Sant 50anos

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Edição 2017 histórica

Santuário do Divino Espírito Santo



Editorial

Sumário

50 anos de graça e bênção

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mbora não tenha o “status canônico” de santuário, segundo as leis e normas da Igreja Católica, ele é chamado de forma carinhosa pelos capixabas simplesmente de “Santuário”. Não há quem não o conheça, que não saiba sua localização, que não fale e conheça os freis que ali trabalham. O Santuário é uma referência obrigatória para a cidade de Vila Velha. Muitos o chamam simplesmente de “Santuário de Vila Velha”. A Igreja nos ensina que o conceito “santuário” é, em sua essência, o espaço da acolhida, da escuta, do encontro, da celebração da Eucaristia, da busca da Misericórdia. E é isto que testemunhamos todos os dias aqui no Santuário de Vila Velha, além de ser uma referência eclesial de formação pastoral para toda a Arquidiocese de Vitória. Nosso Santuário está completando 50 anos de existência neste ano de 2017. Dedicado ao Divino Espírito Santo. Único no Estado do Espírito Santo com este título. Graças ao empreendedorismo e o carisma pessoal de Frei Firmino Matuschek e da ousadia e coragem da comunidade local, ergueu-se esta bela obra, expressão da fé de um povo, de sua raiz católica, de sua alma franciscana. Celebrar os 50 anos do Santuário é agradecer a Deus, por tantos dons e bênçãos, tantas pessoas envolvidas e comprometidas em manter viva a fé e o carisma franciscano. Não estamos celebrando simplesmente a data comemorativa, mas a fé de um povo que é expressão deste monumento. São 50 anos de graça e bênção, de louvor e dádiva. As preces e cânticos que ecoaram nesta Novena querem ser a expressão mais sincera de nosso louvor pela história passada, mas também nosso olhar esperançoso e criativo para o futuro. Se o passado nos ensina, o futuro nos desafia! Não podemos parar, nem repetir simplesmente as mesmas coisas, as mesmas práticas pastorais. Nosso olhar é de esperança, de futuro. Somos chamados à criatividade da fé, a uma “conversão pastoral” permanente. Que o Divino Espírito Santo, ao qual este Santuário foi dedicado, nos inspire, nos encoraje, nos faça vencer o medo da novidade, a tentação de permanecer naquilo que já conhecemos e nos dá segurança. Que nos abramos à novidade do Espírito e que Ele nos empurre para lugares e posturas novas, oxigenando nossas mentes e corações.

Frei Djalmo Fuck, Pároco

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Mensagem do Ministro Provincial A história deste Cinquentenário Entrevista: o pároco Frei Djalmo Fuck “Maria, Esposa do Espírito Santo” Todos os dias da Novena Frei Fidêncio pede um novo Pentecostes Santuário, lugar de encontro, acolhida, formação e fé Depoimentos: Celebrar 50 anos é... A Fraternidade do Cinquentenário

Expediente Revista comemorativa dos 50 anos - Junho 2017 SANTUÁRIO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO ARQUIDIOCESE DE VITÓRIA Paróquia do Rosário Rua Cabo Aílson Simões, 762 CEP 29100-920 - VILA VELHA - ES

PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO Ministro Provincial: Frei Fidêncio Vanboemmel Vigário Provincial: Frei César Külkamp Pároco: Frei Djalmo Fuck Edição: Moacir Beggo (Mtb 14.888) Equipe: P ascom da Paróquia do Rosário (textos e fotos); Jovenal Pereira (diagramação) Capa: logomarca de Frei Leandro Costa


Mensagem do Ministro Provincial

COMUNIDADE RENOVADA PELO SOPRO DO ESPÍRITO SANTO

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Fidêncio: “A grandiosidade

da Novena e a solenidade de Pentecostes nos mostraram uma IgrejaComunidade centrada nos ‘sinais’ do amor do Ressuscitado, renovada pelo sopro do Espírito Santo”

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o dia 25 de novembro de 1946, em carta endereçada ao Ministro Provincial dos Franciscanos em São Paulo, o então Bispo de Vitória, Dom Luiz Scortegagna, de saudosa memória, assim escreveu: “Considerando o bem dos meus diocesanos, a falta de clero secular, a situação difícil da paróquia de Vila Velha, Espírito Santo, e considerando encontrar-se na dita Paróquia o Santuário da Penha, que desejo confiar aos Revdos. Padres Franciscanos, resolvi oferecer à Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil a paróquia de Vila Velha ad nutum S. Sedis. Esperando seus auxílios na pastoreação de tantas almas e deste pobre bairro, dou-lhes desde já a autorização de tomar as necessárias providências a fim de legalizarmos a situação canônica da mencionada paróquia no sentido exposto”. A “pastoreação de tantas almas” (ação de pastorear) foi, sem dúvida, a motivação para entendermos a história da nossa presença Franciscana na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário e os 50 anos do Santuário do Divino Espírito Santo, em Vila Velha, ES. Mais do que fazerem-se presentes num “pobre bairro”, aos frades também foi confiada a missão de erguer em Vila Velha um Santuário que honrasse o Padroeiro do Estado: o Espírito Santo. E o que inicialmente poderia ter sido uma missão ingrata (“situação difícil da paróquia de Vila Velha”), nada intimidou os ousados frades e o entusiasmo tão característico do povo de Vila Velha. Foi assim que a Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, no dia 14 de maio de 1956, adquiriu um vasto terreno de 7.242 m² para construir esse Santuário. E assim, desde a aquisição do terreno até a inauguração do Santuário no dia 21 de abril de 1967, foram 11 anos de incansável trabalho que justifica o famoso ditado popular: “A união faz a força”. Ao celebrarmos o Jubileu de Ouro do Santuário do Divino Espírito Santo, a primeira pergunta

Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

que nos fazemos é esta: Como um “pobre bairro” e a “situação difícil da paróquia de Vila Velha” viu nascer, crescer e solidificar este maravilhoso templo de Deus? Creio firmemente que, além da unidade da Comunidade de Vila Velha, a Senhora das Alegrias e Virgem da Penha, a “Esposa do Espírito Santo”, na linguagem de São Francisco de Assis, esteve na retaguarda como Mãe e intercessora para dar ao Estado do Espírito Santo um templo da grandiosidade da alma daquele povo. Em nome da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, parabenizo a Comunidade do Santuário de Vila Velha que, na celebração dos seus 50 anos, enfocou “Maria, esposa do Espírito Santo” nos 300 anos da descoberta da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A grandiosidade da Novena e a solenidade de Pentecostes nos mostraram uma Igreja-Comunidade centrada nos ‘sinais’ do amor do Ressuscitado, renovada pelo sopro do Espírito Santo, empenhada na missão de Jesus Cristo e revigorada por inúmeros encontros fraternos no Santuário, fazendo jus às belíssimas palavras do Papa Francisco: “O Espírito Santo nos torna cristãos reais e não virtuais... O Espírito Santo é aquele que move a Igreja. É aquele que trabalha na Igreja, em nossos corações. Ele faz de cada cristão uma pessoa diferente da outra, e de todos juntos faz a unidade” (homilia de 09/05/2016). Parabéns à Igreja viva do Santuário de Vila Velha que, nos seu cotidiano, busca “o Espírito do Senhor e seu santo modo de operar”. O Senhor vos abençoe! Fraternalmente,

Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM Ministro Provincial Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil


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TRÊS TEMPOS Na primeira imagem pode se ver a periferia de Vila Velha, onde a Província comprou o terreno para construção da Igreja. Na imagem do centro, já pode se ver o templo construído com a cidade avançando e, na foto recente, o Santuário do meio de uma grande cidade.


História

NASCE O SANTUÁRIO DO

DIVINO ESPÍRITO SANTO

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m começos de 1942 os Franciscanos da Província da Imaculada Conceição voltaram a cuidar do Convento da Penha, a pedido do bispo diocesano. Logo depois, o bispo pediu que eles assumissem também a paróquia de Vila Velha, dedicada a Nossa Senhora do Rosário, a mãe de todas as paróquias do Espírito Santo, que então abrangia o município inteiro, com 45 capelas. O trabalho caprichado dos Frades tornou em pouco tempo muito pequena a velha matriz. Tornou-se urgente a construção de uma nova igreja. Em 1951 mudou o bispo de Vitória. Entrou Dom José Joaquim Gonçalves. Na primeira vi-

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Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro


História

sita pastoral, quando os Frades lhe disseram da intenção de construir nova matriz, fez uma proposta: que a nova matriz fosse um santuário dedicado ao Divino Espírito Santo, já que no Estado não havia nenhuma igreja dedicada especificamente a ele. Mais: propôs que a nova igreja-santuário fosse conventual, tendo ao lado um convento franciscano, de onde partissem os missionários populares por todo o Estado (naquele tempo uma única diocese). Quem enfrentou a compra do terreno e a construção foi Frei Firmino Matuschek (19111980) que, além das qualidades pessoais, trazia a experiência da construção da Igreja de Santo Antônio, em Duque de Caxias, RJ. O terreno comprado era um banhado, em que trafegavam canoas de pescadores de peixe de água doce. Foram fincadas 139 estacas de concreto, com oito metros de comprimento, em que se gastaram 20 toneladas de ferro. Fincadas as estacas em dezembro de 1957, fez-se a solene cerimônia

da bênção da pedra fundamental no dia 25 de maio de 1958, então domingo de Pentecostes. A esta altura Vitória tinha novo bispo: Dom João Batista da Motta e Albuquerque, feito arcebispo, porque o Estado recebera duas novas dioceses: Cachoeiro do Itapemirim e São Mateus. O Santuário tem estilo basilical, 62m de comprimento e 24 de largura, com nave central (de 44m por 16) e duas laterais sustentadas por 10 colunas de cada lado. O presbitério tem 10 metros de comprimento por 11,50 de largura. Ainda vivem muitos paroquianos que acompanharam a construção. Toda ela foi financiada pelo povo através dos meios tradicionais do tempo: barraquinhas com café, pipoca, pé de moleque, canjica, quentão, pastel, empada, churrasquinho, e as famosas cadernetas de contribuições mensais, em que cada família se comprometia com determinada soma. Da Alemanha veio uma pequena contribuição para o cimento da laje. Por isso as famílias de Vila Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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História

Frei Pedro Palácios (com auréola de Santo), Sagrado Coração de Jesus, São Francisco de Assis, Nossa Senhora Aparecida, São Judas Tadeu, Santa Teresinha do Menino Jesus, Nossa Senhora de Fátima com os três pastorinhos, São Tarcísio, Sagrada Família, São Sebastião, Santa Lúcia e São Vicente de Paulo. Na parede frontal, por cima do coro temos outros três vitrais: no centro a Santíssima Trindade, de um lado Nossa Senhora do Rosário, de outro lado a Anunciação do Senhor. Quando o Santuário fez 25 anos de inauguração, pressionado pelo insuportável calor que fazia dentro, as paredes laterais foram rasgadas para colocar vitrais menores, que fossem, ao mesmo tempo, basculantes. Representam símbolos litúrgicos. E ainda por causa da ventilação, entraram vitrais menores à altura da mão, também com a serventia primeira de basculantes. Esses vitrais baixos representam paisagens do Estado do Espírito Santo, os famosos beijaflores e as encantadoras orquídeas. Nessa oportunidade foi aberta também a paVelha se sentem ligadas ao santuário e nele se sentem ‘em casa’. Como o Santuário foi inaugurado no dia 21 de abril de 1967, um ano e alguns meses depois de terminado o Concílio, nunca teve púlpito, nunca teve mesa de comunhão, nunca teve confessionários, nunca teve capela batismal e só mais tarde teve capela do Santíssimo. O altar mor, ainda em vida de Frei Firmino, se deslocou do presbitério (encimado por uma grande cruz de lenho, obra do artista italiano Carlos Crepaz, então residente em Vitória) para o centro, como pedia a liturgia renovada. Mas o primeiro altar, que serviu para a inauguração, ainda de madeira, esteve posto de tal modo no presbitério que o Padre já celebrava de frente para o povo. Quando o Santuário foi inaugurado, estava ornado com 25 vitrais, vindos de uma empresa de Curitiba. Estão no alto, sempre fechados e representam o Imaculado Coração de Maria, Santo Antônio, Nossa Senhora da Penha, São Pedro, Santa Rita de Cássia, Nossa Senhora das Graças, São Benedito, Nossa Senhora do Líbano, São João Batista, Santa Clara, o Venerável

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Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro


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rede de fundo do presbitério e de ambos os lados da grande cruz foram postos dois grandes vitrais, cuja finalidade maior era de iluminar o presbitério e realçar a grande cruz de madeira. Um vitral mostra São Francisco cantando o

Cântico do Sol, cercado de passarinhos; o outro vitral mostra o Convento da Penha, iluminado pela luz do Espírito Santo descendo sobre a paisagem, como ponto de contacto entre a terra e o céu. Na parte baixa de ambos quadros os vitrais se tornaram basculantes. Tanto os vitrais médios quanto os pequenos que, repito, tinham como função principal a ventilação, perderam sua utilidade primeira, quando o Santuário recebeu ar condicionado. Hoje os basculantes estão fechados e os vitrais ficaram apenas com as duas funções secundárias: iluminar e ornamentar. Outra característica do Santuário: não há profusão de imagens. Além da Imaculada Conceição e de São José, recentemente entrou São Frei Galvão, em madeira, numa parede lateral. Mas a todo momento gente do povo diz em voz alta que gostaria que todas as colunas tivessem peanhas e santos. Em setembro, faremos no interior do Santuário uma exposição fotográfica da construção, inauguração e restauros ao longo desses cinquenta anos. E lançaremos um livro para Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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História

guardar e celebrar a memória histórica. O livro, podemos adiantar, vai-se ater à história do Santuário-edifício, sem entrar na rica história pastoral que os Franciscanos fizeram acontecer em Vila Velha. Num aplauso de gratidão, deixo aqui os nomes dos párocos e coadjutores já falecidos. Párocos: Frei Firmino Matuschek, Frei Nivaldo Liebel, Frei Lency Samaniotto, Frei Márcio de Araújo Terra e Frei Vitalino Tucato. Coadjutores: Frei Duarte Augusto da Silva, Frei Adriano Körner, Frei Tiago Lenssen, Frei João Batista Kneipp, Frei Engelberto Wanners, Frei Renato Matuscheski, Frei Celso Horta

Novaes, Frei Celso de Faria, Frei Paulo Rebein, Frei Lamberto Baxmann, Frei Gil Maria Wanderley, Frei Cuniberto Hörnig, Frei Paulo da Cruz Stoffel, Frei Aurélio Stulzer, Frei Antônio Gasparini e Frei Vunibaldo Vogel. A paróquia que recebemos em 1942 hoje está desmembrada em 16 outras paróquias. O Santuário, que celebra 50 anos de inauguração, é uma das dez comunidades que ainda compõem a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Vila Velha, a mais velha paróquia de todo o Estado do Espírito Santo.

DEVOÇÃO Todo ano a Procissão das Mulheres na Festa da Penha (foto à esquerda) sai do Santuário. No alto, os vitrais que foram colocados no Jubileu de 25 anos.

Frei Clarêncio Neotti Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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Entrevista

frei Djalmo Fuck

“O Santuário viveu um verdadeiro Pentecostes”

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epois de iniciar seu ministério presbiteral em sua terra, Santa Catarina, e em seguida em São Paulo, durante quase dez anos, Frei Djalmo Fuck dá continuidade à evangelização franciscana na terra de Frei Pedro Palácios, que viveu há mais de 400 anos. E não poderia ter um período melhor para esta experiência, já que o Santuário do Divino Espírito Santo celebra 50 anos de fundação em 2017. “Sinto-me feliz e contente em fazer parte desta história”, reconhece o frade, que fala com alegria dos dez dias que marcaram esta grande festa do Jubileu e do Padroeiro. Que lições e alegrias ficam desta festa e da Novena? MISSÃO Frei Djalmo agora está a serviço da evangelização franciscana na terra de Frei Pedro Palácios

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Frei Djalmo - Fica difícil dizer ou traduzir em palavras tudo o que vivenciamos e celebramos nos dias da Novena de Pentecostes. Posso afirmar, no entanto, que foram dias abençoados, com celebrações belíssimas, bem preparadas, belos cânticos e o envolvimento do povo foi fantástico. O Santuário estava repleto todas noites, com celebrações onde os fiéis não cabiam nos bancos. O povo cantava e rezava com os pulmões cheios, com toda a força do coração. Além do mais, várias equipes de voluntários se revezavam na cozinha para preparar as muitas “iguarias” do cardápio da quermesse. Foi a primeira vez, em 50 anos, que o Santuário organizou uma Novena e uma festa que

Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro


Entrevista

durou 10 dias. Esta foi uma bênção em nossas vidas e veio para ficar. Uma possibilidade ímpar de promover a unidade e a comunhão entre as pessoas, um tempo de graça e bênção, na força do Espírito. Quando o povo se une, o Espírito Santo de Deus manifesta maravilhas. Foi o que assistimos na Novena, que nos conduziu espiritualmente para celebrar Pentecostes. O Santuário viveu um verdadeiro Pentecostes.

O senhor falou de “iguarias” na quermesse. Explique melhor estas delícias. Frei Djalmo - Não sou cozinheiro, mas posso afirmar que tudo estava muito gostoso e saboroso. Quem veio à quermesse pôde apreciar pratos típicos da culinária capixaba, com forte influência da culinária mineira e baiana. Nada light, mas muito bom! “Péla égua” (canjiquinha com a costelinha de porco e outros defumados); “vaca atolada” (mandioca com costela de boi); feijão manteiga com dobradinha; caldinho de feijão com defumados; canjica; cuscuz (tapioca doce com coco), sem falar da geleia de cajá (preparada pelos freis) e outras iguarias. O cheiro se sentia de longe. Tudo maravilhoso e apetitoso.

O Santuário conta com muitos voluntários e colaboradores? Qual o nível de participação deles? Frei Djalmo - Sem eles a festa não existiria. Eles literalmente “vestem a camisa”. Havia duas opções disponíveis de camisas. De uma hora para outra, estavam vestindo a camisa da novena de Pentecostes (camisa branca) e a camisa do jubileu de ouro (camisa vermelha). Desde crianças e adolescentes até os mais velhos estavam com suas camisas de voluntários. Nos últimos dias da festa faltaram camisas para tantos voluntários e colaboradores. O mesmo se diz das equipes de liturgia e da pastoral da acolhida do Santuário. São inúmeras as equipes, cada qual com sua criatividade ímpar. Uma disputa saudável entre todas, cada qual querendo dar o seu melhor. Sem elas, nossa festa não teria tamanha beleza!

“Quando o povo se une, o Espírito Santo de

Deus manifesta maravilhas. Foi o que assistimos na Novena, que nos conduziu espiritualmente para celebrar Pentecostes”.

Como foi para você celebrar os 50 anos do Santuário? Frei Djalmo - Tenho consciência que herdamos uma história, construída por muitas pessoas, homens e mulheres de boa vontade. Hoje estamos colhendo os frutos de tantos frades que por aqui passaram, muitos deles já falecidos, bem como leigos comprometidos com a evangelização. Esta Paróquia de Nossa Senhora do Rosário e o Santuário têm fortes traços da espiritualidade franciscana e um amor imenso aos confrades. Aqui, no Santuário, nos sentimos em casa, o povo responde prontamente a tudo o que for solicitado. Assim como vimos na Festa de Nossa Senhora da Penha. A celebração do jubileu de ouro com a Novena de Pentecostes foi um exemplo maravilhoso deste envolvimento do povo. Me sinto feliz e contente em fazer parte desta história.

Que impressões você tem da nova comunidade, da nova fraternidade, da nova Paróquia e cidade? Quais alegrias e desafios nesta nova etapa de sua vida?

“Agora estou em Vila Velha, uma experiência nova para mim, com muitos desafios, sobretudo eclesiais e sociais. Tenho aprendido muito. É uma Igreja viva” FREI DJALMO

Frei Djalmo - Estou aqui há pouco tempo, há pouco mais de um ano. Não posso dizer que conheço totalmente a Paróquia e o Santuário. Vivi meus primeiros anos de padre em Gaspar (SC) e depois quase 10 anos em São Paulo, na capital. O processo de adaptação é sempre difícil. Agora estou em Vila Velha, uma experiência nova para mim, com muitos desafios, sobretudo eclesiais e sociais. Tenho aprendido muito. É uma Igreja viva, com muitas celebrações, reuniões, retiros, formações, atendimentos de secretaria paroquial etc. É uma igreja, como dizia meu falecido pai, que vive um “agito” constante. Mas no bom sentido, o que releva toda a sua criatiSantuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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Entrevista

“O povo capixaba é de uma piedade e fé invejável. Confesso que já chorei em algumas celebrações, vendo a piedade deste povo”.

FREI DJALMO

vidade e pujança pastoral. O Santuário, ao lado do Convento da Penha, é uma referência para o povo capixaba. Aqui todos se sentem acolhidos e atendidos em suas necessidades. Ouso dizer, com o perdão e a imprecisão da palavra, que o Santuário é uma espécie de “Cúria” de Vila Velha, para cá afluem todos com suas questões pastorais. Convivo em uma fraternidade muito boa, harmônica, disponível e fraterna. Este é o primeiro passo para a evangelização verdadeira e profunda.

Como é o povo capixaba, religiosamente falando, já que você conhece bem o Sul e Sudeste? Frei Djalmo - Amável e carinhoso, sobretudo com os frades. O povo capixaba é de uma piedade e fé invejáveis. Confesso que já chorei em algumas celebrações, vendo a piedade deste povo. Não há como não se comover, se

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emocionar. Se reza com coração, se canta com a alma. Outra nota típica dos capixabas é a partilha e a solidariedade. Nas campanhas que realizamos, nas mais diversas necessidades da Igreja e da Província. Não posso esquecer os diversos bolos que recebemos para o café da tarde, além do peixe fresco para a moqueca. Aqui me lembro sempre de uma frase que Frei Constantino Koser, Ex-ministro Geral, dizia em Petrópolis, quando era estudante de Teologia: “Se sobrar só um pão no mundo, não se preocupem, este será dos frades”. O povo cuida bem dos frades.

Para quem não conhece o Frei Djalmo, como se deu o seu discernimento vocacional? Frei Djalmo - A história é longa, mas sem grandes segredos. Entrei no Seminário muito jovem, com apenas 13 anos. Conclui o Ensino Fundamental e Ensino Médio com os freis.


Entrevista

Devo muito aos franciscanos e à formação que deles recebi. Sou de uma família muito religiosa. Desde pequeno fui conduzido à Igreja, pelo exemplo de meus pais. Conhecia os freis das celebrações que participava, na pequena cidade de Angelina, próxima de Florianópolis (SC), nossa capital. Um dia, por volta dos 12 anos, quis ser frei. Não sei precisar quando. Pedi aos meus pais e eles respeitaram minha decisão e me apoiaram. Mas sempre diziam: “Se você quiser voltar para casa, é só voltar. Se quiser permanecer, que seja feliz”. A preocupação era sempre a minha felicidade. Isto ficou na minha cabeça. Hoje pensando, entendo e compreendo, que toda vocação deve nos conduzir à felicidade. Um frei feliz é a melhor coisa do mundo. Um jovem feliz, a melhor coisa. Um casal feliz em sua escolha matrimonial, uma bênção para si, para a família e para o mundo.

Como é o Frei Djalmo na Igreja do Papa Francisco? Frei Djalmo - Para quem conhece mais de perto Frei Djalmo sabe que ele é meio elétrico, um pouco impaciente quando as coisas não caminham do jeito certo. Pensa mil coisas ao mesmo tempo, é agitado, quer que as coisas aconteçam. O Papa Francisco nos desafia em muitas coisas. Penso que a maior delas seja a criatividade e a ousadia. Não ter medo de inovar, de criar coisas novas, de experimentar, de errar, de se abrir à novidade do Espírito. Às vezes ficamos parados em nossas histórias, naquilo que deu certo ou errado e somos incapazes de criar, de nos renovar, de tentar de novo. O Papa Francisco é ousado, provocador. Assim deve ser a Igreja, aberta às experiências novas.

Deixe uma mensagem de esperança para a Comunidade Paroquial e o povo capixaba. Frei Djalmo - Estamos celebrando 50 anos de história. São 50 anos de graça e bênção, de louvor e dádiva. Ainda nestes dias escrevia para o site da Província: Se o passado nos ensina, o futuro nos desafia! Não podemos parar, nem repetir simplesmente as mesmas coisas, as mesmas práticas pastorais. Nosso olhar é de esperança, de futuro. Somos chamados à criatividade da fé, a uma “conversão pastoral” permanente. Que o Divino Espírito Santo, ao qual este Santuário foi dedicado, nos inspire, nos encoraje, nos faça vencer o medo da novidade, a tentação de permanecer naquilo que já conhecemos e nos dá segurança. Que nos abramos à novidade do Espírito e que Ele nos empurre para lugares e posturas novas, oxigenando nossas mentes e corações.

“Se o passado nos ensina, o futuro nos desafia! Não podemos parar, nem repetir simplesmente as mesmas coisas, as mesmas práticas pastorais. Nosso olhar é de esperança, de futuro. Somos chamados à criatividade da fé, a uma ‘conversão pastoral’ permanente”. FREI DJALMO

Entrevista a Moacir Beggo Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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Tema

“Maria, Esposa do Espírito Santo” Ao meditar esse mistério, nos colocamos diante de um belíssimo sinal da predileção de Deus à Virgem Maria no Mistério da Salvação.

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mistério de Maria é inseparável do mistério do Espírito Santo. Mais: dele depende. O Apocalipse fala de uma mulher vestida de sol (12,1). Esse sol é o Espírito Santo, que a enriqueceu de todas as graças desde quando o Pai a escolheu para ser a mãe de seu Filho. E quando, cheia de graça, chegada a plenitude dos tempos (Gl 4,4), ela deveria conceber Jesus, é o Espírito Santo que a fecunda, como rezamos no Credo: “O Filho unigênito de Deus … por nós e para nossa salvação desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria”. Revestida de sol, coberta pelo Espírito Santo, Maria tornou-se, no dizer de São Bernardo, “um abismo de luz, gestando o verdadeiro Deus, Deus e homem ao mesmo tempo” e, diante desse fato, observa ainda São Bernardo, “até o olho angélico fica ofuscado com a potência de tal fulgor”. Sol e luz são figuras para expressar um fato: Maria, Senhora de todas as bênçãos, concebe o Filho de Deus, por obra e graça do Espírito Santo, e é associada para sempre à obra redentora do Cristo e à missão do Espírito Santo Paráclito na história da salvação. Afirma o Evangelista Lucas que, à pergunta de Maria como seria possível conceber, se ela não conhecia homem algum, o anjo lhe garantiu: “O Espírito Santo descerá sobre ti” (Lc 1,15). Comenta o Catecismo: “A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada ao Filho. O Espírito Santo é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e fecundá-lo divinamente, ele que é ‘o Senhor que dá a Vida’, fazendo com que ela conceba o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua” (484-485). Para expressar essa unidade de mistérios entre Maria e o Espírito Santo, os teólogos não hesitam em chamar Maria de Esposa do Espírito Santo. Assim, São Francisco, na antífona que compôs para o Ofício da Paixão do Senhor, reza: “Santa Virgem Maria, não há mulher nascida no mundo semelhante a vós, serva do Altíssimo Rei e Pai celestial, Mãe do nosso Santíssimo Senhor Jesus Cristo, Esposa do Espírito Santo”.

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Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

A festa litúrgica, que celebra a encarnação de Jesus, chamada “Solenidade da Anunciação do Senhor” (25 de março), une estreitamente Jesus, Maria e o Espírito Santo. Jesus é a razão de ser de todos os privilégios e da própria missão de Maria. O Espírito Santo consagra Maria, fecunda-a e, ao mesmo tempo, une-se à missão salvadora de Jesus, tornando-o o Cristo, o Ungido de Deus. Vários momentos da vida terrena de Jesus mostram-no cheio do Espírito Santo (Lc 4,1; Jo 1,33), movido pelo Espírito Santo (Lc 4,18) e tendo o Espírito Santo como testemunha de sua messianidade e de sua doutrina (Lc 12,12; Jo 14,26; 16,13). Ao dobrarmos os joelhos diante do mistério da encarnação, adoramos a Trindade Santa: o Pai que envia o Filho, o Filho que, permanecendo Deus, obedece e assume o corpo humano, o Espírito Santo, que possibilita a concepção imaculada de Jesus. Dentro desse mistério e protagonista dele encontra-se Maria, mulher como todas as mulheres, mas associada misteriosamente, através da maternidade divina, à missão redentora e santificadora do mundo. “Por isso mesmo – escreve o Papa Pio IX na Bula de proclamação do dogma da Imaculada Conceição – Deus a cumulou, de maneira tão admirável, da abundância dos bens celestes do tesouro de sua divindade, mais que a todos os espíritos angelicais e todos os santos, de tal forma que ficaria absolutamente isenta de toda e qualquer mancha de pecado, podendo, assim, toda bela e perfeita, ostentar uma inocência e santidade tão abundantes, quais outras não se conhecem abaixo de Deus, e que pessoa alguma, além de Deus, jamais alcançaria, nem em espírito” (n. 2). Diante de Maria, envolta pela inaudita graça da maternidade divina, São Francisco, apaixonado pelo mistério da encarnação, prorrompe numa saudação em que, faltando palavras, busca com símbolos e comparações dizer o que lhe vai na mente e no coração: “Salve, Senhora santa, Rainha santíssima, Mãe de Deus, ó Maria, que sois Virgem feita igreja, eleita pelo santíssimo Pai celestial, que vos consa-


Tema

grou por seu santíssimo e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito! Em vós residiu e reside toda a plenitude da graça e todo o bem! Salve, ó palácio do Senhor! Salve, ó tabernáculo do Senhor! Salve, ó morada do Senhor! Salve, ó manto do Senhor! Salve, ó serva do Senhor! Salve ó Mãe do Senhor! Salve vós todas, ó santas virtudes derramadas, pela graça e iluminação do Espírito Santo, nos corações dos fiéis, transformando-os em fiéis servos de Deus”. Sempre na tentativa de expressar com palavras humanas aquele momento único da encarnação do Senhor, há teólogos que se demoram em comparar a presença dinâmica do Espírito Santo na pessoa de Maria com o início da criação, quando, segundo o Gênesis (1,2), o Espírito de Deus soprava forte sobre as águas, ou seja, separava os elementos, ordenava-os, permitindo o nascimento da vida na terra. Rezamos no Credo: “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida”. Dar a vida é uma das atribuições do Espírito Santo. Na primeira criação, o Espírito como que fecundou a Natureza. Na segunda criação, inaugurada na Anunciação, o Espírito Santo não só fecundou Maria que, como mulher, concebeu e deu início a uma vida, mas também tornou-se autor daquele

que mais tarde declarou explicitamente: “Eu sou a vida” (Jo 11,25; 14,6). Dar vida tornou-se sinônimo da missão de Jesus na terra. Por isso mesmo, toda a missão de Jesus está prenhe do Espírito Santo. Jesus foi preciso: “Eu vim para que todos tenham a vida em plenitude” (Jo 10,10). Esta plenitude da vida nos é dada pelo Espírito Santo, ligada ao mistério da Encarnação do Senhor, ligada à própria vida do Filho de Deus na terra, obra e graça do Espírito Santo. Plenitude de vida aqui na terra e plenitude de vida na comunhão eterna com Deus. Aqui na terra, na vivência dos dons do Espírito Santo, que Maria recebeu em superabundância, particularmente a fé, a esperança e a caridade, que explodiram no seu “sim” ao plano de Deus e a mantiveram ao lado do Filho em todas as circunstâncias, inclusive ao pé da Cruz. Dos mesmos dons recebemos a coragem e a graça de acompanhar o Senhor Jesus e, na força do Espírito Santo, testemunhá-lo em nossa vida e em nossas ações e sermos pelo Senhor recebidos na morte e transportados à comunhão eterna com a Trindade. Há um outro momento na história da salvação, fundamental também ele, no qual a Escritura acentua a presença de Maria, envolta no Espírito Santo. Refiro-me a Pentecostes. Na encíclica Redemptoris Mater – sobre o papel de Maria na história e na vida da Igreja – escreveu o Papa João Paulo II: “Na economia redentora da graça, atuada sob a ação do Espírito Santo, existe uma correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. A pessoa que une estes dois momentos é Maria: Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo de Jerusalém. … Assim, aquela que está presente no mistério de Cristo como Mãe, torna-se – por vontade do Filho e por obra do Espírito Santo – presente no mistério da Igreja” (n. 24). Quando a Igreja declara que o Espírito Santo é sua alma (Lumen Gentium, 7), está reconhecendo nele a vida que a sustenta, a dinamiza, a santifica e lhe é garantia de fidelidade. Maria é o ícone da Igreja. Cheia do Espírito Santo, por sua obra e graça, ela deu à luz o Filho de Deus. A Igreja, sempre por obra e graça do Espírito Santo, gera os filhos para Deus. Se Maria foi verdadeiramente Mãe do Jesus histórico, concebido em Nazaré, nascido em Belém, crucificado e morto em Jerusalém, ela é também a verdadeira Mãe da Igreja, corpo místico do Cristo ressuscitado, vivo e presente até os confins do mundo e até o fim dos tempos.

Frei Clarêncio Neotti, OFM Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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1º Dia da Novena

Abertura recorda os primeiros benfeitores Tema do primeiro dia Novena: “O Espírito Santo e Maria”. Ação de graças aos construtores e benfeitores do Santuário, vivos e falecidos.

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o primeiro dia de Novena, o povo já deu mostras de que abraçaria a Festa de Pentecostes. Frei Gilson Kammer, pároco da Paróquia Santa Clara de Colatina (ES), presidiu a Celebração Eucarística que teve início às 19 horas. Concelebrou a Fraternidade Franciscana do Santuário. A cada dia da Novena, foi feita uma prece específica, e deste primeiro dia foi em ação de graças aos construtores e benfeitores do Santuário, vivos e falecidos. Frei Florival Mariano de Toledo fez a animação, introduzindo os fiéis no grande mistério celebrativo e uma procissão trouxe aqueles que há 50 anos haviam colaborado com a construção do Santuário. Mulheres e homens testemunhavam com sua presença as marcas de fidelidade e compromisso com a vida desta comunidade. Frei Djalmo Fuck, pároco da Paróquia do Rosário,


1º Dia da Novena

abrindo a Novena de Pentecostes, disse: “Mais que celebrar a igreja de pedra, celebramos vidas”. No espaço celebrativo foi preparado um local para receber a imagem de Nossa Senhora Aparecida, simbolizando também os 300 anos da aparição da imagem. Durante os nove dias foi depositada uma vela, fazendo memória dos frades que já atuaram nesta comunidade. Frei Clarêncio Neotti, vigário paroquial, levou a primeira. E o povo pediu, cantando: “A nós descei a Divina Luz, em nossas almas acendei o amor de Jesus”. Maria Eutália, mais conhecida como Eutalinha, fez uma prece pelos que trabalharam e se doaram neste templo: “A nossa gratidão aos falecidos e aos vivos. Que ambos gozem das bênçãos do Reino de Deus”. Frei Gilson, em sua bela homilia, deixou claro: “Maria, mostra-nos Jesus neste Santuário! E que nossa resposta seja sempre: Eis me aqui Senhor. Que nesta noite, nós que formamos esse Santuário, façamos verdadeiramente dele um lugar de Deus! Estejamos prontos e dispostos a fazer o que Ele nos pede!”. No momento do ofertório, a equipe litúrgica fez um histórico do Santuário. Primeiro, com um comentário, lembrando o pedido do bispo para que os frades junto dos fiéis fizessem uma Igreja cujo titular fosse o Divino Espírito Santo. Logo em seguida, houve a entrada de outros símbolos e elementos que recordavam o erguimento do Santuário. Já perto de concluir a liturgia que celebrava o primeiro dia da Novena, os adolescentes com placas apresentaram à comunidade a logomarca de 50 anos do Santuário. Como convite, Frei Djalmo lembrou ao povo que, nesta mesma noite, Frei Clarêncio faria a estreia de seu livro: “Santo Antônio, simpatia de Deus e do Povo”. Como lembrança deste momento, a comunidade distribuiu cerca de 10 mil medalhas com a imagem do Espírito Santo. Após a Missa, no pátio do Santuário, houve os festejos com barraquinhas e música ao vivo. Como proposta da Comunidade, a igreja ficou aberta 24 horas. Os adolescentes e a Renovação Carismática Católica ficaram em Vigília e adoração até as 5 horas da manhã. A igreja foi monitorada pela Segurança do Santuário e pela Polícia Militar de Vila Velha. Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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2º Dia da Novena

Com Maria, homenagem aos catequistas Tema do segundo dia da Novena: “Jesus nascido de Maria por obra do Espírito Santo”. Ação de graças por todas as crianças do Santuário.

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o sábado (27/5), dia da semana em que a Igreja faz memória de Maria, a novena começou às 17 horas, tendo, portanto, o subtema “Jesus nascido de Maria por obra do Espírito Santo” para a reflexão. A motivação ficou a cargo da catequese do Santuário e Padre Hiller Stefanon Sezini, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe de Vila Velha, amigo e um simpatizante do carisma franciscano, presidiu a celebração. Cantando, “a paz que é tão sonhada”, o povo reunido recebeu a segunda vela de Pentecostes, entronizada pela sra. Jacil, a mais antiga catequista deste ministério, lembrando todos os catequistas do Santuário. Neste segundo dia, o nascimento de Jesus foi recordado. A primeira leitura desta celebração recordou o povo por meio da carta de Paulo, quando cita a nossa filiação, por meio de Cristo:


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“Todos receberam a filiação, por meio de Cristo”. O salmo convidou à reflexão: “Anunciar para o mundo ouvir que Jesus é o nosso Salvador”, e dois jovens entraram embalando uma criança, recordando o nascimento de Cristo, nosso Salvador”, e outros recordando Maria e José. Padre Hiller, com alegria, pediu: “O que eu mais peço é uma torrente de graça sobre todos nós. Bênção sobre bênção!” Agradeceu a presença dos frades franciscanos nas terras capixabas. Ele fez questão de partilhar a experiência vivida recentemente em Assis. “Um dia quis ser franciscano”, partilhou com a comunidade, falando do início de sua caminhada vocacional e aproximou estreitamente sua caminhada pessoal à vida dos frades. “Na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho. No tempo marcado por Deus, feznos filhos de Deus em seu Filho Jesus. Recordou com a comunidade a nossa fraternal filiação”, disse. Usando da palavra “Deus”, Padre Hiller chamou a atenção da assembleia para enfatizar nossa vida em Deus. Segundo ele, as letras “e” e “u” formam o “eu”, que está dentro de Deus”. As crianças da catequese, juntamente com as catequistas, fizeram uma bela coroação de Nossa Senhora no encerramento do mês dedicado a Maria. Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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3º Dia da Novena

FREI GERMANO: CÉU é o lugar onde se experimenta o amor de deus Tema do terceiro dia da Novena: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos” - Solenidade da Ascensão. Ação de graças por todos os avós.

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assou a escuridão e o Sol triunfou”. O canto deu o tom inicial na celebração do 3º dia (28/5) da Novena de Pentecostes. Frei Germano Guesser, pároco da Paróquia Santo Antônio do Pari (SP), presidiu a celebração na solenidade da Ascensão e o Dia das Comunicações Sociais, em que se refletiu a Palavra de Cristo: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos”. O pároco Frei Djalmo acolheu Frei Germa-


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no, recordando que seu confrade já conhecia o povo capixaba, pois nos anos de 93 e 94 atuou na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, quando era presbítero recém-ordenado. A comunidade recordou nessa noite todos os avós, vivos e falecidos. Segundo Frei Germano, a Ascensão de Cristo é nossa participação na glória, na divindade. “Céu é o lugar onde se experimenta o amor de Deus. Não é um lugar físico, mas uma experiência. Só conhecendo e desfrutando o mistério que há em Cristo que experimentaremos a divindade de Deus. O fim da humanidade não é o cemitério, o túmulo, mas o próprio Deus. Ele é nosso ponto final”. A respeito da prece pelos avós, Frei Germano recordou as palavras do Papa Francisco, quando disse: “O povo que não respeita os avós é um povo sem memória”. Os frades que ali se encontravam invocaram uma bênção especial aos avós por intercessão de Sant’Ana e São Joaquim. Nesse dia, alguns jovens, todos eles caracterizados, representaram as pessoas marginalizadas de nossa sociedade, com uma grande frase do Papa Francisco: “Não quero uma Igreja tranquila, quero uma Igreja missionária”. Frei Germano ganhou da comunidade uma garrafa de vinho e agradeceu pelo convite. Também Frei Djalmo apresentou a Pastoral da Comunicação (Pascom), que começa a se formar na Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Frei Nazareno invocou a bênção sobre as medalhas e, aproveitando o momento, fez um convite aos jovens para conhecerem um pouco mais da vida religiosa franciscana. Após a bela celebração, o povo alegre seguiu para a tradicional quermesse.

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4º Dia da Novena

Maria, sempre fiel à sua missão Tema do quarto dia da Novena: “O Espírito Santo e o Dogma da Maternidade Divina de Maria”. Ação de graças por todos os que fizeram a Primeira Eucaristia no Santuário.

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o quarto dia da Novena de Pentecostes (29/5), Pe. Eduardo Oliveira, administrador da Paróquia Nossa Senhora da Glória em Vila Velha, refletiu sobre o tema “O Espírito Santo e o dogma da maternidade Divina de Maria”. A Celebração Eucarística, às 19 horas, foi concelebrada por Frei Paulo Ferreira, do Convento da Penha, e foi dedicada às pessoas que fizeram Primeira Comunhão neste Santuário. O pároco Frei Djalmo Fuck, após acolher Padre Eduardo e o povo, lembrou o falecimento de Frei Márcio de Araújo Terra, que exerceu seu ministério presbiteral na cidade de Vila Velha nos anos de 1977 a 1982, e depois de 1992 a 1998. No início da celebração, as pessoas que fizeram sua Primeira Eucaristia no Santuário ficaram de pé e, no meio do corredor, algumas


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crianças, que recentemente haviam feito a sua Primeira Comunhão, entraram com a quarta vela, representando todos os que vivenciaram esse momento no Santuário. Pe. Eduardo confessou sua alegria pelo convite para presidir a celebração e agradeceu a comunidade franciscana pela ajuda fraterna na comunidade de Nossa Senhora da Glória, antes mesmo de ser Paróquia. Na sua pregação, o celebrante falou do papel evangelizador de Maria: “Maria foi fiel à sua missão quando, nas bodas de Caná, chamou os servos e disse: ‘Fazei tudo o que Ele vos disser”. Continuando, disse: “Maria, acima de tudo, foi sempre consciente da sua condição”. Falou também sobre a importância da nossa vocação batismal e o quanto somos importantes para o Reino de Deus. Após a comunhão, as luzes do Santuário foram apagadas e assim todas as pessoas que fizeram a Primeira Comunhão acenderam as lanternas de seus celulares, voltando-se para a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Naquele momento, toda a Igreja estava iluminada por aquelas pequenas luzes. Dirigindo-se até a imagem de Nossa Senhora Aparecida, cantavam todos: “Nossa Senhora dos milhões de luzes que os céus acendem pra te louvar.” Frei Djalmo agradeceu ao presidente e fez as considerações finais. Frei Paulo abençoou as medalhas distribuídas ao término de todas as celebrações. Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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5º Dia da Novena

“Guardar o Espírito Santo não é arquivá-lo” Tema do quinto dia da Novena: “O Espírito habita no coração dos fiéis”. Ação de Graças pelos crismandos no Santuário.

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om o tema “o Espírito habita no coração dos fiéis”, a Novena chegou ao quinto dia (30/5). “Glória eterna a Ti, Senhor, glória eterna” cantou o povo recebendo pelo corredor central alguns crismados. O presidente para esta celebração, Pe. Roberto Camillato, pároco da Basílica Santo Antônio, de Vitória (ES), celebrou pela primeira vez no Santuário. O convite para esta celebração foi a todos que se tornaram adultos na fé. Num gesto simbólico, sete crismados trouxeram cartazes com os sete dons em forma de coração, enquanto o povo cantava “a nós descei, divina luz e o amor de Jesus”. A liturgia da palavra fez memória da vocação do profeta: “O Espírito de Deus está sobre mim, para anunciar o tempo da graça e da libertação”, segundo Isaías. O salmo, mais uma vez, reforçou o pedido de todos naquela noite:


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“Enviai o vosso Espírito Senhor e da terra toda a face renovai”. O evangelho de Lucas (4, 18ss) indicou a passagem do profeta Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim”. Em sua homilia, Padre Roberto disse que quando criança acompanhou a construção do Santuário e que também conheceu Frei Firmino e o bispo da época quando da ‘audaciosa’ construção do Santuário. Aos dois, atribuiu o título de singulares empreendedores. Acerca do Evangelho, refletiu: “Guardar o Espírito Santo não é arquivá-lo”. Recordando Paulo, disse: “Somos templos do Espírito Santo”, levando a comunidade a ter consciência do novo estado de vida para aqueles que confessam a fé na força e poder da infusão do Espírito Santo. “Diante da devoção ao Espírito Santo, torne essa experiência vigor nas tramas do dia a dia […]. Que o Espírito Santo nos faça viver um amor-profetismo […]. O Espírito Santo é cultivado por meio da ação em nós. Todos os que foram crismados são mais vinculados à Igreja, obrigados a dar um testemunho”, disse o padre. Houve um momento em que as pessoas trocaram entre si as velas, dizendo: “Receba a luz do Espírito Santo”. Nos agradecimentos, Frei Clarêncio deu ao Pe. Roberto livros sobre Santo Antônio, entre eles o seu mais novo lançamento. Por sua vez, Pe. Roberto agradeceu o convite e falou da satisfação de estar com a comunidade paroquial do Santuário e, de modo particular, agradeceu a Frei Clarêncio, que em sua época de estudos era o presidente da Editora Vozes e, nesse mesmo período, produzia materiais de estudos que o ajudaram em sua formação.

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6º Dia da Novena

“O Espírito Santo não pousa onde não existe amor, fé e esperança” Tema do sexto dia da Novena: “Isabel ficou cheia do Espírito Santo” - Festa da Visitação de Nossa Senhora. Ação de Graças em memória dos falecidos.

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este sexto dia (31/5) da Novena de Pentecostes, o Santuário do Divino Espírito Santo estava em comunhão com toda Igreja pela festa da Visitação de Nossa Senhora. O subtema escolhido foi justamente um trecho do Evangelho do dia: “Isabel ficou cheia do Espírito Santo”. Presidiu o sexto dia da Novena Frei Clarêncio Neotti, vigário paroquial. A prece deste dia voltou-se para os que estão junto de Deus: amigos, conhecidos e parentes já falecidos. Inclusive os religiosos que já passaram por esta Paróquia do Rosário. Nas mãos dessas crianças havia rosas brancas e uma delas trazia a sexta vela da novena. A liturgia da Palavra falou de encorajamento: “Não temas, Sião. Não te deixes levar pelo desânimo” (Sf 3, 16). No Salmo, a assembleia recobrou suas forças em Deus: “Eis o Deus Salvador, eu confio e nada temo. Ele é minha força, alegria e


6º Dia da Novena

salvação”. O santo Evangelho narrou a visitação de Maria a Isabel (Lc 1, 39-56): “E Isabel ficou cheia do Espírito Santo”. Em sua homília, Frei Clarêncio disse que Isabel significa plenitude de Deus. “Onde há fé, o Espírito Santo está presente. Onde está a plenitude, o Espírito Santo pode habitar”. Frei Clarêncio destacou as três virtudes teologais em Isabel: fé, esperança e caridade. “Ele (o Espírito Santo) não pode pousar onde não existe amor, fé e esperança”. Isabel ficou cheia do Espírito Santo porque pôde cultivar essas três preciosas virtudes. A caridade, por excelência, foi manifestada na vida dessa mulher quando seu filho concebido na velhice fez-se vítima no anúncio do Cordeiro de Deus, comentou o presidente. “Com essas duas intercessoras, Maria e Isabel… , Senhor, aumenta minha fé, confirma a minha esperança, multiplica o meu amor caridade para que eu possa, como Maria e como Isabel, ficar cheio do Espírito Santo”, acrescentou o celebrante. Como prece, a comunidade reunida cantou a ladainha de Nossa Senhora: “Mãe de Deus, clamamos a vós”. Na oração eucarística, no momento da recordação dos falecidos, Frei Clarêncio disse que “na fé católica os falecidos continuam fazendo parte da nossa comunidade na comunhão dos santos”, lembrando assim todas as intenções dos falecidos apresentadas no início da celebração. Para acompanhar esta oração, o som da “marcha fúnebre” de um trompete. Após a celebração, no estacionamento do Santuário, houve um pequeno show de Frei Florival Mariano de Toledo. Acompanhado de bons músicos, ele cantou de MPB a músicas religiosas, enquanto os paroquianos degustavam comidas típicas. Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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7º Dia da Novena

“Não existe Igreja sem Maria e Maria sem Igreja” Tema do sétimo dia da Novena: “Maria, mãe da Igreja”. Ação de graças por todas as pessoas que foram batizadas nesses cinquenta anos no Santuário.

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otivados pelo tema “Maria, mãe da Igreja”, a Novena de Pentecostes chegou ao sétimo dia (01/06). O bispo auxiliar da Arquidiocese de Vitória, Dom Rubens Sevilha, presidiu a Celebração Eucarística, onde todos os fiéis foram convidados a renovar a luz do Espírito Santo recebida no batismo e também celebrar os 50 anos de fundação do Santuário. Neste sétimo dia, a comunidade lembrou todas as pessoas que foram batizadas nesses cinquenta anos e os agentes de pastorais que acolheram e prepararam pais e padrinhos para o Sacramento do Batismo. Este momento foi marcado na procissão com pais e crianças batizadas recentemente e membros da pastoral do batismo. Na homilia, Dom Sevilha destacou “Nossa Senhora como modelo de Mãe, de unidade, de vida” e disse que ficou sabendo por Frei Djal-


7º Dia da Novena

mo Fuck, o pároco, que o título de “Esposa do Espírito Santo” (tema da novena), foi dado por São Francisco de Assis. Esse título dado a Nossa Senhora serve para nós como projeto de vida: “Também Nossa Senhora faz parte dessa construção da Igreja. Devemos pedir a Nossa Senhora para que ela se faça presente em nossas vidas, ajudando-nos a criar nossa família. Cabe a nós construir e reconstruir a unidade que o Evangelho destaca”, disse. Dom Sevilha ressaltou, citando o Papa Francisco, que a paz e a unidade precisam ser fabricadas com serviço braçal, com esforço. Provocou a seguinte reflexão: “Sendo discípulos de Cristo, como estamos construindo a paz, a harmonia e a unidade nas nossas vidas? Como conseguimos ser construtores da paz? Conversão é mudar o coração. É domar o nosso temperamento. Se temos um coração confuso, como ter paz? Como está a paz na sua alma? Quanto mais orgulho, menos paz. Só com humildade, olhando para Jesus com o coração manso e humilde, conseguiremos ter a paz. É preciso descomplicar. Ser simples e confiantes no Senhor”, enfatizou, desejando que a Paróquia possa continuar sendo construtora da paz. Após a comunhão, as luzes do Santuário foram apagadas. A comunidade entoou o canto: “Reunidos aqui, no cenáculo de amor, pedimos força pelas mãos de Maria…”. Jovens, vestidos de vermelho, representando os apóstolos, reuniram-se no fundo da Igreja com tochas acesas. Do meio deles surgiu uma mulher, representando Maria com Jesus no colo, e caminharam até o altar, onde Dom Sevilha recebeu o menino e o apresentou para a assembleia. Dom Sevilha agradeceu pela oportunidade de participar da Novena e recebeu um presente entregue por uma criança, representando todos os batizados no Santuário. Frei Djalmo fez as considerações finais. Dom Sevilha deu a bênção final pedindo a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, que proteja nossas famílias e todos os brasileiros neste momento tão triste de nosso país: “A presença materna de Maria auxiliou os discípulos a perseverarem na fé e na união. Não existe Igreja sem Maria e Maria sem a Igreja”. Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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8º Dia da Novena

“Cultivar o Espírito do Senhor é missão de todos nós” Tema do oitavo dia da Novena: “Ter o Espírito do Senhor e seu santo modo de operar” Ação de Graças pela Juventude do Santuário.

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o oitavo dia, a Novena de Pentecostes (02/06) teve como tema “Ter o Espírito do Senhor e seu santo modo de operar”. Representando a Fraternidade do Convento da Penha, presidiu a Celebração Eucarística Frei Pedro de Oliveira, sendo o pregador, Frei Paulo Roberto Pereira, atual guardião. Participou da celebração o irmão leigo Frei Pedro Engel. Neste dia da novena, a intenção da comunidade reunida esteve voltada aos jovens. Frei Paulo disse que “o jubileu é um tempo de perdão das dívidas. O perdão enchia a vida do povo. Era tempo da terra descansar e se refazer. É o tempo da renovação da aliança de vida e libertação. Por isso, a graça do Senhor se faz vida em nós”. Segundo o frade, é importante viver esse momento e vivê-lo com graça. “São Francisco tinha


8º Dia da Novena

uma intimidade muito grande com o Espírito Santo. É o Espírito de Deus que coordena a ação de todos os franciscanos, desde o primeiro dia da Ordem Franciscana. Uma das virtudes franciscanas é o desprendimento, a pobreza… São Francisco pregava que se tivessem que desejar alguma coisa, que desejassem possuir o Espírito do Senhor e seu santo modo de operar”, comentou Frei Paulo. “Para sabermos se um irmão tem de fato o Espírito do Senhor, devemos observá-lo fazendo alguma coisa. Se por acaso, ele se exaltar e se mostrar muito orgulhoso de suas obras, ele não tem o Espírito do Senhor. Porque faltou-lhe humildade. Deus age em nós! E a graça do Senhor faz grandes coisas. Cultivar o Espírito do Senhor é a missão de todos nós. Nos faz cultivar e praticar a humildade, a paciência. O Espírito do Senhor e seu modo de operar está relacionado à obra, à construção, a fazer algo em prol do outro”, acrescentou o pregador. “Ter o Espírito do Senhor e agir como ele age, é dom, é graça é mover-se por Ele. Por graça recebemos o Espírito e por esforço nosso podemos produzir boas obras. Nós que professamos a Santíssima Trindade sabemos que o Espírito de Deus existe e age desde que o mundo é mundo. O Espírito do Senhor é o sopro de Deus que habita o nosso pulmão. É aquele que dialoga com a Virgem Maria. E nós temos esse Espírito que nos encoraja e nos enche de esperança”, disse o pregador. Frei Djalmo agradeceu a participação de toda a Fraternidade do Convento e lembrou a vigília de Pentecostes que teria início depois da Missa. Na bênção final, Frei Paulo convidou os jovens a se aproximarem do altar para juntos pedirem e partilharem a bênção de Deus e a proteção materna de Nossa Senhora. Pediu que a comunidade reze pelos jovens, principalmente pelos que morrem prematuramente pela violência.

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9º Dia da Novena

Ministro Provincial encerra a Novena Tema do nono dia da Novena: “O Espírito Santo intercede por nós”. Ação de Graças pelas Pastorais, Movimentos e Serviços do Santuário.

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om o tema, “o Espírito Santo intercede por nós”, o nono e último dia da Novena de Pentecostes (3/6) teve como presidente Frei Fidêncio Vanboemmel, Ministro Provincial da Província Imaculada Conceição, com sede em São Paulo. A prece estava direcionada às Pastorais, Movimentos e Serviços da comunidade. Frei Djalmo acolheu a todos que estavam em comunidade e apresentou Frei Fidêncio, exaltando a importância de sua presença, principalmente neste último dia da Novena. A nona vela da novena foi entregue a Frei Djalmo, Pároco do Santuário, representando o serviço

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e a missão de todos os franciscanos que aqui estão e os que já passaram por aqui. Ele acendeu a vela no Círio Pascal e foi ao encontro de alguns membros das diversas pastorais e movimentos, que formavam um corredor central, iluminado. Em seguida, Frei Djalmo guiou os representantes da comunidade, que estavam com as velas, até a imagem de Nossa Senhora Aparecida, onde todas as velas foram colocadas e foi entoado o canto “A nós descei”.

Abrir o coração ao Espírito de Deus

Frei Fidêncio saudou os confrades e as pas-


9º Dia da Novena

torais, movimentos e serviços do Santuário que completa 50 anos, Jubileu Mariano. Santuário, uma igreja que se prepara para celebrar Aquele que aqui é sempre invocado, o Divino Espírito Santo. O Ministro destacou que, com o tema do dia “O Espírito Santo intercede por nós”, o foco é olhar exatamente para o Espírito Santo como nosso verdadeiro intercessor. Segundo o frade, intercessor é aquele ou aquela que se coloca no lugar do outro para ajudá-lo em uma eventual necessidade. Aquele que se coloca como defesa da pessoa. Intercessor é aquele que se move para o meio, para o centro. Não é apenas movimento físico, mas um colocar-se no centro de nossas causas. Por isso, invocamos o Espírito Santo para que esteja sempre no centro de nossas ações e causas. O Espírito Santo é aquele que intercede a Deus por nós e nossas necessidades. Neste domingo, celebramos o Espírito Santo que aparece entre línguas de fogo. Mas para entender melhor toda essa palavra, devemos retroceder um pouquinho. Lemos a Carta de Paulo, que fala de um só mediador, que é Jesus Cristo. Onde colocar o Espírito Santo se o próprio Deus fala de um só mediador? Como assim, se desde pequenos fomos educados a pedir a ajuda da mãe? Lemos a palavra “... e quando

chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu filho Jesus Cristo para que fosse nosso mediador”. Quando Jesus inicia sua missão, ele proclama: “O Espírito do Senhor está sobre mim”. Foi assim que Jesus, o grande e único mediador, passou pela terra. A samaritana ele oferece o perdão; ao cego ele oferece a visão; à multidão faminta ele oferece a partilha do pão; aos leprosos ele purifica a pele; aos medrosos ele oferece a fé; ao pecador no alto da cruz, o perdão; e a Pedro, que o negou 3 vezes, ele ainda pergunta: “Pedro, você me ama”? Enfim, o único mediador, Jesus, rezou e intercedeu por todos os que creram nele. Portanto, Jesus é o primeiro grande intercessor entre Deus e a vida humana. Ele foi, de fato, e continua a ser o nosso advogado, que não precisa de muitas palavras, mas usa da misericórdia de Deus para fazer o bem a cada uma das pessoas. Depois de cumprir a sua missão na terra, Jesus começa a preparar o coração dos discípulos para que eles pudessem abrir-se à vinda do Espírito Santo: “Eu novamente vou para o Pai. E é muito bom, porque se eu for, vou enviar o Paráclito que lhes ensinará todas as coisas. Quando vier o Paráclito, ele é que vai dar testemunho de mim. Não tenham medo, porque através do Espírito Santo estarei com vocês. Frei Fidêncio lembrou que ouvimos um tex-

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to maravilhoso na segunda leitura, quando São Paulo fala: “Também o Espírito vem em socorro de vossa franqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que vem em socorro da nossa fraqueza”. Jesus foi mediador enquanto viveu e depois nos enviou o Espírito Santo. Mas, o Espírito Santo precisa ser invocado, não somos nós que oramos para o Espírito Santo. É o Espírito Santo que ora em nós. Por isso é importante invocá-lo para que ele seja de fato nosso protetor. Se acreditamos que Jesus é o mediador, quem nos dá essa fé é o Espírito Santo, o defensor enviado por Jesus para nos defender diante do Pai. A primeira atitude, segundo o Ministro Provincial, e a mais importante, é abrir o coração ao Espírito Santo de Deus. Porque é do coração que brotam todas as coisas boas, todo o bem. Não devemos deixar o espírito da luxúria e da ganância tomar conta de nós. Devemos pedir para que esse Espírito Santo do Senhor nos anime para que possamos continuar nessa caminhada de Deus. Preparamo-nos em união como Espírito Santo nesses nove dias para recebermos e nos saciarmos da grande festa da vida. Devemos invocar o Espírito Santo para que nos encaminhe para Jesus, para o Evangelho. E finalizou invocando: “Espírito Santo de Deus, intercedei por nós”.

Paz sonhada e cantada

Após a Comunhão, Frei Florival lembrou a Festa de Pentecostes e falou do temor que tiveram, se dariam conta de fazer uma Novena. Mas, ressaltou que quando colocamos nossos dons e carismas a serviço do irmão, o Espírito Santo intercede por nós. Alguns jovens com vestes brancas e bandeiras se posicionaram à frente do altar, no presbitério. Ao som de uma música, abriram as bandeiras, onde se lia “PAZ” e caminharam pela igreja. Um grande véu branco foi-se abrindo e cobrindo as pessoas. Em seguida, outros jovens entraram com corações vermelhos, onde estavam em destaque os dons do Espírito Santo. Um momento de muita emoção e alegria que foi finalizado com toda a assembleia cantando “Seja bem-vindo Espírito Santo”.

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9º Dia da Novena

Homenagem

Como gesto de agradecimento à comunidade paroquial pelos inúmeros esforços de seus membros, Frei Djalmo chamou Dona Eutalinha ao altar para lhe prestar agradecimentos, por tudo que ela é, e por tudo que representa para a comunidade do Santuário. De forma brevíssima, Frei Djalmo fez uma reverente lembrança da caminhada de Dona Eutalinha. Ele contou que Dona Eutalinha dava catequese para as crianças no presbitério da igreja, onde ainda não tinha nada. Além de ajudar em outros serviços, o que faz até hoje. Duas crianças entregaram rosas e uma placa comemorativa dos 50 anos do Santuário a Dona Eutalinha. Na placa, os dizeres: “Ao celebrar 50 anos de existência, o Santuário do Divino Espírito Santo presta justa homenagem e agradecimento à Sra. Eutália, pelos muitos anos de serviço”. Dona Eutalinha, ou vovó Tatá, como é carinhosamente chamada, deu um emocionado depoimento, lembrando todos que passaram e fizeram história no Santuário, principalmente os Freis falecidos: Frei Márcio, Frei Vitalino e Frei Vunibaldo. Em seguida, Frei Djalmo abençoou as medalhas que, como aconteceu durante toda a semana, foram entregues ao final das celebrações. Frei Fidêncio, no final, deu a bênção de Pentecostes, antes de se iniciar a Vigília de Pentecostes durante toda a noite. Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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Pentecostes

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Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro


Pentecostes

Frei Fidêncio pede novo

Pentecostes na Igreja

N

o domingo (4/6) solenidade de Pentecostes, o Santuário do Divino Espírito Santo, em Vila Velha (ES), celebrou com alegria o Padroeiro. Coroando a novena e todas as festividades, a celebração foi presidida pelo Ministro Provincial desta Província da Imaculada, Frei Fidêncio Vanboemmel. O Cenáculo que recebeu o Espírito Santo foi representado em um breve instante durante a celebração. No escuro, alguns jovens entraram na igreja encenando pessoas “sem a Luz”, mas se colocaram em oração e, após breve momento, receberam de uma jovem caracterizada como Maria, Mãe de Jesus, a luz do Círio Pascal. Depois, aos poucos, foram acessas as outras velas do espaço celebrativo. Frei Fidêncio, sensível a esse momento, finalizou pedindo: “Que o fogo do Espírito Santo queime nossos pecados e nos transforme em pessoas melhores”.

A LUZ DO ESPÍRITO SANTO

“A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio. Recebei o Espírito Santo”. Frei Fidêncio iniciou a sua homilia, agradecendo, em primeiro lugar, pelo convite para celebrar, não só neste dia, mas também no último dia da novena. Agradeceu a toda a assembleia que fez Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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Pentecostes

parte dessa história de 50 anos do Santuário e pediu: “Que o Espírito Santo de Deus esteja sempre no coração de cada um, para que sejam sempre animadores, guias e pais espirituais desse povo de Vila Velha”. O Ministro Provincial saudou a comunidade do Divino Espírito Santo. “Por cada um, pelo que são e pelo que foram para o Santuário. Que sejam sempre Igreja viva, como os jovens que acabaram de demonstrar aqui no altar. Como é bonito celebrar o Espírito Santo, o cuidador por excelência dessa casa de Deus. O dom prometido por Jesus que transforma e faz renascer sempre esse homem novo na manhã de Pentecostes. A palavra de Deus que ouvimos é maravilhosa. São João apresenta a comunidade reunida no Cenáculo onde Jesus celebrou a última ceia e onde recebeu o dom do Espírito Santo no primeiro dia da ressurreição”. Frei Fidêncio lembrou que o contexto do evangelho de João apresentava uma comunidade cristã “sem Jesus”, pois estava anoitecendo. “Anoitecer, nesse momento, significa não ter ideia clara do que vai acontecer. A porta estava trancada por medo. Esta é a comunidade sem Jesus, uma comunidade desamparada, com medo, desorientada, insegura, que perdeu a referência e não sabe onde e em quem se agarrar”, explicou o celebrante.

O CENTRO DE NOSSA VIDA

“De repente, continuou o Ministro Provincial, essa comunidade é surpreendida pela presença do Ressuscitado. Para mostrar a eles que Ele, Jesus, é a referência principal. É o centro. E onde está o Ressuscitado, ali está a comunidade. O que Ele lhes deseja em primeiro lugar é a paz. A paz devolve novamente a esses temerosos discípulos a coragem. Eles perdem o medo. O Ressuscitado, mostrando as marcas, mostra o tamanho do seu amor. Essas marcas mostram até onde Deus é capaz de chegar. Ele mostra que voltou para livrá-los do medo. E sopra sobre eles o Espírito Santo, recriando a vida nessas pessoas que estavam trancadas lamentando a morte, para que pudessem compreender o sentido mais profundo do mistério da ressurreição do Senhor. Ele confia a essa comunidade uma missão, a esses discípulos, perdoar os pecados. Essa missão significa eliminar do mundo tudo o que é pecado, para que, através do amor do Ressuscitado, pudessem criar novas comunidades. Por isso, uma comunidade verdadeira é aquela conduzida pelo sopro do Espírito Santo, que se encontra em volta dos sinais do amor de Deus, que

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Pentecostes

continua a mesma missão de Jesus de anunciar a misericórdia”, explicou. Voltando para a primeira leitura, Frei Fidêncio destacou que é o Espírito Santo quem cria a comunidade, a Igreja do povo de Deus: “O Espírito Santo recria a comunidade cristã para que possa ir pelo mundo levando o amor de Deus, a graça de Deus, para que, através das línguas de fogo, a comunidade possa entender o verdadeiro amor de Deus”. “Percebemos – diz o ministro, retomando a segunda leitura dessa solenidade – que o Espírito Santo é a fonte de onde brota a vida na comunidade. “São Paulo fala dos dons, do carisma que devem ser a vida da comunidade. Quando esses carismas somam, a comunidade se torna mais perfeita. O primeiro dom que devemos professar é: “Jesus é o Senhor”. Para esse dom, tudo deve ser convergido. Há diversidades de graças, de ministérios, de costumes, mas quando tudo converge para Jesus, que é o Senhor, podemos dizer que essa é a Igreja do Espírito Santo de Deus.

NOVO PENTECOSTES

Frei Fidêncio, tomando a celebração dos 50 do Santuário, lembrou a comunidade reunida, dizendo: “Quando tudo se transforma em conflitos, ali não há dons. Se estamos aqui festejando os 50 anos do santuário, temos que olhar para trás e agradecer ao Espírito Santo de Deus que agiu nas pessoas. Para o presente, devemos olhar com esperança e ver que podemos criar um novo Pentecostes nessa igreja, amada e querida de nosso Papa Francisco”. Após a Comunhão, os corais Sancte Spiritus e “Sementes do Amanhã”, da Comunidade São Marcos, fizeram uma homenagem à Comunidade do Divino Espírito Santo e ao Dia de Pentecostes. Rafael, representando toda a juventude da comunidade, agradeceu a participação de Frei Fidêncio, entregando uma garrafa de vinho como lembrança. E enfatizou dizendo que essa lembrança significa a transformação. Em seguida, Frei Djalmo agradeceu a todos que participaram pelo menos em um dia da novena. E pediu um aplauso especial para quem não estava presente na celebração, mas que trabalhou absurdamente todos esses dias nos bastidores, como a equipe da cozinha. Frei Fidêncio se despediu da comunidade e agradeceu, mais uma vez, a acolhida de todos. Em seguida deu a bênção solene de Pentecostes, encerrando as festividades de Pentecostes. Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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Igreja Viva

Santuário:

lugar de encontro, acolhida, formação e fé

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omemorar 50 anos do Santuário Divino Espírito Santo é revisitar uma história de fé e missão que se entrecorta com a necessidade da evangelização de seu povo. E, nesse tempo, à luz do Evangelho, é que se iniciou a formação das pastorais e movimentos que representam desde sempre a força viva da Igreja, que difundem os ensinamentos de Jesus Cristo, continuando a missão de evangelizar a favor da vida plena. Atualmente, são 18 pastorais e movimentos que abrangem as diversas formas do ministério da Palavra de Deus sendo eles: a pastoral da acolhida, dízimo, liturgia, familiar, batismo, juventude, saúde, surdos, sobriedade, terço dos homens, catequese infantil, perseverança, crisma, catecumenato, ministros da Comunhão Eucarística, Congregação Mariana, Renovação Carismática Católica, Encontro de Casais com Cristo, Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil, Grupo da Solidariedade e Alzheimer, Teologia, Fraternidade de Acolhimento Vocacional. Quem chega para os momentos celebrativos no Santuário, sempre é bem recebido e acolhido. Uma das características expressivas desta comunidade é sua grande equipe de acolhida nas celebrações. Com um número aproximado de 200 voluntários, organizados em grupos, o Santuário recebe todos aqueles que chegam para as celebrações. E sabendo que a comunicação influencia diretamente na reconstrução da história, o Santuário também se reestrutura para atender as necessidades locais. Atualmente, situado em meio ao comércio do munícipio de Vila Velha, flexibilizou os horários de atendimento individual e também de missas a fim de acompanhar os interesses de sua comunidade local e construir um mundo mais humano diante da velocidade das rotinas. Nesse sentido, neste ano começaram as celebra-

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ções da Missa ao meio-dia. O número de pessoas é consideravelmente grande, pelo horário. Em relação às possibilidades físicas do Santuário, há 50 anos ele se tornou referência como espaço eclesial para a formação pastoral da Arquidiocese de Vitória. Dada a sua estrutura física, o Santuário favorece à arquidiocese um espaço adequado para os variados eventos. Possui um considerável espaço capaz de comportar centenas de pessoas. Há um amplo centro pastoral. E sua localização é estratégica, facilitando o acesso dos fiéis. Um ambiente capaz de acolher encontros, retiros, palestras e seminários, tornando-se centro para as grandes celebrações.

Valéria Tanure, coordenadora do Santuário


Igreja Viva

Atividades Pastorais Acolhida: Durante as celebrações

Dízimo: Durante as celebrações

Liturgia: Quarta-feira, 19h30

Terço dos Homens: terça-feira, 19h

Grupo de Oração: Segunda-feira, 19h

Perseverança: Quarta-feira 19h

Pastoral da Sobriedade: Terça-feira, 19h

Pastoral dos surdos: Domingo, 17h30

Catequese Infantil: Terça–feira, 19h S ábado – 8h e 15h

astoral do Batismo: entrar em contato com a P coordenação

atecumenato: Quinta-feira, 19h C Sábado – 15h

ongregação Mariana: Domingo após as C missas

Crisma: sábado, 15h

Teologia: Segunda e terça-feira, 19h

astoral da Saúde : Segunda a sexta-feira, P 8h às 17h Sábado, 8h às 11h

Grupo da Solidariedade: Quinta-feira, 19h Grupo Alzheimer: 1ª quinta-feira do mês

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Depoimentos

CELEBRAR 50 ANOS É.... “É ter a certeza de que Deus sempre nos amou e nos ama de maneira incondicional e a cada momento renova conosco Sua aliança até que cheguemos ao Santuário Eterno.” Zilma Rita de Sousa, 54

“É também celebrar mais um ano da minha vida porque desde que nasci sou criada aqui, considero a minha segunda casa. Santuário para mim é família e fico muito feliz de ver a casa cheia e em festa.” Sarah Baldi da Vitória, 16

“O Jubileu de Ouro é um marco importante e histórico da família cristã de Vila Velha. Estou feliz por participar desta festa, é muito gratificante.” Rosângela de Cassia Gomes Pereira Peroba, 57

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“Para mim é a importância de ter o Santuário como uma casa, posso dizer que aqui é a extensão da minha família. Celebrar o Jubileu é muita alegria por ter a oportunidade de frequentar e fazer parte dessa família.” Alexandre Guasti da Vitória, 47

“Celebrar os 50 anos do Santuário representa reviver uma história de fé e testemunhar que este é o meu lugar. Celebrar os 50 anos do Santuário é muita emoção. Não convivi no período da construção, porém há 35 anos estou em Vila Velha e vivo encantada. Santuário é vida, dá vida para a gente”. Elizete Soares


“Moro longe do Santuário. No meu bairro há outras Igrejas, inclusive na minha rua, mas faço questão de vir neste templo dedicado ao Espírito Santo. Participo há 40 anos. Lugar que corresponde às nossas expectativas e anseios.” Zélia Leal

Poder ter participado do crescimento e amadurecimento desta comunidade é gratificante. Os franciscanos tiveram um papel especial, promoveram a comunhão entre as pessoas, a ajuda mútua. “A comunidade cresceu na participação, no ser cristão.”

“Mudei-me para Vila Velha logo quando começou a construção do Santuário. É muito gratificante ver como esta comunidade está hoje, crescendo cada vez mais a serviço do Reino.” Lourdes Maria Barcelos

“Acompanhei as grandes mudanças do Santuário. É maravilhoso presenciá-las, pois só trouxeram bons frutos para esta comunidade. O Santuário é lugar de referência. Local de fé, carinho e encontro com Deus.” Maria de Lourdes Gonçalves Raphalsksy

Alice Uliana Miranda

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Depoimentos

O ESPÍRITO QUE UNE UMA FAMÍLIA

FAMÍLIA UNIDA João Pedro, Ronaldo Leocádio (pai), Gabriel (sobrinho), Sra. Ivete (avó), Mateus, Marizete e André

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A

família de Marizete Pietralonga tem uma ligação próxima com o Santuário. “Meu pai, Francisco de Salles, participou da sua construção. Naquela época, os maquinários eram bem precários e uma das atividades que ele exercia era a de serrar as madeiras e caibros que seriam responsáveis pela sustentação da obra. Isso sempre foi motivo de muito orgulho para ele e para nós também”, recorda Marizete. Para ela, celebrar esse Jubileu, que antes de tudo, é celebrar a fé, a vida religiosa, a determinação, foi também foi uma forma de homenagear e agradecer a participação e dedicação de nosso pai durante a construção: “Celebramos a nossa história, junto com a história deste querido Santuário”. Segundo a paroquiana, cresceu recebendo a orientação de pais orantes que, em meio às tribulações, faziam da fé e da oração suportes para seguirem a caminhada. “As dificuldades e a carência material eram tantas, mas sempre menores do que a certeza de que Deus estava olhando por nós e de

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que, na hora certa, as bênçãos chegariam. Todas as noites, mamãe reunia os 5 filhos, ainda muito pequenos, colocava-os ajoelhados ao redor da cama para rezar o terço e entregava nosso futuro nas mãos de Deus, por meio de Nossa Senhora. As preces foram atendidas e, hoje, todos os filhos estão bem formados e com família constituída. Agora, nossa mãe teve a felicidade de festejar Pentecostes, todos os dias, ao lado de filhos, genros, noras e netos”, conta Marizete, que começou a participar da vida em comunidade no Santuário do Divino Espírito Santo quando seus 3 filhos eram bem pequenos. “Fomos tão bem acolhidos, que me senti como se estivesse realmente na casa do Pai. Decidi que ali seria o lugar ideal para eles crescerem, perseverarem e fortalecerem a fé”, explicou. Hoje, faz parte da Pascom e os filhos, junto com outros jovens, participam da equipe de Perseverança. Para Marizete todas as expectativas foram superadas: “A comunidade virou uma grande família em Cristo Jesus e as noites eram de orações e de confraternizações, com comidas deliciosas”, disse, revelando que a tia Cristina Pietralonga e, na sequência, o filho Mateus, que completou 18 anos, optaram por celebrar no Santuário. “Foram momentos de muita emoção para todos nós”. “Desejo que o Santuário do Divino Espírito Santo seja sempre conduzido pelo fogo do Espírito Santo; que nossos Freis nunca desistam da nossa comunidade, apesar de nossas fraquezas humanas; que não tenham medo de ousar; que nos ensinem a crescermos cada vez mais, espiritualmente; e que eventos como o da Novena de Pentecostes façam parte da rotina deste Santuário”, encerrou.

