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Colaboradores das creches testam para o regresso INSTITUIÇÕES REABREM A PARTIR DE 18 DE MAIO. REGRAS SERÃO “DIFÍCEIS” DE CUMPRIR P.08 ENTREVISTA
DOMINGOS BRAGANÇA
Esplanadas? “Onde pudermos, dobraremos o espaço”, garante presidente P.10 ECONOMIA
Insolvências aumentaram 14,1% no distrito P.14 EM GUIMARÃES
Comércio de regresso com clientes “cumpridores” P.09 EM GUIMARÃES
PSD critica atraso na distribuição de máscaras P.07 EM GUIMARÃES
Assembleia Municipal discute suspensão do pagamento de taxas P.09
UNIVERSITÁRIOS CONCLUEM CURSO A PARTIR DE CASA P.06 PEVIDÉM VAI JOGAR NO CAMPEONATO DE PORTUGAL P.21 COVID-19
COVID-19
LIBERDADE CONDICIONAL Arrancou o desconfinamento em diversas áreas. Prevenção é o mote neste regresso à “normalidade possível” P.04 e 05
COVID-19: TRÊS CASOS POSITIVOS NO VITÓRIA E UM NO MOREIRENSE ACENDEM DISCUSSÃO SOBRE RETORNO DA LIGA P.18 e 19
“Foi uma sensação horrível”: o relato de uma vimaranense recuperada P.12
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N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020
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MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO
N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020
Artigo de opinião A realidade, que chega aos poucos Assim, aos poucos, acolhemos no nosso novo quotidiano novos vocábulos: Mitigação, isolamento, pandemia, quarentena, desconfinamento, epi`s ou zaragatoas ocupam agora as primeiras páginas do novo dicionário. E porque, por estes dias não falamos de outra coisa, também nas conversas que temos estão-nos, literalmente, na ponta da língua. A língua é uma coisa espantosa, algo que está em constante transformação, adaptando-se rapidamente a novas realidades. Ao dicionário acrescentaremos novas páginas em breve, porque a transformação brutal que vivemos assim o exigirá. Continuaremos, no entanto, em notas baixas, tristes, porque do que falaremos e escreveremos nos próximos tempos não será melhor do que o que falamos agora ou escrevemos nestes últimos três meses. Para além dos problemas de transmissão do vírus, do número de infetados, de isolamentos, de internamentos e mortes devido
à covid-19, acrescentaremos notas relativas aos fortes impactos na nossa economia e, por consequência, na nossa sociedade, que já se sentem, mas cujos efeitos se acentuarão rapidamente. Teremos consciência nas próximas semanas de um aumento muito significativo do desemprego, da quebra de confiança dos consumidores e do consequente receio no investimento e de um aumento do preço dos produtos, sobretudo os primários, os mais procurados. A lei da oferta e da procura nunca falha. Iniciamos o desconfinamento, processo que, pelo calendário, estará praticamente encerrado no início de junho, embora para quem puder manter-se em casa, o isolamento, sendo mais voluntário e com menor rigidez, continuará a ser a melhor opção. O desconfinamento dá-se agora, já o regresso à tão desejada normalidade, tendo como referência a vida que tínhamos em fevereiro, ninguém sabe quando acontecerá.
Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal” “Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das instituições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015 Mais Guimarães - O Jornal - Semanário · Tiragem 4.000 Exemplares Proprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138 Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912 Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – Guimarães Email geral@maisguimaraes.pt Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto Sampaio Registado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735 Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís Freitas Impressão e Acabamento Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte S.A. / EN 14 (km 7.05) Lugar da Pinta - Apartado 1221 - 4471-909 Maia T 229 411 085 Redação Pedro Castro Esteves | Mafalda Oliveira | Nuno Rafael Gomes Departamento Comercial Eliseu Sampaio Colunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir Brito Fotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.
Os doentes com cancro do pulmão em tempos de COVID-19 O cancro do pulmão é a primeira causa de morte por doença oncológica em Portugal, tal como em muitos outros países da União Europeia. Com mais de 5200 novos casos por ano, é o quarto tipo de tumor mais frequentemente diagnosticado no nosso país. Como é sabido, o fumo do tabaco é a sua principal causa, tendo um fumador um risco cerca de 20 vezes superior de vir a sofrer de cancro do pulmão, relativamente a quem nunca fumou. No hospital de Guimarães, e de uma forma multidisciplinar, temos vindo a diagnosticar e a tratar a maioria dos doentes com cancro do pulmão residentes numa área geográfica habitada por cerca de 350.000 pessoas. Desde 1992, altura em que o hospital de Guimarães, já nas novas instalações, entrou em pleno funcionamento, muito progredimos no diagnóstico, na avaliação da extensão da doença, e sobretudo no tratamento do cancro do pulmão, tendo sido possível alcançar uma acentuada melhoria da qualidade de vida e da sobrevida média dos doentes. Muitos pacientes com cancro do pulmão sofrem igualmente de doença pulmonar obstrutiva crónica ou de doença isquémica do miocárdio, porque o fumo do tabaco é também causa destas patologias. Muitos estão a fazer diversos tipos de tratamento, de que é exemplo a quimioterapia, o que pode diminuir a capacidade do organismo se defender contra agentes externos, sejam vírus ou bactérias. Como é bem conhecido, a taxa de letalidade associada à COVID-19 é muito superior nos doentes idosos e nos que sofrem de doenças oncológicas, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e diabetes. Tanto a radioterapia como a quimioterapia estão também associadas a quadros clínicos mais graves. Por todas estas razões muitos doentes estão naturalmente preocupados com a atual situação de pandemia. Algumas
informações devem por isso ser-lhes dadas, no sentido de se sentirem mais seguros e menos ansiosos. A primeira tem a ver com o conhecimento de que apesar da conhecida gravidade da COVID-19, a sua doença oncológica é por certo muito mais importante, e deve provavelmente ser o principal foco da sua atenção. As conhecidas medidas de isolamento social, proteção das vias respiratórias e medidas de higiene das mãos, objetos e superfícies são importantíssimas no sentido de conter a infeção na comunidade, mas do ponto de vista particular destes doentes oncológicos elas são vitais. Nesse sentido tem-lhes sido adiados todos os tratamentos hospitalares não urgentes, como alguns tratamentos paliativos, no sentido de se evitar múltiplas idas ao hospital. Os doentes a fazer quimioterapia ou imunoterapia devem permanecer o mínimo tempo possível no hospital, para onde se devem deslocar sozinhos ou acompanhados apenas por um cuidador, se o considerarem imprescindível, e sempre protegidos com máscaras. Os intervalos entre os tratamentos, seja quimioterapia ou imunoterapia, tem sido também alargados, sem prejuízo para os doentes, devido ao ajuste das doses da medicação à nova periodicidade. É o caso sobretudo da imunoterapia, em que o espaçamento entre os tratamentos tem sido possível quase duplicar. Como a radioterapia do tórax e a quimioterapia tem ocasionalmente complicações pulmonares cujas imagens na radiografia ou na TAC do tórax podem ser confundidas com as imagens associadas à pneumonia da COVID-19, este tipo de tratamentos deve ser claramente referido ao médico, no caso de recurso a qualquer tipo de consulta urgente. Entretanto, as consultas de rotina, sempre que possível, devem ser feitas pelo telefone ou vídeo-assistidas, e as prescrições enviadas por SMS ou por correio eletrónico,
como já tem sido habitual. É o caso dos doentes que simultaneamente sofrem de doença pulmonar obstrutiva crónica, vulgarmente conhecida como bronquite, e que devem manter toda a medicação inalatória habitual (vulgarmente conhecida como “bombinhas para a bronquite”), quaisquer que sejam os medicamentos prescritos. O mesmo princípio é válido para os doentes que fazem nebulizações para alívio sintomático, apesar de este ser um tratamento muito menos frequente. Ficar em casa tem sido a palavra de ordem nas últimas semanas, mas isto nunca foi sinónimo de ficar na cama. A inatividade física é sempre fator de pior prognóstico, pelo que devem tomar todas as estratégias de modo a, em segurança, manterem uma atividade física se possível diária, ligeira ou moderada. Ela diminui os níveis de ansiedade e previne tanto a depressão como muitas das complicações associadas à doença oncológica e ao seu tratamento. •
Duarte de Araújo Médico pneumologista do Hospital de Guimarães
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DESCONFINAMENTO
Da ecovia à Biblioteca: Guimarães vai lentamente saindo de casa Depois da abertura do pequeno comércio a 04 de maio, foi a vez de, na passada segunda-feira, também a Biblioteca Municipal, as pistas Gémeos Castro, a Ecovia, o Arquivo Municipal e outros equipamentos abrirem portas, com marcações prévias e distanciamento social obrigatório. Nas próximas semanas, também com várias regras e restrições, será a vez dos restaurantes, cafés e feiras retalhistas. • partilha de materiais de limpeza e o distanciamento social é de 04 metros, no mínimo. Quanto aos cemitérios das freguesias, as juntas de freguesia adotaram também diversas medidas mais restritivas “adequadas à sua realidade”. Nestes espaços, abertos entre as 08h00 e as 20h00, é obrigatório o uso de máscara; está proibida a partilha de materiais de limpeza (o material disponibilizado pelas Juntas de Freguesia foi retirado) e deverá ser mantido o distanciamento social e deverão ser evitados ajuntamentos. Nos funerais, a limitação é de 15 pessoas “exceto naqueles que esta limitação impossibilite a presença de cônjuge ou unido de facto, ascendentes, descendentes, parentes ou afins”. Está também permitida a abertura da capela e espaço multirreligioso para a realização de cerimónias fúnebres, de acordo com as nor-
mas da Direção-Geral da Saúde. Dos parques às bibliotecas o distanciamento é obrigatório A reabertura dos parques de lazer aconteceu na passada segunda-feira, mas só para caminhadas e corridas e com um distanciamento social de quatro metros, no mínimo. Abriu também a Ecovia (e o distanciamento social é o mesmo), mas está proibida a aglomeração de pessoas. Também está interdito o uso das zonas de descanso. Abriu ainda a Biblioteca Municipal Raúl Brandão e respetivos polos, “apenas para empréstimo domiciliário ou devolução de documentos e com marcação prévia”. A Biblioteca Central abre às “segundas, quartas e sextas, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00”. A Biblioteca das Taipas está aberta apenas às “terças e quartas, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Quando à Biblioteca de Lordelo, estará
aberta às “terças e quartas, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. O mesmo horário aplica-se à Biblioteca de Pevidém. A escolha de livros, DVD’s ou CD’s deve ser feita por consulta do Catálogo disponível em www. bmrb.pt. Após a sua devolução, os livros entretanto emprestados ficarão de quarentena e só depois disponíveis para novos empréstimos. Quanto ao Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, a consulta presencial só poderá ser realizada mediante um “atendimento individual por marcação com antecedência de 24 horas, limitado a 75 minutos por pessoa e a uma pessoa por mesa”. No interior do arquivo, é obrigatório o de máscara “e observância do distanciamento social e da etiqueta respiratória”. Horário: das 9h15 às 12h00 e das 14h15 às 17h00. Desde a passada segunda-feira é necessária marcação prévia para
o Balcão Único de Atendimento na Câmara Municipal de Guimarães. Esta é uma das medidas do plano de desconfinamento do município vimaranense, que foi recentemente anunciado. O agendamento pode ser feito através do site do Município de Guimarães, acedendo ao menu Balcão Virtual – Agendar Atendimento. Também é possível efetuar o agendamento através do e-mail da Câmara Municipal (geral@cm-guimaraes.pt) ou do telefone (253 421 200).Para além destas opções, a calendarização do atendimento pode ainda ser feita através da aplicação “Guimarães CityFy”. O atendimento presencial destina-se a questões relacionadas com Atendimento Geral, Urbanismo, Espaço do Cidadão e Balcão Social. “Cada atendimento agendado não poderá exceder 30 minutos pelo que poderá ser limitado o número de pedidos a © João Bastos/ Mais Guimarães
© Direitos Reservados
O desconfinamento no concelho vimaranense já arrancou e, para as próximas semanas, já há datas para a reabertura de algumas infraestruturas. Com o fim de Estado de Emergência, dá-se lugar “à fase de recuperação da atividade económica e vida em sociedade”, segundo a autarquia. As medidas surgiram após a reunião com a Comissão Municipal da Proteção Civil e com os Presidentes de Juntas de Freguesia do concelho vimaranense. A abertura do concelho arrancou na passada sexta-feira com a reabertura dos cemitérios. Os cemitérios municipais abriram com horários limitados: estão abertos entre as 08h30 e as 17h00 de segunda a sábado, estando encerrados ao domingo. Para entrar, é obrigatório usar máscara e há limitação de acesso: no cemitério de Monchique, 20 pessoas; já no cemitério de Atouguia, o limite é de 30 pessoas. É proibida a
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apresentar nesse período”, lê-se em comunicado da autarquia. E o uso de máscara respiratória é obrigatório. A Pista de Atletismo Gémeos Castro também reabriu na passada segunda-feira, mas apenas para atletas de alta competição que tenham feito marcação prévia. Os balneários estão interditos. Em comunicado, a Tempo Livre revela que elaborou “um plano específico de abertura gradual, com medidas complementares que vão proporcionar o acesso à Pista em condições de total segurança”. Nesse âmbito, foi “readaptada a zona de receção, foram revistos os procedimentos de acolhimento dos utentes e implementadas medidas com vista à salvaguarda das condições de higiene, segurança e saúde”, acrescenta. A Câmara Municipal e a Tempo Livre estão a preparar, entretanto, uma segunda fase de reabertura, para atletas federados integrados no movimento associativo vimaranense, cuja data será oportunamente anunciada, de acordo com
a evolução do surto pandémico e das recomendações das autoridades de saúde. Também desde a passada segunda-feira voltou-se a pagar o estacionamento explorado pela VITRUS. Contudo, mantém-se a suspensão de pagamento no Parque de Camões. Mantém-se o horário reduzido de funcionamento da galeria da Estação Central de Camionagem, das 07h00 às 20h00, mantendo-se o acesso exterior aos cais de embarque, informa a Câmara.
