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Casa da Sagrada Família evacuada com sete infetados SEIS RELIGIOSAS TRANSPORTADAS PARA O SEMINÁRIO DO VERBO DIVINO P.24
PEQUENO COMÉRCIO ABRIU PORTAS
Protocolo Vitrus e ACTG
“SEM GRANDES PLANOS” PARA O FUTURO
COMERCIANTES DO CENTRO VÃO OFERECER ESTACIONAMENTO A CLIENTES
DESPORTO
P.04 E 05
Mais de 50 dias depois, Vitória e Moreirense estão de regresso aos treinos P.18 e 19
ENTREVISTA:
PAULA OLIVEIRA “A solidariedade é algo que o espírito vimaranense já nos habitou” P.10
EM GUIMARÃES
EM GUIMARÃES
Máscaras de proteção serão “solução” para o setor têxtil P.11
Empresa vimaranense produz calçado para diabéticos P.07
Cantina Social passa de 40 para 140 refeições diárias P.06
Câmara pondera fundo regional para o comércio P.08
Já somos 49.280 junte-se a nós em facebook.com/maisguimaraes
N240 QUARTA-FEIRA 06 MAIO 2020
1,00€
VISITAR A CASA DA MEMÓRIA E O CIAJG SEM SAIR DE CASA P.22
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MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO
N240 QUARTA-FEIRA 06 MAIO 2020
Artigo de opinião
“TAP: O Norte não pode parar de voar” O Desconfinamento gradual Este é um período é de instabilidade, conturbado, de medos e incertezas. Um momento para termos nervos de aço, de racionalizarmos. Iniciou-se esta semana o processo de desconfinamento gradual da nossa sociedade, um regresso às ruas calculado, de régua e esquadro. Pudemos finalmente voltar às ruas da nossa cidade. Passamos de um estado de emergência, decretado por três períodos consecutivos de 15 dias, para um estado de calamidade. E não queremos voltar atrás. Estamos a ambientar-nos a uma nova realidade. A partir da última segunda-feira, dia 04 de maio, o comércio local, que inclui lojas com porta aberta para a rua até 200 metros quadrados, cabeleireiros, manicures e similares, livrarias e comércio automóvel, independentemente da área, pode retomar a atividade. Por cada 100 metros quadrados, agora permanecem em espaços fechados apenas 05 pessoas. Nos cabeleireiros e similares, o atendimento é agora feito por marcação e condições muito específicas. Também as mesmas premissas é necessário cumprir no acesso às reparti-
ções de finanças, conservatórias e outros serviços públicos, que entretanto reabriram. Depois de um mês e meio, de 45 dias ininterruptos, com despedidas vazias de gente e afetos, passou ainda a ser possível a presença de familiares nos funerais. Esta é a nossa nova realidade. Em todo o lado, vemo-nos neste momento na necessidade/obrigação de usarmos máscaras ou viseiras. Adereços que agora fazem já parte do nosso quotidiano, do nosso guarda-roupa. Usemo-los, para nos salvaguardarmos e, sobretudo, protegermos todo os outros. Regressamos às ruas com olhos postos à frente, temendo que dentro de duas semanas isto possa significar um aumento considerável de casos por Covid-19 e um recuo no processo de regresso à “normalidade” que tanto desejamos. Cumpramos o 04 de maio com responsabilidade, para que a seguir possamos abrir mais portas a 18 deste mês e no dia 01 de junho. Neste momento, tudo aponta para que só dependa de nós, do nosso comportamento. Sejamos capazes, e responsáveis.
Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal” “Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das instituições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015 Mais Guimarães - O Jornal - Semanário · Tiragem 4.000 Exemplares Proprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138 Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912 Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – Guimarães Email geral@maisguimaraes.pt Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto Sampaio Registado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735 Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís Freitas Impressão e Acabamento Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte S.A. / EN 14 (km 7.05) Lugar da Pinta - Apartado 1221 - 4471-909 Maia T 229 411 085 Redação Pedro Castro Esteves | Mafalda Oliveira | Nuno Rafael Gomes Departamento Comercial Eliseu Sampaio Colunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir Brito Fotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.
É com grande preocupação que assistimos às notícias, não cabalmente desmentidas, segundo as quais poderá a TAP vir a reduzir as suas rotas, passando a ter apenas 3 voos a partir do Porto, e 73 de Lisboa. A ser verdade, tratar-se-ia de uma redução de 63% dos voos a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. A questão é demasiado séria para nos poder passar ao lado. Impõem-se desde logo duas questões prévias: 1- Deve Portugal ter uma companhia aérea de bandeira, uma companhia nacional? 2- Tendo uma companhia de bandeira, deve o Estado Português ter uma voz ativa e decisiva na sua governança? Podemos ler nos jornais recentes títulos como “Berlim prepara-se pra resgatar a Lufthansa de vários milhares de milhões de euros”. “Alitália será nacionalizada em Julho”. “A Air France – KLM vai receber apoio governamental de 11 mil milhões de euros - do lado holandês anuncia-se um apoio à KLM de 2 a 4 mil milhões de euros; a França compromete-se a entregar 7 mil milhões de euros à Air France”. E Portugal? Haverá razões que tornem diferente a situação? Não, claramente. O que precisam aqueles países é o que precisamos nós também. Qualquer país que tenha uma estratégia de desenvolvimento assente na sua internacionalização, que viva segundo as regras de uma economia aberta, tem de possuir o seu principal canal de distribuição e vias de comunicação por excelência –as viagens aéreas- em condições de poderem servir os desígnios do país. É um instrumento vital e imprescindível nos tempos que correm, em que o mundo se tornou mais pequeno, graças à aviação comercial. Trata-se de uma condição sem a qual a expansão económica e social se torna inviável. Num país como Portugal, nem é assunto saber se o Norte e Centro do país devem ter um aeroporto capaz e que responda às variadas solicitações, sabendo-se como se sabe que é aqui que se criam dois terços do PIB nacional e é desta região que se exporta mais em todo o país, aqui se encontrando o “top ten “ dos exportadores. O aeroporto internacional cria con-
dições para o aumento das exportações e o aumento das exportações determina o crescimento do aeroporto. Ora, o Aeroporto F. Sá Carneiro tem crescido 10% ao ano, graças, entre outros, a estes fatores e ao turismo, um feito extraordinário. Serão necessárias mais evidências? Tendo estes dados presentes, como pode ser hipótese de trabalho –como se apelidou- alvitrar a redução dos voos a partir do Porto em 63%? Que ideia se pode ter do interesse nacional para considerar, sequer, que esta redução pode ser uma ”hipótese de trabalho”? E se não é verdade, então urge desmentir clara e inequivocamente, dizendo-se- “Uma tal possibilidade nunca foi nem será hipótese, atentaria contra os interesses de toda uma região, fulcral para a nossa economia e contra o interesse nacional”. Ora, pelo menos até ao momento, não foi dito isso. Apenas foi afirmado que há vários estudos em cima da mesa. E nem sequer foi dito que esse estudo ou hipótese não está em equação. E isto é coisa bastante para nos preocupar. O Estado, no seu campo de ação e na sua capacidade de decisão, tem de ser o primeiro a dar um sinal claro e inequívoco de confiança. Impõe-se recordar que as políticas públicas, cada vez mais necessárias numa globalização mais feroz que nunca, exigem permanente inovação, e que a saída da crise que atravessamos exigirá dos Estados constantes e atentos apoios à economia, incentivos à reinvenção do meio empresarial, tirando-se partido das nossas forças, projetando o que temos de melhor, para ganhar os difíceis desafios que nos esperam. Só assim seremos capazes de fazer “vingar” economicamente este nosso país. Destruir ou diminuir o melhor que temos não é caminho para lado nenhum. Claro que o assunto, aqui, já não é “apenas” um aeroporto, ou “apenas” uma companhia de aviação de bandeira. Estamos a falar, em sentido amplo, do interesse nacional. E o interesse nacional reclama meios para concretizar os mais altos objetivos do país. Concretizar tais objetivos, com recurso à companhia de bandeira, não pode estar dependente de um acionista privado, com preocupações legítimas mas bem distantes do inte-
resse nacional. Sobretudo nestes tempos, nenhum Estado pode ficar refém dos votos de alguém que tenha em vista algo diferente do interesse do país, na hora de tomar decisões que afetam o bem estar de toda a comunidade. O que se passa em Portugal, ocorre em França, na Holanda, na Itália, na Alemanha. A companhia aérea é um instrumento de que nenhum destes Estados poderá prescindir nos difíceis tempos que se avizinham. E quando houver que tomar decisões, é bom que os decisores tenham presente o interesse nacional. O Estado saberia que, retirando os voos do Norte e Centro do país, seria Portugal a perder, no seu todo nacional, e não somente esta região. Isto significa muito claramente que o Estado não precisa apenas de ter uma companhia de bandeira –precisa de nela ter capital maioritário e meios de controlo que lhe permitam decidir em nome do interesse nacional, sempre que isso se exija, e que essa companhia seja, mais que um investimento puramente especulativo, um decisivo instrumento da defesa, promoção e prossecução do interesse de Portugal. •
Ricardo Costa Vereador Câmara Municipal de Guimarães
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ECONOMIA
O regresso do pequeno comércio faz-se “um dia de cada vez” e “sem grandes planos” para o futuro É um regresso “tímido”, mas o movimento já se nota nas principais artérias do centro da cidade de Guimarães. Os comerciantes ainda se estão a habituar a uma “nova realidade”, onde as máscaras, o desinfetante e o afastamento social são elementos obrigatórios. • Mafalda Oliveira na sua loja, Cristina Faria garante ter atendido alguns clientes que respeitaram todas as medidas: “cumpriram o distanciamento, usaram máscara e não tocaram nos artigos”, assegura. Entre várias medidas, a loja abriu com gel desinfetante à entrada, máscaras para oferecer a possíveis clientes que não possuam máscara, tapete com desinfetante, funcionários com máscara e menos artigos expostos. Também com precauções, a reabertura do salão de Sílvia Meira, na Avenida D. João IV, correu “muito bem”. “Tenho tido as marcações todas a horas, com as clientes a cumprirem as regras. Tenho o dia de hoje cheio até as 21h00 e a semana toda preenchida”, conta a proprietária do Maison Cabeleireiro. O espaço funciona apenas com marcações e nenhum cliente pode levar acompanhante. “Fizemos um kit para a cliente, com uma toalha
de Guimarães (ACTG), Cristina Faria. Também proprietária da Casa Faria, uma loja de roupa interior na Rua de Santo António, Cristina conta que o regresso foi “um bocadinho atribulado” porque “algumas lojas ainda estavam a preparar o espaço”. “À última da hora falta sempre alguma coisa. Mas, de uma forma geral, acho que correu bem. Há certas lojas não estão a par das normas a 100%, mas aos bocadinhos vamos lá”, acredita. A responsável recorda que esta é uma “realidade muito nova” que trouxe muitas alterações a “muito pouco prazo” e, por isso, “vai demorar uns dias até estar tudo perfeitamente organizado”. Também a meteorologia pode ter contribuído para este regresso tímido, defende. “Está um dia frio e desagradável. Se tivesse um dia como o de ontem, poderia ter sido melhor. Anda menos gente na rua”, frisa. Apesar disso, © João Bastos/ Mais Guimarães
“Um dia de cada vez”. Assim saiu Guimarães à rua na passada segunda-feira, abrindo algumas portas do seu comércio no centro da cidade, entre cabeleireiros sem mãos a medir e o regresso tímido dos clientes às pequenas lojas e pastelarias. Em comum há o sentimento de incerteza relativamente ao futuro: “não podemos fazer grandes planos” repetem diversos comerciantes ao Mais Guimarães. Numa decisão aprovada pelo Governo na passada quinta-feira, as lojas com porta aberta para a rua e com áreas até 200 metros quadrados poderiam retomar atividade na passada segunda-feira. Também os cabeleireiros e atividades similares, as livrarias e o comércio automóvel podem iniciar atividade. Por Guimarães, o início foi ainda “ligeiramente atribulado”, descreve a presidente da Associação de Comércio Tradicional
descartável, pezinhos para calçar e uma capa para cadeira”, acrescenta Sílvia Meira. As clientes estão “cheias de vontade de voltar” ao salão e o kit, que custa cinco euros, é bem recebido, pois “o mais importante é a segurança”. O salão esteve dois meses encerrado, o que, para Sílvia, foi “surreal”. “Tenho quatro filhas e estive sem receber, porque sou sócia gerente. Não tive nenhum apoio do Estado para o qual contribuo todos os meses”, lamenta. De volta ao Centro Histórico, no Largo do Toural, a Pastelaria Clarinha abriu portas para o serviço take-away. Uma das proprietárias, Rosário Ferreira, conta que este início foi ainda “muito calmo”. “Nota-se mais gente na rua e as pessoas estão a tomar as precauções”, relata. A própria pastelaria está a adotar todas as medidas de segurança, garante. “Pusemos um balcão na porta para que as pessoas não entras-
sem. Temos o gel e estamos de viseira e máscara”, assegura. Ao longo dos últimos tempos, a Clarinha optou pelas entregas ao domicílio, perante encomenda prévia. “Correu mais ou menos. As pessoas foram-se entretendo em casa a fazer alguns doces e, por isso, apenas houve umas encomendas pontuais”, conta.
A incerteza e um futuro “sem grandes planos” Para Rosário Ferreira, “só daqui a dois ou três meses é que as coisas vão melhorar”. “É um dia de cada vez. Tão cedo não vai ser como era”, lamenta. A incerteza reina também do lado do vestuário, confessa Cristina. “Não conseguimos fazer planos. Tudo irá depender dos comportamentos das pessoas e do Governo”, lembra. “O Governo portou-se
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verá alterações. Vamos ver como as pessoas se comportam, mas acho que vamos voltar à estaca zero”, prevê.
