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Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

ano mariano

a Rainha de

toda criação

| maio - 2017 | ANO LXIV • No 5 |


xxx Sumário Mensagem do Ministro Provincial

“Saudemos a Virgem Maria”, mensagem do Ministro Provincial................................... 275

FORMAÇÃO PERMANENTE

CFMB: Carta Aberta ao povo brasileiro ............................................................................................. 277 “Gerando a nova criação”, artigo de Lina Boff............................................................................... 279

FORMAÇÃO E ESTUDOS

Curso de Franciscanismo em Rondinha........................................................................................... 281 Ordenação diaconal de Frei Alan Maia na Rocinha................................................................. 282 Notícias do Postulantado Frei Galvão................................................................................................. 286 1º Novinter do ano em Rodeio................................................................................................................ 288 ITF: Semana da Memória, Verdade e Justiça.................................................................................. 289 Celebração do Rito Siríaco no Convento São Boaventura................................................. 290 Rondinha-FAE: Visita solidária ao Lar Pequeno Cotolengo................................................. 291 Domingo de Ramos no Seminário de Ituporanga................................................................... 291

SAV

6ª Caminhada da Juventude Franciscana....................................................................................... 292 SAV reúne 35 frades para discutir animação vocacional...................................................... 298 Formadores e Conselho da Formação inicial se reúnem em Rondinha................. 299

FRATERNIDADES

Vila Velha: Domingo de Ramos no Santuário............................................................................... 300 Pastoral Familiar da Paróquia do Rosário faz Retiro.................................................................. 301 Nossa Senhora da Penha visita Santuário do Divino Espírito Santo............................ 302 Paróquia do Rosário faz retiro para crismandos.......................................................................... 303 Maronitas celebram Eucaristia na Igreja do Rosário................................................................ 304 Guias conhecem o Convento São Francisco................................................................................ 305 Paixão do Senhor em Colatina................................................................................................................. 306 Encontro do Regional Curitiba................................................................................................................. 306 Lages: Notícias da Fraternidade Patrocínio de São José....................................................... 307 Semana Santa em Agudos.......................................................................................................................... 308 Regional Leste-Catarinense se encontra em Angelina......................................................... 309 Notícias de Santo Amaro.............................................................................................................................. 310 Comunicado da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento.......................................................................................................................... 311

EVANGELIZAÇÃO

Páscoa no Sefras.................................................................................................................................................. 312 Notícias do Colégio Bom Jesus................................................................................................................ 314 FAE celebra 60 anos em clima de Páscoa........................................................................................ 315 USF realiza 1º Retiro Universitário........................................................................................................... 316 1º Encontro Provincial da Frente de Comunicação................................................................. 318 Reunião do Conselho de Evangelização.......................................................................................... 321 Novos missionários em Angola............................................................................................................... 324 Mais confrades são enviados em missão......................................................................................... 325

CFMB

II Encontro Nacional de Irmãos Leigos Franciscanos.............................................................. 326 Ministros Gerais pedem ao Papa que irmãos leigos ocupem cargos de liderança..................................................................................................... 328 Missão Roraima: Contra o tráfico humano..................................................................................... 329 Encaminhamentos da Assembleia da CFMB................................................................................ 330

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES

Nasce um novo santuário em Assis...................................................................................................... 331

Falecimento

Frei Alberto Beckhäuser................................................................................................................................. 332

Agenda .......................................................................................................................................................... 340 Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | ofmimac@franciscanos.org.br


Mensagem

SAUDEMOS A VIRGEM MARIA! Caríssimos irmãos e Irmãs, O Senhor vos dê a paz e todo o bem!

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o alto da colina do Convento da Penha, em Vila Velha – ES, no alegre espírito da Oitava da Páscoa, e aos pés de Nossa Senhora das Alegrias, a Virgem da Penha, me dirijo a cada um de vocês para que, juntos, saudemos a Virgem Maria na abertura deste mês de maio, dedicado a Ela: “Ave, Serva do Senhor! Ave, Mãe do Senhor!”. Como Frades e Menores no mundo de hoje, quando aqui no Convento da Penha os frades e o povo capixaba se unem no louvor a Deus pela materna mediação de Nossa Senhora, veio-me à mente a maravilhosa herança da ‘Espiritualidade Mariana’ a nós deixada pelo Seráfico Pai São Francisco de Assis. Ele, segundo Tomás de Celano, “abraçava a Mãe de Jesus com indizível amor, pelo fato que ela tornou irmão nosso o Senhor da Majestade. Cantava-lhe louvores especiais, derramava preces, oferecia afetos tantos e tais que língua humana não podia exprimir. Mas o que mais nos alegra é que ele a constituiu advogada da Ordem e confiou à sua proteção os filhos que havia de deixar para serem aquecidos e protegidos até o fim. Ó advogada dos pobres! Cumpri para conosco o ofício de tutora até o tempo predeterminado pelo Pai” (2Cel 198). Maio / 2017 [Comunicações]

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Mensagem

O gigantesco terço erguido entre as duas palmeiras junto ao Campinho do Convento da Penha, nos convida a estarmos em comunhão com a Igreja do Brasil para intensificarmos, tanto na vida espiritual como na missão evangelizadora, a proposição maior deste Ano Mariano, por ocasião dos 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida: É uma grande ação de graças “para celebrar, fazer memória e agradecer” (Mensagem da CNBB). Nós, Frades Menores, protagonistas da mensagem da Imaculada Conceição, no mesmo espírito filial à Mãe de Deus, a exemplo de Frei Pedro Palácios e Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, somos irradiadores desta ‘Espiritualidade Mariana’, tão bem sintetizada nestas duas orações compostas por São Francisco e que, com o passar dos anos, se transformou na oração da Ave-Maria rezada por toda a Igreja:

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1. Saudação à Mãe de Deus

2. Antífona Mariana

Salve, Senhora, Rainha Santa, Santa Maria, Mãe de Deus, Virgem feita Igreja, e que do céu foste escolhida pelo Santíssimo Pai, a quem ele consagrou com seu santíssimo e dileto Filho e com o Espírito Santo Paráclito, e em quem esteve e está toda a plenitude da graça e todo o bem!

Santa Virgem Maria, entre as mulheres do mundo, não nasceu nenhuma semelhante a ti, ó filha e serva do Altíssimo e sumo Rei e Pai celeste, mãe de nosso santíssimo Senhor Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo: roga por nós, com São Miguel Arcanjo e com todas as virtudes dos céus e com todos os santos, junto a teu santíssimo e dileto Filho, Senhor e Mestre.

Ave, palácio do Senhor! Ave, tabernáculo do Senhor! Ave, casa do Senhor! Ave, vestimenta do Senhor! Ave, serva do Senhor! Ave, Mãe do Senhor! E ave, vós, santas virtudes todas, que pela graça e pela iluminação do Espírito Santo sois infundidas nos corações dos fiéis para os tornardes de infiéis em fiéis a Deus.

Caríssimos irmãos e irmãs, com São Francisco “pedimos humildemente à gloriosa e beata Mãe, a sempre Virgem Maria” (cf. Rnb XXIII), para vivermos esta ‘ação de graças’ a fim de perseverarmos “na verdadeira fé e penitência” como sinal de salvação. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde no seu amor! Frei Fidêncio Vanboemmel Ministro Provincial


Formação Permanente

CARTA ABERTA AO POVO BRASILEIRO CONTRA A SUBTRAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS

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epois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: ‘O que tens a fazer, executa-o depressa’” (Jo 13,27). Reunidos no Convento São Francisco, em Olinda (PE), o primeiro Convento da Ordem dos Frades Menores no Brasil (1585), entre os dias 27 e 31 de março, nós, os Ministros e Custódios da Conferência da Ordem dos Frades Menores do Brasil (CFMB), desejamos manifestar nossa máxima preocupação diante do momento político e social que vivemos em nosso país. O ritmo célere da tramitação de propostas polêmicas em torno de temas delicados faz-nos recordar a pressa de Judas Iscariotes para entregar Jesus aos poderosos. Neste caso, entregue de bandeja ao interesse dos detentores do poder e do dinheiro está o povo brasileiro, especialmente os mais simples: trabalhadores e assalariados. Propostas aos moldes da PEC 287/16, que versa sobre a reforma da Previdência, e o “desengavetamento” repentino e acelerado do Projeto de Lei 4.302/98, que aprova a terceirização irrestrita de todas as atividades profissionais, soam como uma “corrida” contra o tempo de quem deseja, à força de um momento de instabilidade e insegurança, ver aprovadas leis que, à custa da subtração dos poucos recursos de muitos, concentram ainda mais a riqueza nas mãos de uma seleta minoria. Cientes de que teto, terra e trabalho são direitos inalienáveis de todo e qualquer ser humano (Cf. discurso do Papa Francisco aos Movimentos Populares em outubro de 2014), e em comunhão com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), a Conferência da Família Franciscana no Brasil (CFFB), os Presiden-

tes e Representantes das Igrejas Evangélicas Históricas do Brasil e outras entidades e instituições que manifestam as mesmas preocupações, queremos também apresentar nossa disposição em trabalhar com firmeza para que nenhum direito dos mais pobres seja subtraído injustamente. Pautados pelos princípios do respeito, da justiça e da paz, valores irrenunciáveis de nossa tradição franciscana, convocamos todas as pessoas de boa vontade, especialmente nas comunidades de fé onde nos fazemos presentes, a se mobilizarem ao redor destes temas, a fim de buscarmos o melhor para o nosso povo. Olinda, 31 de março de 2017. Frei João Amilton dos Santos, OFM, Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil (PE, CE, BA, AL, SE, RN, PB) Frei Inácio Dellazari, OFM, Província São Francisco (RS) Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM, Província Imaculada Conceição do Brasil (SP, RJ, PR, SC e ES) Frei Hilton Farias de Souza, OFM, Província Santa Cruz (MG) Frei Marco Aurélio da Cruz, OFM, Província Santíssimo Nome de Jesus (GO, TO, DF) Frei Bernardo Brandão, OFM, Província Nossa Senhora da Assunção (MA, PI) Frei Francisco de Assis Paixão, OFM, Custódia São Benedito da Amazônia (PA, AM, RR) Frei Flaerdi Silvestre Valvassori, OFM, Custodia do Sagrado Coração de Jesus (SP, MG) Frei Roberto Miguel do Nascimento, OFM, Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora (MS e MT) Frei Valmir Ramos, OFM, Definidor Geral da Ordem dos Frades Menores (Roma, Itália) Maio / 2017 [Comunicações]

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No mês em que nossa devoção se volta para a Mãe de Deus, em plena celebração do Ano Mariano e dos 300 anos de Aparecida, sensível aos apelos em relação ao cuidado com a nossa casa comum, nossa Formação Permanente propõe um olhar atento para a “Rainha de toda a Criação”

(Cf. Laudato Si’). Para auxiliar neste exercício, algumas reflexões extraídas do livro “Aparecida, 300 anos de romaria em prece”, de autoria da teóloga Lina Boff, lançado pela Editora Paulinas.

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aria, a mãe que cuidou de Jesus, agora cuida com carinho e preocupação materna deste mundo ferido. Assim como chorou com o coração trespassado a morte de Jesus, assim também agora Se compadece do sofrimento dos pobres crucificados e das criaturas deste mundo exterminadas pelo poder humano. Ela vive, com Jesus, completamente transfigurada, e todas as criaturas cantam a sua beleza. É a Mulher «vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça» (Ap12, 1). Elevada ao céu, é Mãe e Rainha de toda a criação. No seu corpo glorificado, juntamente com Cristo ressuscitado, parte da criação alcançou toda a plenitude da sua beleza. Maria não só conserva no seu coração toda a vida de Jesus, que «guardava» cuidadosamente (cf. Lc2, 51), mas agora compreende também o sentido de todas as coisas. Por isso, podemos pedir-Lhe que nos ajude a contemplar este mundo com um olhar mais sapiente. E ao lado d’Ela, na sagrada família de Nazaré, destaca-se a figura de São José. Com o seu trabalho e presença generosa, cuidou e defendeu Maria e Jesus e livrou-os da violência dos injustos, levando-os para o Egito. No Evangelho, aparece descrito como um homem justo, trabalhador, forte, mas, da sua figura, emana também uma grande ternura, própria não de quem é fraco mas de quem é verdadeiramente forte, atento à realidade para amar e servir humildemente. Por isso, foi declarado protetor da Igreja universal. Também Ele nos pode ensinar a cuidar, pode motivar-nos a trabalhar com generosidade e ternura para proteger este mundo que Deus nos confiou. Papa Francisco

Formação Permanente

Gerando a Nova Criação

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Lina Boff

Mãe Aparecida é uma mulher evangelizadora de seu povo peregrino. Não é só a Mãe que acolhe, escuta e consola as pessoas que a ela recorrem nos desalentos da vida. Também tem seus recados de Mãe, ensinando os mandamentos deixados por seu filho, aponta o caminho para segui-lo na vida de cada pessoa e corrige o que houver de errado em nossas relações para com os outros e também para com Deus. À Mãe Aparecida se atribui a missão de ser uma mulher evangelizadora pelo seu testemunho, pelo seu modo de responder aos desafios que enfrenta e de anunciar o Cristo vivo a seus filhos e filhas. O Papa Francisco nos deu exemplo disso na Exortação Apostólica “A alegria do Evangelho”. No fim do documento, ele apresenta Maria com seu jeito de evangelizar.

Vivendo no meio do povo

Maria nunca está sozinha no meio do povo, mas na companhia do Espírito Santo. Por estar junto com o dinamizador de todas as coisas e de toda a História, envolve-se com o povo, com os acontecimentos concretos da vida dele, ou seja, com a realidade que cada pessoa vive e sofre. Maria está junto do povo no sentido de estar no meio dele, permanecendo atenta às moções do Espírito Santo, seu companheiro de evangelização, para as-

segurar a esse povo a presença do Cristo Vivente, para o qual aponta. Ela se faz povo, é membro desse povo a partir da sua presença em meio às mil culturas nas quais ela é conhecida e invocada. O documento citado diz ainda que ela manda homens, mulheres, jovens e crianças, todo mundo, sair da Igreja, de suas sacristias e deixar seus seculares modos de fazer uma evangelização que não permite que o povo cresça, para ir às periferias, onde estão os mais necessitados. O Papa Francisco falou que é preciso sair do sofá, calçar as sandálias e anunciar a Boa Notícia às pessoas necessitadas e esquecidas pela própria Igreja, que somos nós. Ele prega que não é mais tempo de esperar que as coisas mudem. Nós é que temos de transformar a realidade que pesa sobre tanta gente que sofre. Maio / 2017 [Comunicações]

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Formação Permanente A provocação da Mãe Aparecida

A fala do Papa Francisco nos impulsiona a reconhecer que Maria, invocada como Mãe Aparecida, é uma mulher provocadora no seu modo de evangelizar e de nos convocar para esta missão de pessoas batizadas. Com essa sua atitude, ela quer nos mostrar alguns aspectos do processo de evangelização. Em primeiro lugar, a atitude dela nos convoca a termos uma aproximação mais eficaz e eficiente no meio do povo, bem como a estarmos atentos às moções do Espírito Santo que trabalha dentro de nós. Nunca podemos ir sozinhos para a missão evangelizadora do Pai. Em segundo lugar, ela nos mostra que não podemos ficar parados diante do movimento social, cultural e religioso que todas as pessoas estão vivenciando hoje, mesmo nos lugares distantes dos grandes centros habitados e da sua civilização nem sempre humana. O documento papal diz que toda essa dinâmica tem a ver com a mobilidade que o mundo vive nos dias de hoje. Em terceiro lugar, Maria nos testemunha a ação do Espírito Santo, que trabalha naquilo que ela faz. Basta trazer presente o SIM que dá a Deus Pai no momento em que é anunciada como Mãe do Salvador. Outra cena importante e provocadora é a presença da Mãe reunida no cenáculo no dia de Pentecostes, na fundação da Igreja. Ainda que o Livro dos Atos dos Apóstolos nada fale que Maria tenha saído pregando, a presença dela no acontecimento da descida do Espírito Santo já é uma explosão missionária na Igreja de hoje e de sempre.

Gerando a Nova Criação

Assim diz o documento: ao pé da cruz, na hora suprema da Nova

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Criação, Cristo conduz-nos a Maria: conduz-nos a ela porque não quer que caminhemos sem uma mãe; e, nesta imagem materna, o povo lê todos os mistérios do Evangelho. Não é do agrado do Senhor que falte à sua Igreja o ícone feminino. Como geradora do autor que trouxe a Nova Criação, Jesus como o Cristo ressuscitado, Maria é proposta a todas as mulheres e a todos os homens como aquela que foi a primeira criatura da Nova Criação, a mulher que gera filhas e filhos novos para a Igreja e para toda a humanidade. Maria gera filhas e filhos ao pé da cruz. É a mãe que, gerando, doa Jesus ao mundo. Doar Jesus ao mundo como faz Maria é desencadear o processo de evangelização que nos instala e dar o nosso SIM, livremente, para a obra dos séculos, quer dizer, realizar o projeto do Pai que enviou seu Filho para salvar a todos. Finalmente, somos pessoas geradoras da Nova Criação à medida que nos mobilizarmos para dar uma resposta de compromisso social e de fé aos desafios do tempo presente, que traz um passado carregado de contradições; à medida que nos desinstalarmos do nosso sofá para lançar nosso olhar com fé e esperança para o futuro do Reino.

Habitando no coração das pessoas

Ao terminar de escrever um outro parágrafo do documento, o Papa Francisco toma como exemplo um padre da Igreja do século XII, o Beato Isaac da Estrela, num de seus sermões em que fala de Nossa Senhora: “No tabernáculo do ventre de Maria, Cristo habitou durante nove meses; no tabernáculo da fé da Igreja, permanecerá até o fim do mundo; no conhecimento e no amor da alma fiel, habitará pelos séculos dos séculos”.

A ousadia das palavras com que o Papa Francisco atribui a Maria esta ligação com a humanidade o leva a dizer que ela ultrapassa os tempos de sua morada em nós. Penetrar neste mistério se dá pelo coração e Maria foi chamada de modo especial a dar forma humana ao mistério de Deus. Por isso podemos dizer em palavras mais simples e diretas que “no tabernáculo do seio de Maria, o Cristo habitou durante nove meses; no tabernáculo da fé do povo, habitará até o fim do mundo; e no amor da pessoa fiel, habitará pelos séculos dos séculos”.

Transformando as situações difíceis

O documento narra ainda como Maria fez quando nasceu Jesus em Belém: Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura. O nascimento que a mulher de Nazaré nos traz dá forma humana à ação do Espírito de Deus no meio de nós. Esse novo nascimento não exclui a contribuição humana. Mas não é somente com tal contribuição que esse nascimento dá início a uma nova vida. Maria nos traz um novo nascimento, através do qual Deus toma forma humana. Maria nos traz uma nova vida, que nos abre para um novo modo de estarmos juntos um do outro. Maria ainda nos traz um novo modo de viver, que acolhe as situações difíceis e as transforma em uma montanha de ternura.

Lina Boff é professora emérita da PUC-Rio. Formada em Teologia Sistemática, Ciências Sociais e Espiritualidade na Gregoriana, onde fez pós-doutorado em Teologia sobre o Espírito Santo. Lançou neste ano o livro “Aparecida, 300 anos de Romaria em Prece”, pela Livraria Santuário.


CURSO DE FRANCISCANISMO

O Cuidado da Criação na Visão Franciscana Rondinha – Campo Largo - PR 10 a 13 de outubro de 2017

Por ocasião da divulgação da Carta Encíclica “Laudato Si’”, escrita pelo Papa Francisco, sob a inspiração de São Francisco de Assis, a Fraternidade Franciscana São Boaventura oferece um Curso de Franciscanismo sobre “O Cuidado da Criação na Visão Franciscana”. Seu objetivo é aprofundar a dimensão franciscana do cuidado da Casa Comum, bem como possibilitar a reflexão sobre os desafios ecológicos emergentes na atualidade. O Curso destina-se a todos os simpatizantes da espiritualidade franciscana.

Principais temas de estudo e respectivos professores:

1 - O Cuidado da Criação nas Fontes Franciscanas, com especial

ênfase ao Cântico das Criaturas (Frei Fidêncio Vanboemmel e Frei Fábio César Gomes)

2 - Contingência da Criação e da Encarnação em João Duns Scotus (Frei João Mannes)

3 - “Laudato Si’”: O Evangelho da Criação e a Raiz Humana da Crise Ecológica (Frei João Mannes)

4 - Psicologia Profunda e Ecologia Integral (Frei Jairo Ferrandin)

5 - Orientações práticas de Justiça, Paz e Integridade da Criação.

