#249 08 julho de 2020

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Siza rejeita elevador no Parque Mumadona CÂMARA PROCURA ALTERNATIVAS PARA A CONSTRUÇÃO DA INFRAESTRUTURA P.04 SOFIA FERREIRA

Turitermas com dois presidentes em 6 meses P.05

GUALTERIANAS EM VERSÃO ALTERNATIVA P.09

POLÍTICA

Iniciativa Liberal formaliza núcleo territorial em Guimarães P.06 ANTIGA ESTAÇÃO TRANSFORMA-SE EM UNIDADE DE APOIO A GRÁVIDAS P.07 EM GUIMARÃES

Guimarães aumenta resposta dos transportes públicos P.07 S.TORCATO

Romaria Grande celebrou-se com as devidas precauções P.07

Programa das festas foi apresentado

BRUNO FERNANDES VAI A VOTOS NO DOMINGO P.10 DESPORTO

CÓNEGOS TRAVAM SPORTING E GARANTEM MANUTENÇÃO P.15

Vitória: Sonho da Liga Europa permanece vivo P.14

NORUEGUÊS NOAH HOLM ASSINA POR QUATRO TEMPORADAS P.14

Brito junta-se a Vitória B, Berço e Pevidém no Campeonato de Portugal P.16

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N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

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MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO


N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

Viver as tradições, em modo pandemia Desde 1852, no primeiro domingo de julho de cada ano e durante esse fim-de-semana, realiza-se a Romaria Grande de São Torcato. Historicamente, é considerada uma das maiores romarias do Entre Douro e Minho e de Portugal, sendo uma impressionante manifestação da devoção e religiosidade do povo, de romeiros e emigrantes ao São Torcato. Nesta Romaria comemora-se a solene trasladação do corpo de Santo do Povo da Igreja Paroquial (antigo Mosteiro) para a Basílica. Este ano a Irmandade de São Torcato decidiu não realizar a Romaria Grande, em consequência da pandemia e no sentido de minorar o efeito de contágio por Covid-19. Contudo, para marcar a efeméride no domingo 5 de julho realizou-se a Missa Solene em Honra de São Torcato, no Terreiro de São Torcato. Também ontem, 07 de julho, foi apresentado o programa simbólico das Festas da Cidade e Gualterianas, que decor-

rerão, como habitualmente, no primeiro fim-de-semana de agosto, de 31 de julho a 03 de agosto. Haverá iluminação ornamental em monumentos icónicos das festas e da cidade, exposições no espaço público e ainda alguma animação itinerante. Não haverá, no entanto, espaço de diversões e nem a habitual Marcha Gualteriana, para evitar aglomeração de pessoas. Destaque para a exposição, organizada pela Casa da Marcha que poderá ser apreciada no Jardim da Alameda, com algumas das peças trabalhadas pelos obreiros, ao longo dos últimos anos. Vão assim os nossos dias, limitados por esta pandemia que, embora agora esteja mais serena por Guimarães e pelo norte de Portugal, não nos permite ainda voltar às ruas em completa segurança e celebrar como sempre fizemos, e viver como sempre vivemos, com entusiasmo, as nossas tradições.

Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal” “Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das instituições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015 Mais Guimarães - O Jornal - Semanário Proprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138 Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912 Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – Guimarães Email geral@maisguimaraes.pt Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto Sampaio Registado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735 Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís Freitas Redação Rui Dias | Vitor Jorge Oliveira Departamento Comercial Eliseu Sampaio Colunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir Brito Fotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.

Artigo de opinião

Todos os caminhos vão dar à ponte quando o rio não tem nenhuma (Fernando Pessoa)

Se o rumo seguido é vazio de soluções o caminho tem sido para lado nenhum. Não que não existam soluções, elas estão lá, entre nós. Fazem parte do caminho feito. Mas não estão indicadas, nem escolhidas, nem trabalhadas. Não estão à vista. Há caminho feito no vazio, e cheio do que são feitos os vazios – de nada. Assim, é a ela, “à ponte”, que todos os caminhos vão dar. Porque mesmo no vazio do caminho é forçoso que haja uma ponte. Encontrando-se nele, no caminho, a ponte não tem estado à vista, como fora da vista se encontram as soluções. E à míngua de soluções, temos um caminho sem que dele saibamos o seu curso. Muito menos o modo de o fazer. O caminho surge como um ‘não caminho”. Por isso mesmo, um caminho que vai dar à ponte porque o rio não tem nenhuma. Para alcançar essa ponte e dar sentido ao caminho, temos de ter a ousadia de o pensar, a inteligência de o definir e a diligência de o construir. Pensá-lo, impõe a necessidade de “ver” o lugar todo, todos os lugares de que é feito e do que é feito cada lugar, nisto se podendo compreender o todo e as partes que o compõem. Defini-lo, traduz-se em apontar-lhe o início e o fim, nele incluindo tudo o que tem de essencial e nada de essencial deixando de fora. Construí-lo, com o que nos define, permite escolher direcções, eleger áreas a intervir, traçar linhas de força, criar um plano programático. Com o nosso caminho pensado, definido e construído, criado um plano programático, teremos um projecto. E com ele uma via apontada para o futuro. Mesmo porque, não se pode querer um futuro sem

se conhecer bem a realidade de que se parte. O que temos; o que nos falta; como obter meios; que rumo seguir; como fazer caminho. Sem termos e conhecermos o projecto e o futuro, nunca os outros poderão ver-se com eles “confrontados”. Nunca saberão o que valemos nem do que somos capazes. Nunca nos valorizarão nem atribuirão o respeito, a importância e a representatividade que nos são devidos. Quem não aparece desparece! Só dança na roda quem faz parte da roda. Nós desaparecemos, estamos fora da roda. Sem a representatividade que merecemos, continuaremos privados de concorrer para as decisões que nos importam. Seguiremos excluídos de condicionar as opções de que dependerá a concretização de todos os projectos. Incluindo o nosso. Ausentes nos momentos de decisão, não estamos lá, quando e onde as opção são tomadas. As que importam aos outros, e as que a nós respeitam. Por isso outros decidem por nós o que a nós interessa. E a eles também. Se não nos valorizam nem respeitam, é, sobretudo, porque não temos feito o necessário para nos fazermos respeitar. É a nós que temos de pedir contas. É isto que vem sucedendo no percurso feito na importante região que corresponde à Federação Distrital de Braga do Partido Socialista. Impõe-se mudar isto. Há agora uma ponte e essa ponte é protagonizada pela candidatura de Ricardo Costa. Mais que uma proposta para a Distrital de Braga do Partido Socialista, ela representa um progra-

ma de futuro para a região a que respeita, e para todos os que a integram. Como não há memória, o resultado destas eleições é aguardado com visível expectativa e esperança, mesmo fora das fronteiras do Partido Socialista, por muitos perceberam quanto é necessário um caminho definido, um projecto de futuro, uma representatividade ao nível da nossa importância - uma equipa capaz liderada por uma voz respeitada. No próximo dia 18 de Julho, o Partido Socialista da Federação Distrital de Braga saberá responder a essa aspiração que também vem muito de fora do partido, emerge da sociedade, em geral. Dentro, já essa vontade foi percebida. Há muito. •

César Machado Advogado


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DESTAQUE

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© Rui Dias

Acessibilidades

Elevador de acesso ao parque Condessa Mumadona e ao monte Latito

O parque de estacionamento Condessa da Mumadona, no ponto onde confluem as ruas Serpa Pinto e Dona Constância de Noronha, em frente ao tribunal, foi inaugurado a 05 de outubro de 2005, pelo então presidente da Câmara António Magalhães. O parque abriu ainda em obras, a estátua da Condessa estava assente numa plataforma provisória. Estava-se a poucos dias das eleições autárquicas e a um mês da data prevista para a conclusão da obra. A oposição bradou “eleitoralismo”, António Magalhães justificou que se tratava apenas de uma visita guiada. Navegando acima de tudo isto, Siza Vieira explicou, na altura, que tinha tido o cuidado de "efectuar uma integração do parque sem prejudicar ou poluir o espaço da praça. A ventilação não se vê e o piso superior não necessita de iluminação". O que o mestre não explicou, nem ninguém consegue explicar até hoje, é porque razão o projeto não contemplou acessibilidades condignas para pessoas com mobilidade reduzida. O vereador e também arquitecto, Seara de Sá, reconhece que a legislação da altura já obrigava este tipo de edifícios a terem acessibilidades para pessoas com limitações de movimento. Na altura ter-se-á considerado que a rampa que sobe pelo mesmo local onde saem os carros eram uma solução satisfatória, justifica o vereador. Seara de Sá confessa-se a admirador da obra de Siza Vieira mas reconhece que há aqui um problema que

tem que ser resolvido. O vereador Seara de Sá e o presidente do Município afirmam, todavia, que, quando confrontado com a necessidade de corrigir o problema, o aquitecto Siza Vieira terá proposto um conjunto de obras que ascendiam a dois milhões de euros. A instalação, pura e simples de um elevador desde os pisos subterrâneos até à praça em frente ao tribunal ficaria por 10% desse valor, segundo Seara de Sá.

“Uma carreira brilhantíssima manchada por uma obra que não prestigia o autor”, André Coelho Lima

“O problema parece simples, pelo contexto é deveras difícil”, lamenta o vereador com o pelouro do urbanismo. A questão é que, sem o acordo do arquitecto projetista, qualquer intervenção na obra pode resultar na perda da assinatura do reputado mestre. André Coelho Lima, contudo, fala de um erro “que tem que ser assumido por todos” e numa “carreira brilhantíssima manchada por uma obra que não prestigia o autor”. Presidente da Câmara, vereador do urbanismo e o próprio André Coelho Lima, que levantou a questão, estão de acordo que a perca da assinatura do premiado arquitecto Siza Vieira numa obra na cidade seria uma má solução. Perante a enorme diferença entre aquilo que a Câmara estaria

© Rui Dias

Face a uma questão levantada pelo vereador social-democrata André Coelho Lima, na reunião de Câmara de segunda-feira, dia 06 de junho, sobre as acessibilidades do parque de estacionamento Condessa da Mumadona, ficou a saber-se que a solução poderá passar pela instalação de um elevador. O equipamento, porém, não será instalado na praça por questões ligadas aos direitos de autor do arquitecto projetista. • Rui Dias

disposta a gastar e as exigências de Siza Vieira, o Município aponta agora para uma solução que não implica intervir diretamente sobre a obra. Neste caso, o elevador ficaria colocado no passeio que liga as ruas Serpa Pinto e Dona Constância de Noronha, em frente às rampas de entrada e saída de veículos do parque de estacionamento. A ligação entre o parque e este elevador seria garantida por um túnel que partiria da zona de jardim no primeiro nível subterrâneo. Seara de Sá entende que, com esta solução, a Câmara não fica dependente da anuência de Siza Vieira para avançar. Esta solução poderia resolver, também, o problema de acessibilidade à zona ajardinada na base do monte Latito, atualmente só acessível por escadas. O elevador partiria do pisos do parque teria uma saída ao nível da praça do tribunal e outra num nível superior, dando acesso ao jardim.

