| NOVEMBRO - 2015 | ANO LXII • No 11 |
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
São Francisco de Assis Especial: As festas na Província
Sumário
Mensagem do Ministro Provincial
FORMAÇÃO PERMANENTE
FORMAÇÃO E ESTUDOS
“Desafios em terras de Missão”.......................................................................................................................................... 603
“Frente da Educação: eventos em Curitiba e tempo forte na USF”, de Frei Nilo Agostini.... 605 Comissão Preparatória se reúne em São Paulo.................................................................................................... 608 2º Novinter tem retiro no Eremitério............................................................................................................................. 609 Entrevista: Frei Jean Ajluni Oliveira vai ser ordenado presbítero no dia 21 de novembro....................................................................................................... 610
ESPECIAL SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Missa Nordestina abre festejos no Convento São Francisco...................................................................... 612 Vila Clementino: Igreja cheia para celebrar o Padroeiro................................................................................. 623 Valongo: São Francisco ganha procissão no bonde......................................................................................... 626 Angola: Família Franciscana celebra São Francisco........................................................................................... 627 Rondinha: São Francisco, o grande missionário de Cristo............................................................................ 628 FAE: Frades de Rondinha celebram a paz e São Francisco........................................................................... 629 Pato Branco celebra o Dia da Paz e de São Francisco...................................................................................... 630 Petrópolis: Tempo solene na Fraternidade............................................................................................................... 631
FRATERNIDADES
Encontro do Regional do Leste Catarinense.......................................................................................................... 632 “Animais no Altar”, novo livro de Frei Clarêncio Neotti.................................................................................... 633 Vila Velha: Festa para a Padroeira da cidade ........................................................................................................... 634 Capítulo e retiro no Regional Espírito Santo........................................................................................................... 636 Florianópolis: Ano Jubilar na Paróquia Santo Antônio.................................................................................... 637 Criada a Fraternidade OFS de Curitibanos................................................................................................................ 638 Fraternidade de Lages convida para celebrar os 100 anos do “Conventinho”............................. 639 Comendador Frei José Alamiro......................................................................................................................................... 640 Finados na poesia de Frei Walter Hugo....................................................................................................................... 640
EVANGELIZAÇÃO
Canarinhos: Congresso Regional dos Meninos Cantores............................................................................. 641 Frei Nilo Agostinho apresenta trabalho em nível nacional......................................................................... 642 Como ajudar a comunicar o projeto do Papa Francisco............................................................................... 643 Poema de Frei Carlos: “Preces ao Deus autor.......................................................................................................... 643 Sefras: Entrevista com Frei José Francisco de C. dos Santos....................................................................... 644 Sefras: um ano no Peri Alto................................................................................................................................................... 645
FIMDA
Missão de Angola: Gratidão e alegria........................................................................................................................... 646 Frei Luiz Iakovaz escreve sobre o encontro de missionários (as)............................................................. 648
DEFINITÓRIO PROVINCIAL
Encontro realizado em São Paulo nos dias 20 e 21 de outubro.............................................................. 649
Franciscanas de Ingolstadt têm novo governo.................................................................................................... 654
CFFB
NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
Livro homenageia D. Paulo Evaristo Arns.................................................................................................................. 655 Falece a mãe de Frei Clauzemir Makximovitz......................................................................................................... 655
AGENDA .................................................................................................................................................................................. 656 Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | ofmimac@franciscanos.org.br
Mensagem
DESAFIOS EM TERRAS DE MISSÃO Caros Confrades e demais irmãs e irmãos, Que o Senhor nos dê a paz e todo o bem! a tarde do dia 14 de setembro, acompanhando nosso Visitador Geral, Frei Nestor I. Schwerz, embarcamos num voo da TAAG de São Paulo, chegando a Luanda na madrugada do dia 15, para iniciar a visita canônica e fraterna à nossa Fundação Franciscana Imaculada Mãe de Deus de Angola. Descansamos naquele dia na Fraternidade Franciscana São Francisco (Bairro do Palanca) e já no dia seguinte, conduzidos por Frei José Antônio dos Santos, chegamos a Malanje, Bairro do Katepa, por onde Frei Nestor iniciou a visita Canônica à FIMDA. Enquanto Frei Nestor cumpria sua missão de Visitador, da minha parte procurei estar atento e fazer-me presente na vida de cada um dos confrades e compreendê-los, a partir de cada fraternidade, nas diversas atividades evangelizadoras e missionárias. Portanto, conduzidos de fraternidade em fraternidade, procuramos ver,
ouvir e sentir no nosso coração o pulsar do coração da Missão em Angola, particularmente a vida fraterna, a formação, as atividades paroquiais, os relatos das missões nas aldeias, as exigências e os desafios na educação (escola do Seminário de Malanje e o tempo da Filosofia),
(‘cacimba’). Na minha missão e peregrinação de ministro, procurei estar atento a tudo: seja no alegre cantar e no fervor do povo angolano cujo país também passa por uma forte recessão econômica, seja na grandeza e na audácia missionária dos nossos confrades, bem como na disponibilidade e no empenho dos confrades de profissão temporária em Viana e no Palanca, na alegria jovial e na expectativa dos postulantes de Quibala e, não podia se diferente, na ansiedade e inquietações próprias da juventude dos nossos seminaristas de Malanje. Pude constatar o quanto Angola passa por grandes transformações: parques industriais, grandes supermercados, inícios de modernos da presença franciscana agronegócios, cresciem mento urbano e o consequente estrangulamento os projetos sociais e a assistência das vias vicinais, comunicação junto às religiosas, em especial e telefonia por toda a parte, etc. as Irmãs Clarissas. Contudo, resta muita coisa a ser Com muita alegria e com a feita na infraestrutura, em espegraça de Deus, mais uma vez cial o saneamento básico como percorri por 15 dias as estradas condição para qualificar a saúde angolanas, ainda em tempo de do povo, a manutenção das vias ‘Cacimbo’ (estação da seca), públicas, a conscientização ecolócom a famosa névoa e fumaça gica, etc.
anos
angola
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Mensagem
São tantos os desafios que, de diferentes modos nos provocam como Irmãos e Menores em terras de missão. Junto às virtudes que enobrecem os irmãos em missão, coexistem também as fragilidades humanas que nos acompanham nas carências e nos desafios próprios desta missão. Oxalá pudéssemos contar urgentemente com cinco ou seis frades a mais lá em Angola! Não para assumir novas frentes, mas para qualificar e fortalecer nossas presenças onde já atuamos (formação, evangelização paroquial/aldeias, santuário, assistência espiritual, etc.). A missão de Angola deve inquietar-nos profundamente aqui no Brasil, deve interpelar-nos no nosso testemunho de minoridade e pobreza, deve questionar-nos no que se refere à autenticidade do nosso testemunho profético-missionário de uma Igreja que realmente está em ‘saída’ e que rompe todas as fronteiras do comodismo e do bem-estar. Ainda temos medo de sermos mais generosos na partilha! Incomoda-me por vezes a disputa pelo ‘poder’ da acomodação, pela ostentação de ‘poder’ que paira nos nossos palácios de vidro, quando lá, frente ao suado adobe e coberturas de zinco, reina mais alegria e solidariedade. Basta contemplar a alegria e gratidão expressa no peito do povo angolano quando se inicia o ofertório: “tambula... tambu-
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la, é entoada festivamente! Sim, toca o coração da gente quando se observa que na pobreza há muita alegria e generosidade em dar e compartilhar, enquanto na riqueza há mais tristeza e dor no partilhar. Pois bem, em Malange visitamos as duas fraternidades: São Francisco, no Katepa (Missão, Paróquia, Seminário, Clarissas e a quase-paróquia de Cangandala) e Fraternidade Monte Alverne (Fraternidade e Seminário). De Malange fomos a Quibala, Fraternidade Santo Antônio (Postulantado e Missão). Lugar lindo e que muito promete! De Quibala nos dirigimos a Viana, Fraternidade Franciscana da Porciúncula, numa viagem cansativa, via litoral. E concluímos nossa jornada em Luanda, Palanca, na Fraternidade São Francisco de Assis e Sede da FIMDA. No Palanca (Kimbo São Francisco) foi celebrada a solene missa de Ação de Graças pelos 25 anos da Missão e a Profissão dos Votos Solenes de Frei João Baptista Canjenjenga. Esta celebração foi o momento da graça e da bênção para fortalecer a FIMDA. O Espírito Santo de Deus congregou todos os Confrades numa digna e bela celebração que fortaleceu a unidade entre Frades, Clarissas, OFS/JUFRA, Paróquia São Lucas, Povo e o ‘Coral Vozes no Deserto’. Sem dúvida alguma,
mesmo na tristeza da internação do Frei José Zanchet, que não pode participar, esta Ação de graças demonstrou, como no Magnificat, que o Todo-Poderoso demostrou coisas grandiosas e dignas na simplicidade, alegria e grandeza de alma do povo angolano. Creio que a pequena mensagem de Frei José Zanchet, enviada do hospital da ilha de Luanda (Clínica Sagrada Esperança) e lida ainda no ofertório, foi a expressão mais feliz de todos quantos construíram esta história de 25 anos de presença em Angola: “Estou triste porque não posso estar presente nesta festa. Mas estou contente porque vocês estão felizes”. No final da celebração, após todos os agradecimentos, aconteceu o grande milagre da patilha onde ninguém saiu com fome. Foi oferecido um grande almoço: uma parte preparada pelas Clarissas (doces e bolos) e outra parte por um grupo de Mamás da OFS, bem do jeito angolano: três pedras, carvão, panelas enormes e variedade de pratos. Todos comeram à saciedade e ainda sobrou. Quase inacreditável! Mas onde a pobreza é compartilhada, há a alegria da fartura. Que o Senhor nos abençoe e nos fortaleça na vocação missionária! Frei Fidêncio Vanboemmel, OfM Ministro Provincial
Formação Permanente
FRENTE DA EDUCAÇÃO: EVENTOS EM CURITIBA E TEMPO FORTE NA USF Frei Nilo Agostini
texto da Frente de Evangelização da Educação que irá ao Capítulo Provincial recebeu importantes sugestões vindas de diversas fraternidades da Província. Foi possível, assim, enriquecê-lo, sendo expressão de uma busca comum ao traçarmos juntos a nossa presença evangelizadora no campo da educação. Em breve, todos terão em mãos este texto junto com os demais documentos do Capítulo; isso se fará ao menos um mês antes do início dos trabalhos capitulares. Vale destacar o trabalho prévio, mais intenso e participativo, realizado pelos frades mais diretamente envolvidos na educação. Chegamos ao final do triênio com alguns destaques, notadamente a realização, em Curitiba,
do V Encontro de Centros de Estudos Franciscanos Superiores Ibero-americanos e do I Congresso Nacional de Educadores Franciscanos. Vale igualmente destacar a realização do “Capítulo Universitário” na USF e a abertura do “Ano Franciscano” também na USF. 1. Eventos em Curitiba Neste ano, a nossa Província será a anfitriã do V Encontro de Centros Franciscanos Superiores Ibero-americanos, um evento em nível de Ordem, que se realizará nos dias 30 de novembro a 03 de dezembro do corrente ano, nas dependências da FAE/Bom Jesus em Curitiba. Conjuntamente, realizar-se-á o I Congresso Nacional de Educadores Franciscanos. A programação conjunta destes | Comunicações | Novembro 2015 |
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Formação Permanente
dos para estes eventos em Curitiba, já que dizem respeito diretamente ao campo da educação. Na ocasião, teremos a oportunidade de nos encontramos para uma reunião da Frente.
dois eventos já foi divulgada e está disponível no site http://www.congressofranciscano.com.br/index. vm. O tema geral destes eventos é o seguinte: “Educação Franciscana: Esperança de uma Nova Humanidade”, refletindo os seguintes eixos temáticos: 1. A educação, hoje, é missão central; 2. Transmitir conhecimento; 3. Transmitir modos de fazer as coisas; 4. Transmitir valores. Estes eixos temáticos buscam refletir indicações que nos vem do Papa Francisco, a partir de suas falas, sobretudo quando se encontrou com os Superiores Gerais, no dia 27 de novembro de 2012. Todos os frades interessados e leigos que compartilham nossa missão na educação estão convidados a participar destes eventos, bastando para isso acessar o site acima indicado e fazer a sua inscrição. Os frades que compõem mais diretamente a Frente de Evangelização da Educação estão convoca-
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2. Tempo forte na USF Em maio de 1976, os primeiros frades chegaram em Bragança Paulista, dando início à presença no que eram as Faculdades Bragantinas. No dia 8 de outubro de 1985, o Conselho Federal da Educação dava o parecer positivo para a criação da Universidade São Francisco. Portanto, no mês de outubro do presente ano, comemoramos os 30 anos do status de Universidade e, em maio de 2016, estaremos celebrando os 40 anos da chegada dos frades em Bragança. O período que vai de outubro deste ano até maio do próximo está merecendo uma atenção especial, sendo marcado com dois eventos, ou seja, a realização do “Capítulo Universitário” e a abertura do “Ano Franciscano”. No dia 23 de setembro, foi lançada a semente do “Capítulo Universitário”. Com o apoio da Reitoria da USF, Frei Raimundo J. de Oliveira Castro, Frei Thiago A. Hayakawa e
Frei Nilo Agostini convocaram os coordenadores de cursos e núcleos de toda a Universidade, bem como todos os encarregados de setores para vivenciarem as datas comemorativas dos 40 anos da presença dos frades e os 30 anos de Universidade. Na ocasião, explicamos o sentido de “capítulo” (Frei Raimundo), explanamos a centralidade da “evangelização” como processo na Ordem (Frei Nilo) e incorporamos todos nas atividades de pensar/assumir juntos a missão da Universidade (Frei Thiago). Deste modo, Comunidade Acadêmica e Administrativa assumiram o compromisso de estudar o texto da Frente de Evangelização da Educação que irá ao Capítulo de 2016. Em todos os campi da USF, este tratou-se de um tempo especial de estudo e reflexão, seguindo a metodologia do nosso Capítulo Provincial: o texto foi entregue para leitura e discussão, com três questões norteadoras. As respostas foram apresentadas no Fórum de cada Campus e a síntese será partilhada na celebração do Capítulo Universitário, no dia 24 de outubro. Para este dia celebrativo, as coordenações e lideranças da USF foram novamente convidadas, juntamente com os Frades, marcando a abertura do “Ano Franciscano”. 3. O “Ano Franciscano” na USF Conforme dito acima, outubro de 1985 e maio de 1976 são datas memoráveis para a história da Universidade São Francisco e, consequentemente, para a nossa presença franciscana no Ensino Superior do Brasil. Desta forma, a celebração histórica do Capítulo Universitário quer ser um marco de abertura do “Ano Franciscano”, que se estenderá durante o ano de 2016.
Formação Permanente
Para tanto, foi criado um selo especial que será impresso em todo material produzido para os eventos da USF. Desejamos, desta maneira, marcar estas comemorações com o selo franciscano, de modo que a nossa Comunidade Acadêmica e Externa celebre conosco a mística franciscana presente na missão de nossa Instituição de Ensino Superior. 4. A Educação, centro de nossas atenções O espírito que nos anima é o de assumir a educação, na perspecti-
va já traçada pela Ordem dos Frades Menores, ou seja, “como uma plataforma fundamental e privilegiada de evangelização” (Ide e ensinai, apresentação). Em comunhão com a Igreja, sentimos soar forte o convite de sermos portadores de esperança em uma nova humanidade, para a qual a educação franciscana é instada a dar a sua colaboração. Este é o momento oportuno para redimensionar a nossa vida e missão, ressignificando e revitalizando nossa presença e atuação na
educação. A educação é um ato de amor. Para isso, os frades e todos os docentes envolvidos nessa missão devem despertar a paixão, utilizando-se dos melhores recursos e ainda colocar-se a caminho junto aos jovens, com muita paciência. É um caminho árduo que exige comprometimento e dedicação. É a hora de refletir sobre o futuro da Universidade. Deve-se constantemente buscar respostas para uma pergunta fundamental: Por que educamos? Educamos em busca de um mundo melhor, na esperança em uma humanidade nova. “É a esperança que brota da sabedoria cristã, que no Ressuscitado nos revela a estatura à qual somos chamados” – Papa Francisco.
