| agosto - 2016 | ANO LXIII • No 08 | Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
O CAPÍTULO DA FIMDA 50 ANOS Dom Paulo celebra jubileu: “Deus é Bom!”
ESPECIAL Estágios MISSIONÁRIOS dos Frades de Rondinha
Sumário Xx
Editoral
“Até aqui o Senhor nos ajudou”, Frei Gustavo Medella......................................................... 403
FORMAÇÃO PERMANENTE
“Misericórdia e Reconciliação: apontamentos quase morais”, de Frei Leonardo Aureliano......................................................................................................................... 404
FORMAÇÃO E ESTUDOS
ESPECIAL: Estágios Missionários dos Frades Estudantes de Rondinha.......................407 Canto à Misericórdia, de Frei Carlos Nunes Corrêa................................................................... 419 Rodeio: Novinter e a Vida Religiosa....................................................................................................... 420
SAV
Profissão Solene em Petrópolis................................................................................................................ 421 Frei Edvaldo Soares será ordenado presbítero no dia 3 de setembro....................... 422 Estágio vocacional de Ituporanga: 25 vocacionados............................................................. 424 Estágio Vocacional de São Paulo: 25 vocacionados................................................................. 425
FRATERNIDADES
Regional do Espírito Santo se reúne no Mosteiro das Clarissas em Colatina....... 427 Encontro do Regional do Vale do Itajaí.............................................................................................. 428 Regional do Contestado se encontra pela segunda vez no ano.................................. 429 Regional de Pato Branco se reúne em Chopinzinho.............................................................. 430 Encontro das Fraternidades do Regional Leste-Catarinense............................................ 431 Regional de São Paulo se reúne em Amparo............................................................................... 432 Encontro do Regional de Agudos......................................................................................................... 432 Frades do Regional Rio de Janeiro e Baixada se reúnem em Niterói......................... 433 Festa do Padroeiro de Xaxim..................................................................................................................... 434 Frei Policarpo abençoa a tocha olímpica........................................................................................ 435 Jubileu episcopal de Dom Paulo: “Deus é bom.......................................................................... 436 Agudos: 118 anos da Paróquia São Pedro Apóstolo............................................................... 440
DEFINITÓRIO PROVINCIAL
Vigário e Definidor eleitos............................................................................................................................ 441 Notícias do encontro de 28 a 30 de junho..................................................................................... 442
EVANGELIZAÇÃO
Bom Jesus recebe homenagem na Câmara Municipal de Curitiba........................... 448 USF: novas instalações no campus Bragança............................................................................... 449 Reunião da Frente de Evangelização na Educação em Bragança................................ 449 Encontro com Povos Indígenas.............................................................................................................. 450 JPIC: Conferências da Ordem se reúnem em Verona............................................................. 452 CFMB: Serviço Interprovincial visita Missão de Roraima....................................................... 453 Notícias da Terra Santa por Frei José Clemente Müller.......................................................... 454 Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento preparam encontro anual em Rondinha................................................................................................................... 457 ESPECIAL: Capítulo Eletivo da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola.. 458 Homenagem a Frei Sebastião Kremer............................................................................................... 462
NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
Notas Franciscanas ........................................................................................................................................... 464
FALECIMENTO
Falece Éloi Leclerc, o grande pensador franciscano............................................................... 465 Falece mãe de Dom Jaime Spengler....................................................................................................465 Aos 81 anos, falece Frei Benjamim Ansolin.................................................................................... 466
AGENDA ........................................................................................................................................................... 468 Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | ofmimac@franciscanos.org.br
Editorial
“Até aqui o Senhor nos ajudou”
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a leitura deste exemplar das Comunicações que você tem em mãos se pode extrair o retrato animador de uma Província viva, vibrante em suas fraternidades e Frentes de Evangelização. É óbvia a existência de questões que preocupam, como o aumento acelerado da média de idade dos confrades, a queda acentuada nos números e a necessidade urgente e manifesta do redimensionamento. No entanto, nota-se também uma profunda força evangelizadora, fruto do empenho e da dedicação de confrades que acreditam na nobreza do ideal que abraçaram como vocação. Como não render graças a Deus
diante de dois irmãos – um deles angolano – que decidiram firmemente abraçar em definitivo a Profissão Religiosa na Vida Franciscana e de mais um que, no próximo mês, recebe o Sacramento da Ordem? Parabéns aos Freis Roberto Aparecido, José Cambolo (Profissão Solene) e Edvaldo Batista (Ordenação Sacerdotal). De que forma não abrir o coração ao otimismo ao acompanhar os relatos cheios de entusiasmo dos estágios dos confrades do tempo da Filosofia? Como não perceber o comprometimento da caminhada dos Regionais e o fortalecimento deles como espaço de animação da vida provincial? Como não celebrar a presença em
Angola, com o reforço de confrades que se lançaram para partir em missão e com a eleição do novo Conselho? Estes e outros motivos certamente são mais do que suficientes para provar que a Província tem diante de si um horizonte de esperança. Considerando uma caminhada marcada por tantas bênçãos, pode-se fazer coro a Samuel, quando diz: “Até aqui o Senhor nos ajudou” (Sm 7,12). A você, leitor, os sinceros votos de um mês de agosto cheio de alegrias, com boas festas da Porciúncula (02 de agosto) e de Santa Clara (11 de agosto). Frei Gustavo Medella AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Formação Permanente
Religião mais preocupada em condenar do que salvar e perdoar é uma religião marcada por violência. O Deus não violento se revela no perdão
(Jung Mo Sung, Twitter, 17/07/2016).
MISERICÓRDIA E RECONCILIAÇÃO: Apontamentos quase morais
Obs: Este texto procura tratar de uma moral que seja misericordiosa. Toca em coisas da tradição, em percepções de outras áreas e em coisas próprias de moralistas. Não seguirá o rigor acadêmico esperado de um professor e procurará dizer algo de diferente aos confrades leitores. Pra começo de conversa...
Na história cristã, a autonomia da Teologia Moral enquanto disciplina inaugurou-se com a preocupação de solucionar os casos difíceis de consciência que apareciam nos confessionários, típicos do período posterior ao Concílio de Trento. Isso culminou em diversas propostas que variavam do laxismo ao rigorismo. Essa Moral trabalhava em
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contato constante com o direito. Não era raro que essas duas áreas de conhecimento se confundissem para prejuízo do Povo de Deus. A tensão entre laxismo e rigorismo foi solucionada por Santo Afonso com sua proposta moral, misericordiosa e, ao mesmo tempo, não relativista. Começo assim essas linhas porque a mesma intuição de Afonso continua atual e parece ter influenciado o
Papa Francisco no seu modo de conceber a proposta moral. Nas linhas a seguir não me ocuparei em definir o que seja misericórdia, mas colocarei seu antônimo em jogo: a crueldade. A ideia é, falando de crueldade na moral, mostrar o quanto ela precisa ser misericordiosa1. Importante notar que por «moral» se entendem coisas muito distintas, tanto segundo o período,
Formação Permanente
quanto segundo as opções (epistemológicas, políticas, históricas etc.), ambiguidade similar se encontra na ideia de misericórdia, cuja utilização prescindirá de qualquer etimologia . A origem de uma palavra pode ajudar a descobrir seu significado, mas é seu uso na boca das pessoas que a faz viva. John Sobrino fala em «princípio-misericórdia» como um amor específico que está na origem de um processo e que permanece presente e ativo durante esse mesmo processo. Esse é o princípio fundamental da atuação de Deus e de Jesus Cristo e também deve ser o princípio de atuação da própria Igreja2. Essa é a concepção de misericórdia das linhas a seguir. Não falarei, contudo, numa espécie de princípio-crueldade, mas na crueldade decorrente do apego à Lei sem aquela atitude própria do Divino Redentor que veio para que todos tivéssemos vida.
Uma moral da crueldade: quando a lei não tem Cristo
O rigorismo, condenado oficialmente pela Igreja, crucifica a pessoa na Lei. Ele, na verdade, pouco conhece de humanidade. A história já mostrou como, em nome da lei, se podem cometer as maiores atrocidades. O julgamento de Eichmann já ensinou à humanidade como se pode, cumprindo ordens, matar milhões. A banalidade com que aquele honesto cidadão de bem falava das absurdidades e atrocidades cometidas em obediência à lei chocaram e ainda chocam3. Com cautela, eu transferiria o mesmo raciocínio ao rigorismo que não consegue ver a pessoa, mas insiste em colocar todo o peso sobre os atos pretensamente pecaminosos como se a letra fria da lei significasse por si só imperatividade moral. Em outras palavras: o rigorismo tende a ser cruel por-
que não dá esperança. Ele fecha as portas que o Verbo encarnado veio abrir. A moral é cruel quanto tenta remendar o véu do templo rasgado de uma vez por todas no alto da Cruz (Mt 27,51). Há quem torça o nariz para os pensadores da suspeita. São de fato antipáticos aos eclesiásticos talvez porque desmascarem nossas atitudes nem sempre tão puras e bondosas quanto pensamos. Muitas vezes, o acento exclusivo em propostas punitivas, como dizia Nietzsche «fede a crueldade»4. De fato, a gana de punição, longe de limitar-se aos seus objetivos declarados, preserva uma vocação escondida para o sadismo. Exemplo disso é a pena de morte. Nesse sentido são quase proféticas as palavras de Derridà: «Se sei por que mato, penso ter razão em matar e essa razão que me dou é a razão que qualquer um poderia dar-se racionalmente, com o auxílio de princípios universais. Eu mato alguém porque sei qual é o motivo, porque penso que seja necessário, porque é justo assim, porque qualquer um no meu lugar também o faria, porque diante de mim ou outro é culpado, porque errou, ou teria de qualquer forma errado no futuro e assim por diante… Dado que esse crime tem certo significado, é deliberado, calculado, premeditado, direcionado a um fim, esse é da ordem da justiça penal e, portanto, não pode ser mais separado da condenação à morte, de um ato penal apropriado. A distinção entre vingança e justiça torna-se, assim, precária.»5 No âmbito católico, essa assim chamada crueldade parece se concentrar no que diz respeito ao sexto mandamento. É curioso notar como as sanções ligadas às infrações pontuais a ele são as que mais enrijecem
os eclesiásticos. Sem entrar pelos meandros da psicanálise, que poderia descobrir motivos pouco nobres para tamanha dureza, é claro, para quem já foi ministro da reconciliação e teve de atender pessoas feridas pela insensibilidade pastoral de muitos, que a moral pode ser cruel principalmente no que diz respeito a alguns grupos bem conhecidos: homossexuais, recasados, prostitutas, travestis e transexuais… em suma, pessoas cuja vida sexual escapa à cama de procusto criada pela manualística para permitir ou não o acesso à comunhão. Isso se deve a um velho lastro presente na tradição, que conheceu a parvidade de matéria como atenuante de todos os mandamentos, exceto do que se referia ao sexo6. Eu não teria dúvida em dizer que a crueldade do legalista gosta do sexto mandamento. A quem por fraqueza ou erro caiu no sexto mandamento, fechavam-se e ainda fecham-se as portas da misericórdia. Aceder à comunhão eucarística para um recasado é mais difícil do que para um ditador e homicida que ficou famoso por frequentar o santo sacrifício da missa diariamente. As tentativas de abertura pastoral nunca esbarraram em atitudes de pessoas sérias e dedicadas à causa do Reino, mas nas posições dos amigos de poderosos que travestem seu jansenismo mitigado em falsa misericórdia. Pode o leitor erroneamente supor que estas linhas defendam, pelo dito acima, o laxismo. Ledo engano. Também esse é destrutivo. Ignorando o ideal revelado em Cristo, o permissivismo laxista reduz a pessoa à sua condição atual esquecendo-se que a vida é dinâmica. A linha adotada aqui procura evitar tanto o extremo do rigorismo cruel, como o laxismo bonista, que de bom não tem nada. AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Formação Permanente Superando a crueldade
Uma primeira superação desse modelo se dá com Santo Afonso. O professor Sabatino Majorano, insistia, em Roma, que a centralidade da misericórdia tão repetida vezes pelo Papa Francisco, fosse também importante para a Teologia Moral. A proposta assumida pelo Papa pressupõe que se repense a moral cristã, não apenas em seus conteúdos, mas também em sua metodologia. É exatamente aí que se pode encontrar a grande contribuição do padroeiro dos moralistas: Sua moral é caracterizada pela benignidade pastoral. Majorano, fiel ao fundador dos redentoristas, crê que «a copiosa redentio, isto é, a kenosi misericordiosa com a qual Deus se encarna em nossa fraqueza, antecipando-nos o seu amor, seja “o exemplo” do qual é impossível se desviar. Isto vale igualmente para a Teologia Moral: A kenosi é a modalidade na qual deve ser elaborada a proposta moral e também deve ser proposta às consciências. Fazer diversamente seria esconder a evangelicidade de tal proposta.»7 O contato com a moral de Santo Afonso certamente influenciou muitas das falas recentes de Papa Francisco, já que o próprio Majorano também contribuiu nas últimas assembleias do Sínodo dos Bispos. Ainda que muitos estejam descontentes ou pela falta de rigor ou pela falta de abertura da recente exortação apostólica sobre a alegria do amor, o Papa parece compartilhar da sensibilidade afonsiana. A moral benigna de Afonso é fruto de um contato constante com as pessoas no confessionário e nas missões até encontrar um justo equilíbrio entre a lei e a liberdade: «Sendo certo, ou de se ter como certo, que aos homens não se deve impor coisas sob culpa grave, a menos que o mesmo
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não seja ditado por evidente razão... considerando a presente fragilidade da condição humana, não é sempre verdadeiro que seja mais seguro direcionar as almas para o caminho mais estreito, enquanto sabemos que a Igreja condenou tanto o laxismo quanto o rigorismo»8. Esse passo de transformação, até de si mesmo, no contato com o povo era genial em Afonso; hoje é uma obviedade imperativa ao confessor que, depois dos avanços experimentados no pós-Concílio, tem muito mais ferramentas conceituais para entender que a moral cristã não se ocupa preponderantemente de normas pontuais, mas de um amplo horizonte de realização humana que melhor se expressa na própria pessoa de Jesus Cristo, misericordioso até a morte.
Para uma moral misericordiosa
Para além das intuições de Santo Afonso, há que se notar igualmente a progressão e crescente reaproximação ao Evangelho experimentada pela Teologia Moral enquanto disciplina, análoga às outras disciplinas teológicas. A passagem do legalismo à mais ampla percepção da categoria da aliança bem como da preocupação excessiva sobre os atos à atenção à pessoa corresponde à renovação de toda a teologia no século XX. A inclusão da categoria de Aliança para compreender a Lei, fruto de numerosas contribuições e interconexões entre Teologia Moral e Teologia Bíblica, culminou no realce da graça, na iniciativa divina por salvar a humanidade, numa exposição personalista através do binômio chamada de Deus e resposta do ser humano e, igualmente, numa visão mais orgânica e progressiva do primeiro e do segundo Testamento9. Assim, o ideal cristão
se tornará no Vaticano II (OT 16), a chave da proposta moral. Mais do que o «não pecar» a moral passa, enquanto disciplina, a propor o «viver em Cristo». Esse novo jeito de fazer Teologia Moral dá mais espaço à misericórdia, palavra à qual recorre o Papa Francisco desde a Evangelii Gaudium (24) ao insistir que a Igreja deve primerear, sair, antecipar-se… O bom samaritano da humanidade que vai ao encontro do ferido à beira do caminho é imagem perfeita dessa proposta moral que não visa tanto mudar ou não mudar a doutrina, ou o ideal, mas em fazer o mesmo que o clássico Afonso fizera: Propor a norma moral como a síntese entre o ideal e a fragilidade concreta de cada um, respeitando a gradualidade do caminho. Mais do que uma moral normativa, precisamos de uma moral indicativa. Se o regime da Lei fosse proveitoso à salvação, o Redentor não se teria encarnado e feito de sua vida um anúncio do resgate de cada pessoa. Essa verdade não pode deixar de ser anunciada onde se celebra a reconciliação de quem, ferido à beira do caminho, perdeu até mesmo as forças pra pedir ajuda. Frei Leonardo Aureliano
Notas 1 - Cf. Marciano Vidal, Nova Moral Fundamental, p. 496-422. 2 - Sobrino, El principio misericordia, p. 32. 3-C f. Arendt Hannah, Eichmann in Jerusalem: a Report on the Banality of Evil. 4 - Nietzsche, Genealogia da moral, p. 55. 5 - Judith Butler, On Cruelty, p. 9-10. 6 - Cf. Tomás de Aquino, Summa Theologiae, II-IIae, q. 154, art. 2. 7 - Sabatino Majorano, Abertura do ano acadêmico de 2015 na Academia Alfonsiana de Roma. 8 - João Paulo II, Spiritus Domini, in AAS 79 (1987) p. 1367-1367. 9 - F rancisco Lage, Aliança e lei, p. 33-34.
Fraternidade de
Rondinha
ESPECIAL
Estágios Missionários Durante este mês de julho, é costume que os frades de Profissão Temporária façam estágios em diferentes localidades da Província e do Brasil. Nas páginas seguintes, apresentamos um resumo destes estágios feitos pelos frades estudantes da Fraternidade São Boaventura,AGOSTO de /Rondinha. 2016 [coMUNICAÇÕES] 407
Estágios Missionários
EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA NA BAHIA Frei Gabriel Dellandrea e Frei Marcos Schwengber fizeram a experiência missionária na Quase-Paróquia de Cocal, em Brotas de Macaúbas (BA) Frei Marcos Schwengber e Frei Gabriel Dellandrea realizaram seu estágio apostólico na região da Diocese de Barra, na Bahia. Entre tantas atividades, participaram das Santas Missões Populares em Buritirama (BA), Santas Missões sobre o Dízimo na Quase-Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Cocal (BA), além de conviver com o confrade Frei Moiséis Beserra Lima, o bispo Dom Luiz Flávio Cappio e demais seminaristas e leigos da Diocese. Frei Gabriel : “Tenho certeza de que depois deste mês aqui na Bahia, uma coisa eu terei que fazer: lavar o cordão do hábito. Devido à poeira e às crianças que faziam dele uma corda para me puxar, ele está quase da cor do hábito. Mas olhando para o símbolo da penitência onde está gravado o compromisso da minha vida, percebi que esta experiência foi sem igual para confirmar em meu coração os votos evangélicos. Não importa que o cordão esteja sujo. Isso vamos limpando. O melhor que isso representa é que ao olhar pra ele, vi o quanto este estágio foi formativo para perceber o quanto a vida religiosa é viva! E tentarei escrever um pouco de como isso aconteceu. Em relação ao voto de castidade eu percebi a liberdade e a fecundidade da vida religiosa. Eu fui a lugares e conheci pessoas graças à oportunidade de ser “solteiro por causa do Reino de Deus” (Mt 19, 12). E procurei fazer isso por merecer, dedicando amor e carinho àqueles que , devido à vida sofrida do sertão, buscavam em minhas palavras um pouco de esperança. Difícil missão, mas experimentei como Deus capacita aqueles que confiam Nele. Em relação ao voto de pobreza, reconheço que ele é fundamental na missão. Cada dia era uma novidade, mas também uma necessidade de desfazer de coisas e assumir a vida do povo baiano. Sair de si mesmo, não somente no discurso, mas na prática. Visitei casas de irmãos e irmãs que me recordaram que aquele voto que fiz estava longe de ser pobre. Conhecer histórias de comunidades pobres, mas ricas na união entre católicos e evangélicos que saíram da mesquinharia de brigar para ver com quem estava a verdade para ajudarem-se. Aliás, o sorriso estampado mesmo com a dureza da vida me fizeram perceber que sou ainda burguês, “reclamando de barriga cheia”. O voto de obediência foi fundamental para concretizar a experiência que se tornou fantástica. Deixei com que Deus fizesse o que quisesse comigo.
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Frei Marcos: “Uma das coisas que mais me marcaram nesta missão foi ver crianças levantando às 5h para rezar o terço e dar um abraço nos missionários (e no freio (eu) - invenção da criançada rs) e depois ir à escola (isso quando não choravam por que queriam ficar com os missionários). Para eles era tudo novo, assim como estava sendo para mim. Às vezes era uma puxando o cordão, outra no colo e outra segurando nem que fosse um dedo, mas queria ficar perto. Não há palavra que descreva tamanha felicidade e gratidão que tive por participar dessas missões.. Quem quer ser missionário, tenha certeza de que a Bahia é uma boa opção. Não tenha medo de vir, pois garanto que à missão não vamos sozinhos, pois ao sermos enviados em missão, “somos apenas instrumentos do Espírito Santo e não agimos por nós mesmos” (assim nos disse Dom Cappio ao nos enviar em missão). Confesso que até eu me surpreendia com algumas coisas que eu falava e fazia. Só podia ser o Espírito Santo! A terra de missão está bem perto de nós. O povo tem Missa uma vez ao ano naquela comunidade e não tem catequese, mas tem sede de Deus e aprende rápido o que é ensinado. Lá não tinha igreja. Celebrávamos em frente de uma casa com um pátio grande. Doeu o coração quando, ao partir, uma senhora me disse assim: “Frei, fica para nos ensinar...” Mas tive que partir...