Marizete Pietralonga


Depoimentos

“NESTA FESTA, EU GANHEI O PRESENTE” “Falar sobre o Santuário Divino Espírito Santo é voltar ao dia do meu nascimento. Sou de uma família católica, praticante e atuante nessa comunidade. Meu primeiro passeio foi à igreja, acompanhando meus pais. Recebi a consagração do Batismo pelas mãos do Frei Jorge Luiz Maoski, no dia 1º de Setembro de 1985, iniciando, portanto, minha vida cristã. Ainda no Santuário recebi minha Primeira Eucaristia e Crisma. O tempo passa e nas fases da adolescência e juventude chegam os compromissos. Vestibular, curso superior, estágio e, por fim, o mercado de trabalho. Não foi e não é fácil alinhar a correria do cotidiano com as atividades pastorais. Mas lembram a minha família?! Católica, praticante e atuante. Da minha mãe ouço até hoje: ‘Sem Jesus Eucarístico não somos ninguém’. Não. Realmente não somos ninguém. Por algum tempo participei do Ministério da Acolhida, mas saí por incompatibilidade com o horário de trabalho. Maria, minha mãe, Santa Protetora. Por Nossa Senhora da Penha intercede ao pai por minha vida. Quando não estou no Santuário é na casa da Mãe, da virgem das alegrias, no alto da Penha, que me alimento semanalmente com a minha fonte de fé, força e coragem para continuar firme na caminhada: Jesus Eucarístico. Sempre acreditei que há um Deus vivo. Um Deus que cuida e ama. Mas sou humana, leiga e pecadora. Muitas vezes falar em ter fé, foi só por falar. Até quando, em outubro de 2016, recebi a maior derrota da minha vida. A partida da minha irmã, aos 25 anos. Fé?! Mas a minha fé seria capaz de me fazer sorrir novamente? De continuar vivendo? Minha irmã se foi... o meu grande amor se foi. Deus, como eu vou continuar? Como jornalista essa era a pergunta que fazia a todo momento, atordoada por uma dor dilacerante. A dor da partida, a de ver a dor da minha mãe e meu pai por enterrar uma filha cheia de alegria que, assim como eu, teve seus 25 anos aqui na terra atuando no Santuário. E Deus mandou para minha casa, para minha

família, sua resposta. Meus Freis amigos do Santuário: Florival, Paulo, Djalmo e Nazareno. E de longe, meu querido amigo, Frei Valdecir. Cada qual com uma palavra, um sorriso, um abraço. Não posso esquecer os poucos amigos, aqueles que seguram minhas mãos nos momentos de alegria e não as largaram nos de tristeza. E 2017 é o ano de 50 anos do Santuário. Na novena de Pentecostes algo superior despertou em meu coração a vontade de ajudar. Fui voluntária na cozinha, em doações, logísticas. Assim como minha mãe. E que grata surpresa, Santuário, vou confessar agora. Até meu pai, católico, mas arredio, impulsionado pelos amigos como Valéria, Euthalinha e Frei Florival, pela primeira vez, foi voluntário. Colocou a camisa, a touca e vivemos 9 dias que ficarão marcados para sempre. Nessa festa de 50 anos, quem ganhou o presente fui eu. Nós três, juntos, servindo em nossa comunidade. Obrigada, meu Pai e minha Nossa Senhora. Sim! Hoje, mais do que nunca, eu digo: Tenha Fé. Acredite! Deus nos dá a resposta no tempo certo e cura, dia após dia, nossas feridas.

Fé e superação Letícia sofreu com a perda da irmã de 25 anos. Mas superou a dor e pôde celebrar o Jubileu com alegria.

Letícia Cardoso, jornalista, 32 anos Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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Depoimentos

“SANTUÁRIO É A SEGUNDA CASA”

O

casal Vanessa Mion Careta, 32 anos, e Wanderson Fiorese, 37 anos, residem em Castelo (ES) e frequentam o Santuário há quatorze anos, onde se casaram, e atualmente são Ministros Extraordinários da Eucaristia. “Seguramente podemos afirmar que o Santuário é nossa segunda casa, onde também vivemos em família. Além do encontro com o Cristo Eucarístico, ali desfrutamos da alegria de viver em comunidade e da grandiosidade do servir a Deus. E somos gratos ao Senhor por nos ter dado o privilégio de estarmos, agora, participando da festa de seu Jubileu”. Segundo o casal, a realização da Novena foi “ousada” e envolveu a todos no trabalho de divulgação. “Queríamos ver a casa cheia todos os dias, trazendo diferentes temas, com o envolvimento dos mais diversos grupos da comunidade, proporcionando momentos festivos, de confraternização ao final de cada celebração. E não é que deu certo! Superou todas as nossas expectativas e nos fez crescer muito como comunidade e família de Deus”, comemoram Vanessa e Wanderson, que ajudaram na preparação litúrgica do 6º dia. Animados com o sucesso da festa, os dois já miram outro jubileu: “Que a comunidade continue dedicada e empenhada para a manutenção e crescimento dessa linda casa, passando essa tarefa para as novas gerações, para que tenham o privilégio de comemorar o centenário de forma tão intensa e brilhante como foi comemorado o jubileu de 50 anos”.

Frei Clarêncio

lança novo livro na

festa do Jubileu

A

proveitando esse momento de júbilo dos 50 anos do Santuário Divino Espírito Santo, Frei Clarêncio Neotti lançou mais um livro: “Santo Antônio: simpatia de Deus e do povo”, publicado pela Editora Santuário (Aparecida), com 198 páginas. Neste livro, Frei Clarêncio apresenta 26 sermões prontos para a trezena de Santo Antônio, todos eles baseados em textos do santo franciscano. “Não há quem não tenha uma simpatia pela vida deste grande santo

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que, ora está no imaginário do povo; ora nas preces dos fiéis que pedem graças a Deus, por meio deste exímio santo. Dentro de uma linguagem bastante atual de nossas juventudes, diria que Santo Antônio estaria entre os “top 10” dos santos populares. Ousamos até dizer que ele estaria liderando esse ranking. Não é à toa. O povo brasileiro possui um afeto estreito à vida deste homem e ao que ele pôde cultivar e semear em nossa terra.


Fraternidade

A fraternidade do jubileu

Frei DJALMO FUCK

Natural de Angelina (SC), nasceu no dia 31 de março de 1974; vestiu o hábito franciscano em 12/01/1995; fez a profissão solene na Ordem Franciscana em 02/08/2000 e foi ordenado presbítero em 10/05/2003.

Leia entrevista na página 12

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Fraternidade

Frei CLARÊNCIO NEOTTI

Natural de Salete (SC), nasceu no dia 29 de dezembro de 1934; vestiu o hábito franciscano em 23/12/1954; fez a profissão solene na Ordem Franciscana em 24/12/1958 e foi ordenado presbítero em 06/01/1961.

Fomos muito felizes em celebrar os 50 anos de inauguração do Santuário do Espírito Santo na novena de Pentecostes. Durante oito dias enfeites, barraquinhas, pregações traziam à memória não só o Divino Espírito Santo, mas uma longa bela e muito vivida história comunitária. E se é uma verdade que o Espírito Santo é a alma da Igreja, celebrando na comunidade e em âmbito de comunidade estávamos celebrando nossa própria alma. A participação intensa de centenas de paroquianos, muitos deles ainda se lembrando da inauguração e do gigantesco esforço de 50 anos atrás, esquentou o sangue franciscano nas veias dos Frades de hoje pela lembrança dos Frades de ontem que, aliás, foram todos lembrados com grande carinho e gratidão. Celebrar não é narrar o passado. Celebrar é pôr lenha no fogo, para temperar o presente. Celebrar é acender luzes para iluminar a estrada por caminhar. Celebrar é alegrar-se com o que foi feito e botar as mãos na massa que hoje leveda para amanhã ser o pão na mesa. O Espírito Santo nos dê o dom da fortaleza!

Frei FLORIVAL MARIANO DE TOLEDO

Natural de Umuarama (PR), nasceu no dia 14 de janeiro de 1970; vestiu o hábito franciscano em 15/01/1994; fez a profissão solene na Ordem Franciscana em 02/08/2001 e foi ordenado presbítero em 23/08/2003.

Senti uma alegria muito grande em ver as pessoas relatando suas histórias aqui neste lugar, desde a escolha do terreno ao término da construção do Santuário. A generosidade em dar do pouco que tinham para ver esse sonho do Santuário ficar pronto. Isto é impressionante! É sinal de fé! E ver nos nove dias a igreja cheia de gente celebrando com gratidão e se envolvendo na festa celebrada foi incrível. Fomos renovados pelo Espírito para avançarmos com confiança nesta história que continua! Minha prece e pedido aos nossos paroquianos é: deixem-se conduzir pelo Espírito Santo na modalidade franciscana, pois a vida nesta cidade necessita de homens e mulheres lúcidos, com memória histórica, comprometidos com o Evangelho de Cristo. Que aqui se deixem revigorar pela força viva da comunidade que reza, celebra, canta, acolhe e forma, para serem nesta cidade sinal de unidade e paz. Que cultivem a generosidade em servir os mais pobres e serem presença viva de uma igreja que segue os passos de Jesus Cristo.

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Fraternidade

Frei NAZARENO JOSÉ LÜDTKE

Natural de São Bonifácio (SC), nasceu no dia 26 de janeiro de 1966; vestiu o hábito franciscano em 11/01/1996 e fez a profissão solene na Ordem Franciscana em 21/07/2002.

Neste últimos dias, tive a graça de poder viver e participar, no Santuário de Vila Velha, onde moro atualmente, da novena do Divino Espírito Santo em preparação para a festa de Pentecostes e em preparação dos festejos dos 50 anos do nosso querido Santuário de Vila Velha. Vivemos aqui neste Santuário momentos de profunda devoção, alegria, de fé e carinho que o povo tem por este santuário e por tudo o que os freis, que aqui estão no momento e que aqui passaram, fizeram em benefício do povo e da cidade de Vila Velha. Foram momentos de muita fé e devoção para com o Espírito Santo e para com os freis que construíram este Santuário. Pude perceber e sentir o quanto o povo nos ama, pois cada gesto, atitude, transmitia este carinho para conosco. Deus seja louvado por tudo isto que aqui vivemos nestes dias!

Frei Leandro Costa santos

Natural de São Paulo (SP), nasceu no dia 05 de março de 1990; vestiu o hábito franciscano em 11/01/2009. Fez a profissão solene em 19 de setembro de 2015.

Não celebramos somente as paredes erguidas imponentemente, mas as várias vidas doadas até o presente momento. Celebrar os 50 anos do Santuário do Divino Espírito é celebrar a unidade tão acreditada e desejada por Cristo aos seus. Celebrar 50 anos é também reconhecer os frades que por aqui passaram e contribuíram com o projeto do Reino. Como necessitados das maravilhas do Reino e com o dever de anunciá-lo ao mesmo tempo, o Santuário Divino Espírito Santo antecipa-nos em dizer que, Deus não deixa seu povo sem o seu favor. E mais, os 50 anos deste templo é expressão desse Deus providente em tudo. Que capacita quem ele chama. E eu, Frei Leandro Costa Santos, sou feliz duplamente. Primeiro, por receber a primeira transferência para a fraternidade do Divino Espírito Santo, na Paróquia do Rosário. O segundo motivo, a coincidência com a celebração do jubileu desta comunidade. Só o que me resta, diante de tudo que vivi na celebração dos 50 anos, é agradecer. Sem dúvida, o que tenho vivido e o que a vida me reserva por aqui, terá efeito por todos os dias de minha vida como consagrado. Parabéns, Santuário! Parabéns à nossa Província, em seus frades. Parabéns a todos nós, paroquianos! E aos filhos do Santuário! Santuário do Divino Espírito Santo Jubileu de Ouro

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“Maria, Esposa

do Espírito Santo”


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