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Brigada de incêndio

Prevenção e Com b ate a Incêndio, Abandono de Área e Primeiros Socorros

PROXIMA BOOKS



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Brigada de Incêndio

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Teoria do fogo Métodos de extinção do fogo

OS T

Agentes extintores

7 8

Incêndio Classes de incêndio

RA

Sumário

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Sistema de proteção contra incêndio e pânico

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Equipamentos de Proteção Individual

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Abandono de área

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Primeiros Socorros

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Abordagem da vítima

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Ressucitação Cardiopulmonar

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Estado de Choque

22 23 25

AM

Emergências traumáticas

Movimentação e transporte de vítimas


Brigada de Incêndio A equipe de emergência é a Brigada de Combate a Incêndio. Ë uma equipe formada por pessoas treinadas com conhecimento sobre prevenção contra incêndio, abandono de edificação, pronto-socorro e devidamente dimensionada de acordo com a população existente na edificação.

RA

Cabe à esta equipe a vistoria semestral nos equipamentos de prevenção e combate a incêndios, assim como o treinamento de abandono de prédio pelos moradores e usuários. A relação das pessoas com dificuldade de locomoção, permanente ou temporária, deve ser atualizada constantemente e os procedimentos necessários para a retirada dessas pessoas em situações de emergência devem ser previamente definidos. A equipe de emergência deve garantir a saída dos ocupantes do prédio de acordo com o “Plano de Abandono”, não se esquecendo de verificar a existência de retardatários em sanitários, salas e corredores. O sistema de alto-falantes ajuda a orientar a saída de pessoas; o locutor recebe treinamento e precisa se empenhar para impedir o pânico. A relação e localização dos membros da equipe de emergência deve ser conhecida por todos os usuários.

OS T

Normativa NR-23 - Proteção Contra Incêndios - Portaria 3214 de 8/6/1978 NBR 14276:2006 - Programa de Brigada de Incêndio Ações de Emergência • Identificação da situação; • Dar alarme e inicar o abandono de área; • Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa; • Cortar a energia elétrica; • Prestar os primeiros socorros; • Combater os princípios de incêndio; • Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros; • Investigar.

AM

Informações importantes para o Corpo de Bombeiros • Se existe alguém confinado ou preso em algum compartimento do local; • Onde se desliga a energia parcial ou total da edificação; • Qual a capacidade da Reserva Técnica de Incêndio – RTI, e onde se localiza; • Onde se localiza o hidrante urbano mais próximo; • Se a edificação possui instalação de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP, Gás Natural – GN ou produtos químicos armazenados.

Obrigações do brigadista

Ÿ Conhecer os locais onde estão instalados os equipamentos de proteção ao fogo; Ÿ Manter desobstruídos os acessos aos extintores ou hidrantes; Ÿ Realizar revisões periódicas nos equipamentos; Ÿ Solicitar manutenções e reposição de peças caso necessário.

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Teoria do fogo Definição: Fogo é uma reação química que libera luz e calor, resultante da combustão de materiais combustíveis.

Tetraedro do Fogo

Combustível

Para que o fogo ocorra são necessários três elementos: calor, combustível e comburente. Eles devem estar em concentrações ideais para manter a reação em cadeia. Combustível: material consumido pelo fogo. Comburente (oxigênio): elemento que combina com combustível para que o fogo ocorra. Calor: energia necessária para iniciar o fogo. Reação em cadeia: é o processo químico que permite a continuidade da combustão.

Reação em cadeia

Co

mb

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C

Calor

OS T

Co m

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Calor

RA

Triângulo do Fogo

Combustível é toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão. Os combustíveis dividem-se em três grupos, de acordo com o estado físico em que se apresentam:

Sólidos

AM

Possuem forma definida. A maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e, então, reagem com o oxigênio. Queimam em superfície e profundidade. Ex.: madeira, papel, tecido, carvão, pólvora, etc.

Líquidos

Assumem a forma do recipiente em que estão contidos. Classificados em inflamáveis (PF < 60°C) e combustíveis (PF > 60°C e <93°C). Queimam em superfície. Ex.: gasolina, álcool, querosene, óleos, tintas, etc.

Gasosos

Não possuem forma nenhuma e tem a propriedade de se expandir indefinidamente. A queima pode ocorrer na forma de explosão em concentrações ideais. Ex.:metano, etileno, gás liquefeito de petróleo, gás natural, etc.

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Comburente É o elemento químico que se combina com o combustível, possibilitando o surgimento do fogo. O comburente mais comum é o oxigênio, encontrado no ar atmosférico em uma concentração de aproximadamente 21% (não haverá combustão abaixo de 8%).

RA

Calor

É o elemento responsável pelo início da combustão, que representa a energia mínima necessária para o início do fogo. Esta energia pode ser produzida por choque, fricção, pressão, faísca, por um ponto quente ou por chama viva.

Reação em cadeia

OS T

A reação em cadeia torna a queima autossustentável. O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combina com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.

Pontos de temperatura

PONTO DE COMBUSTÃO é a temperatura mínima na qual o combustível desprende vapores que se inflamam em contato com uma chama, mantendo-se a combustão.

AM

PONTO DE FULGOR é a temperatura mínima na qual o combustível desprende vapores que se inflamam em contato com uma chama, porém sem continuidade.

PONTO DE IGNIÇÃO é a temperatura mínima para o combustível inflamar-se sem chama direta, bastando o calor e a presença de oxigênio.

Propagação do fogo

O calor de objetos com maior temperatura é transferido para aqueles com temperatura mais baixa, levando ao equilíbrio térmico e podendo causar o surgimento do fogo nos materiais que estão recebendo a quantidade suficiente de calor para entrar em combustão. O calor pode se transmitir de três formas diferentes: condução, convecção e irradiação.

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Irradiação

É a transmissão de calor por meio de ondas e raios que se processa através do espaço vazio, não necessitando de continuidade molecular entre a fonte e o corpo que recebe o calor.

Convecção

Essa transmissão ocorre através do movimento de massas de ar aquecidas para cima, podendo iniciar o fogo em corpos combustíveis com os quais essas massas entrem em contato.