Estágios Missionários
NOVOS HORIZONTES EM CHOPINZINHO Frei David Belinelli e Frei Hugo Câmara dos Santos fizeram estágio na Fraternidade São Francisco de Assis, em Chopinzinho (PR). Entre tantos desafios, destacam os frades que este tempo de missão lhes propõe diversas oportunidades de evangelização. Abaixo, eles fazem um relato desta experiência: “O estágio em Chopinzinho e seus muitos desafios promoveram em nós um crescimento vocacional e principalmente humano. Nos programas de Rádio, celebrações da Palavra, visitas às escolas e, na graça do Ano da Misericórdia, visita aos doentes, defrontamo-nos com diversas oportunidades de evangelização. Na nossa chegada, dia 27 de junho, sentimos a acolhida da Fraternidade São Francisco de Assis e do povo de muita fé desta cidade. Mas também vimos suas necessidades e desafios, como o quão importante é acompanhar e auxiliar as inúmeras comunidades da paróquia. Muitas são as frentes de evangelização numa paróquia da dimensão de Chopinzinho, mas podemos conhecer algumas. A visita aos doentes, neste Ano da Misericórdia, nos convida, como consagrados a Deus, a levarmos o amor de Cristo, sua misericórdia, sua esperança e sua compaixão para com os irmãos enfermos e necessitados. Nas visitas aos colégios, vimos o quanto é gratificante e valoroso este contato com as crianças e jovens de diversas idades, que não escondiam a sua curiosidade em relação ao nosso modo de viver. Nesse contato, podemos transmitir uma mensagem de paz, esperança, coragem e perseverança, tendo sempre os valores evangélicos como base. Celebrando a Palavra com o povo, testemunhamos o empenho da comunidade em vivenciar sua fé. Nos programas de Rádio, uma experiência comunicacional, uma ferramenta de evangelização e hoje uma das frentes evangelizadoras da Província. Os desafios de comunicar ao povo algo atraente e ao mesmo tempo edificante nos questionaram. Este pouco de tempo que passamos em Chopinzinho serviu para alargar os nossos horizontes no compromisso que temos na nossa vida religiosa franciscana”. AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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ITUPORANGA FRANCISCANA Frei Erick de Araújo Lázaro e Frei Matheus José Borsoi fizeram estágio na Paróquia Santo Estêvão e no Seminário São Francisco de Assis: “Ituporanga é uma cidade localizada no alto vale em Santa Catarina. O nome na língua indígena significa Salto Grande, e faz referência a uma cascata do Rio Itajaí localizada no município. A base econômica da região é a agricultura. Com uma produção anual de 90 mil toneladas, Ituporanga é conhecida como a capital da cebola. Além da vocação agrícola, e da tranquilidade, Ituporanga se destaca pelos frades franciscanos que estão na Paróquia Santo Estêvão e no Seminário São Francisco de Assis. Junto a essas duas fraternidades, vivenciamos e sentimos o carisma franciscano. Chegamos aqui no dia 24 de junho. Muito bem acolhidos e animados pelas atividades, participamos da reinauguração da gruta de Nossa Senhora de Lourdes, local de paz e tranquilidade, onde o “silêncio da criação escuta a voz de seu Criador”. Esta gruta fica na parte central da cidade e foi doação de uma família para os frades. Foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1948 por Frei Arthur. Devido ao tempo, o local se deteriorou e necessitava de algumas novas adaptações. O governo municipal assumiu o projeto de reforma, juntamente com o apoio de alguns colaboradores da cidade. A reinauguração da gruta aconteceu no dia 1º de julho, contando com várias autoridades políticas, o povo de Deus e nós, freis franciscanos. Frei Evandro Balestrin, pároco, enfatizou que na subida pelas vias sacras até o local onde se encontra a imagem de Nossa Senhora, podemos perceber as belezas do Criador! Outro momento muito forte para nosso estágio foi o encontro vocacional da região Sul, que ocorreu no Seminário com a presença de 25 jovens provindo de vários locais de Santa Catarina. Juntamente com Frei Edvaldo, refletimos com eles o chamado de Deus, e o dom da vocação. Eles puderam participar e conhecer um pouco da vida dos seminaristas e aspirantes. Em outras atividades pastorais, visitamos hospitais e as comunidades com os frades da Fraternidade”.
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EXPERIÊNCIA NA “CAPITAL DO TRABALHO” Frei Angelo Baratella e Frei Danilo Santos Oliveira relatam como foi a experiência na Fraternidade e Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Concórdia (SC): “Concórdia é uma cidade localizada no Oeste catarinense. No centro da cidade está a Matriz Nossa Senhora do Rosário: nesta comunidade de fé os frades formam a fraternidade local que tem a missão de atender o povo concordiense. São várias pastorais e muitas comunidades atendidas pelos frades, semelhante ao número de contas do rosário de Nossa Senhora - padroeira local. Concórdia é conhecida como a capital do trabalho. Aos desavisados, o Oeste catarinense pode passar como cidade interiorana, porém seu dia a dia revela uma cidade grande. Entre as serras e curvas, encontram-se muitas edificações. O povo, em sua maioria, é descendente de italianos, que trabalha muito e cultiva a fé. É também terra natal de muitos confrades, e frequentemente conhecemos famílias de frades ou mesmo de candidatos que estudaram no seminário. A fraternidade local se assemelha a uma grande família. São sete frades, cada qual com seu jeito de somar na fraternidade. Frei José Idair exerce a função de guardião e pároco, auxiliado pelos confrades Frei Douglas Paulo, Frei Délcio Lorenzetti, Frei Josué Celante, Frei Luiz Toigo e Frei René Zarpelon, que contribuem nas diversas necessidades da Casa e da Paróquia. Frei Henrique Ireno Dell Olivo esteve hospitalizado e atualmente está em casa sob os cuidados compartilhados dos confrades. Nós, frades estudantes, encontramos um ambiente de acolhimento. E logo assumimos trabalhos pastorais na catequese, bênçãos nas casas e encomendações de falecidos, além de participar das celebrações em comunidades, onde tivemos a oportunidade de levar uma mensagem vocacional. Enfim, parece difícil descrever e apresentar em poucas palavras um estágio pastoral em Concórdia-SC. Em poucos dias, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco do Regional do Contestado, um momento de convívio e descontração. Percebemos também que por aqui muito se trabalha, porém o esforço é recompensado na confiança em Deus! Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!” AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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JUNTOS AOS ROMEIROS DE FREI GALVÃO Frei Natanael José Barbosa e Frei Vitor Amâncio fizeram sua experiência no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), Postulantado e Centro de Acolhimento de Romeiros: “No Seminário Frei Galvão fomos muito bem acolhidos e sentimos uma forte emoção ao retornarmos a esta casa, agora como frades. Muito animadora foi a convivência com os postulantes, que mesmo em poucos momentos nos despertaram ainda mais o vigor com o qual começamos nossa formação. Vivenciamos pequenas experiências com grandes valores para nossa formação. Nossa maior atenção se encontrava no acolhimento aos romeiros que diariamente buscam o Seminário. Provenientes de diversos lugares do país, os devotos de Frei Galvão chegam com suas histórias de vida, trazendo seus agradecimentos pelas graças recebidas e também fazem seus pedidos ao santo. Assim, nos possibilitam conhecer, nos seus testemunhos de fé, diferentes realidades e situações que desafiam nossa vida e missão evangelizadora. Acolher quem vem até nós, mais do que um gesto cristão e franciscano, é fazer a experiência do bom samaritano, que acolhe e cuida daqueles que estão feridos, seja na família, nos relacionamentos, ou na vida daqueles que perderam o sentido de viver. Por isso, acolhemos a todos aqueles que chegam e trazem uma motivação para o nosso trabalho e vocação. Pelas palavras, pelo abraço, externam o quanto vale a pena e é gratificante deixarmos tudo para servir em nossos irmãos e irmãs Aquele que primeiro nos amou e nos chamou para sermos seus discípulos. Também colaboramos nos serviços fraternos da casa com nossos confrades que aqui residem. Estes que nos proporcionam uma convivência fraterna que anima e fortalece a comunhão de espírito
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de nossa consagração de sermos frades e menores em nosso tempo. Uma experiência marcante do nosso estágio foi a atenção e o cuidado para com a fraternidade local, especialmente pelo nosso confrade enfermo Frei Wilson Steiner. Zelamos por aquele que outrora nos ensinava a dar os primeiros passos no aprofundamento da espiritualidade franciscana. A atenção, o carinho, o cuidado, a
cortesia, o cavalheirismo, a doação... Estas palavras eram constantes no vocabulário das aulas de Frei Wilson no nosso período de postulantado e se fizeram realidade. Mais que um estágio, esta experiência nos colocou como seguidores do pobrezinho de Assis que se fez servo de todas as criaturas, imitadores daquele Francisco que nada reteve para si e assim tudo recebeu Daquele que totalmente se dá.
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O PRIVILÉGIO DE ESTAR NO NOVICIADO DE RODEIO
Frei Bruno Araújo e Frei Leandro Ferreira Silva voltaram ao berço da Província, o Noviciado de Rodeio: Foi com grande alegria que fomos recebidos nas terras rodeenses; o ar e as montanhas já anunciavam como seria nossa estadia junto aos confrades e noviços. Com um clima agradá-
vel, fomos entrando no ritmo da casa. Somente a memória pode nos fazer voltar à nossa experiência primeira de noviciado! Aqui, o espírito de oração e devoção que brota é tão forte e tão presente cada ano, que voltar ao noviciado é poder mergulhar nesta experiência mais uma vez. Contudo nossa missão vai além de ser presença junto aos noviços...
Dentre tantas atividades exercidas pelos frades, algumas nos permitem estar mais próximos do povo. Estamos, sobretudo, ajudando nos serviços da casa e da paróquia: como o processo de restauro de imagens sacras para mistificar ainda mais o claustro do nosso convento. De modo igual, nossa participação na secretaria paroquial, sendo apoio para nossa secretária Leilane. É certamente graça poder estar novamente neste convento. Ele antes de tudo está nos proporcionando momentos de crescimento humano e espiritual. Humano porque nas celebrações vivemos com o povo, sofremos com o povo, sobretudo nas celebrações das exéquias... Porém, os trabalhos não param; nossa contribuição também contempla os jovens e as crianças, com uma pequena formação aos coroinhas nas capelas próximas da matriz. Na catequese, juntamente com Frei Rafael Spricigo, podemos trabalhar temas atuais, especialmente com os jovens da Crisma. Estamos sendo também presença nos colégios, tendo a oportunidade de falar do carisma franciscano que perpassa esta cidade já há muito tempo! O noviciado vem, com sua presença centenária e histórica, educando e formando seus religiosos para estarem nas mais diversas frentes de evangelização de nossa Província. Não podemos esquecer de que as visitas aos enfermos enriquece nossa experiência pastoral junto ao povo, pois são eles nossas mais incessantes preces. Agradecemos a Deus todo-bondade que nos inspira e nos motiva a caminhar com este povo; percebemos que nossas fragilidades se encontram justamente nesta humanidade, precisada e sedenta de Seu amor. Contamos desde já com a oração de todos! Paz e Bem! AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Estágios Missionários
A DIMENSÃO DE SERMOS PRESENÇA Frei Jean Santos e Frei Thiago Soares relatam a experiência missionária no extremo Sul da Província: a Paróquia e Fraternidade Sagrado Coração de Jesus, em Forquilhinha (SC): “Mais do que um relato preciso das atividades que temos desenvolvido em Forquilhinha (SC), faremos aqui uma narrativa das impressões que esta gratificante experiência tem deixado em nós. O estágio pastoral é um tempo forte para um aprofundamento da vocação. Tempo hábil para a descoberta e desenvolvimento das aptidões que trazemos em nós. Nesta perspectiva, abre-se um horizonte infinito de oportunidades para que isto se realize. Uma destas oportunidades acontece nas visitas aos lares, que o povo de Forquilhinha nos convidou a fazer. As famílias que visitamos nos acolheram com imensa generosidade e alegria. Nos reunimos para a leitura da Palavra de Deus e partilha, orações e bênçãos nas casas. Rezamos com os idosos, doentes e ouvimos seus depoimentos de fé. Uma fé que persevera e supera todas as dificuldades. Nessas missões, nós, frades estudantes, saímos de cada lar visitado sentindo na pele o que as palavras do Papa Francisco “Igreja em saída” querem dizer. O povo de Deus é um povo carente de atenção e recebe a nossa presença como quem recebe um parente de quem sentia saudades. Isso ficou claro quando uma senhora, que ao nos receber em sua casa com um grande sorriso, olhou-nos fixamente e nos disse alegremente: “Há quanto tempo eu não via esses cordõezinhos com os nós e esta roupa marrom”. Reações como estas nos dão a dimensão do valor de sermos, simplesmente, presença franciscana. Não poderíamos falar do nosso estágio sem destacarmos também a imensa generosidade com que nos acolheram os nossos confrades da fraternidade permanente de Forquilhinha: Frei Ivo Müller, Frei João Lopes da Silva, Frei Ricardo Backes, Frei Osvaldo Lino Luiz e Frei Paulo Back. Nos sentimos realmente integrados na missão de sermos irmãos. Gratos pela experiência em Forquilhinha, pedimos a Deus que abençoe a todos que conosco têm construído esta rica história. Paz e Bem!”
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Estágios Missionários
Comunicar e Conviver: Eis a missão Frei Augusto Luiz Gabriel e Frei Raoni Freitas fizeram o estágio missionário na Paróquia e Fraternidade São Pedro Apóstolo, onde os frades trabalham na Rede Celinauta: “Na fronteira com a Argentina e na divisa de Santa Catarina se encontra Pato Branco. A cidade do Oeste Paranaense ficou famosa depois que uma personagem do humorístico “Toma lá, dá cá” fazia constantes referências à cidade. A origem do nome tem a ver com o abatimento, na região de fazendas, de um pato de plumagem branca, em um dos braços do Rio Chopin. É nesta cidade de 78 anos que está a Paróquia de São Pedro Apóstolo, com uma história que se confunde com a do município. Em 1930, a primeira Igreja de Pato Branco foi construída. E em 1960, no mesmo lugar, foi edificada a Igreja que até hoje se encontra na Praça Getúlio Vargas, conhecida como a praça da Matriz. Chegamos em plenos festejos do Padroeiro e pudemos degustar alguns dos 40 mil pastéis que foram preparados pela comunidade. A solene Missa da festa foi marcada pela comemoração dos 60 anos da presença de Frei Policarpo Berri nesta cidade. Não faltaram homenagens ao frade de 92 anos, que foi escolhido para abençoar a Tocha Olímpica Rio2016. Nas atividades, ajudamos nas celebrações da Palavra nas capelas, levamos a bênção às famílias, visitamos os idosos e enfermos durante missão na capela São Luís Gonzaga, em um dos bairros. Da mesma forma, realizamos visitas a alguns dos mais de 1000 catequizandos da Matriz, participamos de reuniões pastorais, e tivemos a grata satisfação de conhecer o SOS Vida e Missão Vida Nova, trabalho social de recuperação dos dependentes químicos. Na Rede Celinauta tivemos a oportunidade de conhecer e nos aprofundar no mundo da comunicação. São inúmeras câmeras, botões, programas, “segredos”, gravadores, colaboradores, microfones e cabos, que juntos formam a “TV da nossa casa” a rede que “comunica a Paz e o Bem”. Na Rádio Celinauta-AM, participamos da produção de entrevistas, quadros e reflexões bíblicas que vão ao ar diariamente. Também contribuímos com a edição dos programas e presenciamos, por fim, uma cobertura jornalística, acompanhando cinegrafistas e repórteres na captação de imagens e produção de matérias para os jornais televisivos”. AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Estágios Missionários
BELEZA E TRADIÇÃO EM SANTO AMARO Frei Douglas da Silva e Frei Heberti Senra Inácio fizeram a experiência missionária na Paróquia e Fraternidade de Santo Amaro, em Santo Amaro da Imperatriz (SC): “A cidade de Santo Amaro da Imperatriz, localizada a 29 km da cidade de Florianópolis, está marcada pelos seus 170 anos de história e 58 anos de emancipação política. Também é conhecida por suas águas termominerais, que atraiu até mesmo a família imperial brasileira, em outubro de 1845, principalmente a Imperatriz Teresa Cristina, pois as águas termais eram tidas como medicinais. O primeiro nome da localidade foi Arrail do Cubatão e, após a conclusão da nova igreja a população e o clero, mudaram para Santo Amaro. Com a visita da Família Real e o carinho da Imperatriz pela cidade, houve um plebiscito em 1948, e houve a junção de nomes: Santo Amaro e Da Imperatriz, que permanece até hoje e orgulha seus moradores. Chegamos no mês em que a cidade comemora o seu 58º aniversário de emancipação. Por isso, o município está em uma grande festa, com fogos e apresentações culturais marcando esta data. Fomos bem acolhidos pela Fraternidade de Santo Amaro, composta pelo Frei Daniel Dellandrea, Frei Nilton Decker, Frei Faustino Tomelin e Frei José Boeing. Com um grande trabalho pastoral, os frades buscam atender as 22 comunidades da Paróquia. Estas comunidades estão localizadas em verdadeiros “santuários” naturais, como por exemplo, a comunidade da Vargem do Braço, situada no coração da Serra do Tabuleiro. Outro lugar com uma vista privilegiada é o Morro Queimado, que se encontra a uma altura de 600m, muito escolhido pessoas que preferem esportes mais radicais. Nosso trabalho é essencialmente visitar algumas comunidades, as famílias, abençoando as casas, reunindo as lideranças e as crianças da catequese. Foi um belo momento de convivência e oração com as famílias e com a fraternidade, no qual nos sentimos revigorados vocacionalmente em nossa caminhada franciscana”.
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AÇÃO E CONTEMPLAÇÃO NO SÃO FRANCISCO Frei Felipe Carretta e Frei Tiago Gomes Elias fizeram a experiência missionária no mês de julho no tradicional Convento São Francisco, no Centro de São Paulo: O convento franciscano situado no centro da capital de São Paulo passa por grandes transformações, são muitas obras, reformas e pinturas. Também a ebulição do trabalho do Sefras junto à população de rua move toda a Paróquia e o Santuário São Francisco de Assis neste necessário auxílio ao irmão que sofre. Neste mês de julho, o Santuário foi contemplado com a participação das Irmãs Missionárias da Caridade que, juntamente com o Santuário, inauguraram uma exposição sobre a vida e obra de Madre Teresa de Calcutá, com fotografias e suas reflexões. Um evento singular. Madre Teresa não atraía somente o público católico, mas toda uma gama de pessoas oriundas dos mais diversos credos e etnias! Também nosso trabalho não se restringiu apenas à exposição, mas ao que é de costume na vida paroquial: acolitar, cantar nas missas, acolhida aos fiéis etc. Nossa experiência também passa pela vivência quotidiana no chá do padre, assim como auxiliando os irmãos que passam a noite nas dependências do convento devido ao inverno rigoroso deste ano. Aprender com o pobre, com o desvalido tem sido nosso tesouro que já marcou nossas almas. Virtudes nunca lidas em livros ou ditas por palavras, estamos vivenciando aqui com os que pelo mundo são considerados indigentes. Pessoas nobres e tão abertas, levam seu dia a dia com simplicidade e admiram-se com o novo. Fazem-nos repensar na vida e em nossa vocação primeira, o amor ao próximo e o cuidado para com a Criação. Seguramente poderíamos contar muito mais nestas linhas, porém inspirados por Madre Teresa queremos dizer que a vida do cristão é ação e contemplação. Desde já fica nosso eterno agradecimento à Fraternidade do Largo São Francisco por serem receptivos e abertos a todos aqueles que aqui chegam, pois como disse Jesus no Evangelho de Mateus (25, 35): “Eu tive fome, e me destes de comer, tive sede, e me destes de beber; fui estrangeiro, e vós me acolhestes”. AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Estágios Missionários
FONTE DA VOCAÇÃO FRANCISCANA Frei Zilmar Augusto e Frei Samuel Santos Soares fizeram estágio missionário na Paróquia Bom Jesus dos Perdões de Sorocaba (SP): Em clima de festa, a Fraternidade Bom Jesus dos Aflitos recebeu Frei Zilmar e Frei Samuel para realizar seu estágio pastoral. A Paróquia composta pelas comunidades Santa Cruz e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro celebra seus 90 anos. Para Frei Zilmar, vivenciar esse período na Fraternidade Bom Jesus dos Aflitos, conhecer os diversos movimentos e pastorais da Paróquia e de suas comunidades, é uma ótima experiência. E afirma: “Sem dúvida, a alegria das atividades missionárias nos traz um dinamismo, nos faz ir ao encontro das pessoas e desperta também nas lideranças um novo ardor. Por estarmos vivendo, como Paróquia, um período jubilar, aqui, somos chamados de “freis missionários”. Isso reforça a fonte de nossa vocação franciscana: somos missionários. Com isso, estou concluindo que ser missionário é ser presença. Mas, não uma presença tímida, calada. E sim uma presença que é capaz de acrescentar e animar os que estão à sua volta. É isso que estou tentando fazer: ser presença evangelizadora junto aos movimentos, pastorais e às famílias de nossa Paróquia Bom Jesus dos Aflitos. Rezo a Deus que dessas missões, já iniciadas, possamos colher bons frutos para nossa vida de comunidade”. A oportunidade de realizar o estágio na paróquia Bom Jesus dos Aflitos, sobretudo as visitas missionárias, é gratificante, pois anunciar o Cristo Misericordioso é um desafio que proporciona um caminho de leveza e comprometimento com a causa do reino de Deus, relata Frei Samuel. E comenta: “Pensei por alguns momentos que o desejo de estar entre esse povo fosse uma vontade de rever pessoas que fizeram parte da minha caminhada vocacional, agora tenho não só o desejo, mas a certeza que é de comungar da espiritualidade que pulsa na veia de cada um desta comunidade. Sinto-me feliz por participar dessa história e sou grato ao Frei Benedito Gonçalves, aos demais confrades e a todos os paroquianos”. Bruna Oliver Especial para as Comunicações
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CANTO À MISERICÓRDIA Misericórdia Um sentimento de compaixão Tão necessário ao coração Como lema de vida tomai: “Ser misericordioso como o Pai”
Misericórdia Vem da fé, brotando esperança Vem do alto, nos doando confiança Vem como a chuva trazendo verdor Vem das alturas, das mãos do Criador
Misericórdia É a palavra de redescoberta Indicando-nos a direção certa Unindo todos em seu desatino Revelando o infinito amor divino
Misericórdia Vem do sangue jorrado de Cristo Que perdoou com amor jamais visto É comunhão, é vida, solidariedade A caridade, a justiça e a bondade
Misericórdia É como um abraço samaritano Que acolhe o pobre sem engano É o dom do amor desmedido Ao encontro do irmão desvalido
Misericórdia Então seja ela a bandeira da paz Uma lei nova, esquecida jamais Nestes tempos de ódio e de guerra Anunciando o Amor nesta terra Frei Carlos Nunes Corrêa
Formação e Estudos
RODEIO: NOVINTER E A VIDA RELIGIOSA
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Noviciado de Rodeio acolheu de 27 de junho a 1º de julho os noviços do Estado de Santa Catarina para o 2º Novinter do ano. Estiveram presentes as seguintes congregações e ordens: as Irmãs da Divina Providência, Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, Irmãos Maristas, Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e a Ordem dos Frades Menores. Além dos grupos de trabalho, dos momentos de oração e reflexões, a grande novidade deste ano foi a criação do “Jornal Mural”, que tornou o ambiente alegre nos momentos de recreios. O tema deste Novinter foi “A
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Vida Religiosa e os Votos”, conando com a assessoria daa Irmã Terezinha A. Sotopietra, da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas. A temática nos fez ver como a vida religiosa e os votos desenvolveram-se ao longo do tempo, espaço, cultura e até mesmo na sociedade atual. A Vida Religiosa classificou-se por várias fases: a fase Deserto e Monástica, caraterizada pela decadência e reformas (no Império Romano); a fase da Periferia, caraterizada pela pobreza, itinerância e irmandade (séculos XIII a XV); e a fase da Fronteira, marcada pelo impulso missionário, apostólico, que passou pela decadência e ganhou novo impulso (séculos XVI a XX).
