a campanha de lançamento. Com foco em todos os meios de comunicação, de forma integrada: digital, social media, marketing dirigido, TV e mídia impressa. A campanha explora toda a viagem que um carro novo desperta no imaginário. O filme traz as características marcantes que mostram as mudanças do novo HB20 por meio dessa viagem, como a evolução do design, os bancos em couro marrom e mais tecnologia através da central Blue media, que traz conectividade e interatividade com smartphone. Além do novo motor e do câmbio automático de 6 velocidades.
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MARKETING BEST é um Prêmio da Editora Referência e MadiaMundoMarketing Realização: MadiaMundoMarketing 0 Rua Padre João Manuel, 755 - 13 Andar, Cj. 132 - CEP 01411-001 São Paulo - SP - Tel.: 11 3065-6464 / 3065-6441 Apoio: Academia Brasileira de Marketing e J.Cocco mktbest
Prêmio Marketing Best
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Mercado Jon Bond criou a Tomorro\\\, desenvolveu o marketing de guerrilha e o conceito de “pop-up store” e participará do ABA Summit
Mercado tem momento Uber+airbnb O quadro sombrio da economia assusta alguns. Mas há quem aposte no Brasil para expandir os negócios. A Tomorro\\\, empresa norte-americana que conecta agências de publicidade, live marketing, marketing direto e relações públicas com startups de tecnologia em comunicação, é exemplo dessa crença. Criada por Jon Bond, eleito em 2010 o 4º executivo da década pela pesquisa da revista Ad Week nos Estados Unidos, fundou em 1987 a KPB, agência que criou o marketing de guerrilha e o conceito de “pop-up store”. Bond, que compara a atuação de sua empresa a marcas como Uber e airbnb, estará no Brasil no dia 22 para o ABA Summit, onde vai falar sobre “The Holding Company Disruptors”. A Tomorro\\\ será dirigida no Brasil por Fernando Teixeira, ex-Grey. Bond contou sobre a atuação da empresa ao propmark. Leia abaixo os principais trechos da entrevista. p o r Pa u l o M a c e d o – Especial para o propmark
TOMORRO\\\ O universo do marketing atingiu uma complexidade nunca antes vista e importância vital nas empresas. Até os tradicionais gigantes corporativos estão incomodados pela nova fragilidade do seu negócio devido ao potencial de ruptura do marketing digital. A concorrência é desconhecida, rápida e pode estar nascendo hoje num dormitório de faculdade. Marcas e agências perdem tempo e dinheiro procurando ferramentais. Sem contar que faltam recursos para operar neste novo universo altamente veloz e fragmentado. Nossa essência é esta: originar e identificar empresas de ‘ad tech’ mais inovadoras e com visão de futuro, agregando-as na nossa “caixa de ferramentas”, e assim apresentar soluções para os desafios que retêm a indústria hoje. Oferecemos um ‘marketplace’ entre as marcas
e as agências de um lado, as tecnologias do outro. O resultado é uma abordagem objetiva, escalável e eficiente, que adiciona valor a agências e marcas, conectando-as às melhores tecnologias de publicidade e marketing emergentes. Em essência somos uma ‘holding company’, só que virtual. Da mesma forma que a empresa mais famosa de aplicativos para táxis não possui nenhum carro (Uber), a maior empresa de acomodação não possui quarto (airbnb) e que uma das maiores empresas de mídia não produz conteúdo (Facebook), queremos ser uma empresa global de serviços de tecnologia em marketing que não possui nenhuma agência.
MODELO Fala-se muito sobre o rompimento do modelo de agências de comunicação por plataformas de ‘crowdsourcing’, pelo Facebook, pelo Google, pelo Salesforce, pela Oracle, pelas empresas de consultoria, e do
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problemas. Acreditamos que podemos ser úteis neste processo de auxiliar a identificar, selecionar, estruturar e entregar soluções que possam ser instrumentais para solucionar um problema, gerando uma nova demanda ou até, quem sabe, um novo mercado.