OS T

É a transmissão de calor que ocorre de molécula para molécula, através do aumento do seu movimento vibratório, acarretando, também, em um aumento de temperatura em todo o corpo.

RA

Condução

Métodos de extinção do fogo

A condição imprescindível para ocorrer o surgimento do fogo é a união dos elementos: combustível, comburente, fonte de calor e reação em cadeia. A extinção se dá quando eliminamos um dos lados do tetraedro do fogo.

AM

Resfriamento Remoção do calor da reação, sendo a forma mais comum através da absorção do calor pela água.

Retirada do combustível Simples remoção de material combustível, quase sempre da parte que não está queimando ainda.

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Abafamento Consiste em diminuir ou impedir o contato do comburente (oxigênio) com o material combustível.

Quebra da reação Realizada com o auxílio de um agente químico capaz de reagir em nível molecular, quebrando a reação em cadeia do fogo.


Incêndio Incêndio é o fogo fora de controle.

Fases do fogo em um incêndio

RA

Se o fogo ocorrer em área ocupada por pessoas, há grandes chances de que o fogo seja descoberto no início e a situação resolvida. Mas se ocorrer quando a edificação estiver deserta e fechada, o fogo continuará crescendo até ganhar grandes proporções. Essa situação pode ser controlada com a aplicação dos procedimentos básicos de ventilação. O incêndio pode ser melhor entendido se estudarmos seus três estágios de desenvolvimento.

OS T

Fase Inicial Nesta primeira fase, o oxigênio contido no ar não está significativamente reduzido e o fogo está produzindo vapor d’água (H20), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e outros gases. Grande parte do calor está sendo consumido no aquecimento dos combustíveis, e a temperatura do ambiente, neste estágio, está ainda pouco acima do normal. O calor está sendo gerado e evoluirá com o aumento do fogo.

AM

Queima Livre Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da convecção, isto é, o ar quente “sobe” e sai do ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas aberturas nos pontos mais baixos do ambiente. Os gases aquecidos espalham-se preenchendo o ambiente e, de cima para baixo, forçam o ar frio a permanecer junto ao solo; eventualmente, causam a ignição dos combustíveis nos níveis mais altos do ambiente. Este ar aquecido é uma das razões pelas quais os bombeiros devem se manter abaixados e usar o equipamento de proteção respiratória. Uma inspiração desse ar superaquecido pode queimar os pulmões. Na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do ambiente. Quando determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma queima instantânea e concomitante desses produtos, o que poderá provocar uma explosão ambiental, ficando toda a área envolvida pelas chamas. Esse fenômeno é conhecido como “Flashover”.

Queima Lenta Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxigênio, até atingir um ponto onde o comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as chamas podem deixar de existir se não houver ar suficiente para mantê-las (na faixa de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-se completamente ocupado por fumaça densa e os gases se expandem. Devido a pressão interna ser maior que a externa, os gases saem por todas as fendas em forma de lufadas, que podem ser observadas em todos os pontos do ambiente. E esse calor intenso reduz os combustíveis a seus componentes básicos, liberando, assim, vapores combustíveis. 8


Classes de incêndio

OS T

RA

“Backdraft” A combustão é definida como oxidação, que é uma reação química na qual o oxigênio combina-se com outros elementos. O carbono é um elemento naturalmente abundante, presente, entre outros materiais, na madeira. Quando a madeira queima, o carbono combina com o oxigênio para formar dióxido de carbono (CO2), ou monóxido de carbono (CO). Quando o oxigênio é encontrado em quantidades menores, o carbono livre (C) é liberado, o que pode ser notado na cor preta da fumaça. Na fase de queima lenta em um incêndio, a combustão é incompleta porque não há oxigênio suficiente para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partículas de carbono não queimadas (bem como outros gases inflamáveis, produtos da combustão) estão prontas para incendiar-se rapidamente assim que o oxigênio for suficiente. Na presença de oxigênio, esse ambiente explodirá. A essa explosão chamamos“Backdraft”.

Quase todos os materiais são combustíveis, no entanto, devido à diferença de composição, queimam de formas diferentes e exigem maneiras diversas de extinção. Por este motivo, convencionou-se dividir os incêndios em quatro classes: A, B, C e D.

B C D

AM

A

Classe A É o incêndio que ocorre em materiais sólidos ou fibrosos comuns que, ao se queimarem, deixam resíduos. Esses materiais queimam tanto em superfície, quanto em profundidade. Exemplos: madeira, papel, tecido, espuma etc. Classe B É o incêndio que ocorre em materiais líquidos inflamáveis. Esses materiais queimam somente em sua superfície e não deixam resíduos. Exemplos: gasolina, querosene, álcool, tinta etc.

Classe C É o incêndio que ocorre em equipamentos elétricos energizados (equipamentos que se encontram conectados à corrente elétrica). Exemplos: máquinas e motores em geral, painéis elétricos etc.

Classe D É o fogo que ocorre em metais pirofóricos, também chamado de ligas metálicas. Exemplos: magnésio, potássio, alumínio em pó, zinco, antimônio, etc.

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Agentes extintores São substâncias que empregadas contra o fogo, atuarão cancelando a ação de um dos elementos do tetraedro do fogo. Trataremos apenas dos agentes extintores mais comuns, que são utilizados em aparelhos extintores.

RA

Água É agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento, devido a sua propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma como é utilizada, podendo ser aplicada em diversos tipos de jato, como: neblinado, neblina e compacto). Em razão da existência de sais minerais em sua composição química, a água conduz eletricidade e seu usuário, em presença de materiais energizados, pode sofrer choque elétrico. Quando a água é utilizada no combate ao fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer transbordamento do líquido que está queimando, aumentando, assim, a área do incêndio.

OS T

Gás Carbônico Também conhecido como dióxido de carbono ou CO2, é um gás mais denso (mais pesado) que o ar, sem cor, sem cheiro. É um agente extintor limpo, não condutor de eletricidade, não tóxico, mas asfixiante. Age principalmente por abafamento, tendo secundariamente ação de resfriamento. Por não deixar resíduos, nem ser corrosivo, é um agente extintor apropriado para combater incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis Pó Químico Seco Os Pós Químicos Secos são substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio, que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó sobre o fogo, extinguindo-o por quebra da reação em cadeia e por abafamento.