Na quinta-feira, celebramos a festa junina com um recreio no período da noite, recheado por danças, casamento caipira, músicas, encenação de teatro e até mesmo tentativas de passar descalço pela fogueira! E no dia seguinte, ou seja, 1º de julho, os formadores e os formandos, juntamente com a Irmã Terezinha, dirigiram-se ao Eremitério Beato Frei Egídio, onde houve um momento de deserto e interiorização precedido de uma rica e profunda partilhar dos noviços(as) e a avaliação do encontro. O encontrou terminou com o almoço. Frei Helder Josué Mateus Domingos
SAV
PROFISSÃO SOLENE EM PETRÓPOLIS
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Retiro Preparatório em Rodeio
Os cinco frades que vão professar solenemente na Ordem se reuniram no Noviciado de Rodeio: Frei José Morais Cambolo e Frei Roberto Aparecido Pereira; e três frades da Província do Santíssimo Nome de Jesus: Frei Edgar Vieira Manso, Frei Janilson Luis Coelho e Frei Rogério Ferreira Constantino. O mestre Frei Marcos Antônio de Andrade acompanhou os professandos. “Os primeiros dias do retiro aconteceram no próprio Noviciado, sendo observado o itinerário próprio desta casa de formação. Houve momentos de exposição de textos iluminadores para cada dia, contando com a presença do pregador do retiro e com o auxílio dos irmãos que residem na fraternidade. Momentos de deserto também fizeram parte deste caminho percorrido na primeira parte do mês”, explicou Frei José. Eles também visitaram o Seminário de Ituporanga. “Na segunda parte do retiro pudemos vivenciar o silêncio da procura incansável pela voz do Senhor: a oração, que alimenta o frade menor; o trabalho, que nos faz servir mais que ser servidos e o convívio fraterno, herança nos legada pelo Seráfico Patriarca, tudo isto no eremitério Beato Frei Egídio de Assis”, completou.
A Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, a Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola e Familiares têm a alegria de convidá-lo(a) para a
Profissão Solene de
Frei José Morais Cambolo, OFM Frei Roberto Aparecido Pereira, OFM 28 de agosto de 2016, às 10h Igreja do Sagrado Coração de Jesus Petrópolis – RJ
Gentileza da Editora Vozes – Ilustração de Frei Leandro Costa Santos, OFM
o domingo, dia 28 de agosto, Frei José Morais Cambolo e Frei Roberto Aparecido Pereira vão professar os votos solenes na Ordem dos Frades Menores nas mãos do Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel, durante a Celebração Eucarística às 10 horas, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis (RJ). Frei José Morais é natural de Luanda, Angola, onde nasceu no dia 26 de janeiro de 1989. Vestiu o hábito franciscano no Noviciado de Rodeio no dia 12 de janeiro de 2010. Cursou Filosofia em Luanda e está cursando o segundo ano de Teologia em Petrópolis. Já Roberto Aparecido é natural de Lençóis Paulista (SP), onde nasceu no dia 1º de agosto de 1987. Vestiu o hábito franciscano no Noviciado de Rodeio no dia 12 de janeiro de 2010, cursou Filosofia em Curitiba e está cursando o terceiro de Teologia em Petrópolis.
Convite
SAV Ordenação presbiteral de Frei Edvaldo Soares
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“Desejo cada dia dizer o meu sim a Deus”
bom e sorridente baiano Frei Edvaldo Batista Soares é também um “cara arretado”. Nascido e criado no interior baiano, revela nesta entrevista o sofrimento que passou junto à família de 12 irmãos (cinco morreram) até deixar a sua terra natal em busca de oportunidades na cidade grande. Conseguiu o que queria em São Paulo, ajudou a família, mas Deus tinha reservado para ele uma outra missão: seguir os passos de Jesus, como é o seu lema escolhido para receber a ordenação presbiteral pelas mãos do Arcebispo de Porto Alegre e seu confrade, Dom Jaime Spengler, no dia 3 de setembro, às 18 horas, na Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, em Entre Rios (BA). Sua Primeira Missa será no dia seguinte, às 10 horas, na mesma igreja. Acompanhe a entrevista! Comunicações - Fale um pouco de suas origens, sua família e sua terra. Frei Edvaldo - Sou natural de Entre Rios, uma pequena cidade no litoral Norte da Bahia. Vivi desde a minha infância até os 20 anos com meus pais numa comunidade da zona rural, Calçada Nova, a uns 16km do centro da cidade. Meus pais chamam-se Florêncio e Joana Batista Soares. Eles tiveram 16 filhos: Maura, Luiz, Josefa, Josefa (duas irmãs com o mesmo nome), Lindinalva, José, Edno, Edvânio, Pe. Edilson, Jorge, estes todos vivos; cinco faleceram ainda bebês. Depois de criar os filhos com muita dificuldades, Deus pediu um pouco mais de doação a esses dois batalhadores e eles, então, adotaram uma criança de 2 anos, nossa irmã Juliana, que também é minha afilhada. Portanto, hoje somos em 12 irmãos. Vi muitas vezes o sacrifício de meus pais para sustentar os seus 12 filhos. Vi-os
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trabalhando de sol a sol para garantir um pouco do sustento para a família. Quantas vezes vi minha mãe partir um ovo para quatro ou cinco filhos e ela mesma seguir trabalhando com fome. Ela sempre preferiu saciar a fome dos filhos do que a própria necessidade de se alimentar. Passaram-se os anos, e eu, assim como meus irmãos, tivemos que sair da minha terra natal para buscar dias melhores longe da minha casa e do meu povo. Em 1999, recebi do meu irmão Edno uma proposta de vir morar em São Paulo, onde conseguiria um emprego. No dia 6 de janeiro de 2000, com 20 anos, minha vida mudou radicalmente. Saí do meu pequeno povoado para morar na cidade mais populosa do país. Essa ruptura me trouxe dores e alegrias: dores, porque tive que deixar o meu “mundo” para fazer parte de outro “mundo”; alegrias, porque tive a oportunidade de me sustentar financeiramente e ajudar minha família a ter melhores condições de vida. Hoje, recordando minha trajetória vocacional, percebo que foi Deus que me conduziu pela mão e me trouxe onde nunca imaginei chegar.
Comunicações - Como se deu o seu discernimento vocacional? Frei Edvaldo - Pois bem, apesar de ter sido uma criança muita levada, sempre gostei das coisas que me falava do Sagrado: cantos devocionais, rezar os Benditos, as ladainhas e o Ofício de Nossa Senhora nas casas de famílias, práticas devocionais muito fortes na minha região e que tinham como animadora minha tia Lauriana. No meu tempo de infância até o início de minha adolescência, as missas aconteciam apenas uma ou duas vezes por ano na minha comunidade; todos os outros momentos de fé se davam pelas devoções promovidas por minha tia. Ela me ensinou amar a Deus e à Igreja e trilhar os caminhos do Senhor. Ela me ajudou a afinar os meus ouvidos na escuta da sua Palavra e preparou o meu coração para ouvir o chamado do Senhor e acolher a sua mensagem de amor. Desde os meus 12 anos, pelo que me recordo, sentia vontade de ser sacerdote cada vez que via o Pe. Evaristo, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, celebrando missa no colégio da minha comunidade. Aqueles momentos eram especiais para mim e para todo o povo daquela comunidade. Eles despertavam em mim o desejo de ser padre. Passaram os anos e eu não tinha coragem de tomar uma decisão tão radical como essa. Aos 20 anos, morando em São Paulo, recebi do meu catequista, o sr. Silvino, um livro enviado da Bahia. O nome era “Seiva Nova”. Nele, contava-se a história de Frei Anselmo Fracasso e, na página seguinte, um convite para ser frade franciscano. A partir disso, escrevi uma carta para o Frei Luiz Fernando Mendonça e ele
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me convidou para conhecer os frades no Convento São Francisco. Aquele encontro foi amor à primeira vista e, aos poucos, fui me apaixonando pelo Santo de Assis e, desde então, não deixei de visitar o convento no centro de São Paulo. Fiz um ano e meio de acompanhamento vocacional e, em 2003, entrei no Seminário Santo Antônio, de Agudos. Olhando a minha trajetória, cheguei a uma conclusão: não fui eu que escolhi a vida religiosa franciscana, mais foi ela que me escolheu. Foi Deus Pai que me escolheu, Cristo me chamou e a Ordem dos Frades Menores me acolheu no seio da Igreja. E hoje eu posso dizer com toda a alegria de um frade menor: meu coração bate forte por Cristo no ritmo de São Francisco de Assis. Comunicações - Quem é Frei Edvaldo? Frei Edvaldo - Essa pergunta me faz recordar nosso pai São Francisco, quando, estando diante da grandeza de Deus e reconhecendo sua pequenez, reza: “Senhor, quem sois vós e quem sou eu? Vós o Altíssimo Senhor do céu e da terra e eu um miserável vermezinho, vosso ínfimo servo!” Eu, diante da
grandeza do chamado de Deus, me sinto incapacitado para tão grande missão, mas acredito que Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos. Portanto, eu me vejo como uma pessoa que, do fundo do meu coração, desejo e anseio ser modelado pelas mãos do Senhor assim como o barro é modelado pelas mãos do oleiro. Desejo cada dia dizer o meu sim a Deus, iluminado pelo lema da minha Ordenação: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me” (Lc 9,23). Comunicações - Que expectativas você tem para o seu ministério sacerdotal? Frei Edvaldo - Com sinceridade, eu espero corresponder todos os dias da minha vida, como frade menor e com toda a fidelidade às exigências desse árduo e bonito ministério. Espero ser fiel à Igreja que, através da Ordem Franciscana me confiou esse ministério. Espero ser fiel ao povo de Deus, que espera encontrar no sacerdote a acolhida do Cristo misericordioso. Comunicações - Deixe uma mensagem para os jovens que querem se-
guir a vida religiosa franciscana. Frei Edvaldo - Desde o início desse ano, a Província Franciscana da Imaculada confiou ao Frei Diego A. Melo e a mim o Serviço de Animação Vocacional (SAV). É claro que a nossa missão é ajudar aqueles que já estão na caminhada a dizer cada dia seu sim com alegria. Do mesmo modo, aos jovens que procuram a vida religiosa franciscana, buscamos ajudá-los a discernir bem o chamado do Senhor e, ao mesmo tempo, apresentamos a esta juventude a beleza do carisma franciscano. A estes jovens, gostaria de dizer que ser franciscano é, antes de tudo, ser um verdadeiro cristão católico, que ama e vive a fé da Igreja e por ela se entrega a exemplo do próprio Cristo, que se entregou por nós. Portanto, jovem, se você sente arder em seu coração o desejo de seguir Jesus Cristo a exemplo de São Francisco de Assis, aposte nesse ideal de vida, pois você não estará longe do Reino dos Céus. Posso dizer por minha experiência: é muito bom sentir o nosso coração bater forte por Cristo no ritmo de São Francisco de Assis. Moacir Beggo
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ITUPORANGA: 25 JOVENS VOCACIONADOS
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Seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga (SC), recebeu no final de semana (2 e 3/7) 25 jovens vocacionados para o encontro vocacional regional. O expressivo número de vocacionados foi, sem dúvida, a certeza da atualidade e da força atrativa do carisma franciscano nos dias de hoje. Provenientes das cidades catarinenses de Gaspar, Blumenau, Concórdia, Curitibanos e Ituporanga, os jovens traziam consigo um grande anseio de vivenciar a fraternidade franciscana, fazer novas amizades, conhecer a proposta de Francisco de Assis e aprofundar o chamado de Deus em suas vidas. Durante os dias de encontro não faltou alegria, descontração, questionamentos, oração e muita fraternidade. Logo no primeiro dia do encontro, na sexta-feira, os vocacionados puderam integrar-se ao grupo dos seminaristas e aspirantes, participando da festa julina do Seminário, momento esse regado de alegria e descontração.
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No sábado pela manhã, após a dinâmica oracional e o café da manhã, os vocacionados tiveram um tempo oportuno para uma formação sobre os aspectos bíblicos da vocação, conduzida por Frei Edvaldo Batista Soares, além de ouvirem e refletirem sobre as etapas do discernimento vocacional e da própria formação religiosa na Província. Aproveitando o tempo bom na terra da cebola, a tarde de sábado foi reservada para um momento de esporte e lazer, o que agradou a todos. Já encerrando o dia, houve a reflexão e preparação para a missa do domingo e um filme sobre a vida de São Francisco. Por fim, na missa Solene de São Pedro e São Paulo, presidida por Frei Diego Melo e concelebrada por Frei Miguel da Cruz, a comunidade de Ituporanga fez-se presente e pode também rezar pelas novas vocações que o Senhor tem nos confiado, além de dar a bênção de envio para os aspirantes que naquele domingo terminavam o seu primeiro semestre e se dirigiam
para um tempo de férias e convivência com a família. Após o almoço todos se dirigiram para as suas cidades, onde poderão dar continuidade ao seu discernimento vocacional. Assim, nesse último final de semana encerrou-se o ciclo de três encontros vocacionais regionais da Província, que sempre acontecem no final do primeiro semestre. Nesse ano, tivemos a alegria de acolher mais de 60 vocacionados, distribuídos nos encontros de São Paulo, Petrópolis e Ituporanga. Agora a próxima etapa é aguardá-los para o Estágio Vocacional que acontecerá no final de setembro e em novembro e que encaminhará definitivamente aqueles que no próximo ano ingressarão em nossos seminários. Que o bom Deus possa continuar confirmando esses jovens na sua vocação e que eles sejam sempre muito bem acolhidos em nossas fraternidades. Rodrigo Junges Vocacionado
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SÃO PAULO: 25 JOVENS VOCACIONADOS
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ão Francisco de Assis, no capítulo 9 da Regra Não Bulada, assim orienta seus frades: “E devem estar satisfeitos quando estão no meio de gente comum e desprezada, de pobres e fracos, enfermos e leprosos e mendigos de rua”. Esse pedido de nosso Seráfico Pai certamente também é um bom critério de discernimento vocacional, pois amar os pobres e escolhê-los como opção preferencial coloca a todos nós em sintonia com o desejo do Francisco de nossos dias, o Papa, que sonha com uma “igreja pobre e para os pobres”. E foi dentro dessa certeza que nesse último final de semana, de 17 a 19 de junho, estiveram reunidos 25 vocacionados (23 de SP e 2 do PR), no Convento São Francisco, em São Paulo – SP, para realizarem o seu Encontro Vocacional Regional. A princípio, esse encon-
tro já estava marcado e agendado para acontecer no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá – SP, como todos os anos acontece. No entanto, tendo em vista a abertura das portas de nosso convento, por meio do SEFRAS (Serviço Franciscano de Solidariedade) para a acolhida emergencial para o pernoite dos moradores de rua du-
rante esse tempo de frio, bem como o envolvimento direto de toda a nossa fraternidade nessa missão, nasceu a ideia de transferirmos o encontro de Guaratinguetá para São Paulo. Tal mudança também foi ao encontro do pedido do último Capítulo Provincial que orientou para que se fizesse uma animação vocacional a partir das nossas 5 Frentes de Evangelização, apresentando aos jovens o modo concreto de vivenciar e concretizar o carisma franciscano nos dias de hoje. E assim o foi... Depois da correria para preparar a casa para acolher a todos, limpeza dos quartos, compras realizadas, reformulação e adaptação do programa do encontro, recebemos os jovens provindos das diferentes fraternidades para um final de semana de convivência, reflexão, oração e principalmente da experiência concreta do AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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‘Vinde e Vede’ proposto por Jesus. Acolhidos pela fraternidade, os vocacionados ao longo do sábado puderam conviver com os frades, partilhar dos momentos de oração, leitura orante da Palavra de Deus e também dos afazeres domésticos. No entanto, o momento mais esperado era poder descobrir o rosto de Deus na pessoa dos irmãos moradores de rua, durante o chá da tarde, que é servido para mais de 300 assistidos, bem como na acolhida dos 100 que atualmente também estão pernoitando conosco. Corte de cabelo e de unha, preparação dos alimentos, acolhida, escuta, encaminhamento para o banho, cadastramento e distribuição de rou-
pas foram as maneiras concretas de os vocacionados também fazerem a experiência do que é ser franciscano, do que realmente significou para São Francisco beijar e se deixar beijar pelo leproso e de o quanto aquele gesto foi decisivo no seu processo de discernimento vocacional. No domingo pela manhã, cuja liturgia fazia ressoar a pergunta de Jesus: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”, os vocacionados foram acolhidos pela Fraternidade Franciscana de São Francisco das Chagas para a Celebração Eucarística, presidida por Frei Gustavo W. Medella e concelebrada por Frei Diego Atalino de Melo. Mesmo concluindo o nosso en-
contro logo após o almoço de domingo, um grupo de vocacionados quis permanecer no convento para ajudar em mais uma noite como voluntários no serviço acima descrito. Por fim, certos de que a verdadeira animação vocacional acontece a partir da vivência concreta da fraternidade, através do testemunho alegre e convicto de nossa própria consagração, rogamos a Deus que esse encontro tenha ajudado nossos jovens a ter cada vez mais clareza da beleza da vida franciscana e a responder com convicção ao chamado que o Senhor lhes faz. Frei Diego Atalino de Melo
CURSO DE FRANCISCANISMO O Rosto da Misericórdia em São Francisco e Santa Clara de Assis
De 11 a 14 de outubro de 2016 Rondinha – Campo Largo – PR
Inscreva-se Por ocasião do “Ano Santo da Misericórdia”, promulgado pelo Papa Francisco, a Fraternidade Franciscana São Boaventura Rondinha – Campo Largo – PR, oferece um Curso sobre o Rosto da Misericórdia em São Francisco e Santa Clara de Assis. Mais informações no site da Fraternidade São Boaventura: www.franciscanosrondinha.com.br
Frei João Mannes
Fraternidades
REGIONAL DO ESPÍRITO SANTO SE REÚNE NO MOSTEIRO DAS CLARISSAS
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o dia 13 de junho, festa de Santo Antônio, o Regional do Espírito Santo celebrou o segundo Regional, em Colatina, numa sala do Mosteiro da Santíssima Trindade, das Irmãs Clarissas, na presença do Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel. As Fraternidades do Convento e do Santuário madrugaram em Vila Velha para viajar no trem Vitória-Minas, que parte às 7h00 da manhã. Retornaram de trem, saindo de Colatina às 18h08. Frei Gilson, coordenador do Regional e guardião de Colatina, deu as boas-vindas, o horário do dia e o programa do encontro e abriu quinze minutos de oração. Comentaram-se alguns pontos da Ata e depois passou-se então a palavra a cada Frade. Entre outros pontos, o aniversário de 80 anos Frei Pedro Engel em agosto e a visita de trabalho feita por Frei Roger Brunório e a possibilidade de reabertura do Museu do Convento, porém, com outro nome, que poderia ser Centro Cultural. Para abrir como Museu, haveria muitas exigências legais, que o Convento não teria condições financeiras de suportar. Disse também do desejo de valorizar melhor a Sala dos Ex-Votos e a possibilidade de algum restauro das ruínas da senzala para facilitar visitas guiadas. Frei Paulo Pereira mostrou preocupação com o acolhimento dos romeiros. O Convento da Penha não precisa de publicidade, mas precisa muito melhorar o acolhimento dos que chegam, desde mostrar o caminho até falar do sentido histórico do lugar. Também foi destaque a notícia de que os confrades de Colatina assumiram temporariamente a assistência à Paróquia da Sagrada Família no Córrego
do Ouro, com suas 35 comunidades. O Conselho Paroquial com dois diáconos farão toda a parte administrativa. Os Frades farão só a parte sacramental. Assumiram, a pedido do Bispo, como um gesto de misericórdia neste Ano Santo da Misericórdia. Falou-se das Missões que os jovens de Colatina pregarão na paróquia do Rosário em Vila Velha de 16 a 18 de setembro. Frei Mário Stein perguntou se o Santuário ou o Convento poderão financiar o ônibus de 50 lugares para o deslocamento dos missionários de Colatina a Vila Velha. Tanto o Santuário quanto o Convento responderam positivamente na ajuda de custo. A esta altura a reunião foi ocupada pelo almoço com as Irmãs. Na parte da tarde, estudamos o Plano de Evangelização da Província. Todos tiveram a oportunidade de comentar cada uma das partes. Foi opinião unânime de que nosso Plano de Evangelização está excelente em seu conteúdo e suas propostas, aguardando que nós as cumpramos na alegria fraterna e na disponibilidade de serviço. Frei Fidêncio contou ter entregado nosso Plano ao Ministro Geral, quando o encontrou na UCLAF, e que o Ministro
mostrara expressiva alegria por a Província ter chegado em Capítulo a um plano tão claro e factível na atualidade. Frei Gilson, coordenador do Regional, propôs retomarmos o assunto no próximo encontro, com a vantagem de então já cada Fraternidade ter elaborado seu Projeto de Vida e Missão, em que necessariamente entrarão, e de forma pontual, as propostas do Plano de Evangelização. Ficamos de aprofundar as Partes primeira, segunda e terceira no próximo capítulo. Frei Fidêncio lembrou que a palavra ‘prioridade’ pode não expressar o que queremos e propõe que falemos em ‘urgências’. Frei Gilson agradeceu a Frei Fidêncio a visita às três Fraternidades e sua participação no Capítulo Regional. Às 16h00 nos reunimos com a OFS de Colatina e as Irmãs na Capela do Mosteiro para concelebrarmos a Missa da Festa de Santo Antônio, que foi presidida por Frei Fidêncio. Com esta Eucaristia se encerrou o segundo Capítulo do Regional. O Encontro Recreativo no final do ano vai ser um passeio de escuna. Frei Clarêncio Neotti AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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ENCONTRO DO REGIONAL DO VALE DO ITAJAÍ
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ia 20 de junho, as fraternidades franciscanas do Regional Vale do Itajaí se reuniram na residência da Fraternidade do Balneário Camboriu, para realizar seu segundo encontro fraterno de 2016. Só dois confrades estiveram ausentes: um, por questão de idade avançada, e outro por motivo de viagem. A alegria e a descontração humano-fraternas foram marcantes.
A presença do Definidor Provincial Frei João Francisco da Silva, que se deslocou de Guaratinguetá ao Balneário nos contagiou por seu compromisso assumido. Agradecemos. Constatou-se também a excelente acolhida da fraternidade de Balneário Camboriú, com a alegria de Frei Ladí Antoniazzi, o café da manhã, a oração, bem como o almoço. Refinados! A preparação e condução do Re-
FOTO DO ENCONTRO REGIONAL ANTERIOR NO NOVICIADO DE RODEIO
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gional pelo coordenador, Frei Nelson José Hillesheim, mereceu elogios. O tema de estudo foi: “Cultivo da qualidade de vida e das relações fraternas”, texto elaborado a partir das palestras abordadas na reunião dos guardiães e coordenadores. Constatou-se a importância das orientações para melhorar o cuidado da saúde, da espiritualidade, das relações fraternas e do exercício da liderança.
