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Câmara requalifica a zona da Caldeiroa e Ribeira de Couros O VALOR DA ADJUDICAÇÃO DA OBRA ULTRAPASSA OS 500 MIL EUROS P.09 25 DE ABRIL
Guimarães celebrou a Liberdade em casa P.17
PEQUENO COMÉRCIO
CONCELHO
Freguesias distribuem máscaras pela população P.13
REABRE DIA 04
EM GUIMARÃES
Plataforma do BE recolhe denúncias a empresas P.06
P.07
ANTIGA ESTAÇÃO DA CP RECEBE SEGUNDA UNIDADE DE RASTREIO P.09
ENTREVISTA:
PEDRO CUNHA “É importante que continuemos a trabalhar para reduzir o crescimento do número de infetados” P.10
www.guimaclinic.pt
NEM PALCO NEM PLATEIA P.04 e 05
Onde a sua Saúde sorri. A NOVA CLÍNICA EM GUIMARÃES FISIATRIA FISIOTERAPIA GINECOLOGIA MEDICINA DENTÁRIA
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MANUEL MACHADO VAI SER O TREINADOR DO BERÇO SC P.21
AS MEDIDAS ADOTADAS PELO VITÓRIA PARA REGRESSAR AOS TREINOS P.18
“Soon it`s over”, de Tiago Simães quer levar esperança aos quatro cantos do mundo P.22
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N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
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MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO
N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
Com cautela, e muito juízo! Agora que está decretada a reabertura da economia e da sociedade, a partir de 04 de maio, é hora de esfriar os ânimos e dizer-lhes que temos que conseguir conter esta enorme vontade, que todos teremos, de sair por aí em abraços a toda a gente, de visitar os nossos familiares e marcar umas jantaradas, daquelas que temos saudade. Não, não é hora! Há 15 dias que tinha definido que a atividade do Mais Guimarães retomaria alguma normalidade a partir de 04 de maio. É, parece-me, o tempo equilibrado para o fazermos. Pela urgência da retoma económica num período em que há uma estabilização dos casos de covid-19, sobretudo no que respeita aos doentes internados e dos que necessitam de cuidados intensivos. Refira-se, relativamente a este aspeto, que a ocupação dos cuidados intensivos do Serviço Nacional de Saúde, não ultrapassou os 60 %. Conseguimos uma grande vitória aqui! Este é também o momento em que o Governo consegue garantir que há material de pro-
teção disponível às populações, em supermercados e em outros espaços comerciais, nomeadamente máscaras comunitárias, agora fabricadas por empresas portuguesas, e de acordo com as regras técnicas definidas pelo Infarmed. Imagino que, com a abertura do pequeno comércio e dos serviços, a 04 de maio, tenhamos de novo as ruas de Guimarães cheias de gente, e temo, por isso, que tal venha a gerar uma onda brutal de casos de Covid-19 no concelho. Quando escrevo estes textos, destaco que estamos no epicentro desta epidemia em Portugal. A região Norte lidera, nomeadamente no número de mortos, contabilizando 546, mais do que todas as outras regiões do país juntas. Evitar isso, como evitamos anteriormente o colapso do nosso Serviço Nacional de Saúde é o que temos de conseguir fazer agora, nesta segunda fase do combate. Não podemos facilitar. Saiamos de casa, porque tem mesmo de ser, mas com muita cautela e muito juízo!
Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal” “Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das instituições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015 Mais Guimarães - O Jornal - Semanário · Tiragem 4.000 Exemplares Proprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138 Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912 Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – Guimarães Email geral@maisguimaraes.pt Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto Sampaio Registado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735 Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís Freitas Impressão e Acabamento Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte S.A. / EN 14 (km 7.05) Lugar da Pinta - Apartado 1221 - 4471-909 Maia T 229 411 085 Redação Pedro Castro Esteves | Mafalda Oliveira | Nuno Rafael Gomes Departamento Comercial Eliseu Sampaio Colunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir Brito Fotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.
Artigo de opinião
Guimarães, um território resiliente
A principal motivação que levou a candidatar-me a presidente da Junta da União de Freguesias de Airão Santa Maria, Airão São João e Vermil foi a possibilidade de criar e incentivar dinâmicas sociais, culturais e educacionais, capazes de construir uma comunidade mais resiliente aos desafios da vida em comunidade. Estas três áreas, trabalhadas em conjunto, são transformadoras da vida em comunidade, tornando-a mais humana, mais solidária e mais desenvolvida. Ao longo destes dois anos e meio na presidência da Junta de Freguesia e dois anos na qualidade de presidente do plenário da CSIF Oeste, e com o trabalho dos parceiros sociais e associativos existentes no território e da Câmara Municipal de Guimarães, fomos capazes de dar uma nova dinâmica ao território Oeste do concelho de Guimarães. São exemplos disso, o Centro de Convívio e Atividades de Vermil, o Centro e Laboratório Artístico de Vermil, o projeto “Pequenos Cuidadores” em parceria com a EB1 de Poças Airão Santa Maria, a introdução do xadrez e do ensino dos cavaquinhos na EB1 de Poças Airão Santa Maria, o transporte escolar gratuito para os alunos da EB1 de Airão Santa Maria e EB1 de Airão São João que cativou alunos dos concelhos vizinhos de Famalicão e Braga, o aumento em mais de 200% das sinalizações e apoio aos idosos do projeto “Guimarães 65+” em todo o território Oeste, a intervenção social na área da saúde mental, o
nascimento de uma associação na área da violência doméstica e dos direitos humanos, entre outras atividades. É justo dizê-lo aqui, de forma aberta e franca, que a Câmara Municipal de Guimarães, na pessoa do seu presidente, tem-se mostrado presente e empenhada na ação para ultrapassar as assimetrias resultantes do facto de estarmos localizados na periferia do concelho, fruto de um diálogo frequente e construtivo. O estado de confinamento social que vivemos hoje está a ser uma experiência aterradora e um teste às nossas respostas sociais. O resultado não se fez esperar e rapidamente surgiram os vimaranenses anónimos, os empresários, as associações e as instituições. Guimarães é um território forte e coeso, de vimaranenses solidários e abnegados. É ver freguesias pioneiras a nível nacional na distribuição de máscaras sociais para toda a população, é ver a Câmara que rapidamente disponibilizou espaço para abrigo dos sem-abrigo, é ver os empresários que mudaram as suas linhas de produção para o fabrico de equipamentos de proteção individual, é ver empreendedores a criar ventiladores para o Hospital Senhora da Oliveira, é ver os artistas a criar formas inovadoras de chegar ao público. O próximo desafio é combater a pobreza. Após este primeiro confinamento social surgirá, de forma mais exposta e generalizada, a pobreza, resultado do problema estrutural da nossa sociedade que
é o endividamento das famílias e que agora serão mais afetadas. Resultará, pois, numa maior sensibilidade para a necessidade de não desperdiçar e para a economia circular. Os próximos tempos não serão fáceis, mas acredito que o trabalho desenvolvido até agora foi importantíssimo para nos colocar num patamar de segurança capaz de dar resposta às dificuldades sentidas pelos vimaranenses. Eu acredito em Guimarães. •
Marçal Salazar Presidente da União de Freguesias de Airão Santa Maria, Airão S. João e Vermil
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CULTURA
O regresso das plateias e dos palcos: entre incertezas, agendas vazias e vidas em suspenso Instituições, programadores e associações culturais vimaranenses continuam a trabalhar para que, mal se possa, se regresse aos concertos, às peças de teatro e aos espetáculos de dança com a normalidade possível. Quando? Não se sabe. Mas é certo que este será um período difícil. • Nuno Rafael Gomes cooperativa. N’ A Oficina, há várias abordagens a estudar e medidas adequadas a cada um dos espaços. “A nossa perspetiva é regressar de forma paulatina ao Centro Cultural Vila Flor [CCVF]”, começa por explicar o diretor executivo. É provável que, mediante a evolução da pandemia, o CCVF só abra portas “em setembro”. “A Casa da Memória, o Palácio Vila Flor e o Centro Internacional das Artes José de Guimarães [CIAJG] abrirão antes dessa data, em princípio”, adianta. O motivo? “São espaços amplos, a entrada do público será faseada quer para visitas individuais quer para visitas de grupos.” Ainda assim, aguardam-se decisões do Governo para analisar ainda melhor o regresso. A redução da lotação das salas — através de uma organização diferente que prevê a disposição do público em intervalos de filas e de lugares — poderá ser um dos caminhos a seguir, mas, para Rui Freitas, a prioridade é garantir
que o regresso seja “organizado, tranquilo e em segurança” para os trabalhadores d’ A Oficina e, claro, para o público. Fazer com que o público se sinta seguro poderá, também, ser um dos maiores desafios. O medo de sair à rua poderá vir a ser difícil de contornar. “Há este mecanismo psicológico de que o perigo está na rua. E inatividade pode fazer com que as pessoas percam o hábito de ir a sítios”, considera Luísa Alvão. A presidente da associação cultural vimaranense é da opinião que pode ser criado o hábito de consumir cultura “através do telemóvel ou da televisão” e que tal “vai criar entropias para ter uma vida cultural mais ativa e participativa”. Já José Manuel Gomes crê que “as pessoas vão valorizar mais por se terem visto privadas”. No entanto, o programador cultural concorda que “haverá, inicialmente, um limbo que teremos de ultrapassar, o medo, portanto a valorização pode não acontecer logo”. No
entender de Ricardo Freitas, “na área do espetáculo, é necessária uma ligação presencial entre artista e público, palco e plateia”.
A cultura em casa Ainda assim, outra questão levanta-se: a gratuitidade inerente aos diretos partilhados nas redes sociais, que não se revela sustentável a longo prazo para artistas — e não só, já que técnicos de som ou de luz, bem como outros trabalhadores do meio, ficam sem rendimentos se a norma for, durante muito tempo, o espetáculo caseiro e gratuito. Assistindo-se a “uma grande mobilidade da comunidade artística no início” das medidas de isolamento social através de diretos nas redes sociais por parte de artistas, instituições ou companhias, Luísa Alvão aponta que, agora, é tempo de “encontrar uma resposta”: “Os artistas têm de continuar a produzir e nós a
consumir.” Ricardo Freitas garante que a política d’ A Oficina não passa por “atuar de forma gratuita” e que essa não é uma opção “para continuar”: “Se inicialmente foi uma resposta que quiseram dar, de forma imediata, também há a discussão de que os espetáculos têm de ser pagos.” José Manuel Gomes vê, por outro lado, uma oportunidade nesta solução temporária: um artista pode fazer com que “as pessoas não se esqueçam dele” e promover-se, havendo “retorno mais tarde”. Todavia, o programador reconhece que a pandemia “veio a pôr a nu as dificuldades e as poucas condições que a cultura em Portugal tem”. “Para quem vive exclusivamente disto, será um período muito difícil”, frisa. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, e a vice-presidente e vereadora da Cultura, Adelina Paula Pinto, reuniram já com vários agentes da cultura vimaranense. O foco, de acordo com ©João Bastos/ Mais Guimarães
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Entre analogias como “mares nunca antes navegados”, “vidas suspensas” e “terreno desconhecido”, há uma só certeza: tudo é, agora, incerto. E expressões como “não se sabe ao certo” refletem a incerteza que se vive em todos os setores, sobretudo no cultural. O isolamento não durou só duas semanas, as restrições alongar-se-ão calendário fora e pouco ou nada se sabe, porque tudo é novo. Perante um vírus que esvaziou agendas culturais, como se gere uma situação nunca antes vivida? “É um desafio para todos”, diz José Manuel Gomes, programador dos Banhos Velhos e dos festivais L’Agosto e Suave Fest. Para Luísa Alvão, presidente da associação cultural Capivara Azul e produtora e programadora do Shortcutz Guimarães, a logística “não é chata, mas antes complicada”. Do lado d’ A Oficina, mantém-se esta ideia: “É um processo moroso, muito trabalhoso”, aponta Ricardo Freitas, diretor executivo da
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o comunicado divulgado pelo município sobre a reunião, são os grandes eventos da cidade. E isso, para José Manuel Gomes, “é bom”: “Saber que essa conversa existiu é bom, mas isto exige uma resposta a nível nacional, que não existe, para já. E estou desiludido com o que se tem vindo a fazer.” Luísa Alvão aponta que é necessária uma “maior mobilização” no que diz respeito às artes: “Há pessoas que têm maior e menor visibilidade.” “O público percebe que os músicos ficaram sem trabalho, mas não têm noção das pessoas que trabalham para que concertos existam e festivais aconteçam. Quem tem mais voz são os artistas e, dentro da comunidade artística, os músicos têm uma situação de maior visibilidade”, acrescenta. O mesmo aplica-se ao cinema: “As salas estão fechadas, o investimento no cinema está parado, as rodagens estão paradas. As pessoas
precisam de dinheiro para viver e ninguém sabe quando é que se pode continuar e quais as medidas de segurança.”
Ajustar a agenda A Capivara Azul anunciou, nas redes sociais, que a programação delineada e orçamentada para este ano se mantém; contudo, “as datas dos espetáculos serão reajustadas quando for possível voltar à normalidade”. “Há 4 concertos planeados, assim como o segundo ano do ciclo de programação de músicas do mundo Terra, a que daremos seguimento assim que seja possível”, lê-se na publicação partilhada pela associação. No que diz respeito ao Shortcutz, esperava-se que “duas semanas” bastariam para que se retomasse o trabalho. Não foi o caso: agora, o Shortcutz passa “curtas antigas”, disponíveis nas telas
©Direitos Reservados
©Carolina Ribeiro/ Capivara Azul
do público, que consome cultura em casa. “O Shortcutz vive muito de ter pessoas e é isso que faz sentido. O que vai acontecer depois? Uma sessão com cinco ou dez pessoas, porque a sala não pode ter muito mais? Não sei se faz sentido.” A incerteza também tolda a resposta de José Manuel Gomes quanto ao L’Agosto: “Não há nada muito definido.” Perante uma situação que pode mudar “a qualquer momento”, optou também, em conjunto com a direção da Taipas Termal, adiar a programação cultural de 2020 dos Banhos Velhos para o ano seguinte. Contudo, não se põe de parte a realização de algum evento no final do verão, dependendo da evolução da pandemia. Quanto à Oficina, e segundo o diretor executivo, alguns espetáculos passaram para o último quadrimestre de 2020, ao passo que outros ocorrerão no primeiro trimestre de 2021. Apenas
dois espetáculos foram cancelados. E “há uma grande probabilidade” de Festival Manta, que marca a rentrée cultural da cooperativa, não se realizar este ano. No que diz respeito a finanças, “a Oficina está a manter os seus compromissos”, garante. O pagamento dos espetáculos que passaram para o primeiro trimestre de 2021 “está escalonado para 2020”, ao passo que os eventos cancelados foram pagos na íntegra. Nesse plano, a Capivara Azul adiantou o valor do cachet para garantir “o rendimento aos artistas” com concertos contratualizados. “Temos usado e usaremos os nossos canais de comunicação para divulgar todas as iniciativas de apoio ao meio artístico e cultural que sejam úteis para o apoio dos profissionais da cultura. A Capivara Azul tem as suas portas abertas para o diálogo com os agentes artístico e culturais para encontrar
novas formas de apoio ao setor, seja com ações a tomar durante o surto de covid-19, seja no período seguinte”, lê-se na publicação partilhada nas redes sociais da associação. Não se sabe quando é que assistiremos ao regresso dos eventos culturais e em que moldes, mas Ricardo Freitas acredita que esta “pausa”, no que diz respeito à “apresentação”, pode trazer “projetos de maior qualidade artística, mais pensados e mais trabalhados”. E que tal “será positivo”. José Manuel Gomes perspetiva que, em 2021, “a cultura poderá ser vista com outros olhos pelo público, que muitas vezes se queixada de dar cinco euros” por um espetáculo. “Vão passar a valorizar mais. Quero muito acreditar nisso”, conclui. Já Luísa Alvão diz que a prioridade é manter a calma e “pensar na saúde pública em primeiro lugar”. “E tentar, quando houver respostas, criar.” • © Mais Guimarães
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EM GUIMARÃES
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Plataforma do BE conta com várias denúncias a empresas vimaranenses Plataforma criada pelo Bloco de Esquerda no contexto da pandemia vê o número de denúncias crescer desde o primeiro dia. Em Guimarães, as denúncias apontam para incumprimentos de regras de saúde e segurança, mas também imposições. © Direitos Reservados
entre 20 a 25 das trabalhadoras em atividade presencial, em condições que não respeitam as recomendações da Direção-Geral da Saúde”. Contudo, a resposta da administração da empresa desmente a informação patente na plataforma, garantindo que “a distância de segurança se cumpre” e que há máscaras e álcool gel disponíveis para os trabalhadores. “Os fornecedores não entram”, informa ainda a mesma fonte, acrescentando: “O patrão é o maior defensor dos trabalhadores”.