Frei João Mannes Mais informações: www.franciscanosrondinha.com.br

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Formação e Estudos

ORDENAÇÃO DIACONAL

Frei Alan Maia

“Ser no mundo sinal da proximidade de Deus”, pede D. Orani

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o sábado, 25 de março, Solenidade da Anunciação do Senhor, a Província acolheu mais um diácono. A comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem celebrou com alegria a ordenação diaconal de Frei Alan Maia, concluindo assim uma semana intensa de missões, visitas, celebrações e muitas atividades. A Paróquia, localizada na Rocinha, ficou repleta de fiéis. Muitos tiveram que acompanhar a Missa através de um telão, montado fora da igreja para que todos pudessem acompanhar a celebração. Além da família de Frei Alan Maia, amigos de Bangu, bairro de origem do frade, e de Nilópolis, onde ele já tra-

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balhou, marcaram presença. A Missa teve início às 18 horas e foi presidida pelo Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, e os concelebrantes Frei César Külkamp, Vigário

Provincial, Frei Sandro Roberto da Costa, Vigário Paroquial; Frei Diego Melo, Coordenador do Serviço de Animação Vocacional (SAV). Frades vindos das Fraternidades do Convento Santo Antônio, Nilópolis, São João do Meriti, Convento São Francisco em São Paulo, frades estudantes de Teologia, em Petrópolis, padres da Congregação dos Legionários de Cristo, padres e seminaristas diocesanos, além de duas clarissas do Mosteiro Nossa Senhora dos Anjos. Em sua homilia, Dom Orani destacou a Solenidade celebrada neste dia 25, a Anunciação do Senhor. “Isso não é só um fato do passado. O Senhor também está


Formação e Estudos

presente hoje no meio de todos nós. Deus está aqui na Rocinha. Deus habita no meio de nós”, afirmou o Arcebispo, que acrescentou: todos são chamados à missionariedade, transformando assim a realidade onde vivem. O Arcebispo destacou ainda que a missão de todo cristão batizado é ser sinal da proximidade de Deus, e frisou a importância da opção pela pobreza e simplicidade feita pelos franciscanos. No momento de ação de graças, Frei César agradeceu ao Arcebispo pela presença na celebração, e leu a mensagem do Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, prestando solidariedade a toda a Fraternidade, que vive um momento delicado com a internação de Frei Márcio

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Formação e Estudos

de Araújo Terra, devido a um acidente doméstico. Emocionado, Frei Alan agradeceu sua família, os frades e toda a comunidade da Rocinha, que o acolheu. Preparou-se para viver intensamente este dia de festa. Frei Sandro reforçou os agradecimentos e acrescentou: “Não esqueceremos tudo o que a comunidade fez nestes dias”. Após a Missa, todos foram convidados para uma recepção no salão paroquial. Érika Augusto

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MISSÕES

O rosto misericordioso de Deus na Rocinha

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xistem cenas e momentos que ficam gravados na memória e no coração e que se tornam eternos e inesquecíveis. A equipe missionária viveu isso no segundo dia de Missões em preparação à ordenação diaconal de Frei Alan Maia de França Victor. Visitando as famílias da Comunidade São José, localizada no alto da Comunidade da Rocinha, a equipe missionária deparou-se com cenas fortes e inimagináveis, tais como entrar na casa para dar uma bênção e deparar-se com um recém-falecido senhor, abençoar e rezar com jovens traficantes pesadamente armados, dar a bênção e amarrar uma fitinha com a inscrição “Por um mundo de paz e bem” no braço de um homem cujo punho segurava uma metralhadora, visitar a mãe cujo filho recentemente tinha sido assassinado, reunir-se para fazer um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento enquanto homens permaneciam armados diante da porta da capela. Enfim, são todas situações para as quais nem sempre estamos preparados e que fogem do cotidiano de nossas evangelizações e missões, mas que nos mostram exatamente o que significa ser uma Igreja em saída e voltada para as periferias sociais e existenciais de nossos dias de hoje. No entanto, essa missão não tem sido ímpar somente pelas cenas e momentos acima descritos. Talvez, muito mais forte e impressionante tenha sido presenciar a realidade da absoluta maioria dessa comunidade, que não se cansa de descer e subir as inúmeras escadarias e becos, levando e buscando seus filhos nas escolas, cursos e estudos, acreditando em um futuro melhor. Encontrar os pais de família saindo logo cedo para trabalhar, buscando com dignidade o seu pão de cada dia. Ver a beleza da solidariedade de tantas pessoas que ensinam na prática o milagre da partilha. Vivenciar a alegria

de tantos fiéis que, com alegria, lotavam a igreja para participar das celebrações do tríduo preparatório de Frei Alan. Perceber a alegria das pessoas que acompanharam com orgulho e esperança a caminhada formativa do jovem seminarista diocesano Alex Fonseca, bem como de nosso frade estudante de Filosofia, Frei Francisco Dalilson, que são filhos da comunidade. Encontrar-se para rezar, partilhar e refletir com os jovens do catecumenato, que permaneceram reunidos conosco até tarde da noite por acreditarem na importância da fé para suas vidas. Ver pessoas chegando depois de um longo dia de trabalho e ainda encontrando tempo para se dedicarem à comunidade, pois descobriram que a alegria verdadeira está no dar e não somente no receber. Sentir na pele o que significa ser uma fraternidade no meio do povo, inserida e participante da realidade concreta dessa comunidade, que acolhe os nossos frades como verdadeiros membros de suas famílias, e na constante preocupação com a saúde de Frei Márcio Terra, que está hospitalizado. Enfim, essa missão vocacional mostrou o verdadeiro rosto misericordioso de Deus, o quanto a fé é concreta e pode dar um sentido para o cotidiano de nossas vidas. Tem nos ensinado que ser frade menor, ser servo, ser diácono, é uma missão que vai além da Celebração Eucarística, ou melhor, é uma missão que faz da vida e do quotidiano uma verdadeira Eucaristia, celebrada nos grandes e majestosos altares das imponentes catedrais, mas também nas igrejas mais simples e recônditas, bem como no altar sagrado do coração e da vida das pessoas, daqueles que realmente nos evangelizam e nos ensinam o verdadeiro significado da palavra serviço. Frei Diego Atalino de Melo Maio / 2017 [Comunicações]

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Formação e Estudos Postulantado frei galvão

SEMANA SANTA: X ENCONTRO DE COROS

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o sábado, 8 de abril, aconteceu na Capela do Seminário Franciscano Frei Galvão o X Encontro de Coros da Semana Santa, com a participação dos Frades, Postulantes, Irmãs Franciscanas e toda a comunidade. Foi um momento de encantamento e, claro, uma boa música. O Encontro de Coros acontece há 10 anos no período que antecede a Páscoa, com repertório alusivo a este período. E nesse ano, sendo jubilar, o Seminário Franciscano Frei Galvão foi agraciado em acolher mais uma vez este evento. Com direção musical de Rafael Braga e Sandra Mendes Sampaio, o X Encontro de Coros contou com a participação dos corais Coral ADC – CTA, Coral da FEG – Unesp, Coral ICT – Unesp, Coral Libertano Associação Cultural, Schola Cantorum Tagaste e também dos Músicos Lucy Rempel – Piano e Samuel Pereira Lopes – Violoncelo. Neste ano, em que se comemora o aniversário de uma década da rea-

lização do Encontro de Coros foi escolhido um belíssimo repertório de Gabriel Fauré (1845 – 1924), um dos mais proeminentes compositores de sua geração, também organista, pianista e importante professor, tendo entre seus célebres alunos ninguém menos do que Maurice Ravel (1875 – 1937). Sua música abre caminho para um dos mais significativos mo-

vimentos musicais da virada dos séculos XIX – XX, o Impressionismo. A obra central que os corais escolheram é o famoso “Requiém em Ré Menor” Op. 48, composto entre 1887 – 1890, descrito pelo compositor como uma obra “dominada do princípio ao fim por um sentimento profundamente humano de fé no descanso eterno”.

POSTULANTES VISITAM A FAZENDA DA ESPERANÇA

O

s postulantes e o mestre Frei Jeâ Andrade fizeram uma visita à Fazenda da Esperança no dia 5 de abril. A visita começou com a santa Missa junto com os recuperandos, padrinhos e incentivadores da obra. Ao terminar o café da manhã, preparado pelos recuperandos da Fazenda, o grupo conheceu a estrutura da Fazenda. Em uma conversa com Padre Luís, presidente da obra, e Ricardo, leigo consagrado, estes contaram como se iniciou e como está atualmente a Fazenda da Esperança, em nível na-

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cional e mundial. Eles responderam a várias perguntas dos postulantes e tiraram inúmeras dúvidas do grupo. Após o almoço, toda a turma foi conduzida para o setor de Comunicação da Fazenda da Esperança, onde se localiza o estúdio de Tv, o

auditório e o recém-inaugurado estúdio de áudio. Ali eles puderam conhecer um pouco mais sobre como funciona a comunicação interna e institucional da Fazenda da Esperança. “Este é um trabalho muito bonito de recuperação, com base no evangelho. A Fazenda da Esperança, de fato, transmite esperança e dá esperança àqueles que não têm. Essa visita deixou-nos a missão de acolher as necessidades de todos”, explicou Ramon Veloso, postulante. O passeio terminou com um momento de recreação e lazer.


Formação e Estudos Postulantado frei galvão

retiro: O CAMINHO FRANCISCANO NA ESPIRITUALIDADE

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o domingo de Ramos, 09 de abril, uma atividade do jubileu de 75 anos do Seminário Franciscano Frei Galvão reuniu a comunidade (OFS, Equipes de Nossa Senhora, Voluntários do Seminário, Irmãs Franciscanas Seráficas, de Siessen, Irmãs da Providência, Círculo Bíblico), os postulantes e os frades para o retiro “O caminho franciscano na espiritualidade”, ministrado pelo Frei Vitório Mazzuco. Já no início do dia, com a celebração da missa do Domingo de Ramos, presidida por Frei Vitório, ele convidou toda a comunidade a dar alguns

passos à frente, a se aproximar mais dos celebrantes e, deu início à celebração e à procissão de ramos o que levou a todos os presentes a fazerem a primeira experiência de caminhar e que seria retomada ao longo do dia. Após a missa, Frei Vitório conduziu o retiro falando sobre a importância da Espiritualidade, do caminhar à luz da experiência de São Francisco e Santa Clara de Assis, ambos santos da Idade Média que fizeram a experiência profunda do amor por Deus. “A ascese de Francisco não nasceu do sofrimento, mas do Amor que viveu e, por causa deste Amor,

foi capaz de sofrer. Abraçou a dor do leproso como um serviço”, comentou Frei Vitório. Além dos momentos explicativos, o retiro contou com uma dinâmica na qual o Frei convidou os participantes a fazerem a experiência de caminhar pelo seminário e sentir a presença de Deus. Ao longo do dia foram tocadas músicas que ajudaram todos a meditar sobre o caminho franciscano na espiritualidade, tema do retiro. Por fim, aconteceu um forte momento de partilha, aberto para considerações e perguntas. “No seu caminho, ele (São Francisco) não chegou apenas a um encontro com o Divino. Fundiu-se ao Criador!”, concluiu Frei Vitório. Frei João Francisco, guardião da fraternidade, agradeceu a disposição do pregador em auxiliar a comunidade de Guaratinguetá nessa reflexão e preparação para a Semana Santa. Disse que essa era mais uma oportunidade de agradecer a Deus pelas muitas graças recebidas nesses 75 anos de existência do Seminário Franciscano Frei Galvão.

PRIMEIRO POSTULINTER do ano em guaratinguetá

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ntre os dias 27 e 29 de março, o Seminário Franciscano Frei Galvão sediou a primeira etapa do Postulinter neste ano. O encontro reuniu os postulantes franciscanos do Seminário, os postulantes da Ordem da Santa Cruz e seus respectivos for-

madores e teve como tema o autoconhecimento. A Irmã Julia Maria Irio, das Irmãs Terciárias Capuchinhas da Sagrada Família, ministrou o encontro, abordou a importância do autoconhecimento para um correto discerni-

mento vocacional, para a convivência fraterna e para o descobrimento das potencialidades de cada pessoa. O encontro iniciado no dia 27 teve uma riquíssima formação sobre esse assunto do autoconhecimento, e contou com momentos de oração em conjunto, partilhas, experiências em grupo, reflexão pessoal, recreio festivo e esporte. Equipe de Comunicação: Franklin Matheus e Marcelo Tadeu (textos) e Yves Leite (fotos)

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Formação e Estudos

1º Novinter do ano em Rodeio

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primeiro Novinter deste ano reuniu-se no Noviciado Franciscano São José, na cidade de Rodeio, e contou com a participação de três entidades religiosas: Ordem dos Frades Menores, Irmãs da Divina Providência e a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. O evento, coordenado pelo irmão Marista e psicólogo Tercílio Servegnani, somou riquezas culturais de diversas nações, como: Argentina, Paraguai, Angola, Bolívia e Brasil, tendo ao todo 32 noviços, coadjuvados por seus respectivos mestres. Do dia 3 a 7 de abril, viveu-se fraternalmente uma rica e frutuosa relação inter-congregacional, tendo como tema: Formação Humana Afetiva Espiritual. Durante o encontro, as reflexões assumiram um caráter profundo, baseando-se na parábola do semeador (Mt 13, 3-9), onde cada semente em

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ação construtiva simboliza um rumo de vida que qualquer um pode assumir segundo a escolha própria. As construções foram simbolizadas com exemplos práticos que levaram os noviços a uma profunda reflexão. A vida pode ser alicerçada e construída a partir de matérias frágeis ou duradouras como: palha, jornal, areia, dominós ou pedra. Onde e como quero construir minha vida? Que materiais utilizo na construção da minha casa? Que sentido construtivo tem a minha vida perante Deus? Se nos entendêssemos como dom de Deus, seríamos muito mais gratos. Às vezes é necessário compreender que somos indivíduos com forças diversificadas e não bastam os valores, mas sim o desejo profundo de interiorizá-los. Mas sendo o ser humano um ser misterioso, problemático e dinâmico, pela infinita misericórdia de Deus, é chamado a buscar a vida em plenitude, num autoconhecer-se

a partir do exercício do silêncio interior. Tendo por base a concepção psicológica, Irmão Tercílio abordou o desenvolvimento da pessoa, que deve partir da afetividade filial, fraternal, comunitária ou de camaradagem, da adolescência até a fase adulta, que a levará ao amadurecimento contínuo das experiências da vida cotidiana. A dinamicidade do desenvolvimento da pessoa exige um tempo determinado por fases de crescimento e desenvolvimento, com o desapego e o abrir-se ao amadurecimento afetivo e espiritual. Foram dias de muito crescimento, partilha e vivência dos carismas, onde cada um pôde vislumbrar a experiência e a riqueza da multiplicidade da vida religiosa no convívio fraterno, nos momentos de oração, trabalho, estudo e lazer. Frei José Francisco Inito


Formação e Estudos

ITF: SEMANA DA MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA

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contexto histórico de religiões como o Candomblé e a Umbanda e a sua difícil aceitação na sociedade brasileira foi o eixo que norteou as apresentações do painel “Ditadura e as Religiões Afro: Violência Ontem e Hoje” dentro da “Semana da memória, verdade e justiça”, no início de abril, no ITF. Frei Antônio Everaldo Palubiack Marinho, diretor do ITF, deu as boas-vindas aos presentes e Frei Wagner José da Rosa iniciou a sessão, apresentando os palestrantes: “Pai Pedro” – Pedro Antonio P. Nogueira – Mestre em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora – MG, Sacerdote Umbandista do Templo do Caboclo Sr. Ogun 7 Escudos desde 1996, filiado à Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino – entidade mantenedora da Faculdade de Teologia Umbandista (FTU), com ênfase nas religiões afro-brasileiras; e Lucas de Deus – Cientista Social formado pela Pontifícia Universidade Católica/PUC-RIO. Pesquisador nas áreas de relações étnico-raciais e direitos humanos, enfocando temas como

religiosidades de matrizes africanas, neopentecostalismo, “racismo cultural-religioso”, intolerância/discriminação religiosa e diálogo inter-religioso. Editor do Jornal Nuvem Negra. Na ocasião, os palestrantes abordaram temas delicados como a violência e o desrespeito sofridos pelos adeptos das religiões de matriz africana em nosso país, até os dias atuais. Conceitos pré-estabelecidos, falta de diálogo e discriminação racial são fatores que dificultam a compreensão e aceitação dessas expressões religiosas e alimentam a intolerância. “Era comum, nos terreiros de Umbanda, a presença de oficiais da

justiça ligados à juventude e à infância… e também era muito comum a presença de policiais à paisana durante os ritos” (Pai Pedro). “A intolerância religiosa é a face mais perversa do racismo” (Lucas de Deus). Ao término da apresentação, algumas perguntas foram dirigidas à mesa e levantou-se a hipótese de que o Candomblé e a Umbanda sejam, na verdade, religiões genuinamente brasileiras, pois não há registro que ateste que suas origens tenham se dado no continente africano. Equipe de Comunicação do ITF

SÁBADOS FRANCISCANOS NO ITF

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o sábado, 1º de abril, foi realizado o primeiro encontro “Sábados Franciscanos” no Instituto Teológico Franciscano (ITF). Cerca de 60 pessoas marcaram presença e tiveram a experiência de refletir sobre as Fontes Francisca-

nas, abordadas no encontro, através de debates e dinâmicas promovidas por Frei Fábio Cesar Gomes, assessor do curso. Mais dois sábados estão programados: 20 de maio e 17 de junho. O evento começa às 9 hs e termina às 17 horas.


Formação e Estudos

Celebração no Rito Siríaco no Convento São Boaventura

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a manhã do dia 26/3, o Convento São Boaventura de Rondinha, abriu suas portas para acolher cerca de 50 sírios, em sua maioria refugiados vindos de Aleppo, para celebração no Rito Oriental Siríaco. A Sagrada Liturgia foi presidi-

da pelo Monsenhor Padre Antoun Nakkoud, nas línguas siro-aramaica e árabe. Com uma belíssima celebração, rica em rituais e cantos, os sírios puderam se reunir e rezar em sua língua materna na capela central de nossa fraternidade.

Logo após a celebração, todos foram convidados para o almoço com a fraternidade local e o encontro se estendeu por toda a tarde, quando as crianças, jovens e adultos puderam aproveitar os espaços do convento para um animado encontro, com cantos, danças e o tradicional Narguilé, chamado de “arkileh” pelos nossos visitantes. Nossos irmãos refugiados, como também o Monsenhor Nakkoud, fizeram efusivos agradecimentos pela oportunidade e acolhida da fraternidade, no dia em que nossa fraternidade se tornou um pedacinho da Síria, mas sem o perigo da guerra que tanto matou, expulsou e destruiu. Frei Jean Ajluni.

TRABALHAR É AMAR Quando me vou pra trabalhar no dia a dia, Eu, cônscio, vou é para meus irmãos amar; Todo trabalho é um dom de nós, traz alegria, Vocação diva, humana para Deus louvar. Trabalho é estabelecer uma comunhão, Jamais devamos visar antes o dinheiro, Porque nos damos, vem o prêmio da oblação, Mas, sempre amor é que vem por primeiro!... 290o [Comunicações] Maio / 2017

Assim dizia São Francisco ao seu irmão, Para na vida pôr no seu trabalho, E nunca perder o espírito de oração. Toda alegria que nos vem desse labor, Vem do horizonte dessa ação, humana, diva, Onde reside o irmão que acolhe o nosso amor. Frei Walter Hugo de Almeida


Formação e Estudos

VISITA SOLIDÁRIA AO LAR PEQUENO COTOLENGO

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a sexta-feira, dia 31 de março, os frades Frei Francisco Dalilson e Frei Erick de Araújo acompanharam a Pastoral Universitária da FAE em uma ação especial no lar Pequeno Cotolengo. Antes da ação, Wellington e Lindair, ambos da pastoral, fizeram uma dinâmica de integração com os voluntários, na sua maioria ‘calouros’. Em seguida, os dois frades conduziram um momento de espiritualidade. Frei Erick convidou cada voluntário a colocar sua mão direita sobre a mão esquerda da pessoa que estava ao seu lado, lembrando que

cada um de nós deve ser o apoio necessário para o outro na dinâmica da vida. Chegando ao local, a animação dos voluntários contagiava os moradores, que deixaram um pouco a rotina do ambiente para passearem com os jovens. Que esta ação que há três anos é realizada pela Pastoral Universitária pregue a paz e o bem naquele local que necessita sempre da presença de jovens que se sentem bem por doar sua juventude sem olhar a quem.