Fraternidades
REGIONAL DO CONTESTADO SE ENCONTRA PELA SEGUNDA VEZ NO ANO
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epercutindo as questões surgidas na Reunião entre o Definitório e os Coordenadores dos Regionais, realizada no final de junho em São Paulo, os frades do Regional do Contestado refletiram sobre a importância deste espaço de encontro para a animação da vida da Província. O encontro se realizou nos dias 4 e 5 de julho, em Piratuba, SC. Entre os muitos pontos abordados, os confrades acharam por bem reservar um momento nos próximos encontros para que cada fraternidade possa apresentar em linhas gerais o seu Projeto Fraterno de Vida e Missão. Foi destacado também que, em relação às cinco frentes de evangelização assumidas e confirmadas pela Província nos dois últimos capítulos, o Regional do Contestado tem sua marca evangelizadora concentrada fortemente na Frente das Paróquias e Santuários. No que diz respeito à urgência e a necessidade do redimen-
sionamento, há clareza de que opções precisam ser feitas. No entanto, nota-se também, a dificuldade de se assumir esta discussão a partir de opções concretas que brotem dentro do próprio Regional. Desafios como a falta de frades, as fragilidades de saúde e as grandes extensões atendidas pelas paróquias dão mostra de que se faz mais do que necessária uma redistribuição de forças. No entanto, quando a reflexão se direciona para ações concretas
de se desfazer de presenças locais, existe ainda certa dificuldade em se tratar do assunto. Além dos momentos de estudo, partilha e reflexão, os encontros do Regional do Contestado têm como marca um considerável tempo para o lazer e a convicência fraterna dos confrades, e assim mais uma vez aconteceu. O próximo encontro está marcado para os dias 26 e 27 de setembro, também em Piratuba.
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Fraternidades
REGIONAL DE PATO BRANCO SE REÚNE EM CHOPINZINHO
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Regional de Pato Branco teve encontro em Chopinzinho, dia 11 de julho, com os frades locais, mais os de Mangueirinha e Pato Branco e do Definidor Frei Gustavo Medella. No decurso da manhã o grupo se deteve no estudo do subsídio “Regional, seu espaço nos relatórios do Capítulo Provincial, nos Estatutos Particulares, no Plano de Evangelização e no Projeto Fraterno de Vida e Missão”. Repassado e comentado, o texto provocou o grupo. Logo no início do debate, um questionamento: “O que impede os Regionais de uma ação mais efetiva na animação da Provín-
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cia?” Seria a prevalência do “pessoal” sobre o “fraternal?” No vai e vem das opiniões, o grupo optou por uma forma concreta de motivar a participação mais efetiva de todos: prolongar a duração dos encontros. Já o próximo regional, dia 19 de setembro, em Mangueirinha, terá início às 8h00 e término às 16h00. Ao final, Frei Gustavo referiu-se ao Regional, como instância capaz de ajudar a Província na busca de alternativas em questões diversas, como o tema do redimensionamento e a reflexão em torno de nossa vida e missão. Momento sempre agradável é a partilha das fraternidades. Percebe-se
o esforço e criatividade em bem acolher, conviver e servir, entre si, e nas comunidades! Caro leitor! Você sabia que a evangelização do Sudoeste do Paraná começou, lá por 1900, obra dos frades alemães, aqueles da restauração da Província? Por isso, as atuais fraternidades na região assumiram – por todos os meios – a missão de manter, vivo e luminoso, o fogo daquela chama pioneira. Paz e Bem a todos! Dos confrades de Mangueirinha, Chopinzinho e Pato Branco. Frei Nelson Rabelo Foto: Frei Raoni de Freitas
Fraternidades
ENCONTRO DAS FRATERNIDADES DO REGIONAL LESTE-CATARINENSE
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Regional Leste-Catarinense esteve reunido nos dias 4 e 5 de julho, segunda e terça-feira, na Fraternidade Santo Amaro, em Santo Amaro da Imperatriz (SC). O encontro fraterno de dois dias foi propício para a alegria do reencontro dos irmãos, para a oração em comum, na partilha das conquistas e dos desafios da missão, para a revisão e aprofundamento de nossa forma de vida. O encontro de nosso Regional tem sido, para nossas fraternidades, essa riqueza de valores. Devido ao remanejamento de nossos Definidores pelos Regionais da Província, tivemos a fraterna presença do Definidor Frei João Mannes. Ele acompanhará nosso Regional ao longo deste triênio. Expressamos também nosso agradecimento a Frei José Francisco de Cássia dos Santos que acompanhou nosso primeiro encontro do Regional. Participaram conosco também os quatro frades estudantes do tempo da Filosofia que realizam seus estágios nas fraternidades: Frei Jean Santos da Silva e Frei Thiago da Silva Soares, em Forquilhinha, e Frei Douglas da Silva e Frei Heberti Senra Inácio, em Santo Amaro da Imperatriz. O coordenador do Regional, Frei Ivo Müller, propôs como estudo formativo a leitura dos seguintes textos: O Regional, seu espaço nos relatórios do Capítulo Provincial; O Regional nas orientações dos Estatutos Particulares da Província; O Regional e o projeto Fraterno de vida e missão e o Regional e o Plano de Evangelização. Os textos provocaram em nós boas considerações. Quanto ao Regional, foi lembrada de sua importância, pois, além de ser um meio de encon-
tro com os confrades mais próximos, é também uma extensão do capítulo local. Sobre o projeto de vida e missão das fraternidades percebeu-se que todas as casas estão em processo de elaboração e que o Capítulo Local tem sido realizado com frequência. Foi sugerida para os próximos encontros do Regional a partilha do projeto de vida e missão da fraternidade que estiver acolhendo. Abrimos espaço para um diálogo sobre o tema do redimensionamento. Algumas sugestões e ideias foram apresentadas em nível provincial e
regional. Em nível regional, passos importantes já vêm ocorrendo, como a entreajuda das fraternidades mais próximas diante das necessidades que vêm surgindo. Também foi vista, como positiva a transferência de Frei Gentil de Lima Branco, da Fraternidade Nossa Senhora da Conceição, em Angelina, para a Fraternidade Santo Antônio, de Florianópolis. Dentro do próprio Regional foi possível remanejar as duas fraternidades. Nosso próximo encontro está agendado para a Fraternidade de Angelina, nos dias 12 e 13 de setembro. Antes, porém, nos encontraremos para celebrar com a Fraternidade de Florianópolis o Jubileu de 50 anos da Paróquia Santo Antônio, no dia 30 de agosto. Ao término do Regional, aproveitamos o final da manhã de terça-feira, dia 5, para o convívio fraterno em um “pesque-pague”, tendo a oportunidade de caminhar e contemplar a natureza. Em seguida, desfrutamos de um saboroso almoço. Agradecemos a Deus e a todos pela disposição em mais este encontro de nosso Regional. Frei Daniel Dellandrea AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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REGIONAL SÃO PAULO SE REÚNE EM AMPARO
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o dia 20 de junho, os frades do Regional de São Paulo reuniram-se em Amparo para celebrar o segundo encontro fraterno do ano. Após a oração inicial, foi realizada a leitura do texto “Cultivo da qualidade de vida e das relações fraternas”, fruto do último Encontro dos Guardiões e Coordenadores em Agudos. Após uma reflexão acerca da importância do cultivo dos laços fraternos, as fraternidades tiveram oportunidade de partilharem suas conquistas nestes primeiros meses após as transferências terem sido efetivadas. Frei Evaristo Spengler, nomeado bispo da Prelazia do Marajó, terminou o momento de partilha, colocando suas primeiras impressões colhidas na visita à sua futura realidade, bem como os desafios que a Igreja local enfrenta. O encontro encerrou-se com o almoço oferecido pelas voluntárias da Paróquia de São Benedito. Frei Roger Strapazzon
ENCONTRO DO REGIONAL DE AGUDOS
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s Frades estiveram reunidos no dia 4 de julho em Sorocaba, São Paulo, na Fraternidade Franciscana Bom Jesus dos Aflitos, para o encontro regional. Houve momento para o cultivo da oração, reflexão em grupo, relato das fraternidades e encontro fraterno. Falou-se das prioridades do sexênio, bem como do empenho pessoal e da fraternidade na elaboração do Projeto de Vida e Missão à luz do carisma franciscano. É preciso revigorar a animação vocacional, com o SAV Provincial - Serviço de Animação Vocacional, como missão da Fraternidade. Após um delicioso almaço, os frades retornaram para as suas casas. Que Deus nos conceda sua proteção e bênção, em Francisco e Clara de Assis. Com votos de paz e bem!
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Frades do Regional Rio de Janeiro e Baixada se reúnem em Niterói
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o dia 04 de julho os frades do Regional Baixada e Rio de Janeiro reuniram-se na fraternidade Porciúncula, em Niterói, para seu segundo encontro regional do ano. Alguns frades já haviam chegado na véspera. O Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel também participou deste encontro fraterno. O Coordenador, Frei James Girardi, apresentou uma breve reflexão sobre a realidade, função e responsabilidades do Regional. Como o Coordenador havia sido transferido de Regional, Frei Salésio Lourenço Hillesheim, Vice-Coorde-
nador, assumiu a função de Coordenador. Como Vice-coordenador foi eleito Frei Clauzemir Makximovitz. A partilha da vida das fraternidades mostrou um Regional que tem uma boa qualidade de vida fraterna. Os desafios, que também existem, decorrem, em sua maior parte, da própria realidade sócio-econômica onde a maioria das fraternidades deste Regional estão inseridas, como a violência, as desigualdades, a pobreza, o abandono da parte do poder público. Mas, no geral, constata-se que há um empenho e um entusiasmo dos frades numa evangelização
de rosto franciscano. Em contrapartida, há também um grande carinho da parte daqueles a quem servimos pastoralmente. Outra questão que foi levantada no Regional, mas que representa um desafio a toda a Província, é o Redimensionamento. Os trabalhos continuam os mesmos, e até aumentam, mas o número de frades diminui cada vez mais. Para encerrar o encontro, um delicioso almoço, regado a um bom copo de vinho, serviu para estreitarmos os laços fraternos. Frei Sandro Roberto da Costa AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Fraternidades
FESTA DO PADROEIRO DE XAXIM
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padroeiro da cidade de Xaxim, o santo protetor da juventude e dos estudantes, São Luiz Gonzaga, foi celebrado no dia 19 de junho na Paróquia depois da celebração de um Tríduo preparatório, que começou no dia 14 de março. A Celebração Eucarística, às 10h30, foi presidida pelo pároco Frei Alex Ciarnoscki e concelebrada por Frei Vitalino Piaia. A animação litúrgica esteve sob os cuidados da Equipe de Liturgia São Cristóvão, do Bairro Ari Lunardi. Na verdade, Frei Alex lembrou
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que São Luiz é celebrado na Igreja no dia 21 de junho. O santo também é “padroeiro dos seminaristas”. Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos, mas com pouco mais de vinte anos faleceu de uma peste que havia se espalhado em Roma, sem conseguir realizar o sonho do sacerdócio. Depois da parte religiosa, a festa continuou no salão paroquial, onde os fiéis paroquianos puderam saborear um “porco à paraguaia”. Frei Alex aproveitou a ocasião para um agradecimento especial a todas as pessoas que colaboraram com este
evento paroquial, onde o espírito de comunidade prevaleceu, revistido em doações. Segundo informações, foram vendidos mais de 700 ingressos, o suficiente para deixar o salão paroquial repleto de pessoas. Foi uma belíssima festa familiar, mesmo com a disputa das torcidas pelos bolos. O mais importante mesmo foi o ambiente de confraternização, respeito, harmonia e celebração, independentemente do valor dos bolos. Quem ganhou mesmo foi São Luiz Gonzaga! Valnei Brunetto
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FREI POLICARPO ABENÇOA TOCHA OLÍMPICA
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á muito tempo os pato-branquenses se preparavam para um dia de festa, pois a tão esperada Tocha Olímpica iria passar pelo município. E foi com muita emoção, alegria e gratidão que, na tarde do dia 2 de julho, Pato Branco parou para receber a Tocha Olímpica das Olímpiadas do Rio 2016. Mas não foi só isso não Frei Policarpo Berri, que há 60 anos mora na cidade, e que é conhecido por todos, foi homenageado e, em sinal de seus trabalhos, recebeu do município uma placa que marca essa data tão importante. Pato Branco foi uma das seis cidades do Paraná e uma das 300 do Brasil a realizar a celebração com o percurso da Tocha Olímpica. Um comboio de 20 veículos foi utilizado para atravessar toda a cidade, passando pela Praça Presidente Vargas, endereço da Igreja Matriz São Pedro Apóstolo e de um memorial que conta a história da cidade. A tocha também foi conduzida dos carrinhos de rolimãs, uma referência às brincadeiras de rua, e de uma máquina conhecida como empilhadeira, em homenagem aos trabalhadores da área industrial do município. Inelci Matiello é jornalista esportivo há 60 anos e foi um dos condutores da Tocha Olímpica de carrinho de rolimã. Começou fazendo sonoplastias em programas, e atuou como repórter. Atualmente comanda o programa Bate Bola, na TV Sudoeste do Paraná, Rede Celinauta de Comunicação. Foi o primeiro radialista da região sudoeste do Paraná a transmitir uma partida de futebol no Maracanã, no jogo Brasil e Alemanha, em 1977.
Segundo o site oficial das Olimpíadas Rio 2016, “a Chama Olímpica é um importante símbolo dos Jogos. Representa a paz, a união e a amizade. A tocha, por sua vez, é usada
para passar a chama de um condutor para o outro durante o revezamento até o acendimento da pira na cerimônia de abertura. Entre os principais atributos de inovação da Tocha Rio 2016 estão os segmentos que se abrem, revelando elementos da brasilidade: diversidade harmônica, energia contagiante e natureza exuberante”. No palco ao lado da matriz, no centro da cidade, o silêncio ganhou lugar entre as fanfarreias bandas, e Frei Policarpo, já conhecido pelos seus numerosos feitos, invocou a bênção de São Francisco sobre todos os presentes, pedindo por “todos os povos do mundo, todas as pessoas que participam deste evento extraordinário que são os Jogos Olímpicos”, como também a cidade e, especialmente, a Tocha Olímpica. Frei Augusto Luiz Gabriel e Frei Raoni Freitas da Silva AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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JUBILEU EPISCOPAL
D. PAULO: “DEUS É
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m dia de festa para a Arquidiocese de São Paulo, para a Província Franciscana da Imaculada Conceição e para toda a Igreja. Cardeais e bispos de todo o Brasil, o clero, religiosos e religiosas, autoridades, leigos e familiares se reuniram na Catedral da Sé para celebrar os 50 anos da Ordenação Episcopal de Dom Paulo Evaristo Arns. A missa foi presidida por Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo da Arquidiocese de São Paulo, Dom Giovanni D’Aniello, Núncio Apostólico no
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Brasil, Dom Claudio Hummes, Arcebispo emérito da Arquidiocese de São Paulo, Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário Geral da CNBB, Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Orani Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Raymundo Damasceno, Arcebispo de Aparecida, Dom João Bosco, Bispo da Diocese de Osasco, entre outros. Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, estava com sua esposa Ana Estela Haddad. A senadora
Marta Suplicy, a deputada Luiza Erundina e Gabriel Chalita também participaram da celebração. Além do clero e das autoridades, os leigos se fizeram presentes. Movimentos sociais carregavam faixas e bandeiras, marcando presença neste momento de ação de graças. A cerimônia teve início às 10h e após a procissão de entrada, Dom Paulo Evaristo Arns foi recebido pelos presentes com grande emoção. Com a saúde debilitada, aos 94 anos, o Arcebispo emérito teve disposição de cantar a Oração de São Francisco
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BOM”
dizia: “Não fazer política é a pior maneira de fazer política”, afirmou. A luta de Dom Paulo contra o regime militar foi lembrada durante toda a cerimônia. Padre Fernando Ramiro falou em nome do clero. Ele foi o primeiro padre ordenado por Dom Paulo, recordou que o franciscano dizia que um frade menor não deveria ser um irmão maior. Mas que a graça de Deus agiu na vida da cidade de São Paulo através da ação de Dom Paulo. O sacerdote recordou que Dom Paulo permaneceu 28 anos à frente da Arquidiocese de São Paulo, o episcopado mais longo do século XX e agradeceu pela coragem do Cardeal. “Vossa Eminência foi uma das poucas vozes do episcopado brasileiro naqueles anos de chumbo a gritar contra as brutalidades da ditadura”, concluiu. Dom Murilo Krieger ressaltou o trabalho do arcebispo em prol dos direitos humanos e afirmou que Dom Paulo ajudou na construção de um Brasil melhor e mais justo. “Naquele momento e naquela circunstância o senhor fez o que precisava ser feito e o fez em nome de Jesus Cristo e dos mais fracos. As gerações atuais têm uma grande dívida para com o senhor. Espero que seu exemplo e seu testemunho em defesa da democracia sirvam de exemplo”, afirmou o Vice-Presidente da CNBB. Em seguida Dom Odilo leu uma mensagem do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. O grande homenageado do dia também falou aos presentes, encorajando-os e afirmando: “Deus é bom”. Dom Paulo falou ainda a respeito da eternidade, e disse que ela “não termina nunca.” Ao final de suas palavras, o arcebispo foi ovacionado. O Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’ Aniello leu a mensagem do Papa Francisco enviada especialmente para a ocasião. O Santo Padre afirmou que se unia à Ordem dos Frades Menores, à Província Franciscana da Imaculada Conceição do
de Assis, animada pelo coral. Esteve durante boa parte do tempo sentado. As homenagens aconteceram logo no início da celebração. Dom Leonardo Ulrich Steiner foi o primeiro a falar. O bispo é primo de Dom Paulo, e falou em nome da família. Chico Whitaker falou em nome dos leigos e recordou uma frase do arcebispo: “Nossos atos é que confirmam as nossas escolhas”. Chico recordou também que na Quarta-feira de Cinzas de 1996, durante a abertura da Campanha da Fraternidade o então arcebispo AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Brasil e à Arquidiocese de São Paulo neste dia. O Papa Francisco agradeceu a Dom Paulo pelo zelo episcopal com todo o povo de Deus, sobretudo na defesa aos direitos humanos, e recordou o Papa Paulo VI e São João Paulo II, que estiveram diversas vezes com Dom Paulo. E concluiu a mensagem dando graças a Deus pela vida e missão do Arcebispo. Em sua homilia, Dom Odilo Pedro Scherer recordou a ordenação episcopal de Dom Paulo Evaristo Arns, que aconteceu no dia 3 de ju-
No alto da página, à èsquerda, os confrades de Dom Paulo na comemoração no Convento São Francisco e, à direita, os seus familiares. Dom Paulo celebrou 50 anos de sua ordenação episcopal.
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lho de 1966, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Forquilhinha (SC). O Cardeal recordou aos presentes um pouco da história de Dom Paulo à frente da Arquidiocese de São Paulo. O lema episcopal Ex spe in spem (De esperança em esperança) foi uma marca, segundo Dom Odilo. “Movido pela esperança cristã, Dom Paulo continuou firme na promoção daquilo que a fé ensina e o amor exige, animando também a comunidade arquidiocesana a caminhar e agir na mesma esperança.
Esta de fato é a atitude própria da Igreja de Cristo, que não esmorece no anúncio do Evangelho, mesmo quando ela precisa ir contra os poderes e a cultura dominante, mesmo quando os frutos não aparecem imediatamente, ou quando isso cobra o preço da perseguição”, ressaltou Dom Odilo. Entre os presentes recebidos por Dom Paulo durante a celebração estavam um belíssimo quadro, que foi entregue pelo Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel e por
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Frei Evaristo Spengler, nomeado bispo da Prelazia do Marajó. Algumas crianças entraram em procissão levando flores a Dom Paulo, que ganhou também um livro comemorativo com fotos de seu trabalho da Arquidiocese de São Paulo. Após a missa Dom Paulo, seus familiares e alguns Cardeais e bispos foram recebidos para um almoço festivo no Convento São Francisco
de Assis. Frei Fidêncio acolheu a todos e disse algumas palavras a Dom Paulo. O frade leu um trecho da carta do Ministro Provincial na época em que Dom Paulo foi nomeado bispo, saudando-o pela nomeação episcopal. “Sua designação para auxiliar em São Paulo se reveste de particular importância – graças a Deus não o mandaram para o mato”, brincava o Ministro Provincial da época.
Frei Fidêncio salientou que não mandaram Dom Paulo “para o mato”, mas para uma selva de pedras repletas de desafios, onde Dom Paulo exerceu seu ministério episcopal de maneira profética, e pediu que Dom Paulo, do eremitério onde vive atualmente, continuasse mandando para a Província a tríplice bênção. Érika Augusto
Convite da Ordenação Episcopal de Frei Evaristo A Prelazia do Marajó, A Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil A Paróquia São Pedro Apóstolo de Gaspar - SC A Família de Victória e José Arno Spengler Convidam para a Ordenação Episcopal de Frei Evaristo Pascoal Spengler, ofm, nomeado Bispo da Prelazia do Marajó, no Pará, a realizar-se no dia 6 de agosto de 2016, às 9 horas, na Igreja Matriz São Pedro Apóstolo, em Gaspar - SC.
Bispo ordenante principal: Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília - DF, e Secretário Geral da CNBB.
Bispos ordenantes:
Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém - PA. Dom Mauro Morelli, Bispo Emérito da Diocese de Duque de Caxias - RJ.
A tomada de posse será no dia 27 de agosto de 2016, às 9 horas, em Soure, Ilha[coMUNICAÇÕES] do Marajó - PA. AGOSTO / 2016
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PARÓQUIA DE AGUDOS: 118 ANOS
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ntre os dias 30 de junho e 3 de julho, a Paróquia São Paulo Apóstolo de Agudos celebrou seus 118 anos de fundação. A festa religiosa contou com tríduo religioso, missa festiva e procissão. Durante o tríduo religioso, os seis setores que compõem a paróquia participaram das celebrações com seus padroeiros, que saudaram a Paróquia e São Paulo Apóstolo, cujo dia foi lembrado em 29 de junho. As missas foram presididas pelo pároco, Frei Silvio Trindade Werlingue, Frei Carlos Pierezan, vigário, e pelo Pe. Antônio Marcos Roque de Carvalho, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Boraceia (SP). As atividades religiosas terminaram no domingo (03), com missa festiva e procissão pelas
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ruas de Agudos. A missa foi presidida por Frei Silvio e concelebrada por Frei Carlos. Durante sua reflexão após o Evangelho, Frei Carlos fez questão de lembrar a todos os presentes sobre o ‘ser cristão’, afirmando ser importante, como fiéis, aprofundar a nossa fé em Deus. “Não basta ser cristão, pois é preciso perguntar qual a experiência que queremos em Deus e a que ele quer para nós”, disse.