30/11 a 03/12/2015 Curitiba/PR
Frei Nilo Agostini Animador da Frente de Evangelização da Educação Colaboraram nesta matéria Frei Frei Thiago A. Hayakawa e Frei Raimundo J. de Oliveira Castro Apoio:
Realização:
CFMB Conferência dos Frades Menores do Brasil
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Formação Permanente
CAPÍTULO 2016: PROSSEGUEM OS TRABALHOS DE PREPARAÇÃO
endo em vista o grande volume de trabalho e a aproximação do Capitulo Provincial, a comissão preparatória se reuniu, em caráter extraordinário, nos dias 21 e 22 de outubro, no Convento São Francisco, em São Paulo. O encontro serviu para sistematizar em maior profundidade as contribuições vindas das fraternidades através de consultas realizadas durante este ano. Foi mais um passo na construção do instrumento de trabalho que, em breve, será disponibilizado. Outra tarefa realizada foi uma nova revisão das diretrizes das Frentes de Evangelização, também trabalhadas a partir da contribuição das bases. No segundo dia, a reunião
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contou com a presença do Visitador Geral, Frei Nestor Schwertz, que também deu sugestões em relação à dinâmica do Capítulo. Frei Nestor relatou que, até agora, tem notado entre os frades um grande interesse em relação ao Capítulo, expresso no grande número de confrades inscritos, em torno de 170. Da parte da comissão, também, se percebe um espírito de compromisso em qualificar a vida e a missão dos frades, notado a partir das oportunas contribuições e sugestões enviadas pelas fraternidades e regionais. Elementos mais pontuais, como a elaboração do programa, a escolha dos moderadores e designação dos demais serviços serão enca-
minhados na próxima reunião, a se realizar nos dias 26 e 27 de novembro. As orações pelo Capítulo já foram aprovadas e logo serão enviadas às fraternidades para que todos comecemos a pedir a iluminação divina para este importante momento de nossa caminhada provincial. O Capítulo 2016 será realizado no Seminário Santo Antônio, em Agudos, SP, entre os dias 18 e 26 de janeiro de 2016. O tema é Evangelizar como Irmãos e Menores e, como lema, “Dei-vos o exemplo para que façais como eu vos fiz” (Jo 13,15). Frei César Külkamp Secretário da Comissão Preparatória do CP 2016
Formação e Estudos
RETIRO NO EREMITÉRIO marca 2º NOVINTER Frei Vitor Amâncio
as idas e vindas da vida, o Senhor nos surpreende e, assim, acabamos por reencontrar pessoas que vão se tornando mais familiares e, naturalmente, somam na construção da nossa história. E não foi diferente no segundo encontro Novinter 2015, que aconteceu entre os dias 20 a 24 de setembro deste ano no Noviciado Franciscano de Rodeio. Novamente, o encontro contou com a participação de quatro congregações: a Ordem dos Frades Menores (OFM), com 17 noviços; os Dehonianos (SCJ), com 4 noviços; os Irmãos Maristas (FMS), também com 4 noviços e a Terceira Ordem
Regular (TOR), com 3 noviços. O encontro foi assessorado pelo Pe. Aroldo Kohler, que abordou o tema Sagrada Escritura, dando-nos a possibilidade de mergulharmos mais a fundo naquilo que é o fundamento da nossa fé. Atravessando o Antigo Testamento, fizemos um intenso estudo analisando o contexto histórico - social, econômico e político - e a ação de Deus na formação de seu povo. Culminando no Novo Testamento, pudemos entender que a trajetória do povo alcançou a sua plenitude em Cristo e tem sua continuidade em cada um de nós, discípulos do tempo presente. As reflexões propostas nos auxiliaram de modo muito concre-
to. Através das partilhas, da convivência e das dinâmicas fomos conduzidos ao amadurecimento da nossa consciência, abrindo os nossos olhos para uma atualização da mensagem bíblica. Tivemos contato com a Lectio Divina e com vários subsídios teóricos, que nos introduziram no estudo exegético de alguns pontos marcantes da história daqueles que nos antecederam na fé. O ápice deste encontro foi a manhã de retiro no Eremitério Beato Frei Egídio, onde dividimos o nosso tempo entre boas conversas, momentos de aventura, reflexões e deserto, findando com a celebração eucarística, onde ofertamos juntos tudo aquilo que somos. | Comunicações | Novembro 2015 |
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ENTREVISTA: Frei Carlos Ajluni Oliveira
“Ser frade franciscano é uma grande alegria!” Por Moacir Beggo
iz um ditado popular que “mineiro não fala, proseia”. Frei Carlos Ajluni Oliveira deu-nos a honra de uma “prosa”, onde falou um pouco de sua vida, de sua caminhada vocacional e de suas expectativas como sacerdote de Cristo. Isso porque Frei Jean será ordenado presbítero pela imposição das mãos do bispo diocesano de Bauru, Dom Caetano Ferrari, no dia 21 de novembro, às 17 horas, no Ginásio Poliesportivo de São José da Barra (MG). Nesta cidade, mora a família de Frei Jean, mas ele nasceu em Passos (MG), no dia 8 de julho de 1979. Vestiu o hábito de São Francisco de Assis no dia 15 de novembro de 2009 e professou solenemente Ordem dos Frades Menores no dia 6 de dezembro de 2014. Frei Jean vai celebrar a sua Primeira Missa no dia 22 de novembro, às 9 horas, na Igreja Matriz de São José. Comunicações - Como se deu seu discernimento vocacional? Frei Jean - Desde muito cedo me interessei pela vida na Igreja, participando de diversas atividades em minha Paróquia no interior de Minas Gerais. Aos poucos fui me sentindo chamado à vida religiosa e, conhecendo a história de São Francisco de Assis, pensava em ser Franciscano, apesar de não conhecer nenhum franciscano pessoalmente. No entanto, o processo de discernimento foi mais longo e complexo do que parecia no início. Comecei a caminhada na Província, a qual foi interrompida
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por alguns anos, até que num certo momento o chamado à vida religiosa franciscana falou mais forte, quando retomei a caminhada e estou muito feliz. Comunicações - Quando resolveu ingressar no seminário? Frei Jean - Eu tenho alguns amigos em Santos (SP) que sabiam do meu desejo de ser franciscano. Num primeiro momento me levaram à Igreja dos Capuchinhos do Embaré, mas lá não me senti acolhido, então me levaram ao Convento Santo Antônio do Valongo. Quem estava lá naquele ano era Frei Rozântimo, que nos acolheu muito bem, eu, minha mãe e meus amigos, nos convidou para tomar café, nos deu
atenção. Foi então que percebi que era “daqueles franciscanos” que eu queria ser. Por indicação dos frades, escrevi a Frei Severino Clasen, então procurador vocacional, que me mandou um cartão postal, que guardo até hoje, com a data do estágio em Agudos. Lembro que fui ver no mapa da escola onde ficava Agudos... Meu padrinho pagou a passagem e fiz minha primeira viagem sozinho. No ano seguinte entrei no Seminário Santo Antônio e iniciei a caminhada na Província. Comunicações - Como foi sua caminhada formativa? Frei Jean - Como já acenei antes, não foi muito linear. Entrei em Agudos em 1995 e fui até o último
Formação e Estudos
ano de Filosofia em 2002, quando em conversa com o Mestre achou-se por bem que eu interrompesse o processo formativo para melhor discernimento vocacional. Fui pra Minas Gerais, e ainda no final daquele ano consegui emprego em São Paulo, primeiro numa loja de um sírio no Brás, e em dezembro de 2002 entrei na Volkswagen do Brasil. Trabalhei lá por alguns anos, como também na Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Neste tempo “fora” pude amadurecer como pessoa e também como cristão. Me lembro que frequentava sempre as Missas, principalmente aos domingos, nas igrejas próximas de onde morava. Durante este tempo, o desejo de ser frade continuou até que, após algumas viagens ao Exterior, quis fazer uma experiência vocacional na Custódia da Terra Santa, experiência esta que foi decisiva para que eu retomasse o contato com a Província da Imaculada, com a qual me identificava mais e onde já havia passado alguns anos na formação. Desde o primeiro momento, a Província foi muito acolhedora na pessoa de seus frades e eu retomei o processo formativo em 2009, fazendo a profissão solene 2014.
geral tento ser muito prático no trato diário, uma das marcas que os anos de trabalho me deixaram. Discursos prolixos me incomodam, apesar de, por vezes, serem necessários. No dia a dia procuro ser discreto e comedido e acredito possuir uma autocrítica bastante acentuada.
Comunicações - Como você se define como pessoa? Frei Jean - Uma pergunta difícil de responder, não é fácil se definir. Digamos que sou bem mineiro, num primeiro momento tímido e mais reservado, mas após um tempo de convivência, ou como dizemos em Minas, ‘depois de pegar confiança’ a timidez dá lugar à conversa e ao riso, gosto muito de contar histórias, uma herança de família?! É comum as pessoas me acharem um tanto quanto sisudo, mas também atribuo isso à timidez e à herança da família materna, mas a convivência faz mudar esta primeira impressão. De modo
Comunicações - Como você define o ministério sacerdotal? Frei Jean - Não pretendo desenvolver aqui uma teologia do sacramento da Ordem. De forma breve, acredito que a própria expressão “ministério sacerdotal” já define a sua natureza. O presbítero, o qual recebeu pela prece da Igreja e a imposição das mãos do seu pastor o segundo grau do sacramento da Ordem, é aquele que a comunidade de fé elegeu e ordenou para servir, em todas as dimensões que são exigidas por este serviço. Será um bom sacerdote quem for um servo bom e fiel, a exemplo de Cristo.
Comunicações - Fale um pouco de sua vida e sua família. Frei Jean - Sou filho do Sr. João e de D. Catarina. Meu pai faleceu no final de 2008 após lutar alguns anos contra o câncer. Tenho um irmão mais velho que se chama Jairo e uma irmã gêmea chamada Jeane. Tenho dois lindos sobrinhos, João e Davi, um de cada irmão. Fui criado numa família muito unida, não somente pais e irmãos, mas também tios, tias e primos. A família de um modo geral sempre foi e ainda é uma forte referência para todos nós. O que atinge positivamente ou negativamente um primo, por exemplo, repercute fortemente em toda família. A família de minha mãe tem um jeito mais quieto e muito amoroso, já a do meu pai é igualmente amorosa, mas ao mesmo tempo festeira e falante. Sou muito grato a Deus pela minha família.
Comunicações - Quais as suas expectativas como presbítero na Igreja do Papa Francisco? Frei Jean - Particularmente não gosto da expressão “Igreja do Papa”, a Igreja é de Cristo e dos fiéis cristãos, sejam eles leigos ou clérigos. Tive a graça de nascer no início do Pontificado de João Paulo II, passar por Bento XVI e agora o Papa Francisco. Tenho uma admiração especial por cada um deles por diversos motivos. O Papa é chamado a presidir a Igreja Universal na caridade, a ser o mais Servo entre os servos, a construir pontes (pontífice), a ser vigário de Cristo, ou seja, ser sinal de Cristo no mundo, vocação de todo batizado. Será um bom Papa quem conseguir em sua vida testemunhar tudo isso. Nesta ótica, acredito que o Papa Francisco certamente será marcante na história da Igreja e contribuirá ainda mais para com a Igreja de Cristo do que já contribuiu nestes poucos anos. O importante é não definir a Igreja ou o ser cristão a partir do Papa, mas juntamente com ele, que está num serviço de grande responsabilidade, procurarmos todos nós viver em plenitude o nosso batismo, sempre a partir do Evangelho. Como presbítero, minha expectativa é essa: ser acima de tudo um cristão autêntico e evangélico. Comunicações - O que diria para um jovem que procura a vida religiosa franciscana? Frei Jean - Se um jovem procura a vida franciscana é porque recebeu de Deus um dom muito precioso. Eu diria a este jovem que, em espírito de gratidão a Deus por um dom tão bonito, o faça multiplicar e restitua estes dons para tudo e todos. No esforço, constância, determinação, perseverança, fidelidade ao chamado e na disposição ao serviço. Ser frade franciscano é uma grande alegria! | Comunicações | Novembro 2015 |
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A festa do Pai Seráfico no Brasil e em Angola
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São Paulo - Convento são Francisco
MISSA NORDESTINA ABRE FESTEJOS
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elo segundo ano consecutivo o Santuário e Convento São Francisco, no centro de São Paulo, fez a abertura dos festejos do padroeiro em grande estilo. As cores e sons do Nordeste do Brasil saudaram São Francisco das Chagas. A Missa Nordestina aconteceu ao meio-dia do sábado, dia 26 de setembro. Animada pela Pastoral do Migrante, a missa foi presidida por Frei Gustavo Medella, e concelebrada por Frei Alvaci Mendes da Luz e por Pe. Valdiran Ferreira dos Santos e contou ainda com a presença de Frei Walter de Carvalho Júnior. Frei Gustavo destacou que era a “festa da saudade”, momento onde os nordestinos podiam celebrar São Francisco das Chagas, mesmo à distância. A chuva que caiu durante a manhã e início da tarde em São Paulo
foi lembrada como um bom sinal. “A chuva quando cai no Nordeste é sinal de bênção!” Em sua homilia, o frade destacou a proximidade dos nordestinos com Jesus Cristo, e consequentemente com São Francisco das Chagas. “Nas chagas de Cristo e de São Francisco, o nordestino enxerga as próprias chagas”, afirmou. E não são poucas as chagas deste povo. A seca, o descaso, a exploração, sair de sua terra para tentar a vida em outro lugar, começar a vida do zero. Por isso, para o nordestino, as feridas não são o ponto final, mas um obstáculo a ser vencido. “O povo nordestino olha além, para eles é muito claro que a história de Jesus não termina na cruz. Jesus caminha com eles, muito próximo”, acrescentou o frade. | Comunicações | Novembro 2015 |
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BÊNÇÃO NO ZOOLÓGICO
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uma manhã agradável de 1º de outubro, Frei Gustavo Medella conduziu a bênção no Zoológico de São Paulo, que foi acompanhada por dezenas de funcionários, entre eles o diretor-presidente, Paulo Magalhães Bressan e Fátima Valente Roberti, diretora administrativa, além de frades e do grupo de vocacionados do Convento São Francisco. A bênção aconteceu no chamado Lago dos Cisnes, onde existe uma imagem de São Francisco de Assis, doada pela Província Franciscana em 1975. Frei Gustavo acolheu os presentes com muita alegria, afirmando que São Francisco de Assis se sentiria bem em estar ali no Zoológico. Ele acrescentou que aquele é um lugar de cuidado com as criaturas e também de estudo. O frade afirmou ainda o importante papel social que o Zoológico exerce: “As causas sociais e ambientais caminham de maneira integrada. O trabalho que vocês realizam é técnico, mas é também social”, disse. Frei Gustavo chamou a atenção dos presentes para o que o Papa Francisco pede na Encíclica Laudato Sí: uma vida em equilíbrio. “Não podemos deixar que a ganância e os interesses econômicos tomem o lugar do cuidado com o meio ambiente”. O frade lembrou ainda o drama que vivem milhares de pessoas refugiadas, no Brasil e no mundo, e destacou a urgência da situação. Para Paulo Bressan, a bênção ao Zoológico é um momento muito esperado por toda a equipe. Ele afir-
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mou que os quase 400 funcionários da fundação ficam ansiosos para a data. “A figura de São Francisco está sempre presente, não importa a denominação religiosa. Isso sentimos aqui, entre os funcionários. Mesmo os que não são católicos esperam por esta data.”
1º DIA DO TRÍDUO
CHAMADO PARA A RECONSTRUÇÃO
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nossa sociedade está em ruínas, exatamente como estava na época de São Francisco de Assis. A constatação partiu do Ministro Provincial Frei Gílson Nunes, da Província São Francisco de Assis dos Frades Menores Conventuais (OFMConv), durante a homilia na celebração eucarística do primeiro dia do Tríduo de São Francisco de Assis, que reuniu, pelo segundo ano consecutivo, os três ramos da Ordem Franciscana – os Frades Menores, os Frades Menores Capuchinhos, os Frades Menores Conventuais – no histórico convento do Largo São Francisco. Para o pregador, é preciso redescobrir a fraternidade universal. “É preciso voltar a esse amor que invadiu o coração de Francisco e o fez en-
tender que, se Deus é o nosso Pai, se Deus é o nosso criador, que nos entrega o seu Filho, que nos comunica o seu Espírito, nós somos a família de Deus”. Além de Frei Gílson, a celebração foi presidida pelo Ministro Provincial dos Capuchinhos (OFMCap), Frei Carlos Silva, da Província Imaculada Conceição de São Paulo, e concelebrada pelo Visitador Geral da Ordem dos Frades Menores (OFM), Frei Nestor Inácio Schwerz, que está em visita canônica na Província da Imaculada, e o Ministro Provincial da Imaculada, Frei Fidêncio Vanboemmel. O guardião do tricentenário convento do Largo São Francisco, Frei Luiz Henrique Aquino, deu as boas vindas à família franciscana e aos fiéis. No 1º dia de outubro, mês dedica| Comunicações | Novembro 2015 |
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do às missões, teve início o Tríduo da Festa de São Francisco. Neste ano, como explicou o comentarista Frei Alvaci Mendes da Luz, um dos frades que está à frente das festividades, o tema geral é: “Vai Francisco e reconstrói a minha igreja” e o tema do dia foi “Francisco e a sociedade”. Partindo da leitura da “Carta aos Fiéis” de São Francisco e do Evangelho, Frei Gílson foi claro ao abordar o tema geral e o do dia. “Francisco começa a reconstruir a ermida do seu próprio coração e, a partir da reconstrução da sua interioridade, dos seus valores, da sua visão, da sua relação com Deus, ele também, como perfume de bom odor que se espalha, vai reconstruindo na ternura, no vigor, na força do Evangelho, a Igreja do Senhor”, explicou o pregador. O caminho é um só, segundo o pregador: “Para o seu mundo e para o mundo de hoje, essa reconstrução significa voltar à origem de tudo. Reconhecermo-nos criaturas e submetermo-nos à vontade de Deus, não como senhores e opressores do mundo, mas como parte integrante de uma imensa vida que nos foi dada por Deus”. “Nós perdemos a capacidade de reconhecer no olhar e no rosto de nossos semelhantes a imagem de Deus.
As pessoas se tornaram números. Importam enquanto contribuem para um sistema político e econômico, enquanto dão lucro, enquanto servem ao deus do capital, à idolatria do dinheiro. Esqueceu-se da dignidade da pessoa humana, da sacralidade da vida”, lamentou. Frei Gílson insistiu: “Nós somos irmãos. Basta de indiferença! Chega de morte, chega de exploração, chega de tratar a vida humana com descaso! Chega desta cultura de morte, de extermínio, de desvalorização da vida”, pediu. “Precisamos, como irmãos, reconstruir em nós a confiança e o abandono à vontade em Deus. Reconstruir a nossa fé e, a partir dela, da alegria de viver, reconstruir nossas relações, com esta nossa casa, com este planeta. Desarmarmos nossos corações, tornarmo-nos também homens e mulheres de paz”, conclamou. No meio de tantas ruínas, de tanta indiferença, existe um olhar de esperança, um olhar de amor, um olhar de ternura, segundo Frei Gílson. “Somos chamados a reconstruir a vida, somos chamados a reconstruir, no amor e na piedade, a Igreja do Senhor. Somos chamados a cuidar”, disse o pregador, lembrando o protagonismo dos franciscanos.