Seara de Sá não arrisca uma previsão para a conclusão da obra numa zona classificada

Esta solução, que se ficou a conhecer no momento da reunião, colheu a aprovação dos vereadores da oposição. Não quer dizer que se realize, uma vez que aquela zona, sendo classificada, é não edificável. Esse já foi, no passado, o obstáculo para a construção de uma casa de chá, também projetada por Siza Vieira, naquele local. Neste quadro, o vereador do pelouro não arrisca uma data para a resolução do problema. André Coelho Lima, contudo, afirma que“não é admissível que uma situação que foi levantada por nós em abril de 2016 e que em janeiro de 2017 o presidente comunicou aos vimaranenses que iria ser resolvido pela colocação de um elevador, em junho de 2020 os munícipes venham a saber das dificuldades que, entretanto sucederam”. O vereador do PSD sublinha que, quatro anos volvidos, só se conhece o ponto de situação face uma solicitação dos vereadores da oposição. “Se surgem dificuldades nos processos nós temos que ser informados. Nós a comunidade, não a oposição, até para podermos ajudar, acompanhar compreender a posição da Câmara”, reforça

André Coelho Lima. Para a vereação social-democrata “o importante é resolver os problemas”, afirmam. André Coelho Lima apontou para uma solução negocial em que se encontrasse um acordo a meio caminho entre o valor que a Câmara estaria a pensar gastar e o valor da obra proposta pelo arquitecto Siza Vieira. “O importante e imprescindível é que deixemos de ter uma obra cujas acessibilidades para pessoas com mobilidade condicionada são de terceiro mundo”, afirma. André Coelho Lima acompanha o presidente da Câmara relativamente à incomportabilidade da obra pelo valor proposto pelo arquitecto Siza Vieira, porém, para o vereador social-democrata esse seria apenas o “primeiro ato” de uma peça que devia continuar. Para o vereador do PSD a Câmara “deixou de fazer o seu papel ao deixar que se arrastassem estes três anos sem fosse encontrada uma solução”. Neste momento a “Câmara baixou os braços” e “continuam as pessoas, com carrinhos de bebé a sair para o meio de uma rotunda”, remata André Coelho Lima. •


EM GUIMARÃES

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Segundo presidente em seis meses José Maia tinha sido nomeado na reunião de Câmara de 9 de dezembro de 2019, em substituição do vereador Ricardo Costa. O vereador Ricardo Costa deixou claro na altura que não estava a abandonar o cargo, que ocupava desde 2009 e para o qual tinha sido reconduzido no triénio de 2017-2019. A escolha em dezembro foi pelo tesoureiro da direção, que também tinha responsabilidades na gestão de mercados internacionais, pelo estudo e desenvolvimento de novos negócios, parcerias e definição da estratégia comercial internacional da empresa. A saída de José Maia terá motivações profissionais e a escolha de Domingos Bragança para ocupar aquele cargo, volta a incidir em alguém com um perfil mais político. O PSD olha para as movimentações recentes nas empresas municipais e vê “turbulência”. O líder dos sociais-democratas, Bruno Fernandes, lembra que se trata da segunda nomeação para o representante da Câmara na cooperativa Turitermas no espaço de meio ano, isto na mesma altura em que o administrador executivo da Vitrus sai da empresa municipal manifestando desagrado com o funcionamento interno da empresa. Bruno Fernandes aconselha a “pôr ordem na casa”, referindo-se à nomeação da vereadora Sofia

Ferreira para a presidência do Conselho de Administração da Turitermas e à recente saída, em conflito com o presidente do Conselho de Administração da Vitrus, do administrador executivo, Daniel Pinto, depois de um consulado que a vice-presidente da Câmara, Adelina Paula Pinto, elogiou. “No caso da Vitrus o Daniel Pinto fez um trabalho extraordinário durante anos e que foi muito importante para aquilo que eram os objectivos estratégicos da Câmara sob liderança de uma pessoas. Quando a liderança foi assumida por outra pessoa, é normal que as coisas não alinhem”, afirmou a vice-presidente da autarquia. Parece claro que esta “falta de alinhamento”, que Adelina Paula Pinto refere, é a relação inquinada entre Daniel Pinto e Sérgio Castro Rocha que levou à demissão do primeiro. Na carta de demissão que dirigiu ao presidente da Câmara Municipal, Daniel Pinto refere uma auditoria que teria sido efectuada em 2019 e que Domingos Bragança já reconheceu que foi feita pelos serviços da própria Câmara. Segundo o ex-administrador executivo, essa auditoria já colocaria em causa as algumas das questões que motivam a sua demissão. Segundo Daniel Pinto as referidas circunstâncias irregulares, encontradas nessa auditoria, teriam-se até agravado.

Adelina Paula Pinto, embora revelando conhecimento da auditoria revelou que não conhecia o seu conteúdo. “Num curto espaço de tempo, aquilo a que assistimos em Guimarães é a uma turbulência que não é boa para a gestão do Município nem para aquilo que são os interesses dos vimaranenses”, lembra Bruno Fernandes e acrescenta que o PSD defende a “estabilidade na gestão do Município e nas suas empresas”. Adelina Paula Pinto desdramatizou a saída de Daniel Pinto da Vitrus e as duas nomeações, num curto período, para a Taipas Turitermas. Para a vice-presidente tudo não passa do normal funcionamento das empresas. Adelina Paula Pinto refere que “as pessoas não são cópias umas das outras, cada uma tem uma forma de trabalhar e de estar e uma organização própria, portanto, não vejo, por aí, problema nenhum”. Ilustra com a entrada de Sofia Ferreira para a liderança da Turitermas “onde, se calhar, vai haver outro alinhamento”. Parece claro que esta “falta de alinhamento”, que Adelina Paula Pinto refere, é a relação inquinada entre Daniel Pinto e Sérgio Castro Rocha que levou à demissão do primeiro. Na carta de demissão que dirigiu ao presidente da Câmara Municipal, Daniel Pinto refere uma auditoria que teria sido

© Rui Dias

O executivo municipal votou, na segunda-feira, dia 06 de junho, a nomeação da vereadora Sofia Ferreira para presidente de Conselho de Administração da Taipas Turitermas, na sequência da saíde de José Maia. O anterior presidente ocupou o cargo apenas por um curto período de meio ano.

efectuada em 2019 e que Domingos Bragança já reconheceu que foi feita pelos serviços da própria Câmara. Segundo o ex-administrador executivo, essa auditoria já colocaria em causa as algumas das questões que motivam a sua demissão. Segundo Daniel Pinto as referidas circunstâncias irregulares, encontradas nessa auditoria, teriam-se até agravado. Adelina Paula Pinto, embora revelando conhecimento da auditoria revelou que não conhecia o seu conteúdo. “Num curto espaço de tempo, aquilo a que assistimos em Guimarães é a uma turbulência que não é boa para a gestão do Município nem para aquilo que são os interesses dos vimaranen-

ses”, lembra Bruno Fernandes e acrescenta que o PSD defende a “estabilidade na gestão do Município e nas suas empresas”. Adelina Paula Pinto desdramatizou a saída de Daniel Pinto da Vitrus e as duas nomeações, num curto período, para a Taipas Turitermas. Para a vice-presidente tudo não passa do normal funcionamento das empresas. Adelina Paula Pinto refere que “as pessoas não são cópias umas das outras, cada uma tem uma forma de trabalhar e de estar e uma organização própria, portanto, não vejo, por aí, problema nenhum”. Ilustra com a entrada de Sofia Ferreira para a liderança da Turitermas “onde, se calhar, vai haver outro alinhamento”. • Rui Dias

e a Fundação Calouste Gulbenkian, depois de ter estudado na Bélgica. Em 2017, no Mais Guimarães lançou um desafio aos vimaranenses para visitarem mais o CIAJG. O desafia nunca terá sido completamente aceite, uma vez que este equipamento, reconhecidamente continua a ser pouco visitado pelos habitantes do concelho. Ricardo Araújo afirma lembra que o projeto nasceu sem uma estratégia subjacente desde o início. O vereador menciona a própria escolha da localização, recordando que na altura da preparação da Capital Europeia da Cultura, se chegou a falar do Teatro Jordão. “Há uma ausência total de estratégia para o equipamento. Tratou-se de criar uma infraestrutura e depois logo vamos ver para o que vai servir”, critica o vereador do PSD. O vereador social-democrata reconhece a importância da obra e do espólio de José de Guima-

rães, mas fala da necessidade de articular esta coleção com possibilidades de internacionalização, ao mesmo tempo que o espaço precisa de se abrir à criação artística local, uma vez que essa é uma das forças de Guimarães, afirma. Domingos Bragança valorizou pouco o problema levado à reunião pelo vereador social-democrata. Para o presidente, as questões estratégicas da Plataforma das Artes são uma questão da cooperativa “A Oficina” que gere o espaço. Ricardo Araújo vê nesta posição uma contradição relativamente a outros momento em que o vereador afirma que o presidente terá inclusivamente definido o que pretendia para o CIAJG. A vereadora Adelina Paula Pinto, entretanto, anunciou para breve a conclusão de um processo de seleção, através de um concurso internacional e a entrada em funções do novo diretor do CIAJG, em setembro. • Rui Dias

© Rui Dias

Novo diretor do CIAJG chega em Setembro O vereador Ricardo Araújo, do PSD, colocou, durante a última reunião de Câmara, realizada na segunda-feira, dia 06 de junho, a falta de um plano estratégico para a Plataforma das Artes. “O que é que a Câmara prevê para o futuro do equipamento?” Questiona o vereador social-democrata. Para Ricardo Araújo a questão é especialmente sensível num momento em que o antigo diretor do Centro Internacional de Artes José de Guimarães (CIAJG) saiu do cargo há um anos e ainda não há um substituto. “Então antes o diretor era preciso e agora o Centro pode funcionar sem ele?” Ironiza o vereador. Recorde-se que Nuno Faria, saiu em 2019, depois de seis anos à frente do CIAJG, para ir dirigir o Museu da Cidade do Porto, a convite do presidente da Câmara da cidade. Nuno Faria, quando chegou a Guimarães trazia já no currículo passagens pelo Instituto da Arte Contemporânea


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EM GUIMARÃES

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Secretário de Estado visita empresa que é referência no setor da ourivesaria © Direitos Reservados

A empresa José Carlos & Filhas – Joalheiros, Lda está a funcionar em Azurém, mas tem um novo edifício em construção, em Aldão.

O Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, esteve em Guimarães na passada quarta-feira, 01 de julho, para visitar a maior empresa do setor da ourivesaria no país – José Carlos & Filhas – Joalheiros, Lda – realçando o exemplo dos resultados evidenciados, neste processo de retoma económica na sequência da pandemia de Covid-19. “Estamos perante uma empresa que apresenta bons resultados e está num processo de investimento com clientes muito importantes em representação de grandes marcas

mundiais, numa importante fase de transformação com a aposta num novo edifício”, salientou o Secretário de Estado, que seguiu esta visita acompanhado pelo vereador da Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Costa, o presidente da AORP – Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal, Nuno Marinho, e ainda o empresário José Carlos Santos. Eurico Brilhante Dias destacou que o setor da ourivesaria “é muito particular” por ser fragmentado em micro-empresas, mas apresenta capacidade de resposta para os clientes. “Agora começam

Iniciativa Liberal formaliza núcleo territorial em Guimarães © Mais Guimarães

O núcleo pretende “dinamizar várias iniciativas que são já imagem de marca do partido, como os convívios liberais, caminhadas, seminários, debates e fóruns de discussão sobre temas relevantes para a região e para o país”, refere o comunicado. “O Núcleo da IL Guimarães será a voz local do partido e pretende ser uma força viva num concelho de elevado empreendedorismo e com desafios sociais e políticos muito importantes. A liberdade

individual, económica e social tem um papel essencial no desenvolvimento do concelho do país e queremos contribuir de forma positiva para estes desígnios”, afirma Paulo Gonçalves, coordenador do Núcleo da IL Guimarães. Depois de eleição de João Cotrim Figueiredo como deputado na Assembleia da República nas últimas Eleições Legislativas, a IL alarga assim a sua presença a nível nacional. •

a surgir empresas de maior dimensão, que incorporam elevado valor e design, onde Portugal pode distinguir-se através da qualidade da sua produção. Esse é o caminho, sem olhar à quantidade mas produzir em séries pequenas e para grande marcas, onde cada hora de trabalho terá de ser valorizada. Assim, vamos melhorar os salários e valorizar as empresas, com a qualificação dos seus trabalhadores”, manifestou o Secretário de Estado da Internacionalização. A empresa José Carlos & Filhas – Joalheiros, Lda está a funcionar em Azurém, mas já com um novo edifício em construção em Aldão. O vereador da Câmara de Municipal, Ricardo Costa, sublinhou a visão de futuro assente na “capacidade de inovar através da diferenciação dos produtos, da aposta no design e criação de marcas distintivas com valor para se impor no mercado da internacionalização”, realçando a necessária ligação com a área da investigação, o apoio do governo e o acompanhamento pelo poder local. •

Detenção por tráfico de estupefacientes Na passada sexta-feira, dia 03 de julho, a Esquadra de Investigação Criminal da Divisão Policial de Guimarães, desencadeou uma operação policial em Creixomil, que resultou na detenção de um cidadão com 40 anos, por tráfico de droga. No decurso das diligências efectuadas, esta Polícia apreendeu ao suspeito cocaína suficiente para 163 doses, heroína suficiente para 26 doses, bem como a quantia de 703,34 euros em dinheiro, uma viatura e um telemóvel. O detido foi presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial de turno de Cabeceiras de Basto, tendo-lhe sida aplicada a medida de coacção de prisão preventiva. O detido já tinha sido condenado pelo mesmo tipo de crime. •

Jornal Mais Guimarães n.249 08 julho 2020

EXTRACTO

Paula Alexandra de Castro Magalhães dos Santos, Notária, certifica para efeitos de publicação, que por escritura de hoje, exarada a folhas 49 e seguintes do livro de notas para escrituras diversas 183-E, do Cartório Notarial a seu cargo, Manuel Moutinho de Carvalho, e mulher Maria Goreti Gonçalves Coelho, casados no regime de comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Arosa, concelho de Guimarães, e ela da freguesia de Póvoa de Lanhoso (Nossa Senhora do Amparo), concelho de Póvoa de Lanhoso, residentes na Estrada Nacional 207 / 4, n.º 42, 1.º esquerdo, união das freguesias de Arosa e Castelões, concelho de Guimarães, portador do cartão de cidadão n.ºs 07048157 1zy7, válido até 5/12/2021, emitido pela República Portuguesa, NIF 108 941 973, declarou: Que, é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel: Prédio rústico, composto de terreno de eucaliptal, com a área de quinze mil oitocentos e oitenta e cinco metros quadrados, a confrontar de norte e nascente com Artur Coutinho Gonçalves, de sul com José dos Santos Carvalho e Artur da Costa Henriques, e de poente com Artur Coutinho Gonçalves e Artur da Costa Henriques, sito na Rua Dona Maria da Conceição, união das freguesias de Arosa e Castelões, concelho de Guimarães, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1113, com o valor patrimonial tributário de 1.400,00€, e igual valor atribuído. Que o prédio não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Guimarães, encontrando-se inscrito na respectiva matriz em nome do justificante.

Que o referido prédio lhe ficou a pertencer por doação verbal que lhe foi feita pelo seu avô Gualter de Carvalho, viúvo, residente que foi na Rua 25 de Abril, freguesia de Arosa, concelho de Guimarães, em dia e mês que não pode precisar do ano de mil novecentos e setenta e nove, ainda no estado de solteiro, sem que nunca tivessem reduzido a mesma doação a escritura pública, uma vez que aquele doador também não detinha qualquer título que legitimasse o seu direito. Que não é, assim, detentor de qualquer título formal que legitime o domínio do referido imóvel. Que, não obstante isso, tem o mesmo justificante usufruído do dito prédio, desde aquele ano de mil novecentos e setenta e nove, roçando mato e recolhendo a lenha, e de um modo geral gozando todas as utilidades por ele proporcionadas, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo reconhecido como seu dono por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorar lesar direito alheio, pacificamente, porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, e tudo isto por um lapso de tempo superior a vinte anos. Que dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriu o identificado prédio por usucapião, título este que, pela sua natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. Assim, e por este meio, são avisados quaisquer interessados para impugnar em juízo durante o prazo de trinta dias, a contar da publicação deste extracto, o direito justificado, nos termos do disposto no artigo 101.º, do Código do Notariado. Está conforme o original. Cartório Notarial sito na Avenida D. João IV, Edifício Vila Verde, número 612 E, freguesia de Urgezes, concelho de Guimarães, em três de Julho de dois mil e vinte. A Notária, Foi emitida Factura/Recibo. Conta registada sob o n.º FAC 2/2020001/970.


EM GUIMARÃES

O JORNAL N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

Câmara de Guimarães aumenta resposta dos transportes públicos

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Instalação de unidade de cuidados de saúde primários © Direitos Reservados

Também os passes mensais não bonificados têm uma redução de 50% para os vimaranenses. CIM do Ave incrementa o serviço de âmbito intermunicipal. A Câmara de Guimarães promove uma nova fase para a oferta dos vários operadores com carreiras municipais, a partir da passada quarta-feira, 01 de julho, no âmbito do restabelecimento da normalidade associada ao serviço público de transporte de passageiros de índole municipal. Desta forma, “são assumidas algumas medidas como a segregação de linhas de âmbito municipal; adoção de horários “fora do período escolar”, compaginável com as necessidades de transporte escolar para as escolas secundárias (exames) e constrangimentos identificados pelas Juntas de Freguesia, o restabelecimento de oferta em dias de fim de semana, incluindo o período noturno para os TUG, visando a estabilização de uma rede com oferta de serviço regular, ainda que com menor frequência, relativamente ao período antes da pandemia”, pode ler-se no comunicado do

© Direitos Reservados

município. A CIM do Ave, enquanto Autoridade de Transportes, competente para o território da comunidade intermunicipal do Vale do Ave, também ela incrementa o serviço de âmbito intermunicipal,

designadamente entre as sedes dos municípios que a compõe. A partir do dia 01 de julho os passes mensais não bonificados passaram a ter uma redução de 50% para os vimaranenses, resultado de uma alteração ao

Programa de Apoio à Redução Tarifária no âmbito dos Municípios que compõe a Comunidade Intermunicipal do Vale do Ave, incluindo no serviço público de transporte de passageiros urbano – TUG. •

As obras para a instalação de unidade de cuidados de saúde primários no piso térreo do edifício da antiga estação da CP arrancam na esta segunda-feira, 06 de julho, numa ação conjunta entre o ACES do Alto Ave e a Câmara Municipal de Guimarães. A instalação desta unidade de cuidados de saúde ficará no piso térreo do edifício da antiga estação da CP, atualmente ocupado pela Loja.Já, que em breve mudará de instalações. O espaço ficará equipado com uma sala para informação teórica de apoio a grávidas, sala de aulas de preparação para o parto, uma sala pequena (amamentação), um consultório e uma sala open-space, com instalações sanitárias. •

Em Creixomil e Ronfe Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 Ronfe De segunda a sábado, das 08h00 às 20h00