18 de maio: restaurantes abrem com menos lotação e desinfeções seis vezes ao dia A 18 de maio, há autorização para a ocupação do espaço público com “esplanadas, de acordo com as normas a definir pelo Governo”. A DGS publicou, na passada sexta-feira, as orientações para estabelecimentos de restauração e bebidas lidarem em segurança
com a reabertura quando ainda atravessamos a pandemia da Covid-19. Nesta, incluem-se normas sobre a disposição “das mesas e das cadeiras” que “deve garantir uma distância de, pelo menos, dois metros entre as pessoas”, sendo que os “coabitantes podem sentar-se frente a frente ou lado a lado, a uma distância inferior”. A Autoridade para a Saúde aconselhava ainda, numa nota enviada às redações, que as empresas devem reduzir a capacidade máxima do estabelecimento, para que o distanciamento social seja então possível, privilegiando também “a utilização de áreas exteriores, como as esplanadas (sempre que possível) e o serviço take-away”. O agendamento prévio de lugares é outra das medidas a que a DGS incentiva, uma vez que “estão desaconselhados os lugares de pé, tal como as operações do tipo self-service, como buffets”. Os proprietários “devem desinfetar, pelo menos seis vezes por dia, todas as zonas de contacto frequente (maçanetas de portas,
torneiras de lavatórios, mesas, bancadas, cadeiras, corrimãos) e, após cada utilização, os equipamentos críticos (tais como terminais de pagamento automático e ementas individuais”. Quanto ao uso de máscaras, a DGS refere que os clientes “devem considerar a utilização” – exceto durante o período de refeição -, assim como “evitar tocar em superfícies e objetos desnecessários e dar preferência ao pagamento eletrónico”. Já os colaboradores dos estabelecimentos devem usá-la “durante o período de trabalho com múltiplas pessoas”. Está, a 18 de maio, permitida a realização “de Pequenos Mercados de Venda de Produtos Alimentares nas Feiras Retalhistas, tendo que a entidade gestora (Junta de Freguesia) a elaborar e fazer cumprir um conjunto de medidas de acordo com as recomendações da DGS e a alínea b), do artigo 10º e artigo 11º da Resolução do Conselho de Ministros n.º 33-A/2020, de 30 de abril”. Para 25 de maio está agendada
a reabertura do terrado do Mercado Municipal, mantendo-se a atividade de venda diária. Só a 08 de junho é que poderão reabrir as Feiras Retalhistas. O uso de máscara é obrigatório e a lotação máxima é de cinco pessoas por cada 100 metros quadrados. Mantém-se o distanciamento social de dois metros no mínimo e a limitação de dois ocupantes por espaço de venda. Até indicações em contrário, continuam encerrados alguns equipamentos municipais, como a Casa da Memória, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, o Centro Cultural Vila Flor, os Postos de Turismo da rua de Paio Galvão e da praça de S. Tiago, o Curtir Ciência – Centro de Ciência Viva de Guimarães, o Mercado de Antiguidades e da Segunda Mão. O mesmo aplica-se a bebedouros, tanques Públicos e equipamentos desportivos municipais (com exceção da Pista de Atletismo Gémeos Castro), bem como circuitos de manutenção, parques infantis e piscinas municipais. • © CMG
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Sem a imposição de insígnias, "parece que falta alguma coisa" © Universidade do Minho
Este ano, não houve Enterro da Gata — e, por conseguinte, a imposição de insígnias também não aconteceu. Para os estudantes, "tristeza" é a palavra que define concluir um curso sem a tradicional cerimónia.
Os dias no calendário sobrepõem-se e, diz-se vezes sem conta, todos parecem iguais. O tanto que era suposto acontecer foi cancelado (ou adiado), os projetos estão em suspenso para muitos, a vida mudou — e espera-se que apenas temporariamente. A memória ainda permite relembrar datas importantes que deveriam ter acontecido em circunstâncias normais. Para os finalistas das universidades e politécnicos, o final simbólico do
percurso académico teve sempre lugar entre meados de abril e os primeiros dias de maio. Na Universidade do Minho (UMinho), sábado passado (09 de maio), era dia de imposição de insígnias. Mas os trajes ficaram pendurados na cruzeta, as cartolas e os tricórnios com a cor do curso não sairão de casa — ou nem foram encomendados, sequer. “É bastante triste”, diz Nuno Macedo. A terminar o Mestrado em Engenharia e Gestão de
Sistemas de Informação na academia minhota, o vimaranense de 23 anos conta ter tido “uma experiência académica bastante recheada”: “O meu grupo de amigos foi sempre muito próximo, desde o 1.º ano. Íamos juntos para todo o lado: jantares de curso, Enterro da Gata, Receção ao Caloiro. Sempre quisemos viver a imposição de insígnias.” A carga sentimental associada à imposição de insígnias, o final simbólico do percurso académico, é “profunda”, aponta o jovem. E o mesmo sente Hugo Costa, 22 anos. Para o estudante do Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial, a imposição de insígnias significaria “uma espécie reconciliação” e “um último momento de despedida”. É que Hugo esteve na Holanda durante seis meses ao abrigo do programa Erasmus; depois, começou o seu estágio numa empresa. “Parece que falta alguma coisa”, conta. A imposição de insígnias, que acontece ao longo da semana dedicada ao Enterro da Gata, é organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). O momento acontece simultaneamente no Campus de Azurém e de Gualtar, com milhares de estudantes a partilharem o epílogo da vida académica com familiares e amigos. Num ano atípico, ainda não
se avista uma data para a realização de uma cerimónia para os finalistas deste ano, avança Rui Oliveira, presidente da AAUM: “Não conseguimos definir nada. Está tudo cancelado. Há o desejo de fazer isso acontecer, mas não estamos a fazer planos. E seria um exercício que traria resultados muito dificilmente.” Para Nuno, “não faz muito sentido” realizar um evento com os amigos da universidade para assinalar o feito. “Nada substitui o próprio evento em si. Mas claro que, quando isto voltar à normalidade, vamos voltar a jantar juntos”, garante. Tal como Nuno, Hugo não tem dúvidas: havendo imposição de insígnias no próximo ano, festejará o que ficou por celebrar este ano. “Seja de que forma for, queríamos que houvesse um momento para termos este sentimento de conclusão de curso. É um momento muito marcante.” Concluir o curso numa altura em que pouco se sabe sobre o futuro também é um desafio. Depois de um mês e meio numa empresa, o estágio de Hugo está em suspenso. Primeiro, continuou em regime de teletrabalho; depois, o layoff. “Estou com o estágio em stand-by”, diz. Pelo meio, há uma tese para fazer e, perante a situação pandémica, é certo que o trabalho de investigação será
“mais teórico”. “Estava a fazer um projeto com quatro fábricas: duas em Portugal, duas em Espanha. As viagens que teria de fazer são impossíveis, neste momento”, explica o estudante. Já para Nuno, o sentimento de tristeza também se estende a esta estranha forma de se concluir um curso; ainda assim, o jovem assegura que o ensino à distância “não afetou” o estudo. E esssa modalidade é vista como acertada pelo presidente da AAUM. Para Rui Oliveira, a reitoria tomou “a decisão correta”: “A universidade teve a perspetiva de salvaguardar os estudantes. Fechamos mais cedo e com a postura correta, de zelar pelos estudantes.” A UM não vai regressar às aulas, a universidade tomou a decisão correta, já o expressamos. As únicas aulas presenciais a ser pensadas são as artísticas e laboratoriais. Universidade com atitude correta, perspetiva de salvaguarda dos estudantes. Fechamos mais cedo e postura correta, zelar pela saúde dos estudantes e depois pelo resto. Num período de “redefinição” dos métodos de ensino, o empenho no mundo digital tem de ser maior, algo que Rui Oliveira vê como conseguido pela AAUM. Porque, afinal, “estamos perante uma reforma no ensino”. • NRG
DGS publica orientações para o regresso às aulas dos 11.º e 12.º anos Assim, o grupo “deve ter os horários de aulas, intervalos e refeições organizados de forma a evitar o contacto com outros grupos”. Nesse sentido, cada grupo deverá utilizar, “sempre que possível”, a mesma sala de aula. E a distância física de 02 metros deve ser respeitada pelos alunos e pessoal docente e não docente — mesmo nos intervalos. Para evitar aglomerações à entrada e saída do recinto escolar, a DGS aponta que devem ser estabelecidos “horários desfasados entre turmas, sempre que possível”. Espaços como bares, salas de apoio, salas de convívio de alunos e outros “devem ser encerrados”. Já dentro das salas de aula, deve ser garantida “uma maximização do espaço entre alunos e alunos/docentes, por forma a assegurar o distanciamento
físico”. Assim, as mesas “devem ser dispostas o mais possível junto das paredes e janelas, de acordo com a estrutura física das salas de aula”. Caso se identifique um caso suspeito na escola, a orientação da DGS apresenta os procedimentos a adotar, como o encaminhamento para o isolamento e o contacto com a linha SNS 24 ou outros serviços. Também a limpeza e desinfeção do espaço escolar deve obedecer à orientação da DGS, sendo que “cada escola deve ter estabelecido um plano de higienização”. Para além disso, as escolas terão de formar várias equipas de funcionários não docentes, de forma a garantir que a substituição de todo o pessoal esteja garantida num eventual "absentismo por doença ou necessidade de isolamento". E o pessoal não docente respon-
© Mais Guimarães
Cerca de 200 mil alunos dos 11.º e 12.º anos de escolaridade e dos 2.º e 3.º anos dos cursos do ensino profissional regressarão às aulas presenciais na próxima segunda-feira, dia 18 de maio. A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma orientação para o regresso das aulas presenciais em contexto de pandemia. De acordo com a publicação divulgada no site da DGS, “os diretores dos agrupamentos ou escolas devem garantir o cumprimento da obrigatoriedade de utilização de máscaras para acesso e permanência nos estabelecimentos de ensino, tanto pelos funcionários docentes e não docentes, como pelos estudantes”. Numa altura excecional, os alunos devem ser organizados em grupo — e tal deve ser mantido ao longo do período em que permanecem na escola.
sável pela limpeza e desinfeção das escolas deverá ter ter formação sobre a utilização dos produtos de limpeza adequados e a forma como esta deve ser feita. Os funcionários deverão usar luvas e trocá-las sempre que a tarefa termine ou seja interrompida. Se executar a tarefa conti-
nuamente, as luvas devem ser trocadas após quatro horas da sua colocação. Nas cantinas, os funcionários não deverão tocar diretamente nos alimentos com as mãos; assim, os produtos devem ser manuseados com guardanapos, pinças, espátulas ou luvas de uso único, por exemplo. • NRG
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PSD critica demora na distribuição de máscaras pela Câmara Municipal © Mafalda Oliveira/ Mais Guimarães
O partido refere que a autarquia não está a ser “capaz de deixar de fazer anúncios e passar a apresentar resultados”. O PSD reuniu ainda com a delegação vimaranense da Cruz Vermelha na semana passada.
O PSD de Guimarães criticou a demora da Câmara Municipal de Guimarães (CMG) na distribuição das máscaras sociais pela população do concelho vimaranense. Em comunicado, os sociais-democratas referem “lamentar” que a autarquia, perante o “enquadramento gravíssimo” da pandemia,
não esteja a ser “capaz de deixar de fazer anúncios e passar a apresentar resultados”. O PSD refere-se ao anúncio da oferta de 200 mil máscaras sociais pelos vimaranenses, apontando que, “volvidas três semanas, ainda não é conhecida qualquer distribuição das referidas máscaras”. No
comunicado assinado pelo presidente do partido no concelho, Bruno Fernandes, lê-se ainda que a situação atual “obriga a respostas imediatas e determinadas”. “A realização dos testes nos lares de idosos arrasta-se há semanas, quando a maioria dos concelhos terminou este importante rastreio
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há vários dias. Assim, apelamos para que rapidamente sejam distribuídas as prometidas máscaras”, conclui o comunicado. O partido também solicitou “um conjunto de reuniões aos agentes de proteção civil que estão envolvidos mais diretamente nas respostas locais” à pandemia da covid-19. Por isso, o PSD reuniu com a delegação vimaranense da Cruz Vermelha. De acordo com o presidente do PSD de Guimarães, Bruno Fernandes, “a Cruz Vermelha tem tido um papel determinante no papel de proximidade para com os vimaranenses”. O social-democrata destaca a ação da delegação vimaranense dessa entidade no que diz respeito à testagem dos funcionários dos lares de idosos de Guimarães. “Para além de querermos agradecer o trabalho, procuramos perceber se as coisas correram bem e concluímos que sim”, acrescentou Bruno Fernandes. O partido quer reunir com várias entidades vimaranenses no contexto da
EM TODO O BACALHAU GRAÚDO DE 1ª DA NORUEGA
pandemia causada pelo novo coronavírus. Por isso, adiantou o presidente do PSD de Guimarães, os próximos encontros, ainda por agendar, serão com o Hospital da Senhora da Oliveira e o ACES Alto Ave. Uma reunião com as corporações de bombeiros do concelho também está a ser preparada. À margem da reunião, disse Bruno Fernandes, o PSD voltou “a insistir que a autarquia devia ter já concluído o processo de rastreio nos lares de idosos” e instituições vimaranenses, tal como foi referido na última reunião do executiva: para o PSD, a estratégia adotada pelo município “num primeiro momento não se revelou como sendo a mais adequada porque não assegurou celeridade”. “A maioria dos concelhos do Distrito de Braga já concluíram a primeira radiografia a todos os utentes e funcionários deste importante grupo de risco. Guimarães ainda não. Instamos a autarquia a terminar o quanto antes este processo”. •
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N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020
Regresso às creches “será muito difícil” © Direitos Reservados
Testes a trabalhadores das creches vimaranenses iniciaram na segunda-feira. Creches reabrem entre 18 de maio e 01 de junho. Educadora precupa-se com o desenvolvimento emocional das crianças.
A abertura de creches traz, em contexto de pandemia, cuidados acrescidos. No plano de desconfinamento para o país, o Governo definiu um período de transição para que estas instituições abrissem portas entre 18 de maio e 01 de junho. Ainda assim, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sublinhou que este regresso está dependente da avaliação a efetuar pelo Governo e autoridades sanitárias ao longo da primeira quinzena do estado de calamidade. Até ao dia da reabertura, as instituições prepararam-se para receber as crianças até aos três anos de idade. E isso, para além de desinfetantes, máscaras e reformulações do espaço físico das creches, traz uma mistura de sentimentos. “Por um lado, há a ansiedade. Toda a gente quer voltar, é o que gostamos de fazer, é o que nós somos, é o nosso objetivo e propósito. Mas, por outro, estamos receosos. Sabemos que vai ser muito dificil cumprir tudo o que é definido pela DGS”, confessa Maria Fernandes, educadora no Patronato de São Sebastião, situado no centro de Guimarães. Aguarda o regresso de pelo menos uma dezena de crianças de um ano de idade. “Normalmente, são 14, porque há familias que vao continuar em casa. O grupo vai ser pequenino. Mas, depois do dia 01 de junho, vamos ter de alterar estruturas físicas para dividir as turmas”, conta. Essa é uma das diretrizes da Direção-Geral da Saúde (DGS) para a reabertura das creches. Na sala, as turmas devem ser reduzidas; ainda assim, estas devem ser fixas e ocupar sempre o mesmo espaço, tendo sempre o mesmo educador. Para além disso, as mesas de trabalho devem seguir a mesma orientação. E as máscaras, claro, são
obrigatórias para educadores e pessoal auxiliar. E Maria aponta que “as crianças poderão não reconhecer” a educadora e as auxiliares “com uma máscara a tapar metade da cara”. São cuidados necessários, tal como outros anunciados: os brinquedos ficam em casa e as crianças devem ter calçado específico para andar no interior dos espaços. E, na sala, outros brinquedos e materiais não poderão ser partilhados entre crianças — algo que se junta à lista de factores que poderão causar “estranheza” às crianças neste regresso. A educadora preocupa-se “com o desenvolvimento emocional” dos mais novos. “Não podem partilhar brincadeiras ou abraçar os amigos. É um choque grande, estao fechados em casa e voltam para a escola com uma realidade completamente diferente”, diz. E a questão dos brinquedos é fundamental quando uma criança de um ano explora o mundo: “Com esta idade, conhecem o mundo, muitas vezes, através da boca. É quase instantâneo brincarem com o brinquedo com as mãos e depois levarem-no à boca. A equipa educativa terá de estar muito atenda e vai ser mais trabalho.” A DGS indica ainda que os pais não deverão deixar as crianças à porta, não podendo entrar nas creches. Para as crianças que são transportadas em viaturas das creches, aplicam-se as mesmas regras do uso de transportes públicos. Terá de existir uma área de isolamento para casos suspeitos de covid-19, com circuitos definidos e isoláveis. As creches também terão de ter garantia de substituição para funcionários que se encontrem doentes e não deverão utilizar sistemas de ar condicionado em sistema de recirculação. De volta às salas, cada uma deverá ter
um dispensador de gel desinfetante e os espaços não utilizados devem ser encerrados. Ainda assim, todos os espaços devem ser arejados com a abertura de portas e janelas. Deve também haver “rigor” na higiene de todos os espaços através de um reforço na desinfeção e limpeza, estando previstos turnos nas cantinas. Nesses espaços para refeições, o distanciamento entre crianças também deve ser garantido. Berços ou camas devem ser utilizados sempre pela mesma criança e devem ter espaçamento mínimo de dois metros entre si. A mesma medida é aplicada ao distanciamento entre crianças. Maria reconhece que esta será uma tarefa árdua: “Vamos tentar cumprir à risca, mas será muito difícil. O que vamos tentar fazer é apostar em brincadeiras individuais, que estimulem na mesma.” Ainda assim, a educadora não compreende o porquê de os “meninos mais pequenos” serem os primeiros a voltar às creches e jardins de infância. “As crianças precisam muito da prpximidade com adultos, amigos, tocar em brinquedos. E não pode haver isso. Como vamos explicar isso a crianças de um ano ou dois e até mesmo a bebés de meses?”, questiona.