FREI FIDÊNCIO ABRE EXPOSIÇÃO DO JUBILEU DE ANGOLA A bênção final da celebração foi dada no corredor do Convento, onde o Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, abriu a Exposição dos 25 anos da presença franciscana em Angola. Na presença dos frades angolanos, Frei João Alberto Bunga e Frei Ermelindo Bambi, o Ministro Provincial fez uma pequena síntese do início da Missão, quando os primeiros frades missionários encontraram um país em guerra, e falou com alegria da celebração do dia 27 de setembro em Luanda, onde o povo angolano deu uma grande demonstração de fé e esperança. Os frades angolanos, com Frei Odorico Decker tocando a gaita, cantaram “Mamma Muxima” no final da bênção.
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2º DIA DO TRÍDUO
MENDICANTES E BENEDITINOS juntos
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rês Ordens distintas, os Franciscanos, os Dominicanos e os Beneditinos têm muito em comum e, na sexta-feira, 2 de outubro, reuniram-se às 15 horas no Convento São Francisco, no centro de São Paulo, para celebrar o segundo dia do Tríduo em homenagem a São Francisco de Assis, o Padroeiro da Ecologia e o Protetor dos animais. Essas três Ordens têm muitos laços afetivos como explicou Frei Alvaci Mendes da Luz, que fez o convite a essas três tradicionais Ordens religiosas presentes em São Paulo. A Celebração foi presidida por Frei Gustavo Medella, tendo como concelebrantes Frei Alvaci e Frei Miguel da Cruz. Mas a homilia foi lida por Frei André, já que o Prior dos Dominicanos, Frei Márcio A. Couto, OP, teve um imprevisto e não pôde comparecer. O pregador, partindo do Evangelho, lembrou que os pequenos que acolhem o convite de Jesus para seguir o seu exemplo de mansidão e humildade fazem a experiência do amor divino. “Francisco de Assis respondeu a esse chamado: fez-se ‘pequeno’, menor, humilde e pobre, contentando-se apenas com Deus. Descobriu que o Evangelho vivido integralmente torna a criatura nova, uma pessoa ressuscitada, participante da verdadeira humanidade do Filho de Deus, e, portanto, autênticos
servidores dos irmãos, de todos os irmãos”, disse Frei Márcio. O religioso dominicano lembrou que Francisco é apresentado pelos biógrafos como fácil, alegre, poético: é o trovador que salta, canta… “Os seus escritos revelam, ao contrário, uma atitude sofrida, assinalada pela experiência da cruz: ‘Quem não carrega sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo’ (Lc 14,27). Parece evidente que o horizonte humano, como o vê Francisco, está assinalado pelo sofrimento ao qual ninguém pode fugir e que o fiel, seguindo o Senhor crucificado, deve saber assumir”, observou Frei Márcio. Com paciência e humildade, São Francisco soube dar a reposta a esse chamado. “À paciência e à humildade ocorre acrescentar a alegria. A felicidade, que as bem-aventuranças evangélicas projetam para um futuro escatológico, Francisco a colhe como já presente, à mão daqueles que aceitam as exigências e as promessas do Evangelho”, acrescentou o frade dominicano. “As difíceis exigências do morrer para si mesmo, da abertura e do serviço aos irmãos, se transformam, paradoxalmente, na alegria das bem-aventuranças e no pacífico reino das virtudes: pobreza, pureza de coração, paz e, sobretudo, sabedoria, experiência e gosto de Deus. Esta é a antropologia que Francisco propõe”, explicou. | Comunicações | Novembro 2015 |
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3º DIA DO TRÍDUO
OS LEIGOS E SÃO FRANCISCO de assis
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o sábado, 3 de outubro, os leigos franciscanos se uniram para celebrar o encerramento do Tríduo em honra a São Francisco. A OFS – Ordem Franciscana Secular e a Jufra – Juventude Franciscana, animaram o 3º dia do Tríduo no Largo São Francisco, no centro de São Paulo. A celebração foi presidida por outro Francisco – Pe. Francisco das Chagas, da Paróquia São José Operário, no Grajaú, na Diocese de Santo Amaro. No início da celebração, Pe. Francisco agradeceu o convite e disse de sua proximidade com os franciscanos e também com São Francisco de Assis, e brincou: “Eu me chamo Francisco das Chagas. É ou não é uma feliz coincidência?” Vinícius Fabreau, da Jubra, fez a homilia, que teve como tema “Francisco e a natureza”. E o jovem lembrou aos presentes a missão de São Francisco de Assis e o nosso compromisso hoje com esta missão. “São Francisco procurou fazer de sua vida um grande testamento de Paz e de Bem. Entretanto nossa geração não conheceu São Francisco de Assis. Somos aqueles que ouviram falar de um homem que, com tanta simplicidade, soube revolucionar. São Francisco foi
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um homem do Evangelho, esta foi a sua revolução”, afirmou. O jovem disse ainda que os leigos franciscanos são parte deste projeto, que busca o resgate dos valores perdidos, assim como São Francisco em sua época. Para concluir e motivar os presentes, Vinícius apresentou a simbologia da mão, em 3 aspectos, para que os presentes pudessem se comprometer naquilo que ele chamou de “revolução franciscana”. São elas: mãos abertas, simbolizando o cultivo da terra, a reciclagem dos resíduos, o cuidado com o meio ambiente, e agradecimento a Deus por todo o dom da criação; mãos fechadas, simbolizando a negativa para as atitudes de indiferença, a poluição de ruas, rios e mares, a destruição de áreas verdes, o desperdiço dos recursos naturais. E as mãos entrelaçadas, que simbolizam a união para a defesa da Casa Comum, celebrando a fraternidade, a partilha do pão e do conhecimento, a comunidade, acompanhando as políticas públicas a favor do meio ambiente. Para encerrar, Vinícius lembrou um dito popular que diz: “Cristo está sem mãos”. E convocou os presentes a serem hoje as mãos de Cristo, realizando assim a Sua obra no mundo e na sociedade.
TRÂNSITO
OS ÚLTIMOS MOMENTOS DO PAI SERÁFICO
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bonita Igreja de São Francisco das Chagas recebeu na noite deste sábado mais uma edição do Trânsito de São Francisco. É um costume celebrar na noite do dia 3 de outubro a morte do santo de Assis. Neste ano os jovens vocacionados e a Jufra das Chagas foram os encarregados da preparação da celebração, que contou com a adesão de muitos fiéis. Os frades das 3 fraternidades de São Paulo estavam presentes (Vila Clementino, Pari e São Francisco). As Irmãs Franciscanas de Ingolstadt conduziram a celebração, que foi animada por alguns cantos e reflexões. A homilia foi proclamada pela Ir. Inês dos Santos Nascimento, que partilhou com os presentes um texto muito poético, escrito em forma de carta, como se fosse ditada por Clara de Assis. A homilia termina com uma frase que convida a todos a continuar o ideal do santo de Assis. “Mostra-nos que ainda é possível viver a tua pobreza, a tua mística, a fraternidade universal.” Em seguida todos foram convidados a se sentarem para assistir ao momento mais aguardado da noite, a encenação do trânsito. Os jovens vocacionados entraram
na igreja carregando Gabriel Nogueira, que foi o escolhido para representar São Francisco de Assis neste ano. A encenação transcorreu em clima de oração. Frei Alvaci Mendes da Luz narrou os momentos principais, onde Francisco de Assis pede para estar com seus primeiros companheiros para se despedir e deixar seus últimos pedidos para a Ordem. Tudo encenado com muita simplicidade, mas com muita comoção. Os cantos ajudaram os presentes a entrarem no clima de oração. Ao final da celebração todos se saudaram com muita alegria, desejando uma feliz festa de São Francisco de Assis.
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DIA DO PADROEIRO - LARGO SÃO FRANCISCO
“SÃO FRANCISCO É UMA CONVOCAÇÃO, NÃO UMA DEVOÇÃO”
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sta frase categórica foi dita por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito da Arquidiocese de São Paulo, na celebração das 10h30, neste domingo, dia de São Francisco de Assis. A pequena igreja no centro da cidade estava pequena para tantos devotos do santo. Muitos traziam no colo, na coleira, em caixas, os seus bichinhos de estimação. A celebração foi concelebrada pelo pároco, Frei Luiz Henrique de Aquino, por Frei Marcos Hollmann, por Frei José Francisco e por Dom Camilo de Jesus Dantas, OSB, prior do Mosteiro de São Bento, e outros monges beneditinos. Em sua homilia, Dom Cláudio destacou o seguimento de São Francisco de Assis a Jesus Cristo. “De tempos em tempos surgem santos que obedecem fielmente ao Evangelho, Francisco era um destes”. O arcebispo recordou as chagas recebidas por São Francisco, e disse que as chagas são a prova da proximidade do santo com Jesus Cristo. Ele recordou também que, mesmo tantos séculos depois, São Francisco de Assis continua atual, e destacou a eleição do Cardeal Mario Bergoglio e a escolha do nome do novo Papa. Dom Cláudio afirmou que a escolha se deu por 3 razões: pelos pobres, pela paz e pela criação. E discorreu a respeito da postura do Papa Francisco em seu papado, e seus gestos que confirmam as razões da escolha de seu nome. “A Igreja não pode continuar como está, precisamos levar este modo
de vida ao mundo, assim como faz o Papa Francisco”, exclamou. Dom Cláudio convidou os presentes a assumirem um novo modelo de vida. “São Francisco não pode ser apenas uma devoção. São Francisco é uma convocação, uma interpelação. Somos os herdeiros primeiros”, disse aos confrades e aos presentes. O arcebispo emérito também exaltou a ida às periferias, geográficas e existenciais. E recordou o Ano da Misericórdia, proclamado pelo Santo Padre, e pediu uma Igreja mais misericordiosa, que esteja ao lado dos pobres e das pessoas sofridas, e que deixe de lado os códigos e as leis. “Somos mais legalistas que misericordiosos, acreditamos mais nos códigos que na misericórdia, não entendemos a pessoa em sua situação, não nos identificamos com ela”, afirmou. Ele encerrou sua homilia afirmando que o cuidado com a natureza é um chamado urgente, e destacou a importância da encíclica Laudato Sí para os cristãos e não cristãos. Dom Cláudio criticou sobretudo a lógica de lucros em que o mundo vive. “É preciso distribuir e cuidar, não acumular”, concluiu.
VÁRIAS “TRIBOS” NO LARGO O que chamou a atenção neste ano na Festa de S. Francisco foi a quantidade de atividades realizadas, e a diversidade de pessoas e carismas. Devotos de São Francisco, mas também ativistas de ONGs de cuida-
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do animal, grupos de ciclistas, vegetarianos, cristãos e não-cristãos. Todos unidos por uma causa: a atenção ao meio ambiente. O Largo foi o ponto de largada do 1º Passeio Ciclístico pelos Animais, organizado pelo Surya Solidária. Frei David Raimundo Santos deu a bênção aos presentes, e falou sobre a importância da bicicleta como atividade física, mas também como meio de locomoção na cidade, evitando assim a poluição dos carros. O frade ressaltou a importância do respeito na relação entre ciclistas, pedestres e motoristas. Os presentes ouviram a oração atribuída a São Francisco antes de partirem rumo à Casa das Caldeiras, na Barra Funda, onde aconteceria um grande evento pelo Dia Mundial do Animal, celebrado também neste dia 4, além do lançamento do calendário da ONG Celebridade Vira-Lata. Outro grupo que reafirmou a parceria com a Festa de São Francisco foi a ONG Clube dos Vira-Latas. Pelo 2º ano consecutivo o grupo esteve presente na festa, trazendo seu stand com cães para a adoção. Além das adoções, muitos devotos trouxeram seus bichinhos para receber a bênção e participar da celebração e da festa. Foi o caso da Janete, do Jardim Paulista. Ela, sua filha e o Puppy, um yorkshire, estavam participando da festa. Janete conta que em anos anteriores já havia participado da festa, mas com outro cãozinho, que faleceu. Emocionada, ela conta que este
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é o primeiro ano em que Puppy vem receber a bênção de São Francisco. A última missa aconteceu às 15h e foi presidida por Frei Gustavo Medella. A celebração contou ainda com a presença da Pastoral dos Surdos e a missa foi traduzida em libras por Frei Alvaci Mendes da Luz e outros voluntários. Em sua homilia, Frei Gustavo fez memória do Papa Francisco, e do pedido que o Santo Padre faz para a Igreja. “A Igreja como hospital de campanha, a Igreja do sorriso, do abraço, da acolhida, das portas abertas. A Igreja sonhada por Francisco de Assis, a Igreja desejada pelo Papa Francisco, o Francisco de Roma”, afirmou. Frei Gustavo pediu as orações dos presentes para que os franciscanos possam ser fiéis no seguimento a Jesus Cristo e Francisco de Assis, não somente os Frades Menores, mas também os leigos, os Franciscanos Seculares.
São paulo - vila clementino
igreja cheia para celebrar o padroeiro
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as igrejas franciscanas, espalhadas pelo mundo inteiro, hoje é dia solene. O Domingo do Senhor passa por São Francisco de Assis, um dos santos mais queridos pela humanidade e o escolhido pelo Cardeal Jorge Bergoglio para o seu Pontificado. Em São Paulo, a festa começa cedo na Paróquia São Francisco de Assis, na Vila Clementino; no Convento São Francisco, na região central de São Paulo; e na Igreja Santo Antônio do Pari, todas atendidas pelos frades desta Província Franciscana da Imaculada. Os devotos formam filas e filas para receber a bênção dos frades, especialmente os seus animais. Com a igreja lotada na Vila Clementino, na Missa das 9 horas, o comentarista deu o tom franciscano da celebração: “Francisco nos con-
vida a cuidar do próximo e da criação, pois neles se manifestam o amor e o carinho de Deus”. Foi com esse cuidado e carinho que o celebrante, Frei Roberto Ishara, tomou no colo uma criança para carregar a relíquia de São Francisco na procissão de entrada. O frade, muito querido na região pela pastoral que desenvolve nos hospitais e centros de apoios, cobre de atenção as pessoas antes e durante a celebração. Frei Roberto, de forma didática, falou um pouco da vida de São Francisco antes de deixar a sua mensagem. Segundo o frade, na pessoa de Francisco temos o “homem no seu devido lugar”. “O homem que se mantém numa distância respeitosa, em reverência a Deus, ao próximo e à natureza”, frisou. “O coração humano, no mundo de hoje, está fora | Comunicações | Novembro 2015 |
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do lugar, achando-se acima de Deus, acima do próximo e acima da natureza. Está fora do lugar. Por isso é que o homem avança sobre Deus, avança sobre o seu próximo, e avança sobre a natureza”, lamentou o frade. “Francisco é o homem no seu devido lugar, uma pessoa de paz e bem. Que o mundo possa conhecer Francisco de Assis e se colocar no seu devido lugar, considerando Deus como Pai, o próximo como um filho e a natureza como irmã”, convidou. Na Oração da Paz, o celebrante desceu para o meio do povo e, de mãos dadas, pediu que rezassem com ele pela paz. No final da celebração, o celebrante chamou todas as pessoas com seus animais para ficarem juntas a ele e receberem a bênção final. “E Viva São Francisco! Batam palmas para agitar os animais, assim eles também dão viva a São Francisco”, pediu.
DEVOÇÃO Um exemplo de carinho foi o testemunho de Gustavo, filho de Inês Gomes da Silva, que veio participar da celebração. “Conhecemos Frei Roberto na Casa de Apoio (Associação de Apoio à Criança com Câncer - AACC), próxima desta Paróquia. Ele sempre visita os doentes e, como somos devotos de São Francisco, viemos também prestar a nossa homenagem ao santo”, disse Maria Inês, que desde 2006 acompanha o filho
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em tratamento contra um câncer no Hospital das Clínicas. “Gosto de animais e do santo que gosta deles”, disse Gustavo, que também assumiu a promessa feita por sua avó. Maria Inês conta que residem na cidade Ouro Preto d’Oeste, em Rondônia. “A gente vai e volta uma vez a cada seis. E fica o tempo que precisar”, diz a mãe, lembrando que a comunidade que frequentam em Rondônia é dedicada a São Francisco de Assis. A AACC fica na rua Borges Lagoa, 1603, e foi criada em 1984, para dar suporte às famílias. Oferece próteses para pacientes que perderam membros devido à doença, alojamento, alimentação, suporte educacional e tratamento psicológico.