FUTURO
Jon Bond: agências inovadoras valorizam tecnologias
crescente volume de trabalho que clientes estão levando para serem realizados ‘in-house’, por uma série de motivações que norteiam orçamentos, conhecimento e velocidade. Enquanto tudo isso muda com uma rapidez incrível, o modelo de ‘holding companies’ continua praticamente inalterado por décadas.
EXPECTATIVA O Brasil é um enorme mercado, com muito valor, hoje reprimido devido às circunstâncias políticas e econômicas. Olhamos o longo prazo e chegamos para investir e criar bases sólidas. Nossa escala global possibilita identificar inovações rapidamente e viabilizar acesso às mais eficientes tecnologias e serviços de marketing, agregando inteligência e soluções às marcas e agências brasileiras. A economia americana também viveu recentemente momentos inóspitos, que trouxeram grande apreensão ao mundo empresarial. Mas sobrevivemos à intempérie. Estamos
chegando ao país para oferecer soluções capazes de facilitar a vida das agências de publicidade e dos anunciantes. Uma das nossas soluções de varejo, por exemplo, utiliza-se dos sinais de wi-fi das lojas para medir pessoas e funcionários por hora do dia, ajudando varejistas a otimizar escalas de funcionários e até mesmo o posicionamento de produtos em gôndolas e vitrines. Quem não quer isso num momento da crise econômica?
MERCADO BRASILEIRO Conheço bem, embora com as limitações de não estar presente no dia a dia. Mas é suficiente para acreditar. Eu tenho trabalhado com as agências do WPI no mercado, como a The Group, por alguns bons anos para Avon e também com a Heads Propaganda.
CONTRIBUIÇÃO As inovações, tecnologias e produtos que surgem hoje, na maioria, nascem da necessidade de resolver
As agências eram coadjuvantes no processo. Recebiam a estratégia de produto e formatavam a comunicação. Hoje o marketing transbordou as fronteiras internas nas empresas. Nenhum departamento tem tamanho ‘accountability’ quanto o marketing. No futuro acreditamos que não existirá mais o departamento de marketing, mas sim o ‘revenue department’. Neste novo cenário, as agências precisam agregar muita, mas muita, inteligência em sua entrega. São proficiências e capacidades inimagináveis nas agências tradicionais. Este é hoje o desafio dos tradicionais gigantes da publicidade: escalar rapidamente este conhecimento e suprir uma demanda enorme e crescente no mercado. Em outras palavras, elas precisam se tornar menos tradicionais. Essa é uma decisão urgente, que não pode ser adiada. Caso contrário, vão morrer.
MÍDIA PROGRAMÁTICA Muito se tem falado a respeito da técnica programática que envolve compra de espaços no ambiente digital em tempo real e através de lances. Mas, o que é necessário contemporizar é que o ROI (Retorno Sobre Investimentos) vai ser o pilar chave e não mais o CPM (Custo por Mil). Aquilo que não tiver realmente relevância comprovada será identificado e devidamente cortado.
RETORNO Quanto mais próximos estivermos do ato da compra, mais claro fica o ROI. As agências verdadeiramente inovadoras valorizam
tecnologias que viabilizam esta visão. Daí também deriva um outro componente, que é a transparência. Mas toda grande mudança traz receios e compulsão de segurar-se ao passado. Quando as novas agências tiverem a coragem e as marcas a ousadia de compartilhar riscos e retornos, a mensuração do ROI florescerá por todas as estratégias.
BENEFÍCIOS
Como enfatizei, o principal deles é a precisão baseada na tecnologia e no direcionamento exato das mensagens. Essa inteligência de compreender o ‘timing’ dos consumidores é a solução para a equação. Os consumidores só vão ver os anúncios publicitários que realmente querem ver. Eles também vão determinar quando e onde queremos vê-los. É uma mudança radical nos preceitos de abordagem. É o consumidor quem manda. Gostamos de tratar isso como ‘people marketing’ ou ‘precision marketing’. Acreditamos que este processo se incorporará em todas as mídias de forma muito rápida. Até a TV deixará de existir como conhecemos – os ‘tablets’ crescerão e serão pendurados nas paredes. Mas esta relevância tem sua consequência. A possibilidade de alta mensurabilidade das ações exigirá das marcas ter acesso a um controle ‘real time’ das ações e resultados. E das agências, transparência no processo. E, talvez pela primeira vez na história da administração, o retorno sobre investimento em publicidade será não apenas claro, mas granular ao nível do indivíduo. Isto é revolucionário. Um consumidor como um centro de custo e receita, constantemente alimentando dados e exigindo alterações de comunicação individualizada. Um exemplo é nossa ferramenta de customização de vídeos em que o filme que veio da TV é personalizado com dados, mapas e ofertas para cada pessoa, de forma individual.