Histórico
A fundação da Paróquia São Paulo Apóstolo antecede a criação do município de Agudos. A primeira capela ficava dentro da Praça Coronel Delfino (praça da Matriz), nas proximidades do atual coreto e foi construída entre os anos de 1862 e 1868. De início a Capela de São Paulo Apóstolo era filiada à Paróquia de Lençóis Paulista e, como era de hábito, presume-se que sua inauguração deve ter se dado em 29 de junho (sacrifício de São Paulo). No dia 3 de julho comemora-se a criação da primeira Paróquia da cidade e a designação do seu primeiro vigário, após Faustino Ribeiro (fundador da cidade de Agudos) doar as terras para a criação do Patrimônio São Paulo dos Agudos. Isabela Gaspar
Definitório
VIGÁRIO E DEFINIDOR eleitos
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rei César Külkamp, que atualmente é guardião e pároco em Petrópolis (RJ), foi eleito para o cargo de Vigário Provincial no último encontro do Governo Provincial, encerrado no dia 30 de junho. O frade acolheu a eleição com obediência e reverência à Província. “Não me sinto uma liderança, mas naquilo que puder, vou tentar corresponder a esta confiança que foi depositada em mim”, afirmou. Frei César disse que sente-se um pouco triste por ter que deixar o ofício de pároco, assumido neste ano, na Paróquia do Sagrado Coração, em Petrópolis, mas que faz parte da missão. Além da função de Vigário Provincial, Frei César assume como Secretário da Evangelização. O frade destaca a experiência de pároco como um tempo de aprendizado também para esta nova missão de secretário. “Assumo com este desafio, de aprendizado e de continuidade do processo existente”, conclui. Frei César é natural de Ituporanga, onde nasceu no dia 26 de maio de 1969. Vestiu o hábito franciscano na Ordem dos Frades Menores em 11 de janeiro de 1988 e se tornou professo solene em 24 de setembro de 1993. Foi ordenado presbítero no dia 16 de dezembro de 1995. Frei César tem uma extensa formação acadêmica além de Filosofia e Teologia. Formou-se em Pedagogia na Universidade Católica de Petrópolis (UCP) em 1995 e fez mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Neste mesmo ano, concluiu a pós-graduação em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas. Aos 47 anos, Frei César tem uma história de dedicação à educação e formação religiosa franciscana. Tanto que assumiu a direção pedagógica do
Colégio “Canarinhos” de Petrópolis em 1994, onde ficou até 1999. No final de 2000 foi transferido para Agudos, onde assumiu como reitor e orientador o Seminário Santo Antônio. Em 2003 foi eleito para o primeiro mandato como Definidor (20042006) e foi reeleito para o triênio
2007-2009. No Capítulo de 2009, pela terceira vez, ele foi confirmado como Definidor até o ano de 2012. No Capítulo de 2012, Frei César continuou como Secretário para a Formação e Estudos, assumindo também como guardião da Fraternidade do Sagrado, em Petrópolis. Em 2016, o frade foi eleito Definidor pela quarta vez. Para a sua vaga no Definitório foi escolhido Frei Evandro Balestrin, que é o atual coordenador da fraternidade e pároco da Paróquia Santo Estêvão, em Ituporanga (SC). Com isso, Frei Evandro assume o segundo mandato como Definidor, já que foi eleito no Capítulo de 2012 para este cargo . Frei Evandro nasceu no dia 7 de novembro de 1975, em Água Doce (SC) e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 11 de janeiro de 1996. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 2002 e foi ordenado presbítero no dia 16 de dezembro de 2005. Érika Augusto AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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NOTÍCIAS DO DEFINITÓRIO PROVINCIAL São Paulo, 28 a 30 de junho de 2016
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s 9h00 do dia 28 de junho, ao abrir a reunião do Definitório Provincial, Frei Fidêncio, dando as boas-vindas aos Definidores, os convidou a invocarem as luzes do Espírito Santo por duas especiais intenções: a eleição de novo Vigário Provincial e a realização próxima do Capítulo da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola. O moderador das sessões do Definitório foi Frei Paulo Roberto Pereira, e grande parte dos assuntos tratados segue abaixo.
1) Eleição de Vigário Provincial, de Definidor e de Secretário para a Evangelização
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Devido à vacância decorrente da nomeação de Frei Evaristo P. Spengler para bispo da Prelazia do Marajó, PA, pelo Papa Francisco, no dia 1º de junho, e seguindo o que prevê o artigo 214 dos Estatutos Gerais da Ordem, o Definitório Provincial, reunido na tarde do dia 30 de junho, realizou as eleições necessárias: 1) Para Vigário Provincial, foi eleito Frei César Külkamp; 2) Para Definidor Provincial, substituindo a Frei César, foi eleito Frei Evandro Balestrin; 3) Para Secretário do Secretaria-
do da Evangelização, foi eleito Frei César Külkamp;
2) Definidores por Regionais - readequação 1) Frei Evandro Balestrin: Vale do Itajaí e Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí; 2) Frei Gustavo W. Medella: Pato Branco e Contestado; 3) Frei João Francisco da Silva: Vale do Paraíba e Baixada e Serra Fluminense; 4) Frei João Mannes: Curitiba e Leste Catarinense; 5) Frei José Francisco de Cássia dos Santos: São Paulo e Agudos;
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6) Frei Paulo R. Pereira: Espírito Santo e Rio de Janeiro e Baixada Fluminense;
3) Agradecimento de Frei Evaristo Na manhã do dia 30, Frei Evaristo agradeceu a Frei Fidêncio, aos Definidores, e, na pessoa destes, a todos os confrades da Província pelos anos de convivência e aprendizado. Disse que a sua visão de mundo e de Igreja, o interesse pela vida fraterna, pelos desprovidos da sociedade, entre outras coisas, devem-se à sua formação e vida na Província. Pediu desculpas por não poder cumprir com o que era previsto pelos frades, a partir do Capítulo Provincial. Disse que no processo de se nomear um bispo, geralmente o candidato não é ouvido nas argumentações contrárias à nomeação. Frei Evaristo ainda informou sobre sua primeira viagem à Prelazia, noticiada nas Comunicações de julho. 4) Reunião com os coordenadores dos Regionais Na manhã do dia 29 de junho, após Laudes e Celebração Eucarística celebradas com a Fraternidade do Largo São Francisco, em São Paulo, os Coordenadores dos Regionais se reuniram com os Definidores na sala Santa Clara, para um dia de encontro, partilha e reflexão em torno da missão dos Regionais, enquanto instâncias de animação da vida provincial, e, por consequência, em torno também da missão dos próprios coordenadores, sobretudo após as interpelações do Capítulo Provincial, realizado em janeiro deste ano. A partir de pauta preparada por Frei Fidêncio, ministro e animador da Formação Permanente, os participantes, primeiramente, re-
visitaram partes dos relatórios do último Capítulo que abordam a importância, as dificuldades e os desafios para os Regionais da Província. Pontuou-se: é importante clarear bem as funções, insistir na participação efetiva dos frades, dedicar tempo suficiente para o encontro, e ter o devido cuidado para com a animação vocacional. Depois, foi relembrado em que nossos Estatutos Particulares, aprovados no Capítulo, nos orientam quanto às competências dos Regionais em si e dos seus coordenadores. O “espírito” dos artigos legislativos sempre remete para o favorecimento da comunhão e da qualificação da vida fraterna. Foi abordada a necessidade de os Coordenadores acompanharem as fraternidades na confecção do Projeto Fraterno de Vida e Missão. Vale lembrar que no roteiro para a recomposição do Projeto, o Regional é citado várias vezes. Por fim, perguntou-se como os Regionais poderão contribuir na animação e na dinamização do nosso Plano de Evangelização, que, no seu prólogo, nos pede “que evangelizemos
em fraternidade, como fraternidade e a partir da fraternidade para darmos testemunho da voz do Senhor”. Ideias-força do conjunto de comentários dos confrades: 1) Os Regionais valem sobretudo pela oportunidade de interação, convívio, do “nos vermos”, do “nos olharmos”, tudo o que os nossos meios virtuais de comunicação não substituem. O Regional vai na contramão da tendência a certo isolamento. Ele é experiência da beleza de nossa vida fraterna, forte, profética, assim como o é também o Capítulo Local. 2) O Coordenador exerce um ministério regional, com a função de ajudar os guardiães a animar a vida das fraternidades, mediar conflitos, promover conciliação, levar a ser mais real a integração dos confrades que estão fisicamente mais AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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próximos, nas diversas regiões. Os Coordenadores ajudam a dinamizar e a efetivar nas fraternidades as proposições nascidas no Capítulo. São, de algum modo, promotores da permanente ressonância das decisões capitulares na realidade dos confrades. Em termos de dimensão e número, nossos Regionais são bastante díspares. Cada um tem sua tipicidade, que precisa ser considerada na animação. Talvez seja hora de se redefinirem os Regionais e as fraternidades que os compõem. O pouco tempo dedicado aos encontros, em alguns Regionais, deve-se a certa pressa de voltar para o mundo pessoal, de trabalho, com interesses que, não raro, se sobrepõem aos da comunhão fraterna, com sua beleza e também com seus desafios e agruras. Falta-nos priorizar a alegria do encontro fraterno. É relevante que os Coordenadores, juntamente com os Definidores, proponham o tema principal de estudo e reflexão para cada encontro regional, que, em geral, sempre parte da preocupação com a Formação Permanente. Isso não para “engessar” e uniformizar. No caso, a criatividade é pressuposta, considerando as realidades locais e eclesiais, e os diversos tipos de presença. Surge como prática oportuna nos Regionais, a apresentação pelas Fraternidades do seu Projeto Fraterno de Vida e Missão. É um modo de partilha, socialização, e expressão de comprometimento. Em alguns casos, parece haver tensão entre o Projeto Fraterno e
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os “pendores” pessoais dos confrades, nem sempre exercidos convenientemente. Na questão vocacional isso pode causar descontinuidade no processo de acompanhamento dos candidatos. Daí a importância do itinerário bem feito na recomposição do Projeto Fraterno: com seriedade, sinceridade, abertura de coração, senso de pertença, abnegação e animação. 9) Conviria já fazer uma avaliação, em nível de Regional, da experiência de FAV que algumas fraternidades abraçaram. Há relato de experiência de FAV compartilhada entre mais de uma fraternidade de um mesmo Regional. 10) Há certa ausência entre nós do interesse de participação nas coisas da Província. Nos anos 80 se falava muito em “ouvir as bases”. É uma perda muito grande. Nesse sentido, os Regionais podem voltar ser mais a “voz das bases”. Caso contrário, caímos num descompasso desconstrutivo. É ruim alguém do Definitório ouvir de confrades: “Como vocês, Província, estão pensando ...?” 11) Os Regionais e as Fraternidades deveriam perguntar-se, a partir do Plano de Evangelização, que expressões das 5 Frentes de Evangelização neles e nelas se fazem presentes, e como promover uma interação melhor entre essas Frentes. 12) Questões a serem abordadas em nível de redimensionamento: reencanto e paixão pela vida religiosa, pela vida fraterna, o gosto por se encontrar;
o Regional para além de um encontro formal; retomada constante do Plano de Evangelização; ajuda à Fraternidade Provincial a tomar decisões quanto ao redimensionamento, com discussões sem segundas intenções, sem paixão (não ver só “o meu lugar”, mas o todo da Província); Regional como espaço de discussão de ações políticas, comprometidas, no âmbito provincial; como encarnar de modo qualificado a dimensão evangelizadora do nosso carisma, traduzida, no caso de nossa Província, nas 5 Frentes de Evangelização; como prospectar mais nossas ações e correr menos atrás do “leite derramado”; discussão sobre o que precisamos “deixar” e o que precisamos “abraçar”, para atender à premência de uma Igreja em saída, missionária; Já perto do final da reunião, Frei Fidêncio pediu sugestões aos Coordenadores sobre nomes de confrades que pudessem assumir, no contexto atual, o serviço de Vigário Provincial e o de Secretário para a Evangelização. A título de avaliação, os coordenadores disseram que o encontro foi aberto, bem participado, foi espaço bom de conversa e de partilha, que facilita os encaminhamentos e reflexões junto aos Regionais e fraternidades. Sugeriu-se que haja outra reunião neste ano, no dia 30 de novembro.
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5) Ordenações presbiterais - aprovação Lidos pareceres diversos, o Definitório aprovou que sejam ordenados presbíteros os confrades: Frei Robson Luiz Scudela e Frei Edvaldo Batista Soares. Frei Robson pertence à Fraternidade do Seminário São Francisco de Assis, de Ituporanga, e Frei Edvaldo, à Fraternidade do Largo São Francisco, em São Paulo. 6) Retiro anual – inscrições Os Definidores tomaram ciência dos frades inscritos até o dia 28 de junho para os retiros provinciais neste ano. Os Definidores pedem aos demais confrades – incluindo os da etapa under ten (retiro de Vila Velha) - que ainda não se inscreveram, que o façam nos próximos dias. 7) Reunião da Frente de Evangelização da Comunicação Frei Gustavo informou que houve reunião da Frente da Comunicação, em Petrópolis, no dia 20 de junho, contando com a presença dos seguintes confrades: Frei Gustavo Medella (Coordenador da Frente da Comunicação), Frei Daniel Dellandrea (Vice-Secretário para a Evangelização), Frei Neuri Francisco Reinisch (Fundação Cultural Celinauta), Frei Roberto Carlos Nunes (Fundação Frei Rogério), Frei Volney José Berkenbrock, Frei Gilberto Gonçalves Garcia, Frei Edrian Josué Pasini, Frei Francisco Morás, Frei Ludovico Garmus e Frei Leonardo Aureliano dos Santos (Editora Vozes). Houve um momento de estudo e discussão das Diretrizes da Frente dispostas em nosso Plano de Evangelização, um panorama das empresas, especialmente do ponto de
vista evangelizador, e também algumas sugestões e indicações para o Encontro Provincial da Frente, a se realizar nos dias 02 e 03 de agosto, em Rondinha. Seguem alguns apontamentos: 1) A Província procurou nos últimos anos organizar uma gestão colegiada, evitando o risco de suas empresas ficarem com o poder de decisão de um único frade. Porém, há a necessidade de preparar novos frades para esta demanda no futuro. 2) Valorizamos os leigos como colaboradores e parceiros de nossos projetos. No caso da Frente da Comunicação, mais especificamente nas emissoras e na editora, eles são destinatário de nossa mensagem e devem ser nossos interlocutores de primeira hora. 3) Apontou-se o risco de, por falta de maior diálogo e interação, multiplicarmos o trabalho de forma desnecessária em nossas Frentes, podendo até cairmos em umas armadilhas que nos podem levar a uma “autopredação”. 4) A importância do trabalho colegiado oferece segurança na partilha das decisões e favorece buscar em comum meios de evangelizar em cada setor. 5) Nossas Frentes de Evangelização e o espírito de criatividade diante dos sinais de nossas presenças também devem orientar nossa ação evangelizadora em Angola. 6) É preciso investir na profissionalização de nossos frades para cada Frente. Como encontrar o equilíbrio entre a necessidade de cada vez mais qualificação e experiência e nosso modo de vida itinerante,
pelo qual somos sempre sujeitos a transferência de lugares e trabalhos? 7) Como Frente de Comunicação, precisamos oferecer oportunidade para os frades estudantes conhecerem nossos trabalhos, através dos estágios pastorais, elaborando projetos com orientação da equipe formadora. 8) Será preciso verificar o perfil, as iniciativas e os interesses dos frades pela Frente da Comunicação. 9) Conceito de Evangelização Como ampliar a noção de evangelização para além do conceito cristão de evangelizar? Entender evangelização somente como ação pastoral catequética é um grande risco. Na Frente da Comunicação, por exemplo, evangelizar é também humanizar, formar opinião pública, provocar uma ação transformadora da sociedade. Sugestão: Ampliar a reflexão em torno do conceito de evangelização em cada uma das cinco Frentes. 10) É importante que haja mais interação entre as Frentes: cada uma estar mais presente nas outras. Nesse sentido, fóruns mais ampliados ajudam a “arejar” e a fecundar mais as discussões.
8) Centro Educacional Terra Santa Petrópolis Os Definidores nomearam a nova diretoria do Centro Educacional Terra Santa, de Petrópolis: presidente – Frei Elói D. Piva; vice-presidente – Frei Ronaldo Fiuza Lima; secretário: Frei José Ariovaldo da Silva; tesoureiro – Frei Luiz Flavio Adami Loureiro. Nomearam também o conselho fiscal, AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Definitório Provincial que é o mesmo da Província: Frei Volney J. Berkenbrock, Frei Carlos J. Körber e Frei Estêvão Ottenbreit. Além disso, em vista de um “diagnóstico” da situação real da instituição e suas perspectivas de futuro, profissionais da Associação Bom Jesus farão uma auditoria no Centro. Ampliando a reflexão para além do Centro, o Definitório discutiu sobre as presenças e trabalhos desenvolvidos pelos frades em Petrópolis, e a viabilidade de redimensionamentos.
9) Transferências 1) Frei César Külkamp – da Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis, para a Fraternidade Imaculada Conceição, de São Paulo, SP, como vigário provincial e secretário do Secretariado para a Evangelização; 2) Frei James L. Girardi – da Fraternidade Nossa Senhora da Boa Viagem, do Rio de Janeiro, para a Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis, como pároco da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus; 3) Frei Jorge Paulo Schiavini – da Fraternidade São Francisco, de Campos Elíseos, Duque de Caxias, para a Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis, como guardião e vigário paroquial; 10) Nomeações 1) Frei Sandro Roberto da Costa – pároco da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, da Rocinha, Rio de Janeiro; 2) Frei Antônio Michels – pároco da Paróquia São Francisco, de Campos Elíseos, Duque de Caxias; 3) Frei Ricardo Backes – assistente espiritual da Frater-
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nidade OFS Santa Clara, de Forquilhinha; 4) Frei Délcio Francisco Lorenzetti – assistente espiritual da Fraternidade OFS de São Francisco de Assis, de Concórdia; 5) Frei Alex César Rodrigues – assistente espiritual da Fraternidade OFS Cristo Rei, de Bauru; 6) Frei Carlos Pierezan – assistente espiritual da Fraternidade OFS Imaculada Conceição, de Agudos;
11) FIMDA – indicações para presidente Levando em consideração o resultado das indicações de nomes para o ofício de presidente da FIMDA, nas atas de 16 e 26 de junho, o Definitório, de acordo com o artigo 118, § 3º, inciso III, dos Estatutos da Fundação, indica, por ordem alfabética, três candidatos para o ofício: Frei Alisson Luís Zanetti, Frei Angelo José Luiz e Frei José Antônio dos Santos. O Capítulo da FIMDA acontecerá de 18 a 21 de julho. 12) Convento São Francisco - reformas Mais de uma vez já se noticiou o projeto de readequação dos espaços do Convento São Francisco. Frei Mário Tagliari esteve na reunião do Definitório na manhã do dia 30. Apresentou planilha de gastos, que foi aprovada, e informou que as obras de reforma já foram iniciadas no 6º andar. Reformas e readaptações estão previstas também para o Convento do Pari e para a Fraternidade de Bragança Paulista, em vista do cuidado dos confrades enfermos. 13) Agenda 2016 – acréscimos e alterações
Novembro 30 – Reunião dos Coordenadores Regionais com o Definitório Provincial (Rondinha); Dezembro 01 e 02 – Jubileus dos confrades (Rondinha);
14) Egressos 1) Deixarão a Ordem nos próximos dias: Frei Gaudêncio C. Choputo Nuna (FIMDA), frade estudante do 2º ano de Teologia, e Frei Cristiano Aparecido Maciel, frade estudante do 1º ano de Teologia. Ambos residem na Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis. 2) Há poucos dias, deixaram o Postulantado: Ednei Sgarbossa e Moisés Rodrigues da Silva. 3) Frei José Carlos da Silva recebeu, em decreto de 15 de junho de 2016, o indulto para deixar a Ordem e incardinar-se na Arquidiocese de Aparecida. 15) Autorizações de viagem Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Djalmo Fuck, Frei Genildo Provin e Frei Diego Atalino de Melo. Encerramento Às 17h30, encerrando a reunião do Definitório Provincial, Frei Fidêncio agradeceu pela disposição do Definidores, considerou terem sido intensas as sessões, agradeceu a Frei César pelo serviço assumido, assim como a Frei Evandro, pelo retorno, e convidou a todos à oração da Ave-Maria. Frei Walter de Carvalho Júnior secretário
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Bom Jesus recebe homenagem na Câmara Municipal de Curitiba
(Da esquerda para a direita): O diretor-geral do Grupo Educacional Bom Jesus, Jorge Apóstolos Siarcos; o vereador Paulo Salamuni; a gerente pedagógica do Colégio Bom Jesus, Giselli Hümmelgen; o presidente do Grupo, Frei João Mannes; o vereador Felipe Braga Côrtes; o vice-presidente do Grupo, Frei Mário José Knapik; o pró-reitor Acadêmico da FAE, Everton Drohomeretski; o diretor de campus da FAE Centro Universitário, Marco Antonio Regnier Pedroso.
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o longo de sua história, o Bom Jesus conquistou o reconhecimento e a confiança da sociedade pela sua proposta de ensino. Hoje, olhamos para o passado de nossa Instituição com sentimento de gratidão a todos os colaboradores que, inspirados nas virtudes franciscanas, dedicaram-se ao nobre propósito de oferecer um ensino de qualidade”, disse o presidente do Grupo Educacional Bom Jesus, Frei João Mannes, durante solenidade promovida pela Câmara Municipal de Curitiba em homenagem aos 120 anos do Colégio Bom Jesus. A sessão solene, realizada na terça-feira (21), por iniciativa dos vereadores Felipe Braga Côrtes, vice-presidente da Câmara, e Paulo
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Salamuni, líder do Prefeito na casa legislativa, reuniu autoridades e funcionários do Grupo Educacional Bom Jesus. Salamuni, em sua fala inicial, ressaltou que a proposição da homenagem foi em reconhecimento ao “pioneirismo do Bom Jesus, que atua na vanguarda do ensino confessional, como o primeiro colégio católico de Curitiba”. Braga Côrtes, por sua vez, lembrou a “importância histórica do Colégio Bom Jesus na formação de cidadãos com valores humanos, que muito contribuíram e que continuam a colaborar com a sociedade curitibana”. O público teve a oportunidade de conferir, ainda, o vídeo institucional do Bom Jesus, que resgatou a trajetória histórica do Colégio e que também
ilustrou como a Instituição trabalha os princípios franciscanos e os valores humanos na formação dos alunos. Gratidão - Ao final, os representantes do Grupo Educacional Bom Jesus foram agraciados com certificados e um diploma de votos de congratulações e aplausos pelas contribuições à cidade de Curitiba nesses 120 anos. “Nossa contribuição é realizada diariamente em sala de aula, na educação de crianças, jovens e adultos, propondo formar cidadãos conscientes de seu papel transformador na vida em sociedade. Somos gratos pela acolhida da sociedade curitibana e pelo reconhecimento das nossas autoridades”, agradeceu o diretor-geral do Grupo Educacional Bom Jesus, Jorge Apóstolos Siarcos.
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USF: NOVAS INSTALAÇÕES NO CAMPUS BRAGANÇA
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UNIFAG (Unidade de Farmacologia e Gastroenterologia) inaugurou no dia 30 de junho, no Campus Bragança Paulista da Universidade São Francisco (USF) seu novo prédio. A nova área tem um espaço de 1300 m², 48 leitos, área para exames complementares, consultórios, salas de coleta, uma Unidade semi-intensiva de Terapia, ainda do suporte do HUSF. A solenidade de inauguração ocorreu na Sala Web do Campus Bragança Paulista. Participaram do evento o diretor presidente da CNSP-ASF, Frei Thiago Alexandre Hayakawa; o reitor da USF, professor Joel Alves de Sousa Júnior; diretor e vice-presidente, Frei Vitorio Mazzuco Filho; o diretor-administrativo, Frei Mário Luiz Tagliari; o diretor secretário, Frei Nilo Agostini; o diretor executivo da CNSP-ASF, Jorge Apóstolos Siarcos; a pró-reitora de ensino, pesquisa e extensão (PROEPE), professora Iara Andrea Alvares Fernandes; o pró-reitor de administração e planejamento (PROAP), Adriel
de Moura Cabral; diretora do campus Bragança Paulista e professora Márcia Aparecida Antônio, além da presença do coordenador da UNIFAG, Dr.José Pedrazzoli Junior, docentes e colaboradores. Na UNIFAG são desenvolvidos pesquisas e certificações para o uso de medicamentos genéricos no Brasil, sempre com a missão de contribuir para a política de saúde pública e desenvolvimento da ciência. Sendo um dos principais centros de prestação de serviços de bioequivalência e biodisponibilidade do Brasil. As novas instalações foram planejadas para pesquisas e estudos mais complexos, que possam atender os desafios da indústria farmacêutica. “Uma nova estrutura se fazia necessária. Com o aumento da complexidade dos estudos e um maior número de voluntários participantes. O fluxo de trabalho será mais fácil para os participantes e equipe de
trabalho. Com aspectos de segurança que passam a ser melhores”, afirmou Dr. José Pedrazzoli.
Reunião da Frente de Evangelização na Educação Na quarta feira, dia 22 de junho, das 9h às 16h, reuniram-se na USF os frades da Província, que trabalham na Frente de Evangelização na Educação. Estiveram presentes: Frei João Mannes, Definidor, Presidente da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus e coordenador da Frente de Educação; Frei Mário José Knapik, da AFESBJ/ FAE; Frei Claudino Gilz, FAE; Frei César Kulkamp, Vigário Provincial; Frei Thiago Hayakawa, USF; Frei Nilo Agostini, USF; Frei Vitorio Mazzuco, USF; e Frei Daniel Dellandrea, vice-secretário para a Evangelização.
Na pauta, reflexão sobre o Plano de Evangelização da Província e o que se refere à Frente de Evangelização Franciscana na Educação. Cada entidade fez um relatório de suas atividades e projetos. Como assunto principal foi organizado em termos de conteúdos, dinâmica e assessoria o Encontro Pro-
vincial da Frente da Educação, que será realizado em Rondinha, Campo Largo, PR, nos próximos dias 14 e 15 de setembro. Na parte foram feito os primeiros encaminhamentos do II Congresso Nacional de Educação Franciscana. A partir das 16h, os frades, juntamente com o Reitor da USF, professor Joel e os pró-reitores, Iara e Adriel, guiados pelo Rodrigo Ribeiro Paiva, assessor administrativo do Campus, fizeram um giro por todo o Campus de Bragança, para ver as atividades, as salas, laboratórios e as novas construções e reformas. AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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ENCONTRO COM POVOS INDÍGENAS De 7 a 10 de junho tivemos a oportunidade de participar de um Encontro de Diálogo entre a Igreja Católica e Povos Indígenas da região da tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru). O encontro foi promovido pela REPAM (Rede Eclesial Panamazônica) e pelo CIMI. Quero apenas comentar que ficou bem visível a fragilidade do Peru, onde os indígenas estão menos
organizados, têm menos consciência de pertença, estão mais vulneráveis em suas culturas, estão mais esquecidos pelo governo, mais abandonados pela Igreja e mais carentes de missionários. Percebi que estamos no lugar que mais precisa, que é lugar certo pra missão. Frei Atilio Battistuz - Tabatinga, 10 de junho de 2016.
ÍNTEGRA DA CARTA COMPROMISSO ENCONTRO DOS POVOS INDÍGENAS – FRONTEIRA BRASIL, COLÔMBIA E PERU Rede Eclesial Panamazônica (REPAM) Carta Compromisso Reuniram-se em Tabatinga/AM/ Brasil, nos dias 7 a 10 de junho de 2016, num encontro de diálogo para definir uma agenda comum em defesa da Amazônia e de seus povos, 91 pessoas, entre lideranças indígenas e lideranças religiosas da tríplice fronteira Colômbia, Peru e Brasil. Contamos com a presença de participantes dos povos Kambeba, Kaixana,
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Kokama, Ticuna, Matis, Mayoruna, Kulina, Miranha, Kanamari, Marubo, Yagua, Uitoto, Bora e Quichua e dos delegados do Vicariato de San José/Peru, do Vicariato de Letícia/Colômbia, da Diocese do Alto Solimões, Amazonas/Brasil, do Cimi, Equipe Itinerante, projeto missionário da CRB, das Congregações religiosas (Maristas, Franciscanas, Ursulinas, Lauritas, Capuchinhos, OFM, Cônegas e Jesuítas), das Caritas (Brasil, regional Norte I, Colômbia, Equador e Espanha) e da Rede Eclesial Pan Amazônica, REPAM (eixo povos indígenas, eixo de Igre-
jas fronteiriças, eixo formação e métodos pastorais, eixo de comunicações, eixo de Redes Internacionais, REPAM nacionais do Colômbia, Brasil e do Equador, e do comitê executivo e seu secretariado). Foi positiva a presença próxima e ativa dos Bispos de Leticia e Alto Solimões durante o encontro. Estiveram também presentes lideranças indígenas do Rio Negro/Brasil dos povos Baniwa e Arapaço representando o Foreeia e a Umiab e professores da Universidade Federal do Amazonas e Universidade Estadual do Amazonas.
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Durante o encontro organizado na forma de mesas de diálogo entre os líderes indígenas e líderes da Igreja Católica em torno dos temas território (tema central), cultura, educação escolar indígena, desafios da fronteira e alianças, e para partilhar as diversas espiritualidades e vivências religiosas presentes, foi feita uma análise conjunta da realidade da região fronteiriça e da Panamazônia destacando os principais desafios socioambientais, orientações para a relação da Igreja com os povos indígenas e estratégias de ação conjunta para responder a estes desafios. Principais Desafios - Defesa do território diante das leis que ameaçam os direitos dos povos, dos megaprojetos de infraestrutura e exploração econômica como as hidrelétricas, hidrovias, estradas, mineração, exploração de gás, petróleo e madeira e o desmatamento para os monocultivos agrícolas e a criação de gado, bem como frente às invasões e os problemas sociais provocados pelas atividades ilegais, como o tráfico humano e o narcotráfico. - O desafio do fortalecimento cultural considerando a reprodução de formas de dominação, a migração dos jovens, as práticas produtivas inadequadas, as dificuldades econômicas, a perda da língua de cada povo, e outras expressões culturais, as mudanças nos hábitos cotidianos, uso inadequado das tecnologias, alcoolismo, a discriminação, a presença negativa de algumas expressões de igrejas/seitas, impactos negativos pelos modelos de atenção em saúde e educação, que não respeitam a identidade cultural. - O desafio de fortalecer os planos de vida alternativos aos grandes interesses econômicos e políticos e a autonomia dos povos indígenas, mediante processos de formação social e política. Orientações para a relação da Igreja/ REPAM com os povos indígenas Uma Igreja que tem uma presença próxima, que conhece a realidade, que
compreende os povos indígenas, que caminha junto com as comunidades, que contribui com a preservação e a valorização da cultura, que apoia a formação social e política, seja espaço de interação e participação, companheira, aliada e solidária, cultural e espiritualmente enraizada e não fincada e de costas para o povo, transgressora da ordem opressora, com coragem e compromisso, uma Igreja do nosso jeito e com nosso rosto. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO CONJUNTA Propostas Gerais • Criar uma Comissão conjunta de povos indígenas e Igreja na tríplice fronteira Colômbia/Peru/Brasil para articular e responder aos principais desafios do território; • Garantir a presença de jovens nas comissões; • Enviar os materiais e sínteses deste encontro a todos os participantes; • Confirmar a estrutura da comissão animadora. Território • Fortalecer ou criar processos de formação referentes a políticas públicas, conhecimento das legislações respectivas que afetam em nível local, nacional, regional e internacional; proteção dos direitos dos povos indígenas (principalmente direito a consulta Convenção 169 da OIT), e defesa do território frente a megaprojetos e outras invasões. Conhecer, acompanhar e exigir as recomendações que as organizações internacionais fizeram aos nossos países em relação ao território e aos povos indígenas; • Elaborar uma recopilação das legislações nacionais e internacionais para a garantia dos direitos dos povos indígenas; • Favorecer e acompanhar as estratégias de mobilização para a defesa dos direitos indígenas na perspectiva da tríplice fronteira;
•P romover um encontro para dialogar sobre a proteção dos povos indígenas isolados; •R ealizar um encontro de povos divididos pelas fronteiras (Ticuna, Kokama, Matsés e Yagua); •C riar uma rede regional de comunicadores, aproveitando as paróquias, dioceses, catequistas e organizações indígenas; •M ultiplicar na base a experiência de encontro de diálogo entre povos indígenas e Igreja. Cultural •P romover ações junto ao sistema de educação escolar indígena para que se caminhe para um sistema de educação próprio, que incorpore os elementos da identidade cultural e se volte à garantia dos direitos dos povos indígenas. Fortalecer o que já está dando certo na tríplice fronteira. Exemplo: calendário escolar. • Encontro de jovens indígenas da tríplice fronteira para discutir os impactos culturais e as mudanças culturais e de identidade que estão afetando a vida das comunidades (migração, tecnologia, música, práticas produtivas, ...) •D esenvolver estratégias concretas para fortalecer os conhecimentos tradicionais na área de saúde (medicina tradicional). •P romover um encontro que foque o tema das espiritualidades indígenas. Fortalecimento dos planos de vida próprios •P romover a autonomia econômica dos povos, a partir do fortalecimento das tradições e as práticas produtivas e conhecimentos próprios das comunidades. • I ncentivar, ampliar e visibilizar a proposta de trabalho da FUCAI, através das Aulas Vivas (alimentação, projetos de vida, saúde, alimentação, espiritualidade, ...). AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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JPIC: CONFERÊNCIAS DA ORDEM SE REÚNEM EM VERONA
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Conselho Internacional de Justiça, Paz e Integridade da Criação esteve reunido com todos os animadores de JPIC das diversas Conferências da Ordem presentes no mundo no começo de junho (27/5 a 4/6), em Verona, Itália. Na primeira atividade, os frades que vieram para o encontro internacional se juntaram aos frades da Conferência Europeia para um diálogo fraterno e aberto sobre a realidade de nossa vida de irmãos e animadores de Justiça e Paz. Foi um dia muito rico, onde pudemos conhecer e ouvir os desafios por que passa o Velho Continente: crise financeira, mudanças climáticas e a questão da imigração. Para vivenciar justamente esta ques-
tão da imigração, em seguida, viajamos até Pádua, onde houve um encontro com imigrantes. Ali nos deparamos e ouvimos muitas histórias dramáticas de pessoas que buscam e sonham com dias melhores. No altar da Basílica de Santo Antônio, colocamos nas mãos de Deus a vida dos irmãos que deixam suas terras confiando unicamente na esperança e na graça do Altíssimo. Os dias seguintes foram dedicados aos trabalhos do encontro. Destaco como pontos centrais a oportunidade de conhecimento mútuo dos trabalhos de JPIC das Conferências, a importância da Encíclica Laudato Sí e sua relevância nos trabalhos de JPIC, a atualização e releitura dos desafios enfrentados na esfera
mundial, sobretudo, na linha da sustentabilidade e de nossa atuação como “menores e irmãos de todas as criaturas”, e, por fim, a redação e aprovação da Declaração de Verona. A Declaração de Verona aborda, de forma especial, dois grandes desafios que comprometem e colocam em risco a vida “que deve ser em abundância”: as atividades da mineração e o fenômeno das migrações. O documento nos lembra a importância de nossa forma de vida como sinal profético de cuidado com a Casa Comum e encerra com o apelo de que, mais do que nunca, somos convidados a irmos “rumo às periferias da sociedade com a alegria do Evangelho”.
CONFIRA A ÍNTEGRA DO DOCUMENTO Declaração de Verona-Italia
O Conselho International para Justiça, Paz e Integridade da Criação da Ordem se reuniu em Verona, na Itália, de 30 de maio
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a 3 de junho, e os membros saúdam os irmãos e irmãs franciscanos do mundo todo. Nós refletimos sobre o trabalho efetuado pelo JPIC desde o nosso último
encontro em Jakarta, em 2014, e sobre o documento preparado naquela ocasião. Analisamos também as decisões do nosso último Capítulo Geral, a encíclica
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do Santo Papa Laudato Si’ e as diretrizes do Definitório Geral, “Irmãos e Menores rumo às periferias”. Escutamos com prazer o relato do trabalho que tinha sido pedido e que os irmãos de cada conferência estão fazendo, juntamente com todos os esforços. Isso nos levou a propor-lhes algumas diretrizes que os possam ajudar nos próximos dois anos. Nós fomos abençoados pela sabedoria e pelo exemplo que nos foram apresentados na Laudato Si’, uma Encíclica que nasce profundamente do espírito de Francisco. Em seu contéudo e metodologia, nós a recomendamos aos irmãos e exortamos a todos que acolham os desafios deste documento, juntamente com o convite do Definitorio Geral para 2017 para que abracemos a conversão ecológica que nos foi apresentada. Este documento fornece o contexto no qual podemos viver como homens de paz e justiça, na escuta atenta ao grito de nossa irmã, a Mãe Terra. No espírito da Laudato Si’, somos convidados a olhar de modo crítico o nosso próprio ESTILO DE VIDA, pessoal e comunitário, para avaliarmos o seu impacto sobre os outros e sobre o meio ambiente. A cada ano que passa, vemos diante de nós as consequências das relações de fratura com a terra e dentro das nossas próprias fraternidades. Temos que avaliar o que podemos mudar e abraçar essa mudança.
Nós também lhes colocamos outros dois problemas que as ATIVIDADES DE MINERAÇÃO causaram em todo o planeta. Os recursos minerais da terra nos trazem muitos presentes, mas, infelizmente, muitas vezes, as técnicas de exploração, o deslocamento, a privação dos direitos e do poder das populações, o envenenamento do solo e das fontes hídricas, a corrupção e a arrogância de muitos grupos de mineradores e a divisão injusta das riquezas dos minerais nos fazem questionar qual é o seu verdadeiro valor. Em muitas ocasiões, ouvimos dos irmãos o dano causado pelas minerações e sua luta contínua para estabelecer a justiça para todos nesse setor. Nós os exortamos, irmãos e irmãs, a darem prova de solidariedade aos pobres e à terra, e a corrigirem tal desigualdade. O desequilíbrio em face da crise econômica, social e religiosa também criou o fenômeno das MIGRAÇÕES. Trata-se de um fenômeno que sempre existiu, mas, na atual escala, muitas nações e grupos redimensionaram a sua hospitalidade e acolhimento àqueles que são forçados a fugir das suas próprias casas e famílias, deixando-os sem ajuda financeira ou abrigo. Essa situação provavelmente irá aumentar nos próximos anos, ao mesmo tempo em que as alterações climáticas forçam muitos outros a deixarem sua terra natal. Como nós iremos responder a
estas nossas irmãs e a estes nossos irmãos, será uma das questões essenciais do futuro, e que requer que sejamos solidários com esses impotentes peregrinos dos nossos tempos. Este momento é um kairós no qual podemos pôr em prática o que proclamamos com Francisco: um estilo de vida que seja o “o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”. O mundo de hoje e a Igreja nos pedem que sejamos testemunhas críveis do que professamos, ou seja, que adotemos um estilo de vida que nos torne mais próximos dos excluídos, defendendo nossa irmã Mãe Terra e todas as criaturas, numa atitude de serviço e minoridade. Nós os convidamos a irem rumo às periferias da sociedade com a alegria do Evangelho. “Vamos recomecar, irmãos e irmães... “ Gianni Mastromarino, OFM, Delegado-COMPI; Jürgen Neitzert, OFM, Delegado-COTAF; Mattia Olszewski, OFM, NORD SLAVIC Delegate; Fausto Yudego, OFM, Delegado-CONFRES; Carmelo Galdós, OFM, Delegado-BOLIVARIANA; Michael Peruhe, OFM, delegado-SAOOC; Xavier Mukupo, OFM, Delegado-AFRICA; Samuel Lopez, OFM, N.S. GUADALUPE Representative; Wilson Simão, OFM, Delegado-BRASILIANA; Máximo Cavieres, OFM, Delegado-CONO SUR; Matthew Beckmann, OFM, Animation Committee; William “Jud” Weiksnar, OFM, Animation Committee; Rufino Lim, OFM, JPIC Office – Roma; Jaime Campos, OFM, JPIC Office – Roma.
CFMB: Serviço Interprovincial visita Missão de Roraima Com espírito fraterno e aberto, a equipe da comissão executiva do Serviço Interprovincial de Missão e Evangelização (Sifem) da Conferência dos Frades Menores do Brasil (CFMB) esteve em visita fraterna, de 30 a 4 de julho, na Fraternidade Missionária de Roraima,
celebrando e participando da vida missionária da Igreja. Foram dias agradáveis com as comunidades, com as pessoas e a equipe também pôde conhecer um pouco a capital Boa Vista. Com uma área de 230 km2, a Diocese tem poucos padres para responder ao apelo missio-
nário da Igreja. Mas nem por isso deixa de estar presente nos lugares carentes de justiça e paz. Isso se pôde ver no encontro com as lideranças das 21 Comunidades que compõem o setor missionário franciscano e durante as celebrações, especialmente no final de semana, como a visita à Fazenda Esperança. A Fraternidade Franciscana de Boa Vista, composta por frades das várias províncias do Brasil, trabalha em vinte comunidades na periferia da capital, oferecendo formação teológica, pastoral, litúrgica e dando assistência às reservas indígenas e aos centros de dependentes químicos, como a Fazenda Esperança. Frei Wilson Simão
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NOTÍCIAS DA TERRA SANTA Caros Confrades: Desde início de maio de 2015 me encontro aqui na Terra Santa, servindo no Santuário da Transfiguração de Jesus. Um trabalho maravilhoso, gratificante, bom para marcar uma presença franciscana: manter o ambiente e espaço de oração, receber os peregrinos, especialmente para as missas de grupos que vêm de todas as partes do
mundo com todos os tipos de religiosidade e maneiras próprias e, às vezes, ritos diferenciados, celebrando o mistério da Transfiguração mediante a leitura dos textos bíblicos e a Eucaristia. Também estamos sempre à disposição de confissões. Gostaria de deixar algumas rápidas notícias que tem marcado este ano na Custódia de Terra Santa:
1) Capítulo Custodial:
Aconteceu o Capítulo da Custodia da Terra Santa (CTS) de 4 a 16 de julho/2016, no Convento São Salvador, em Jerusalém. Fui eleito como deputado capitular pelos frades das fraternidades e santuários da Galileia. Na realidade eu era o único brasileiro no meio de tantos outros frades de mais de 15 países diferentes. Um total de 43 capitulares, mais o novo Custódio da Terra Santa, o visitador geral, Frei Jakab (ex-definidor geral, húngaro) e um Comissário da Suíça convidado para falar sobre os Comissariados da Terra Santa.... O Ministro Geral, Frei Michael Perry com o Vigário Geral da Ordem fizeram-se presentes passando dois dias conosco, e, nesta ocasião, o Ministro Geral fez uma longa exposição sobre a visão da Ordem em relação à Terra santa, e, sobretudo manifestando o desejo, que já vem sendo estudado há mais tempo, de começar a fazer um trabalho com uma fraternidade inter-religiosa, especialmente com os demais irmãos da Ordem Franciscana (conventuais, capuchinhos, TOR). As Irmãs Clarissas e outras congregações franciscanas já estão há mais tempo vivendo na Terra Santa. Tivemos uma missa de abertura do Capítulo Custodial/2016 na Igreja do Getsêmani, para valorizar a Porta Santa aberta neste Ano Santo, onde o lema do capítulo foi: FRATELLI MINORI VERSO... LA MISERICORDIA E IL PERDONO” (“Irmãos Menores caminhando em direção à Misericórdia e o perdão!”).
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- Além da presença do Ministro Geral, fez diferença a presença do novo Custodio da Terra Santa, Frei Francisco Patton, da neo-Província de Santo Antônio, norte da Itália (Trento), escolhido pelo Ministro Geral e seu Definitorio e aprovado pela Cúria Romana. Também a presença de três frades da Síria, que conseguiram chegar ao Capítulo depois de muitas dificuldades para conseguirem licença e chegar a Israel. Falaram de suas dores e sofrimentos e dos sofrimentos e dores do povo. E não pensam em abandonar o povo. Todos já foram sequestrados, quase mortos, passam fome, sede, necessidades, saúde precária, constantes ameaças de serem eliminados.
Depoimentos e testemunhos que marcaram profundamente a alma de todos nós frades capitulares. E eles não vêem esperanças de futuro. Nenhuma luz surge no fundo do poço. Só permanece a fé e a responsabilidade de não deixar o povo. Os demais assuntos foram os que sempre se tratam num capítulo: formação inicial, continuada, vida de oração, vida de fraternidade e a parte econômica que geralmente é a mais desgastante, ao lado da jurídica. A missa de encerramento foi no Santo Sepulcro, dia 16 às 7h30, presidida pelo novo Custódio da Terra Santa e o Visitador Geral, e concelebrada pelos demais frades capitulares e outros frades da Custódia da Terra Santa.
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2) Novo Custódio da Terra Santa
Como de Costume, como em todas as Províncias e Custodias Franciscanas do mundo, a cada seis anos acontece a eleição ou reeleição de um novo Provincial ou Custodio, respectivamente. No caso da Terra Santa, apesar de sermos em torno de trezentos frades, somos sempre uma Custódia sob os cuidados e dependência do Ministro Geral, de Roma. Há alguns meses antes do Capítulo Custodial aconteceu, internamente, entre os frades da Custódia a primeira eleição (= primeiro escrutínios) e depois o segundo. À primeira eleição, os frades tem acesso ao resultado, mas à segunda, não. As cédulas vão todas para Roma, e, na Cúria Geral se faz o segundo escrutínio. Aparecem os três nomes mais votados, que não são publicados, e estes nomes são apenas ‘consultivos’ e não de direito. O Geral e seu Definitório, em conformidade com a Santa Sé, é que na realidade escolhem o novo Custódio. E sempre fica uma espera ansiosa e uma expectativa. E esta sempre é surpreendente, como de fato foi: Surge um nome desconhecido a todos, Frei Francisco Patton, da neo-Província do Norte da Itália. Já fez experiência de Provincial, esteve em Capítulos da Ordem, homem bastante inteligente e organizado (nas palavras de Frei Fidêncio Vanboemmel!). Está conquistando bem os frades, sobretudo no sentido de primeiro observar, escuta mais do que fala (aliás fala pouco), mas muito amável e comunicativo na convivência
fraterna do dia-a-dia. Está causando boa impressão. Já antes do Capítulo começou a visitar todas as fraternidades, e antes do Congresso Capitular quer visitar as que faltaram ainda, para melhor conhecer os frades. Se vê que é um homem que quer acertar, dar o melhor de si mesmo, e naturalmente nós, os frades da Custódia, devemos ajudá-lo para que possa desempenhar bem o seu papel que é bastante complexo e amplo. O ex-custódio Frei Pierbattista, doze anos como Custódio, era muito querido, talentoso, fala não só bem o inglês e naturalmente o italiano, mas também tem domínio perfeito da língua hebraica e conseguia conduzir uma missa em árabe.
3) O ex-custódio da Terra Santa Frei Pierbattista Pizzaballa
O ex-custódio da Terra Santa, Frei Pierbattista Pizzaballa, terminado o seu governo, a Santa Sé o nomeou Bispo e Arcebispo e Administrador Apostólico da Terra Santa. O Patriarcado de Jerusalém passa por momentos difíceis e incógnitos no setor econômico e foi necessário, portanto, a nomeação de um Administrador Apostólico. Frei Pierbattista já assumiu o cargo de Administrador Apostólico, no dia 17 de julho ao meio-dia. Sua ordenação episcopal está prevista para setembro em Bérgamo, sua terra natal e onde vivem seus familiares. Ele deixou por escrito seu relatório como Custódio ‘uscente’ (= que está saindo) e este
relatório foi lido pelo Secretário do Capítulo Custodial. No entanto, no dia 14 à tardinha, pelas 17h00, o ex-custódio veio saudar os frades capitulares, o novo custódio e o visitador. Depois esteve no ofício de vésperas e jantou conosco, onde se sentiu muito à vontade com os frades. Contou um pouco como tudo aconteceu e como relutou em aceitar este trabalho; mas a força das palavras do Cardeal responsável pelas Igrejas orientais foi mais forte. Falou também da vida regrada e muito fechada dentro do patriarcado. Mas acreditamos que fará um bom serviço à Igreja até resolver os problemas e depois até a chegada do novo Patriarca de Jerusalém. Quando? Não se tem ideia alguma de data e nem de nomes.
4) Restauro da edícula do Santo Sepulcro
Logo depois da Páscoa deste ano (2016), os responsáveis da Igreja da Terra Santa, que custodiam a basílica da Ressurreição, o Patriarca Grego Ortodoxo (Teófilo II), o então Custódio da Terra Santa (Frei Pierbattista Pizzaballa) e o Patriarca Armeno de Jerusalém, sua Excia. Nurhán Manufuián, assim como uma centena de convidados (técnicos e especialistas, e membros do governo da Grécia) se reuniram em Atenas assinando o contrato com uma empresa grega, da acrópolis de Atenas para uma restauração da edícula do Santo Sepulcro de Jerusalém, monumento central de nossa fé (a ‘tumba’ de Jesus). Nesta ocasião, um grupo de técnicos e cientistas em todas as áreas possíveis apresentaram sob a chefia da Dra. Antonia Maropoulou, responsável pela conservação da Acrópolis de Atenas e professora da Universidade Técnica Nacional de Atenas, o resultado dos estudos chefiados por ela sobre a situação e condições atuais da edícula da tumba de Jesus em Jerusalém. Até então quem visitava em Jerusalém o Santo Sepulcro se deparava com o deplorável AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Quo!” que na maioria das vezes impede qualquer mudança e melhoramento.
5) Restauro da Basílica de Belém
estado da edícula (construída há 206 anos); uma deteriorização deplorável: alteração da argamassa, causada pela umidade crescente que comprometeu suas paredes quase caindo, apoiadas e sustentadas por trilhos e barras de ferro. A edícula atual, quase caindo, sempre escorada por trilhos ou barras de ferro, a causa de terremotos, incêndios, e também o desgaste no cimento de junção, o oxigênio e carbono da respiração, as velas dos peregrinos, as lamparinas dos diversos ritos, a fumaça dos incensos dos diversos ritos, e a umidade normal dentro do sepulcro, tudo contribuía para o enfraquecimento das estruturas. Esses apoios foram colocados pelos britânicos, quando o território ainda se achava sob o protetorato britânico, em 1927. O maior comprometimento vinha de um incêndio de 11 e 12 de outubro de 1808 e depois vários pequenos terremotos. Os trabalhos começaram em 22 de março deste ano, sem atrapalhar as liturgias dos diversos ritos, que seguem normalmente, e respeitando, tanto quanto possível, a visita de peregrinos, que ainda podem chegar ao interior do Túmulo de Jesus. Há um pouco de transtorno, retardo, filas maiores, mas os técnicos e especialistas trabalham em
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turnos alternados, praticamente as 24 horas do dia, especialmente à noite. A proposta era fazer em tempo ‘record’, oito meses a um ano. Mas, provavelmente, tomará mais tempo do que o previsto. A basílica está cheia de andaimes, paredes de aglomerados ou lonas improvisadas para os serviços e também deixando um caminho de acesso à visita dos peregrinos e/ou às liturgias diárias. O transtorno é notável. Não é o ritmo normal deste grande santuário da nossa fé cristã, mas acreditamos que, chegando ao fim, todos lucrarão, no sentido de maior segurança e limpeza do local e sobretudo tranquilidade para a celebração da Ressurreição do Senhor Jesus. Também, acredita-se numa maior funcionalidade às massas de peregrinos. A edícula construída por técnicos russos e turcos no tempo dos cruzados (séc. X e XI) nunca mais foi mexida ou tocada para uma reforma, exceto no incêndio de 1808, onde entrou um estilo otomano barroco. Houve a ideia, diz o ex-custódio da Terra Santa Frei Pizzaballa, de colocar tudo por terra o atual monumento (edícula) e fazer uma nova edícula, agora de vidro, onde, de fora se pudesse ver o túmulo de Jesus. Mas essa ideia não vingou. Existe o famoso “Status
Já antes do Restauro da Basílica do Santo sepulcro, uma equipe de especialistas em mosaicos, técnicos da escola de arte de Florença, da Itália, tinha começado um minucioso e grandioso trabalho de restauro na basílica justiniana e constantiniana de Belém, local do nascimento de Jesus. É a construção e basílica mais antiga da Terra Santa (IV séc.) É a primeira vez que se faz um limpeza técnica, feita por peritos e especialistas, e com isso veio à luz a beleza dos mosaicos, num brilho jamais imaginado antes, e trouxe à luz novos anjos, sempre em forma de mosaicos nas paredes da basílica, na direção da gruta do nascimento de Jesus. Teremos, quando terminada esta obra de restauração, uma das mais belas e brilhantes artes do cristianismo dos primeiros séculos do cristianismo. Para não me alongar e ficarem cansativas as notícias, hoje me restrinjo a estas. E numa próxima rodada, próximo número, quiçá, falarei sobre a situação dos peregrinos na Terra Santa (um fenômeno de religiosidade com suas diversidades e modalidades diferenciadas de manifestação da fé cristã!). Para quem se interessar conhecer melhor ou ter mais informações existe o site da Terra Santa: www.cmc-terrasanta. com/pt. Também estou preparando um texto sobre o Concílio das Igrejas Ortodoxas, bizantinas orientais, que está acontecendo na Ilha de Creta. Depois de mais de mil anos, pela primeira vez os irmãos ortodoxos se reúnem para discutir o caminhar da Igreja ortodoxa oriental no mundo de hoje. Um abraço a todos os confrades e meu carinho a todos. Frei José Clemente Müller, ofm Monte Tabor, 19 de julho de 2016.
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Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento preparam encontro anual em rondinha
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coordenação da Frente de Evangelização das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento reuniu-se no dia 30 de junho, na Paróquia Santa Inês, em Balneário Camboriú-SC. Estiveram presentes Frei Germano Guesser (Coordenador da Frente), Frei João Fernandes Reinert, Frei Ladí Antoniazzi, Frei Evandro Balestrin e Frei Daniel Dellandrea (Vice-secretário da Evangelização). O Plano de Evangelização de nossa Província recorda que “esta Frente visa a congregar e animar as fraternidades a serviço das Igrejas Locais no ministério das paróquias e santuários, promovendo discernimento, corresponsabilidade, partilha, colaboração e formação específica, para que, atentos às exigências da realidade, realizem esta forma particular de evangelização, sendo fiéis ao nosso carisma e às orientações da Igreja”. Diante desta grande tarefa, procurou-se primeiramente fazer uma leitura atenta das Prioridades do Plano de Evangelização e também da parte que compete à Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento. Algumas ideias nasceram com a apreciação desta leitura. Para superar o risco e a tentação de acomodar-se numa pastoral de manutenção, urge despertar o interesse pela constante formação e qualificação dos frades que estão a serviço desta Frente, não se restringindo apenas a um encontro anual. Também será preciso cultivar em nossas fraternidades, com maior frequência, encontros para tratar de assuntos pastorais, revisão e elaboração de projetos e na execução em con-
junto. Abre-se a possibilidade de compartilhar experiências, textos formativos, celebrações litúrgicas já elaboradas pelos irmãos que atuam nesta Frente. E continuar a acreditar no testemunho de nossa forma de vida, na beleza de nosso carisma e na acolhida que poderemos sempre oferecer àqueles que nos procuram. O acolhimento é hoje o diferencial na evangelização.
Na certeza de que não servimos sozinhos à Igreja de Cristo, o encontro contará com a presença dos frades e dos leigos(as) que atuam diretamente nesta Frente. A proposta central do encontro será de refletir e buscar propostas concretas para uma evangelização mais atrativa e partilhada com o povo de Deus. Frei Daniel Dellandrea
MUDANÇA DE LOCAL DO ENCONTRO O 1º Encontro Provincial da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento, a ser realizado entre os dias 24 a 26 de outubro, mudou de local: não será mais no Seminário de Agudos, mas no Convento São Boaventura, em Rondinha. Segundo Frei Germano, a mudança de local facilitará o deslocamento dos frades. A chegada está marcada para o dia 24, às 18 horas, e o encerramento com o almoço no dia 26. No próximo número daremos mais informações.
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CAPÍTULO ELETIVO DA FIMDA
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ssim como os frades menores desta Província da Imaculada Conceição do Brasil se reuniram em Capítulo Provincial em janeiro último, quando definiram a vida e a ação evangelizadora dos frades nos próximos três anos e elegeram o novo governo provincial, também a Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola realizou a sua Assembleia Capitular, de 18 a 21 de julho, na capital Luanda. “Esta assembleia capitular é, antes de tudo, um encontro com os frades que lá estão em missão, um momento de celebração e ação de graças”, explicou Frei
Fidêncio. “Queremos estar com eles, senti-los e ouvi-los nas suas diferentes fraternidades e diferentes frentes de evangelização”, observou o Ministro Provincial. No segundo dia Frei José Antônio dos Santos foi reeleito para continuar liderando esta frente missionária da Província da Imaculada. Com ele foram eleitos os conselheiros: Frei Ivair Bueno de Carvalho, Frei Valdemiro Wastchuk e Frei Laerte Farias dos Santos. Frei Ivair, como primeiro conselheiro, também terá a função de vice-presidente. Acompanhe dia a dia!
1º DIA Começa o Capítulo na Missão de Angola Na segunda-feira, dia 18 do mês de julho de 2016, por volta das 8 horas da manhã, teve início o Capítulo da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel,
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juntamente com o Definidor Frei João Francisco da Silva e Frei Alexandre Magno, moderador das Missões. Após a celebração, nos reunimos no locutório do Mosteiro Sagrado Coração de Jesus das Irmãs Clarissas do Palanca, sob a presidência de Frei
Fidêncio, que expôs com clareza e simplicidade o tema da Misericórdia. Na parte da tarde, o presidente do Capítulo instituiu, propriamente dito, os trabalhos do Capítulo, passando a palavra ao presidente da Comissão Preparatória, Frei Laurindo Lauro da
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Silva Júnior, para apresentar a proposta dos horários, dos grupos de estudos e das listas de trabalhos. Frei José Antônio dos Santos, presidente da Fundação, apresentou o seu relatório. Antes de ler, informou que se tratava de um relatório breve para ser analisado nos grupos, e que, posteriormente, seriam mais detalhados pelos secretariados – Economia e administração de bens, Formação e Evangelização. Foi aberto um espaço para esclarecimentos. Após a análise do relatório do Presidente da Fundação nos grupos, os capitulares com direito a voto reuniram-se para as prévias das eleições. Primeiro foram indicados e eleitos os escrutinadores: Frei Aloísio Paulo Agostinho dos Santos, Frei Antônio Boaventura Zovo Baza e Frei Afonso Katchekele Quessongo. O Presidente do Capítulo distribuiu as cédulas para a indicação de um nome ao ofício de presidente da Fundação, com os seguintes resultados: Frei José Antônio dos Santos, onze votos; Frei Ângelo José Luiz, quatro votos; Frei Alisson Luís Zanetti, dois votos; brancos, dois votos. A seguir, distribuíram-se as cédulas para indicação de três nomes para o ofício de conselheiros: Frei Ivair Bueno de Carvalho, treze votos; Frei Ângelo José Luiz, sete votos; Frei
Alisson Luís Zanetti, seis votos; Frei Valdemiro Wastchuk, seis votos; Frei Laerte de Farias dos Santos, cinco votos; Frei Jeferson Palandi Broca, cinco votos; Frei Afonso Katchekele Quessongo, quatro votos; Frei Laurindo Lauro da Silva Júnior, dois votos; Frei Márcio de Araújo Terra, dois votos; Frei Marco Antônio dos Santos, dois votos; Frei António Boaventura Zovo Baza, um voto; Frei André Luiz da Rocha Enriques, um voto; brancos, três.
“Como é bom estarmos aqui”.
Os frades convocados ao Capitulo pelo Ministro Provincial começaram a chegar na tarde do dia 17 de julho, e foram acolhidos num clima de alegria e entusiasmo pelas fraternidades São Francisco de Assis, no Palanca, e Nossa Senhora dos Anjos, em Viana. O Capítulo é para nós momento de
revitalização, redimencionamento e, acima de tudo, um encontro fraternal entre irmãos que, unidos num amor eterno e sobrenatural, dizem ‘sim’ ao mesmo ideal (franciscano), confiantes como Maria no “fiat”.
2º DIA Missão de Angola tem novo governo O atual presidente da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, Frei José Antônio dos Santos, foi reeleito para continuar liderando esta frente missionária da Província da Imaculada. Com ele foram eleitos os conselheiros: Frei Ivair Bueno de Carvalho, Frei Valdemiro Wastchuk e Frei Laerte Farias dos Santos. Frei Ivair,
como primeiro conselheiro, também terá a função de vice-presidente. O segundo dia (19/7) da Assembleia Capitular da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola começou com a Santa Missa, presidida por Frei Alexandre C. Magno. Na homilia, o celebrante recordou o papel do pastor, daquele que está à frente
do rebanho. O cajado do pastor tem a extremidade superior recurvada em forma de gancho ou semicírculo, que serve para conduzir, controlar e ajudar o rebanho. A mesma atitude de misericórdia deve ter o frade. O pastor deve ser misericordioso. Os trabalhos da Assembleia começaram às 9h30 na Sala Capitular AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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do Convento das Irmãs Clarissas,. O moderador foi Frei Antônio Zovo Baza. A primeira tarefa foi a apresentação do relatório financeiro feito pelo ecônomo da Fundação, Frei Jefferson P. Broca. A questão de fundo foi o orçamento das casas, frentes e projetos. A palavra de ordem neste assunto é “transparência”. Frei Fidêncio recordou: “A nossa presença na Missão é uma presença da implantatio ordinis, dentro do espírito missionário”. O relatório foi discutido pelos grupos antes da pausa do almoço. O mesmo tema, sobre a economia
e a administração de bens, voltou na pauta da tarde. Entre as definições, solidificar a legalização documentária e otimizar as fontes de renda, mirando sempre o futuro da Fundação.
Fez-se, por fim, a apresentação sintética dos relatórios apresentados pelos secretários dos grupos. São ao todo seis grupos. Na sequência, foi feita a eleição do novo Goveno.
3º DIA Capitulares abordam tema da evangelização e missão Depois da manifestação de alegria pela eleição do novo governo, o terceiro dia (20/7) do Capítulo da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, que está em andamento na capital de Luanda, teve os trabalhos capitulares centrados no tema da evangelização e formação, pertinente à grande missão que é manifestar o amor de Deus à humanidade no caminho começado por Francisco de Assis no longínquo 1208. Esse mesmo amor que é testemunhado a nós, angolanos, há 26 anos pelos frades brasileiros da Província Franciscana da Imaculada Conceição. Na Celebração Eucarística deste dia, o Definidor Frei João Francisco da Silva, que também é secretário para a Formação e Estudos, rezou pelas vocações religiosas e alertou para a necessidade de não transformar o Evangelho em ideologias, mas trabalhar pela messe do Senhor. Ao exortar os capitulares sobre o medo que, muitas vezes, toma conta das pessoas, como ao jovem Jeremias, Frei João lembrou que não estamos sozinhos. “O Senhor
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está sempre conosco, assim como esteve com Jeremias, com São Francisco e tantos outros que se confiaram ao Senhor, apesar de todas as limitações humanas”, disse o presidente da celebração, lembrando que não somos chamados para a negatividade e destruição, mas para a construção e plantação (Jer 1, 10). Frei João evocou o Papa Francisco para dizer que Deus espera de nós uma “atitude se saída”, para não “acomodarmo-nos e perdemos o espírito missionário que deve ser a mola mestra da nossa vocação e missão”, como lembra o Plano de Evangelização da Província. Na Sala Capitular, os capitulares se debruçaram sobre o aspecto da Evangelização. As discussões foram muitas, e grandes e boas ideias surgiram. Já à tarde, os trabalhos continuaram com a exposição do relatório do secretário para a Formação e Estudos da Fundação, Frei Alisson
Zanetti. Ele serviu de base para a reflexão: o que se espera da FIMDA em termos de evangelização e formação? O Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, lembrou que todos somos agentes de formação e evangelização enquanto frades, de modo que não devemos delegar nossa consagração. Já Frei Ivair Bueno, eleito neste Capítulo conselheiro, frisou que todos juntos, angolanos e brasileiros, estarão cosolidando a missão num espírito de pertença à Fraternidade da Ordem, da Província e da Fundação.
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ÚLTIMO DIA Missa de Ação de Graças encerra o Capítulo Com a Missa de Ação de Graças no Kimbo São Francisco lotado, terminou na quinta-feira, 21 de julho, o Capítulo da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, a assembleia da Missão que vai definir a vida e a ação evangelizadora dos frades nos próximos três anos, e que também elegeu um novo governo. Desde segunda-feira (18), estiveram reunidos na Sala Capitular do Mosteiro das Clarissas 19 frades professos solenes e 21 professos temporários que foram convocados para participar desta assembleia. Contudo, dois professos solenes e cinco professos temporários justificaram suas ausências devido a trabalhos no Seminário, no Postulantado e no envolvimento com a JMJ. O Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, presidiu a celebração e lembrou o lema escolhido para este Capítulo da Fundação: “Misericordiosos como o Pai”, tendo em vista o Ano da Misericórdia que estamos celebrando. Ele elogiou a participação litúrgica do povo na celebração: “Como sempre, uma belíssima missa de Ação de Graças que só o povo angolano sabe fazer”, disse.
Impressões do Ministro Provincial
Segundo o Ministro Provincial, além do relatório do Presidente da Fundação, Frei José Antônio dos Santos, três questões centrais estiveram presentes nas reflexões dos capitulares: Evangelização, Formação e Economia Solidária. “Após estudos de grupo, levantamento das questões referentes às frentes de evangelização e da formação aqui em Angola, chegou-se à conclusão da necessidade de se elaborar um
Plano de Evangelização e as diretrizes para a Economia Fraterna na Missão”, explicou Frei Fidêncio. Para ele, o Capítulo apontou os seguintes pontos significativos: - A presença do Definidor, Frei João Francisco, e do Moderador para as Missões, Frei Alexandre Magno; - A participação dos Frades Professos Temporários nas reflexões, estudos de grupo e debates. - Reina entre os frades um bom clima fraterno.
Nosso profetismo
Frei Fidêncio se mostrou muito preocupado com a crise econômica que também atinge Angola e que pode levar o país a um profundo colapso, uma vez que muitos produtos são im-
portados. “Começam a faltar gêneros alimentícios, medicamentos etc. Os confrades são testemunhas do clamor de muitas pessoas famintas e doentes. Esta crise, ao que tudo indica, tende a piorar por falta da não circulação monetária”, explicou. O Ministro Provincial, contudo, pede para não se perder a esperança. “Se no passado vivemos nosso profetismo em tempos de guerra, também agora, mais uma vez, somos chamados a viver o profetismo da pobreza e da solidariedade em meio a este alegre e sofrido povo”. Equipe de Comunicação do Capítulo (Frei Siro Luamba, Frei Honorato Gabriel e Frei Aloísio P. dos Santos)
Frei Fidêncio ganhou um bode como presente dos angolanos. A doação foi feita durante o Ofertório.
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HOMENAGEM A FREI SEBASTIÃO KREMER
É
em nome de toda Fraternidade dos Frades Menores em Angola e em meu nome pessoal, e por confiar demasiado nas palavras, acreditando que com elas podemos descrever estados interiores e por que elas nos expressam bem, que queremos dizer algumas significativas palavras de gratidão pelo tempo de missão, vivido até então por nosso confrade, Frei Sebastião Kremer. Nosso Seráfico Pai São Francisco desde os primórdios da Ordem, e expressa muito bem na Regra, pede que a Ordem ponha o máximo esforço em adaptar-se à índole de cada povo, se implante no mundo todo e se insira bem nas Igrejas particulares. E nós hoje, mais de vinte e cinco anos volvidos em terras angolanas, sentimo-nos regozijados pelo bom testemunho dado e por seres um instrumento necessário na construção dessa empreitada que se chama FIMDA. A Província Mãe precisa de ti para outras frentes. Onde fores nunca te esqueças que aqui deixaste a marca da tua escolha. Até porque nós somos aquilo que escolhemos. A nossa identidade constrói-se no tempo com o que é mais relevante nos dias. Tristezas e alegrias sucedem-se. Os dias passam por nós, um a um, ordenadamente, e nós passamos por eles ... Sucedemo-nos a nós mesmos numa construção contínua que retém a luz e a escuridão de cada hoje. Vivemos num pedaço de tempo a que chamamos presente, numa dinâmica entre o passado e o futuro. Já estamos com saudades. A saudade constitui-se como a presença de algo ausente, que se perdeu no tempo mas permanece no sentimento. Só de recordar os dias chuvosos, com botas encharcadas, roupas surradas nos subúrbios dos nossos musse-
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ques e bairros ... tudo nos lembra o que foste e quem és. A vida é curta, mas suficientemente extensa para que nela caiba a verdade toda... disso testemunhos e testemunhas não nos faltam. Por tal, o voto que temos a desejar é de que sejas feliz. A felicidade não é um destino paradisíaco a que se chega, mas uma forma de caminhar na vida. E lembrar que as circunstâncias mudam, a capacidade de escolher altera-se, o simples fato de teres consciência de estar seguindo uma linha pode ser o suficiente para querer sair dela. O
sorriso que sempre fizeste transparecer certifica-nos de que nunca encaraste esse desafio de missão como um sofrimento. Até porque o homem é do tamanho do sofrimento que é capaz de suportar por amor. A transferência é uma mudança. E todas as mudanças custam. Mesmo quando tudo melhora ... até mesmo quando o pior acaba. Estamos certos de que não foste e nem és perfeito. Como todos nós. Além dos defeitos, todos somos bons, as falhas por ti cometidas, daquilo que és podemos
Evangelização
dizer com todas as letras: São atos isolados. E nenhum ato isolado define um homem. A vida humana é feita de um conjunto enorme de momentos, repetições, escolhas, encontros, desencontros e reencontros. Caro confrade, continua e sê original: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
JUBILEU DA FIMDA NA MOSTRA DO BOM JESUS
Paz e Bem! Frei José Antônio dos Santos Presidente da FIMDA
Adeus, Frei Sebastião Kremer! Angola, Minha Angola Vou ao mesmo tempo que fico Vou e parto com dor Porque o tempo que em ti fiquei Comunhão formei contigo. Vou ao mesmo tempo que fico Porque parto do teu solo Mas teu povo levo no coração. Este povo que é teu, mas que Deus me deu E é meu Em meu dorso o levei ao pastoreio. Cuidei dele, alimentei-o Guiei-o mostrando o caminho que é Jesus Aquele que me chamou Deu-me como presente. Esta Angola a quem amei e me afeiçoei A quem amo e quero bem Levo comigo a ternura, de quem ama E se entrega De quem acolhe e se dá Tudo isto pátria querida. São histórias que vivi contigo E fazem parte de mim. Chegou a hora de dizer-te adeus Pois sou caminheiro E vagueio pelo mundo A dar ao mundo a boa notícia. Vou e te levo no coração Porque agora és parte de mim.
Desde 11 de julho, o Teatro Bom Jesus, em Curitiba, recebe a Exposição Fotográfica sobre os 25 anos da Missão da Ordem dos Frades Menores em Angola. São fotos de cenas do cotidiano, além de objetos de uso comum do povo angolano, que remontam ao trabalho de evangelização e aos projetos educacionais dedicados à população desde a última década que marcou o pós-guerra naquele país. Gratuita, a mostra acontece no foyer do Teatro e funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h.
Educação pela Paz
Nessas mais de duas décadas em Angola, os frades fran-
ciscanos dedicaram-se, entre outras atividades, à construção e à reforma de escolas para as famílias angolanas. Frei Alexandre Magno (foto), guardião da Fraternidade Franciscana Bom Jesus dos Perdões, em Curitiba, e coordenador da Frente da Evangelização Missionária, esteve em Angola de 2002 a 2009. Segundo o religioso, ter a oportunidade de observar a paz sendo construída é uma das experiências mais gratificantes que se pode ter. “Acreditamos que a educação é um caminho seguro para a construção do conhecimento e a promoção da fraternidade entre os povos”, diz Frei Alexandre.
Irmãs Clarissas
Luanda, 17/05/2016 Mosteiro do Sagrado Coração de Jesus
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Notícias e Informações
FREI FLORIVAL NO CARLOS GOMES
NOVA PRESIDENTE NA CRB A presidente nacional da CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil) em exercício, Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, foi reeleita, quase por unanimidade para assumir a animação da Vida Religiosa Consagrada do Brasil no triênio 2016 – 2019. “Ser eleita de maneira quase unânime é um sinal da predileção de Deus. Ele quer algo mais de mim”, disse Ir. Inês.
No dia 24 de junho, Frei Florival Mariano Toledo se apresentou no tradicional Teatro Carlos Gomes de Vitória (ES). Neste show, trouxe músicas de seu CD, além de canções católicas e sucessos da MPB, com arranjos modernos. A proposta abrangeu um tríplice aspecto ressaltando os valores franciscanos, a cultura capixaba e a consciência ecológica.
Ele teve a participação especial de seu convidado Sandrera, fortalecendo a proposta de ter sempre um convidado da cultura local em seus shows. Sandrera é músico autoral, já consagrado no mercado capixaba.
FRANCISCANOS CONVENTUAIS: 70 ANOS DE PRESENÇA NA AMÉRICA LATINA Como parte das comemorações pelos 70 anos de presença franciscana no Continente Latino-americano e Caribe, a Ordem dos Frades Menores Conventuais promoveu um Congresso teológico, de 13 a 17 de julho, no Rio de Janeiro. O encontro teve como objetivo aprofundar a reflexão sobre os cenários e a prática missionária e evangelizadora dos Irmãos Menores Conventuais na América Latina e Caribe para responder aos desafios da nova evan-
gelização. O evento reuniu na Cidade Maravilhosa o Governo Geral da Ordem, Ministros Provinciais e Custódios, delegados provinciais, uma Irmã Clarissa, o presidente da Família Franciscana do Brasil, o Ministro Nacional da Ordem Franciscana Secular e leigos. O primeiro grupo de frades americanos chegou em 1946 no Rio Comprido, no Rio de Janeiro. Esta foi a nossa primeira missão conventual oficial na América Latina.
IRMÃS FRANCISCANAS DE INGOSTADT: NOVO SITE “A comunicação tem o poder de criar pontes, favorecer o encontro e a inclusão, enriquecendo assim a sociedade.” É com essa disposição que as
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Irmãs Franciscanas de Ingolstadt, conhecidas como as Irmãs do Vale das Graças, assumem a evangelização na comunicação, inaugurando um site atualizado e interativo (http:// www.franciscanas.org.br). À frente deste projeto está A Superiora da Região Brasileira, Ir. Romana Rossetto, que tem a missão de conduzir as Irmãs até 2018.
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SIMPÓSIO DE TEOLOGIA
De 26 a 28 de setembro Faça sua inscrição acessando o link https://goo.gl/p7E8Qq
Falecimento
ÉLOI LECLERC
A despedida do grande pensador franciscano Frei Éloi Leclerc, um dos melhores pensadores franciscanos de nosso tempo, sobrevivente dos campos de extermínio nazista de Buchenwald e muito conhecido entre nós por seus dois livros - “A sabedoria de um pobre” e “O Sol nasce em Assis” -, faleceu no dia 13 de maio último, na Casa de Repouso das Pequenas Irmãs dos Pobres, em Saint Malo, com 95 anos. Éloi Leclerc nasceu em 1921 em Landernau, localidade da Bretanha francesa, de uma família formada por 11 irmãos. Ingressou no Noviciado franciscano de Amiens em 1939, o ano em que se iniciou a segunda Guerra Mundial na Europa. Em 1943, trabalhando com milhares de jovens franceses na Alemanha, foi considerado ‘sujeito suspeito’ e deportado em 1944 para um campo de concentração em Buchenwald. Com a derrota nazista, regressou à França e, entre 1951 e 1983, foi lecionar Filosofia, época em que escreveu um dos maiores clássicos da espiritualidade: “A Sabedoria de um Pobre” (1959). Foi ordenado sacerdote em julho de 1948. “As circunstâncias de minha vida, principalmente a prova dos campos nazistas de Buchenwald e de Dachau, durante a última Guerra Mundial, levaram-me à pergunta sobre as possibilidades de uma verdadeira fraternidade entre as pessoas. Será que somos votados a dilacerar-nos sem fim, da maneira mais trágica? Será que é possível
uma comunidade humana sem exclusão, sem tirania e sem desprezo? Não seria isto apenas um sonho? Nas minhas dúvidas, voltei-me para Francisco de Assis que me parecia o protótipo do ser humano fraternal, e cujo carisma foi em seu tempo ‘converter toda hostilidade em tensão fraterna, dentro de uma unidade de criação’ (P. Ricoeur)”, escreveu Leclerc no livro “O Sol Nasce em Assis”, um dos seus maiores sucessos no Brasil, lançado em 1999 e publicado pela Editora Vozes em 2000. Éloi foi libertado em 29 de abril de 1945 pelas tropas americanas, no campo de Dachau. Segundo o escritor, no seu primeiro livro, “A Sabedoria de um Pobre”, pode-se ver em filigrana a grande pergunta que me atormentava depois da volta dos campos de extermínio: a fraternidade humana é possível? Nos anos sessenta, ainda publicaria “Exílio e ternura” (62) e “O Cântico das criaturas ou os Símbolos da união” (63). Sua produção cresceria nos anos 70 até se retirar para uma ermida de Bellefontaine, na Normandia. Ali também continuou escrevendo. Em 1981 publicou “Francisco de Assis, encontro do Evangelho e da história”, uma interessante obra que situa Francisco dentro do contexto econômico, social e político de sua época. Depois vieram as obras: “Mathias Grünewald, a noite é a minha luz” (1984), “O Reino Escondido” (1987), “Deus maior” (1990), “Cami-
nho da contemplação” (1995), o “O Mestre do desejo” (1998) e finalmente o pequeno livro sobre Jeanne Jugan, o “Deserto e a Rosa”, que evoca a experiência espiritual da fundadora das Pequenas Irmãs dos Pobres. Em seus livros, ele expressou claramente e poeticamente suas reflexões filosóficas sobre a fé. Toda a sua obra é marcada por uma espiritualidade tirada de uma situação que o obrigou a escolher entre esquecer sua alma no abismo, ou se embrenhar nas próprias entranhas da fé para conhecer o mistério de Deus. “A presença franciscana no mundo é ‘converter toda a hostilidade em tensão fraterna dentro da unidade de criação’, nas palavras de Paul Ricoeur. As tensões sempre existirão. Mas a tensão é frutífera. É necessário avançar e criar”, disse na mesma entrevista a Laurence Monroe.
Falece a mãe de Dom Jaime Spengler Aos 85 anos, faleceu na tarde do residência do casal. Ela deixa quatro dia 6 de julho Léa Maria Spengler, filhos, cinco netos e muitos familiares mãe do Arcebispo de Porto Alegre e amigos. Seu velório aconteceu na ComuDom Jaime Spengler. Por muitos anos, dona Léa foi nidade Santa Clara, no bairro Poço casada com Genésio Spengler, que Grande, em Gaspar, no qual vários faleceu em 31 de junho de 2014,AGOSTO na /confrades estiveram presentes. 2016 [coMUNICAÇÕES] 465
Falecimento
Frei Benjamim F. Ansolin 25/06/1935
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F
rei Benjamim Ansolin faleceu às 3h00 da madrugada do dia 18 de julho na UTI do Hospital de Bragança Paulista, onde se encontrava desde a sexta-feira, dia 15, devido a forte hemorragia. No dia 19 de julho, o corpo de Frei Benjamim foi transladado para a igreja do Convento São Francisco, em São Paulo, onde houve a Missa de Exéquias, às 7h30, e o sepultamento, logo em seguida, no Cemitério do Santíssimo Sacramento. Internado na primeira quinzena de março no Hospital AC Camargo, em São Paulo, para tratamento de câncer no esôfago, Frei Benjamim havia recebido alta no final de maio, depois de 45 dias de internação. Ele também apresentava insuficiência cardíaca e se enfraquecia sempre mais, motivo pelo qual, fora levado para Bragança.
O frade menor
O gaúcho Frei Ansolin é filho de uma família muito religiosa, ou, como escreveu na sua ficha autobiográfica, “temente a Deus”, onde a oração do Terço era uma constante. “Os pais sempre foram pessoas de muita fé, e a religião era tudo na vida deles e dos filhos”, dizia o segundo filho dos dezessete gerados pelo casal Natal e Catarina Ansolin. “Era uma família que vivia na simplicidade e pobreza. Aprendemos com nossos pais a fé e o temor a Deus e o respeito para com os outros”. Sua admiração pelo pai era maior quando o via ajudando na Celebração Eucarística. “Eu também queria um dia ajudar no altar. Nas visitas, Frei Achilles sempre perguntava ao pai se não tinha um filho que quisesse ser padre. E o pai sempre dizia que poderiam ir quantos quisessem. E um dia, então, eu dis-
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Dados pessoais, formação e atividades
ascimento: 25.06.1935 (81 anos de idade), em Erechim N – RS; Admissão ao Noviciado: 19.12.1958, em Rodeio, SC; Primeira Profissão: 20.12.1959 (56 anos de Vida Franciscana); Profissão Solene: 02.02.1963; Ordenação Presbiteral: 15.12.1964 (51 anos de Sacerdócio); 15.07.1966 – Rio Negro – seminário: assistente do mestre dos Irmãos; 15.01.1971 – Rio Negro – paróquia: coordenador da fraternidade e pároco; 21.12.1976 – Xaxim: guardião e pároco; 04.12.1979 – Sorocaba – pároco da Paróquia Santa Rita; 21.01.1986 – Rodeio: pároco, vigário da casa e vice-mestre; em 18.01.1992: guardião; 01.12.1997 – Curitibanos: guardião e pároco; 22.03.2000 – Lages – Aparecida: coordenador da fraternidade e pároco; · 17.12.2009 – Xaxim – vigário paroquial; · 17.12.2013 – Florianópolis: vigário paroquial; · 04.06.2014 – Forquilhinha – vigário paroquial e assistente da OFS;
Falecimento
se que queria ser padre, sobretudo depois das missões pregadas pelos Capuchinhos em Concórdia”, revelou o frade. “Achava bonito o hábito e admirava as pregações”, esclarece. Essa religiosidade da família, além de Frei Ansolin, levou outro irmão, Leonel, para o Seminário de Luzerna, onde ficou três anos e deu uma religiosa para a Congregação das Irmãs Franciscanas de São José. Ele se descreve como “tímido e reservado”, características que o deixavam à vontade no que mais gostava de fazer nas horas de folga: escrever poemas. Ao escrever sobre seus ideais, disse apenas que queria ser “simplesmente um frade franciscano e ser fiel ao compromisso assumido”. No Noviciado de Rodeio, em 7 de abril de 2014, escreveu o seguinte poema:
HOMENAGEM PÓStuma
Essa veia poética de Frei Benjamim acabou repercutindo no meio médico, como mostra o Dr. Mauro Donadio, que o atendeu no Hospital AC Camargo. No seu perfil do Facebook, ele publica o poema de Frei Benjamim (que saiu na edição anterior das Comunicações - abaixo os dois versos citados pelo médico). “Hoje achei por justiça fazer menção a um de meus professores da faculdade. Alguém que nos afirmava em alto e bom tom que não havia problema algum em tratar bem nosso paciente... não no sentido técnico-profissional de nossa profissão, mas no sentido humano, tenro. Desde então passei a copiá-lo, descaradamente. Também comecei a chamar cada paciente meu de Frei Benjamim e o Dr. Mauro Donadio “meu querido ou minha querida”, em alto e bom-tom. O que era que infelizmente não consta em nosso no início apenas uma for- Código de Ética, que é ter compaixão ma esporádica de etiqueta por nosso paciente. Abaixo uma bela reposta deixada social se tornou, com o tempo, um hábito cada vez por um de meus pacientes (depois dos Estando na varanda de um convento, mais necessário e hoje, a 80 anos esteve internado por 75 dias, contemplo extasiado uma soberana palmeira, mais sincera manifestação 3 idas para a UTI, 1 cirurgia, 1 cardiodominando a encosta de uma verde mata do meu sentimento. versão, algumas transfusões, 33 sessões e lá do monte parece reinar altaneira. Tratar bem nossos de Radioterapia e 4 de quimio) após pacientes, ou melhor, de- ser tratado bem e bem tratado, nesse Sua cabeleira espessa e longa, signar-lhes um trato afe- maravilhoso serviço do qual Deus me Sempre alegre e agitada pelo vento, tivo positivo e caloroso se dá a graça de fazer parte, AC Camargo Olhando lá de cima para a planície, mostra cada vez mais te- Cancer Center. Fica acenando para o branco convento. Dedico a você, professor Marco rapêutico, para eles e para nós! E nos leva, a nós mé- Carvalho (que continue a ensinar um A cidadezinha que se derrama pelo vale dicos, a cumprir com um pouco sobre medicina e muito sobre parece não perceber os acenos da palmeira, de nossos maiores deveres, ser médico), os versos 10 e 11: mesmo sentindo-se, assim, ignorada não deixa de abanar bem prazenteira. 10. As palavras que mais se ouvem neste hospital Faça sol ou faça chuva São “meu querido ou minha querida” e “obrigado e obrigada”. nunca muda de posição, Atitude gentil que muito me imressionou E assim dia após dia e noite após noite Porque saindo, de coração, desta gente muito amada. continua a pulsar forte o seu coração. 11. Só ouvindo estas amáveis palavras A natureza tem muitos e profundos segredos A gente se sente bem acolhido e feliz; que o homem nem sempre sabe explicar, Pois é um verdadeiro e lenitivo bálsamo está aí a sabedoria infinita do Criador Para alguém que se sente, às vezes, um tanto infeliz. que convida o homem a natureza contemplar.
A PALMEIRA
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacados
Agosto
Outubro
01 a 03
06 e 07
02 06 09 e 10 15 a 19
22 a 25 22 a 26 27 28 28 a 31 29 30 31
Encontro Provincial da Frente de Comunicação (Rondinha) Jubileu dos 800 anos do Perdão de Assis Ordenação episcopal de Frei Evaristo Spengler (Gaspar) Encontro Provincial do SAV Retiro Provincial para frades de 1 a 10 anos de transferência, após os períodos em casas de formação (Vila Velha) Reunião do Definitório Provincial (Rodeio) Encontro dos Ecônomos da CFMB (Porto Alegre) Posse de Dom Evaristo na Prelazia do Marajó (Soure) Profissão solene de Frei José Morais Cambolo e Frei Roberto Aparecido Pereira (Petrópolis) Conselho da Formação inicial (Petrópolis) Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (Nilópolis) Encontro Provincial da Frente das Missões (Petrópolis) Prazo para entrega do Projeto Fraterno de Vida e Missão das Fraternidades
Setembro 01 02 e 03 03 e 04 04 05 09 a 11 12 12 e 13 12 a 23 14 14 e 15 17 e 18 19 19 19 a 22 19 a 24 26 26 26 e 27 26 e 27 26 a 30
Dia Mundial de Oração pelo cuidado da Criação Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense (Petrópolis – S. Francisco) Encontro de Cantos Franciscanos (Rondinha) Dia da Amazônia: Coleta Anual pela Evangelização na Amazônia Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Gaspar) Encontro dos Irmãos Leigos da Província Encontro do Regional de Curitiba (Rondinha) Encontro do Regional do Leste Catarinense (Angelina) Tempo Forte do Definitório Geral Encontro do Regional do Vale do Paraíba (Guaratinguetá – Fazenda Esperança) Encontro Provincial da Frente de Educação (Rondinha) Encontro Provincial da Frente da Solidariedade Encontro do Regional de Pato Branco (Mangueirinha) Encontro do Regional de Agudos (Bauru) Retiro no Eremitério de Rodeio Assembleia ampliada da CFMB - SERFE e SIFEM (Rondinha) Encontro do Regional do Espírito Santo (Penha) Encontro do Regional de São Paulo (Amparo) Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Lages) Encontro do Regional do Contestado (Piratuba) Retiro Provincial (Agudos)
10 a 14 18 a 20 24 a 26 29
Conselho da Formação e Estudos (Vila Clementino) Curso de Franciscanismo (Rondinha) Reunião do Definitório Provincial (São Paulo) Encontro Provincial da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento (Rondinha) Ordenação presbiteral de Frei Robson Luiz Scudela (Coronel Freitas)
Novembro 07 07 a 18 08 12 a 15 19 21 28 28 29 a 01
Encontro do Regional do Vale do Itajaí - recreativo (Vila Itoupava) Tempo Forte do Definitório Geral Conselho do Secretariado da Evangelização (Vila Clementino) Estágio Vocacional (Guaratinguetá) Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense – recreativo (Paty do Alferes) Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São Sebastião) Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense Encontro do Regional de Agudos – recreativo Reunião do Definitório Provincial
DEZembro 01 e 02 05 05 05 12 12 e 13 12 e 13 12 e 13 12 a 16
Jubileus dos confrades (São Paulo – S. Francisco) Encontro do Regional de Pato Branco (Pato Branco) Encontro do Regional de Curitiba-recreativo (Caiobá) Encontro do Regional de São Paulo (Bragança) Encontro do Regional do Espírito Santo – recreativo Encontro do Regional do Leste Catarinense (Florianópolis) Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí - recreativo Encontro do Regional do Contestado (Piratuba) Tempo Forte do Definitório Geral
janeiro 2017 19 a 22
Missão Franciscana da Juventude (Curitiba)
Março 06 13 27
Encontro do Regional do Espírito Santo (V. Velha – Santuário) Encontro do Regional do Vale do Paraíba (Guaratinguetá – Seminário) Encontro do Regional de Agudos (Agudos)