A FESTA NA VILA A grande festa para celebrar o Padroeiro da Paróquia teve início na terça-feira, dia 29 de setembro, com a quermesse na frente da igreja, com salgados e o tradicional bolo de São Francisco, com as medalhinhas abençoadas. Nos dias 1º, 2 e 3 de outubro, foi marcante a presença dos paroquianos nas missas do tríduo preparatório para o dia de São Francisco, que teve como tema “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas! – Casa comum, nossa responsabilidade”. No dia 4, as já tradicionais missas ecológicas aconteceram nos horários de 11h30 e 19h. O pároco Frei Djalmo Fuck, na primeira Missa ecológica, fez um apelo: “Cuidem da criação em todas as suas formas! Cuidem dos animais. Cuidem da irmã água, que faz tanta falta. Cuidem da cidade! Não poluam nossa cidade, não joguem lixo pelas ruas, pelas calçadas. Cuidem do ser humano! Cuidem das pessoas que passam necessidade! Sejam solidários, promovam a vida em todas as suas dimensões!”. Às 15h a Celebração Eucarística contou com a participação das crianças da catequese
da paróquia, seus pais e catequistas, sendo presidida por Frei Euclydes Pezzamiglio, que também refletiu sobre a importância do cuidado com a criação, recordando a Encíclica “Laudado si”, do Papa Francisco, com suas propostas de conscientização e mudanças na relação do ser humano com o meio ambiente, aspecto tão importante frente às questões climáticas, ambientais, sociais, econômicas e políticas que a humanidade vive hoje. Durante todo o dia, centenas de pessoas estiveram na igreja para receber a bênção dada pelos frades, participar da quermesse e visitar a feira de adoção de animais, e, assim, com muita alegria, a grande celebração da festa do padroeiro se estendeu até a noite. Que São Francisco nos inspire na adesão à vocação de autênticos cuidadores da criação em todas as suas formas! Cobertura em São Paulo: Cristy Azevedo, Érika Augusto e Moacir Beggo
Inês Gomes da Silva com o filho Gustavo | Comunicações | Novembro 2015 |
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santos -santuário do valongo
SÃO FRANCISCO GANHA PROCISSÃO NO BONDE
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VALDELICE DOS SANTOS SILVA
om o tema “Louvado sejas, meu Senhor”, a Comunidade do Santuário Santo Antônio do Valongo, em Santos, celebrou com muita alegria a festa de São Francisco de Assis, no dia 4 de outubro. O nosso tema foi inspirado na Carta Encíclica do Papa Francisco “Laudato Sí”. Iniciamos com a missa das 8 horas com a 1ª Eucaristia dos Adultos. Ao término da missa tivemos a abertura da VIII Feira Ecológica com artesanatos em matérias reciclados e praça de alimentação. Às 10 horas foi lançado o livro “Passos do Amor”- a peregrinação de Francisco de Assis a Santiago de Com-
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postela, do jornalista Luiz Carlos Ferraz (foto ao lado). A tradicional bênção dos animais aconteceu de hora em hora. Como tínhamos programado uma procissão com São Francisco no bonde turístico da cidade, apesar da chuva prevalecer, não desanimamos. São Francisco, num belo andor decorado, foi colocado no bonde e muitos fiéis, com seus animaizinhos, fizeram um passeio pelas ruas do centro histórico de Santos, com muitos cantos e muita alegria, palmas e um forte: “Viva São Francisco”, repetido várias vezes. Por fim, a imagem foi carregada para dentro do Santuário, para o encerramento das festividades, onde os fiéis puderam participar da Santa Missa em honra e louvor ao Santo, com seus animais de estimação, presidida por Frei André Becker, reitor do Santuário, concelebrada por Frei Hipólito Martendal e Frei Rozântimo Antunes Costa.
ANGOLA FAMÍLIA FRANCISCANA CELEBRA SÃO FRANCISCO
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FREI CRISÓSTOMO PINTO ÑGALA
ste ano, o dia de São Francisco Assis foi celebrado pela Família Franciscana de Angola com Missa solene e tarde recreativa na Paróquia de Santo Antônio da Cuca, no município do Cazenga, em Luanda. As atividades em prol do dia do Padroeiro da Ecologia começaram com as trezenas, novenas e tríduos, realizados em cada fraternidade até ao dia do Trânsito. Nas reflexões feitas e nos momentos fortes que cada comunidade realizou não faltaram considerações em torno da paz, do cuidado da casa comum e do relativismo de que a sociedade atual está munida. Várias foram as atividades que marcaram esse dia. Primeiramente, além da acolhida calorosa, tudo começou com a solene e santa Missa, que, a convite da Família Franciscana de Angola, cujo coordenador é o Frei
Afonso Teca, OFMCap, foi presidida pelo conselheiro geral dos Frades Capuchinos e animada pela Juventude Franciscana (Jufra) daquela paróquia. Durante a celebração, quinze jovens, depois da caminhada, percebendo que Deus revela grandes coisas aos fracos e pequeninos, foram admitidos à fraternidade da Jufra. O presidente da celebração não deixou de lembrar que ser franciscano, principalmente nos nossos dias, tem um preço. Frades Menores, Frades Menores Capuchinhos, Ordem Terceira Secular e Regular, todos fizeram-se representar. As Irmãs Clarissas ou as Damas Pobres não participaram. E como família reunida ninguém precisou usar crachá. Após a missa, seguiu-se o momento de saciar o irmão corpo, mas antes foi cantado os parabéns pelos dezoito anos de presença da Jufra na Paróquia de Santo Antônio. Cada um com o seu farnel (lanche) de casa, todos sentaram-se e comeram à mesma mesa, como forma típica de viver e acolher a palavra de Deus. Em seguida vivenciou-se uma tarde diferente da de todos os dias. Música, dança, animação, karaokê, teatro, poesia e muito mais contribuíram para que todos se alegrassem e sentissem que estavam realmente em festa. Quem também estava de Festa foi a Diocese de Viana (Luanda), cujo padroeiro é São Francisco de Assis, e nesse dia contou com duas ordenações sacerdotais na Catedral. | Comunicações | Novembro 2015 |
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RONDINHA - FRATERNIDADE SÃO BOAVENTURA SÃO FRANCISCO, O GRANDE MISSIONÁRIO DE CRISTO
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FREI JOSEMBERG C. ARANHA
s festividades de nosso Seráfico pai São Francisco de Assis foram celebradas com a Conferência da Família Franciscana do Brasil (CFFB) do Regional Curitiba. O primeiro dia do tríduo (01/10) aconteceu na Paróquia Bom Jesus dos Perdões, da Ordem dos Frades Menores. A Missa foi presidida pelo Frei Dalvino Munaretto, tendo a graça de celebrar neste dia também o seu aniversário. Lembrou-nos da missionariedade da nossa identidade de vida, recordando Santa Teresinha do Menino Jesus, cuja festa celebrava-se naquele dia. No segundo dia do tríduo (02/10), a CFFB-Curitiba se encontrou na Paróquia Nossa Senhora da Luz, dos Frades Menores Capuchinhos. No último dia do tríduo (03/10), foi celebrada a memória da morte de Francisco, na Comunidade São Francisco de Assis, da Paróquia São João Batista, dos Frades Menores Conventuais. Em sua homilia, Frei Jean, OFMConv, salientou que precisamos de “novos Franciscos e Claras”, pois eles são exemplo de missionários, evangelizadores através da paz, e essa paz é semeada nas pequenas coisas. No dia 4 de outubro, cada família franciscana celebrou o dia de São Francisco em sua fraternidade. Em nosso Convento São Boaventura, os louvores matinais
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foram entoados com a oração solene das laudes. Às 9h00, deu-se início à Santa Missa, presidida pelo guardião da fraternidade Frei João Mannes. Abrindo o mês de oração pelas missões, Frei João disse que “Jesus Cristo é o missionário por excelência, o enviado do Pai, e São Francisco, é o grande missionário anunciador deste Enviado, pois durante toda a sua vida colocou Cristo no centro de sua existência. Não podemos esquecer que comemorarmos São Francisco dentro do mês missionário é relembrar que todos nós somos discípulos e missionários de Jesus Cristo”, acrescentou. Prosseguiu dizendo: “Nosso seráfico pai São Francisco é modelo desse deixar-se modelar pelo Evangelho colocado em prática”. Após a missa nos confraternizamos num clima muito festivo!
FRADES DE RONDINHA CELEBRAM A PAZ E SÃO FRANCISCO
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Frei Alan Leal de Mattos
a terça-feira (06/10), os frades estudantes de Rodinha animaram a Missa Solene de São Francisco, juntamente com à comunidade universitária da FAE- Centro Universitário. A Missa presidida por Frei Nelson Hillesheim teve um caráter festivo e alegre, marcado pela simplicidade tão querida pelo santo de Assis. Frei Nelson destacou que a experiência de Deus em Francisco constitui-se no norte de inspiração para a instituição e agradeceu aos frades estudantes ali presentes por serem a atualização dessa presença e inspiração de Francisco no dia a dia da universidade. Ressaltou a importância do testemunho e da simplicidade dos frades no meio universitário e pediu que nunca deixem de ser essa presença do carisma franciscano. Encerrada a Missa, os frades se dirigiram para o outro campus da FAE, onde estudam os tecnólogos, para animarem o evento “Sou + Paz” promovido todo ano pela FAE, tendo em vista a promoção e cultivo da paz no meio acadêmico bem como social. No evento, Frei Nelson destacou que o intuito primordial deste evento é abrir um espaço de reflexão para os alunos sobre como a comunidade acadêmica tem contribuído e cultivado es-
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ses momentos de paz. Convocou todos os estudantes a pensarem como, no seu dia-a-dia, poderiam ser instrumentos de paz no âmbito acadêmico, familiar e social. Após rezarem a Oração pela Paz, atribuída a São Francisco, e a Oração do Pai Nosso, Frei Nelson deu a bênção da paz a todos os presentes e, por fim, os frades estudantes cantaram os parabéns aos estudantes, pois era o dia do Tecnólogo.
ENCONTRO COM OS JOVENS DO COLÉGIO DIVINA PROVIDÊNCIA Na sexta-feira (09/10), os alunos e professores do Colégio da Divina Providência, localizado no bairro Ahú em Curitiba, acolheram a presença dos frades de Rondinha num en-
contro fraterno, simples e acolhedor. De forma bastante espontânea, os jovens puderam trocar e compartilhar suas experiências e esperanças: Também neste encontro, os frades puderam
explicar e responder a inúmeros questionamentos sobre a forma de vida dos Frades Menores, em referência ao nosso pai São Francisco e de seu legado espiritual que se perpetua até os dias atuais. | Comunicações | Novembro 2015 | 629
Pato Branco celebrou o Dia da Paz e de São Francisco de Assis
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ma série de atividades na praça Getúlio Vargas marcou o Dia de São Francisco de Assis, em ações denominadas de “O Dia da Paz em Pato Branco”. São Francisco de Assis é uma das personalidades mais admiradas pelos fiéis da Igreja Católica, considerado o padroeiro dos animais e da natureza, também conhecido como o “Santo dos pobres”. O santo nasceu em Assis, na Itália em 1182, filho de pais ricos, o jovem Francisco desfrutou da riqueza durante a infância e adolescência, transformando sua vida a partir da juventude, abandonando a riqueza e, como diz a história, “desposando a Senhora Pobreza”. O exemplo de vida de São Francisco foi lembrado nas atividades voltadas para a Paz Social, amor à natureza e aos animais, ao melhor estilo franciscano. Diversas entidades participaram do “Dia da Paz”, com a programação alinhavada com diversas entidades parceiras. A programação que começou às oito horas da manhã, com a caminhada celebrando os dez anos de transformação da UTFPR- Universidade Tecnológica Federal - em Pato Branco. Um dos pontos altos do domingo na praça foi a benção dos
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animais, feita pelo pároco Frei Olivo Marafon, e com a presença dos frades franciscanos da Paróquia São Pedro. Em seguida, as pessoas e seus animais de estimação saíram para a “cãominhada”, assim batizada por ser uma caminhada com os proprietários de animais e seus “pets”, com organização da ONG – Anjos Protetores. A programação ocupou todo o domingo na praça, e na parte da tarde foi também realizada uma apresentação do canil do 3º BPM com animais altamente treinados
para busca e salvamento de pessoas. A realização do “Dia da Paz” foi uma iniciativa da Fundação Cultural Celinauta e da Paróquia São Pedro, através dos frades franciscanos, com a adesão de várias entidades parceiras. Frei Olivo Marafon, pároco da Igreja São Pedro, afirmou que “foi um dia de celebração pela paz, para lembrar as pessoas que nos dias atuais é preciso promover a cultura da paz, do amor e respeito à natureza, aos animais e ao próximo, bem na linha da mensagem de São Francisco De Assis”.
PETRÓPOLIS - PARÓQUIA E CONVENTO DO SAGRADO
TEMPO SOLENE NA FRATERNIDADE
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FREI JULIANO FACHINI
oi com muita alegria que comemoramos a solenidade de nosso Pai São Francisco de Assis, em Petrópolis, na Paróquia e no Convento do Sagrado Coração de Jesus. As festividades em preparação do grande dia do Seráfico Pai se iniciaram no dia 2, sexta-feira, com as vésperas. Podíamos sentir o clima de oração e solenidade no ar e no rosto dos frades. Sempre quando se está chegando perto do dia importante, o “Natal” franciscano, onde, a irmã morte se une a São Francisco e ele nasce eternamente para o Pai, hábitos são usados, sorrisos soltos mais que o normal e os confrades que não são muito hábeis no uso da “veste marrom”, se unem aos demais pela solenidade. Neste dia entoamos os salmos, cântico, hino, preces, em honra de Santa Teresinha do Menino Jesus, grande devota de São Francisco de Assis, chegando a afirmar: “Eis um verdadeiro seguidor de Cristo”.
Na véspera da solenidade, dia 3, celebramos o trânsito de São Francisco de Assis. Os frades cantavam, juntamente com uma especial participação do povo. O coral dos Canarinhos de Petrópolis embelezaram os cânticos com uma afinação única, própria de um coral de alto nível. Logo depois, desfrutamos de um saboroso coquetel servido na fraternidade da Ordem Terceira, Sagrado Coração de Jesus. Estavam presentes os frades, nossos irmãos da OFS e várias irmãs de congregações franciscanas. No grande dia, 4 de outubro, celebramos São Francisco na Missa das dez horas, com a participação significativa do povo e dos frades da fraternidade. Cantos franciscanos, leituras, preces, tudo convergia para o tom de fraternidade. Terminamos as festividades saboreando um delicioso almoço regado a muita alegria e conversa. Que o pai Seráfico, São Francisco de Assis, nos anime sempre mais a viver a fraternidade por ele almejada, fruto de penitência e amor ao Cristo, àquele que se entregou por amor.
RETIRO dos frades estudantes Frei Juliano Fachini
Na proximidade do dia de nosso Pai Seráfico, São Francisco de Assis, os frades estudantes de Teologia pararam um momento, três dias, para refletirem sobre a vida franciscana e fraterna, ajudados por um irmão mais experiente, Frei Neylor Tonin. O retiro teve início na sexta-feira à tarde, dia 25 de setembro. Frei Neylor, com seu jeito sereno e calmo de falar, nos motivou muito. Suas palavras de experiência nos davam luz para percebermos a identidade do frade francisca-
no e sua vocação religiosa. O término do retiro se deu no domingo, dia 27 de setembro, com o almoço. O curto espaço de tempo que tivemos foi-nos de grande valia. Oportunidade de pararmos um pouco, esfriar a cabeça dos afazeres acadêmicos e pastorais e aquecer o coração com orações especiais em vista da grande festa franciscana. Queremos agradecer a Frei Neylor pela ajuda fraterna em nos animar em nossa realidade religiosa, responder às provocações desde nosso irmão mais experiente nos leva a trabalharmos por um amor puro e verdadeiro diante do leproso, com o qual Francisco se identificou. | Comunicações | Novembro 2015 |
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Fraternidades
Encontro do Regional do Leste Catarinense Frei Marcos Prado dos Santos
nosso encontro foi realizado nos dias 14 e 15 de setembro. A Fraternidade Franciscana de Santo Amaro acolheu as demais fraternidades com o almoço no Ho-
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tel Caldas da Imperatriz. Frei Nilton Decker, coordenador do Regional, propôs que iniciássemos o encontro às 14h, com a oração e invocação à Santíssima Trindade, e fizéssemos a reflexão do Evangelho do dia da Solenidade da Santa Cruz.