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EM GUIMARÃES

N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

Bairro C intervém na zona que se pretende elevar a Património da Humanidade O Bairro C é um projeto do Município de Guimarães que pretende lançar um novo olhar sobre o território abrangido pela zona de Couros, Teatro Jordão, rua da Caldeiroa e percursos pedonais até à Casa da Memória e Centro Internacional das Artes José de Guimarães, ra o vereador com o pelouro do urbanismo, Seara de Sá, referiu que o processo continua a “estar presente” no quotidiano da autarquia e sublinhou a morosidade da constituição da proposta que ademais terá concorrentes. Recorde-se que a construção do parque de estacionamento de Camões foi apreciada pelo Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) como um entrave ao futuro alargamento da zona classificada como Património da Humanidade a Couros. Entretanto o parque foi inaugurado em agosto de 2019 e encontra-se em funcionamento. Em grande parte, é nesta área que o projeto “Bairro C” vai incidir. As iniciativas no âmbito do “Bairro C” vão-se prolongar ate 2022, embora só esteja ainda definida a programação para 2020. Paulo Lopes Silva, adjunto da vereação e um dos responsáveis pelo projeto adianto ao Público que “O grande objectivo é traduzir a estratégia que já está no território, assente na cultura, na ciência e na criatividade”. O “Bairro C” conta para este primeiro ano com um orçamento de 40 mil euros. A arte urbana é uma das faces mais visiveis deste primeiro ano do “Bairro C”. Um Grafitti alusivo aos universo dos videojogos, da

© Rui Dias

O território adjacente ao Centro Histórico de Guimarães tem vindo a ser palco de diversas transformações ao longo dos últimos anos. No espaço deixado livre por antigas fábricas na área que vai da zona de Couros até à avenida Conde de Margaride, implantou-se o Centro de Ciência Viva, no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (CAAA), a Casa da Memória e o Centro Internacional de Artes José de Guimarães (CIAJG). Tratavam-se de fábricas de plásticos, da tradicional industria de curtumes – que dá o nome à zona de Couros – e no caso do CIAJG, do antigo mercado municipal. Estas reabilitação urbana é marca deixada por dois momentos chave para a cidade de Guimarães: o reconhecimento do Centro Histórico como Património da Humanidade, em 2001, pela UNESCO e a Capital Europeia da Cultura, em 2012. A Câmara Municipal de Guimarães iniciou, em 2013, um processo no sentido de alcançar a classificação da zona de Couros, onde subsistem vestígios da tradicional industria de curtumes, como Património da Humanidade. Em abril de 2019, o vereador do PSD, Ricardo Araujo, referia-se com preocupação relativamente a este processo, “algo atrasado”. Na mesma altu-

autoria de Oker (Mário Fonseca), a arte abstrata de Contra e a figuração do ser humano, por Draw fundem-se num painel feito numa estrutura amovível com 20 metros. A 11 de 12 de julho vai haver intervenções de pintura mural colaborativa, no jardim da Feira Semanal. Até ao fim de 2020 haverá ainda intervenções na Caldeiroa e na avenida Conde Margaride. A ribeira de Couros será ilumi-

Bruno Fernandes avança para liberar o PSD Bruno Fernandes avança para a liderança da Concelhia de Guimarães com o objetivo de vencer as eleições autárquicas do próximo ano. Bruno Fernandes apresentação a sua recandidatura à Comissão Política da Concelhia de Guimarães, na terça-feira, dia 07 de julho. “Uma lufada de ar fresco que fará bem à democracia e à gestão Municipal”, foi assim que Bruno Fernandes descreveu a aquilo que a lista que lidera acha que Guimarães precisa. Se já parece o mote para uma campanha eleitoral, o potencial candidato do PSD diz que sobre esse tema o partido só falará mais para o final deste ano. Mesmo assim, assume que um dos principais objetivos “desta Comissão Política é trabalhar para merecermos a confiança dos vimaranenses e vencermos as próximas eleições autárquicas”. Considerando que a

lista não deverá ter oposição, até porque reúne os apoios das principais figuras do partido ao nível concelhio, este deverá já ser olhado como o discurso de um candidato à Câmara Municipal de Guimarães. Não podemos aceitar que “projetos estruturantes” se arrastem por vários anos, continuou Bruno Fernandes. Autarca com responsabilidades em São Torcato, durante vários anos, não se esqueceu das vilas e deu como exemplo a fraca acessibilidade destas à sede do concelho. Questionado sobre se o PSD voltará a eleições coligado com o CDS, Bruno Fernandes remeteu para um momento posterior essa decisão e lembrou que a Comissão Política Nacional definiu como o final do ano, o momento de apresentação das candidaturas às autárquicas. Para já, ficaram a conhecer-se os nomes que avançam para

a Comissão Política Concelhia com Bruno Fernandes: Ricardo Araújo e Hugo Ribeiro, como vice-presidentes, André Casalta, Miguel Almeida, Ana Teixeira, Carlos Caneja, Isabel Machado, Isabel Sousa, Manuel Ribeiro, Margarida Pereira e Susana Araújo, como vogais. A lista não integra nenhum presidente de Junta de Freguesia, segundo Bruno Fernandes, trata-se de uma opção estratégica para que estes autarcas de foquem em vencer as eleições nas suas freguesias. O prazo para a apresentação de candidaturas termina quarta-feira, dia 07 de junho, mas tudo indica que esta será uma lista única. Como subscritores da lista de Bruno Fernandes já se contam André Coelho Lima, Emídio Guerreiro, Rui Vítor Costa, Emídio Guerreiro, César Teixeira, António Xavier e o líder da JSD, Eduardo Fernandes. • Rui Dias

nada e alguns dos tanques de cortumes vão ser ocupados por uma das obras de Contextil. Ainda no âmbito da bienal de arte têxtil, que se realiza entre 05 de setembro e 25 de outubro, vai realizar-se, em Couros, um ciclo de cinema industrial, adiantou o adjunto da vereação ao Público. Numa parceria com o curso de Artes Visuais, da Universidade do Minho, vão ser realizada conferência dedicadas à arte pública. A iniciativa Drifting Bodies/Fluent Spaces”, entre 22 e 24 de Julho, é exemplo desta parceria. O Instituto de Design de Guimarães vai receber o arquitecto italiano Francesco Careri, a artista norte-americana Karen O’Rourke e o fotógrafo português Duarte Belo para uma reflexão sobre as cidades vistas a partir da mobilidade do peão e do olhar artístico. Esta iniciativas do “Bairro C” podem ainda ser oportunidade para pequenas intervenções urbanísticas. É o caso da colocação de uma peça da Contextile nos

tanques de curtumes. Para esta instalação artística serão retirados de gradeamentos, a corrigidos de muros e repavimentadas algumas áreas. O projeto “Bairro C” assenta muito na circulação a pé, dando especial importância aos antigos caminhos restritos a peões. Prevê-se a reabertura do túnel sob a avenida D. Afonso Henriques pra o momento da inauguração do Teatro Jordão, tornando assim os diversos territórios onde se vai fazer sentir a actuação do “Bairro C” numa unidade continua do ponto de vista do visitante pedonal. Em 2021, o “Bairro C” prossegue com uma programação dedicada à comemoração dos 20 anos do reconhecimento do Centro Histórico de Guimarães como Património da Humanidade. Em 2022, segundo declarações de Paulo Lopes Silva, o “Bairro C” servirá para fazer um balanço da Capital Europeia da Cultura, após dez anos. • Rui Dias


SOCIEDADE

O JORNAL N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

Festas Gulaterianas e da Cidade em formato alternativo

Retrato de Perfil César Machado por Rui Dias E

Num ano atípico, para a Câmara Municipal de Guimarães e para “A Oficina” era, mesmo assim, importante assinalar , nem que fosse de forma simbólica as Festas Gualterianas. “Será uma ruptura com a tradição por questões sanitárias”, reconhece Adelina Paula Pinto © João Bastos

Nome César Manuel de Castro Machado Data de Nascimento 23/7/1962 Natural de Guimarães Profissão Advogado

É importante começar este retrato de perfil por uma nota. A vida de César Machado não cabe em três mil caracteres, nem mesmo de perfil. Sendo assim, a juntar a alguma imperícia daquele que escreve há que juntar a dificuldade da empresa. Nasceu fora de alinhamento na vigésima quarta hora do dia 23 de de junho de 1962. Não existe tal coisa como uma vigésima quarta hora, embora digamos que o dia tem 24 horas, a vigésima quarta é na verdade a hora zero do dia seguinte. “Uma ponte que vai de mim para o outro”. Este que escreve não se esquece que conheceu César Machado numa mediação e o conflito, logo ali, se resolveu. Talvez Deus ou o destino quisessem fazer dele um construtor de pontes. Imagine um café, algures entre o fim dos anos sessenta e os anos setenta. É em Guimarães, mas, da forma como o descreve César Machado, podia ser um dos cafés de Steiner. O café como um lugar onde as distâncias, não só físicas, mas também de gerações e classes sociais se encurtam e permitem a circulação rápida de ideias. As possibilidades que crescer no Café Óscar – propriedade da família – lhe abriram foram fermento num espírito sedento de coisas novas. Na semana em que perdemos Ennio Morricone, o compositor da banda sonora de Cinema Paraíso, fique com a ideia do César Machado a ir ao cinema, no São Mamede, com um bilhete que lhe oferecia o Neca. O engraxador ganhava os ingressos a distribuir os panfletos de publicidade, mas como não sabia ler cedia o lugar ao pequeno César. “Foi uma referência para mim”, parece notar-se um embargo na voz quando recorda um engraxador. O gabinete de advogado onde conversamos tem duas paredes recheadas de códigos que o devem fazer infeliz. A suposição é do escriba, ele nunca disse que era assim. A aparelhagem sonora que espreita pelo meio dos livros, as colunas de som sobredimensionadas e os quadros na parede denunciam as sensibilidade artística do jurista. Graça Morais e Jaime Silva, estão nas paredes do

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gabinete e nas memórias de César Machado, os dois frequentavam o Café Óscar. César Machado é um homem dedicado a vida associativa, teve cargos dirigente enquanto estudante em Coimbra teve cargos na Ordem dos Advogados, tem uma vida política, uma intervenção cultural e ainda arranja tempo para ser presença regular na imprensa. Mas é a música e uma sensibilidade para a palavra escrita que parece estar sempre relacionada com uma certa noção de ritmo, que o caracteriza. Irritam-o e certas expressões que caem no uso quotidiano que, mais do que erros, são alterações do ritmo que se impõe à palavra. “ Escrever para ser lido é muito diferente de escrever para a oralidade”, comenta a propósito de um texto que anda a burilar. Escreve como um músico. Começou a ter aulas de guitarra clássica com o pai, Óscar Machado, desde tenra idade. Aos 14 anos já integrava conjuntos musicais. “Foi uma sorte não me ter perdido”, um sorriso que esconde segredos. (Chegados a este ponto o texto vai a mais de meio e o pequeno César ainda não chegou a Coimbra, aflijo-me). No 25 de abril de 1974, César Machado tinha 12 anos e lembra-se perfeitamente onde estava. Lembra-se porque esse passou a ser o ponto onde assenta tudo aquilo em que se tornou. O homem de esquerda a quem o pior insulto que já dirigiram foi o de ser demasiado liberal. “Assim como não aceito que me digam o que devo fazer com a minha vida não quero dizer aos outros o que devem fazer com a deles”, resume. Imagine que em Portugal há políticos que a propósito de um qualquer assunto do quotidiano trauteiam uma música de Sérgio Godinho, ou declamam uns versos de Pessoa, ou ilustram com uma passagem de Garret. Se se pede ao leitor que imagine é porque as duas coisas – politica e cultura – normalmente não andam juntas. No caso de César Machado, a imaginação é desnecessária, ele é esse homem onde se encontram uma série de qualidades que normalmente são como água e azeite. •

A vereadora explicou, durante a apresentação das Festas Gualterianas, que decorreu na terça-feira, dia 07 de junho, que a Associação Artística da Marcha Gualteriana propôs à Câmara a realização de uma exposição evocativa do do que tem sido a Marcha Gualteriana “enquanto símbolo icónico das Festas Gualterianas” e é isso que vai acontecer no jardim da Alameda. Uma exposição lembrando o trabalho dos obreiros da Marcha, “que muito nos orgulham”, nas palavras da vereadora. Aquilo que se pretende destas Gualterianas é que, por um lado, não se deixe de celebrar São Gualter e a cidade, “mas também que seja a oportunidade de alguma reflexão, de dar um passo atrás, no sentido de perceber, daquilo que foi feito, o que correu bem, o que correu menos bem…” A maior parte das pessoas nunca têm a oportunidade de ver as peças que agora serão expostas senão em cima dos carros alegóricos que passam momentaneamente, no meio da multidão. Aqui vai ser possível um outro olhar sobre estes objetos. Adelina Paula Pinto salienta “a qualidade, o pormenor” destas peças que não são apreciáveis ao detalhe durante a Marcha. A vereadora lembrou ainda o “call” feito aos artistas vimara-

nenses para pensarem novas formas de olhar e participar nas Gualterianas, mantendo uma relação com a tradição. “Esperamos ter cinco projetos que nos vão ajudar neste fim de semana”. Além disso, acrescentou ainda Adelina Paula Pinto, há uma parceria com a Venerável Ordem de São Francisco, para que a imagem do santo fique exposta e possa ser venerada na Alameda.

"Adequaremos sempre a situação, dia a dia, em função daquilo que soubermos sobre a pandemia", Domingos Bragança

Domingos Bragança deu uma palavra de tranquilidade relativamente à segurança, assegurando que “adequaremos sempre a situação, dia a dia, em função daquilo que soubermos sobre a pandemia, para nós primeiro está a defesa da saúde pública e teremos sempre isso em conta, num diálogo constante com as autoridades de saúde. J osé Pontes revelou que está em curso a preparação dos objetos que farão parte de uma exposição que estará patente ao público no jardim da Alameda. São artigos relacionados com a

Marcha que estão depositados na Casa da Marcha e que o público normalmente não tem oportunidade de ver, ou que vê de outro ângulo. Alguns deste artigos estão a ser recuperados, explicou o obreiro da Marcha. Outra atração apresentada por José Pontes, é o carro alegórico alusivo ao centenário do nascimento de Amália Rodrigues. Este carro circulará pelas ruas da cidade, durante os dias das Festas (entre sexta-feira, 31 de julho e segunda-feira, 03 de agosto). O carro Amália Rodrigues invocará o fado de Coimbra e o fado de Lisboa e os horários de passagem e percursos serão oportunamente divulgados. Domingos Bragança lembrou a importância de, neste ano de grandes dificuldades, “não perdermos a nossa memória”, e sublinhou que em momentos como este “sobressai a imaginação e a criatividade que fica a marcar depois para memória futura”. As Festas Gualterianas, realizam-se em Guimarães desde 1906, sempre no primeiro fim de semana de agosto, embora só tenham adoptado este nome a partir de em 1932. Ao longo destes 114 anos a Marcha não saiu por ocasião da Grande Guerra e novamente em 1925 e, nos anos trinta, entre 1934 e 1937. • Rui Dias


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CONCELHO

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Romaria Grande, em “devoção e fé ao Santo do Povo” S. Torcato

Nas palavras de Dom Nuno Almeida, Bispo Auxiliar de Braga “No silêncio do Terreiro de São Torcato uma impressionante manifestação de devoção e fé ao Santo do Povo”. © Direitos Reservados

Desde 1852, no primeiro domingo de julho de cada ano e durante esse fim-de-semana, realiza-se a Romaria Grande de São Torcato. Historicamente, é considerada uma das maiores romarias do Entre Douro e Minho e de Portugal, sendo uma impressionante manifestação da devoção e religiosidade do povo, de romeiros e emigrantes ao São Torcato. Nesta Romaria comemora-se a solene trasladação do corpo de Santo do Povo da Igreja Paroquial (antigo Mosteiro) para a Basílica. Este ano a Irmandade de São Torcato decidiu não realizar a Romaria Grande, em consequência da pandemia e no sentido de, segundo Paulo Novais, juiz da Irmandade, “continuarmos a minorar o efeito de contágio por Covid-19. Este era um ano particularmente, importante e festivo para todos os devotos de São Torcato, ano em que o nosso Santuário foi elevado a

condição de Basílica, e que a Mesa da Irmandade almejava uma renovada Romaria Grande”, acrescentou Paulo Novais. Contudo, para marcar a efemé-

ride no domingo 5 de julho realizou-se a missa solene em honra de São Torcato, no terreiro de São Torcato, presidida por Dom Nuno Almeida, Bispo Auxiliar de Braga,

cantada pelo Grupo Coral de São Torcato e que contou também com a presença de todas as instituições e coletividades de São Torcato e de Guimarães. Paula

Oliveira, vereadora responsável pela Ação Social, participou também na cerimónia, em representação da Câmara Municipal de Guimarães. •

são iguais, há alguns mais ativos e outos que preferem que seja a Câmara a assumir as responsabilidades”. Adelina Paula Pinto serviu-se do exemplo dos alunos com ne-

cessidades especiais, “que num anos pode haver vários numa freguesia e no ano seguinte não haver nenhum”, para explicar a diferença de verbas transferidas. • Rui Dias

Hugo Ribeiro afirma que a Câmara Municipal de Guimarães não dá autonomia às Juntas de Freguesia. O presidente nega a acusação e afirma que em muitos casos são os presidentes de Junta que não querem as responsabilidades. Na base da afirmação do vereador social-democrata está o fato de, segundo documentação fornecida pela própria Câmara Municipal, o valor transferido para as freguesias rondar os 2,2 milhões de euros, quando o valor aprovado em reunião do executivo camarário rondava os 1,1 milhões. Segundo o deputado do PSD uma elevação do valor aprovado até ao dobro é mais do que uma simples correção de assimetrias. Os valores aprovados transferidos para as Freguesias, após aprovação em reunião de Câmara levam em linha de conta a área e a população de cada freguesia. Além destes valores há depois as delegações de competências, em que a Junta de Freguesia recebe um valor para se substituir à Câmara na execução de um qualquer trabalho e os subsídios a projetos específicos. Uma vez que as Freguesias não

© Direitos Reservados

Oposição: “esta é a Câmara que menos autonomia dá às Freguesias”

partem todas da mesma base, “não estão todas nas mesmas condições”, há que levar em conta as assimetrias, explica Adelina Paula Pinto. A vice-presidente da Câmara dá o exemplo das

freguesias do centro da cidade, “em que está praticamente tudo feito”. Reforçando a ideia já adiantada por Domingos Bragança a vice-presidente afirma que “nem todos os presidentes de Junta


ZONA NORTE

O JORNAL N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020 Braga

© Direitos Reservados

Câmara e construtora pedem a tribunal para decidir sobre dívida

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O consórcio Assoc e a Câmara de Braga não chegaram a acordo sobre o pedido da empresa de dez milhões por causa da construção do Estádio Municipal e, por isso, irá recorrer ao Tribunal Administrativo para resolver a questão, segundo avança o Jornal de Notícias. O mesmo jornal indica que o município também recorreu de outra decisão judicial que o obriga a pagar 4,9 milhões ao arquiteto Souto Moura. Em declarações ao JN, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, confirmou que “não foi possível chegar a acordo já que a Assoc pedia dez milhões sem justificar esse valor” e, portanto, “o tribunal terá que chegar a um valor, não por estimativa, mas com dados confirmados”. Em sentença confirmada pela segunda instância, o Tribunal Ad-

ministrativo de Braga condenou a Câmara a pagar um valor não quantificado à Assoc (Soares da Costa, Grupo Rodrigues e Névoa, Casais, DTS, ABB e duas empresas que ficaram insolventes – Eusébios e J. Gomes), por prolongamento de custos de estaleiro para terminar a obra em finais de 2003. Em 2018, a Câmara tinha já sido condenada a liquidar quatro milhões ao mesmo consórcio – no caso, por horas extraordinárias na execução da obra do estádio -, tendo recorrido para o Supremo Tribunal de Justiça em 2019. São 4,9 milhões de euros a pagar pela Câmara ao consórcio formado entre as empresas Souto Moura – Arquitetos, Lda e Associados – Projetos de Engenharia, SA, que fez, em 2000, o projeto do novo estádio da cidade para o Euro 2004. •