Trabalhadores das creches começaram a ser testados Por Guimarães, serão realizados testes de rastreio à covid-19 a todos os colaboradores das creches (pessoal docente e não docente). Cerca de 450 colaboradores de 39 instituições serão testados e é a Câmara Municipal de Guimarães (CMG), em articulação com o ministério acima referido, que assegura a realização dos testes. Os primeiros começaram a ser realizados já na passada segunda-feira, nas instalações da sede Pro-Child, avança comunicado da autarquia. Segundo a mesma fonte, “o Município de Guimarães já concluiu os testes a todos os funcionários dos lares de idosos e está na fase derradeira da realização dos testes a todos os utentes dos lares, através do protocolo de colaboração com Escola de Medicina da Universidade do Minho e o Hospital Senhora da Oliveira”. • NRG
ESPAÇO DO CONSUMIDOR Hospitais privados cobram equipamentos de proteção individual Chegou-nos o relato de uma consumidora a quem cobraram 25 euros por um equipamento de proteção individual num hospital privado da zona norte, aonde se dirigiu em meados de abril com uma suspeita de enfarte do miocárdio. À chegada foi informada de que, para ser atendida, teria que pagar um kit de proteção. Só mais tarde, quando se dirigiu à receção para efetuar o pagamento é que se apercebeu de que o equipamento se destinava aos profissionais de saúde que a atenderam. Outra consumidora teve de ir à urgência de um outro hospital privado, foi confrontada com uma fatura de 60 euros pela consulta e de 51,19 euros relativos a equipamentos de proteção individual. A senhora conta que não foi informada previamente sobre aquele custo extra, pelo que não o pagou na altura, tendo de seguida feito uma queixa no livro de reclamações da instituição. Os relatos semelhantes sucedem-se nas reclamações que nos vão chegando. A pandemia veio obrigar a que todos os doentes que entram nas instituições de saúde sejam tratados como potenciais portadores do novo coronavírus, o que levou à utilização generalizada de equipamentos de proteção individual dispensados em vários atos médicos até agora. O que acontece é que máscaras, luvas, batas e outros equipamentos de proteção estão a ser cobrados nos atendimentos urgentes dos hospitais privados, mas também em exames, cirurgias e partos. Em caso de dúvida, antes de recorrer a uma unidade de saúde privada para uma consulta ou receber tratamento, é crucial saber que custos estão e não estão cobertos. Se tiver um seguro de saúde saiba que apenas alguns deles cobrem os materiais usados em atos médicos no âmbito da assistência ambulatória. Titulares de outras apólices ou
quem não tem seguro de saúde podem ficar com estes custos a seu cargo. Assim aconselhamos a que analise atentamente os preços praticados pelas entidades privadas de saúde, bem como, se for o caso, reveja as condições do seu seguro de saúde, se não ficar esclarecido, informe-se junto do seu mediador habitual ou da seguradora. Hospitais têm de informar previamente Alertamos que o prestador terá sempre de informar previamente o consumidor de que estes custos acrescem ao valor da consulta/tratamento. Muitas das reclamações que nos chegam espelham a surpresa dos consumidores com a cobrança adicional dos equipamentos de proteção individual. Custo do qual só tiveram conhecimento no momento de pagar a fatura. O alerta que a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) emitiu no início de abril é claro a este respeito: “os prestadores de cuidados de saúde devem assegurar aos utentes uma previsão de custos correta (…) designadamente, os valores associados a prestações e/ou consumos adicionais estimados em contexto de epidemia, garantindo uma total liberdade de escolha do utente no momento da contratação. Além disso, segundo o regulador, os hospitais privados devem “abster-se de proceder à cobrança de valores adicionais à prestação de cuidados de saúde inicialmente acordada” [com o cliente]. Se deparou com uma situação de uma cobrança adicional e não foi previamente informado, reclame. Se considera os custos excessivos ou injustificados (constatou, por exemplo, que o material foi utilizado mais do que uma vez), reclame também. Faça uso do livro de reclamações da instituição de saúde (físico ou eletrónico) ou recorra à nossa plataforma Reclamar.
Para mais informações não hesite em contactar-nos através do 258 821 083 ou para deco.minho@deco.pt, lembramos que temos também disponível atendimento via Skype.
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Os comerciantes adaptaram-se a novas regras — e os clientes cumprem-nas © João Bastos/ Mais Guimarães
Uma semana após a reabertura do pequeno comércio, os comerciantes entrevistados pelo Mais Guimarães apresentam posturas diferentes. Mas, entre o otimismo e a hesitação, espera-se que tudo volte ao normal. E que todos os negócios aguentem.
As lojas com porta aberta para a rua e com áreas até 200 metros quadrados puderam retomar atividade a 04 de maio. E a incerteza que marcou a reabertura do pequeno comércio em Guimarães não foi substituída, mas, volvida uma semana, deu lugar a uma espécie de filosofia que, perante o desconhecido, acalma dos comerciantes e empresários: entre “um dia de cada vez” e “devagarinho volta-se ao normal”, os dias vão passando e as medidas de higiene cum-
prem-se. Com mais ou menos otimismo, certo é que os clientes ainda “têm receio”. E também saudades de entrar pelos espaços comerciais adentro com a normalidade de outros dias. Na semana passada, Sílvia Meira contava ao Mais Guimarães que a reabertura do seu salão de beleza estava a correr “muito bem”. Dias depois, o balanço positivo mantém-se: as marcações são muitas e as clientes “continuam cumpridoras das regras e dos horários e entendem se houver
uma alteração”. No que diz respeito à faturação, assegura que esta “foi, evidentemente, a melhor semana desde o início do ano”: “Faturo o dobro. Estamos a atender duas pessoas de cada vez. Dantes, atendíamos seis.” Num dia-a-dia “sem horas mortas”, Sílvia aponta que “as clientes tinham muita vontade de voltar” — e isso pode ser o maior motivo para este novo fôlego, após dois meses de portas fechadas. No Maison Cabeleireiro, há um kit para cada cliente, “com uma toalha descartável, pezinhos para calçar e uma capa para cadeira”, como já tinha contado a empresária ao Mais Guimarães. Noutros negócios, a retoma da normalidade possível foi vivida, também, através de adaptações. A Clarinha continua a adoçar o paladar, mas de forma diferente: “Já abrimos portas, mas só funcionamos por take-away. Ou seja, não é permitida a permanência de clientes no interior e segue tudo em embalagens.” O abalo que a pandemia trouxe aos negócios ainda se reflete nas contas da pastelaria. Num primeiro balanço, Rosário Ferreira, uma das proprietárias, indica que a Clarinha está “a faturar 20% daquilo que é normal — mesmo
com as entregas ao domicílio. Na semana passada, Rosário apontava uma possível explicação: “As pessoas foram-se entretendo em casa a fazer alguns doces e, por isso, apenas houve umas encomendas pontuais.” Para lá das aventuras domésticas na cozinha, Rosário indica ainda que “o receio” das pessoas também tem a sua influência. E as despesas “são fixas”: “Há a luz para pagar e não há descontos. Continuamos a ter IVA, Segurança Social e renda para pagar. É muito complicado.” Quanto às medidas de higiene, a proprietária da pastelaria assegura que o espaço já era cumpridor de “maior parte”, como “a desinfeção das mesas”. “Também não será muito complicado pôr só um terço da lotação. As medidas de higiene vão ser mais difíceis para a restauração e não tanto nas pastelarias. Será complicado, sim, a nível da faturação”, afirma.
“Nunca perder a esperança” Rosário espera “que todos os negócios aguentem”, mas pensa ser possível ver alguns espaços a fechar portas devido a todas
Hospital retoma atividade assistencial “gradualmente” O Hospital da Senhora da Oliveira (HSOG) encontra-se, desde o passado dia 04 de maio, a retomar, gradualmente, a atividade assistencial programada que tinha sido cancelada no âmbito do plano de combate à infeção COVID-19. Em comunicado, a unidade de saúde informa que já iniciou a atividade cirúrgica realizada na Unidade de Cirurgia de Ambulatório e no Bloco Central, consultas médicas, tratamentos e exames médicos, assegurando as condições de segurança, higiene e proteção para os seus utentes e profissionais. O objetivo é, desta forma, segundo o Hospital, responder adequadamente às necessidades de todos aqueles que procuram a unidade de saúde, nas suas diferentes especialidades, continuando a garantir a separação de circuitos entre áreas Covid e áreas não Covid. Para a retoma da atividade assistencial programada, o HSOG garante que foram realizadas
várias adaptações internas ao nível da reorganização dos espaços físicos, nomeadamente dos internamentos, consultas externas e meios complementares de diagnóstico e terapêutica. Desta forma, garante-se “o atendimento e a prestação de cuidados de saúde, salvaguardando-se a segurança de todos”. Neste sentido, a entrada para o espaço físico da consulta externa ou serviços de realização de exames (análises ou imagiologia) só será autorizada pelo segurança, após verificação do horário da consulta/exame do utente; realização de um inquérito epidemiológico; confirmação de uso de máscara; avaliação da temperatura e desinfeção das mãos. Segundo o Hospital, os utentes convocados para consulta presencial ou exames deverão comparecer apenas 20 minutos antes da marcação. No entanto, caso um utente tenha algum dos sintomas, estiver de quarentena ou se tiver estado em contacto há menos de 14 dias
© João Bastos/ Mais Guimarães
com um paciente COVID-19, não deve vir à consulta/exame, devendo informar o HSOG no sentido de proceder a uma remarcação, avisa a unidade de saúde. Além disso, só é permitida a entrada dos utentes 20 minutos antes dos exames e consultas, não sendo autorizada a presença de acompanhantes,
salvo em situações excecionais e devidamente justificadas. Os utentes devem estar atentos às mensagens do seu telemóvel ou outra forma de contacto (via telefónica) por parte do HSOG. Continuam-se a privilegiar as consultas por telefone no caso em que as patologias dos utentes o permitem. •
as regras e custos associados. A mesma esperança é partilhada por Cristina Faria, presidente da Associação do Comércio Tradicional de Guimarães (ACTG) e proprietária da Casa Faria. Quanto a balanços, a presidente da ACTG diz que “esta semana tem corrido melhor”. “Os comerciantes dizem-me que os clientes já entram mais à vontade nas lojas, compram e cumprem as restrições”, conta. Ainda que a clientela regresse às lojas “um bocadinho a medo”, Cristina acredita que “isto, devagarinho, vai voltar ao normal”. E, até voltar, vai-se “além das normas”. “Temos falado com os pneumologistas para tentar perceber o que é preciso e todos recomendam a limpeza e a proteção dos pés. É aconselhável, mesmo em casa”, começa por dizer. Por isso, a ACTG “aposta bastante”, por exemplo, em tapetes desinfetantes. E os restantes equipamentos de proteção individual continuam a ocupar o seu lugar de destaque. Cristina indica ainda que “todos os espaços associados” da ACTG estão “abertos e a funcionar”. Agora, diz, “é publicitar Guimarães” para que os comerciantes recomecem da maneira possível. “E nunca perder a esperança.”• NRG e MO
Assembleia Municipal realiza-se esta sexta-feira A próxima sessão ordinária da Assembleia Municipal está agendada para esta sexta-feira e inicia às 21h00. Tal como tem vindo a acontecer com as reuniões da vereação municipal, a sessão realizar-se-á por videoconferência. Dos vários pontos que constituem a Ordem do Dia, destaque para a discussão sobre o Relatório e Contas de 2019 e para a Análise do Relatório da Atividade da Câmara Municipal de Guimarães. As medidas excecionais e temporárias de apoio às famílias e empresas do concelho vimaranense também serão discutidas na sessão. Outros assuntos aprovados nas reuniões de câmara anteriores, como o reforço à verba para o Subsídio Municipal de Arrendamento, também fazem parte da Ordem do Dia. •
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Domingos Bragança: “Como vivemos um tempo excecional, temos de tomar medidas excecionais” O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, foi um dos convidados do programa “Em casa, à conversa com…”. A entrevista está disponível na íntegra no Facebook e no canal do YouTube do Mais Guimarães. © Mais Guimarães
lou com o que a Câmara já destinava à Proteção Civil. O apoio é para tudo o que estava a referir e inclui material de saúde, apoio às refeições, à cantina, às famílias ou alunos. É o apoio aos testes, aos lares, aos bombeiros. Tudo isto está a ser dado pela Proteção Civil. É preciso entender que a Câmara está a apoiar 10 mil famílias nos primeiros cinco metros cúbicos da água, é automático. Mas se uma família não puder pagar, não paga. Temos um corpo de voluntários muito ativo no terreno e funciona muito bem na rede social interfreguesias. Temos um sistema em rede que deteta casos de necessidade e notifica a Câmara.