E prosseguimos com a leitura e discussão da ata, fizemos a partilha das fraternidades, compartilhando nossa fé, preocupações e êxitos da nossa evangelização, como também nossa convivência fraterna. Foram também comunicadas as ausências. Encerramos o primeiro dia do nosso Encontro do Regional com um jantar, às 19h. No dia seguinte, o café da manhã e oração e a reflexão do Evangelho da Solenidade de Nossa Senhora das Dores. Para este segundo dia de encontro, Frei Germano Guesser, Definidor do nosso Regional, fez-nos a proposta de discussão sobre o texto da Comissão Preparatória do Capítulo Provincial 2016. Devido à importância da discussão deste texto, procuramos responder às duas questões propostas: 1. Na linha da Missão, atendendo aos apelos do Papa Francisco para uma Província “em saída”, qual deve ser o grande objetivo (prioridade) da fraternidade provincial no próximo sexênio? 2. Para atingir este objetivo, quais as linhas de ação a serem implantadas? Atendendo à nossa vocação de Frades Menores, a serviço da Igreja e da Província, decidimos trabalhar este texto procurando ter ousadia nas nossas decisões. Frei Nilton Dekcer acolheu as contribuições e propostas que surgiram no encontro. Cada fraternidade ficou responsável por enviar um texto com propostas concretas para ser elaborado um texto único, com o intuito de engradecer a nossa missão e presença nas diversas frentes de evangelização da Província. Às 11h50, Frei Nilton Decker nos deu a bênção final
Fraternidades
“ANIMAIS NO ALTAR”: NOVO LIVRO DE FREI CLARÊNCIO iconografia e simbologia dos animais presentes nas religiões são objetos de um estudo minucioso de Frei Clarêncio Neotti, que originou o livro “Animais no Altar”, que será lançado no dia 12 de novembro, às 19h30, no Salão do Centro de Formação, ao lado do Santuário do Divino Espírito Santo, em Vila Velha (ES). Segundo Frei Clarêncio, este estudo nasceu de um interesse pessoal quando trabalhou durante nove anos na Cúria Geral da Ordem dos Frades Menores, em Roma. Nesse período, de janeiro de 1995 a outubro de 2003, fundou o Departamento de Comunicação e Informação da Ordem. “Nesse tempo tinha os sábados e domingos livres. Eram os dias em que eu visitava prolongadamente as Basílicas trabalhadas por famosos artistas e as velhas igrejas carregadas de história. Para não entrar como turista, pensei em me obrigar a um tipo de estudo que me despertasse a curiosidade”. Entre a flora e da fauna, Frei Clarêncio tirou par ou ímpar e acabou tendo que ficar com a fauna. “Dei-me conta de que os animais simbólicos no Cristianismo eram bem mais numerosos do que pensava”, contou. Não demorou muito, Frei Clarêncio já estava imerso num universo complexo. “Passei a procurar animais nos altares, nos ambões, nos capitéis, no teto e no chão, nos vitrais e portas. Comecei a estudar os mestres daquelas obras e com isso fui forçado a frequentar bibliotecas especializadas em simbologia e linguagem não verbal”, explicou. Segundo o frade, que é jornalista e escritor, nenhuma religião dispensa o símbolo. “A melhor linguagem para expressar o religioso é o símbolo. As gerações que des-
prezaram o símbolo foram pobres em humanidade e socialmente desequilibradas, como o foram o iluminismo e o racionalismo”, observa. Frei Clarêncio explica que limitou sua pesquisa a igrejas, mosteiros e claustros. “O simbolismo dos animais não entrou apenas nas igrejas e na literatura cristã. Entrou também na heráldica, que teve tanta importância na Idade Média, no adorno dos castelos e salas e quartos de dormir, nas armas e brasões, nas bandeiras e não em último lugar nos sobrenomes”, acrescenta o escritor, lembrando que não se ateve somente à iconografia, mas entrou nos textos dos Mestres de espiritualidade, sobretudo dos Santos Padres. O ainda recente interesse pela Ecologia é um retorno a uma lingua-
gem de respeito ao mundo animal, vegetal e mineral, que a sociedade perdeu à medida que dispensou os símbolos. “Se o mundo pós-moderno acordou para a ecologia é porque estava dormindo no sono do seu egocentrismo, que ele pensou onipotente. O equilíbrio humano pressupõe o mundo animal. Não só o homem domestica e adestra o animal, mas o animal domestica e adestra o homem em sua religião, em sua vida social, em sua trajetória do seio de Deus à terra e da terra ao seio de Deus. Que o confirmem a serpente enroscada na Árvore do Bem e do Mal na primeira página do Gênesis e o cordeiro triunfante sobre o dragão acorrentado no abismo na última página do Apocalipse”. Frei Clarêncio ingressou na Ordem Franciscana quando vestiu o hábito de São Francisco de Assis em dezembro de 1954. Ordenou-se padre em 6 de janeiro de 1961. Foi professor de Comunicação e Teologia Pastoral no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis e trabalhou durante 20 anos na Editora Vozes. Atualmente reside e trabalha no Santuário do Divino Espírito Santo, em Vila Velha. | Comunicações | Novembro 2015 |
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Fraternidades
VILA VELHA FESTA PARA A PADROEIRA DA CIDADE FREI JAMES F. GOMES NETO
o dia 7 de outubro de 2015, nossa cidade e nossa paróquia estivem em grande festa. Já é tradição a paróquia Nossa Senhora do Rosário celebrar com uma grande festa religiosa sua padroeira. Porém neste ano, por iniciativa do vereador Joel Rangel, tendo por objetivo valorizar a história de Vila Velha e destacar o grande significado da Igreja Nossa Senhora do Rosário para a cidade de Vila velha e para o estado do Espírito Santo, nossa Senhora do Rosário passou a ser também a Padroeira da Cidade. A nova lei foi assinada no dia 24 de novembro pelo prefeito Rodney Miranda, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, na Prainha, presentes autoridades municipais e religiosas, além de
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grande número de devotos. A Lei da Padroeira, que é de autoria do vereador Joel Rangel, teve o objetivo de valorizar a história de Vila Velha e destacar a necessidade do cuidado para com o patrimônio histórico da cidade. A partir da assinatura, todos nos
preparamos para celebrar nossa padroeira. Foram cinco dias de festa a partir de 2 de outubro. Além das missas, aconteceram um recital de cordas, sarau literário, exposições, barraquinhas com comidas típicas, shows, entre outros.
Fraternidades
No dia da grande festa, todos nos concentramos à frente da gruta de Frei Pedro Palácios e seguimos numa procissão luminosa pelas ruas do centro histórico de Vila Velha até a praça à frente da Igreja do Rosário. O número de fiéis superou as expectativas. O andor com a imagem da santa foi solenemente carregado por marinheiros da Escola de Aprendizes de Marinheiros do Espírito Santo, tendo à frente o seu capelão. A banda de crianças do Colégio São José também teve participação. Ao final, uma missa solene foi celebrada na frente da Igreja, estando presentes também o prefeito Municipal, vereadores, secretários municipais e deputados estaduais. Seguiu-se uma animada festa de barraquinhas e a apresentação da banda do 38º Batalhão de Infantaria do Exército. Sem dúvidas uma festa que o povo de Vila Velha não esquecerá. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Prainha de Vila Velha, é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Sua construção data de 1535. É considerada a Igreja mais antiga do Brasil sempre em atividade. Foi ali que teve início a colonização do Estado do Espírito Santo. | Comunicações | Novembro 2015 |
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CAPÍTULO E RETIRO no REGIONAL dO ES FREI GÍLSON KAMMER
a segunda-feira (28/09), os frades do Regional do Espírito Santo se reuniram na casa de retiro Santa Clara, na Ponta da Fruta, em Vila Velha-ES, para realizar o Capítulo Regional, que foi o encontro para celebrar a fraternidade e também o aniversário natalício de Frei Valdecir Schwambach. Foi feito um bom churrasco para que todos pudessem melhor partilhar as alegrias da vida franciscana e os afazeres na evangelização. No mesmo dia, às 20h, o Definidor Provincial Frei Mário Luiz Tagliari abriu o retiro com uma breve explanação sobre o texto do jesuíta Victor Codina: “A vida religiosa na Igreja de Francisco”, que faz uma leitura dos primeiros passos do Papa Francisco e os compara com a Vida Religiosa. Desse modo, ele aborda a Vida Religiosa que sempre passou pelo perigo de fechar-se em si mesma, de bastar-se. E desde o Concílio Vaticano II a Vida Religiosa busca exercer sua função profética em comunhão com toda a Igreja que quer com o Papa Francisco reformar-se evangelicamente, impulsionada pelo Espírito Santo. O papa não iniciou nenhuma nova Teologia na Igreja, simplesmente promoveu um novo modo de enxergá-la. Pede uma nova sensibilidade pastoral, uma volta ao Evangelho sem acréscimos, uma nova Igreja. Para isso ele centraliza tudo em Cristo. Buscar uma volta ao Evangelho, exortação à sinceridade e à transparência do Evangelho de Jesus Cristo. Para conseguirmos esse novo olhar sobre a Igreja e a fé, o Papa Francisco nos lança dez passos para buscarmos a conversão necessária: 1) Portas abertas, 2) Cheirar a Evangelho, 3) Hospital de campanha, 4) Igreja dos pobres, 5) Sair à rua, 6)
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Diálogo, 7) Sem nostalgia do passado, 8) Cheirar a ovelha, Igreja alegre e jovem e 10) Casa e Povo de Deus. E a conclusão de que a Vida Religiosa e a Igreja precisam ir a Lampedusa mostra que é preciso maior ousadia e que o Evangelho seja maior do que a indiferença que mata pela incapacidade de chorar a morte de tantos irmãos e irmãs. Na terça-feira (29/09), pela Fraternidade Divino Espírito Santo, Frei Clarêncio Neotti falou sobre o Ano da Vida Consagrada e para isso partiu do versículo “Médico, cura-te a ti mesmo” (Lc 4,23). Pois retiro espiritual é justamente isso, cada um buscar conhecer suas mazelas para poder encontrar a cura e a fortaleza. E continuou sua conferência dizendo que Vida Consagrada é muito mais do que emitir votos e usou uma frase de Frei Bruno Linden que em 1941 assim respondeu a uma religiosa: “Uma irmã devotada (com votos) não é mais irmã do que uma irmã que não pronunciou os votos, mas tem seu
coração dentro do coração de Jesus e de dentro do coração de Jesus sai para a catequese, a escola, a família”. Quando nos apegamos a algo, esse apego mata nossa consagração e assim não renunciamos a nós mesmos e temos dificuldade de assumir nossa cruz. Para auxiliar na reflexão pessoal, Frei Clarêncio distribuiu o texto da “Carta Apostólica pelo Ano de Vida Consagrada”, de 21 de novembro de 2014 – Festa da Apresentação de Maria, do Papa Francisco. No período da tarde, em grupos, foi refletido o texto “A Vida Religiosa na Igreja de Francsico” e este dia do retiro terminou com a partilha do texto que havia sido proposto na noite anterior e refletido à tarde. Aproveitando a ocasião do retiro e já refletindo o texto que foi enviado às fraternidades como estudo em preparação ao Capítulo Provincial, foram respondidas pelo Regional as duas perguntas da Comissão Preparatória: 1) Na linha da missão, atendendo aos apelos do Papa para uma Província
Fraternidades
“em saída”, qual deve ser o grande objetivo (prioridade) da Fraternidade Provincial no próximo sexênio? e 2) Para atingir este objetivo, quais as linhas de ação a serem implementadas? Na quarta-feira (30/09), pela Fraternidade Nossa Senhora da Penha, Frei Jeâ Paulo Andrade falou sobre a Misericórdia e para isso partiu da Bula Misericordiae Vultus, sobre a Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, do Papa Francisco. Depois de refletir individualmente sobre o tema da misericórdia, às 15h, houve a partilha das reflexões. Foi vista a etimologia da palavra misericórdia (dar o coração ao necessitado de algo) e somente a partir desta ação de oferecer, ofertar o coração àqueles que
necessitam é poderemos ter compaixão e ter a coragem de confessar-nos junto com a pessoa que confessa. Sobre este tema da misericórdia foi lembrada a “Carta a um Ministro” de São Francisco de Assis: “E nisto quero reconhecer se tu amas o Senhor e a mim, servo dele e teu, se fizeres isto: não haja no mundo irmão que pecar, o quanto puder pecar, que, após ter visto teus olhos, nunca se afaste sem a tua misericórdia, caso buscar misericórdia. Se não buscar misericórdia, pergunta-lhe se quer (obter) misericórdia” (9-10). Isso mostra que este tema do Papa Francisco também não é novidade, mas que é uma atitude desejada por muitos e há muito tempo e que atualmente anda um pouco esquecida por todos, especialmente
pela Igreja. Este dia do retiro terminou com uma simples mas bonita e devota celebração penitencial. No último dia do retiro (01/10), pela Fraternidade Santo Antônio de Santana Galvão, Frei Pedro do Nascimento Viana expôs brevemente a Encíclica Laudato Sí, do Papa Francisco, e distribuiu um pequeno texto para auxiliar no entendimento e meditação. Após um momento de reflexão pessoal, às 11h, dentro da oração de conclusão do retiro anual, todos partilharam seus pensamentos. E para continuar a reflexão nas fraternidades foi distribuído o texto do jornalista Mauro Lopes: “Até onde vai o Papa?” O almoço deste dia marcou o encerramento.
Florianópolis
Ano Jubilar da Paróquia Santo Antônio Com o decreto de 30 de agosto de 1966, de Dom Afonso Niehues, foi criada a Paróquia Santo Antônio de Florianópolis, desmembrada da Paróquia da Catedral. Em preparação ao jubileu áureo, abrimos solenemente no dia 30 de agosto de 2015, na missa das 10h, o Ano Jubilar de nossa Paróquia. Após a solene liturgia, tivemos o nosso Almoço Franciscano. Antes da bênção final, foram apresentados alguns slides mostrando as “raízes profundas” de nossa história franciscana na Grande Florianópolis até os dados coletados no primeiro ano após a criação da paróquia. Este trabalho de resgate histórico vem sendo continuado a cada informativo semanal, apresentando personagens e fatos que marcaram a história deste convento e da paróquia; o que pode ser acompanhado também
através do especial sobre o Ano Jubilar no site da paróquia. A programação elaborada pelo Conselho Pastoral Paroquial contemplou no mês de setembro um ciclo de formação bíblica e a Semana Franciscana até a data de nosso Pai Seráfico; em outubro e novembro, o tríduo e a novena de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão e de Santa Catarina de Alexandria; em fevereiro e março, um ciclo de formação missionária e a Celebração Penitencial; em abril, no domingo da Misericórdia, o envio dos missionários, que deverão visitar os condomínios e prédios que compõem o território da paróquia, preparando assim a Trezena de Santo Antônio de 2016, momento central dos festejos jubilares, juntamente com a missa solene do jubileu no dia 30 de agosto de 2016. | Comunicações | Novembro 2015 |
Fraternidades
CRIADA A FRATERNIDADE OFS DE CURITIBANOS LEILA DENISE JUTTEL HACK
o dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, na Igreja Matriz da Paróquia Imaculada Conceição de Curitibanos (SC), foi erigida a Fraternidade Nossa Senhora dos Anjos (ou Santa Maria dos Anjos) durante a Missa da manhã. O pároco Frei Valdir Nunes Ribeiro foi nomeado delegado do Ministro Provincial, Frei Fidêncio
Vanboemmel para esta celebração, que contou ainda com o Ministro Regional da OFS, Ademir Freitas, e as irmãs Marina Ferrari e Janete P. Freitas, testemunhas. Frei Valdir também dará assistência à nova fraternidade. Na oportunidade renovaram a profissão quatro membros da Fraternidade e fizeram a profissão doze irmãos. Na mesma manhã, nas dependências do Colégio Santa Teresinha, realizou-se o Capítulo Eletivo, onde
foi eleito Ministro da Fraternidade Fábio Augusto Fogaça. Para o Conselho local foram eleitos os irmãos: Victor Hugo Ferretti Cheffer (vice-ministro), Leila Denise Juttel Hack (secretária), Mônica Medeiros Gatner (tesouraria) e Raquel Stanguerlin Fogaça (formação). Após o Capítulo, o almoço de confraternização reuniu no mesmo Colégio os franciscanos da comunidade (frades, freiras e irmãos) e os refugiados haitianos que residem na cidade.
VISITADOR geral CONHECE A OBRA DE FREI AFONSO O Coral Arautos do Grande Rei foi fundado em 1972, por Frei Afonso Vicente Vogel. A primeira apresentação foi na Missa de Natal. Desde então, o Coral não parou mais de fazer apresentações na cidade, no Estado e no país. O Visitador Geral Frei Nestor Inácio Schwerz esteve na sede do Arautos do Grande Rei no dia 7 de outubro último, que fica no lado esquerdo da matriz de Xaxim, SC. A sede foi inaugurada em 1981 e depois foi ampliada.
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Fraternidades
FRATERNIDADE DE LAGES CONVIDA PARA CELEBRAR 100 ANOS DO “CONVENTINHO” Prezados confrades, Paz e Bem! ela presente estamos convidando a todos os frades, de um modo especial aos que exerceram parte do seu ministério aqui na fraternidade Patrocínio de São José, em Lages, para participarem da comemoração dos 100 anos do nosso convento. No dia 21 de dezembro de 1915 foi lançada a “pedra fundamental”... E no dia 20 de dezembro deste ano acontecerá a festa jubilar com missa às 9h30 na igreja do Convento Franciscano. Ao meio dia, almoço no salão paroquial da Paróquia N. Sra. Aparecida do Navio. A festa será precedida por uma novena de preparação, a iniciar-se no dia 11 de dezembro do corrente ano.
Outra boa oportunidade... O Senhor Raimundo Colombo, nosso governador, nascido em Lages, já contatou as firmas Concrejato (obras especiais) e Ornato Arquitetura Ltda, para executarem a restauração de nosso convento, que é o nosso sonho, bem como dos frades que por aqui passaram nos últimos anos. Desde 2013 vínhamos enviando ofícios ao Sr. Governador e outras autoridades. A Concrejato é a mesma empresa que está fazendo o restauro da igreja São Francisco, de Florianópolis. Duas profissionais da empresa estiveram aqui fazendo uma avaliação e ficaram encantadas com o bom estado de conservação do prédio. Estiveram também
conosco outros dois arquitetos fazendo medições e cálculos, enfim, uma avaliação geral do prédio. Os mesmos também fizeram uma avaliação altamente positiva sobre a beleza e boa conservação de nosso “Conventinho”, como gostam de chamar nosso convento, agora centenário e patrimônio do Estado. Reconhecemos que a data da festa do Jubileu não é apropriada devido ao tempo do Advento e próximo ao Natal. Entretanto ficaríamos honrados e felizes com sua presença. Pedimos confirmar sua presença até 12 de dezembro. Atenciosamente, Paz e Bem! Frei José Lino, Frei Tarcísio, Frei José Boeing, Frei Vilmar e Frei Ervino | Comunicações | Novembro 2015 |
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Fraternidades
COMENDADOR FREI josé ALAMIRO o dia 9 de outubro, em solenidade presidida pelo vereador Reimont Luiz Otoni, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Frei José Alamiro Andrade Silva foi condecorado com a medalha e o diploma São Francisco de Assis, em reconhecimento pelo seu trabalho de divulgação da Carta Encíclica Laudato Sí do Papa Francisco, levando ao conhecimento dos leigos a importância do cuidado com a nossa casa comum. Tal importância dessa divulgação gerou um evento sediado no Convento de Santo Antônio, onde aconteceram palestras e debates mediados por Frei José Alamiro sobre a Laudato Sí. Durante seu discurso, Frei José Alamiro convidou os demais agraciados e convidados a rezarem, de mãos dadas, a Oração da Paz, atribuída a São Francisco de Assis.
NÃO MORRER Hoje é o Dia dos que Vivem lá na glória, Daqui se foram a levar as suas flores, Flores que nunca murcham, têm a sua história, Feita de amor, e aliviaram muitas dores... Aqui no amor, o Além se planta, que beleza!... O Além feliz que Deus dará aos filhos seus, Aqui se vive o que será no Céu, certeza, Oferta santa pra o louvor do nosso Deus!... A partir desse Dia dos que Vivem, então, Nós aprendemos cada dia essa lição: - Planta-se agora o Prêmio do nosso amanhã!... Assim, eu vivo meu “Finados”: - Não morrer!... Com amor, plantando o que amanhã eu vou colher, Creio em Jesus que prometeu a mim um dia!... 640
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Frei Walter Hugo de Almeida
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CONGRESSO REGIONAL De MENINOS CANTORES urante quatro dias (15 a 18/10), Petrópolis foi cenário do XIV Congresso Regional dos Meninos Cantores do Brasil. Graças ao sucesso alcançado, o evento já é considerado um marco no movimento do Canto Coral. Ensaios, concertos gratuitos e muita troca de experiências fizeram parte da rotina de 275 meninos e meninas, vindos de quatro Estados. De acordo com o presidente da Federação Nacional de Meninos Cantores e maestro do Coral dos Canarinhos, Marco Aurélio Lischt, o resultado foi melhor que o esperado. “O evento foi um grande sucesso. Os coros vieram com uma garra, uma vontade de cantar que foram impressionantes. Além disso, todos os depoimentos dos coralistas, maestros e outros integrantes dos Corais foram muito positivos. Esperamos que este evento fortaleça a Federação e que possamos realizar outros Congressos tão bem sucedidos quanto este”, destacou. O público lotou os dois concertos realizados na Igreja do Sagrado Coração de Jesus e no Theatro D. Pedro, e a missa de encerramento, realizada na Catedral São Pedro de Alcântara. A organização do evento foi elogiada pelo maestro Eric Lana, do Coral dos Canarinhos de Itabirito (MG). “O Congresso teve o nível de excelência do Coral dos Canarinhos de Petrópolis, que é uma inspiração para o nosso trabalho”, ressaltou. Para a maestrina do Coral dos Meninos Cantores de Campinas (SP), Natália Larangeira, a participação no Congresso foi a realização de um sonho – para ela e para os demais integrantes. “Todos os coros estão com
altíssimo nível e vieram com muita vontade de cantar”, disse. A alegria também foi sentida pelos coralistas, como foi o caso de Ana Clara Drumond, do Coral Mosteiro de São Bento (DF). “O evento foi muito legal! Conheci pessoas novas, vozes novas... O Congresso me permitiu ampliar os horizontes e a minha visão, ainda mais sendo realizado em uma cidade histórica, como Petrópolis”, disse. O Congresso Regional dos Meninos Cantores contou com três
apresentações. A abertura foi realizada na quinta-feira (15), com um concerto dos anfitriões – os Corais dos meninos e das meninas dos Canarinhos. Na sexta-feira (16), o Concerto de Gala reuniu todos os Corais, que fizeram apresentações individuais e depois se uniram. O encerramento foi no sábado (17), com uma missa na Catedral São Pedro de Alcântara, celebrada pelo bispo diocesano Dom Gregório Paixão, que reuniu todas as vozes.
Coral das Meninas completa 27 anos O Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis completou, no dia 21 de outubro, 27 anos de fundação. Em quase três décadas, o grupo atua no fortalecimento do movimento do Canto Coral na cidade. A data será comemorada com uma missa no próximo domingo (25), às 10h, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. “É uma honra participar desta história e estar à frente do Coral das Me-
ninas do Canarinhos”, afirma o maestro Marcelo Vizani. “As meninas atingiram uma maturidade musical muito grande, se saindo bem mesmo em obras muito complexas. Os exemplos mais latentes foram o lançamento do CD Memorare, em 2014, e a apresentação de abertura do Congresso Regional dos Meninos Cantores, na última quinta-feira”, afirmou o maestro e ex-Canarinho, que está à frente do grupo desde 1998. | Comunicações | Novembro 2015 |
Evangelização
FREI NILO AGOSTINI APRESENTA TRABALHO EM NÍVEL NACIONAL
comitê científico da ANPED (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação) selecionou um trabalho de Frei Nilo Agostini para ser apresentado na 37ª Reunião Nacional, realizada entre os dias 4 e 8 de outubro na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Florianópolis. Participaram cerca de 2.200 inscritos. A pesquisa produzida por Frei Nilo e selecionada para ser apresentada tem como título: “Prática da liberdade e ação libertadora: A arte de educar em Paulo Freire”. Esta pesquisa é fruto de seu trabalho junto ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da USF
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(Universidade São Francisco). Associado da Anped, Frei Nilo integra o Grupo de Trabalho “Filosofia da Educação” (GT 17) desta entidade nacional. A pesquisa apresentada investigou a arte de educar em Paulo Freire a partir das suas publicações Educação como prática da liberdade, Pedagogia do Oprimido e Conscientização: Teoria e prática da libertação, alicerces de seu pensamento, tendo em conta igualmente estudos sobre a obra e outros escritos deste educador brasileiro. Na primeira fase do pensamento freireano, é forte a incidência dos pensadores católicos franceses como Jacques Maritain e Emmanuel
Mounier. O trabalho identificou em Paulo Freire a capacidade de buscar, em meio a receituários tradicionais, uma nova pedagogia, buscando vencer os desafios do analfabetismo. O pedagogo brasileiro abriu caminhos para a educação ora como prática da liberdade, ora como ação libertadora. Eixo central de suas concepções, a conscientização apresenta-se, por sua vez, como práxis, processo de ação e reflexão da mulher e do homem na história, no despertar de sua consciência crítica, na afirmação como sujeitos comprometidos com a transformação desta mesma história. Nos dias desta Reunião Nacional, Florianópolis transformou-se na Casa da Educação brasileira, abrindo as portas para mais de 2 mil inscritos, vindos dos quatro cantos do país, com seus sotaques os mais diversos. Os espaços da UFSC receberam sessões de conversas, minicursos e sessões especiais, com mais de 600 trabalhos apresentados e 270 convidados entre pesquisadores nacionais e internacionais, de países como Argentina, Chile, Peru, Inglaterra e França. Este é um areópago desafiador no qual também vale a pena fazer-se presente.
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COMO AJUDAR A COMUNICAR O PROJETO DO PAPA FRANCISCO? 3º Encontro Provincial da Frente de Evangelização da Comunicação, de 10 a 11 de novembro, em Rondinha, terá a assessoria do jornalista Mauro Lopes, que vai abordar a comunicação e o Pontificado do Papa Francisco. Lopes é jornalista de formação e se destacou durante a cobertura da Assembleia Constituinte (1987/88) pelo jornal “Folha de S. Paulo”, onde trabalhou por sete anos como repórter especial, redator e secretário da Redação em Brasília. Ele também é conhecido pelo seu trabalho de comentarista na TV Gazeta e na Rádio Eldorado. No seu terceiro encontro anual, a Frente de Comunicação vem promovendo a aproximação e o espírito de comunhão e interajuda entre as diferentes frentes no campo da comunicação. Ninguém melhor do que o jornalista Mauro para dar
esta ajuda. Ele é católico, ministro extraordinário da Comunhão e da Palavra em Comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, e acredita que a comunicação e o relacionamento podem mudar as pessoas e as organizações. No dia 10, às 8h30, ele abordará o tema “Até onde irá o Papa Francisco?” e, às 13h30, voltará ao tema: “Como podemos colaborar para comunicar o projeto do Papa Francisco”, tendo na sequência perguntas e troca de ideias. Segundo o coordenador da Frente, Frei Gustavo Medella, Mauro Lopes reúne características importantes que podem ajudar a Província em sua caminhada na Comunicação. “Trata-se de alguém que tem grande experiência profissional da área, aliada a uma fé atuante e engajada na Igreja, além de ser um entusiasta do Papa Francisco. Tenho certeza de que ele vai
nos provocar com propriedade a tornarmos nossa comunicação mais cristã e franciscana”, aposta Frei Gustavo.
PRECE AO DEUS AUTOR Eu te agradeço, meu bom Senhor, E me coloco em tua presença As criaturas todas nos falam de Ti O sol, o mar, as estrelas, A terra, o fogo e o vento És louvado em cada pensamento Nas maravilhas da criação
Eu te agradeço, meu bom Senhor, E me coloco em tua presença Pedimos pela natureza esquecida Pela paz entre todos os cantos Protege-nos com a graça benfazeja Egoísta o humano assim não seja O apelo a todos: conversão
Eu te agradeço, meu bom Senhor, E me coloco em tua presença Se queremos viver uma vida Renovada na fé e no amor Que aconteça na Casa o cuidado E nosso Irmão, o universo criado, Seja o começo de nova Nação
Eu te agradeço, meu bom Senhor, E me coloco em tua presença Hoje vemos um mundo descrente Onde a morte atinge a tudo O irmão pobre e sofrido quer vida, A Mãe terra, de tanto ferida, Suplica por paz, proteção
Eu te agradeço, meu bom Senhor, E me coloco em tua presença Iluminaste Francisco e Clara Que em santa pobreza viveram Que na bela natureza tão vista Encontraram os vestígios do Artista Testemunhas de alta Vocação
Eu te agradeço, meu bom Senhor, E me coloco em tua presença Hoje e sempre, amém. Frei Carlos Nunes Corrêa | Comunicações | Novembro 2015 |
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ENTREVISTA: FREI JOSÉ FRANCISCO DE C. DOS SANTOS
OS 15 ANOS DO SEFRAS E A NOVA ‘CARA’ DA ENTIDADE Fabiano Viana e Raphael Sanz
ara entender melhor a conjuntura em que se deu o surgimento do Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), o diretor-presidente da instituição, Frei José Francisco de Cássia dos Santos, fala um pouco dessa história neste ano em que se comemoram os 15 anos da rede de solidariedade franciscana. Comunicações - O sr. sempre destaca o papel da Constituição de 1988 na dinâmica entre a sociedade e o trabalho social para explicar o surgimento do Sefras. Como se dá esse processo? Frei José Francisco: A Constituição de 1988 trouxe a questão social como política pública, coisa que não era realidade na sociedade brasileira até então. Nessa relação, a Igreja foi mudada de lugar, porque não foi ela que decidiu por idealização própria a pensar a nova configuração social. Mas, foi a sociedade, através da nova Constituição que pensou sobre si própria e a Igreja teve de se adaptar, passando a ser menos relevante, já que anteriormente, as Igrejas eram grandes protagonistas no socorro dos pobres e no trabalho social. Então, quando o Estado assume a questão da política pública, a Igreja mudou de lugar na sociedade. E essa relação entre instituição religiosa e política pública começa a criar uma necessidade, sobretudo, na igreja, de perceber quem ela é, onde ela está e
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qual o seu novo papel nessa configuração. Comunicações - Em que medida essa mudança de lugar da Igreja, sua reflexão e análise dos novos tempos, desdobrou-se na criação do Sefras? Frei José Francisco: O Sefras não nasce em uma assembleia dos frades onde se poderia ter pensado: ‘Agora vamos organizar o trabalho social, com tudo aquilo que é possível e fazê-lo profissionalmente”. Não! Foi a política pública que forçou o trabalho dos frades a se adequar à nova realidade. E então, os serviços já existentes, foram se organizando, criando uma rede e se adequando. Comunicações - Que planos de trabalhos, a partir de 2006, puderam ser agregados na instituição? Frei José Francisco: Em 2009, fizemos a proposta de um novo plano de trabalho do Sefras. O primeiro (plano de trabalho) foi construído em 2006 e contemplava apenas o triênio
por vir – porque a Província, enquanto instituição religiosa, construía seu plano de trabalho para cada três anos. Só que em 2009, foi feita a proposta que esse plano fosse construído para seis anos. Então, em 2009, foi discutida a apresentação institucional e as várias demandas de organização. Chegamos à conclusão de que administrar uma instituição religiosa e ao mesmo tempo toda a demanda do trabalho social estava ficando inviável. Ou seja, todos eram registrados no mesmo CNPJ da Província Franciscana. A instituição religiosa que mantinha a nossa vida de frade também mantinha os trabalhos sociais. O problema é que a prestação de contas ficava muito complexa. Toda a nossa vida pessoal ia para a prestação de contas junto do trabalho social, afinal, você presta contas de toda a instituição e isso poderia gerar uma contradição: “Vocês prestam trabalho social, filantropia, mas, e esse tanto de gente que vive dentro dessa instituição?” Então, na
Evangelização
Assembleia de 2009, encaminhou-se que o Sefras deveria ter uma personalidade jurídica própria. Comunicações - E como foi o desenrolar desta construção? Quais foram os principais desafios? Frei José Francisco: Quando a nova diretoria do Sefras foi nomeada, no começo de 2010, veio com a missão de construir uma nova instituição e fazer o desmembramento institucional em relação à Província. Assim, começamos o processo de construção institucional. Foi um desafio porque os trabalhos não paravam de funcionar enquanto fazíamos esse processo. O trabalho social ia caminhando no mesmo ritmo, e, paralelamente, íamos formatando uma nova instituição. A forma de entender a administração do trabalho, diminuir a relação hierarquizada e deixá-la mais socializada e mais humanizada, foi e está sendo o desafio destes últimos anos do Sefras. Formatar essa instituição e dar a ela uma identidade. Quando transferimos o trabalho todo para a nova instituição jurídica do Sefras, veio tudo vinculado à Província, mas, não vieram as certificações, que são muito importantes. A Província tinha todas as certificações, que davam toda a proteção, credibilidade e respaldo legal para o trabalho
UM ANO NO PERI ALTO
social. Com o CNPJ novo, o Estado não transfere as certificações de um CNPJ para outro. Então, nós começamos a “peregrinação” de construir todas as certificações do zero. Comunicações - Qual é o principal dilema do Sefras e dos seus trabalhadores? Frei José Francisco: Uma reflexão que tem muito a ver com o trabalho é a questão de vivermos no mundo capitalista, sem sermos “profetas do capitalismo”. É um desafio muito grande. Temos diversas críticas a respeito do sistema. Diagnosticamos que a sociedade capitalista é a geradora dos problemas com os quais trabalhamos. Por outro lado, vivemos numa estrutura capitalista e temos que saber administrar a instituição dentro dessa contradição, porque não temos uma legislação fora do capitalismo, nem uma economia, nem a política, vivem fora do capitalismo. É preciso aprender a conviver nessa contradição. Comunicações - Desde 2014, o Sefras passa por um processo de redimensionamento. Como se concretiza isso? Frei José Francisco: A nossa Ordem Franciscana, desde 2011, começou a convocar os frades a pensar sobre o mundo. A palavra tirada desDentre as celebrações que estão marcando os 15 anos do Sefras, uma delas é o 1º aniversário da presença da Solidariedade Franciscana no bairro do Jardim Peri Alto, Zona Norte de São Paulo. Inaugurado no final de julho de 2014, o Centro de Convivência para Crianças e Adolescentes – CCA Sefras Peri objetivou descentralizar – literalmente – a presença do Sefras na cidade de São Paulo, expandindo-a do centro para a periferia.
sa questão foi “redimensionamento”. A primeira ação no Sefras dessa “convocação” foi de descentralizar os recursos financeiros, vindos da fraternidade provincial dos frades que financia o trabalho social, para serem distribuídos em outras cidades, onde o Sefras está presente, e não só em São Paulo. A segunda descentralização é a da presença do Sefras, não só em São Paulo. Colocamos como objetivo investir em outros locais, como o Rio de Janeiro e Curitiba, que são grandes cidades e possuem demandas e também onde não temos visibilidade nenhuma. Um terceiro momento de descentralização foi o de tirar o foco da região central de São Paulo. Quando fomos para o Jardim Peri Alto, em 2014, extremo da Zona Norte, ou para o novo serviço no bairro do Jaçanã, foram ações que fazem parte do nosso projeto de estarmos mais presentes nas periferias da cidade. Comunicações - Que tipo de cenário atual desafia o trabalho social de uma instituição franciscana? Frei José Francisco: Em nosso cenário, com a redução das garantias de direitos diante da crise econômica, da redução da maioridade penal, o encarceramento em massa, a criminalização dos grupos de minoria – só citando as questões –, a crise política, a Lava-jato, toda a questão do processo de corrupção, a baixa compreensão do que é a república, o esvaziamento do princípio de cidadania, esses movimentos fortes de reação da sociedade de consumo, além do avanço do Estado Islâmico, a crise política na Europa, sobretudo, na Grécia, a forte polarização fundamentalista… levando em consideração tudo isso, me pergunto: o que nos desafia hoje em dia enquanto trabalho social? E o que nós podemos fazer? | Comunicações | Novembro 2015 |
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FIMDA
ANGOLA: 25 ANOS
GRATIDÃO E ALEGRIA FREI CRISÓSTOMO ÑGALA
ma histórica Celebração Eucarística no dia 27 de setembro, às 9h30, marcou as festividades pelos 25 anos da presença da Ordem dos Frades Menores em Angola, Palanca, sede da missão. O Ministro Provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, Frei Fidêncio Vanboemmel, presidiu a celebração, tendo como concelebrantes o presidente da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, Frei José Antônio dos Santos, o Visitador Geral, Frei Nestor Inácio Schwerz. Concelebraram também vários confrades, residentes em Angola e outros vindos do Brasil; Frades Menores Capuchinhos; Padres Salesianos e Verbitas. Além dos consagrados e consagradas de diversas instituições religiosas, fizeram-se presentes também postulantes, seminaristas, membros da OFS, Jufra, simpatizantes do carisma, peregrinos (romeiros) do Quimbo São Francisco, entre tanta outra gente que vibra com o carisma franciscano, de diversos pontos do país e de fora. O povo angolano deu uma demonstração de fé e alegria em quase
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três horas de celebração. “Liturgicamente, foi uma das mais belas celebrações de que participei”, confessou o Ministro Provincial, elogiando especialmente o Coral Masculino “Vozes do Deserto”. O ponto central da celebração foi a profissão solene de Frei João Baptista Canjenjenga, o terceiro frade angolano da Fundação. Foi emocionante ver o povo cantando “Senhor, que queres que eu faça”, quando o professando entrou no Quimbo de São Francisco acompanhado pelo irmão e pela irmã para dar, aos 29 anos, o seu ‘sim’ definitivo a Deus na Ordem Franciscana. Ele é o penúltimo filho de treze do casal José Pedro Canjenjenga (de saudosa memória) e Ana Maria Chitula, que não pôde participar deste momento do filho por questão de doença. Segundo Frei Fidêncio, foi um momento expressivo para a Província da Imaculada, mas principalmente para a Fundação e para o povo angolano pelo tom vocacional ao longo da celebração. “Isso nos encheu de esperança e gratidão. Estamos colhendo os frutos que semeamos quando respondemos afirmativamente ao Ministro Geral, Frei John Vaughn, através de sua carta ‘A África nos chama’. E estamos tam-
bém, de certa forma, resgatando a presença da Ordem dos Frades Menores, que no passado já esteve em Angola, tanto é que o primeiro bispo angolano foi um franciscano”, contou o Ministro Provincial. O Ministro Provincial, dirigindo-se a Frei João Batista, manifestou sua gratidão por ele definitivamente dar resposta àquela ansiedade de viver o carisma franciscano e lembrou as palavras do nosso Seráfico Pai quando chegava um irmão: “Você é homem de valor, companheiro importante e irmão necessário”. O Ministro ainda advertiu que as mãos do consagrado a Deus devem ser mãos que ajudam a construir o Reino de Deus, que se estendem, que abençoam e santificam; os seus pés devem ser de profeta que caminha ao encontro das pessoas; enfim, se Deus nos deu olhos é também para ter olhar de misericórdia, um olhar da bondade, da alegria e compaixão. Foi um domingo sem precedentes na história da Igreja em Angola, pois Deus, a partir de uma sementinha lançada em setembro de 1990, por três frades, fez crescer o que é hoje esse carisma na terra da Palanca Negra. Como disse Frei José Antônio
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dos Santos, ao longo dos tempos “buscamos amadurecer isso e amadurecer um pouco mais. Isso quer dizer que os compromissos assumidos com a evangelização, a formação e a promoção da dignidade humana estão firmemente arraigados àquilo que somos e que queremos ser. Hoje, nossa presença quer ajudar, através do carisma deixado por São Francisco de Assis, as pessoas que nos procuram a se encontrarem com elas mesmas, com Cristo e assim, transcenderem e encontrarem sentido para suas próprias vidas”. O que conseguimos – continuou - até hoje é fruto de um esforço conjunto, de todos os confrades, benfeitores e demais apaixonados pelo modo franciscano de viver o Evangelho.” Frei Fidêncio visitou, em companhia de Frei Nestor, todas as Fraterni-
dades da Missão e retornou ao Brasil cheio de esperança. “Podemos olhar com muita esperança para um futuro promissor da Fundação Imaculada Mãe de Deus com as vocações abundantes. De nossa parte, em contrapartida, exige-se mais atenção, cuidado e responsabilidade. Como Ministro Provincial, agradeço a Deus pelos confrades, mas suplico também pela presença generosa de mais missionários em Angola”, pediu Frei Fidêncio. Na ação de graças, foi lida a mensagem do Ministro Geral, Frei Michael Anthony Perry, dizendo que se unia com alegria e gratidão à celebração dos 25 anos da Fundação Missionária em Angola. “Esperamos que todo o empenho dos missionários continue produzindo frutos para o Reino de Deus e que o povo angolano tenha sempre mais vida em abundância. Que a reconstrução depois da guerra seja principalmente de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária”, escreveu o Ministro Geral. Frei Nestor disse que pode constatar nessa visita o quanto o esforço empreendido pela Província Imaculada está produzindo seus frutos. “Como é claro, nós queremos agradecer sobretudo a Deus porque toda essa obra sua, a nossa vocação franciscana e cristã são dons de Deus. Eu quero reforçar também que a Província Franciscana da Imaculada respondeu generosamente ao convite do Ministro Geral da época, John Vaughn, fez com a carta “a África nos chama”. Então, essa Província decidiu escolher Angola para ser o lugar de resposta ao convite do Ministro Geral. Já se passaram vinte e cinco anos, por isso em nome da Ordem quero aqui agradecer por todos os esforços dessa Província da Imaculada. Eu sei o que significa sacrifício de recursos materiais e humanos. Por isso, agradeço a todos os frades que aqui já passaram e os que aqui estão fazendo tudo para o bem
dessa missão”, disse Frei Nestor. “Também pude constatar que há fragilidade, mas isso também faz parte da lógica da encarnação do filho de Deus que passou pela fragilidade humana. Deus é capaz de fazer grandes coisas no meio da nossa pequenez e fragilidade. E esta profissão solene, hoje, de Frei João Baptista é muito simbólica porque a essa altura a Fundação está num momento decisivo. Um grupo grande, muitos jovens angolanos estão no caminho da formação. Agora já são três com votos perpétuos. Vários já são professos temporários, outros estão no noviciado, postulantado e aspirantado. Então é um momento decisivo para reforçar bem o processo formativo e também as presenças de evangelização que também estão acontecendo nesta terra. Agradeço a todo povo angolano que é generoso, aberto, que acolhe a todos e à palavra de Deus e dá também todo apoio à presença franciscana”, completou Frei Nestor. No uso da palavra, o presidente da FIMDA preveniu: “Temos a consciência de que isso significa um comprometimento a mais a todos nós que aqui estamos e que fazemos parte desses vinte e cinco anos. Percebemos, portanto, que é um forte dever de todos os atores que fazem, historicamente, parte dessa fundação no lapso do tempo de sua existência que deem testemunho eficaz no projeto de Cristo. Agradecemos a todos que de variadas formas contribuíram para a organização desse evento. Peço a Deus que abençoe a todos ligados a essa FIMDA, que Deus os fortaleça, os estimule a continuarem na nossa luta diária”. Bem no final da celebração, o neoprofesso agradeceu à Ordem, à Província, à FIMDA e aos seus familiares por terem acreditado, apostado e investido na sua formação. | Comunicações | Novembro 2015 |
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Artigo
FIMDA
Missionárias e missionários brasileiros FREI LUIZ IAKOVACZ
o dia 12 de outubro, no feriado de Nossa Senhora Aparecida, os brasileiros que estão na Diocese de Malanje (Angola), reuniram-se para uma celebração e confraternização. Rezamos muito pelo Brasil para que supere esta nefasta turbulência política e econômica; sentimo-nos solidários com os desabrigados das enchentes, dos desempregados. Durante a confraternização, o Brasil esteve presente no coração de cada um de nós e, juntos, fizemos a roda da saudade, nos cantos e fatos pitorescos. São 23 os missionários que trabalham nesta Diocese, sendo a maioria mulheres, como mostra a foto. Chegando em casa, por curiosidade e por ser o Mês Missionário, fui buscar, na internet, números. Surpreendeu-me, não só por aquilo que buscava (números), mas também pelos questionamentos. Em 2013, o Centro de Estudos do Cristianismo Global, com sede nos Estados Unidos, publicou o resultado de uma pesquisa, iniciada em 2010. O Brasil é o segundo país que tem maior número de missionários (34.000), superado, apenas e com muita folga, pelos Estados Unidos com 127.000. Seguem, depois, Espanha e França com 21.000 cada, e Itália, 20.000. A soma total, assim diz a pesquisa, chega ao significativo número de 400.000, dos quais a maioria é de mulheres. Por outro lado, se os Estados Unidos é o país que mais “exporta” missionários, é, também, aquele que mais recebe. São 32.400, inclusive, grande parte de brasileiros, dentre eles, bom número dos 2.329 missionários católicos. Nos comentários que a internet
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exibe, um leitor questionou: o que significa “ser missionário no país mais rico do mundo e o que mais envia?! O que fazem lá?! Onde e com que grupo operam”?! Sem dúvida, são perguntas pertinentes. O teólogo brasileiro Roberto Zwetsch é professor das Faculdades EST – instituição vinculada à Rede Sinodal de Educação de São Leopoldo (RS) e ao MEC – e diz, expressamente, que se deve acompanhar essa “onda missionária”, refletindo sobre “quem os envia, com que objetivos e qual é a teologia que fundamenta suas ações”. Por fim, não pode faltar o Evangelho! Jesus, ao enviar os apóstolos, orienta-os a colocarem toda sua segurança unicamente em Deus, e desapegados de tudo o que é material (cf. Lc 10,1-12). Só assim, o missionário assumirá, com mais serenidade, o “duro e paciente trabalho de inserção na cultura local”, condição indispensável para a implantação e expansão do Reino de Deus.
Notícias de Malanje A festa de São Francisco teve, como ponto alto, o “Trânsito”, cantado em latim e a vozes, pelos seminaristas. O agrado foi geral. No dia 04, houve celebrações próprias sobre a data e confraternizações. O ano escolar está terminando em todas as escolas angolanas. Até o final de novembro, provas e exames deverão estar prontos e entregues à Secretaria. Os primeiros dias de dezembro são reservados às avaliações e conselho de classe. A Escola do Seminário tem alunos internos e externos. Iniciamos o ano com 65 seminaristas e 58 perseveraram até o fim. Sete (07) frades compõem as duas fraternidades de Malanje (Seminário e Paróquia). Quatro (04) deles têm direito a férias, no Brasil: Laurindo, Jefferson, Alisson e Cristiano que, após seu ano de estágio, retornará ao Brasil para os estudos teológicos, em Petrópolis. Boas férias, feliz regresso! Ao Frei Cristiano, obrigado pelo seu eficiente trabalho e bons estudos!
Definitório
Notícias DO
Definitório Provincial São Paulo, 20 e 21 de outubro de 2015 a manhã do dia 20 de outubro, às 8 horas, na capela da Fraternidade Imaculada Conceição, em São Paulo, os Definidores celebraram a missa de abertura de mais um Definitório Provincial. Frei Fidêncio lembrou tratar-se da penúltima reunião do sexênio e destacou a atitude de vigilância para acolher o Senhor que sempre quer celebrar conosco seu banquete, a vigilância e espera para acolher o Senhor que sempre passa pela nossa vida e pelos nossos trabalhos. Desta vez, Frei Germano foi o moderador das sessões do Definitório, cujos assuntos tratados são os que seguem abaixo. 1) Capítulo Provincial – frades
inscritos (até 22/10) Nos próximos dias, Frei Nestor enviará carta de convocação aos frades inscritos ao Capítulo. Se, por algum motivo, alguém entre os convocados não puder participar do Capítulo deverá justificar a ausência ao Visitador Geral e Presidente do Capítulo até o dia 20 de novembro.
Por dever de ofício 1. Adriano Freixo Pinto 2. Alex Sandro Ciarnoscki 3. Alexandre Magno C. da Silva 4. André Becker 5. Antônio Michels 6. Carlos José Körber 7. Carlos Pierezan 8. César Külkamp 9. Cláudio César B. de Siqueira 10. Diego Atalino de Melo 11. Djalmo Fuck 12. Estêvão Ottenbreit 13. Evandro Balestrin 14. Evaristo Pascoal Spengler 15. Fábio Cesar Gomes 16. Fernando de Araújo Lima 17. Fidêncio Vanboemmel 18. Gentil de Lima Branco 19. Germano Guesser 20. Gilberto Marcos S. Piscitelli 21. Gilmar José da Silva 22. Gilson Kammer 23. Ivo Müller 24. Jacir Antonio Zolet 25. James Ferreira Gomes Neto 26. James Luiz Girardi
João Fernandes Reinert 28. João Francisco da Silva 29. João Mannes 30. João Pereira da Silva 31. João Pereira Lopes 32. Jorge Lazaro de Souza 33. Jorge Luiz Maoski 34. Jorge Paulo Schiavini 35. José Antonio dos Santos 36. José Francisco de C. Santos 37. José Idair Ferreira Augusto 38. José Lino Lückmann 39. José Pereira 40. Ladí Antoniazzi 41. Leonir Ansolin 42. Luiz Carlos Peloso 43. Luiz Colossi 44. Luiz Henrique F. Aquino 45. Marcos Antonio de Andrade 46. Marcos Estevam de Melo 47. Mário Luiz Tagliari 48. Nelson José Hillesheim 49. Nestor Schwerz 50. Nilton Decker 51. Nolvi Dalla Costa 52. Olivo Marafon 53. Pascoal Fusinato 54. Paulo Roberto Pereira 27.
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Definitório Paulo Roberto S. Santana 56. Pedro da Silva 57. Roberto Carlos Nunes 58. Rubens Luiz de Carvalho 59. Samuel Ferreira de Lima 60. Sandro Roberto da Costa 61. Sílvio Trindade Werlingue 62. Valdecir Schwambach 63. Valdir Laurentino 64. Valdir Nunes Ribeiro 65. Vanderley Grassi 66. Vilmar Alves da Silva 67. Walter de Carvalho Júnior 68. Walter Ferreira Junior 69. Wilson Batista Simão 70. Marx Rodrigues dos Reis 55.
Outros confrades professos solenes inscritos 71. Alexandre Rohling 72. Ademir Sanquetti 73. Adriano Dias do Nascimento 74. Airton da Rosa Oliveira 75. Alan Maia de França Victor 76. Albino Francisco Gabriel 77. Aldeci de Arcízio Miranda 78. Alessandro D. Nascimento 79. Alex César Rodrigues 80. Alex Ferreira da Silva 81. Alisson Luís Zanetti 82. Almir Ribeiro Guimarães 83. Aloísio Bernardo Hellmann 84. Aloísio P. Agost. dos Santos 85. Alvaci Mendes da Luz 86. Anacleto Luiz Gapski 87. André Gurzynski 88. Angelo José Luiz 89. Angelo Vanazzi 90. Antonio Joaquim Pinto 91. Antônio Marcos Koneski
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Antônio Moser 93. Arlindo Oliveira Campos 94. Benedito G. G. Gonçalves 95. Camilo Donizeti Evaristo Martins 96. Carlos Alberto Branco Araújo 97. Cássio Vieira de Lima 98. Celso Francisco de Faria 99. Clarêncio Neotti 100. Claudino Gilz 101. Clauzemir Makximovitz 102. Conrado Lindmeier 103. Daniel Dellandrea 104. David Raimundo Santos 105. Douglas Paulo Machado 106. Edvaldo Batista Soares 107. Elói Dionísio Piva 108. Fabiano Kessin 109. Fabio José Gomes 110. Felipe Gabriel Alves 111. Florival Mariano de Toledo 112. Francisco Morás 113. Gabriel Vargas Dias Alves 114. Gaudêncio Sens 115. Genildo Provin 116. Guido Moacir Scheidt 117. Guido Scottini 118. Gustavo Wayand Medella 119. Hans Heinrich Stapel 120. Hipólito Martendal 121. Ivair Bueno de Carvalho 122. Jairo Ferrandin 123. Jeâ Paulo Andrade 124. Jean Carlos Ajluni Oliveira 125. Jeferson Palandi Broca 126. João Maria dos Santos 127. Joarez Foresti 128. José Ariovaldo da Silva 129. José Henrique Rosa 130. José Luiz Alves 131. Laerte de Farias dos Santos 92.
Lauro Both 133. Lauro Formigoni 134. Leandro Costa Santos 135. Leonardo Pinto dos Santos 136. Ludovico Garmus 137. Luiz Flavio Adami Loureiro 138. Marco Antonio dos Santos 139. Marcos Vinícius Motta Lopes 140. Mário José Knapik 141. Mário Stein 142. Miguel da Cruz 143. Moacir Antonio Longo 144. Moiséis Beserra de Lima 145. Neuri Francisco Reinisch 146. Neylor José Tonin 147. Nilo Agostini 148. Paulijacson P. de Moura 149. Paulo Cesar M. Borges 150. Pedro de Oliveira Rodrigues 151. Pedro do Nascimento Viana 152. Pedro Engel 153. Rafael Teixeira do Nascimento 154. Raimundo J. de O. Castro 155. Reinaldo Meneses da Silva 156. René Zarpelon 157. Robson Luiz Scudela 158. Ronaldo Fiuza Lima 159. Rozântimo Antunes Costa 160. Sérgio Calixto 161. Sérgio Silas Damasceno 162. Thiago Alexandre Hayakawa 163. Valdevino Negherbon 164. Vanderlei da Silva Neves 165. Virgílio Pereira de Souza 166. Vitalino Piaia 167. Vitorio Mazzuco Filho 168. Volney José Berkenbrock 169. Vunibaldo Vogel 170. Walter Hugo de Almeida 132.
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2) Estágio missionário
Os confrades que terminam o curso de Filosofia em Rondinha neste ano e que farão o estágio missionário no próximo ano, são: Frei Jhones Lucas Martins, Frei Jefferson Max Nunes Maciel e Frei Junior Mendes (na FIMDA, em Angola); Frei Josemberg C. Aranha e Frei Roger Strapazzon (no Sefras); Frei Alan Leal de Mattos (em Vila Velha – Penha e Colatina). 3) Ordenação diaconal -
aprovação Lidos diversos pareceres, o Definitório aprovou que sejam ordenados diáconos: Frei Edvaldo Batista Soares e Frei Robson Luiz Scudela, ambos concluindo o quarto ano de Teologia. Frei Edvaldo pertence à Fraternidade do Sagrado, em Petrópolis, e Frei Robson, à Fraternidade de Campos Elíseos, Duque de Caxias. 4) Renovação de votos -
aprovação Foram aprovados para renovar os votos os confrades: De Rondinha 1. Alan Leal de Mattos 2. Angelo Fernandes Baratella 3. Augusto Luiz Gabriel 4. David Belineli 5. Douglas da Silva 6. Erick de Araújo Lazaro 7. Gabriel Dellandrea 8. Heberti Senra Inácio 9. Hugo Câmara dos Santos
10. Jefferson Max Nunes Maciel 11. Jhones Lucas Martins 12. Josemberg Cardozo Aranha 13. Junior Mendes 14. Leandro Ferreira Silva 15. Marcos Schwengber 16. Raoni Freitas da Silva 17. Roger Strapazzon 18. Samuel Santos Soares 19. Zilmar Augusto Moreira de Oliveira (Obs.: Frei Eduardo Augusto Schiehl, do 3º ano de Filosofia, pediu para deixar a Província. Ele pretende continuar na Ordem e fará contato com a Custódia do Sagrado Coração de Jesus, à qual gostaria de incorporarse).