BE leva questiona Governo sobre a Somelos
Imposições de horários alargados ou de férias. Incumprimento de regras de saúde e de segurança. Salários em atraso. Estas são algumas das expressões que mais se encontram no site despedimentos.pt, uma plataforma que visa “mapear a irresponsabilidade social de quem despede e abusa dos trabalhadores em plena pandemia”, como explica Sónia Ribeiro, Coordenadora Concelhia de Guimarães do Bloco de Esquerda (BE). Nos primeiros dez dias, a plataforma criada pelo partido recebeu “mais de 800 denúncias”. “Começou-se logo a suspeitar que iriam ocorrer inúmeros atropelos”, diz. Uma das empresas denunciadas é a Tearfil, mas há uma resposta por parte da empresa. A delegada de Higiene e Segurança do Trabalho da empresa afirma que se cumprem todas as medidas para conter a propagação da covid-19. Ali já houve
casos confirmados: “Tivemos três casos suspeitos, dois deles positivos, mas que já estavam em casa há algum tempo.” Cristina Castro, a fonte da empresa ouvida, aponta que a Tearfil emprega 200 trabalhadores e não 150, ao contrário do que a denúncia que consta do site indica. Acrescenta ainda que foi realizado um reforço do material, como os dispensadores, mas observa que existe “algum desperdício” dos meios. “Há máscaras disponíveis, há luvas. O trabalho que alguns trabalhadores executam em determinadas zonas torna difícil usar luvas, mas a possibilidade de cruzamento entre trabalhadores é reduzida. Uma pessoa está disponível para cinco máscaras”, explica. A delegada refere ainda que alguns trabalhadores “estiveram na iminência de processos disciplinares” por não utilizarem o álcool gel dis-
ponibilizado. Também a Filocora conta com uma denúncia, mas, até ao fecho desta edição, não foi possível contactar a empresa que, de acordo com o site, terá encerrado no dia 28 de março por duas semanas. “Ao encerrar, foi imposta a marcação de férias aos trabalhadores”, uma decisão tomada “unilateralmente, sem consulta aos trabalhadores e anunciada repentinamente pela administração”. No que diz respeito à empresa Pimba, a denúncia que chegou ao site despedimentos.pt aponta que a empresa estará "a impor horários de trabalho alargados”, sendo que os trabalhadores estarão a fazer “horas extra”. No site encontra-se ainda uma denúncia referente à empresa Malhas Texal, uma empresa têxtil especializada na confeção de pijamas. De acordo com a denúncia, a empresa “mantém
Quanto ao Grupo Somelos, na plataforma lê-se que a empresa “não cumpre as regras de higiene e segurança no trabalho e põe em causa a saúde dos seus trabalhadores”. De acordo com a denúncia, o gel desinfetante “é apenas disponibilizado aos clientes”. “Sabe-se também que há várias tentativas de imposição de rescisão amigável de contratos e ameaças de despedimentos, aproveitando-se da situação de apreensão vivida pelos trabalhadores nas várias fábricas do grupo”, refere a denúncia publicada. O Mais Guimarães tentou o contacto com o grupo, mas ainda não recebeu uma resposta conclusiva. Ainda assim, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre a situação laboral no grupo e pediu intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho para assegurar os direitos dos trabalhadores. Em causa estão, igualmente, as denúncias acima referidas. “A situação está a gerar grande apreensão entre os trabalhadores e trabalhadoras, por sentirem que o posto de trabalho está ameaçado, e cria dificuldades à sua vida, colocando em causa o cumprimento dos compromissos assumidos, nomeadamente o pagamento das prestações das rendas e dos créditos à habitação”, alertam, no documento entregue na Assembleia da República, os dois deputados bloquistas eleitos pelo círculo de Braga (José Maria Cardoso e Alenxandra Vieira) e o deputado José Soeiro. No documento, os deputados do Bloco de Esquerda afirmam que
“os atrasos nos pagamentos de salários no Grupo Somelos são recorrentes”. “Na Somelos Tecidos S.A. os salários do mês de março foram pagos apenas a parte dos trabalhadores e que, no início do ano, verificou-se também incumprimentos nos pagamentos de salários na Somelos Mix – Fios Têxteis, S.A.”, referem os deputados. “Este agravamento das condições sociais destas famílias pode gerar uma crise social grave, pelo que se exige intervenção urgente do Governo e da Autoridade para as Condições do Trabalho para proteger os direitos dos trabalhadores, garantindo a liquidação dos pagamento dos salários em atraso e afastar estratégias que visam descartar os trabalhadores”, concluem.
Empresas em "grandes dificuldades" Para Sónia Ribeiro, o ponto de situação nas empresas vimaranenses “é complicado” e “tende a ficar ainda mais”. “O lay-off nunca foi a primeira situação apontada. Obrigaram os trabalhadores a gozar férias ao primeiro sinal de abrandamento das encomendas. Entretanto, chegou-se à conclusão de que não seria passageiro e houve empresas que iniciaram o acesso ao lay-off simplificado”, explica. A bloquista indica ainda que a proteção dos trabalhadores fica comprometida pelas próprias limitações da ACT: “Para já, têm um trabalho muito limitado no que diz respeito à burocracia. Os processos são muitos e são muito burocráticos. Nesta questão em específico, parece um contrassenso, já que a maioria dos trabalhadores da ACT está em teletrabalho. A intervenção no terreno está limitada.” Em relação ao resto do país, Sónia Ribeiro garante indica que o número de denúncias no distrito de Braga “é relativamente grande”, notando-se em Guimarães uma maior incidência de casos do setor têxtil. “E temos uma série de micro e médias empresas que passam grandes dificuldades”, acrescenta. O Mais Guimarães tentou contactar o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-Os-Montes, mas, também até ao fecho desta edição, não foi possível recolher informações acerca do assunto. • NRG
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Domingos Bragança diz que “não podemos baixar a guarda”
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Município doa bens alimentares © CMG
No regresso à “nova” normalidade, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, frisou que é necessário continuar a cumprir normas. “A responsabilidade é de todos”, disse o Edil © Mais Guimarães
Guimarães prepara regresso à “nova” normalidade, mas sem baixar a guarda de proteção. Em comunicado, a autarquia escreve que o presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, apela aos munícipes para o cumprimento das normas em vigor. O país está em estado de emergència até dia 02 e o cumprimento das normas estipuladas, associadas ainda à ativação no dia 28 de março do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Guimarães, é fundamental para evitar a propagação da pandemia da Covid-19. Essa foi uma das conclusões na reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil, realizada esta quinta-feira, no sentido de preparar o regresso à “nova normalidade”, pode ler-se no mesmo comunicado. De acordo com o mesmo documento, o presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, recordou que foram assumidas medidas necessárias no sentido de proteger a população e apela
ao cumprimento das mesmas. “É importante que os nossos munícipes respeitem todas as recomendações, com rigor, no sentido de ultrapassarmos este período incomum. Estamos a fazer um trabalho de máxima cooperação com as entidades e instituições envolvidas na Comissão Municipal da Proteção Civil, no sentido de manter uma atitude de alerta máximo para o cumprimento das restrições impostas”, salientou ainda Domingos Bragança. “A responsabilidade é de todos e de cada um, para combater esta pandemia e não podemos baixar a guarda”, ressalvou o autarca de Guimarães. Domingos Bragança destacou ainda a máxima responsabilidade para o previsível regresso à “nova normalidade”, mas não pode baixar-se a guarda da proteção de todos. “Temos de ter o nosso Plano de regresso à nova normalidade após o estado de emergência para ganharmos o futuro de um modo sustentável”, afirmou. •
O Município de Guimarães procedeu à entrega de 29 mil pacotes de leite por várias instituições do concelho e famílias carenciadas, no âmbito dos bens recolhidos pela estrutura da Rede de Apoio Social de Emergência em parceria com a Cruz Vermelha de Guimarães. “Agradecemos aos agrupamentos escolares e à DGESTE a cedência do leite escolar e de outros bens alimentares, à Cruz Vermelha Portuguesa, assim como aos cidadãos, grupos organizados, todas as empresas e particulares que têm contribuído com a entrega bens alimentares, produtos de têxteis-lar e higiene, no sentido de apoiar ainda as unidades criadas para o isolamento social e de apoio aos sem-abrigo, no âmbito do Plano de Ação de Emergência face ao surto pandémico da COVID-19”, escreveu o Município numa nota publicada no Facebook. •
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EM GUIMARÃES
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Hospital já recebeu doações e “tem meios para tratar adequadamente os doentes” © João Bastos/ Mais Guimarães
Henrique Capelas, presidente do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira, nega as acusações de que o material terá sido “desviado” para Lisboa e garante que algum desse mesmo material já chegou à unidade de saúde.
O presidente do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira, Henrique Capelas, nega a notícia avançada pelo Porto Canal na passada sexta-feira, que anunciava que o material que foi doado ao Hospital de Guimarães teria sido desviado para a região da Grande Lisboa. A mesma reportagem anunciava que as ofertas já tinham sido feitas há quase dois meses e
que, até agora, nada tinha sido entregue à unidade de saúde. Ao Mais Guimarães, Henrique Capelas diz ser impossível “esclarecer uma coisa que é mentira”. O responsável máximo da unidade de saúde diz entender que haja “alguma ansiedade”, por parte das pessoas que oferecem, os mecenas, (“a quem nunca é demais agradecer”), de que os materiais cheguem.
Henrique Capelas assegura que as doações que foram disponibilizadas por esses empresários, empresas e instituições serão totalmente aplicadas em Guimarães. “Alguns equipamentos até já nos chegaram há 8 dias ou 10 dias, como 10 ventiladores. Há três ou quatro dias, ligaram-me a avisar que vinham a caminho mais três ventiladores. Estamos constantemente a receber equi-
A diminuição da atividade física durante o confinamento teve um impacto maior na população com mais de 65 anos e nas mulheres, de acordo com as conclusões do questionário sobre os “Hábitos de atividade física durante o período de confinamento social profilático – Covid-19” promovido pela Tempo Livre, através do Centro de Estudos do Desporto. O estudo pretendeu aferir e comparar hábitos de atividade física da população de Guimarães – antes e depois do período de confinamento social profilático resultante do surto de Covid-19 – a eventual alteração de hábitos alimentares e a eventual alteração de rotinas de sono. Responderam ao inquérito 384 pessoas, tendo sido aplicada a estratificação das faixas etárias pelos intervalos do Instituto Nacional de Estatística (Censos 2011). Em comunicado, a cooperativa municipal revela que os maiores de 65 anos e as mulheres foram os grupos que revelaram estar a sentir mais os impactos negativos do confinamento.
No caso das mulheres, é, segundo a Tempo Livre, “particularmente relevante, para além da questão da prática de atividade física, a relacionada com os hábitos alimentares e das rotinas de sono alteradas”. A redução da prática de atividade física é mais acentuada na faixa etária superior a 65 anos que passou de 85% (antes do confinamento) para os 56% (durante o confinamento), sendo também notória uma diminuição nas mulheres cuja prática de atividade física diminuiu dos 84% para os 72% (antes e após o confinamento). No escalão etário dos 40 aos 64 anos assinalou-se também uma queda dos 81% para os 75%. No estudo, que foi realizado entre 27 de março e 16 de abril, sobressai, ainda, uma conclusão “pertinente” que “estabelece uma relação direta entre a prática de atividade física durante o confinamento e a perceção de uma boa condição mental”. De acordo com o estudo, os que estão a praticar atividade física dizem sentir-se melhor mental-
mente. A maioria das pessoas que respondeu ao questionário afirmou praticar atividade física, com regularidade, antes do confinamento, mantendo-se uma forte tendência (73%) para a continuidade da prática depois de ser decretada a limitação. Um total de 319 indivíduos (83% da amostra) afirmou praticar atividade física antes da pandemia e 280 (73%) declarou manter a prática durante o confinamento. Dos inquiridos que praticam atividade física no confinamento, 55% realiza-a por sua iniciativa e 26% segue conselhos e sugestões de exercícios pelas redes sociais, sendo que 33% a desenvolve em casa, com uma regularidade acima das quatro vezes por semana (34%) e com a duração de 30 a 45 minutos (40%). O estudo da Tempo Livre conclui ainda que o nível médio de condição física durante o confinamento é superior naqueles que praticavam atividade física antes do confinamento, quando comparados com os que não praticavam atividade física. •
isso, “confiante” pelo material que tem encomendado. “Não só desse tipo de material, mas essencialmente dos equipamentos de proteção individual, como máscaras. É também um equipamento que consumimos muito, mas felizmente o fornecimento tem chegado de uma forma que nos permite estar confortáveis no tratamento dos nossos doentes”, frisa. O líder máximo da unidade de saúde assegura que as encomendas de material têm decorrido a um ritmo que deixa o Hospital “confortável” para tratar os casos de Covid-19 que ocorrem na nossa região. “Queremos deixar uma mensagem de serenidade às populações. O Hospital tem meios, felizmente, para tratar adequadamente os doentes. Aumentamos a capacidade nos Cuidados Intensivos para os doentes Covid-19, que está longe de estar esgotada. Felizmente estamos preparados, se um agravamento houvesse, para dar resposta a todas as situações”, garante. • MO
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Mulheres e maiores de 65 são os mais afetados pela redução da atividade física
pamentos”, garante. O presidente do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira explica que, as doações, que são monetárias e atingem cerca de meio milhão de euros, não contemplam apenas ventiladores, mas também equipamentos como monitores ou bombas perfusoras. “Ainda há oito dias recebemos 17 monitores”, conta. O responsável recorda que “o ideal seria encomendarmos e estar aqui tudo amanhã. Mas o ideal não existe”. “É do conhecimento público das necessidades por todo mundo. As fábricas estão a dar o seu máximo a fabricar e vão fornecendo à medida das dificuldades”, aponta. O responsável recorda ainda que, “normalmente, os empresários não têm acesso para ir comprar diretamente um ventilador, por exemplo”. “Nós encomendamos e depois vamos comunicado aos empresários para irem pagando à medida que chegam. O ideal seria que chegasse de uma vez, mas infelizmente não é possível”, avisa. O Hospital aguarda, por
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Deputados assinalaram 25 de Abril para que se “dê valor” à Liberdade Foi através das redes sociais que os deputados municipais vimaranenses deixaram a sua mensagem para este 25 de Abril. Do apelo a que se “cumpra Abril” às chamadas de atenção para “os populismos que emergem”, assim se assinalou Abril em Guimarães. pes Silva lembrou que Abril trouxe “o debate político, o regular funcionamento das instituições, o estado social, a escola pública, a proteção, o acesso à cultura para todos, e, fundamentalmente o Serviço Nacional de Saúde, que tem sido o pilar deste combate”. O deputado do Partido Socialista deixou igualmente uma mensagem de “esperança”. “Tenhamos esperança e perseverança em Abril e nas suas conquistas, no sistema político que construímos nestes 46 anos, no qual continua a residir as propostas que nos permitem acreditar num futuro melhor”, apontou. Além disso, é necessário estar atento aos “pequenos focos que vão surgindo assentes no populismo, em discursos obscuros e de medo procurando que os receios que estes tempos trazem, se traduzam em rejeição do outro ou em divisões por estrato social, crença ou local de nascimento”, defendeu.