Mais Guimarães (MG): Nesta altura em que iniciamos o desconfinamento, quais as suas principais preocupações e prioridades? Domingos Bragança (DB): A primeira grande preocupação é que nesta primeira fase de desconfinamento é sabermos todos e termos consciência coletiva de que não há vacina ainda e não há remédio para curar esta infeção. E enquanto não houver, o risco de contágio é muito grande e está sempre presente a possibilidade de a situação piorar. É essa a grande preocupação que tenho. Agora passamos a uma fase diferente, de regressar a uma nova normalidade e isso tem de ser feito com muita prudência e sempre escutando as autoridades de saúde. As recomendações e obrigações devem ser levadas muito a sério por todos os cidadãos. Se numa primeira fase era fundamental o distanciamento social, agora é muito mais. Esta sensação de cuidados aumentou. Vamos progressivamente voltar ao trabalho e espaços públicos para utilizar, mas isso obriga a uma disciplina comunitária muito forte. Agora é que estamos à prova. MG: O município poderá adotar o fornecimento de máscaras a extratos da sociedade que não as poderão adquirir? DB: Nós já decidimos adquirir 200 mil máscaras numa primeira
fase. Estas máscaras têm de ser certificadas. A Câmara Municipal não pode nem deve distribuir máscaras sem certificação. Estão a chegar, já foram requisitadas e os lotes já começaram a chegar. A distribuição prioritária é através das juntas de freguesias e associações de comércio. Outra prioridade são os transportes públicos e foram entregues lotes para esse fim. As máscaras ou outros equipamentos individuais de proteção são dirigidos para quem precisa. Para uns, será difícil comprar. Para outros, não é problema nenhum, não há essa carência. E todos os que têm possibilidade de comprar máscaras devem fazê-lo e deixar o esforço público para aqueles que não têm tanta disponibilidade económica e financeira. Deixemos esses apoios para quem precise. Nós atribuímos o subsídio à renda e aí está claro. Estou a falar do arrendamento privado, entre inquilino e proprietário. Quando o rendimento de determinada família desce, damos apoio a quem precisa. E é assim que temos de orientar o esforço público. Disponibilizamos apoio informático ao primeiro ciclo, mas também ao segundo e terceiro ciclos e secundário. MG: A Câmara reforçou o apoio à Proteção Civil com um milhão de euros. Como está a resposta da Proteção Civil? DB: Esse milhão de euros acumu-
MG: Numa conversa que tivemos neste espaço com dois chefs de cozinha, diziam-nos que os apoios do Governo eram poucos e injustos, porque colocavam a restauração como comparáveis com empresas que nunca chegaram a encerrar. Haverá alguma forma de compensação de setores como este, que foi bastante afetado pela pandemia? DB: Nós estamos a trabalhar em conjunto com a Associação de Restauração e Hotelaria de Guimarães e com a Associação de Comércio Tradicional de Guimarães. E eles trabalham com os seus associados. A Câmara quer atender às pretensões das associações, mas também tiramos uma melhor compreensão para ajudar os comerciantes e empresas de restauração. Queremos atender a todas as áreas geográficas. Nós estamos a trabalhar com essas associações para complementar as medidas que tomamos, como algumas isenções. E complementar às medidas governamentais e temos de seguir essa ordem de grandeza. Sabemos que a hotelaria e restauração vão demorar muito mais a recuperar, mas atenderemos a essa situação. Vai haver maior distanciamento e tem de haver regras muito bem definidas para o espaço de ocupação das nossas praças, com as esplanadas. Onde pudermos, dobraremos o espaço e abrimos uma exceção. Nesta situação temporária, nós atendemos a essa ocupação de espaço público. O que precisamos é de encontrar modos de continuar a atividade, nem que seja de um modo diferente. Por exemplo, através da plataforma eletrónica. É um quiosque eletrónico com
toda a segurança. É mais duradouro que um subsídio de direto de dois ou três meses, que o Governo já está a dar. Outra área importante é a divulgação para não se perder o mercado doméstico. E o segredo do sucesso das microempresas está na possibilidade de ligação com vários investigadores que temos nos nossos centros do saber, que permitem encontrar já de imediato uma alteração da sua estrutura produtiva. Estou convicto que a ciência, transferida para o que fazemos no dia-a-dia, é o segredo para vencermos o futuro. MG: Para os setores mais tradicionais, essa mudança de paradigma ser mais demorada? DB: Eu espero que não e tudo indica que não. O têxtil sempre foi visto como algo que vai desaparecer. Mas, normalmente, a cada crise, sai mais forte. Diferente, mas mais forte. Na conversão que algumas empresas estão a fazer, já começa a haver na parte dos têxteis-lar, certificações para a área da saúde em meio hospitalar. Os novos fios, novas fibras, a integração no vestuário corrente os indicadores de saúde e bem-estar. Tudo isto está a transformar o nosso têxtil. Daquilo que tenho ouvido, o têxtil tem um futuro excecional. E, neste momento, o modelo económico mudou e isso é bom para Guimarães. MG: A cultura e o turismo foram muito afetados pela pandemia. São setores que receberão a atenção da Câmara Municipal? DB: Quanto à cultura, tivemos uma reunião com alguns artistas e produtores culturais, juntamente com a vereadora da Cultura. E disse na altura que há momentos que quero que se celebrem. O 24 de junho, as Gualterianas e outros. E fiz o convite para que pudessem, em plataforma colaborativa, encontrar produções interessantes. Que não é para este 24 de junho, mas que poderá ser para o de 2021. Mais importante do que um apoio ou subvenção, aqui seria importante ter equipas de Guimarães a trabalhar nessa grande produção. Em vez de receber subvenções, as nossas entidades culturais são pagas para um trabalho que estão a fazer. O importante é remunerar trabalho, seja ele qual for. MG: Mas neste momento não
seria urgente uma intervenção junto dessas pessoas? Não seria necessário um sinal imediato? DB: Nós estamos a dar esses sinais. E comparamos. Olho para tudo o que está à nossa volta e não vejo que façam mais do que Guimarães está a fazer. O que nós estamos a fazer. Estamos a trabalhar para colmatar as medidas do Governo. A Câmara de Guimarães não sabe bem o que lhe espera em termos de quebra de impostos e receitas. Para já, está tudo suspenso. É importante que tenhamos pragmatismo e realismo. Temos de ter em conta o que o município tem de fazer. Neste momento, o que importa é ter uma gestão prudencial dos recursos. A Câmara não pode, de modo nenhum, substituir-se ao Governo. Nem tem a capacidade financeira do Governo. Temos de ter esta noção de que a Câmara será complementar. Mas cá estaremos para apoiar. Há, contudo, situações muito difíceis. A Oficina está atenta e proporá apoios de necessidade imediata para o movimento associativo cultural de forma imediata. A Câmara não tem recursos para aplicação direta. Se questionar sobre fundos de apoio à tesouraria, não temos fundos para isso. MG: Posso deduzir que há uma prevenção por parte da Câmara Municipal, até em relação ao próximo inverno. DB: O principal critério que temos para tudo, hoje, é o da prudência. E como vivemos um tempo excecional, temos de tomar medidas excecionais. Mas sempre dentro deste quadro de prudência. Continuo a dizer: sem vacina, as coisas não passam. A prudência é que todos temos de fazer esforços conjugados, ninguém pode gastar e dar aquilo que não tem. Se ouvirem da minha parte, daqui a uns meses, que não temos dinheiro para apoiar, será muito grave. Com os recursos financeiros e com as previsões que temos, atendemos aos que precisam mesmo. Estamos a dar imenso apoio à economia, dentro daquilo que é a Câmara, com as suas competências e recursos limitados. O que se espera da Câmara é ser prudente, dialogar. Para ser simpático, o melhor é dar tudo a todos… Mas temos de ser prudentes. Com cabeça fria, análise, rigor. •
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Visitas aos lares voltam na próxima segunda-feira, mas com condições © João Bastos/ Mais Guimarães
Orientações da DGS dão conta de uma série de procedimentos a tomar para que as visitas se possam realizar em segurança. Agendamento prévio e registo dos visitantes são algumas das regras a seguir.
As visitas aos lares de idosos serão retomadas na próxima segunda-feira, dia 18, mas estarão sujeitas a um agenda-
mento prévio. Esta é uma das recomendações divulgadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), patente no documento publicado
na segunda-feira. As estruturas residenciais para idosos, bem como as Unidades de Cuidados Continuados Integrados da Rede Nacional de Cuidados Integrados devem ter um plano de ação para as visitas. Isso prevê que um profissional da instituição deve ser responsável por esse processo, informando os familiares e outros visitantes acerca das condições para as visitas. Para além do agendamento prévio, deverá ser assegurada a higienização entre visitas e o distanciamento físico mantém-se, bem como a higienização das mãos e a etiqueta respiratória. Os visitantes terão de usar máscara, não devendo transportar consigo produtos alimentares (ou outros) ou objetos pessoais para o interior da instituição. Também não devem circular pela instituição nem utilizar as instalações sanitárias dos utentes. A DGS aconselha ainda a que as instituições mantenham um
registo dos “visitantes, por data, hora, nome, contacto e residente visitado”. As pessoas com sintomas de infeção não devem realizar ou receber visitas, que não poderão exceder os 90 minutos. Numa primeira fase, cada utente deverá receber apenas uma visita semanal, sendo a mesma limitada a um visitante. O limite pode ser ajustado de acordo com as “condições da situação e a situação epidemiológica” do local onde o lar se situa. As próprias instituições devem seguir uma série de regras para o regresso das visitas. Uma delas passa por “disponibilizar, nos pontos de entrada dos visitantes, materiais informativos sobre a correta utilização das máscaras, higienização das mãos e conduta adequada ao período de visitas”. E devem ser disponibilizados produtos para que os visitantes possam higienizar as suas mãos antes e depois das visitas. As instituições devem ainda garantir que as visitas acontecerão
num espaço “próprio, amplo e com condições de arejamento, idealmente num espaço exterior”. Por isso, é de evitar a sala de convívio ou o próprio quarto — excetuando, aqui, os casos de utentes acamados. No que diz respeito a quartos partilhados por estes utentes, devem ser criadas “condições de separação física”. Os dois metros de distância devem ser respeitados, mas a distância deve ser identificada pela instituição. Caso seja possível, também se deve criar “corredores e portas de circulação” para quem visita. Contudo, nada está garantido. As visitas poderão ser suspensas por tempo indeterminado caso a situação epidemiológica local ou da própria instituição o justifique. Apesar do regresso das visitas presenciais, os lares devem incentivar e garantir que os familiares e amigos dos utentes possam falar através de videochamada ou por chamada telefónica. • NRG
Em Creixomil e Ronfe Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 Ronfe De segunda a sábado, das 08h00 às 20h00
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SOCIEDADE
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Jorge quer ser “uma boia de salvação” em tempo de pandemia
Retrato de Perfil Manuella Bezerra de Melo por Nuno Rafael Gomes
A iniciativa solidária de Jorge Santos chama-se "Servir Sem Olhar". E o vimaranense procura corresponder a essa premissa, ajudando cidadãos e instituições. Nome Manuella Bezerra de Melo Martins
Natural de Recife, Brasil Profissão Escritora
Manuella Bezerra de Melo sente falta da água morna do mar que banha o Recife. E da luz que colore e aquece o estado onde nasceu: “Fui criada no sol”, conta. E o sol, lá em cima, diz-se há muito tempo, nasce para todos. Esse senso da igualdade, “do todo”, acompanha Manuella há muito tempo. “Às vezes sinto que me preocupo mais com a humanidade do que comigo mesma. Por isso, sempre fui ativista na área dos direitos humanos, sempre estive ligada a movimentos sindicais e feministas, principalmente”, conta. E isso, definindo-a, define também a sua obra, que atravessa mares e fronteiras, entre Brasil, Argentina e Portugal. Lançou “Desanônima” em 2017, uma “autografia” de quando viveu e o livro de poesia “Pés Pequenos pra Tanto Corpo” (em 2019, já por Portugal). É também autora do livro infantil “Existem Sonhos na Rua Amarela”, de 2018. A sua formação, porém, é jornalista. “Trabalhei durante 15 anos como jornalista e com jornalismo cultural”, indica, acrescentando que também explorou a tradução. “Sempre escrevi e fui-me aproximando da literatura. Desde 2013 dedico-me com mais exclusividade à literatura, sendo que trabalho com comunicação na parte de produção de eventos, participando também em painéis de alguns”, acrescenta. Para além disso, é investigadora “das relações entre literatura e sociedade”. Fica já uma promessa: até ao final do ano, sairá o seu novo livro. “Desta vez de ensaio, chamado “A Fenda”, que fala sobre o papel importante da nova poesia brasileiro neste processo do golpe de 2016 no Brasil”. A instabilidade política e financeira do Brasil, mesmo antes do impeachment de Dilma, motivou-a a mudar de ares. “Já tinha vontade de me mudar. Meu marido tinha uma cafeteria no Brasil. O negócio começou a ficar bem e decidimos que era hora para vender porque, em 2015, o país entrou em crise”, recorda. Do Recife partiu para a Argentina — mais concretamente para Villa General Belgrano, um pequeno município situado nas
serras de Córdoba. Mas a crise também começava a manifestar-se noutros países da América Latina. “Então, decidimos ir para um país onde tivesse uma maior estabilidade económica da moeda. E foi aí que decidi que vinha fazer o meu mestrado em Portugal. Chegamos em agosto.” Guimarães não foi o primeiro destino. A decisão de prosseguir estudos em Portugal levou-a a Braga, cidade que achou “muito grande e muito confusa”. E, à semelhança da Villa General Belgrano, Guimarães correspondia ao que a escritora procurava: uma “cidade pequena”, “com maior mobilidade” e onde pudesse ter uma horta. Por cá, é também professora de Artes num programa camarário d’ A Oficina. E se nas hortas crescem alimentos, há outros solos que podem ser férteis para a cultura. É o caso de Guimarães: “Vejo muito entusiasmo por parte de vários “agitadores”, produtores culturais, os próprios artistas.” Ainda assim, falta alguma “informalidade na apresentação da cultura” em Portugal. Manuella refere-se “ao caráter informal da arte de rua, uma coisa mais espontânea”. “Precisa de acontecer mais, por acontecer. Tem de haver um lado de maior abertura, mas também um equilíbrio entre a profissionalização e essa informalidade”, diz. E, por isso, em janeiro deste ano, fez acontecer — com a artista visual Cleo do Vale e a bailarina Isabella Maia — o “Palavra Voa”, um festival para prestarmos “atenção no que nos une e não na diferença do que nos separa”. E “juntar todo o mundo e fazer coisas como der para fazer”. Numa altura em que “todo o mundo” fica em casa, Manuella diz olhar estarrecida para a realidade vivida no Brasil ao longo da pandemia. “Não existe perspetiva de melhoria tão próxima. Existe uma política pública de genocídio. Então, os brasileiros têm de ser subversivos, não obedecendo o Governo”, diz. Ou seja: ficar em casa para desobedecer. “Se vivenciar aqui já foi tão distópico, imagina lá.” •
“Servir Sem Olhar” é o mote da iniciativa solidária levada a cabo pelo vimaranense Jorge Santos, que se tornou um intermediário entre pessoas que procuram ajuda e cidadãos e entidades que querem ajudar. Computadores, máscaras, bens alimentares ou artigos para bebés são alguns dos produtos que Jorge tem feito chegar a pessoas com maiores vulnerabilidades. Natural de Urgezes e tendo sido candidato à Junta de Freguesia quis “retirar o lado político” da iniciativa criando a página “Servir Sem Olhar” nas redes sociais, onde divulga as ações solidárias que vai desenvolvendo. A página começou por servir para ajudar a população da freguesia, mas acabou por ultrapassar as suas fronteiras e até de Cabo Verde já chegaram pedidos. “A pandemia obrigou-me a estar muito mais no terreno, o que origina um desgaste enorme. Perante a situação fui muito mais solicitado.” Mas Jorge não está sozinho: “A Ana Batista, de Urgezes, e a Clara Matos, de Azurém, têm sido duas peças fundamentais para este projeto”, conta. Entre os diversos pedidos estão “pessoas que nunca precisaram de pedir e nestes momentos estão a pedir porque nos últimos meses perderam rendimentos. São pessoas novas, que nunca na vida tinham pedido ajuda”, aponta.