AM

Espuma A espuma pode ser química ou mecânica conforme o seu processo de formação. A espuma química resulta da reação entre as soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio, e a mecânica é produzida pelo batimento da água, LGE (líquido gerador de espuma) e ar. Mais leve que todos os líquidos inflamáveis, é utilizada para extinguir incêndios por abafamento e, por conter água, possui uma ação secundária de resfriamento.

Ventilação

É a remoção e dispersão sistemática de fumaça, gases e vapores quentes de locais confinados, proporcionando a troca dos produtos da combustão por ar fresco, facilitando, assim, a ação dos brigadistas e bombeiros no ambiente sinistrado. Vantagens da ventilação: visualização do foco, retirada do calor e retirada dos produtos tóxicos da combustão.

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Sistemas de proteção contra incêndio e pânico

Extintores

OS T

RA

Os sistemas de proteção contra incêndio e pânico são dispositivos instalados e/ou construídos em uma edificação para evitar o surgimento do fogo descontrolado ou pelo menos retardar a sua propagação, como também facilitar a evacuação de pessoas destas edificações em caso de algum sinistro. Os sistemas que serão objetos de estudo no curso são: - Sistema de proteção por extintores - Sistema hidráulico preventivo (SHP) - Saídas de emergência - Iluminação de emergência - Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) - Sistema de detecção e alarme - Sistema de sprinklers

Extintores são recipientes que contêm em seu interior agente extintor para o combate imediato e rápido a PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO, isto é, incêndio em sua FASE INICIAL. Classificam-se conforme a classe de incêndio a que se destinam. Para cada classe de incêndio há um ou mais extintores adequados.

BC

A

Gás Carbônico (CO2) Indicado: classes B e C Não indicado para A

Pó Químico Seco (PQS) Indicado: classes B e C Não indicado para A

AM

Água Indicado: classe A Não utilizar em BeC

BC

ABC

AB

Pó ABC Indicado: classes A, B e C

Espuma Mecânica Indicado: classes A e B Não utilizar em C.

Acione o gatilho.

Direcione o jato para a base do fogo.

Utilização dos Extintores Portáteis

Verifique se o extintor é compatível com a classe incendiada.

Retire o pino de segurança.

Teste o extintor. Aponte para a base do fogo.

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Sistema hidráulico preventivo Sistema composto de dispositivos hidráulicos que possibilitam a captação de água da Reserva Técnica de Incêndio - RTI, para o emprego no combate a incêndio.

Hidrante de parede

Utilização do Hidrante

Hidrante de coluna urbano

Hidrante industrial

Desligue a energia elétrica. Verifique se não há incompatibilidade do que está queimando com a água.

Hidrante de recalque

2

Desenrole a mangueira. Engate as conexões da mangueira no hidrante e no esguicho.

AM

1

OS T

RA

Hidrantes São dispositivos existentes em redes hidráulicas que possibilitam a captação de água para emprego nos serviços de bombeiros, principalmente no combate a incêndio. Esse tipo de material hidráulico depende da presença do homem para a utilização da água no combate ao fogo.

3

Ataque a base do fogo. Ventile o local para maior visibilidade. Se o fogo estiver fora de controle abandone o local e proteja edificações vizinhas. 12


São equipamentos que tem por objetivo detectar e avisar a todos os ocupantes da edificação da ocorrência de um incêndio ou de uma situação que possa ocasionar pânico. O alarme deve ser audível em todos os setores da edificação, abrangidos pelo sistema de segurança.

Sistema de Iluminação de Emergência

Saídas de Emergência

Detector de fumaça

OS T

O Sistema de Iluminação de Emergência é o conjunto de componentes que, em funcionamento, proporciona a iluminação suficiente e adequada para permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso de interrupção da alimentação normal, como também proporciona a execução das manobras de interesse da segurança e intervenção de socorro.

RA

Sistema de detecção e alarme

Alarme de acionamento manual

Iluminar os acessos e corpos das escadas.

AM

São caminhos contínuos, devidamente protegidos, a serem percorridos pelo usuário em caso de sinistro, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto protegido do incêndio, permitindo ainda fácil acesso de auxílio externo para o combate ao fogo e a retirada da população.

Escadas Ÿ Mínimo 1,10m de largura Ÿ Sem obstáculos Ÿ Piso incombustível e antiderrapante Ÿ Corrimão contínuo com ambos os lados

Sinalização Ÿ Indicam o caminho para a saída Ÿ Acima das portas de saída Ÿ Nos corredores de acesso

Portas Ÿ Abertura no sentido de fuga em locais com capacidade para mais de 50 pessoas Ÿ Barra antipânico em locais com locais com capacidade para mais de 200 pessoas Ÿ Portas corta-fogo em escadas enclausuradas e aprova de fumaça

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Equipamentos de corte e arrombamento

Equipamentos de Proteção Individual

RA

Equipamentos que permitem realizar entradas forçadas a fim de acessar locais para salvar vidas ou extinguir chamas. São exemplos desses equipamentos: machado, alavanca pé-de-cabra, croque, corta-a-frio, picareta, entre outros.

Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo material de uso individual, com o objetivo de proteger a integridade física do brigadista, sendo obrigação da empresa fornecer o EPI, de acordo com a NR-6 do Ministério do Trabalho. Proteção dos olhos

Capacete

Roupa de aproximação

OS T

Proteção respiratória

Luvas

AM

Botas

Proteção Respiratória

Máscara autônoma (SCBA)

Máscara filtrante

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Realize a manutenção periódica do aquecedor a gás