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EDUCAÇÃO DE HOJE.
PATROCÍNIO:
APOIO:
COLABORAÇÃO:
São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 37
Um amplo debate com educadores, líderes empresariais, autoridades públicas e especialistas sobre a educação como ferramenta estratégica para o desenvolvimento da inovação. Investir no setor é construir um país melhor.
2º FÓRUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO Somando lideranças. Multiplicando conhecimento.
Quem é líder, participa.
21 de outubro Hotel Grand Hyatt – São Paulo – SP www.forumnacionaldeeducacao.com.br
INOVAÇÃO DE AMANHÃ.
INICIATIVA:
MÍDIA PARTNERS:
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FORNECEDORES OFICIAIS:
informar
saúde
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Marcas & produtos
Neusa Spaulucci
iv u lg a çã
A cerveja Glacial, da Brasil Kirin, lançou a garrafa de 300 ml. Ela é retornável e a empresa acredita que o produto fique mais econômico, prático e na medida certa para o consumo. A marca também renovou as embalagens da garrafa de 600 ml e da lata de 350 ml.
Fo to s: D
Econômica
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nspaulucci@propmark.com.br
Ícone A linha de preservativos Olla também se renovou e apresenta novas embalagens, com cores mais vibrantes e ícones específicos para cada variante; apresenta ainda o Olla Ultra, além de migrar sua linha de aromatizados para flavorizados, que, agora, além de aroma, tem sabor. Olla traz ainda logomarca repaginada, com mais destaque para o dragão.
Artesanal Produzida pelas irmãs Isabel e Luciana Botter, a Twins Granola Artesanal ganhou nova logomarca, assinada pelo designer Ricardo Nucci, que também foi responsável pelo novo visual do site. O produto agora está presente nas prateleiras da Casa Santa Luzia, em São Paulo.
São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 39
Entretenimento Internet é um dos principais canais usados em campanhas pelo segmento
Mercado descobre games Divulgação
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Homenagem
“Emocionante cada linha do texto sobre o Waldir Siqueira, na coluna assinada por Lula Vieira (edição 2567, de 5 de outubro de 2015). Demonstra mais uma vez que esta dupla não só contribuiu significativamente para a evolução profissional da nossa publicidade, como reuniu duas pessoas muito especiais.” J. Roberto Whitaker Penteado Diretor-presidente da ESPM São Paulo - SP “Parabéns Lula Vieira pela homenagem a Waldir Siqueira. O artigo apresenta aos mais jovens quem ele foi e a importância que teve para a publicidade brasileira.” Roberto Gouveia São Paulo - SP
p o r R a fa e l Va z q u e z
A
Brasil Game Show 2015, maior feira de games da América Latina, começou na última sexta-feira (9), em São Paulo, e reúne as maiores companhias desenvolvedoras de jogos do mundo. Se em primeira impressão parece ser somente mais uma das inúmeras feiras que são realizadas durante todo o ano na capital paulista, uma observação mais profunda sobre o tema desmente o equívoco. Segundo números do setor, o mercado de games tem obtido um faturamento maior que o cinema nos últimos anos. Em 2013, por exemplo, foram US$ 52 bilhões contra US$ 50 bilhões no mundo. Além disso, no mesmo ano, o jogo Grand Theft Auto V quebrou o recorde de lucro de todos os segmentos ao faturar mais de US$ 1 bilhão em apenas três dias após o lançamento. A tendência de crescimento é a mesma no Brasil. Dados do instituto de pesquisa NewZoo apontam que o país já é o quarto maior em número de gamers – como são chamados os jogadores de videogames – e o 11º maior em termos de faturamento. Em 2014, o segmento movimentou mais de US$ 1,28 bilhão. Apesar dos números atraentes, principalmente em relação à quantidade de potenciais consumidores que habitam esse universo, poucas marcas e agências de publicidade se aventuram no negócio. Em geral, as propagandas vistas, sobretudo em jogos online, seja de PC ou de aplicativos mobile, ainda são feitas pelas próprias empresas de games. “É um mercado que se retroalimen-
conexões
INTERVALOINTERV Divulgação
João Valim e Eduardo Trenck: tendência é transformar as plataformas de games em mídia
ta, mas grandes marcas como Nissan e Nike, por exemplo, já estão começando a entender o potencial desse mercado”, conta Marcelo Tavares, idealizador e diretor da Brasil Game Show. Para Tavares, é questão de tempo até que os anunciantes comecem a contemplar plataformas de games em suas estratégias de comunicação. Ao contrário do que muitos pensam, o público do segmento ultrapassa os limites da infância e da adolescência e abrange pessoas de ambos os sexos desde os 7 até os 35 anos, com uma concentração ainda maior na faixa entre 18 e 35 anos. “Notamos que o público envelheceu no sentido de que quem começou a jogar Atari nos anos 1980 não parou mais e continua sendo um gamer. Esse mercado oferece um consumidor com grande potencial tanto de renda como de capacidade de engajamento, mas ainda tem sido pouco explorado por empresas de produtos que não são games”, diz. A observação é reforçada por
Eduardo Trench, fundador e sócio da agência de publicidade FTA Brasil, uma das poucas especializadas em games no país. “O público de games é diferente e não existe igual no mundo. São pessoas interadas, superconectadas e engajadas, que geram um tsunami de informações. O boca a boca é incrível”, diz. “Quando um jogo é lançamento, espontaneamente as pessoas que conhecem o produto começam a compartilhar informações pela internet que se espalham por todo o mundo”, acrescenta Trench, ressaltando que esse perfil dos gamers funciona para o bem e para o mal. “Se o jogo tem algum defeito ou algo que não gostam, também comentam”.
games na mídia Segundo Trench, há razões que explicam a ausência das marcas de games nos espaços publicitários da mídia tradicional como TV, jornais e rádio. “O público está lá, mas os clientes são bastante severos em relação a perso-
nagens e tudo o que envolve os jogos. Isso muitas vezes impossibilita adaptações para a comunicação local. Além disso, no caso de filmes de TV, principalmente no Brasil, o preço para produzir um comercial com características para o mercado brasileiro é proibitivo. No final, acabam optando por campanhas digitais e rodam os vídeos produzidos nos países de origem”. De acordo com o publicitário, a internet e os pontos de venda são os principais canais usados pelas companhias do setor para divulgar os produtos. Trench ainda observa uma forte tendência na transformação das plataformas de games em mídia. Um dos exemplos é o YouTube Gaming, lançado recentemente pelo Google para abrigar somente vídeos referentes a jogos eletrônicos. “Pode ter certeza que, nos próximos anos, as empresas que não são de games passarão a investir nisso. Vai ser um boom muito maior do que já é hoje”, conclui.
Empresa especializada em projetos cenográficos para o mercado corporativo, a ViaBR Cenografia expandiu os seus negócios para a América do Norte. Estabelecida em 2015 em Miami, a ViaAméricas é proprietária do evento e está à frente de todos os detalhes do Brazilian Fest of Pompano Beach (foto), que leva um pouco do Brasil para quem está fora do país. A festa será realizada no Pompano Beach Community Park, no próximo dia 17. O Brazilian Fest of Pompano Beach é um festival de música e cultura brasileira realizado na cidade de Pompano Beach, na Flórida, a maior concentração de brasileiros fora do Brasil. A Loducca mudará sua marca nos próximos meses e se chamará LDC. A decisão faz parte do processo de transição iniciado em agosto quando Celso Loducca, fundador da agência, anunciou que deixará a sociedade e a presidência da empresa. O novo presidente será Guga Ketzer. São Paulo deve ganhar nova categoria de táxi, o “táxi preto”. O decreto foi publicado no último dia 9, no Diário Oficial, que divulgou também a obrigação da regulamentação de novos serviços de transporte individual de utilidade pública em um prazo de 60 dias, de acordo com a PNMU (Política Nacional de Mobilidade Urbana). As medidas foram comemoradas pelos taxistas e discutidas pelo aplicativo Uber. Em nota, o Uber disse que “os motoristas parceiros prestam o serviço de transporte individual privado previsto na PNMU”.
40 j ornal p ro p a g an d a & mar k etin g - São Paulo, 12 de outubro de 2015
breaks e Afins
CRISTIANE MARSOLA cristiane@propmark.com.br
Fotos: Divulgação
Desenhos A websérie Collections, da Tok&Stok, que apresenta os parceiros da varejista, ganha mais um episódio. No vídeo, o desenhista Maurício de Sousa conta um pouco sobre sua trajetória ao longo de seus 80 anos. O criador da Turma da Mônica fala sobre um dos primeiros nãos que recebeu profissionalmente, quando, aos 17 anos, foi aconselhado a deixar a ideia de ser desenhista para lá porque isso não dava dinheiro. No filme, divulgado em seu canal do YouTube, a Tok&Stok também mostra alguns dos produtos comercializados na loja e conta como esse trabalho emociona seus fãs. A criação é da DM9DDB, com produção da Dreambox e direção de cena da Ariela Dorf.
A websérie Collections, da Tok&Stok, tem episódio com o criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa, que fala um pouco sobre os produtos da loja com sua marca
Prepara Para divulgar os cursos de pós-graduação Master e Master Premium da Faculdade São Lucas, a Fess’Kobbi criou a campanha “O melhor reconhecimento é aquele que marca”. No vídeo, um profissional bem-sucedido fala que para ter reconhecimento é preciso buscar o melhor caminho e mostra que, na faculdade em questão, é possível escolher o conteúdo melhor adaptável às necessidades profisisonais do aluno. Além do filme, que foca na importância de se preparar para o mercado de trabalho, a campanha contempla ações e peças para Facebook, YouTube e Google, spots de rádio, além de peças para mídia indoor e outdoors. A criação da campanha é de Graziella Pereira e Sidney Luzio.
A Fess’Kobbi assina a campanha da Faculdade São Lucas
Conhecimento Para reforçar os diferenciais do Sedex, que são rapidez na entrega, segurança e capilaridade, a Propeg criou uma campanha com foco na interação do público com o carteiro. O primeiro filme, “Rogério”, usa uma linguagem bem-humorada para mostrar o conhecimento do carteiro, que questiona a expressão “do Oiapoque ao Chuí”, já que o ponto mais ao norte do país é o monte Caburaí. Outros três filmes estre-
Propeg aposta em linguagem bem-humorada na campanha dos Correios
arão em breve. Um com foco na segurança na entrega, um terceiro sobre a rapidez na entrega e o quarto com curiosidades sobre os Correios. Além dos filmes para TV aberta e fechada, a campanha tem spot para rádio, anúncios de
revista, mídia exterior e peças para o ambiente online.
Natureza A agência Maiorino assina a campanha criada para a Klabin com o objetivo de previnir atropela-
Klabin investe em conscientização na estrada para evitar atropelamento de animais silvestres
mento de animais silvestres na estrada PR-160, no Paraná. Com o mote “menos velocidade, mais vida”, a campanha conta com placas de sinalização na rodovia para conscientizar os motoristas a respeito do problema. Também
foi realizada uma blitz, no Dia Nacional do Trânsito, comemorado em 25 de setembro, em parceria com as Polícias Ambiental e Rodoviária Estadual. Na ocasião, foram distribuídas máscaras infantis de papel, representando
os bichos que são os mais ameaçados. Os motoristas também receberam adesivos para carros e folders com informações sobre os animais que circulam na região e correm o risco de ser atropelados, como o gato-maracujá.