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E
Jorge já entregou computadores, impressoras e tablets a diversas famílias. “No último fim de semana entregámos um kit de criança, que inclui berço, baby coc, alcofa, bens alimentares e roupas até um ano”, exemplifica. Também ajudaram uma “jovem mãe”. “Demos-lhe um microondas, que não tinha, porque o seu avariou e ia aquecer a comida à vizinha de cima. São situações muito complicadas”, declara. O “Servir Sem olhar” também já serviu para a entrega de mais de mil máscaras sociais e 200 viseiras. “Entregámos a doentes oncológicos, diabéticos, pessoas que estão na linha da frente, como comerciantes e cabeleireiros”, revela. Também já ajudaram pessoas infetadas com o novo
coronavírus. “Comprávamos alimentos e deixávamos à porta. As pessoas queriam pagar e nós dizíamos que pagariam quando tudo passar”, recorda. Quando o vimaranense repara que as pessoas necessitam de outro tipo de ajuda, encaminha os casos para o departamento de Ação Social da autarquia. “Eu sou uma boia de salvação para quem estava perdido, mas depois mando chamar o barco para quem se está a afogar”, frisa. Para Jorge, o “Servir sem olhar é “um gesto, forma de estar na vida” e é um trabalho “inacabado”. “Quando entregamos produtos ficamos de coração cheio. Digo apenas às pessoas para que, um dia, se puderem, que façam o mesmo por outras pessoas”, frisa. • MO
Viver com a covid-19 marca "para toda a vida" © João Bastos/ Mais Guimarães
No último “Consultório Aberto”, o programa semanal do Mais Guimarães moderado por Eliseu Sampaio, diretor deste grupo de comunicação, e com a participação da psicóloga Emanuela Lopes, uma vimaranense que foi infetada pelo novo coronavírus deu o seu testemunho, preferindo não ser identificada. Quando questionada acerca do seu estado de
espírito após a recuperação de uma doença que assola o globo, a vimaranense revelou sentir-se cansada e feliz: “Estou cansada depois de tudo o que passei, mas feliz por estar com as pessoas que mais gosto.” Depois de quatro semanas internada e de um período de isolamento na sua residência, a entrevistada não sabe ainda explicar o que sentiu quando soube que o resultado do seu teste era positivo. “Foi uma sensação horrível. É como o teto da minha casa desabar”, recordou. Por isso, tudo a preocupava — desde a sua saúde (já que também é doente crónica), ao facto de desconhecer, naquela altura, se o marido e a filha e outros familiares estariam infetados. Não estavam, mas o marido também sentiu, de forma indireta, as consequências da doença. “Foram momentos difíceis. Há uns meses, nunca pensaríamos em passar por esta situação. Vivemos um dia de cada vez”, disse. Durante o tem-
po em que esteve internada no Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, a vimaranense diz ter sido “bem recebida, e bem tratada”. “Foram todos incríveis”, acrescentou. Ainda assim, reconhece que este é um momento que ficará "marcado para a vida toda". Agora, diz ter “receio” de ser “apontada como aquela pessoa que foi contagiada pela covid-19”. Ainda não saiu à rua, mas vai vendo os dias desenrolarem-se através da varanda — e diz que, agora, uma semana passa mais rápido “do que um dia no hospital”. Por lá, ocupava o seu tempo “com chamadas atrás de chamadas para as amigas” que nunca a deixaram “estar só”. No regresso a casa, deu o primeiro abraço no espaço de um mês à filha. O momento vai marcar a família “para o resto da vida”, diz o marido. E ele também ajuda a resumir este período: "Ela foi uma lutadora." Depois de três testes negativos, ela venceu. •
CONCELHO
O JORNAL N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020 Várias Freguesias
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Ponte
Freguesias distribuem bens alimentares, gel desinfetante e termómetros pelo seu território
Ponte na Veiga de Creixomil será recolocada “em breve” © Mais Guimarães
Famílias "em situação de vulnerabilidade económica" têm recebido, um pouco por todo o concelho, material de proteção e bens alimentares. Na vila de Caldelas, meia centena de voluntários recolheram e prepararam bens de primeira necessidade para distribuir por “famílias em situação de vulnerabilidade económica” sinalizadas pelo Gabinete de Ação e Intervenção Social da junta. O grupo de voluntários, composto por membros da junta de freguesia, bombeiros, agrupamento de escuteiros, escolas e cidadãos comuns estiveram (e estarão, ao longo deste domingo), à entrada de diversas superfícies comerciais. Em Caldelas, continua o processo de desinfeção, bem como na vila vizinha: por Ponte, “todos os espaços públicos, arruamentos residenciais, comerciais e industriais” são “reiteradamente desinfetados”. AJunta Freguesia de Urgezes vai oferecer termómetros a todas as instituições e associações da freguesia, incluindo escolas. Os “Amigos de Urgeses” e a paróquia da freguesia já receberam o aparelho, adianta a junta, que
também iniciou a entrega de 4.000 máscaras cirúrgicas a diversas instituições de saúde. Já em São Torcato, a junta deu início a uma campanha de apoio ao comércio e serviços da vila, distribuindo líquido desinfetante “para mitigar a propagação do vírus”. Para além do líquido (oferecido pelo município), a junta de freguesia também distribuiu máscaras “para a população de maior risco”. O mesmo aconteceu noutras freguesias, como Airão Santa Maria, Airão São João e Vermil, Pencelo, Ronfe ou Brito. Numa fase inicia”, membros das juntas de freguesia percorreram alguns espaços de comércio tradicional para a distribuição do gel. Por sua vez, a Junta de Freguesia de Azurém procedeu à entrega de máscaras sociais a famílias carenciadas, que beneficiam de cabazes incluídos no programa de apoio promovido pela Refood, cujo Centro de Operações está situado nas instalações da autarquia local.
Brito
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A oferta de material de proteção individual decorreu na tarde da passda quinta-feira, 07 de maio, “contemplou mais de uma centena de pessoas oriundas da freguesia de Azurém, mas também de outros pontos do concelho de Guimarães”, anuncia a Junta de Freguesia. “Recorde-se que a Junta de Freguesia de Azurém está a oferecer
máscaras sociais aos seus fregueses, no âmbito da pandemia da Covid-19. Quem eventualmente não se puder deslocar à nossa sede, nós trataremos de fazer chegar as máscaras às suas habitações, bastando para isso um prévio contacto telefónico (253 516 455 ou 924 433 474), no sentido de articularmos o melhor procedimento”, lê-se. •
São Torcato
Centro Social de Brito apela a doações
ADCL anuncia cancelamento da Feira da Terra
O Centro Social de Brito apelou, na passada sexta-feira, à solidariedade da comunidade empresarial. “Como já é do conhecimento de toda a “Família CSB”, neste momento estamos na luta contra este vírus maldito”, escreve o Centro nas redes sociais. Os 64 utentes do Lar da Sede, em Brito, estão em quarentena, “confinados aos seus quartos”, acrescenta. “Não está a ser fácil,
A Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais (ADCL) anunciou, via comunicado, o cancelamento da edição deste ano da Feira da Terra devido à “situação pandémica atual”. A ADCL, entidade organizadora do certame, referiu que “as preocupações com o perigo de contágio pelo Covid-19 e o risco que pode constituir a realização de um evento como a Feira da Terra” justificam a decisão, que garante ter sido “devidamente ponderada e que vai ao encontro de uma resposta a todas as condicionantes que atualmente se vivem”. “Uma decisão difícil e dolorosa, contudo, em linha com as recomendações da Direção-Geral da Saúde, necessária para segurança de todos aqueles que participam neste evento”, lê-se ainda. Ainda assim, “caso se justifique”, a ADCL admite adaptar a iniciativa “a um formato adequado à evolução da situação pandémica, sempre em articulação com as entidades de saúde”. •
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pois muitos deles nem se quer têm televisões. Estamos a necessitar também de lençóis (cama individual) e toalhas de banho, pois há um desgaste maior nesta situação de emergência”, apela. Nesse sentido, o Centro Social de Brito apelou, nas redes sociais, à “comunidade empresarial envolvente” para que, se possível, doe bens “como televisões, toalhas e lençóis”. •
Quase seis meses depois, ainda há vestígios do mau tempo que se fez sentir no final do ano passado. É o caso da Veiga de Creixomil, onde a ponte que foi arrastada devido à subida do caudal ainda não foi recolocada. Com a reabertura da Ecovia e dos parques com o plano de desconfinamento, voltam a surgir as críticas por parte dos cidadãos que realizam o percurso. Ao Mais Guimarães, o presidente da Junta de Freguesia de Creixomil, António Gonçalves, garante que esteve na passada segunda-feira reunido com elementos do departamento do ambiente da Câmara Municipal, que lhe explicaram que o processo está neste momento na fase da adjudicação, depois de ter sido aberto concurso público. “Isto também atrasou devido a esta confusão do coronavírus. Teve de ir a concurso público e agora está em adjudicação”. António Gonçalves frisa que a situação “já deveria estar resolvida”. “Agora com a abertura, as pessoas começam novamente a ligar para a Junta e com razão. Creio que esteja para breve, mas não há data”, confessa. •
Arrancou obra de ligação do Reboto a Mouril As obras da via de ligação do Reboto a Mouril arrancaram na passada segunda-feira, avançou a Câmara Municipal através de comunicado. A obra tem o prazo de execução de um ano e representa um investimento de 1 milhão de euros. O objetivo é melhorar o acesso à Cidade Desportiva. A obra prevê a construção da plataforma da via, passeio e ciclovia, bem como ligações aos arruamentos existentes, faixas ajardinadas de proteção e enquadramento. Assim, a “mini variante” tem uma extensão de cerca de 400 metros.
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ZONA NORTE | OPINIÃO
N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020
Distrito de Braga
Insolvências aumentam 14,1% no distrito de Braga, seguindo trajetória nacional © Direitos Reservados
Nos primeiros quatro meses do ano, o distrito de Braga, em terceiro lugar a nível nacional, totalizou 211 insolvências, num incremento de 14,1% em relação ao período homólogo de 2019. A informação é avançada pela Iberinform num relatório que já evidencia os efeitos da pandemia e da suspensão de um conjunto de atividades devido ao estado de emergência. A nível nacional, entre janeiro e abril, registaram-se 1.745 ações de insolvências, mais 75 processos ou 4,5% que nos mesmos quatro meses de 2019. No mesmo período, as novas constituições apresentaram uma descida de 34,6%, para um total de 13.084 novas empresas, menos 6.927 que no primeiro quadrimestre de 2019. No acumulado do ano até abril verifica-se um aumento de 32,4% nas declarações de insolvência apresentadas pelas empresas, de 364 em 2019 para 482 em 2020. Já as declarações de insolvências requeridas por terceiros diminuíram 3,5% e as insolvências declaradas (encerramento de processos) decresceram 3,3%. O distrito de Lisboa contabiliza 354 insolvências, um aumento
de 0,6% face ao ano passado. Já o distrito do Porto é o que regista o maior número de insolvências, 429, mas uma queda de 1,2% face a 2019. Os aumentos mais significativos pertencem a Angra do Heroísmo (100%), Portalegre (83,3%), Castelo Branco (66,7%), Santarém (33,9%), Faro (32,4%) e Viana do Castelo (30,4%). Apenas cinco distritos fecham o primeiro quadrimestre de 2020 com valores inferiores ao período homólogo
do ano passado: Horta (menos 50%), Guarda (menos 35,7%), Coimbra (menos 31.3%), Setúbal (menos 18,7%) e Porto. Os setores de Eletricidade, Gás, Água (100%), Agricultura, Caça e Pesca (46,2%) e Hotelaria e Restauração (15%) foram os que registaram maior aumento de insolvências. Em contraponto, as Telecomunicações, a Construção e Obras Públicas, o Comércio de Veículos e os Transportes tiveram uma performance positiva neste quadro. •
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Câmara investe 280 mil euros no apoio à renda Ao longo de um ano a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai apoiar 274 famílias do concelho nas suas despesas com a habitação. A proposta para a atribuição dos apoios foi aprovada na passada quinta-feira em reunião do executivo no âmbito do programa municipal “Casa Feliz – Apoio à Renda”. A medida implica um investimento municipal de 279.600 mil euros. Os apoios são divididos em três escalões A, B e C, ou seja, a 100 euros, 75 euros e 50 euros mensais, respetivamente. Com o escalão A foram beneficiadas 134 famílias, com o Escalão B 116 e com o Escalão C 24 famílias.
Refira-se que as candidaturas a este apoio municipal decorreram durante o mês de dezembro. Entretanto, com o surgimento da pandemia Covid 19, a autarquia lançou um apoio extraordinário às rendas para ajudar as famílias famalicenses que sofram perda de rendimentos por força do coronavírus. Por outro lado, a autarquia decidiu ainda prolongar o prazo para admissão de candidaturas ao regime do apoio à renda, no âmbito do projeto “Casa Feliz”. Para o autarca Paulo Cunha, o investimento com a habitação é “fundamental e indiscutível”. •
MEU QUERIDO MÊS DE AGOSTO Se tiver a saúde do meu lado serei sempre um privilegiado, por isso ao escrever na primeira pessoa, não me refiro exclusivamente a mim. Querido mês de agosto eu sei que és a miragem no tempo de muitas pessoas, mas também sei que tens a noção de que este ano serás o mês de agosto mais estranho de sempre. Querido agosto este ano não te venho pedir umas férias maravilhosas com o ar e a água na temperatura ideal, não me leves a mal mas este ano nem te peço férias. É certinho que vamos dar uns mergulhos, esturricar a pele, fazer uns churrascos e beber uns copos, mas na verdade nem me importo de trabalhar. Podes achar estranho, mas acredita que te venho pedir trabalho porque estando a trabalhar em agosto significa que tenho emprego. Eu e tu querido agosto sabemos que muitos dos nossos parceiros de verão estarão desempregados e por isso seria muito injusto da minha parte pedir-te umas férias de sonho.
Querido agosto não fiques triste porque o mês de agosto continuará a existir todos os anos e acredito que para o ano serás um agosto igual a ti próprio, mais puro e menos conspurcado, um agosto melhor e nós teremos de nos aguentar à espera desse agosto que tanto desejamos. Acredita que nos vamos desenrascar e tudo será mais fácil se não perdermos o juízo. De carro, de mota, bicicleta ou a pé a gente vai dar umas voltas e ao contrário dos outros anos se estiver a trabalhar vou agradecer. Querido agosto eu sei que estás triste porque não terás as enchentes dos festivais de verão e até das festas populares, mas podes sempre dar uma palavrinha aos senhores da Festa do Avante, porque ao que parece não há bicho que lhes pegue nem lei que não possa ser dobrada, e como os camaradas devem ficar por cá, nada impede que essa "atividade política" se arraste umas semanitas para o querido mês de agosto. Fica a dica! • © Direitos Reservados
Vila Nova de Famalicão
Opinião de Carlos Guimarães
OPINIÃO
O JORNAL N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020
Opinião de Ana Amélia Guimarães
HÁ UNS QUE SÃO MAIS IGUAIS QUE OS OUTROS… O espanto e a irritação surgiram quando assistia ao telejornal da RTP1, no dia 6 de abril. O pivot falava, num tom exclamativo e dramático, de uma subida de
infeções em Lisboa que seria, vejam lá, superior à da região Norte ( https://www.rtp.pt/play/p6559/ e470973/telejornal , 08’:55’’ ): “curiosamente em Lisboa, que
Opinião de Rui Armindo Freitas
UM NOVO NORMAL? NÃO, SÓ MAIS UM AMANHÃ… A expressão “um novo normal” tem ganho por estes dias, uma dimensão incontestável. Qualquer opinion maker dos areópagos contemporâneos, redes sociais, a carrega na boca, como se tratasse de algo novo… Mas será assim? Tenho para mim, que nós somos o somatório das nossas vivências, socialmente em cons-
tante mutação, e acordamos todos os dias com o acumular do dia anterior, logo diferentes. Por isso esta dura crise sanitária, já em curso, e económica ,ainda longe da sua velocidade cruzeiro, está a ensinar-nos uma nova forma de vida, diferente daquela que vimos construindo ao longo das últimas décadas. Assim, a
tem assim mais quatrocentos casos”. Depois do alarmismo e da comoção de plástico, vem o epidemiologista de serviço e sossega o jornalista e a nação, dizendo que afinal, atenção, não é Lisboa, é a Grande Lisboa… lá para os subúrbios onde vivem outro tipo de lisboetas e portugueses: os que trabalham e produzem e têm de arriscar o coiro para pôr na mesa o pão de cada dia. Esta putativa reportagem do dia 6 serve, no entanto, para colocar algumas questões, nomeadamente a diferença de casos de infeção e morte por Covid 19 entre o Norte e Lisboa. Depois de ler o estudo publicado por João Ramos de Almeida, no blogue “Ladrões de Bicicletas”(cf. http://ladroesdebicicletas. b l o g s p o t . c o m / 2 0 2 0 / 0 5 /o -que-foi-que-aconteceu.html ), constata-se que “Desde meados de Março a região Norte tem até hoje - cerca de 2,5 vezes o número de infetados de Lisboa e, por isso se calhar, tem 3 vezes o número de mortos de Lisboa. Mesmo quando parece ser semelhante a tendência, o Norte está à frente de Lisboa na relação do número de mortos face ao número de infectados.”. Esta brutal realidade parece ter pouco impacto nos comentaristas e nos media em geral. O Norte é um imenso arredor e fica longe das redações. As alarmadas exclamações dos jornalistas deveriam ser substi-
tuídas pelo Porquê? Isto é, pela investigação, pelo tão maltratado jornalismo de investigação (agora que nem há bola até tinham tempo, acho eu). Urgente e necessário seria, pois, os jornalistas investigarem as razões de tal disparidade: porque é que o “o Norte está à frente de Lisboa na relação do número de mortos face ao número de infectados”? Será porque o tecido produtivo da nossa região assenta em micro, pequenas e médias empresas, onde as condições laborais e a preparação das fábricas e outras entidades para acolherem e protegerem as centenas de milhares de trabalhadores, que voltam agora ao seu trabalho, não cumpriram ou não cumprem com as obrigações devidas? “Num país em que grande parte da atividade económica é dominada por micro e pequenas empresas que assentam a sua estrutura de SST em empresas de serviços externos, é «ilusório» e «perigoso» partir do princípio que todas as empresas serão capazes de prevenir os riscos”, afirma a CGTP.
