#244 03 junho de 2020

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Pré-escolar abre sem testar educadoras

CÂMARA MUNICIPAL ALEGA QUE DGS NÃO RECOMENDA A REALIZAÇÃO DE TESTES P.07 ENTREVISTA

MARIA EDUARDA ABREU

“Não nos podemos esquecer que estamos numa pandemia” P.10

EM GUIMARÃES

ANTÓNIO MAGALHÃES

Autarquia vai vigiar a água dos rios em tempo real P.08 POLÍTICA

PSD critica forma como autarquia geriu a pandemia P.09

“TEMOS QUE OLHAR PARA AQUELES QUE FICAM NA BEIRA DA ESTRADA...”

CONCELHO

Obra do Centro Escolar de Moreira de Cónegos já arrancou P.13 EM GUIMARÃES

Raquel Varela e Elísio Estanque: Conferência ASMAV P.03

ESTREIA NACIONAL DE "SURDINA" COM SALA ESGOTADA P.22

FEIRAS

MOREIRENSE DESLOCA-SE AO BESSA NO PRÓXIMO SÁBADO P.19 BASQUETEBOL DO VITÓRIA: CONQUISTAS INTERROMPIDAS P.20

Ivo Vieira: “Dar continuidade à sequência de três vitórias” P.18

O desalento dos feirantes em Guimarães: “isto não tem futuro” P.06 e

O BOLAMA d Guimarães

E C O N D E M A R GA R ID está pronto!

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por si!

N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

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MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO


N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

Artigo de opinião

Uma nova realidade o gerar de uma nova vida Entre a espada e a parede Cá nos encontramos nesta situação muito particular das nossas vidas, no momento certo para utilizarmos esta expressão tão popular entre nós. Tenho falado aqui, regularmente, deste processo gradual de desconfinamento e da necessidade de se salvaguardarmos e conciliarmos tanto a saúde das pessoas com a economia e a saúde mental delas, que ficaram claramente em risco com o isolamento iniciado há mais de dois meses. Tanto num aspeto como noutro há já sinais alarmantes, a merecer toda a nossa atenção. Desconfinamos de forma atabalhoada, adaptando-nos a uma nova realidade, visualmente marcada por máscaras, viseiras e fatos de proteção. É-nos difícil saber entrar agora nos locais que frequentávamos sem qualquer hesitação e onde agora nos obrigam a contagens e proteções excecionais. Reabriram os jardins-de-infância para os nossos meninos do pré-escolar. Pais em pânico não os levam ainda para as instituições, apesar de serem extraordinariamente assintomáticos e, muitas vezes, têm preferido entregá-los aos seus avós, colocando estes num risco maior. Deu-se

uma maior margem aos restaurantes e espaços similares, podendo agora estes, com cuidados extra, encher as suas salas. Mas não enchem porque as pessoas têm medo, do vírus e de lhes vir a faltar o dinheiro. Reabriram ginásios e centros comerciais. No Norte, esta semana, tivemos dias sem novos infetados, mas em Lisboa e no Vale do Tejo, o novo coronavírus espalha-se com rapidez e em expressiva escala. Já há festas e espetáculos, cirúrgicos, e outros incompreensíveis. Em Lisboa, onde a propagação está mais fugaz, no Campo Pequeno houve na noite desta segunda-feira um “Deixem o pimba em paz”, com Bruno Nogueira e Manuela Azevedo. Acho que nem comento, porque teria de fazer um trocadinho com aquele pimba, colocando algum sotaque, e sobre a gerrilha Norte/ Sul que se tem reacendido com episódios tristes, como este. Trocadilho dispensável nesta altura, portanto. Os indicadores de saúde são-nos favoráveis. Talvez agora, no Norte, em Guimarães, seja hora de termos a coragem e a força necessárias para derrubarmos a parede a que o medo nos colou.

Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal” “Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das instituições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015 Mais Guimarães - O Jornal - Semanário Proprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138 Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912 Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – Guimarães Email geral@maisguimaraes.pt Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto Sampaio Registado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735 Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís Freitas Redação Pedro Castro Esteves | Mafalda Oliveira | Nuno Rafael Gomes Departamento Comercial Eliseu Sampaio Colunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir Brito Fotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.

Para aquele que foi despedido, é como que um mundo que desaba, a vida passa à frente dos olhos numa velocidade vertiginosa que quase corta a respiração fazendo parecer o fim da linha. É como que a morte. Esta é a realidade de todos os dias, vivência experienciada em muitos lares. Uma riqueza humana ferida. Quantos aceitam e vergam-se perante um denominador comum e, aproveitador da fragilidade humana?! São as mais diversas razões, mas sobretudo a família é aquela que pesa mais e, que faz superar todo o sofrimento e lágrimas de cada dia de um quotidiano que ninguém deseja ter. Não é uma questão de dinheiro. É a pessoa. Esconde-se daqueles que são a célula-mãe, com as mais diferentes falsas desculpas, a vergonha deste contrariado e inumano agir. Não se fala, encobre-se a tristeza que envolve a alma em cada muito suado pedido atendido. É fundamental que esta dor seja partilhada por todos. É necessário que todos reconheçam que a vida não se trata de um conto de fadas e, que o sofrimento é parte de cada um dos nossos dias. É muito desejável que todos sejam envolvidos e façam parte da edificação da vida, é de todos. Edificar, para construir melhor. Se queremos ter um futuro diferente, este tem que ser mudado hoje. Não haverá nenhuma mudança se continuamente mentirmos e ocultarmos todo o mal que é feito à pessoa humana. O mundo melhor começa onde se encontra o princípio, a célula-mãe da sociedade, da humanidade, a família. O risco de ficar pela eternidade na história como um falhado por não se ter feito o que deveria, é enorme. Hoje e aqui, ninguém pode verdadeiramente alcançar a felicidade e vivê-la todos os instantes da sua vida, mas todos a podem sonhar. O sonho é, em cada pessoa, como que o gerador de vida enquanto inspiração que alimenta a vontade de viver de cada pessoa humana desde a mais tenra idade. Pode ser que um dia consigamos perceber as questões que ro-

deiam algumas formas do sentir humano, que são mais complexas do que a teoria da relatividade e, também como cada um desses sentimentos pode originar a partir de cada ser singular algo melhor para toda humanidade. Nós, não somos sós!

nosso e, o que na realidade não existe é um erro crasso ao qual o arrependimento não se ajustará. O tempo é mais fugaz de que a areia, que se nos escapa por entre os dedos. Já foi! De nada vale conjurar sobre o que já passou. Fazer o período de nojo, mas seguindo a direção do sonho.

Uma realidade que não é a minha? O sonho, a felicidade e o amor. Não sabemos o que são. Temos uma ideia, por isso estamos sempre à procura. Caso contrário não se escreveria tanto, não se falaria tanto, não se desejaria tanto… não se mentiria tanto, nem se mataria tanto – não se trata apenas tirar a vida à pessoa, mas fazer perecer a pessoa em vida. Assistimos hoje em dia um surgir exponencial número de famílias com as mais diversas dificuldades. Será apenas causa do COVID-19? Já não estariam essas pessoas e famílias por aí? O que fez com que não déssemos conta do que se estava a passar? Não temos que saber da vida particular de cada um, mas somos obrigados a saber sobre a vida do coletivo. Ninguém se pode excluir sobre a obrigação de cuidar da humanidade e, do cuidar da terra onde vive. O tempo, uma irrealidade imutável. O tempo, algo tão marcante quanto tão intangível. Criado para ajudar a temporizar as rotinas do Homem este é também um bem precioso, porque marca o tempo da vida de cada individuo e, a vida do colectivo.

As dificuldades continuarão, nada ficará diferente se permanecer estático no tempo. A hora do jantar chegará em todos os finais de dia, os estudos e, todos os outros trabalhos e preocupações. As lágrimas continuarão de quando em quando a cobrir o seu rosto, como também, o seu sorriso transformará não só o seu semblante. Não se deixe chegar ao limite do ponto sem retorno. Não coloque você mesmo as barreiras, deixe ser o mundo a desafiá-lo. Não renascer, será muito mais doloroso. Já se viu só? Aproveite o silêncio, escute-se! O único tempo que verdadeiramente tem é o tempo em que cria algo. É o momento no qual faz existir algo de bom para si mesmo, para a humanidade e para o mundo. Um instante único e, genuinamente seu! O mundo tem lugar para cada um de nós. E o seu, qual é? …lembre-se, nem sempre a resposta é a que se mostra mais evidente, nem a aparentemente mais lógica. •

Quantas vezes dissemos ou pensamos, morreu tão novo? Ou então, já tinha muita idade? Parece haver uma indispensabilidade ou dispensabilidade quando nos referimos ao tempo da pessoa. Seremos assim tão relativos, quando a situação da morte tocar a cada um de nós? Teremos vivido o tempo todo? Ou, precisaremos de mais tempo para fazermos o que sabíamos que deveríamos ter feito e não fizemos? E o que faz com o seu tempo de ócio? É fecundo? É criador? Deixar o esgotar o que não é

Miguel Abreu


EM GUIMARÃES

O JORNAL N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

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O mundo do trabalho e do ensino depois da COVID © Direitos Reservados

No passado dia 27 de maio, os convidados da ASMAV para mais uma conferência-debate forma o sociólogo Elísio Estanque e a historiadora Raquel Varela. Desta vez a questão de fundo era: como vai ser o trabalho depois da pandemia?

Os convidados, como era de esperar, adequavam-se ao tema. Raquel Varela coordena, desde 20111, um grupo de 44 investigadores, na FCSH-UNL, entre eles doutorandos e pos-doutorandos, na área de “Global Labour History”. Elísio Estanque fez-se sociólogo ao mesmo tempos que trabalhava e teve forte catividade enquanto ativista sindical noa anos de 1774/75, e hoje investigador na área da sociologia e ciências sociais na FEUC. Para Raquel Varela, não é o mercado que vai determinar o que vai ser trabalho, não é uma economia planificada, nem o

mercado, “é o que os Homens fazem, é a política pós -pandemia.” A historiadora sinaliza sinais contraditórios que podem indicar que vamos agravar muito as desigualdades sociais, “o maior problema dos últimos 100 anos”. Durante a pandemia, sublinha a investigadora, “as classes proprietárias, a burguesia, conseguiram transformar num slogan aquilo que é terrível, a distância social.” Lembrou a propósito que foi nos lares e entre as classes trabalhadoras que está o grande conjunto de doentes. “Podem acontecer que a distância social

aumente, pode aumentar o teletrabalho, transformando a casa das pessoas numa unidade produtiva”, alerta Raquel Varela. Raquel Varela aconselha o jornalismo a fazer uma reflexão. O jornalismo é uma máquina de aterrorizar as pessoas, “fala-se muito de Trump e Bolsonaro e nada dos países europeus em que as coisas estão a correr bem.” Muita gente terá descoberto que o confinamento é melhor que o trabalho e entretanto as crianças terão passado a jogar 10 horas de computador, em vez de oito, ironiza. Para a historiadora, “a ideia que podemos estar, horas, atrás de um computador a trabalhar num mundo hiperautomatizado, sem nos tornarmos um bocadinho numa maquina, é impossível”. Raquel Varela recomenda aos professores que subscrevem o trabalho online uma profunda reflexão e afirma-se preocupada com a saúde mental das pessoas que se sentem melhor no confina-

mento. Ainda assim, Raquel Varela vê como positivo o facto de pela primeira vez a humanidade ter vivido uma experiência comum, num mundo dominado por Estados-nação. Ficou provado que o globalismo criou cadeias de produção que podem facilmente ser interrompidas. Para Elísio Estanque, “não vamos passar de um modelo de trabalho para outro”, vamos ter que conviver com modelos híbridos e “isso vai acrescentar ainda mais complexidade às relações de trabalho”. O direito do trabalho terá que acompanhar os efeitos perversos que isto poderá ter. Lembra o sociólogo que o direito catual, não refere de forma substantiva o teletrabalho. Elísio Estanque não vê nenhuma alternativa à social-democracia e lembra que muitos daqueles que hoje são vistos como extremistas, como Corbin, são na verdade reformistas, que querem estado social e redistribuição da riqueza. Para o sociólogo o

mercado não tem que ser absorvido pelo Estado mas tem que ser muito mais regulado, “o principio mercantilista selvagem não pode continuar.” Elísio Estanque afirma que a universidade tem uma vocação presencial. Há várias tentações, o medo da perda de alunos internacionais será um deles. “Não me revejo nestes meios, nem sei como irei avaliar um aluno com quem não tive contacto visual”. Os estudantes estão a ser aliciados, “a massa dos estudante desapareceu da universidade seduzida pela sedução do consumo, as organizações estudantis tornaram-se organizadores de festas.” Francisco Teixeira, o moderador, lembrou, de forma mordaz, que os estudantes universitários não podem frequentar as aulas e os trabalhadores das fábricas de calçado lá continuam. Raquel Varela apela a que se ouçam pessoas que não defendem este confinamento violento, com credenciais cientificas, sejam ouvidas. •


DESTAQUE

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ENTREVISTA

António Magalhães: presidente da Câmara Municipal entre 1990 e 2013 António Magalhães foi presidente da Câmara Municipal de Guimarães durante 24 anos (1990-2013). Em tempos de pandemia, em confinamento forçado, o ex-presidente do Município fala sobre as consequências desta crise sanitária e da sua visão para o futuro de Guimarães, de Portugal e do mundo, depois da tormenta. O histórico do PS assume de forma clara a sua posição ao lado de Ricardo Costa nas eleições para a Distrital do Partido Socialista. •

António Magalhães (AM): O combate em democracia é legitimo. Embora combate seja uma palavra forte! Eu reconheço que já fiz o que tinha a fazer. Agora é preciso dar a voz a gente mais nova. O engenheiro Barreto já não tem as capacidades, as competências que caracterizam um candidato que imponha o distrito de Braga ao nível daquilo que é a sua importância. O distrito de Braga, que já foi dos maiores do PS, foi apagado e ele fez tudo para o apagar. O engenheiro Barreto deixou de se preocupar, perdemos 45 mil votos nas últimas eleições autárquicas e quatro câmaras, além daquelas em que perdemos a maioria absoluta, esse é que é o retrato do Partido Socialista. O Ricardo Costa é um jovem preparado, com condições para levar à prática um projeto para o distrito. Penso que ele tem condições para ganhar, se isso não acontecer pode ser por truques de secretaria. Não garanto porque não sei, mas sei como costumam atuar.

(MG): Apesar das qualidades que reconhece em Ricardo Costa, no concelho de Guimarães não reúne o apoio nem do presidente da Concelhia nem do presidente do Município? Isso pode ser um problema político, depois das eleições?

muito durante o primeiro mês e meio, depois disso comecei a ter algumas sensações menos simpáticas.