Comerciantes vão poder ceder estacionamentos Uma medida que poderá ajudar os comerciantes na recuperação será a possibilidade de cederem o seu estacionamento aos seus clientes, defende Cristina Faria. Está prestes a ser assinado um protocolo entre a ACTG e a Vitrus que irá permitir aos comerciantes do Centro Histórico de Guimarães ceder o seu estacionamento em três diferentes parques da cidade. A novidade foi adiantada ao Mais Guimarães por Cristina Faria, no âmbito do programa “Em casa, à conversa com…”. No decorrer do programa, Cristina Faria adiantou que “finalmente, graças a alterações na direção da Vitrus”, será realizada um protocolo segundo a qual os comerciantes poderão oferecer o estacionamento aos seus clien-
explicou que as pessoas “ainda se estavam a adaptar” ao mesmo antes da pandemia, e que “os efeitos ainda não se sentiam”. Já no que concerne à situação dos comerciantes no Centro Histórico, Cristina Faria avançou que alguns já fecharam “porque não houve colaboração de senhorios”. “Que me tenham dito, quatro fecharam de certeza absoluta. A maioria de senhorios teve colaboração, ou adiou o pagamento, ou baixou a renda para metade ou para menos de metade”, explicou.
tes. Para Cristina Faria, a parceria é “uma novidade muito importante” para os comerciantes e é algo que, até ao momento, “estava a haver constrangimentos em conseguir”. O contrato ainda não foi celebrado, porém, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da Vitrus, Sérgio Castro Rocha, o que está previsto é que o protocolo incida sobre o Parque do Estádio, o Parque da Plataforma das Artes e da Criatividade e o Parque da Mumadona. “Numa fase posterior, gostaríamos que também abrangesse o Parque de Camões”, adiantou. O responsável sublinhou que a medida é de “grande importância”, numa altura “em que todas ajudas são muito bem vindas”. “Sendo certo que neste momento existe uma suspensão do pagamento do estacionamento no concelho, a suspensão não vai durar para sempre e, quando for levantada, estaremos em condições de celebrar o protocolo”, justificou Sérgio Castro Rocha. Relativamente à utilização do Parque Camões, Cristina Faria
Material de proteção e desinfetante distribuído pelos comerciantes De olhos postos no regresso progressivo a uma nova normalidade, o Município de Guimarães iniciou o processo de distribuição de oferta do material de proteção para servir os estabelecimentos de comércio no concelho. Na sequência da colaboração com a Associação de Comércio Tradicional de Guimarães (ACTG) foi en© João Bastos/ Mais Guimarães
mal. As pessoas ainda esperam por alguns pagamentos e, como tal, têm que se precaver. Isto não dá segurança ao comércio, pois as pessoas só compram o essencial”, explica. Já Sílvia Meira, apesar de estar satisfeita pela elevada procura, admite que “a pressa” que as pessoas têm de voltar é também “um risco”. “Os meus clientes nesta primeira fase portaram-se muito bem, mas o telefone não para de tocar”, frisa. A cabeleireira está, ainda assim, “muito otimista” em relação ao futuro, no qual espera “trabalhar muito” e “rezar para não voltar a fechar”. O sentimento de incerteza também não deixa Elisabete Mota, técnica administrativa da pastelaria Caneiros, fazer grandes planos, numa altura em que a abertura dos espaços está prevista para 18 de maio. Até lá mantém-se o serviço take-away. “Estamos a tentar incutir aos clientes o uso de máscara. As pessoas começam já a fazer grupinhos. Já temos que chamar à atenção. Espero estar enganada, mas acho que até ao dia 18 ha-
tregue, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, 1 400 litros de solução desinfetante. A entrega de material disponibilizado pelo Município continuará ao longo desta semana, a fim de chegar a todos os estabelecimentos comerciais do concelho, em articulação com as Juntas de Freguesias. No total, estão a ser distribuídos, nesta fase, mais de 10 mil litros de produto desinfetante. A Câmara Municipal está ainda a proceder à aquisição de máscaras sociais reutilizáveis e certificadas, que serão distribuídas em todas as freguesias, com as indicações pedagógicas acerca do modo como uma máscara tem de ser colocada, bem como o procedimento mais adequado para a sua lavagem e respetiva reutilização, devidamente certificadas pelo Citeve. A própria ACTG já procedeu à distribuição de material doado pela Câmara Municipal aos comerciantes das freguesias de Oliveira do Castelo, S. Paio e S. Sebastião. A distribuição decorreu ao longo do passado sábado e da passada terça-feira. •
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Equipas "incansáveis" lutam para dar resposta a "cada vez mais" pedidos de apoio Por estes dias, a pandemia é, para muitos vimaranenses, sinónimo de desemprego e de perda de rendimentos. Por consequência, multiplicam-se os pedidos de apoio. Só na Cantina Social do Lar de Santo António, nos últimos dois meses, passaram a ser servidas mais 100 refeições diárias, enquanto a Refood passou a apoiar mais 50 pessoas. São várias as entidades que nos últimos tempos têm apoiado famílias e pessoas com maiores vulnerabilidades e que já dão sinais de aumento de procura. É o caso da organização 100% voluntária ReFood que, desde o início da pandemia, apoia mais cerca de 50 pessoas, num total de 140. “Além dos beneficiários, foram-nos solicitadas ajudas de juntas de freguesia para famílias que estão sinalizadas”, revela Manuela Mendonça, vice-coordenadora da ReFood Guimarães. Neste aumento incluem-se pessoas “que, ou porque ficaram desempregadas, ou porque eram feirantes, deixaram de ter os rendimentos que tinham”, explica. Manuela Mendonça antevê mesmo que o aumento “não ficará por aqui” e haverá “cada vez mais solicitações”. “Economicamente não vai ser muito fácil. As pessoas mais frágeis são aquelas que sofrem mais”, lamenta. A procura aumentou também na Cantina Social do Lar de Santo António. Se há dois meses servia 40 refeições (20 ao almoço e 20 ao jantar), atualmente serve 140 (80 ao almoço e 60 ao jantar). “Tem sido uma coisa impressionante. Nesta última semana abrandou um pouco, mas nas semanas anteriores vimo-nos aflitos”, adianta José Castelar, presidente da direção do Lar de Santo António. Neste crescimento incluem-se “pessoas carenciadas que não tem condições para comer noutro sítio”, conta. O responsável acrescenta que se incluem pessoas “da moedinha e do estacionamento”. “Houve um período que não havia quase viaturas na rua e aquela moedinha deixou de existir. Inicialmente, cobrávamos um valor simbólico, de 50 cêntimos. Agora não estamos a cobrar nada, porque as pessoas simplesmente não têm”, acrescenta. Olhando para o Centro de Acolhimento Temporário para os sem-abrigo, nas instalações da Cercigui, Armando Guimarães, presidente da comissão administrativa da Delegação de Guimarães da Cruz Vermelha, declara que a ocupação vai “oscilando” entre as oito e as 14 pessoas. Atualmente, ocupam o espaço nove indivíduos, oito dos quais do sexo masculino. “Uma pessoa do sexo feminino saiu ontem, porque lhe conseguimos encontrar um trabalho e já tem
onde ficar. Estamos a tentar encontrar um possível ingresso no mercado de trabalho e a apoiar na organização da vida pessoal de cada um. Já saíram três pessoas com emprego”, anuncia. Armando Guimarães reforça que o aumento da procura tem sido mais evidente no âmbito alimentar. “Temos sido abordados por vários agregados familiares nesse sentido, nas mais diferentes partes do concelho”, revela. Porém, a previsão do responsável é que o “volume de trabalho venha a aumentar também nos centros de acolhimento”. Para Rui Leite, presidente da direção da Cercigui é preciso recordar que “os sem-abrigo são cidadãos como os outros”. “Sendo o nosso espaço no centro da cidade, conseguimos criar um ambiente em que estão bem e sentem-se seguros”, garante.
Voluntários (e não só) desdobram-se em esforços Com maiores pedidos e, em alguns casos, menos voluntários disponíveis para trabalhar no terreno, as próprias instituições tiveram também que se adaptar e desdobrar para atender a mais pedidos. A Refood teve que alterar o funcionamento e, em vez de recolher produtos alimentares de restaurantes, passou a depender de doações de particulares e instituições para entregar cabazes alimentares. “Os nossos cabazes não são como gostaríamos, mas estamos a dar o que conseguimos recolher”, aponta Manuela Mendonça. Apesar do distanciamento, os voluntários da Refood Guimarães tentam passar aos beneficiários uma mensagem “de esperança”. “É muito complicado, porque infelizmente nesta fase desta vida também temos o distanciamento social. O nosso trabalho também passava por falar com os beneficiários e agora isso não acontece. Para nos protegermos e protegermos os outros, já não existe uma proximidade tão grande. Vamos trabalhando como podemos”, confessa. A organização conta agora com menos voluntários no terreno, por se tratarem “ora de pessoas com alguma idade, ora de jovens que vivem com pais e avós”, explica Manuela Mendonça. Há, ainda assim, voluntários a ajudar
a partir de casa, porque “nem todo o trabalho implica estar no terreno”. “O grande problema é que não pode estar muita gente no nosso centro de operações, pelo tamanho”, adiciona. Porém, há novas pessoas a inscrever-se para ajudar a Refood que, no seu todo, tem tido um trabalho “incansável”, classifica a vice-coordenadora. Já à Cantina Social do Lar de Santo António chegam pedidos da autarquia, da Fraterna e de juntas de freguesia. “Não há condições de negar”, admite José Castelar. Para dar resposta ao crescimento dos pedidos, o Lar de Santo António tem aguentado “com muito esforço”, revela. “Estamos a pensar pedir apoio ao Instituto de Emprego, para aumentar o pessoal sem custos. Estamos a tentar resolver da melhor maneira”, confessa. As refeições prontas são fornecidas através de embalagens alumínio e “só isso é um custo acrescido”, lembra. “O Lar não tem condições financeiras para suportar este aumento de custos da cantina. Tentamos que não seja um causo da instabilidade financeira do próprio lar, mas a autarquia irá dar-nos uns apoios”, aponta. Relativamente ao funcionamento do próprio Lar, José Castelar conta que tem trabalhado com equipas espelho que “têm sido de uma dedicação e sentimento de altruísmo altíssimo”. “Não é fácil estar enclausurado num lar. Não é fácil gerir. Estamos atentos e muito gratos pela equipa que temos”, elogia. O Lar de Santo António está ainda a preparar um sistema para que os familiares possam visitar os utentes, no futuro, com tempo, dias e horas marcadas. “Sentimos as pessoas impacientes com a família esta distante. A tecnologia resolve apenas uma parte”, explica José Castelar. Do lado da Cruz Vermelha, Armando Guimarães fala em dias “muito ativos”, que passam pela gestão de projetos distintos e de uma plataforma com mais de 500 voluntários, dos quais 160 estão no ativo. “A nossa equipa técnica vai-se multiplicando nessas respostas. Damos apoio em dois lares. Temos muitos pedidos de entrega de refeições a crianças que têm direito à cantina escolar e realizamos alguns recados e serviços a pessoas idosas. Na semana passada realizamos mais de mil testes aos
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profissionais dos lares”, resume. Já a Santa Casa da Misericórdia de Guimarães (SCMG) conta com 220 funcionários e 300 utentes. “Em termos de contenção da pandemia é muito difícil. Começamos em contenção máxima no dia 08 de março. A partir desse dia, nunca mais ninguém entrou nas nossas seis valências – cinco lares e unidade de cuidados continuados”, garante Eduardo Leite, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães. O responsável recorda que se trata de “uma mudança de paradigma”, que abrange “toda a logística” e “implica também um gasto de dinheiro extraordinário para a instituição. Segundo Eduardo Leite, em termos alimentares, “não falta nada à Santa Casa”. “Há instituições fortes da cidade que têm feito donativos. Há muita gente a oferecer viseiras à Santa Casa, estamos agradecidos”, declara. O provedor da SCMG reforça que ter cerca de 300 utentes nas instituições, dentro de quatro paredes, há dois meses “é muito complicado”. “É um desafio que
tem sido superado por um trabalho excecional do grupo de animação da Santa Casa, que está todos os dias com os utentes e que se reinventam diariamente”, elogia. “Temos muitos utentes que saíam, almoçavam fora – hoje estão todos lá dentro. Manter toda a gente bem-disposta é complicado. Mas os funcionários e colaboradores têm sido incríveis", enaltece. A Santa Casa, em maio, vai continuar "a não dar abertura nenhuma", por acreditar "que ainda é um bocado cedo”. A Refood solicitou um apoio à SCMG para cerca de seis pessoas, que não têm condições para cozinhar. “Damos de bom grado, somos parceiros e ajudamos no que precisarem. A Câmara também tem ajudado. As pessoas iam ao lar buscar as refeições para o almoço e jantar e agora a autarquia faz a distribuição”, explica. Para o responsável o segredo está “na articulação de solidariedade entre todos”. “Em Guimarães há uma franca harmonia de solidariedade entre todas as instituições. As coisas têm fluído muito bem”, elogia. • MO
EM GUIMARÃES
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Calçado terapêutico de alta tecnologia para diabéticos vai ser produzido em Guimarães © Direitos Reservados
Empresa sediada em Guimarães vai produzir a nova tipologia de calçado. Os criadores pretendem “chegar a uma solução que, simultaneamente, minimize o risco de lesão e promova o máximo conforto ergonómico.
Trata-se de “um inovador calçado terapêutico mais ajustado à condição do pé diabético” — e vai ser produzido em Guimarães.
Segundo a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), o produto “terá na sua constituição materiais inteligentes para moni-
torização de parâmetros clínicos” e está a ser desenvolvido por um consórcio que coaduna uma empresa do setor e centros de
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investigação e tecnológicos. Concebido pela ESEnfC e liderado pela Indústrias e Comércio de Calçado (ICC) – empresa sediada em Guimarães, detentora de três marcas, que vai produzir a nova tipologia de calçado –, a parceria envolve também o Instituto de Polímeros e Compósitos da Universidade do Minho, o Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil e o Centro de Física das universidades do Minho e do Porto. Segundo uma nota enviada à agência Lusa pela ESEnfC, com este novo calçado ‘hi-tech’, os seus criadores pretendem “chegar a uma solução que, simultaneamente, minimize o risco de lesão e promova o máximo conforto ergonómico (com capacidade de adaptação da forma) e termofisiológico, associando-lhe, ainda, um ‘design’ mais moderno e apelativo”. O projeto integra-se no programa Science DiabetICC Footwear — “que pretende ultrapassar as dificuldades associadas às limitações
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dos produtos já existentes” — , cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do programa comunitário Portugal 2020. Este será “um calçado ecológico, impermeável e arejado, que evitará odores e facilitará a circulação sanguínea”, sintetiza, o investigador que coordena a parceria e docente na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde da ESEnfC, Pedro Parreira. De acordo com o especialista, “a palmilha terá características especiais, será removível e de limpeza fácil” e “incluirá “materiais inteligentes (‘self-sensing composites’) para a monitorização de parâmetros clínicos do pé, contribuindo para reduzir o risco de aparecimento de infeções associadas a úlceras”. Pretende-se que este sapato terapêutico seja “um dispositivo médico, sustentado em investigação clínica, a ser comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde”, conclui Pedro Parreira. •
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N240 QUARTA-FEIRA 06 MAIO 2020
Câmara vai transferir verbas para escolas comprarem material informático Proposta foi aprovada na reunião de câmara de segunda-feira, mas Bruno Fernandes, vereador do PSD, questionou: “Foi preciso esperar tanto tempo?” Adelina Paula Pinto defende que a resposta foi “rápida” e “articulada”. que, assim, também se contribui para resolver um problema no pós-pandemia: “o défice informático” das mesmas, já que “não tem havido um investimento por parte do ministério dado o número elevado de escolas”. Contudo, Bruno Fernandes considerou que a resposta do município no que diz respeito às escolas básicas e secundárias do concelho foi tardia, criticando a atuação da câmara, que “reage e não age”. “Passaram semanas sem os alunos terem estes equipamentos”, frisou. Na conferência de imprensa após a reunião, o vereador do PSD reforçou a sua posição relativamente ao modelo que a câmara seguiu para o ensino à distância: “Foi preciso esperar tanto tempo? Estamos na terceira semana do ensino à distância, há 45 dias foi decretado o Estado de Emergência e só hoje é que a câmara apresenta uma proposta com esta verba.” No momento reservado às perguntas dos jornalistas, a vereadora da Educação e vice-presidente do município disse discordar das observações do social-democrata. “Há uma série de soluções para que nenhuma das crianças fique para trás. Não concordo que não estejamos
© Mais Guimarães
Foi aprovada, na reunião de câmara da passada segunda-feira, a transferência de verbas para 14 agrupamentos e duas escolas secundárias do concelho para a aquisição de equipamentos informáticos. Ainda que aprovado, o ponto suscitou questões e críticas por parte da oposição, vocalizadas pelo vereador Bruno Fernandes. O também presidente do PSD de Guimarães questionou o porquê de todas as escolas e agrupamentos abrangidos receberem o mesmo montante (12.500 euros cada). “Presume-se que as necessidades são todas iguais. A senhora vereadora [Adelina Paula Pinto, com o pelouro da Educação] tinha dito que estava a ser feito um levantamento dessas necessidades. A consequência desse trabalho resultou em idênticas conclusões?”, interrogou. A vereadora defendeu que “a questão de equidade na educação” sempre foi “o mote” do trabalho do executivo. “É esse o nosso caminho e não é à toa que Guimarães tem sido referência” neste campo, acrescentou. Por isso, mesmo que a verba seja superior às necessidades das escolas, a vereadora explicou
a responder. Foi uma resposta rápida e muito articulada”, disse. Adelina Paula Pinto lembrou ainda a morosidade dos processos de levantamentos das escolas junto dos encarregados de educação (os primeiros dados “não eram reais”, avançou) e que os estabelecimentos de ensino também tiveram de realizar um levantamento dos seus equipamentos. É que a Câmara Municipal de Guimarães “aparece na fase final” deste processo: apenas as escolas primárias estão
sob a alçada da câmara. Nesse sentido, a vereadora adiantou que já foram entregues 500 tablets, estando prevista a distribuição de outros tantos “esta semana”. “A questão do primeiro ciclo fica, assim, resolvida”, afirmou. A “recarga” de tablets para os alunos do 1.º ciclo foi realizada com o propósito de ficar “com uma bolsa” de equipamentos tecnológicos para responder a eventuais problemas. Por exemplo, há “pais que tinham acesso à Internet e que
agora deixaram de ter”; casos de avarias também poderão ser contornados, estando garantida a substituição. No regresso às aulas presenciais, Adelina Paula Pinto garante que as escolas estarão “mais apetrechadas”. “É uma oportunidade para preparar o pós-covid. Estas são decisões que tomamos em tempo de pandemia sejam depois aproveitadas, porque as escolas estavam a precisar de um reforço dos seus equipamentos tecnológicos.” • NRG
© João Bastos/ Mais Guimarães
Comércio local pede isenções e apoio à divulgação, diz Edil
“Apoio à divulgação e publicidade, sim. Apoio à desinfeção e à compra de equipamentos de proteção individual, sim. Apoio a um fundo municipal de apoio financeiro para a tesouraria do comércio tradicional, não. Não vejo enquadramento legal.” Quem o disse foi o presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, sobre a questão levantada por
Ricardo Araújo, vereador do PSD, no período antes da Ordem do Dia da reunião de câmara de segunda-feira. O que a Associação do Comércio Tradicional de Guimarães (ACTG) e a Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH) têm solicitado é o trabalho conjunto “no aumento da possibilidade de apoios a isenções, no âmbito de taxas e
tarifas municipais”, “no apoio à divulgação através de publicidade, para divulgar os produtos e a compra”. “[As associações] acreditam que o retomar do turismo e a procura da restauração será a partir do mercado doméstico”, adiantou ainda. “Estamos a trabalhar muito orientados para a economia. Daremos, sim, apoio às famílias, já que o quadro legal permite intervenção; fora disso, não”, afirmou. O vereador da oposição decidiu voltar ao tema já discutido na reunião anterior. “Ficamos com a sensação de que teria havido disponibilidade para analisar a proposta”, disse. Ricardo Araújo argumentou que não existe “nenhum impedimento legal para que a Câmara” não siga em frente com uma solução financeira do género. “Há vários mecanismos possíveis” para que se possa “equacionar esta solução”, acrescentou, dando o exemplo do apoio criado pela Câmara Municipal de Sintra, a
fundo perdido. O presidente do município respondeu que esse apoio é semelhante ao que se procura desenvolver por cá, mas sob um ponto de vista regional e não municipal. Em declarações aos jornalistas, Domingos Bragança adiantou que o vereador Ricardo Costa, responsável pelo pelouro financeiro, entrou em contacto com outros municípios “para ver
se há possibilidade de se desenvolver um fundo regional”. A proposta ainda não foi discutida com os municípios integrantes do Quadrilátero Urbano (Braga, Barcelos e Famalicão), mas Domingos Bragança não prevê “muito entusiasmo” por parte dessas autarquias. Ainda assim, o Edil realçou que “há apoios nacionais para os quais as empresas já estão orientadas”. • NRG
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Lares: todos os funcionários e metade dos utentes já foram testados Presidente do município garantiu que, até ao final da semana, todos os utentes das instituições sociais terão sido testados. André Coelho Lima apontou que a resposta da câmara não “assegurou celeridade”. Domingos Bragança assegurou que, para já, não foi preciso “reforçar planos de contingência ou situações de isolamento” nas instituições vimaranenses. Assim, o presidente do município disse deduzir que o balanço seria positivo: “Felizmente não tivemos um drama nos lares e estivemos sempre a trabalhar com as entidades responsáveis. Tudo correu bem e faremos para que tudo continue a correr bem. As instituições sociais estão bem capacitadas.” A questão da testagem nos lares foi levantada no período antes da Ordem do Dia da reunião pelo vereador André Coelho Lima. Para o social-democrata, a estratégia adotada pelo município “num primeiro momento não se revelou como sendo a mais adequada porque não assegurou celeridade”. Isto porque, no entender da oposição, a contratação de um laboratório privado permitiria conhecer a “fotografia” do concelho relativamente aos casos positivos de covid-19:
“Caso se tivesse recorrido a um laboratório, já se conheciam os resultados.” Algo que foi questionado na reunião de câmara de há duas semanas — e que, agora, Domingos Bragança admite como alternativa caso existam “atrasos na resposta do P5 da Escola de Medicina”. Caso tal aconteça, isso significará, para o André Coelho Lima, que foram “perdidas duas semanas no processo de testagem”. A estratégia do município, clarificou Domingos Bragança, passa por assegurar a realização de testes nas instituições ao longo do tempo: “É preciso dizer que o teste é uma fotografia, é um momento. Portanto, este processo não é uma corrida de velocidade, mas sim uma maratona. Vamos testar hoje, daqui a 15 dias e daqui a cinco ou seis meses. Precisamos de uma resposta estruturada.” Porque, “enquanto não houver vacina”, a resposta que o protocolo com a academia minhota e o hospital quer-se “estruturada”. • NRG
© Mais Guimarães
A vereação vimaranense aprovou, esta segunda-feira, a proposta de reforço da verba destinada à CASFIG — o que permite, através de mais 100 mil euros, apoiar “mais cerca de 120 famílias”, como se lia na agenda de trabalhos. A aprovação de 40 candidaturas para o Subsídio Municipal de Arrendamento também reuniu unanimidade por parte do executivo. Paula Oliveira, vereadora da Ação Social e também presidente da empresa municipal, adiantou que, desde “meados de março”, “mais 30 agregados familiares pediram apoio por causa dos efeitos económicos provocados
pela pandemia”. Assim, são, ao todo, 70 as famílias apoiadas num período de dois meses. António Monteiro de Castro apontou, contudo, que a “fundamentação” para a disponibilização da verba referida “parece pouco consistente”. “O que seria razoável era que, mediante a informação dos serviços da CASFIG nas candidaturas, estando na posse de informação do número exato de famílias a socorrer, se fizessem as contas e se pedisse o apoio financeiro necessário. E não uma verba fria e desapaixonada de oito meses”, disse António Monteiro de Castro. O vereador argumentou que a pro-
CIM do Ave promove webinar posta deveria ter sido desenvolvida “com base num histórico”, através de “números palpáveis”. Paula Oliveira respondeu, depois, nas declarações aos jornalistas, que esse histórico “já existe”. E é a partir do mesmo que, com os “pedidos que chegam”, se chega a uma planificação das verbas. “Há um histórico de termos comparativos e o número de famílias que fizeram novos pedidos previu ver” a abordagem adotada. A vereadora frisou que a Câmara está “a dar resposta na hora” — e não só no que diz respeito à habitação. Nesse âmbito, “a CASFIG, em tempo útil, atualiza na hora a alteração do montante às famílias que o solicitam”, garantiu. A vereadora adiantou ainda que o número de pedidos de ajuda alimentar “aumentou” — como se constatou no caso dos cabazes — e “são várias as respostas no concelho, através da Fraterna”. A cooperativa, para além dos “214 beneficiários diretos”, já apoia “mais 104 famílias”. E as cantinas das escolas, para além de servirem refeições aos alunos mais carenciados, também serve refeições através do serviço take-away aos que precisarem. • NRG
No âmbito do combate aos efeitos da Covid-19, a Deloitte e a Comunidade Intermunicipal do Ave (CIM do Ave) promovem na próxima quinta-feira, 6 de maio, pelas 11h00, uma sessão de esclarecimento online (webinar) sobre os mecanismos de apoio existentes para as empresas. A iniciativa destina-se, numa primeira fase, aos Gabinetes de Desenvolvimento Económico dos Municípios que compõem a CIM do Ave, bem como às associações empresariais e associações de desenvolvimento local do território. Nesta fase inicial, esta iniciativa visa “a capacitação dos técnicos da CIM e dos Municípios, para que possam prestar apoio às empresas e empresários do território do Ave”, escreve a CIM do Ave em comunicado. “Os técnicos terão assim a oportunidade de aceder a aconselhamento especializado sobre os apoios estatais existentes, nomeadamente as implicações fiscais e legais para a indústria”, esclarece. Marta Coutada, Secretária Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Ave, afirma que “esta iniciativa ganha ainda maior relevância no contexto de desconfinamento em que o país
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Em menos de dois meses, 70 famílias pediram apoios à habitação
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Os 970 funcionários dos lares de Guimarães foram “todos testados”. Quanto aos utentes, “cerca de metade” também já foram submetidos ao teste de despiste da covid-19 — e, ao longo “desta semana”, a totalidade dos utentes terá sido já testada. A informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de Guimarães na conferência de imprensa após a reunião do executivo desta segunda-feira. Recorde-se que a testagem da totalidade dos funcionários resultou de um protocolo regional que surgiu de uma parceria entre a Câmara Municipal de Guimarães, a Cruz Vermelha e a Segurança Social. Quanto aos utentes, a Câmara Municipal de Guimarães assinou um protocolo de colaboração com Escola de Medicina da Universidade do Minho e o Hospital Senhora da Oliveira, para aumentar a capacidade de resposta na realização de testes de rastreio. Sem acesso “aos resultados dos testes” resultantes do protocolo,
se prepara para entrar e que colocam uma pressão acrescida no negócio das PME com base neste novo contexto de pandemia que vivemos. É, assim, que a Deloitte se junta à Comunidade Intermunicipal do Ave para em conjunto esclarecer as principais dúvidas do tecido empresarial da região. Já Rui Gidro, Sócio da consultora Deloitte aponta que “é importante que as PME possam ter um conhecimento claro sobre os apoios estatais previstos – fiscais e legais –, aplicáveis ao seu ramo de negócio”. “Nesse âmbito, foi com sentido de compromisso que aceitámos o desafio de prestar informação técnica e aconselhamento especializado à comunidade empresarial de Ave, ajudando os gestores a tomar decisões informadas e ultrapassar da melhor forma possível este período”, acrescenta o responsável. •
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“Vamos atravessar um período difícil, mas vamos continuar a ser solidários. Os vimaranenses são assim” ©Direitos Reservados
A vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Guimarães, Paula Oliveira, foi a convidada do programa “Em casa, à conversa com…”. A entrevista está disponível na íntegra no Facebook e no canal do YouTube do Mais Guimarães. •
Mais Guimarães (MG): De que forma é que a covid-19 mudou e impactou o nosso dia-a-dia? Paula Oliveira (PO): As nossas vidas mudaram de um modo radical. Ou seja, mudou muita coisa. Ninguém estava preparado para este cenário – não no sentido de sermos irresponsáveis, mas porque tivemos que nos adaptar rapidamente. Na área social, andamos neste ritmo de trabalho muito antes de ser declarado o estado de emergência. São muitos profissionais – a Câmara Municipal de Guimarães (CMG) não trabalha sozinha – que sentiram as mudanças. O presidente da CMG, Domingos Bragança, e todos os nossos colaboradores têm sido incansáveis, e através da rede de emergência, a qualquer hora, procura-se responder às necessidades. MG: Houve a necessidade de procurar voluntários. Um banco de voluntariados que já ultrapassou 500 voluntários. PO: A CMG criou uma rede de emergência social, porque, face ao trabalho social que vinha a ser desempenhado, há agora uma maior necessidade a vários níveis. Esta equipa e a rede de emergência disponibiliza 11 técnicos e três linhas de emergência (para onde qualquer munícipe pode telefonar). Em simultâneo, este trabalho em rede, que é a nossa maior riqueza, e que engloba as instituições que compõem a rede
social e o banco de voluntários, foi criada uma rede de voluntariados covid em parceria com a Cruz Vermelha e outras instituições. A solidariedade é algo que o espírito vimaranense já nos habitou e agora foi reforçada. Esta rede de voluntariado covid já tem mais de 500 inscritos. Antes de a rede estar formalmente criada “choviam” munícipes, a título individual, das mais diversas áreas, a oferecerem-se para auxiliar neste tempo de particular responsabilidade. A solidariedade não tem hora nem dia de semana. Temos voluntários que de forma abnegada, gratuita e muito feliz entregam refeições ou medicação às pessoas mais vulneráveis. É difícil traduzir por palavras a alegria de testemunhar isto. Temos, por exemplo, voluntários a exercer o voluntariado em instituições de solidariedade social, nomeadamente nos lares. Esta onda de solidariedade [dos vimaranenses] cresce todos os dias, não para e deve-se também ao trabalho dos voluntários. MG: Qual a política do município relativamente aos lares. Há esta aposta nos testes a colaboradores e utentes. PO: É um processo que já começou há já algum tempo. Foi sempre uma preocupação nossa e o presidente da CMG afirmou-o desde o inicio. É feito o acompanhamento com respeito pela autonomia de cada instituição. Falamos de instituições com órgãos sociais próprios e nós, município,
confiamos nos colaboradores. Desde a pessoa que está na cozinha ao diretor, é uma relação de confiança que já existe nas instituições há muitos anos. Por se tratar de uma população vulnerável, houve uma aposta nos testes aos colaboradores. Começaram-se a testar também em Guimarães, com outros protocolos firmados, os utentes. As IPSS adotaram planos e normas emanadas pela DGS, nomeadamente na questão dos familiares. Não temos afeto, o toque, mas para que os afetos continuem, temos que entender que a infeção é um risco. MG: A determinada altura notou-se falta de equipamento de proteção nas IPSS. Foi um processo difícil de gerir? PO: Foram muitas solicitações numa primeira fase. Era difícil dar resposta no imediato. Temos uma rede muito forte de instituições em Guimarães. Da CIM do Ave, Guimarães é o concelho com maior número de instituições de solidariedade social. No terreno, as necessidades acabam por ser maiores. Desde o primeiro momento, quando o presidente da CMG reforçou o orçamento da Proteção Civil com um milhão de euros, a preocupação foi adquirir as EPI – equipamento de proteção individual. Este tipo de material escasseava e no início foi difícil. Temos agora muito material disponibilizado por vários atores. Uma fundação que ofereceu 42
mil máscaras. Numa primeira fase foi mais difícil de gerir e o que nós queremos é satisfazer de imediato as carências das pessoas vulneráveis e servi-las da melhor forma. É importante continuarmos a ter uma palavra de esperança, conforto e alegria para os que mais precisam. Não quero dizer falsas ilusões, mas esperança racional. Estamos num espírito de missão, a missão de salvar vidas. Esta atenção aos mais vulneráveis já existia, só que nos tempos que atravessamos esta solidariedade e atenção ao outro veio tornar-se ainda mais premente. Pode parecer um lugar-comum, mas não deixa de ser verdade: se esta pandemia trouxe algo de novo é a transformação de mentalidades. Pós-pandemia, o modus vivendi vai ser completamente outro, mas a solidariedade não vai acabar. Os vimaranenses são assim. Vamos atravessar um período difícil, mas vamos continuar a ser solidários e estar atentos ao próximo. Este espírito de solidariedade dos vimaranenses vai continuar. MG: Preocupa-a este regresso à normalidade, se a podemos assim chamar. O regresso da atividade comercial, empresarial. Fica preocupada com este momento? PO: Temos que continuar vigilantes. Nós, portugueses, estamos a fazer um sacrifício muito grande. As famílias e os mais idosos estão confinados, as crianças estão em casa. É difícil gerir emocionalmente todo este cenário. Agora, se não tivermos cuidado, se não seguirmos as recomendações das autoridades, deitamos tudo a perder e podemos voltar atrás. Há que acreditar na atitude de cidadania e responsabilidade e que se vão tomar as precauções necessárias. Se for necessário voltar atrás em algumas medidas não há problema algum, são para o bem dos portugueses e vimaranenses. Este regresso a uma normalidade (que não é normal), vai depender da atitude responsável e comportamento de cada cidadão. MG: Uma das pedidas adotadas foi acolher, nas instalações cedidas pela CERCIGUI, as pessoas em situação de sem-abrigo da cidade. Como está a funcionar? PO: Neste momento estão 12 pessoas. 11 do sexo masculino e uma
do sexo feminino. É um espaço onde fazem a vida normal. Está a ser gerido pela CMG e com os técnicos do município, voluntários da rede de voluntariado e estrutura da Cruz Vermelha Portuguesa. O funcionamento do espaço era impossível sem o trabalho de articulação com as diferentes instituições. São pessoas que não se conheciam e têm agora uma vida em conjunto. Há problemas? Sim, mas é como em todas as casas, onde temos as nossas discussões e no fim as coisas acabam por se resolver. MG: Relativamente às famílias, já sentem no vosso dia-a-dia um aumento significativo de pedidos de ajuda? Há famílias a sentir necessidades neste período? PO: Temos muitas famílias que nós monitorizamos diariamente com esta rede de emergência. Temos, sobretudo, a questão alimentar. Tínhamos já no terreno um consórcio de instituições e temos o programa operacional para pessoas carenciadas, que servia cerca de 711 pessoas. Através da sinalização dos presidentes de junta e todos os parceiros há um aumento. Temos uma cantina escolar aberta a confecionar refeições, distribuídas pelas famílias de escalão A, mas também a famílias carenciadas e temos algumas cantinas sociais. O Banco Alimentar diz que houve um aumento exponencial de casos. Também vemos as rendas, o peso que têm no orçamento das famílias é elevado. A renda, o lay-off, pessoas com contratos precários. Todas estas situações vieram fragilizar famílias que já estavam fragilizadas e aquelas que não estavam. O nosso objetivo é acudir de imediato às necessidades básicas: que não falte água, não falte energia. Destaco também a rede psicólogos. Integramos a Associação de Psicologia da UMinho. Temos muitos idosos a telefonar. À medida que vai passando o tempo, não é só a solidão de estar em casa; começam a gerir as emoções, dizem que estão cansados de estar em casa, já temos profissionais de várias ordens, de várias áreas profissionais, a solicitar algum apoio. Desde a pessoa que recolhe o lixo aos que estão a confecionar as refeições nos lares, todos eles são heróis anónimos. Deixo uma homenagem a todos os trabalhadores. Muitos põem a vida em risco quando saem de casa. •
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Máscaras certificadas, um acessório de moda como solução para o setor têxtil © Direitos Reservados
Pelo menos dez empresas vimaranenses já contam com a certificação do Citeve para a produção de máscaras de uso único e reutilizáveis. O produto poderá ser, para já, “a única solução” para várias empresas do setor têxtil.
Nas últimas semanas, são cada vez mais as empresas nacionais a pedir a certificação do Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário (Citeve) para as suas máscaras de uso único e reutilizáveis. Guimarães não é exceção. Cerca de dez empresas do concelho já têm
a aprovação do Citeve. O Citeve tem vindo a disponibilizar e a atualizar uma lista de empresas portuguesas de têxtil que produzem máscaras testadas e validadas, nomeadamente máscaras de uso comunitário que a população deve usar em espaços
fechados, como por exemplo nos transportes públicos, farmácias e supermercados. De Guimarães, já contam com certificação a Bless Internacional, a Digit All, a Pereira & Andrade, a Vale & Cardoso, a Suaves Matérias, a New Textiles, a Carfati – Confeção Infantil, a Lunefe Confeções, a Vital Marques Rodrigues, Filhos e a Em Banho Maria. A Bless International conta já com certificação para a máscara de uso único e aguarda pela certificação da sua máscara reutilizável. A CEO da empresa, Sílvia Costa, explicou ao Mais Guimarães que a possibilidade de fazer máscaras surgiu “porque o mercado estava a pedir devido à falta de material para compra”. Posteriormente, surgiu a certificação, para dar mais garantias aos clientes. “Visto que queremos dar mais certezas daquele produto que estamos a vender, não é suficiente a minha palavra, que eu também entendo. Sou a Sílvia que representa a
Bless e, portanto, temos que recorrer a uma identidade que nos possa dar a garantia que aquilo que estamos a vender, quer seja a nível nacional ou internacional, esteja de acordo com as necessidades do mercado para o bem do consumidor”, justificou. Numa altura em que “todos os clientes de exportação pediram para suspender as entregas”, e com “a economia parada”, gerou-se “uma corrente quase de solidariedade entre os clientes e as fábricas”, para que todos possam “sobreviver e viver no meio de toda esta confusão que a pandemia gerou”. Sílvia Costa admitiu que as máscaras poderão representar, a curto prazo, “a única solução” para a empresa. “A retoma de mercado é muito lenta. A necessidade de os clientes receberem artigos e a procura também está a ser muito diminuta, apesar de as vendas online continuarem a correr relativamente bem. O barco, conforme estava a andar,
com as velas todas bem esticadinhas, a andar a velocidade cruzeiro, neste momento, teve que parar um bocadinho e está a navegar a muito pouco velocidade”, confessou. Atualmente, a máscara tem sido vendida maioritariamente para Portugal e, no futuro, o produto pode tornar-se “um complemento” ao vestuário que a empresa já produzia. “Agora é um produto que encaixa na nossa empresa e vai ser, nos próximos tempos, um produto que vamos ter que continuar a fazer então temos que encarar isto com uma vertente de moda”, frisou. Para já, prepara-se a exportação para a Alemanha de “uma t-shirt com a máscara a combinar”, revelou. “Neste momento estamos a optar por fazer esse tipo de combinações. Se temos que andar com uma segunda pele, então que andemos na moda, bonitos e confortáveis porque tudo isto nos faz bem”, sublinhou Sílvia Costa. • MO
Em Creixomil e Ronfe Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 Ronfe De segunda a sábado, das 08h00 às 20h00
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SOCIEDADE
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Os pombos também ajudam o tempo a voar durante o isolamento
Retrato de Perfil Robert Schuman por Mais Guimarães
A columbofilia tem milhares de praticantes em Portugal. Alexandre e Filipe partilham o entusiasmo pela modalidade e dedicam muitas horas do dia a cuidar dos "atletas". © Direitos Reservados
E Nome Jean-Baptiste Nicolas Robert Schuman
Natural de Luxemburgo Profissão Advogado e político
pa pelo exército alemão em Metz (onde se estabelecera como advogado), tendo sido dispensado do serviço militar por razões médicas. Terminado o confronto bélico, decide lançar-se a uma vida ativa na política. E iniciou o percurso como deputado ao Parlamento francês pela região de Moselle, do lado da democracia-cristã, ainda nos seus primeiros estágios. Acabou por ficar conhecido, por exemplo, através da Lex Schuman, que permitiu uma harmonização das leis regionais com a lei nacional francesa. Com o conflito seguinte, Schuman foi cooptado para membro do Governo de guerra do primeiro-ministro francês da altura, Paul Reynaud, ocupando a posição de encarregado dos refugiados. “Naquele período titubeante, a França, ou parte dela, perdeu o pé: o Marechal Pétain, herói da Grande Guerra europeia, considerou apropriado manter uma aproximação delicodoce com Hitler, e apesar de Schuman ter votado favoravelmente à criação de um governo sob a alçada do velho herói, recusou fazer parte do governo”, lê-se na biografia publicada no site da Comissão Europeia. Optou por juntar-se à França “insubmissa” e foi preso pela Gestapo, sendo deportado para Dachau. Em 1942, “conseguiu escapar aos seus algozes e juntar-se à resistência francesa”. E já nessa altura, mesmo com Hitler ainda firme, afirmava que, para a Europa se tornasse num “lugar de paz e prosperidade”, Alemanha e França teriam de se unir.Foi ministro das Finanças da França e primeiro-ministro entre 1947 e 1948, tendo na altura proposto a “criação de uma assembleia europeia”. Até 1953, ocupou, em vários governos, o papel de ministro de Negócios Estrangeiros. E, aqui, voltamos ao início (deste retrato de perfil e da União Europeia como a conhecemos). Robert Schuman foi ainda a ministro da Justiça francês e, claro, o primeiro presidente do Parlamento Europeu, entre 1958 e 1960. •
Algum tempo depois de ter sido decretado o dever geral de recolhimento, imposto pelo primeiro estado de emergência, um organismo federativo fez uma declaração singular dirigida aos milhares de praticantes e outros tantos entusiastas: “As pessoas estão fechadas em casa há mais de um mês e o nosso desporto é praticado precisamente a partir de casa, pelo que este tipo de atividade pode contribuir para minimizar o problema do isolamento”. As palavras são do presidente da Federação Portuguesa de Columbofilia (FPC), José Jacinto, que aludia à ideia de que os pombos podem ajudar a mitigar a situação atípica provocada pelo surto de covid-19. Companhia, descompressão e dedicação são palavras que também podiam caber no dicionário de isolamento de Alexandre Marques e Filipe Carvalho, dois columbófilos vimaranenses. “Os pombos são, sem dúvida, uma companhia, um escape ao stress do dia-a-dia. A columbofilia requer várias horas diárias no pombal, horas que são passadas com prazer, mesmo quando têm que ser a correr, devido às atividades profissionais dos columbófilos”, respondem, através de uma resposta escrita, os integrantes da equipa Os Conquistadores. Formada em 2018, a equipa teve na base o espírito colaborativo e a amizade. Apesar de só Alexandre e Filipe estarem ativos, são respaldados por outros aficionados da arte. Para além de ajudar, os amigos “servem para comer e beber quando fazemos convívios no pombal”, brincam. A modalidade exige, no entanto um recurso precioso, que pode escassear quando o processo de desconfinamento progredir: o tempo. É que cuidar de dezenas
de aves dá trabalho. Afinal, estamos a falar de “atletas de alta competição” – os pombos, neste caso – que fazem provas “até 800 quilómetros”. “O dia-a-dia de um columbófilo exige muito trabalho e imenso tempo”, explicam, reforçando que é necessário treinar todos os dias. Os Conquistadores, que, fruto do isolamento, puderam “desfrutar as horas” e tarefas “com outra calma” têm 90 pombos no pombal dos voadores e 30 reprodutores.
Eles vão continuar a voar Os constrangimentos atrelados à propagação do novo coronavírus são, na columbofilia, os “os mesmos que afetaram todos os outros sectores da sociedade”. “De repente, vemo-nos impedidos (e bem) de praticar este desporto, no qual passamos todo o ano a trabalhar com a ansiedade de que chegue Fevereiro para a 1.ª prova. Temos expectativas, objectivos, e neste momento estão em stand by". guardamos ansiosamente pelo recomeço da competição, até porque estávamos a fazer uma excelente época”, reiteram. A FPC adiou as competições (ape-
sar dos pombos e dos columbófilos se manterem ativos) e remeteu a retoma das competições para maio.“Foi a decisão mais sensata”, referiu o presidente do organismo federativo, não obstante a modalidade ser pouco exposta a contágio. A competição vai, no entanto, retomar no próximo fim de semana. “Também temos de nos preocupar com o bem-estar dos animais e sabemos que chegando ao mês de julho, com o calor, não será possível competir”, esclareceu José Jacinto, em declarações à agência Lusa. A paragem interrompeu uma série de resultados positivos d’Os Conquistadores, que já contam com pergaminhos na competição. “No primeiro ano vencemos algumas provas na Sociedade Columbófila de Guimarães e fomos campeões de Velocidade no Grupo (entre as coletividades de Guimarães, Fafe, Vizela e Póvoa de Lanhoso). Nesta época que está interrompida, além de termos vencido algumas provas, íamos em 1.º na classificação geral”, enquadram. Os pombos dos Conquistadores vão voltar a competir. Resta esperar para ver que cenário verão quando, de lá de cima, olharem para baixo. • © Direitos Reservados
A Europa de 1950 continuava a sentir a devastação que a Segunda Guerra Mundial trouxe ao velho continente. E era preciso eliminar “a secular oposição entre a França e a Alemanha”. Para além disso, era necessário uma Europa “viva e organizada pode dar à civilização é indispensável para a manutenção de relações pacificas”. Estas são frases retiradas da Declaração Schuman, apresentada por Robert Schuman a 09 de maio de 1950. E é essa a data em que se comemora o Dia da Europa — faz este sábado 70 anos que um dos pais da Europa uniu os países do continente naquele que é o começo do que hoje chamamos de União Europeia. Na Declaração Schuman, propunha-se a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), com o objetivo de instituir um mercado comum do carvão e do aço entre os países fundadores — França, República Federal da Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo. Mas quem foi Robert Schuman, à altura ministro francês dos Negócios Estrangeiros? Schuman nasceu no Luxemburgo, sendo filho de mãe luxemburguesa e pai francês (que se tornou alemão quando a Alsácia-Lorena foi anexada pela Alemanha em 1871). Também ele nasceu com nacionalidade alemã, mas, quando a Alsácia-Lorena foi retomada pela França após a Primeira Guerra Mundial, passa a ter nacionalidade francesa. Nascido em 1886, cresceu durante as guerras entre impérios que se batiam pelo controlo de territórios. Schuman debruçou-se sobre diversas áreas do saber, tendo estudante, entre 1904 e 1910, Direito, Economia, Filosofia Política, Teologia e Estatística em diversas universidades. Licenciado em Direito, obteve a mais alta distinção da Universidade de Estrasburgo. Entretanto, deflagra a Primeira Guerra Mundial (mesmo depois de outras, como as guerras nos Balcãs, entre 1912 e 1913). Schuman é chamado para a tro-
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O JORNAL N240 QUARTA-FEIRA 06 MAIO 2020 Caldelas
Ponte
O 133.º aniversário dos Bombeiros das Taipas foi assinalado de forma diferente Este ano, a corporação não organizou, entre outras ações, o “garboso desfile apeado pelas ruas da vila”. “Tudo isto por uma única razão: proteger-nos e proteger os outros”, salientam os bombeiros daquela vila. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas comemorou o 133.º Aniversário. Os primeiros estatutos foram publicados a 30 de abril de 1887, sendo que no dia seguinte (01 de maio) é que a corporação comemora o aniversário. “Este ano, o dia 1 de Maio será diferente dos anteriores: não há formatura na parada, não há o solene hastear das bandeiras, não há a romagem de saudade e gratidão ao nosso mausoléu no cemitério nem a missa de sufrágio pelos Bombeiros e benfeitores falecidos e não há o garboso desfile apeado pelas ruas da vila. Tudo isto por uma única razão: proteger-nos e proteger os outros”, assinala a corporação taipense. O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, deixou uma mensagem de agradecimento a toda a corporação: “É importante reconhecer e agradecer de forma sentida,
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a missão, a disponibilidade e a competência dos Bombeiros de Caldas das Taipas, como tão bem o têm demonstrado através dos seus 133 anos e especialmente neste tempo singular e difícil de pandemia , Também a Junta de Freguesia de Caldas das Taipas deixou uma mensagem de congratulação aos bombeiros da vila: ” Este ano, sem festa coletiva, não deixará de se assinalar a data e todos aqueles que com coragem e determinação cuidam do bem comum e das vidas humanas sob o lema “VITA PRO VITA”. Numa mensagem publicada nas redes sociais, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas realça a luta contra a pandemia de covid-19: ” Apesar de tudo isto, que em nós gera profunda tristeza, continuaremos disponíveis em prontidão e eficácia para todo o tipo de ocorrência”. “Em breve estaremos mais fortes”, garante a corporação. •
Pevidém
Selho São Lourenço
Arrancou obra de reperfilamento com implantação de rotunda
A Associação Vida a Cores, de Pevidém, está neste momento a produzir e a entregar máscaras de tecido e laváveis. As máscaras são feitas por um grupo de senhoras que participam nas atividades da Associação e são, segundo a Vida a Cores, “laváveis, reutilizáveis e de alguma forma protegem o meio ambiente”. As máscaras estão a ser entregues primeiramente aos partici-
A obra de reperfilamento de um tramo da N207-4, ligação a São Torcato, com a implantação de uma rotunda entre o entroncamento da Rua 24 de Junho (Aldão) e a Rua António Gomes Marinho (Selho S. Lourenço), arrancou na última segunda-feira. “O Município de Guimarães pretende, com a execução desta obra, a resolução de questões de índole rodoviária e garantir a segurança das pessoas nos percursos feitos a pé, com a implementação de percursos pedonais”, informa a Câmara Municipal de Guimarães, através de comunicado. Está prevista a intervenção numa extensão de cerca de 220 metros, com um prazo de execução de 10 meses. Será criada ainda uma “baía verde”, através do sistema de adoção de Biovaleta, com o objetivo de abrandar, recolher, infiltrar e filtrar as águas pluviais. A obra contempla a implementação de passeios, passadeiras, rampas de acesso automóvel,
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Associação Vida a Cores produz e oferece máscaras reutilizáveis
pantes e sócios da Associação e, posteriormente, à restante comunidade, com prioridade para o grupo de risco. Já foram entregues mais de 150 máscaras, que são gratuitas. “Tudo o que fazemos é para ajudar a comunidade e estes meses têm sido difíceis para a associação a nível financeiro, por isso se alguém nos quiser ajudar e colaborar connosco aceitamos donativos”, escreve a Associação. •
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Junta de Freguesia angaria material informático para alunos carenciados A Junta de Freguesia de Ponte entregou um conjunto de material informáticos ao Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso. “O material cedido destina-se a alunos carenciados, que não possuem este tipo de recurso informático para acederem ao ensino”, lê numa nota informativa publicada na rede social Facebook. No total, a junta disponibilizou 30 equipamentos, entre eles, 10 computadores portáteis novos (doados por empresários), bem como “diverso equipamento usado e em bom estado”, nomeadamente, computadores portáteis, computadores fixos, impressoras e tablets. Agora o Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso vai distribuir o equipamento pelos alunos carenciados que frequentam os estabelecimento de ensino. A vila presidida por Sérgio Castro Rocha deixa ainda uma mensagem de apreço a empresários e concidadãos da vila pela solidariedade demonstrada. •
Souto Sta. Maria, Souto S. Salvador e Gondar
Kits de proteção distribuídos © Direitos Reservados
plantação de árvores, mobiliário urbano e iluminação LED, tendo sido adjudicada pelo valor de 749.943,95€ + IVA. •
No passado domingo, a Junta de Freguesia de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar procedeu à distribuição de mais de 700 kits de proteção contra o Covid-19 pela população. Em comunicado, a Junta explica que cada kit contém quatro máscaras de proteção laváveis e um gel desinfetante de 250 mililitros. “A ideia desta iniciativa é, agora que os cidadãos vão tentar voltar à rotina normal, proteger ao máximo cada um deles. Com uma população bastante envelhecida e com grande necessidade de recorrer aos hospitais, centros de saúde e, até, transportes públicos, esta iniciativa ganha uma relevância maior no que diz respeito ao combate ao Covid-19 que se continuará a fazer”, escreve a Junta no mesmo comunicado. •
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ZONA NORTE | OPINIÃO
N240 QUARTA-FEIRA 06 MAIO 2020
Famalicão
Equipamentos municipais mantêm-se fechados ao público: "É preciso agir com prudência" © Direitos Reservados
PELA CIDADE
O Município de Vila Nova de Famalicão vai manter encerrados ao público todos os equipamentos municipais “até indicação em contrário”. A decisão surge “dando sequência às medidas decretadas pelo Estado de Calamidade e às orientações emanadas pela Direção-Geral da Saúde” no contexto da pandemia causada pela covid-19. Em comunicado, a autarquia diz privilegiar “o atendimento à distância, via telefónica e/ou digital”, realizando-se o atendimento presencial só em situações “de caráter excecional e
com prévio agendamento”. Desse modo, também se mantêm encerrados ao público “todos os espaços desportivos, pavilhões e parques infantis municipais, os museus e todos os equipamentos culturais da responsabilidade do município como a Casa das Artes, a Casa da Juventude, Biblioteca Municipal e polos, Arquivo Municipal e a Casa do Território”. O Parque da Devesa também está interdito. Citado no mesmo comunicado, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, frisou que “é preciso
agir com prudência” e que “existe todo um trabalho de preparação e um conjunto de cuidados que devem ser observados para que o regresso se realize com as maiores condições de segurança para todos”. Por outro lado, continuam a estar abertos a Feira Semanal e o Mercado Municipal continuam abertos, mas circunscritos à área alimentar, sendo obrigatório manter as distâncias de segurança. No Mercado Municipal, passa a ser também obrigatório o uso de máscara. •
Braga
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150 restaurantes vão entregar as suas chaves
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Opinião de Wladimir Brito
Cerca de 150 restaurantes bracarenses vão entregar, esta quarta-feira, as chaves dos seus estabelecimentos ao município, num ato simbólico “para alertar para a ‘agonia’ do setor decorrente da pandemia da covid-19”. À Lusa, o porta-voz do movimento, Tiago Carvalho, disse que a entrega das chaves “integra uma manifestação contra a ‘gritante falta de medidas’ por parte do Governo para acudir ao setor da restauração”. “Ou o Governo toma medidas a sério ou então não iremos pre-
cisar das chaves para nada”, acrescentou. A manifestação, promovida pela União de Restaurantes de Braga de Apoio à Covid-19 (URBAC19), composta pelos 150 restaurantes e “que representa perto de 1.500 postos de trabalho”. A URBAC não concorda com as medidas apresentadas pelas associações do setor e defende medidas como um layoff “adaptado” e isenções das contribuições à Segurança Social e IRS — duas das sete medidas do manifesto elaborado pela associação. •
1. As pandemias e as catástrofes quando justificam a declaração de estado de emergência ou de calamidade revelam a existência de duas práticas com forte impacte na nossa liberdade. Trata-se a emergência da biopolítica como dimensão decisiva do poder e da imunização do corpo político para usarmos o conceito criado por Roberto Esposito segundo o qual dela é uma protecção negativa da vida porque “salva, assegura, conserva o organismo individual ou colectivo a que é inerente...” mas submete-o a “uma condição que ao mesmo tempo lhe nega, ou reduz, a força expansiva”. A necessidade de salvar vidas ou de assegurar a saúde colectiva – a salus populi – considerada como lex suprema, constituem os fundamentos legitimadores da declaração do estado de excepção e do exercício de poderes excepcionais, que é sempre poder coactivo, mesmo quando se dissimula para se apresentar como persuasão sanitária ou securitária. Como pode ver-se, o estado de excepção relaciona a política, o direito e a vida, esta na sua relação com a morte. A vida e a sua conservação e a morte e o sentimento de fini-tude e de perda, articulam a política e o direito, justificando, em nome da salus populi, a prática da biopolítica, a limitação excepcional do direito pela política e das naturais manifestações da vida, individual e comunitária. 2. Este é o parodoxo que o Estado de Excepção cria, mesmo quando é decretado em nome de uma calamidade natural ou de invasão militar, e que revela a dimensão biológica da política, assumida agora como biopolítica aplicada a cada um de nós e à comunidade através de recomendações, proibições, sugestões, imposições, regras sanitárias, alimen-tares e securitárias. Biopolítica que po-
liticamente se socorre do medo para nos levar a aceitar sem reação crítica a ideia de que necessitas non habet legem (a necessidade prescinde da lei). Medo de a doença vencer a saúde, medo de a morte vencer a vida, de a desgraça vencer a fortuna. É a hegeliana dialéctica do negativo (a doença, a desgraça, a morte) e do positivo (a vida, a saúde, a fortuna,) que individual ou comunitariamente nos imuniza de reagir criticamente, pela revolta, contra o exercício abusivo dos poderes excepcionais e nos leva a aceitar sem reacção crítica as medidas preconizadas e aplica-das pelo poder político por serem aquelas que cientistas e técnicos aconselham, como se o estado de excepção legitimasse a constituição de um de governo de filósofos, como o que Platão aspirava e que felizmente os gregos sempre rejeitaram. Daí que o estado de excepção, sem controlo democrático, seja perigoso para a democracia e para a liberdade e que, no decurso da sua vigência, devamos assumir como dever fundamental a recusa da suspensão da democracia. É exactamente nessa situação excepcional que temos de manifestar e afirmar sem medo a nossa liberdade de pensar, de criticar e de fiscalizar o modo como se exerce o poder e, se necessário, de resistir às desnecessárias ou abusivas limitações da nossa liberdade individual e colectiva. 3. Não se pretende com isso defender que que o estado de excepção seja sempre paradigma de Governo e expressão do totalitarismo, como advoga Georgio Agamben, mas sim advertir para o canto de sereia da sua dimensão biopolítica, que invoca a salus populi para, por vezes, justificar o uso indevido e abusivo de poderes excepcionais e para o dever de não aceitar a suspensão do nosso direito de agir politicamente. •
OPINIÃO
O JORNAL N240 QUARTA-FEIRA 06 MAIO 2020
Opinião de César Teixeira
CGTP/OUT? No passado Dia do Trabalhador o País foi surpreendido com as diversas celebrações ocorridas. Sob a égide da CGTP. Provocou indignação a imagem da Alameda. Em Lisboa. De tal forma que diversos responsáveis políticos foram lestos a criticar a organização do evento. Provavelmente atónitos com a imagem vista. Ou motivados pela indignação popular. O espanto não deveria ser de agora. E a surpresa é surpreendente. O espanto tem fonte: o Decreto que aprova o Estado de Emergência. E tem data: 16 de abril. Dia em que foi aprovado no Parlamento. Com os votos favoráveis de PS, PSD, BE e CDS.
O Decreto é claro: “tendo em consideração que no final do novo período se comemora o dia do Trabalhador, as limitações ao direito de deslocação deverão ser aplicadas de forma a permitir tal comemoração”. A imagem é forte. Provocadora. Confronta a consciência de quem, por aparente distração, não obstaculizou o que afinal se pretendia obstaculizar. Interpela os milhares de trabalhadores portugueses - que têm feito sacrifícios por motivos de saúde pública - para a indignação e a reprovação. A cegueira ideológica não justifica tudo. Recorde-se o que ocorreu em Espanha. Ali, a
Opinião de José Rocha e Costa
FEIOS, PORCOS E CONFINADOS Se há coisa que me cansa são os chavões. E esta pandemia do Covid-19 tem sido prolífica em termos de novos chavões com que somos importunados todos os dias. O primeiro chavão de que me lembro (durante a pandemia) foi relativo às máscaras, das quais se disse repetidamente serem desnecessárias além de trazerem uma falsa sensação de segurança. “Falsa sensação de segurança” – expressão usada
até à exaustão como se quem usasse uma máscara se sentisse de repente invencível, como uma espécie de super-herói. Passado um mês e tal, afinal de contas, a máscara não só é útil como passa a ser obrigatória. Quem diria? Se fôssemos mal-intencionados, poderíamos dizer que o que levou na altura às máscaras serem consideradas desnecessárias, foi o facto de não existirem em quantidade suficiente e que o
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sofreguidão levou milhares de espanhóis para a rua. No dia 8 de março. A cegueira permitiu que, pouco depois, fossem dramaticamente visíveis os seus efeitos na propagação do surto. É completamente incompreensível que haja um País onde há filhos e enteados. Neste mesmo fim de semana foram apertadas as restrições à circulação. Víamos reportagens com barreiras policiais. Ao invés, os líderes sindicais gozavam de imunidade. Podiam efetuar deslocações entre concelhos. Tudo para marcarem presença em indispensável evento. Tudo em prol de um bem alegadamente superior. Embora não percetível! Que, para os fanáticos, suplantará, o bem fundamental que é a Saúde Pública. Que contraste com a posição da UGT! Que, ponderados os interesses conflituantes em causa, prescindiu do evento publico. Pese embora não tenha prescindido – e bem – de afirmar a sua posição de princípio sobre o momento do País. Os prejudicados pela inopinada iniciativa têm rosto: os trabalhadores! Como podem os trabalhadores exigir a aplicação de planos de contingência mais rigorosos ou mesmo a aplicação do teletrabalho em alternativa ao presencial, quando são os próprios líderes sindicais a relativizar as normas legais de saúde pública? Uma outra pergunta se impõe: há algum atropelo reiterado,
sistemático, urgente e imperioso ao nível laboral? Que torne premente e inadiável a reafirmação dos valores representados pelo Dia do Trabalhador em detrimento da saúde pública? Não há questão premente a esse nível que justifique o injustificável. Relembre-se que o PCP andou e mão dada com António Costa. Aprovou 4 orçamentos dos últimos 5! Sendo que o orçamento para este ano mereceu a sua abstenção. A celebração do Dia do Trabalhador serviu apenas para legitimar a nova liderança da CGTP. A Central tinha de fazer uma prova de vida. E o PCP um evento mobilizador para os seus. E assim consegue a sua autojustificação. Transportando diversos atores maiores e figurantes menores para um verdejante palco. Onde protagonizaram uma ópera-bufa e que, se deseja, por aqui fique. Os sindicalistas têm de justificar a sua existência. Que seria dos sindicalistas sem os sindicatos? Que seria dos sindicatos sem o Dia 1 de Maio? Como justificariam a sua existência? Como justificariam os seus privilégios face aos demais trabalhadores? Como se justificaria que continuem anos e anos dedicados aos órgãos sindicais? E afastados da vida laboral e da realidade dos camaradas que dizem defender? O País, entretanto, submete-se a esse particular interesse. Até mesmo a saúde pública. Temos um sindicalismo que
ainda se encontra refém do conceito anacrónico de luta de classes. Instrumentalizados por um partido que assinala com orgulho o aniversário de um dos grandes tiranos do século XX, Lenine. E este espírito conservador entorpece o País. Portugal deve mudar o paradigma. Trazendo a ética para economia, deveremos propiciar a cooperação entre trabalhadores e empresários, na esteira daquele que tem sido o pensamento económico da Igreja Católica. Sei muito bem que os donos do Dia do Trabalhador dirão uns (mais brandos), que estou a atacar o Dia 1 de Maio outros apelidar-me-ão de fascista. Mas uma coisa é certa: ninguém fez tão mal aos trabalhadores e ao Dia do Trabalhador do que a CGTP. Conseguiram dividir Portugal quanto a uma data que nada tem para dividir. No dia 1 de maio de 2020 não se discutiu uma única mensagem da CGTP. Nada. Neste dia 1 apenas se discutiu o evento e não qualquer mensagem dele decorrente. Procuram apropriar-se da data. Montam um cenário. Mas a substância do que de lá saiu, evidenciou bem que o evento foi um vazio. E que não justificava a sua concretização face aos riscos de saúde pública. É caso para concluir que a CGTP/In, esteve “out”. E que, neste dia 1 de maio, o sol não brilhou. Quebraram o encanto ao Maio. A voz, definitivamente, esmoreceu.ll •
governo, esse sim, é que nos quis transmitir uma falsa sensação de segurança. Assim como transmitiu uma falsa sensação de segurança a muitas empresas, quando anunciou as linhas de apoio ao lay-off dos funcionários. Dos pedidos de apoio que foram feitos até agora, cerca de 70% foram rejeitados, ou porque as empresas não souberam preencher a papelada como deve ser, ou porque se encontravam à data em situação de incumprimento, etc. Outro chavão que tem sido muito utilizado é o dos “profissionais da linha frente”. Numa clara alusão a um cenário de guerra que não é bem comparável. Claro que ter que colocar aquela “artilharia” toda de protecção e ter que lidar com uma afluência acrescida aos serviços de saúde é uma situação desagradável para quem tem que o fazer diariamente, mas não é bem o mesmo que ter de amputar um indivíduo a sangue frio, como muitas vezes acontece em num cenário de guerra. Nestes últimos dias, os chavões mais ouvidos são os do “desconfinamento” e o do “regresso à normalidade”. Eu confesso que não noto grande normalidade em nada. O vírus continua por aí
à solta e a única mudança é que o Estado, depois de decretar o estado de emergência e mandar toda a gente para casa, decidiu que em alguma altura isto tinha que acabar (se calhar, quando descobriu que o dinheiro não chegava para financiar os pedidos de lay-off na sua totalidade) e decretou que estava na altura de sair de casa. Para as pessoas se sentirem mais seguras nesta sua nova missão, decretou também o uso obrigatório de máscara em diversas situações, o que apenas deveria ser feito caso as máscaras fossem distribuídas gratuitamente pela população. Afinal de contas, as máscaras não estão baratas e há quem já esteja em dificuldades suficientes para ter que fazer frente a mais esta despesa. Outro dado curioso foi a prioridade definida quanto aos estabelecimentos que deveriam abrir primeiro. Por exemplo, os barbeiros e cabeleireiros já reabriram, enquanto os restaurantes ainda vão ter que esperar mais duas semanas. Dá a sensação que o governo olhou para a sua população e o que viu foi um grupo de indivíduos “feios, porcos e confinados” e por isso resolveu desconfiná-los e man-
dá-los aos salões de beleza para tratar do seu aspecto e recuperar a imagem. PS – Nos tempos que vivemos é cada vez mais actual a frase popularizada por Pimenta Machado: “O que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira”.. •
O governo olhou para a sua população e o que viu foi um grupo de indivíduos “feios, porcos e confinados” e por isso resolveu desconfiná-los e mandá-los aos salões de beleza para tratar do seu aspecto e recuperar a imagem
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CLASSIFICADOS
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Mais de 50 dias depois, os Conquistadores voltaram a sentir a relva
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© Vitória SC
-feira. O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que a “no fim de semana 30 e 31 de maio inicia-se a conclusão das provas oficiais da I Liga futebol profissional, permitindo a realização das últimas dez jornadas do campeonato, e também a final da Taça de Portugal”. Falta somente a luz verde da Direção Geral da Saúde ao protocolo sanitário apresentado pela Liga de Futebol Profissional.
Rotinas para reaprender
Passaram mais de 50 dias, mas os Conquistadores puderam, finalmente, sentir a relva. A Academia recebeu, na passada segunda-feira, a equipa A que, com treinos individualizados, “cumpriu todas as normas de segurança impostas pelo Departamento Médico do clube”, informou o Vitória. Era um momento aguardado. O ciclo de videoconferências que o
Vitória agilizou para os jogadores conversarem acerca da situação atual tinha um ponto em comum: todos os atletas que falaram à imprensa frisavam a vontade de regressar. Na última, Oa John (ver texto ao lado) resumiu o sentimento: “Estamos todos à espera do toque para voltar a fazer as coisas outra vez”. O toque soou na última quinta-
A passada segunda-feira foi, por isso, o primeiro dia do resto da temporada. E não foi só em Guimarães. Muitos clubes regressaram aos trabalhos no mesmo dia (como o vizinho Moreirense, por exemplo) para voltar a assimilar processos. Afinal, o regresso está à distância de menos de 30 dias. Na primeira manhã de trabalho, o grupo dividiu-se em sub-grupos que realizaram, em momentos diferentes, o respectivo treino. Recorde-se que a Academia vitoriana está a ser utilizada apenas pela equipa principal, sendo que o acesso à mesma é estritamente reservado aos elementos do plantel e staff. Na sessão das 9h30 estiveram presentes Pedro Henrique, Venâncio, Bondarenko, Lucas Evangelista, Vitor Garcia, Florent, João Pedro, Leo Bonatini, Mascarenhas e o guardião Douglas. Mais tarde, pelas 10h45 um novo grupo matou saudades do relvado: André André,
André Almeida, João Teixeira, Elias Abouchabaka, Rochinha, Ouattara, Joseph, Mikel Agu, Miguel Silva e Celton.Já o último apronto iniciou às 12 horas e contou com Suliman, Marcus Edwards, Ola John, Davidson, Poha, Sacko, Pepe Rodrigues, Bruno Duarte, Jhonatan e Wakaso. E, para já, será assim. O Vitória realizou novo treino na terça-feira, cumprindo o mesmo método de trabalho e todas as regras de segurança.
Testes serológicos deram negativo Mas o primeiro capítulo deste regresso anunciado não aconteceu na segunda-feira. Com vista ao regresso aos treinos individualizados, o Vitória promoveu, tal como já era conhecido, testes de rastreio à covid-19 a toda a estrutura do futebol profissional do clube. O presidente dos Conquistadores, Miguel Pinto Lisboa, foi o primeiro a ser testado. “Os testes de despistagem decorreram dentro da normalidade sendo que, os serológicos de rápida resposta tiveram resultado negativo”, informa o clube, através de comunicado. “Não há casos sintomáticos e o plantel encontra-se de boa saúde”, avaliou o médico do Vitória, Filipe Guimarães Ao longo das próximas semanas, outros momentos de rastreio ao plantel e restante estrutura vão acontecer, para continuar a aferir e monitorizar o seu estado de saúde dos elementos do plantel. •
Herculano está no radar dos gigantes do futebol europeu, garantem em Espanha O jovem ponta de lança Herculano Nabian está no radar de vários gigantes do futebol europeu. A informação está a ver veiculada em Espanha pelo jornal AS, que coloca Real Madrid e Barcelona no encalço do luso-guineense. As notícias do interesse de clubes europeus no goleador de 16 anos surgiram em Portugal, através do jornal Record, que foram confirmadas pelo jornal espanhol. Num artigo onde o
comparam a Lukaku, o diário destaca o poder físico do Conquistador e o faro goleador — marcou 43 golos de rei ao peito. Com 1,82 metros, o jovem tem-se destacado também nas prestações internacionais. Por várias vezes chamado para representar a seleção das quinas, o atleta tem correspondido com golos e boas exibições. Numa das últimas chamadas, acabou por ser determinante para a conquista do Torneio da CONCA-
CAF pela Selecção Sub-15. Herculano tem vínculo com o Vitória até ao final da próxima temporada, sendo que se trata de um contrato de formação. Proveniente do Belenenses, Herculano Nabian integrou os quadros do Vitória aos 14 anos, tendo já representado a seleção nacional por diversas vezes. Na altura da contratação, o Vitória afirmava ter garantido “uma das grandes promessas” daquela geração. •
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“Finalmente podemos voltar ao que gostamos” © Direitos Reservados
O primeiro capítulo do regresso anunciado aconteceu esta semana. A equipa A voltou aos relvados e realizou testes à covid-19. “Não há casos sintomáticos e o plantel encontra-se de boa saúde”, diz o médico do clube.
AMI 15114
A carreira de Ola John tem sido marcada por percalços. Os sucessivos empréstimos e as lesões têm contribuído para que o extremo holandês ainda não tenha conseguido, aos 27 anos, a esperada época de afirmação. Esta época o cenário repetiu-se. O início de julho trouxe más notícias ao internacional pelas camadas jovens da Holanda: uma lesão muscular obrigava a nova paragem. E estas condicionantes acabam, segundo o Conquistador, por ter impacto na condição física e mental. “Não fiz uma pré-época normal em nenhuma temporada. Um jogador profissional precisa de uma boa pré-época boa para ficar pronto. Nos últimos anos eu não tenho feito isso com regularidade”, lembrou, através de mais uma vídeoconferência promovida pelo Vitória. Ola Joh enfrenta agora nova paragem. Mas esta é diferente. “Não é boa, mas tive muito tempo para treinar”, enquadra. Porém, “este tempo estranho”, afastado do relvado e dos colegas, deixou o holandês entusiasmado para regressar: “Tenho saudades de todas as coisas. Dos companheiros, de treinar, brincar, jogar”. O regresso será feito por etapas. Nos primeiros tempos, os jogadores vão treinar individualmente — “melhor do que nada”, diz — , algo que não extingue o desejo de regressar: “Finalmente podemos voltar e fazer o que gostamos”. O extremo olha com expetativa para o regresso. “Estamos todos à espera do toque para voltar a fazer as coisas outra vez”, ressalva. O holandês deixou uma mensagem de apreço a Ivo Vieira, “um treinador muito bom”, que tem dado confiança: “Está sempre lá para falar comigo”. E isso é importante. É que, segundo Ola John, “todos os jogadores são diferentes” e alguns, como é o seu caso precisam da confiança e das palavras dos treinadores. •
FUTEBOL
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MOREIRENSE F. C.
Steven Vitória e o regresso: “Um mês de preparação vai ter de ser suficiente” Defesa do Moreirense participou numa videoconferência organizada pelo clube. E elogiou o crescimento do emblema nos últimos anos nos últimos anos: “Não me surpreende o sucesso que o clube tem tido”. © Direitos Reservados
O Moreirense está de volta aos treinos. De forma individualizada, o plantel já esteve à disposição do técnico Ricardo Soares na passada segunda-feira. E isso, para Steven Vitória, representa “um passo em frente”. Ainda que de forma “muito diferente”, o defesa do clube vimaranense considera que voltar a treinar “no campo” permite uma evolução nas rotinas dos atletas. Numa conferência de imprensa à distância, ainda antes do regresso aos relvados, o defesa também abordou o futuro a curto e médio prazo. Quando a um eventual regresso do campeonato português (apontado para o final de maio, mas à espera da aprovação da Direção-Geral da Saúde), o atleta disse, que “um mês [de preparação] vai ter de ser suficiente”. Ainda assim, ressalvou: “Não sei se conseguiremos voltar ao nível em que estávamos.” “É uma situação à qual vamos ter que nos adaptar”, acrescentou. O balanço da presente época é “bastante positivo”, apesar da Moreirense
interrupção causada pela pandemia da covid-19: “poder ajudar” com quatro golos é bom, mas em primeiro plano, para o jogador, está o coletivo. Questionado sobre não ter sido a principal escolha de Ricardo Soares na segunda volta, Steven Vitória respondeu com uma abordagem mais otimista: “É um facto. Mas refiro que o Moreirense está bem e, assim sendo, também estou bastante bem. Prometo fazer o que faço sempre. O Moreirense está bem dentro dos seus objetivos e isso é motivo para me deixar feliz e para dar sempre o melhor para ajudar.”
Angariar apoio para lá do Atlântico Quanto ao crescimento do Moreirense nos últimos anos, Steven Vitória referiu que “não há segredos” para os frutos que, “mais cedo ou mais tarde vão aparecer”. “Nos últimos anos, o Moreirense tem estado muito bem. É um clube humilde, muito profissional e muito correto. Não me sur-
Moreirense
Filipe Soares: “Ter o meu irmão Cónegos já regressaram aos na equipa ajuda-me muito” relvados Filipe Soares estava a viver uma “época de estreia” “de sonho” até à pandemia que colocou em pausa o campeonato. “Está a ser uma época muito boa em termos individuais e coletivos. Sempre foi um sonho jogar na I liga e, finalmente, aos 20 anos consegui concretizar esse sonho e sinto-me feliz por me darem esta oportunidade”, começou por afirmar o atleta do Moreirense numa videoconferência com a imprensa. O médio de 20 anos confessou ainda que tem “sido feliz” em campo e que a presença do irmão, Alex Soares, no mesmo plantel facilitou a integração e o seu crescimento enquanto atleta. “Tenho jogado bons jogos. Ter o meu irmão na equipa ajudou-me muito. As coisas tornaram-se mais fáceis. Foi uma boa oportunidade e vou tentar continuar a fazer o mesmo ate ao final do campeonato”, assegurou. Em casa, com “muita vontade de jogar”, Filipe e Alex Soares continuam atualmente a viver
preende o sucesso que o clube tem tido”, disse. A construção da nova Vila Desportiva é “muito importante” para que os jogadores não tenham de se “deslocar sempre para fora”. “Vai ser muito mais fácil para toda a gente. Paramos para ver as obras, reparamos que está a ganhar mais cor”, disse. E conquistar adeptos além-fronteiras também é algo que tem vindo a ser construído, pelo menos na sua perspetiva: no Canadá, o seu país de origem, “as pessoas passaram a seguir mais o clube”, disse. “Há muitos portugueses no Canadá que seguem o futebol português e o Moreirense. Espero poder ajudar o clube a ter mais apoio”. O central diz sentir-se “bem” aos 33 anos, mas apontou “querer sempre mais”. “Faltam alguns aninhos para parar. Tive a sorte de conquistar algumas coisas. Quero ajudar a equipa a ganhar e a ser feliz. Fazer o que mais gosto é ajudar o clube a ter sucesso e esse é o meu sonho.”. •
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juntos, o que tem ajudado no isolamento social. “Temo-nos mantido ativos e continuado a fazer coisas normais. A nossa vida não era muito diferente. Era de casa para o treino e do treino para casa. Claro que sem a parte de irmos ter com os nossos colegas, mas não temos perdido a cabeça”, garantiu. •
“Cumprindo todas as normas sanitárias, e a devida distância de segurança, o plantel do Moreirense Futebol Clube regressou aos trabalhos de forma individualizada”. Tal como aconteceu com dezenas de emblemas da Primeira Liga, os Cónegos anunciaram na passada segunda-feira o regresso a uma nova normalidade Aquando do anúncio de António Costa, que deu luz verde à retoma competitiva no último fim de semana de maio, o clube de Moreira de Cónegos anunciou que, no regresso, todas as normas sanitárias, e a devida distância de segurança iria ser cumprida. O plantel foi, por isso, dividido em dois grupos. Nas imagens disponibilizadas pelo clube, são visíveis as precauções tomadas pelo clube vimaranense: o técnico Ricardo Soares utilizou máscara de proteção e os jogadores recriaram-se com bola, mas de forma individual e mantendo a distância de segurança recomendada.•
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1ª LIGA FAMALICÃO FC PORTO BENFICA VITÓRIA SC SPORTING BOAVISTA SANTA CLARA RIO AVE TONDELA MARÍTIMO BRAGA MOREIRENSE VITÓRIA SETÚBAL GIL VICENTE PORTIMONENSE BELENENSES SAD PAÇOS DE FERREIRA DESP. AVES
7´ 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
6 6 6 3 3 2 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1
9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
9 6 4 4 4 4 3 4 3 3 3 2 1 1 0 0
1 0 0 3 2 5 2 1 3 2 2 1 4 3 2 2 1 0
0 1 1 1 2 0 2 3 2 3 3 4 2 3 4 4 5 6
19 18 18 12 11 11 11 10 9 8 8 7 7 6 5 5 4 3
0 1 2 2 2 3 2 4 3 3 3 4 5 6 5 6
27 20 15 15 15 14 13 13 12 12 12 9 6 5 4 3
Sub-23
LIGA REVELAÇÃO SPORTING BENFICA ESTORIL PRAIA BRAGA DESP. AVES BELENENSES SAD COVA DA PIEDADE MARÍTIMO RIO AVE PORTIMONENSE LEIXÕES V. SETÚBAL VITÓRIA SC FEIRENSE FAMALICÃO ACADÉMICA
0 2 3 3 3 2 4 1 3 3 3 3 3 2 4 3
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MODALIDADES
N240 QUARTA-FEIRA 06 MAIO 2020
Rugby
© GRUFC
“Os homens de valor e fibra” do GRUFC só regressam na próxima temporada
A pandemia de covid-19 deixou os clubes vimaranenses num limbo. Instalou-se a incerteza perante a indefinição, mas há instituições desportivas mais expostas às consequências da propagação do novo coronavírus.
É o caso do Guimarães Rugby Union Football Club (GRUFC). “É a situação mais atípica que podíamos ter”, resume o presidente da formação da cidade-berço, Manuel Paulo Ribeiro. Afinal, falamos de um clube
amador que, fruto das consequências do surto, não tem casa própria. “Temos uma dificuldade acrescida em lidar com esta situação: servimo-nos das Pistas Gémeos Castro e neste momento estão encerradas. Temos lá o nosso espaçozinho. Não temos a nossa sede, o complexo é precisamente a nossa casa”, adianta o responsável. Na altura em que o Mais Guimarães falou com Manuel Paulo Ribeiro ainda não era conhecido o futuro das competições seniores da modalidade. No entanto, as medidas de retoma da atividade desportiva anunciadas pelo Governo deixaram de fora o râguebi (bem como todas as outras modalidades coletivas, com exceção da Primeira Liga de futebol). Ficou, assim, sentenciado o final dos campeonatos nacionais seniores da modalidade. A Federação Portuguesa de Râguebi (FPR) anunciou, no último sábado, em comunicado, que vai auscultar os clubes no decorrer da próxima semana, a fim de tomar “uma decisão sobre as classificações finais da época”. Mas, mesmo antes da decisão
Andebol
Xico é “o principal prejudicado” pelo sistema de subidas
A ânsia de regressar Tal como acontece noutras modalidades, a articulação entre responsáveis, treinadores e atletas tem sido feita através da internet. No entanto, a “dificuldade maior” é manter o staff do GRUFC “ordenado e preparado para regressar”. “Somos amadores, não temos ordenados, temos ajudas de custo. Mesmo as pes-
soas que estavam habituadas a receber alguma verba estão paradas. Tivemos que arranjar formas de manter essas pessoas connosco”, indica o dirigente, que aproveita para destacar o papel do patrocinador JF Almeida, que permitiu alguma estabilidade em tempos incertos. Ainda para mais, os Bravos, fruto da concentração de clubes a Sul, tiveram pela frente “deslocações muito grandes, para o Alentejo e para Lisboa”. “Em termos de gastos fizemo-los todos como se fosse uma época normal”. Os Bravos só vão regressar aos terrenos do jogo daqui a alguns meses. Resta aos vimaranenses esperarem pela próxima temporada para ver ação nas Pistas Gémeos Castro. Manuel Paulo Ribeiro deixa uma certeza: ninguém está com mais vontade de regressar do que os atletas. “Os homens do rugby são homens de valor e de fibra. O amor que eles têm à disciplina é imenso. Eles adoram a modalidade. Não tenho dúvidas que eles estão ansiosos para regressar” •
Futsal
Candoso volta a “pescar” no Rio Ave
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As competições nacionais de andebol, basquetebol, hóquei em patins e voleibol foram canceladas pelas respetivas federações. Com o anúncio do fim da temporada, um dos clubes acometidos pela decisão, o Xico Andebol, foi expedito a reagir No que diz respeito às deliberações tomadas pela Federação de Andebol de Portugal para a conclusão da luta pela subida à 1.ª divisão, “o principal prejudicado é o Xico Andebol”. Quem o disse foi Diogo Leite Ribeiro, presidente do clube vimaranense. E Em comunicado publicado nas redes sociais do clube vimaranense, o presidente reconheceu que a decisão da federação, apesar de “corajosa”, não foi “fácil” — contudo, “os critérios foram prejudiciais” para o clube. É que os clubes que disputarão a subida serão os que terminaram as competições das três zonas no 1.º lugar. A “poule” de subida acontecerá no fim-de-semana anterior ao início da época de 2020/2021. Assim, os clubes a representar cada zona serão o Póvoa Andebol Clube (Norte), Sanjoanense (Centro) e Almada (Sul). O Xico Andebol ocupava o 3.º lugar da fase final aquando da di-
ser conhecida, Manuel Paulo Ribeiro já se mostrava reticente ao regresso da modalidade esta temporada: “Paira uma dúvida muito grande. É que é um desporto de muita afinidade, muito contacto, envolvência e camaradagem. Não sei, no futuro próximo, o que poderá acontecer com um desporto amador como o rugby, onde as pessoas tem o seu trabalho, estão confinadas a uma série de situações. É uma situação complicada”. A posição dos Bravos no campeonato nacional dá segurança, já que, “independentemente do que acontecer”, o lugar na 1.ª Divisão do Campeonato Nacional estava assegurado.
vulgação do comunicado assinado pelas federações de andebol, basquetebol, hóquei em patins e voleibol, que anunciaram o término das competições. Tendo em conta a classificação, diz Diogo Leite Ribeiro, o Xico Andebol deveria ter sido “uma das equipas a disputar a fase final”. O presidente do clube disse ainda sentir “tristeza pelos atletas e treinadores” que, “ao longo do ano”, não se pouparam em esforços e “dentro do campo foram sempre bravos guerreiros no
sentido de obter vitórias”. O responsável federativo, Miguel Laranjeiro, afirmou que “pela especificidade” da modalidade, “que não é comparável a nenhuma outra na componente do contacto físico, só agora ficou claro que não podemos usar o mês de maio para preparar a competição e o de junho para competir.” O presidente da Federação de Andebol de Portugal destacou ainda a união das quatro modalidades de pavilhão que decidiram pôr um ponto final na época. •
O Clube Recreativo de Candoso anunciou novo reforço para a época 2020/2021. O guardião Cláudio Carvalho, de 25 anos, proveniente do Rio Ave, regressa a “casa”, “depois de ter tido um papel fundamental na conquista do título nacional da 2.ª divisão de futsal, na época 2018/2019”, escreveu o clube de Guimarães na rede social Facebook. A confirmação da chegada de Cláudio Carvalho chegou poucos dias depois de o clube ter comunicado a contratação do pivot
João Miguel, que também chegou a Guimarães depois de uma época a atuar com a camisola do Rio Ave. Com a chegada do guarda-redes formado no Vermoim, o Candoso passa a contar com dois jogadores para a baliza, já que também anunciou, há poucos dias, que renovou com o veterano Sandro Barradas. O Candoso continua a preparar a próxima temporada e já renovaram com o clube Fábio Miranda, Pirica, Cristiano e Julinho.•
+ DESPORTO
O JORNAL N240 QUARTA-FEIRA 06 MAIO 2020 Campeonato de Portugal
Série A
Campeonatos distritais sem subidas. Promoções só com desistências
AF BRAGA
CAMP. PORTUGAL
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VIZELA BRAGA B FAFE VITÓRIA B MARIA DA FONTE MERELINENSE BERÇO SC MONTALEGRE MARÍTIMO B S. MARTINHO U. MADEIRA MIRANDELA PEDRAS SALGADAS CHAVES SATÉLITE BRAGANÇA OLIVEIRENSE 17º CERVEIRA 18º CÂMARA DE LOBOS
PRO-NACIONAL 16 12 2 2 16 11 2 3 16 10 2 4 16 9 3 4 16 7 7 2 16 8 4 4 16 7 4 5 16 6 4 6 16 5 7 4 16 7 4 5 16 6 1 9 16 5 3 8 16 4 4 8 16 3 6 7 16 2 6 8 16 2 6 8 16 2 5 9 16 2 2 12
38 35 32 30 28 28 25 22 22 22 19 18 16 15 12 12 11 8
2-2 1-2 1-1 4-1 2-1 2-3 0-1 2-2 0-2
rompido em 8 de abril, devido à pandemia de covid-19. Mais recentemente, algumas associações distritais e regionais defendiam as promoções dos seus campeões distritais. Isto implicava a alteração do modelo competitivo do terceiro escalão, já que era sugerida a criação de um 4.º escalão. No entanto, com esta decisão, há clubes vimaranenses que podem ainda conseguir a desejada promoção. O Pevidém, por exemplo, liderava, até à interrupção das competições, o Pro-nacional e es-
tava bem encaminhado para disputar o acesso ao Campeonato de Portugal. A subida ainda pode acontecer, no entanto — há equipas do 3.º escalão que podem não se inscrever devido a problemas financeiros e já uma subida confirmada (ver texto abaixo). Ora, como o clube integra a Associação de Futebol de Braga, uma das maiores do país, o clube pode ser “galardoado” com a promoção. Pela mesma lógica, se o número de desistências for elevado, o Brito também pode ser gratificado com a promoção. •
Campeonatos
Vizela está de regresso à II Liga A Direção da Federação Portuguesa de Futebol vai “reconhecer o mérito desportivo” e, perante impossibilidade de utilizar o play-off para indicar à Liga Portugal os dois clubes com acesso à II Liga, indicou os emblemas que vão fazer a transição: o Vizela (Série A) e o Futebol Clube de Arouca (Série B). A decisão foi conhecida no passado sábado, através de comunicado. O Campeonato de Portugal é disputado em duas fases. Na primeira, 72 clubes competem em 4 séries de 18 equipas. Os dois primeiros de cada série disputam um play-off para encontrar os dois a indicar à II Liga. A interrupção em março vedou a possibilidade de se decidir dessa forma o acesso à II Liga. Vizela (Serie A, com 60 pontos), Arouca (B, com 58), Praiense (C, com 53 pontos) e Olhanense (D, com 57) são os líderes das quatro séries. Esta decisão pode ser benéfi-
© FPF
DIV. HONRA
1ª DIVISÃO 15 15 14 15 14 15 15 14 15 14 15 15 15 15 15 15
11 1 3 34 9 3 3 30 8 3 3 27 8 3 4 27 6 4 4 22 5 7 3 22 6 4 5 22 7 0 7 21 6 2 7 20 4 7 3 19 4 6 5 18 4 6 5 18 3 4 8 13 3 4 8 13 3 2 10 11 3 2 11 8
1-0 3-1 2-2 1-2 2-3 4-1 1-0 1-2
Série C
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
9 9 8 6 6 5 5 5 5 4 4 4 2 3 2 0
2 1 2 2 1 3 3 3 2 4 3 3 5 2 2 2
1 2 2 4 5 4 4 4 5 4 5 6 5 7 8 10
29 28 26 20 19 18 18 18 17 16 15 12 11 11 8 2
OP. CAMPELOS TAGILDE ASES STA. EUFÉMIA DESP. S. COSME UD CALENDÁRIO CD LOUSADO GONDIFELOS SÃO CLÁUDIO
1-1 0-3 3-1 2-3 0-1 2-0 0-2 VS
GD SELHO SANTO ADRIÃO U. ALDÃO E CANO LONGOS OP. FAMALICÃO EMILIANOS FC DELÃES PRAZINS E CORVITE
AF BRAGA
1ª DIVISÃO
CALVOS INFIAS MONTESINHOS ABAÇÃO CASTELÕES MAIS POLVOREIRA PINHEIRO SÃO CRISTÓVÃO SOUTO GONDOMAR INFANTAS SÃO FAUSTINO GÉMEOS NESPEREIRA
11 10 9 9 10 9 10 10 10 10 10 10 10
8 7 6 5 5 5 4 3 4 3 3 1 1
2 2 1 1 1 1 2 4 1 2 1 0 0
1 1 2 3 4 3 4 3 5 5 6 9 9
26 23 19 16 16 16 14 13 13 11 10 3 3
Jornada 11
a série B da Divisão de Honra e pode ocupar uma vaga no Pro-nacional, caso o mesmo critério se mantenha. •
S. PAIO D’ARCOS PEVIDÉM VILAVERDENSE PRADO CABREIROS BRITO RIBEIRÃO FORJÃES DUMIENSE/CJP II
Jornada 12
VIATODOS AMIGOS URGESES BAIRRO FC RONFE PICA RUIVANENSE LOURO PONTE
SUPER LIGA
SOUTO GONDOMAR GÉMEOS CASTELÕES SÃO FAUSTINO CALVOS PINHEIRO
1-3 0-2 0-0 1-3 0-0 1-2 0-0 1-1 1-1
CD LOUSADO OP. CAMPELOS UD CALENDÁRIO GONDIFELOS GD SELHO DESP. S. COSME EMILIANOS FC PRAZINS E CORVITE SANTO ADRIÃO ASES STA. EUFÉMIA TAGILDE DELÃES U. ALDÃO CANO OP. FAMILICÃO LONGOS SÃO CLÁUDIO
Jornada 15 SANDINENSES SÃO PAIO POLVOREIRA ANTIME NINENSE CELORICENSE FRADELOS AIRÃO
POPULAR
ca para o Pevidém, que neste momento espera uma vaga no Campeonato de Portugal, e também para o Ponte, que liderava
ARÕES SANTA MARIA SERZEDELO PORTO D’AVE TORCATENSE JOANE CAÇ. TAIPAS VIEIRA SANTA EULÁLIA
AF BRAGA
Série B
PONTE NINENSE OS SANDINENSES PICA RONFE BAIRRO FC ANTINE AIRÃO AMIGOS URGESES VIATODOS POLVOREIRA CD CELORICENSE FRADELOS SÃO PAIO RUIVANENSE LOURO
42 40 35 33 31 27 26 26 24 23 22 21 20 20 19 17 15 8
2 3 5 4 5 5 6 6 8 8 10 7 8 8 8 11 11 14
Jornada 19
VIZELA BERÇO SC VITÓRIA B CHAVES SATÉLITE FAFE BRAGA B U. MADEIRA BRAGANÇA OLIVEIRENSE
AF BRAGA
Está decidido. Os campeonatos distritais ficam sem subidas ao Campeonato de Portugal esta temporada. A resolução da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi confirmada à agência Lusa na passada quarta-feira. A fonte que confirmou a decisão à Lusa também adiantou que os campeonatos distritais ficam, esta época, sem descidas. A decisão, que vai ser ratificada na próxima reunião da direção da federação, mantém o quadro competitivo do 3.º escalão do futebol nacional, que foi inter-
19 13 3 18 13 1 19 11 2 18 10 3 19 9 4 19 7 6 19 7 5 18 7 5 19 7 3 19 7 2 19 7 1 19 5 6 19 5 5 19 5 5 18 5 4 19 5 2 19 4 3 19 2 2
BRITO PEVIDÉM CAÇ. TAIPAS VILAVERDENSE FORJÃES RIBEIRÃO JOANE PRADO ARÕES TORCATENSE S. PAIO D’ARCOS SANTA EULÁLIA VIEIRA DUMIENSE/CJP II SANTA MARIA PORTO D’AVE CABREIROS SERZEDELO
Jornada 16 MERELINENSE PEDRAS SALGADAS MIRANDELA S. MARTINHO MARÍTIMO B MARIA DA FONTE MONTALEGRE CERVEIRA CÂMARA DE LOBOS
P.21
1-2 0-5 0-0 2-1 1-0 1-2
MAIS POLVOREIRA INFIAS ABAÇÃO INFANTAS MONTESINHOS SÃO CRISTÓVÃO
Série D
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 11 12 12 11 12 12
ACR GUILHOFREI AC GONÇA GCD REGADAS TABUADELO PEVIDÉM B S. MASCOTELOS FC GANDARELA GDCR FAREJA GRC ROSSAS FERMILENSE ARCO BAÚLHE GD SILVARES GD CAVEZ PINHEIRO GDC MOSTEIRO MOTA FC
9 9 9 8 8 8 7 5 5 4 4 4 2 2 1 0
2 1 29 2 1 29 1 2 28 1 3 25 1 3 25 1 3 25 1 4 22 2 5 17 1 6 16 2 6 14 2 5 14 0 8 12 2 8 8 1 8 7 1 10 4 0 12 0
Jornada 12 PINHEIRO S. MASCOTELOS GDCR FAREJA GRC ROSSAS FC GANDARELA PEVIDÉM B AC GONÇA ACR GUILHOFREI
6-0 1-0 2-1 4-1 2-3 1-0 ADI 1-1
GD SILVARES GCD REGADAS GDC MOSTEIRO FERMILENSE MOTA FC GD CAVEZ TABUADELO ARCO BAÚLHE
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ARTES E ESPETÁCULOS
N240 QUARTA-FEIRA 06 MAIO 2020
Todas as semanas, a Casa da Memória e o CIAJG entram pela nossa casa adentro © Direitos Reservados
Conhecer várias histórias e tradições da cultura vimaranense ou deambular por várias épocas e pontos geográficos num museu: estas são algumas das hipósteses que A Oficina oferece através das visitas virtuais.
Em circunstâncias normais, subiríamos (ou desceríamos) a avenida Conde de Margaride em passo apressado para conhecer aquela tradição. Depois, passaríamos para o outro lado e perder-nos-íamos numa exposição que nos conta histórias vindas de outros territórios. Mas em casa, fechados e sem as ruas a deslizarem-nos pelos pés, não o podemos fazer. Até tal ser possível, A Oficina oferece uma alternativa, que passa por visitas virtuais à Casa da Memória de Guimarães (CDMG) e ao Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG). Às 11h00 de cada terça e quinta-feira, respetivamente, há um novo episódio para ver. E há desafios no final de cada um. A série de episódios da CDMG e do CIAJG permitem o público “vaguear entre séculos e entre variadas geografias do planeta,
sejam elas mais locais ou intercontinentais”, lê-se em comunicado da cooperativa. O primeiro episódio da Casa da Memória é dedicado à descoberta de “algumas particularidades sobre as gentes de Guimarães, “sendo lançado o desafio de investigar e descobrir expressões que, com o tempo, deixaram de ser usadas”. Já no segundo episódio, o protagonismo é todo da Cantarinha dos Namorados, que guarda em si muita importância no que à história da tradição oleira em Guimarães diz respeito. Já na terceira visita, destaque para a Sala das Biografias da Casa da Memória, “local onde nos deparamos com um mural de caixas de madeira que conta a história de várias figuras ligadas à cidade de Guimarães, associando um objeto a cada uma delas”. E há ainda tempo para explorar a
veneração de São Torcato, podendo-se conhecer “a lenda da Fonte do Santo e as manifestações religiosas como as oferendas de ex-votos”. Do outro lado da rua — e no mesmo espaço digital —, o CIAJG. Por lá, o convite é simples: “saltar entre tempos e lugares muito distantes”. As coleções que José de Guimarães tem vindo a reunir “há mais de cinco décadas” e que estão em exposição permanente no museu colorem as telas: entre a Arte Africana, a Arte Pré-Colombiana e a Arte Antiga Chinesa, há esculturas, máscaras, metais, tecidos, fotografias e outros objetos para descobrir (ou matar saudades), bem como obras da autoria do artista vimaranense e de outros. O primeiro episódio, explica A Oficina no mesmo comunicado, questiona “o lugar do museu,
das obras que guarda e do público a que se dirige”. A Oficina diz que este museu é “um lugar de encontro, um lugar onde encontramos e onde também nos encontramos” e que “não é de ninguém, mas antes de todos, do mundo”. E, independentemente do gosto de cada um, certo é que haverá muito para explorar em ambos os espaços e passear sem sair de casa.
Reaberturas em maio e junho Ainda assim, não falta muito tempo para a reabertura de alguns edifícios culturais. Esse processo será gradual e acontecerá em datas distintas. No Dia Internacional dos Museus, a 18 de maio, museus, monumentos
e palácios voltarão a abrir as portas, bem como as galerias de arte e salas de exposições similares. A garantia foi dada pelo primeiro-ministro, António Costa, no final do conselho de ministros de 30 de abril. No mesmo dia, ficou-se a saber que a 01 de junho vão abrir as salas de cinema, teatros, salas de espetáculos e auditórios. Mas com condições: estes equipamentos culturais abrirão “com lugares marcados, lotação reduzida e distanciamento físico”. De resto, e como se sabe, as livrarias puderam reabrir já na segunda-feira, dia 04 de maio. A cultura “foi dos primeiros setores a ser encerrado e dos que mais duramente foi atingido” pela crise que a pandemia da covid-19 instalou, disse o primeiro-ministro. •
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"O setor cultural português poderá sofrer danos irreparáveis", diz estudo da UMinho As organizações culturais os profissionais do setor preveem uma “situação dramática” para 2020. Esta é uma das conclusões retiradas pelo estudo “Impactos da Covid-19 no setor cultural português”, de Manuel Gama, investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho (UMinho) e coordenador do seu Observatório de Políticas de Comunicação e Cultura (POLObs). O estudo conta ainda com Rui Vieira Cruz, Daniel Noversa e Joana Almada, que constituem uma “equipa multidisciplinar”. A investigação acontecerá até março do próximo ano. Através do POLObs, o estudo propõe-se a me-
dir os efeitos da pandemia no setor cultural. A análise iniciou-se em março, tendo como base um inquérito realizado a 144 profissionais e organizações do setor. O estudo debruçou-se ainda sobre a cobertura mediática da cultura no contexto da pandemia causada pela covid-19. Assim, e numa primeira fase de investigação, concluiu-se que existe um “número reduzido de referências explícitas à cultura” na amostra analisada, que incluiu “jornais nacionais e de municípios e entidades intermunicipais”. Para além disso, explicou o investigador através de comunicado, existe um “nítido predomínio do enfoque nos impactos negativos”
no conjunto de artigos analisado. O estudo revela também que “o papel dos serviços, organismos e entidades da administração direta ou tutelados pelo Ministério da Cultura em alguns casos se consubstanciou numa atitude passiva e inoperante”. “Se não forem tomadas medidas urgentes, substantivas e estruturantes, o setor cultural português poderá sofrer danos irreparáveis fruto da pandemia”, lê-se no comunicado, que acrescenta: “No final de 2020 poderemos assistir, não só a um agudizar da precarização, como a um incremento no desemprego de profissionais do setor cultural que tinham contratos de trabalho.” •
PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEIS
O JORNAL N240 QUARTA-FEIRA 06 MAIO 2020
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Farmácias de serviço Quarta-feira 06 de maio
Farmácia Nobel
Rua de Santo António - Tlf: 253 516 599 Quinta-feira 07 de maio
Farmácia Barbosa
Largo do Toural - Tlf: 253 516 184
*Farmácia Faria
R. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 34 Sexta-feira 08 de maio
Farmácia Avenida
Avenida D. João IV - Tlf: 253 521 122 Sábado 09 de maio
Farmácia Paula Martins Rua Teixeira Pascoais - Tlf: 253 415 833 Domingo 10 de maio
Farmácia Lobo
Avenida Londres - Tlf: 253 412 124 Segunda-feira 11 de maio
Farmácia Vitória (Creixomil) Guimarães Shopping- Tlf: 253 517 180
Portugal à mesa com
Terça-feira 12 de maio
Farmácia Hórus
Mário Moreira
Largo do Toural - Tlf: 253 517 144
*Farmácia Faria
R. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 346 *Em regime de disponibilidade
“À Mesa de quarentena” A vida é um sopro. A vida vira no sentido oposto num instante. Vale a pena mudar, alterar hábitos e comportamentos. Há mudanças que só dependem de cada um de nós. Muitas vezes surge a desculpa esfarrada, repetidamente, da falta de tempo. Mudar hábitos alimentares, é tão importante, como lavar as mãos. São geradores de prazer e bem-estar. Nunca tivemos tanto tempo para imaginar, criar, organizar, praticar e saborear refeições que “a falta de tempo” nos impediu, dedicar à cozinha, o tempo que agora, ganhamos. A gestão do tempo na cozinha, além de uma excelente terapia, faz-nos descomprimir, economizar, resgatar sabores de infância. Nestes dias de isolamen-
to conventual, a gestão do tempo neste importante espaço da nossa casa, é fundamental no aperfeiçoamento e prática nas tarefas culinárias. Confere-nos a imaginação, prática, destreza e competências que não imaginávamos. Ajuda a alterar comportamentos, a respeitar um pouco mais, todos quantos se dedicam, profissionalmente, a todas as horas do dia, com dedicação e empenho, à gestão das múltiplas tarefas, deste tipo de saúde pública. Seguramente, para muitos tem sido um verdadeiro desafio ao gosto pela gastronomia confinada. Mais uma sugestão, muito simples, económica, prática, saborosa e colorida com os ingredientes e porções para 4 pessoas.
“Esparguete da Avó Conceição” 400gr de esparguete (1 litro de água para 100gr de massa), 150gr de azeitonas pretas, 50gr de manteiga, 8 filetes de anchova, 3 dentes de alho, 1 colher de sopa de alcaparras, 1 colher de sopa de mangericão picado, (ou salsa), 2 tomates maduros, 150gr de polpa de tomate, 2 colheres de azeite e sal qb. Cozer o esparguete. Impedir (provando a massa) que coza demais ou que saiba a farinha. Escorrê-lo. Numa frigideira com o azeite e a manteiga dourar o alho picado, grosseiramente. Adicionar o tomate maduro, cortado em pequenos cubos, deixar refogar, em lume brando, até que se desfaça. Adicionar a polpa, as azeitonas des-
Dê sangue! COLHEITA PERMANENTE
Todas as Terças-feiras das 14h30 às 19h00 Primeiro e terceiro Sábado de cada mês das 09h00 às 12h30 Local Casa do dador (Azurém)
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O que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia... caroçadas, cortadas em rodelas, as alcaparras picadas, metade do manjerição (erva aromática aconselhada para massa), ou salsa e deixar ferver mais uns 15 minutos. Adicionar o sal a gosto, envolver. Num prato adequado, dispor o esparguete, dividir as anchovas, verter o molho. Decorar com as folhinhas de manjericão.
Bom apetite! Um abraço gastronómico. Envie as suas sujestões para: leitor@maisguimaraes.pt
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Guimarães, 04 de maio. A cidade ganhou movimento e tornou-se mais familiar no primeiro dia de desconfinamento
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Sande São Clemente: sete casos de covid-19 levam à evacuação da Casa da Sagrada Família
A Casa da Sagrada Família, localizada na freguesia de São Clemente, em Guimarães, foi evacuada. Ao que o Mais Guimarães apurou, em causa esteve a presença de sete pessoas infetadas com o Covid-19. No local estiveram os Bombeiros de Caldas das Taipas, de Vizela, Riba de Ave e Fafe. Estão na Casa da Sagrada Família, “em média, 30 pessoas”, sendo que entre os infetados está um funcionário.
As seis freiras evacuadas têm idades avançadas. “Fizeram os testes na sexta-feira passada e chegaram os resultados. Aqui em casa não há condições suficientes”, disse o pároco de S. Clemente de Sande, Joaquim Pereira, ao final da tarde desta terça-feira, nas imediações do local. Os doentes foram, por isso, transportados para o Seminário do Verbo Divino, localizado na freguesia de Azurém.. •
A RTP 2 exibe Lolita, filme de 1962 do mestre Stanley Kubrick que adapta o polémico romance de Vladimir Nabokov sobre um amor proibido. A história centra-se em Humbert Humbert (James Mason), um erudito professor universitário britânico de literatura francesa, que vai trabalhar para uma pequena cidade nos Estados Unidos onde aluga um quarto à viúva Charlotte Haze. Obcecado pela sua filha Lolita, de 14 anos de idade, Humbert casa com Charlotte para estar perto da rapariga. Mas a mulher descobre as intenções secretas do marido. O filme passa na estação pública na próxima quinta-feira, dia 08 de maio, pelas 23h15. •
Regresso à normalidade possível O comércio local abriu as portas, os vimaranenses saíram à rua, ainda que com a devida cautela. Esta frincha dá ares de um regresso à normalidade, ainda que severamente condicionada. Os próximos 15 dias vão determinar a ação do Governo.
Mortes causadas por covid-19 Até ao fecho desta edição eram 25072 o número de casos confirmados com Covid-19. Havia ainda 2671 pessoas a aguardar resultados laboratoriais. O novo coronavírus já provocou 1074 mortes em território nacional.
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Lolita, de Stanley Kubrick