economia é um fenómeno que é impossível de pôr em “pausa” como se de uma qualquer série numa plataforma de streaming, essas sim em crescimento galopante. Por novo normal, o que deveremos esperar é uma realidade que deverá transportar toda a experiência sanitária, social e económica que decorrerá da crise mais grave que a nossa sociedade tem memória. Desde logo porque obviamente, nunca nada será como dantes. Nós, como agentes sociais, nunca mais seremos iguais, consequentemente a realidade da qual fazemos parte irá reflectir-nos. Começando por estarmos a descobrir que afinal, aqueles que tratam de nós, têm um papel mais importante na sociedade do que aquele que lhes havia sido dado até agora. Ficou claro até para os mais temerários que sem saúde não há economia. Assistimos ao advento do teletrabalho, percebemos que há tarefas que podem ser desempenhadas com maior produtividade a partir de casa, desde que os infantários e escolas estejam abertos… Iremos descobrir seguramente que uma economia confinada é menos criativa, desde logo porque não existe a tão importante parte
da socialização. Quantas revoluções começaram em tertúlias e em cafés, quantas inovações surgiram da troca de ideias em contexto de socialização entre colegas. E desengane-se quem pensa que pelo ZOOM se consegue liderar. Verificar que o trabalho de um colaborador está feito é possível, mas ajudar um colega com menos experiência a evoluir e criar laços profissionais, já parece tarefa impossível. Porque desengane-se também quem pensa que o confinamento traz apenas a quebra de algo supérfluo que é a nossa vida para além do trabalho, porque a nossa vida para além do trabalho é que é o nosso verdadeiro móbil de vida. E ainda sem considerar que o turismo de lazer pesa 4% do PIB da União Europeia… E que todos teremos relutância em fruir e usufruir de todos os locais e profissões que operem a menos de um braço de distância, para além de bares e restaurantes como…fisioterapeutas, dentistas, cabeleireiros, ginásios… Não por imposição, mas por mudança nas preferências de todos nós. Um estudo divulgado esta semana, estima que nos EUA 10% do mercado de trabalho deixará de existir por operar nas condições
Nota: Transportes Públicos (TUG). De que modo está a ser feita a desinfeção e a higienização dos transportes públicos de Guimarães e como a Câmara Municipal controla essa atividade. O regresso à «nova-normalidade» e a utilização destes por grupos de risco vai exigir uma vigilância constante. Procurei, na imprensa
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e nos sites disponíveis, por informação, mas nada encontrei. Seria mau de mais se não se estiverem a tomar providências. •
“Desde meados de Março que a região Norte tem - até hoje - cerca de 2,5 vezes o número de infetados de Lisboa e, por isso se calhar, tem 3 vezes o número de mortos de Lisboa. Mesmo quando parece ser semelhante a tendência, o Norte está à frente de Lisboa na relação do número de mortos face ao número de infectados.”. que descrevi acima. Ou seja, no final de tudo isto, todos seremos diferentes. Nem melhores, nem piores, diferentes. Os que como eu, prezavam a liberdade individual, que se encaixava numa sociedade de troca de experiências, mas e sobretudo no sul da Europa, de afectos, não escondo alguma preocupação pelo que por aí vem, na certeza porém que a capacidade de adaptação do ser humano conhece poucas limitações e cá estaremos para seguir em frente, sempre fiéis aos valores da sociedade ocidental. •
Iremos descobrir seguramente que uma economia confinada é menos criativa
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VITÓRIA SC
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Covid-19: “É como se fosse um intervalo do jogo. Ainda não acabou”
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© Vitória SC
da pandemia, contexto no qual Graça Freitas fez as declarações, o número de casos em clubes da I Liga viria a aumentar. A meio da tarde, o Famalicão anunciou que três jogadores testaram positivo — entretanto, o clube fez saber que são quatro o número de atletas infetados — aos quais se juntam dois elementos do staff do clube. E, posteriormente, Moreirense e SL Benfica também confirmaram casos de covid-19 no plantel (um caso no clube Cónego e outro no clube lisboeta). Até ao fecho desta edição, o novo coronavírus assolava quatro clubes e nove jogadores.
Jogadores estão assintomáticos
No último sábado, o Vitória confirmou que três atletas do clube testaram positivo para a covid-19. No rescaldo da informação, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou, no domingo, que, se os testes às equipas de futebol revelarem um número elevado de casos, terá de ser equacionada pelas autoridades “a avaliação de risco”.
“É uma situação muito complexa, conciliar o retorno da actividade do futebol com regras sanitárias e de segurança. É difícil definir linhas vermelhas. Se os testes feitos às equipas derem um número elevado de pessoas positivas, terá de ser equacionado pelas autoridades de saúde”, apontou. Horas depois da conferência de imprensa diária sobre a evolução
A informação clínica disponibilizada pelo Vitória indica que “os atletas em questão se encontram clinicamente bem, assintomáticos e em isolamento”, contando com “o apoio do clube”. As diretrizes da Direção-Geral da Saúde (DGS) estão a ser seguidas e os casos foram “prontamente notificados”. “O Departamento Médico do Vitória SC vai continuar a pôr em prática um apertado plano de contingência para a pandemia que vivemos, que passa ainda nesta fase por manter os treinos individualizados de todo o plantel.O objetivo passa por continuar a garantir a segurança de todos os elementos e monitorizar, com frequência, o seu estado de saúde,
privilegiando sempre a sua segurança”, pode ler-se no comunicado redigido pelos Conquistadores. A equipa orientada por Ivo Vieira voltou esta segunda-feira aos treinos na Academia. De forma individualizada, o técnico contou com os 27 jogadores, que iniciaram a segunda semana de treinos com vista a preparar o regresso à competição.
Jogadores elogiam trabalho do clube No decorrer desta semana, os jogadores do clube deixaram uma mensagem de apreço à estrutura e ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido para mitigar o impacto do novo coronavírus. Numa conversa com Neno, o médio Pêpê analisou os primeiros dias em que pôde “sentir a relva e a bola”: “Não podemos estar todos juntos e fazer o treino habitual, mas a segurança é a prioridade. Estamos, sem dúvida, muito seguros. O Vitória fez um trabalho fantástico a esse nível”. O médio também alertou para o facto de este cenário “ainda está longe de acabar”. “É quase como se fosse o intervalo do jogo, ainda não acabou”, enquadrou. Também o médio francês Denis Poha (ver texto abaixo) salientou que “o clube fez um esforço para que todos se sintam seguros”. “E isso também é importante, a nível mental. É fundamental sentirmos que o clube faz tudo para nos ajudar a atravessar este momento mais difícil”, considerou. •
Poha: “Quer parta, quer fique, o Vitória será sempre um grande clube” Denis Poha dá nota positiva à primeira experiência fora de França. Emprestado pelo Rennes ao Vitória até ao final da temporada, o centro-campista francês considera que foi “muito bem recebido”, tendo evoluído “como jogador e como homem”, e deixou entreaberta a porta da continuidade. “Quer parta, quer fique, o Vitória será sempre um grande clube”, disse. Numa conversa publicada nas redes sociais dos Conquistadores, o francês reiterou o objeti-
vo a atingir: terminar o campeonato nos lugares de acesso à Liga Europa. “Tenho total confiança na equipa. Sei que temos condições para o conseguir. Estamos a prepara-nos o melhor possível”, salientou o médio que já leva 26 jogos disputados nesta temporada. Uma semana depois de ter regressado aos treinos, Poha adiantou que era um momento pelo qual ansiava, para “reencontrar os colegas”, “tocar a bola” e “sentir o relvado”. O médio deixou uma
mensagem de apreço à estrutura, que tem feito “um esforço para que todos se sintam seguros” Poha abordou também a situação da pandemia na terra natal, que acabou por levar a um fim abrupoto do campeonato e coroar o Paris Saint Germain campeão: “Em França, houve muitos casos. Terminar o campeonato foi a decisão certa”. O francês está em Guimarães até ao final da temporada. Os Conquistadores têm opção de compra. •
“Paragem não fez esquecer” senda vitoriosa © Direitos Reservados
Os primeiros casos desde o regresso das equipas aos treinos começaram a surgir nos últimos dias. Em Guimarães, três atletas testaram positivo. Vitória indica que “os atletas em questão se encontram clinicamente bem.
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© Vitória SC
Os primeiros dias de treinos individualizados na Academia do Vitória, “têm corrido bem”. “Já dá para sentir o cheirinho da relva, calçar as chuteiras”, exemplifica André André. O médio considera que a recriação em grupo é algo “que todo o jogador precisa” e mostra-se feliz por poder experienciar alguma normalidade. “O treino individualizado é mais cansativo do que o treino em grupo. Todos os jogadores dizem o mesmo. Falta o contacto, a comunicação, falta tudo, o futebol é um desporto colectivo. É o primeiro passo para estarmos todos em conjunto, mas se fosse sempre assim eu não queria”, descreveu o centrocampista numa conferência de imprensa à distância. André, que regressou de lesão e vinha a somar minutos, considera que a meta a atingir nos dez jogos que sobram do campeonato é alcançar os lugares europeus. “Não é por causa desta paragem que nos esquecemos que somamos três vitórias consecutivas. Os níveis de motivação estão lá em cima”. Se a Direção-Geral da Saúde der luz verde ao plano sanitário para a realização dos 90 jogos que faltam, vão ser disputados à porta fechada e ainda não é certo que os clubes possam usar os seus estádios. “Jogar com o estádio cheio é sempre diferente, mas é uma realidade que não é só para nós. Esperemos jogar em casa e, mesmo não tendo o apoios dos adeptos dentro de campo, que nos deem força a a partir de casa”, referiu. O vila-condense ainda foi questionado acerca dos elogios deixados recentemente por André Almeida. Segundo o n.º 11 dos Conquistadores, o jovem vitoriano “é um jogador com muita qualidade”. “É bom miúdo e espero que atinja o potencial. Vai ser bom para ele e para o Vitória”.•
FUTEBOL
O JORNAL N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020
Covid-19: caso positivo em Moreira de Cónegos
Bilel e Iago na lista para renovar © Direitos Reservados
MOREIRENSE F. C.
P.19
© Direitos Reservados
Moreirense foi o terceiro clube do distrito de Braga a comunicar um caso positivo no plantel.