Penso que não. Mas se me perguntar se eu percebo a posição do deputado Luís Soares e do presidente Domingos Bragança, pondo na balança um candidato de Guimarães e outro de Cabeceiras de Basto, do meu ponto de vista não haveria hesitação na escolha. Domingos Bragança será candidato à Câmara, se assim o quiser, em 2021, Luís Soares já é deputado e Ricardo Costa não está preocupado com lugares autárquicos, ele tem pretensões legitimas para vir a ter uma intervenção política de outra natureza.

Eu presumo que são comuns à maioria dos cidadãos com alguma responsabilidade coletiva. Pelo que tenho visto, há alguma confusão. É importante continuar a “badalar” os cuidados que temos que ter quando estamos

(MG): De que forma é que esta pandemia alterou as suas rotinas? Alterou na medida em que todos os cidadãos tiveram que fazer modificações no seu quotidiano, a mim fez-me estar em casa, sobretudo isso. Cumprir à risca as instruções que eram emanadas pelo governo. Não me custou

(MG): Relativamente ao desconfinamento, quais são as suas principais preocupações?

em conjunto, de modo que não tenhamos uma segunda vaga que seria profundamente nociva. Aquilo que se passa na periferia de Lisboa é muito preocupante. (MG): Esta pandemia vai transformar a nossa sociedade, ou tem uma opinião mais positiva acerca do que ai vem? Eu penso que não voltaremos a trás. Vai haver alterações, nomeadamente ao nível laboral, nas formas de governação, vamos dar um salto na forma como

nos relacionamos com as novas tecnologias e quem não estiver preparado pode ficar para trás. (MG): Em Guimarães, comparando abril de 2020 com o mesmo mês do ano anterior, há mais 1 200 desempregados. Há alguma coisa que se possa fazer para enfrentar esta consequência da pandemia? Não vai ser fácil. Mas não podemos deixar que algumas conquistas sociais que tínhamos atingido caiam. Penso eu que © Direitos Reservados

Mais Guimarães (MG): A pandemia adiou as eleições para a Distrital de Braga do PS. Há dois candidatos, Joaquim Barreto que se recandidata e Ricardo Costa. O que é que lhe parece esta disputa?


DESTAQUE

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com os recursos da UE, bem geridos, sobretudo para aqueles que trabalham e para os empresários genuinamente interessados no progresso do país, temos que aguentar este período de transição que será o mais difícil. Vai ser preciso responsabilidade dos empresários, dos trabalhadores, dos cidadãos e sobretudo dos governantes a nível local e nacional. (MG): Como é que vê os apoios que já foram anunciados? Para os empresários e para os trabalhadores o que os governos propõem nunca chega, é sempre pouco. Muitos estão bem intencionados, mas outros nem por isso. (MG): Qual é a avaliação que faz do trabalho do governo desde o inicio desta situação sanitária?

Nós sabíamos que o SNS tinha grandes fragilidades, a prova disso é que se for verificar o número de enfermeiros, médicos e pessoal auxiliar que foi preciso contratar, nós não estávamos preparados para uma tarefa tão complexa (MG): E relativamente ao SNS? Nós sabíamos que o SNS tinha grandes fragilidades, a prova disso é que se for verificar o número de enfermeiros, médicos e pessoal auxiliar que foi preciso contratar, nós não estávamos preparados para uma tarefa tão complexa. A verdade é que, em pouco tempo, conseguimos reunir meios e ombrear com países mais ricos. Algumas coisas no terreno estariam mal, antes da pandemia. O que se passou em algumas instituições, nomeadamente a resposta lenta aos seus utentes, prova que temos que fazer um trabalho mais profundo. O trabalho começa pelo governo que tem que assumir as suas responsabilidades, nomeadamente, fiscalizando. Temos que olhar para aqueles que ficam na beira da estrada à espera de uma boleia que raramente aparece (MG): Como vê o problema da TAP? O governo deve intervir? E como encara a forma como a empresa pretendia abandonar grande parte das rotas a partir do Porto? Não podemos deixar de ter, no Norte, um conjunto de infraestruturas fundamentais, atendendo

à dimensão da região, à sua população e à própria Galiza. Temos que ter possibilidade de a partir daqui viajar para vários sítios. O governo terá de ver se quer intervir na TAP com verbas significativas, se quer corrigir o que está mal rapidamente, mas não pode deixar apenas o aeroporto de Lisboa servido, esquecendo o Algarve o Norte e as ilhas. Uma vez que não temos ligações ferroviárias temos que ter este aeroporto com ligações. Os autarcas estiveram bem ao “fazer barulho”, porque não pedem nada para eles é para as populações. (MG): Isto coloca novamente em cima da mesa a questão da regionalização. Como é que encara essa possibilidade? Eu penso que se caminha para

aí. Se tivermos que fazer um referendo não passa. Propositadamente, arranjaram-se mais regiões [no primeiro referendo] que aquelas que devíamos ter, além disso colaram a imagem da regionalização ao que se passava na Madeira com o Alberto João Jardim e isso foi muito negativo. Com cinco regiões, não sete como da outra vez, não teríamos que recorrer sempre a Lisboa.

sam servir de tampão, porque na Europa a Rússia já não conta. A China tentará por via económica, eles não são muito belicistas, mas se for preciso podem atuar também nessa área. Repare que nós dependemos da China em termos de energia. Neste momento eles tentarão vender as suas novas tecnologias que serão fundamentais para dominar o mundo, mais que os arsenais atómicos.

(MG): A nível internacional: ficaremos mais dependentes da China depois desta pandemia?

(MG): Ficaremos melhores pessoas depois disto, mais exigentes com o poder político?

A China é um potentado a ter em conta. A NATO foi criada para defender a Europa da Rússia e agora tudo o que se está a fazer é desviar a sua força para o sul da China, para que juntamente com a Índia, Austrália e o Japão pos-

Não acredito muito. A população portuguesa que tem um lastro mas devia informar-se bem para poder reclamar e não olhar apenas para os maus exemplos. Extrapolar de alguém que cometeu erros, a nível individual, para o

todo da política, isso nunca conduziu a nada. Esse conceito negativo da política é uma ideia que a extrema direita tentou vender. Veja o que se passa nas Filipinas, o que se passa no Brasil é a mesma coisa. O pós-pandemia vai ser difícil. Temos que dar as mãos e tratar da comunidade antes de tratar dos nossos interesses pessoais. Temos que olhar para aqueles que ficam na beira da estrada à espera de uma boleia que raramente aparece. Isso vai dar origem a uma sociedade cheia de problemas. É preciso que cada um como empresário, desportista, trabalhador, autarca… alguém que concilie estes interesses para que possamos imaginar um amanhã um pouco melhor. • © João Bastos

Eu sou suspeito, embora não abdique de ter opinião. As oposições têm estado à altura da situação que enfrentamos quer a nível nacional quer a nível local.


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EM GUIMARÃES

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Guimarães reabre portas a turistas e o “Turismo de Natureza” é o foco Após reabrir portas do Posto de Turismo, Guimarães aposta agora no "Turismo de Natureza e no desenvolvimento da sustentabilidade do território. © CMG

ca de São Torcato. No âmbito da promoção de uma experiência vínica e gastronómica, Guimarães tem também em curso o projeto Enoturismo, recorda a autarquia, que inclui visitas guiadas às Adegas com prova e compra de vinhos, participação nas atividades agrícolas e nas vindimas ou mesmo a dormida em algumas das Quinta vinícolas associadas.

Autarquia realiza sessões para agentes locais

No âmbito das medidas progressivas de desconfinamento implementadas pelo município, reabriu, na última segunda-feira (01 de junho), o Posto de Turismo da Praça de S. Tiago, ponto de informação e acolhimento estratégico para os visitantes da cidade. Até 30 de setembro, será praticado o horário de verão, com abertura diária, incluindo fins de semana e feriados. Sendo Guimarães um "destino não massificado e com grande diversidade de oferta", escreve

a autarquia, a cidade reabre as portas aos turistas, que voltam a poder "conciliar experiências únicas através dos seus recursos naturais e culturais". Agora com uma aposta clara no segmento de “Turismo de Natureza”, no desenvolvimento sustentável do território e na diminuição da sazonalidade. Guimarães "favorece uma relação harmoniosa entre cultura e natureza", garante a autarquia. Prosseguindo as metas definidas na Estratégia de Turismo,

Guimarães "procura valorizar o seu território com vista a atingir as diretrizes europeias para o desenvolvimento sustentável" e a contribuir para o posicionamento do concelho como um exemplo no balanço entre o património cultural e o seu património natural que se estende pelo território, a exemplo dos percursos pedestres de S. Torcato, Penha ou Briteiros, as Termas das Taipas e a Citânia de Briteiros, ou monumentos como o Paço dos Duques, Castelo de Guimarães, Museus e a Basíli-

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O desalento dos feirantes em Guimarães: “isto não tem futuro”

tizados, não há missas. Não se vende nada”, refere Maria Isabel, feirante natural de Fafe. Começou a vender na feira vimaranense desde que esta se deslocou para o espaço atual, mas faz disto vida praticamente desde que nasceu: “Isto não tem futuro. Estou próxima da reforma, mas se eu fosse mais jovem, onde é que eu já estava… isto não é futuro para ninguém. Ainda por cima ter que pagar os lugares nas feiras. Do layoff só recebi pouco mais de 100€. Para que é que isso dá?”,

refere. Maria Isabel vende, sobretudo, vestidos, mas, garante, tirando “cuecas e meias”, pouco mais se vai vender. “Eu não preciso disto. Eu não vou para a praia, eu não vou para acolá…”, são algumas das justificações que mais vai ouvindo. À hora do almoço, Maria Isabel e António Rodrigues conseguiram apenas 20€ em vendas. Se as próximas feiras forem assim, garante Maria Isabel, “não vale a pena voltar”. •

Parque de Campismo da Penha reabre esta quinta-feira com lotação reduzida O Parque de Campismo da Penha, Guimarães, reabre na próxima quinta feira, dia 04 de junho, dando-se início à época campista 2020, que está previsto venha a terminar em 30 de outubro. A Turipenha, entidade gestora do espaço, garante ter cumprido as diretrizes da Direção Geral da Saúde (DGS), planificado e ajustado os serviços de forma a oferecer aos campistas uma solução adaptada a esta nova realidade, reforçando os serviços de limpeza e higiene e limitando a lotação de campistas. A presidente da Turipenha e ve-

readora da autarquia, Sofia Ferreira, explica, em comunicado, que “foi reforçada a equipa de limpeza para que se possa oferecer aos campistas um serviço seguro. A confiança dos campistas é fundamental e podemos garantir que cumpriremos todas as orientações emanadas das entidades oficiais, nomeadamente da DGS”. Os parques de campismo só poderão admitir nos seus espaços dois terços da sua capacidade máxima e, nesta fase inicial, decidiu a Direção da Turipenha autorizar a entrada a um máximo de 150 campistas. • © Direitos Reservados

Cumprindo as normas da Direção Geral de Saúde, a feira retalhista de Guimarães voltou a abrir ao público na passada sexta-feira, 29 de maio, mas o cenário não agradou aos feirantes. Apesar de a afluência não ter defraudado as expectativas, ao Mais Guimarães, os feirantes queixam-se do receio das pessoas em comprar os produtos. “O negócio está fraquíssimo. A feira tem muita gente, mas para quê? Para passear… Não há nota. Não há casamentos, não há ba-

No âmbito do Plano de Ação da Estrutura de Missão Guimarães 2030, mais concretamente do Turismo Sustentável, e em colaboração com a Divisão de Turismo, realizam-se na próxima quinta-feira, 04 de junho, ações de Capacitação para os agentes locais. O obejetivo é informar sobre os planos e projetos que estão a ser implementados. A apresentação será realizada por videoconferência, contando com a presença da vereadora do Turismo e Ambiente, Sofia Ferreira, da coordenadora geral da Estrutura de Missão 2030, Isabel Loureiro e do diretor executivo do

Laboratório da Paisagem, Carlos Ribeiro. A Estrutura de Missão 2030 é uma plataforma de discussão e reflexão sobre os grandes temas do desenvolvimento sustentável, destacando áreas como as Alterações Climáticas e Energia; Natureza, Paisagem e Biodiversidade; Resíduos e Eco-Inovação; Ar e Acústica; Mobilidade Sustentável; Água; Eco cidadania, Turismo Sustentável, entre outras. A primeira sessão está agendada para as 11h00 e destina-se às “Unidades de Alojamento”, com a colaboração de Fátima Vieira, diretora da ABAE, que abordará a importância do galardão “Green Key” para as empresas e para o destino turístico Guimarães. Às 14h30 decorre a sessão para “Operadores e Empresas de Animação Turística”, destacando-se a importância da inclusão do “Turismo Verde/Sustentável” na oferta da programação do Destino Guimarães. Os interessados em participar devem enviar e-mail para info@guimaraesturismo.com. Está igualmente prevista para este mês a realização de uma sessão com os Restaurantes de Guimarães, a qual será anunciada em breve. •


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Pré-escolar abre sem testar educadoras © Rui Dias

Na segunda-feira, dia 01 de junho, o país entrou numa nova fase de desconfinamento. Nesta fase abriram os estabelecimentos do préescolar, sem testar os profissionais, ao contrário do que tinha acontecido na abertura das creches.

Além do pré-escolar abriram a também as grandes superfícies comerciais, com exceção das da região da Grande Lisboa. Num passeio, terça-feira, dia 02, a meio da tarde por um dos Centros Comerciais da cidade o movimento fazia crer que nada se passava. Muita gente nos corredores, pessoas com sacos,

fazendo compras. Os lojistas, animados, confirmam que os dois dias de abertura do espaço foram de bom negócio. Hélder Fernandes responsável da loja na Fnac afirma que “as pessoas estavam à espera, tinham necessidade, o dia de ontem (segunda-feira) parecia um dia de fim de semana”.

Mas nem tudo está normal neste Centro Comercial, além das máscaras na cara dos lojistas, as portas estão abertas e há circuitos independentes para quem circula em cada direção. “Caminhe pela direita”, lê-se em autocolantes pelo chão. Também há os já habituais marcadores redondos nos locais onde normalmente se formam filas. Nas lojas, além dos circuitos independentes, nem sempre fáceis de perceber para quem está habituado a circular descontraído, há vários pontos com gel de desinfeção para as mãos, além disso, a aparelhagem sonora vai emitindo avisos de boas práticas.

por parte da DGS recomendação para esse efeito. Ainda segundo dados oficiosos da Câmara, num universo de cerca de 500 funcionários testados na abertura das creches, apenas dois ou três testaram positivo e eram assintomáticos. Estes terão sido contactados pelas autoridades de saúde publica para serem tomadas as medidas necessárias. Uma educadora disse ao Mais Guimarães que os pais não revelam grande preocupação relativamente ao facto de os profissionais não estarem a ser testados, “nem questionam relativamente ao assunto”.