As lutas ainda por travar Por sua vez, do PSD, a mensagem chegou pela deputada Paula Lemos Damião, que defendeu que a “Revolução de Abril não se esgota no memorável 25 de abril de 74”. “Comemorar abril não é colocar um cravo na lapela e dizer “Abril sempre”. Não uso cravo nem dele preciso, sendo que o
Antigo edifício da estação da CP vai ser casa da segunda unidade de rastreio em Guimarães A Câmara Municipal de Guimarães está a efetuar testes de rastreio à COVID-19 a todos os utentes e funcionários dos lares do concelho. Até ao final desta semana ficarão concluídos os testes a todos os funcionários, resultado de uma parceria com a Segurança Social, informa a autarquia. O município vimaranense anuncia ainda que na próxima semana abre mais uma unidade de rastreio da covid-19. Localizada no rés-do-chão do antigo edifício da estação da CP, esta resulta do protocolo efetuado com a Escola de Medicina da Universidade do Minho e o Hospital Senhora da Oliveira. O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, reuniu na passada
quinta-feira com os representantes de todos os Lares do Concelho – com resposta à terceira idade, pessoas com deficiência e ainda Unidade de Cuidados Continuados – “no sentido de fazer uma avaliação conjunta e integrada da situação sobre a evolução desta pandemia”, avança o município. “Destaque para o registo de um reduzido número de infetados, onde se eleva a qualidade do trabalho desenvolvido pelos profissionais, colaboradores das instituições e dos elementos que compõe os órgãos sociais, assim como a eficácia dos seus planos de contingência, tal como o empenho e dedicação de todos que se entregam a estas causas”, refere a nota. •
respeito”, apontou. A deputada falou ainda sobre “o avassalador momento da pandemia da Covid-19”, que, defendeu, “não mostrou ainda a alguns que, nestas circunstâncias, todos somos iguais”. “E os que exercem altas magistraturas têm que dar o exemplo. É o Covid-19 e a exigência de manter a distância social que impõe que estejamos mascarados em locais fechados onde estejam muitas pessoas. E quem tal questiona, não cumpre e desconsidera a diretriz, não faz jus à estatura do cargo”, comentou. Já Paulo Peixoto, da Bancada Parlamentar do CDS-PP, disse que “são momentos como estes que nos fazem dar o verdadeiro valor ao sentido de liberdade”. “De um dia para o outro, ficaram privados da sua liberdade, a de se movimentarem, a de frequentarem os mesmos locais, a de manterem os filhos nas mesmas escolas, a de manterem os pais nas mesmas instituições, a de manterem o mesmo nível de vida”, apontou. O centrista disse ainda que “quem tem a missão de comandar os destinos do país, numa época absolutamente extraordinária e difícil” deve saber “interpretar a liberdade que o 25 de Abril nos concedeu, associada à tolerância conquistada no 25 de Novembro, no sentido de ultrapassarmos esta fase difícil” Por sua vez, Pedro Ribeiro, da
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Por Guimarães, os representantes dos partidos com assento parlamentar na Assembleia Municipal também celebraram o 25 de Abril. Os seus discursos foram divulgados através de uma série de vídeos divulgados no Facebook da Câmara Municipal. O presidente da Assembleia Municipal de Guimarães, José João Torrinha, sublinhou a “necessidade de não se apagar a memória de Abril” e “transmitir aos mais novos que as coisas não foram sempre assim” e que podem “deixar de ser”. “Essa memória não se pode perder. Não tomemos nada como garantido. A liberdade é o bem mais precioso que temos”, acrescentou. Para José João Torrinha, “os riscos estão aí para quem os quiser ver”, dentro e fora de portas, designadamente com “a emergência de discursos xenófobos, de políticas isolacionistas e da desconfiança crónica relativamente a quem nos representa”. O presidente da Assembleia Municipal frisou ainda a importância de celebrar a liberdade, mesmo numa altura em que estamos “a abdicar de alguma parte dela, a de nos deslocarmos, trabalhar e estar com quem gostamos”. Ainda assim, “a lição que Abril nos ensina é a da esperança”, recordou. Do lado do partido com maior representação na Assembleia Municipal, o socialista Paulo Lo-
bancada da CDU, apontou as conquistas de Abril, destacando o Serviço Nacional de Saúde. “Abril é Serviço Nacional de Saúde. Universal e acessível para todos. Hoje vemos o valor e importância do Serviço Nacional de Saúde, um dos pilares da democracia e uma conquista de Abril”, elogiou. Porém, para o deputado, Abril tem de continuar a ser sinónimo de luta. “É luta contra o abuso, a arbitrariedade, o ataque aos direitos dos trabalhadores. Luta de um país que tem hoje um milhão de trabalhadores em lay-off e milhares de novos desempregados. É luta contra as férias forçadas, corte nos salários, desregulamentação dos horários de trabalho, bancos
de horas, violação das mais elementares regras de segurança e higiene no trabalho, pressões, chantagem, medo” reforçou. Da Bancada Parlamentar do Bloco de Esquerda, a deputada Sónia Ribeiro, reforçou que, em altura de pandemia, se deve “cumprir Abril”. “Que haja coragem e determinação para tomar as decisões que se impõem”, defendeu. “A austeridade não é solução agora como não foi então. Que se cumpra Abril. Que aprendamos com os erros do passado. Não podem ser sempre os mesmos a pagar a fatura. É preciso valorizar o emprego e quem trabalha. Que haja coragem e determinação”, apelou Sónia Ribeiro. • MO
Obras de reperfilamento na Caldeiroa condicionam trânsito © Direitos Reservados
A obra de reperfilamento da Rua de Caldeiroa arrancou na passada segunda-feira, 27 de abril. A primeira fase ficará concluída no final do mês de agosto, segundo a Câmara Municipal. Em comunicado, a autarquia revela que o projeto inclui o redimensionamento do perfil da rua, um novo desenho urbano e a respetiva repavimentação. A obra provocará alterações no
trânsito. Nesta primeira fase, está prevista intervenção desde o Largo Valentim Moreira de Sá à Travessa da Caldeiroa (saída do Parque de Estacionamento de Camões). Nesse trajeto, será proibido o trânsito. Em alternativa, durante este período, para garantir o acesso local, o trânsito far-se-á em dois sentidos entre a travessa da Caldeiroa e a Rua Padre Augusto Borges de Sá.
A segunda fase prevê o reperfilamento desde a travessa da Caldeiroa ou Madroa até à rua Padre Augusto Borges de Sá, com a implementação de uma zona pedonal e estacionamento lateral ordenado, destinado a pessoas com mobilidade condicionada e a cargas e descargas, assim como a criação de passadeiras (à mesma cota dos passeios acessíveis a todos os peões incluindo os que possuem mobilidade reduzida). Nesta obra está contemplada ainda a requalificação de toda a rede de águas pluviais da Rua da Caldeiroa, através da construção de um novo coletor, assim como a intervenção no canal da Ribeira de Couros para permitir o aumento da capacidade de escoamento das águas. O valor de adjudicação desta obra é de 490.357,21€ (acrescido de IVA). •
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Pedro Cunha: “Este capítulo ainda não está encerrado. Temos de continuar a lutar” Pedro Cunha, Médico de Medicina Interna no Hospital Senhora da Oliveira e membro da Comissão Acompanhamento do Covid-19, em entrevista ao “Em casa, à conversa com...”. A entrevista está disponível na íntegra no Facebook e no canal do YouTube do Mais Guimarães. •
Pedro Cunha (PC): Já há algumas semanas estamos numa fase que a Organização Mundial de Saúde e a Direção Geral de Saúde determinam como fase de mitigação, ou seja, existe uma transmissão na comunidade e não é possível estabelecer uma cadeia de contacto e perceber exatamente quem transmite a quem a doença. Estamos numa fase em que tentamos, de alguma forma, reduzir o contacto das pessoas e tomar medidas que limitem a velocidade de propagação do vírus. Essa fase começou há algumas semanas no nosso país depois das medidas que foram tomadas, o encerramento de espaços públicos, das escolas, o confinamento social, as pessoas a terem uma interação social muito reduzida e a manterem-se nos seus domicílios tanto quanto lhes é possível num ato cívico. É uma dádiva. As pessoas que conseguem fazer isto durante este tempo, sendo-lhes pedido que fiquem em casa confinados ao espaço de habitação, para quem tem uma vida ativa diária estabelecida, é particularmente difícil. É uma dádiva que temos de agradecer e salientar, que as pessoas ofereceram não só a eles próprios, aos seus entes queridos e cidadãos, mas também a nós profissionais dos hospitais. Isso permitiu, na realidade, que houvesse um abrandamento da velocidade de propagação do vírus e do crescimento do número de casos. Isso permitiu que, nesta fase, conseguíssemos, com os ajustes que foram necessários fazer aqui no Hospital, acertar melhor os recursos que tínhamos disponíveis com o afluxo maior deste tipo de doentes que tivemos. Nesta fase ainda não estamos propriamente numa fase em que possamos dizer que podemos baixar os braços ou prestar menos atenção. MG: Sobre isso mesmo esta semana renovam o apelo à população para que fique em casa e não baixe os braços no combate a esta pandemia. PC: Exatamente, se é que nos é permitido pedir mais aos nossos concidadãos. Nós entendemos que apesar de ser algo difícil de solicitar e apesar das pessoas terem já feito esta dádiva e terem conseguido através dela adequar a procura de cuidados de saúde àquela que, de facto, é a ofer-
ta existente, entendemos que é importante renovar e dizer às pessoas que está decretado um estado de emergência nacional, e, apesar de verem a redução da velocidade de propagação do vírus, este período não está terminado nem este capítulo está encerrado. De acordo com as medidas que a tutela e autoridade de saúde vão definindo, temos que, de alguma forma, continuar a lutar para que não haja mais pessoas infetadas ou que se esse número seja, pelo menos, o mínimo possível. As pessoas olham para a curva de crescimento do número de casos e, como todos nós, ficam satisfeitas quando percebem que a velocidade aumenta é menor. Porém, todos os dias há um aumento do número de casos e a percentagem de aumento do número de casos tem vindo a reduzir relativamente ao total. Isso quer dizer que percentagem total do número de contágios é menor. O que é preciso salientar é que, do ponto de vista do Sistema de Saúde e da comunidade, não deixa de existir um número absoluto de casos que continua a aumentar todos os dias no nosso país. Continuamos progressivamente a ter mais pessoas com a doença, mais pessoas com potencial de contaminar outras e mais pessoas que podem precisar dos recursos de saúde. É importante que continuemos a trabalhar para reduzir este ritmo de crescimento e que a determinada altura, o ideal seria que este número parasse de crescer, que não tivéssemos contágios, que o número de pessoas que estão com este problema de saúde resolvido seja cada vez mais e do número de casos ativos sejam cada vez menos. Nessa altura sim, conseguiremos estar num caminho seguramente melhor, pelo menos na perspetiva de quem está no hospital e continua a receber pacientes que necessitam de cuidados de saúde. MG: Qual é a capacidade de resposta do Hospital nesta altura? PC: Continuamos a fazer acertos na distribuição de pacientes do nosso Hospital e a fazer a reorganização da estrutura assistencial aos pacientes internados, trabalhando em rede com instituições hospitalares com quem mantemos uma ligação de trabalho igual no nosso dia-a-dia. Conseguimos dar resposta a todos os casos que necessitam de internamento no nosso Hospital. Neste
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Mais Guimarães (MG): Em que fase da pandemia estamos?
momento não há um constrangimento específico para esses pacientes. Há uma necessidade de organizar bem o nosso trabalho e gerir os pacientes que estão internados em conjunto, e de uma forma dinâmica com estas outras instituições hospitalares para podermos, em conjunto, manter esta resposta, que é importante. Esses constrangimentos não são na realidade diferentes, nem em grau, nem em tipo daqueles que a própria tutela já vem referindo. Houve alguma necessidade de acertar a nossa capacidade de diagnóstico do ponto de vista laboratorial. Isso também tem vindo a aumentar progressivamente e temos conseguido, de alguma forma, dar uma resposta mais célere e mais precisa aos nossos pacientes. Enquanto isso foi possível também tomamos medidas para ajustar o cuidado dos pacientes e fazer propositadamente para que as pessoas pudessem ter segurança, até que tivessem conhecimento do seu status de infeção. Tivemos esse cuidado. Agora estamos precisamente a tentar manter esta capacidade, que acertamos para ir dando resposta aos novos casos que vão surgindo. MG: E como está a resposta ao tratamento de outras necessidades dos cidadãos? PC: Relativamente à gestão dos outros pacientes, diria que, como de costume estamos abertos, disponíveis e com capacidade para tratar os nossos concidadãos que precisam de apoio noutras pa-
tologias que não o Covid-19. Se houve preocupação que tivemos no Hospital foi de organizar o fluxo de doentes por forma a poder garantir segurança na gestão de outros problemas de saúde dos pacientes. Criámos áreas que são dedicadas a pacientes com infeção Covid-19 conhecida e separamo-las claramente de outras áreas em que não há pacientes com infeção Covid-19 e tratamos de outras patologias. Mantivemos unidades de tratamento diferenciado no que diz respeito por exemplo ao enfarte agudo do miocárdio, como é o caso coronária do serviço de cardiologia, que continua a funcionar, também com uma estratégia de gestão que permite acomodar pacientes suspeitos de Covid-19 e separá-los. Continuamos a geri-los da mesma forma que geríamos antes do serviço da pandemia. Quem diz estas unidades podemos referir um grande conjunto de patologias, na área da cirurgia, ortopedia, otorrino, urologia, … Não queria nomear todos, mas é difícil fazer uma longa lista. Dizer-lhes que continuamos disponíveis e asseguramos que existe capacidade de dar resposta a situações urgentes que surjam na nossa população. Tem sido nossa preocupação, ao ver que houve uma diminuição do recurso a urgência dos nossos pacientes com este tipo de problemas, muitos por algum receio relativamente a infeção. Queremos passar uma mensagem de total segurança e de apoio para que, se tiverem sintomas, que recorram porque, de facto, nós previmos essas situa-
ções atempadamente para poder continuar a oferecer isso a população de todas as comunidades que servimos. MG: Vemos agora que, por exemplo, na China, há doentes a quem foi diagnosticado o Covid-19, que posteriormente realizaram testes negativos, e que, passados 50 dias, deu positivo. Não há imunidade há doença? PC: Essa pergunta vale um milhão de dólares, desculpem-me o clichê. Sabemos muito pouco deste vírus e da forma como ele coexiste connosco, humanos. Ele é de facto novo. Nós temos dificuldade em compreender toda a dinâmica da sua interação com o ser humano. Há de facto duas coisas distintas…. Há dados que vêm dessa comunidade que, obviamente, utilizamos para tentar perceber de uma forma precoce o que vai acontecer com nossos pacientes. Temos estado atentos como evolui. Há, por um lado, 14% dos pacientes a quem é dado um certificado de cura, digamos assim, ou seja, testam negativos para a presença do vírus em dois testes consecutivos e que, depois, voltam a aparecer positivos. Ainda não se percebe. Na comunidade científica não há uma explicação clara ou definitiva. Não se sabe se corresponde a uma reinfeção ou se corresponde ao facto de, depois de terem ficado curados, o vírus permaneceu no seu organismo durante algum tempo, coexistindo com o hospedeiro. Há aqui um conjunto coisas que ainda não sabemos. •
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PS reúne com trabalhadores e empresários
JSD de Guimarães propõe alargamento da tarifa social da água aos jovens
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Os deputados socialistas vimaranenses reuniram com os agentes económicos locais, com o objetivo de perceber a sua perspetiva relativamente à retoma do funcionamento da Economia local. Em comunicado, o PS esclarece que a reunião decorreu com trabalhadores e com empresários de setores como calçado, têxtil, hotelaria e restauração, de serviços. Luís Soares e Sónia Fertuzinhos “registaram a preocupação de todos relativamente à necessidade de retomar o funcionamento da economia,
respeitando as condições de higiene e segurança que vierem a ser definidas”. Os deputados consideram que “há setores cujas exigências sanitárias para o funcionamento tornam praticamente inviável a reabertura”. À margem da reunião, Luís Soares explicou, em comunicado, que os empresários e os trabalhadores do setor da hotelaria e da restauração de Guimarães têm motivos para estar preocupados: “O setor do Turismo, da hotelaria e da restauração que
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Luís Soares e Sónia Fertuzinhos ouviram os agentes económicos locais. Luís Soares considerou que alguns setores não têm condições para reabrir. estava em franco crescimento em Guimarães é dos setores mais afetados. O turismo internacional está estagnado, e a próxima época alta esta condenada pelo receio das pessoas em viajar, pelas condições económicas, mas também pelas limitações sanitárias que terão que ser impostas para a reabertura de hotéis, restaurantes e similares”, refere. Por isso, os socialistas consideram que, além dos apoios específicos do estado para o setor do Turismo, “é necessário olhar para esta realidade e pensar de que forma podemos coletivamente ajudar um setor que representa muito para a economia de Guimarães e de Portugal” Para além desta realidade, os Deputados reuniram com os Sindicatos do Têxtil e do Calçado da região. Sónia Fertuzinhos frisa, em comunicado, que “o momento para estes dois setores é delicado e difícil”. •
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A JSD de Guimarães quer ver alargada a tarifa social da água da Vimágua aos mais jovens. Nesse sentido, enviou, esta terça-feira, ao presidente da câmara, Domingos Bragança, e ao presidente do Conselho de Administração da Vimágua, Armindo Costa e Silva, uma carta a propor o alargamento da Tarifa Social da água para os jovens até aos 30 anos que se encontrem em situações mais vulneráveis. Os sociais-democratas sugerem que o Conselho de Administração da Vimágua pondere alargar a tarifa social da água e, ainda, que a isenção passe dos 5 metros cúbicos para 15 metros
cúbicos para todos os jovens até aos 30 anos que habitem sozinhos ou com parceiros/as e que provem que tenham sido despedidos no âmbito do Covid-19 e/ ou apresentem quebras no seu rendimento iguais às quebras previstas pelo regime de lay-off simplificado (1/3 do vencimento mensal). A JSD sugere que, para os jovens que foram despedidos, a Vimágua os isente deste pagamento durante seis meses, a começar a partir do momento em que os jovens são despedidos. “A isenção de seis meses é para que os jovens, no pós-Covid-19, tenham a estabilidade necessária para a procura de novo emprego”, justificam os sociais-democratas. Para os jovens colocados em regime de lay-off simplificado e para os jovens profissionais liberais e/ou proprietários de pequenos comércios, a JSD sugere que fiquem na tarifa social durante os meses em que permaneçam no regime de lay-off simplificado ou apresentem uma quebra no seu vencimento mensal igual ou superior a 1/3. •
Em Creixomil e Ronfe Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 Ronfe De segunda a sábado, das 08h00 às 20h00
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SOCIEDADE
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Vimaranense costura e oferece máscaras a quem precisa
Retrato de Perfil Domingos Castro por Mafalda Oliveira
Cristina Ribeiro costura e oferece máscaras a quem necessita, principalmente “a pessoas que têm deveres a cumprir, que estão a fazer o bem". Nome Domingos Castro
Natural de Azurém Profissão Músico
Na passada quarta-feira, 21 de abril, “a música tradicional portuguesa ficou mais pobre”. Esta frase é repetida incessantemente, entre várias homenagens encontradas nas redes sociais, a propósito do falecimento de Domingos Castro. Considerado um dos maiores tocadores de cavaquinho em Portugal, o vimaranense era conhecido precisamente como o “Mestre do Cavaquinho”. “Um grande artista da música tradicional portuguesa e do Cavaquinho que fala, em particular. Nas suas mãos, o som estridente de uma qualquer melodia”, descreve, por exemplo, o grupo SolMinho. Domingos Castro nasceu em 1960, é natural de Azurém e aprendeu a tocar cavaquinho aos nove anos, ensinado pelo pai. Posteriormente, fez parte parte do Grupo Folclórico Infantil de Fermentões. “Era um homem da música por quem tinha muita simpatia e um tocador como havia poucos”, recorda ao Mais Guimarães Daniel Fernandes, cantador ao desafio. “No lugar da ponte, onde acaba Azurém, convivia com ele num café, tipo tasco, que se chamava Meia Lua”, lembra. Era nesse café que se juntavam para cantares ao desafio. “Estamos a falar de algo que aconteceu há 20 anos, nos meus inícios de cantar ao desafio. Juntávamo-nos la com o seu pai. Lanchávamos, bebíamos uma canequinha e cantávamos ao desafio”, conta.
"A sua paixão era o cavaquinho" Nos últimos anos, Daniel Fernandes não convivia com a mesma frequência com Domingos Castro, mas lembra-se que o amor pelo cavaquinho era já de família. “O pai dele era grande tocador de cavaquinho. Foi um amor que começou no pai e passou para os dois filhos” explica. Domingos Castro era “filho de uma família humilde". O pai era o "sapateiro da ponte” e ele próprio trabalhou na área do calçado. “Mas a sua paixão era o cavaquinho”, frisa.
Mestre do Cavaquinho e um “fora de série” Domingos Castro fazia parte do grupo de Cantares Populares “Os Amigos do Borguinha”. O grupo foi formado oficialmente a 25 de Fevereiro de 2008, na freguesia de São Mamede de Este, no concelho de Braga, onde realizavam os ensaios. Percorrem o país, com especial destaque para o minho, entre festas populares, concertos e muita animação. “Conhecemo-nos nas borgas, nas romarias. Ele tocava cavaquinho, eu toco concertina e assim começámos”, revela o criador do grupo, Borguinha de Braga. O tocador de concertina bracarense conta que partilhou o palco “centenas de vezes” com Domingos Castro. “Sempre disse que aquele homem o mestre do cavaquinho porque tocava aquilo como ninguém. Desde aí, chamávamos-lhe o Mestre. Era sempre assim que o apresentávamos nos espetáculos”, recorda. Para o Borguinha de Braga, Domingos Castro era mesmo um “fora de série”. Esse envolvimento valeu-lhe reconhecimento no mundo da música popular nacional. “Era muito conhecido no mundo da música tradicional portuguesa, também a nível de emigrantes. Nas redes sociais vemos mensagens de sentimentos de muita gente, de emigrantes nossos amigos e deles. Toda a gente o conhecia. Era uma boa pessoa”, relata Daniel Fernandes. Entre centenas de mensagens nas redes sociais, le-se, por exemplo, a de José Amorim: “A sua forma brejeira e muito tradicional de tocar cavaquinho fez dele um dos maiores e mais conhecido tocador de Cavaquinho em Portugal”, escreve. Outra mensagem é deixada, por exemplo, por Herminio Pedro Gomes, que frisa que o cavaquinho de Domingos Castro “irá sempre tocar e dar os sons eternamente”. "A música tradicional portuguesa ficou mais pobre. Perdeu um dos seus filhos", finaliza. •
Cristina Ribeiro costura dezenas de máscaras diariamente para oferecer a quem mais precisa. A vimaranense conta ao Mais Guimarães que a ideia surgiu quando viu notícias de que haveria pessoas com dificuldade em encontrar máscaras. “Com o decorrer do tempo, vi que se falava na possibilidade de costurar máscaras 100% algodão para proteger quem vai à rua. Entretanto, como estou desempregada, decidi vir a garagem fazer máscaras”, recorda. Na altura, Cristina Ribeiro pensou na possibilidade de fazer as máscaras para quem tinha dificuldade em encontrar. “Quem se queixava muito eram as pessoas que estavam a trabalhar, que iam levar alimentação aos velhinhos, entretanto, peguei e costurei duas ou três e partilhei nas redes sociais a dizer que oferecia. A partir daí, tive vários contactos de pessoas a pedirem máscaras”, relata. Residente em Urgezes, Cristina Ribeiro distribui gratuitamente as máscaras a quem lhe vai pedindo, como “a pessoas que têm deveres a cumprir, que estão a fazer o bem, como a entregar
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refeições”. Para oferecer, Cristina já costurou cerca de 200 máscaras. “Ás vezes perguntam se posso fazer cinco e eu dou dez”, conta. Esta foi também uma forma de Cristina conseguir ocupar o seu tempo em casa, em tempos de pandemia. “Como estava parada, isto faz-me esquecer a situação, porque fico concentrada. Os meus dias mudaram completamente. Isto preenche-me o tempo e faz-me ver coisas além
do que estava a ver”, conta. Além disso, são “os agradecimentos” que preenchem a vimaranense. “Consegui encontrar uma coisa que me faz mesmo feliz. Dá-me gosto de fazer, porque sei que são pessoas que precisam”, confessa. No futuro, Cristina só irá parar quando os pedidos também terminarem. “Só vou parar se houver um dia que não me digam nada. Se me ligam a pedir, claro que faço”, garante. •
Rede de Apoio Psicológico já realizou 110 atendimentos © CMG
A Rede de Apoio Psicológico do Município de Guimarães já realizou 110 atendimentos, segundo a autarquia. O serviço surge da observação da necessidade de disponibilizar apoio à população, no âmbito da pandemia da Covid-19, através da Rede de Emergência criada pelo Município de Guimarães. Os 110 atendimentos foram resultado de dezenas de telefo-
nemas efetuados com munícipes após referenciação. “Vamos conseguindo alterar as situações, efetuar aconselhamento e/ou encaminhamento e colmatar algumas questões do isolamento social”, refere uma das psicólogas deste projeto, em comunicado da autarquia. A Rede dispõe de 18 psicólogos, cinco técnicos municipais, aos quais se juntaram 12 psicólogos
provenientes dos agrupamentos de escolas e uma voluntária de uma instituição privada, todos em regime de voluntariado. De acordo com a nota informativa, sintomatologia de humor deprimido e de ansiedade, sensação de isolamento e desespero, dificuldades na gestão de rotinas novas e da acumulação da tarefa de cuidador com as já habituais (quer seja de menores ou de idosos), dificuldades na gestão de processos de luto e de doença própria estão na base das problemáticas detetadas e que estão a ser devidamente acompanhados através de sugestões e estratégias devidamente elencadas. As consultas ocorrem em modalidade de atendimento telefónico que é articulado com os técnicos da rede e cuja regularidade de contacto vai sendo definida pelos psicólogos de acordo com as situações em questão. Quando se observa a necessidade de um apoio mais intensivo é encaminhado para os serviços de psicologia das entidades parceiras. •
CONCELHO
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Várias Freguesias
Juntas de freguesia e cidadãos unem-se para distribuir máscaras pela população © Direitos Reservados
Em Urgezes, há 10 mil máscaras para distribuir por cidadãos e instituições da freguesia. A distribuição iniciou-se no sábado passado e o presidente da junta apela a que os espaços comerciais da freguesia também vendam máscaras. Já em Caldelas, o Espaço de Convívio Sénior "Este lugar não é para velhos" iniciou um projeto de confeção de máscaras de proteção.
A Junta de Freguesia de Urgezes adquiriu 10 mil máscaras, das quais seis mil serão distribuídas pela população. As restantes quatro mil máscaras serão entregues a instituições de saúde e lares. O anúncio é feito em comunicado pela autarquia local. Seis mil máscaras sociais (em tecido e TNT) serão distribuídas pela população, sendo que será
colocado um kit em todas as habitações. A distribuição iniciou-se no sábado passado, na zona da Igreja de Urgezes, Trofas, Remédios até ao Bairro Económico e municipal, sendo que o objetivo é, durante a próxima semana, chegar a todas as habitações da freguesia. Já as restantes quatro mil máscaras, cirúrgicas. chegarão aos
que estão “na linha da frente do combate à pandemia”, designadamente Hospital Nossa Senhora da Oliveira, Centro de Saúde de Urgezes, SAD – Apoio domiciliário dos Amigos de Urgezes, Lar Rainha D. Leonor, assim como a voluntários que estão nos projetos sociais e ainda pessoas consideradas de risco. Em comunicado, a Junta escre-
Briteiros Santo Estêvão e Donim
Caldelas
As freguesias de Santo Estêvão de Briteiros e Donim têm, agora, um Banco de Emergência Social, que recolhe “contributos para ajudar aqueles que mais precisam nesta altura de pandemia”. Segundo comunicado de imprensa enviado às redações, esta é uma iniciativa solidária que conta com a participação da Gasmave (Grupo de Apoio Social na Margem do Ave). O propósito é “angariar bens alimentares, de higiene pessoal” e equipamen-
A Junta de Freguesia de Caldelas informou, através de comunicado, que a Infraestruturas de Portugal (IP) vai “proceder à reparação do pavimento do trecho da Estrada Nacional/Regional 310, que liga Guimarães à Povoa da Lanhoso”. Esta via atravessa a vila de Caldas das Taipas e um dos alvos de intervenção será a Avenida 25 de Abril, segmento que liga a rotunda de acesso a Braga, perto da Escola Secundária das Taipas, à rotunda de acesso a Longos e ao Avepark. “Face à reclamação da Junta de Freguesia de Caldelas, a Infraestruturas de Portugal comprometeu-se a proceder à reparação do pavimento do trecho da Estrada Nacional/Regional 310 que liga Guimarães à Povoa da Lanhoso, na parte que diz respeito à nossa freguesia, mais concretamente entre a Bomba de Gasolina da Galp e a Rotunda do Avepark”, informa a autarquia local. A Junta indica que “a estrada apresenta buracos e fissuras
tos de proteção individual “que permitam auxiliar pessoas ou famílias em situação de carência económica”. As empresas ou cidadãos que tenham interesse em apoiar podem fazê-lo através do endereço gasmave@uf-bsed.pt. A junta de freguesia indica que a resposta está a ser garantida aos “casos já sinalizados”, mas apela a que outras situações de fragilidade e necessidade lhe sejam reportadas para alargar a resposta. •
máscaras de proteção. A junta revela, nas redes sociais, que recolheu em empresas têxteis da região tecido 100% algodão respirável e adquiriu elásticos para a confecção destes equipamentos de proteção individual no combate à pandemia por Covid-19. O material foi entregue aos utentes do espaço de convívio sénior, que produzirão este equipamento de acordo com as diretrizes técnicas indicadas pela Direcção Geral de Saúde. As máscaras reutilizáveis permitirão até 20 lavagens a 60ºC, o que permitirá que as máscaras descartáveis (cirúrgicas e outras) fiquem para utilização apenas dos profissionais de saúde e dos profissionais do setor social. A autarquia local “agradece a oferta do tecido” e apela ainda “a todas as empresas que se queiram associar a esta iniciativa e a todos os cidadãos que tenham condições e pretendam produzir este equipamento que, uma vez produzido, será oferecido pela Junta de Freguesia”. •
Trecho da Estrada Nacional 310, que liga Guimarães à Póvoa de Lanhoso, vai ser reparado © Direitos Reservados
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Banco de emergência social já está a ajudar
ve que o presidente da autarquia local, Miguel Oliveira, insiste para que as pessoas “fiquem em casa” e que, em casos que tenham de sair, o façam “em segurança”. “Principalmente se nos encontrarmos com outras pessoas (no supermercado, no talho, na farmácia, etc.), que seja com máscara, para não só nos proteger a nós, como também para protegermos os outros”. A Junta de Freguesia pretende ainda sensibilizar todos os estabelecimentos comerciais abertos, e os que vão abrir, para que possam ter nos seus espaços máscaras. A ideia é que as tenham “não só para os seus clientes que vão fazer as suas compras”, como também para a venda das máscaras ” a preço de custo” já que, “não sendo este o seu objeto social, dariam assim um contributo social à comunidade”. Por sua vez, a Junta de Freguesia de Caldelas, através do seu Espaço de Convívio Sénior “Este lugar não é para velhos”, iniciou um projeto social para a confeção de
que dificultam a circulação e colocam em causa a segurança de pessoas e veículos”. Devido às restrições que a covid-19 está a provocar no país, a IP não indicou
uma data concreta para a execução do trabalho, mas estima-se o mês de maio para a resolução deste problema”, lê-se na nota informativa. •
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ZONA NORTE | OPINIÃO
N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
Opinião de César Machado
Vizela
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No regresso às aulas em Vizela, alunos, professores e funcionários serão testados
Em Vizela, os alunos do 11.º e 12.º anos de escolaridade realizarão testes serológicos quando retomarem as atividades letivas no contexto de desconfinamento, disse à Lusa o presidente da Câmara Municipal, Vítor Hugo Salgado. De acordo com o autarca, os testes serão realizados no primeiro dia de regresso às aulas (apontado para 18 de maio). A ideia desta medida é, explicou o presidente daquela autarquia, fazer “testes serológicos rápidos”, que “dão os resultados em cerca de 15 minu-
tos”, com 91% de precisão, indicando se a pessoa está contaminada ou se já conta com algum tipo de imunidade. “A ideia é prevenir o contágio na comunidade escolar”, frisou. Os testes serão realizados por uma equipa formada por um enfermeiro e outro técnico de saúde. A equipa percorrerá as duas escolas do concelho, em articulação com os estabelecimentos de ensino. Ainda assim, os testes só se realizarão mediante uma autorização prévia dos encarregados de educação. Os resultados serão
comunicados aos pais e/ou escolas, em função de uma indicação prévia dos encarregados de educação, num formulário próprio. De acordo com a Lusa, estima-se que sejam testados 265 alunos, 61 professores e 112 funcionários. O município quer ainda distribuir máscaras comunitárias a professores, alunos e funcionários, confecionadas por empresas do concelho. A autarquia pagará metade dos custos aos comerciantes do concelho que se queiram submeter ao testes, de acordo com a agência noticiosa. •
Vieira do Minho
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Câmara devolve IRS e cria isenções para taxa de derrama A Câmara Municipal de Vieira do Minho vai abdicar da percentagem de 5% do IRS e isentar da taxa de derrama as empresas com volume de negócios inferior a 250 mil euros, anunciou aquela autarquia. As medidas inserem-se no “plano de reação municipal à pandemia provocada pela covid-19 e pretendem diminuir os impactos negativos desta crise nas famílias, nas empresas e instituições”, refere o município em comunicado. A percentagem de IRS a abdicar aplica-se a rendimentos de 2020. A isenção da
taxa da derrama às empresas que preencham os requisitos referidos também é referente a 2020. “A Lei das Finanças Locais destina às câmaras municipais 5% do imposto sobre os rendimentos singulares coletado nos respetivos municípios, uma verba que a autarquia vai devolver na totalidade aos munícipes, que ficam assim com um imposto mais leve no momento de pagar, ou um reembolso mais elevado no momento de receber”, explica a autarquia no mesmo comunicado. •
COSTA, O “INVENTOR” “Também sou jurista e sei a capacidade enorme que os juristas têm de inventar problemas”. Voltei a fita atrás. Era mesmo. Repeti. Confirmou-se. António Costa disse mesmo isto aos microfones das televisões. Pois bem, Caro Colega, andou mal, deixe-me dizer-lhe, não disse tudo. E foi um tanto injusto. Na verdade, poderia ter dito que os juristas têm uma capacidade enorme em inventar problemas (no que estaríamos de acordo), acrescentando, no entanto, que revelam igualmente grandes competências para criar soluções, para decidir e agir no imprevisto, sem recurso a tratados anteriores porque não os há, para intervir sensatamente e com medida em momentos de crise aguda e generalizada, nos quais ninguém sabe muito bem o que fazer por falta de referências que permitam adoptar receitas “by the book”, que revelam especial competência para encontrar consensos difíceis em ocasiões que nos colocam todas as interrogações e inseguranças. Caro Colega, como muitos, considero que temos a sorte de ter a Presidente da República e a Primeiro Ministro dois juristas, experientes e astutos, que têm revelado uma enorme capacidade para lidar com esta singular situação de enormíssima complexidade, sentando à mesa representantes de sectores fustigados por uma crise demolidora e sem precedentes, e, o que é notável, conseguindo obter equilíbrios e entendimentos, mesmo quando os interesses são claramente conflituantes, e, não raro, se confirma o dito segundo o qual “em casa onde não há pão, todos ralham e todos têm razão”. Por incompleta, aquela frase inicial é injusta sobretudo para estes dois juristas, o Presidente da República e o Primeiro Ministro. E já
agora, se me permite, no caso deste último, mais ainda. É que, com o afã de “inventar” próprio de jurista que é, e por não se demitir do que entende serem as suas responsabilidades, qualidade que também abona os juristas dignos desse nome, o nosso primeiro ministro permitiu-se “inventar” soluções para a política europeia, apontando medidas nunca antes adoptadas, quer pela sua natureza, quer pela sua magnitude, reforçando, sem tibiezas, que nestes momentos é que se vê quem está e quem não está, atirando à cara e batendo o pé, curto e grosso, a altivos representantes de países que na União Europeia costumam falar desse modo, não tanto a ouvir desse modo, porque, ostentando finanças mais robustas se permitem fazê-lo, como quem fala “de cima da mula” para aquela malta lá do sul… Ora, o nosso “jurista” e Primeiro Ministro “inventou largo” nesta sua intervenção. Confesso que, como português, fiquei orgulhoso, com esta sua atitude. E também é verdade que fico igualmente muito confortado quando vejo a admiração com que os chefes políticos estrangeiros se referem às suas intervenções. Essa coisa de dar um murro na mesa quando é necessário também é característica dos juristas, podia tê-lo dito. Ao que vemos por esse mundo fora estamos muito bem servidos. No meio do azar, é opinião corrente que nem tudo corre mal. A começar pelas duas principais figuras do Estado, que se têm revelado à altura do momento, merecendo bem o nosso agradecimento. Colega António Costa, invente que o seu inventar tem sido muito bom, tal como o do Presidente da República. Que não lhes falte imaginação e inventiva, coragem e sorte. •
OPINIÃO
O JORNAL N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
Opinião de Carlos Guimarães
EVOLUIR REGREDINDO A proliferação desregrada e selvagem do turismo nos últimos anos fez crescer em mim uma preocupação. Tenho-o manifes-
tado mas nunca fui entendido. A invasão turística devorava tudo à sua passagem e crescia como uma planta invasora num solo
Opinião de Vânia Dias da Silva
ESTADO DE AMBIGUIDADE É inevitável falar (outra vez) da COVID-19. Há meses que vivemos presos por ela e, até mais ver, mais meses virão, sem data anunciada de soltura. É precisamente sobre isso que hoje escrevo. Sobre liberdade, ou melhor, sobre liberdades e
direitos fundamentais. Por razões de pungente necessidade económica de desconfinar - que não discuto – e não por razões de saúde pública (essas continuam a aconselhar todo o recolhimento possível), o Governo estará a estudar a pos-
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que a sociedade oferecia cada vez mais fértil. Era a galinha dos ovos de ouro. A identidade dos sítios e das gentes perdia-se na sua adaptação à voracidade turística. Uma terra sem turismo era considerada uma espécie de terra atrasada e sem processo evolutivo, um sítio onde não passou Cristo. Era evidente que a propagação do mal teria de ser interrompida, mas as atitudes e medidas por parte das pessoas, dos Estados, e da grande mãe economia, ordenava o contrário. A multiplicação do dinheiro comanda as mentes, a inteligência e o desejo das pessoas. Dava-se o cumprimento da regra do mais e mais, quanto mais melhor, está tudo bem e quem diz o contrário não sabe o que diz. Por nossa vontade e disciplina não fomos capazes de ver o erro, de parar para pensar e definir um novo rumo para a atividade turística. Deixamos a bolha crescer e insuflamos a bolha muito além do tolerável. Não fomos capazes de o fazer de forma controlada e a coisa fez-se com estrondo segundo as regras da natureza e da pior maneira, o colapso. Agora sabemos que o futuro do turismo e da nossa maneira de ser e estar na vida será obrigatoriamente diferente. A natureza definiu o rumo sem deixar livro de instru-
ções, cabe a nós escrever o guião e cumprir. Hoje exibimos fotos da nossa horta com orgulho e felicidade, ontem as fotos eram de praias exóticas. As atitudes moldam-se, os hábitos ajustam-se e a felicidade adapta-se. Não vamos ficar todos bem, já aprendemos muito, falta agora concretizar. Temos tempo. As flores existem para serem apreciadas presas ao solo, onde nascem, crescem e morrem para voltar a nascer, mas nós teimamos em metê-las em jarras onde definham até morrer e não germinam de novo. Temos de evoluir regredindo e se não conseguirmos dar esse passo atrás seremos enganados ao seguir para diante. Está na hora de olhar e meditar em nós próprios, de ajustar as nossas vidas centralizando-as naquilo que é verdadeiramente importante, o nosso bem estar focado no essencial e refutando o acessório. Fechados em casa tivemos de nos reinventar, arrumamos o nosso espaço para criar mais espaço e libertamo-nos do entulho. Apercebemo-nos que também fomos vítimas do consumismo selvagem e prometemos que adiante será diferente. Se já o fizemos em casa, teremos de o fazer connosco, arrumar o lixo que acumulamos ao longo da
vida para ganhar mais espaço para receber e dar o que é fundamental. Se assim for, não só ficaremos bem, mas ficaremos melhor. •
sibilidade de, já em Maio, propor o fim do estado de emergência e, aparentemente, impor o estado de calamidade que, a acreditar no que vamos ouvindo, manterá níveis diferenciados de proibições e de restrições de direitos fundamentais. Vamos por partes. A Constituição é clara: o exercício de direitos, liberdades e garantias não pode ser suspenso excepto em caso de estado de sítio ou de emergência. Donde, nenhuma lei infra-constitucional pode suspendê-los sem que haja sido declarada qualquer uma dessas circunstâncias. Ora, o estado de calamidade, previsto na Lei de Bases da Protecção Civil, não é nem uma coisa nem outra. Simplificando, digamos que está no patamar inferior do estado de emergência, destinando-se a enfrentar uma situação de acidente grave ou de catástrofe, com o fim de reagir ou repor as condições de vida nas áreas atingidas. Pressupõe, pois, uma localização geográfica específica e, entre os efeitos mais limitadores, a racionalização de alguns bens essenciais e a fixação de condicionamentos à circulação de pessoas entre concelhos delimitados com cercas sanitárias ou de segurança. E, logo, não permite restringir as liberdades de circulação e de permanência com a abrangência que em estado de emergência se lhes pode
dar, especialmente a imposição da obrigação de confinamento. Até admito a discussão, difícil, sobre se, em estado de calamidade, é possível limitar, por todo o país, o número de pessoas num supermercado, num restaurante ou nos transportes públicos. O que está para lá do razoável é considerar a hipótese de impor a obrigação de isolamento de determinados conjuntos de pessoas e impedi-las de circular, como é o caso dos mais velhos. De resto, sem estado de emergência, o direito de resistência dos cidadãos retoma a normalidade constitucional, os quais podem, legitimamente, não acatar os conselhos das autoridades que, em estado de calamidade, podem não passar disso mesmo - recomendações. E este é o ponto. Pretender acabar com o estado de emergência para retomar, paulatinamente, a (nova) normalidade e substituí-lo pelo estado de calamidade, com as mesmas restrições de direitos fundamentais, redundará, no mínimo, em estado de ambiguidade e, no limite, em estado de arbitrariedade. Coisa que, com ou sem pandemia, é intolerável num Estado de Direito Democrático. Mas mais: além do inaceitável perigo constitucional de um estado de calamidade que mantém restrições apenas admissíveis em estado de emergência, sob o ponto de vista da saúde pública
pode revelar-se um fracasso com consequências épicas. Basta ver o que a simples menção do fim do estado de emergência fez ao recolhimento dos portugueses. Aconselha, por isso, a prudência que, sim, se abra a economia mas que, ainda que com medidas suavizadas, se mantenha o estado de excepção constitucional. •
As flores existem para serem apreciadas presas ao solo, onde nascem, crescem e morrem para voltar a nascer, mas nós teimamos em metê-las em jarras onde definham até morrer e não germinam de novo.
Pretender acabar com o estado de emergência para retomar, paulatinamente, a (nova) normalidade e substituí-lo pelo estado de calamidade, com as mesmas restrições de direitos fundamentais, redundará, no mínimo, em estado de ambiguidade
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EM GUIMARÃES
N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
A democracia em estado de emergência © Direitos Reservados
Na sexta-feira, dia 24 de Abril, a Associação Artística Vimaranense promoveu um debate online entre José Adelino Maltez, André Freire e Francisco Teixeira. O mote para a conversa entre os dois politólogos e o filósofo foi a questão: está a pandemia a ameaçar a democracia?
Como forma de celebrar o 25 de Abril, em estado de emergência, respeitando o confinamento, a ASMAV colocou à conversa os dois conhecidos professores catedráticos de ciência política e um professor de filosofia. O primeiro tema lançado para o debate foi o conceito de “democracia”, uma vez que a palavra é usada para referir regimes muito distintos. José Adelino Maltez fala de “um sonho” que vem da Grécia Antiga e que está hoje inscrito no projeto europeu, mas vai lembrando que todos os países, com exceção de algumas monarquias absolutas, como a Arábia Saudita e o Vaticano, se afirmam como democracias. Para o politólogo, aquilo em que nos devemos focar é na condição sine qua non para haver “coisa pública”, ou seja, “só há democracia quando saímos do doméstico e podemos ter praça pública”. Nes-
te momento, conclui José Adelino Maltez, estamos “condenados” a um isolamento nas nossas casas, de vez em quando falamos na net uns para os outros… mas isto não é praça pública, isto é uma pequena fuga…” André Freire lembra que a Europa e os EUA são os contextos em que historicamente a democracia liberal e representativa se desenvolveu e distingue esta experiência de outras que, afirmando-se democratas, lhes faltavam estas duas características. Para André Freire, a componente liberal da democracia é fundamental, já que, é aí que reside a limitação de poderes, os direitos das minorias, a separação de poderes e a resistência à tirania. “Concordo que a democracia é um ideal”, afirma André Freire, lembrando que o risco da situação em que vivemos é o recuo da componente liberal.
A georreferenciação, a discriminação das pessoas por idade, as tecnologias, “tudo isso tem sido usado por alguns governos para limitar as liberdades”, afirma o professor de ciência política. “Nada disto é garantido”, afirma Francisco Teixeira logo a abrir, lembrando os casos da Hungria e da Polónia. Embora não veja no horizonte português os problemas que se afiguram a estes Estados, Francisco Teixeira não está propriamente otimista. A afirmação de Rui Rio de que criticar o governo, neste momento, seria antipatriótico, “é altamente perturbador”, adverte Francisco Teixeira. O professor de filosofia alinha ao lado de André Freire na preocupação relativamente ao uso das tecnologias e lembrou, com apreensão, que “duzentas personalidades, entre as quais o presidente da UGT, pediram ao governo a georreferenciação dos ‘infetados’ com COVID”. Francisco Teixeira previne para o insólito de se pretender colocar militares nas escolas a instruir alunos e professores sobre as medidas de proteção, “é espantoso…pode simplesmente fazer-nos sorrir, ou podemos achar que há aqui algo que, se não afeta diretamente as instituições, pode ser verdadeiramente mortífero a prazo para a democracia”. Segundo a análise de Francisco Teixeira, com exceção do “Chega”, todos os partidos e deputados na Assembleia da República são democratas. “O 25 de Abril é a gran-
de transformação que se consolidou com a constituição de 1976”, e isso faz com que o momento tenha um lugar especial na liturgia da democracia. “Eu não tenho problema nenhum em por uma vela ao 25 de Abril”, afirma o professor de filosofia. Falando de rituais do 25 de Abril, José Adelino Maltez indigna-se com os “donos do 25 de Abril”, que “andaram a sitiar a Assembleia Constituinte de onde veio a Constituição de 1976”. Em 1978, Mário Soares fez um acordo de governo que levou a ministros os membros do CDS e, em 1979, a direita venceu as eleições. Segundo Adelino Maltez, esta alternância de poder foi a grande conquista da revolução. André Freire recorda os dias que decorreram após o 25 de Abril, como “uma tentativa de evitar a construção de um sistema demoliberal”, o que levou a que o PS durante muito tempo preferisse “despachar com o PSD e com o CDS”. André Freire concorda com a necessidade de celebração mas alerta que não deve haver “exclusivismos”. Relativamente à situação internacional, Francisco Teixeira mostra-se preocupado com os EUA, “a construção democrática mais sólida que se conhecia”, que tem um grande apoio nas camadas populares mas também na grande industria. Francisco Teixeira sublinha que não está só nesta inquietação, “o New York Times, diz que há claramente uma tentativa de Trump de usurpação constitucional”.
Adelino Maltez afirma-se eternamente grato aos norte-americanos “por nos terem ajudado a fazer a Europa”. Para o fundador da Associação Portuguesa de Ciência Política, não há nenhuma razão para preocupações com a América e com “aquele senhor que lá está”, esta não é a primeira vez que os americanos se fecham. Adelino Maltez lembra que quando foi fundada a Sociedade das Nações, apos a Grande Guerra, os EUA, com um governo republicano, não participaram. Os fechamentos da América são cíclicos, “mas há uma energia na sociedade norte-americana que é vital para a democracia e ela vai triunfar”. André Freire mostra-se preocupado com o nível que classifica de “indigência” intelectual quer do presidente americano quer de Bolsonaro. “Se eu fosse americano ou brasileiro tinha vergonha de ter um Trump ou um Bolsonaro”, confessa. Sendo o presidente americano o “grau zero da política”, para André Freire, “às vezes ele acerta”, é o caso “da necessidade de infletir a globalização, introduzir algum nacionalismo, algum protecionismo e não termos aqui uma vaca sagrada que é o livre câmbio, o livre comércio, “eu acho que isso era uma boa ideia que ele trouxe, da forma errada.” André Freire terminou falando da necessidade de separar o liberalismo económico, que é preciso refrear, do liberalismo político e cultural. • Rui Dias
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O JORNAL N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
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N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
André Almeida: “Desde pequeno que tinha este sonho”
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Jovem médio fez toda a formação no Vitória e chegou à equipa principal. Não tem jogado, mas lembrou o “início de época de sonho”. “Deixei de ser opção, mas continuo a trabalhar para voltar ao onze“, afirma.
André Almeida foi uma das “subidas” promovidas por Ivo Vieira. No início da época, o médio de 19 anos figurou no lote de jogadores que deram o salto para a equipa principal dos Conquistadores. “No inicio da temporada não pensava que ia fazer os jogos que fiz”, referiu, tendo, inclusive, aludido ao jogo contra o Arsenal, em Londres. “Foi um início de sonho”, resume.
No entanto, o leque de opções para ocupar o meio-campo do Vitória foi crescendo e o ímpeto inicial de André Almeida foi perdendo fulgor. Algo que não desanima o jovem. “Deixei de ser opção, mas continuo a trabalhar para voltar ao onze, para jogar, é aí que eu sou feliz”, atira, a partir de casa, numa conversa com os jornalistas através de vídeoconferência. “Não me
sinto inferior. Estou ali para jogar e evoluir. Vou evoluir muito para no futuro ser melhor”. Há praticamente 11 anos nos quadros do Vitória, o vimaranense não esconde a satisfação por ter chegado à equipa principal: “Já desde pequeno que tinha este sonho e quando somos pequenos sonhamos em grande. É um motivo de orgulho ver o meu pai — que também é adepto do Vitória — feliz por me ver jogar no estádio”. Posto isto, seria “um prazer e um orgulho”, usar, um dia, “a braçadeira do Vitória”.
formação - seja como apanha-bolas num jogo ou no acompanhamento dos jogadores em campo. Mas lembrou, em tom jocoso, que as únicas vezes que acompanhou, de mão dada, os jogadores até ao centro do terreno aconteceram com jogadores adversários: “Sempre que fui de mão dada com os jogadores ia para a equipa adversária. Cheguei a entrar com o Rui Patrício e com o James Rodriguez.”
André André, o exemplo
Com a chegada à equipa principal, chegou também o primeiro golo. Um marco especial para qualquer jogador, ainda para mais quando a mística do clube foi sendo incutida ao longo dos anos. O golo foi marcado no Estádio dos Arcos, em Vila do Conde e André fez uso de uma arma pouco usual para um médio: o jogo aéreo. “Foi o destino que me pôs ali”, assinala, aproveitando para lembrar que “nunca tinha marcado um golo de cabeça. “Se me dissessem que o meu primeiro golo ia ser assim, não acreditava”, realça. Para regressar aos golos, é preciso que os jogos regressem. E antes da bola rolar haverá um período de treino, uma espécie de mini pré-época. Algo que o vimaranense anseia. “Sinto muitas saudades de ter a bola nos pés, do ambiente antes dos treinos. Estou ansioso que comece. Quando for o melhor momento o Vitória vai-nos informar”, atira. •
Ainda está fresca na memória a conquista da Taça de Portugal frente ao SL Benfica. Tinha André 12 anos e na memória ficaram algumas referências na posição que ocupa: Tiago Rodrigues e André André, com quem partilha o balneário e que vê “como um exemplo”. O trajeto para chegar à companhia dos melhores foi longo e o jovem acredita que há muitos jogadores com quem jogou nos escalões de formação que podem almejar alcançar o mesmo patamar. No entender do centro-campista há um pedigree a ter em conta: “Os jogadores do Vitória sentem o clube de forma diferente”. Com muitos anos de Vitória, o médio até podia partilhar o balneário com algum jogador com quem tenha convivido durante os anos de
O inesperado golo de cabeça
Questionários, medição de temperatura e equipamento: o que muda no regresso do Vitória aos treinos “O regresso do Vitória aos treinos vai acontecer num futuro próximo e está a ser preparado em articulação estreita ente departamento médico, administração da SAD e equipa técnica. Vai seguir todas as recomendações das entidades sanitárias e da Direção Geral de Saúde”. As palavras são do médico dos Conquistadores, Filipe Guimarães, que, num vídeo publicado pelo clube, explicou os procedimentos que vão ser adotados quando a equipa regressar
aos treinos. “O nosso objetivo é que [o regresso] aconteça com o máximo de segurança para todos os intervenientes neste processo: atletas, equipa técnica e staff de apoio, a quem iremos realizar testes de rastreio à covid-19”, afirmou. Os treinos vão decorrer na Academia, “que foi submetida a um processo de higienização” e foram definidos fluxos de circulação de pessoas “Todos os elementos relacionados com o
treino vão diariamente responder a um questionário relacionado com a covid-19 e ser-lhes-á medida a temperatura. Nesta fase de treinos individualizados os atletas virão equipados de casa e não vão utilizar as instalações de balneários e ginásios da Academia”, referiru, assegurando que tudo vai ser feito “com paciência, sentido de responsabilidade e esperança, possamos vencer este desafio e possamos estar todos juntos”. •
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AMI 15114
Pêpê: “Vamos regressar em grande força” © Direitos Reservados
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Pêpê garante que o Vitória vai regressar “em grande força”, para alcançar lugares europeus, um objetivo que está “ao alcance” da equipa. Em declarações aos jornalistas, o atleta vitoriano disse concordar com as declarações do técnico Ivo Vieira, que disse que “o campeonato do Vitória não está a ser muito bom”, ao programa Quarentena da Bola. “Claro que concordo. No Vitória, a exigência é muito grande e o plantel é muito bom. Para o campeonato estar a ser muito bom estaríamos em terceiro ou em segundo lugar, como disse o mister”, frisou. Apesar disso, Pêpê recordou que o Vitória estava “no bom caminho” para chegar à Liga Europa. “Estávamos a conseguir várias vitórias. Queremos que campeonato recomece para atingirmos esse objetivo. Vamos entrar em grande força”, reforçou. Questionado se estaria a viver melhor momento da carreira aquando da pausa do campeonato, Pêpê disse esperar que não. “Quero atingir mais e melhor. Quero evoluir a cada dia. Estava num bom momento, mas espero q não tenha sido o melhor”, apontou. Pêpê admitiu ainda ter “saudades de bola”. “É o nosso trabalho e, acima de tudo, é uma coisa que gostamos muito de fazer. Em casa damos uns toques, mas não tem nada a ver com o que é um jogo ou um treino”, confessou. Apesar disso, os atletas só regressam aos treinos “quando estiverem reunidas as condições para tal”, recordou. “Num treino podemos estar quatro jogadores num campo e ninguém se toca. Agora, num jogo, é impossível manter a distância”, confessou. Por casa, os atletas têm mantido a atividade física, com treinos diários. “Mas é totalmente diferente treinar em casa do que no campo”, reforçou. •
FUTEBOL
O JORNAL N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
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MOREIRENSE F. C.
Pasinato e o potencial do clube: “Oferece todas as condições” e “procura boas classificações” O guardião com mais defesas da liga e totalista nos jogos para o campeonato considera que “o futebol português exige mais taticamente de todos”. Acerca da sua primeira temporada no clube, Pasinato destaca que “o mais importante é ter os objetivos do clube conquistados” © Direitos Reservados
Mateus Pasinato tem sido sinónimo de segurança. O guardião brasileiro está a atravessar a sua primeira experiência no futebol europeu, mas não precisou de muito tempo para convencer os responsáveis do clube a delegar-lhe o lugar entre os postes: para além de ser o guarda-redes da Primeira Liga com mais defesas é também totalista na baliza do Moreirense nos jogos para o campeonato. São dados que deixam Pasinato satisfeito, contudo o “mais importante é ter os objetivos do clube conquistados”, disse o brasileiro, na última sexta-feira, através de uma videoconferência promovida pelo clube Cónego. Um dos temas abordados foi o primeiro contacto com o futebol europeu e as expectativas do guarda-redes quando chegou a Portugal. “Cheguei para suprimir a saída do Jhonatan e sabia que podia jogar como não podia”, referiu. O início foi “o melhor possível” e o ímpeto inicial tem-se prolongado. Uma das principais Moreirense
Cónegos vão tentar manter Luther Singh Emprestado pelo SC Braga aos Cónegos, Luther Singh é um dos nomes a reter na caminhada do Moreirense nesta edição do campeonato. Mesmo ausente dos relvados durante um longo prolongado, as exibições na primeira metade da temporada parecem ser suficientes para que o Moreirense alimente esforços para manter o internacional sulafricano no plantel. Segundo a edição desta terçafeira do diário desportivo O Jogo, o clube de Moreira de Cónegos quer manter Luther Singh nos quadros na próxima temporada. A mesma fonte indica que o clube até está a estudar a possibilidade de avançar para a compra do passe. Os Cónegos terão, no entanto, de negociar com o SC Braga. Os bracarenses são os detentores do passe do extremo, que ainda tem três anos de ligação contratual com o clube da cidade dos Arcebispos. “O meu futuro depende sempre dos planos que o SC Braga tem para mim. Não sei se continuo
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no Moreirense, se regresso, ou se sou novamente emprestado. Tenho mais três anos de contrato, por isso podem acontecer várias coisas diferentes”, afirmou recentemente o atleta de 22 anos. Singh disputou catorze jogos com a camisola dos Cónegos esta temporada. •
diferenças entre o futebol português e o brasileiro, pelo menos no que toca aos guarda-redes, é a vertente do jogo de pés. Segundo o guardião, “o futebol português exige mais taticamente de todos”, inclusive da posição que ocupa. É colocado mais em prática a parte tática. Os treinos são muito detalhados”, destaca.
O futuro passa pela Europa O jogador emprestado pelos brasileiros do XV de Piracicaba tem rubricado exibições seguras e traçou o cenário ideal para os últimos dez jogos do campeonato: “A permanência era o nosso principal objetivo na época. Agora queremos ajudar o Moreirense a obter a melhor classificação possível. Na época passada, o clube chegou ao 6.º lugar. A Europa não vem ao caso. No futebol, nós podemos conquistar os objetivos como não podemos. O futebol é muito relativo. Como jogadores, queremos colocar os nossos no-
mes na história do clube”. Pasinato tem feito por isso, porém, o guardião de 27 anos não pertence ao clube de Moreira de Cónegos. O empréstimo contempla uma clausula de compra e o brasileiro vê com bons olhos manter-se no futebol europeu: “Há essa cláusula do meu contrato. Se o clube quer exercer é porque está a acreditar no meu trabalho e eu tenho correspondido. O Moreirense está a crescer, oferece todas as condições, está a construir a academia, e procura boas classificações. Quando vim para cá, um fator que pesou foi o facto do presidente Vítor Magalhães ser uma pessoa que honra os seus compromissos. Temos feito um bom trabalho. Sendo bom para os dois…” E no futuro? “Todos os jogadores querem ter uma grande experiência, num grande clube, nos grandes campeonatos. Agora estou a ajudar o Moreirense a alcançar os objetivos. Um ajuda o outro e todo o mundo fica feliz”, resume o jogador natural de Santa Catarina. •
Moreirense
Morreu André Ferreira, presidente do conselho fiscal
O presidente do conselho fiscal do Moreirense, André Ferreira, morreu esta segunda-feira, aos 52 anos, vítima de “doença prolongada”, informou o clube Cónego. “O Moreirense Futebol Clube endereça as mais sentidas condolências à família de André Ferreira, Presidente do Conselho Fiscal do nosso clube, pelo seu falecimento devido a doença prolongada. Neste momento de profunda dor, fica para sempre na nossa memória o homem que honrou as cores do Moreirense Futebol Clube durante várias décadas da sua vida”, lê-se numa nota publicada na passada segunda-feira no site oficial do clube de Moreira de Cónegos. Após ter desempenhado outros cargos no Moreirense, André Ferreira assumiu a liderança do conselho fiscal em 2017, na sequência da morte do então presidente, Júlio Sampaio, esclareceu à Lusa fonte oficial do emblema da vila de Moreira de Cónegos. •
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1ª LIGA FAMALICÃO FC PORTO BENFICA VITÓRIA SC SPORTING BOAVISTA SANTA CLARA RIO AVE TONDELA MARÍTIMO BRAGA MOREIRENSE VITÓRIA SETÚBAL GIL VICENTE PORTIMONENSE BELENENSES SAD PAÇOS DE FERREIRA DESP. AVES
7´ 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
6 6 6 3 3 2 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1
9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
9 6 4 4 4 4 3 4 3 3 3 2 1 1 0 0
1 0 0 3 2 5 2 1 3 2 2 1 4 3 2 2 1 0
0 1 1 1 2 0 2 3 2 3 3 4 2 3 4 4 5 6
19 18 18 12 11 11 11 10 9 8 8 7 7 6 5 5 4 3
0 1 2 2 2 3 2 4 3 3 3 4 5 6 5 6
27 20 15 15 15 14 13 13 12 12 12 9 6 5 4 3
Sub-23
LIGA REVELAÇÃO SPORTING BENFICA ESTORIL PRAIA BRAGA DESP. AVES BELENENSES SAD COVA DA PIEDADE MARÍTIMO RIO AVE PORTIMONENSE LEIXÕES V. SETÚBAL VITÓRIA SC FEIRENSE FAMALICÃO ACADÉMICA
0 2 3 3 3 2 4 1 3 3 3 3 3 2 4 3
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MODALIDADES
N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
Andebol
Xico prepara o regresso e elaborou um plano para “estabilizar um ambiente imprevisível” © Direitos Reservados
O Xico Andebol foi uma das primeiras instituições desportivas vimaranenses a responder ao surto de covid-19. O último treino da equipa no Pavilhão Francisco de Holanda foi no dia 10 de março. Esta interrupção permitiu ao Xico começar a preparação de tempos atípicos. De forma metódica e planeada, o clube começou a transição para os treinos à distância. “[A decisão de cessar atividades] permitiu-nos preparar um conjunto de materiais para podermos trabalhar em casa. Houve equipas que pararam no dia 10 e no dia 20 já estavam em treino diário, de forma organizada, à distância”, indica o vice-presidente do clube, Mauro Fernandes. Mais de um mês volvido desde o último treino, o Xico Andebol prepara o regresso “a casa”. “Mesmo quando o Pavilhão perde o ruído e o brilho dos nosso atletas, o ritmo de trabalho não baixa, para que dentro em breve tudo volte a ser possível”, indica a instituição, na rede social Facebook. E para que o retorno seja uma possibilidade, os responsáveis do clube engenharam um plano de conCiclismo
tingência que permita, de forma gradual, voltar ao pavilhão. “O que estamos a fazer não termina”, refere Mauro Fernandes, que alerta que o plano está sujeito a alterações devido ao atual estado de emergência. O plano elaborado conta com a colaboração de treinadores e jogadores, fruto da comunicação diária entre responsáveis e equipa. No fundo, o plano acaba por “estabilizar um ambiente instável e imprevisível”. “Estamos a dar um recado, uma mensagem de alguma estabilidade, para voltarmos aos treinos”, salienta o vice-presidente. Garantir condições de higienizarão e proteção de atletas, a reorganização dos horários – “numa fase inicial, vamos ter um treino por semana presencial”, adianta o responsável, – e dos treinos e reforçar o atendimento à distância” são os objetivos do plano delineado pelo clube vimaranense. Em termos de medidas operacionais, no capítulo da higiene, o Xico vai, entre outras medidas, “promover a necessidade de cada membro do clube ter os seus próprios materiais”; a “desinfeção de espaços
e equipamentos” – para além da manutenção, criar uma rotina antes e pós treino; e desativar os balneários. Reorganizar os treinos implicou um trabalho conjunto com os treinadores, que “tiveram de adaptar a metodologia” para um novo cenário. Assim, o Xico vai “reforçar, sempre que possível, os treinos no exterior” e “limitar o número de atletas por área de treino. “Está definindo que, no campo, não pode haver mais que quatro atletas”, resume. Ainda não se sabe se a competição regressa e, caso regresse, em que moldes o fará. Mauro Fernandes assegura que o Xico está preparado para os cenários e destaca o trabalho coletivo do clube, em plena pandemia: “A ânsia é óbvia, mas a forma intensiva que temos trabalhado tem criado outras valências, todos veem grande proveito de um trabalho que estava bem definido. Treinadores melhoraram, tiveram tempo para estudar a metodologia e criou-se espaço para melhorar e apurar procedimentos”. •
Futsal
“Atenta” e “vigilante”, a ACM avalia o regresso à estrada Candoso anuncia reforço goleador © Marcelo Lopes/ACM © Direitos Reservados
“Atentos, vigilantes e preparados para regressar, quando e como for possível, de forma responsável e que constitua um exemplo”. Foi esta a ideia que a Associação de Ciclismo do Minho (ACM) transmitiu na passada quarta-feira na reunião informal que teve com clubes e agentes desportivos minhotos. Numa reunião que contou com a participação de Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), marcaram presença diretores desportivos, organizadores, comissários e ciclistas que colocaram as suas dúvidas quanto a um possível regresso da modalidade e a forma como ele poderá decorrer. José Luís Ribeiro, presidente da ACM, reforçou a ideia de que “o ciclismo será um fator positivo e de esperança na tarefa de renascer Portugal”, mas, “ao regressar, quando e como for possível”, deve fazê-lo “de forma responsável e que constitua um exemplo”. O dirigente minhoto prometeu que “a ACM vai continuar atenta e interventiva para que o ciclismo possa regressar mais forte e determinado”, ao mesmo tempo que pede responsabilidade para que “o nosso regresso seja um exemplo”. José Luís Ribeiro com-
prometeu-se ainda a dar continuidade ao processo com vista à obrigatoriedade de todos os eventos desportivos serem oficializados pelas federações detentoras do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva. Já Delmino Pereira lembrou que a “Federação Portuguesa de Ciclismo foi a primeira federação a tomar a decisão de suspender as competições, uma decisão difícil, mas que, como se provou, tinha que ser tomada”. O líder federativo explicou ainda que a FPC está
em permanente contacto com os responsáveis para preparar um possível regresso da atividade quando e se for possível. “Desde a primeira hora que temos vindo a acompanhar a situação. Todos nós queremos ver sinais de abertura. Estamos sempre à espera de ver uma luz ao fundo do túnel para que possamos regressar à atividade, mas também sabemos que temos que ser responsáveis”, referiu o presidente do organismo federativo. •
O Clube Recreativo de Candoso anunciou que o pivot João Miguel é reforço para a temporada 2020/2021. Depois de uma época produtiva no Rio Ave, João Miguel assinou pelo clube de Guimarães, que se vai manter entre os melhores do futsal nacional na próxima temporada. “João Miguel, de 28 anos, apontou 21 golos na época passada e conta com um interessante percurso no futsal, com destaque para a sua passagem pelo Rio
Ave, SC Braga, Bovalino Calcio A5 (Itália) e AD Fafe”, anunciou o clube da freguesia de São Martinho de Candoso. Esta oficialização surge poucos dias depois do cluber ter informado que o experiente guardião Sandro Barradas vai continuar a vestir as cores dos vimaranenses. Durante o mês de março, o clube anunciou a renovação do capitão Fábio Miranda, Pirica e Cristiano. O clube comemorou o 45.º aniversário na semana passada. •
+ DESPORTO
O JORNAL N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020 Campeonato de Portugal
Série A
Berço oficializa Manuel Machado para a próxima temporada
AF BRAGA
CAMP. PORTUGAL
© Mais Guimarães
VIZELA BRAGA B FAFE VITÓRIA B MARIA DA FONTE MERELINENSE BERÇO SC MONTALEGRE MARÍTIMO B S. MARTINHO U. MADEIRA MIRANDELA PEDRAS SALGADAS CHAVES SATÉLITE BRAGANÇA OLIVEIRENSE 17º CERVEIRA 18º CÂMARA DE LOBOS
PRO-NACIONAL 16 12 2 2 16 11 2 3 16 10 2 4 16 9 3 4 16 7 7 2 16 8 4 4 16 7 4 5 16 6 4 6 16 5 7 4 16 7 4 5 16 6 1 9 16 5 3 8 16 4 4 8 16 3 6 7 16 2 6 8 16 2 6 8 16 2 5 9 16 2 2 12
38 35 32 30 28 28 25 22 22 22 19 18 16 15 12 12 11 8
2-2 1-2 1-1 4-1 2-1 2-3 0-1 2-2 0-2
Berço Sport Clube, é um orgulho tremendo contar com um profissional de qualidade inegável, algo que também constituirá um desafio interno para o nosso clube, pois vamos evoluir com um vimaranense que já deixou um legado no futebol português”, registou o presidente da direção, Joaquim Martins, na nota informativa. Segundo o jornal desportivo O Jogo, o treinador já estava a auxiliar o clube vimaranense no capítulo da prospeção e ambas as partes concordaram em levar avante um novo compromisso.
O técnico de 64 anos não orientava qualquer equipa desde outubro de 2017, altura em que deixou o Moreirense, na Liga NOS. Manuel Machado estava já ligado ao clube vimaranense, como conselheiro. O treinador prepara-se para voltar ao ativo ao serviço do clube de Guimarães que disputa a Série A do Campeonato de Portugal. O treinador abraça, agora, um projeto de um clube em ascensão: o Berço subiu do terceiro escalão distrital da AF Braga até ao Campeonato de Portugal. •
Campeonatos
Liga pode arrancar na primeira semana de junho Restam dez jornadas para a edição 19/20 do campeonato terminar. Facto incontornável que, devido ao surto de covid-19, tem dado azo à cogitação de dezenas de cenários durante o último mês. Vamos ter campeonato? Se sim, em que moldes? Segundo um esboço da Liga Portugal a que o jornal Record teve acesso, a intenção de regressar à competição na primeira semana de junho. O plano compreende três fases: treinos individualizados em todos os clubes a partir de 4 de maio; treinos coletivos a partir de 18 de maio e o regresso oficial das competições entre 1 e 6 de junho. Caso este cenário se confirme, o campeonato estaria fechado na segunda metade de julho (tendo em conta que se vão jogar duas partidas por semana). A Liga também terá delineada a possibilidade de todos os jogos que faltam se realizarem em, pelo menos 4 estádios - no máximo serão seis, segundo avança o jornal Record - distribuídos pelo país.
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DIV. HONRA
1ª DIVISÃO 15 15 14 15 14 15 15 14 15 14 15 15 15 15 15 15
11 1 3 34 9 3 3 30 8 3 3 27 8 3 4 27 6 4 4 22 5 7 3 22 6 4 5 22 7 0 7 21 6 2 7 20 4 7 3 19 4 6 5 18 4 6 5 18 3 4 8 13 3 4 8 13 3 2 10 11 3 2 11 8
1-0 3-1 2-2 1-2 2-3 4-1 1-0 1-2
Série C
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
9 9 8 6 6 5 5 5 5 4 4 4 2 3 2 0
2 1 2 2 1 3 3 3 2 4 3 3 5 2 2 2
1 2 2 4 5 4 4 4 5 4 5 6 5 7 8 10
29 28 26 20 19 18 18 18 17 16 15 12 11 11 8 2
OP. CAMPELOS TAGILDE ASES STA. EUFÉMIA DESP. S. COSME UD CALENDÁRIO CD LOUSADO GONDIFELOS SÃO CLÁUDIO
1-1 0-3 3-1 2-3 0-1 2-0 0-2 VS
GD SELHO SANTO ADRIÃO U. ALDÃO E CANO LONGOS OP. FAMALICÃO EMILIANOS FC DELÃES PRAZINS E CORVITE
AF BRAGA
1ª DIVISÃO
CALVOS INFIAS MONTESINHOS ABAÇÃO CASTELÕES MAIS POLVOREIRA PINHEIRO SÃO CRISTÓVÃO SOUTO GONDOMAR INFANTAS SÃO FAUSTINO GÉMEOS NESPEREIRA
11 10 9 9 10 9 10 10 10 10 10 10 10
8 7 6 5 5 5 4 3 4 3 3 1 1
2 2 1 1 1 1 2 4 1 2 1 0 0
1 1 2 3 4 3 4 3 5 5 6 9 9
26 23 19 16 16 16 14 13 13 11 10 3 3
Jornada 11
nente, porém, um dos clubes insulares, o Santa Clara, disse estar disponível para efetuar todas as partidas no continente. •
S. PAIO D’ARCOS PEVIDÉM VILAVERDENSE PRADO CABREIROS BRITO RIBEIRÃO FORJÃES DUMIENSE/CJP II
Jornada 12
VIATODOS AMIGOS URGESES BAIRRO FC RONFE PICA RUIVANENSE LOURO PONTE
SUPER LIGA
SOUTO GONDOMAR GÉMEOS CASTELÕES SÃO FAUSTINO CALVOS PINHEIRO
1-3 0-2 0-0 1-3 0-0 1-2 0-0 1-1 1-1
CD LOUSADO OP. CAMPELOS UD CALENDÁRIO GONDIFELOS GD SELHO DESP. S. COSME EMILIANOS FC PRAZINS E CORVITE SANTO ADRIÃO ASES STA. EUFÉMIA TAGILDE DELÃES U. ALDÃO CANO OP. FAMILICÃO LONGOS SÃO CLÁUDIO
Jornada 15 SANDINENSES SÃO PAIO POLVOREIRA ANTIME NINENSE CELORICENSE FRADELOS AIRÃO
POPULAR
O intuito é diminuir ao máximo o contacto entre agentes desportivos. Todos os jogos seriam no conti-
ARÕES SANTA MARIA SERZEDELO PORTO D’AVE TORCATENSE JOANE CAÇ. TAIPAS VIEIRA SANTA EULÁLIA
AF BRAGA
Série B
PONTE NINENSE OS SANDINENSES PICA RONFE BAIRRO FC ANTINE AIRÃO AMIGOS URGESES VIATODOS POLVOREIRA CD CELORICENSE FRADELOS SÃO PAIO RUIVANENSE LOURO
42 40 35 33 31 27 26 26 24 23 22 21 20 20 19 17 15 8
2 3 5 4 5 5 6 6 8 8 10 7 8 8 8 11 11 14
Jornada 19
VIZELA BERÇO SC VITÓRIA B CHAVES SATÉLITE FAFE BRAGA B U. MADEIRA BRAGANÇA OLIVEIRENSE
AF BRAGA
Manuel Machado é o treinador escolhido pelo Berço SC para atacar a próxima temporada. A oficialização aconteceu na passada sexta-feira.O contrato será de uma época. Segundo um comunicado emitido pelo clube vimaranense, o Berço vai ter no banco “um manager com poderes transversais na estrutura do futebol” e “um nome de destaque no Futebol Nacional”. “O professor Manuel Machado é um técnico de excelência em Portugal e uma voz autorizada no fenómeno futebolístico. Para o
19 13 3 18 13 1 19 11 2 18 10 3 19 9 4 19 7 6 19 7 5 18 7 5 19 7 3 19 7 2 19 7 1 19 5 6 19 5 5 19 5 5 18 5 4 19 5 2 19 4 3 19 2 2
BRITO PEVIDÉM CAÇ. TAIPAS VILAVERDENSE FORJÃES RIBEIRÃO JOANE PRADO ARÕES TORCATENSE S. PAIO D’ARCOS SANTA EULÁLIA VIEIRA DUMIENSE/CJP II SANTA MARIA PORTO D’AVE CABREIROS SERZEDELO
Jornada 16 MERELINENSE PEDRAS SALGADAS MIRANDELA S. MARTINHO MARÍTIMO B MARIA DA FONTE MONTALEGRE CERVEIRA CÂMARA DE LOBOS
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1-2 0-5 0-0 2-1 1-0 1-2
MAIS POLVOREIRA INFIAS ABAÇÃO INFANTAS MONTESINHOS SÃO CRISTÓVÃO
Série D
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 11 12 12 11 12 12
ACR GUILHOFREI AC GONÇA GCD REGADAS TABUADELO PEVIDÉM B S. MASCOTELOS FC GANDARELA GDCR FAREJA GRC ROSSAS FERMILENSE ARCO BAÚLHE GD SILVARES GD CAVEZ PINHEIRO GDC MOSTEIRO MOTA FC
9 9 9 8 8 8 7 5 5 4 4 4 2 2 1 0
2 1 29 2 1 29 1 2 28 1 3 25 1 3 25 1 3 25 1 4 22 2 5 17 1 6 16 2 6 14 2 5 14 0 8 12 2 8 8 1 8 7 1 10 4 0 12 0
Jornada 12 PINHEIRO S. MASCOTELOS GDCR FAREJA GRC ROSSAS FC GANDARELA PEVIDÉM B AC GONÇA ACR GUILHOFREI
6-0 1-0 2-1 4-1 2-3 1-0 ADI 1-1
GD SILVARES GCD REGADAS GDC MOSTEIRO FERMILENSE MOTA FC GD CAVEZ TABUADELO ARCO BAÚLHE
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ARTES E ESPETÁCULOS
N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
"Síncope", de Carlos A. Correia, a banda sonora para o que fomos e a reflexão para o que seremos Disco do também diretor do projeto Outra Voz estava preparado antes da pandemia, mas cola-se à realidade que hoje se vive como se fosse concluído hoje. "Síncope" conta com o selo da Discos de Platão. (o ser humano como “ser económico”), o desmaio/ queda (onde entra o “ser social”) e, finalmente, a separação entre “o que está no interior e no exterior”, a pele como fronteira (a “carne”). Um exercício apoiado, também, na teoria da sociedade líquida do sociólogo polaco Zygmunt Bauman. Entre a permeabilidade e a fluidez dos dias e das ações, Carlos A. Correia terminou a mistura do disco “em dezembro passado”. “Eu estava em contacto com algumas editoras e tinha vontade de que fosse lançado com algum peso e medida sem o dever da ideia de mercado”, conta, acrescentando: “Então lancei este desafio à Discos de Platão. Basicamente, isto aconteceu há cerca de três semanas. Só fazia sentido lançar agora.” Para além de um retrato sonoro de uma época que agora nos parece um sonho e da qual só restam fragmentos, “Síncope” parte, também, da “exploração vocal”. “Dedico-me a isso, também no trabalho que desenvolvo no Outra Voz. Ando em torno desta ideia de ultrapassar os limites que a voz humana tem”, explica. E, por isso, o primeiro disco parte, no sentido estético, “do ponto
da palavra” — “que não nos é inato, é todo um trabalho que existe de castração da voz humana até falarmos, com códigos de comunicação que são mais corretos e dogmáticos”, repara. “Trabalho sempre em torno da voz e isso tanto me leva à música tradicional como ao formato mais ‘Festival da Canção’ ou ao formato spoken word”, refere. E desmontar tudo isso é o propósito, mas “lentamente”: explorar “a voz como som, como coisa cantada ou coisa ruidosa”. Como um instrumento sem limites e que se cola à existência através de algo tão importante quanto “esse universo da cultura oral” — do “falar do alto da montanha” às cantigas “para aligeirar a dureza do trabalho pesado”. A memória que se constrói através da oralidade mora, claro, neste disco: “O álbum fala muito do que a sociedade era.” Para o futuro de “Síncope”, Carlos A. Correia prevê, assim que possível, algo mais: “A componente sonora desta ideia que tem por trás uma grande vontade em tornar-se numa performance teatral, que misture concerto e teatro, mas que será encenada.” Até lá, reflitamos. • NRG
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“Já se antecipava uma queda”, diz Carlos A. Correia. A vida que existia antes da pandemia que fechou mais de metade da população mundial em casa era “acelerada”, uma “correria”. Ruas cheias, gente cheia de pressa — até que algo obriga a um tropeção em que a consciência quase se esvai e, aí, numa síncope induzida por algo que não se vê, cai-se. Tempo para reflexão. “É neste momento que nos encontramos. Queremos regressar ao mundo que tinha imensos problemas, mas refletimos sobre o mesmo e na vida que levávamos e que nos apoquentava”, aponta. Sem saber, Carlos A. Correia lançou um EP para “isto que vivemos”. “Síncope” foi lançado este mês e é, para o seu autor, “uma alegoria”. O disco tem o selo da Discos de Platão, a editora vimaranense pela qual foram lançados, nas últimas semanas, os discos de Dada Garbeck e Unsafe Space Garden, dos quais já falamos aqui. Ao longo de mais de 20 minutos, o também diretor do projeto Outra Voz explora “três vetores” ou, se quisermos, três fases para a viagem a que se propõe “Síncope”: essa sociedade acelerada
Esta sexta-feira, dia 01, há mais uma CLAV Live Session, iniciativa dinamizada pelo Centro e Laboratório Artístico de Vermil.
Desta feita, a convidada é Arianna Casellas, cantora nascida na Venezuela e que cresceu e vive, neste momento, em Portugal. Também integra projetos como os Melifluo, Sereias e Zygosis. A estrear o EP “Concepto de Madre”, Arianna “canta o seu proto diário de viagem”, entre “histórias de aventuras, nostalgia e muita família, acompanhado por sonoplastias discretas que espreitam nos momentos narrados das canções”, num momento sonoro transatlântico. O concerto será transmitido via livestream na página do CLAV, mas também na Comunidade Cultura e Arte, e tem início marcado para as 19h00. O CLAV organizou estas transmissões para contornar a impossibilidade de realizar concertos com público. A última sessão foi com o pianista vimaranense Pedro Emanuel Pereira. •
“Enquanto formos vivos certamente não mais esqueceremos esta pandemia nem as lições que dela iremos guardar.” Para Tiago Simães, há mais para recordar para além de tudo o que a pandemia causada pela covid-19 trouxe ao mundo. Por isso, o músico vimaranense compôs uma música que, espera, ficará “para sempre como memória desta época”. Com “Soon It’s Over”, Tiago Simães espera que a mensagem de esperança do tema chegue aos quatro cantos do mundo — e a própria canção contou com a participação de diversas figuras do universo musical. “Não esqueceremos as vidas que foram roubadas, a quarentena que estivemos fechados em casa, os esforços e dificuldades que sentimos, as alegrias (que também as houve) e tristezas, os novos hábitos que ganhamos e a esperança que em nós resistiu”, lê-se na descri-
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Arianna Casellas dá concerto através "Soon It's Over": uma música para guardar na memória do CLAV Live Sessions
ção do tema, numa publicação partilhada pelo músico nas redes sociais. Tiago Simães empresta a voz à canção, sendo ele também responsável pelo piano, teclas e sintetizadores, bem como guitarra acústica, bateria e baixo. No tema também participaram
José Duarte (guitarra elétrica) e Joel Ferreira (saxofone), bem como um coro composto por Sara Salazar, Filipe Gomes, Elisabete Abreu, Ana Silva, Pedro Almeida, Joana Nuno, Carla Silva, Suzana Costa, José Cruz e Pedro Mouga. A letra é de Elisabete Abreu. •
PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEIS
O JORNAL N239 QUARTA-FEIRA 29 ABRIL 2020
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Farmácias de serviço Quarta-feira 29 de abril
Farmácia Paula Martins Rua Teixeira Pascoais - Tlf: 253 415 833 Quinta-feira 23 de abril
Farmácia Lobo
Avenida Londres - Tlf: 253 412 124 Sexta-feira 30 de abril
Farmácia Vitória (Creixomil) Guimarães Shopping- Tlf: 253 517 180 Sábado 01 de maio
Farmácia Hórus
Largo do Toural - Tlf: 253 517 144
*Farmácia Faria
R. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 346 Domingo 02 de maio
Farmácia do Parque
R. Dr. Carlos Saraiva 46 - Tlf: 253 516 046 Segunda-feira 03 de maio
Farmácia Pereira
Alameda S. Dâmaso - Tlf: 253 412 950
Portugal à mesa com
Terça-feira 04 de maio
Farmácia da Praça
Mário Moreira
Rua Paio Galvão - Tlf: 253 523 167 *Em regime de disponibilidade
“À Mesa de quarentena” “Esparguete com molho de tomate” 400gr de esparguete, 400gr de tomates maduros, 1 cebola, 2 dentes de alho, 1 cenoura, 4 colheres de queijo ralado parmesão, 4 colheres de polpa de tomate, 4 colheres de sopa de azeite, 8 azeitonas descaroçadas, folhinhas de mangericão, azeite, sal, pimenta. Receita com porções e ingredientes para 4 pessoas. Para 400gr de massa, fervem-se 4l de água. Adicionam-se; 1 colher de sobremesa de sal, 1 colher de sopa de óleo, para impedir que a massa se pegue enquanto coze. O esparguete introduz-se aos poucos de maneira a cair na água fervente de forma intensa. Mexe-se com a ajuda de utensílio de cozinha. Vai-se provando a sua textura. Não deve ficar dura, não deve ficar com sabor a farinha, nem ficar demasiado cozida. Escorrer
e reservar 4 colheres de sopa da água da cozedura. Efetuar um puxado com 4 colheres de sopa de azeite, a cebola e o dente de alho picados, a cenoura em rodelas finas e deixar caramelizar. Adicionar o tomate sem as grainhas, em pequenos cubinhos, aproveitando todo o seu sumo. Adicionar a água reservada da cozedura e as folhinhas de manjericão. Deixar ferver em lume brando até que fique reduzido, num creme. Temperar de sal e pimenta. Passar este creme por um passador. Com a ajuda de utensilio adequado, colocar uma porção de esparguete em cada prato, o molho de tomate a gosto. O queijo pode colocar-se em cima ou em recipiente separado. Decorar com folhinhas de mangericão e azeitonas.
Dê sangue! COLHEITA PERMANENTE
Todas as Terças-feiras das 14h30 às 19h00 Primeiro e terceiro Sábado de cada mês das 09h00 às 12h30 Local Casa do dador (Azurém)
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