“Todo o plantel do Moreirense Futebol Clube, bem como toda a sua respetiva estrutura, realizou (...) os testes de rastreio à SARSCoV-2, testes serológicos e PCR (zaragatoa), tendo-se registado um caso positivo num atleta”. O anúncio, publicado pelo clube Cónego no domingo, tornava o clube vimaranense no terceiro
com casos registados do distrito de Braga. Os Cónegos juntaramse a Vitória e Famalicão no leque de equipas com casos positivos o Benfica também confirmou um caso no mesmo dia. Segundo a edição da passada terça-feira do jornal desportivo O Jogo, o atleta em causa está assintomático e vai ser
Vitória
O Moreirense tem oito jogadores em final de contrato e, segundo os diários desportivos, está a tentar segurar alguns destes ativos. Entre eles está o criativo Bilel, que termina o contrato com o clube vimaranense no final do mês de junho. Segundo o jornal O Jogo, o francês é um dos três dossiers que o clube de Moreira de Cónegos procura fechar nas próximas semanas. Preponderante no início da temporada, o extremo francoargelino de 26 anos perdeu fôlego e só voltou a figurar no onze inicial a partir de fevereiro, altura
em que a formação orientada por Ricardo Soares disparou para a senda invicta de seis jogos. Segundo a mesma fonte, outra aposta da SAD Cónega passa pelo central Iago. O brasileiro tem sido um esteio defensivo esta temporada, tendo participado em 22 jogos oficiais. No entanto, há relatos de interesse por parte de emblemas brasileiros. Entre o leque de jogadores em final de contrato está também João Aurélio, dono da ala direita da defensiva Cónega. •
Campeonato de Portugal
Bondarenko não deve continuar no Castelo O central ucraniano Valeriy Bondarenko não vai continuar em Guimarães. O defesa emprestado pelo Shakhtar Donestsk deu uma entrevista a um meio de comunicação social ucraniano e referiu que ainda não foi abordado para continuar em Portugal. “O prazo do meu contrato está a chegar ao fim e ninguém levantou a questão de o prolongar”, adiantou o defesa de 26 anos. Depois de um início auspicioso, com a titularidade em jogos decisivos para a continuidade dos vitorianos na Liga Europa, uma lesão acabou por retirar Bondarenko das preferências de Ivo Vieira. “Comecei muito bem a época. Fiz um golo e alguns bons jogos, mas três meses depois da operação, quando recuperei, deixaram de contar comigo. O treinador disse que eu precisava de mudar de clube, estava pronto para sair, mas venderam um dos principais defesas [Tapsoba] e tive de continuar”. •
acompanhado pelo departamento médico do clube. O jornal adianta ainda que o jogador treinou toda a semana sem apresentar qualquer sintoma e está agora a cumprir as normas delineadas pela DireçãoGeral da Saúde e a treinar a partir de casa. Quando um jogador testa positivo, o protocolo indica que terá que testar negativo em dois testes, para poder regressar. De resto, os Cónegos apresentaram-se aos trabalhos no início desta semana. Os treinos individualizados prosseguem com vista a preparar o regresso iminente da I Liga. Algo que o Governo espera que aconteça no último fim de semana de maio. A ministra da Saúde, Marta Temido, referiu o exemplo alemão numa das conferências de imprensa diárias acerca da evolução da pandemia: “Neste momento começamos a ter outros países com os quais podemos aprender lições, a Alemanha vai retomar a Bundesliga no dia 16. Estamos a aperfeiçoar o nosso pensamento e a aprender com os outros”. •
Manuel Machado: “O que o Berço 1ª LIGA tem feito é muito meritório”
© Direitos Reservados
Com “empenho e dedicação”, Manuel Machado tem trabalhado diariamente com a estrutura de futebol do Berço SC,clube que irá orientar na próxima época — salvo se não “aparecer uma oportunidade que não se pode dizer que não. O treinador foi um dos convidados do programa “Em casa, à conversa com...” e realçou que “o que o Berço tem feito é muito meritório”. “Vai ser um Manuel Machado inteiro. Vou estar sempre com empenho e vou fazê-lo com muito profissionalismo”, referiu, a propósito do desafio que aí vem, que vai levar o treinador com muitos anos de I Liga ao Campeonato de Portugal. O vimaranense prefere não traçar objetivos para o que aí vem, até porque “é um cenário difuso”. “[O Campeonato de Porgugal] contava com 72 equipas com play-off a oito, para subirem duas equipas. Este ano próximo, de acordo com o mapa da FPF, estamos a falar de 96, para su-
© Mais Guimarães
FAMALICÃO FC PORTO BENFICA VITÓRIA SC SPORTING BOAVISTA SANTA CLARA RIO AVE TONDELA MARÍTIMO BRAGA MOREIRENSE VITÓRIA SETÚBAL GIL VICENTE PORTIMONENSE BELENENSES SAD PAÇOS DE FERREIRA DESP. AVES
7´ 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
6 6 6 3 3 2 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1
9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
9 6 4 4 4 4 3 4 3 3 3 2 1 1 0 0
1 0 0 3 2 5 2 1 3 2 2 1 4 3 2 2 1 0
0 1 1 1 2 0 2 3 2 3 3 4 2 3 4 4 5 6
19 18 18 12 11 11 11 10 9 8 8 7 7 6 5 5 4 3
0 1 2 2 2 3 2 4 3 3 3 4 5 6 5 6
27 20 15 15 15 14 13 13 12 12 12 9 6 5 4 3
Sub-23
LIGA REVELAÇÃO
birem duas equipas”, enquadrou, salientando. O técnico também abordou algumas decisões do passado e revelou que rejeitou o Lille para assinar pelo Arouca. “Já tinha dado a palavra ao presidente. Ainda tenho alguns princípios que já não se usam”, frisou Manuel Machado.•
SPORTING BENFICA ESTORIL PRAIA BRAGA DESP. AVES BELENENSES SAD COVA DA PIEDADE MARÍTIMO RIO AVE PORTIMONENSE LEIXÕES V. SETÚBAL VITÓRIA SC FEIRENSE FAMALICÃO ACADÉMICA
0 2 3 3 3 2 4 1 3 3 3 3 3 2 4 3
P.20
MODALIDADES
N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020
Polo Aquático
Federação anuncia fim da época sem “atribuição de qualquer título”. Vitória liderava classificação © Direitos Reservados
O Vitória não vai ter oportunidade de tentar a revalidação do título de campeão nacional de polo aquático. Uma decisão da Federação Portuguesa de Nataçaõ (FPN) colocou um ponto final nas aspirações dos vitorianos. Face aos últimos desenvolvimentos relativos à pandemia de covid-19, aquele organismo federativo anunciou que todas as atividades desportivas da época 2019/20 foram canceladas. A equipa masculina de polo aquático do Vitória estava na luta pelo Campeonato Nacional, estando lançada na Fase Regular da competição, onde assumia o 1.º lugar da tabela (48 pontos) com um pleno de 16 vitórias em 16 jornadas - tinha mais cinco pontos do que o Serviços Sociais Câmara Municipal de Paredes. Faltavam apenas dois jogos para completar esta fase da competição. Segundo a decisão da FPN, “não haverá qualquer jogo até ao final da presente época desportiva”, tendo como consequência “a não atribuição de qualquer título de Campeão de Portugal nas váFutsal
Conquistadores arrancaram com troféu A última partida disputada pelo Vitória nesta fase da competição remonta ao início de março, altura em que levou de vencida a formação do Sport Algés e Dafundo. Apesar de o Vitória dominar esta fase, os Conquistadores ainda teriam de disputar os play-offs, que agregam os seis primeiros classificados da Fase Regular. Algo que ainda estava em aberto, já que apenas tinha sido decretada a interrupção das provas. Pouco tempo depois do último jogo disputado, a FPN anunciou a suspensão de todas as competições e, mais recentemente, decidiu prolongar a suspensão de todas as competições nacionais até 31
de julho, devido à pandemia de covid-19. “A FPN, com os contributos das associações territoriais e conforto da assembleia geral, e como garante das condições de verdade desportiva e equidade à preparação sistemática para cada disciplina desportiva, decidiu suspender a organização de todas as competições da época até 31 julho de 2020, com reavaliação no início de maio de 2020”, informou, na altura, o organismo federativo. Recorde-se que no arranque da época desportiva, o Pólo Aquático vitoriano conquistou a Supertaça Carlos Meinêdo, ao vencer o Fluvial Portuense por 16-11.O encontro opôs o vencedor da Taça de Portugal na época transata, o detentor do título de Campeão Nacional, o Vitória. Devido ao cancelamento de todas as competições, este ano também não haverá vencedor da Taça de Portugal. Na altura, com as Piscinas Municipais de Guimarães lotadas, o Vitória fez história e fechou a época com chave de ouro.. •
Outros
Clubes estão contra o alargamento da liga
Provas de Futebol Popular anuladas © Direitos Reservados © Direitos Reservados
Os 14 clubes da I Liga de futsal, entre os quais o campeão nacional Benfica e o campeão europeu Sporting, os que mais títulos têm na modalidade, estão em desacordo com um eventual alargamento do campeonato. O Clube Recreativo de Candoso não subscreveu a missiva, alegando “conflito de interesses”. “Estamos em total desacordo com qualquer alargamento da Liga, bem como qualquer alteração do modelo competitivo, com o intuito de salvaguardar o nível de competitividade da prova e manter, assim, o desígnio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de tornar, num curto espaço de tempo, a Liga (...) na melhor Liga do Mundo”, indicaram os clubes, em comunicado, subscrito por 12 dos 14 emblemas. A tomada de posição surgiu após uma reunião dos clubes por videoconferência e contou apenas com a abstenção de Belenenses e Clube Recreativo de Candoso, que ocupavam os últimos lugares na Liga quando a prova foi suspensa, devido à pandemia de covid-19. “[Abstiveram-se] o CF ‘Os Belenenses’ e o Clube Recreativo de Candoso, atendendo ao natural conflito de interesses, apesar de
rias provas existentes” e ainda “a não existência de subidas e descidas de Divisão”. À semelhança do polo aquático, todas as outras modalidades aquáticas, como a natação, foram também canceladas.
terem marcado presença nesta reunião”, refere a nota divulgada na passada segunda-feira. Além da questão do alargamento, os clubes subscritores dizem ainda que, não existindo atribuição do título e com o campeonato anulado - em decisão comunicada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) -, não devem existir promoções, nem despromoções. “Caso a Federação Portuguesa de Futebol entenda que é imperativo existirem subidas à Liga, defendemos que esse mérito deve
ser conquistado em campo, tal como outras federações estão a planear, e nunca por via administrativa”, defendem. “Nada nos move contra qualquer clube, nem contra os propósitos e argumentos de cada um para a subida à Liga Placard de Futsal”, referem na nota. Finalmente, os subscritores sugerem à FPF que as alterações previstas nos quadros competitivos de futsal para a época 2021/22, aconteçam já na próxima temporada. •
Após reunião da Direcção da Associação de Futebol Popular (AFP) de Guimarães, o organismo decidiu anular todas as provas oficiais relativas à época em curso. A AFP de Guimarães fez também saber que “não será entregue nenhum título referentes a todas as Provas, quer seja de Campeão ou Taças”. A decisão foi conhecida depois da reunião da direção e, segundo um comunicado, teve “em consideração as indicações governamentais
e da Direcção-Geral da Saúde (DGS) relativas à prevenção da pandemia de covid-19” . Na nota informativa da passada quinta-feira, também foi conhecida outra medida: “Para as Provas interconcelhias da FFPN da próxima época, a AFP de Guimarães atribuirá as respectivas posições para a Taça dos Campeões e Taça Federação conforme a classificação da Superliga desta época 2019/2020, á data em que foi interrompida (11/03/2020)”.•
+ DESPORTO
O JORNAL N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020 Campeonato de Portugal
© Pevidém SC
Pevidém promovido. Competição passa a ter 96 equipas
Série A
AF BRAGA
CAMP. PORTUGAL VIZELA BRAGA B FAFE VITÓRIA B MARIA DA FONTE MERELINENSE BERÇO SC MONTALEGRE MARÍTIMO B S. MARTINHO U. MADEIRA MIRANDELA PEDRAS SALGADAS CHAVES SATÉLITE BRAGANÇA OLIVEIRENSE 17º CERVEIRA 18º CÂMARA DE LOBOS
PRO-NACIONAL 16 12 2 2 16 11 2 3 16 10 2 4 16 9 3 4 16 7 7 2 16 8 4 4 16 7 4 5 16 6 4 6 16 5 7 4 16 7 4 5 16 6 1 9 16 5 3 8 16 4 4 8 16 3 6 7 16 2 6 8 16 2 6 8 16 2 5 9 16 2 2 12
38 35 32 30 28 28 25 22 22 22 19 18 16 15 12 12 11 8
2-2 1-2 1-1 4-1 2-1 2-3 0-1 2-2 0-2
despromoção de duas equipas da II Liga (Cova da Piedade e Casa Pia), dos 70 emblemas que se mantiveram, uma vez que não houve descidas aos distritais, dos 20 promovidos das competições regionais – o Pevidém, por exemplo – e de quatro novas equipas B. Esta não é a única novidade apresentada hoje pelo organismo federativo: em 2021/22, vai ser criada uma III Liga, acima do Campeonato de Portugal, ao qual vão subir, já na próxima época, os campeões distritais.
Assim, na próxima temporada, o Campeonato de Portugal passa a contar com oito séries, cada uma com 12 equipas. Os oito primeiros apuram-se para o acesso à II Liga; os restantes que compõe o top-5 de cada série apuram-se para o acesso à nova III Liga. As duas vagas para o segundo escalão vão ser disputadas em duas séries de quatro equipas, subindo o vencedor de cada uma delas. Já o acesso à III Liga prevê oito séries de quatro clubes, colocando os dois primeiros na nova competição. •
Primeira Liga
Jogadores terão de fazer dois testes antes de cada jogo A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) divulgou o parecer técnico da Direção-Geral da Saúde (DGS) para o regresso da Liga NOS e da Taça de Portugal durante a pandemia. Os jogadores terão de efetuar dois testes a cada jogo — um 48 horas antes do jogo e outro “o mais próximo possível da hora do jogo”, lê-se no documento. Para além disso, terão de se manter em recolhimento domiciliário. Os atletas, equipas técnicas e árbitros poderão iniciar treinos e participar nas competições “após este período de 14 dias (de testes)” e com “dois testes laboratoriais negativos”. Confirmado está também que os jogos realizar-se-ão à porta fechada, sendo a circulação de adeptos nas imediações dos estádios “limitada”. Por isso, “não está autorizada a concentração de pessoas em número superior a 10”. “As forças e serviços de segurança devem, sob proposta da FPF, assegurar o cumprimento da legislação vigente, nomeadamente promover
© João Bastos/Mais Guimarães
DIV. HONRA
1ª DIVISÃO 15 15 14 15 14 15 15 14 15 14 15 15 15 15 15 15
11 1 3 34 9 3 3 30 8 3 3 27 8 3 4 27 6 4 4 22 5 7 3 22 6 4 5 22 7 0 7 21 6 2 7 20 4 7 3 19 4 6 5 18 4 6 5 18 3 4 8 13 3 4 8 13 3 2 10 11 3 2 11 8
1-0 3-1 2-2 1-2 2-3 4-1 1-0 1-2
Série C
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
9 9 8 6 6 5 5 5 5 4 4 4 2 3 2 0
2 1 2 2 1 3 3 3 2 4 3 3 5 2 2 2
1 2 2 4 5 4 4 4 5 4 5 6 5 7 8 10
29 28 26 20 19 18 18 18 17 16 15 12 11 11 8 2
OP. CAMPELOS TAGILDE ASES STA. EUFÉMIA DESP. S. COSME UD CALENDÁRIO CD LOUSADO GONDIFELOS SÃO CLÁUDIO
1-1 0-3 3-1 2-3 0-1 2-0 0-2 VS
GD SELHO SANTO ADRIÃO U. ALDÃO E CANO LONGOS OP. FAMALICÃO EMILIANOS FC DELÃES PRAZINS E CORVITE
AF BRAGA
1ª DIVISÃO
CALVOS INFIAS MONTESINHOS ABAÇÃO CASTELÕES MAIS POLVOREIRA PINHEIRO SÃO CRISTÓVÃO SOUTO GONDOMAR INFANTAS SÃO FAUSTINO GÉMEOS NESPEREIRA
11 10 9 9 10 9 10 10 10 10 10 10 10
8 7 6 5 5 5 4 3 4 3 3 1 1
2 2 1 1 1 1 2 4 1 2 1 0 0
1 1 2 3 4 3 4 3 5 5 6 9 9
26 23 19 16 16 16 14 13 13 11 10 3 3
Jornada 11
ainda no comunicado. Jogadores, treinadores e árbitros estão obrigados a ficar em casa até à conclusão da época. •
S. PAIO D’ARCOS PEVIDÉM VILAVERDENSE PRADO CABREIROS BRITO RIBEIRÃO FORJÃES DUMIENSE/CJP II
Jornada 12