Cuidados básicos

Não sobrecarregue o sistema elétrico

Permaneça na cozinha enquanto houver chamas no fogão

OS T

Faça a revisão de painéis elétricos periodicamente

RA

Prevenção

Instale o botijão de gás do lado externo

Não permita que crianças brinquem com fogo

AM

Não brinque com fogo! Um cigarro mal apagado jogado descuidadamente numa lixeira pode causar uma catástrofe. Apague o cigarro antes de deixá-lo em um cinzeiro ou de jogá-lo em uma caixa de areia. Cuidado com fósforos. Habitue-se a apagar os palitos de fósforos antes de jogá-los fora. Obedeça às placas de sinalização e não fume em locais proibidos, mal ventilados ou ambientes sujeitos à alta concentração de vapores inflamáveis tais como vapores de colas e de materiais de limpeza. Nunca apoie velas sobre caixas de fósforos nem sobre materiais combustíveis. Não utilize a casa de força, casa de máquinas dos elevadores e a casa de bombas do prédio como depósito de materiais e objetos. São locais importantes e perigosos, que devem estar sempre desimpedidos. Instalação elétrica A sobrecarga na instalação é uma das principais causas de incêndios. Se a corrente elétrica está acima do que a fiação suporta, ocorre superaquecimento dos fios, podendo dar início a um incêndio. Por isso: Ÿ Não ligue mais de um aparelho por tomada. Esta é uma das causas de sobrecarga na instalação elétrica; ŸNão faça ligações provisórias. Tome sempre cuidado com as instalações elétricas. Fios descascados quando encostam um no outro, provocam curto-circuito e faíscas. Chame um técnico qualificado para executar ou reparar as instalações elétricas ou quando encontrar um dos seguintes problemas: ¢ Constante abertura dos dispositivos de proteção (disjuntores) ¢ Queimas freqüentes de fusíveis; ¢ Aquecimento da fiação e/ou disjuntores; ¢ Fiações expostas (a fiação deve estar sempre embutida em eletrodutos) ¢ Inexistência de aterramento adequado para as instalações e equipamentos elétricos, tais como: torneiras e chuveiros elétricos, ar condicionado, etc. 15


OS T

RA

Instalações de gás Somente pessoas habilitadas devem realizar consertos ou modificações nas instalações de gás. Sempre verifique possíveis vazamentos no botijão, trocando-o imediatamente caso constate a mínima irregularidade. O botijão que estiver visualmente em péssimo estado deve ser imediatamente recusado. Para verificar vazamento, nunca use fósforos ou chama, apenas água e sabão. Nunca tente improvisar maneiras de eliminar vazamentos, como cera, por exemplo. Coloque os botijões sempre em locais ventilados. Sempre rosqueie o registro do botijão apenas com mas mãos, para evitar rompimento da válvula interna. Aparelhos que usam gás devem ser revisados pelo menos a cada dois anos. Vazamento de Gás sem Chama: Ao sentir cheiro de gás, não ligue ou desligue a luz nem aparelhos elétricos. Afaste as pessoas do local e procure ventilá-lo. Feche o registro de gás para restringir o combustível e o risco de propagação mais rápida do incêndio. Não há perigo de explosão do botijão ao fechar o registro. Se possível, leve o botijão para local aberto e ventilado. Vazamento de Gás com Chama: Feche o registro e gás. Retire todo o material combustível que esteja próximo do fogo. Incêndio com Botijão no Local: Se possível, retire o botijão do local antes que o fogo possa atingí-lo. Em todas essas situações, chame os BOMBEIROS – telefone 193. Circulação ŸMantenha sempre desobstruídos corredores, escadas e saídas de emergência, sem vasos, tambores ou sacos de lixo. ŸJamais utilize corredores, escadas e saídas de emergência como depósito, mesmo que seja provisoriamente. ŸNunca guarde produtos inflamáveis nesses locais. ŸAs coletas de lixo devem ser bem planejadas para não comprometer o abandono do edifício em Ÿcaso de emergência. ŸAs portas corta-fogo não devem Ter trincos ou cadeados. Conheça bem o edifício em que você circula, mora ou trabalha, principalmente os meios de escape e as rotas de fuga.

AM

Lavagem de áreas comuns ŸEvite sempre que águas de lavagem atinjam os circuitos elétricos e/ou enferrujem as bases das portas corta-fogo. ŸNão permita jamais que a água se infiltre pelas portas dos elevadores, pois isso pode provocar sérios acidentes

Abandono de área

Observe se a edificação possui todos os recursos destinados a prevenção e combate a incêndio e pânico, de acordo com a legislação vigente. A seguir, veremos uma série de orientações que, se seguidas, darão condições aos ocupantes da edificação para que possam sair em segurança. • Tenha um plano de abandono da edificação; • Acione o alarme e chame o Corpo de Bombeiros; • Pratique a fuga da edificação, pelo menos a cada seis meses; • Procure conhecer a localização da escada de emergência, dos extintores e do SHP; • Tenha cautela ao colocar trancas nas portas e janelas, pois pode prejudicar crianças e os idosos; • Estabeleça um ponto de reunião, para saber se todos conseguiram deixar a edificação; • Caminhe rapidamente e não corra, evitando o pânico; 16


OS T

RA

• Ao encontrar uma porta, toque a mesma com o dorso da mão, estando quente, não abra; • Não use o elevador, e sim as escadas de emergência; • Se estiver em um local enfumaçado, procure respirar o mais próximo do solo, colocando um pano úmido nas narinas e na boca; • Se estiver preso em uma sala enfumaçada, procure abrir a janela, para que afumaça possa sair na parte de cima e você possa respirar na parte de baixo; • Não tente passar por um local com fogo, procure uma alternativa segura de saída; • Caso encontre situação de pânico em alguma via de fuga, tenha calma e tente acalmar outros; • Não pule da edificação, tenha calma, o socorro pode chegar em minutos; e • Conseguindo sair da edificação, procure um local seguro e não tente adentrar novamente.

Conheça as rotas de fuga.

AM

Verifique se há mais alguém.Feche as portas que ficaram para trás.

Cubra o rosto com um pano umedecido.

Acionando o Corpo de Bombeiros

Em caso de incêndios ou vazamento de produtos químicos

ligue para

193

Evite inalar fumaça. Permaneça abaixado.

Não utilize o elevador.

