O I R Ó T A REL TAS N O EC 1 1 0 2
Relatório de Gestão 2011 Aos Accionistas da PROSPECTIVA: No cumprimento das disposições legais estabelecidas no Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração da PROSPECTIVA vem apresentar a V. Exas. o Relatório de Gestão relativo ao exercício de 2011.
1. Introdução 1.1 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO INTERNACIONAL Em 2011, assistiu-se a nível internacional a uma desaceleração da economia mundial, tendo sido mais acentuada para as economias avançadas, com destaque para um abrandamento do crescimento dos EUA, uma quebra do PIB do Japão (associado aos efeitos do terramoto de março) e um crescimento mais moderado da União Europeia, com evoluções muito distintas entre os estados membros. Não obstante a crise generalizada, podemos considerar que os efeitos da crise global foram mais desastrosos na periferia da zona do euro. A Grécia sofreu uma forte recessão e mostrou-se incapaz de pagar sua dívida pública sem a ajuda do Fundo Monetário Internacional e do Fundo de Estabilidade Financeira da União Europeia. As condições da entrega destes pacotes financeiros implicaram um forte corte dos gastos públicos na Grécia, o que originou que a crise financeira se manifestasse também numa crise económica e atualmente cada vez mais numa crise social. Durante o decorrer do ano, a crise financeira piorou quando começou a afetar negativamente o refinanciaRELATÓRIO E CONTAS 2011
mento da dívida pública de uma série de países da zona do euro. Uma crise que afetaria os grandes países europeus e excederia a capacidade de ajuda financeira do FMI e da União Europeia, provocando extremas turbulências na economia global com a consequência de uma recessão profunda da economia global. Entretanto as expectativas negativas atrapalham a atividade económica não somente nos países em crise, lançando suspeitas de que é cada vez mais difícil alcançar uma rápida recuperação da economia global.
1.2 EVOLUÇÃO ECONOMIA PORTUGUESA O ano de 2011 fica marcado pelo pedido de assistência financeira internacional e pelo assinalável ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos previamente acumulados pela economia portuguesa, que deverá continuar nos próximos anos no quadro do Programa de Assistência Económica e Financeira. A deterioração das condições de acesso aos mercados de financiamento internacionais tornou inadiável o recurso a assistência financeira externa, concretizado no início de abril. O Programa de Assistência Económica e Financeira acordado com a União Europeia (UE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) garantiu o financiamento da economia portuguesa por um período que possibilite uma correção estrutural e gradual dos desequilíbrios nas finanças públicas e nas contas externas. Não obstante, as condições monetárias e financeiras da economia portuguesa deterioraram-se ao longo de 2011. Neste quadro global, a economia portuguesa registou uma forte contração da atividade, que se acentuou ao longo do ano, refletindo um ajustamento dos balanços dos setores público e privado, não obstante o crescimento robusto das exportações.
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Quantificando estes factos, referimos que o PIB português caiu 1,6% em 2011 face ao ano transacto, em resultado de uma queda homóloga de 2,7% no quarto trimestre, segundo dados do INE. A forte queda do PIB no final do 2011 resulta sobretudo da queda da procura interna, “associado particularmente às diminuições mais expressivas do investimento e das despesas de consumo final das famílias”, segundo explica o INE na nota que acompanha estes dados. Em causa está um ambiente económico adverso, em que os rendimentos das famílias estão a diminuir por via dos cortes salariais na Função Pública e os cortes dos subsídios de Natal em 2011. Além do aumento progressivo da taxa de desemprego em Portugal para níveis nunca vistos (14% em Dezembro).
1.3 ANÁLISE DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO O sector da construção, considerado um sector sensível e que funciona como barómetro da economia nacional, sentiu fortemente, mais uma vez, os efeitos da crise, tendo visto a sua situação degradar-se, nomeadamente quanto ao volume de negócios e, consequentemente, quanto ao seu contributo para o investimento nacional, face ao peso que esta indústria representa no mercado nacional de emprego. O ano de 2011 apresentou o pior registo de que há memória, registando-se uma quebra de produção de cerca de 9,4%, fruto de reduções de atividade de 17% na habitação, de 8,5% nos edifícios não residenciais e de 5% na engenharia civil. Efetivamente, do apuramento dos resultados do inquérito mensal à atividade realizado pela FEPICOP, retira-se como principal conclusão a extrema dificuldade em que laboram as empresas que operam neste Setor.
RELATÓRIO E CONTAS 2011
No segmento das obras públicas, em 2011, observou-se uma forte redução do investimento público com o montante global dos concursos abertos a diminuir 29,7%, o que corresponde a uma contração de 1,2 mil milhões de euros, face aos 4,3 mil milhões de euros postos a concurso em 2010. Segundo os dados da Comissão Europeia, em termos médios no ano 2011, a confiança dos empresários europeus que operam no setor da Construção registou uma subida de 3,3%, enquanto em Portugal verificou-se uma quebra de 19,6%, face ao ano anterior. No 4.º trimestre a diferença entre Portugal e a União Europeia agravou-se, com o indicador de confiança a cair 26%, em Portugal, e a registar uma subida de 0,7% no conjunto de países da EU. Os principais condicionantes à atividade apontados pelos empresários do Setor são a falta de obras e os aspectos financeiros, reportados respectivamente, por 62,7% e 45,9% dos inquiridos. Já relativamente aos principais condicionantes financeiros, são apontados os elevados encargos financeiros, a elevada carga fiscal, os atrasos nos pagamentos do Estado e as dificuldades de obtenção de financiamentos, indicados por 66,4%, 58,6%, 50,0% e 42,3% dos inquiridos, respetivamente.
2. Evolução da Empresa em 2011 2.1 ÁREA COMERCIAL O ano de 2011 foi um ano em que as dificuldades acrescidas, devido à crise profunda com que o país se debate, incluindo a quase estagnação do investimento público e privado, obrigaram a empresa a manter o seu rumo já definido em anos anteriores, enveredando por no-
vos mercados e iniciando a consolidação do mercado internacional, nomeadamente nos chamados mercados emergentes. Para além de Angola, onde a empresa mantém uma presença desde 2004, Marrocos, Argélia, Cabo Verde, Brasil, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial, têm sido a aposta da Prospectiva, através de uma atividade comercial mais consequente e que levaram à criação de empresas que já estão a trabalhar nos mercados de Cabo Verde, da Guiné Equatorial, do Brasil e de Angola. Por outro lado, e no seguimento das linhas mestras definidas pela Administração da Prospectiva e dos objectivos gerais definidos para o ano de 2011, que seguiram o rumo dos já definidos para os anos anteriores, a atividade comercial da empresa teve como principais objectivos específicos os seguintes: • Consolidar e aumentar aquele que sempre foi o mercado tradicional da Empresa, quer em termos geográficos, quer em termos de tipo de clientes nomeadamente autarquias, organismos e empresa públicas; • Consolidar mercado em clientes recentes, mas com grande potencial de trabalho a curto prazo; • Ganhar mercado nos sectores não tradicionais da Empresa, quer em termos de tipo de clientes, nomeadamente nos privados, quer em termos geográficos. Com estes objectivos específicos pretendeu-se, tal como já acontecera em 2010, sustentar o crescimento da empresa, consolidando mercados tradicionais e procurando novas saídas, principalmente no mercado internacional, e em simultâneo atingir os objectivos definidos para o ano de 2011 no Plano Avançado da Qualidade da Empresa para o Sector Comercial.
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No âmbito da actividade comercial desenvolvida, e tendo em vista os objectivos definidos, a actuação comercial pautou-se durante o ano de 2011 pelos seguintes princípios, tal como já acontecera no ano anterior: Uma maior agressividade a nível dos Concursos, tanto nos Concursos a nível Nacional, como a nível Internacional, nomeadamente dos Concursos Públicos, quer no que respeita à qualidade técnica da proposta, quer à política de preços; Redução das situações de não conformidade, nomeadamente no que respeita à exclusão dos concursos; Aprofundamento do relacionamento com os Clientes tradicionais e com os novos Clientes; Realização de contactos com diversos empreiteiros tendo em vista os concursos de conceção / construção, principalmente no que respeita ao mercado internacional; Continuar a recorrer à filosofia da “parceria” quer a nível do mercado Interno quer a nível do mercado externo; Consolidar o mercado de Angola, através da participação activa na H3P - Engenharia e Gestão, o mercado de Cabo Verde através da Prospectiva CV, o mercado do Norte de África através da Norafr, o mercado do Brasil através da Prospectiva Ebepro e da Prospectiva Brasil e do mercado
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da Guiné Equatorial através da Prospectiva GE; Continuação e incremento da atividade comercial com o enfoque no mercado internacional, através da apresentação de diversas manifestações de interesse e propostas, em parceria com empresas portuguesas e com parceiros locais; Renovação da Certificação nos sectores da Qualidade, Ambiente e Segurança. Por outro lado convém referir, mais uma vez, que a primeira acção comercial continua a ser sempre o cumprimento dos contratos em curso e dos compromissos assumidos com os nossos clientes, de modo a obtermos sempre um nível razoável de satisfação do cliente. Isto implica cada vez mais uma maior profissionalização dos quadros da Prospectiva, nomeadamente no que respeita aos responsáveis da Empresa, quer sejam os Coordenadores, quer sejam Responsáveis pelas Equipas de Projecto e de Fiscalização. No ano de 2011, foram adjudicados à Prospectiva 80 novos contratos, no valor global de € 5.211.621,08. Destes, 45 corresponderam a novos contratos de Projecto, no valor global de €1.103.160,79 ou seja 21,2% do valor global adjudicado e 35 corresponderam a novos contra-
tos de Fiscalização, no valor global de €4.108.460,29 ou seja 78,8% do valor global adjudicado. O valor médio por proposta adjudicada é de €65.145,26, sendo o valor médio para o sector de Projecto de € 25.515,00, enquanto que, no sector de Fiscalizações é de € 117.385,00. O mercado nacional, no ano de 2011, com um valor global de propostas adjudicadas de € 3.490.442,85 correspondente a 67,0 % do total das adjudicações. Por seu lado, o mercado internacional, teve um valor global de propostas adjudicadas de € 1.721.178,23 correspondente a 33,0% do total das adjudicações, o que significou um aumento de cerca de 6,8% face ao ano transacto.
Em termos de Regiões, no que respeita ao território nacional, a Área Metropolitana de Lisboa lidera as adjudicações no ano de 2011, com € 2.693.442,83 correspondendo a 77,2% do montante global, seguido do Algarve com € 515.848,01, com 9,1%, e pela Região Norte, com € 182.930,00, cerca de 5,2% do valor global. Seguemse os Açores com € 155.340,00 correspondendo a 4,5% das adjudicações, e o Alentejo com € 142.882,01, correspondendo a, sensivelmente, 4,5% do total das adjudicações.
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Em termos geográficos no que respeita ao mercado internacional, Angola lidera as adjudicações no ano de 2011, com € 490.900,70 correspondendo a 28,5% do montante global, seguido de Cabo Verde com € 431.745,78, com 25,1%, Moçambique com € 412.111,75, cerca de 23,9% do valor global e S. Tomé e Príncipe com € 386.420,00, cerca de 22,5% do valor global. No ano de 2011, as empresas públicas representaram, em termos de adjudicações, cerca de € 3.576.766,75 ou seja 69,0% do total de propostas adjudicadas, enquanto as empresas privadas representaram € 1.342.835,97 – 26,0% do total das propostas adjudicadas, e as autarquias, €292.018,36 – 6,0% do total das propostas adjudicadas. Relativamente aos Projectos adjudicados durante o ano de 2011, salientam-se os seguintes: • Elaboração do Projecto de Execução designado por “Adutor de Castelo do Bode - Recuperação do Túnel da Castanheira do Ribatejo — 1ª linha – EPAL – 44.220€ • Elaboração do Projecto de Execução dos Edificios de Apoio à Exploração do Aterro Sanitário dos Sistema Multimunicipal do Sul do Douro – Empresa Geral do Fomento – 44.000€ • Projecto de Limpeza e Renaturalização da Ribeira da Agualva - Terceira – Açores - Secretaria Regional do Ambiente e do Mar – 44.600€ • Projecto de Infraestruturas do Catete – Polis - H3P Engenharia e Gestão, Lda – 110.000€ • Elaboração de Projectos de Execução de Valorização Paisagística e Ambiental dos Pequenos Estuários - Rio Âncora e Rio Coura – Polis Litoral Norte – 30.000€
RELATÓRIO E CONTAS 2011
• Projectos de Especialidade para o Aterro Sanitário do Lobito - H3P - Engenharia e Gestão, Lda – 73.000€. • No que se refere às Adjudicações de Serviços de Coordenação e Fiscalização de Obras, destacam-se as enumeradas seguidamente: • Fiscalização, Gestão da Qualidade, Ambiente e Coordenação de Segurança em Obra das Empreitadas do Concurso Público dos Sistema de saneamento de Pernes, Alcanede e Vale de Santarém, do Concurso Público - Empresa das Águas de Santarém - EM,S.A. – 3.284.855€ • Fiscalização das obras de execução de 3 barragens nas ilhas de Santiago, Sto Antão e S. Nicolau - Lote 2 - Cabo Verde - Direcção Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão – 396.683€ • Fiscalização das Obras de Reabilitação da Estrada Nacional Nº 1 (EN1) - Gab.Ordenador Nacional do Fundo Europeu Desenvolvimento (República de São Tomé e Príncipe) – 386.420€ • Prestação de serviços para Gestão e Fiscalização da Empreitada de construção do Adutor de Cinco Reis Emp. Desenvolvimento Infra-estruturas Alqueva S.A. – 267.000€ • Fiscalização da Empreitada de Modernização da Linha do Norte - Viaduto ao Km 60+189, Viaduto de Acesso da E.N. 3.3 ao apeadeiro de Santana/Cartaxo e acessos imediatos - Município do Cartaxo – 100.000€ • Fiscalização e Coordenação, Segurança e Saúde em Obra da Empreitada de Construção da Escola Superior de Tecnologia e de Gestão - Blocos A, B e C - Instituto Politécnico de Beja – 55.530€.
2.2 ÁREA DE RECURSOS HUMANOS No decorrer do ano de 2011 a crise financeira foi “tomando” conta do país aos poucos. Embora tenhamos sentido esse impacto na nossa tesouraria, 2011 também foi o ano para capitalizar todos os esforços no sentido de apostar na continuidade da empresa e trabalhar com o objectivo de procurar resultados sustentáveis e que contribuíssem, quer para o desenvolvimento da empresa, quer para a sustentabilidade da mesma. Num mundo competitivo, onde as inovações se sobrepõem umas às outras a todo o momento, onde a conjuntura económico-financeira oscila constantemente, o mercado torna-se cada vez mais rigoroso e competitivo e cada vez mais se exigem técnicos mais qualificados, a aposta na continuidade foi feita de forma conscienciosa. Para podermos alcançar esse propósito é necessário contar com uma força de enorme poder, altamente qualificada e diferenciada, os próprios Recursos Humanos da empresa. Mesmo com a crise económico-financeira que se faz sentir, mantivemos em 2011 o nosso quadro funcional e conseguimos dar respostas às demandas do mercado, através do estabelecimento de directrizes para os processos de recrutamento e mobilização das nossas equipas de trabalho, implementação de uma série de ajustes e medidas internas com o objectivo de manter os postos de trabalho, nomeadamente a tentativa de equilíbrio e equidade dos vencimentos, medidas de poupança de bens materiais da empresa e redução do consumo desnecessário de recursos. Todas as acções, amparadas por um processo de comunicação aberto e transparente, focado em proporcionar à empresa pessoas competentes, qualificadas e em plenas condições de cumprir o seu papel funcional e com objectivo de actuar activamente em prol de seu próprio aperfeiçoamento e de seu grupo, foram previamente estudadas e balanceadas. PROSPECTIVA, SA |
Embora no decorrer do ano de 2011 tenhamos presenciado um elevado número de demissões, não foram efectuadas para redução de custos, mas sim como consequência da conclusão e finalização, já prevista, de algumas empreitadas ou de alguns contratos temporários de trabalho. No decorrer do ano, o número médio de efectivos e contratos foi de 115 trabalhadores havendo um decréscimo médio de 3% em relação ao ano de 2010. Por sua vez, o número de trabalhadores com contratos em regime livre foi de 25 ao longo do ano 2011, sensivelmente menos 48% comparativamente ao ano de 2010. Foi no decorrer deste ano que se evidenciou, de forma mais crítica, a política e estratégia de reaproveitamento do potencial humano existente na empresa.
da formação e da qualificação do pessoal que se podem fornecer as competências necessárias para responder e corresponder à procura exigente do mercado de actuação, a Prospectiva inverteu a situação e recorreu a Projectos do Fundo Europeu na tentativa de colmatar, pelo menos em 2012, o não cumprimento do plano de formação e minimizar as necessidades existentes. Consubstanciando os factos supracitados anteriormente, apuramos que a Prospectiva, mesmo com a implementação de novas medidas e estratégias de sustentabilidade, mantém a sua preocupação relativamente ao bem-estar dos colaboradores, salientando a importância do capital humano da empresa, não avaliando esforços para atender às necessidades da sua equipa, envolvendo a capacitação e a melhoria profissional, o bem-estar pessoal, a saúde, a segurança a melhoria da qualidade de vida de uma forma geral.
Relativamente a formação, tal como o que havia acontecido no ano anterior, em 2011 foi necessário haver maior controlo e coordenação do plano de formação, uma vez que o orçamento disponível era limitado, tendo o mesmo sofrido uma redução, fruto de uma directiva económico-financeira.
2.3 ACTIVIDADE DA EMPRESA
A redução do orçamento disponível para a formação levou a uma redução no número de acções internas e externas realizadas e, consequentemente, a que menos trabalhadores tivessem acesso a formação. Desta forma, apenas 25% dos técnicos tiveram acesso a acções de formação e em áreas de extrema necessidade para a empresa, sempre em busca de um melhor apetrechamento do potencial humano da empresa.
Assim, e de acordo com as directivas da Gerência, a estratégia comercial implementada durante o Ano de 2011 teve como principais consequências os seguintes aspectos fundamentais:
Conscienciosa de que, para manter-se competitivamente activa e destacada no mercado de trabalho seria necessário ter uma equipa extremamente funcional, motivada, qualificada e competente e de que é através
• Angariação de alguns novos clientes, mantendo com eles uma política de relacionamento baseada na qualidade da Prestação de Serviços;
RELATÓRIO E CONTAS 2011
A crise que atualmente está instalada, e que teve como principais repercussões a estagnação do investimento público em Portugal, continuou a fazer estragos em todos os setores e naturalmente também no da Consultoria.
• Manutenção dos nossos Clientes tradicionais, garantido a sua fidelização, e consequentemente novos contratos casos;
• Em termos geográficos e no que respeita à Fiscalização, consolidámos algumas das zonas onde temos logística, de modo a aproveitar as sinergias existentes;
2.4.1 INDICADORES GERAIS VOLUME DE NEGÓCIOS
• No sector da Coordenação de Segurança em Obra, continuámos a consolidar a nossa posição;
10,00 9,00 8,00 7,00
• Renovámos as certificações nos sectores da Segurança e do Ambiente, e Qualidade que a Prospectiva o que continuará a trazer benefícios em termos comerciais;
6,00 5,00 4,00 3,00
• Incrementámos a nossa actuação no Mercado Internacional. A implementação destas directrizes teve como fio condutor a preocupação constante na optimização dos recursos, racionalizando os meios ao dispor de forma a contornar as dificuldades sentidas quer ao nível de tesouraria (os clientes incobráveis ou, até mesmo, em situação de insolvência aumentaram razoavelmente e a banca endureceu, de forma geral, as suas condições de financiamento, dificultando o acesso a financiamentos por parte das PME’s) quer ao nível económico (a redução das margens operacionais como consequência directa do estrangulamento do mercado obriga a uma redução dos custos directos e indirectos, de forma a manter a sobrevivência da empresa).
2,00 1,00 0,00 2008
2009
2010
2011
Volume de Negócios [M€]
O volume de negócios realizado em 2011 pela empresa foi de € 8.144.552,28 €, representando um ligeiro acréscimo de 0,35 % face ao ano anterior, o que, dadas as elevadas dificuldades sentidas no sector, representa um excelente indicador. CAPITAIS PRÓPRIOS 5,00 4,90
2.4 ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA Em 2011, as demonstrações financeiras da Prospectiva foram preparadas de acordo com o referencial do Sistema Normalização Contabilística (SNC), pelo que se optou por cingir a análise dos indicadores aos quatro últimos exercícios, ou seja, os anos 2008, 2009, 2010 e 2011.
4,80 4,70 4,60 4,50 4,40 4,30 4,20 4,10 4,00 2008
2009
2010
2011
Capitais Próprios [M€]
PROSPECTIVA, SA | 11
Os capitais próprios no final de 2011, atingiram o valor de 4.928.509,32 € verificando-se um crescimento efectivo de 3,85 % face ao ano anterior.
CASH-FLOW LÍQUIDO (MLL) 2,00 1,80 1,60
RESULTADOS
1,40 1,20
Resultados [M€]
1,00 2,00 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00
2008
2009
2010
resultados antes de impostos
2011
resultado líquido
A empresa obteve em 2011 resultados líquidos após impostos de 183.154,67 €, inferiores ao de 2010 em 22,8 % consequência da redução brutal de margens, e do aumento de recursos humanos directos e indirectos, face a uma cada vez maior dispersão dos trabalhos angariados. RELATÓRIO E CONTAS 2011
0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 2008
2009
2010
2011
Cash-flow líquido [M€]
O cash-flow líquido do exercício (MLL), entendendo-se como o somatório do resultado líquido com as amortizações, os ajustamentos, as provisões e a variação das dívidas e créditos a e de terceiros, representando os fluxos monetários líquidos efectivamente gerados pela actividade da empresa, atingiu o montante de € 354.776,44, o que atendendo ao quadro vivido nos últimos anos é ainda de realçar.
2.4.2 INDICADORES DE RENDIBILIDADE RENTABILIDADE DAS VENDAS
RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS 20,00
35,00 30,00
15,00
25,00 20,00
10,00
15,00 10,00
5,00
5,00 0,00 2008
2009
2010
2011
Rendibilidade das vendas (%)
A rentabilidade das vendas cifrou-se em 2,25 % tendo decrescido em relação ao ano anterior, afectado pela pressão concorrencial que obrigou a uma redução nas margens aplicadas. A manutenção do volume de vendas, apesar de constituir um indicador extremamente positivo, atendendo à situação que vivemos.
0,00 2008
2009
2010
2011
Rendibilidade dos capitais próprios
A rentabilidade dos capitais próprios sofreu uma redução significativa, pese o facto de medir a capacidade futura da empresa perante os accionistas, o que se mantém assegurado, representa tão só a pressão externa sofrida pela empresa na sua actividade operacional, obrigada a acompanhar a evolução do mercado e ao mesmo tempo garantir a sua carteira comercial, que não esqueçamos é o suporte da empresa. PROSPECTIVA, SA | 13
2.4.3 INDICADORES FINANCEIROS
LIQUIDEZ GERAL
A empresa tem ao longo dos últimos anos, crescido de forma segura e sustentada, melhorando de forma consistente, a solidez da sua estrutura financeira, situando-se hoje os principais indicadores, qualquer que seja a óptica de apreciação, a níveis superiores aos de referência e da mediana para o sector. E, apesar das dificuldades sentidas no ano de 2011, a empresa continua a assumir-se como uma empresa de referência no seu sector, tendo sido reconhecida com PME Líder (a exemplo do que já havia acontecido em 2009 e 2010), através de distinção atribuída por parte do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas. AUTONOMIA FINANCEIRA 58,00 56,00 54,00 52,00 50,00 48,00 2008
2009
2010
2011
Autonomia Financeira (%)
Tal como se pode verificar, a autonomia financeira da empresa, na ordem dos 52% espelha de forma clara a elevada solidez dos capitais próprios da empresa, continuando a situar-se em valores claramente acima da média do sector.
RELATÓRIO E CONTAS 2011
1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 2008
2009
2010
2011
Solvabilidade / Liquidez geral
Neste último quadro, os valores de referência para a liquidez geral e reduzida, são semelhantes, por não termos existências a condicionar de alguma forma o desempenho dos indicadores apresentados, mas para melhor aferição do desempenho da empresa, optámos por seguir a linha mais actual da análise financeira, defendida por universidades americanas, canadianas e alemãs, que pormenorizam de forma mais adequada e detalhada, tentando evitar conceitos latos e laxistas, que conduziram a economia planetária à situação actual.
EBITDA 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 2008
2009
2010
2011
EBDITA
Através da análise do EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), podemos constatar que, apesar de se ter verificado um tendência de diminuição do seu valor nos últimos anos, como resultado da diminuição das margens operacionais imposta pelo comportamento cada vez mais agressivo do mercado em que a empresa se situa, o seu valor situa-se em níveis bastante satisfatórios, principalmente se tivermos em atenção os valores médios do sector, que, em 2008 um dos melhores dos dez últimos anos, se situaram em cerca de 78.224,00€.
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2.5 SISTEMA INTEGRADO DE QUALIDADE, SEGURANÇA E AMBIENTE O Sistema de Gestão Integrado (SGI) tem como principais objectivos a definição das metodologias e das responsabilidades dos principais processos da organização, de modo a assegurar, de uma forma contínua, o envolvimento de todos os colaboradores, a satisfação dos clientes e a melhoria da eficácia e da eficiência dos Processos. Neste espírito, foram fixadas metas a curto, médio e longo prazo, cuja monitorização ficou atribuída a uma equipa no seio da organização, composta por membros das diversas áreas da organização.
RELATÓRIO E CONTAS 2011
O âmbito das metas abrange naturalmente as três áreas de certificação, ou seja a Qualidade, o Ambiente e a Segurança e estão intimamente ligadas à política definida pela gestão de topo da organização. No âmbito da Qualidade, e sobretudo na orientação para o cliente, preocupamo-nos com questões como a fidelização de clientes e a sua satisfação, mas também nos preocupamos, sobretudo, com o cumprimento das disposições regulamentares que assistem a nossa actividade. No âmbito da fidelização dos nossos clientes, orgulhamo-nos pela sua preferência. Segundo os nossos estudos, melhorámos o indicador relativo à fidelização de cliente de 70% para 95%. Estes números também são
consubstanciados pela crescente satisfação dos nossos clientes, pelo que, face ao período homólogo, houve uma melhoria de 80,5% no nosso indicador. A satisfação dos nossos clientes cifra-se em cerca de 86,3%.
No âmbito do Ambiente, preocupamo-nos em ser membros ativos da sociedade através de diversos temas. Nesta matéria visamos uma redução efetiva da nossa pegada ecológica, através da redução de:
No âmbito da manutenção das equipas de trabalho, a organização tem consciência que o valor humano nesta área de negócio é fundamental e imprescindível. As áreas de negócio da Prospectiva são sobretudo a Fiscalização/ Coordenação e o Projecto, no âmbito da construção civil e equipamentos.
• Consumo de papel; • Consumo de Energia; • Valorização de resíduos de embalagens e tinteiros / toners • Emissões gasosas para a atmosfera.
O segredo do sucesso, até ao momento tem sido o agrupamento de colegas mais experientes com colegas menos experientes ou até recém formados. A conciliação da formação contínua, e a valorização de equipas através da experiência em trabalho efetivo tem sido uma maior valia no desenvolvimento da organização. Também envolvemos os nossos fornecedores, na senda de uma melhor oferta dos nossos serviços. Procuramos os melhores no mercado.
Ao nível do consumo de energia e do papel, foi registada uma melhoria, traduzida numa redução de cerca de 18,2%, face ao ano base de 2009. No âmbito do consumo de energia, a redução efectiva situa-se em cerca de 11,7%. No âmbito da Segurança, as preocupações da organização potenciam a melhoria das condições de trabalho dos nossos colaboradores. A gestão do SGI é actualmente representada pelo Engº. Luis Brito, sendo o âmbito da certificação o seguinte:
Prestação de serviços na globalidade das áreas de estudos e projectos, de coordenação, incluindo a coordenação de segurança em obra, de fiscalização e de gestão da qualidade de empreendimentos de obras públicas e privadas. PROSPECTIVA, SA | 17
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4. Perspectivas para 2012 4.1 EVOLUÇÃO ECONÓMICA O BCE espera uma retoma ligeira e gradual da economia europeia ao longo de 2012, suportada pela procura global, pelas baixas taxas de juro e pelas medidas de apoio à banca. No que se refere à economia portuguesa, as previsões apontam para uma maior contracção da actividade económica, decorrente das medidas de consolidação incluídas no Orçamento de Estado de 2012 e da reavaliação da queda da procura interna (previsões actualizadas à data de Janeiro de 2012 do Banco de Portugal).
3. Participações Sociais em 31 de Dezembro de 2011 Sociedades NORAFR - Engenharia e Gestão, Lda
50,0 %
H3P - Engenharia e Gestão, Lda (Angola)
30,00 %
H3P2 - Engenharia e Construção, Lda (Portugal)
33,33 %
Prospectiva CV, Engenharia e Gestão, SA
51,00%
Prospectiva GE, Limitada
51,00%
Prospectiva Brasil - Ambiente, Engenharia e Gerenciamento, Ltda.
47,00%
Prospectiva Ebepro, Engenharia e Projectos, Ltda.
51,00%
Relativamente ao mercado de actuação da Prospectiva, as perspectivas não são, seguramente, as que o sector desejaria, não só por via da retracção do investimento privado, mas também pelas restricções de natureza orçamental com que Portugal se debate, que impõem contenção na despesa pública e, inevitavelmente, também no investimento público, afectando negativamente a dimensão do mercado interno da construção. Face a este cenário, não se perspectiva que a economia portuguesa evolua positivamente no decorrer do ano de 2012, sendo que a sua recuperação será fortemente condicionada pelo comportamento dos processos de consolidação orçamental e redução do endividamento do sector público e privado, não descurando, num contexto de globalização de mercados, os efeitos que a conjuntura económica europeia poderá ter na recuperação da economia nacional.
4.2 POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO Face ao exposto, e perante as perspectivas pouco auspiciosas e sem uma noção concreta de quando a situação PROSPECTIVA, SA | 19
económico nacional e internacional se irá inverter, torna-se ainda mais crítica a emergência na procura de novos mercados, de forma a contornar o estrangulamento sentido no sector de actuação da empresa. A fidelização dos clientes tradicionais, incutindo um rigor inabalável na manutenção da Qualidade dos serviços prestados, assim como a busca de novos clientes e diversificação nas potenciais áreas de actuação (através de uma constante actualização de conhecimentos e flexibilização de processos) constituem o grande desafio a que se propõe a Administração da Prospectiva. O investimento na área internacional continua a ser uma prioridade na gestão estratégica da empresa, tendo sido desenvolvido um Plano de Acção que visa implementar acções concretas de consolidação de mercados onde a empresa já actua (como Angola, Cabo Verde, Marrocos e Argélia) e de reforço e aprofundamento de mercados com elevado potencial e nos quais já existem relacionamentos comerciais (como Moçambique, São Tomé e Principe, Guiné Equatorial e Brasil). O caminho não se assemelha fácil, mas dadas as elevadas qualificações de todos os elementos da equipa que compõe a Prospectiva, e com o esforço e dedicação de todos, julgamos que vamos conseguir ultrapassar as dificuldades e alcançar os objectivos propostos.
Refere-se que, em 31 de Dezembro de 2011, não existiam quaisquer dívidas em mora de natureza Fiscal ou à Segurança Social e que durante o exercício, não foram celebrados quaisquer contratos com os membros dos Órgãos Sociais. O Conselho de Administração não quer deixar de agradecer o contributo decisivo prestado por todos, quantos colaboraram para o desenvolvimento da actividade da Empresa, designadamente os Clientes e Fornecedores e as Instituições Financeiras e Seguradoras. O Conselho de Administração expressa, ainda, o reconhecimento a todos os funcionários e colaboradores da Empresa, cujo esforço, dedicação e competência se revelaram determinantes para os resultados obtidos e execução da estratégia concebida. Expressa, ainda, o agradecimento e louvor ao Órgão de Fiscalização e Certificação de Contas da Sociedade, assim como ao Técnico Oficial de Contas, pelo profissionalismo e competência e disponibilidade, evidenciados no desempenho das suas funções. Lisboa, 28 de Fevereiro de 2012 O Conselho de Administração
5. Propostas e Conclusões Em 2011, os resultados líquidos ascenderam a 183.154,67 €, (cento e oitenta e três mil, cento e cinquenta e quatro euros e sessenta e sete cêntimos). Propomos à vossa aprovação a seguinte aplicação de resultados: Resultados Transitados - 183.154,67 € RELATÓRIO E CONTAS 2011
Eng.º José Fernando Bernardo Luz Eng.º Luís Filipe Alves de Oliveira Brito Maria do Pilar Chaves de Carvalho Luz Brito
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