Pré-escolar abre sem testar educadoras

Ginásios com grande adesão logo no primeiro dia

Ao contrário do que tinha acontecido com a abertura das creches, a 18 de maio, agora, na abertura do pré-escolar não foram testadas nem educadoras, nem pessoal auxiliar. A Câmara Municipal de Guimarães afirma que isso se deve a não ter havido

Apesar da forte limitação que é não se poder tomar banho no ginásio, os dois primeiros dias de abertura parecem promissores para o negócio do fitness. Emanuel Moreira do Solinca Guimarães, afirma que “dentro

das contingências que temos até podemos dizer que superamos as expectativas”. O ginásios funcionam com limitação de lotação tanto nas aulas de grupo como nas salas de musculação e cardio. Emanuel Moreira fala em reduções de mais de 50% da lotação em todos os espaços. Com estes números os gestores reconhecem que as aulas não vão ser rentáveis. Emanuel Moreira realça que “a questão económica não é agora o que importa, o importante é respeitar as medidas da DGS e oferecer segurança às pessoas”.

Loja do Cidadão: não vá sem marcação A partir do dia 01 de Junho passaram a estar abertas, em horário total, as Lojas do Cidadão, embora os atendimentos devam ser agendados previamente. Os cidadãos sem marcação não serão atendidos. O agendamento poderá ser feito por telefone e/ ou através da internet para a entidade ou serviço que procura. •

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N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

Guimarães está a testar a monitorização dos recursos hídricos em tempo real O projeto faz parte do Plano de Ação 2020-2021 e foi apresentado na passada segunda-feira em reunião municipal. Outra das iniciativas é melhorar as previsões meteorológicas, em colaboração com o IPMA, aumentando o número de sensores no concelho. menta aquilo que é a fiabilidade dos nossos dados. Vai medir diferentes parâmetros para perceber variações em determinados dias e que nos deem uma base de dados fidedigna e maior do que duas vezes por ano. Além disso, permite que o cidadão tenha acesso aos dados em tempo real”, explicou. O sistema foi testado desde junho de 2019 até maio deste ano na ribeira Costa/Couro e agora está a ser testado no rio Selho, junto ao Laboratório da Paisagem. “Permite detetar com maior rapidez alguma anomalia na linha de água, como as descargas poluentes”, avançou. O Laboratório da Paisagem, não sendo uma entidade fiscalizadora, tem vindo a notificar as entidades competentes de eventuais focos de poluição ou descargas, para que possam agir em conformidade. Esses alertas foram feitos na sequência de observação direta, por coincidência de descargas em dias de recolha de amostragens ou por informação que nos chegou via canais do Laboratório da Paisagem. Tal como a referência ao sistema de monitorização em tempo real está ainda em processo de testes/calibração, as informações obtidas são, ainda, essencialmente, por observação

direta, por coincidência de descargas em dias de recolha de amostragens ou por informação que nos chega via canais do Laboratório da Paisagem. Assim, em termos de registos de contaminação no rio Selho, o Laboratório comunicou às entidades competentes uma média de uma descarga por ano (2015, 2019 e 2020). No caso do rio Ave houve, em média, duas notificações por ano (em média, sendo que em 2018 não temos registos), sendo a última sido referente a outubro de 2019, sobre a qual o SEPNA já tinha informação prévia. Refira-se ainda que, desde 2014, têm sido produzidos relatórios sobre a qualidade da água da ribeira Costa/Couros e rio Selho que demonstram “uma evolução positiva quanto à qualidade da água e ao restauro dos ecossistemas”, revelou Carlos Ribeiro.

Melhorar as previsões meteorológicas Outro projeto, que deverá ser implementado em 2022, será realizado em colaboração com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA) e passará pelo incremento no número de

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Um plano de caracterização das águas subterrâneas, um sistema de monitorização dos recursos hídricos ou a execução de um mapa verde para potenciar o turismo de natureza foram algumas das ações apresentadas esta segunda-feira no início da reunião de câmara da passada segunda-feira por Isabel Loureiro, coordenadora geral da Estrutura de Missão Guimarães 2030, fez a apresentação do Plano de Ação 2020-2021. Este plano de ação, que envolve uma equipa multidisciplinar, constituída por elementos pertencentes às diversas entidades da Estrutura de Missão, contempla três tipologias de projetos – em curso, em contínuo –, engloba 10 grupos de trabalho e aborda 19 temas relacionados com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Um dos projetos em destaque foi o sistema de monitorização em tempo real dos recursos hídricos do concelho. Na reunião de câmara, o diretor executivo do Laboratório da Paisagem, Carlos Ribeiro, explicou que, apesar de já terem sido analisadas diversas amostragens desde 2015 através de outro sistema, a análise em tempo real permite transportar os dados para uma plataforma digital de acesso a todos. “Au-

sensores para contribuir para as previsões meteorológicas, para que não haja dependência das previsões de Braga. Atualmente, há quatro estações calibradas instaladas em Guimarães. “A ideia é garantir maior autonomia relativamente à analise e caracterização das condições meteorológicas relativamente ao município. Os dados que são remetidos estão associados a Braga”, explicou Sofia Ferreira. Os projetos em curso e em contínuo resultam do trabalho já executado no âmbito da candidatura de Guimarães ao título

de Capital Verde Europeia, tendo sido mantidos em face dos resultados obtidos e da importância da sua continuidade no âmbito do desenvolvimento sustentável do território Após a apresentação do Plano de Ação, o vereador André Coelho Lima, do PSD, elogiou o projeto, apontou a necessidade de monitorizar a situação para “sabermos onde intervir”. “A monitorização é fulcral. Sem isso não conseguimos tomar as decisões de onde atacar em primeiro lugar. Temos que ter os índices devidamente monitorizados”, sublinhou. • MO

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Trabalhadores da autarquia vão poder usar e partilhar bicicletas elétricas Os trabalhadores da autarquia vão poder utilizar bicicletas elétricas, através de um sistema de partilha. O regulamento interno para a utilização das mesmas foi na passada segunda-feira aprovado em reunião municipal. A aquisição de 20 bicicletas elétricas, que serão disponibilizadas aos trabalhadores da autarquia, foi comparticipada no âmbito do programa “EduMove-te: Educar para a mobilidade sustentável”, do Fundo Ambiental e ENEA2020 – Estratégia Nacional de Educação Ambiental. A ideia é “sensibilizar os trabalhadores do Município para a adoção de práticas ambientalmente mais sustentáveis, durante o horário de trabalho”, segundo a autarquia. Nesse sentido a ideia surge para “fomentar, em regime de partilha, a sua utilização nas respetivas deslocações trabalho-casa-trabalho, promovendo a sua difusão noutros contextos e a indução de boas práticas e iniciativas que sensibilizam para o seu uso”, pode

ler-se na proposta que foi a votos e aprovada por unanimidade. A ideia é, no futuro, com uma nova candidatura, chegar às 50 bicicletas elétricas, segundo a vereadora do ambiente, Sofia Ferreira. “É uma boa ideia para sermos indutores destas práticas”, acrescentou o autarca Domingos Bragança. A disponibilização das bicicletas elétricas constitui uma nova eta-

pa na sensibilização da comunidade, por forma a integrar este velocípede como uma alternativa na mobilidade urbana, escreve a autarquia. “A promoção dos modos suaves, nomeadamente a circulação ciclável, viabilizam a adoção de políticas de gestão da mobilidade mais amigáveis, tornando, simultaneamente, as cidades mais humanizadas”, sintetiza a Câmara”. • MO


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O JORNAL N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

Gestão da pandemia em discussão na reunião municipal © Mais Guimarães

Se do lado do PSD surgem críticas por uma gestão feita “às pinguinhas”, do lado da autarquia, o presidente da Câmara Municipal garante que a gestão da Câmara foi “exemplar”.

A gestão da pandemia por parte da Câmara Municipal foi feita “às pinguinhas”. A crítica foi apontada pelo vereador Bruno Fernandes, do PSD, em reunião do executivo. Domingos Bragança, edil vimaranense, respondeu que “os vimaranenses não estão distraídos” e que sabem que a gestão dos efeitos

da pandemia foi “exemplar”. A propósito da discussão acerca da imposição de serviços mínimos de transporte em diversas empresas de transportes, Bruno Fernandes recordou, uma vez mais, que a 18 de maio, dia de regresso às aulas dos alunos do ensino Secundário, “parte deles não teve transportes”.

“O despacho para retificação, data 20 de maio, já depois do início das escolas. Por que é que esta decisão não foi tomada mais cedo?”, questionou. “Parece que estamos a fazer uma gestão às pinguinhas”, criticou. Para Bruno Fernandes, as decisões da autarquia são tomadas “tardiamente”, depois

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Luís Soares e Sónia Fertuzinhos, deputados do Partido Socialista (PS), estão “preocupados” com a situação do emprego em Guimarães, afirmam em comunicado. Os deputados reuniram na passada quinta-feira com a Delegação do IEFP de Guimarães. “Constatámos com preocupação o aumento significativo do número de inscritos no Centro de Emprego de Guimarães sobretudo comparando mês de março com o mês de abril, em que se registou aumento de 730 novos cidadãos inscritos no Centro de Emprego”, escreve Luís Soares, explicando que no total no mês de abril o Centro de Emprego de Guimarães tinha 6846 cidadãos inscritos no Centro de Emprego. No mesmo comunicado, a deputada do PS, Sónia Fertuzinhos afirmou que “o desemprego atinge predominantemente a indústria e os trabalhadores com baixas qualificações”. “Porém, saímos com ânimo relativamente a esta situação de incerteza, porque no mês de maio verificou-se já um aumento do número de ofertas de emprego em Guimarães”. • MO

ponto de vista pessoal e político, de vídeos para se promover. “Se quisesse aparecia a toda a hora e as pessoas sabem disso. Fi-lo porque insistiram para fazer. Não avaliei esse alcance que aqui trouxe”, garantiu. O autarca assegurou que a sua intenção foi “ajudar o comércio local”, ao marcar presença em cafés e no comércio, passando a mensagem de que é seguro comprar em Guimarães. “É uma leitura, aceito-a, mas não foi de todo a minha intenção”, frisou. • MO

O PSD reiterou, esta segunda-feira, em reunião municipal, que a autarquia deveria conceder mais apoios e mais autonomia às juntas de freguesia. Os sociais democratas votaram contra a concessão de apoios municipais às freguesias e a delegação de competências nas freguesias por considerarem que estes são “manifestamente insuficientes”. As críticas vieram pela voz do vereador Hugo Ribeiro, que afirmou que o valor é “manifestamente inferior ao que consideramos que fosse justo”. “Gostaríamos que fosse atribuído muito mais. temos vindo a defender isto há muitos anos, mas não poderemos deixar de lutar pelo que achamos justo. Com este valor, não chega a 1% do orçamento municipal, que é de 116 milhões de euros”, recordou. O autarca comparou mesmo, apontando que percentualmente, Braga transfere 5,3% do seu orçamento para as freguesias e Barcelos transfere 7,2%, Fafe 5% e Vila Nova de Famalicão 3%. Hugo Ribeiro frisou que as juntas “deveriam ser dotadas de meios financeiros para que não dependessem financeiramente do

© Mais Guimarães

oposição se fosse convocada, não apareceria, ou, pelo menos, tentaria esclarecer bem a forma como iria aparecer”. “Temos que saber distinguir a participação do presidente de Câmara da de todos os outros elementos da vereação socialista. Aparecer um conjunto de vereadores do PS e o chefe de gabinete é o máximo do ridículo. É momento de dar destaque aos vimaranenses e não aos políticos”, acrescentou. Domingos Bragança, na resposta, afirmou que “não precisa”, do

Deputados do PS “preocupados” com a situação do emprego

PSD pede reforço das verbas e da autonomia das freguesias

PSD acusa socialistas de fazerem “campanha política” no vídeo da ACTG O vereador André Coelho Lima, do PSD, afirmou na passada segunda-feira que o autarca Domingos Bragança e a vereação socialista usaram o vídeo lançado na passada semana pela Associação do Comércio Tradicional de Guimarães (ACTG) para se promoverem. Recorde-se que a ACTG lançou, nas redes sociais, um vídeo de promoção do comércio vimaranense, apostando na mensagem de que é seguro comprar na cidade-berço. Na trilha participam vereadores do Partido Socialista (PS), o presidente da Câmara Municipal e o chefe de gabinete do mesmo. André Coelho Lima aproveitou, durante a reunião municipal, a atribuição de um subsídio à ACTG, aprovado por unanimidade, para dizer que o vídeo parecia mais “um ato de campanha política” do que de “um vídeo promocional”. “Não é a sua cara. Não é bonito ver membros da Câmara a ajudar os políticos. Como dizia o anterior presidente António Magalhães, por vezes, o ridículo mata”, afirmou. Questionado pelos jornalistas se gostaria que a oposição tivesse sido convidada a participar no vídeo, André Coelho Lima afirmou que, “se a

de a população “estar a ser confrontada com as necessidades”, o que num estado de emergência “não pode acontecer”. Na resposta, o autarca vimaranense Domingos Bragança sublinhou que os vimaranenses “não estão distraídos. “Tudo fizemos no âmbito estratégico. Guimarães foi exemplar. O presidente da camara não teve tempo de estar em casa. Trabalhou das oito à uma da manhã todos os dias. Todos sabem”, afirmou. Por sua vez, a vereadora responsável pelos Serviços Urbanos, Sofia Ferreira, garantiu que a autarquia deu a resposta necessária e que, no futuro, com a Câmara como entidade gestora dos transportes, haverá “uma melhoria significativa” em termos de oferta. “A autarquia fez o investimento que tinha que fazer. Agimos lá atrás e durante o estado de emergência. Os presidentes das Juntas de freguesia fizeram chegar as suas maiores necessidades e nós demos resposta”, garantiu. • MO

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município”. “Percebemos porque é que o presidente da Câmara não abre mão do domínio das juntas. O modus operandi que o PS tem usado é uma relação de subsidiodependência. Todos percebem que as juntas são as trincheiras das batalhas políticas e aquilo que permite quem está no poder permanecer no poder. Vão a Ponte e vejam”, criticou. Na resposta, o autarca Domingos Bragança afirmou que “uma marca” da sua governação é “o investimento nas freguesias”. “Foi um forte investimento no anterior mandato e continua neste. Têm níveis diferentes de desenvolvimento que são desiguais. Se atribuísse a mesma verba a todos, estava a prolongar a desigualdade territorial”, afirmou. “Não há um presidente de Junta que se queixe da falta de investimento”, acrescentou. • MO


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Maria Eduarda Lemos: “Não nos podemos esquecer que estamos numa pandemia” Maria Eduarda Abreu Lemos, médica pediatra vimaranense, foi, esta semana, uma das convidadas do programa “Em casa, à conversa com…”. A entrevista está disponível na íntegra no Facebook e no canal do YouTube do Mais Guimarães. © Direitos Reservados

fetadas por quatro ou mais vírus ao mesmo tempo. Isto obriga a uma competição entre os vírus. A imunidade, o menos número de recetores e a existência de coinfeções nas crianças são fatores decisivos para as crianças na resposta ao Sars-Cov-2, como a outras infeções. Devemos lembrar que Portugal tem uma alta cobertura no programa vacinal. 99% das crianças aos dois anos têm o PNV cumprido. Eu penso que as crianças estão aptas para se defenderem quer das infeções virais normais, quer da Sars-Cov-2. MG: Mas esta proteção excecional não pode levar a que estas fiquem mais frágeis no contacto com o exterior, relacionando-as com outras doenças? MEAL: A parte negativa do infantário é mesmo essa. O contacto com um grande número de infeções. As infeções das crianças ao longo dos anos fazem com que vão adquiram imunidade. A imunidade inata e a memória imunológica que nós vamos tendo ao longo das infeções, vai-se adquirindo e isso é o que é pretendido.

Mais Guimarães (MG): Como é trabalhar num ambiente de pandemia, num hospital, com crianças, num período de pandemia? Maria Eduarda Abreu Lemos (MEAL): Cada médico ou cada profissional do hospital teve que se adaptar às novas rotinas. Isto faz parte de cada ser humano e de cada profissional. Adaptamo-nos tranquilamente aos novos hábitos de trabalho. No início havia bastante medo. Nós trabalhamos no dia a dia com crianças e pais, e com bastantes pessoas potencialmente infetadas. A cada dia ouvirmos as notícias criam uma certa ansiedade. MG: No dia 01 de junho reabriu o pré-escolar. Há preocupações por parte dos pediatras em relação a um possível aumento do número de casos nas crianças? MEAL: Nós anteriormente sabíamos os adultos é que infetam as crianças. Mas isto não é 100% correto, porque as crianças estiveram 100% confinadas, por isso não conhecemos os seus graus de infeção. Agora é uma preocupação. Vamos ver como corre,

mas temos o à vontade de saber que a infeção entre crianças é ligeira. Por isso acho que faz sentido começar este desconfinamento. MG: Relativamente a estes dois meses em que as crianças estiveram em casa, elas estiveram muito mais protegidas do ambiente e não ficaram tão doentes. Mas isso não pode fazer com que elas estejam mais frágeis, neste regresso às escolas e às ruas? MEAL: Não. Aparentemente a resposta imunológica das crianças é inata, ela é mais eficaz a responder a esta infeção. As crianças têm uma resposta inflamatória mais controlada, por uma série de fatores. Relativamente à Sars, sabe-se que estas crianças têm menos recetores nas células que causam infeções, e que estes recetores aumentariam com a idade. Portanto há menos pontos de ligação e menos gravidade nas doenças. Outro aspeto que explica esta menor gravidade nas crianças é o facto de elas terem frequentemente infeções. Há crianças que por vezes estão in-

MG: Nos primeiros estudos que foram realizados sobre a Covid-19 falou-se da possível transmissão do vírus da mãe para bebés ou fetos. De uma transmissão vertical. Há esse risco? MEAL: A transmissão vertical ainda não está comprovada. Há muitos poucos casos e não se sabe se foi pré ou pós-parto. Dos nossos dados, nos hospitais, os casos de crianças ou bebés que ficaram positivos, provavelmente o contágio foi pós-natal. Não temos 100% certezas, mas acredita-se que seja. O bebé que nasce fica junto da mãe e há um pequeno risco de transmissão. Orientamos a mãe e usar máscara e a higienizar frequentemente as mãos e a mama. Estas são as recomendações mais assertivas e são as que normalmente adotamos no nosso hospital e outros organismos nacionais.

confronto para elas. Os bebés, alguns, ficavam junto das mães, para serem amamentados, e, que nós saibamos, nenhum ficou infetado. MG: E depois do regresso a casa, há cuidados que os pais devem ter com os filhos recém-nascidos? MEAL: Sim. Nós temos os folhetos da Direção Geral de Saúde, com regras de isolamento. Como tratar um doente com teste de Covid-19 positivo. Nós também temos folhetos próprios para entregar às mães. As mães podem ter a opção de não amamentar e permitir que outro cuidador tome conta da criança. Ultimamente as mães levam as crianças e dão de mamar aos bebés. Mas tudo isto é mais fácil se o cuidador pai não estiver infetado, porque tomar conta do bebé e mãe fica isolada. Mas se a mãe tiver máscara, acaba muitas vezes por conseguir tomar conta do bebé. MG: Relativamente às crianças que testaram positivo. Como é que elas reagem quando lhes é comunicado o resultado do teste? Teve que explicar isto a alguma criança? MEAL: Nós temos uma particularidade, em que as crianças são muito pouco sintomáticas. Algumas crianças foram testadas positivas, mas assintomáticas. Ou porque tinham uma cirurgia marcada, coisas do género. Praticamente não tivemos nenhuma criança internada com sintomas. As crianças não têm sintomas, mas ainda não sabemos se são grandes portadoras. Essa é a grande questão. Claro que as que tiveram, por alguma razão, de fazer o teste, e o resultado foi positivo, as recomendações são as normais. Mas nas crianças não é fácil, porque estão com um cuidador, saudável de preferência.

MG: Em Braga tiveram algum parto de uma mãe infetada por Covid-19?

MG: Nesta altura de desconfinamento e depois de as crianças regressarem aos infantários, não será muito indicado levá-las para junto dos avós… ou nesta fase já podemos fazer isso com alguma tranquilidade?

MEAL: Tivemos. Fizeram o teste quando chegaram à maternidade e o resultado foi positivo. Foram momentos de grande angústia para elas e os dias de internamento foram marcados por um

MEAL: Não. Os avós são um grupo de risco. Pessoas com mais de 65 anos ou com uma doença subjacente, hipertenção, doenças cardiorrespiratórias, são grupo de risco. Não, de todo, deve haver

essa exposição. MG: Então é preferível os pais colocarem os filhos em instituições, junto de crianças das mesmas idades, do que aproxima-los de grupos de risco como os avós? MEAL: É o que é recomendado pela Direção Geral da Saúde. MG: Estamos a chegar ao verão. O que é que pode recomendar aos pais, para ocupa-los nesta fase? MEAL: Nada de pensamentos negativos, mas não nos podemos esquecer que estamos numa pandemia. Tivemos uma mudança de rotinas e cada um esforçou-se para se adaptar e vamos manter as recomendações da Direção Geral de Saúde, que são transversais a todas as situações. Não podemos descurar nos espaços fechados usar máscara e as lavagens das mãos tem que ser reforçada. Os cuidadores de crianças devem higienizar bastante as mãos, mas esta é uma recomendação já anterior. MG: No meio de toda esta situação, pode ficar de bom as pessoas terem ainda mais cuidados com a higiene, sabendo-se que grande parte das doenças se propaga através da falta de higiene? MEAL: Sim. Este vírus é altamente contagioso e tentamos que não haja uma maior propagação, com o confinamento. Mas as algumas diretrizes agora mantêm-se porque a pandemia ainda está aí. Temos que manter as regras. As crianças vão para a escola mas há coisas que ainda vamos tentando melhorar, porque está tudo em estudo, para vermos a melhor solução para acabar com a pandemia, ou pelo menos para não haver uma grande transmissão. MG: A Eduarda esteve na linha da frente, no combate à Covid-19, enquanto profissional de saúde. Que avaliação faz da resposta do SNS durante este período? MEAL: Eu trabalho na nenontologia e estamos um bocado protegidos. O nosso contacto era com as mães cujos bebés estão lá internados. É diferente de atender doentes com gravidade, com Covid-19. Tenho mesmo que referir que é um pouco diferente e temos que ter essa consciência. •


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Conselho Consultivo reúne na próxima sexta-feira © Mais Guimarães

Pela “transparência”, Urbanismo de Guimarães passa totalmente a digital

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Nova interface tem o objetivo de “eliminar o papel de todas as interações no âmbito da gestão urbanística Guimarães”. © Direitos Reservados

O município de Guimarães vai disponibilizar uma interface que permitirá aos munícipes obter “uma melhor experiência e um acompanhamento dos seus processos”, “visando uma análise mais transparente, mais célere e mais eficiente dos mesmos”, refere a autarquia, em comunicado. Este interface tem o objetivo de “eliminar o papel de todas as interações no âmbito da gestão urbanística Guimarães”. A implementação da plataforma vai ser feita por fases, pelo que, numa primeira fase, o município vai promover, no próximo dia 04 de junho pelas 10h30, um webinar dirigido aos gabinetes técnicos, por forma a dar a conhecer esta solução tecnológica para a submissão de novos pedidos que passa a ser realizada de forma totalmente online, já a partir do dia 08 de junho. “A implementação do Urbanismo

Digital, assenta na solução atual de epaper, traduzir-se-á num incremento efetivo da qualidade de resposta e do desenvolvimento processual do serviço, permitindo rececionar e consultar o estado de pedidos em fase de tramitação, realizar pagamentos devidos, assinar e autenticar digitalmente, facilitar as interações com o munícipe, alargar horários e interligar com a atual aplicação de urbanismo”, refere a Câmara Municipal de Guimarães. Com esta ferramenta, a autarquia pretende facilitar a construção do processo, do ponto de vista do requerente, quer na receção e tramitação, do ponto de vista do serviço público, permitindo a construção digital disciplinada do processo/pedido de licenciamento, ajudando à prática de um controlo prévio das operações urbanísticas transparentes e eficazes. •

Na próxima sexta-feira, 05 de junho, às 11h00, terá lugar mais uma reunião do Conselho Consultivo para a Economia do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, que tem como objetivo a apresentação da Academia getDigital. A reunião será efetuada em modo misto, presencial e por videoconferência. A Academia getDigital é uma medida da Agenda Talento /Gbrain do Plano de Ação do Gabinete de Crise e da Transição Económica de Guimarães. O objetivo da criação desta academia de ensino e formação é reforçar a aposta no capital humano como motor de desenvolvimento empresarial através de uma formação inovadora, escreve a autarquia, em comunicado. •

Em Creixomil e Ronfe Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 Ronfe De segunda a sábado, das 08h00 às 20h00


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SOCIEDADE

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Liliana e Nuno estão a percorrer o país de bicicleta

Retrato de Perfil Mónica Silva por Rui Dias

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O casal do projeto “Do Berço to The World”, está a percorrer Portugal de bicicleta. O arranque da viagem aconteceu na passada segunda-feira, no Castelo de Guimarães.

Campeonato da Europa de Corta Mato, representando a equipa portuguesa. A época, que agora foi interrompida, estava a começar da melhor forma, além destes resultados fez um 2º lugar nos 3 mil metros , no Campeonato Nacional Universitário e na São Silvestre de Lisboa foi quinta classificada na geral, e primeira classificada entre as juniores. Ricardo Ribas, o treinador, sublinha a juventude da atleta e o grande futuro que tem pela frente. Estes resultados são ainda mais importantes quando se trata de uma atleta muito jovem, com uma vida pela frente, sublinha o maratonista olímpico e agora treinador Ricardo Ribas. O treinador realça a forma como Mónica conjuga o treino com a vida académica. Um dia típico começa às 6h30 para treinar até às 7h30 e ter tempo de comer e estar nas aulas às 9h00. Como estuda desporto, muitas vezes, as aulas implicam mais carga física. Durante a tarde descansa e estuda para as disciplinas teóricas. Ás 18h30 tem, de novo, as sapatilhas calçadas e faz-se à estrada ou à pista. A dedicação é tanta que contagiou o pai, “que até era gordinho”, em vez de ficar a ver começou também a treinar. Agora já treina também o tio e o primo. Tem uma palavra de carinho para a mãe que durante o inverno, logo de manhã, ia fazer caminhadas, “apenas para eu não ir treinar de noite sozinha”. Lembra também o papel importante da mãe na alimentação, “sem ela não era possível”. Quando o jornalista fala de sonhos, responde: chegar ao topo. Mas o que é o topo? Compreende-se o cuidado, o caminho é longo e difícil e Mónica sabe que muitos não chega lá. Depois de alguma insistência reconhece que o topo são os Jogos Olímpicos, um sonho legitimo para uma atleta que aos 20 anos tem tantas qualidades. •

Liliana e Nuno, do projeto “Do Berço to The World”, estão a percorrer Portugal de bicicleta. Antes desta pandemia, o casal vimaranense estava na Austrália e a viajar há 18 meses, quando tiveram que interromper a volta ao mundo. Dois meses volvidos, partiram à desconerta do país de bicileta. “É altura de nos fazermos à estrada e nada melhor do que percorrermos o nosso país de norte a sul, de este a oeste. E fazê-lo de bicicleta faz para nós todo o sentido nesta fase, não será fácil com o

calor e os mais de dois mil quilómetros a percorrer, mas estamos confiantes e com muita vontade de rever e conhecer alguns dos lugares mais bonitos de Portugal”, escreveu, antes da partida, o casal nas redes sociais. O casal deu o arranque na passada segunda-feira, dia 01 de junho, de Guimarães. Esta iniciativa de divulgação de Portugal e do uso da bicicleta, tem o apadrinhamento da Federação Portuguesa de Ciclismo e da Associação de Ciclismo do Minho (ACM) O Presidente da UVP - Fede-

ração Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, apadrinhou em Guimarães a partida de Nuno Neto e Liliana Freitas. Em entrevista ao canal da ACM, Nuno Neto esclareceu que o objetivo da iniciativa é "descobrir Portugal, promover a utilização da bicicleta e passar bons momentos pelo nosso país, que é tão bonito". Já Liliana Freitas afirmou que esta será "uma maneira diferente de percorrer o país, em vez de usar o carro, por exemplo. Como gostamos de bicicleta, vamos descobrir e ver como corre". •

Santa Luzia ArtHotel reabre com o selo Clean & Safe O Santa Luzia ArtHotel reabre portas ao público já na próxima segunda-feira, 08 de junho. O prestigiado hotel 04 estrelas vimaranense, localizado bem no centro da cidade, cumpre todas as normas de segurança impostas pela Direção Geral de Saúde, tendo obtido o selo Clean & Safe.

Nova configuração Algumas das ofertas do Santa Luzia ArtHotel vão merecer uma nova configuração. O restaurante e o Páteo Bar, espaços interiores do hotel, passam a contar com uma esplanada repleta de novidades. Também a piscina, situada no rooftop do hotel, com vista priviligiada para a Penha e para outros pontos da cidade, reabrirá ao público na segunda-feira, 08 de junho. •

© João Bastos/ Mais Guimarães

Decorriam os primeiros dias do século XXI, quando a maior parte de nós ainda não se tinha habituado a escrever “2000” em vez de “1999”, quando nasceu em Guimarães Mónica Silva. A garota da geração a que agora se chama millennial é, já, mais do que uma promessa do atletismo vimaranense e português. O desporto sempre fez parte da sua vida. “Ainda ni infantário, lembro-me de andar na piscina e de fazer karaté”, relembra Mónica. O gosto não vinha da família que não era de gente desportista, mas a realidade é que nunca parou de experimentar. Fez dança, ballet, jogou ténis e até fez uma passagem pelo futebol. As aulas de educação física eram as suas favoritas, embora confesse que os resultados no desporto escolar não foram nada de especial. “Participava nos corta-matos da escola mas a classificação não era nada de jeito, mas gostava de participar” reconhece com humildade. Claro que tudo isso foi antes de ter sido descoberta por um treinador de atletismo do Unidos do Cano, o primeiro clube que representou. “Andava a brincar com os meus amigos, a jogar à bola ou outra coisa qualquer em que tínhamos que correr e ele viu-me e veio ter comigo. Disse-me que tinha perfil e perguntou-me se eu não queria treinar. Claro que aceitei!” Fala com carinho dos primeiros tempos no Unidos do Cano, “ajudaram-me muito”, afirma. Sempre com simplicidade, lembra a inexperiência com que abordou a primeira prova em que participou, poucos dias depois de ter começado a treinar a sério. “Cheguei lá e arranquei logo na frente, dei tudo e rebentei, depois fui sendo passada e fiquei em último”, ri-se. Mas isso eram outros tempos, agora Mónica Silva, representando o Vitória SC, é vice-campeã nacional (sub23) de 10 km estrada e participou no último

© Direitos Reservados

Nome Mónica Filipa Magalhães da Silva Data de Nascimento 10/4/2000 Natural de Guimarães Profissão Estudante/Atleta


CONCELHO

O JORNAL N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020 Brito

Lordelo

Obra do novo Posto Territorial da GNR deverá avançar no início do próximo ano

Festa da Igualdade adiada © Direitos Reservados

O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, anunciou que a obra ficará a cargo da autarquia e será financiada pelo Ministério da Administração Interno. Os problemas no Posto da GNR de Lordelo já se arrastam há vários anos. © Direitos Reservados

Em setembro, o projeto para a construção do Posto Territorial da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Lordelo deverá estar concluído. No início de 2021, a obra deverá entrar em execução. O anúncio foi feito na passada segunda-feira, em reunião municipal, pelo autarca vimaranense Domingos Bragança. Parte da ordem de trabalhos estava precisamente a Minuta de Contrato de Cooperação Interadministrativo para Execução da Obra. “Estive em reunião com Secretário de Estado, em nome do Ministério da Administração Interna. A Câmara irá assumir a obra e o valor a investir será do Ministério”, explicou. Quanto ao início da obra, o autarca respondeu, no final da reunião, aos jornalistas que, no máximo, União das Freguesias de Atães e Rendufe

Parque de Estacionamento no apoio à Igreja de S. Cosme e S. Damião

© Mais Guimarães

uma zona de lazer e estão a decorrer as obras de beneficiação no adro da igreja. O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, visitou estas obras em Atães e destacou a atividade do município: “fizemos e estamos a fazer diversas obras nas freguesias, em articulação com as Juntas de Freguesia, no sentido de fortalecer a coesão territorial e garantir um desenvolvimento global do nosso concelho. Estamos a dar resposta, sempre que possível, às necessidades dos nossos concidadãos”. •

no início de setembro haverá “condições” para o projeto estar concluído, pois precisa de validação de algumas entidades. “Em setembro estaremos condições de lançar a obra a concurso. No início de 2021 teremos a obra em execução. Definitivamente vamos ter quartel de raiz e por isso temos que estar contentes”, avançou. A situação do quartel arrasta-se há vários anos. Em 2014, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) alertava para a situação “miserável” das instalações: “Chove dentro do posto, existem zonas a ruir e ratazanas que circulam nas instalações, quer na área reservada aos profissionais quer no atendimento ao público, tratando-se de uma questão de saúde pública”. •

Lordelo

Requalificação da EB1 de Vermis arranca esta quarta-feira © CMG

A obra da requalificação e ampliação da EB1 de Vermis, em Moreira de Cónegos, tem início esta quarta-feira, 03 de junho, e deverá estar concluída dentro de um ano, anunciou a autarquia em comunicado. O investimento, a rondar os 2,4 milhões de euros, permitirá transformar aquele equipamento no Centro Escolar da Vila de Moreira de Cónegos. A requalificação daquela instituição escolar vai permitir que a EB1 de Vermis passe a ser dotada de valências como salas de aula tecnologicamente apetrechadas, gimnodesportivo, cantina, entre outras. O projeto contempla a reformulação do atual edifício, sendo dotado com salas de aulas com novas tecnologias. A escola divide-se em quatro volumes, ligados entre si, de acordo com a sua utiliza-

ção programática. Estes volumes são interligados através de uma cobertura que alberga também o programa acessório a cada um destes programas, explica a autarquia na mesma nota informativa. O projeto privilegia a relação com a iluminação natural da biblioteca, sala de professores e gabinete da direção, ficando o gabinete da associação de pais e o gabinete de atendimento com a iluminação natural filtrada pela pala do recreio exterior, uma vez que são espaços de permanência não prolongada. Está previsto um acesso de serviço, localizado a Poente. Este acesso com capacidade de circulação de veículos automóveis, permite cargas e descargas para os serviços, que são estrategicamente localizados nesta frente, nomeadamente as cozinhas e respetivo armazenamento. •

A 11ª edição da Festa da Igualdade, uma iniciativa realizada pela Comissão de Freguesia de Brito do PCP, foi adiada. Em comunicado, a Comissão de Freguesia de Brito do Partido Comunista Português recorda que esta é uma iniciativa política e cultural e também de luta, que se realiza todos os anos, no mês de Junho, na freguesia de Brito. Este ano, “tendo em conta os condicionalismos que decorrem da situação de pandemia” a Comissão de Freguesia de Brito do PCP considera “não haver condições para a realização da 11ª edição da Festa da Igualdade”. A Festa da Igualdade estará de volta, logo que reunidas as condições, garante a Comissão de Freguesia de Brito do PCP. •

Ponte

Curto circuito origina pequeno incêndio numa fábrica Um incêndio deflagrou no passado domingo à noite, na empresa José Neves & Cia. Lda., no Parque Industrial de Ponte. No local estiveram nove veículos dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas, com 28 elementos. O alerta foi dado às 21h30. Um curto circuito no quadro elétrico terá estado na origem do incêndio. As chamas foram rapidamente apagadas e os danos foram reduzidos. Curto circuito origina pequeno incêndio numa fábrica no Parque Industrial de Ponte. • © Mais Guimarães

A freguesia de Atães passa a contar uma área reformulada na zona envolvente à Igreja de S. Cosme e S. Damião, no sentido de servir a população e os devotos que ali se deslocam, revela a Câmara em comunicado. O presidente da União de Freguesias de Atães e Rendufe, Patrício Araújo, lembra que “o caminho de acesso era muito estreito e sentiam-se muitas dificuldades para estacionar”. Nesse sentido, foi criado uma zona de estacionamento para cerca de uma centena de viaturas, procedeu-se ao alargamento da via, foi criada

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ZONA NORTE

N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

Vila do Conde

Porto

Comerciantes chineses retomam atividade após terem Concerto levou mais de 170 pessoas à parado ainda antes da emergência reabertura da Casa © Direitos Reservados

Agência Lusa, o proprietário de um armazém de calçado e de uma agência de viagens, Hau Chen, diz que a retoma prossegue com “otimismo”. A comunidade ali em Vila do Conde decidiu fechar as lojas e os armazéns “ainda antes de ser decretado o estado de emergência” em Portugal, lembrou. Houve desde logo a iniciativa de se protegerem e isolarem em casa, o que ajudou a que não houvesse “contágio de Covid na comunidade chinesa no norte de Portugal”.

A retoma é gradual mas bem percetível. Em Vila do Conde, na zona industrial da Varziela, os comer-

ciantes chineses já vão reabrindo os seus armazéns, cumprindo as devidas normas sanitárias. À

Uma outra boa novidade é que o comerciante diz que não sentiu discriminação pelo facto do novo coronavírus vírus ter tido origem na China. “Vivo em Portugal desde a minha infância, e tenho cá muitos amigos que me telefonaram regularmente a perguntar se estava tudo bem comigo e com a família. Nunca senti discriminação”. Em Vila do Conde residem e trabalham cerca de 1500 cidadãos chineses, sendo que a esmagadora maioria está na zona industrial da Varziela, onde gerem cerca de 200 armazéns. É o maior centro empresarial chinês em território nacional.. •

Braga

Raposa atropelada salva pela Guarda Nacional Republicana

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Militares do Posto Territorial de Braga da GNR, recolheram uma raposa juvenil, vítima de atropelamento em Palmeira - Braga. Na sequência de um alerta de que uma raposa se encontrava ferida a deambular pela referida localidade, os militares deslocaram-se ao local, onde verificaram que os ferimentos do animal foram provocados por um atropelamento. A raposa foi recolhida e será entregue nas instalações do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas – Delegação de Braga, para ser examinada. •

© Direitos Reservados

da Música

© Direitos Reservados

Portugal e o mundo Quarta-feira Contágio do vírus em cabinas Boeing e Airbus investigam para descobrir formas de o evitar •

Quinta-feira

Estudo da UM sobre o confinamento Há boas notícias sobre o estado da ansiedade, mas más sobre o sono. •

Sexta-feira Espanha aprova rendimento mínimo 462 euros como limite mínimo e um máximo de 1.015 euros para famílias. •

A ânsia de uns em voltar a assistir a um concerto e a curiosidade de outros em conhecer a Casa da Música levaram nesta segunda-feira mais de 170 espetadores a estarem presentes na reabertura do espaço cultural do Porto. As medidas “mais restritivas” implementadas pela Casa da Música, ainda antes das regras impostas pelo Ministério da Cultura, não impediram que “amigos”, assinantes e espetadores marcassem presença na reabertura do espaço. Usando máscara, desinfetando as mãos e mantendo o distanciamento social, os mais de 170 espetadores iam entrando para assistir ao concerto da Orquestra Barroca. Letícia Gandelim, de 29 anos, e Helen Soares, de 32 anos, naturais do Brasil, há muito que queriam ter conhecido a Casa da Música, mas a pandemia de covid-19 “atrasou o encontro”. Assim que souberam que o espaço iria reabrir, as jovens, que chegaram ao Porto em fevereiro ao abrigo do programa Erasmus, não hesitaram em “aproveitar a oportunidade”, contaram, à Agência Lusa. •

Sábado

Foram feitos 40 voos particulares Em Portugal, durante a pandemia, foram feitos 40 voos particulares. •

Domingo

Várias pessoas feridas no Brasil Confrontos entre apoiantes e críticos de Bolsonaro, em São Paulo. •

Segunda-feira

Cartas cassadas e perda de pontos Duplicaram no último ano as cartas cassadas e condutores que perderam pontos. •

Terça-feira

Testes de ácido nucleico em Wuhan Foram realizados quase 10 milhões de testes em meio mês, na cidade chinesa. •


OPINIÃO

O JORNAL N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

Opinião de Carlos Guimarães

IDENTIDADE E BRONCAS URBANÍSTICAS Este texto é não político, trata-se apenas de um exercício descritivo da cena de um filme que se planta à frente dos nossos olhos. Não se trata de apontar o dedo a alguém em concreto e resume-se provavelmente à nossa incultura coletiva e à nossa incapacidade em tentar mudar o rumo das

coisas. Caminhamos demasiado ao sabor do vento e raramente contra ele. Ontem éramos excelentes teóricos do futebol, mas na falta dele, convertemo-nos em fantásticos virologistas. Apesar disso somos as mesmas pessoas e não podemos olhar sempre para o lado.

O crescimento limitado de Guimarães é algo que me agrada quando comparado ao desenvolvimento desenfreado de outros concelhos. O desenvolvimento das cidades deve ser ajustado às sua necessidades e alinhado sobretudo com as necessidades das suas gentes. Neste aspeto, as gentes do “condado” vimaranense são muito ciosas da sua identidade e do seu espaço. Recebemos bem quem chega, mas que chega nem sempre se sente bem, sobretudo quando não se identifica com as pessoas. Os espaços podem ser sempre requalificados numa estética mais ou menos atrativa, mas as pessoas são como são, podem mudar as aparências mas a sua essência é imune a todas as revoluções cosméticas. O s”er vimaranense” é uma espécie de carimbo genético difícil de alterar, sobretudo para quem viveu e cresceu no ambiente urbano ou nas cercanias deste. Esta forma de ser e de sentir vai-se atenuando à medida que as freguesias se afastam da cidade. Nessas freguesias mais recônditas observamos evidentes sinais de desigualdade e “esquecimento”. Nem precisamos de falar com as pessoas que o sentem, basta olhar para o dejeto urbanístico de muitas ruas e lugarejos onde se permitiu construir em

qualquer beco por onde os automóveis circulam apertados a calcar pisos remendados e degradados ao longo de décadas. Há um contraste notório entre a planificação e requalificação urbanística do centro da cidade e o “afavelamento” de certas freguesias. Os votos eleitorais não podem constituir a única métrica que pontifica nas decisões dos investimentos autárquicos. Independentemente dos atentados urbanos e paisagísticos e do maior ou menor abandono de certas freguesias, fica-se chocado com a promiscuidade gritante entre as áreas residenciais e a indústria, sendo facilmente visível a caldeirada de moradias e apartamentos com pequenas e não menos pequenas unidades industriais. Uma génese normal e regular no passado que o presente deveria eliminar. Na segunda década do terceiro milénio deveríamos estar preparados para afirmar que as áreas industriais não se misturam com as zonas residenciais, mas estamos longe de tecer essa afirmação. No centro cívico de uma freguesia bem próxima da cidade, entre um bloco de apartamentos e o Centro de Saúde, está a nascer uma generosa unidade industrial. Não precisamos de mestrados e doutoramentos em urbanismo para sentir que

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algo está errado. O desenvolvimento e a economia mãe não podem permitir que tudo aconteça debaixo das suas asas. Desconheço o dono da obra, mas acredito que seja pessoa dotada e influente, daqueles que se mexem bem, conseguem tudo e a quem não se pode frustrar os seus desejos. Ao observar estas incongruências temos razão para acreditar que não somos todos iguais, há sempre alguém mais igual que os outros. Afinal de contas o impossível também acontece. •

Há um contraste notório entre a planificação e requalificação urbanística do centro da cidade e o “afavelamento” de certas freguesias.


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CLASSIFICADOS

N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

ESPECIALIDADES

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O JORNAL N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020 Jornal Mais Guimarães n.244 junho 2020

Jornal Mais Guimarães n.244 junho 2020

O que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia...

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Jornal Mais Guimarães n.244 junho 2020

Jornal Mais Guimarães n.244 junho 2020

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EXTRACTO

vírgula setenta e seis metros quadrados, engloba, ainda, uma parcela de terreno com a área de duzentos e trinta e quatro vírgula noventa e Paula Alexandra de Castro Magalhães dos Santos, Notária, cinco metros quadrados, que corresponde ao logradouro da casa. certifica para efeitos de publicação, que por escritura de hoje, exarada Que o referido imóvel, desde que foi edificado, sempre tive a folhas 95 e seguintes do livro de notas para escrituras diversas a área e composição que agora se indica como correcta, não tendo 181-E, do Cartório Notarial a seu cargo, José Oliveira da Silva, casado sido objecto de obras, ou de aquisição ou anexação não titulada, não com Rosa da Conceição de Sousa Alves sob o regime da comunhão tendo a sua realidade física sofrido qualquer alteração, pelo menos adquiridos, natural da freguesia de Ponte, concelho de Guimarães, desde o ano de 1972, data em que foi inscrito na actual matriz urbana residente na Rua de Subdevesa, n.º 166, freguesia de Ponte, concelho e conforme certidão camarária que adiante se arquiva, desconhecem de Guimarães, portador do cartão de cidadão n.º 03587672 7zx3, válido o primeiro outorgante o que originou o lapso, com a certeza, contudo, até 28/10/2029, emitido pela República Portuguesa, NIF 144 206 064, de que quer a informação do registo predial quer a informação matricial declarou: estavam erradas, sem que, no entanto, o edifício ou o limite do dito Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, imóvel tenha sofrido qualquer alteração na sua realidade física. RIGOR, INDEPENDÊNCIA E PLURALIDADE do seguinte imóvel: O prédio confronta a norte com José Luís Freitas Ribeiro Prédio urbano - composto por casa de cave e rés-do-chão, Vieira, a sul com caminho público, a nascente com Manuel Rodrigues e com a área coberta de cento e sessenta e oito vírgula setenta e seis a poente com caminho de servidão. metros quadrados, e logradouro com a área de duzentos e trinta e As mencionadas áreas coberta e descoberta são parte do quatro vírgula noventa e cinco metros quadrados, sito no lugar de mencionado artigo 4700 urbano da freguesia de Ponte, áreas essas Sub-Devesa, actualmente designado Rua de Subdevesa, número 171, que se encontram parcialmente omissas quanto à área descoberta freguesia de Ponte, concelho de Guimarães, inscrito na matriz predial e à área coberta na Conservatória, e daquelas áreas só existe título urbana sob o artigo 4700, o qual teve origem no artigo urbano 740, com e registo em nome do agora justificante quanto a noventa e sete o valor patrimonial tributário de 74.600,00€. metros quadrados de área coberta e sete metros quadrados de área Que o referido prédio encontra-se descrito em parte descoberta, relativamente aos restantes setenta e um vírgula setenta na Conservatória do Registo Predial de Guimarães sob o número e seis metros quadrados de área coberta e duzentos e vinte e sete oitocentos e quarenta e um da freguesia de Ponte, e registado a favor vírgula noventa e cinco metros quadrados de área descoberta, inexiste do primeiro outorgante pela inscrição da apresentação mil oitocentos e qualquer título que comprove o seu direito, pelo que o justificante se cinquenta e três, de vinte e três de Maio de dois mil e dezoito. encontra impossibilitado de proceder à alteração da área do prédio na Que o prédio descrito na referida Conservatória sob o número referida Conservatória do Registo Predial, de acordo com a área real oitocentos e quarenta e um da freguesia de Ponte, foi adquirido pelo supra mencionada. primeiro outorgante por adjudicação em escritura de partilha outorgada Que o identificado prédio urbano sempre teve uma área em dois de Maio de dois mil e dezoito, no Cartório Notarial do Notário total de quatrocentos e três vírgula setenta e um metros quadrados, Carlos Manuel Forte Ribeiro Tavares, sito em Guimarães, lavrada a não tendo o prédio sofrido qualquer anexação posterior à sua aquisição folhas 96 e seguintes do livro de notas para escrituras diversas 321-A. pelo primeiro outorgante. Que, assim, o primeiro outorgante, exerce sobre o referido Não obstante o justificante ter adquirido o prédio com a área imóvel com a área total de quatrocentos e três vírgula setenta e acima mencionada, no dito título não ficou mencionada a área, sendo um metros quadrados, uma posse em nome próprio, desde dois de que ao tempo constava da matriz, e da descrição predial ainda consta, Maio de dois mil e dezoito, nos termos da escritura de partilha supra apenas a área coberta de noventa e sete metros quadrados e a área mencionada, e por acessão na posse dos antecessores nos termos descoberta de sete metros quadrados. do disposto no artigo 1256.º do Código Civil, o que expressamente Verifica-se, assim, que o prédio descrito na referida invoca, juntando à sua posse, a posse dos antepossuidores, Joaquim Conservatória sob o número oitocentos e quarenta e um da freguesia Nunes da Silva e Maria da Conceição Pinheiro de Oliveira, seus pais, de Ponte, além de ter a área coberta total de cento e sessenta e oito que adquiriram o imóvel supra identificado por usucapião conforme

escritura de justificação outorgada em vinte e seis de Fevereiro de mil novecentos e noventa e dois, lavrada a folhas 8 verso do livro 169-C, do Segundo Cartório Notarial de Guimarães, registada apela inscrição da apresentação vinte e seis, de vinte e três de Junho de mil novecentos e noventa e dois. Assim, os antepossuidores ficaram na posse do imóvel pelo menos desde aquela data de vinte e seis de Fevereiro de mil novecentos e noventa e dois, e o primeiro outorgante ficou na posse do imóvel na dita data de dois de Maio de dois mil e dezoito, o que somando as posses totaliza um período de mais de vinte anos, sem interrupção, com o conhecimento da generalidade das pessoas e sem a oposição de ninguém, praticando sobre o imóvel vários actos materiais de uso e aproveitamento, ocupando-o, pagando todos os encargos, agindo assim sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, pública e continuamente, porque com o conhecimento de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que seja, sendo por todos reconhecido como único dono e possuidor do referido imóvel. Que dadas as características de tal posse, o justificante adquiriu o identificado imóvel quanto à área não descrita de setenta e um vírgula setenta e seis metros quadrados de área coberta e duzentos e vinte e sete vírgula noventa e cinco metros quadrados de área descoberta, por usucapião por acessão na posse, que invoca, justificando assim o correspondente direito de propriedade para efeitos de registo predial, causa esta de adquirir, que não é susceptível de ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. Que a referida parcela de terreno já se encontra anexada materialmente ao prédio descrito na referida Conservatória sob o número oitocentos e quarenta e um da freguesia de Ponte, e integrada no citado artigo 4700 urbano da freguesia de Ponte. Assim, e por este meio, são avisados quaisquer interessados para impugnar em juízo durante o prazo de trinta dias, a contar da publicação deste extracto, o direito justificado, nos termos do disposto no artigo 101.º, do Código do Notariado. Está conforme o original. Cartório Notarial sito na Avenida D. João IV, Edifício Vila Verde, número 612 E, freguesia de Urgezes, concelho de Guimarães, em vinte e nove de Maio de dois mil e vinte. A Notária, Foi emitida Factura/Recibo. Conta registada sob o n.º FAC 2/2020001/776.


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VITÓRIA SC

N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

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Ivo Vieira: “Dar continuidade à sequência de três vitórias”

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Easah Suliman espreita a estreia com o Sporting

© VSC

três vitórias consecutivas. Vamos a jogo para ganhar”, disse. A ausência de público será uma contrariedade, mas não será um entrave. “Os nossos adeptos são muito importantes, mas vamos jogar todos nas mesmas condições. Temos uma massa adepta significativa e sempre presente, mas não podemos fazer disso um ponto desfavorável. Quero acreditar no processo de jogo e na motivação dos jogadores”, explicou. Carlos Xistra, de Castelo Branco, foi o árbitro nomeado para o jogo com os leões. Apesar do desagrado com o desempenho do juiz albicastrense em alguns jogos na presente temporada, o treinador relegou a questão para segundo plano. “Preocupo-me com os erros que cometemos como equipa e com os erros que cometo como treinador”, disse, revelando ser a favor das cinco substituições. “No meu entender, seria uma medida benéfica nesta altura para o futebol e para proteger os jogadores”, assumiu

Após uma longa paragem de 87 dias, provocada pela pandemia do Covid-19, o futebol está de regresso ao estádio D.Afonso Henriques já na próxima quintafeira, com o Vitória a receber o Sporting, em partida relativa à 25ª jornada da Liga. Um duelo entre candidatos a uma presença na próxima edição da Liga Europa, num jogo no qual a equipa de Ivo

Vieira procura ultrapassar o Rio Ave na classificação e encurtar distâncias para os leões, que se apresentarão na CidadeBerço no quarto lugar, com uma vantagem de cinco pontos. O responsável técnico, na antevisão ao encontro, realizada por videoconferência, revelou otimismo. “O objetivo é dar continuidade à sequência de

Goleadores vão a jogo Apesar de algumas ausências para a retoma da competição, Ivo Vieira deverá manter nas escolhas iniciais os goleadores João Carlos Teixeira (6 golos), Davidson e Bruno Duarte (5golos). O médio português, de 27 anos, até poderá fazer história no jogo com

o Sporting. Na presente época, com a camisola do Rei ao peito, João Carlos Teixeira já superou a sua marca de golos como jogador sénior (8) numa temporada, mas poderá bater o seu recorde pessoal em partidas para o campeonato. Com seis remates certeiros na Liga, igualando o registo alcançado ao serviço dos ingleses do Brighton & Hove Albion, em 2014/2015, o médio está a um remate certeiro de dar uma maior visibilidade à sua temporada.

Treino no estádio Após várias semanas de treinos individuais e coletivos na Academia, segundo com rigor as determinações da Direção Geral da Saúde e do departamento médico, a semana de trabalhos começou com um treino de adaptação ao estádio D.Afonso Henriques. Embora os jogadores estejam identificados com o relvado e com o espaço, o último jogo oficial foi realizado no passado dia 1 de março, quando o Tondela saiu derrotado, por 2-0, em partida da 23ª jornada. Até à reta final do campeonato, o Vitória receberá o vizinho Moreirense, o homónimo de Setúbal, o Gil Vicente e o Marítimo. Fora de portas, há deslocações ao Belenenses SAD, Sp.Braga, Portimonense, Benfica e Santa Clara. Os jogos com Belenenses SAD e Santa Clara serão disputados em Lisboa, na Cidade do Futebol. •

Sem público mas com vários rostos conhecidos Os sócios do Vitória não poderão apoiar a equipa no estádio, mas a SAD liderada por Miguel Pinto Lisboa lançou uma campanha com o objetivo de minimizar a ausência de público nos jogos que ainda faltam disputar no D.Afonso Henriques. Por cinco euros, os associados podem colocar a própria fotografia nas bancadas, à semelhança do que tem sido feito por alguns clubes europeus e asiáticos. Um apoio diferente

do habitual, mas que poderá ajudar os jogadores a sentirem um melhor conforto, cientes que os associados estarão em frente ao televisor a sofrer e a vibrar com as incidências do jogo. E, para compensar os sócios que não poderão assistir à reta final da Liga, os detentores de lugares anuais podem optar por levantar um voucher com um crédito de valor proporcional aos cinco jogos em falta. Os vouchers

podem ser usados em compras nas lojas do clube ou em futuras aquisições de lugares anuais. Os interessados têm de comunicar esse desejo até 31 de julho. A par dessa iniciativa, os responsáveis optaram por conceder aos sócios uma moratória de pagamento das quotas 4 e 5. Quem já pagou ou não pretende aderir à iniciativa, o clube irá retribuir em “tempo oportuno”, conforme foi anunciado nos canais oficiais. •

© VSC

© VSC

O plantel liderado por Ivo Vieira não contará com a força que normalmente chega dos associados, mas a vontade de presentear a massa adepta com um resultado positivo estará bem presente na mente dos jogadores.

Easah Suliman, jovem internacional inglês, de 21 anos, poderá ser uma das novidades de Ivo Vieira para o jogo com o Sporting. Com Pedro Henrique muito queixoso, devido a uma lesão muscular, o defesa central está na linha da frente para formar dupla com Frederico Venâncio. O ucraniano Bondarenko também consta na lista de alternativas, embora tenha perdido espaço nas escolhas da equipa técnica nas últimas jornadas. Face à ausência do internacional maliano Sacko, a escolha para o lado direito deverá recair em Victor Garcia. Presença regular nas escolhas da seleção da Venezuela, Victor Garcia, apesar da escassez de minutos no campeonato, protagonizou excelentes exibições nos encontros da Liga Europa com os ingleses do Arsenal e os alemães do Eintracht Frankfurt, respetivamente.

Mutombo pode estar a caminho O jovem lateral direito Jonathan Mutombo, de 17 anos, é um dos nomes que tem sido associado ao Vitória. A imprensa francesa insiste na possibilidade de o jogador, cujo passe pertence ao PSG, jogar em Guimarães por empréstimo do gigante francês. Certa é a inclusão do extremo Hugo Cardoso para as próximas três temporadas. O avançado, de 21 anos, um dos destaques do Campeonato de Portugal, chega à Cidade-Berço proveniente do Aljustrelense. Com passagens pela formação do Belenenses e do Queens Park Rangers, histórico clube inglês, Hugo Cardoso deverá iniciar a sua aventura no Vitória na equipa de sub 23 ou na equipa B, liderada por Bino Maçães. O médio sul- coreano Chung Sungwon, reforço de janeiro, está convocado para representar os sub 19 do seu país no estágio que decorrerá entre 8 e 12 de junho •


FUTEBOL

O JORNAL N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

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MOREIRENSE F. C.

Estádio aprovado dá maior conforto à equipa na luta pela manutenção na liga principal Céleres na resolução da escassez de balneários, as melhorias efetuadas nas estruturas utilizadas pelas equipas da formação convenceram os responsáveis da Direção Geral da Saúde. © MFC

Num tranquilo oitavo lugar, com 30 pontos, e com 14 de vantagem sobre a primeira equipa em zona de descida, o Moreirense tem motivos suficiente para encarar a retoma do campeonato com tranquilidade e otimismo. E poderá fazê-lo em sua casa, após a Direção Geral da Saúde (DGS) ter aprovado o Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas para a realização das partidas como visitado. A escassez de balneários era o principal entrave, mas a solução foi célere e eficaz. A SAD liderada por Vítor Magalhães efetuou melhorias nas estruturas normalmente utilizadas pela formação, cujos balneários ficam por debaixo de uma das bancadas centrais. Os espaços serão utilizados pelos adversários. O Moreirense utilizará o habitual balneário e passará a dispor também do espaço que anteriormente era destinado à formação visitante. Rio Ave, Famalicão, Sporting, Paços de Ferreira e Tondela serão os adversários que visitarão a vila de Moreira de Cónegos.

Moreirense

Dos 30 pontos até agora conquistados, 21 foram conseguidos no seu reduto, fruto das vitórias diante o Gil Vicente, Portimonense, Aves, Belenenses SAD, Santa Clara e Marítimo, e de três empates a um golo, frente ao Boavista, Vitória e Setúbal, respetivamente. Um registo positivo e que se estende ao número de golos marcados e sofridos. Dos 34 remates certeiros, 20 foram obtidos no Comendador Joaquim de Almeida Freitas. Dos 32 sofridos, 15 aconteceram no seu palco. Com o primeiro jogo agendado para o próximo sábado, com o Boavista, no estádio do Bessa, o retorno ao conforto do lar está programado para o próximo dia 12, pelas 19 horas, com o Rio Ave, uma das equipas que está na luta por uma vaga de acesso à próxima edição da Liga Europa.

Olheiros atentos a Fábio Abreu Com o retorno do campeonato,

Berço SC

Paragem forçada permitiu Campeão europeu recuperar referências ofensivas reforça o Berço O interregno travou o bom momento da equipa, mas permitiu a Ricardo Soares recuperar dois jogadores importantes da linha ofensiva. Apesar da série consecutiva de seis jogos a pontuar, conquistando 12 pontos em 18 possíveis, a paragem permitiu recuperar Luther Singh e Gabrielzinho. O extremo sul-africano, de 22 anos, cedido pelo Sp.Braha, foi destaque do coletivo até à 14ª jornada. Já o brasileiro Gabrielzinho, que ainda não perdeu desde que chegou a Moreira de Cónegos, também está de volta às opções. O extremo, cedido pelo Rio Ave, tinha-se lesionado na última jornada, quando o Moreirense derrotou o Marítimo (2-0). Ambos entrarão nas opções da equipa técnica para a visita ao Boavista, encontro agendado para o próximo sábado (21.15 horas), no estádio do Bessa, Após vários meses entregue ao departamento clínico, o médio Ibrahima Camará também está de regresso ao rol de jogadores disponíveis. Na presente temporada,

Fábio Abreu voltará a estar no centro das atenções. O internacional angolano já contabiliza dez golos, nenhum de grande penalidade, e está a cinco remates eficazes da liderança dos melhores marcadores. Na presente temporada, o avançado, que chegou a Moreira de Cónegos proveniente do Penafiel, já marcou ao F.C.Porto e ao Benfica. O brilharete na época poderá ser alcançado, caso consiga revelar eficácia diante o Sporting, uma das cinco equipas que ainda passará pela vila vimaranense Face ao rendimento apresentado até à interrupção do campeonato, o avançado despertou a cobiça de vários clubes europeus. A SAD liderada por Vítor Magalhães tem recebido várias propostas e sondagens, o que deixa antever mais um bom negócio no final da temporada para os cofres axadrezados. De Espanha surgiu o interesse do Saragoça, Getafe, Leganés e Eibar. Os franceses do Nice também esão atentos ao avançado •

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o jovem internacional guineense regista apenas três aparições no campeonato e 115 minutos de jogo. Embora passe a estar disponível, a forte concorrência no meio-campo irá dificultar a entrada na convocatória. •

Pedro Freitas, campeão europeu de sub 17, em 2003, é reforço sonante do Berço Sport Clube para a próxima temporada. O experiente guarda-redes, proveniente do Fafe, mas com formação no Vitória, assinou por uma temporada. O lateral Dani Coelho, ex Loures, também acertou contrato com a formação presidida por Joaquim Martins. Ambos reencontram o treinador Manuel Machado. Da temporada transata, a direção do clube vimaranense acertou as permanências de Danielson, Léo Coltro, Figueiras, Felipe Saturnino, Joyce, Rémy, Joca, Marcelo, Jota, Carlos Rocha, Sérgio Carvalho, Luís Ribeiro, Aponza e Welton. Manuel Machado será coadjuvado por Ricardo Martins, Miguel Machado, Frederico Nunes, José Augusto e Pedro Salgueiro. Os jogos em casa serão disputados na Pista Gémeos Castro. Os treinos diários terão como palco o campo Dr. João Afonso de Almeida, na vila de Ponte. •

1ª LIGA © Direitos Reservados

FAMALICÃO FC PORTO BENFICA VITÓRIA SC SPORTING BOAVISTA SANTA CLARA RIO AVE TONDELA MARÍTIMO BRAGA MOREIRENSE VITÓRIA SETÚBAL GIL VICENTE PORTIMONENSE BELENENSES SAD PAÇOS DE FERREIRA DESP. AVES

7´ 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7

6 6 6 3 3 2 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1

9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9

9 6 4 4 4 4 3 4 3 3 3 2 1 1 0 0

1 0 0 3 2 5 2 1 3 2 2 1 4 3 2 2 1 0

0 1 1 1 2 0 2 3 2 3 3 4 2 3 4 4 5 6

19 18 18 12 11 11 11 10 9 8 8 7 7 6 5 5 4 3

0 1 2 2 2 3 2 4 3 3 3 4 5 6 5 6

27 20 15 15 15 14 13 13 12 12 12 9 6 5 4 3

Sub-23

LIGA REVELAÇÃO SPORTING BENFICA ESTORIL PRAIA BRAGA DESP. AVES BELENENSES SAD COVA DA PIEDADE MARÍTIMO RIO AVE PORTIMONENSE LEIXÕES V. SETÚBAL VITÓRIA SC FEIRENSE FAMALICÃO ACADÉMICA

0 2 3 3 3 2 4 1 3 3 3 3 3 2 4 3


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MODALIDADES

N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

Basquetebol

© João Bastos

Conquistadores interrompidos

O basquetebol masculino do Vitória SC estava, esta época, a fazer um dos melhores campeona-

tos dos últimos anos. Apurados para a final da Taça de Portugal e envolvidos na luta pelo título, a

interrupção foi um duro revés. Para todas as equipas, dirigentes e desportista a paragem dos

Futebol

O Clube Recreativo de Candoso vai avançar com a criação de uma equipa de futsal feminino. A primeira fase será dedicada a treinos de captações e as interessa-

das devem entrar com contacto com o clube. A adesão tem agradado ao presidente Sérgio Abreu. “Em dois dias fomos contactados por dez jogadoras. Por isso, esta-

mos confiantes que iremos construir uma equipa que dignifique o clube”, regozijou o dirigente. “A ideia não é nova, mas como gostamos de dar um passo de cada vez, sem loucuras, chegamos à conclusão que era o momento certo. Candoso é terra de futsal e no passado tivemos equipas femininas. Por isso, é mais um passo que estamos a dar para dar seguimento ao crescimento do clube”, explicou. Relativamente a apoios financeiros, o dirigente está otimista. “O momento atual não está fácil, mas vamos trabalhar arduamente para conseguirmos os apoios necessários”. As captações para a formação também já estão em andamento. Perante o crescimento verificado nos últimos anos, sempre com elevada procura, o clube promoverá novamente treinos para os escalões de juniores, juvenis, iniciados, infantis, traquinas e benjamins. Embora a temporada anterior tenha terminado de forma inesperada, dezenas de jovens já acordaram a continuidade para a temporada 2020/2021. “A formação tem crescido e a continuidade de muitos jogadores é um sinal claro que gostam do trabalho que fazemos e das condições que oferecemos”, concluiu •

depois da expulsão de De Berry. Embora tenha tido o único deslize da época no segundo jogo, com o Lusitânia em casa, em que perdeu por um ponto (68-69), a equipa de Carlos Fechas foi crescendo ao longo do campeonato. De tal forma que, no momento da paragem do campeonato, a equipa estava apurada para a final four da Taça de Portugal, juntamente com SL Benfica, FC Porto e Sporting CP e ocupava a 5ª posição do campeonato, em igualdade pontual com a UD Oliveirense, a quarta classificada. “Como nós já tínhamos jogado com as melhores equipas e a Oliveirense ainda tinha pela frente o Sporting, uma das melhores equipas do campeonato, era provável que os ultrapassássemos, ganhando vantagem para o playoff”, afirma Carlos Fechas. Para o treinador o melhor momento da época foi o triunfo receção aos bicampeões nacionais (85-79), na segunda volta do campeonato. “Representou o nosso crescimento. Mostrou-nos que podíamos vencer o campeão nacional e, portanto, qualquer equipa da Liga. Esse é talvez o momento que define a nossa equipa”, sublinha Carlos Fechas. •

Andebol

Diogo Ribeiro: “Seremos candidatos à fase final” Os pivôs Nuno Pinheiro e Tomás Pereira vão continuar ao serviço do Clube Desportivo Xico Andebol, após terem acertado a continuidade no clube por mais uma época. A direção liderada por Diogo Ribeiro tem sido incansável na construção do plantel para a temporada 2020/2021 e com objetivos ambiciosos e bem definidos. “Seremos candidatos à fase final e temos valor para isso. O projeto é bom, está bem consolidado e tem bases para almejar os desejados sucessos. NO ano passado fizemos coisas muito boas. Este ano acrescentamos ainda mais qualidade”, revelou o presidente. Os guarda-redes Pedro Carvalho, Raul Nunes e Fábio Macedo e os pontas Alexandre Roque, Francisco Ribeiro, Raul Roque e António Salgado já tinham acertado a permanência no clube por mais um ano. “Manter a base era uma prioridade, porque queremos um grupo unido e coeso. Aliás, foi esse espírito de equipa que permitiu, na época passada, vencer alguns jogos pela margem mínima”; recordou o responsável máximo. A aposta nas camadas jovens não será descurada e o plantel principal contará novamente com

© CD Xico Andebol

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Clube Recreativo de Candoso avança com o feminino

campeonatos teve um travo amargo, mas a dificuldade é ainda maior quando as coisas estão a correr bem e os objetivos estão a ser alcançados. Vindo de épocas más, o basquetebol do Vitória passou na presente temporada por mudanças profundas. Por um lado perdeu o seu diretor carismático, Pedro Guerreiro, agora vice-presidente para as modalidades, por outro saiu Fernando Sá, um treinador que esteve 12 anos no clube. “A mudança de treinador foi o culminar de um ciclo, em que o Fernando Sá nos trouxe alegrias e que será sempre uma pessoa muito querida no clube por isso. A direção, no entanto, achou que era preciso mudar e foi uma aposta ganha, uma vez que voltamos aos lugares em que estávamos habituados a andar”, afirma Paulo Cunha, o diretor e ex-jogador que assumiu a direção da secção. De facto, com a entrada de Carlos Fechas a equipa correspondeu. O primeiro jogo da época foi sintomático de que algo de bom vinha por aí. Na luz, os conquistadores só foram vencidos por dois pontos (78-76). Os encarnados só ganharam vantagem

elementos provenientes da formação. Quanto a reforços para a próxima temporada, Diogo Ribeiro chegou a acordo com Cláudio Mota (ex AC Fafe) e Diogo Quintas (ex Ginásio e Santo Tirso). O carismático Pedro Correia permanece no comando técnico e será coadjuvado por Gustavo Castro, José Oliveira, David Teixeira e Ricardo Fernandes. •


+ DESPORTO

O JORNAL N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020 Pro-Nacional

© Mais Guimarães

Filipe Oliveira: “O Ponte vai tentar assegurar rapidamente a manutenção”

Promovido ao escalão máximo das provas organizadas pela Associação de Futebol de Braga, o Clube Desportivo de Ponte já tem metas definidas para o novo ano desportivo. Ciente das dificuldades, o presidente Filipe Oliveira, de 42 anos, é categórico nos objetivos para a época 2020/2021. “O mais importante, neste momento, dado que o Ponte subiu de divisão, é tentar a permanência no Pró-Nacional. Temos noção que o campeonato será muito complicado. Inicialmente as pessoas previam que este campeonato iria perder qualidade, mas pelos planteis que estão a ser construídos, o

Pró-Nacional vai ser muito mais difícil. O Ponte vai tentar assegurar rapidamente a manutenção”, adiantou o jovem dirigente. O defesa Loureiro, ex Bairro, é a mais recente aquisição do clube, juntando-se a João Nuno (ex Santa Eulália), Zé Carlos (ex Sobreposta), Nené (ex Torcatense) e Rodrigo Mota (ex Vieira), no grupo de caras novas para a próxima temporada. Pesca, Soares, João Pedro, Martins, Benjamim, Fábio, Pablo, Freitinhas, Nelsinho, Nando, Diego, Huguinho e David renovaram contrato.

Obras a bom ritmo As obras de requalificação do

Parque de Jogos Dr. João Afonso de Almeida prosseguem a bom ritmo e os trabalhos para dotar o campo secundário com um relvado sintético já estão em andamento. “Temos efetuado um trabalho de crescimento na formação, mas se não tivéssemos esta situação resolvida, seria difícil continuar o crescimento. Só com o campo principal, estávamos a ficar um pouco limitados”, explicou. Os juniores Viegas e Zé Pedro Freitas foram promovidos Numa primeira fase, a direção do clube reformulou os balneários e procedeu à cobertura da banca superior, normalmente destinada aos adeptos visitantes. •

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Pro-Nacional

Vizinhos muito ativos na planificação da próxima temporada O extremo Diogo Lamelas, que durante muitos anos representou o Vitória, é a mais recente aquisição do plantel do Sandinenses, que voltará a ser liderado por Pedro Adão. Na temporada passada, o experiente jogador, de 30 anos, representou o Amarante, do Campeonato de Portugal. Agostinho (ex Torcatense), Maka (ex Prado), Zézé (ex Pevidém) e Ângelo (ex júnior), são os outros reforços já anunciados pela direção. Manú, Vitinha, Muna, China, Pedro Simão, Tanta, Pedro Alex, Luisinhho, Tiago Martins, Jesus, André Machado, Francisco, Márcio Sousa e André Silva

renovaram contrato. Já o Taipas, que terá como responsável Rui Castro, acordou a continuidade do médio Jota, jogador que já representou o Vitória e o Benfica. Basílio, André Bicudo, João Ribeiro e Best já tinham acertado a renovação com o emblema termal. Filipe Eusébio, diretor-desportivo, deverá acordar nos próximos dias as continuidades de Ritchi, Luís e Tiago Vieira. No que diz respeito a caras novas, o registo para as entradas de Zé Pedro, ex Ponte, Maga, ex Santa Eulália e Bruno Costa, ex Airão. O clube procura ainda um central, um médio e um extremo. •

Divisão de Honra e 1.ª Divisão

Campelos, Selho, Ases e Aldão/Cano com novidades © Direitos Reservados

Pro-Nacional

Ivo Roque: “Ficar nos primeiros quatro lugares” Ivo Roque, treinador do Torcatense, já definiu as metas desportivas para a próxima temporada. Em declarações ao Mais Guimarães, o responsável técnico, de 38 anos, não escondeu as ambições. “As metas passam por ficar nos primeiros quatro lugares, que dão acesso ao playoff de subida. Sabemos que é extremamente difícil, porque há equipas a investirem muito forte e a contratarem bons jogadores. Não é o caso do Torcatense, porque não tem capacidade financeira para o fazer. Estamos a construir uma equipa mais humilde e jovem, com o objetivo de promover o maior número de atletas possível”, adiantou o treinador. Da formação do clube foram promovidos Marco, Rui, Pedro, Fábio, Martins e Bartolo. Ivo Roque justifica a aposta. “É um passo arriscado. Vão fazer a pré-época e vamos analisar a qualidade e o talento que temos dentro de portas”, explicou. O treinador explicou ainda as

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razões que o levaram a aceitar o cargo de treinador principal. “Quando fui para São Torcato a intenção e a ambição era poder substituir o Francisco Branco. Sinto-me totalmente apto para tomar conta deste barco”, explicou. Francisco Branco, que passará a ter outras funções no clube, deu o aval para Ivo Roque assumir o comando técnico No que diz respeito ao grupo

de trabalho para a temporada 2020/2021, transitam da temporada passada Tomás, Ismael, Xavi, Paulinho, Lobo, Guti, Pedro Costa, Chiquinho, Miguel, Henrique e Pedro Rui. Parauta (ex Ponte), Flávio (ex Ases de Santa Eufémia), Bebé (ex Taipas) e Joaquim (ex Ponte), são as caras novas até ao momento garantidas para o novo ano desportivo. •

O defesa Rocha e o avançado Tiago Ribeiro acertaram a continuidade no Clube Operário de Campelos, juntando-se a Bruno, André, Lima, Gabi, Marco, Vitugo, Carlos, Bruno, Cristiano, Tiago Machado, Cris, Diogo e Nandinho no grupo de jogadores que renovaram contrato. Marco (ex Aldão), Dani Macedo (ex Taipas), Jota, ex Pevidém B e Nuno, ex Prazins/Corvite, são as caras novas do plantel que voltará a ser liderado por Rui Nogueira. O Ases de Santa Eufémia, que terá como treinador Hugo Silva, renovou os vínculos contratuais

com Dani, Faneca, Fredo, Coelho, Rafa e Luisinho. O Selho também está muito ativo e já garantiu as permanências de Nuno Tomás, Nelson, Hélder Baía, Couto, Fábio, Chico, Formiga, Montoya, Pedro Santos, Luciano, Zé Miguel, Júnior, Pidá, Rui Ossos e Luís Couto. Nelson Cunha, ex Urgeses e Page, ex Berço, são as caras novas do grupo de trabalho que permanecerá entregue a Stephane Varela. O Unidos de Aldão/Cano renovou com Felos, Juliano, Novais e Filipe, promovendo ainda à equipa principal os juniores Ricardo e Rúben. •


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ARTES E ESPETÁCULOS

N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

Estreia nacional de "Surdina", novo filme de Rodrigo Areias, esgotou Cinema Trindade © Direitos Reservados

No dia em que as salas de cinema voltaram a abrir, o Cinema Trindade abriu portas com a ante-estreia do filme e com a presença do realizador Rodrigo Areias e equipa do filme.

“Surdina”, o novo filme do realizador vimaranense Rodrigo Areias, escrito por Valter Hugo Mãe, es-

treou na passada segunda-feira no Porto, no Cinema Trindade. Recorde-se que o filme foi total-

mente rodado em Guimarães. No dia em que as salas de cinema voltaram a abrir, na terceira fase de desconfinamento, o Cinema Trindade abriu portas com a ante-estreia do filme e com a presença do realizador Rodrigo Areias e equipa do filme. “Ontem foi muito bonito regressar ao Cinema Trindade. Sessões esgotadas, mas com muito espaço entre as pessoas. Tudo organizado e seguro. Foi bonito”, escreve o realizador vimaranense nas redes sociais. Ainda antes da estreia do filme, Rodrigo Areias contava ao Mais Guimarães que “Surdina” é uma tragicomédia, inteiramente rodada em Guimarães, assumindo que é em Guimarães. “É, de certa forma, uma história de amor”, explicava, no qual os personagens têm cerca de 60 anos. “Tem a ver com a vida nestes meios pequenos, a vida com os vizinhos, com a relação que tem muito do excesso de proximidade. De alguma forma, explora como é que vivemos todos em comunidades pequenas, em que não vivemos no anonimato, em que a nossa vida é uma coisa mais ou menos pública e mais ou menos privada”,

resumia. A designação Surdina foi uma proposta do Valter “que tem precisamente que ver com o que se diz entre dentes, o que se diz em voz alta e o que se diz em voz baixa entre as pessoas”, desvendava, na altura, Rodrigo Areias. Toda a família de Valter Hugo Mãe é de Guimarães, especificamente de São Cristóvão de Selho, apesar de o escritor ter nascido em Angola. Nesse sentido, o filme explora precisamente o universo entre o centro da cidade e São Cristóvão de Selho. “Quando decidimos fazer um projeto juntos o Valter esteve cá [em Guimarães] comigo, a dar umas voltas no centro histórico e a visitar casas de uma série de pessoas com as quais tenho relação. Fui também com ele a São Cristóvão e conhecer aquilo que é a sua origem familiar. Na junção destes dois ambientes, ele decidiu escrever um filme”, explicou. O filme foi escrito há cerca de 10 anos por Valter Hugo Mãe e Rodrigo Areias admitia que precisou de “algum tempo de maturação” para realizar “Surdina”. O realizador vimaranense explicava que todos os seus filmes são “com-

pletamente diferentes dos anteriores”. “Enquanto realizador, é interessante não cristalizar numa forma de fazer filmes, mas sim experimentando sempre coisas diferentes”, justificava. Apesar disso, Surdina, por ser “baseado no texto de outra pessoa, baseado em diálogos escritos por outra pessoa, é diferente” de todos os anteriores filmes de Rodrigo Areias, porque são filmes “pensados antes de tudo na plástica e visual, antes de serem narrativos”, aponta. “É um filme mais popular e mais passível de as pessoas se identificarem”, acrescentava. O filme teve estreia mundial em 2019, na 43.ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Brasil, e, de acordo com Rodrigo Areias, “correu muito bem”. “A reação foi muito emotiva, porque o filme também se presta a isso”, apontou. “Por outro lado, o Valter é uma vedeta literária lá, por isso contámos com salas sempre cheias”, recorda. Entretanto, o filme também foi exibido em Itália e Índia. Para Portugal, a estreia estava prevista para abril, com a pandemia a atrasar a data. •

“Marinheiros da Esperança”: há uma exposição no Hospital para celebrar o dia da criança linhou o Chefe de Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional. O presidente do Conselho de Administração do Hospital da Senhora da Oliveira, Henrique Capelas, vincou a sua mensagem no Dia da Criança e a ligação à Marinha. “O Mar é a maior riqueza do nosso país e as crianças são o nosso futuro”, enaltecendo uma “simples exposição” de “enorme simbolismo” e desde a primeira hora que o Serviço de Pediatria do Hospital de Guimarães associou-se a este projeto. Em representação da Câmara Municipal, a vice-presidente Adelina Pinto assinalou o termo “esperança” numa rota definida pelas crianças. “Vivemos um momento especial e particular. Sentimos o silêncio opressivo e temos de garantir às nossas crianças o direito de continuarem a ser crianças, pois continuam a ser o futuro”, vincou Adelina Pinto. Na inauguração da exposição marcaram ainda presença a Coordenadora do projeto “Marinheiros

© CMG

Os trabalhos realizados pelas crianças que estiveram internadas no serviço de Pediatria do Hospital de Guimarães dão corpo a uma exposição alusiva ao projeto “Marinheiros da Esperança”, inaugurada na passada segunda-feira, neste Dia Mundial da Criança. A sessão contou com a presença do Chefe de Estado-Maior da Armada, almirante António Mendes Calado, que realçou o envolvimento da Marinha “neste projeto pioneiro” na interação com as crianças. “A Marinha quer estar fora dos quartéis e levar a fantasia dos mares aos portugueses e, em especial, às crianças”. Nesse sentido, desenvolveu o projeto “Marinheiros da Esperança”, inspirado nas comemorações dos 700 anos da criação formal da Marinha Portuguesa, com a realização de programas pedagógicos para crianças que se encontram internadas em pediatrias. “A Marinha navega com estas crianças desde 2017, no sentido de relançar o desafio da conquista do mar”, sub-

da Esperança”, Ana Príncipe, o Presidente da Liga dos Amigos do Hospital, Alves Pinto, o deputado na Assembleia da República, Luís Soares, e representados os vários serviços do Hospital de Guimarães. O projeto “Marinheiros de Esperança”, nasceu inspirado nos 700

anos da Marinha e resultou na edição em 2017 de um livro que ilustra, com desenhos realizados pelas crianças e jovens internados nos Serviços de Pediatria do Sistema Nacional de Saúde, a História da marinha mais antiga do mundo, a Marinha Portuguesa, sendo coordenado pelo Centro

Materno Pediátrico do CHUSJ com o apoio institucional da Marinha Portuguesa. O Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães associou-se ao projeto desde o seu início (em 2017). A exposição "Marinheiros da Esperança" ficará no átrio do Hospital até sexta-feira, 05 de junho. •


PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEIS

O JORNAL N244 QUARTA-FEIRA 03 JUNHO 2020

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Farmácias de serviço Quarta-feira 03 de junho

Farmácia Pereira

Alameda S. Dâmaso - Tlf: 253 412 950 Quinta-feira 04 de junho

Farmácia da Praça

Rua Paio Galvão - Tlf: 253 523 167 Sexta-feira 05 de junho

Farmácia Nobel

Rua de Santo António - Tlf: 253 516 599

Portugal à mesa com

Sábado 06 de junho

Mário Moreira

Farmácia Barbosa

Largo do Toural - Tlf: 253 516 184

*Farmácia Faria

R. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 34 Domingo 07 de junho

No regresso com medo à liberdade, há regras e procedimentos, não estão a ser acautelados em alguns restaurantes

Entramos no restaurante com máscara. Esperamos, alguém se dirija para nos indicar a mesa segura. Sentámos-nos em posição diagonar, cuja distância, é menos de um metro, entre pratos. Tirámos a máscara, fazemos o pedido ao empregado de mesa. Os talheres já estão na mesa. Deviam estar, mas empacotados. O pão vem como vinha antes da pandemia. Deveria estar, mas empacotado. Velhos hábitos, maus procedimentos. Se cada cesto de pão pudesse descrever as deficientes práticas de higiene e educação alimentar, teríamos histórias surpreendentes e assustadoras. Felizmente, há quem cumpra regras. Como, bebo, rio, converso, cumprimento à distância. Tudo isto sem máscaras à mesa. Observo em cima das mesas; óculos, telemóveis, chapéus, máquinas fotográficas... O prato está na mesa, ignoro há quanto tempo. A comida vem em travessa, cruza com clientes que entram e saiem, se deslocam à casa de banho. Então não seria

Farmácia Avenida

Avenida D. João IV - Tlf: 253 521 122 Segunda-feira 08 de junho

Farmácia Paula Martins Rua Teixeira Pascoais - Tlf: 253 415 833 Terça-feira 09 de junho

Farmácia Lobo

Avenida Londres - Tlf: 253 412 124 *Em regime de disponibilidade

bem melhor e mais seguro que a comida viesse da cozinha empretada, devidamente, acondicionada em vez de ter um prato na mesa e chegar em travessa, suscetível de absorver todo o tipo de bactérias? A cozinha mostra que quem manipula os alimentos não tem como manter distâncias. Quando quero sair, neste manifesto impulso, tenho de colocar a máscara, para dar uns pequenos passos, na rua volto a retirar. A experiência não foi agradável. Não me senti seguro, não vou voltar. Há um falso sentimento de segurança. A DGS a exemplo de outros setores de atividade deveria também efetuar vistorias na restauração, designadamente, no serviço de mesa. De facto a melhor proteção que se pode usar é a educação e o bom senso. “De pequenino é que se torce o pepino”. Às campanhas publicitárias que custam milhões aos contribuintes, a comunicação social, designadamente, as TVs, batem palmas.

Dê sangue! COLHEITA PERMANENTE

Todas as Terças-feiras das 14h30 às 19h00 Primeiro e terceiro Sábado de cada mês das 09h00 às 12h30 Local Casa do dador (Azurém)

O que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia...

“A Salada do Regresso...” 2 tomates maduros, cortados em cubos. 1 pimento vermelho, 1 pimento amarelo, assados, limpos de peles e sementes, partidos grosseiramente.. 1 cebola roxa pequena, picada, 1 dente de alho, picados. 100 gr de azeitonas pretas descaroçadas. Colocar os ingredientes numa taça. Adicionar 3 colheres de sopa de azeite, 1 colher de sopa de vinagre balsâmico, manjericão picado e sal a gosto. Envolver bem. No momento de

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É NOTÍCIA! CONTAMOS CONSIGO PARA servir juntar pão torrado, partido grosseiramente. Decorar com folhinhas de mangericão.

Bom apetite! Um abraço gastronómico. Envie as suas sujestões para: leitor@maisguimaraes.pt

INFORMAR

Telefones Úteis Polícia Municipal 253 421 222 P.S.P. 253 540 660 G.N.R. 253 422 575 Hospital 253 540 330

BV Guimarães 253 515 444 BV Taipas 253 576 114 SOS 112 CM Guimarães 253 421 200

LIGUE 253 537 250 GERAL@MAISGUIMARAES.PT

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Pontos de Vista Sugestão

Televisão

Uma sala de cinema esgotada em tempos de pandemia. No caso, no Cinema Trindade, na estreia de “Surdina”.

Última

Famílias de Caldas das Taipas desafiadas para concurso sustentável

A Junta de Freguesia de Caldelas, a Brigada Verde e a ABAE voltam a lançar o desafio Eco-Famílias XXI que pretende inspirar as famílias de Caldas das Taipas para práticas mais sustentáveis e a revelarem maiores preocupações com o ambiente, o território e a comunidade. Em comunicado, o presidente da Junta de Freguesia, Luís Soares, convida todas as famílias Taipenses a participarem no concurso

Eco-Famílias XXI 2020 e sublinha que “todos queremos uma Freguesia cada vez mais participativa, solidária e saudável”. As candidaturas podem ser feitas até 31 de julho de 2020. Para participar basta que um elemento da família se registe e preencha um questionário até 31 de julho. Todas as famílias inscritas receberão um exemplar dos livros “Taipinhas mostra a sua Vila” e “A lenda da Ara de Trajano”. •

‘When They See Us’ é uma minissérie documental que se debruça sobre o caso que ficou conhecido como “Central Park Five”. A história conta o caso de cinco adolescentes negros que, em 1989, foram injustamente acusados de terem violado uma mulher no conhecido parque em Nova Iorque. A hisória inicia-se em 1989, quando os adolescentes foram interrogados pela primeira vez. A série foca-se nos 25 anos seguintes e mostra a sua exoneração em 2002 e o acordo a que chegaram com a cidade de Nova Iorque em 2014. “When They See Us” está disponível na plataforma Netflix. •

20 bicicletas para a autarquia Os trabalhadores da autarquia vão poder utilizar bicicletas elétricas, através de um sistema de partilha. A ideia é “sensibilizar” os munícipes para a adoção de práticas ambientalmente mais sustentáveis, durante o horário de trabalho.

Mortes por covid-19 Até ao fecho desta edição eram 32895 o número de casos confirmados com Covid-19. Havia ainda 432 pessoas internadas 58 das quais em cuidados intensivos. O novo coronavírus já provocou 1436 mortes em território nacional

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When They See Us


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