VIATODOS AMIGOS URGESES BAIRRO FC RONFE PICA RUIVANENSE LOURO PONTE
SUPER LIGA
SOUTO GONDOMAR GÉMEOS CASTELÕES SÃO FAUSTINO CALVOS PINHEIRO
1-3 0-2 0-0 1-3 0-0 1-2 0-0 1-1 1-1
CD LOUSADO OP. CAMPELOS UD CALENDÁRIO GONDIFELOS GD SELHO DESP. S. COSME EMILIANOS FC PRAZINS E CORVITE SANTO ADRIÃO ASES STA. EUFÉMIA TAGILDE DELÃES U. ALDÃO CANO OP. FAMILICÃO LONGOS SÃO CLÁUDIO
Jornada 15 SANDINENSES SÃO PAIO POLVOREIRA ANTIME NINENSE CELORICENSE FRADELOS AIRÃO
POPULAR
a dispersão de concentração de pessoas, quer no perímetro dos estádios, quer junto a hotéis, centros de treino, e via pública”, lê-se
ARÕES SANTA MARIA SERZEDELO PORTO D’AVE TORCATENSE JOANE CAÇ. TAIPAS VIEIRA SANTA EULÁLIA
AF BRAGA
Série B
PONTE NINENSE OS SANDINENSES PICA RONFE BAIRRO FC ANTINE AIRÃO AMIGOS URGESES VIATODOS POLVOREIRA CD CELORICENSE FRADELOS SÃO PAIO RUIVANENSE LOURO
42 40 35 33 31 27 26 26 24 23 22 21 20 20 19 17 15 8
2 3 5 4 5 5 6 6 8 8 10 7 8 8 8 11 11 14
Jornada 19
VIZELA BERÇO SC VITÓRIA B CHAVES SATÉLITE FAFE BRAGA B U. MADEIRA BRAGANÇA OLIVEIRENSE
AF BRAGA
A decisão foi conhecida na passada quarta-feira e significa a subida do Pevidém ao Campeonato de Portugal. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aprovou “um amplo plano de emergência e reestruturação do terceiro escalão do futebol sénior masculino português”. O organismo anuncia que, em 2020/21, o Campeonato de Portugal vai contar com 96 equipas (mais 24 do que em 2019/20), sendo que 20 vão ser promovidos das competições regionais. Este “alargamento” resulta da
19 13 3 18 13 1 19 11 2 18 10 3 19 9 4 19 7 6 19 7 5 18 7 5 19 7 3 19 7 2 19 7 1 19 5 6 19 5 5 19 5 5 18 5 4 19 5 2 19 4 3 19 2 2
BRITO PEVIDÉM CAÇ. TAIPAS VILAVERDENSE FORJÃES RIBEIRÃO JOANE PRADO ARÕES TORCATENSE S. PAIO D’ARCOS SANTA EULÁLIA VIEIRA DUMIENSE/CJP II SANTA MARIA PORTO D’AVE CABREIROS SERZEDELO
Jornada 16 MERELINENSE PEDRAS SALGADAS MIRANDELA S. MARTINHO MARÍTIMO B MARIA DA FONTE MONTALEGRE CERVEIRA CÂMARA DE LOBOS
P.21
1-2 0-5 0-0 2-1 1-0 1-2
MAIS POLVOREIRA INFIAS ABAÇÃO INFANTAS MONTESINHOS SÃO CRISTÓVÃO
Série D
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 11 12 12 11 12 12
ACR GUILHOFREI AC GONÇA GCD REGADAS TABUADELO PEVIDÉM B S. MASCOTELOS FC GANDARELA GDCR FAREJA GRC ROSSAS FERMILENSE ARCO BAÚLHE GD SILVARES GD CAVEZ PINHEIRO GDC MOSTEIRO MOTA FC
9 9 9 8 8 8 7 5 5 4 4 4 2 2 1 0
2 1 29 2 1 29 1 2 28 1 3 25 1 3 25 1 3 25 1 4 22 2 5 17 1 6 16 2 6 14 2 5 14 0 8 12 2 8 8 1 8 7 1 10 4 0 12 0
Jornada 12 PINHEIRO S. MASCOTELOS GDCR FAREJA GRC ROSSAS FC GANDARELA PEVIDÉM B AC GONÇA ACR GUILHOFREI
6-0 1-0 2-1 4-1 2-3 1-0 ADI 1-1
GD SILVARES GCD REGADAS GDC MOSTEIRO FERMILENSE MOTA FC GD CAVEZ TABUADELO ARCO BAÚLHE
P.22
ARTES E ESPETÁCULOS
N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020
Paço dos Duques, Castelo e Museu de Alberto Sampaio reabrem na segunda Museus voltam a abrir portas aos visitantes no dia 18, mas com restrições. Há espaços encerrados e regras a cumprir. O tempo de visita também é menor, bem como o número máximo de visitantes permitido. ra, entre as 09h00 e as 12h00 (última entrada às 11h45) e das 14h00 às 18h00 (o último grupo também entra 15 minutos antes). Aos fins de semana e feriados, os visitantes poderão entrar entre as 10h00 e as 12h30, mantendo-se a última entrada nos 15 minutos anteriores, e das 14h00 às 18h00, com a mesma condição. No Paço dos Duques, algumas salas estarão encerradas, uma vez que não permitem o cumprimento da distância de segurança exigida. Essa distância de segurança não é aplicada a grupos que visitem o Paço dos Duques em família ou com amigos, tendo chegado ao local em conjunto. Contudo, deverão respeitar a distância para com outros visitantes. O percurso de visita à exposição permanente do espaço passa a ser de sentido único. E o tempo de visita não deverá “exceder o tempo máximo de 30 minutos de permanência dentro do monumento”. As limitações também se refletem no número máximo de visitantes, que passa a ser de 30 pessoas. Os visitantes terão de usar, obrigatoriamente,
a máscara no interior do monumento. Quanto aos sanitários, é permitido é apenas permitia “a entrada de duas pessoas de cada vez”. Uma vez que a alteração do percurso dificulta a acessibilidade ao monumento, há exceções para as pessoas em cadeira de rodas ou com mobilidade reduzida: poderão utilizar o elevador ou realizar um percurso alternativo. A equipa do Paço dos Duques garante o cumprimento das medidas de prevenção estipuladas pela DGS, como a higiene das mãos e do próprio espaço, bem como o distanciamento social e a etiqueta respiratória. Há, também, gel desinfetante disponível para o visitante. Também há um espaço encerrado no castelo — neste caso, a Torre de Menagem, uma vez que “a exiguidade do espaço e a necessidade de minimizar pontos de concentração/foco dos visitantes junto de equipamentos que convidam à interação”. As mesmas garantias por parte da equipa do Castelo são asseguradas, bem como a proteção
Este ano, não há festivais de verão. Ficou decidido na reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira passada: “Impõe-se a proibição de realização de festivais de música, até 30 de setembro de 2020, e a adoção de um regime de caráter excecional dirigido aos festivais de música que não se possam realizar no lugar, dia ou hora agendados, em virtude de pandemia”, lê-se, na nota. Para os espetáculos “cuja data de realização tenha lugar entre o período de 28 de fevereiro de 2020 e 30 de setembro de 2020” e que não foram ou não serão realizados “por facto imputável
ao surto da pandemia da doença COVID-19, prevê-se a emissão de um vale de igual valor ao preço do bilhete de ingresso pago, garantindo-se os direitos dos consumidores.” Os reembolsos só serão possíveis a partir de janeiro de 2022 Quem já tiver comprado bilhetes para os espetáculos que se realizariam até 30 de setembro, há a possibilidade de exigir um vale cujo valor será igual ao que pagaram pelo evento cancelado. Esse vale poderá ser utilizado para ver o mesmo espetáculo ou festival (se este se realizar numa outra data) ou para comprar entradas para outros eventos do
mesmo produtor. Este ano, a agenda cultural vimaranense perde festivais como o L’Agosto (que ainda não tinha data anunciada) e o Suave Fest, agendado para os dias 11 e 12 de setembro. Situação semelhante é a do Vai-m’à Banda, bem como a do Manta (organizado pelo CCVF). O Fest’In Folk Corredoura, agendado para a semana de 02 a 09 de agosto, também teve de ser cancelado. Ainda não se sabe, porém, se algum destes festivais poderá vir a ser realizado depois de 30 de setembro ou se serão organizados em moldes diferentes. •
para os visitantes. No interior do Castelo não poderão estar mais de 50 pessoas. A visita fica-se pelo máximo de 25 minutos de permanência. Tal como no Paço dos Duques, a distância de se-
gurança entre visitantes deve ser respeitada (à exceção de famílias e grupos de amigos que cheguem ao Castelo juntos). Também é obrigatório o uso de máscara. •
A Oficina convida-nos a "Picar o Ponto" A nova temporada de “Picar o Ponto”, o webcast d’ A Oficina, da autoria de Catarina Pereira, arranca esta quarta-feira. Depois de 22 episódios, a responsável pela área de Património e Artesanato d’ A Oficina volta a mostrara “face mais imaterial” do património cultural da região vimaranense. Nos curtos episódios de “Picar o Ponto”, há muito para saber: entre o Bordado de Guimarães e a Cantarinha dos Namorados, existe ainda espaço para explorar a literatura ou a indústria dos curtumes. No webcast cabem também “figuras emblemáticas intimamente relacionadas a Guimarães”, como Francisco Martins Sarmento, Camilo Castelo Branco ou Alberto Sampaio. A estreia da nova temporada dá-se às 09h00 em ponto e, ao longo das próximas semanas, essa será a hora para “Picar o Ponto” todas as quartas-feiras. Os episódios estão disponíveis no Facebook d’A Oficina e no site da cooperativa. Em comunicado, A Oficina frisa
© Mais Guimarães
© Convívio Associação
Governo proíbe festivais de música até 30 de setembro
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No Dia Internacional dos Museus, Guimarães verá reabertos alguns dos espaços que marcam a sua história. Na próxima segunda-feira, dia 18 de maio, o Paço dos Duques, o Castelo de Guimarães e o Museu de Alberto Sampaio abrirão, novamente, as portas ao público. Contudo, em tempos atípicos, também os horários, percurso e procedimentos de visita mudam, seguindo as recomendações do Governo e da Direção-Geral da Saúde (DGS). A Câmara Municipal de Guimarães emitiu um comunicado em que se ressalva que as condições de acesso a estes espaços poderão ser alteradas “a qualquer momento”. O Paço dos Duques, o Castelo e a Igreja de São Miguel podem ser visitados de terça a sexta-feira, das 09h00 às 18h30, sendo a última entrada às 18h00. Já no fim de semana e nos feriados, as visitas fazem-se entre as 10h00 e as 13h00 (última entrada às 12h30) e das 13h00 às 18h00 (com a última entrada meia hora antes). Já o Museu de Alberto Sampaio funciona, de terça a sexta-fei-
a missão de “valorizar, promover e divulgar” a cultura vimaranense; por isso, a cooperativa salienta a necessidade de espalhar conhecimento sobre o património imaterial e humano da região através das novas tecnologias, numa adaptação às “novas rotinas impostas pelo atual contexto de saúde pública”. Recorde-se que A Oficina também disponibilizou, no seu site e redes sociais, visitas guiadas à Casa da Memória de Guimarães e ao Centro Internacional das Artes de Guimarães (CIAJG). •
PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEIS
O JORNAL N241 QUARTA-FEIRA 13 MAIO 2020
P.23
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Farmácias de serviço Quarta-feira 13 de maio
Farmácia do Parque
R. Dr. Carlos Saraiva 46 - Tlf: 253 516 046 Quinta-feira 14 de maio
Farmácia Pereira
Alameda S. Dâmaso - Tlf: 253 412 950 Sexta-feira 15 de maio
Farmácia da Praça
Rua Paio Galvão - Tlf: 253 523 167 Sábado 16 de maio
Farmácia Nobel
Rua de Santo António - Tlf: 253 516 599 Domingo 17 de maio
Farmácia Barbosa
Largo do Toural - Tlf: 253 516 184
*Farmácia Faria
R. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 34 Segunda-feira 11 de maio
Farmácia Avenida
Avenida D. João IV - Tlf: 253 521 122 Terça-feira 18 de maio
Farmácia Paula Martins Rua Teixeira Pascoais - Tlf: 253 415 833
Portugal à mesa com
*Em regime de disponibilidade
Mário Moreira
Quarentena à Mesa Comer frutos e legumes Num cenário pela alteração de comportamentos, a mundança de hábitos alimentares é tão importante como os melhores processos de higiene. Há mudanças que só dependem de nós, novos hábitos de alimentação saudável são geradores de prazer e bem estar. Os frutos e legumes confecionados ou em cru, todos os dias, devem ocupar lugar de destaque nas nossas opções alimentares. Tratar da melhor forma o nosso organismo é a melhor prestação que lhe podemos oferecer. É dentro dele que vivemos, dele depende a nossa vida. Existem diferenças nutritivas na oferta entre frutas e legumes, o que é benéfico para o equilibrio alimentar, quanto mais ampla for
a sua escolha. Os vegetais são fornecedores de cálcio e ferro, vitamina C, indispensávei à estimulação do movimento intestinal. Seja qual for a idade é indispensável comer ou beber o sumo de um alimento cru todos os dias. É aconselhável que não se descasquem os legumes com antecedência de modo a evitar a sua oxidação. É claro que há legumes que têm de ser confecionados, como por exemplo; alho-francês, favas, espargos, couves... Há legumes e frutas frescas de acordo com todas as estações do ano. Comer frutos e legumes da época é tirar o melhor resultado dos alimentos; cebola nova, morangos, cerejas, brócolos, favas, batata nova, alho-francês, mirtilos, rabanetes, nabiças...
Dê sangue! COLHEITA PERMANENTE
Todas as Terças-feiras das 14h30 às 19h00 Primeiro e terceiro Sábado de cada mês das 09h00 às 12h30 Local Casa do dador (Azurém)
O que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia...
“Palitos de legumes com molho de requeijão e coentros” Lavar e descascar; 1 cenoura, 1 pepino, ½ aipo, ½ brócolo, 1 courgete. Efetuar lâminas no comprimento de 4 cm de espessura. Cortar as lâminas ao meio e efetuar os palitos com 4 cm de lado, em palitos. Efetuar uma cruz nos caules do brócolo e passar em água fervente durante 3 minutos. Numa taça fazer o molho; 1 dente de alho, 1 colher de sopa de azeite, 1 colher de sopa de folhinhas de coentros, 1 colher de
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É NOTÍCIA! CONTAMOS CONSIGO PARA sopa de requeijão. Temperar com sal e pimenta a gosto. Passar tudo a puré grosseiramente.
Bom apetite! Um abraço gastronómico. Envie as suas sujestões para: leitor@maisguimaraes.pt
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Telefones Úteis Polícia Municipal 253 421 222 P.S.P. 253 540 660 G.N.R. 253 422 575 Hospital 253 540 330
BV Guimarães 253 515 444 BV Taipas 253 576 114 SOS 112 CM Guimarães 253 421 200
LIGUE 253 537 250 GERAL@MAISGUIMARAES.PT
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Guimarães, 12 de maio. Os vimaranenses viram os parques de Lazer reabrir, mas ainda com restrições.
Última
Cidadã detida por tráfico de estupefacientes em Candoso Santiago
A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve, na passada segunda-feira, uma cidadã, em Guimarães, por tráfico de estupefacientes. Um cidadão suspeito do mesmo crime conseguiu fugir. Pelas 14h45, elementos da PSP, que se encontravam em missão de patrulhamento, na Alameda dos Desportos, em Candoso Santiago, verificaram que no interior de uma viatura se encontravam um cidadão e uma cida-
dã. Segundo a PSP, ambos eram “conhecidos da PSP pelo crime de tráfico de estupefaciente”. Segundo a PSP, foi dada ordem de paragem aos cidadãos, que se terão colocado em fuga, “nunca obedecendo às ordens de paragem dos elementos policiais”. Numa revista à viatura, onde ainda se encontrava a cidadã, foi encontrada uma carteira, bem como três telemóveis e a quantia de 71,75€ em dinheiro •
A RTP 2 exibe Laranja Mecânica, filme de 1971. Obra-prima do cineasta Stanley Kubrick, uma adaptação do romance de Anthony Burgess. Um filme que continua atual, passado num futuro próximo, interpretação visual de uma anarquia sádica e do cinismo profundo do poder governamental. Conta a história de Alex (Malcolm McDowell), o líder de um grupo de delinquentes que, uma noite, é detido pela polícia. Para diminuir a pena de prisão concorda em ser utilizado como cobaia numa experiência governamental que tem como objetivo recuperar criminosos através de um tratamento médico pouco ortodoxo. Para ver na próxima sexta-feira, pelas 23h15.•
Pevidém SC sobe de divisão Haverá, pelo menos, mais uma equipa concelhia no Campeonato de Portugal. Com a reestruturação levada a cabo pela FPF, o Pevidém vai ser uma das 96 equipas a competir no Campeonato de Portugal. Até ver, fará companhia a VSC B e Berço.
Mortes causadas por covid-19 Até ao fecho desta edição eram 27913 o número de casos confirmados com Covid-19. Havia ainda 2719 pessoas a aguardar resultados laboratoriais. O novo coronavírus já provocou 1163 mortes em território nacional.
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Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick