#248 01 julho de 2020

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Daniel Pinto explica saída da Vitrus Ambiente O MAIS GUIMARÃES TEVE ACESSO AO DOCUMENTO DE DEMISSÃO DO DIRETOR EXECUTIVO P.03

ENSINO

O RANKING DAS ESCOLAS VIMARENSES P.04 e 05

CENTRO HISTÓRICO

Associação de hotelaria apela ao distanciamento social P.06 BRUNO FERNANDES É RECANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA CONCELHIA DO PSD P.08 SAÚDE

Vimaranense testa positivo à Covid-19 pela segunda vez P.06 EM GUIMARÃES

Estátua de D. Afonso Henriques está a ser requalificada P.03

EM QUEDA

P.03

• População em Guimarães cai 3,63% face a 2011 • Braga e Vizela aumentam número de habitantes

GUIMARÃES DISTINGUIU VIMARANENSES “CUJA ATUAÇÃO SE PAUTOU PELO ALTRUÍSMO” P.06 ECONOMIA

MOREIRENSE VENCE NA VILA DAS AVES E DESPROMOVE O RIVAL P.15 TENISTA FRANCISCA JORGE CONQUISTOU NOVO TORNEIO P.17

Novo fôlego para a Liga Europa com classe de Edwards e Ouattara P.18

Partido Comunista aponta o dedo às grandes empresas têxteis e do calçado P.07

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N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

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MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO


N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

Vidas em sobressalto A história está devidamente contada nesta edição do Jornal Mais Guimarães. Após oito semanas em isolamento, quatro delas de internamento no Hospital Senhora da Oliveira Guimarães, de 11 testes, entre eles o desejado teste negativo, um homem de 79 anos, residente em Guimarães, voltou a testar positivo no passado dia 26 de junho. O caso torna-se ainda mais problemático quando esta terça-feira, dia 30, uma neta de 10 anos com quem convive, também recebeu um resultado positivo para Covid-19. Nesta família vimaranense o pesadelo começou a 15 de abril. Foi uma bisneta a primeira a apresentar sintomas e, no dia seguinte, um filho testou positivo. Dias depois, este homem, o principal protagonista da nossa história, caiu e foi transportado ao Hospital Senhora da Oliveira, por precaução, uma vez que detém problemas cardíacos. Foi-lhe diagnosticada a covid-19. Durante 04 semanas permaneceu internado e ali ficou, realizando testes consecutivos, em ansiedade permanente, para ele e para a família. Regressou a casa, “por motivos de saúde psicológica”, por

ser uma pessoa já com alguma idade e por não poder receber visitas. O filho e a esposa também estavam infetados, pelo que os três puderam cumprir o isolamento em conjunto de forma um pouco menos penosa. Foram mais quatro semanas em isolamento caseiro e, a 13 de junho, depois do teste com resultado negativo, tudo parecia estar ultrapassado. O homem voltou à sua vida normal, embora usando máscara e as necessárias precauções. Mas o calvário não tinha terminado. Na sexta-feira voltou a testar positivo. Helena Sarmento, médica de medicina interna e responsável pelo internamento de covid-19 no Hospital Senhora da Oliveira explicou ao Mais Guimarães que “Há neste momento grupos de trabalho que procuram compreender se se trata de novas infeções ou se é apenas o vírus que permanece nas secreções.” Esta história, descrita pelo jornalista Rui Dias, que não é caso único no país e no mundo, é mais um dado a juntar a tantos outros acontecimentos que, neste momento, dificultam o regresso à normalidade que tanto desejamos.

Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal” “Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das instituições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015 Mais Guimarães - O Jornal - Semanário Proprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138 Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912 Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – Guimarães Email geral@maisguimaraes.pt Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto Sampaio Registado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735 Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís Freitas Redação Mafalda Oliveira | Rui Dias | Vitor Jorge Oliveira Departamento Comercial Eliseu Sampaio Colunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir Brito Fotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.

Artigo de opinião

Um PS do distrito de Braga com credibilidade e esperança Com ou sem crise, os partidos políticos continuam a ser essenciais às democracias regidas pela Lei. Por isso é que a democracia interna dos partidos políticos é tão relevante, já que sem democracia interna não há democracia social que responda aos interesses dos cidadãos. Daí que as estruturas organizativas dos partidos políticos sejam tão importantes. Sem exceção. As de base, as federativas e as nacionais. É sabido que a Federação do Distrito de Braga do Partido Socialista está neste momento numa competição interna, mercê, em grande parte, de uma crise crónica feita de divisões, conflitos artificiais e mediocridade política, que obrigam aqueles que se preocupam com a democracia na sociedade e no PS a mobilizar-se para sua renovação, transparência e qualificação. Mas de Guimarães, representando todo o distrito, nasceu uma candidatura que constitui uma esperança de requalificação da vida interna do PS no distrito de Braga e no país, na sua relação com a sociedade e com os cidadãos. O seu protagonista é o Vereador Ricardo Costa, que tem vindo a desenvolver na Câmara de Guimarães, como é unanimemente reconhecido (dentro e fora de portas), um papel decisivo na sua gestão financeira e na projeção e execução de políticas avançadas de desenvolvimento económico e social. Os desafios que o Vereador Ricardo Costa tem a vencer, para o PS, na Federação de Braga, são vários, difíceis e complexos. O primeiro deles é o de unir o que foi desestruturado e destruído, no distrito inteiro, pelo ainda Presidente da Federação do PS de Braga: destruição política (no PS e fora do PS) em Fafe, em Vizela, na Póvoa de Lanhoso, em Braga, em Vila Verde, em Celorico, em Amares, em Famalicão (agora, felizmente, em reconstrução, ainda que contra a sua vontade) e ten-

tativa de destruição em Barcelos, até em Cabeceiras de Basto, onde, pese embora o PS continue a governar a Câmara local, sucessivamente foi afastando e trucidando militantes prestigiados, até quase só restar ele próprio. Em todos estes municípios, o PS perdeu influência, Câmaras, Juntas de Freguesia, ligação social, militantes, e sempre com o protagonismo destrutivo do atual presidente da Federação. O segundo grande desafio a vencer é o da credibilidade política do PS distrital junto das estruturas nacionais do PS e do Governo de Portugal. Com vários deputados na AR, com vários quadros valorosos em todo o distrito (na universidade, na sociedade, nas suas profissões e saberes), o PS do distrito de Braga não tem um só dos seus militantes em qualquer lugar de relevância na estrutura parlamentar do PS, no maior Governo de Portugal desde o 25 de abril de 1974 ou em qualquer local estratégico de decisão política nacional! Bem entendido, os partidos não devem colonizar o Estado. Mas os partidos são, em democracia, parte decisiva dos mecanismos de recrutamento dos dirigentes do Estado, e a ausência, nos vários mandatos do presidente da Federação de Braga do PS, de militantes do PS do distrito no PS nacional ou no Governo do país não resulta senão da sua completa falta de prestígio e capacidade cultural e política, absolutamente isolado e incapaz de valorizar a estrutura federativa a que preside. O terceiro grande desafio de Ricardo Costa, nesta sua caminhada para prestigiar e dar um fôlego sério à distrital do PS de Braga, é a de resistir àqueles que, mesmo em Guimarães, quando se deviam orgulhar do seu trabalho e da sua proveniência local (sem vergonha do nosso Patriotismo de Cidade, de que falou Jorge Sampaio em Guimarães, quando fui Presidente de Câmara), tudo fazem e farão para pôr em causa os seus per-

gaminhos, o seu currículo profissional, a sua honradez e a sua capacidade, incluindo aqueles que a ele devem a sua insipiente carreira política, sem nunca chegaram a ter, sequer, carreira profissional. Este desafio é especialmente grave e difícil, já que é o de resistir e ganhar àqueles que tentam fragilizar o próprio PS de Guimarães, e aí criar destruição, em que o atual presidente da Federação e os seus acólitos se especializaram. Se o PS do distrito de Braga, como certamente o fará o PS de Guimarães, tiver juízo, elegerá Ricardo Costa como o próximo Presidente da Federação do PS de Braga e arrancará para um período de reconstrução e credibilização da política distrital, perante o PS nacional e perante a sociedade. Eu, que conheço os militantes do PS de Guimarães e do distrito, sei que eles saberão apostar num PS do futuro ao invés de num PS do passado, que já não sabe senão recorrer aos velhos truques que descredibilizam a política. Por isso Ricardo Costa vencerá e com ele o PS e os cidadãos. •

António Magalhães

Presidente da Câmara de Guimarães entre 1989 e 2013


EM GUIMARÃES

O JORNAL N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

Guimarães perdeu 3,63% da população em oito anos Ao contrário de Braga e Vizela, concelhos vizinhos, o número de habitantes continua em queda na cidade berço. Queda ultrapassa a média nacional. © Mais Guimarães

procuraram oportunidades de emprego noutros países.

Segunda fase do restauro da estátua de D. Afonso Henriques já arrancou © Paço dos Duques

O concelho de Guimarães continua a perder população ano após ano e bem acima da méda nacional. Entre 2011 e 2019, Guimarães perdeu 3,63% da população, chegando aos 152.309 habitantes no final do ano passado. Se a comparação dos números registados do final de 2019 for feita com 2014, o decréscimo da população é de 2,06%. Se compararmos com o final do ano 2016, o decréscimo é de 0,32%. Entre 2011 e 2019 Portugal perdeu cerca de 246,5 mil habitantes, o que corresponde a uma redução de 2,34% na população do país, segundo as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este período ficou marcado pela entrada da troika em Portugal, em 2011, e as políticas de austeridade colocadas em prática. A crise levou a uma redução na chegada de imigrantes mas também a um aumento da emigração de portugueses que

P.03

Aqui ao lado, em Braga e Vizela, a população continua a aumentar No final de 2019, a população em Braga chegou aos 182.679 habitantes. Trata-se de um aumento de 0,28% face a 2011, um aumento de 0,62% face a 2014 e um aumento de 0,42% face ao final do ano de 2018. Também segundo os dado estatísticos do INE, a população em Vizela aumentou para 23.897 habitantes no final de 2019. Se compararmos com o ano de 2011, trata-se de um aumento de 0,24%. Estes são, de resto, os únicos dois concelhos do distrito cuja população continua a aumentar. Em toda a zona norte, só Vila do Conde, Maia e Valongo se juntam à lista. •

Arrancou esta segunda-feira, 29 de junho, a segunda fase da requalificação da estátua de D. Afonso Henriques, um dos momumentos mais emblemáticos da cidade de Guimarães. A intervenção, cujo financiamento foi garantido pela Câmara Municipal de Guimarães, terá a duração de dez dias. •

Daniel Pinto explica a saída da Vitrus criação da figura de diretor-geral que esvazia de conteúdo funcional o cargo de administrador executivo. Daniel Pinto acusa este diretor-geral de se lhe dirigir “em termos incompatíveis com a respetiva condição de funcionário da empresa cuja administração me está atribuída.” Apontando o dedo ao presidente do Conselho de Administração, Sérgio Castro Rocha, acusa-o de não compreender, “ou compreendendo e preferindo ignorar, que entre membros de um mesmo órgão colegial, como é o Conselho de Administração da Vitrus, inexiste qualquer relação hierárquica”. Prossegue acusando Sérgio Castro Rocha de se lhe dirigir como se fosse “apenas mais um funcionário da empresa”. Daniel Pinto alega que as ordens e imposições que lhe eram dadas por Sérgio Castro Rocha, acarretavam “o incumprimento dos deveres… nomeadamente de assegurar o regular e normal funcionamento da empresa”. Durante a reunião de Câmara do passado dia 18 de junho, Hugo Ribeiro, vereador do PSD, solicitou ao presidente do Município a divulgação da carta de renuncia de Daniel Pinto. O sociais-democratas pretendiam

