| JULHO - 2015 | ANO LXII • No 07 |
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
CAPÍTULO GERAL 2015
Desafios
Sumário
Mensagem do Ministro Provincial
Desafios e provocações do Capítulo Geral para nossa Província...................................................................................247
SAV
Ordenação diaconal de Frei Jean Ajluni.............................................................................................................................................250 Encontro vocacional reúne 21 jovens no Sagrado....................................................................................................................253
Formação e Estudos
Conheça os aspirantes de Lages.............................................................................................................................................................254 Depoimento de uma vocacionada da USF.....................................................................................................................................254 Frei Anselmo celebra 91 anos de idade em Ituporanga.......................................................................................................255 Postulinter Internacional em Guaratinguetá..................................................................................................................................256 “Estrela D’Alva”, poema de Frei Walter...................................................................................................................................................257 Frei Ludovico convida para jubileu de 50 anos de vida sacerdotal..............................................................................257 Convento São Boaventura realiza “Tarde com Maria”..............................................................................................................258 Encontro de religiosos (as) de profissão temporária em Curitiba..................................................................................258 Retiro em Rondinha: a Eucaristia, presente de amor...............................................................................................................259 A natureza: ela é muda ou o ser humano não sabe ouvi-la...............................................................................................260
ESPECIAL SANTO ANTÔNIO
Valongo celebra 375 anos de fé e devoção....................................................................................................................................262 Pari celebra o seu padroeiro........................................................................................................................................................................268 A festa do Largo São Francisco é de Santo Antônio.................................................................................................................270 Vila Clementino: sol e devoção no dia de Santo Antônio....................................................................................................271 Kibala: o presente de Santo Antônio....................................................................................................................................................272 Bauru celebra com Padroeiro 60 anos de Paróquia..................................................................................................................274 Niterói: Trezena da Porciúncula festeja 50 anos da Paróquia.............................................................................................274 Tradição e fé no Largo da Carioca...........................................................................................................................................................275 Sorocaba: 59ª festa de Santo Antônio.................................................................................................................................................276 Florianópolis: festa na Ilha.............................................................................................................................................................................277 Rondinha: Santo Antônio do povo de Deus..................................................................................................................................277
FRATERNIDADES
Matriz São Pedro de Pato Branco celebra 50 anos....................................................................................................................278 PVF: Missão Franciscana em Registro...................................................................................................................................................281 Encontro Regional do Alto Vale do Itajaí e Serra Catarinense...........................................................................................282 Regional do Vale do Itajaí...............................................................................................................................................................................282 Encontro do Regional Rio-Baixada.........................................................................................................................................................283 Sagrado: Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.....................................................................................................284 Ação solidária une Pato Branco e Xanxerê.......................................................................................................................................285
EVANGELIZAÇÃO
Sefras: 15 anos. Uma história de construção da atuação social franciscana..........................................................286 Bom Jesus: Congresso Internacional Franciscano abre inscrições................................................................................288 JPIC: CRB propõe maior engajamento de religiosos................................................................................................................289 Notícias de Malange..........................................................................................................................................................................................290 Homenagem a Frei José Antônio...........................................................................................................................................................291
DEFINITÓRIO PROVINCIAL
Notícias do encontro realizado de 16 a 18 de junho...............................................................................................................292
CAPÍTULO PROVINCIAL
Visita Canônica 2015.........................................................................................................................................................................................296 Carta anunciando Frei Nestor Schwerz como Visitador Geral.........................................................................................297
FALECIMENTO
Frei Nilton W. Steckert.......................................................................................................................................................................................298 Lançado o livro de Frei Lency um ano após a sua morte.....................................................................................................299
AGENDA ..........................................................................................................................................................................................................300 Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | ofmimac@franciscanos.org.br
Mensagem
Desafios e Provocações do Capítulo Geral PARA nossa Província Caríssimos irmãos e irmãs, Que o Senhor vos dê a Paz e todo o Bem! a mensagem deste mês partilho com você, caro leitor e leitora das nossas Comunicações, algumas impressões e destaques do último Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores. Este maravilhoso acontecimento da nossa Ordem, com a pela presença de 127 frades dos cinco Continentes, foi celebrado em Assis entre os dias 10 de maio a 07 de junho de 2015. Certamente todos vocês tiveram oportunidade de acompanhar a celebração do Capítulo Geral através dos comunicados diários apresentados nos Sites da Ordem (www.ofm.org) e da Província (www.franciscanos. org.br), ilustrados com fotografias e vídeos. Alguns destaques significativos: 1. A alegria do encontro na universalidade da Ordem O primeiro e grandioso momento do Capítulo Geral se deu na alegria da chegada e do encontro de Frades procedentes de mais de 60 países, todos trazendo consigo a rica história de cada cultura na diversidade de línguas e costumes, mas que imediatamente se identificaram como “irmãos dados pelo Senhor” na vivência da mesma Regra e Forma de vida. Irmãos Menores que chegaram à Porciúncula de São Francisco, como na primeira primavera franciscana, com as mesmas inquietações: como atualizar a forma do Santo Evangelho (Regra) e transformá-la em Vida a ser vivida no nosso tempo? (Tema do Capítulo). A universalidade da Ordem tam-
bém se manifestou nos relatórios apresentados nos primeiros dias do Capítulo: do Ministro Geral e secretariados, do Economato Geral, dos Presidentes das 13 Conferências da Ordem e do Custódio da Terra Santa. A universalidade também esteve presente nos muitos vídeos apresentados ao longo do Capítulo que, sem sombra de dúvida, retratam a riqueza da universalidade das Entidades da Ordem (Províncias e Custódias) e que, ao mesmo tempo, não escondem alguns contrastes existentes: entidades preocupadas em manter e apresentar belas e grandes estruturas, às vezes com pouca presença do ‘povo de Deus’, e entidades inseridas em meios populares (Igreja em saída); entidades que vivem a crucial experiência do ‘outono’ vocacional e entidades primaveris e dinâmicas, com expressivo florescimento vocacional. Contrastes que, por sua vez, também perpassam as fraternidades das entidades da Ordem! Outro ponto significativo da universalidade da Ordem aconteceu nos momentos de saudação e condivisão da nossa vocação e missão com toda a Família Franciscana: Frei Frei Mauro Jöhri, Ministro Geral dos Capuchinhos, apresentounos uma meditação no dia da abertura do Capítulo. Depois, no dia 25 de maio, esta partilha se deu com as
presenças e saudações de Frei Stefan Kozhu (Vigário Geral dos Capuchinhos), Frei Marco Tasca (Ministro Geral dos Conventuais), o irmão Tibor Kauser (Ministro Geral da OFS) e Irmã Klara Simunovich (Representante da Conferência Internacional dos Institutos da Terceira Ordem Regular). A linguagem comum foi: continuar a trabalhar juntos, unir esforços, promover a mútua colaboração entre os diferentes
ramos da frondosa árvore da nossa Família Franciscana. 2. Eleição do novo Governo da Ordem O Capítulo de Pentecostes foi um Capítulo eletivo! Nesse sentido os frades capitulares reelegeram Fr. Michael Anthony Perry e Fr. Julio Bunader para Ministro e Vigário Geral de toda a Ordem dos Frades Menores. E, na sequência, as Conferências e/ou união de algumas Conferências, apresentaram seus candidatos para Definidor Geral da Ordem dos Fra| Comunicações | Julho 2015 |
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des Menores. E assim foram eleitos (por nacionalidade e Conferência/ ou união de Conferências que representam): Fr. Valmir Ramos (Brasil, UCLAF), Fr. Ignacio Ceja (México, UCLAF), Fr. Antonio Scabio (Itália, UFME), Fr. Ivan Sesar (Bósnia-Herzegovina, UFME), Fr. Lóránt Orosz (Hungria, UFME), Fr. Lino Gregorio Redoblado (Filipinas, FACO), Fr. Nicodème Kibuzehose (Quênia,Conferência Africana), Fr. Kevin Caoimhín Ó Laoide (Irlanda, Conferência Anglófona, ESC). 3. As celebrações nos Santuários Franciscanos Ao longo do Capítulo Geral foram vários os momentos celebrativos comunitários realizados em Nossa Senhora dos Anjos (Porciúncula), São Damião, nas basílicas de Santa Clara e São Francisco, bem como as visitas e celebrações nos Santuários de Greccio e Fonte Colombo, no Vale do Rieti, e Monte Alverne. Estas celebrações nos remeteram a um olhar de gratidão ao passado da nossa Ordem e que, ao mesmo tempo, continuam a ser fontes inspiradoras e provocativas para continuarmos a viver a utopia e a paixão de Francisco e Clara nos desafios e contrastes da humanidade do nosso tempo. 4. Encontro com o Papa Francisco No dia 26 de maio, os frades capitulares e os que estavam a serviço do Capítulo viajaram de Assis a Roma (Vaticano) para uma visita fraterna ao Papa Francisco que, gentilmente, acolheu-nos na Sala Clementina. Após as palavras de saudação do Ministro Geral, Frei Michael Perry, o Papa Francisco dirigiu suas palavras de pastor e pai a toda Ordem dos Frades Menores. O Papa centrou suas palavras nos dois eixos centrais
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do carisma franciscano, tema do Capítulo: a Minoridade e a Fraternidade no hoje da história. Disse o Papa: “A MINORIDADE convida a sermos e a sentirmo-nos pequenos diante de Deus, confiando-nos totalmente à sua infinita misericórdia” A minoridade convidanos a “sairmos das nossas estruturas e testemunhar uma concreta aproximação aos pobres, aos necessitados, aos marginalizados, em uma autêntica atitude de partilha e serviço”. Da mesma forma, continuou o Papa Francisco, a “dimensão da FRATERNIDADE pertence de maneira essencial ao testemunho evangélico... A família religiosa de vocês é chamada a exprimir esta fraternidade concreta, mediante o resgate da confiança recíproca nas relações interpessoais, a fim de que o mundo veja e creia, reconhecendo que o amor de Cristo cura as feridas e unifica” (E o Papa fez questão de acentuar “o resgate da confiança recíproca”!). Ao final das suas admoestações, ao fazer menção do ‘hábito franciscano’, disse: “Vocês conquistaram uma autoridade moral junto ao povo de Deus com a minoridade, com a fraternidade, com a brandura, com
a humildade, com a pobreza. Por favor, conservem-na! Não a percam! O povo quer bem a vocês, ama vocês”. E a seguir, pacientemente, saudou a cada um dos frades presentes e enviou-nos em missão com a oração do Angelus e a sua Bênção Apostólica. 5. As Propostas do Capítulo Geral Seja no relatório do Ministro Geral como nos diferentes grupos de estudo e de trabalho, foi voz unânime entre os capitulares de não se elaborasse um elevado número de mandatos/decisões que depois seriam peso e nem sempre possíveis de serem executados. A intenção maior foi a de indicar linhas diretivas que poderiam nos orientar para vivermos no ‘tempo de hoje’ nossa vocação e missão de ‘Irmãos e Menores’. Assim sendo, as propostas do Capítulo Geral passam pelas seguintes questões: a igualdade entre os irmãos (leigos e sacerdotes); o fortalecimento nas relações fraternas nas entidades; o projeto fraterno de vida e missão; a promoção da formação permanente e inicial; a questão da fidelidade e da perseverança dos irmãos; a formação missionária; os centros de estudo e a
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formação acadêmica; a dimensão da vida contemplativa; a vida de pobreza e o compromisso social com os pobres e com toda a criação; as questões de administração e de economia transparente e solidária (Ratio Econômica); as frentes missionárias da Ordem. Estas decisões capitulares deverão chegar a nós bem formuladas no segundo semestre, após o período de recesso (férias). 6. O Documento Final do Capítulo Da mesma forma deverá chegar a todos nós a redação definitiva do documento final do Capítulo. Este documento deseja oferecer o conjunto das preocupações do Capítulo e, por isso, é um texto inspiracional e orientativo no sentido de oferecer a todos os irmãos da Ordem dos Frades Menores uma nova energia e um novo entusiasmo no caminho que nos é proposto. O título deste documento final, Ir às periferias com a alegria do Evangelho - enquanto “Frades e Menores no nosso tempo” – também quer ser nossa resposta às proposições do Papa Francisco na Evangelii Gaudium, nas proposições para o Ano da Vida Consagrada,
Ano da Misericórdia e atentos à Encíclica Laudato si’ que estava prestes a sair. Este documento final, atento às preocupações da Ordem num mundo de grandes mudanças e transformações, deseja ser uma mensagem de esperança e de encorajamento. Por isso, o texto central do documento nos remete à escuta da Palavra de Deus, fazendo referência a quatro imagens bíblicas para ajudarnos na reflexão e na compreensão das prospectivas do Capítulo Geral. As imagens bíblicas são: a) A tempestade acalmada (Mt 8,23-27); b) O tempo do exílio da Babilônia (Ez 16,8; Sl 51,19; Jer 31,33, Ez 37); c) O cego Bartimeu (Mc 10, 46,52); d) Abraão e Sara (Gen 21,5; Gn 17,17, Gen 18,3). Estas referências bíblicas nos questionam, enquanto ‘Frades e Menores no nosso tempo’, nos diferentes aspectos da nossa vida (vocação e missão): a nossa vivência concreta da fé num mundo secularizado; a qualidade da nossa vida de oração e vida fraterna; a atualidade da nossa evangelização mais atenta aos sinais dos tempos; a misericórdia que devemos ter para com todos os leprosos de hoje; o pro-
fetismo da fraternidade e da minoridade para combater todas as formas de solidão e isolamento em todos os níveis (humano, relacional, econômico); a má administração dos bens temporais que são bens da fraternidade e do povo de Deus (transparência em todos os níveis: pessoal, fraternidades, Entidades e Ordem); a alegria e a felicidade que devemos ter, principalmente quando estamos entre as pessoas mais pobres, fracas, enfermas e abandonadas em todas as periferias existenciais; as perspectivas e as esperanças vocacionais que nascem da acolhida e da hospitalidade; etc. Enfim, muitos foram os desafios que emergiram ao longo do Capítulo Geral. Também posso dizer que os desafios da Ordem são provocações que tocam a nossa Província. Iniciamos nossa preparação para a Celebração do Capítulo Provincial. Que possamos, como no Capítulo Geral, deixar-nos conduzir pela esperança e acreditar na potencialidade de cada confrade e empenhar-nos na PERMANENTE FORMAÇÃO (formação permanente e inicial) a fim de sermos ainda mais proféticos nas nossas ‘Frentes de Evangelização’: Missões, Paróquias/Santuários, Solidariedade, Educação e Comunicação. Possa o apelo do Papa Francisco, que aqui repito nesta conclusão, induzir-nos cada dia à conversão ao Evangelho, a exemplo de São Francisco de Assis: “Vocês conquistaram uma autoridade moral junto ao povo de Deus com a minoridade, com a fraternidade, com a brandura, com a humildade, com a pobreza. Por favor, conservem-na! Não a percam! O povo quer bem a vocês, ama vocês”. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM Ministro Provincial | Comunicações | Julho 2015 |
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Ordenação diaconal
O DIÁCONO FREI JEAN FREI GABRIEL DELLANDREA
s sinos da Igreja Bom Jesus dos Perdões no centro de Curitiba soavam indicando que era a hora da missa, comumente celebrada às 5h15 da tarde. Todavia, no sábado, dia 6 de junho, além da Celebração Eucarística e da Trezena de Santo Antônio, Frei Jean Carlos Ajluni de Oliveira as-
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sumia diante da comunidade local, dos confrades, familiares, amigos e do Bispo Arquidiocesano Dom José Antônio Peruzzo o compromisso do ministério diaconal. Frei Jean escolheu como lema de sua ordenação o versículo bíblico: “Se alguém me quer servir, siga-me; e, onde eu estiver, estará ali também o meu servo” (Jo 12,26). Nesse sentido, o ordenando assu-
miu com muita alegria o trabalho de servir o altar do Senhor, tendo como base desse ministério os diáconos das primeiras comunidades cristãs. Durante o Rito da Ordenação Diaconal, o bispo Dom José perguntou a Frei João Mannes, guardião do Convento São Boaventura e confrade de Frei Jean, sobre a idoneidade do candidato para
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o ministério a ser oferecido a ele. Como resposta, Frei João disse que tendo sido consultado os seus professores e formadores, bem como as comunidades por onde o ordenando atuou em atividades pastorais, o frade foi considerado idôneo para assumir o compromisso de ser um diácono na Igreja. Sendo assim, em suas calorosas palavras de estímulo para o
ordenando, Dom José deixou bem claro que Frei Jean deve ter como principal inspiração de sua vida a Palavra de Deus, aquela que ele mesmo passará a proferir nas celebrações como uma das funções do diácono. Além disso, o bispo enfatizou que destas Santas Palavras o ordenando jamais deve se afastar, embora venham as dificuldades na missão. Por isso, o pastor, segurando em suas mãos a Palavra de Deus, disse: “Deixo-vos uma recomendação, que o seu falar brote de uma fé íntima, de uma Graça de Deus”. O arcebispo recordou que na espiritualidade franciscana o seguimento de Jesus se dá também nos momentos de intimidade com o Pai, lembrando a oração que Francisco de Assis fazia em seus momentos de meditação: “Meu Deus e
Meu Tudo!”. Dessa forma, lembrou que o diácono e toda a comunidade não devem tirar Deus de suas escolhas. Como a comunidade local celebra a novena de Santo Antônio, muito tradicional na cidade de Curitiba, na homilia também foi destacado que o falar do Santo de Pádua sempre foi eco de uma fé professada, cultivada e aprofundada, e por isso serve de exemplo para a comunidade e para o futuro diácono. Depois do Rito da Ordenação, onde o ordenando fica de joelhos diante do bispo, é comum que o neodiácono seja recebido ao ofício pelo pastor com um abraço. Quem estava próximo da cena escutou que ao convidar Frei Jean a se levantar, o arcebispo disse “Força, Meninão!”, fazendo alusão à perseverança do frade no ministério recebido. É notório destacar que se fez presente na celebração um padre ortodoxo, Samaan Nassri, que, segundo Frei Jean, está morando em Curitiba, pois a Igreja na qual ele | Comunicações | Julho 2015 |
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era sacerdote na Síria foi alvo de ataques, tendo sido incendiada. Sendo assim, o próprio arcebispo se alegrou muito com a presença deste irmão, e reforçou que quem nos une é o mesmo Cristo, e é por causa disso que somos filhos de um mesmo Pai. No final da celebração, o ordenando fez seus agradecimentos a Deus, à Igreja, à Ordem, à Província, à sua família, aos confrades de sua fraternidade, aos amigos e convidados que se fizeram presentes nesta ocasião. Além disso,
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como que para fechar com “chave de ouro”, Frei Jean convidou seus confrades para o ajudarem a entoar o “Tota Pulchra”, oração que louva Maria, a mãe de Jesus. Esta canção é entoada nos conventos pedindo à Nossa Senhora pela perseverança dos religiosos. O neodiácono então dedicou esta oração pelo bom desempenho de sua missão. Desejamos a Frei Jean que o seu diaconato seja a transparência da bondade do alto que Deus sempre quis revelar aos seus! “Se alguém me quer servir, siga-
-me; e, onde eu estiver, estará ali também o meu servo” (Jo 12,26). Frei Jean começou a exercer o Ministério do diaconato na Celebração Eucarística deste 10º Domingo do Tempo Comum, no Convento São Boaventura.
SAV
Encontro vocacional reúne 21 jovens no Sagrado FREI JEÂ PAULO DE ANDRADE
os dias 12 a 14 de junho aconteceu em Petrópolis, no Convento do Sagrado Coração de Jesus, o encontro vocacional com jovens dos estados do Norte da Província: Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ao todo estiveram presentes sete jovens vocacionados advindos das fraternidades do Rio e dez do Espírito Santo, mais particularmente das cidades que compõem a Grande Vitória. Alguns aspirantes que estão no período das FAV em São João do Meriti e Vila Velha também puderem participar. Os dois dias foram de intenso
convívio, partilha de experiência de vida e conhecimento do carisma e espiritualidade franciscana com fortes momentos de oração e devoção. No sábado à tarde foi feita uma visita à fraternidade Nossa Senhora de Guadalupe no bairro Osvaldo Cruz. Eles puderam perceber nessa fraternidade inserida a beleza do ser franciscano, que não está no lugar, espaço físico, mas na intenção e experiência de quem aí vive. Frei Sandro falou sobre as muitas atividades que são desenvolvidas na comunidade e a presença franciscana ajuda não só o povo, mas também os frades. Apesar dos muitos degraus, os vocacionados gostaram muito da acolhida simples e fra-
terna. Esse passeio terminou com um momento mariano no Trono de Fátima. O encontro preparado pelo SAV foi muito bem avaliado pelos vocacionados que voltam para suas atividades com o vigor renovado e uma busca ainda mais clara sobre o seu chamado vocacional. À fraternidade do Sagrado, um agradecimento especial, pois mesmo em meio aos festejos de Santo Antônio e do Sagrado Coração de Jesus, possibilitou uma calorosa acolhida, num ambiente fraterno e familiar. Que os frades da Província possam se entusiasmar com a alegria do chamado desses jovens e ajudá-los no discernimento vocacional. | Comunicações | Julho 2015 |
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Formação e Estudos
OS ASPIRANTES DE LAGES Frei Tarcísio Theiss
sta faltando um mês e já estamos sentindo como será quando eles não mais estarão conosco. Pois existe uma grande amizade entre nós, uma convivência bastante fraterna. Ajudam-nos na fraternidade, nos serviços de casa, nas visitas aos doentes físicos e mentais, acompanhando-nos nas comunidades do interior e da periferia de Lages. A formação este ano está comigo, Frei Tarcísio, com Frei José Lino, com a Odete da OFS, com a irmã Madalena, clarissa, e também o pároco Frei Vilmar. E ainda tem mais... Ficarão alguns dias em Ituporanga e Curitibanos que são nossas fraternidades do Regional. Por princípio, estamos dando formação todos os dias. Desejamos aos nossos aspirantes paz e perseverança, e que a cada dia renovem, com cada vez mais confiança, o seu “sim.”
Nossos aspirantes, Moisés e Renan, até machado e facão tiveram que manejar. O lobo, nosso guarda, faz a festa com eles. Muitas brincadeiras para remover um galho de nosso cipreste centenário, no quintal do convento.
Depoimento Frei THIAGO HAYAKAWA
Stephanie Peres é aluna da USF-Swift e, após começar o seu discernimento vocacional, hoje concilia os primeiros passos na vida consagrada com a formação acadêmica. Na USF participa das atividades da Pastoral no Grupo de Oração e nas Celebrações da Eucaristia. Jundiaí, 20 de maio de 2015. É com grande alegria e amor que dirijo a vocês, jovens, meu testemuque ser jovem e ser de |Deus é, Comunicações | Julho 2015 254nho|de
simplesmente, a melhor escolha que podemos ter. Há 2 anos e 1 mês eu me abri e dei meu sim a Deus, ao chamado, vocação que ele me convidava a seguir. Essa primeira parte não me atrapalhou em ser jovem, mas ajudou ainda mais e há exatamente 20 dias estou vivendo a continuação desse sim. Com toda certeza continuo sendo jovem do mesmo jeitinho que antes, mas com a vontade cada vez maior de viver o amor de Deus na minha opção de vida. Hoje resido no convento Santa Teresa, em Jundiaí. Passo o meu
dia a dia com 4 irmãs e mais uma jovem que faz a caminhada comigo. Tenho minha vida de oração, realizo e participo de alguns trabalhos por elas desenvolvidos na áreas de educação de jovens e crianças e, no período noturno, sou estudante do curso de Engenharia Ambiental, no 5° semestre. Afirmo a cada um que sou muito feliz pela história que Deus está fazendo em minha vida e te convido também a experimentar esse amor de Deus, pois é possível e, mais que isso, é maravilhoso ser jovem e ser de Deus. “Só Deus basta”, Santa Teresa. Abraço, Sthefanie.
Formação e Estudos
Frei Anselmo celebra 91 anos de idade com a fraternidade e sua família! Matheus Rodrigues da Luz
Fraternidade do Seminário São Francisco de Assis se alegrou no domingo, dia 31 de maio, com o aniversário do sênior da casa, Frei Anselmo Júlio München, que celebrou seus 91 anos de idade. Como ele mesmo disse, são 91 anos de muitas pro-
vações, mas, pela força e graça de Deus, superadas. Fizeram-se presentes, para celebrar este grande dia, mais de 30 parentes e amigos do frei, que vieram do Rio Grande do Sul e de proximidades catarinenses. Entre eles estava presente sua irmã, Dona Ilca Maria, que no sábado, dia 30, celebrou seus 89 anos de idade.
Foi uma grande festa entre os confrades do aniversariante, os seminaristas e os convidados. |Nos 91 anos de vida, Frei Anselmo dedicou 65 deles à Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e é por este grande esforço que nós louvamos a Deus pela vocação do nosso querido e amado frade.
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Formação e Estudos
POSTULINTER INTERNACIONAL THIAGO SANTOS, POSTULANTE
conteceu entre os dias 9 e 11 de junho, no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), a segunda etapa do Postulinter 2015. Conduzido pela Ir. Júlia Irio, da Congregação das Capuchinhas Terciárias da Sagrada Família, o encontro teve a presença de 37 pessoas, em especial as postulantes e formadoras das Irmãs Mensageiras do Divino Mestre e Instituto Jesus, Maria e José, que, pela primeira vez, participaram do encontro conosco. Neste segundo encontro, Irmã Júlia nos motivou de forma clara, objetiva e dinâmica ao falar sobre as decisões que impulsionaram nossos santos fundadores a abandonarem tudo para abraçar um bem maior que é Jesus Cristo. Na noite da quarta-feira, realiza-
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mos uma festa junina com quadrilha e comidas típicas. Foi um momento também de intercâmbio cultural, já que estavam em nosso meio duas postulantes angolanas e uma peruana, que apresentaram músicas de suas regiões.
O Postulinter, que se encerrou com o almoço na quinta- feira, foi um encontro de partilha e profundo aprendizado. E nós, postulantes, aguardaremos ansiosamente pelo próximo encontro no mês de agosto deste ano.
Formação e Estudos
ESTRELA D’ALVA
Eu vi um dia a Estrela d’alva linda, Na borda azul do céu do meu ideal, Então eu cri que estava forte ainda, Para lutar, vencer - guerreiro, o mal. Sempre e constante aquela Estrela vi, Em meio às curvas que me fez o mundo, E então as dores que eu provei, sofri, Trago-as na luz do meu sentir profundo. É que essa Estrela brilha em minha vida, Nessa jornada linda assim florida, Plena de fé no peito meu de fogo!... E vou além, feliz, na estrada norte... E quero assim viver até a morte, Sonhando a Estrela pra você também... Frei Walter Hugo de Almeida
Missa em ação de graças a Deus pelos 50 anos de Vida Sacerdotal de
“Eu vim para servir”
Frei Ludovico Garmus, OFM 1965 – 2015 Dia 25 de julho, às 19h Igreja São Luís Gonzaga Centro Dia 26 de julho, às 10h Capela de Nossa Senhora da Salete Vila Tigre
Xaxim, SC Tel.: (49) 3353-1093 Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
“Fazei isto em memória de mim” | Comunicações | Julho 2015 |
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Formação e Estudos
Convento São Boaventura realiza “Tarde Com Maria” Frei Marcos Schwengber
ara concluir este mês mariano, depois de assistirmos a vários Minutos com Maria (um minuto sobre cada título dado a Nossa Senhora) e de conhecermos um pouquinho da história que é devida a cada título, nos quais percebemos quão grandiosa é a Mãe de Deus e nossa, realizamos a “Tarde com Maria” no Convento São Boaventura. Esta bela celebração teve apenas duas horas, todavia foi vi-
vida com muito afinco por todos os frades e também, por leigos que participaram conosco. A celebração deu-se início com o Ofício de Nossa Senhora e, em seguida, em procissão, cantando a Ladainha de Nossa Senhora, fomos ao refeitório do convento, onde foi servido chá e quitutes; tudo isso ao som de piano, flautas, violão e violino. Os frades fizeram várias apresentações ao mesmo tempo em que todos estavam à vontade, saboreando o que lhes era servido
e também conversando, em clima de fraternidade. Assim sendo, para concluir este mês verdadeiramente com chave de ouro, não podia faltar a coroação de Nossa Senhora. E assim se procedeu. Crianças que estiveram conosco foram convidadas a coroar a Mãe, à qual é dedicado o mês de maio. Modéstia à parte, foi uma tarde rica de convivência, oração, animação e devoção a nossa Mãe. A todos que puderam participar conosco, fica o nosso agradecimento.
Encontro dos religiosos (as) de Profissão Temporária em Curitiba (Juninter) Frei David Belinelli
Nos dias 23 e 24 de maio, realizou-se na casa de encontro e formação das Irmãs do Verbo Encarnado, em Curitiba (PR), o 1º Juninter - Encontro dos Religiosos(as) de Profissão Temporária, em Curitiba, promovido pela CRB. Trata-se de um encontro dos religiosos (as) em formação depois da etapa do noviciado. Quem conduziu o encontro foi Padre Marcial Marçaneiro, SCJ, | Julho 2015 | 258 | Comunicações
que trouxe reflexões do Papa Francisco, tendo destaque maior a Carta Apostólica “Alegrai-vos”, escrita pelo Papa por ocasião do Ano da Vida Consagrada. Neste Juninter participaram 70 religiosos e religiosas de Profissão Temporária das seguintes Congregações: Irmãos Maristas, Saletinos, Carmelitas Descalços, Frades Capuchinhos, Irmãs Catequistas Franciscanas, Irmãs de Jesus Misericordioso, Irmãs Salesianas do Dom Bosco, Irmãs
Beneditinas da Divina Providência, Irmãs Passionistas, Irmãs do Sagrado Coração de Jesus e nós, Frades Menores. Durante os dois dias, abordou-se a vida religiosa pautada na alegria do Evangelho. Refletiu-se sobre a humanidade de Jesus. Assim, todos nós, religiosos e religiosas, somos motivados a viver uma vida consagrada a partir do encontro com o Cristo, revelando um testemunho de vida aos irmãos, através do serviço à humanidade frágil.
Formação e Estudos
RETIRO: A Eucaristia, presente de Amor Frei Jhones Lucas Martins
os dias 4 e 5 de junho, nós, da Fraternidade São Boaventura, estivemos reunidos em retiro, assessorado pela Irmã Elisa, irmã franciscana de São José. O tema que nos foi proposto foi: A Eucaristia, presente de Amor. Eucaristia, nosso alimento, que é presente deixado a nós por Jesus, que também se faz presente todos os dias no altar por nós. Refletimos também sobre como
nós, religiosos, estamos em uma dinâmica eucarística. Dinâmica essa formada pela contínua partilha de si. Foi-nos proposto logo de início pensar como cada um compreende Eucaristia em sua vida, pois essa forma de interpretação é a porta de acesso para se viver o mistério. A Eucaristia também é um movimento de encontro, entre nós e o Cristo. Encontro esse que nos leva a sair de nós mesmos e irmos ao encontro do irmão. Foram também refletidas algumas das dimensões
que a Eucaristia possui como: relação entre nós e o Cristo; a dimensão oblativa de entrega de seu corpo a nós; o caráter de transformação que ela nos dá, pois através da comunhão nos tornamos Cristo para os irmãos; mariana, pois a exemplo de Maria, somos chamados a ser sacrários de Jesus; eclesial, pois amar a Eucaristia é amar a Igreja onde ela nasceu; missionária, pois sou chamado a levar, a ir, a revelar o rosto do Cristo aos que ainda não o conhecem. Somos também chamados a ser pessoas eucarísticas. Tornarmo-nos inteiramente pessoas feito oração, feito eucaristia, feito corpo e sangue de Cristo. A cada comunhão entramos nesse movimento. Somos convidados à entrega à comunidade para que haja de fato irmãos uns dos outros. Às 16 horas, celebramos a Santa Missa. E como era a primeira sexta-feira do mês, celebramos a missa em honra ao Sagrado Coração de Jesus. Que esse coração humilde e manso, nos dê força para sempre nos doarmos uns aos outros em uma contínua construção da civilização do amor. Amém! | Comunicações | Julho 2015 |
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Formação e Estudos
ITF
A NATUREZA: ELA É MUDA OU O SER HUMANO NÃO SABE OUVI-LA? Frei Juliano Fachini Fernandes
noite do último dia 10 de junho, no ITF, foi especial. Contamos com a presença de Moema Miranda para a “noite cultural” então promovida. Ela discorreu sobre a crise hídrica no país da abundância. Para quem falta água? Com sugestivas palavras e imagens, apresentou a realidade hídrica do Planeta e como ela é administrada, particularmente no Sudeste brasileiro. A professora Moema – Antropóloga, Diretora do IBASE (Instituto de Análises Sociais e Econômicas), membro da OFS e Professora do Instituto Teológico Franciscano –, abriu sua fala, apresentando dois pontos fundamentais: a) “A natureza é atormentada por uma sede imensa”; b) “o Divino e o humano se encontram na mesma fonte”. A partir dessas afirmações, que despertam reflexão, ressaltou que a crise da água no Planeta começou num momento determinado. Muitas intervenções do ser humano conduzidas por sua ganância, através de construções de hidrelétricas, estradas asfálticas, desmatamento em função da valorização imobiliária, canalização de rios para construção de avenidas, entre inúmeras outras, dificultam sempre mais a respiração do Planeta. Um exemplo é o da cidade de São Paulo, cuja população, de 1940 a 2000, se viu acrescida de aproximadamente 10,4 milhões de habitantes, acarretando áreas de risco, enchentes e falta de saneamento. Essa cidade tem tido maior destaque na mídia nos últimos tempos, pela falta de água. A maior parte de sua área é coberta por construções e asfalto, não deixando, por conseguinte, que a água da chuva
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se infiltre na terra e siga seu fluxo natural. E, ela é parte do todo, que igualmente se ressente com mudanças climáticas. O ser humano é interpelado à administração dos bens da Terra, entre eles a água. A palestrante enfatizou que o ser humano não está situado externamente à natureza, mas é parte integrante da mesma, sendo esta, no conjunto, um imenso dom. E destacou mais: “Muitos acham que a natureza não reclama e que ela não fala, que ela é muda”. E perguntou: “Podemos concordar com estas afirmações ou o ser humano não sabe ouvi-la?” A Terra está dando seu grito, fazendo sua profecia através de enchentes, terremotos, furacões, ondas de calor e frio insuportáveis, geleiras derretendo e o mar subindo. Ela grita, faz sua profecia, nos avisa que temos de mudar nosso comportamento, nosso estilo de vida ou não terá mais vida! A importância que a natureza ti-
nha para São Francisco de Assis, que respeitava todas as criaturas e as tratava como “irmãs” e “irmãos” foi trazida com ênfase, como inspiração para a aludida mudança de atitude em relação à Terra. Com urgência, precisamos tomar consciência de que a Mãe-Terra está chegando (se já não chegou) ao ponto de não mais comportar a agressão do ser humano. Ela é bela, mas é um bem limitado. Rezemos a São Francisco de Assis, para que interceda junto a Deus, a fim de que mais pessoas tomem consciência de que necessitamos do Planeta saudável e que isto depende também e sobretudo delas. O evento foi entremeado com vários números musicais e simbólico-teológicos relacionados à questão ambiental, e à água, em particular, apresentados por dois grupos de estudantes do ITF (um deles, o de nossos confrades angolanos), liderados por Frei Vitório Mazzuco Filho.
Especial
Acompanhe, neste Especial, os festejos de Santo Antônio nas Paróquias, Conventos e Santuários da Província. | Comunicações | Julho 2015 |
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Especial
VALONGO
375 anos
de fé e devoção
Moacir Beggo
Festa de Santo Antônio do Valongo, em Santos, foi mais longa neste ano: Ela começou no dia 31 de maio e só terminou no dia 20 de junho. Mais do que celebrar o Padroeiro, Santos celebrou os 375 anos de fundação do Santuário do Valongo. Ou seja, o 15º ano jubilar. A celebração jubilar teve como tema “375 anos de fé e devoção” e o lema “Eu vim para servir”, tomado da Campanha da Fraternidade
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deste ano. Frei André Becker, reitor do Santuário, abriu as celebrações no dia 31 de maio, destacando a importância histórica para a Igreja e para a cidade de Santos. No 7º dia da Trezena, 7 de junho, Frei André voltou ao tema para homenagear a todos que ajudaram e ajudam a manter viva essa tradição e devoção no Valongo. Para representar a comunidade do Valongo, que não poupa esforços e dedicação com os frades neste trabalho de evangelização, Frei André lembrou Dª Cotinha – Maria Pinto Martinho
– que dedicou grande parte de sua vida ao Santuário. Na sua pregação, Frei André partiu de Santo Antônio, destacando aspectos de sua vida de santidade, recordou um pouco a história do Valongo até chegar aos dias atuais. “Esse legado franciscano e antoniano veio com os portugueses para o Brasil. No Valongo, a presença franciscana começou quando Santos ainda era uma vila dependente de São Vicente. Nesses 375 anos, a Igreja viveu momentos de altos e baixos, de crescimento mas
Especial
também de decadência. E quando falo Igreja, não estou falando só do templo mas da comunidade que sobreviveu com fé e coragem”, disse, destacando também a secular presença da Ordem Franciscana Secular (OFS) e da Juventude Franciscana (Jufra).
Frei André agradeceu a todas as pessoas que dedicaram e dedicam sua vida a este Santuário e continuam a escrever essa história (veja box sobre o casal Vera e Osvaldo). Infelizmente, Frei André não pôde participar dos últimos dias da Trezena, pois o agra-
Frei André, reitor do Santuário
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Especial
vamento do estado de saúde de sua mãe obrigou-o a viajar para Ituporanga (SC). A Província Franciscana da Imaculada Conceição, responsável por essa presença de quase quatro séculos no litoral paulista, esteve representada pelo Vigário Provincial, Frei Estêvão Ottenbreit e pelo Definidor Frei Mário Tagliari, que participaram da Trezena. Além do governo provincial, o Santuário convidou as comunidades e sacerdotes da Diocese para participarem deste momento festivo.
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“É muito bonito ver que a presença franciscana continua viva no Valongo”, observa Frei Estêvão, destacando a importância do Santuário para a cidade. “É um marco por sua arquitetura sacro colonial e um espaço de devoção muito importante para a Igreja do Brasil, especialmente para a Província”, acrescentou. Hoje, o Santuário pertence à Paróquia Nossa Senhora Assunção, que fica no Morro São Bento, e é atendida também por Frei Hipólito Martendal e Frei Rozântimo Costa.
Especial
“Olhando para essa imagem, observe o pobre que recebe o pão de Santo Antônio. Não tem as chagas nas mãos, mas o rosto parece de Cristo. Certamente, o escultor que assim o concebeu, quis dizer exatamente isso para nós. Se conseguirmos ver no pobre o rosto do próprio Cristo, e lhe dermos o pão, quem sabe estejamos no caminho do bem-aventurado Antônio”. (Frei Mário Tagliari)
Frei Estêvão celebrou no nono dia da Trezena, quando pregou sobre “Santo Antônio e a alegria” e também celebrou e deu bênçãos durante todo o dia do Padroeiro (13). “Santo Antônio, o Santo da Alegria, não é um santo que mostra os dentes como marionete treinada para sorrir o tempo todo, mas tem uma alegria que brota do seu interior, que brota do seu amor a Deus. Porque, por mais que tudo desse errado na vida dele, por mais que tivesse que modificar a vida, uma coisa
é certa – e acho que isso é que faz com que ele seja tão próximo de nós -, ele nunca renunciou à alegria de sentir-se amado por Deus”, disse o Vigário Provincial durante a Trezena. Além dos frades, foram convidados sacerdotes da Paróquia São João Batista (Peruíbe), Paróquia São Tiago Apóstolo, Paróquia Nossa Senhora do Rosário (Catedral), Igreja Nossa Senhora de Fátima, Paróquia Santa Margarida Maria e Catedral Divino Espírito Santo (Caraguatatuba). | Comunicações | Julho 2015 |
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Especial
Um pouco de história A geografia da Ilha de São Vicente se confunde com a geografia das cidades que a ocupam: São Vicente e Santos. Embora São Vicente seja mais antiga – é a primeira Vila do Brasil -, Santos a superou em termos de população e atividade econômica. É nessa pequena Vila de Santos, fundada por Brás Cubas em 1543, que mais tarde vai nascer um dos conventos mais antigos do Brasil em atividade: Santo Antônio do Valongo. Neste ano, esse marco da presença franciscana celebra 375 anos. A sua bela e barroca igreja viu gerações e gerações de brasileiros que se fixa-
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ram na cidade por causa do maior porto da América do Sul. A história do Convento se confunde com a história do Valongo. Segundo Frei Basílio Röwer, no livro “Páginas de história franciscana no Brasil”, a escolha do Valongo, um núcleo da Vila de Santos habitado por famílias portuguesas, foi feita pelo Custódio Frei Manuel de Santa Maria, que recebeu o pedido da Câmara e do povo de Santos na sua viagem ao Rio de Janeiro em 1638 (a Custódia Franciscana tinha como sede Recife e foi fundada em 13 de março de 1584). Os santistas não tiveram de esperar muito, pois em 1639 o governo custodial, reunido em assembleia, aceitou a fundação do Convento. Frei Manoel cuidou de logo obter as devidas licenças civis e religiosas e embarcou com os companheiros fundadores – quatro sacerdotes e três
irmãos leigos – para a Vila de Santos. No dia 25 de janeiro de 1640 fundaram oficialmente o convento de Santo Antônio do Valongo. “A casa construída pelos Irmãos Leigos já estava em condições de ser habitada depois de quatro meses e para ela mudaram-se os frades no dia 12 de junho, véspera de Santo Antônio. O Custódio voltou para o Norte”, conta Frei Basílio. Provisoriamente, a casa funcionou na capela de Nossa Senhora do Desterro, próxima ao local onde seria construído o convento. Quando os frades desocuparam esta capela, ela foi doada aos beneditinos que tomaram posse em 1650 e ao lado construíram o Mosteiro de São Bento, que hoje abriga o Museu de Arte Sacra de Santos. O lançamento da pedra fundamental foi feito em cerimônia no dia 1º de julho de 1641, tendo como presidente Frei Manuel. No mesmo ano,
Especial
O casal símbolo da festa do Valongo
O Convento do Valongo, obra de Benedito Calixto
aos 20 de outubro, fundou-se a Ordem Terceira de São Francisco e sua capela foi erguida em 1689, com arco aberto para igreja conventual. No século XVIII o Convento de Santo Antônio do Valongo foi considerado “um dos maiores da Província”; seu frontão, um dos mais lindos da época. Terra da Caridade e da Liberdade, Santos teve a primeira Santa Casa de Misericórdia da América. É berço de figuras de renome, como os irmãos Bartolomeu e Alexandre de Gusmão e os irmãos Andradas, dentre os quais se projetou José Bonifácio de Andrada e Silva, personagem maior da Proclamação da Independência.
O casal Vera Cristina Oliveira e Osvaldo da Cruz é referência na Festa de Santo Antônio do Valongo. Eles se juntam a uma centena de voluntários que não medem esforços para manter viva essa tradição no Valongo, especialmente da Ordem Franciscana Secular (OFS) e a Juventude Franciscana (Jufra). Os dois se conheceram há mais de 40 anos quando ingressaram na Jufra e, no Santuário, formaram uma linda família. “Eu cheguei um pouco antes, tanto que participei da segunda reunião da Jufra”, lembra Vera, que morava em São Vicente e ficou sabendo que havia o “grupo de jovens” por uma amiga de sua mãe. Já Osvaldo, morador em Campo Grande, foi convidado por um amigo que fazia o curso de Crisma. A princípio não quis frequentar o curso, mas quando soube que havia “umas menininhas bem bacanas”, empolgou-se e acabou ficando. “Comecei a frequentar e a gostar do ambiente. Era a época da ditadura militar, mas na Jufra havia um ambiente democrático, descontraído e com aquela euforia toda”, conta. Paquera vai, paquera vem, depois de quatro anos, Vera e Osvaldo assumiram o namoro. Vera, contudo, lembra que antes de ser flechada pelo cupido, queria ser consagrada e participava de um grupo de oração chamado Seara, assistido por Frei Eurico. “Eu chegava a ‘matar’ aula para participar deste grupo, que era composto por três moças e dois rapazes. Meu pai pensava que eu estava na escola!”, recorda. Já Osvaldo se engajou também nas atividades. Uma delas era acompanhar Frei Cosme, que já não podia dirigir mais: “Na época, ele ia celebrar na Nossa Senhora de Fátima e eu lhe fazia companhia. Ele queria que eu fosse para o seminário e eu até cheguei a pensar nisso”, conta.
Mas os jovens cresceram, casaram, tiveram filhos e continuaram no Valongo. “Na época, não precisava fazer o Noviciado e passamos direto da Jufra para a Ordem Franciscana Secular”, diz Vera, que se emociona ao falar do falecimento do pai. “Esta festa, contudo, está sendo um pouco difícil para mim. A presença do meu pai aqui é muito forte. Ele gostava muito de trabalhar na festa”, conta. Esse legado que recebeu do pai, Vera passou para os filhos, Paulo e Ana, que cresceram no Valongo. “Só lembro de não ter participado da Trezena uma única vez. Mesmo quando os dois eram pequenos eu não deixei de participar”, observa Vera. Esse ambiente familiar propiciou que sua filha também conhecesse o namorado durante uma Trezena. “Meus filhos cresceram aqui. A Ana também começou a namorar aqui”, revela Vera, que é assistente social e, na festa, coordena a cozinha da Quermesse. “Gosto mais do trabalho e da convivência do que das reuniões na OFS”, confessa, mesmo tendo ouvido da terapeuta que precisa “desacelerar um pouco…”. Osvaldo sempre participou da festa, a ponto de o chamarem de “vice-vigário”. Enquanto Vera prepara os caldos e sopas, ele fica na barraca do churrasco grego. Terminada a festa, sua atividade continua na pastoral do Batismo. Já para Vera o trabalho continua no | Núcleo Comunicações | Julho 2015 | da Pastoral da Criança.
Especial
pari
PARI CELEBRA PADROEIRO ÉRIKA AUGUSTO
omo acontece todo ano, a Paróquia de Santo Antônio do Pari amanheceu repleta de devotos. O dia mal havia nascido quando os voluntários arrumavam suas barracas, para receber os milhares de fiéis que passam pela Praça Padre Bento, na região central de São Paulo, para agradecer, pedir, louvar e render graças a Santo Antônio. A primeira missa aconteceu às 6 horas da manhã, e foi presidida pelo pároco, Frei Adriano Freixo, que no dia anterior havia presidido o último dia da Trezena, no qual houve o casamento de dois casais de paroquianos. Para esta 101ª edição da festa, foram preparadas 150 tábuas de bolo, com mais de 1 metro de comprimento cada. O tradicional bolo de Santo Antônio é uma das grandes
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atrações da festa do Pari, junto ao pão bento, que é distribuído gratuitamente aos fiéis. A distribuição só é possível porque muitos devotos fazem sua doação à paróquia. Uma das primeiras doações chegou antes mesmo das 6 da manhã: eram mais de 2 mil pães. As filas permaneceram imensas durante todo o dia. As duas barracas, do bolo e do pão, são as mais procuradas pelos devotos, que não se importam em ficar em pé, debaixo de sol, para garantir a bênção e a proteção de Santo Antônio. Alice Ferreira, de 27 anos, conta que é a 4ª vez que participa da festa, e faz questão de voltar todo ano. Além do pão e do bolo, a jovem adquiriu também o lírio, outro símbolo do santo. Os lírios são preparados ao longo de todo o ano, por senhoras da comunidade. Em cada lírio, uma frase de Santo Antônio. Ao longo de todo o dia a igreja permaneceu lotada. Foram celebradas 10 missas, para permitir que todos os devotos pudessem participar da Eucaristia. A missa solene começou às 19h30, e foi presidida por Frei Fidêncio Van-
boemmel, Ministro Provincial da Província da Imaculada Conceição, e concelebrada pelo pároco, Frei Adriano Freixo, pelo vigário paroquial, Frei Carlos Nunes, e por Frei José Francisco, que reside na fraternidade do Pari e coordena o SEFRAS, Serviço Franciscano de Solidariedade. Tiago Silva, que faz a experiência do aspirantado, uma preparação para a vida religiosa franciscana, foi o cerimoniário. No início da celebração, Frei Adriano agradeceu a presença de Frei Fidêncio, que chegou do Capítulo Geral da Ordem Franciscana nesta semana. Frei Adriano explicou um pouco sobre o Capítulo Geral. Nesta
Especial
edição, os frades capitulares foram recebidos pelo Papa Francisco em uma audiência privada. Frei Fidêncio disse que o Pontífice agradeceu os frades pelo trabalho realizado. Em sua homilia, Frei Fidêncio destacou o espírito de oração de Santo Antônio. “Certamente quando chegamos aqui, nos colocamos diante de Deus, mas o nosso olhar se dirigiu a Santo Antônio, o portador do Menino Deus, o portador do Evangelho”, afirmou. Frei Fidêncio falou sobre o pedido de São Francisco ao frade Antônio, que ensinasse Teologia aos demais freis, desde que eles não perdessem
o espírito de oração. “Santo Antônio não foi somente o professor dos frades no início da ordem, Santo Antônio foi o santo das ruas, o santo das gentes, o santo que anunciava, que ia ao encontro das pessoas, mas ao mesmo tempo o homem que sabia se recolher para meditar a Palavra de Deus para jamais proferir palavras frias”, disse o frade. “Precisamos rezar para adquirirmos prudência e sabedoria, rezar para sermos pessoas virtuosas. Como o nosso mundo carece de pessoas virtuosas. Santo Antônio nos diz que a virtude precisa ser buscada. Precisamos orar para sermos prudentes, para possuirmos a sabedoria. São as virtudes que fazem as pessoas brilharem”, exortou Frei Fidêncio. O Ministro Provincial concluiu sua homilia pedindo aos presentes que deixassem a graça de Deus agir em suas vidas, para que, assim, haja uma sociedade melhor e mais justa. “Se existe tanto mal no mundo, é porque os homens não permitem que a graça de Deus floresça em seu coração. Vamos pedir no dia de hoje para
sermos homens e mulheres cheios de graça, sempre a partir do dom de Deus, que deve crescer e existir em nós, para tornar nossa cidade mais bela, nossas famílias mais virtuosas e cada um de nós sermos pessoas mais santas para edificar a Igreja de Deus”, concluiu. No momento de ação de graças, Frei Adriano fez os agradecimentos em nome da Comissão de festas, aos voluntários e colaboradores, que trabalharam para que a festa pudesse ser realizada, além de agradecer ao trabalho da Subprefeitura da Mooca, que ajudou na liberação da praça para realização da 101ª edição da Festa de Santo Antônio do Pari. Após a missa, os devotos seguiram em procissão pelas ruas do bairro, com a imagem de Santo Antônio no carro do Corpo de Bombeiros. Foram momentos de fé e devoção. Ao longo do trajeto, muitas famílias nas janelas, com imagens de Santo Antônio, pedindo a proteção do santo padroeiro do bairro. Na chegada à igreja, a imagem foi recebida por uma bonita queima de fogos. | Comunicações | Julho 2015 |
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Especial
São paulo
O LARGO SÃO FRANCISCO É DE SANTO ANTÔNIO ÉRIKA AUGUSTO
santuário é dedicado a São Francisco de Assis, mas é referência para outro santo franciscano, Santo Antônio. O convento e santuário São Francisco de Assis, no centro de São Paulo, amanheceu em
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festa neste sábado, dia 13 de junho. Devotos de diversos bairros da cidade compareceram para prestigiar a festa de um dos santos mais queridos do mundo: Santo Antônio de Pádua. As barracas estavam no Largo São Francisco e todas tinham filas de devotos. Além das barracas de
comidas, as mais disputadas eram a barraca do pão e do bolo de Santo Antônio. Mais de 26 tábuas de bolo foram confeitadas pelas senhoras da Pia União de Santo Antônio e outros colaboradores. As missas aconteceram ao longo de todo o dia, e as bênçãos eram dadas dentro e fora da igreja. Do lado de fora, a fila era interminável. Todos passavam para abençoar seus objetos pessoais e receber a bênção de Deus, através das mãos dos frades, e com a intercessão de Santo Antônio. Na Missa das 10h30, Frei Alécio destacou a atualidade do santo, que atacava os ricos e defendia os necessitados. O frade contou a história de um rico, contemporâneo de Santo Antônio. Em seu velório, o santo disse que o coração dos ricos não estava no corpo, mas nos cofres, por causa do apego às riquezas materiais. E quando foram verificar, o coração daquele rico que havia morrido estava de fato em seu cofre, e não dentro de seu corpo. “Santo Antônio não envelhece, permanece moderno”, concluiu Frei Alécio. A festa continuou por toda a tarde no convento São Francisco. Frei Luiz Henrique Aquino, guardião e pároco, estava feliz com o grande movimento de devotos. “Santo Antônio é poderoso, não precisa nem de divulgação”, afirmou o frade, que se disse muito devoto do santo paduano.
Especial
VILA CLEMENTINO
SOL E DEVOÇÃO A SANTO ANTÔNIO CRISTY AZEVEDO
Paróquia São Francisco de Assis celebrou com alegria Santo Antônio. Os preparativos para a festividade começaram nos dias 10, 11, 12 de junho com o Tríduo preparatório. Já no dia 12, sexta-feira, pudemos viver uma prévia do que seria o dia de Santo Antônio. Desde bem cedo os paroquianos voluntários auxiliavam nas barracas de bolo, pães de mel e artigos religiosos, nas celebrações litúrgicas e na preparação de bolos no salão paroquial. Também dezenas de pessoas
estiveram na igreja para receber a bênção dada de hora em hora e os pães de Santo Antônio distribuídos nas três missas celebradas no dia. O dia 13 de junho foi de céu azul, sol e muita alegria para celebrar a festa de Santo Antônio, santo tão popular e querido pelos devotos e Família Franciscana. A primeira missa do dia ocorreu às 9h e foi presidida por Frei Euclydes Pezzamiglio, contando com a participação da comunidade paroquial, devotos, crianças da catequese da Paróquia, seus pais e catequistas. Nas três missas que se seguiram no período da tarde, o número de par-
ticipantes e demonstrações de sinais de fé e devoção só aumentaram. A Celebração Eucarística de 15h foi presidida pelo pároco, Frei Djalmo Fuck, que, em sua homilia, destacou Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa sob o título de ‘“Restaurador da Paz”. Durante este dia de festa, que se prolongou até a noite, centenas de pessoas passaram pela paróquia, com agradecimentos, pedidos e orações, para buscar o pão de Santo Antônio, receber a bênção dada pelos frades e provar o tradicional bolo, com as medalhinhas abençoadas.
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Especial
KIBALA
O PRESENTE DE SANTO ANTÔNIO festa de Santo Antônio, o padroeiro da nossa Fraternidade, teve um motivo a mais para celebrar: a primeira oração e Missa solene na Capela. Mas para festejar este santo franciscano, começamos com o Tríduo. No primeiro dia, 10 de junho, Frei André Gurzynski falou sobre o tema “Santo Antônio e o Evangelho”. O frade ressaltou que ainda hoje Santo Antônio nos interpela a voltarmos para o Evangelho escutando e acolhendo a Palavra de Deus em nossas vidas. No dia 11 pela manhã tivemos retiro com o pregador e Mestre dos
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postulantes, Frei Marco Antônio dos Santos, que recapitulou um pouco os primórdios da vida deste grande santo, sua espiritualidade e partilhou conosco parte de uma carta de São João Paulo II pelo 8º centenário de seu nascimento. E, nas vésperas, Frei Manuel Tchincocolo refletiu sobre “Santo Antônio e a missão”. No dia 12, o último dia do Tríduo, fizemos uma limpeza geral na casa. Frei Ricardo Backes falou sobre o tema “Santo Antônio cheio de amor”. Uma das maiores alegrias que tivemos nesse tempo foi, também, a limpeza e organização da nova capela do Postulantado. Já no sábado
pela manhã fizemos a nossa primeira oração e, às 10 horas, tivemos nossa Missa solene com a presença de Pe. Abel, o nosso pároco, das Irmãs Vicentinas, dos funcionários e de alguns dos nossos benfeitores. E, para completar este tempo de graça, um almoço festivo, onde pudemos partilhar de nossas alegrias rendendo sempre graças a Deus pelo dom de nossa vida e vocação! Pela intercessão de Santo Antônio rezamos pela vida de todos os irmãos e irmãs que fazem parte de nossa vida e história! Paz e Bem! Bernardo João Cassinda e Hélder Josué Mateus Domingos, postulantes
Especial
CRONOLOGIA DA MISSÃO EM ANGOLA (VIIi) 2008 Abril • Adávio Afonso Ribeiro, o primeiro missionário leigo na Missão Franciscana em Angola. Junho • Envio missionário de Frei Ivair Bueno de Carvalho. Julho • Frei Augusto Koenig – Ministro Provincial, comemora o bom momento da Missão em Angola, após presidir a Assembléia Anual da Fundação. Agosto • A Ordem Franciscana reconhece a Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola. • Envio missionário de Frei André Gurzynski. Setembro • Contêiner leva doações a Luanda. • Frei Atílio Battistuz sofre acidente e volta ao Brasil. 2009 Maio • Despedida e envio de Frei Sérgio Silas Damasceno. • Frei Evaristo Spengler celebra Jubileu de Prata em Angola. 2010 Janeiro • Três angolanos fazem Noviciado em Rodeio: Gaudêncio C. C. Numa, José Morais Cambolo e Manuel Tchincocolo Ramos. Fevereiro • Envio Missionário marca encerramento de Assembleia: Frei Robson Luiz Scudela e Frei Alex Ferreira da Silva. • No dia 23 de fevereiro de 2010, partiram de São Paulo para Angola, os seguintes frades missionários: Frei Vitalino Piaia, Frei Carlos Alberto Guimarães, Frei Alex Ferreira da Silva, Frei Robson Luiz Scudela. • Frei Saulo José Duarte, professo solene, membro da Província de Santa Cruz, MG, integra-se às atividades da FIMDA. Março • Nove jovens angolanos ingressam no Seminário Monte Alverne. Abril • Mensagem do Ministro Geral ao Capítulo da Fundação de Angola – 20 anos. • Começa o 1º Capítulo da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola – 20 anos. Junho • Frei Afonso K. Quessongo é ordenado Diácono. | Comunicações | Julho 2015 |
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Especial
Bauru
FESTA DO PADROEIRO CELEBRA 60 ANOS DA PARÓQUIA A Paróquia Santo Antônio de Bauru celebrou neste ano 60 anos de sua fundação. Na Trezena, os fiéis devotos puderam se preparar para a grande festa do Santo Padroeiro. Na Paróquia de Santo Antônio
de Bauru, o bolo do santo faz muito sucesso com os solteiros que pretendem se casar. Frei Jorge Maoski explicou que cinco medallhinhas de ouro e 500 de chumbo são colocadas dentro do bolo. “Quem encontra é
sinal de sorte. Há algumas pessoas que comprovam a ‘simpatia’, que se casaram depois de terem encontrado a medalhinha no dia de Santo Antônio”, afirmou ao portal G-1 em longa matéria sobre a festa.
Niterói
PORCIÚNCULA FESTEJA 50 ANOS DA PARÓQUIA Em Niterói, a Paróquia Porciúncula de Sant’Ana também festejou com Santo Antônio os 50 anos de
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sua fundação. No dia 13, com o tema “Renovar o ardor evangélico”, o povo participou ativamente de toda pro-
gramação litúrgica e festiva. Na rua, quadrilha, forró e não faltou a feijoada carioca no dia de Santo Antônio.
Especial
RIO DE JANEIRO
TRADIÇÃO E FÉ NO LARGO DA CARIOCA esde as 5 horas, os portãos que dão acesso ao Convento Santo Antônio, no Largo da carioca, estavam abertos para acolher os devotos do grande santo. Às 6 horas, Frei Sérgio de Souza celebrou o primeiro horário de missa e Frei Robson de Castro Guimarães, às 7 horas. A Celebração Eucarística das 8 horas foi presidida pelo Vigário Episcopal para o Vicariato Urbano Padre Wagner Toledo e concelebrada por Frei Gilmar José da Silva, Reitor da igreja do Convento que também exerce a função de Vigário Forâneo da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Frei Ivo Müller celebrou a Eucaristia às 9 horas. Durante todo o dia a Igreja ficou lotada em todas as 13 missas.Todos puderam agradecer e fazer seus pedidos a Santo Antônio. Nas barracas de comidas típicas o movimento foi intenso. Destaque para o Bolo de Santo Antônio. 102 grandes bolos foram confeccionados e, a cada medalha encontrada pelos fiéis, a gritaria e animação tomava conta da festa. Os devotos tiveram oportunidade de adquirir imagens e medalhas do Padroeiro nas barracas de artigos religiosos. Os frades estudantes de Teologia e vocacionados ajudaram na distribuição dos pães. Grande também foi a procura para o sacramento da Reconciliação. A última missa foi presidida pelo Reitor Frei Gilmar que agradeceu a ajuda dos voluntários e irmãos da OFS e Pia União de Santo Antônio. A Trezena de Santo Antônio começou no dia 31 de maio. | Comunicações | Julho 2015 |
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Especial
SOROCABA
A 59ª FESTA DE SANTO ANTÔNIO radição há mais de 50 anos na cidade, a festa em honra ao franciscano Santo Antônio de Pádua, no dia 13 de junho, que tem como tema “Nos passos de Santo Antônio, no caminho para a paz”, chegou à sua 59º edição. Até a última Missa do dia, celebrada às 19 horas, a expectativa era de que mais de 10 mil devotos passassem pela igreja matriz dedicada ao santo, situada no bairro Árvore Grande. Realizada pela Paróquia de Santo Antônio, localizada nos altos da Avenida São Paulo, a data comemorativa contou com a celebração de Missas, distribuição de pães abençoados e a venda do famoso bolo de Santo Antônio, que neste ano pesou aproximadamente três toneladas. Como feito em todos os anos, pela fama popular de santo casamenteiro, 2.500 medalhinhas do padroeiro foram colocadas no bolo, que era vendido a R$ 2,50 o pedaço. O pároco, Frei Gilberto Marcos Piscitelli, explica que o bolo é uma tradição brasileira pela atribuição de Santo Antônio como padroeiro dos casais. “Ele também ajudou pessoas com o dote para que pudessem se casar. As medalhas são uma crença que os fiéis possuem.” Ele frisa que essa tradição existe há mais de 100 anos no País, mas que não é uma verdade teológica. “Nada obriga que seja assim ou que aconteça. Quem encontra, acredita estar agraciado, e que em breve se casará”, acrescenta. O pároco comenta que a Igreja
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não se opõe às crenças e costumes dos devotos, como, por exemplo, virar a imagem de Santo Antônio. “O pedido que os fiéis fazem é carinhoso e amoroso. Virar o santo é em função de castigá-lo, bem como tirar dele o Menino Jesus, que ele carrega. A intenção é fazer com que o pedido seja atendido para que o Menino seja devolvido”, explica. O bolo, que começou a ser preparado na quinta-feira (11), contou com a ajuda de 50 pessoas. O dinheiro arrecadado com a venda dos pedaços será direcionado ao Centro de Pastoral da igreja. Terezinha de Oliveira Silva, 73 anos, afirma ir à festa de Santo Antônio há mais de 30 anos. “Ele nos ajuda muito, além de ser padrinho da minha mãe, ajudou minha família a casar.” Ela comenta que a filha, que é deficiente visual, não namorava nem trabalhava porque era incomodada com o próprio corpo. “Acredite se quiser, quando ela achou a medalhinha dentro do bolo, sua vida mudou.
Passou em primeiro lugar no concurso para escrevente e está noiva.” Já a bióloga Thaís Manzato, 28 anos, conta que, mesmo fazendo parte de outra religião, vai em todos os anos à celebração, pois tem muita devoção pelo padroeiro. “Não só pelo casamento, mas por tudo. Tudo o que eu preciso, alcanço.” Ela ressalta que há quatro anos ela compra o bolo de Santo Antônio e que sempre encontra a medalha. A comemoração seguiu com cinco Missas em honra de Santo Antônio. A primeira foi às 7 horas e, depois, às 10 horas. A celebração do meio-dia, presidida pelo pároco Frei Gilberto, contou com a presença do Exército, que trouxe de forma solene a imagem de Santo Antônio em função da nomeação dele como Capitão e Protetor do Exército Brasileiro. Depois, a festa seguiu com a Santa Missa das 15, das 17 e foi finalizada com a das 19 horas. Texto extraído do “Diário de Sorocaba”
Especial
FLORIANÓPOLIS
DEVOÇÃO E FESTA NA ILHA FREI ANDRÉ LUIZ DA R. HENRIQUES
ob o toque dos sinos amanhecia o dia 13 de junho, anunciando a primeira missa em honra ao glorioso padroeiro Santo Antônio, presidida às 7h30 pelo pároco, Frei Vanderley Grassi. De hora em hora foram se seguindo as bênçãos votivas até a missa das 12h30, presidida pelo sênior da casa, Frei Eliseu Tambosi. Seguiram-se novamente as bênçãos votivas, e assim ia se passando a tarde sob a preocupa-
ção se choveria ou não à noite. Mesmo diante de um céu instável, uma multidão de fiéis começou a chegar para a missa solene. Confiantes na intercessão do santo dos milagres e perante a incapacidade de abrigar tantos fiéis dentro da igreja, preparou-se tudo para a missa campal, que transcorreu em um grande clima de fé e devoção. Padre Cláudio, vigário forâneo do centro-sul da ilha, presidiu a esta missa solene e dirigiu palavras cheias de sabedoria, que emocionaram a muitos devotos.
Sob o toque dos sinos saiu a procissão, com velas acesas, tomando as ruas e enchendo os ares de cantos e orações. Quando o andor chegava junto à igreja, começaram a cair uns pingos grossos de chuva; o que foi visto por muitos presentes como um sinal do santo. Todos entraram na igreja e faltava espaço nos corredores para abrigar tamanha multidão de pé para a bênção final. Nas cestas, junto ao altar, havia cerca de 3.000 pães com frases de Santo Antônio, para serem bentos e distribuídos aos fiéis
RONDINHA: SANTO ANTÔNIO DO POVO DE DEUS Frei Raoni Freitas da Silva
o dia 13 de junho, festa de Santo Antônio, nós, frades estudantes, juntamente com nosso mestre, Frei Fábio Gomes, estivemos abençoando o povo pela intercessão do santo franciscano no Convento e Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões no centro de Curitiba. Tradicional, a bênção é procurada pelo povo que, cheio de pedidos e agradecimentos a Deus, acorre às igrejas nes-
te dia para agradecer a valiosa ajuda deste grande santo. Sabemos que a bênção não é nossa, ela parte de Deus mesmo, nós apenas a partilhamos, pois como disse nosso Seráfico Pai Francisco: “... nada de vós retenhais para vós...”. Cumprindo este pedido confirmamos nossa vocação que é de estar junto e a serviço do povo de Deus. Somente aqueles que sabem restituir a Deus o que já é dele, entendem por que Santo Antônio é o santo do povo! | Comunicações | Julho 2015 |
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MATRIZ SÃO PEDRO DE PATO BRANCO:
50 ANOS DE INAUGURAÇÃO FREI OLIVO MARAFON
e 1948 a 1960, período em que a cidade de Pato Branco cresce, a pequena igreja de madeira da praça se torna acanhada, o povo clama por um espaço maior, o bispo Dom
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Carlos Eduardo Saboia Bandeira de Mello pede empenho dos frades e do povo a “se unirem e não pouparem esforços para erguerem uma majestosa igreja na cidade”. Agora tocava aos frades pesquisar uma solução condizente.
De como achar um projeto Em 1950, esteve na paróquia Frei Walfrido Stähle, da Custódia Franciscana do Mato Grosso, notório, na época, como projetista de belas igrejas no Brasil central. Walfrido, um irmão leigo, especializou-se na área da arquitetura e
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engenharia, em escolas da Alemanha. As boas concepções do frade ficaram para estudo do pároco e comissão de fabriqueiros. Mais tarde, em 1957, surgiu um novo projeto, da Marna Construtora, de Curitiba. Foi apresentado ao Pároco Frei Honorato Brüggmann, pelo arquiteto René Mathieu, um francês, de seus 30 anos, radicado na capital do estado, sócio do engenheiro civil Felippe Arns. De linhas modernas, arrojadas, com arco em forma de harpa por sobre a cobertura, o projeto impactava. Foi bem acolhido pelos intelectuais da cidade, porém, com reserva, pelo povo simples e pela comissão da paróquia. A busca de um competidor Em 1959, Frei Gonçalo foi nomeado pároco. Procurou, de imediato, uma alternativa ao projeto da Marna. Apresentou ao renomado arquiteto Benedito Calixto de
Jesus Netto a planta do terreno, junto à praça, para uma igreja, em estilo arquitetônico clássico, com área viável a um público de 1.200 pessoas sentadas. Benedito Calixto valorizava, em especial, o estilo neo-românico nos muitos e muitos templos, construídos Brasil afora, de Chapecó, passando por Itapetininga, à Basílica Nacional de Aparecida e tantas outras. O moderno e o clássico, no ringue Com dois projetos em mãos, o moderno e o clássico, Frei Gonçalo convocou a comunidade católica a se manifestar. Escreve o cronista: “A maioria dos homens presentes à reunião, com exceção de dois, preferiu o segundo projeto”, isto é, do Dr. Benedito Calixto, uma decisão que agradou sobremaneira ao Pároco e ao bispo de Palmas, Dom Carlos Eduardo, um cultor do tradicional na arte sacra. Das estacas à inauguração Em 29 de junho de 1960, Festa de São Pedro, foi lançada a pedra fundamental. Quando chegou o final do ano, as bases, em vasta área de nascentes, já tinha exigido o implante de 240 estacas de concreto, de 6 a 11 metros de profundidade. Em 29 de junho, de 1965, na 35ª Festa de São Pedro, com as bênçãos de Dom Carlos Eduardo, a nova matriz foi inaugurada, listada como uma das maiores igrejas do Paraná, com 62 metros de comprimento e 34 de largura. A alma da cidade A Matriz São Pedro movimenta o coração da cidade, não apenas espacialmente, mas muito mais no sentido espiritual, como expressão | Comunicações | Julho 2015 |
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da fé. O relógio da torre indica as horas, o templo orienta o povo de Deus, na celebração da Palavra e da Eucaristia, na mensagem do imenso mosaico do presbitério em sua temática bíblica do Lava-pés, nas imagens dos vitrais, nas harmonias que fluem do órgão de tubos. O que Jesus fazia no alto do monte O conjunto arquitetônico da matriz comporta espaços para a ca-
tequese e reuniões e a Capela São Francisco, que, a modo da matriz, permanece aberta o dia todo à visitação, oração e meditação. Impressiona ao observador o número e a devoção das pessoas, de todas as classes, de perto e de longe. A catequese, por sua vez, reúne, semanalmente, mais de 1.000 crianças, adolescentes e adultos, num processo que exige sempre maior participação das famílias na educação para a fé.
Da tradição oral à escrita Neste ano de 2015, a 85ª Festa de São Pedro, além da novena, dos festejos no salão paroquial, marcou o lançamento de duas obras. “Presença Franciscana em Terras Brasileiras”, um volume de 540 páginas, da autoria de Neri Bocchese e Elizabeth Bodanese, com destaque ao trabalho dos franciscanos no Sudoeste do Paraná. “Rádio Celinauta, uma voz forte em meio à revolta dos colonos”, o segundo livro, uma pesquisa histórica de Betto Rossatti sobre a luta pela terra no Sudoeste do Paraná, fato por fato, noticiada nos microfones da emissora franciscana. São duas produções de leigos ativos nas frentes de ação dos frades, na Paróquia e na Fundação Cultura Celinauta. Obrigado, Senhor! “Matriz São Pedro, 50 anos, ampla e acolhedora, integrada ao visual da cidade, expressão de uma fé de raiz profunda no coração das famílias católicas, que, em mutirão, ofereceram-se, como pedras vivas na construção da Casa do Senhor”
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pvf-sav: MISSÃO FRANCISCANA EM REGISTRO ÉRIKA AUGUSTO
ntre os dias 17 e 24 de maio, parte da equipe do Pró-Vocações (PVF) esteve em Registro, interior de São Paulo, animando as Missões Franciscanas. A Catedral São Francisco Xavier recebeu os missionários, através do convite do Pe. Adelson Rosa de Souza. Oito comunidades foram visitadas nestes dias: 4 urbanas e 4 rurais. A preparação dos missionários foi realizada no primeiro dia, com um retiro, que abordou o aspecto missionário dos leigos. Frei Diego Melo, que orientou o retiro, usou a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium para animá-los, destacando a alegria de ser missionário, de sair de si mesmo e se doar pelo Evangelho. Além de Frei Alvaci Mendes da Luz, Frei Diego Melo e Frei Alexandre Rohling, frades que trabalham no PVF e no SAV (Serviço de Animação Vocacional), estiveram presentes Lucas Vieira, da equipe do PVF, Ir. Isabel Simeoni, religiosa das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt e
Ir. Cleusa, das Irmãs Franciscanas Seráficas, Edson e Tiago, aspirantes franciscanos. A semana foi marcada pelo encontro com a população local. Para grande alegria dos missionários, muitos moradores abriram a porta de suas casas para recebê-los, inclusive pessoas de outras denominações religiosas. Para Edson Rocha, que mora atualmente na Paróquia Santo Antônio do Pari, em São Paulo, as Missões Franciscanas foram marcantes. “A cada visita era como se a Palavra de Deus estivesse sendo reescrita. Que riqueza testemunharmos a grande fé de um povo simples e que abre as portas de suas casas com grande alegria para receber os missionários”, afirmou. No sábado aconteceu uma caminhada. Os moradores saíram da matriz em direção ao bairro Raposa. As Missões Franciscanas tiveram seu encerramento do domingo, com a celebração de Pentecostes, momento propício para celebrar em comunidade esta grande atividade missionária.
José Eraldo Paiva, que mora em Registro e é benfeitor do PVF, escreveu algumas palavras para agradecer pelas Missões Franciscanas. “Em nome de nossa Paróquia, das comunidades da cidade e rurais, agradecemos a Deus a presença dos missionários franciscanos em nosso meio. Foi uma semana abençoada, terminando com a festa do Divino Espírito Santo que se fez presente nos corações de todos os paroquianos. Obrigado ao Pró-Vocações Franciscanas; a todos os missionários que aqui estiveram. Tenham a certeza de que com a simplicidade, as palavras inspiradas, a amizade e o carinho que trouxeram até nós, reavivaram a fé daqueles que já a possuíam e tocaram os corações de todos, lembrando a presença de um Deus que é amor. Ficamos muito felizes e os colocaremos em nossas orações; rezem também por nós. Pedimos também a Deus, para que na sua imensa sabedoria e providência nos envie, sempre que esmorecermos, seus instrumentos de paz: os frades da Província da Imaculada Conceição.” | Comunicações | Julho 2015 |
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ENCONTRO DO REGIONAL do planalto CATARINENSE e ALTO VALE DO ITAJAÍ os dias 08 e 09 de junho, no Seminário São Francisco, de Ituporanga, o Regional que compreende as fraternidades de Curitibanos, Ituporanga e Lages, se reuniu mais uma vez para seu encontro de partilha de realidades e reflexões para sua formação permanente. Este foi o primeiro Regional sob a coordenação de Frei Vilmar Alves da Silva, que assumiu a função após a transferência de Frei Neuri Francisco Reinisch para Pato Branco. No encontro, os frades puderam partilhar de suas experiências pastorais e fraternas, bem como da realidade da formação no seminário de Ituporanga. Os frades também aproveitaram a ocasião para rezar pelo confrade Frei Nilton W. Steckert, que veio a falecer um dia após o encerramento do encontro. A reflexão girou entorno da fren-
te de evangelização das Paróquias e Santuários. Os frades puderam discutir sobre os desafios e possibilidades percebidos nas atuações pastorais. Pontuou-se que o caráter franciscano ficará evidente quanto mais claro for que é uma fraternidade que assume o cuidado pastoral, sem tan-
to enfoque na figura do pároco, e que este consiga partilhar a responsabilidade e decisões com seus confrades. O encontro transcorreu de forma bem fraterna. Os frades celebraram a Eucaristia junto aos seminaristas e a noite foi marcada por um jantar recreio.
Regional do Vale do Itajaí FREI JOSÉ BERTOLDI
o dia 1º de junho os frades do Regional do Vale do Itajaí reunimo-nos em Balneário de Camboriú. Chegamos à Residência de Santa Inês praticamente no mesmo horário, isto é, entre 08h15 e 08h30. Como sempre, fomos muito bem acolhidos pelos bondosos confrades da Residência de Santa Inês. Não puderam nos acompanhar os confrades Frei Abel, por motivo da idade avançada, e Frei Edgar Weist, por causa de uma consulta médica. Lamentamos as ausências, mas compreendemos. Tomamos um café especial do Balneário Cambo-
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riú, como sempre, preparado com todo o carinho pelos confrades. Às 9 horas reunimo-nos para o início das atividades. Frei Ladi, coordenador da fraternidade, deu-nos as boas vindas. Frei Roberto, coordenador do Regional, iniciou a reunião com a bela oração: “A Paz se fundamenta no amor de Deus por nós e pelas criaturas”. Após a leitura da ata da reunião anterior, Frei Roberto pediu um relatório de alguns acontecimentos nas nossas fraternidades e paróquias. Os confrades se encontram bem nas fraternidades, onde vivem e estão contentes. A paróquia de Rodeio está concentrada nas missões populares, pregadas
pelos padres capuchinhos. A paróquia de Nossa Senhora Aparecida (Blumenau) e a paróquia de Gaspar (São Pedro Apóstolo) têm missões populares, realizadas pelos próprios paroquianos, de acordo com o programa da Diocese de Blumenau. A paróquia de Santa Inês (Balneário Camboriú) prega o Evangelho aos pais dos catequizandos através dos próprios catequistas. Às 10h30 lemos e comentamos o tema: “Anteprojeto da Província para a presença nas paróquias e santuários”. Após lauto almoço, despedimo-nos dos confrades, na alegria por termos realizado mais um gostoso encontro fraterno.
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ENCONTRO DO REGIONAL RIO-BAIXADA FREI CLAUZEMIR MAKXIMOVITZ
Regional Rio-Baixada se encontrou em 18 de maio, no Convento Santo Antônio. Com a possibilidade de chegar na véspera, a ideia ainda não foi bem acolhida, mas na segunda-feira estávamos lá, refletindo sobre nossa vida, rezando e revendo alguns confrades. O enfoque foi a revisão das cinco frentes de Evangelização, a que se tem dado bastante enfoque em nossa Província. Eco do encontro de Irmãos e da reunião de Párocos, Guardiães e
Coordenadores de Fraternidade, o enfoque foi que evangelizamos em fraternidade, não só a partir de quem está à frente. Foi lembrado ainda o pedido do Papa Francisco por uma Igreja em saída, e que muita coisa é questão de carisma, pois hoje não temos bispos como Dom Paulo Arns, Dom Hélder, que se posicionavam e assumiam a responsabilidade. Da mesma forma, temos muitos trabalhos bonitos e importantes, como missão, cuidado dos doentes, o estar entre os pobres, que são mais difíceis para alguns frades, apesar de o carisma
de servir aos pobres ser essencial para o ser franciscano. Nessa situação, não é o julgamento do outro que deve vir primeiro, mas de nós mesmos. Se o outro não faz, nos coloquemos à disposição antes de criticar. É preciso testemunho. Conversamos ainda sobre nossos frades enfermos e idosos, e qual a melhor forma de cuidar deles, lhes garantindo o melhor. No final, tudo acaba em festa, pois, ainda hoje, como os primeiros frades que “reuniam-se com prazer e gostavam de estar juntos “(1Cel 39), nossa vocação se dá na Fraternidade! | Comunicações | Julho 2015 |
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sagrado: SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS Frei Juliano Fachini Fernandes
Igreja Católica pede, através do decreto Unitatis Redintegratio 1, que promovamos “a restauração da unidade entre todos os cristãos” e no Brasil a Igreja tem em seu calendário a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Assim o Convento e Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis, atendendo a essa orientação, abriu as portas para receber nossos irmãos de outras Igrejas Cristãs para nos unirmos em oração. Entre os dias 20 e 24 de maio, nas dependências da paróquia, nos encontramos para refletir sobre a Palavra de Deus a partir do capítulo 4 do Evangelho de São João, e da realidade do ecumenismo em nosso país. No primeiro dia de encontro, tivemos a oportunidade de ouvir Frei Volney Berkenbrock abordando a realidade do Movimento Ecumênico no Brasil e sua história após o Concílio Vaticano II; apresentou-nos os principais pontos que levam às divisões das Igrejas Cristãs e a evolução da estrutura ecumênica no Brasil, iniciada com a Aliança Evangélica Brasileira. Ao término de sua palestra e do dia de reflexão, Frei Volney convi-
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dou os participantes a rezar o Pai Nosso Ecumênico na intenção de que um dia passemos de um Ecumenismo Institucional à Pluralidade Eclesial. No segundo dia de palestra, Frei César Külkamp refletiu sobre a observância de Cristo para com a diversidade do povo de Israel e dos que viviam para além das fronteiras israelitas, usando como fonte, a passagem do Evangelho de São João 4,1-30, a mulher Samaritana. Ele destacou que precisamos atravessar a Samaria de nossa vida para que sejamos cristãos plenos e que levemos a Boa Nova do Evangelho de Cristo e, que é preciso achar poços de humanidade para que sejamos saciados da sede de esperança e justiça. O Pastor Helton Pothin, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, no terceiro dia, orientou a reflexão sobre o papel social da mulher no tempo de Jesus, sobretudo da mulher samaritana. Destacou o preconceito sofrido pelos samaritanos naquela época. A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos em Petrópolis encerrou-se com o culto ecumênico na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, presidido por Dom Gregório Paixão, bispo diocesano e Pastor Helton Pothin, da Igreja Luterana de Petrópolis.
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Ação Solidária une Pato Branco e Xanxerê erca de 80 voluntários, de Pato Branco e região, passaram o sábado todo em Xanxerê, para ajudar na reconstrução da cidade. A Ação Solidária, organizada pela Fundação Cultural Celinauta e pela Paróquia São Pedro, possibilitou a voluntários oferecer um dia de serviço na reconstrução de casas na cidade atingida por um tornado com ventos superiores a 250 km/h. A Secretaria de Defesa Civil de Santa Catarina afirmou que os prejuízos superaram os 100 milhões de reais. Cerca de duas mil pessoas ficaram desabrigadas e 1.500 imóveis residenciais, industriais e comerciais fo-
ram atingidos com destruição, total ou parcial. Por conta da necessidade de mão de obra para a reconstrução em Xanxerê, a Direção da Rádio Celinauta, Movimento FM e TV Sudoeste, convocou voluntários a doar um dia de trabalho pela reconstrução dos imóveis atingidos. “A resposta à solicitação foi excelente”, afirmou Frei Neuri Reinisch, Diretor da Fundação. Cerca de 80 voluntários foram a Xanxerê e lá serviram o sábado inteiro, em várias frentes. Telhados refeitos, muros e paredes reerguidos, toneladas de entulho removidos, tudo isto resultou
num gigantesco mutirão de solidariedade. O pintor Claudemir Antônio passou o dia, de pincel na mão, devolvendo cor e proteção, interna e externa, a casas danificadas. “Estar na condição de poder ajudar é melhor do que na condição de precisar de ajuda” – reconheceu, ao final. Estava feliz em contribuir com sua especialidade com o povo irmão de Xanxerê. A viagem dos voluntários ao destino contou com o suporte da Prefeitura Municipal de Pato Branco, através da Brantur Turismo, e gentileza da Cattani Sul. A Direção da Fundação agradece a todos os integrantes desta jornada de ação voluntária, anônima e despretensiosa. “A experiência da gratuidade vivida em Xanxerê não tem preço. É crescimento para nossa equipe e para todos os voluntários, demonstração de que Pato Branco é sensível ao drama de tantos irmãos que tudo perderam, por conta do tornado que varreu, parcialmente, o município de Xanxerê, naquela tarde de 20 de abril de 2015” - concluiu Frei Neuri Reinisch, diretor da Fundação Cultural Celinauta. | Comunicações | Julho 2015 |
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SEFRAS: 15 anos
Uma história de construção da atuação social franciscana Fabiano Viana e Raphael Sanz
A Rede de Solidariedade Franciscana, dos frades franciscanos (OFM) da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, conhecida como Sefras, neste ano, completa 15 anos de estruturação. São 15 anos atendendo os mais variados públicos e ajudando na autonomia e cidadania de muita gente. Ao ano, são mais de 144 mil atendimentos. O principal objetivo que a instituição assume atualmente é o de não prestar atendimentos desconexos da realidade, e sim, por meio da política de assistência social, se colocar como propositiva para o debate social e a contribuição na transformação da sociedade. Para o diretor-presidente do Sefras, Frei José Francisco de Cássia dos Santos, é importante ajudar individualmente as pessoas, mas, sobretudo, combater os problemas sociais como um todo. Para ele, é preciso
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estar dentro dessa realidade, questionando-a e entendendo-a para assim chegar às soluções e modificá-la. Seja por projetos de lei, por campanhas de conscientização, pela ampliação dos serviços, nas redes de relacionamentos ou encaminhamentos assistenciais. De acordo com o frei, tudo isso necessita de articulação política social entre os envolvidos. Desde os tempos de Francisco de Assis, os franciscanos carregam valores e práticas de solidariedade e fraternidade. Ao longo dos séculos, as províncias franciscanas se posicionam ao lado dos mais oprimidos e empobrecidos, sempre buscando ajudá-los. No Brasil, não foi diferente. “Os franciscanos já chegaram aqui junto com as primeiras embarcações portuguesas”, conta Frei José. Após a promulgação da Constituição de 1988, muitas organizações se questionaram sobre a maneira de atuar na assistência social. Além do debate mais amplo sobre a questão,
também houve mais financiamento e incentivo para a qualificação do trabalho social. “Nesta perspectiva foi que os frades começaram a se reestruturar. Até antes da criação do Sefras, em 2000, tínhamos várias obras sociais que trabalhavam com públicos diversos, mas, esses trabalhos nunca foram pensados em torno de uma mesa e de forma conjunta,” relembrou Frei José. “Então, foi feito o questionamento sobre o sentido do trabalho, da questão filosófica e do entendimento daquela sociedade que estava se organizando e, enquanto parte dela, qual papel iríamos prestar. Isso começou a ser a pauta das reuniões dos frades. Foi a partir daí que se deu início à organização desses trabalhos sociais. Começaram a transformar os vários serviços de atendimento, que viviam isoladamente, em uma rede interna. Assim, foi criado o Sefras, atendendo o povo da rua, pessoas que viviam com HIV, catadores, crianças...”.
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Frei José explica que, a partir de então, em meados do ano 2000, o trabalho social dos frades, em conjunto com as diretrizes da política pública de assistência social, “começou a atuar numa rede de serviços, com atendimentos diversos, onde cada serviço tem uma função e todos trabalham interligados”. E, isso não significa que um serviço atende o cidadão desde a sua primeira necessidade até a última. Quer dizer que, ao acolher uma pessoa, realiza-se o levantamento das suas necessidades, e, em seguida, ela é encaminhada para outros serviço da rede socioassistencial do município. Mesmo com esse avanço organizacional do atendimento, uma série de questões esperou até o final do triênio, em 2004, para serem refletidas. Diversos resquícios da antiga forma de organização permaneceram e precisavam ser eliminados. “Então, começou todo esse processo de entendimento e, ao mesmo tempo que estávamos voltados a conhecer as novas leis, as novas implementações e regulamentações, também começaram os desafios de pensar o que significava trabalhar no social. Então, fizemos uma ressignificação da nossa atuação, com os questionamentos: o que nós, frades, queremos com o trabalho social? Que relevância tem uma organização franciscana dentro da esfera social?”, lembrou Frei José.
Entre os anos de 2004 e 2006, Frei Mário Luiz Tagliari que estava à frente do Sefras e iniciou este debate. “Ele e a equipe desta época fizeram a reflexão e concluíram a proposta de trabalho que foi aprovada na assembleia dos frades ao final de 2006”, contou o Frei José. “Eu chego ao Sefras quando ele está mais ou menos tendo a clareza para onde ele ia. Porque antes havia as orientações, os resultados e os estudos que vinham dessas indagações, mas não se tinha ainda formulado o que seria esse plano de trabalho”, afirma Frei José, que assumiu o Sefras em 2007. Nas palavras do Frei, o Sefras estava totalmente mobilizado com a discussão de implantação do novo plano de trabalho, que havia sido aprovado na assembléia dos frades e precisava ser colocado em prática. “Então eu peguei uma situação que estava em construção e a transição entre a discussão mais teórica e coloquei tudo isso em prática”, disse. “Na verdade, eu cheguei e fui fiel àquilo que o plano anterior tinha construído como indicação. A implantação disso exigiu avaliações e adaptações. Antes, o Sefras trabalhava numa perspectiva humanitária e voluntária, sem nenhuma perspectiva política e de estudo da realidade. Agora é um serviço social organi-
zado. E a cada ano, tem avaliações, qualificações e vamos aprimorando nosso serviço.” Hoje, o Sefras trabalha com uma série de públicos: crianças, idosos, população em situação de rua, de cárcere, pessoas que vivem com HIV, imigrantes, catadores de recicláveis, entre outros. A instituição tem uma proposta de construção coletiva com os trabalhadores dos serviços e os atendidos no que se refere aos debates pertinentes a cada um desses públicos. Há uma comprovada articulação entre os serviços. Por exemplo, o Centro de Referência e Acolhida para o Imigrante, o Crai, funciona no mesmo prédio do Centro de Acolhida, no centro de São Paulo, que oferece abrigo a quem não tem lugar para morar. São dois atendimentos diferentes, mas, muitos imigrantes que buscam o Crai para regularização documentária, também podem estar em situação de rua e, portanto, podem ser acolhidos via encaminhamento do Creas. Por outro lado, vemos o atendimento do Recifran, propositivo na promoção da autonomia dos seus participantes. O objetivo do serviço de reciclagem é fazer como que os atendidos, muitos em situação de extrema vulnerabilidade, possam “levantar e andar” com as próprias pernas quando saírem do serviço.
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Recifran: Toneladas de resíduos e divisão de renda O Recifran produz ao mês, aproximadamente, 25 toneladas de resíduos recicláveis que geram em torno de 12 mil reais de renda rateada entre os
participantes. Esse valor é dividido pela quantidade de horas trabalhadas e pago para eles de acordo com a carga horária de cada um. “Acaba sendo um valor muito simbólico
para quem precisa de um emprego, então, é mais uma forma de ressocialização e reorganização na atuação da dinâmica de trabalho”, explica a coordenadora, Talita Tecedor. Após essa reorganização da vida, o participante deixa o projeto rumo a uma cooperativa, onde conseguirá gerar uma renda maior e seguir a vida fora da situação de rua. “Uma cooperativa de triagem de pequeno porte está reciclando entre 50 e 100 toneladas de resíduos. Grandes cooperativas reciclam até mais de 200 toneladas”, conta Talita. Podemos concluir que quando um participante resgata o ritmo de trabalho e vai para uma cooperativa, a produção dele tende a aumentar, bem como sua renda.
Bom jesus: Congresso Internacional Franciscano abre inscrições Estão abertas as inscrições para o Congresso Internacional Franciscano, que será realizado de 30 de novembro a 3 de dezembro, em Curitiba (PR). O Congresso sediará dois eventos simultâneos: o V Encontro de Centros de Estudos Franciscanos Superiores Ibero-Americanos e o I Congresso Nacional de Educadores Franciscanos – CFMB. Realizado pela Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, sob o tema “Educação Franciscana: Esperança em uma Nova Humanidade”, o evento trará reflexões, debates e trocas de experiências sobre o papel dos cristãos comprometidos com a tarefa educacional, suas responsabilidades e as melhores práticas para a formação de pessoas com virtudes e valores. No período da manhã, a programação será única para os dois eventos e, à tarde, serão distintas. O V Encontro Ibero-Americano terá uma pro-
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Serviço
Congresso Internacional Franciscano: - V Encontro de Centros de Estudos Franciscanos Superiores Ibero-Americanos Público-alvo: Restrito para representantes das instituições de ensino superiores da Ordem dos Frades Menores (OFM).
gramação exclusiva. Já os participantes do I Congresso Nacional podem escolher duas oficinas que ocorrem na tarde do dia 1º de dezembro. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser realizadas até o mês de novembro. Mais informações em www.congressofranciscano.com.br. O Congresso Internacional Franciscano tem o apoio da FAE Centro Universitário, da Universidade São Francisco e do Colégio Bom Jesus.
I Congresso Nacional de Educadores Franciscanos – CFMB Público-alvo: reitores, diretores, gestores, gerentes administrativos, assessores, coordenadores pedagógicos, administrativos e de pastoral, professores, religiosos franciscanos da educação formal e não formal, frades que estão no ensino superior e leigos engajados com o tema. Tema: Educação Franciscana: Esperança em uma nova Humanidade Quando: de 30/11 a 03/12/2015 Local: Teatro Bom Jesus, na FAE Centro Universitário – Rua 24 de Maio, 135, Curitiba, PR – Brasil Informações e inscrições: www. congressofranciscano.com.br
JPIC
Evangelização
CRB PROPÕE MAIOR ENGAJAMENTO DE RELIGIOSOS Setenta e cinco religiosos, provenientes de 22 estados do Brasil, participaram do Encontro Nacional de Justiça, Paz e Integridade da Criação, realizado no início deste mês, na Casa de Retiro da Assunção, em Brasília-DF. A Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil foi representada por Frei Wilson Batista Simão, animador provincial do JPIC, que fez parte da equipe de organização do evento, realizado com os seguintes objetivos: 1. Fortalecer a missão profética da VRC, especialmente daquela que está nas fronteiras do mundo, onde as vidas são mais ameaçadas. 2. Articular iniciativas e realizações da VRC do Brasil na perspectiva da Justiça, Paz e Cuidado da Criação, potencializando interações e parcerias, sobretudo, com talentos
humanos de diferentes gerações. 3. Criar uma equipe de articulação nacional, visando os dois objetivos acima. Entre os dias 04 e 06 de junho, os participantes se alternaram entre momentos de oração, palestras, análises de conjuntura e partilha. Destes trabalhos, nasceram as seguintes propostas concretas: - Continuidade da equipe que organizou e coordenou o encontro, fortalecendo o Setor da Missão da CRB/ Nacional, constituída pelos seguintes membros: Irmã Jusciêda Maria Araújo Menezes, cssf; Irmã Francis-
ca Ivani Brito, Instituto Josefino; Frei Wilson Batista Simão, ofm; Frei José Fernandes Alves, op; Irmã Maria de Fátima Kapp, ssps. - A CRB Nacional possa averiguar a possibilidade da Dimensão da Justiça e Paz e Integridade da Criação ter uma representação na Equipe Interdisciplinar da CRB Nacional. - Organização, por parte dos regionais, de levantamento das ações concretas de irmãos e irmãs que trabalham nas questões sociais. - Fortalecimento das articulações entre os pares, que estão nas lutas por direitos e dignidades.
REPORTAGENS ABORDAM TEMA DA PAZ Com o objetivo de colaborar com a CNBB e também provocar a reflexão em torno do tema da paz, a Frente de Evangelização da Comunicação da Província disponibiliza uma série de reportagens para rádio que aborda o Ano da Paz. A produção foi realizada pelas equipes de jornalismo das Rádios Celinauta, de Pato Branco, PR, e Coroado, de Curitibanos, SC. O material está disponível gratuitamente pelo site da Rede Católica de Rádio (RCR): rcr.org.br/podcasts. Segundo o Coordenador da Frente de Evangelização da Comunicação, Frei Gustavo Medella, o engajamento dos franciscanos neste trabalho pela paz é uma herança que vem do próprio fundador da Ordem dos Frades Menores. “Além de pre-
gar a paz por palavras e ações, São Francisco atuou como verdadeiro conciliador em diversas situações de conflito, promovendo a paz e a concórdia. Sendo assim, a fidelidade ao carisma nos compromete a investir nossas melhores forças em todo e qualquer esforço que tenha como objetivo construir a verdadeira paz”, explica Frei Gustavo.
Os entrevistados são professores universitários, pesquisadores, estudiosos, religiosos, especialistas e autoridades nos diferentes assuntos abordados. Confira os temas das reportagens: O Ano da Paz e seus objetivos; A Paz na Espiritualidade Franciscana; A Paz como busca espiritual; A Paz interior; Paz e Justiça Social; Paz e criminalidade; Paz no trânsito; Paz e cuidado com a natureza; A Paz e os grandes conflitos mundiais;Paz e democracia; Paz e preconceito racial; Paz e diversidade; A Paz e o diálogo em família; Educação pela paz; Paz e tolerância religiosa; Paz no ambiente de trabalho; Paz e Direitos Humanos; A corrupção como ameaça à Paz; A Paz no contexto dos casamentos. | Comunicações | Julho 2015 |
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Evangelização
Notícias de Malange FREI LUIZ IAKOVACZ
A cidade de Malange tem cinco paróquias, uma das quais – a da Katepa – é atendida pelos frades. Os padroeiros Santos Mártires de Uganda são jovens leigos (católicos e alguns evangélicos) que, liderados por Carlos Lwanga, foram martirizados em fins de 1886 e início de 1887. Esta data é celebrada no dia 03 de junho no calendário litúrgico. Em Angola, não se fazem promoções externas, apenas a parte religiosa. Neste ano, foram realizados 16 casamentos comunitários, e 16 noivos receberam o Batismo. A celebração
foi festiva, solene e prolongada (para nós brasileiros; para os angolanos, não). Seguiu-se uma confraternização entre os noivos e parentes próximos, coordenada pela Pastoral Familiar. No dia de Santo Antônio, o Seminário Monte Alverne festejou o padroeiro da Escola. Além da celebração, as duas fraternidades e os seminaristas participaram de um jantar festivo, com refeitório enfeitado e
comida bem preparada. O destaque foi a variada e bem humorada apresentação cultural dos seminaristas. Foi tudo muito bom, tanto na paróquia como no Seminário!
Cães amigos e ciumentos Desde que chegaram, os cães Fred e Atreu guardam a casa da paróquia e os roubos ou sumiços de materiais de qualquer tipo não mais aconteceram. Além disso, são amigos e o provérbio popular “melhor amigo do homem” é verídico. Porém, são ciumentos e “querem” a mesma partilha na quantidade de comida e na atenção afetiva. Entre eles, existe tanta rivalidade que não conseguem conviver; quando um é solto, o outro é obrigado a ficar preso. Caso contrário, brigam e ferem-se até que sejam separados, mais à custa de baldes de água do que palavras ou surras. Tanto que, recentemente, decidimos doar um deles para que guardasse a casa das Irmãs, em Cangandala, cidade vizinha. Este fato fez-me recordar duas passagens bíblicas onde Deus, também, se mostra amigo e ciumento. No episódio da sarça ardente | Comunicações | Julho 2015 | (Ex
3,1-22) onde Moisés resiste em aceitar a missão de libertar o povo do Egito – jogou a última carta perguntando: “Quem és Tu?! Em nome de quem vou realizar esta façanha”?! E, na resposta, a Bíblia nos ensina um dos conteúdos mais significativos sobre Deus: “Eu Sou (= YHWH = Javé)”. Seria o mesmo que dizer: “Vai Moisés... não tenhas medo porque “Eu Sou” presença em ti, amigo que caminha lado a lado, coração a coração!” “Eu Sou” presença libertadora junto aos oprimidos e injustiçados. Deus, também, é ciumento! Ele fica desgostoso quando O trocamos por outro! Mesmo assim, se mostra cheio de amor. Vejamos o que o livro do Êxodo diz sobre o segundo mandamento: “... Não te prostres diante de outros deuses, nem os sirvas porque Eu, Javé teu Deus, sou um Deus ciumento. Castigo
a culpa dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração, mas quando me amam e guardam meus mandamentos, Eu os trato com amor até mil gerações” (Ex 20,5; Dt 5,9). É o amor infinito com que Deus nos ama. Como filhos, somos convidados a, sempre de novo, darmos os primeiros passos porque nunca chegaremos ao “amai-vos uns aos outros, assim como Eu vos amei” (Jo 13,34).
Evangelização
HOMENAGEM a FREI JOSÉ ANToNIO Frei Siro Lwamba
Celebramos com bastante júbilo e gratidão o aniversário do nosso presidente da FIMDA, e mestre dos professos, Frei José Antonio dos Santos. Os preparativos aconteceram de maneira discreta a fim de tentarmos surpreender um pouco nosso confrade. Queríamos servir aquele que nos serve. Tudo isso só foi possível com a ajuda e colaboração dos confrades solenes, Aloíso e Ivair. O aniversariante do dia (20/05), no seu jeito sereno, solícito e amigável acompanhava com espírito de mãe amorosa os acontecimentos da tarde e não sabendo que o “boda” (festa/balada)
estava reservado para domingo 24, viu a fraternidade São Francisco do Palanca estar lotada de frades, pois participaram também os confrades da Fraternidade Nossa Senhora dos Anjos, de Viana. A boa música, os “quitutes da terra” (gastronomia angolana) e alguns pratos do Brasil preencheram a parte não menos importante, mas essencial, pois para que se mantenha o corpo “primum manducare, deinde vivere”. Na alegria do convívio fraterno o frade estudante mais velho em idade e o mais novo teceram algumas falas que no fundo carregam os sentimentos, de todo um grupo de jovens que buscam o mesmo ideal e que Frei José conhece e acolheu a todos com ternura e vigor, no tempo da graça conhecido como aspirantado, em Malange, no seminário franciscano Monte Alver-
ne. Na gratuidade, Frei Mvula disse: “Com simplicidade, mais perto quero estar de ti, porque tu és frade e ensinas a ser frade”. Frei Kanga, o júnior entre os confrades, lembrou a partir do aniversariante a paternidade de todos os vectores da formação, com maior ênfase a Frei José A. dos Santos - o ex-formador do celeiro de vocações e seu atual mestre - o seu sorriso sincero e verdadeiro espelhava gratidão. “Tende os mesmos sentimentos em Cristo Jesus, amando-vos mutuamente como convém a verdadeiros servos do Senhor”, foi o espírito que norteou a celebração dos 47 anos de Frei José. | Comunicações | Julho 2015 |
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Definitório
Notícias DO
Definitório Provincial São Paulo, 16 a 18 de junho de 2015 ão há medo, incerteza ou cansaço, quando o Espírito Santo nos vem”. Invocando o Espírito, os Definidores iniciaram a manhã do dia 16 com a Celebração Eucarística. Nas intenções, a lembrança dos confrades falecidos desde o último Definitório, Frei Olivo Tondello e Frei Nilton Steckert, e também a ordenação presbiteral de Frei Sérgio Silas Damasceno, no próximo dia 4 de julho. Frei Fidêncio destacou a leitura da bela segunda carta de São Paulo aos Coríntios, que praticamente descreve a nossa vocação franciscana: a comunhão fraterna e a “extraordinária alegria e pobreza que transbordam em tesouros de liberalidade”, e também nossa missão a partir da generosidade de nosso Senhor Jesus Cristo, que, de rico que era, tornou-se pobre, para que nos tornemos ricos por sua pobreza. Desta vez, o próprio Frei Fidêncio foi o moderador das sessões do Definitório, cujos assuntos tratados são os que seguem abaixo. 1) Frei Nestor Schwerz Visitador Geral para a Província Para substituir a Frei Valmir Ramos, eleito, no Capítulo Geral, Definidor da Ordem (para a América Latina), o Definitório Geral nomeou a Frei Nestor Inácio Schwerz para ser o Visitador Geral de nossa Província, em preparação para o Capítulo Provincial de
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janeiro do próximo ano. Gaúcho da Província São Francisco, Frei Nestor fora Secretário Geral para a Evangelização antes de ser Definidor Geral neste último sexênio. Agradecidos por Frei Nestor ter aceito esse serviço fraterno aos nossos confrades, além de todo o bem que fez à Ordem toda, damos-lhe as boasvindas, na esperança de que possa sentir-se bem acolhido entre nós. 2) Cronograma da Visita Canônica 2015 – Projeto Fraterno de Vida e Missão Já foi enviado aos confrades, por boletim on-line, e consta nestas Comunicações de julho, o novo cronograma da visita canônica deste ano,
com as alterações que se fizeram necessárias. Algumas fraternidades já enviaram a Frei Fidêncio o Projeto Fraterno de Vida e Missão refeito. Outras ainda o deverão refazer, pois será utilizado na visita. Além do Projeto, é preciso ter em ordem outros livros: atas do Capítulo Local, Crônicas da Fraternidade, livro de Missas, termo de Visita Canônica, livro das anotações contábeis. As fraternidades que já atualizaram e enviaram a Frei Fidêncio seu Projeto Fraterno de Vida e Missão são: 1. Colatina; 2. Curitiba; 3. Curitibanos; 4. Lages; 5. Luzerna; 6. Pato Branco; 7. Petrópolis – Guadalupe; 8. Rondinha – Aldeia; 9. Rondinha – S. Boaventura; 10. São Paulo – Vila Clementino; 11. Sorocaba; 12. Vila Velha – Santuário; 3) Capítulo Provincial 2016 – capitulares: todos os professos solenes No mês de julho, Frei Nestor Schwerz, visitador geral e presidente do Capítulo, enviará convocação a todos os professos solenes da Província para a participação no Capítulo de 2016, seguindo o que reza o artigo 59 dos novos Estatu-
Definitório
tos da Província. Na carta de convocação, constará uma ficha de inscrição, a ser devolvida ao visitador. Se algum dos confrades professos solenes não for participar do Capítulo, deverá justificar a ausência. 4) C apítulo Provincial 2016: indicações para Ministro, Vigário e Definidores Também em julho próximo, Frei Nestor, seguindo o que vem previsto nos artigos 61 e 64 dos Estatutos da Província, abrirá o processo de eleições, com a indicação de nomes para o serviço de Ministro, Vigário e Definidor. 5) R etiros Provinciais – confrades inscritos Rio de Janeiro – 22 a 26 de junho 1. Aldeci de Arcízio Miranda 2. Angelo Vanazzi 3. Antônio Moser 4. Carlos Alberto Branco Araújo 5. Claudino Dalmago 6. Felipe Gabriel Alves 7. Gaudêncio Sens 8. Jorge Paulo Schiavini 9. José Alamiro 10. Luís Aliberti 11. Marcos Hollmann 12. Nazareno J. Lüdtke 13. Paulo Cesar Magalhães Borges 14. Reinaldo Menezes 15. Reinaldo Parisi Neves Neto 16. Rozântimo Antunes Costa 17. Samuel Ferreira de Lima 18. Sérgio de Souza 19. Tadeu Luiz Fernandes 20. Valdevino Negherbon Rondinha – 13 a 17 de julho 1. Airton da Rosa Oliveira 2. André Becker 3. Anselmo München 4. Benjamim Berticelli 5. Cid Tadeu Passos 6. Claudino Gilz
7. Diomedes Basi 8. Estevam Gomes Pereira 9. Gamaliel Devigili 10. Gentil de Lima Branco 11. Gregório Martins 12. Guido M. Scheidt 13. Jairo Ferrandin 14. Jean Carlos A. Oliveira 15. João Lopes da Silva 16. João Maria dos Santos 17. Joarez Foresti 18. José Bertoldi 19. José Henrique Rosa 20. Lauro Formigoni 21. Leonardo Pinto 22. Leonir Ansolin 23. Ludovico Garmus 24. Mário Knapik 25. Nelson Hillesheim 26. Nelson Rabelo 27. Paulijacson Pessoa de Moura 28. Policarpo Berri 29. Raimundo Castro 30. Rodrigo da Silva Santos 31. Sílvio Werlingue 32. Tarcísio Theiss 33. Valdir Laurentino Agudos – 26 a 30 de outubro 1. Aldolino Bankhardt 2. Alex Cesar Rodrigues 3. Antônio Otávio 4. Arlindo Oliveira Campos 5. Carlos Ignacia 6. Guido Scottini 7. Hipólito Martendal 8. Ivo Müller 9. João Francisco 10. José Lino Lückmann 11. José Martins Coelho 12. José Ulisses de Moraes 13. Lindolfo Jasper 14. Osmar Dalazen 15. Ronaldo Fiuza Lima 16. Virgílio Pereira de Souza 17. Vitalino Turcato 18. Walter Hugo de Almeida Obs.: Além do retiro do Definitório, em agosto, outros grupos de
confrades estão se organizando para fazer retiros no Eremitério, em Rodeio, e também, na Casa Santa Clara, em Vila Velha. 6) Renovação de votos – aprovação Foram aprovados para renovar os votos os confrades: Frei Augusto Luiz Gabriel e Frei Douglas da Silva. Os dois são frades estudantes do 1º ano de Filosofia, em Rondinha. 7) Profissão solene – aprovação Lidos os pareceres do coetus de formação e as observações dos confrades de Petrópolis e Campos Elíseos, foram aprovados para fazer a profissão solene na Ordem os confrades: Frei Gabriel Vargas Dias Alves, Frei Leandro Costa Santos e Frei Marx Rodrigues dos Reis. Frei Gabriel e Frei Marx cursam o 2º ano de Teologia e fazem parte da Fraternidade do Sagrado, em Petrópolis; Frei Leandro cursa o 3º ano de Teologia e faz parte da Fraternidade de Campos Elíseos, em Duque de Caxias. 8) Estágio missionário pós-Rondinha São sete os confrades que concluem a etapa da Filosofia em Rondinha neste ano e farão o estágio missionário em 2016. Algumas orientações do Conselho de Formação e Estudos: a) Que não se perca de vista o caráter missionário deste ano; b) Os novos Estatutos Peculiares devem trazer orientações para o estágio missionário; c) Que se peça das fraternidades que receberão frades em estágio um projeto que contemple atividades e acompanhamento; d) É preciso considerar a proximidade da profissão solene; e) Será preciso pensar o estágio missionário também para os confrades angolanos. Em função de obtenção de vistos | Comunicações | Julho 2015 |
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e de outros encaminhamentos, o Definitório Provincial propõe que 2 confrades façam o estágio missionário em Angola-Malange; 2 na Fraternidade de Requena, na Amazônia; 2 no Sefras-São Paulo; 1 na Fraternidade do Santuário de Canindé, CE. 9) C onselho de Formação e Estudos Os Definidores apreciaram relatório de Frei César Külkamp sobre a reunião do Conselho de Formação e Estudos, que aconteceu em São Paulo nos dias 5 e 6 de maio. Alguns dos assuntos abordados: 1. Encontro dos mestres e orientadores – 4 de maio Os formadores se reuniram antes da reunião do Conselho para concluir a parte da Formação Inicial das Diretrizes. Na partilha das etapas da Formação Inicial, percebe-se a necessidade de critérios mais claros para o acolhimento, o acompanhamento e o discernimento dos candidatos. Também formadores e programas precisam se adaptar a uma nova realidade de jovens, de famílias, de procedências religiosas, de base escolar, etc. Desta vez, foram vistas com mais atenção algumas situações da etapa do Postulantado. 2. Preparação ao Capítulo Provincial 2016 O Conselho dedicou um espaço maior para a preparação do Capítulo Provincial, principalmente nas tarefas de revisão do Plano de Evangelização e do Estatuto Peculiar e, ainda, a reelaboração das Diretrizes para a Formação. O trabalho principal foi o de repensar a estrutura de funcionamento e animação do Secretariado que, desde o Capítulo e Congresso Capitular de 2012, teve seus departamentos suprimidos. Primeiro, foram levantadas algumas necessidades ex-
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perimentadas neste período e que demandam alguma estrutura. Quanto às Diretrizes, alguns encaminhamentos foram feitos para se chegar a um texto a ser trabalhado nas fraternidades e na assembleia capitular. 3. Seminário São Francisco de Assis – encaminhamento das tarefas da Formação Nos dias 24 e 25 de abril, houve o conselho de classe com os professores, no Seminário de Ituporanga. Frei César esteve presente. Em reunião com a equipe de formação, pôde-se perceber a boa integração no trabalho tanto com os aspirantes como com os seminaristas. Os formadores são responsáveis pelas duas etapas, apesar de haver definição de papéis para referência dos próprios formandos. Frei Gilberto da Silva parte para os estudos, em Roma, no mês de julho. Para substituí-lo na função de coordenador pedagógico da Escola de Ensino Médio e orientador dos seminaristas, indica-se o nome de Frei Alberto Eckel Júnior. Frei Rodrigo da Silva Santos continua sendo orientador dos Aspirantes e Frei Elias Dalla Rosa, vice-orientador para as duas etapas. A equipe de formadores procurou trabalhar neste ano com a perspectiva de que os seminaristas da 3ª série do Ensino Médio serão aspirantes no segundo semestre, juntamente com os que chegam das FAVs. Com isso, trabalhou-se com os seminaristas a definição vocacional, de modo que podem prosseguir os estudos somente os que desejam fazer o Postulantado no próximo ano. Isto fez com que, dos sete seminaristas, quatro decidissem deixar o seminário em julho; os outros três se integrarão, portanto, ao Aspirantado. 10) Master em Evangelização – indicação de nomes Os Definidores refletiram sobre o Master em Evangelização, ofereci-
do em Petrópolis, e veem a necessidade de indicação de frades para o curso, com a ajuda do Secretariado da Evangelização, mesmo tendo presente o período de mudanças do Capítulo e Congresso Capitular de janeiro próximo. 11) Sefras – recursos e reformas Juntamente com Bryan Felipe, Frei José Francisco, na manhã do dia 16, informou sobre como o Sefras tem procurado vias de suporte financeiro para os projetos sociais. Apresentou os projetos de reforma, os prazos e os recursos conseguidos junto a financiadores: Missionszentrale, AIDA e Fundação Salvador Arena. Com o significativo montante obtido neste início de ano, serão feitas reformas em três projetos: Serviço de Atendimento e Proteção à População de Rua – “Chá do Padre” (já levando em conta a readequação e reforma dos espaços do Convento São Francisco, em São Paulo, e a parceria com a Prefeitura da cidade), Serviço Franciscano de Convivência e Apoio ao Idoso – Casa de Clara, também em São Paulo, e o Centro Franciscano de Acolhida à Criança e ao Adolescente, em Tanguá, RJ. 12) Complexo do Largo São Francisco – aprovação de readequação e reformas Atendendo ao que foi pedido no último Capítulo Provincial, e após os trabalhos da comissão especialmente constituída para estudar o uso dos espaços do complexo do Convento São Francisco, em São Paulo, a missão da fraternidade e os serviços pastorais e sociais que ali se desenvolvem, os Definidores aprovaram o projeto de reforma e readequação dos espaços,
Definitório
que já fora apresentado na reunião do Definitório de abril deste ano. Em linhas gerais, sem entrar aqui nos pormenores, o 2º andar todo (no nível da igreja e atual refeitório) será destinado a uso da paróquia e santuário, o 3º e o 4º andares ficarão liberados para encontros (em vista de receita), o 5º e o 6º andares serão destinados ao uso da fraternidade local, e o local do antigo cinema (grande salão) continuará destinado ao serviço social. O projeto de reforma global (plantas) já foi encaminhado para a Prefeitura para a aprovação pelos órgãos competentes, inclusive em vista da continuação do uso da igreja como espaço público, ameaçado no momento, pela falta de licenças que envolvem recursos de acessibilidade e segurança. 13) FIMDA: construção de moradia em Luanda Com uma primeira ajuda de benfeitores alemães, já se iniciou a construção do módulo de residência para os frades estudantes, junto à Fraternidade São Francisco, sede da FIMDA, em Luanda. O Definitório conta com a mobilização dos confrades em vista de fundos para a construção, através de campanha, mais ou menos nos moldes daquela realizada para a construção da escola de Malange. O assunto já foi tratado na reunião dos guardiães, coordenadores e párocos, mas será retomado pelos Definidores nos Regionais e também através de boletim on-line. 14) Transferências 1) Frei Miguel da Cruz, que se encontra na Fraternidade da Sede Provincial e se recupera bem da cirurgia cardíaca a que foi submetido, foi transferido da Fraternidade
do Seminário Monte Alverne, de Malange, Angola, para Fraternidade São Francisco, do Largo São Francisco, em São Paulo, como atendente conventual. 2) Frei José Clemente Müller, em carta de 24 de abril, recebeu do Custódio da Terra Santa a transferência para o Convento da Transfiguração do Senhor, no Monte Tabor. 15) Nomeações 1) Frei Alberto Eckel Junior - coordenador pedagógico da Escola de Ensino Médio do Seminário de Ituporanga e orientador dos seminaristas, substituindo a Frei Gilberto da Silva; 2) Frei Benjamim Ansolin – assistente espiritual da Fraternidade OFS Santa Clara, de Forquilhinha; 3) Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira – assistente espiritual do Regional PR da OFS; 16) Frei Adailton José Santiago – licença para morar fora da Fraternidade Frei Adailton deixou a Fraternidade de Paty do Alferes e foi acolhido, para experiência, na Diocese de Bauru, e foi nomeado administrador paroquial da Paróquia de Avaí. Recebeu do Ministro Provincial licença para morar fora da Fraternidade Provincial por um ano.
des de Vida Apostólica concedeu a Marcel Freire da Silva, Enéas Marcelo Prestes de Oliveira e Adilson Wilbert indulto pelo qual os três estão dispensados das obrigações derivadas da profissão religiosa. 18) Notícias sobre o Capítulo Geral da Ordem Frei Fidêncio deu informações aos Definidores sobre como foi o andamento do Capítulo Geral, recentemente concluído. No site da Ordem e da Província, muito foi noticiado. Nestas Comunicações, na mensagem do Ministro, ele expõe algumas impressões sobre o Capítulo. Aguarda-se agora a publicação do documento final – com o título “Ir às periferias com a alegria do Evangelho” –, inspirador para a caminhada dos frades no próximo sexênio, e também os mandatos (propostas operacionais), a serem postas em prática em toda a Ordem. 19) Visita aos confrades estudantes de Roma Na ida e na volta do Capítulo Geral, Frei Fidêncio e Frei Walter visitaram, com alegria, os confrades da Província que estudam
17) Dispensa dos votos No dia 28 de maio, a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Socieda| Comunicações | Julho 2015 |
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em Roma. Frei Ademir Peixer está terminando neste semestre a graduação em Música Sacra, junto ao Pontifício Instituto de Música Sacra. Frei Leonardo Aureliano está concluindo o Mestrado em Teologia Moral, no Afonsiano. Frei Renato Pezenti termina o primeiro ano do Mestrado em Exegese, no Instituto Bíblico, considerando que no ano passado fizera o propedêutico obrigatório para o estudo das línguas antigas bíblicas. Pudemos perceber o quanto eles são bem quistos na fraternidade do Antoniano. Frei Fidêncio aproveitou a oportunidade para conversar com cada um, não somente para saber como se sentem, mas também para tratar de perspectivas de futuro, levando em conta a disposição e formação que eles têm e também as necessidades da Província.
20) Entidades da Província – demonstrações financeiras Frei Raimundo Castro se fez presente na sessão do Definitório da manhã do dia 17 para apresentar as demonstrações financeiras das entidades da Província, até 31 de dezembro de 2014: Associação Franciscana de Solidariedade, Editora Vozes, Fundação Frei Rogério, Fundação Celinauta, Casa Nossa Senhora da Paz, Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus. 21) Agenda 2015 - acréscimos Confira na última página destas Comunicações. 22) Autorizações de viagem Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Gilberto da Silva, Frei Ivo Müller, Frei Marcos Holl-
mann, Frei Mário Luiz Tagliari, Frei Salésio L. Hillesheim e Frei Genildo Provin. Encerrramento Às 16h45 do dia 17 de junho, Frei Fidêncio, encerrando a última sessão do Definitório, lembrou a importância da comunicação entre os Definidores através do e-mail de grupo. Agradeceu o trabalho e empenho de todos e lembrou a fala do Papa Francisco aos Capitulares, na audiência no Vaticano, segundo a qual, “a cor do nosso hábito tem grande peso e significado para as pessoas, que amam os filhos de São Francisco”. Frei Fidêncio ressaltou que, juntos, como fraternidades, precisamos ser merecedores do nosso “hábito” franciscano, evangelizando no espírito de São Francisco. Frei Walter de Carvalho Júnior Secretário
VISITA CANÔNICA 2015 – Frei Nestor I. Schwerz JULHO 11 a 13 Rio de Janeiro – S. Antônio 14 e 15 Rio de Janeiro - Rocinha 16 e 17 Niterói 18 a 20 Nilópolis – Conceição e Aparecida 21 e 22 São João de Meriti 23 e 24 Paty do Alferes 26 a 28 Vila Velha - Penha 29 e 30 Colatina 31 e 01 Vila Velha - Santuário AGOSTO 02 Pausa 03 e 04 Bauru 05 e 06 Agudos 07 a 09 Sorocaba 10 a 12 Amparo 13 a 15 Bragança Paulista 17 a 21 Definitório Provincial |Guaratinguetá Comunicações | Julho 2015 |
17 a 22 Guaratinguetá – Postul. e Fazenda 22 e 23 São Sebastião 25 a 28 Petrópolis – Sagrado e Guadalupe 29 e 30 Petrópolis – São Francisco 31 e 02 D. de Caxias – Imbariê e Campos Elíseos
14 e 15 16 e 17 18 e 19 20 a 22 23 a 24 26 e 27 28 e 29 30 e 31
SETEMBRO 04 a 07 Rondinha – S. Boaventura 08 e 09 Rondinha - Aldeia 10 a 12 Curitiba 14 a 28 FIMDA - Angola 29 Pausa 30 a 02 São Paulo – Vila Clementino
NOVEMBRO 01 e 02 Angelina 03 a 05 Lages 06 e 07 Curitibanos 08 a 10 Ituporanga - Paróquia 11 a 13 Ituporanga - Seminário 14 a 16 Rodeio 17 e 18 Blumenau 19 e 20 Gaspar 21 a 23 Balneário Camboriú 24 a 26 São Paulo - Pari 27 a 30 São Paulo – São Francisco
OUTUBRO 05 e 06 Coronel Freitas 07 e 08 Xaxim 09 e 10 Luzerna 11 a 13 Concórdia
Mangueirinha Chopinzinho Pato Branco Definitório Provincial Santos Forquilhinha Florianópolis Santo Amaro da Imperatriz
Capítulo Provincial
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Falecimento
FREI NILTON W. STECKERT * 09/03/1951
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rei Nilton W. Steckert faleceu no dia 10 de junho, às 4h10, no Hospital Senhor Bom Jesus, de Ituporanga, onde estava internado deste o dia 7 de junho. As causas da morte apontadas pelo médico são: septicemia, choque séptico, enfisema pulmonar, broncopneumonia e diabetes. O seu corpo foi velado na Igreja Matriz Santo Estêvão, em Ituporanga, e o sepultamento se deu depois da Missa de Exéquias, às 9 horas, do dia 11 de junho. Santistas lamentam o falecimento de Frei Nilton Os paroquianos do Santuário do Valongo, onde Frei Nilton residiu de 2010 até quase o final de 2012, sentiram muito o falecimento do frade. Alguns ainda perguntavam na secretaria quando o frade voltaria para Santos. “A passagem dele aqui foi marcante, especialmente pela sua dedicação e o jeito carinhoso com que atendia as pessoas, a ponto de fazerem filas e marcar horários. Era uma marca pessoal dele, pois ele fazia imposição das mãos e as pessoas davam testemunho que se sentiam muito bem. Como confrade, ele não era de muita conversa. Era bastante reservado, gostava muito de fazer suas leituras e estudos no quarto. Um defeito dele é que não se importava muito com sua saúde, o que sempre preocupava quem o acompanhava”, revelou Frei André Becker, reitor do Santuário do Valongo e que conviveu com ele durante a sua passagem por esta Fraternidade. “Ele era assim mesmo, muito querido pelas pessoas. Para ele, o povo tinha preferência e não media esforços para atender bem seus paroquianos. Ele esquecia dele mesmo para atender as pessoas, essa é a verdade. Às vezes, a gente o via muito sobrecarregado, mas mesmo assim ele ia até o fim. Aqui, posso dizer com certeza,
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ele faz muita falta”, disse Valdelice dos Santos Silva. Para Rosa Maria Ribeiro da Silva, Frei Nilton deixou saudades desde que foi transferido do Valongo para Ituporanga (SC). “E agora para um lar definitivo no céu. Enquanto esteve aqui, foi sempre muito querido e procurado para atendimento de confissões e aconselhamentos. Queria salvar não só vidas, mas almas. Deixará saudades, pois se doou pelo povo de Deus”. Para Patrícia de Souza Soares, que trabalha na secretaria do Santuário, ele foi um frade “muito zeloso e humano”. “Era um irmão e um grande amigo”, disse o português Adriano Lobão. “Eu conheci Frei Nilton logo que chegou aqui, quando um dia eu me confessei com ele e pedi-lhe um conselho. Foi então que percebi que ele tinha uma visão muito grande do ser humano. Eu o convidei para almoçar em casa e, desde então, ele se tornou da família”, disse Adriano, revelando que o frade gostava de cozinhar, especialmente de preparar um bom peixe. Adriano estava esperando ele tirar férias para voltar a Santos. “Sempre trocávamos mensagens com ele, mas depois que sua mãe faleceu, ficou mais difícil falar com ele”, disse, lamentando sua morte. “Ele era um pastor verdadeiro. Além disso, tinha um coração maior do que seu físico. Acho que precisamos de bons pastores como ele, que se doam, como o Papa Francisco disse ‘pastores com cheiro de ovelhas’”, acredita Adriano. No facebook, foram muitas as mensagens de carinho ao frade: “Hoje, o dia amanheceu mais triste com a notícia do falecimento de Frei Nilton Steckert. Nessas horas não sabemos o que pensar, o que falar. Obrigada, Frei Nilton Frei Steckert, pela sua amizade e suas bênçãos, descanse em paz! Paz e Bem! Saudades!”, escreveu Ida Gilbram.
Falecimento
“Meu querido Frei Nilton Steckert, nunca vou me esquecer de você. Sua bondade e fraternidade ficarão marcadas em meu coração para sempre. Paz e Bem!”, escreveu Cleide Vannucci. Frade menor Frei Nilton vem de família luterana. O pai faleceu com 22 anos. A mãe e os 4 filhos tornaram-se então católicos. Já tinha mais de 20 anos quando iniciou os estudos em Agudos. Seu hobby preferido era pescar. No seu ministério sacerdotal, Frei Nilton tinha grande zelo pastoral e atendia com cuidado as pessoas. Conheci-o quando ainda seminarista. Por ter mais idade, o víamos como um irmão mais velho. Que o Senhor de misericórdia acolha entre seus eleitos o bondoso Frei Nilton. R.I.P Frei Walter de Carvalho Júnior
DADOS PESSOAIS E FORMAÇÃO Nascimento – 09.03.1951 (64 anos de idade) Natural de Forquilhinha, SC 20.01.1981 – Admissão ao Noviciado, em Rodeio, SC 20.01.1982 – Primeira Profissão, em Rodeio, SC. (33 anos de Vida Franciscana) 02.08.1985 – Profissão Solene 13.12.1986 – Ordenação Diaconal 31.12.1987 – Ordenação Presbiteral (27 anos de sacerdócio) 13.12.1987 – Guaratinguetá (Sevoa), estágio pastoral 21.01.1989 – Canoinhas – vigário da casa e vigário paroquial 06.12.1990 – Blumenau – vigário paroquial 18.01.1992 – Angelina – guardião e pároco 29.11.1997 – Concórdia – vigário paroquial; ecônomo da fraternidade (2001); assistente da Fraternidade OFS (2002) 07.11.2003 – Forquilhinha – coordenador da Fraternidade e pároco 11.04.2005 – Secretário do Secretariado da Evangelização (até o Capítulo de 2006) 17.12.2009 – Petrópolis – Sagrado – atendente conventual e curso Master de Evangelização 08.07.2010 – Santos – vigário paroquial 12.12.2012 – Ituporanga – vigário paroquial
“A Igreja dos Lascados”, livro de Frei Lency F. Smaniotto Um ano depois do falecimento de Frei Lency F. Smaniotto, no dia 4 de julho de 2014, foi lançado no Rio de Janeiro o seu livro “De Ecclesia Lascatorum - a Igreja dos lascados”. Ao falar das origens do livro, o frade contou que nas suas andanças pelas “favelas do Brasil, pela América do Sul e Central, por Cuba, Venezuela” se propôs a escrever um livro e entregou o esboço para o “confrade Leonardo Boff”. “Nas muitas vezes em que o encontrava, sempre me falava: ‘Cascudo, fique sempre com os pobres, os lascados, pois eles são os pre-
diletos de Cristo e de Francisco de Assis!”, revelou Frei Lency. O livro saiu e tem o prefácio de Leonardo Boff: “Frei Lency já não está mais visível entre nós, embora sempre presente. Ele está com seus lascados que o precederam na glória. Está, finalmente, junto com o Ressuscitado que não esconde suas chagas de lascado. Depois de tanta luta, não morreu: Deus o chamou para si”, escreveu Boff, recomendando: “Se alguém quiser conhecer a radicalidade de um franciscano que tomou a sério o Concílio Vaticano II, Medellín, Puebla, a opção radical pelos pobres e lascados e a teologia da libertação, leia este livro”. | Comunicações | Julho 2015 | 299
AGENDA 2015
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacadas
julho 04 e 05 09 a 12 13 e 14 13 a 17 28 a 01
Outubro Ordenação e 1ª Missa de Frei Sérgio Silas (São Bernardo do Campo) Encontro Nacional de Jovens da CFMB (Anápolis – GO) Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo Provincial Retiro Provincial (Rondinha) Assembleia dos Frades Estudantes (Petrópolis)
31 31 a 01 31 a 01
Assembleia Ordinária da FFB (São Paulo) Retiro e reunião do Definitório Provincial Encontro dos Ecônomos da CFMB, (São Luís, MA) Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São Sebastião) Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Gaspar) Encontro do Regional do Contestado (Curitibanos) Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Curitibanos)
Setembro 01 a 04 04 e 05 04 a 09 5 a 7 07 e 08 14 14 14 14 14 e 15 15 e 16 19 21 21 26 e 27 27 28
Assembleia da CFMB (Manaus, AM) Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense (Petrópolis - São Francisco) Encontro dos Irmãos Leigos OFM, OFMCap e OFMConv (Agudos) Retiro para lideranças Jovens de SC (Rodeio) Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo Provincial Reunião dos Mestres da Formação Encontro do Regional de Pato Branco Encontro do Regional Rio-Baixada (São João de Meriti) Encontro do Regional de São Paulo (Amparo) Encontro do Regional do Leste Catarinense (S. Amaro da Imperatriz) Conselho de Formação e Estudos (Petrópolis) Profissão Solene (Petrópolis) Encontro do Regional de Curitiba (S. Boaventura) Encontro do Regional de Agudos (Sorocaba - S. Antônio) Ordenação Presbiteral de Frei Douglas Machado (São José – SC) Celebração dos 25 anos da Missão de Angola Encontro do Regional do Espírito Santo (Vila Velha)
Reunião do Definitório Provincial Curso de Franciscanismo (Rondinha) Retiro Provincial (Agudos) Estágio Vocacional (Guaratinguetá)
Novembro 05 a 08 09 a 11 10
Agosto 06 a 09 17 a 21 24 a 28 31
20 a 22 26 a 30 26 a 30 30 a 02
12 e 13 16 18 e 19 20 23 23 23 e 24 26 e 27 30 30 30 a 03
Estágio Vocacional (Ituporanga) Encontro Provincial da Frente de Comunicação da Evangelização (Rondinha (PR) Encontro do Regional do Vale do Paraíba - local a definir Reunião do Conselho Gestor das Entidades da Província (Rondinha) Encontro do Regional do Espírito Santo - recreativo local a definir Encontro do Regional de Pato Branco (Recreativo) Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense Encontro do Regional de São Paulo (Bragança Paulista) Encontro do Regional Rio-Baixada - Recreativo local a definir Encontro do Regional do Leste Catarinense Recreativo (Florianópolis) Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo Provincial Encontro do Regional de Agudos - Recreativo - 50 anos de vida religiosa de Dom Caetano (Bauru) Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Blumenau) 1º Congresso de Educadores Franciscanos (Curitiba)
Dezembro 07 Encontro do Regional de Curitiba - Recreativo (Caiobá) 07 a 08 Jubileus; 14 a 15 Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Piratuba) 14 a 17 Reunião do Definitório Provincial
2016
janeiro 05 14 a 17 15 18 a 26
Primeira Profissão dos Noviços (Rodeio) Missões de Férias da Juventude (Chopinzinho) Vestição dos Noviços (Rodeio) Capítulo Provincial
ABRIL 25 a 29
Reunião da UCLAF (Cochabamba, Bolívia)
julho
JMJ (Itália e Polônia)