Ÿ Mantenha a calma. Ÿ Informe seu nome e telefone. Ÿ Informe o que está acontecendo. Ÿ Informe o endereço e como chegar mais rápido. Ÿ Passe o máximo de informações para que o socorro

mais adequado seja prontamente encaminhado. Ÿ Sinalize o local na chegada do socorro

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Primeiros Socorros

RA

Um brigadista pode ser acionado para atender e socorrer vítimas dos mais variados acidentes. Por isso, é importante que o brigadista conheça e saiba colocar em prática os conhecimentos para fornecer o suporte básico de vida. Saber fazer o certo, na hora certa, pode significar a diferença entre a vida e a morte de um acidentado. Além disso, a aplicação correta dos primeiros socorros pode minimizar os resultados decorrentes de uma lesão, reduzir o sofrimento da vítima e colocá-la em melhores condições para receber o tratamento definitivo. O domínio das técnicas de suporte básico de vida permitirá ao brigadista identificar o que há de errado com a vítima, realizar o tratamento adequado e transportá-la, além de transmitir informações sobre seu estado ao médico que se responsabilizará pela sequência de seu tratamento.

Conceitos

Primeiros Socorros: são os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que receba assistência médica especializada.

OS T

Atendimento Pré-hospitalar: conjunto de procedimentos realizados por profissional capacitado, no local da emergência e durante o transporte da vítima, visando mantê-la com vida e estável até sua chegada em uma unidade hospitalar. Suporte Básico da Vida: é uma sequência de ações de medidas de emergência que consistem no reconhecimento e correção da falência do sistema respiratório e/ou cardiovascular, ou seja, manter a pessoa respirando, com pulso e sem hemorragias. Trauma: lesão causada ao organismo por um agente externo.

Socorrista

AM

É a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para, com segurança, avaliar e identificar problemas que comprometam a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já existentes.

Avaliação da cena

Antes de se iniciar o atendimento, é fundamental que o socorrista faça a correta análise do local do acidente, a fim de identificar o número de vítimas, os possíveis riscos, garantindo a sua segurança e à das vítimas. O responsável pelas ações de primeiros socorros não deve se expor a riscos que podem torná-lo uma nova vítima. Essas análises não devem tomar muito tempo e são importantíssimas para que o auxílio à vítima seja prestado de forma precisa. Gerenciamento de riscos É uma avaliação minuciosa por parte do socorrista em toda a cena de emergência, possibilitando eliminar ou minimizar as situações de risco existentes: incêndio, explosão, choque elétrico, contaminação com produtos químicos e agentes biológicos, intoxicação, asfixia, atropelamento, ocorrência de novos acidentes etc.

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Abordagem da vítima A abordagem tem como objetivo determinar a situação atual da vítima. Para tanto, desenvolve-se uma impressão geral, estabelecendo valores para os estados respiratório, circulatório e neurológico. Em seguida, são rapidamente encontradas e tratadas as condições que ameaçam a vida.

RA

Exame Primário: processo para identificar e corrigir, de imediato, problemas que ameacem a vida em curto prazo.

Abordagem XABCDE A - Airway

Contenção de hemorragia externa grave

Abertura das vias aéreas e controle da cervical

Verificar a respiração

D - Desability

E - Expose and Examine

C - Circulation

Verificar a circulação

B - Breathing

OS T

X - Exsanguination

Estado neurológico

Exposição de ferimentos

AM

X - Contenção de hemorragia externa grave Priorizar o controle de grandes hemorragias (exsanguinantes) empregando curativos compressivos. A - Abertura das vias aéreas e controle da cervical Posicione-se ao lado da vítima e mantenha a cabeça da mesma estabilizada. Apresente-se ao paciente e solicite o seu consentimento. Se a vítima não responder aos estímulos (paciente inconsciente), devemos realizar a abertura da cavidade oral e observar se existe algum corpo estranho impedindo a passagem do ar. Caso exista, com os dedos, remova dentaduras (próteses), restos de alimentos, sangue, líquidos e outros objetos que possam estar impedindo a perfeita respiração. Quando a vítima se encontra inconsciente, o tônus muscular será insuficiente e a língua e a epiglote podem obstruir a chegada do ar até os pulmões. Se não houver evidência de trauma craniano e nem cervical, poderá ser usada a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo para facilitar a passagem do ar. B - Verificar a respiração Após a abertura das vias aéreas, deve-se verificar se a vítima está respirando espontaneamente. Aproxime-se para escutar a boca e o nariz da vítima, verificando também os movimentos característicos de tórax e abdômen. C - Verificar a circulação O objetivo principal do passo "C" é estimar as condições do sistema circulatório e controlar grandes hemorragias. A tomada da pulsação em adultos e crianças deve ser observada na artéria carótida ou radial, nos lactentes aferida na artéria braquial. D - Verificar o estado neurológico Na avaliação do estado neurológico o socorrista deve realizar a avaliação do nível de consciência e o exame das pupilas. Pupilas contraídas é um indicativo de má oxigenação no cérebro e, uma das causas, pode ser a utilização de drogas. Pupilas desiguais pode ser consequência de traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral. Pupilas dilatadas podem significar inconsciência, sofrimento do Sistema Nervoso Central ou óbito. E - Exposição dos ferimentos Retirar vestimentas pesadas que impeçam a correta avaliação da existência de ferimentos, expondo somente as partes lesionadas para tratamento, prevenindo o choque e preservando a intimidade da vítima, sempre que possível. 19


Sinais vitais

Aferição de Sinais Vitais

RA

Sinal: É tudo aquilo que o socorrista pode observar ou sentir no paciente enquanto o examina. Exemplos: pulso, palidez, sudorese etc. Sintoma: É tudo aquilo que o socorrista não consegue identificar sozinho. O paciente necessita contar sobre si mesmo. Exemplos: dor abdominal, tontura etc.

Temperatura

Pulso

Respiração

É o reflexo do batimento cardíaco palpável nos locais onde as artérias calibrosas estão posicionadas próximas da pele e sobre um plano duro. Valores normais: Adulto: 60-100 bpm*; Criança: 80-140 bpm; Lactentes: 85-190 bpm.

Processo fisiológico de troca de gases entre as artérias e o alvéolo. Valores normais: Adulto: 12-20 vpm*; Criança: 20-40 vpm; Lactentes: 40-60 vpm.

Pressão arterial (PA)

OS T

*batimentos por minuto.

*ventilações por minuto.

É a diferença entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo humano. Valores normais: 36,5 a 37,0 ºC – independente da faixa etária.

É a pressão exercida pelo sangue no sistema arterial, que depende da força de contractilidade do coração e a frequência de contração (quantidade de sangue circulante no sistema arterial e da resistência periférica das artérias). A pressão é máxima ou sistólica quando o coração está comprimido (bombeando o sangue), geralmente entre 60 e 140 mmHg, e é mínima ou diastólica quando o coração está relaxado (recebendo o sangue), geralmente entre 60 e 90 mmHg. Para aferirmos a pressão arterial é necessária a utilização de um aparelho chamado esfigmomanômetro.

Obstrução de via aérea por corpo estranho

Entende-se por obstrução de vias aéreas toda situação que impeça total ou parcialmente o trânsito do ar ambiente até os alvéolos pulmonares. A restauração e manutenção da permeabilidade das vias aéreas nas vítimas de trauma são essenciais e devem ser feitas de maneira rápida e prioritária. A obstrução de vias aéreas superiores pode ser causada:

AM

Ÿ Pela língua: sua queda ou relaxamento pode bloquear a faringe; Ÿ Pela epiglote: inspirações sucessivas e forçadas podem provocar uma pressão negativa que forçará a epiglote para

baixo, fechando as vias aéreas;

Ÿ Por corpos estranhos: qualquer objeto, líquidos ou vômito, que venha a se depositar na faringe; Ÿ Por danos aos tecidos: perfurações no pescoço, esmagamento da face, inspiração de ar quente, venenos e outros

danos severos na região.

Manobra de desobstrução das vias aéreas Em caso de vítima engasgada, iniciar a Manobra de Heimlich:

Ÿ Posicionar-se atrás da vítima, abraçando-a em torno do abdome; ŸColocar a raiz do polegar de uma das mãos entre a cicatriz

umbilical e o apêndice xifóide; ŸEnvolver a mão que se encontra sobre o abdome da vítima com a outra mão; Ÿ Pressionar o abdome da vítima puxando-o para si e para cima, por 5 vezes, forçando a saída do corpo estranho; Ÿ Observar se a vítima expele o corpo estranho e volta a respirar normalmente; Ÿ Continuar as compressões até que a vítima expila o objeto. Obs.: caso a compressão abdominal seja inviável, por tratar-se de paciente obeso ou gestante, realizar as compressões na porção média inferior do osso esterno.

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Compressão em J

Compressão toráxica


Desobstrução da via aérea em crianças e lactentes

5 suaves tapinhas

OS T

RA

Para crianças maiores de um ano, aplicar-se-á a Manobra de Heimlich, de forma semelhante à do adulto, levando-se em consideração a intensidade das compressões que será menor. Nos lactentes, para realizar a manobra de desobstrução, o socorrista deverá tomar os seguintes procedimentos, após falhar a segunda tentativa de ventilação de resgate: Ÿ Segurar o bebê sobre um dos braços, com o pescoço entre os dedos médio e polegar e com o dedo indicador segurar o queixo da vítima para manter as vias aéreas abertas, deixando-o com as costas voltadas para cima e a cabeça mais baixa que o tronco; Ÿ Dar 5 pancadas com a palma da mão entre as escápulas do bebê; Ÿ Girar o bebê de modo que ele fique de frente, ainda mantendo a cabeça mais baixa do que o tronco, e efetuar 5 compressões torácicas através dos dedos indicador e médio sobre a linha dos mamilos (idêntica às compressões realizadas na RCP); Ÿ Colocar o bebê sobre uma superfície plana e tentar retirar o corpo estranho; Ÿ Realizar 1 insuflação e, caso o ar não passe, reposicionar a abertura das vias aéreas; Ÿ Abrir as vias aéreas e efetuar outra insuflação. Caso o ar não passe, retornar para as pancadas entre as escápulas e as compressões torácicas, e repetir os procedimentos até que o objeto seja expelido ou a vítima fique inconsciente. Neste caso, proceder a manobras de RCP.

5 suaves compressões

Tentar retirar o corpo estranho

Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)

É o conjunto de manobras realizadas para estabelecer a ventilação pulmonar e a circulação sanguínea, tais como, respiração artificial e massagem cardíaca externa, manobras essas utilizadas nas vítimas em parada cardiopulmonar.

AM

Sinais de Parada Cardiopulmonar • Inconsciência; • Ausência de respiração; • Ausência de circulação.

Técnicas básicas: • Coloque a vítima deitada de costas para o chão em uma superfície rígida; • Posicione-se próximo ao lado da vítima de joelhos; • Exponha o tórax da vítima, localize o esterno e posicione suas mãos entrelaçadas sobre ele. •Mantenha os braços firmes e perpendiculares ao corpo da vítima, sem flexioná-los durantes as manobras. Estas deverão ser executadas numa frequência de 30 compressões para 2 ventilações durante 2 minutos; • O tórax da vítima deverá ser comprimido em 5 cm, permitindo o retorno completo do tórax durante as compressões. • A velocidade das compressões deve ser de 100/min. •Após realização do primeiro ciclo de ressuscitação, 2 minutos, o socorrista deve reavaliar respiração e pulso da vitima, no tempo máximo de 10 segundos. • Não deverá ser interrompida a ressuscitação por mais que 10 segundos.

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Posicione o apoio: três dedos acima da ponta do osso esterno

2 insuflações

OS T

Estado de Choque

30 compressões

RA

Manobra de RCP

Quadro clínico que resulta da incapacidade de o sistema circulatório fornecer aos tecidos sangue rico em oxigênio, provocada pela diminuição do volume de sangue ou pela deficiência do sistema cardiovascular. É o provimento de oxigênio e nutrientes menor do que a necessidade do organismo.

Condições causadoras do Estado de Choque Ÿ Lesões graves; Ÿ Fortes emoções; Ÿ Queimaduras graves; Ÿ Hemorragias; Ÿ Acidentes por choque elétrico; Ÿ Envenenamento por produtos químicos e intoxicações; Ÿ Ataque cardíaco; Ÿ Exposição a extremos de calor ou frio; Ÿ Dor aguda; Ÿ Infecção grave; Ÿ Fraturas.

Sinais e sintomas do Estado de Choque

AM

Ÿ Suor na testa e na palma das mãos; Ÿ Frio, chegando às vezes a ter tremores; Ÿ Náusea e vômito; Ÿ Fraqueza; Ÿ Respiração rápida, curta e irregular; Ÿ Visão nublada, tontura; Ÿ Sede; Ÿ Ansiedade; Ÿ Confusão mental; Ÿ Taquicardia; Ÿ Pulso radial fraco; Ÿ Pele fria, pálida ou cianótica.

Classificação do Choque

Hipovolêmico: ocasionado pela perda de volume sanguíneo. Causas: hemorragias, perda de plasma em grandes queimaduras, desidratação, diarreia e vômitos. Cardiogênico: gerado pela alteração ou falha na atividade de bombeamento do coração. Causas intrínsecas: enfraquecimento, arritmia e disfunção valvar. Causas extrínsecas: tamponamento do pericárdio e pneumotórax hipertensivo. Distributivo: quando ocorre uma alteração no tônus vascular, o continente vascular aumenta sem o aumento proporcional do volume de sangue.

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Prevenção e tratamento

Emergências traumáticas

RA

Eliminar a causa do choque; Colocar a vítima em decúbito dorsal; Observar a vítima, pois em caso de vômito deve-se virar sua cabeça para que não se asfixie. Caso haja suspeita de lesão da coluna cervical a cabeça não deve ser virada; Fornecer oxigênio; Afrouxar as roupas da vítima, para facilitar respiração e circulação; Cobrir a vítima com cobertores ou sacos plásticos para mantê-la aquecida; Acalmar a vítima; Não administrar nada via oral (água, alimentos, medicação); Reavaliar frequentemente os sinais vitais.

Trauma (traumatismo) é a lesão corporal resultado da exposição à energia (mecânica, térmica, elétrica, química ou radiação) que interagiu com o corpo em quantidades acima da suportada fisiologicamente. Pode ainda em alguns casos ser resultado da insuficiência de algum elemento vital (afogamento, estrangulamento, congelamento).

Hemorragias Ruptura de vasos sanguíneos devido a um trauma.

Elevação

OS T

Classificação - Tipo de Vaso Sangüíneo Arterial: quando o vaso atingido é uma artéria, caracteriza-se por hemorragia que faz jorrar sangue pulsátil e de cor vermelho vivo; a perda de sangue é rápida e abundante. Venoso: quando o vaso atingido é uma veia, caracteriza-se por hemorragia na qual o fluxo de sangue que sai é contínuo, na cor vermelho escuro, podendo ser abundante. Capilar: quando o vaso atingido é um capilar, o sangue escoa lentamente, normalmente numa cor menos viva que o sangue arterial. Ordem de procedimentos: 1. Pressão direta 2. Elevação da área 3. Pressão digital 4. Aplicação de gelo 5. Torniquete (último recurso) Torniquete

Fraturas

Pressão direta Pressão digital

Pressão digital: pontos arteriais

Os principais pontos arteriais são os braquiais, femorais e temporais superficiais.

Choque hipovolêmico Confortar a vítima, não dar líquidos ou alimentos, mantê-la aquecida e elevar membros inferiores.

AM

Fratura é a perda da continuidade óssea.

Classificação Fechada ou simples: quando a pele não foi perfurada pelas extremidades ósseas. Aberta ou exposta: quando o osso quebrado atravessa a pele (ferimento com osso exposto). Cuidados: Ÿ Restringir o movimento; Ÿ Fratura fechada: imobilizar com tala; Ÿ Fratura exposta: cobrir o ferimento com pano limpo; estancar o sangramento; Ÿ Encaminhar para o serviço especializado. Luxação É o deslocamento de um ou mais ossos de uma articulação e pode envolver separação parcial ou completa das superfícies de contato. Ocorrem normalmente nas articulações móveis (ombro, joelho, etc).

Classificação

Fechada

Exposta

Ÿ Identificar o local lesionado Ÿ Restringir movimentos Ÿ Imobilização na posição em que se encontra Ÿ Encaminhar a vítima ao serviço especializado

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Imobilização do braço com uso de um lençol ou toalha


Ferimento aberto Tratamento básico: Exponha o local do ferimento; Cubra o ferimento com um curativo estéril para controlar sangramentos e prevenir a contaminação; Mantenha o paciente em repouso e tranquilize-o. Tratamento específico: Abrasão: lavar o ferimento com água limpa corrente; Incisão: aproximar as bordas; Transfixação: não remover objetos encravados e estabilize-os; Evisceração: proteger as vísceras com plástico estéril ou compressa úmida, não introduzilas na cavidade abdominal; não retirar pedaços das vísceras e mantê-las úmidas; Amputação: guardar a parte amputada envolta em gaze ou compressa estéril (pode ser também um pano limpo), umedecido com solução fisiológica; colocar a parte amputada, agora protegida, dentro de um saco plástico e em seguida dentro de um segundo saco ou caixa de isopor repleta de gelo e transporta-la ao hospital.

RA

Armazená-la em saco plástico em isopor com gelo e transportar ao hospital

Classificação Quanto à profundidade

Lesão do tecido de revestimento do corpo, causada por agentes térmicos, químicos, radioativos ou elétricos, podendo destruir total ou parcialmente a pele e seus anexos, até atingir camadas mais profundas. Cuidados: Ÿ Hidrate a região com água em abundância; Ÿ Cubra a região com tecido limpo e solto; Ÿ NÃO passe pó de café, creme dental ou óleo; Ÿ NÃO aperte ou perfure as bolhas.

Vítima em chamas

Guardar a parte amputada

OS T

Queimaduras

Amputação

1º grau

2º grau

3º grau

Ÿ Inicialmente elimine o agente causador da lesão (se for fogo na roupa,

AM

use a técnica do PARE, DEITE e ROLE, ou utilize uma manta - em direção aos pés - para extinguir o fogo por abafamento); Ÿ Avalie a vítima e mantenha a via aérea permeável, observando a frequência, a qualidade da respiração e o nível de consciência (especial atenção para via aérea em queimaduras de face); Ÿ Retirar partes de roupas não queimadas; e as queimadas aderidas ao local, recortar em volta (apenas as partes soltas). Queimaduras Químicas Ÿ Limpe e remova substâncias químicas da pele do paciente e das roupas antes de lavar o local; Ÿ Lave o local queimado com soro ou água limpa corrente por, no mínimo, 15 minutos, sem pressão ou fricção; Ÿ Se álcali seco não lavar, retirar manualmente (ex.: soda cáustica); Ÿ Cubra com curativo estéril a área de lesão.

Queimaduras nos olhos Ÿ Lavar o olho com água em abundância ou, se possível, com soro fisiológico por no mínimo 15 minutos; Ÿ Cubra a região com curativo estéril úmido, umedeça o curativo a cada 5 minutos.

Choque elétrico Ÿ Corte ou desligue a fonte de

energia, mas não toque na vítima; Ÿ Afaste a pessoa da fonte elétrica que estava provocando o choque, usando materiais não condutores e secos como a madeira, o plástico, panos grossos ou borracha; Ÿ Chame uma ambulância.

Animais peçonhentos São aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. 24


Atendimento Ÿ Lavar o local da picada de preferência com água e sabão; Ÿ NÃO fazer cortes, perfurações, torniquetes, nem colocar produtos caseiros; Ÿ Manter o acidentado calmo; Ÿ Levar a vítima rapidamente para o serviço médico mais próximo; Ÿ Tente identificar o animal agressor, porém lembre-se de que levar a vítima ao serviço médico é a prioridade.

RA

LEMBRE-SE: nenhum remédio caseiro substitui o soro apropriado para cada espécie animal.

Ingestão de substância tóxica

Crise convulsiva

OS T

Ao confirmar que houve ingestão de substância tóxica ou venenosa, verificar imediatamente os sinais vitais e assegurar de que a vítima respira. Atendimento: Ÿ Dar prioridade à parada cárdio-respiratória. Faça respiração boca-a-boca utilizando máscara ou outro sistema de respiração adequado que evite o contato direto. Ÿ Identificar o agente, através de frascos próximos do acidentado, para informar o médico ou procurar ver nos rótulos ou bulas se existe alguma indicação de antídotos. Ÿ Observar atentamente o acidentado, pois os efeitos podem não ser imediatos. Ÿ Procurar transportar o acidentado imediatamente a um pronto socorro, para diminuir a possibilidade de absorção do veneno pelo organismo, mantendo-a aquecida.

A convulsão é uma desordem cerebral. Atendimento: Ÿ Mantenha-se calmo; Ÿ Proteja a cabeça da vítima; Ÿ Retire objetos próximos; Ÿ Lateralize a cabeça; Ÿ Permaneça ao lado da vítima até que ela retorne a consciência; Ÿ Colocar a vítima em posição de repouso.

NÃO PROVOCAR VÔMITO em vítimas inconscientes e nem de envenenamento por substâncias corrosivas (ácidos), amônia, soda cáustica, alvejantes, desodorantes e derivados do petróleo.

Desmaio

Perda de consciência de curta duração que não necessita de manobras específicas de recuperação. É uma diminuição da atividade cerebral. Atendimento: Ÿ Manter a vítima deitada – elevar as pernas; Ÿ Remoção para local arejado; Ÿ Liberar vestimentas apertadas; Ÿ Não oferecer nada para comer nem beber; Ÿ Informar a central médica e aguardar instruções.

AM

Movimentação e transporte de vítimas

A vítima não deverá ser movimentada, a menos que exista um perigo imediato para ele ou para o socorrista que está prestando os primeiros socorros. Para tanto, é preciso avaliar rapidamente a vítima, para que o socorrista tenha condições de escolher a melhor técnica para sua condição física e a condição de saúde da vítima. Transporte rapidamente quando: houver perigo de incêndio, explosão ou desabamento, presença de ameaça ambiental ou materiais perigosos.

Técnicas com um socorrista

Técnicas com 2 ou mais socorristas

Pacientes capazes de andar Ÿ Apoio lateral simples

Vítima que pode andar Ÿ Apoio lateral simples

Pacientes que não podem andar Ÿ Arrastamento pela roupa Ÿ Arrastamento por cobertor Ÿ Transporte tipo bombeiro

Vítima que não pode andar Consciente: Ÿ Transporte pelas extremidades Ÿ Transporte em cadeirinha Inconsciente: Ÿ Elevação em braço Ÿ Elevação manual direta 25


Equipamentos de transporte

Posição do paciente durante o transporte

Ÿ Padiola Ÿ Prancha Longa: é o equipamento indicado para remover pacientes politraumatizados. à Rolamento de 90 graus: utilizado para vítimas em decúbito dorsal. à Rolamento de 180 graus: empregado para vítimas encontradas em decúbito ventral. Elevação a cavaleiro: indicada em vítimas encontradas em decúbito dorsal.

Pacientes Não Traumáticos Ÿ Choque com falta de ar: semi-sentados. Ÿ Choque: decúbito dorsal com as extremidades

RA

inferiores elevadas.

Ÿ Inconsciente: decúbito lateral esquerdo para prevenir

a aspiração. Ÿ Gestantes: decúbito lateral esquerdo em posição de permitir assistência ao parto. Pacientes Traumáticos

Rolamento 90°

OS T

Ÿ Decúbito dorsal sobre a prancha longa.

Posição lateral de segurança

AM

Esta técnica deve ser utilizada após a análise primária e secundária, no momento em que o socorrista observar que a vítima apresenta um quadro estável e não possui nenhuma fratura ou lesão de coluna cervical. Caso o socorrista perceba que a possibilidade de uma lesão de cervical existe, deverá deixar a vítima em decúbito dorsal (ventre para cima).

Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-23: Proteção Contra Incêndios. Brasília, DF. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, atualizada pela Portaria SIT n.º 221, de 06 de maio de 2011. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR-ES. CURSO DE FORMAÇÃO DE BRIGADA DE INCÊNDIO. Vitória, ES, 2014. DEPARTAMENTO DE TRANSITO DO ESTADO DO PARÁ. Apostila de Primeiros Socorros. Belém, PA, 2006. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro, RJ, 2003.

Pesquisa, diagramação e ilustrações: Proxima Books | www.proximabooks.com.br

A reprodução não autorizada desta obra, incluindo desenhos e ilustrações contidas nesta publicação, constitui violação de direitos autorais. Copyright © Proxima Books 2021. Todos os direitos reservados.

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