Porto

Marcha do Orgulho LGBT assinalou 15 anos de existência “Mudou muita coisa, felizmente mudou muito no plano legal, no que tem a ver com a comunidade LGBT, mas não quer dizer que esteja tudo resolvido, há ainda muita coisa para mudar e há principalmente a necessidade de uma enorme vigilância, tendo em conta os focos de nacionalismo absurdo que vão aparecendo”, afirmou, em declarações à agência Lusa, João Paulo, um dos criadores da Marcha LGBT do Porto. O ativista sublinhou que “se hoje um individuo LGBT for agredido tem uma lei que o protege, tem a obrigação policial para o ouvir e encaminhar no sentido certo, coisa que quando eu tinha 16 anos não acontecia”. Congratulou-se com o facto de “existirem cada vez mais polícias formados e atentos a este tipo de violência e a outros tipos de violência, como a doméstica, por exemplo”, mas alertou para o facto de “muita coisa poder voltar atrás. Tudo pode mudar de um dia para o outro”. João Paulo, que hoje marcou presença na iniciativa, mas já fora da organização, recordou ainda que “a marcha começou muito catalisada pelo que aconteceu a Gisberta Salce Júnior”, a transexual que foi assassinada em 2006 por um

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Portugal e o mundo

grupo de jovens, no Porto. Em declarações à Lusa, Patrícia Martins, da organização, recordou que “a marcha começou com 300 pessoas, há 15 anos, e em 2019 teve a participação de sete mil”, transformando-se, assim, “na manifestação com maior númeno de pessoas no espaço público no Porto”. “Este ano queremos assinalar os 15 anos de marcha, porque para nós o aumento da participação significa as lutas, as vitórias e as conquistas alcançadas”, frisou. Neste contexto de pandemia “foi necessário adaptar todas as comemorações que estavam previstas” mas “não quisemos deixar de ocupar o espaço público e decidimos, a par das iniciativas que decorrem ‘online’, convocar as pessoas que fazem parte da organização dos diversos coletivos e associações para fazermos este percurso simbólico” entre a Praça da República e a Avenida dos Aliados, acrescentou. O desfile foi também transmitido em direto nas redes sociais, para que todos pudessem participar. Neste percurso foram colocadas diversas referências à história da Marcha do Orgulho como cartazes, faixas, fotografias e outros elementos artísticos. • © Reuters

Quarta-feira China minimiza perigo de nova pandemia Em sete anos os cientistas recolheram 30.000 amostras em porcos. •

Quinta-feira

Misericórdias criticam mensagens Santas Casas da Misericórdia falam em contradições durante a pandemia. •

Sexta-feira

Pena de prisão para quatro ativistas Dos 11 ativistas e defensores dos direitos humanos, quatro foram condenados. •

Sábado

Menos férias, mais professores Será assim o próximo ano letivo. Reforço dos recursos humanos tido em conta. •

Domingo

Abertura dos bares no Reino Unido Ruas inundadas de gente. Ainda assim a afluência foi considerada “normal”. •

Segunda-feira

Monumentos e museus perderam visitas Por cada mês fechados são menos dois milhões de euros em bilhetes. •

Terça-feira

Gelo nos Alpes está a ficar cor de rosa Devido à presença de uma alga que também se encontra em zonas da Gronelândia. •


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OPINIÃO

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Opinião de Carlos Guimarães

A ECOLOGIA DA VAIDADE Portugal está mais pobre e mais triste, mas a sociedade em geral enriqueceu muito. Desde sempre que somos sobejamente entendidos em economia, futebol, direito, saúde, arquitetura e engenharia, mas entretanto emergiram do nada uma miríade de infecciologistas, epidemiologistas e virologistas, uma geração de notáveis mestres do

bitaite proprietários de opiniões incontestáveis no apogeu da liberdade de expressão. No lume de todas estas mentes brilhantes vai aquecendo uma estirpe radiante de ecologistas verdadeiramente preocupada com a emergência climática e as emissões de dióxido de carbono. Estou a falar dos proprietários de carros a pilhas, aqueles que

Opinião de Vânia Dias da Silva

VÃO-SE OS DEDOS, FICAM-SE OS ANÉIS Não caro leitor, não me enganei. Não troquei o velhinho ditado. Ou melhor, troquei. Mas fi-lo intencionalmente. E fi-lo porque é exactamente o que está a acontecer em Portugal – os dedos das mãos já só estão presos por peles murchas, mas os anéis – ah! os

nossos preciosos anéis – esses, mantêm-se cá, mesmo que já não cintilem. Talvez venham a servir para os dedos dos pés, quando, sem dedos das mãos, não tivermos já também sapatos e, assim, pudermos, ao menos, embelezar os dedos dos pés, curtidos e

são mais caros que os outros, não fazem barulho e nascem sem cano de escape. 90% dos carros elétricos são adquiridos por empresas que aproveitam as benesses financeiras do estado, uma prenda vedada aos contribuintes individuais. No embrulho da oferta às empresas sobressai a possibilidade de dedução do IVA (23%), um “desconto” que não é de deitar fora. No fundo o dono da pastelaria compra o carro 23% mais barato que o pasteleiro, um bom exemplo da injustiça social. O tema ainda é mais pernicioso quando a vaidade suplanta todos os princípios ecológicos. O conceito de mobilidade elétrica deve ajustar-se a deslocações urbanas e peri urbanas uma vez que a autonomia da baterias não se compadece com grandes deslocações. Assim sendo, esta classe de ecologistas deveria apostar nos veículos minimalistas de dimensão utilitária, mas o que constatamos é o oposto disso. Os ecologistas da vaidade compram para as suas empresas carrões de vista larga que custam uma pipa de massa, revestidos interiormente de plasmas e tablets que oferecem informação desnecessária mas exibem uma pinta dos diabos. São veículos de linhas exteriores elegantes que ao passar levam os olhinhos de quem não os

pode comprar. Nada me move contra os empresários criadores de riqueza (admiro muitos deles), nem tenho nada contra os vaidosos, mas incomoda-me saber que muitos desses veículos são adquiridos por empresas aderentes ao regime Layoff e a outras ajudas de pacotes financeiros da era pandémica que elevam a dívida pública do pais. As bicicletas e as ciclovias perdem cada vez mais terreno para os Tesla, Jaguar I-Pace ou Porsche Taycan que elevam o ego dos ecologistas da vaidade. O sucesso deste último modelo (no catálogo) tem sido tão grande em tempos de pandemia que a Porsche não consegue cumprir com as encomendas dentro dos prazos desejados. Até posso fazer um esforço para compreender a dedução do IVA para veículos de preço moderado, mas quando o carro a pilhas custa entre 100 e 200 mil euros, deixo de entender. Não entendo as razões que levam o Estado a abrir mão de milhões de euros para satisfazer os tiques snobs de tanta gente. Aqui não há lugar à consciência de purificação do meio ambiente nem à mais básica preocupação ecológica, trata-se de vaidade, pura vaidade e o Estado comparticipa. Quem está a ler e não está a gostar pode ficar descansado

doridos, mas ainda lá, adornados. Escrevo, obviamente, sobre a TAP. Mas mais do que isso – sobre a TAP e o paradoxo dos milhões enterrados naquilo que tem sucedâneo fácil (e viável), contra a carestia de milhares naquilo que realmente faz falta (e muita!) aos portugueses. Fui, durante anos, defensora indefectível da TAP. E, por saudosismo e uma ponta de orgulho, – confesso – titubeei muitas vezes na solução. Mas chega um momento em que temos de ser racionais e perceber que já tudo foi tentado e, infelizmente, malogrado. E, por isso, este era o momento. Só que não. Persistimos no erro, que vamos pagar todos muito caro. Analisemos os dados essenciais da equação (tirando os postos de trabalho que são fundamentais, sim, mas que não são mais fundamentais do que os postos de trabalho da “Ana” e do “Bernardo” da têxtil “Todos Queremos Ser TAP, Lda.” que ninguém vem a correr salvar). A TAP enquanto companhia de bandeira e símbolo nacional: fazia sentido, sim. Fazia sentido quando a aviação civil era ainda bastante insípida e Portugal, num cantinho, precisava de se ligar ao mundo e, sobretudo, de enlaçar os seus emigrantes. Mas hoje não faz. Hoje, há companhias aéreas para todos os gostos e feitios,

que voam desde os quatro cantos do mundo para Portugal e que, de resto, os nossos emigrantes usam indistintamente, conforme o preço e o horário, pelo que este é um argumento que já não colhe. A TAP enquanto catalisador de um sector estratégico para Portugal: o turismo. Verdade. A pandemia mostrou-o à saciedade. Mas é a TAP a responsável pelo nosso crescimento turístico? Todos sabemos bem que não. Contribuiu, sem dúvida. Mas está longe de ser, isolada, o seu maior motor. Logo, também este fundamente fenece. Pois é, objectam os nossos ilustrados governantes, “mas e se as companhias aéreas que voam para Portugal deixarem de o fazer? O Estado tem de poder intervir.”. Tem e pode. Doutra maneira. Financiando linhas aéreas estratégicas, incentivando rotas, fazendo acordos comerciais. Há toda uma panóplia de instrumentos que servem o propósito sem nos empurrar para o abismo escuro de um saco sem fundo. Enquanto isto, os doentes não COVID não têm consultas (o meu Centro de Saúde – da Amorosa – adiou “sine die” uma consulta de Maio que demorei meses a arranjar…), não são operados, são maltratados, e sucumbem à mercê de um orgulho bacoco ou, pior, de uma “controlite” perigosa

porque a inveja não é coisa que me alimente. Sejam felizes dentro e fora do carro a pilhas, mas não me venham dizer que são ecologistas. Cultivem a vossa vaidade e não deixem de ser espertos, ao que parece o Estado gosta de ser comido em molho de cebolada (ou talvez não!). •