© DR

O Mais Guimarães teve acesso ao email de renuncia do ex-administrador executivo da Vitrus, em que este levanta graves acusações, nomeadamente alegando haver uma subversão da estrutura hierárquica da empresa. No email, datado de 12 de março, dirigido ao presidente da Câmara de Guimarães, Daniel Pinto reconhece que é com “pesar e desalento” que põe fim à sua colaboração de mais de oito anos na Vitrus. O ex-administrador data o inicio dos problemas que o levaram a renunciar ao seu lugar na empresa municipal, do momento de tomada de posse da atual administração e menciona os resultados de uma auditoria, realizada em 2019, que já daria conta desses problemas. Segundo Daniel Pinto relata no seu email de rescisão, a “situação não só não foi alterada com a referida auditoria, como se agravou dai em diante”. Para o administrador cessante, houve “interferência na esfera de atuação do administrador executivo”, de tal forma que tornaram a execução das suas funções “praticamente impossível”. Daniel Pinto usa a palavra “patológico” para descrever os acontecimentos internos na Vitrus. O ex-administrador queixa-se da

aferir se a percepção que tinham de um mal estar dentro do conselho de administração desta empresa municipal era real e “em que é que ela se materializava”. Perceção que os novos dados agora apresentados pelo Mais Guimarães vêm confirmar. Em resposta ao vereador do PSD, Domingos Bragança acedeu em divulgar a carta de renuncia. Para o presidente da Câmara o problema reside no facto de o presidente da Vitrus não ser executivo e de haver um diretor executivo, que também faz parte do conselho de administração. É

essa, na opinião de Bragança, a fonte dos problemas. A solução poderá passar, no futuro, por uma alteração estatutária, anunciou o presidente da Câmara. “Passar a ser o presidente o membro executivo, ou o diretor executivo deixar de integrar o conselho de administração e passar a receber ordens deste órgão”, concluiu Domingos Bragança. Na mesma reunião do executivo foi aprovada uma minuta de contrato de Gestor Público, para o novo membro do Conselho de Administração da Vitrus que, de acordo com a acta da Assembleia

Geral da Vitrus, de 14 de Abril, passará a exercer funções executivas. No caso, trata-se de João Pedro de Oliveira Martins Castro, que, para efeitos remuneratórios será equiparado a um chefe de divisão do Município, um salário ligeiramente acima dos 2 600 euros. Daniel Pinto é funcionário da Tempo Livre e, uma vez que o presidente da Câmara aceitou a sua renúncia, regressa ao seu lugar na Régie-Cooperativa que tem como principal cooperante a Câmara Municipal de Guimarães. •


DESTAQUE

N248 QUARTA-FEIRA 10 JULHO 2020

© Direitos Reservados

P.04

ENSINO

As leituras dos rankings das escolas Os rankings das escolas, com base nos resultados dos exames nacionais do 9º ano e do secundário, baseados nos números divulgados pelo ministério da educação, referentes ao letivo 2018/19, invadiram a comunicação social, ao longo da semana passada. Além da polémica que sempre arrastam, estes números podem dizer-nos alguma coisa sobre a educação em Guimarães. • Rui Dias

© Mais Guimarães

Num país com pouco mais de 200 quilómetros de largura, um concelho como Guimarães, a 50 quilómetros do mar, a pouco mais de meia hora de carro da costa, já fica na fronteira entre o interior e o litoral. Quando se trata do ensino secundário, se compararmos Guimarães com os concelhos que ficam a sul e a leste, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Felgueiras, Vizela, os resultados vimaranenses são em média melhores. O caso muda de figura quando nos viramos para oeste e para norte. Os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Braga apresentam, em média melhores resultados nos exames

nacionais do ensino secundário. Ao nível dos exames do 9º ano, esta tendência este-oeste é menos óbvia. Há uma vantagem de Guimarães relativamente aos municípios a leste, mas, neste caso, as médias dos alunos dos concelhos mais próximos do litoral são até inferiores às dos alunos vimaranenses, embora com números muito próximos. A interioridade como critério para avaliar o sucesso escolar é muito relativa. Há concelhos no litoral com maus resultados e concelhos no interior com resultados bons. Ainda assim, percorrendo a costa de norte a sul, há quatro concelhos costeiros com média

negativa nos exames do secundário: Óbidos, Murtosa, Setúbal e Alcácer do Sal. Se fizermos o mesmo exercício percorrendo a raia, entre Bragança e Vila Real de Santo António, encontramos oito: Miranda do Douro, Mogadouro, Sabugal, Idanha-a-Nova, Portalegre, Elvas, Moura e Vila Real de Santo António. À nossa latitude, a média dos exames do secundário, analisada do litoral para o interior: Póvoa do Varzim (12,36), Vila Nova de Famalicão (11,97), Guimarães (10,87), Fafe (10,23), Cabeceiras de Basto (9,51), Ribeira de Pena (9,19). Consistentemente os resultados baixam à medida que

nos afastamos do litoral.

Confederação de pais não gosta dos rankings

Jorge Ascenção, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), defende que a importância dos rankings de escolas “é muito relativa”. Para o líder da Confap “é preciso alterar o atual paradigma de acesso ao ensino superior”. As associações de país não concordam que o acesso ao ensino superior possa estar condicionado ao resultado que o aluno obtém numa prova de duas horas. Para a Confap é mais importante medir a qualidade do ensino nas diversas escolas do que conhecer as avaliações dos alunos. Jorge Ascenção voltou a defender que “é preciso alterar o atual paradigma de acesso ao ensino superior”, que não pode estar dependente apenas do que um aluno consegue mostrar durante uma prova de duas horas. Para os pais, o importante não é conhecer quais as avaliações dos alunos, mas, sim, a qualidade do ensino das diferentes escolas.

Ser pobre e, mesmo assim, ter bons resultados Há várias ferramentas que permitem um lançar um olhar diferente para os resultados dos alunos. O jornal Público fez cruzou os resultados dos exames com os alunos que abrangidos pela Acão Social Escolar. Neste ran-

king os “campeões” são outros, concelhos que tendo um número muito acima da média de alunos abrangidos pelos apoios da Acão Social Escolar (mais pobres), conseguem, nessas condições, aproximar-se ou até ultrapassar a classificação média nacional nos exames. Valpaços, Cinfães, Baião, Aguiar da Beira são municípios de que habitualmente não se fala neste contexto, neste caso são os que melhor ficam no retrato. Ainda recorrendo à analise do Público, ficamos a saber que, entre os alunos do ensino secundário, em Guimarães, há 27,44% que recebem apoios da Acão Social Escolar. A media dos exames do ensino secundário em Guimarães é 10,66. Comparativamente, Aguiar da Beira, com muito mais alunos carenciados – tem 54,50% a receber apoios da Acão Social Escolar – , faz melhor, uma vez que a média dos exames no concelho é 10,95. Outro exemplo positivo, neste “campeonato”, é Valpaços. No concelho transmontano, 62% dos alunos do secundário recebem apoios da Acão Social Escolar, ainda assim, a média nos exames nacionais é de 10,43. Um resultado muito próximo de Guimarães, ou de Braga que tem 26,53% de alunos carenciados e uma média em exames de 10,81.

Um outro olhar sobre os rankings Uma outra forma de encarar a questão é valorizar o percurso dos alunos ao invés de colocar


DESTAQUE

O JORNAL N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

“Os rankings são mentirosos”, Francisco Teixeira Para o professor de filosofia da Escola Secundária Francisco de Holanda, doutorado em filosofia, com uma especialização em organizações educativas e administração educacional, “os rankings são perniciosos”. Francisco Teixeira lembra que há fatores que um exame não pode avaliar e ilustra com o exemplo dos estudos que demonstram que o nível de educação da mãe é determinante no sucesso escolar dos filhos. Para este professor, é óbvio que os colégios particulares têm melhores resultados, “os alunos são, regra geral, filhos de pais ricos. Mal seria se partindo com vantagem não atingissem melhores resultado!” Francisco Teixeira afirma que a publicação dos rankings “é uma tentativa de simular que existe um mercado de educação em Portugal. Em que a escola que fica mais bem classificada no ranking é melhor que a outra, mas tal não é verdade”. O professor lembra um estudo que demonstra que os alunos das escolas públicas têm melhores resultados na universidade que os do ensino privado. “Os rankings são mentirosos”, conclui Fran-

Ranking de Escolas 2019 por exames nacionais 9º ano Pos. Escola

Média Exame Nota Interna

Nota Interna

1

Externato Escravas Sagrado Coração de Jesus (Porto)

78,79%

4,05

3,94

21

Colégio Nossa Senhora da Conceição

78,79%

4,05

3,94

53

Colégio do Ave

75,6%

3,87

3,73

128

Escola Básica Professor João de Meira

67,8%

3,51

3,57

169

Escola Básica Professor Abel Salazar

64,96%

3,36

3,3

188

Escola Básica das Taipas

63,9%

3,32

3,36

216

Escola Básica Egas Moniz

62,52%

3,34

3,32

346

Escola Básica do Vale de São Torcato

59,57%

3,11

3,14

383

Escola Básica Arqueólogo Mário Cardoso (Ponte)

58,93%

3,11

3,22

388

Escola Básica Virginia Moura (Moreira de Cónegos)

58,85%

3,11

3,22

483

Escola Básica de Pevidém

57,27%

3,02

3,12

487

Escola Básica D. Afonso Henriques (Creixomil)

57,21%

3,05

3,59

530

Escola Básica de Abação

56,43%

2,94

3,03

565

Escola Básica Gil Vicente, Urgeses

55,8%

3,1

3,4

629

Escola Básica e Secundária Santos Simões

54,82%

2,93

3,45

631

Escola Básica Arquiteto Fernando Távora (Fermentões)

54,76%

2,93

3,34

889

Escola Básica de Briteiros

49,74%

2,73

3,33

25,03%

1,72

2,92

1111 Escola Básica do Vale da Amoreira (Moita)

cisco Teixeira. Para este professor o que acontece em algumas escolas é uma preparação “mecânica” dos alunos para responderem a exames que têm muito pouca variação. Uma acusação que frequentemente é feita às escolas privadas é a de inflacionarem as notas dos seus alunos. Nos rankings agora publicados, na região, essa acusação não parece fazer sentido.

As diferenças entre as notas de exame e a nota interna nas escolas de Guimarães variam entre 2,74, e 3,18: Escola Secundária Martins Sarmento (3,03); Escola Secundária Francisco de Holanda (2,74); Escola Básica e Secundária Santos Simões (3,18); Escola Secundária de Caldas das Taipas (3,09). A diferença entre a nota de exame e a nota interna no Colégio D. Diogo de Sousa

Ranking de Escolas 2019 por exames nacionais Pos. Escola 1

© CMG

a tónica numa única prova. A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência disponibiliza uma ferramenta que compara o percurso dos alunos de uma determinada escola com todos os estudantes do país que, anteriormente, tinham um desempenho escolar semelhante. Neste caso as escolas secundárias de Guimarães andam entre a posição 57, Escola Básica e Secundária Santos Simões e a posição 412, Escola Secundária Francisco de Holanda. Isto num universo de 506 escolas, em que as três primeiras são escolas públicas. A terceira classificada a nível nacional é Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos, do vizinho concelho de Felgueiras.

P.05

Média Exame Nota Interna

Colégio de Nossa Senhora do Rosário (Porto)

15,62

17,45

186

Escola Secundária Martins Sarmento

11,19

14,22

253

Escola Secundária Francisco de Holanda

10,88

13,62

281

Escola Básica e Secundária Santos Simões

10,73

13,91

287

Escola Secundária de Caldas das Taipas

10,69

13,78

539

Escola Básica e Secundária Padre Manuel Alves (Ribeira Brava)

7,78

13,64

(Braga) foi 2,11 e no Colégio João Paulo II (Braga), 1,95. Quer dizer que nesta análise, muito focada na região, houve uma diferença menor entre as notas internas e as notas de exame nas escolas privadas. Embora nos exames de 9º ano a questão não seja tão relevante, porque ainda não está em causa o acesso ao ensino superior, a tendência mantem-se. É em algumas escolas públicas que se verifica a maior discrepância entre notas internas e externas. É o caso da Escola Básica de Briteiros, com uma diferença de 0,62, contra os 0,11 do Colégio de Nossa Senhora da Conceição ou os 0,14 do Colégio do Ave. No caso dos exames do 9º ano é numa escola pública que as notas internas são mais próximas das de exame, trata-se da Escola Básica Professor Abel Salazar (0,06). Francisco Teixeira defende que as notas internas têm que ser mais altas que as notas de exame e que “se não for assim, alguma coisa está mal”. O professor lembra que há componentes que não são nem podem ser ava-

liadas num exame, “como por exemplo a oralidade”. Francisco Teixeira aponta para uma diferença entre 1,5 e 2,5, no caso do secundário, como sendo perfeitamente normal. Para quem prefere a crueza dos números, o ranking das escolas secundárias diz-nos que a melhor escola de Guimarães em 2018 era a Secundária das Taipas, no lugar 119, nesse ano, a mais mal classificada do concelho era a Escola Básica e Secundária Santos Simões, na posição 455. Em 2019 a melhor escola do município aparece um bom bocado mais abaixo, na posição 186, por outro lado a escola mais mal classificada fica pelo lugar 287. Desceu a melhor subiu a pior, é o copo meio cheio ou meio vazio. Ao nível do ensino básico, as duas escolas mais bem classificadas de Guimarães de 2018 para 2019 mantém-se: Colégio Nossa Senhora da Conceição e Colégio do Ave. O Colégio do Ave continua a ser líder, mas caiu, de quinto a nível nacional para 21º, ao passo que o Colégio do Ave subiu vinte posições, de 73º para 53º. •


P.06

EM GUIMARÃES

N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

Apanhar covid duas vezes © João Bastos / Mais Guimarães

Imagine que lhe era diagnosticada a doença mais assustadora do nosso tempo, a covid-19. É mau, agora imagine que algumas semanas depois de ser dado como curado testava outra vez positivo.

O caso aconteceu em Guimarães a um homem de 79 anos. Tudo começou na quarta-feira após a Páscoa, dia 15 de abril. Na família, foi uma bisneta a primeira a apresentar sintomas, na quinta-feira, dia 16 de abril, foi um filho que testou positivo. Alguns dias depois, o doente em causa deu uma queda e foi transportado ao Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, por precaução, uma vez que tem problemas cardíacos. Até ao momento em que foi transportado ao hospital não tinha havido nenhuma suspeita de infecção, uma vez que não apresentava sintomas. Desde essa data até ao dia 16 de

maio permaneceu no hospital. Nessa altura regressou a casa, “por motivos de saúde psicológica”, explica uma neta. Recorde-se que é uma pessoa já com alguma idade e que as visitas ao hospital estavam completamente interditas. Na altura em que os médicos e a família optaram pelo seu regresso a casa, o filho e a esposa também estavam infectados, pelo que, os três podiam cumprir o isolamento em conjunto de forma menos penosa. Em casa continuou a ser seguido pela médica de família. Passadas mais quatro semanas de isolamento caseiro, a 13 de junho, depois de um teste negativo, tudo

GNR impede confronto de adeptos de futebol O Comando Territorial de Braga, através da intervenção de militares do Posto Territorial das Taipas e do Destacamento de Intervenção (DI) de Braga, no dia 26 de junho, após o dérbi do Minho, que se disputou na cidade dos Arcebispos, impediu que fossem desencadeados confrontos entre adeptos do Vitória e Braga, na vila de Caldas das Taipas. Durante a operação foram detidos dois homens, de 21 e 23 anos, por posse de armas proibidas. Na sequência de uma denúncia de que grupos de adeptos, de dois clubes de futebol rivais, iriam envolver-se em agressões e provocar desacatos, a GNR mobilizou para o local os meios necessários, evitando o o confronto chegasse a concretizar-se. No local do encontro, um parque

de lazer, foi identificado e constituído arguido um homem, de 19 anos, por posse de artigos pirotécnicos, dois very light, e identificados outros cinco homens com idades entre os 19 e os 22 anos, na posse de dois tacos de snooker. Ainda na sequência de informações recolhidas no local, foi intercetada uma viatura onde seguiam uma mulher e três homens, transportando um bastão de metal e um ferro com 30 centímetros, tendo sido ainda detidos dois homens, por posse de arma proibida. Foram ainda identificados os outros dois indivíduos, um homem e uma mulher, de 19 e 20 anos, respetivamente. Os detidos foram constituídos arguidos e os factos remetidos ao Tribunal de Guimarães. •

parecia que estava ultrapassado. O homem voltou à sua vida normal, embora usando máscara e as necessárias precauções. Mas o calvário não tinha terminado. Na sexta-feira, dia 26 de junho, uma nova queda voltou a conduzir este homem ao hospital. A queda voltou a ser apenas um susto, porém, voltou a testar positivo para covid-19. O caso torna-se ainda mais problemático quando, dia 30 de junho, uma neta de 10 anos com quem convivia, também testou positivo, embora assintomática. Helena Sarmento, médica de medicina interna e responsável pelo internamento de covid-19 no Hospital Senhora da Oliveira diz que como este há muitos doentes a nível nacional e internacional. Há neste momento grupos de trabalho que procuram compreender se se trata de novas infeções ou se é apenas o vírus que permanece nas secreções. “Não achamos que seja infeção, continua a haver presença de vírus, mas não há quadro clínico e pensa-se que não será contagioso”, afirma num tom cauteloso. Reforçando a ideia que é preciso esperar pelos resultados dos estudos para perceber se se trata de segundas infeções. Em todo o caso, Helena Sarmento explicou que no Hospital Senhora da Oliveira é preciso dois testes negativos para dar alta a um doente anteriormente infetado com covid-19. • Rui Dias

GNR em ação para evitar ajuntamentos © DR

Os guardas do Posto Territorial de Famalicão no dia 28 de junho, cerca das 23h40, forma obrigados a disperar um aglomerado de cerca entre 50 a 60 pessoas e 20 viaturas, na passagem superior da A7, em Seide, Famalicão. Na sequência de uma informação sobre o ajuntamento de pessoas, a GNR desencadeou uma ação policial, que culminou na dispersão das pessoas, que se teriam concentrado na localidade de Seide, para a realização de uma corrida ilegal na A7. Apesar da dispersão rápida à chegada da patrulha da GNR, foi ainda possível identificar 17 cidadãos. A Guarda Nacional Republicana tem orientado os seus esforços para a prevenção da disseminação da COVID-19, tendo nos últimos dias verificado algumas situações de incumprimento às regras definidas e previstas para o combate à pandemia. Em comunicado às redações a GNR recorda que, com o regime

contraordenacional que entrou em vigor a 27 de junho. “Os cidadãos que não cumpram as regras, incorrem na prática de uma contraordenação, que varia entre os 100 e os 500 euros, no caso de pessoas singulares, e entre os 1.000 e os 5.000 euros, no caso de pessoas coletivas”, lembra o comunicado da GNR. A GNR chama particularmente à atenção para a obrigatoriedade do uso de máscaras ou viseiras nos transportes públicos; em espaços e estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços; edifícios públicos ou de uso público; nas escolas e creches ou salas de espetáculos; não realização de celebrações e eventos que impliquem a concentração de pessoas em número superior ao limite permitido. Por outro lado, as situações que constituem crime de desobediência mantêm-se, como por exemplo, a obrigação do confinamento obrigatório. Por isso, entre outras situações, a Guarda irá efetuar o seguinte: determinar o encerramento de estabelecimentos e atividades que não se encontram autorizadas ou que não cumpram os requisitos de higiene e segurança; aconselhar a não concentração de pessoas na via pública e a dispersão das concentrações superiores ao número previsto. O comunicado termina lembrando que “o não acatamento de uma ordem legítima do militar da Guarda para fazer cessar uma infração neste âmbito, constitui ainda a prática do crime de desobediência”. • Rui Dias

Associação Vimaranense de Hotelaria apela ao distanciamento social Um apelo à população vimaranense numa altura em que a pandemia está longe de estar terminada. A Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH) emitiu esta sexta-feira, 26 de junho, um comunicado, após reunião com a Polícia Segurança Pública e a Câmara Municipal de Guimarães. A AVH apela a todos os vimaranenses (e não só) que respeitem o distanciamento social e as regras impostas pelos estabelecimentos e pela Direcção Geral de Saúde. "Com o crescente número de casos no país, a AVH tem a responsabilidade de apelar a todos os cidadãos para que estes também sejam agentes de saúde publica, no sentido de minimizar os estragos futuros desta pandemia. Todos os nossos associados e não associados têm tido a responsabilidade no cumprimento

© Paulo Guimarães

de todas as regras e das normas impostas pelas autoridades de saúde públicas", refere o comunicado. A mesma associação apela ainda a que os frequentadores do centro histórico de Guimarães,

aquando do encerramento dos espaços, as pessoas " dispersem a zona para que os bares e estabelecimentos aí situados não sejam responsabilizados formalmente pela aglomeração de pessoas nessas zonas e praças". •


EM GUIMARÃES

O JORNAL N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

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Secretário de Estado da Economia vê sinais de retoma O secretário de Estado disse ter encontrado sinais de retoma económica, depois de um impacto negativo com a chegada da pandemia da Covid-19. “Verificamos alguns sinais positivos de retoma, sendo assinalado pelas empresas por onde passei. Esperamos que os próximos meses estejam mais dentro daqueles meses normais”, afirmou o representante do Governo, depois da visita à Lameirinho, em Pevidém e a JF Almeida, em Moreira de Cónegos. João Neves assinalou que “há sempre questões que podem ser melhoradas”, mas expressou que não existe sentimento de revindicação. “Existe antes um sentimento de colaboração entre as empresas e o Governo na retoma da economia. Foram tomadas muitas medidas, moratórias bancárias, quer os empresários e as pessoas compreendem muito bem o trabalho

de responsabilidade que temos feito”, sublinhou o Secretário de Estado.

PCP aponta o dedo às grandes empresas do têxtil e do calçado Estas visita acontece no mesmo dia em que o PCP torno público o resultado de uma série de visitas que fez às empresa do setor do têxtil e do calçado, entre o fim de maio e o inicio de junho. Para os comunistas o quadro está longe do ideal. O PCP o mecanismo de lay off foi uma oportunidade aproveitada pelo “patronato” para explorar os trabalhadores. “Houve empresas que continuaram a laborar a 100%, coagindo os trabalhadores a assinar documentos para dizer que estavam em lay off, com a redução de horário”, revelando que houve

funcionários “a fazer horas extra e com salários em atraso”, afirmam os comunistas. Estas acusações são dirigidas particularmente às empresas de grande dimensão. “A Lei do lay off simplificado que a propaganda do governo chama de “manutenção dos postos de trabalho” serviu para uma enorme exploração desenfreada por parte do patronato, (salvo raras excepções, mas não deixando de explorar os trabalhadores à custa da legislação vigente) com situações inadmissíveis do recurso aos apoios do Estado, pago ou a pagar pelos mesmos trabalhadores”, afirmam os comunistas. Embora as situações irregulares tenham sido reportadas à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), o PCP não revelou o nome das empresas envolvidas nestas ilegalidades, como forma de proteger os trabalhadores denunciantes.

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O secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Correia das Neves, visitou, na sexta-feira, dia 26, as empresas Lameirinho e JF Almeida, em Guimarães. João Correia das Neves foi acompanhado pelo presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, pelo vereador Ricardo Costa e ainda pelo presidente executivo do Gabinete de Crise e da Transição Económica, António Cunha.

Depois de ter visitado 20 empresas nesta ação, o PCP promete

voltar ao terreno durante o mês de julho. • Rui Dias

Em Creixomil e Ronfe Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 Ronfe De segunda a sábado, das 08h00 às 20h00


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EM GUIMARÃES

N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

Bruno Fernandes anuncia a candidatura à liderança do PSD Em carta endereçada aos militantes sociais-democratas, Bruno Fernandes anunciou que será candidato às eleições internas do partido para a Comissão Política da secção de Guimarães. Bruno Fernandes promete recolher “ideias e contributos para enriquecer a mensagem da candidatura à Comissão Política do PSD”. A ideia é tornar a candidatura participada e representativa do sentimento dos militantes. “Lanço-lhe o desafio para que me devolva a sua sugestão em resposta a este email”, é com este repto que termina a mensagem se Bruno Fernandes aos militantes do PSD de Guimarães. Este anuncio surge depois de André Coelho Lima ter garantido, em entrevista ao Mais Guimarães, que não será candidato à presidência da Câmara Municipal de Guimarães nas eleições autárquicas de 2021. • Rui Dias

© Rui Dias

“Entendo que devo continuar o trabalho realizado neste último mandato, estando motivado e disponível para preparar o grande desafio que temos no próximo ano, as eleições autárquicas”, lê-se n missiva aos militantes. Bruno Fernandes prossegue afirmando que “o PSD é a alternativa à atual gestão do município e também por esse motivo deve apresentar-se ao eleitorado na sua máxima força”. Na carta à militância laranja, Bruno diz ter consciência que o envolvimento de todos é fundamental “para termos sucesso”. Motivar militantes e vimaranenses em geral é agora a “principal prioridade”, nas palavras de Bruno Fernandes.

Concurso de Ideias - Escolas Empreendedoras

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Universidades do Minho e Aveiro trocam ideias

Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho (UMinho), e Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro (UAveiro), encerram esta quarta-feira, dia 1 de julho, as sessões do “Partilhando IDEAS” no presente ano letivo. “O que esperar do nosso ensino superior num futuro próximo?” É o mote da conversa que se irá centrar no papel que as universidades podem assumir no contexto de ensino a partir do próximo ano letivo. A sessão desta quarta-feira decorre a partir das 18h30 e é de acesso livre, mediante inscrição. A iniciativa promovida pelo Centro IDEA-UMinho arrancou em abril e juntou, ao longo de 11 sessões, docentes e estudantes em trocas de experiências acerca da edu-

cação no ensino superior. O contexto de pandemia obrigou a uma adaptação do ensino superior e, nesse contexto, o “Partilhando IDEAS” procurou, através de uma contínua e construtiva partilha de informações, ajudar docentes e estudantes nesta fase. “Experiências da aula virtual”, “Estruturação da avaliação à distância”, “Avaliação formativa à distância”, “Como envolver mais e melhor os estudantes nas experiências de ensino remoto” e “Qualidade e estrutura pedagógica no contexto da pandemia” foram alguns dos temas abordados nas sessões realizadas em ambiente virtual e que contabilizaram quase duas mil inscrições. A troca de experiências entre diversos agentes de ensino, numa lógica informal,

de partilha e interação, foi o tónico das sessões à distância realizadas. Para Manuel João Costa, pró-reitor para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica, esta iniciativa “foi essencial para colegas se poderem (re)encontrar e encontrar soluções para os desafios suscitados pela pandemia através da partilha das suas experiências ” A sessão desta quarta-feira é, à semelhança de todas as anteriores, de acesso livre, mediante inscrição que pode ser realizada em: https://bit.ly/2Sy1qUp. Os inscritos irão receber posteriormente um link que lhes permite o acesso à sala da reunião onde acontecerá esta 12ª edição do “Partilhando IDEAS”. • Rui Dias

Foram anunciados, no passado dia 26 de Junho, os vencedores do Concurso de Ideias – Escolas Empreendedoras IN.AVE (2019/2020), realizado no âmbito do Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar do Ave, da CIM do Ave. O Concurso de Ideias – Escolas Empreendedoras IN.AVE ia decorrer presencialmente em Guimarães, contudo, atendendo às atuais circunstâncias, foi realizado através da plataforma ZOOM. Para o efeito, cada uma das escolas participantes enviou uma filmagem de um pitch que foi avaliado por um júri, tendo sido hoje comunicada a identificação dos vencedores. Foram apresentados um total de 33 projetos, distribuídos em três níveis de ensino – 2.º ciclo, 3.º ciclo e ensino secundário/profissional, que foram apreciados pelo júri constituído para o efeito, nomeadamente Prof. Doutor José

Porfírico (Universidade Aberta), Prof. Doutora Elisete Martins (ISLA – Instituto Politécnico de Gestão eTecnologia) e Prof. Doutor João de Carvalho (Universidade Portucalense). No 2º ciclo o projeto vencedor foi: Ecoponto das emoções, do Agrupamento de Escolas D. Sancho I. No 3º ciclo os três primeiros classificados foram: 1º lugar - Help school - Agrupamento de Escolas de Pedome; 2º lugar - Seniores na Horta – EB 1,2,3 de Gondifelos; 3º lugar - Detergentes Sustentáveis - Agrupamento de Escolas Cabeceiras de Basto. Entre os alunos do Secundário/ Profissional os premiados foram: 1º lugar - SANVO - Agrupamento de Escolas D. Sancho I; 2º lugar - Agrotec - Agrupamento de Escolas Benjamim Salgado; 3º lugar - Miúdos ensin@m miúdos_Aprender ensinando - Agrupamento de Escolas Cabeceiras de Basto. • Rui Dias


SOCIEDADE

O JORNAL N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

24 de junho: Guimarães distinguiu vimaranenses “cuja atuação se pautou pelo altruísmo”

Retrato de Perfil Filipa Azeredo por Mafalda Oliveira E

Nome Filipa Alexandra Fonseca Silva Azeredo Data de Nascimento 17/2/1977 Natural de Guimarães Profissão Gestora/Diretora do Voleibol do VSC

O ponto alto das comemorações teve lugar no Paço dos Duques de Bragança. Foram atribuídas Medalhas de Mérito Municipal Humanitário aos grupos sociais e profissionais que estiveram na linha da frente no combate à Covid-19. © Mais Guimarães

Desde que se lembra da escola os números sempre lhe foram mais familiares que as letras. Não tinha dúvida que seria um curso ligado aos números o seu destino. Estudou na Escola Secundária da Veiga, administração que era onde podia ter os números mais por perto. No momento de escolher um curso superior, porém, vacilou: matemática ou contabilidade? A maior parte das pessoas faria uma opção e depois de a tomar agarrar-se-ia a ela, sem nunca saber o que poderia acontecer se tivesse escolhido o outro caminho. Filipa Azeredo não fez aquilo que é comum. Entre um e o outro curso, decidiu tirar os dois. Começou por tirar matemática na Universidade Portucalense. Na universidade aprendeu matemática e descobriu o gosto pelo voleibol. Ao contrário do que é vulgar entre os dirigentes desportivos, Filipa Azeredo não tem um passado ligado ao desporto. “Na universidade os meus amigos todos jogavam voleibol. Na altura o Vitória também estava a começar na modalidade e eu comecei a seguir”, explica. Curso terminado, o normal seria começar a dar aulas, mas naquela altura o ensino já estava saturado, até para os professores de matemática. “Não fiquei colocada a dar aulas no primeiro ano e, por isso, comecei a trabalhar na empresa do meu pai”, recorda. Se já havia uma decisão anterior de tirar o curso de contabilidade, agora havia uma razão prática que o justificava. A responsabilidade da contabilidade da Oxiguima, uma empresa, com 30 anos, que dedica à venda de máquinas, ferramentas, gás industrial e medicinal, pela excelência operacional e pelo seu compromisso na melhoria da sua prestação de serviços, fez com que procurasse mais conhecimentos. Foi estudar contabilidade na Universidade

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Lusíada e cumpriu o sonho inicial de tirar as duas licenciatura. Em maio de 2003 casou com um antigo jogador de basquetebol do FC Porto, mas o voleibol continuou a mandar mais lá em casa. Quando chegou o momento das filhas escolherem um desporto, confesso que teve alguma influência na decisão pelo voleibol. O pai contribuiu com os genes, do seus 196 cm as filhas forma buscar 170 cm, a de 14 anos e os 175 cm, a de 16 anos. Acabou por chegar à direção do voleibol do Vitória por acidente. “Há um ano atrás, era apenas uma mãe que acompanhava as minhas filhas”, afirma. Quando esta direção decidiu alterar a liderança do voleibol, pediram-me para integrar um grupo de pais que deveriam ajudar a diretora Carla Nunes. “Nesta altura ainda não era nada na estrutura, nem sequer era seccionista”, recorda. Depois, com a necessidade de Carla Nunes se retirar por motivos pessoais, tudo se precipitou. “A direção entendeu que eu, porque estava mais a par da parte financeira, seria a pessoa correta para assumir os destinos do voleibol”, conta. Confessa que gostou da experiência, apesar de não ter sido planeada e de tirar muito tempo à vida pessoal. Afirma que gosta de estar em tudo, “desde a montagem do campo, passando pela chegada dos jogadores, até ao jogo propriamente dito”. Lembra as viagens para acompanhar as equipas e o tempo que isso obriga a estar fora de casa, mas não se lamenta. Só tem pena da época não ter chegado ao fim com normalidade. “Se tudo tivesse corrido normalmente teríamos organizado a final four de sub 21 masculinos, provavelmente seríamos campeões em casa e a nossa equipa feminina já estaria na I Divisão”. Agora, já está focada na próxima época, com o desafio de lutar pela subida logo em setembro. •

Numa celebração atípica, marcada pelo distanciamento social e pela utilização de máscaras, Guimarães assinalou, ao longo de todo o dia, a Batalha de S. Mamede. O ponto alto das comemorações teve lugar no Paço dos Duques de Bragança, ao final do dia, onde foi feita uma homenagem aos vimaranenses que estiveram na linha da frente no combate ao surto pandémico provocado pelo novo coronavírus. Foram atribuídas Medalhas de Mérito Municipal Humanitário aos grupos sociais e profissionais que estiveram na linha da frente no combate à Covid-19, nomeadamente profissionais de saúde, voluntários e ainda profissionais dos serviços essenciais. Para receber, simbolicamente, a medalha atribuída aos profissionais de saúde esteve o presidente do conselho de administração do Hospital Senhora da Oliveira, Henrique Capelas. “Naturalmente que é com alguma emoção que os profissionais recebem esta medalha, que tem um símbolo, o símbolo da gratidão que se vai transformar em mais responsabilidade no tratamento de todos os cidadãos que nos procuram”,

sublinhou. Já para aceitar a medalha atribuída aos voluntários marcou presença Virgínia Alves, voluntária da delegação de Guimarães da Cruz Vermelha. “Numa situação destas, é maravilhoso que tenha havido tanta gente de Guimarães (e não só) a ajudar. O que nos dá o maior sentimento de gratidão é, claro, o agradecimento das pessoas com quem trabalhamos todos os dias, quando sabemos que estão bem e que podem contar connosco para as necessidades mais básicas”, afirmou. Por sua vez, para receber a medalha concedida aos profissionais de serviços essenciais esteve a engenheira Crisálida Alves, coordenadora da Proteção Civil do município. “Quero agradecer a todos que trabalharam nos dias mais difíceis, principalmente naqueles dias em que tínhamos mais medo. Todos estão muito gratos. Trabalhamos para que os cidadãos possam estar bem e terem as necessidades básicas garantidas”, garantiu. No seu discurso, o autarca Domingos Bragança afirmou que, 829 anos depois da Batalha de S. Mamede, o inimigo “já não

é representado por exércitos”, mas sim por “um vírus invisível que invadiu o mundo inteiro”. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães afirmou que, neste “novo tempo”, Guimarães “mostrou, mais uma vez, a força do seu sentimento de pertença e do coletivo”. “Somos um povo e cidade benevolentes. Com benevolência as batalhas também se ganham. Hoje homenageamos cidadãos que têm pautado a sua atuação pelo altruísmo. Nos seus campos tudo fizeram para que a batalha contra o exército da pandemia fosse vencida”, defendeu. A sessão contou com a presença da Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, que começou por afirmar que “o que somos começou há 829 anos em Guimarães”. “Assinalamos um dia que é de Guimarães e é também de Portugal”, apontou. “Quero deixar um agradecimento pela possibilidade de assinalar esta data com estes profissionais, neste que é um dos monumentos mais importantes da nossa história”, finalizou. A sessão terminou com um momento musical, protagonizado por artistas vimaranenses. • MO


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CONCELHO

N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

Contas chumbadas na Freguesia de Creixomil A CDU votou contra o Relatório de Gestão e Conta de Gerência de 2019, na Assembleia de Freguesia de Creixomil, realizada no passado dia 26 de Junho. Nas razões que evoca para o chumbo da contas da Freguesia estão: “a baixíssima taxa de execução, 23,9%, no que respeita ao investimento e obra na freguesia; foi iniciada uma única obra, na Rua do Robalo, já a meio do ano, que ultrapassou o previsto na dimensão e nos custos e que, ainda assim, é uma obra defeituosa e inacabada. Em causa estão também as verbas protocoladas com a Câmara Municipal de Guimarães, destinadas a obras na freguesia, que não foram utilizadas, segundo a CDU. Segundo a CDU estas verbas ultrapassariam os 133 mil euros, “que deviam ter sido aplicados na resolução de problemas concretos e na consequente melhoria de vida dos cidadãos que a habitam e nela passam”. A CDU acusa o atual executivo de prolongar as obras e de isso prejudicar a negociação de outras verbas com a Câmara Municipal. A freguesia de Creixomil tem

muitos problemas, que são conhecidos e sentidos pelos cidadãos. Há obras, muito necessárias, de inteira responsabilidade da Junta que ficaram por realizar, nomeadamente o Pavilhão no Logradouro da Junta de Freguesia, reparação dos passeios do Bairro Manuel Machado e S. Sebastião, a repavimentação e drenagem das águas da Rua Mouzinho de Albuquerque, a resolução do problema da drenagem das águas e a requalificação do piso da Rua Fernão Magalhães/Timor e a colocação de Abrigos nas paragens dos autocarros para os passageiros, entre outras. Para a CDU há ainda obra de maior envergadura à espera de serem feitas, tais como a requalificação da Rua Oneca Mendes e Rua da Pisca e a resolução do congestionamento do trânsito na Urbanização do Salgueiral, entre outras, mas que por isso mesmo, terão de ser articuladas entre a Junta e a Câmara Municipal.

© Mais Guimarães

O PS também votou negativamente as contas, mas neste caso apenas por uma questão de detalhe no que se refere à atribuição de subsídios. Depois

de explicado esse ponto os socialistas estão disponíveis para aprovar as contas. Já a CDU não parece irredutível no seu voto negativo. •

Banhos Velhos: comemoração do décimo aniversário adiada No dia em que os Banhos Velhos comemorariam o seu décimo aniversário, após a recuperação ficou a conhecer-se o primeiro nome para a agenda de 2021. Manuel Cruz vai estar no já incontornável espaço cultural de Caldas das Taipas a 24 de junho do próximo ano. O vocalista e compositor dos Ornatos Violeta, Pluto, Supernada e Foge Foge Bandido apresenta-se com o seu mais recente projeto a solo. Manuel Cruz já tem um album de originais, “Vida Nova”, editado em 2019. A festa do décimo aniversário era para se fazer este ano grande mas a pandemia obrigou a uma alteração de planos. Os velhos arcabouços de pedra, utilizados para banhos termais, foram recuperados, em 2010, após 60 anos de inutilização e passaram a ser um espaço privilegiado para as artes e a cultura. Um documentário sobre o que foi a atividade cultural dos Banhos Velhos, ao longo destes 10 anos, produzido pelo coletivo Grua, pode ser visto online. •


ZONA NORTE

O JORNAL N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020 Braga

© Igor Martins / Global Imagens

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Mercado Municipal com cerca de 170 mil euros de trabalhos adicionais

Porto

Um dia inteiro sem autocarros. Trabalhadores da STCP estiveram em greve sem serviços mínimos

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Portugal e o mundo Quarta-feira Eleições nos Estados Unidos da América Joe Biden com 14 pontos de vantagem sobre Donald Trump. •

Quinta-feira

Duas “superterras” encontradas Os exoplanetas orbitam a estrela GJ 887, a 11 anos-luz da Terra. •

Sexta-feira

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Na reunião do Executivo Municipal de Braga, que se realizou esta segunda-feira, 29 de junho, foi apresentada e aprovada a proposta de execução de trabalhos adicionais para a obra da reabilitação e ampliação do Mercado Municipal, com o valor global de 178.579,48 euros (mais IVA), e a aprovação da supressão de trabalhos no valor de 17.003,02 euros (mais IVA). Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, explicou na reunião que o surgimento de trabalhos adicionais até à conclusão da obra é habitual, uma vez que se trata da reabilitação de um edifício. “Em relação aos possíveis agravamentos de custos até ao final da obra, a nossa estimativa é que possam existir mais de 150 mil euros de

trabalhos a mais, e há uma série de valores relativos a trabalhos a menos que ainda não estão retificados e que não posso retificar neste momento. Quando se está a reabilitar um edifício com características particulares, naturalmente que os riscos que nós podemos ter, são surpresas na execução da obra. Temos de cautelar determinados aspetos de maneira diversa daquela que estava no projeto”, explicou o edil. Os vereadores da oposição Artur Feio do PS e Carlos Almeida da CDU votaram contra a proposta. O vereador socialista contestou que a obra “já ultrapassou limites do inexplicável, o que vai trazer graves prejuízos”. Já Carlos Almeida frisou que “existiu negligência na execução do projeto que sairá caro ao erário público”. •

Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) estiveram esta terça-feira, 30 de junho, em greve para reivindicar melhores condições laborais. O protesto começou à meia-noite e durou 24 horas, sem que tenham sido estabelecidos pelo Tribunal Arbitral quaisquer serviços mínimos para as 73 linhas da rede STCP. Tanto a empresa como a Comissão de Trabalhadores. Quatro dos cinco sindicatos dos trabalhadores da STCP aderiram à greve - o Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM), o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP),

o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e a Associação Sindical de Trabalhadores dos Transportes Coletivos do Porto (SMTP) - o que corresponde a cerca de 90% dos 1200 funcionários da empresa. Em declarações à TSF, Jorge Costa, presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas, explica que a paralisação acontece porque a STCP é uma empresa à deriva em pleno processo de municipalização. “Os trabalhadores da STCP, enquanto andam neste jogo do rato e do gato, não veem as suas condições melhoradas. Cria-se este impasse. Dá a sensação que a STCP anda sem lei nem roque”, lamenta. •

Famalicão

Corrida ilegal junta 60 pessoas A GNR de Vila Nova de Famalicão teve de dispersar cerca de 60 pessoas que estavam em cima de um viaduto da A7, em Seide, no domingo à noite, segundo o Correio da Manhã. Preparavam-se para assistir a uma corrida ilegal de carros na autoestrada que liga Famalicão a Guimarães. Eram 23h40 quando os militares cercaram o viaduto em Seide, Famalicão, que iria servir de bancada para a corrida ilegal, agendada através das redes sociais. A chegada de rompante das patrulhas permitiu, apesar de várias

pessoas terem fugido, identificar 17 pessoas – são essencialmente jovens, a maioria deslocou-se de carro para aquele local para assistir à corrida. As autoridades foram avisadas pouco antes por uma denúncia anónima, já que o grupo estava reunido na passagem superior da autoestrada. Os jovens foram identificados no local. A GNR está agora a analisar se o caso deve ser participado para inquérito judicial ou se os identificados devem ser alvo de multas tendo em conta o último decreto de lei. •

Estudo sobre letalidade da Covid-19 Probabilidade de morte Covid-19 em crianças é rara, diz estudo. •

Sábado

GNR fecha festa privada na Comporta Em Portugal, estão proibidos os ajuntamentos com mais de vinte pessoas. •

Domingo

Eleições municipais francesas Milhares de candidatos portugueses, da esquerda à extrema direita. •

Segunda-feira

Julgamento dos jiadistas portugueses Rómulo Costa e Cassimo Turé são os dois arguidos que estarão em tribunal. •

Terça-feira

Maduro expulsa portuguesa da Venezuela Isabel Brilhante Pedrosa, embaixadora da União Europeia. •


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OPINIÃO

N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

Opinião de Adelina Paula Pinto

E CHEGARAM OS RANKINGS… Ainda o ano letivo se estava a despedir de todos nós e já cá tínhamos os habituais Rankings das escolas. Sim, no plural, porque há rankings para vários gostos, servindo para demonstrar, efetivamente, a falência dos mesmos. Neste ano letivo verdadeiramente atípico devíamos estar, neste momento, a avaliar o funcionamento do modelo de ensino à distância.

Avaliar efetivamente, com os atores principais: alunos, professores e pais e encarregados de educação e não com os milhentos artigos de opinião que foram germinando por todo o lado. Apesar de todos termos a nossa opinião, e eu também tenho a minha, o que importa realmente saber será: conseguimos ligar-nos a que percentagem de crianças e

Opinião de Tiago Laranjeiro

A POLÍTICA DA EMOÇÃO George Floyd. Racismo. Abuso. Polícia Bom é Polícia Morto. Antifa. Alt-right. Alternos. Feed. Algoritmos. Shares. Likes. Raiva. Black Lives Matter. White Lives Matter. All Lives Matter. Pride. Orgulho Branco. Política de Identidade. Biopolítica. Nação. Fronteiras.

Imigrantes. Alá. Deus. Pátria. Família. Mulher. Burka. Violação. Queer. Trans. Tinder. IRA. Covid-19. Tracing Apps. Estado policial. Estado Social. Crise. Desemprego. Austeridade. Orçamento. Impostos. Eco-. Aquecimento Global. Alterações Climáticas.

jovens? O que significa este “ligar”? Alguém realmente ouviu os alunos, percebeu como é que eles estavam, como era o ambiente familiar? Havia condições para a aprendizagem? Equipamentos, ligações à internet, espaços físicos adequados? Uma família que promovia a escolarização e a necessidade de continuar a aprender? Aprendizagens efetivamente conseguidas? Como estão os alunos agora, comparados com o que era expectável se o final do ano fosse normal? E como estão os professores? Confirma-se o burnout de que tanto se fala? Que dificuldades sentiram? E as famílias, de que forma chegaram ao final deste confinamento de três meses? Como se organizaram para que em cada sala de estar houvesse uma sala de aula? Só as respostas a estas questões nos permitirão preparar bem o próximo ano letivo, saber se efetivamente há necessidade de um tempo para recuperação das aprendizagens e que alterações teremos de fazer caso haja necessidade dum novo confinamento (ou eventualmente de um modelo b-learning, uma parte presencial e uma parte à distância). E se esta reflexão já não é fácil, mais complicada se tornou com a publicação dos ditos Rankings. Este ruído suplementar, exigente na interpretação de tantos gráfi-

cos, de tantas tabelas, de tantos casos de sucesso. Quantos de nós passaram o fim de semana de jornal em jornal a perceber os indicadores, as leituras difusas e subversivas, as explicações que só alguns percebem, até à inutilidade total de tal hierarquização. Mas falta um trabalho suplementar, cruzar os dados dos rankings com os dados do ensino à distância. Aposto que as escolas que estão no topo de todas as listas são aquelas que tiveram um enorme sucesso no ensino à distância, com todos os meninos a acompanhar as aulas síncronas, acompanhados pelos pais, preocupados e ansiosos por participarem nas notas excelentes dos seus herdeiros ou pelo respetivo explicador, aquele ser tão importante, qual anjo protetor das notas superlativas! E as escolas que estão no fundo da tabela são aquelas em que grande parte dos meninos não têm computador ou Internet, onde os professores e funcionários faziam tantos quilómetros para entregar fotocópias, onde os serviços sociais entregavam as refeições, onde houve mais infeções pela COVID19 porque os pais tinham de continuar a trabalhar, tinham de continuar a andar de transporte público e não tinham tempo para acompanhar a escolarização do seu herdeiro.

Este país a duas velocidades exige um pensamento sobre a escola que queremos. Eu não tenho dúvidas, não quero a escola que treina os alunos para os exames, que o sucesso é sinónimo de explicador, a escola que deixa o mundo lá fora porque se centra num currículo obsoleto. Eu quero uma escola que olhe para cada criança, que o ajude a descobrir o seu talento, as suas áreas fortes, uma escola que ajude a ver o mundo a várias cores, uma escola onde a leitura seja o mote principal do dia, a escola que ensina a sonhar, a escola que tem ricos e pobres, excelentes alunos a umas disciplinas e menos bons a outras. Uma escola que valorize as artes e o desporto, uma escola que ensine a pensar, que desenvolva o espírito crítico e a cidadania. Uma escola de todos e para todos. Uma escola sem rankings! •

A lista podia continuar. Palavras. Conceitos destes tempos, com os quais nos relacionamos de diferentes maneiras, com os quais nos identificamos. E que despertam em muitos reações extremadas. Política - daquela a sério, a que mexe com a vida das pessoas. Conceitos que são apropriados politicamente e usados, com variantes, por diferentes quadrantes e forças. Para uns, são causas de vida. Para outros, causa de medo. Para uns e outros, geram emoções fortes. E a sua exploração política gera resultados. Uns identificam-se, outros rejeitam afirmativamente, gerando pólos extremos e contrários de reações. Este raciocínio pode parecer elementar, mas faz cada vez mais parte do nosso quotidiano. No mês de Maio vimos uma explosão social nos Estados Unidos, com um caso extremo de violência policial com motivações racistas. A onda de reações correu o mundo. Primeiro com uma forte reação de manifestantes antirracistas, que também se fez por cá. Essas reações geraram uma corrente de relativização do caso, em que muitos se esforçaram por salientar atenuantes, circunstâncias, dados estatísticos sobre violência policial sobre “brancos”. Vi esta relativização acontecer principalmente nas redes sociais,

mas altos responsáveis políticos esforçaram-se por salientar que “Portugal não é racista” nos meios de comunicação. Uma expressão que serviu de mote para a primeira manifestação de dimensão considerável do Chega, uma força política populista (para já). Aqui, chegamos às portas da negação. O problema é que, desta exploração das emoções à eclosão da violência é um pequeno passo. Um pequeno passo que é o atravessar de uma linha ténue, entre o que está certo e o que está errado. Entre o bem e o mal. Sejamos honestos connosco próprios: todos contemos dentro de nós sentimentos negativos e ímpetos de pequenas maldades. Mas são coisas que, em geral, contemos. Pela via dos relativismos, dos ses, dos mas e das nuances, o que estava contido passa a ganhar expressão pública. O ressentimento passa a ter uma voz, neste caso pública e política, na Assembleia da República e nas ruas. Da ação pelo voto à ação direta, a distância não é grande. Alegarão a necessidade de “dar voz ao sentimento de uma maioria de portugueses”, depois enquadrarão a violência como uma ação de franjas extremistas. Nalgum momento teremos de decidir o limite do que aceitamos como sociedade aberta e demo-

crática. Não creio que esse limite tenha chegado. Mas, pela primeira vez, vejo-o aproximar-se. Hoje, o mote foi George Floyd, e a condenação do seu assassínio ou a sua relativização. Ontem, Alcindo Monteiro. Mas podíamos falar de Gisberta. Ou do ódio latente aos ciganos (a única minoria visível por todo o território nacional, facto a que não será alheio o ódio que gera). De que lado dessa fronteira quer estar? •


CLASSIFICADOS

O JORNAL N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

P.13

ESPECIALIDADES

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P.14

VITÓRIA SC

N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

Faltaram os aplausos para a genialidade de Marcus Edwards e Ouattara

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© Liga Portugal

Regresso aos triunfos permitiu alimentar o sonho de nova presença europeia. Luta pelo quinto lugar promete ser acesa e emotiva até à reta final da Liga. Na próxima jornada, há jogo no reduto do Portimonense, diante um adversário moralizado, mas ainda em zona de descida.

Jejum quebrado. Depois de três empates e uma derrota, o Vitória regressou aos triunfos na Liga, derrotando o seu homónimo de Setúbal, por 2-0, num encontro resolvido com dois lances de enorme qualidade técnica. Um

triunfo importante e que permitiu encurtar distâncias para o Famalicão e para o quinto lugar, a última vaga de acesso para a Liga Europa. Necessitado de uma vitória, o jogo até nem começou bem, quando

João Bruno e Bruno Rafael de saída O defesa central Bruno Rafael e o médio João Bruno anunciaram, através das redes sociais, o adeus ao Vitória. Ambos deixaram mensagens de agradecimento. “Chegou o momento de experienciar novos projetos nesta longa caminhada. Não foram 10 dias, nem 10 semanas, nem 10 meses, mas sim 10 anos. 10 anos de rei ao peito. Parece que foi ontem que aqui cheguei e hoje já me estou a despedir. Cheguei aqui um menino, mas saio daqui um homem, sempre de cabeça erguida que dei tudo por este símbolo. Um obrigado não chega pela maneira que este enorme clube me acolheu desde o primeiro dia que cheguei, pela maneira que me formou, por me tornar no jogador e pessoa que sou hoje”,

assumiu Bruno Rafael. Um discurso semelhante apresentado por João Bruno, que chegou a envergar a braçadeira de capitão. “Nunca imaginei que este momento chegaria tão rápido, apesar de vários anos se terem passado. Foram muitos os momentos bons, outros nem tanto, mas todos eles contribuíram para que eu crescesse profissionalmente e, sobretudo, pessoalmente. Quero agradecer a todos os treinadores, dirigentes, departamento médico, roupeiros e colegas por todos os momentos que me fizeram passar e que nunca me esquecerei. Foi um orgulho para mim fazer parte desta grande instituição que tão bem me acolheu ao longo destes 17 anos. Até já e obrigado por tudo”. •

André André desperdiçou uma grande penalidade logos nos minutos iniciais. Porém, usando e abusando da genialidade de Marcus Edwards, o inglês, em lance individual, correspondeu aos anseios do coletivo, inaugurando o marcador com um belíssimo remate. Os sadinos até entraram melhor no segundo tempo, mas com poucas soluções para reentrar na discussão do resultado. Uma situação que se agravou quando Ivo vieira refrescou o coletivo e Leandrinho foi punido com cartão vermelho. Lucas Paes, num momento de inspiração, travou o bis de Marcus Edwards, mas foi impotente para travar Ouattara que, com um toque subtil, sentenciou o jogo com um chapéu. De cabeça perdida, os sadinos terminaram o jogo com oito elementos. Guedes e Sílvio foram expulsos no período de compensação. No final do encontro, Ivo Vieira era um treinador naturalmente satisfeito. “Após quatro jogos sem amealhar os três pontos,

VITÓRIA SC

Easah Suliman, jovem internacional inglês, de 22 anos, foi uma das quatro novidades de Ivo Vieira para o jogo com os sadinos. Na primeira aparição como titular, o defesa central, descoberto no Aston Villa, teve uma exibição segura, eficaz e tranquila. Vinculado ao Vitória até 2024, Suliman tem via aberta para se afirmar nas escolhas iniciais do responsável técnico. Além de ter protagonizado uma exibição serena, Bondarenko e Pedro Henrique continuam entregues ao departamento clínico. •

VIT. SETÚBAL

2 0

era fundamental ter uma vitória. Acredito que será o ponto de viragem”, perspetivou. Relativamente ao áudio que andou a circular nas redes sociais, Ivo Vieira foi sucinto. “Está entregue ao departamento jurídico do clube, vai ser tratado de forma natural e para mim nem é assunto”.

Suliman com estreia positiva

AMI 15114

Estádio D. Afonso Henriques Gustavo Correia terça 30 junho

Douglas

Sacko

Venâncio

Suliman

Florent

Mikel Agu Pêpê

A. André M. Edwards

Ola John

B. Duarte

Berto

Guedes Carlinhos

E. Bessa

Leandrinho Semedo A. Sousa

Sílvio A. Jorge

Jubal

Lucas Paes

Golos 1-0 2-0

Edwards Ouattara

29’ 83’

Chipre é o destino de Miguel Silva O guarda-redes Miguel Silva, como tinha anunciado o Mais Guimarães, está a caminho do Apoel. O jovem internacional português, que nos últimos jogos nem sequer tem sido opção de Ivo Vieira, deverá acertar contrato com o clube cipriota na próxima semana. Vinculado ao Vitória até 2022, a transferência permitirá um à SAD liderada por Miguel Pinto Lisboa um encaixe financeiro. Quanto a Ola John, o extremo tem propostas para regressar ao campeonato holandês, precisamente ao Twente, clube que o formou e pelo qual se notabilizou, antes de transferir-se para o Benfica, em 2012. O extremo holandês, apesar das qualidades que lhe são reconhecidas, não tem sido muito feliz no Vitória. A cumprir a segunda época de Rei ao peito, as exibições têm sido irregulares e, segundo

© João Bastos

a imprensa do seu país, já houve contatos com os responsáveis vitorianos e com o jogador para

um eventual regresso. O vínculo contratual ao Vitória é válido até 2021. •


FUTEBOL

O JORNAL N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

P.15

O suspeito do costume resolveu duelo entre vizinhos O Moreirense bateu o Desportivo das Aves e ajudou a confirmar a despromoção de um dos maiores rivais. Fábio Abreu continua de pé quente e voltou a valer três pontos. © MFC

mas sem grandes meios para incomodar a defensiva do Moreirense. Mesmo com dificuldades para travar as investidas locais, que com a derrota viu confirmada a sua descida ao segundo escalão, o Moreirense segurou a preciosa vantagem e deu mais um passo significativo para garantir mais uma permanência entre o convívio dos grandes.

Ricardo Soares quer equipa motivada

Um golo de Fábio Abreu foi suficiente para o Moreirense sair vitorioso da visita ao vizinho Desportivo das Aves, em jogo cujo sucesso permitiu à equipa de Ricardo Soares dar mais um salto na classificação. Um triunfo difícil, mas que premiou o conjunto que soube sofrer nas alturas certas e que revelou maior discernimento na hora de rematar. O forte calor que se fez sentir foi o pior inimigo das duas equipas, obrigando a uma paragem em cada parte para os jogadores se refrescarem. Os primeiros 45 minutos nem sempre foram bem jogados, mas houve entre-

ga e ocasiões. Filipe Soares, nos minutos iniciais, esteve perto dos festejos. Na resposta, Pedro Soares obrigou Pasinato a defesa apertada. Já perto do descanso, Mohammadi rematou ligeiramente ao lado. O descanso foi benéfico para a equipa vimaranense. Voltando a entrar melhor no encontro, o golo surgiu nos primeiros minutos, com Fábio Abreu a corresponder com sucesso a um passe de João Aurélio. O angolano voltou a ter uma boa ocasião para bisar, mas sem o sucesso desejado. O Aves, sem nada a perder, procurou reagir à desvantagem,

Moreirense

SAD segura Pasinato até 2023

Ricardo Soares foi objetivo ao triunfo da sua equipa na vila das Aves. “Na primeira parte não fizemos o jogo a que estávamos habituados. Foi um jogo muito faltoso, com muitos duelos, as equipas estavam encaixadas. O calor e o estado do relvado, muito seco, fizeram com que o jogo fosse muito travado, pouco fluído. Na segunda parte, as coisas foram diferentes, já estivemos melhor, entrámos com grande vontade de alterar as coisas. Fizemos o 1-0, controlámos depois o jogo, e podíamos ter feito o 2-0”, analisou. Com a manutenção praticamente garantida, a equipa via procurar bater o recorde de golos e

ajudar Fábio Abreu a ser o melhor marcador da história do clube. “Temos esses desafios, esses e outros, que não vou revelar aqui. É uma forma de motivação para nós, mas não vivemos obcecados por bater recordes. Há margem para esta equipa crescer e os pequenos objetivos que definimos fazem com que os jogadores estejam mais focados”, lembrou.

DESP. AVES

0 1

Complexo Desportivo do CD Aves Claúdio Pereira segunda 30 junho

“Fábio Abreu é um jogador que me enche as medidas”

Fabio

Yamga

Macedo

Mohammadi

Fábio Abreu, avançado dos cónegos, voltou a marcar pelo segundo jogo consecutivo e aumentou para 12 o número de golos no principa escalão do futebol português. O internacional angolano mereceu um rasgado elogio por parte do treinador. “É um excelente profissional, que nunca está satisfeito e quer sempre mais. Está cada vez melhor, como os números demonstram. É um jogador que me enche as medidas. Ainda tem muito para crescer, mas teve um salto qualitativo muito grande, fruto do trabalho dele”. •

Varela

Pedro S.

F. Abreu Gabrielzinho

L. Machado A. Soares

F. Soares

Mané

Abdu

J. Aurélio Iago

Rosic

Mateus

Golos 0-1

Campeonato de Portugal

F. Abreu

Ponte será a base do Berço para 2020/2021 © CDP

Pasinato, recorde-se, tem sido um dos destaques da Primeira Liga portuguesa. Além de ser totalista na equipa liderada pelo técnico Ricardo Soares, o guarda-redes contabiliza o maior número de defesas no campeonato, ultrapassando a barreira da centena. •

Diakhite Buatu Mangas Falcão Estrela

© Direitos Reservados

O guarda-redes brasileiro Mateus Pasinato vai continuar a representar o Moreirense, depois de a SAD liderada por Vítor Magalhães ter exercido a cláusula de opção para a compra do seu passe. O novo acordo com o clube vimaranense é válido por três anos.

MOREIRENSE

O arranque de pré-temporada do Berço está pendente das datas que a Federação Portuguesa de Futebol vai anunciar na próxima semana, mas o clube vimaranense, que voltará a disputar o Campeonato de Portugal, já tem definidas algumas situações para a temporada 2020/2021. O parque de jogos Dr. João Afonso de Almeida, na vila de Ponte, será a base do plantel liderado por Manuel Machado. Os jogos oficiais, à semelhança do que se verificou na época passada, serão realizados na Pista Gémeos Castro.

Assegurada a contratação do médio Fábio Fonseca, o plantel ainda será dotado com a entrada de mais quatro elementos. Reforços que irão preencher as vagas existentes no meio-campo e ataque. O brasileiro Halef Pitbul, vinculado ao Berço até 2023, mas cedido por empréstimo aos japoneses do Mito Hollyhock, estreou-se no passado fim-de-semana na vitória forasteira, por 3-1, no reduto do Thespakusatsu. O avançado, nos minutos que esteve em campo, envergou a braçadeira de capitão. •

52’


FUTEBOL

N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

Pró-Nacional

José Dias: “Em princípio vamos subir de divisão”

Pró-Nacional

João Pedro deixa o Torcatense © Direitos Reservados

P.16

© Direitos Reservados

gadores e equipa técnica e já estamos a preparar a nova época. O Brito não vai acabar. Já há direção, mas falta um presidente. Os elementos da anterior direção aceitam continuar, mas falta encontrar um líder. Estamos a falar com pessoas, mas não está fácil. Mas deixa-me triste ver clubes da zona que tiveram duas listas e em Brito nem sequer uma apareceu”.

Equipa B será uma realidade

para começar a preparar a documentação necessária para enviar para a Federação Portuguesa de Futebol”, revelou José Dias, presidente da Mesa da Assembleia-geral. O clube continua sem presidente, dado que no passado sábado, em Assembleia-geral, não apareceram listas. José Dias garante que o futuro do clube está garantido e que vão ser encetados esforços para encontrar uma solução. “Reuni com os jo-

Divisão de Honra

Divisão de Honra

A direção dos Amigos de Urgeses já garantiu a contratação de seis reforços para a temporada 2020/2021. Para mais um ano na Divisão de Honra e com Armando Jorge no comando técnico, Giga (ex Serzedelo), Carlinhos, Pedro Maia e Rui Maia (ex Desportivo de Ronfe), Dedé (ex Aldão/Cano) e João Filipe (ex Sandinenses) são as caras novas, num grupo que contará novamente com as presenças

A União Desportiva de Airão continua sem listas candidatas à presidência da direção e sem número de elementos suficientes para criar uma comissão administrativa para o mandato época 2020/2021. Ainda assim, na Assembleia-geral realizada no passado sábado, os sócios aprovaram por unanimidade o Relatório e Contas da época desportiva 2019/2020 e a proposta da composição de uma comissão administrativa, que ficará entregue ao presidente da Mesa da Assembleia-geral. Apesar do impasse, o clube irá proceder à pré-inscrição das equipas. Os associados aprovaram também a proibição de utilização do recinto desportivo, ressalvando que o mesmo só será permitido em regime de aluguer e quando for permitido e solicitado. Uma medida que visa evitar atos de “vandalismo recorrentes” e que têm causado “prejuízos avultados”. •

© Direitos Reservados

Amigos de Urgeses garantiu seis reforços para 2020/2021

dos guarda-redes Luís e Gonçalo Moreira, dos defesas Rui Pedro, Atilano, Paulo, Vasco, Márcio Morais, Chico Miranda, dos médios João Leite, Fábio Abreu, Rui Bezaina, Márcio Adriano e dos avançados Duarte, Pupa e Diogo Teixeira. A estes elementos, é intensão da direção manter Miguel Moreira e Pedro Abreu para o novo ano desportivo. Nos próximos dias, o futuro do duo deverá ficar resolvido. •

João Pedro já não vai continuar ao serviço do Torcatense. O defesa recebeu uma proposta do Campeonato de Portugal e vai juntar-se a Areias e Serginho no Lusitano Ginásio Clube Moncarapachense, clube algarvio que está a fazer uma aposta forte para a temporada 2020/2021. “É uma perda importante, mas é o reco-

nhecimento do trabalho que o clube tem feito em jovens jogadores”, disse o treinador Ivo Roque. Nos preparativos para a temporada 2020/2021, Ivo Roque ainda aguarda pela chegada de mais dois reforços. “Estamos a analisar algumas situações. Precisamos de mais dois elementos. Mas têm de ser mais-valias”, avisou. •

Pró-Nacional

Taipas segura Diogo Melo O experiente médio Diogo Melo, de 32 anos, renovou contrato com o Clube Caçadores das Taipas por mais uma temporada. Jogador com experiência nos nacionais de futebol, contabilizando passagens pelo Nogueirense,

Lusitano Vildemoinhos, Trofense e Maria da Fonte, Diogo Melo engrossa o número de elementos que passará a estar à disposição do treinador Rui Castro, aposta da direção liderada por Tiago Rodrigues. •

Airão continua sem Pró-Nacional Serzedelo segura dupla listas candidatas © Direitos Reservados

O Brito Sport Clube deverá ser o próximo representante de Guimarães no Campeonato de Portugal, juntando-se ao Vitória B, Berço e Pevidém. A informação ainda não é oficial, mas o clube já está a tratar da documentação necessária para disputar a competição. “Em princípio vamos subir de divisão. Está tudo encaminhado para isso. Numa conversa com o presidente da Associação de Futebol de Braga, foi-nos dito

O Brito vai avançar com uma equipa B e, segundo o Mais Guimarães, já foram dados passos nesse sentido. A aposta será focada na formação do clube e nos jogadores da terra, podendo mesmo verificar-se a chegada de alguns britenses que na época passada representaram outros emblemas. Uma ideia a pensar no futuro e sustentada com a elevada procura que o clube tem recibo e pelo fato de recentemente dispor de melhores condições, nomeadamente com a construção de dois novos campos de relva sintética. É ainda pretensão dos responsáveis, com ajuda da Câmara Municipal de Guimarães, proceder a um aumento de balneários, dado que o clube, com futebol masculino e feminino, já tem três centenas de atletas. •

A direção do Grupo Desportivo de Serzedelo, liderada por António Silva, garantiu as continuidades dos médios Zé Luís e Salgado. O clube vimaranense, que voltará a disputar o Pró-Nacional da Associação de Futebol de Braga, terá

como responsável técnico Fernando Fontão. Nos próximos dias, a direção liderada por António Silva deverá anunciar a permanência de mais três jogadores da temporada passada. •


+ DESPORTO

O JORNAL N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

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1.ª Divisão

Ténis

Francisca Jorge soma novo triunfo © Direitos Reservados

© Direitos Reservados

Sócios aprovaram Relatório e Contas e Plano de Atividades e Orçamento

A tenista vimaranense Francisca Jorge conquistou o torneio inaugural do novo Circuito Sénior da Federação Portuguesa de Ténis, após derrotar Inês Murta, por 2-0, com os parciais de 6-4 e 7-6, numa final disputada na cidade algarvia de Loulé. “Comecei muito bem e senti nas pancadas dela que entrou mais nervosa, mas depois aumentou a competitividade e aí eu comecei a sentir mais a pressão de querer dominar os pontos. Mas no final do set consegui ser mais agressiva e sair vencedora.

No segundo, a Inês já começou mais tranquila e eu quis fazer e mostrar mais e acabou por não ser o melhor. No final do set tentei tranquilizar-me ao máximo e quando enfrentei dois set points a 6-5 fui fria ao ponto de conseguir controlar as emoções e dar a volta ao resultado. No tie-break agarrei-me a todos os pontos e consegui”, analisou Francisca Jorge, em declarações à Sport TV. Depois de uma paragem de três meses, Francisca Jorge, de 20 anos, regressou em força. Na semana passada, a tenista

vimaranense conquistou o Open de Oeiras. Nos próximos dias, o novo Circuito Sénior da Federação Portuguesa de Ténis segue para o Lisboa Racket Centre.

João Sousa infeliz João Sousa, melhor tenista português de sempre e 66º no ranking ATP, foi eliminado de forma surpreendente dos quartos-de-final, ao ser derrotado pelo jovem Nuno Borges, por 2-0, com os parciais de 7-6 e 6-3. •

Os sócios da União Desportiva de Polvoreira aprovaram, por unanimidade, em Assembleiageral, o Relatório e Contas de 2019/2020 e o Plano de Atividades e Orçamento para 2020/2021. Uma sessão bastante participativa, com um total de 73 associados presentes. Entretanto, um dos assuntos debatidos centrou-se na apresentação e discussão da data da fundação do clube. Em cima da mesa

estão três propostas, mas como não existem documentos que comprovem as datas apresentadas, não se chegou a nenhuma conclusão. Cabe agora aos associados refletirem e tomarem a decisão de alterar ou manter a data da atual fundação do clube. Contudo, caso a decisão passe por proceder a uma alteração, a mesma terá de ser comprovada com documentos verídicos. •

Futebol Popular

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Fábio Silva: “O sintético vai dar notoriedade ao clube e à freguesia”

O Grupo Desportivo de Gémeos tem razões para encarar o futuro com alegria. Hoje, a coletividade celebra 39 anos de vida, num ano que ficará marcado pela colocação de um relvado sintético no parque de jogos. “Até ao final do ano, caso não haja nenhuma contrariedade, teremos o nosso campo com uma nova imagem, nomeadamente com um sintético. Para um clube

como o nosso, que está muito distante da cidade, era um sonho que sempre pensamos que seria difícil de concretizar. A Câmara Municipal de Guimarães foi muito generosa por se ter lembrado de nós. O sintético vai dar notoriedade ao clube e à freguesia. E é uma obra que permitirá também ao Abação jogar cá. Foi juntar o útil ao agradável”, regozijou o presidente

Fábio Silva, de 35 anos. Ao relvado sintético e com ajuda da Junta de Freguesia, o espaço também terá outras valências. “Iremos proceder a uma remodelação dos balneários e à construção de uma pequena bancada”, anunciou. A equipa voltará a competir nas competições populares, mas a ideia no próximo ano passa pela filiação nas provas organizadas pela Associação de Futebol de Braga. “Como teremos um novo sintético, estamos a pensar dar o salto para os distritais. Até porque, com as condições que teremos, será mais fácil para recrutar jogadores. Este ano, por exemplo, tivemos de contratar jogadores a Felgueiras e Vizela”, recordou. A aposta nas camadas jovens também não está descurada. “É um desejo nosso. Muitos jovens da nossa freguesia, pela falta de condições, vão jogar para os clubes vizinhos. Agora, com sintético, muitos deles poderão querer jogar no clube da terra”, justificou. •

1.ª Divisão

Mascotelos terá bancada coberta O campo de jogos do Santiago Mascotelos terá uma nova imagem na próxima temporada desportiva. A infraestrutura passará a contar com uma bancada coberta. “É uma obra crucial para que toda a gente possa ter melhores condições no inverno. Queremos que os pais e os sócios tenham um melhor conforto em dias de chuva, quer para ver os treinos, quer para os jogos”, justificou João Faria, presidente do clube. “É uma intervenção que terá um custo de 20 mil euros, mas com ajuda da Câmara Municipal de Guimarães. Estamos a analisar orçamentos, mas se o valor for superior, iremos assumir a diferença”, adiantou. No plano desportivo, o treinador Edgar Lobo não escondeu as ambições. “Os nossos objetivos passam pela subida de divisão. É uma meta a cumprir, quer pela nossa dimensão, quer pelo

contexto que estamos inseridos”, justificou o jovem técnico. Uma meta audaz, mas sustentada também com o plantel construído. “Estou satisfeito. A base com que ficamos do ano passado confere uma robustez ao plantel muito importante. Os reforços que chegam dão uma maior profundidade, dotando o grupo com maior competitividade”, explicou. Edgar Lobo esclareceu ainda as razões para a continuidade ao serviço do clube. “Estou inserido num projeto que se iniciou o ano passado, projeto esse que tem ideias claras e ambiciosas. A motivação passa muito por aí, pela consolidação de ideias para que o clube possa desenvolver ferramentas que permitam um crescimento gradual e sustentado. É óptimo estar num sítio que queremos e onde sentimos que nos querem”, concluiu. •


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ARTES E ESPETÁCULOS

N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

Alfredo Cunha expõe na UMinho A exposição inaugura sexta-feira, dia 26 de junho, pelas 17h30.“O Tempo das Mulheres”, da autoria de Alfredo Cunha, comemora os 50 anos de carreira do fotógrafo e celebra a condição feminina através de imagens captadas em vários contextos, relevando a beleza, a sensibilidade e a importância das mulheres nas sociedades. A inauguração da exposição contará com a presença do autor, para além de Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho e Manuela Martins, vice-reitora para a Cultura e Sociedade. A exposição resulta do trabalho publicado num livro com o mesmo nome que apresenta cerca de 220 imagens do fotógrafo, associadas a textos de Maria Antónia Palla, a histórica feminista com quem Alfredo Cunha iniciou a sua carreira como fotojornalista. A exposição contempla imagens captadas em Portugal, mas também em África, na Ásia e um pouco por todo o mundo. A mostra esteve primeiramente patente ao público em 2019, no Torreão Poente da Praça do Comércio, um dos núcleos do Museu de Lisboa, e percorre agora outras partes do país, em itinerância, começando pela Nova Galeria do Paço da UMinho. Alfredo Cunha começou a sua carreira profissional em 1970. Trabalhou nos principais jornais do país e em agências noticiosas. Foi

© Direitos Reservados

A Nova Galeria do Paço, da Universidade do Minho, no centro de Braga, vai receber até 31 de agosto mostra que destaca a importância das mulheres nas sociedades.

fotógrafo oficial dos Presidentes da República António Ramalho Eanes e Mário Soares. Recebeu diversas distinções e homenagens, destacando-se a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique e variados prémios de fotografia. Realizou diversas exposições, in-

dividuais e coletivas e publicou dezenas de livros. Os seus testemunhos da chegada da democracia a Portugal – do próprio 25 de Abril de 1974, em Lisboa, e de outros momentos igualmente importantes – encontram-se, para sempre, na memória coletiva e

"Desconfinar": Município seleciona propostas As 11 propostas selecionadas serão implementadas pelo Município de Guimarães, no âmbito do projeto "Desconfinar", destinado a artistas ou coletivos artísticos sedeados em Guimarães, ou que desenvolvam sua atividade maioritariamente no concelho. O "Desconfinar" abrange todas as áreas artísticas. O Município informa que recebeu 36 propostas de grande qualidade e optou por por selecionar 11 propostas. Há ainda quatro propostas que serão implementadas no âmbito de outros projetos do Município. Foram valorizados os projetos que contemplam a cocriação comunitária e os processos colaborativos de criação e que permitem devolver a proximidade analógica em detrimento da virtual. As propostas selecionadas foram:Carlos Fraga – Limites; Diana Sá – Ouve-me de perto como

espírito dos lugares. A exposição pode ser visitada entre as 10h00 e as 18h00, de segunda-feira a sábado, até dia 31 de agosto e integra-se no ciclo de programação cultural definido para o ano de 2020 na Nova Galeria do Paço. • Rui Dias

Oportunidade para talentos musicais © DR

se te tocasse; Inês Lago - Cantar Poetas + Conta-me um poema; Luís Peixoto Vilar - Os seres que nunca fomos; Manuela Ferreira EM TORNO - percurso sonoro pela cidade; Mercado Azul - A cápsula do tempo com livros & discos

na História do país. Para além do seu trabalho enquanto fotojornalista, Alfredo Cunha assume-se como uma figura marcante pela sua obra artística profundamente humanista, reveladora de identidades locais e de sentimentos universais, mostrando também o

pedidos; Onda Amarela - Grande Enciclopédia Vimaranense; Rita Morais - Guimarães, Cidade Nossa; Rui Souza - Há Hor(t)a Marcada! Ou Concertos Hortistas; Sara Xavier; Zé Teibão - Quarteto de Pincéis para uma tela só. •

Encontram-se abertas as candidaturas para o INES#talents 2021. Um repto e oportunidade para novos talentos musicais atuarem em até 20 festivais showcase europeus em 19 países. Este ano, mais de 70 talentos serão selecionados e manterão o status de INES#talent por 2 anos para aumentar as suas oportunidades de serem descobertos por agentes e editoras internacionais. As inscrições podem ser submetidas online até ao final do mês de julho. A rede INES (Innovation Network of European Showcases), atualmente constituída por 20 festivais europeus, da qual faz parte o Westway LAB é cofinanciada pelo programa Europa Criativa da União Europeia. Esta é uma oportunidade para artistas integrarem o conjunto de INES#talents ganharem uma exposição ampliada que promoverá a sua carreira além-fronteiras. O INES#talent é um programa

que permite que talentos promissores de todos os países participantes impulsionem as suas carreiras internacionais, apresentando-se em festivais de música em toda a Europa. Até ao final do próximo mês de julho, os músicos podem candidatar-se online através da plataforma internacional gigmit, sendo que os 20 festivais showcase europeus que integram o INES irão contemplar mais de 70 vagas para artistas do conjunto de INES#talents em 2021. Todas as bandas e artistas da Áustria, República Checa, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Macedônia do Norte, Polónia, Portugal, Roménia, Sérvia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido podem inscrever-se e os candidatos deverão estar disponíveis para (pelo menos) 8 das 20 datas propostas pelos INES#festivals no ano seguinte. •


PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEIS

O JORNAL N248 QUARTA-FEIRA 01 JULHO 2020

P.19

© Direitos Reservados

Farmácias de serviço Quarta-feira 01 de julho

Farmácia Hórus

Largo do Toural - Tlf: 253 517 144 Quinta-feira 02 de julho

Farmácia do Parque

R. Dr. Carlos Saraiva 46 - Tlf: 253 516 046 Sexta-feira 03 de julho

Farmácia Pereira

Alameda S. Dâmaso - Tlf: 253 412 950 Sábado 04 de julho

Farmácia da Praça

Portugal à mesa com

Rua Paio Galvão - Tlf: 253 523 167 Domingo 05 de julho

Mário Moreira

Farmácia Nobel

Rua de Santo António - Tlf: 253 516 599 Segunda-feira 06 de julho

Farmácia Barbosa

Largo do Toural - Tlf: 253 516 184

Eu sei que te vou amar, sempre!

*Farmácia Faria

R. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 34 Terça-feira 07 de julho

Farmácia Avenida

Avenida D. João IV - Tlf: 253 521 122

Guimarães -“Aqui nasceu Portugal” Passar férias, visitar ou viver Guimarães, são opções perfumadas de romantismo, de sedução, afinidades e sensações. Desde as entradas aos alongamentos são porta para uma viagem à procura dos prazeres. Com paisagens de inspiração, um verde encantador e exuberante, uma gastronomia temperada no saber, do melhor que a Cozinha Tradicional Portuguesa, pode oferecer, um património monumental e cultural único, a ligação às artes e às memórias de um povo combativo, são caracteristicas que marcam o ritmo, as dinâmicas, a alegria e a vontade de viver dos vimaranenes. Em Guimarães, cada cozinha, cada chaminé, o nível dos espaços, a hospitalidade, o sorriso em cada prato, cada garfada, cada paladar, são referências identitárias de uma inestimável cultura, com diferentes sons, saberes e sabores, mas todos com um refinado e recheado toque a tradição e modernidade. São artes e momórias com selo planetário.

*Em regime de disponibilidade

Os Rojões, o Bacalhau recheado e racheado, O Caldo Verde, as Papas de Sarrabulho, o Bucho recheado, o Bacalhau com migas de Broa, o Arroz malandrinho de Polvo, as Pataniscas, o Pica no Chão, o Pão Saloio, a Broa de Milho, a Vitela assada, o Cabrito no forno, o Toucinho do Céu, as Tortas, o Pudim do Abade, a cozinha de Fusão e de Autor, os Vinhos Verdes, a qualidade dos produtos frescos... são propostas bem apelativas. Visitar Guimarães é um prazer como apreciar a boa comida; primeiro sente-se a textura, saboreia-se, mastiga-se devagar e no fim engole-se. Uma verdadeira sensação orgásmica. É um orgulho fazer parte desta cidade que escolhi há 23 anos para viver Teixeira de Pascoaes numa visita à casa de Raul Brandão, “Casa do Alto” refere, “As horas inolvidáveis que aí passei, nesse Alto, que é verdadeiramente um dos maiores “altos” da Europa” Guimarães espera-vos!

Dê sangue! COLHEITA PERMANENTE

Todas as Terças-feiras das 14h30 às 19h00 Primeiro e terceiro Sábado de cada mês das 09h00 às 12h30 Local Casa do dador (Azurém)

O que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia...

“Arroz de Polvo malandrinho com Filetes” © Direitos Reservados

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Telefones Úteis Bom apetite! Um abraço gastronómico. Envie as suas sujestões para: leitor@maisguimaraes.pt

Polícia Municipal 253 421 222 P.S.P. 253 540 660 G.N.R. 253 422 575 Hospital 253 540 330

BV Guimarães 253 515 444 BV Taipas 253 576 114 SOS 112 CM Guimarães 253 421 200

LIGUE 253 537 250 GERAL@MAISGUIMARAES.PT

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O caso Morel

O resultado da residência artística de Mónica Mindelis, junto ao CIAJG

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Mariana Silva leva transportes à Assembleia Municipal

Este tem sido um tema seguido de perto pela CDU. Anteriormente denunciaram a supressão de carreiras e a circulação de alguns autocarros sobrelotados, em alguns horários, bem como a falta de condições de desinfeção para os trabalhadores e utentes. No passado sábado a deputada à Assembleia de República e também na Assembleia Municipal, Mariana Silva marcou presença na concentração dos trabalhado-

res do setor, contra o prolongamento do regime de layoff pelas empresas de transporte. Foi a mesma Mariana Silva que na Assembleia Municipal de 30 de junho, que decorre no momento em que estamos a fechar esta edição, voltou a levantar o tema. “É preciso manter todos os autocarros na ruas para que se possa cumprir o distanciamento social”, afirma a deputada dos Verdes. Para a CDU, está em cau-

“Desconfinar”

Trata-se do primeiro romance do escritor brasileiro Ruben Fonseca, que nos deixou recentemente. Lançado em 1973, o livro mostra o embate de Paul Morel, um excêntrico artista de vanguarda, com o escritor Vilela. Morel está preso e é de sua cela que narra histórias que misturam sexo, violência e reflexões sobre a arte, questionando a função da própria literatura. O livro foi escrito no auge da ditadura militar e será curioso voltar a ele, num momento em a democracia no Brasil dá sinais de alguma fragilidade. Rubem Fonseca foi um dos primeiros escritores brasileiros a encarar sem rodeios a violência urbana em todos os estratos sociais, do traficante ao empresário, da alta sociedade à prostituta, do mendigo ao banqueiro, numa linguagem sem rodeios, mas com uma escrita cativante. Rubem Fonseca venceu o Prémio Camões em 2003. •

O projeto “Desconfinar” vai dar oportunidade a 11 artistas ou coletivos de artistas de Guimarães de porem em prática as suas criações. Uma ótima notícia, que vem trazer alguma esperança, para um setor que sabemos que foi dos mais afetados pelo confinamento.

sa, não só o normal retomar da atividade económica, porque os trabalhadores não têm transportes de casa para o trabalho, mas também a própria segurança sanitária, uma vez que, com menos transportes, os autocarros circulam com mais gente. Mariana Silva questionou o presidente sobre o que pretende a Câmara fazer relativamente à supressão da ligação por comboio Alfa direto a Guimarães. A

deputada afirma que a pretexto da pandemia se suprimem serviços alegando que não há utentes. “Não faltam utentes, faltam soluções”, afirma a deputada municipal da CDU. •

Transportes Urbanos Transportes urbanos continuam a dar que falar. Apesar das explicações da CMG e da empresa concessionária, utilizadores e trabalhadores continuam descontentes. Coloca-se agora também a questão da reposição da única ligação por comboio Alfa que foi suprimida.


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