5) Confrades enfermos
1. Frei Anselmo J. München, que pertence à Fraternidade do Seminário de Ituporanga, e que se encontra em Curitiba, sob cuidados médicos, apresenta problemas respiratórios e faz uso de cilindro de oxigênio. Ele irá para Bragança Paulista para continuação do tratamento, uma vez que necessita de cuidados mais intensos. 2. Frei José Zanchet, após bem sucedida cirurgia para retirada de um tumor no cérebro, encontra-se no Convento São Francisco, em São Paulo, e passará por sessões de radioterapia. Mostra-se disposto e animado. 6) FIMDA – relatório de viagem
Do Tempo da Teologia 1. José Raimundo de Souza 2. Ermelindo Francisco Bambi (FIMDA) 3. João Alberto Bunga (FIMDA) 4. Roberto Aparecido Pereira 5. Gaudêncio C. C. Numa (FIMDA) 6. José Morais Cambolo (FIMDA) (Obs.: Frei Juliano Fachini Fernandes deixará a Ordem) A renovação dos votos em Petrópolis será no dia 6 de dezembro, às 10h00, durante a primeira Celebração Eucarística na capela do ITF, após a recém-concluída reforma. Já em Rondinha, a renovação será na Missa dos Jubileus, no dia 8 de dezembro.
Frei Fidêncio apresentou ao Definitório um detalhado relatório sobre sua visita - juntamente com Frei Nestor Schwerz, Frei João Baptista Canjenjenga, Frei Plínio Gande, Frei João Mannes e Frei José Francisco -, aos confrades de Angola, no mês de setembro, por ocasião do jubileu de 25 anos de presença franciscana (OFM) naquele país. Descreveu como encontrou os confrades e cada fraternidade da FIMDA. Expôs o que encanta e o que é motivo de preocupação. Elencou inclusive alguns desafios e dificuldades que precisam ser enfrentadas. Estas referem-se sobretudo a questões ligadas à vida fraterna, à administração, ao excesso de trabalho, ao quadro deficiente de for| Comunicações | Novembro 2015 |
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Definitório madores, ao trabalho pastoral, entre outras. Por fim, Frei Fidêncio relatou a impressionante e comovente celebração do Jubileu, no dia 27 de setembro. Já antes do Capítulo Provincial, os Definidores têm conversado com confrades que se dispõem a ir para a missão. Frei Valdemiro Wastchuk começará a encaminhar a documentação necessária. 7) Retorno ao processo forma-
tivo – Renan Nilson Bacca O Definitório acatou a orientação do Conselho de Formação e Estudos da Província, e aprovou que Renan Nilson Bacca, de 25 anos, natural de Gaspar, e que por alguns meses fez o Noviciado em 2013, retorne ao Postulantado em 2016.
Economato fará uma avaliação mais técnica para apresentar aos capitulares. 10) FAVs e Aspirantado em 2016
- mudança Também seguindo o parecer do Conselho de Formação e Estudos, o Definitório aprovou que o tempo de Aspirantado seja realizado no primeiro semestre de 2016, e que no segundo semestre haja a experiência das FAVs. Isso porque, sendo o Capítulo Provincial em janeiro próximo, as fraternidades da Província estarão devidamente recompostas, com o cumprimento das transferências, somente em fevereiro ou março, realidade que encurtaria demais o tempo de convivência nas FAVs. 11) Seminário de Ituporanga –
8) Licenças – término
Frei João Maria dos Santos e Frei Antônio Marcos Koneski, licenciados, se dispõem a retornar para a vida provincial a partir do Congresso Capitular. 9) Cuidados aos frades enfermos
Aumenta o número de frades idosos e doentes que passam a necessitar de cuidados permanentes de cuidadores e enfermeiros. O Definitório pensa que o assunto deverá ser tratado no Capítulo Provincial. Pensa-se em adequar outra casa da Província, provavelmente mais ao Sul, para a acolhida dos frades enfermos. O
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questão do Ensino Médio O Definitório deu aval para que se leve adiante o que foi estudado e sugerido pelo Conselho de Formação e Estudos quanto ao Seminário de Ituporanga. Dada a perspectiva de um número muito reduzido de seminaristas para o próximo ano, a Província não manterá mais a escola própria de Ensino Médio. Este encaminhamento se faz urgente devido ao prazo mínimo para entrega de documento que pede o fechamento de uma escola (90 dias). Frei Fidêncio, Frei César Külkamp e os formadores de Ituporanga se reuniram e já traçaram um plano para o fe-
chamento. Uma especialista em legislação de ensino, da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, está auxiliando no processo, juntamente com a Dra. Luana Giosa, da Sede Provincial. Os seminaristas, seus pais e os professores já foram notificados. Isto é necessário para encaminhar o pedido de fechamento. Os frades têm esclarecido à comunidade local que o Seminário não está sendo fechado, nem a modalidade de Ensino Médio. Os seminaristas que já estão no Seminário (2º e 3º anos) e os que pretendem nele ingressar no próximo ano, serão matriculados em escola pública de Ituporanga, a ser escolhida. Será importante manter no Seminário professores para aulas de reforço em língua portuguesa e de música. 12) Formação e Estudos – indi-
cação de frades O Definitório apreciou a indicação, feita pelo Conselho de Formação e Estudos -, de frades para serem formadores e para fazerem estudos de especialização. As indicações deverão ser levadas em conta pelo próximo corpo de Definidores, por ocasião do Congresso Capitular. 13) Estágio em Caballococha
Frei Roberto Aparecido Pereira, do 2º ano de Teologia, em Petrópolis, fará experiência missionária em Caballococha, na Amazônia peruana,
Definitório no mês de janeiro próximo, conforme programação já divulgada na Província. 14) Encontro com Frei Atílio
Dalla Costa Battistuz No dia 21, às 16h00, os Definidores encontraram-se com Frei Atílio. Ele explicou que atualmente reside em Caballococha, no Peru, juntamente com um irmão leigo colombiano, que é agrônomo e psicólogo. A cidade, que fica a 2 horas da fronteira do Brasil, pertence ao Vicariato São José do Amazonas, cuja extensão é de 150 mil km2. Há 16 paróquias ou postos de missão, dos quais 6 estão sem sacerdotes. Há cerca de 15 etnias diferentes de indígenas. Só na paróquia de Caballococha há 65 comunidades ribeirinhas. A Igreja encontra-se bastante abandonada, pela ausência de assistência. As comunidades passam muitos anos sem a visita de missionários. Há religiosas que ajudam na pastoral e outros trabalhos. Os desafios são muito grandes. Há tudo por fazer: catequese, formação de ministros, etc. Há falta de missionários. Em termos sociais, há o problema do tráfico de pessoas, cultivo de coca, economia informal e ilegal, a prostituição, problemas comuns a regiões de fronteira. Quanto ao projeto do mês missionário em janeiro, Frei Atílio lembrou que em 2016 trata-se da 4ª edição. O pri-
meiro foi em Requena, com 13 frades (da Argentina, Chile, Equador, Brasil). O segundo foi em Aucaio, aberto também para leigos: participaram 26 pessoas. O terceiro foi em Orellana, com a participação de 29 missionários/as. Em 2016, será em Caballococha. A avaliação da experiência missionária foi sempre muito positiva. Quando vem ao Brasil, Frei Atílio entra em contato com escolas e diversas instituições, procurando conscientizar sobre a questão ambiental que envolve não somente o presente da Amazônia, mas também o presente e o futuro das várias regiões do planeta que dependem do equilíbrio climático amazônico. 15) Frei Alexandre Rohling – tér-
mino de pós-graduação Em carta de 15 de setembro, Frei Alexandre agradece o apoio e incentivo recebido para concluir o curso de pósgraduação lato sensu em Comunicação, no SEPAC – Paulinas, em São Paulo. No dia 28 de agosto, recebeu a aprovação. Na monografia, Frei Alexandre fez um estudo sobre a recepção do programa de rádio “Sala Franciscana”. 16) Frei Alberto Eckel Junior –
término de pós-graduação Em e-mail de 20 de outubro, Frei Alberto agradece a Frei Fidêncio e ao Definitório pela autorização e pela confiança que lhe possibilitaram fazer o curso de pós-graduação lato sensu em Liturgia, em Goiânia.
17) Frei Renato Pezenti - licença
Frei Renato recebeu licença para morar fora da Fraternidade Provincial por um ano. 18) OFS Curitibanos - assistente
No dia 4 de outubro foi erigida a Fraternidade OFS Nossa Senhora dos Anjos, em Curitibanos. Frei Valdir Nunes ribeiro foi nomeado assistente espiritual. 19) Estatuto civil da Província –
“finalmentes” Frei Mário informou que estão sendo feito os últimos “retoques” na confecção do novo Estatuto civil da Província. Espera-se poder registrá -lo até o Capítulo Provincial, em janeiro próximo. 20) Autorizações de viagem
Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Thiago Alexandre Hayakawa, Frei Sérgio Pagan, Frei David R. Santos e Frei Nilo Agostini. Encerramento Às 18h00 do dia 21 de outubro, Frei Fidêncio, encerrando a última sessão do Definitório, agradeceu a presença do Visitador Geral Frei Nestor Schwerz, convidou os confrades a rezar uma Ave-Maria, e, por fim, invocou a bênção de Deus sobre todos. Frei Walter de Carvalho Júnior
Secretário
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Cffb
Franciscanas de Ingolstadt têm novo governo
Congregação das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt no Brasil têm um novo governo. Reunidas em Capítulo Regional, de 10 a 14 de outubro, no Centro de Formação Nossa Senhora da Paz, em Ponta Grossa (PR), elegeram Irmã Romana Rossetto como Superiora Regional e Irmã Benilde Müller como Assistente Regional. Como Conselheiras Regionais foram eleitas: Ir. Glorinha Lucia Leandro, Ir. Inês dos Santos Nascimento e Ir. Priscilla Rossetto. O Capítulo Regional traçou as prioridades da Congregação, no Brasil e na África/ Angola, para o triênio 2015-2018. Catarinense, natural de Concórdia, Irmã Romana foi reeleita para o segundo triênio à frente da Congregação, que no Brasil tem 71 irmãs e 16 comunidades, sendo a sede em São Paulo. Uma comunidade, dependente do Regional brasileiro, está em Luanda, Angola, com três irmãs. Segundo Ir. Romana, a Congregação comunga os anseios que foram apontados na XIX Assembleia Geral da Conferência Latino Americana e do Caribe (CLAR), em junho último: por uma vida religiosa consagrada mais humana e humanizadora; especialistas numa sociedade extremamente violenta e desintegradora; cuidadoras da criação como parte integrante da vocação; inserção e solidariedade entre
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os mais pobres; diálogo e circularidade como único caminho viável para a paz e evangelização; compartilhar a missão com os leigos e leigas; acolher a vitalidade e a contribuição das novas gerações; assumir uma espiritualidade “trinitária profunda e autêntica”. Segundo Ir. Romana, um desafio para o novo triênio é o trabalho vocacional. No momento, a Congregação tem quatro postulantes. No Brasil, a Congregação está presente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Pará. Cada país é um regional e o governo geral tem sede na cidade de Ingolstadt, na Baviera, Alemanha, onde nasceu a Congregação cerca de cinquenta anos após a morte de São Francisco
de Assis. “Nascemos e éramos conhecidas como ‘Irmãs Beguinas’ (Irmãs das Almas), tendo um trabalho evangelizador voltado para os mais necessitados, os idosos e moribundos. Mas em obediênci ao Papa, nos tornamos monjas a partir dos anos 1627”, explica Ir. Romana. O trabalho com a educação, hoje tão associado ao carisma das Irmãs, só entrou na vida religiosa da congregação a partir de 1829, sob imposição do governo. Mas tudo volta a mudar durante um dos momentos mais difíceis da história mundial, quando na Segunda Guerra mundial o Governo Nazista de Hitler proibiu as irmãs de lecionar. “Nesse tempo prestávamos serviço em hospitais militares, consertávamos roupas de soldados e abrigávamos pessoas sem família e sem teto”, acrescenta a Superiora do Brasil, informando que terminada a Guerra elas retomam o trabalho na educação. Esse trabalho social, voltado para os mais necessitados, e a educação são os pilares da Congregação, que tem como Superiora Geral a Ir. Paula Krindges. Coincidentemente, no dia 12 de outubro de 1938, exatamente no dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, as irmãs chegam ao Brasil para iniciar uma nova missão.
Na foto, as Irmãs: Glorinha Lúcia Leandro, Priscilla Rossetto, Romana Rossetto, Benilde Müller e Inês dos Santos Nascimento
Notícias e Informações
Livro homenageia D. Paulo Evaristo Arns Aos 94 anos de vida, comemorados em setembro de 2015, Dom Paulo Evaristo Arns ganha uma homenagem justa: foi lançado, por ocasião da festa de São Francisco de Assis, o livro “Dom Paulo Evaristo Cardeal Arns - Pastor das Periferias, dos Pobres e da Justiça”, uma obra que reúne 55 depoimentos de pessoas que tiveram a oportunidade de conviver com Dom Paulo ou foram, de algum modo, tocadas por seus ensinamentos e foi organizada pelo Professor Waldir Augusti e Padre Ticão. O lançamento da obra, no dia 4 de outubro, foi na Paróquia de São Francisco de Assis, em Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo, ocasião que reuniu o governador Geraldo Alckmin, o secretário municipal dos Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, e o prefeito Fernando Haddad, durante a Missa. “Prestar uma homenagem a Dom Paulo Evaristo Arns, independente
da dimensão que ela possua, jamais estará à altura deste verdadeiro símbolo de liberdade e de luta em defesa dos pobres e desvalidos. Seja como pai espiritual de milhares de pessoas, como bispo, arcebispo ou cardeal, Dom Paulo será sempre lembrado como o ‘Pastor das Periferias, dos Pobres e da Justiça’. Sua trajetória atesta isto”, justificam os autores. Segundo os autores, com os bispos de São Paulo, que a seu lado caminharam desde o início de sua jornada como 5º arcebispo e 3º cardeal da Arquidiocese, Dom Paulo era presença constante em meio ao povo de Deus reunido nesta grande metrópole. “Seu profetismo jamais será esquecido. Fosse em meio às favelas nas mais longínquas periferias ou entre autoridades religiosas, civis ou militares, Dom Paulo era sempre o mesmo profeta amoroso capaz de extrair do mais doloroso sofrimento algum ensinamento positivo e trans-
formá-lo, muitas vezes, em gritos de denúncias e protestos contra os poderes opressores constituídos”, recordam.
falecimento
+ Regina Zap Makximovitz Comunico o falecimento de minha mãe, Regina Zap Makximovitz, em Caxias do Sul, RS, no dia 07 de outubro de 2015. Com seus 57 anos, minha mãe sofria já há algum tempo com complicações na saúde, a mais grave delas um efisema pulmonar já comprometia bastante sua capacidade respiratória. Há alguns anos ela necessitava da ajuda de oxigênio concentrado para respirar. Viúva antes dos trinta anos, não se casou novamente, dedicando-se à criação dos filhos - quatro: três homens e uma mulher. Eu sou o caçula. Vivia com minha irmã, que
apesar de trabalhar fora, se dedicava plenamente ao seu cuidado. No dia 02 de outubro foi internada com complicações e imediatamente sedada e entubada. Daí em diante, seu estado foi piorando até resultar em seu falecimento, às 21 horas do dia 07. Talvez nunca a Festa do Trânsito de Nosso Pai São Francisco tenha sido tão significativa quanto nesse momento familiar, em que acompanhávamos o seu trânsito no hospital. Que ela agora, nos precedendo no encontro face a face com Deus, nosso Pai, continue intercedendo por todos nós. Obrigado a todos
A mãe e a irmã na ordenação presbiteral de Frei Clauzemir em Pato Branco
que permaneceram unidos com minha família em oração. Que Deus continue sendo nossa força e nossa esperança! Frei Clauzemir Makximovitz | Comunicações | Novembro 2015 |
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AGENDA 2015
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacados
Novembro 05 a 08 09 a 11 09 a 10 11 e 12 16 18 e 19 20 23 23 23 e 24 26 e 27 30 30 30 e 01
Estágio Vocacional (Ituporanga) Encontro Provincial da Frente de Comunicação da Evangelização (Rondinha (PR) Encontro do Regional do Vale do Paraíba - (São Sebastião) Reunião do Conselho Gestor das Entidades da Província (Rondinha) Encontro do Regional do Espírito Santo recreativo - local a definir Encontro do Regional de Pato Branco (Recreativo) Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense Encontro do Regional de São Paulo (Bragança Paulista) Encontro do Regional Rio-Baixada - Recreativo - local a definir Encontro do Regional do Leste Catarinense Recreativo (Florianópolis) Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo Provincial Encontro do Regional de Agudos - Recreativo - 50 anos de vida religiosa de Dom Caetano (Bauru) Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Blumenau) Encontro do Regional do Contestado (Piratuba)
jubilandos 2015
Rondinha, 07 e 08 de dezembro
30 a 03
1º Congresso de Educadores Franciscanos (Curitiba)
Dezembro 06 07 07 e 08 08 14 e 15 14 a 17
Renovação dos votos em Petrópolis (Capela restaurada do ITF) Encontro do Regional de Curitiba - Recreativo (Caiobá) Jubileus (Rondinha) Renovação dos votos em Rondinha Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Piratuba) Reunião do Definitório Provincial
2016
janeiro 05 14 a 17 15 18 a 26
Primeira Profissão dos Noviços (Rodeio) Missões de Férias da Juventude (Chopinzinho) Vestição dos Noviços (Rodeio) Capítulo Provincial
ABRIL 25 a 29
Reunião da UCLAF (Cochabamba, Bolívia)
julho 25 a 01
JMJ (Itália e Polônia)