Os ecologistas da vaidade compram para as suas empresas carrões de vista larga que custam uma pipa de massa, revestidos interiormente de plasmas e tablets que oferecem informação desnecessária mas exibem uma pinta dos diabos de que nem quero imaginar o fim… Fica a pergunta – não eram melhor empregados os milhões na frágil e doente saúde dos portugueses? Ninguém de sã consciência consegue responder que não. Muito embora o maior partido da oposição esteja, tragicamente, entretido a acabar com os debates quinzenais porque, pasme-se, quer trabalhar… •

Escrevo, obviamente, sobre a TAP. Mas mais do que isso – sobre a TAP e o paradoxo dos milhões enterrados naquilo que tem sucedâneo fácil (e viável), contra a carestia de milhares naquilo que realmente faz falta (e muita!) aos portugueses


CLASSIFICADOS

O JORNAL N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

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ESPECIALIDADES

Medicina Dentária Geral Implantologia Oral Reabilitação Oral Fixa e Removível Cirurgia Oral Ortodontia Branqueamento com Leds *Vários acordos com seguradoras

Dra Catarina Roriz Mendes

CENTRO MÉDICO E DENTÁRIO CSI Rua Arquitecto Marques da Silva 246 R/C 4800-882 São Torcato - Guimarães

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"Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: Hoje realizei um gesto de amor pelos outros" Papa Francisco

Largo da República do Brasil 44, Loja 7, R/C 4810-446 Guimarães

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RIGOR, INDEPENDÊNCIA E PLURALIDADE


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VITÓRIA SC

N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

Meter a terceira na receção ao Gil para continuar na rota da Europa

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AMI 15114

Encurtadas distâncias para a concorrência, o Vitória entrará em campo na receção ao Gil já conhecedor dos resultados de Rio Ave e Famalicão. © Liga Portugal

A dois pontos do Famalicão, conjunto que ocupa a última vaga de acesso à Liga Europa e a um do Rio Ave, atual sexto classificado, vencer é palavra de ordem no Castelo liderado por Ivo Vieira. Os triunfos consecutivos diante Setúbal e Portimonense deixaram a equipa mais perto do objetivo traçado no início da temporada e, para a receção ao Gil Vicente, que apresenta uma pontuação considerável para atingir a permanência, só a totalidade dos pontos interessa na caminhada que se pretende que termine nas rotas das competições europeias. Com 12 pontos ainda em disputa, o Vitória entrará em campo já conhecedor dos resultados do Rio Ave, que recebe o aflito Portimonense e do Famalicão, que recebe o Benfica. Os algarvios jogam uma cartada importante e qualquer resultado que não seja a vitória poderá complicar as contas da manutenção. Já os encarnados, com atraso na luta pelo título, também não podem dar-se ao luxo de escorregar. Um resultado que não seja o triunfo poderá significar o adeus na luta pelo

Bruno Duarte apontou golo para a Europa Um golo de Bruno Duarte, já na segunda parte, foi suficiente para o Vitória derrotar o Portimonense e aproximar-se na luta pelos lugares de acesso à Liga Europa. Os vitorianos estão agora a dois pontos do Famalicão, quinto classificado. Ouattara foi a principal novidade no onze de Ivo Vieira e o remate mais perigoso e direcionado à baliza na primeira parte pertenceu ao jogador burquinês, em Guimarães por empréstimo do Lille. No entanto, as melhores oportunidades nos primeiros 45 minutos foram dos algarvios. Lucas Fernandes, num momento de inspiração, atirou uma bomba ao poste. Minutos mais tarde, o mesmo Lucas Fernandes obrigou Douglas a uma defesa difícil e incompleta. Na sequência do pontapé de canto, Vaz Tê causou calafrios.

estatuto de campeão nacional. Já a vitória em Famalicão permitirá ao Benfica manter acesa a luz desse objetivo, embora na jornada seguinte receba precisamente os comandados de Ivo Vieira, em jogo cuja margem de erro para as duas equipas é praticamente nula. Na 32ªjornada, o Rio Ave visita o Marítimo e o Famalicão deslocase até ao estádio do Bonfim para encarar o aflito Setúbal. Na penúltima jornada, os três candidatos à Liga Europa jogam nos seus redutos e, uma vez mais, o Vitória jogará já conhecedor dos resultados dos seus adversários. O Santa Clara joga em Vila de Conde e o Boavista visita o Famalicão. No adeus ao D.Afonso Henriques na temporada 2019/2020, o Vitória recebe o Marítimo. Na última jornada, a que se perspetiva decisiva, os vitorianos visitam o Santa Clara, em partida que terá como palco o estádio Cidade do Futebol, em Lisboa. Os vilacondenses têm uma curta viagem até ao estádio do Bessa. O Famalicão deslocase à Madeira para defrontar o Marítimo. •

CALENDÁRIO DOS CANDIDATOS

Jornada 31

Rio Ave - Portimonense Famalicão - Benfica Vitória SC - Gil Vicente

Jornada 32

Marítimo - Rio Ave Setúbal - Famalicão Benfica - Vitória SC

Jornada 33

Rio Ave - Santa Clara Famalicão - Boavista Vitória SC - Marítimo

Jornada 34

Santa Clara - Vitória SC Boavista - Rio Ave Marítimo - Famalicão

I Liga

Classificação Famalicão Rio Ave Vitória SC

30 13 9 30 13 8 30 12 10

8 48 9 47 8 46

Noha Holm com cláusula de 50 milhões © Direitos Reservados

Perante um oponente que se apresentou em campo com uma sequência de cinco jogos sem perder, os algarvios entraram no segundo tempo com ligeiro ascendente. Contudo, insatisfeito com o rendimento, Ivo Vieira lançou Bruno Duarte e Poha. O ponta de lança brasileiro precisou apenas de quatro minutos para fazer a diferença, correspondendo com eficácia ao cruzamento de Sacko. •

O ponta de lança Noah Holm, de 19 anos, internacional pelas camadas jovens da Noruega, é reforço do Vitória para as próximas quatro temporadas. O avançado chega a custo zero dos alemães do Leipzig e fica blindado com uma cláusula de rescisão de 50 milhões de euros. Apesar da sua juventude, o jovem norueguês deverá ser integrado na equipa principal. O guarda-redes Miguel Silva já se despediu dos companheiros e nas próximas horas vai acertar contrato com os cipriotas do Apoel. O jogador sai a custo zero, mas a SAD liderada por Miguel Pinto Lisboa fica detentora de uma percentagem considerável do seu passe, podendo tirar dividendos financeiros numa eventual transferência. O médio Lucas Evangelista, que estava em Guimarães por em-

© VSC

préstimo do Nantes, já regressou ao clube francês. Após acordo com o jogador e com o Nantes, os responsáveis vitorianos optaram por libertar Lucas Evangelista do

contrato que era válido até final da presente época desportiva. A SAD vitoriana tinha opção de compra do seu passe, mas decidiu não exercer esse direito. •


FUTEBOL

O JORNAL N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

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Moreirense travou Sporting e garantiu a manutenção Com 12 pontos de vantagem sobre o Portimonense, o confronto direto com o conjunto algarvio permitiu festejar o objetivo traçado no início da época.

Iago Santos sai

O Moreirense empatou a zero com o Sporting e garantiu a permanência na Liga. Com quatro jornadas por disputar, a equipa liderada por Ricardo Soares dispõe de uma vantagem de 12 pontos para o Portimonense, a primeira equipa em zona de descida. No entanto, o conjunto vimaranense leva vantagem no confronto direto. Diante um adversário em ascensão no campeonato e que se apresentou no Comendador Joaquim de Almeida Freitas moralizado por quatro vitórias consecutivas, a equipa vimaranense em nada foi inferior ao conjunto

leonino. A primeira parte foi pautada pelo equilíbrio e, pela produção apresentada pelos dois conjuntos, a igualdade foi um retrato perfeito do que se passou nos primeiros 45 minutos. E, nem a expulsão de Halliche, nos minutos iniciais do segundo tempo, foram um entrave à estratégia definida. É certo que o Sporting cresceu com a superioridade numérica, mas o Moreirense soube sofrer nas alturas certas e conseguiu com enorme sucesso tapar todos os caminhos da sua baliza. Sem descurar o ataque, a defesa leonina também foi obrigada a cuidados redobrados.

Campeonato de Portugal

Pevidém contratou defesa e avançado © Direitos Reservados

O defesa Sérgio Duarte, de 27 anos, ex Merelinense e o extremo Diogo Lopes, de 23 anos, ex Pedras Salgadas, são reforços do Pevidém. No regresso do clube às competições nacionais, a direção liderada por Rui Machado já tinha chegado a acordo com Tiago Francisco, ex Berço e Tiago Ro-

naldo, ex Trofense. Na sua página oficial do Facebook, oficializou as renovações dos guarda-redes André Preto, João Lobo e Rafa e dos defesas João André e Emanuel. João Pedro Coelho, responsável pela subida dos “cavaleiros” ao Campeonato de Portugal. •

Ricardo Soares, treinador do Moreirense, foi objetivo na análise ao jogo. “Fizemos uma excelente primeira parte, tivemos as melhores oportunidades e anulámos o Sporting, que vinha extremamente motivado pelos resultados e exibições que vinha fazendo. Na segunda parte, após a expulsão justa do Halliche, tivemos de nos reajustar. Não fomos muito ofensivos, mais por mérito do Sporting do que por demérito nosso, mas trabalhámos muito e estivemos organizados. O empate ajusta-se porque o Sporting não teve qualquer oportunidade de golo. A manutenção era o principal objetivo. Quando me contrataram foi o que me pediram. A equipa tem mostrado consistência e um trabalho de qualidade, mas queremos mais. Faltam quatro jornadas e desejamos somar ainda mais pontos. Vamos lutar sempre para ganhar. A equipa do Moreirense está sólida e pode entrar em cada jogo com o intuito de conquistar pontos”, prometeu. •