DOMINGO DE RAMOS NO SEMINÁRIO de ituporanga

Frei Robson Scudela, orientador do Seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga, presidiu a Celebração Eucarística no Domingo de Ramos. Para o celebrante, diante do medo da cruz, daquilo que se segue, somos levados a gritar: solte Barrabás! “Barrabás é sempre mais atraente, é sempre mais cômodo, sempre mais corresponde aos nossos desejos e vontades”, lembrou. O Domingo de Ramos, segundo o sacerdote, é momento de decisão para cada um: “Já iniciamos a caminhada, mas agora temos que decidir se depois de aclamá-lo rei continuamos até o Calvário com Cristo ou deixamo-lo seguir sozinho”.

Frei Francisco Dalilson Cabral

JANTAR BENEFICENTE

No dia 1º de abril aconteceu, no Seminário São Francisco de Assis, um jantar em prol da formação dos seminaristas e manutenção do Seminário. Maio / 2017 [Comunicações] 291


SAV

RODEIO

SEXTA CAMINHADA DA


O coração de vocês, coração jovem, quer construir um mundo melhor. Os jovens nas estradas; são jovens que querem ser protagonistas da mudança.

SAV

(Papa Francisco, JMJ Rio 2013).

JUVENTUDE FRANCISCANA


SAV

A

pequena cidade catarinense de Rodeio, que há mais de cem anos abriga o Noviciado Franciscano desta Província da Imaculada Conceição, amanheceu agitada na manhã do sábado, 1º de abril. Mais de quinhentos e cinquenta jovens de diversas regiões do Sul e Sudeste do Brasil estavam na cidade para participar da 6ª edição da Caminhada Franciscana da Juventude (CFJ). Ainda não havia amanhecido e as baterias de fogos saudavam as caravanas de jovens que, aos poucos, chegavam e iam lotando o Salão da Paróquia São Francisco de Assis. O tempo fechado e uma fina garoa não assustaram os jovens que, ao chegarem, eram recebidos por uma animada equipe de acolhida e com um delicioso café da manhã. Rodeio é uma cidade de imigrantes italianos, vindos principalmente da região de Trento, na Itália. Cantos e danças típicas aqueceram os jovens que, ansiosos, esperavam pelo momento de iniciar a caminhada. Frei Diego Melo e Frei Gabriel Dellandrea, animadores do Serviço Vocacional da Província, acolheram os jovens e passaram as instruções gerais para o andamento do evento. Norteou esta edição da CFJ o capítulo 19 do primeiro livro dos Reis que relata a ida do Profeta Elias para o Monte Horeb: “Eis que Ele vai passar...”. A ideia era proporcionar aos jovens uma experiência mística de silêncio através da caminhada, assim como fez Elias no deserto. Cada parada do percurso seria um “oásis” não só para recuperar o fôlego, mas também abastecer-se espiritualmente.

GAROA DÁ TRÉGUA

Os tradicionais sinos do Noviciado marcaram o início da caminhada às 10 horas e anunciaram ao povo rodeense que estes eram dias históricos para a cidade de Rodeio. A fina garoa cessou para que os jovens caminhassem tranquilamente. No percurso pelas ruas do centro, muitos moradores acorriam às janelas e sacadas para acompanhar e saudar a multidão de jovens com coletes amarelos que embelezavam as ruas de sua cidade. Seguindo o caminho para o Eremitério Beato Egídio de Assis, o primeiro oásis foi a

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SAV Comunidade Terapêutica Beth Hayôtser, também conhecida como Casa do Oleiro, onde jovens ouviram o testemunho do sr. José Alves, fundador e coordenador do projeto. Durante o momento de oração, muitos jovens se emocionaram ao rezarem pelos jovens que ali residem e também por jovens conhecidos de suas cidades com problemas de dependência química. Continuando a jornada pela montanha do Bairro do Ipiranga, os jovens conheceram uma das mais famosas atrações turísticas de Rodeio: o “Caminho dos Anjos”. Foram quase três quilômetros embelezados por inúmeras imagens de anjos, até chegar ao “Piccolo Paradiso”, o segundo oásis aos pés da imagem do Cristo Redentor. O sr. Paulo Notari, que idealizou esse monumento para expressar sua gratidão a Deus pela cura de uma enfermidade, falou emocionado aos jovens sobre esse pequeno paraíso que eles agora contemplavam. Por fim, todos foram surpreendidos por duas crianças que passaram pelos peregrinos tocando gaita e cantando uma música em louvor a Nossa Senhora. A caminhada continuou por mais alguns metros até a Capela Nossa Senhora de Lourdes, do Bairro do Ipiranga. Membros da Comunidade esperavam alegremente os jovens com música e um delicioso almoço. Após um momento de descanso, seguiu-se a parte mais íngreme da caminhada até o Eremitério Frei Egídio. Nem mesmo as dificuldades do trajeto foram capazes de desanimar os jovens que seguiam a passos firmes o caminho. Ao chegarem à entrada do Eremitério, foi feita a distribuição das camisetas que, nesta edição da CFJ, diferenciaram-se das outras por conterem um capuz que remete ao hábito franciscano. Nos portões desta casa de oração, os jovens foram divididos em quatro grupos para assim viverem mais intensamente a pequena experiência de serem eremitas. Um grande silêncio reinou nesta ermida sagrada e os mais de quinhentos jovens ocuparam essa construção de pedra em estilo medieval, e assim como Francisco de Assis e o Profeta Elias, puderam vivenciar o encontro com Deus no silêncio e na contemplação. Ao descerem para a comunidade do Ipiranga, uma procissão luminosa formou-se e todos rezaram o terço. Maio / 2017 [Comunicações]

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SAV

MATRIZ LOTADA

Na Igreja do Ipiranga vários ônibus transportaram os jovens para a Igreja Matriz. Todos foram então acolhidos por várias famílias da cidade para pernoitar. O descanso não foi longo, pois às 5 horas da manhã todos estavam na Comunidade do Ipiranga para o último dia da caminhada. Andando mais nove quilômetros, os jovens chegaram à Capela São Virgílio, no Bairro Rodeio 50, onde foram recebidos com uma grande bateria de fogos e um delicioso café. Deu a tônica desse oásis a peça teatral “O canto das Írias”, encenado pelos jovens de Balneário Camboriú, tendo como pano de fundo a mensagem: “Não há condição humana que

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não possa ser restaurada pelo amor”. Um carro de som passou a acompanhar a caminhada e, nesses trechos finais, os jovens animavam a cidade de Rodeio. Muitas pessoas da cidade juntavam-se aos caminhantes. O último oásis foi a Casa Mãe das Irmãs Catequistas Franciscanas, congregação religiosa fundada em Rodeio em 1915. Elas puderam falar um pouco de seu carisma e a história da Congregação. Faltava pouco para o final do percurso. Menos de um quilômetro para chegarem à Igreja Matriz São Francisco de Assis. Os sinos e os fogos saudavam os jovens que vinham pela rua principal da cidade. Ao meio-dia, a caminhada encerrou-se

com a celebração da Santa Missa, presidida pelo animador provincial do SAV, Frei Diego Melo. A Igreja ficou lotada com tantos jovens e fiéis. Ponto alto da celebração foi o momento do lava-pés, em que os religiosos presentes lavaram os pés de todos os jovens, muitos dos quais, emocionados, não conseguiram conter as lágrimas. Após a proclamação do Evangelho do 5º Domingo da Quaresma, Frei Samuel Ferreira de Lima, mestre de noviços, fez em sua homilia um paralelo da caminhada que os jovens fizeram neste final de semana com a caminhada que tantos povos fazem sem destino, fugindo da guerra e das perseguições. Instigou também os jovens a saírem dos


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sepulcros impostos pela sociedade contemporânea: “Sejam jovens animados pelo amor de Deus que nos chama para uma vida nova”. Como também frisou Frei Gabriel Dellandrea: “O caminho continua, todos prosseguimos renovados e reanimados pela força de Cristo, Senhor da Vida.”

também teceu algumas palavras a respeito de como na CFJ de Teresópolis-Angelina em 2014, ele pôde sentir forte o chamado de Deus para a vida religiosa franciscana e convidou os presentes a abrirem seus corações para a voz de Deus. Ao final da celebração, Frei Diego Melo agradeceu a toda a Comunidade Paroquial de Rodeio, na pessoa do Pároco Frei Pedro da Silva, por todo o empenho na preparação e execução deste evento histórico na cidade de Rodeio. Frei Pedro, emocionado, fez os agradecimentos em nome da Paróquia e foi ovacionado pela juventude. Logo em seguida, os jovens dirigiram-se para o Salão Paroquial onde provaram uma iguaria tradicional da Itália: a ‘lasagna’! Mais de 150 lasanhas foram preparadas com carinho pela comunidade paroquial para finalizar o evento em uma confraternização bem familiar. Como afirmou o jovem Willian Bressan, de Concórdia: “Esses eventos estão dando uma nova cara à Província da Imaculada a partir dos jovens de suas paróquias. Parece uma grande família que se reúne para celebrar e caminhar junto!” Terminado o almoço, os jovens começavam a despedir-se uns dos outros, já ansiosos para a Missão

Franciscana da Juventude em Agudos-Bauru (SP), no próximo ano. Esta sexta edição da CFJ em Rodeio foi marcada por surpresas e superações. A começar pelo número de inscritos que excedeu, e muito, as expectativas iniciais. A acolhida e integração do povo rodeense, que abraçou desde o primeiro momento a realização deste evento, mesmo sabendo dos muitos desafios que teriam pela frente. Também o testemunho dos jovens que abraçam com entusiasmo esses eventos da Província dando um novo colorido franciscano à juventude de nossas paróquias. Por fim, não poderíamos deixar de destacar a participação de jovens que superaram seus limites, como a jovem Michele, de Gaspar, que fez todo o trajeto apoiada em muletas; o jovem Alcinei, de Chopinzinho, portador de deficiência visual; e o jovem Cristian, de Concórdia, com sua dificuldade de locomoção. Ambos mostraram a todos a grande força e coragem da juventude que, animada na fé, segue sempre seu caminho à procura de Deus! Equipe: Frei João Zechinato e Frei Willian Cerqueira (texto) e Frei Roger Strapazzon e Laís Costa (fotos)

SINAL DE CRISTO

Ao final da celebração, Frei Abel Schneider, com seus 95 anos, deixou uma mensagem de coragem e ânimo a todos os presentes: “Vocês receberam uma bandeira, carreguem-na como sinal de Cristo. Jovens, avante!”. O noviço Frei Diego Martendal Maio / 2017 [Comunicações]

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SAV

SAV reúne 35 frades para discutir animação vocacional

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Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, através do seu Serviço de Animação Vocacional (SAV), reuniu 35 frades durante o Encontro Provincial deste serviço, realizado nos dias 28 e 29 de março, na Fraternidade Franciscana São Boaventura, em Campo Largo (PR). Este encontro é um momento forte de articulação deste serviço e foi conduzido pelo Animador Provincial, Frei Diego Atalino de Melo. Na manhã do primeiro dia, deu-se ênfase à formação humana e, para isso, os frades tiveram a assessoria da doutora Patrícia Piper, psiquiatra do Centro Âncora de Revitalização da Vida Religiosa e Sacerdotal, em Curitiba (PR). A convidada expôs temas que, normalmente, surgem em seus quadros clínicos, buscando, assim, fazer com que a animação vocacional da Província olhe com cuidado e atenção esse processo formativo do jovem. Esta preocupação visa o bom acompanhamento de cada jovem, procurando, com sinceridade, conhecer melhor a pessoa que está procurando trilhar os caminhos da Vida Religiosa Franciscana. Já na parte da tarde, os frades fizeram a leitura do

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Plano Orgânico do SAV e partilharam as realidades do acompanhamento dos jovens e dos vocacionados em suas respectivas fraternidades. No segundo dia, na parte da manhã, durante uma breve oração, os frades fizeram memória do grande mestre da Sagrada Liturgia, Frei Alberto Beckhäuser, que faleceu no dia 28, destacando momentos fortes vividos com o confrade e valores por ele transmitidos em seus trabalhos no âmbito litúrgico e também formativo, inclusive para a OFS. Em seguida, houve uma apresentação dos trabalhos do Serviço Vocacional e também uma conversa sobre o quadro numérico da Província, buscando sempre rever, cada vez melhor, a preocupação e o reto desejo de fazer acontecer a animação vocacional. Os frades também tomaram conhecimento da agenda do SAV para os próximos meses, assim como foram definidos os encontros e estágios voca-

cionais deste ano (a agenda será divulgada em breve). Momentos fortes nas atividades com a juventude estão previstos. Como lembra o Papa Francisco, o mundo da juventude é um mundo complexo, rico e desafiador. “Não faltam jovens generosos, solidários e comprometidos em nível religioso e social; jovens que buscam uma vida espiritual, que têm fome de algo diferente do que o mundo oferece. Mas, mesmo entre esses jovens, há muitas vítimas da lógica do mundanismo, como a busca do sucesso a qualquer preço, o dinheiro e o prazer fáceis”. Para o Papa, o nosso compromisso é estar ao lado deles para contagiá-los com a alegria do Evangelho e de pertença a Cristo. “A vocação, como a própria fé, é um tesouro que trazemos em vasos de barro, que nunca deve ser roubado ou perder a sua beleza. A vocação é um dom que recebemos do Senhor, que fixou seu olhar sobre nós e nos amou, chamando-nos a segui-lo mediante a vida consagrada, como também uma responsabilidade para quem a recebeu”, define Francisco. Frei Gabriel Delandrea


Formação e Estudos

FORMADORES E CONSELHO DA FORMAÇÃO INICIAL SE REÚNEM EM RONDINHA

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Fraternidade São Boaventura recebeu, nos dias 26 e 27/3, frades de toda a Província que, de uma formou de outra, se veem envolvidos com a formação dos novos frades e no acolhimento dos jovens que buscam iniciar sua caminhada de discernimento para a vida franciscana. No dia 26, os formadores se reuniram para partilhar a situação de cada uma das Etapas da Formação, discutir suas experiências e ouvir as observações que seus irmãos ofereciam a respeito do que era partilhado. Este é sempre um momento rico onde percebemos a unidade do processo formativo, e o compromisso mútuo de nos afinar, enriquecidos pela diversidade dos frades, para um processo comum de formação. E, no dia 27, aconteceu o Conselho da Formação Inicial, que reúne

os formadores, os representantes dos frades em Tempo de Profissão Temporária, os representantes dos Institutos de Filosofia e Teologia e o Secretário da Formação e Estudos, para discutir assuntos pertinentes ao todo da Formação. Ali, além da partilha das casas, algumas decisões são tomadas para que sejam apresentadas aos fóruns maiores provinciais para seus devidos encaminhamentos. Dentre os principais assuntos, destacaram-se a elaboração de um Plano de Formação Musical, com os conteúdos a serem abordados em cada etapa da formação, como solfejos, salmodias, cantos litúrgicos e da tradição da Igreja e da Ordem; foram elaborados critérios específicos de avaliação dos formandos para as Etapas Iniciais, que se somam aos critérios da Ratio Formationis; e um projeto que contará com ajuda de profissionais da área da psicologia

para as Etapas Iniciais. Além destes assuntos, também foi discutida a importância do estudo de um segundo idioma e foi feita uma reflexão sobre a relação da geração atual dos formandos com as Redes Sociais e a valorização da exposição do indivíduo em detrimento do comunitário. Enfim, foram dois dias de discussões intensas que aprofundaram temáticas relevantes e atuais para a Formação e que permitiram aos frades envolvidos clarear suas dúvidas, apresentar seus questionamentos e vislumbrar possibilidades. Que a Imaculada Conceição, padroeira de nossa Província, interceda por todos os frades envolvidos na formação e pelos seus filhos que ouviram e acolheram o convite vocacional do Cristo para segui-lo ao modo de São Francisco. Frei Rodrigo da Silva Santos Maio / 2017 [Comunicações]

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Fraternidades

Vila velha

Domingo de Ramos no Santuário

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Domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus em Jerusalém e início da Semana Santa, tempo em que vivemos com maior intensidade o grande Mistério da nossa fé, foi solenemente celebrado na comunidade do Santuário Divino Espírito Santo, Paróquia Nossa Senhora do Rosário, e contou com a participação efetiva dos fiéis. O Santuário esteve cheio em todas as celebrações, sendo que a Missa das 19h00, que é a de maior afluência de pessoas, teve seu início na principal praça da cidade. Sobretudo por ser inédita a procissão da praça até o Santuário, esta celebração mobilizou, na sua preparação, os jovens de toda a Paróquia e diversas pastorais, com inúmeras pessoas de boa vontade e dispostas a ajudar para que o nome de Jesus fosse lindamente glorificado!

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Fraternidades

Por volta das 17h00 o movimento no Santuário era intenso! Todos chegando, com suas funções previamente definidas para colocar os dons que o Espírito Santo lhes deu em ação! Às 18h00, na praça, sobre um carro de som, já havia animação com músicas de louvor. Os fiéis que chegavam eram acolhidos e convi-

dados a participar da celebração, recebiam os ramos e o folheto “O Domingo”. Logo depois chegaram os demais integrantes da procissão: diversos jovens vestidos com roupas da época de Jesus, outros com tochas acesas; chegou também um jovem vestido de Jesus, montado em um jumentinho, além do freis Djalmo,

Leandro e Nazareno, diácono Campelo, ministros, leitores, coroinhas e acólitos. Ali, a celebração iniciou, os ramos foram abençoados e o Evangelho incensado e proclamado. Em seguida a procissão seguiu o roteiro estabelecido até o Santuário, onde foi recebida com alegres cantos e aclamações a Jesus Cristo. Na continuidade da celebração, Frei Djalmo lembrou, em sua homilia, que a Cruz de Jesus é uma realidade viva em nosso dias, mas ela tem o poder de lapidar o ser humano que, em fraternidade, coloca-se a serviço e luta pelo respeito e dignidade da vida humana. Pascom Santuário

PASTORAL FAMILIAR FAZ RETIRO

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conteceu nos dias 08 e 09 de abril, no Projeto Santa Clara, casa de retiros da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, o Retiro da Pastoral Familiar da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. O objetivo do retiro é de incentivar os casais no exercício de uma vida cristã baseada no diálogo, no perdão e na conciliação. Proporcionar aos casais momentos de partilha e vivência dos princípios cristãos a fim de que o relacionamento familiar possa se fortalecer e, em alguns casos, ser res-

taurado. São convidados a participar do Retiro de Casais, os casais que receberam o sacramento do matrimônio, casais que possuem o sacramento do matrimônio e assumiram outra família, vivendo uma segunda união, e casais que vivem juntos, mas não assumiram o compromisso do matrimônio. O número de casais participantes foi de 75. Havia uma enorme e animada equipe trabalhando em prol do Retiro. Outros 82 casais mais 25 jovens fizeram uma vigília durante a ma-

drugada de sábado para domingo. As palestras ministradas tiveram como temas: Perdão do Pai; Jesus salvou meu casamento; Exercício do perdão; Educação do Filhos; Eu e minha casa serviremos ao Senhor. Além das palestras, houve intensa programação como testemunhos, troca de experiências, dinâmicas, adoração e a Santa Missa presidida pelo pároco e orientador espiritual Frei Djalmo Fuck. Pascom Santuário Maio / 2017 [Comunicações]

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Fraternidades

Nossa Senhora da Penha visita Santuário do Espírito Santo

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om a intenção de preparar as paróquias de Vila Velha para a grande festa da Penha, o Convento da Penha propôs a visita da imagem de Nossa Senhora. Os párocos que se interessaram puderam escolher a data. O Santuário escolheu 25 de março, solenidade da Anunciação do Senhor, data também favorável por ser sábado. Na sexta de noite, Frei Djalmo, Frei Florival e Frei Leandro buscaram no Convento a imagem e em carro aberto pelas ruas a trouxeram até o Santuário, onde os paroquianos a receberam com cânticos e a entronizaram em altar preparado com as cores da Penha (que são também as cores

do Estado do Espírito Santo) sob o grande crucifixo, no amplo espaço que antigamente se chamava de presbitério. O grupo Homens do Terço rezou os mistérios gozosos, acompanhados de suas famílias e grande número de devotos. Frei Florival celebrou a Eucaristia, acentuando o significado pastoral da visita de Maria à Paróquia na festa litúrgica em que ela se tornou mãe do Filho de Deus. Ela, que concebera do Espírito Santo, estava sendo recebida e homenageada no Santuário do Espírito Santo. No sábado, às 7h da manhã, Frei Clarêncio celebrou a Missa da solenidade, com bem mais de quatrocentas

pessoas. Na homilia Frei Clarêncio lembrou que, encarnando Maria a Jesus, encarnou também a Igreja; e concebendo Jesus, ela se tornou a Mãe de Deus e com isto nós nos tornamos participantes da natureza divina. Durante o dia as dez comunidades se revezaram na oração, reflexão e cantos. Foi intensa a participação de todos. Entre 11h e 12h Frei Clarêncio fez palestra diante de Nossa Senhora da Penha, sobre o sentido pastoral de sua presença no Estado. Lembrou que, diferentemente de outros títulos de Nossa Senhora, este é pascal e cristocêntrico, porque celebra a passagem da dor e da tristeza da morte (em latim


Fraternidades Pœna, de onde, por corruptela popular nasceu Penha) para a alegria da ressurreição. E demorou-se em mostrar o conteúdo forte de esperança que esse título de Maria tem para os cristãos. Às 17h concelebramos a Missa da Anunciação com o Santuário cheio. O Evangelho foi encenado e o diálogo entre o anjo e Maria todo cantado. Frei Almir Ribeiro Guimarães, de

passagem pela Paróquia, pregou sobre Maria, que foi abrindo seu coração para Deus à medida que foram surgindo os fatos bonitos e os fatos desencontrados da vida de Jesus. Crianças trouxeram flores. Anjos em carne humana, de asas brancas, cantaram a Maria. Todos juntos rezamos pela paz, que nasce do respeito e da benquerença fraterna, prestando sentida homenagem a Mateus, o coordenador

da pastoral dos jovens da Comunidade do Santuário, assassinado pela manhã. Foi o terceiro jovem que nossa paróquia perdeu em sete dias. Por isso nossa oração vespertina à Virgem da Penha, que nos visitava como mãe, se revestiu de promessas de não violência, de pacificação social e de intenso carinho fraterno. Frei Clarêncio Neotti

Paróquia do Rosário faz retiro para crismandos

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o final de semana (1º e 2 de abril), sete comunidades da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, que atualmente trabalham com a animação de catequese de crisma, prepararam um retiro para adolescentes e jovens que estão frequentando a catequese de crisma. São ao todo 84 jovens entre 15 e 16 anos que participaram. Mais outros 100 que trabalharam na realização do mesmo. O retiro aconteceu no Projeto Santa Clara. Este retiro faz parte da programação desta catequese da Paróquia e teve o objetivo fortalecer a espiritualidade cristã, reforçar a identidade jovem na Igreja, incentivar a integração com outros jovens das comunidades e rezar juntos. A intensidade deste retiro ficou marcada pela diversidade de assuntos abordados: 1) Olhar missionário em terras estrangeiras: um jovem médico, que já foi catequista de crisma em nossa Paróquia e que hoje participa voluntariamente de uma ONG que tem um trabalho missionário na África, em Moçambique, partilhou sua experiência. 2) O nosso Creio: Frei Clarêncio Neotti partilhou aqui as falsas ideias de fé que enfraquecem nosso relacionamento com o Criador. 3) Oportunidade de meditar na presença do Santíssimo Sacramento,

momento de solidão e encontro pessoal. 4) Perdão como caminho do amor, partilhado por Frei Leandro Costa. 5) Quem são os jovens que atuam em nossas comunidades: não poderia faltar um olhar da nossa juventude que está nas dez comunidades de nossa Paróquia. Há uma coordenação de cinco jovens pela Paróquia e cada comunidade tem seus coordenadores que veem, animados, essa pastoral. Dez coordenadores se fizeram presentes e transmitiram seus trabalhos, suas alegrias e os grandes desafios. 6) Vida em família, com momentos de partilha. 7) Celebrar: a missa foi a expressão de entregar tudo a Deus pelo mistério

de Cristo, de tudo que foi vivido nestes dias, presidida por Frei Florival Mariano de Toledo. 8) Confraternização: preparam por uma festa surpresa para Frei Djalmo Fuck, que fez aniversário no dia 31 de março. Uma equipe de catequistas maravilhosa ajudou neste retiro envolvendo toda a Paróquia no serviço de animação dos nossos adolescentes e jovens para serem crismados. Enfim, muitas descobertas, reencontro consigo mesmo, um ânimo novo e um caminho a percorrer. A crisma está marcada para o dia 14 de julho de 2017, no Santuário Divino Espírito Santo. Frei Florival Mariano de Toledo Maio / 2017 [Comunicações]

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Fraternidades

MARONITAS CELEBRAM A EUCARISTIA NA IGREJA DO ROSÁRIO

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colônia libanesa, presente no Espírito Santo há mais de 200 anos, reuniu-se na manhã deste domingo, dia 26 de março, para celebrar a Eucaristia, junto à Igreja do Rosário, na Prainha. Cerca de 150 pessoas reunidas. Missa celebrada em rito maronita e com a presença de Padre Silounos Elias Chamoun – OLM (Ordem Libanesa Maronita), pároco da Paróquia São Charbel, em Campinas – SP. Nascido em Beirute, no Líbano, vive no Brasil há 6 anos como missionário. Foi a primeira vez em 200 anos que a colônia libanesa celebrou missa juntos, em rito maronita, aqui no Espírito Santo. Frei Djalmo Fuck deu as boas-vindas à comunidade libanesa e concelebrou com eles. A missa foi celebrada em três línguas: siríaco, aramaico e por-

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tuguês. Rica em detalhes, cânticos, carregada de simbolismos e muito incenso. Padre Silounos brincou ao final da missa, dizendo que no Líbano até as pedras cheiram a incenso. Frei Djalmo, em nome dos frades franciscanos, abriu as portas da Paróquia do Rosário para a comunidade libanesa e afirmou que não precisam esperar outros 200 anos para celebrar a Eucaristia conosco. Nossa igreja estará sempre de portas abertas para recebê-los. Contam as Crônicas de nossa Fraternidade que na construção do Santuário de Vila Velha, que neste ano completa 50 anos, o cônsul libanês era convidado para as muitas celebrações e reuniões que havia, o que sugere que a comunidade libanesa tenha ajudado também materialmente na construção do Santuário.

Algumas curiosidades. A Igreja Católica não se limita ao rito romano. Ela é uma grande comunhão de 24 Igrejas, sendo 1 ocidental e 23 orientais. A Igreja Maronita é uma igreja cristã, do rito oriental, em plena comunhão com a Sé Apostólica, ou seja, reconhece a autoridade do Papa, o líder da Igreja Católica Apostólica Romana. Tradicional no Líbano, a Igreja Maronita possui ritual próprio, diferente do rito latino adotado pelos católicos ocidentais. O rito maronita prevê a celebração da missa em língua aramaica. Os maronitas tiveram vários de seus religiosos canonizados ou beatificados, entre eles São Marun. A Igreja Católica possui duas raízes: a ocidental ou romana e a oriental. Dentro desta segunda, quatro são as sedes patriarcais que marcaram sua história: Jerusalém, Alexandria (Egito), Antioquia e Constantinopla. Dentro do grupo de Igrejas antioquenas existem dois grupos: sírio-ocidental e sírio-oriental. A Igreja Maronita forma parte do grupo sírio-ocidental, sendo o siríaco sua língua litúrgica. Integra-se, pois, na tradição cristã oriental, sendo seu povo das raízes mais antigas de toda a Cristandade. A Igreja Maronita é a única entre todas as Igrejas orientais que permaneceu em plena comunhão com Roma durante todos os séculos. A Igreja Maronita deve seu nome a um importante mosteiro, São Marun, que recebeu o nome em homenagem ao anacoreta Marun (Maron), celebrado em 9 de fevereiro. No Brasil temos atualmente uma Diocese Maronita, com sede em São Paulo, 10 paróquias espalhadas pelo Brasil e 17 padres, quase todos pertencentes à Ordem Libanesa Maronita.


Fraternidades

GUIAS CONHECEM O CONVENTO SÃO FRANCISCO

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ouca coisa sobrou do incêndio de 1880. O fogo apenas não consumiu as paredes, resistentes e feitas em taipa de pilão, e as imagens de São Francisco e de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, ambas do século XVII. Este foi um dos fatos apresentados na manhã da última sexta-feira, 31 de março, quando um grupo de nove guias de turismo esteve em visita pelo Santuário de São Francisco, localizado na região central de São Paulo. Recebidos pelo pároco e reitor, Frei Alvaci Mendes da Luz, conheceram relatos que unem história, arquitetura e fé. “Nosso objetivo é nos aprofundar nestes acontecimentos cada vez mais, uma vez que nossa cidade sempre atrai turistas, principalmente vindos de outros países. Muitos se interessam pela arquitetura. Mas há também aqueles que são atraídos pela riqueza das construções associada às histórias que carregam. E as igrejas católicas, pelo papel na formação da sociedade, são o foco principal destas visitas”, relata o guia Sérgio, um dos líderes do grupo. Por quase três horas Frei Alvaci dedicou-se a explicar desde a história do convento, que neste 2017 completa 370 anos de fundação, citando a “doação” do antigo convento para a criação da Faculdade de Direito, a construção da Igreja de São Francisco das Chagas, numa iniciativa dos leigos da Ordem Terceira, até mesmo as ações hoje desenvolvidas pelas diversas pastorais presentes na paróquia. “Os relatos históricos nos mostram que esta casa sempre foi referência de apoio à comunidade mais carente. Ao fundo, onde hoje está a estrutura do convento, os frades tinham pomares e criavam animais. Tudo isso era repartido com os mais humildes. Era a chamada ‘Porta dos Pobres’, ser-

viço que não deixou de acontecer com o passar dos anos”, contou o frei. Atualmente os frades, com apoio da Prefeitura de São Paulo - que colabora com o alimento, atende 300 moradores de rua, todos os dias para o almoço. O chá da tarde e o banho completam essa ação de acolhida, estendida a outros pontos da cidade através do SEFRAS – Serviço Franciscano de Solidariedade, cujas atividades também envolvem crianças em situação de vulnerabilidade, acolhida aos imigrantes, entre outras ações. Até 1940 o prédio da igreja era apenas conventual, embora sempre aberto à comunidade, conforme o carisma dos franciscanos. Foi apenas em 1940, com o crescimento da comunidade ao seu redor, que veio a elevação a paróquia. Já em 1997, por ato do então cardeal da Arquidiocese de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, o então Convento e Paróquia foi elevado a Santuário. A visita, que pas-

sou também pela Igreja de São Francisco das Chagas e seus interiores – incluindo o museu e o mausoléu onde estão sepultados antigos fiéis, trouxe fatos também da vida de São Francisco, desde a impressão das chagas até sua ligação com os animais. Pequenos detalhes da vida de Santo Antônio de Sant´Ana Galvão (Frei Galvão), que morou no convento por 60 anos, também foram lembrados, da mesma forma que os pães, feitos pelos frades e vendidos na porta da igreja. Aliás, no final da visita, este foi o ponto de dispersão, com os guias comprando os pães e já entusiasmados em voltar com o primeiro grupo de turistas. Pascom Santuário S. Francisco

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Fraternidades

PAIXÃO DO SENHOR EM COLATINA A Liturgia da Sexta-feira Santa foi celebrada no Mosteiro Santíssima Trindade, em Colatina. A celebração contou com a presença do Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel, juntamente com Frei José Raimundo, as Irmãs Clarissas e a comunidade.

REGIONAL CURITIBA REALIZA PRIMEIRO ENCONTRO DO ANO

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o dia 20 de março, o Regional Curitiba realizou seu primeiro encontro do corrente ano. Realizado na Fraternidade Bom Jesus – Centro, o encontro contou com a presença de praticamente todos os frades das três fraternidades do Regional: Bom Jesus – Centro, Bom Jesus – Aldeia e São Boaventura – Rondinha. Acolhidos pelo coordenador do Regional, Frei Valdir Laurentino, foram dadas as boas vindas de modo particular ao Frei Ary Estevão Pintarelli, transferido para a Fraternidade São Boaventura, e aos frades que chegaram para o estudo da Filosofia. Foi encaminhado estudo sobre o documento da Ordem “O grito da Terra e o grito dos pobres – Um subsídio da Ordem para o cuidado da Criação”. As partilhas foram feitas tomando-se a parte do documento que trata da dimensão bíblica e franciscana. Nos próximos encontros continuaremos a refletir sobre este documento. Sobre o retiro anual a ser organizado pelo Regional, sempre com a possível presença de frades de outros Regionais, decidiu-se pela data de 02 a 04 de novembro de 2017, em Rondinha. O tema será estudo e reflexão sobre algum texto das Fontes Franciscanas. As fraternidades partilharam sua vida e caminhada e foi feita revisão das datas dos futuros encontros regionais, que ficam assim revisadas: 05/06: Encontro na fraternidade Bom Jesus – Aldeia. 18/09: Encontro na fraternidade São Boaventura – Rondinha. 02-04/11: Retiro anual em Rondinha. 02-04/12: Encontro recreativo em Caiobá. Frei Adriano Freixo Pinto

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Fraternidades LAGES: NOTÍCIAS DA FRATERNIDADE PATROCÍNIO DE SÃO JOSÉ SEMANA SANTA

O tríduo pascal celebrado no Conventinho foi vivenciado pelos frades e pela comunidade com muita devoção. Foram momentos de fé e oração, com a partilha da amizade e da fraternidade, modo simples e franciscano de ser. Na Quinta-feira Santa, o gesto de Cristo de se constituir na simples aparência de Pão e Vinho, também foi derramado pela água no gesto do lava-pés. Para fazer memória desse momento significativo, os alunos do Colégio Bom Jesus Diocesano se fizaram discípulos, trazendo assim para a celebração a doçura e a simplicidade da criança, que deixou transparente com mais propriedade o gesto de servir a todo ser humano como imagem do Cristo trabalhador. Já na Sexta-feira Santa, o silêncio da dor e também da esperança se personificou na celebração da Paixão do Senhor. Cada suspiro saído dos lábios, em cada beijo na cruz, era expressão da fé em um novo amanhã, porque Cristo está na árvore da vida e porque nos amou muito. Essa esperança se podia visualizar no rosto de cada pessoa que participava da celebração. A Vigília Pascal foi celebrada pela Fraternidade com a participação maçica da comunidade que convive com o Conventinho. Com muita atenção em todas as partes do rito da vigília, pôde-se cantar, rezar e mergulhar no mistério da luz, do Batismo e da vida nova que acontece pela Ressurreição. Logo após a Vigília, a fraternidade se pôs à mesa para celebrar o Cristo vivo entre nós na Ceia. A Semana Santa não foi mais uma semana, mas a Semana vivenciada com fé, amor e muito trabalho. No entanto, com a força de cada frade, e do povo amigo que convive no Conventinho, pudemos fazer uma bela experiência da centralidade da nossa fé. No final de tudo, cantamos: “Cristo de fato ressuscitou!”.

ENCONTRO COM O ADMINISTRADOR APOSTÓLICO A Diocese de Lages está sob o pastorio do Administrador Apostólico Dom José Nélson Westrupp (Bispo emérito de Santo André) desde o dia 4 de fevereiro de 2017. O Administrador procura, desde então, um profundo conhecimento da Diocese, das suas virtudes e dificuldades. No dia 6 de abril, Dom Nélson convidou todos os frades que trabalham na cidade de Lages para uma conversa, que foi bem informal. Comentou sobre cada frade, idade, funções e partilhou a sua vida religiosa, pois ele é religioso da Congregação dos Padres do Sagrado

Coração de Jesus, além de demosntrar muito carinho por muitos frades. Vários deles são seus parentes. Lamentou a morte de dois confrades que considerava muito amigos: Frei Moser e Frei Alberto. A tarde foi agradável e amistosa, regada com um bom café. Além da sempre exemplar participação do Bispo emérito Dom Onéres, que demostra o seu carinho pelos frades. Dom Nélson salientou que os frades prestam um bom trabalho para Diocese e que sempre podem contar com o apoio. Ele agradeceu pelo encontro fraterno.

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Fraternidades

SEMANA SANTA EM AGUDOS

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iéis acompanharam na sexta-feira (14) a Celebração da Paixão Jesus Cristo, na Paróquia São Paulo Apóstolo de Agudos. Durante a cerimônia, o pároco Frei Sílvio Trindade Werlingue falou

que o centro da celebração é o amor e a fidelidade, levados às últimas consequências. “A cruz apareceu no horizonte de Jesus. Ele poderia ter fugido, mas não quis desistir de nós”, disse. O pároco também provocou algu-

mas reflexões para o sentido da cruz na vida de cada uma das pessoas. “Em um mundo narcisista e consumista, ela é só mais um adereço, porém o verdadeiro sentido da cruz de Jesus Cristo foi o amor”. E continuou incentivando os presentes para que tenham um novo olhar para a vida. “A Paixão de Jesus me faz refletir, me inquieta ou ainda me faz indiferente? Estou motivado a dar a vida pelo bem do outro? Qual é a minha postura diante das cruzes do cotidiano? Como estou cuidando da natureza e dos bens deixados por Deus?”. Após a celebração, foi realizada a tradicional procissão do Senhor Morto pelas ruas de Agudos.

4ª exposição de trabalhos sobre a Campanha da Fraternidade A Paróquia São Paulo Apóstolo de Agudos realizou até 13 de abril, a 4ª edição da exposição de trabalhos escolares com a temática da Campanha da Fraternidade de 2017. A exposição contou a participação 308 com [Comunicações] Maiode / 2017

escolas da rede de ensino de Agudos. O público pôde conferir jogos sobre os biomas brasileiros, brincadeiras com recicláveis, apresentação de ervas medicinais, um mapa do Brasil feito com caixas de papelão e muitas outras atrações,

frutos dos trabalhos de cada escola com o tema da CF 2017 que é “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15). Isabela Gaspar


Fraternidades

Regional leste-catarinense se encontra em Angelina

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os dias 13 e 14 de março de 2017, o Regional Leste-catarinense esteve reunido em Angelina-SC. O local do encontro foi na casa de hospedagem “Blumengartenhaus” (Casa Jardim das Flores), propriedade das Irmãs Franciscanas de São José. Lugar muito bonito, adequado para encontros e com um ótimo serviço prestado pelas irmãs. Como proposta de estudo foi feita a leitura do subsídio da Ordem: “Grito da Terra e o Grito dos Pobres – Para o cuidado da Criação”. Constatamos em nosso Regional, que os rios de nossas cidades sofrem com a poluição e nas comunidades do interior há um crescente número de pessoas com câncer, gerado pelo uso excessivo de agrotóxicos nas lavouras. Decidimos verificar em fraternidade das quais as nossas ações e des-

cuidos estão proporcionando a degradação da Casa Comum. No âmbito pastoral, teremos a oportunidade de celebrar e conscientizar o povo para o cuidado da Criação, em datas comemorativas como o Dia Mundial da Água (22/03), a Semana do Meio Ambiente (01 a 05/06) e o Dia da Árvore (21/09). Outro assunto que norteou a reunião do Regional foi a organização do retiro anual para as fraternidades. A sugestão é que o retiro aconteça em

Angelina, nesta casa de encontro das Irmãs Franciscanas de São José, no mês de outubro. Serão também abertas inscrições para os frades de outros Regionais. Neste encontro regional aproveitamos dois lugares que proporcionam momentos de meditação e oração. No convento das Irmãs, a Colina da Louvação nos conduzia a meditar trechos do Cântico do Irmão Sol, e na Gruta de Angelina foi possível caminhar à noite rezando as estações da Via-Sacra até a Imagem de Nossa Senhora de Lourdes. Convivência, partilha das fraternidades, estudo e oração têm sido a estrutura dos encontros de nosso Regional. Dois dias agradáveis que vão edificando e construindo nossa vida fraterna. Frei Daniel Dellandrea Maio / 2017 [Comunicações]

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Fraternidades Notícias de Santo Amaro Aniversário do Frei Faustino Frei Faustino Tomelin completou seus 80 anos de vida no dia 29 de março. Aproveitando o momento, a fraternidade de Santo Amaro convidou os confrades do Regional para se fazerem presentes no almoço festivo, nesta data tão especial para o confrade aniversariante. Foi um momento singelo, mas bem significativo tanto para o Frei Faustino, quanto para a fraternidade de Santo Amaro.

Missão franciscana e reinauguração da Igreja São Francisco No dia 25 de março, grupos de jovens da Paróquia de Santo Amaro se reuniram no Bairro São Francisco para uma missão em prol da reinauguração da igreja que estava sendo

reformada. Eram mais de 30 jovens contando com os do bairro anfitrião e mais dois grupos que foram convocados para auxiliar nessa missão. Passamos a tarde indo de casa em casa. Rezamos em cada família do bairro, aproveitando também para fazer o convite à reinauguração da Capela, no dia 1° de abril, com a presença do Bispo Dom Wilson Tadeu Jönck. Além disso, foi uma forma de convidar novos integrantes para parti-

Curso de extensão

a formação dos leigos, para que possam aprofundar o estudo da Palavra de Deus, conheçam a origem das comunidades cristãs, busquem razões para a fé que professam, incentivem a vivência da espiritualidade cristã e se capacitem para a atuação pastoral e ao diálogo ecumênico. Há o desejo de que essa escola de formação prossiga no pró-

Acontece na paróquia de Santo Amaro um curso de introdução à Bíblia e às cartas paulinas, em parceria com a FACASC (Faculdade Católica de Santa Catarina) de Florianópolis. O curso teve início no mês de março e seguirá até o mês de novembro. As aulas acontecem toda quinta-feira no período noturno e são ministradas pelos professores da Faculdade. O objetivo do curso é incentivar

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cipar do grupo de jovens do bairro e fazer parte das próximas missões que virão em outras comunidades da Paróquia. Além de entusiasmar os jovens à missão local, a paróquia sempre apoia os jovens que desejam participar das missões e caminhadas franciscanas. São jovens que colaboram nas comunidades e na matriz e que, com vigor, demonstram ter abraçado o carisma franciscano. Assim, a fraternidade de Santo Amaro está sempre motivando a juventude a fazer parte da Igreja em saída, na qual eles possuem um papel fundamental e o assumem.

ximo ano com outros temas da Bíblia ou de outra área da Teologia. Frei Marcos Schwengber


Fraternidades

COMUNICADO

Encontros da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento Estimados confrades, Segundo o Regimento da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento, é imperativo que durante o ano façamos duas reuniões, sendo preferencialmente uma no primeiro semestre e outra no segundo. Esta primeira reunião envolve somente os frades e, para um melhor deslocamento e aproveitamento do tempo, dividimos em dois lugares este encontro: em Petrópolis, de 15 a 17 de maio, para os frades de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo; e, em Rondinha, de 22 a 24 de maio, para os frades do Para-

ná e de Santa Catarina. Em Petrópolis, a chegada está marcada para o dia 15 e o encerramento com o almoço no dia 17. Já em Rondinha, a chegada está marcada para o dia 22 e o encerramento com o almoço do dia 24 de maio. A participação nesses dois encontros é importante para continuarmos a reflexão que começou no primeiro encontro, no ano passado: “Como queremos estar nas paróquias, santuários e centros de acolhimento?” E também estruturar o grande Encontro Provincial de Agudos. Só lembrando: o Encontro Provincial da Frente das Paróquias,

Santuários e Centros de Acolhimento, com a presença de frades e leigos, será realizado em Agudos, de 11 a 13 de setembro. Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento formam a Frente de Evangelização que, de longe, conta em nossa Província com o maior número de frades. Então, fica aqui o convite a todas as Fraternidades para marcarem presença nestes encontros provinciais. Com estima fraterna, Frei Germano Guesser,

Coordenador da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento

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Evangelização

PÁSCOA NO SEFRAS

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Serviço Franciscano de Solidariedade festejou a Páscoa nos seus diversos serviços. No Jardim Peri (SP), a celebração da Páscoa reuniu as crianças do projeto, que tiveram a oportunidade de conhecer mais o significado da Páscoa e, principalmente, da palavra solidariedade, além do grande momento: a distribuição dos ovos de Páscoa. “Foram escolhidas crianças para apresentar o pão, vinho, ovo, vela e o peixe. Após falar sobre esses símbolos e o significado da Páscoa cristã foi feito um ato de partilha do pão com todos os participantes”, explicou a coordenadora do serviço, Ângela Assis. Em Petrópolis (RJ), as crianças também conheceram o significado

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da data. “É importante saberem o real motivo da comemoração, pensarem sobre suas escolhas e valorizarem os sentimentos e as pessoas com quem convivem, auxiliando o desenvolvimento do pensamento crítico e da autonomia”, disse a coordenadora do

serviço, Regina Croscob. Durante a celebração, as crianças e adolescentes construíram um painel que foi afixado no serviço onde puderam colocar seus pensamentos e sentimentos. Já em Duque de Caxias (RJ), a comemoração da Páscoa no Sefras


Evangelização Criança de Duque de Caxias foi repleta de atividades lúdicas. Durante toda semana, as crianças foram estimuladas a usar a criatividade e a solidariedade através da confecção de cartazes, pinturas, histórias e músicas.

Idosos

A Casa de Clara e Centro Dia (SP) celebraram a Páscoa com peça teatral, bingo social e um delicioso almoço no final. Para fazer memória e contar aos participantes a história do evento da Páscoa, os usuários participaram de uma mística com a finalidade de refletir sobre as cruzes que carregamos na nossa vida e na sociedade. Durante a apresentação foram citados os serviços do Sefras que trabalham justamente com essas pessoas que carregam uma cruz na sociedade por serem diferentes. Na encenação, mostrou-se a discriminação que existe contra a pessoa idosa, moradores de rua, crianças, adolescentes e jovens infratores, portadores de HIV e doentes, imigrantes, a mulher negra e o grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros). “São pessoas que sofrem e carregam suas cruzes por serem diferentes. Vivemos ainda em uma sociedade preconceituosa e que não aceita as diferenças”, comenta Ir. Benedita de Fátima. O encontro terminou com um almoço e a entrega de ovos de páscoa, panetones e chocolates para todos os participantes do serviço. Já o Sefras Pop Rua Curitiba (PR) contou com uma tarde muito festiva com os participantes e voluntários do serviço em comemoração à Páscoa. A comemoração foi realizada no Salão Paroquial da Igreja Bom Jesus dos Perdões e contou com um momento de confraternização com a população que vive em situação de rua.

20 ANOS DE CAPTAÇÃO NO SEFRAS O conhecido serviço de telemarketing, hoje o Departamento de Ligação Solidária, completou 20 anos de atuação e foi lembrado com um almoço especial. O serviço foi criado no governo de Frei Augusto Koenig para ajudar as obras da Província da Imaculada Conceição. Esse setor de captação tem importante missão de fazer com que todos os assistidos pela instituição consigam, através de doações, ter uma vida com mais dignidade. “O Sefras não é uma empresa. Nós temos um CNPJ para fins administrativos, mas o nosso olhar é para a questão social”, ressalta o diretor presidente do Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), Frei José Francisco de Cássia dos Santos. “A missão do Sefras não acontece unilateralmente, mas é o esforço de cada um de nós”, disse Frei José aos participantes.

Segundo o frade, o trabalho do Ligação Solidária exige esforço e dedicação. “Nós precisamos de uma administração impecável, correta e limpa, de modo que qualquer pessoa olhe e enxergue para onde o dinheiro está indo. Precisamos de uma captação de recursos que se esforce, mobilize e ajude o Sefras a realizar a sua missão. Mas tudo isso é apenas um meio e não um fim. Nós não temos os fins lucrativos e não estamos no mercado para competir. Estamos na sociedade para dar uma contribuição humana e social”, explicou. Frei José fez um agradecimento em especial ao Ligação Solidária por todo trabalho desempenhado ao longo desses anos. “Eu sou muito grato por tudo aquilo que representam no Sefras e por ajudar a construir esse ideal inspirado em São Francisco de Assis”, completou.

Equipe de Comunicação do Sefras Maio / 2017 [Comunicações]

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Evangelização

Campanha da fraternidade NO BOM JESUS

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Campanha da Fraternidade de 2017 organizou diferentes abordagens sobre os cuidados com o meio ambiente com alunos do Colégio Bom Jesus. “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, tema da Campanha, norteou esses encaminhamentos pedagógicos, como na Unidade Bom Jesus São José dos Pinhais, no Paraná, onde turmas de 1.º e 2.º anos do Ensino Fundamental I conheceram detalhes de cada bioma brasileiro por meio de atividades dentro e fora da sala de aula. Um dos trabalhos desenvolvidos pelos estu-

dantes foi a confecção de terrários com garrafas pet, no laboratório de Ciências. Com essa atividade, os professores abordaram questões sobre a flora brasileira e também conscientizaram os alunos em relação às atitudes de cuidado, contemplação, preservação, respeito e defesa da vida, como também à reciclagem de materiais plásticos, considerados os

grandes vilões no grupo de resíduos sólidos que agridem a natureza. “Com uma condução didática dessas atividades, os professores potencializam as chances de o aluno se apropriar do conteúdo em sala de aula, pois eles aplicam a teoria à prática por meio de uma linguagem adequada para o seu nível de ensino”, esclarece o professor de Ensino Religioso da Unidade, Douglas Pletsch Puhl. Os desdobramentos do tema da Campanha da Fraternidade ocorrem em todas as mais de 30 Unidades do Colégio Bom Jesus.

Bom Jesus expande sua presença em Santa Catarina

FAE: excelência de ensino comprovada pelo MEC

O Grupo Educacional Bom Jesus está expandindo suas atividades e se prepara para chegar em Itajaí e Palhoça, em Santa Catarina. O início das operações das duas novas Unidades está previsto para 2018 e integra a estratégia de crescimento sustentável da Instituição. A Unidade de Itajaí será bilíngue e terá capacidade para 900 alunos, com turmas da Educação Infantil ao Ensino Médio e opções de período regular e integral. A cidade fica no litoral catarinense e possui mais de 200 mil habitantes. A Unidade de Palhoça, localizada no bairro Pedra Branca, oferecerá ensino regular, da Educação Infantil ao Ensino Fundamental II, e terá capacidade inicial para 600 alunos na primeira fase de implantação. O município possui mais de 150 mil habitantes e está localizado na região metropolitana de Florianópolis.

A comunidade acadêmica da FAE tem mais um motivo para celebrar os 60 anos da Instituição. É que o MEC divulgou os seus principais índices de avaliação de qualidade do Ensino Superior e a FAE, pelo quinto ano consecutivo, conquistou a nota 4 (de uma faixa entre 1 e 5) no IGC – Índice Geral de Cursos. Isso faz da Instituição o melhor Centro Universitário de Curitiba e um dos melhores do Paraná. A tradição de qualidade de ensino também está presente na FAE São José dos Pinhais. Pelo quarto ano consecutivo, a Instituição obteve IGC 4 e lidera o ranking das melhores faculdades privadas da Região Metropolitana de Curitiba (RMC).


Evangelização

FAE celebra 60 anos em clima de Páscoa

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nualmente, a FAE realiza diferentes ações de Páscoa para compartilhar com a sociedade uma mensagem de fraternidade. No dia 11, um desses momentos foi propiciado pelo tradicional almoço corporativo, que também marcou as comemorações dos 60 anos da Instituição, para executivos de empresas parceiras, coordenadores de cursos e autoridades políticas e religiosas, na FAE Business School, em Curitiba. Nesta edição, o evento contou com a participação especial do presidente do Grupo Volvo na América Latina, Wilson Lirmann, que compartilhou experiências de sucesso da companhia frente aos atuais desafios da economia mundial. Outro convidado de destaque foi o arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, que proferiu uma mensagem de esperança e a bênção final antes do almoço de Páscoa. “Precisamos sempre lembrar dos mais fracos e dos necessitados, sendo conscientes da nossa responsabilidade social com toda a sociedade”, disse. Nesse sentido, o presidente do Grupo Educacional Bom Jesus, Frei João Mannes, lembrou a missão primordial da FAE na educação. “São 60 anos de amor e serviço ao ensino e à formação humana de profissionais que se tornam líderes e bons exemplos, tanto em suas áreas de atuação como na comunidade onde vivem”, comemorou. Para o diretor-geral do Grupo e reitor da FAE Centro Universitário, Jorge Apóstolos Siarcos, a formação humana como prioridade da Instituição é um dos principais diferenciais e contribui diretamente para os ótimos resultados acadêmicos. “Celebramos muitas conquistas nas últimas seis décadas e, neste ano,

não foi diferente. Recentemente, o MEC concedeu excelentes avaliações em relação à qualidade de ensino da FAE e, além disso, a Instituição tem conquistado cada vez mais prestígio e confiança do mercado e da sociedade em geral”, celebra Siarcos.

FAE no caminho franciscano No último mês de março, a FAE realizou o encontro anual com os coordenadores da Instituição. Nesta edição, o tema foi “Cultivar e guardar a criação: FAE, uma criação de 60 anos”. Durante dois dias, coordenadores de curso de graduação, pós-graduação, diretores, reitoria e representantes da mantenedora tiveram a oportunidade de fazer uma imersão nos valores franciscanos, por meio de reflexões trazidas ao grupo pelo presidente do Grupo Educacional Bom Jesus, Frei João Mannes; momentos de partilha conduzidos pelo

diretor-geral do Grupo e reitor da FAE, Jorge Apóstolos Siarcos, e também momentos de espiritualidade conduzidos pelo vice-presidente do Grupo, Frei Mário José Knapik. A reunião contou também com a participação do pró-reitor acadêmico da FAE, Everton Drohomeretski, que fez a ponte entre a missão da FAE e os princípios franciscanos. Maio / 2017 [Comunicações] 315


Evangelização

USF realiza o 1º Retiro Universitário

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Núcleo de Pastoral Universitária realizou no último dia 25 de março, no Campus Campinas-Swift, o 1º Retiro Universitário da Universidade São Francisco (USF). Os participantes tiveram como assessor Frei Vitório Mazzuco, o Mestre em Espiritualidade Franciscana e diretor vice-presidente da Associação Nossa Senhora da Paz, mantenedora da Universidade. A Pastoral Universitária atua em toda a Universidade São Francisco (USF) como assessoria da Chancelaria em atenção aos apelos da Igreja e da Província Franciscana da Imaculada Conceição, que abraçou, no último Capítulo/Assembleia Provincial, a Educação como uma das cinco Frentes da missão evangelizadora. A Pastoral é motivadora constante do diferencial “franciscano” desta Instituição de Ensino e é composta por um Coordenador

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designado pela Chancelaria e membros encarregados das atividades ordinárias do setor. Segundo o aluno Vilmar Damasceno Santos, do 7° semestre de Engenharia Química, do Campus de Itatiba da USF, é gratificante estudar numa entidade católica, preocupada com o lado espiritual de seus estudantes, funcionários e amigos, que podem participar de um retiro universitário. “Diante da proposta de viver um deserto espiritual que vem ao encontro da Quaresma, tempo de reflexão, interiorização, silêncio e, acima de tudo, mudança de vida, percebemos nesse retiro a grandeza da espiritualidade e do recolhimento interior diante da agitação do dia a dia. Não é fácil apertar o freio da vida quando se está correndo há muito tempo, para se desconectar do mundo externo e se religar ao mundo interno”, avalia Vilmar. Para ele, a simplicidade de um

retiro como este consegue “nos desmonta de nossa arrogância, prepotência, soberba”, acredita. “Poucas pessoas, poucas palavras, poucas músicas, mas com riqueza de momentos. Cada instante foi único e de valor inestimável, pois a recompensa desses momentos é inatingível, e fica gravada no coração e na alma de quem teve a graça de vivenciar esse retiro”. Vilmar espera outros encontros como esse para proporcionar aos participantes experiências que elevarão a alta estima. “Consequentemente enxergar o mundo de outra forma e ser a diferença nele. Que venham os próximos encontros e que mais pessoas bebam dessa fonte aberta. Pergunto: ‘Quem é você?’ Venha descobrir no próximo encontro. Paz e bem!”, completou o estudante de Engenharia Química. Já para Tatiane Civitanova Casseli, aluna do 9º semestre do Cur-


Evangelização

so de Direito, no campus Bragança Paulista, esse 1º Retiro Universitário foi uma “experiência incrível”, além do aprendizado sobre a espiritualidade franciscana. “A parte que me chamou mais atenção foi o momento da meditação, onde tive a oportunidade de poder me encontrar um pouco mais e me entender um pouco mais, encontrando com isso uma paz que fazia tempo que não sentia. E mais, essa meditação foi importante porque, por um momento, deixamos nosso egoísmo de lado e aprendemos a ter uma disciplina

espiritual, lembrando sempre que outros também precisam de nós”, confessou. Segundo a estudante, o 1º Retiro foi uma experiência que procurava, e que conseguiu encontrar, conseguindo com isso paz interior. Sandra Regina Gurgueira, colaboradora da Central de Coordenações no campus Campinas-Cambuí, fez questão de agradecer aos promotores deste Retiro. “Para mim significou, em primeiro lugar, a capacidade de fazer melhores escolhas. Escolhi cuidar de mim.

Esse período de 8 horas significou o início de um novo caminho pessoal na busca de minha verdadeira essência em acordo com minha expectativa. É incrível ser olhada e me olhar com amor. Aprender a aprender e aprender a me ensinar, através das afirmações, o que realmente é importante. E sou um ser único e especial, em Deus, quero dizer: Espiritualmente. Obrigada!”, completou Sandra. A Pastoral Universitária agradece a todos os participantes e os envolvidos na realização deste Retiro.

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Evangelização

1º ENCONTRO PROVINCIAL DA FRENTE DE COMUNICAÇÃO

Lopes: ‘A referência única do jornalismo evangélico é Jesus’

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jornalismo que se pretende evangélico é o que está 100% do tempo voltado para o anúncio do Reino”. Em linhas gerais, esta provocação do jornalista Mauro Lopes marcou o primeiro encontro da Frente de Evangelização na Comunicação na terça-feira (4 de abril), na Sede Provincial, em São Paulo. Graças à vídeo-conferência, os diferentes serviços realizados pela Província Franciscana da Imaculada Conceição neste segmento puderam se conectar durante reunião que tratou do tema “O ‘fazer’ jornalístico a serviço do Evangelho”, a pedido do coordenador da Frente de Evangelização, Frei Gustavo Medella. Na sua dinâmica, Lopes destacou muito as características essenciais do “jornalismo evangélico”. Segundo o jornalista de formação, pai de quatro

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filhos, psicanalista, poeta, teólogo, e autor do Blog “Caminho pra Casa – Cobertura e reflexão sobre a Igreja e o mundo ao lado do Papa Francisco“, ele buscou oferecer um roteiro do “fazer” jornalístico, especialmente para jovens comunicadores. Frei Medella abriu a reunião destacando os motivos que o grupo tinha para se alegrar, especialmente com a alta médica de Frei Nélson Rabelo, jornalista e diretor de programação da Rede Celinauta de Pato Branco, que no dia 3 de março passou por uma cirurgia delicada. Ele recebeu alta ontem e está em casa. “Esse encontro nasce da perspectiva dos nossos encontros provinciais, que pediram também formação e momentos em comum. E como nossas distâncias são um pouco grandes e, às vezes, temos necessidades de aproxi-

mar esses fóruns, creio que esse momento com a vídeo-conferência vai ajudar bastante”, disse Frei Medella, agradecendo a Frei Neuri Francisco Reinisch, junto com os profissionais da Fundação Celinauta, em Pato Branco, e Frei Roberto Carlos, com os profissionais da Fundação Frei Rogério, em Curitibanos. Além deles, participaram deste encontro em São Paulo os profissionais Universidade São Francisco (Bragança Paulista), Associação Bom Jesus (Curitiba), Serviço Franciscano de Solidariedade, Sala Franciscana, Sede Provincial, e também o Vigário Provincial, Frei César Külkamp, que participou pela primeira vez deste encontro. De início, Lopes foi enfático. “O jornalismo que se pretende evangélico é o que está 100% do tempo voltado para o anúncio do Reino. De que


Evangelização jeito? Problema nosso. É a nossa capacidade, a nossa criatividade que deve encontrar o jeito. Numa notícia do frade que saiu da UTI, onde está o anúncio do Reino ao apresentar esta boa notícia?”, perguntou Lopes, conhecido por sua atuação na grande imprensa. Não foi a primeira vez que Lopes se encontrou com os profissionais da Província, já que em 2015 ele foi o assessor do Encontro Provincial da Frente de Comunicação. Para Lopes, a última orientação de Jesus para os seus discípulos foi: “Sejam jornalistas do Reino, espalhem a boa notícia”. É o que falou em Marcos 16,15, na sua despedida. “Esse tema foi atualizado pelo Papa Francisco, no qual ele vai dizer que a este anúncio não corresponde a ideia de doutrinação. A este anúncio deve corresponder uma postura de comunicação, de atração, não de convencimento. Portanto, é a nossa capacidade de espalhar a boa notícia sobre o Reino, sem ter a ilusão de que vamos doutrinar alguém, mesmo porque, como diz o Papa, a conversão é um assunto absolutamente individual. Não existe conversão de grupo”, acrescentou.

CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO “JORNALISMO” EVANGÉLICO

Em primeiro lugar, a característica fundamental é aquela que compreende que Jesus Cristo é o jornalista, a boa notícia e o veículo. É o único que faz isso tudo. Em Jesus estão concentradas a figura do jornalista, o reino e o veículo. A referência única do jornalismo evangélico é Jesus. Outra característica fundamental para todo o fazer comunicacional da Igreja é o diálogo. “O fazer jornalístico de Jesus é sempre dialógico. Ao

longo da história, a estrutura da Igreja se tornou piramidal e, se a gente olhar o Evangelho, não há pirâmide, é sempre sinagogal, é sempre circular. Não há um momento na conversa de Jesus com os seus discípulos, com os fariseus, com os saduceus, com ninguém, em que ele bate na mesa e diz: ‘Acabou, eu sou Deus…’. Não existe. É diálogo o tempo todo. Essa capacidade de dialogar é uma das grandes dimensões que o Papa recupera e que nós deveríamos estender ao jornalismo”, explicou Mauro Lopes, orientando que nossas páginas do Facebook, sites, quando alguém escreve um comentário, merece uma resposta que não é control C/control V. “Mesmo que seja para jogar pedra, criticar. É dialógico”, disse. Para Mauro, Jesus é sempre conversa, diálogo. “Isso não quer dizer que ele passe a mão na cabeça dos fariseus. Tanto que vai chamá-los de ‘sepulcros caiados’. Mas jamais rompe o diálogo. Ele só rompe o diálogo no momento da Paixão depois do interrogatório de Pilatos, porque não havia mais dinâmica de vida. Era uma dinâmica exclusivamente de morte”, recordou. Isso quer dizer que Jesus nunca se colocou de cima para baixo, lembrou Mauro. “Essa é uma característica fundamental do diálogo. Pressupõe que todos estejam no mesmo nível”,

acrescenta, lembrando duas passagens bíblicas que mostram essa dimensão: Jesus em Emaús e a refeição na praia. “Essa disponibilidade para o diálogo é frequente. Isso é dramático porque a gente vê meios jornalísticos que não favorecem o diálogo, que são unidirecionais, como jornais impressos, a TV, a rádio menos, e a gente vê mais recentemente o surgimento de processos comunicacionais que favorecem a dimensão dialógica, mas hoje vivem um momento em que as portas do diálogo estão sendo cerradas, em que as dinâmicas de ódio prevalecem sobre as dinâmicas do diálogo. Então, esse é o desafio para nós: estabelecer as dinâmicas do diálogo, como pautou Jesus”, emendou. Outra característica é o entendimento de que a notícia é sempre recorte. “É importante ter clareza que há sempre recorte”, diz Lopes, exemplificando com os relatos da morte de Jesus nos quatro evangelistas. Para ele, não existe notícia neutra. “Franciscano é diferente do dominicano, do jesuíta. Portanto, dentro do jornalismo evangélico há possibilidade de recortes. Sem que isso signifique antagonismo ou disputa”. E completa: “Ela é sempre boa notícia para alguém e má notícia para alguém. No caso do jornalismo evangélico, qual é a boa notícia?” Outro ponto e uma questão-chave do jornalismo é o entendimento profundo dos seus interlocutores, que é diferente do entendimento dos interlocutores buscado pelo marketing do capitalismo, cujo objetivo é apenas vender melhor e mais. “No nosso caso, não temos objetivo de realizar nenhuma venda. A ideia é entender qual é a agenda: falar sobre o que, Maio / 2017 [Comunicações]

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Evangelização como e por que meios. Isso era uma busca constante que Jesus realizava por meio de diversas expressões (Mt 4,23-5,2)”, disse o palestrante.

A QUESTÃO DA LINGUAGEM

Qual é o tipo de linguagem que mais se adequa para o interlocutor e o meio que estamos usando? Segundo Mauro, o filósofo Walter Benjamin (*) escreveu um texto maravilhoso sobre a arte da narrativa. “Esta é a proposta de Jesus: ele é um grande narrador. Por que novela faz tanto sucesso? Porque a gente adora ouvir histórias da vida dos outros… Por isso que fofoca também faz tanto sucesso (risos). Então, os evangelhos são quase que integralmente a narração de uma história e Jesus usa, com aquelas multidões, a narração de histórias, as parábolas (Lc 15,4-7). Ele poderia ter feito um discurso conceitual, mas escolheu a narrativa. Isto não quer dizer que é a única linguagem que devemos usar, mas para conversar nas comunidades, para conversar com as pessoas, para dialogar em mídias, como em TV, usamos essencialmente a narrativa”, disse Lopes, lembrando que o prólogo do Evangelho de João não é narrativo mas um ensaio sobre o Verbo. Para Lopes, é preciso levar em conta o interlocutor, e não subestimá-lo. Outra questão-chave do “fazer” jornalístico evangélico é a consistência entre a notícia e aquele que noticia. Segundo Mauro, é preciso ter coerência. “Beato Carlos de Foucauld tem uma frase exemplar: ‘Gostaria de ser bom para que se pudesse dizer: ‘Se assim é o servo como será o Mestre?’. Não existe jornalismo evangélico se o jornalista evangélico não tem uma vida consistente. Isso não quer dizer isento de pecado. Até hoje não conheci ninguém assim, mas isso quer dizer uma busca de coerência. Carlos de Foucauld diz: ‘Gritar o Evangelho com a sua vida”, reforçou. Por isso, segundo

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o palestrante, o testemunho é sempre muito forte, assim como a narrativa. “Ela expressa uma verdade. Por isso, quando uma narrativa é mentirosa, o prejuízo é brutal”, observa. Segundo Lopes, não é à toa que os evangélicos, os pentecostais, fazem tanto sucesso! Eles baseiam a sua atividade na narrativa. “Você vai no templo evangélico e a senhora é chamada para o altar e fala que apanhava do marido, que ele se converteu e agora paga o dízimo. É a arte da narrativa”, esclarece. Por fim, o tema da verdade. Essa é uma questão crucial, diz, citando Jo 1,17. “Simone Weil tem uma frase que deve iluminar o nosso fazer jornalístico: ‘Jesus quer que a verdade seja preferida a Ele porque antes de ser Cristo, Ele é a verdade. Se alguém se distancia dele para ir à verdade, não dará muitos passos sem cair em seus braços’. Jesus quer que a verdade seja preferida a Ele, porque antes de ser Cristo ele é a verdade. Em outras palavras, se eu procuro a verdade, vou chegar a Jesus. Se procuro Jesus, não necessariamente eu chegarei a Jesus. Posso chegar a uma falsificação de Jesus, posso chegar a uma projeção do meu próprio ego. É o que a gente vê nessas igrejas espalhadas por aí. O ‘nome de Jesus’, não significa o encontro com Jesus, porque não está assentado na verdade. Se nós acreditamos na palavra, a palavra é Verdade”, frisou. Para Mauro, esse é um tema crucial para a Igreja. “É normal, é natural que instituições humanas – eu fui durante muitos anos gestor de crise -, tenham como máxima a sua sobrevivência. Instituições existem para sobreviverem e se reproduzirem. Mas Jesus disse: ‘Não, a gente existe para a caridade’. A questão é que esse processo organizacional fez com que a Igreja fosse tomada, ao longo da história, muito mais pela demanda da sua sobrevivência do que pela busca da verdade e do amor de Jesus. Vou falar do

caso de uma situação muito dolorosa para a Igreja, para nós, católicos, que é a questão da pedofilia. Está claro que esconder a verdade sobre esta questão trouxe muito mais prejuízos para a Igreja do que se esse assunto tivesse sido tratado abertamente muito antes”, ensinou. Para o autor, as pessoas querem a verdade com a consistência daqueles que a noticiam. “Quem está buscando sentido na vida, está buscando a verdade. Está buscando essa consistência. Ou somos jornalistas do Evangelho que ofertam propostas verdadeiras para a busca do sentido, ou é brincadeira, não vai colar, não vai dar certo. Não é à toa a crise do catolicismo no mundo. O nosso jornalismo tem que despertar esse sentido e tem que ter esse desejo de ‘quero mais’, como em Emaús: ‘Fica conosco, é tarde e já declina o dia’. Esse desejo de mais é a chave do jornalismo evangélico”, completou Mauro. Frei Medella ainda passou a palavra para os participantes fazerem perguntas e considerações. E adiantou que o próximo encontro em maio será regional e, com vídeo-conferência, em junho, reunindo todos os serviços provinciais. Moacir Beggo e Érika Augusto (fotos) (*)No ensaio, publicado em 1936, “O Narrador – Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov”, Benjamin ( 18921940) analisa o desaparecimento da figura do narrador; em suas palavras desoladoras: “…algo distante, e que se distancia ainda mais”. Para explicar a natureza da arte narrativa e o porquê de sua extinção, o filósofo se vale do escritor russo Nikolai Leskov, que apresenta os “traços grandes e simples que caracterizam o narrador”. BENJAMIN, W. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1987.


Evangelização

REUNIÃO DO CONSELHO DE EVANGELIZAÇÃO

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os dias 21 e 22 de fevereiro de 2017, esteve reunido na Sede Provincial, em São Paulo, o Conselho de Evangelização da Província. O Secretário para a Evangelização, Frei César Külkamp, acolheu os confrades presentes: o Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, o Vice-Secretário, Frei Daniel Dellandrea, o animador do Serviço JPIC, Frei James Luiz Girardi, o Secretário para a Formação e os Estudos, Frei João Francisco da Silva, e os coordenadores das Frentes de Evangelização, Frei Germano Guesser (Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento), Frei João Mannes (Educação), Frei Gustavo W. Medella (Comunicação), Frei José Francisco C. dos Santos (Solidariedade) e Frei Alexandre Magno da Silva (Missões).

“O grito da terra e o grito dos pobres”

O encontro começou com um estudo, conduzido por Frei James Girardi e com boa partilha a partir do documento da Ordem “o Grito

da Terra e o Grito dos Pobres”. Este texto nasceu de um pedido do Capítulo Geral de 2015 que, em seus mandatos, solicitou ao Definitório Geral “um subsídio sobre o cuidado da criação que tenha uma sólida base bíblica, franciscana e científica, e dê orientações para que as nossas Entidades possam responder aos desafios ecológicos do nosso tempo”. O Documento convida à avaliação do “nosso estilo de vida”, promovendo uma discussão como Fraternidade e uma reflexão pessoal da nossa relação com a Criação, tendo como iluminação a Carta Encíclica Laudato Si’. Assim como lá, a visão desejada aqui é a de uma “ecologia integral”, que inclua também o ser humano, “particularmente os excluídos. Estes são a maioria do planeta”. Muito do chamado “discurso verde” é “produzido “a partir da comodidade dum desenvolvimento e duma qualidade de vida que não está ao alcance da maioria da população mundial.” Esta falta de contato físico e de encontro com este universo, risco

também para nossas fraternidades e presenças evangelizadoras, pode nos levar a uma análise tendenciosa que não reconheça que “uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres”, e chegar assim ao sonhado “desenvolvimento integral e solidário”. Firmados numa base bíblica e em nossa tradição franciscana, o texto nos pede abertura e colaboração com a ciência contemporânea para que possamos responder aos desafios ecológicos do nosso tempo, com uma espiritualidade traduzida em ação e comprometida com a “conversão ecológica do coração”. Na visão bíblica compreendemos que não podemos ser os dominadores da Criação, mas seus cuidadores. A espiritualidade franciscana nos leva a uma atitude de gratuidade e gratidão a Deus e à sua Criação “por realmente cuidar de nós. A terra nos precede e nos foi dada. O alimento Maio / 2017 [Comunicações]

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Evangelização que tomamos, a roupa que vestimos e o ar que respiramos são dons da criação de Deus para nós! ‘Todo o universo material é uma linguagem do amor de Deus, de seu afeto sem medida por nós’. Portanto, o espírito que anima este documento quer olhar para o nosso atual estilo de vida, no qual, às vezes, consumimos os recursos naturais do planeta como se fossem ilimitados, para ajudar-nos a abraçar um novo estilo de vida.”

Os assuntos abordados na reunião foram os seguintes: 1. Plano Operacional e Regimento das Frentes Cada Frente foi convidada a elaborar um pequeno regimento, indicando sua composição, modalidade e periodicidade de encontros com frades e leigos engajados em determinado campo, além de um Plano Operacional a partir das indicações do Plano de Evangelização da Província. Boa parte do tempo desta reunião foi dedicado ao estudo e revi-

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são desta elaboração trazida pela maior parte das Frentes. A reunião conseguiu chegar ao consenso de um padrão na elaboração destes documentos. Cada coordenador ficou com a tarefa de finalizar o trabalho e encaminhá-lo, através do Secretário para a Evangelização, para a próxima reunião do Definitório, no fim de abril, em Agudos. 2. P rogramação de Atividades de cada Frente em 2017 As cinco Frentes de Evangelização farão, ao menos, uma reunião com suas coordenações ou grupos mais restritos neste primeiro semestre. Já os Encontros Provinciais das Frentes deverão acontecer no segundo semestre, contando também com a presença dos leigos(as). Além destas atividades, o Conselho propõe que, a cada ano, uma temática comum norteie a reflexão e a ação em todas as Frentes. A proposta de 2017, escolhida pela Província em comunhão

com a Ordem, é o tema da Ecologia e do cuidado da Criação: “Irmãos e menores comprometidos com a justiça, a paz e a integridade da Criação”. Este tema também está presente na Campanha da Fraternidade deste ano: “Biomas brasileiros e a defesa da vida”. A temática para o próximo ano deve ser definida ainda neste ano para que seja contemplada nos devidos planejamentos. 3. Missão Franciscana da Juventude Na manhã do dia 22 de fevereiro, Frei Diego A. de Melo foi convidado ao Conselho para partilhar conosco a experiência das Missões Franciscanas da Juventude, realizadas nos dias 19 a 22 de janeiro na Paróquia Bom Jesus, em Curitiba, e na Fraternidade São Boaventura, em Rondinha. Segundo Frei Diego, este projeto das Missões conta, hoje, com jovens também de paróquias ou regiões onde não estamos como


Evangelização Província. O objetivo é que os jovens conheçam e vivenciem o carisma franciscano sendo também eles protagonistas do projeto missionário. A próxima edição destas missões acontecerá nas cidades de Agudos e Bauru, em janeiro de 2018. Frei Diego solicita às Fraternidades e Frentes de Evangelização que motivem e organizem os jovens para esta experiência missionária. Frutos desta experiência e de outras atividades com as juventudes já estão surgindo em nossos lugares de presença, como a organização de novos grupos de jovens a partir do carisma franciscano e o surgimento de vocações para a nossa forma de vida. 4. CFMB - SIFEM a) Aproveitamos ainda a presença do Frei Diego para conversar um pouco sobre o Encontro Nacional da Juventude, marcado para acontecer em Vila Velha, nos dias 12 a 15 de julho de 2018. Frei Diego coordena a equipe preparatória deste encontro, a pedido do SIFEM (Secretariado Interprovincial Franciscano de Evangelização e Missão da CFMB). Por enquanto, a comissão ainda trabalha na organização da estrutura do encontro e na definição do seu tema. Nas diversas consultas, fala-se em temáticas como a Paz ou a Violência contra a mulher. b) Das outras atividades do SIFEM, foram recordados o encontro ordinário, desta vez em Campo Grande, MS, de 01 a 05 de maio pró-

ximos, e o encontro Continental (Américas) do Serviço de JPIC, em Anápolis, de 01 a 09 de setembro deste ano. Do encontro do SIFEM participam o Secretário para a Evangelização, o moderador para as Missões e o animador do Serviço de JPIC. Neste ano, o SIFEM convida também alguns frades das áreas da Educação e da Comunicação em busca de integração destas realidades num trabalho mais interprovincial. 5. Master de Evangelização O Conselho apoiou a disposição de Frei Jorge Maoski para cursar o Master em Evangelização, realizado este ano pelo Instituto Teológico Franciscano. Durante o ano, haverá a possibilidade de outros frades ou leigos participarem de um curso específico do Master, escolhendo temas de interesse. O ITF divulgará o programa. 6. Redimensionamento Dentro do processo de redimensionamento da Província destacou-se o processo da entrega da Paróquia de Paty do Alferes, RJ, como positivo, participativo nos Regionais mais próximos e transparente com o povo. É importante também lembrar que depois desta entrega, a Província aumentou o número de frades em presenças missionárias: Angola, Sudão do Sul, Terra Santa e Marrocos. Outras possibilidades de redimensionamento seguem em estudo pelo Definitório serão acompanhadas pelo Secretariado para a Evangelização.

7. Secretariado para a Formação e os Estudos Frei João Francisco apresentou ao Conselho de Evangelização algumas propostas do Secretariado para a Formação: - que cada etapa de Formação, conforme as Diretrizes aprovadas no último Capítulo, possa estudar especificamente uma das Frentes de Evangelização da Província, contando com a presença do Coordenador de cada Frente nas casas de formação para apresentar aos formandos o respectivo projeto de Evangelização; - que os Encontros Provinciais possam motivar as Frentes para acolherem os frades estudantes, apresentando propostas para os estágios durante as férias acadêmicas; - valorizar a experiência do Ano Missionário como uma vivência mais intensa do frade formando junto à Frente na qual exercerá seu serviço. No fim da manhã do dia 22, a reunião do Conselho foi encerrada com uma avaliação que elogiou a dinâmica do encontro e as possibilidades dadas de partilha e entreajuda. Frei Fidêncio e Frei César agradeceram aos frades pela presença e motivaram os mesmos a continuarem seus trabalhos procurando construir, em cada lugar e com todos os seus agentes, verdadeiras fraternidades evangelizadoras. Este é sempre o nosso primeiro testemunho! A próxima reunião do Conselho do Secretariado para Evangelização será nos dias 04 e 05 de julho de 2017. Frei Daniel Dellandrea Frei César Külkamp Maio / 2017 [Comunicações]

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Evangelização

novos missionários em Angola

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artir em missão com o espírito do lava-pés. Esta é a motivação de Frei Fabio José Gomes e Frei Roger Strapazzon, que seguiram na terça-feira, 11 de abril, para Angola. A viagem no meio da Semana Santa não foi escolhida intencionalmente, mas parece providencial para o início deste tempo de missão. Os dois jovens frades vivem momentos distintos na sua formação religiosa. Frei Fábio concluiu os estudos de Teologia no final do ano passado e Frei Roger faz o segundo Ano Missionário, um tempo da etapa formativa antes de iniciar os estudos de Teologia. Frei Fábio, no entanto, viaja pela segunda vez como missionário. “Coloquei-me à disposição da Província e escolheram me enviar para a Missão de Angola. Fiquei feliz, pois já estive lá por dois anos e gostei muito”, adiantou. Para ele, este espírito de missão, de Igreja ‘em saída’, foi um pedido ressaltado no Capítulo Provincial de 2016. Ele destaca também o encontro como uma das características mais fortes deste tempo. “Acredito que a própria experiência de Francisco de Assis nos ajuda, ao ser conduzido pelo Senhor a ‘fazer misericórdia com eles’, como revela no seu Testamento. E, estando com eles, dar as mãos”, observou, apontando ainda o aspecto missionário da Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” (A Alegria do Evangelho). Já Frei Roger fez o primeiro Ano Missionário no Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras) em 2016. Durante a experiência, sentiu um forte apelo para a Missão e amadureceu a ideia. Pediu, então, ao Governo Provincial mais um ano antes

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Frei Roger Strapazzon

Ano Missionário em Angola

de continuar os estudos de Teologia, mas para que pudesse viver esse tempo em Angola. E foi aceito. Para ele, este é o momento de se abrir para acolher o que Deus oferece. “A maior dificuldade para nós, religiosos, é trabalhar com expectativas. Nós estamos sendo sempre enviados, impelidos, desafiados a buscar novas realidades, sair do conforto. E acredito que as expectativas para este ano, no fundo, partiram desta vontade de me abandonar nas mãos de Deus”, afirma o frade, que partilha um ensinamento que ouviu de um dependente químico em

Frei Hugo C. dos Santos Ano Missionário em Angola

tratamento sobre a confiança em Deus. Ela é como um voo de asa delta, onde o praticante não vê o vento, mas precisa dele. “Muitas coisas a gente não enxerga, acaba apenas percebendo a manifestação de Deus nas pessoas, nos fatos, nos tempos. Este ano de missão é esta experiência de se lançar e deixar Deus nos sustentar e se revelar de maneiras diferentes”, acredita Frei Roger. Ele também prefere não idealizar este novo tempo de missão, mas confessa que fica difícil não se encantar com os testemunhos dos missionários que lá estiveram. “Isso é muito bonito, mas se torna uma grande dificuldade deixar esta idealização de lado. De qualquer forma, é uma oportunidade de praticar a humildade, deixar Deus se revelar de outra maneira. As realidades são diferentes, a Igreja é diferente, a condição social, política e econômica são diferentes, e é preciso ter espírito aberto para perceber outras expressões da presença de Deus. Uma grande virtude, que ensina São Francisco de Assis, e que acaba sendo talvez fundamental para os missionários, é ter a humildade de sentir, de encontrar, de perceber Deus nas condições que são próprias daquele tempo e daquela realidade”, completou. Em 2015, a Fundação Franciscana Imaculada Mãe de Deus de Angola celebrou 25 anos de criação e missão. Neste ano, a Fundação terá, além de Frei Roger e Frei Fábio, o missionário Frei Hugo Câmara dos Santos, que viajou antes e também vive a experiência do Ano Missionário. Érika Augusto


Evangelização

Frei Jorge Lázaro Marrocos

Frei Leonardo Pinto

Frei Valdir Nunes

Sudão do Sul

Terra Santa

Frei Fábio José Angola

carta

MAIS CONFRADES SÃO ENVIADOS EM MISSÃO Caros Confrades, Paz e Bem!

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nicialmente, agradecemos o empenho de todas as fraternidades na Campanha Missionária direcionada à construção da residência do Pós-Noviciado em Palanka – Angola. É importante este apoio à nossa Missão em Angola. Deus tem sido generoso no envio de vocações angolanas. Façamos nossa parte com generosidade! No dia vinte e um de fevereiro nos preparávamos para o início da reunião das Frentes da Evangelização. Tomo o jornal Folha de São Paulo e, lá, ao pé da página doze, fim do primeiro caderno, ocupando dez por dez centímetros, uma pequena notícia do Sudão do Sul. Falava o essencial daquilo que semanas antes buscávamos sedentos: uma palavra sobre esta realidade. A carta convocatória do Ministro Geral gerou em nós a necessidade urgente de sabermos mais deste que seria um novo destino de nossa Fraternidade Provincial. O próprio nome indicou para nós a Missão. Nossa localização: Sudeste - Sul do Brasil. Destino Sudão do Sul. Assim: Sudeste + Sul e Sudão do Sul. A ação que liga estas duas realidades é a doação (deste - dão). Não há melhor definição de Missão e Missionário do que esta: Doação. Como no passado somos chamados a partir. Agora, não como uma decisão capitular, como foi a ida para Angola, mas uma obediência ao Ministro Geral: sairmos para uma realidade desafiante. Cada um de nós sentiu-se convocado a ser presença franciscana junto a uma nação composta de dez milhões de pessoas. Com fome

crescente, atingindo metade da população, que até julho atingirá cinco milhões e quinhentas mil pessoas. Fome ocasionada pelo longo conflito de independência, ocorrida em 2011, pela crise econômica e pela baixa produção agrícola. Irá a esta fraternidade internacional, em nome de nossa fraternidade provincial, Frei Leonardo Pinto dos Santos. Soubemos que vários outros irmãos se dispuseram a ir para esta missão. Agradecemos a eles por esta fraterna e profética decisão! A obediência deste pedido – mandato do Ministro Geral recorda-nos um desafio: a necessidade de investirmos, em todo nosso processo formativo, no conhecimento de uma língua estrangeira. Assim cumprimos o que nos pede nosso Plano de Evangelização: “Redimensionar com o escopo de [...] acolher as provocações ou urgências que nos vêm do mundo de hoje, ao qual a Ordem quer dedicar mais atenção”. A nova Missão acontece logo depois da entrega da fraternidade de Paty do Alferes. No início deste ano, além dos três confrades formandos no ano missionário, a Província conseguiu, pela disposição dos irmãos, enviar quatro frades em missão: um para Angola, um para o Marrocos, um para a Terra Santa e este para o Sudão do Sul. Assim, torna-se realidade o desejo de que o redimensionamento aconteça em vista de uma nova forma de presença e vivência de nossa vocação, ou no reforço e qualificação de nossas presenças. Fraterno Abraço! Frei Alexandre Magno Cordeiro da Silva Maio / 2017 [Comunicações]

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Gerais pedem ao Papa que irmãos leigos ocupem cargos de liderança

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s superiores dos quatro ramos principais dos Frades Franciscanos pediram formalmente ao Papa Francisco autorização para permitir que suas comunidades elejam irmãos leigos para cargos de liderança em suas comunidades. “O Papa Francisco estuda as possibilidades de fazer avançar este projeto”, disse Frei Michael Perry, Ministro Geral dos Frades Menores. “Deixamos uma carta com um pedido formal para uma dispensa dos requisitos da lei canônica, segundo a qual, na maioria das ordens religiosas, apenas um padre pode ser eleito para os cargos de liderança”, disse. Frei Perry encontrou-se com o Papa Francisco, neste 10 de abril, juntamente com o Ministro Geral Capuchinho, Frei Mauro Johri; o Ministro Geral Conventual, Frei

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Marco Tasca; e o Ministro Geral da Terceira Ordem Regular, o Frei Nicholas Polichnowski. Frei Tasca disse que o Papa Francisco lamentou os atentados terroristas no Egito e “confirmou com grande determinação” que iria visitar o Egito no final de abril, como planejado. Eles também falaram da violência contínua na Síria e da presença de franciscanos, que continuam a ministrar lá e em outras regiões onde a tensão e a violência são uma ocorrência diária. Mas, disse Frei Perry, “falamos, sobretudo, dos passos que estamos tomando para criar a comunhão entre nós, entre as diferentes Ordens da Família Franciscana”. Os quatro ramos diferentes, disse ele, estão trabalhando juntos para reunir seus institutos de ensino superior em Roma e ter uma variedade

de projetos cooperativos na Terra Santa. “Além disso”, disse ele, “falamos da importância da possibilidade de permitir que os frades leigos sirvam de maneira ordinária em nossas ordens”. Há regras que ditam a elegibilidade para a liderança em ordens religiosas, com uma forte mistura de irmãos e sacerdotes – especialmente se essas ordens, como os franciscanos -, foram fundadas sem distinção entre leigos e ordenados. O decreto do Concílio sobre a vida religiosa diz: “Monastérios de homens e comunidades que não são exclusivamente leigos podem, de acordo com sua natureza e Constituições, admitir clérigos e leigos em pé de igualdade e com direitos e obrigações iguais”. Ainda assim, para Ordens como


CFMB os Franciscanos, em que a maioria dos membros são sacerdotes, o Vaticano insistiu que a ordenação é um requisito para o “poder de governo”. Ele vetou a eleição de irmãos como superiores de Ordens que têm mais sacerdotes do que irmãos como membros, mesmo quando as Constituições da Ordem não insistem que o superior seja um sacerdote. No Sínodo dos Bispos sobre a Vida Religiosa em 1994, a questão foi levantada repetidamente. Frei Hermann Schaluck, Ministro Geral dos Frades Menores na época, disse ao Sínodo que sua Ordem foi fundada por um leigo, São Francis-

co de Assis, que nunca foi ordenado sacerdote. O carisma da Ordem não estava ligado à ordenação, mas a uma vida de seguir o Evangelho de forma radical. A igualdade dos frades leigos e ordenados, disse ele, deveria significar que ambos poderiam ser chamados para papéis de liderança. E pediu ao Vaticano que a possibilidade fosse “oficial e juridicamente” reconhecida. Respondendo às proposições dos membros do Sínodo em 1996, João Paulo II disse: “Foi criada uma comissão especial para examinar e resolver os problemas relaciona-

dos com esta questão. É necessário aguardar as conclusões desta comissão antes de tomar as decisões adequadas de acordo com o que será determinado com autoridade”. O estudo parece ter sido interrompido. Em dezembro de 2015, o Vaticano emitiu um documento sobre a identidade e a missão dos irmãos religiosos. Na ocasião, o arcebispo José Rodríguez Carballo, secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, disse que seu gabinete pedirá ao Papa Francisco uma comissão ad hoc para estudar a questão.

MISSÃO RORAIMA

CONTRA O TRÁFICO HUMANO

E

m parceria com Diocese de Roraima, Caritas, CPT e Ministério Público do Trabalho de Boa Vista, a missão franciscana da Conferência dos Frades Menores do Brasil (CFMB) em Boa Vista, produziu material pedagógico que busca alertar crianças e adolescentes sobre os riscos do tráfico humano e do trabalho escravo. “Acredito que o material vem ao encontro de uma urgência pastoral e humanitária”, diz Frei Pedro Bruxel, que trabalhou no projeto com Frei Malone Rodrigues. A Região Norte é a que apresenta o maior número de rotas do tráfico de pessoas de todo o país, segundo dados divulgados pela Pesquisa sobre o tráfico de mulheres, crianças

e adolescentes para fins de exploração sexual (Pestraf). De acordo com o relatório, existem 76 rotas só na Região Norte, que lidera o ranking. Desde 2002, Roraima aparece nas 145 rotas de exploração infantil e de adolescentes, nacionais e internacionais.

Ministro da Custódia da Amazônia visita Missão da CFMB

Durante os dias 23 a 25 de março, Frei Francisco de Assis Paixão, Ministro da Custódia Franciscana São Benedito da Amazônia, visitou os frades da Missão da Conferência dos Frades Menores do Brasil, localizada em Boa Vista, Roraima. “Vim para visitá-los mas também para escutá-los”, explicou de maneira fraterna e acolhedora Frei Paixão, que se deteve em conviver com a rotina da missão e, juntamente com os frades, visitou algumas comunidades da Diaconia Missionária, doentes, como também algumas Maio / 2017lideranças. [Comunicações] 329


CFMB

ENCAMINHAMENTOS DA ASSEMBLEIA DA CFMB OLINDA: 27 a 31 MARÇO/2017

1. Informes do Definidor Geral. Está sendo elaborado um novo Prontuário da Secretaria Provincial. A interação entre as três obediências está sendo efetivado com a Universidade Franciscana de Roma, que está em processo adiantado e uma Fraternidade na Terra Santa para colaborar com a Formação Permanente. A Economia da Cúria Geral está em processo de recuperação com a colaboração das Províncias e com procedimentos de captação de recursos. O pedido de missionários pelo Ministro Geral contou com a colaboração da Província Imaculada Conceição que enviará missionário para Terra Santa, Marrocos e Sudão. O Definitório Geral se reunirá com as Conferências da UCLAF em 2018, conforme calendário a ser divulgado. Estão em preparação o Congresso Continental de Formação em São Paulo, o Congresso Internacional de Centros de Estudos e o Conselho Internacional de Formação e Estudos. Também foi apresentada a preocupação do Governo Geral com o processo de clericalização devido aos estudos de Filosofia e Teologia acontecerem em Centros de Estudos Diocesanos, por isso pede favorecimento de

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dades ribeirinhas, com o Fundo para a Amazônia da CFMB. 7. Master em Evangelização. Foi iniciado com um número menor que o previsto. 8. Colaboração Financeira para a Cúria Geral. Atendendo ao pedido do Ministro Geral, cada entidade decidirá como e com quanto contribuirá financeiramente ou com intenções de Missa. 9. JUFRA. O Secretário Fraterno Nacional, Washington Lima dos Santos, apresentou a situação da Jufra no Brasil e pediu a colaboração com a assistência e incentivo. Também deixou uma carta motivando colaboradores, e a CFMB autorizou a Jufra a enviar um projeto para colaboração financeira. 10. Carta sobre a Reforma da Providência e Terceirização. A CFMB publicou carta aberta à sociedade brasileira contra a reforma da Previdência e a terceirização.

centros próprios ou de religiosos. 2. Encontro Nacional de Frades Leigos. Acontecerá de 7 a 10 de setembro em Vila Velha-ES. A CFMB colaborou com R$ 1.000,00 para realização do encontro. 3. Congresso Continental de Formação e Estudos. Acontecerá de 3 a 10 de setembro em São Paulo. São convocados 2 membros por Custódia e 3 por Província. 4. Under Ten. Acontecerá de 12 a 26 de setembro na Missão Cururu, Amazônia. A exAGENDA 2017 periência será custeada por Maio: uma verba da Cúria Geral 01 a 05 Reunião do CAD e SIFEM em Campo Grande - MS para a Formação. Agosto: 5. Jubileu da Missão em Ro22 a 25 Encontro de Ecônomos da CFMB raima. Em 2018, a missão em Caldas Novas-GO comemora 25 anos. Será Setembro: 01 Dia Mundial de Oração pelo cuidado celebrado com uma Missa, da criação com a presença dos Mi01 a 09 Encontro Continental JPIC em Anápolis -GO nistros da CFMB, sendo 02 e 03 Coleta Anual pela Evangelização convidados os frades que na Amazônia 03 a 10 Encontro Continental de Formação já estiveram na missão e os e Estudos em São Paulo frades do SIFEM. Nos dias 04 Dia da Amazônia 21 e 22 de abril. 18 a 22 Assembleia da CFMB em São Luiz-MA Novembro: 6. Fundo para a Amazônia. 15 e 16 Reunião de Planejamento da Executiva do Foi aprovada a aquisição SIFEM em São Paulo (Vila Clementino) de datashow, livros, material catequético e ins2018 10 a 17/02 Encontro do Definitório Geral trumentos musicais para com a CFMB e Cone Sul trabalho com as comuni2019 08 a 12/06 Assembleia ampliada


Notícias e Informações

NOVO SANTUÁRIO EM ASSIS

U

ma nova pérola no panorama religioso de Assis”. Com estas palavras, o Papa Francisco define o novo Santuário do Despojamento, que será inaugurado em 20 de maio próximo. Para a ocasião, o Pontífice enviou este domingo uma mensagem ao Bispo de Assis-Nocera Umbra-Gualdo Tadino, Dom Domenico Sorrentino.

A conversão como despojamento dos bens terrenos

O Papa abençoa o novo Santuário e todos os peregrinos que apoiaram em oração o local “onde o jovem Francisco despojou-se, até a nudez, de todos os bens terrenos, para doar-se inteiramente a Deus e aos irmãos”. Recordando a emoção de sua primeira visita a Assis em 2013, o Papa ressalta a força evocativa do lugar em que São Francisco “se desvincula dos encantos do deus-dinheiro, que havia seduzido a sua família, em particular seu pai Pietro di Bernardone. Certamente, o jovem convertido não pretendia faltar com o devido respeito com o seu pai, mas recordou-se – escreve o Papa – que um batizado deve colocar o amor por Cristo acima dos afetos mais caros”. E naquele local – recorda ainda o Papa Francisco na sua visita, – o encontro, com um representante de pobres, “testemunho da escandalosa realidade de um mundo ainda tão marcado pelo abismo entre o infinito número de indigentes, frequentemente despojados do mínimo necessário, e a minúscula porção de pessoas com posses, que detém a máxima parte da riqueza e pretende determinar os destinos da humanidade”.

A partilha contra as iniquidades da economia

A iniquidade global, a economia que mata – sublinha o Papa – hoje como então, atingem os mais vulneráveis: os migrantes hoje, ontem os doentes de lepra.

O novo Santuário em Assis – portanto – nasce como desejo de uma sociedade mais justa e solidária. A própria Igreja – escreve o Papa – deve despojar-se da mundanidade e revestir-se dos valores do Evangelho. Retomando as palavras pronunciadas em Assis, o Papa Francisco sublinha que “todos somos chamados a ser pobres, a despojarmo-nos de nós mesmos; e para isto, devemos aprender a estar com os pobres, compartilhar com quem é privado do necessário, tocar a carne de Cristo! O cristão não é alguém que se enche a boca com os pobres, não! É alguém que os encontra, olha em seus olhos, os toca”. E, diante do fenômeno do afastamento da fé – sublinha – somos chamados a uma nova evangelização, que se baseie não tanto na força das palavras, mas no “fascínio do testemunho sustentado pela graça”.

O despojamento, mistério de amor

São Francisco, portanto, fez da pobreza o sinal mais evidente de penitência, de renovação e – recorda o Papa – da inspi-

ração em Cristo, que é “o modelo original do despojamento”. Jesus assume uma condição de servo, tonando-se igual aos homens, fazendo-se obediente até a morte de Cruz. A Onipotência, de qualquer maneira, se oculta, para que a glória do Verbo feito carne se expresse sobretudo no amor e na misericórdia. O despojamento é portanto – conclui Francisco – “um mistério de amor!”, mas despojamento – é a sua ressalva – não é desprezo pelo mundo, mas fruição sóbria e solidária das coisas materiais: é amor, não egoísmo. E esta é na prática a alegria evangélica do caminho cristão, que pode encontrar caminhos de saída à tristeza individualista de nosso mundo. Na conclusão da carta, um aceno à sociedade do amanhã: os jovens. Eles – escreve o Papa – devem ser acompanhados pela luz destes valores. Que o novo Santuário do Despojamento – são os votos do Papa – seja um lugar de encontro entre jovens e adultos: uma família ideal, onde os jovens sejam ajudados no discernimento de sua vocação. Maio / 2017 [Comunicações]

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Falecimento

Frei Alberto Beckhäuser

À

20/05/1935

s 22h00 da noite de 28 de março, faleceu, em Petrópolis, Frei Alberto Beckhäuser. Ele estava internado no Hospital da Beneficência Portuguesa, e sofria de câncer no pâncreas, diagnosticado em janeiro deste ano. Desde então, o estado de Frei Alberto se agravava a cada dia. Mostrava-se extremamente fraco e fazia grande esforço quando deseja dizer algo. Nos últimos dias, quase sempre estava sedado devido às dores. O corpo de Frei Alberto Beckhäuser foi velado na capela do Instituto Teológico Franciscano, de Petrópolis, e o sepultamento se deu após a Missa de Exéquias, às 16 horas. O Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanböemmel, deixou a seguinte mensagem no seu perfil do Facebook.

AO MESTRE COM CARINHO!

Doeu-me a notícia que recebi do guardião da Fraternidade São Francisco, Frei Fábio C. Gomes, de Petrópolis, RJ, na noite desta terça feira: “Frei, nosso Frei Alberto Beckhäuser acabou de descansar”. Ele me telefonou na noite da virada do ano. Relatou-me sua situação, consciente da gravidade da sua doença (câncer), e escreveu a seguinte mensagem no dia 1º de janeiro deste ano depois de tê-la escrito a partir do mistério da Encarnação do Senhor: Francisco e os irmãos enfermos: “Peço ao irmão enfermo dê por tudo graças ao Criador, e seu próprio desejo seja de ser assim como Deus quiser, são ou doente” (São Francisco, RnB, cap. 10). Desde o noviciado, como Mestre, procurei passar aos noviços tal atitude. E há anos procuro viver na oração e no canto tal atitude, compondo o canto: “Em tudo dou-vos graças, ó Pai, por Cristo, no Espírito Santo” e “Fazei-me um convosco, ó Pai, por Cristo no Espírito”. Peço suas orações para que nesta enfermidade possa em tudo dar graças ao Criador. Em tudo! Petrópolis, Natal do Senhor de 2016. Frei Alberto Beckhäuser, OFM Caro Frei Alberto, mestre no Noviciado e grande professor em Liturgia, muito obrigado pela sua dedicação, seriedade acadêmica no cuidado de ensinar a sagrada Liturgia com paixão, espírito e vida! Descanse em Paz, meu mestre!

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+ 28/03/2017


Falecimento Como nós podemos compreender a Missa se não temos mais o sentido da refeição em família? Frei Alberto

Dados pessoais, formação e atividades

asceu aos 20 de maio de 1935 (81 N anos de idade), na Freguesia de Santa do Coqueiro Baixo, hoje também chamada Santa Teresinha, então, município de Criciúma, um tempo, pertencente ao Mun. de Nova Veneza e, hoje, Forquilhinha, SC. Frei Alberto era o quinto de 12 filhos do casal Ernesto Beckhäuser e Helena Hoepers. Seus pais são netos de imigrantes europeus. Apenas a avó paterna era nascida na Europa, mais precisamente, na Letônia, de religião batista. Por causa deste pormenor, seu pai Ernesto foi batizado na religião católica pelos 20 anos de idade.

to vários anos do Concílio Vaticano II (1963-1965).

Petrópolis:

e 1967-1973 foi Professor de LiturD gia no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis, tendo sido também Assistente da Ordem III local como era chamada então, e da Fraternidade Regional. Foi algum tempo Vigário

Roma:

De 1963-1967 fez a Licença e o Doutorado em Teologia com Especialização em Sagrada Liturgia no Pontifício Ateneu Anselmiano, em Roma, com a graça de acompanhar e viver de per-

Petrópolis:

e 1983-1985, integrou a Equipe de D Mestres em Petrópolis, sendo nomeado, em 1984, Assistente Espiritual e Pastoral da OFS Nacional pela OFM.

Brasília:

e 1986-1991, Assessor de LiD turgia da CNBB, sendo locado no Convento de Petrópolis, morando com os Frades em Brasília.

Rio de Janeiro:

Seminário:

as Missões populares de 1947, N foi convidado por Frei João Bosco Erdrich a ir com ele para ser missionário. O menino topou e, em 1948 entrou no Seminário de Rodeio, seguindo todo o percurso de formação na Província, passando por Rio Negro (1950-1952), Agudos (19531956), Noviciado em Rodeio (1957) (59 anos de Vida Franciscana), Filosofia em Curitiba (1958-1959) e Teologia em Petrópolis (1960-1963), onde fez a Profissão solene aos 23.12.1960 e foi ordenado presbítero aos15 de dezembro de 1962 (54 anos de Sacerdócio).

como Secretário da Província. Foi Assistente Espiritual da Fraternidade Regional da OFS, então VIII Região, abrangendo São Paulo e Mato Grosso.

da Casa e Diretor do Instituto. Foi também Assistente de uma Equipe de Nossa Senhora. Foi Professor de Liturgia no CEFEPAL e Membro da Comissão de Tradutores dos Textos Litúrgicos da CNBB, que funcionava no Rio de Janeiro.

Rodeio:

e 1974-1979, Mestre de Noviços, D continuando a lecionar Liturgia em Petrópolis, no Instituto e no CEFEPAL, com cursos intensivos. Vigário da Casa.

São Paulo:

De 1980-1982 viveu em São Paulo

e 1992-1994, Convento de D Santo Antônio no Rio de Janeiro como Diretor “virtual” do Santuário, Secretário Provincial da Evangelização Missionária e Coordenador de Traduções e Edições de Textos Litúrgicos da CNBB. Foi Vigário da Casa. Retomou também aulas de Liturgia em Petrópolis.

Petrópolis:

A partir de 1995, Membro da Fraternidade São Francisco, junto ao futuro Instituto Teológico Franciscano: Professor de Liturgia no nosso Instituto, Secretário da Evangelização Missionária (1995-1997), Coordenador de Traduções e Edições de Textos Litúrgicos da CNBB, Assistente das Irmãs Clarissas na Gávea, Rio de Janeiro. De 2000 a 2003 foi assistente nacional da OFS, assistente das Clarissas do Rio de Janeiro, e assistente litúrgico dos Coral dos Canarinhos. Em 2004, foi nomeado novamente assistente espiritual das Irmãs Clarissas do Rio de Janeiro. Maio / 2017 [Comunicações]

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Falecimento A catequese não pode ficar apenas na doutrinação e, infelizmente, numa doutrinação até mal feita. Faz tudo menos uma história da salvação. Frei Alberto

Da ficha autobiográfica de Frei Alberto (atualizada em 2014)

Tenho queda para música, mas nunca cheguei a dominar um instrumento, talvez por falta de empenho. Gostava, porém, da regência coral. Já no Seminário de Agudos regia o coro da turma, atividade que continuei a exercer no Noviciado, no Tempo da Filosofia, inclusive junto ao Coral do Josephsverein e nos anos da Teologia em Petrópolis. Neste período, com outros confrades, tive o privilégio de fazer o Curso de Canto Gregoriano no Instituto Pio X, no Rio de Janeiro. Frei Leto Bienias apreciava minha regência. Substituí-o na Regência dos Carinhos em suas férias na Alemanha, creio que em 1961. Frei Leto sonhava comigo para a Direção dos Canarinhos, chegando mesmo a custear um Professor de piano. Em 1963, fui designado para estudar Liturgia e Música Sacra em Roma, para ser Professor de Liturgia e de Música na formação teológica dos frades. Visto ser impossível fazer as duas coisas, que exigiam tempo integral, pedi ao Ministro Provincial Frei Walter Kempf que definisse por qual matéria optar. Frei Walter mandou que me formasse em Liturgia e, na medida do possível, cursasse Música sacra. Frequentei um curso de História da Música, mas logo restringi-me à Liturgia. Minha vida de frade foi dedicada praticamente à formação. São mais de 48 anos de aulas de Liturgia. A formação litúrgica dos frades; cursos, encontros nacionais e internacionais de Liturgia. Os estudos em Roma despertaram em mim a inclinação para a pesquisa e transmissão de uma compreensão teológica da Liturgia e sua espiritualidade, com interesse pastoral. Interessam-me questões como a natureza da participação ativa e frutuosa, a linguagem mítica, simbólica dos mistérios celebrados. Hoje leciono Liturgia no nosso Instituto Teológico em Petrópolis, no Seminário Diocesano de Petrópolis, na Pós-graduação de Liturgia em São Paulo. Fui convidado neste ano para dar Curso de Liturgia no ITEPAL, em Bogotá, na Colômbia e recebi convite para lecionar Liturgia na PUC do Rio a partir de 2002. São 35 anos de magistério, e de animação da vida litúrgica, enfrentando os altos e baixos da reforma e da

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renovação litúrgica desejadas pelo Concílio Vaticano II e promovidas a partir dele. Voltando dos estudos em Roma, trouxe comigo um tríplice propósito: muita fé, muita coragem e muita paciência. Propósito este hoje mais atual do que nunca. Mas, uma coisa posso dizer: Em meio aos raios e tempestades do tradicionalismo legalista e do progressismo irresponsável e caótico, a partir dos anos 90, entro com grande prazer e entusiasmo em sala de aula para lecionar Liturgia. Não foi fácil. Quando estudava Liturgia em Roma, os Rituais antigos praticamente tinham caído em desuso. Os novos ainda não tinham surgido. Importava pesquisar as fontes bíblicas, patrísticas e litúrgicas. Daí a insistência no aspecto teológico da Liturgia. Para conciliar Liturgia e religiosidade/piedade popular


O homem pós-moderno se agarra naquiloFalecimento que acha que vai lhe trazer prazer e felicidade. O único valor que subsiste é o gozo, o prazer momentâneo. Frei Alberto

surgiram pesquisas sobre devoções populares, particularmente sobre o fenômeno dos Santuários. Da preocupação teológica e espiritual da Liturgia surgiu a dezena de livros sobre a matéria e numerosos artigos (cerca de 70) nas revistas, sobretudo na REB e no Grande Sinal. Quanto aos Santuários, participei do Primeiro Congresso Mundial da Pastoral dos Santuários em Roma e do Primeiro Congresso Latino-americano da Pastoral dos Santuários em Quito, no Equador. Assessorei vários Encontros de Pastoral dos Santuários no Brasil. Quando Reitor “virtual” do Santuário de Santo Antônio do Rio de Janeiro, escrevi o livro “Santo Antônio através de suas Imagens”, onde trato da questão do culto dos santos e do sentido dos Santuários. Outra atividade a que a obediência me levou foi a assistência à OFS. Desde 1967 acompanhei todo o processo de renovação da OFS até hoje, na assistência de Fraternidades em nível local, Regional e Nacional. Daí surgiram dois livros: Comentário Espiritual à Regra da OFS, adotado como livro base do tempo de formação (noviciado) na OFS do Brasil e Rezar a Vida e Viver a Oração. Pequeno Tratado sobre a Oração Cristã. Este livro brotou do serviço de assistência à OFS, através de artigos publicados na revista Paz e Bem, mas como livro é pensado para todos os cristãos, inclusive, religiosos. Um terceiro livro está para aparecer com o título provável: Felizes os que vivem em penitência. Meu Deus e meu Tudo.Também foi sendo escrito em forma de artigos para a OFS. Trata-se de um comentário da Carta aos Fiéis, de São Francisco, em sua primeira recensão, que consta hoje como Prólogo da Regra Renovada da OFS. Como livro, foi ampliado de

modo que possa interessar a toda a Família Franciscana. Outra área que gostaria de lembrar é a colaboração com a CNBB na Tradução e Edição dos Livros Litúrgicos, que considero um apostolado oculto que, ainda hoje, me toma mais da metade do tempo. Colaborei na tradução de todos os Livros Litúrgicos. A partir de 1991, quando deixei a assessoria da CNBB, foi-me confiada a Coordenação da Tradução e Edição dos Textos e Livros Litúrgicos. Tratava-se da revisão e publicação atualizada de todos os Livros litúrgicos com a inserção dos textos bíblicos aprovados por Roma para uso litúrgico. Primeiro, a revisão e publicação da 2ª edição típica do Missal Romano. Depois, a montagem dos Quatro Volumes da Liturgia das Horas (o resultado do trabalho nos três anos no Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro); a Oração das Horas em volume único para os que não têm obrigação do Ofício das Leituras; a nova edição atualizada de todos os Rituais dos Sacramentos, a montagem e edição dos Lecionários; a edição do Pontifical Romano em volume único, com Lecionário do Pontifical em separado. Acrescento a este trabalho a tradução e acompanhamento de sua diagramação e edição dos Suplementos Franciscanos do Missal Romano e da Liturgia das Horas e os Rituais de Profissão religiosa franciscana. Outras atividades que me deram muita alegria: Cursos e Encontros de Liturgia para o Clero, Religiosos, Religiosas e Leigos; pregação de retiros; assistência a religiosas, acompanhando noviciados, particularmente de Congregações Franciscanas. Assessorias diversas no campo da Liturgia à Maio / 2017 [Comunicações]

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Falecimento É só conhecendo, amando e seguindo Jesus Cristo que se pode realmente celebrar e vibrar com esta realidade divino-humana que se realiza na liturgia. Frei Alberto

CNBB, mesmo depois dos anos de Assessoria em Brasília, sobre questões como Pastoral dos Santuários, Missas por e de Televisão, o uso de Folhetos na Missa. O exercício do ministério ordenado. A chama missionária da origem de minha vocação sempre me acompanhou. Mas até hoje não tive a satisfação de participar de uma Missão popular. O desejo da missão de certa maneira se realizou no exercício de Secretário da Evangelização missionária por seis anos e na permanência de dois meses em nossa missão de Angola. A obediência levou-me a priorizar o apostolado de Frade Menor, no serviço à Ordem e à Igreja, no campo do magistério e da Pastoral litúrgica, da formação, e da assistência à OFS. Compreendi esse serviço como ação multiplicadora de agentes de pastoral, de missionários. O pastoreio direto ficou em segundo plano. O serviço do ministério ordenado restringiu-se a colaborar nas celebrações nas Fraternidades onde passei, no ministério da Penitência e na animação das celebrações junto aos Grupos a que servi pelo Brasil afora. Além disso, procurei exercer com entusiasmo o apostolado da comunicação escrita. Procuro ver como apostolado oculto mesmo a colaboração na tradução, montagem e publicação dos livros litúrgicos, o que exige, ao menos de mim, muita disciplina e ascese.

Missionário e mestre da Sagrada Liturgia

(por ocasião do aniversário de 75 anos de Frei Alberto, Frei José Ariovaldo da Silva fez-lhe homenagem, em parte aqui transcrita) “Não lhe bastava só traduzir os livros litúrgicos! E a formação litúrgica?! Levar o clero (bispos, padres e diáconos) e o povo em geral a entender e assimilar a teologia e o espírito da Liturgia que o Concílio Vaticano II resgatava para toda a Igreja! E, coerentemente com este espírito, celebrar a Liturgia de maneira digna, adaptada e participativa! Imenso desafio para uma Igreja secularmente fossilizada numa forma de liturgia excessivamente devocional e pouco mistérica! Imenso desafio, num tempo em que o quadro de especialistas em Liturgia era reduzidíssimo. Na década de 60, tínhamos aqui um só doutor nesta especialidade, na pessoa de Frei Alberto. Só em meados da década de 70 é que começa a despontar em nível nacional outro reconhecido doutor em Liturgia, na pessoa do Pe. Gregório Lutz CSSp. Assim sendo, com toda a escassez inicial de qualificados formadores, no serviço de implantação da reforma litúr-

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gica no Brasil, admiramos o imenso volume de trabalho de Frei Alberto e sua intensa colaboração através de seus escritos (livros e artigos), cursos, assessorias na CNBB, em dioceses, paróquias, Seminários, Faculdades e Institutos Teológicos. Assim, apaixonado pelo mistério do culto e da Igreja, Frei Alberto legou a uma multidão de admiradores, leitores, alunos, discípulos e ouvintes seus, a certeza de que a Liturgia, por ser divina, isto é, expressão máxima do amor de Deus, merece ser muito bem celebrada: com convicção, piedade, de forma orante e verdadeira, fiel às orientações da Igreja, com muito amor e gratidão a Deus e, consequentemente, com dedicado compromisso comunitário. (…) E hoje, já próximos do cinquentenário da “Sacrosanctum Concilium”, louvando e agradecendo o Altíssimo Senhor Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo Paráclito, sinto uma vontade louca de proclamar – e o proclamo, sim, com a permissão de todos! – Frei Alberto Beckhäuser, grande missionário e mestre franciscano da Sagrada Liturgia renovada do Concílio Vaticano II para o Brasil, para a América Latina e Caribe, para a Igreja; referência para a Liturgia do Povo de Deus nesta terra de Santa Cruz. Parabéns, Frei Alberto, e “ad multos annos”!” Que o Senhor acolha o Frei Alberto na Liturgia perene do Céu, no culto daqueles que, nesta terra, procuraram a Ele servir e adorar. R.I.P.


Falecimento O jovem clero não sabe mais fazer uso dos livros litúrgicos e se torna mero executor de folhetos. E até mal executados. Frei Alberto


Falecimento Se considerarmos a liturgia simplesmente no seu aspecto externo, que chamo de expressão litúrgica, então cairíamos no legalismo, no ritualismo. Isso não é liturgia. Frei Alberto

confrades franciscanos da Imaculada Conceição do Brasil. Rogo a Deus que pela misericórdia divina, que ele descanse em paz. Prof Gean Carlos Alessandro Couto Esteja em Paz e com todo o Bem, no convívio dos santos e do Divino Pai Celeste. Sonia Helena Pacheco Que Deus acolha sua alma em seu reino de glória e conforte seus familiares e confrades franciscanos. Paz e Bem! Teresinha Maria Schlindwein Frei Alberto! Toda Gratidão por tudo! Quanto aprendemos com seu conhecimento e orientações. Descansa em paz. Fica bem no abraço eterno do Pai e Roga por nós. Nossa solidariedade e prece a tida família do OFM. Lourdes Motta Meus sinceros sentimentos a toda família franciscana. Que o Bom Deus o receba em seu reino. Obrigada por tudo o que ele fez aqui nesta terra. Maria Angela Borsoi Foi se encontrar com o amigo Dom Paulo!!!! Solidariedade total com a Província OFM, em união de preces!

A notícia do falecimento de Frei Alberto página do Facebook da Província registrou 77.833 visualizações e muitos comentários e condolências. Abaixo, alguns comentários: Gean Carlos Amados, Agora nosso Prof Frei Alberto Beckhäuser, fará a sua Páscoa definitiva para o encontro face a face com o Altíssimo. Ele retornou ao seu país natal, o Céu. Estamos tristes com esta notícia, mas ao mesmo tempo confian-

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tes na misericórdia divina, que acolhe hoje no Reino dos Céus esta semente boa que, cresceu como árvore frondosa e frutificou abundantemente em seus vários alunos, amigos e familiares. A nossa solidariedade e orações em favor da família e dos

Dom Rafael Maria Osb Grande liturgista !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Que na liturgia celeste ele interceda por outros apaixonado pela liturgia. Ariane Zoby Certamente uma perda enorme! Meus sentimentos a toda Província! Mauricio Ferracciu Pagotto Grande sacerdote e formador, fará falta.


TREZENTOS ANOS INTERCESSORA Nossa Senhora de Aparecida Trezentos anos intercessora Das águas do Paraíba surgida Iluminando a nossa vida

Nossa Senhora de Aparecida Trezentos anos intercessora Unindo os filhos de todos rincões De todas cidades, de todos sertões

Nossa Senhora de Aparecida Trezentos anos intercessora Do trabalho de três pescadores Vieste em socorro de nossas dores

Nossa Senhora de Aparecida Trezentos anos intercessora Atende nossos pedidos de rosas Do santo terço, as preces chorosas

Nossa Senhora de Aparecida Trezentos anos intercessora Nossa Padroeira, de pele morena, Mãe dos pequenos, humilde e serena

Nossa Senhora de Aparecida Trezentos anos intercessora Sob a proteção de teu manto anil Olha por todo o nosso Brasil

Nossa Senhora de Aparecida Trezentos anos intercessora Milagreira, manifestando o Amor Do filho Jesus, nosso Salvador

Nossa Senhora de Aparecida Trezentos anos intercessora Nas vicissitudes de nossa lida Protege-nos com a bênção querida

Nossa Senhora de Aparecida Trezentos anos intercessora Em tua Casa – quantos romeiros! De norte a sul – povo brasileiro!

Nossa Senhora de Aparecida Trezentos anos no país presente Trezentos anos só de graças Trezentos anos com a gente Frei Carlos L. Nunes Corrêa


Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacados

MAIO 01 a 05 03 15 a 17 22 a 24 25 e 26 29 29

Reunião do CAD e SIFEM (Campo Grande); Último dia para a Inscrição no Capítulo das Esteiras da CFFB; Encontro da Frente das Paróquias, Santuários e Centro de Acolhimento (frades de SP, RJ e ES) (Petrópolis - Sagrado); Encontro da Frente das Paróquias, Santuários e Centro de Acolhimento (frades de SC e PR) (Rondinha); Reunião dos Frades da Frente da Comunicação, em Pato Branco; Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (S. João de Meriti); Encontro do Regional de Pato Branco;

JUNHO 05 05 e 06 16 e 17 20 a 22 21 25 a 27 26 e 27

Encontro do Regional de Curitiba (Aldeia); Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Curitibanos); Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense (Petrópolis-Imbariê); Reunião do Definitório Provincial (São Paulo); Reunião do Definitório com os coordenadores dos Regionais (São Paulo); Encontro Regional do Contestado; Encontro Regional do Leste Catarinense (Forquilhinha);

julho 04 a 05 10

Reunião do Conselho do Secretariado de Evangelização (Vila Clementino) Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Balneário Camboriú);

AGOSTO 03 a 06

14 a 18 22 a 25 25 e 26 28 28 e 29

Capítulo das Esteiras da CFFB: por ocasião dos 800 anos do Perdão de Assis, 50 anos da Criação da Conferência da Família Franciscana do Brasil – CFFB; Retiro e reunião do Definitório Provincial (Guaratinguetá); CFMB: encontro de ecônomos (Caldas Novas – GO); Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense (Petrópolis-ITF); Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (Rocinha); Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Lages);

SETEMBRO 01 01 a 09 02 e 03 03 a 10

Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação; Encontro Continental JPIC (Anápolis); Coleta anual pela evangelização na Amazônia; Congresso Continental para a Formação e os Estudos (São Paulo);

04 04 04 e 05 07 a 10 10 a 12 11 a 13 18 18 a 22 25

Dia da Amazônia; Encontro do Regional de Pato Branco; Encontro Regional do Leste Catarinense (Florianópolis); Encontro Interobediencial do Irmãos Leigos Franciscanos (Vila Velha); Encontro Regional do Contestado; Reunião da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento (Agudos); Encontro do Regional de Curitiba (S. Boaventura); CFMB: assembleia (São Luís – MA); Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Gaspar);

OUTUBRO 09 a 13 16 a 19 17 a 19 23 e 24

Curso de Franciscanismo (Rondinha); Encontro Regional do Leste Catarinense (Retiro Anual, Angelina); Reunião do Definitório Provincial (São Paulo); Encontro do Regional do Leste Catarinense (Florianópolis);

NOVEMBRO 02 a 04 13 15 20 28 a 30 21 e 22 29

Retiro do Regional de Curitiba (Rondinha); Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (Niterói); Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense (Taquara - Recreativo); Encontro do Regional do Vale do Itajaí - recreativo (Vila Itoupava); Reunião do Definitório Provincial; Reunião do Conselho do Secretariado de Evangelização (Vila Clementino) Reunião do Definitório com os coordenadores dos Regionais;

DEZEMBRO 01 e 02 02 a 04 04 e 05 04 e 05 13 18 e 19

Celebração dos Jubileus; Encontro do Regional de Curitiba-Recreativo (Caiobá); Encontro do Regional de Pato Branco; Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí – recreativo; Encontro do Regional de Curitiba - recreativo (Caiobá); Encontro Regional do Leste Catarinense (recreativo, Sant Amaro da Imperatriz).

2018 Janeiro

08 15 18 a 21

Profissão dos noviços; Vestição dos noviços; Missões Franciscanas da Juventude (Agudos e Bauru)

JULHO 12 a 15

Encontro Nacional de Juventude (Vila Velha).


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