MOREIRENSE

SPORTING CP

0 0

Comendador Joaquim de Almeida Freitas Tiago Martins segunda 07 julho

Pasinato Halliche

Rosic

Mané

A. Soares

Abdu

J. Aurélio

F. Soares Bilel

F. Abreu

Gabrielzinho

Sporar Jovane

Plata

Matheus Acuña

Battaglia

Ristovski Acuña Coates L. Neto Max

Campeonato de Portugal

Futebol Feminino

O Berço Sport Clube, equipa vimaranense que vai voltar a disputar o Campeonato de Portugal (3.ª escalão do futebol português), terá como base o parque de jogos Dr. João Afonso de Almeida, na vila de Ponte, mas face à necessidade de treinar em relva natural, a direção liderada por Joaquim Martins irá formalizar um protocolo com o Clube Caçadores das Taipas. Os jogos oficiais, à semelhança do que se verificou na época passada, serão realizados na Pista Gémeos Castro. O arranque da pré-temporada continua pendente das datas que a Federação Portuguesa de Futebol vai anunciar, mas é pretensão dos dirigentes dar o pontapé de saída para a temporada 2020/2021 no final do presente mês. •

A taipense Vanessa Marques, que nas últimas quatro temporadas representou a equipa sénior feminina do Sp. Braga, tendo conquistado um Campeonato, uma Supertaça e ter ajudado o conjunto arsenalista a disputar a Liga dos Campeões, assinou contrato com os húngaros do Ferencváros. A internacional portuguesa, através das redes sociais,

Relvado do Montinho em equação

O central brasileiro Iago Santos já não foi opção de Ricardo Soares no encontro com o Sporting. O defesa, que estava em final de contrato com o clube de Moreira de Cónegos, vai representar os sauditas do Al Taawon, liderados por Vítor Campelos, treinador vimaranense que iniciou a época no Moreirense. Apesar de Vítor Campelos estar em final de contrato, o Al Taawon continua atento ao mercado português. Depois das apostas em Nildo Petrolina, Heldon e no central Ricardo Machado, este último em final de contrato, Iago Santos é aposta. Entretanto, o lateral João Aurélio é um dos elementos que o presidente Vítor Magalhães pretende garantir para 2020/2021. Jogador apreciado pela massa associativa, vários adeptos pediram, através de uma publicação do capitão nas redes sociais, a sua continuidade. Pendente continua o caso de Bilel, também ele em final de contrato, mas com propostas para regressar a França. O uruguaio Texeira é um dos elementos que deixará Moreira de Cónegos no final da temporada. O brasileiro Luiz Henrique será para emprestar. •

Vanessa Marques muda-se para o campeonato húngaro © Direitos Reservados

© Liga Portugal

Ricardo Soares promete equipa ambiciosa

não escondeu a emoção. “Estou feliz em anunciar o meu novo clube. Tenho que agradecer aos meus agentes Dietmar, Cacau e David Marozsán, pois sem eles isso não teria sido possível. E claro, um agradecimento especial às pessoas mais importantes da minha vida: a minha família! O meu sonho começa agora”; revelou. •


FUTEBOL

N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

1.ª Divisão

Pró-Nacional

Tabuadelo terá bancada para festejar os 50 anos © Direitos Reservados

tar 50 anos e foi uma excelente prenda de aniversário”, acrescentou. Fruto da pandemia, o clube ainda não teve oportunidade para festejar as bodas de ouro. No entanto, a esperança permanece. “Tínhamos várias iniciativas pensadas, mas a pandemia fez parar tudo. Temos a esperança de poder fazer uma festa digna da data que celebramos até final do ano”, perspetivou o respnsável máximo do clube.

Aposta na formação

O complexo Desportivo do Águias Negras de Tabuadelo terá nova imagem na próxima temporada desportiva. O clube, que ainda está a celebrar o 50º aniversário, já avançou para a construção de uma bancada coberta. “Iniciamos esta semana as obras para dotar o campo com uma bancada coberta, pois é importante para dar maior comodidade aos nossos sócios e aos adeptos que nos visitam”, explicou o presidente Joaquim Jorge Pinto. “É uma obra que teve o apoio da Câmara Municipal de Guimarães. Estamos a comple-

Desportivamente, o projeto do clube continuará fiel às ideias traçadas no passado. “Nunca pensamos em subidas, até porque não pagamos a ninguém. Toda a estrutura está no Tabuadelo por carolice. Vamos continuar a apostar na formação e vários juniores farão parte da equipa principal. A nossa ambição é dar oportunidades aos jovens e nunca entrar em loucuras. O nosso projeto é dar oportunidades aos jovens”, justificou Joaquim Jorge Pinto. Com todos os escalões nas camadas jovens, o dirigente elogiou o trabalho do coordenador. “Apesar de o espaço ser reduzido, temos conseguido fazer um excelente trabalho. O Bruno Silva tem sido espetacular nesse sentido”, lembrou.

Pró-Nacional

© Direitos Reservados

Da Liga dos Campeões para o Serzedelo

Ivo Roque satisfeito com a chegada de Rui Macedo © Direitos Reservados

Equipa feminina com quatro novidades No que diz respeito à equipa feminina, que irá disputar a 3.ª divisão nacional, fruto da reestruturação levada a cabo pela Federação Portuguesa de Futebol, a direção chegou a acordo com Rita Freitas, Paula Beatriz, Rita Afonso, Paula Ferreira, Teka e Cláudia Freitas. Bruno Silva, que permanece no comando técnico, está agradado com o trabalho que tem sido feito. “Dentro das dificuldades inerentes a um clube de menor dimensão, nomeadamente no que diz respeito a contratar jogadoras de fora, temos dado privilégio à formação do clube e às jovens da terra. O objetivo será manter a base e estamos a conseguir”, explicou o treinador. O projeto tem melhorado todas as épocas e Bruno Silva não esconde a satisfação. “De ano para ano temos melhorado. Melhoramos a classificação, sofremos menos golos e marcamos mais. Foi uma época muito positiva e queremos continuar a crescer”. Um crescimento também visível no apoio. “A massa adepta tem acompanhado. No último jogo em casa, com o Vila Real, tivemos mesmo muita gente”, recordou. •

O extremo Rui Macedo, ex Fafe, é reforço do Torcatense. “É um jogador que conheço muito bem.

Tenho acompanhado o seu trajeto e fez sempre épocas muito produtivas. Em Fafe jogou pouco, mas o Torcatense é uma boa oportunidade para mostrar todo o seu valor e potencial. É um elemento que vai ajudar muito, quer na qualidade de jogo para o coletivo, quer com golos”, assumiu o treinador Ivo Roque. O grupo de trabalho ainda aguarda pela chegada de mais elementos. “O plantel não está fechado. Há possibilidades de entrar mais dois jogadores. Mas têm de ser mais-valias”, concluiu. Os guarda-redes Parauta (ex Ponte) e Flávio (ex Ases), o defesa Bebé (ex Taipas) e os avançados Ricardo (ex Urgeses) e Joaquim (ex Ponte), já tinham sido assegurados pela direção liderada por Carlos Fernandes. Os juniores Marco, Pedro, Rui, Bártolo, Martins e Fábio vão fazer a pré-temporada. •

Pró-Nacional

Sócios convocados para Assembleia-Geral Ordinária Os sócios do Clube Desportivo de Ponte estão convocados para uma Assembleia- Geral Ordinária, no próximo dia 25, em reunião que decorrerá pelas 09h30, no Parque Desportivo Dr. João Afonso Almeida. Entre os vários pontos que estarão à consideração, os sócios irão apreciar, discutir e votar as

atividades do clube e as contas da Direção, com parecer do Conselho Fiscal, relativos à época 2019/2020. Será ainda apresentado e votado o plano de atividades e o orçamento do clube para a temporada 2020/2021. O uso de máscara será obrigatório, bem como o distanciamento entre associados. •

Pró-Nacional

Jovem central assina pelo clube termal

Campeonato de Portugal

Brito sobe aos nacionais © Direitos Reservados

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Pedro Ribeiro é reforço do Taipas para a temporada 2020/2021. O jovem defesa central, de 21 anos, que já passou pelo Berço, passa a integrar o lote de opções do treinador Rui Castro para a nova época desportiva. O jogador já tinha sido anunciado em Porto D´Ave, mas face ao entendimento alcançado, Pedro Ribeiro muda-se para a vila termal. • © Direitos Reservados

O defesa William Soares é reforço de peso do Serzedelo, que voltará a disputar o Pró-Nacional da Associação de Futebol de Braga. Com uma carreira modesta em Portugal, contando passagens pela Académica, Sp.Braga, Fátima e Gil Vicente, o experiente jogador brasileiro, de 35 anos, ganhou notoriedade ao serviço dos israelitas do Hapoel Beer Sheva. Conquistou dois títulos e teve a oportunidade de disputar

jogos da Liga dos Campeões e da Liga Europa. Um rendimento que acabaria por despertar o interesse do Standard de Liége, embora a passagem pelo clube belga tenha sido curta. André Buraco, ex Taipas, Peitaça, ex Vieira, Ricardo Sousa, ex Celoricense e Jussane, ex Pedras Salgadas, são os outros reforços à disposição de Fernando Fontão. Rui Pedro, Hugo, André Neto, Salgado e o capitão Zé Luís. •

O Brito Sport Clube é o mais recente participante de Guimarães no Campeonato de Portugal. “É um dia de felicidade e que premeia o trabalho que foi feito pela direção, sócios, equipa técnica e jogadores: Andamos sempre nos lugares cimeiros e esta promoção é um prémio justo e merecido”, disse José Dias, presidente da Mesa da Assembleia-geral.

O clube continua sem direção, mas o dirigente está convicto que brevemente o problema será solucionado. “Estamos em contatos e acredito que a solução irá aparecer brevemente”, perspetivou. No que diz respeito ao plantel, Rui Gomes (ex Vilaverdense), Gusmão (ex Taipas) e Ricardo Cardoso (ex Pedras Rubras), são reforços já assegurados •


+ DESPORTO

O JORNAL N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020 Futebol Popular

São Cristovão sonha e vai lutar para ter um sintético

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Hóquei em patins

CART com nova imagem até ao próximo mês © Direitos Reservados

© Direitos Reservados

reformular os balneários. A Câmara Municipal, segundo a Junta de Freguesia, irá ajudar financeiramente”, adiantou.

Clube pondera dar o salto

O presidente Rui Machado tem um sonho e promete batalhar e trabalhar para o conseguir. O jovem dirigente, de 39 anos, eleito no passado mês pelos sócios do Grupo Desportivo de São Cristovão para um mandato de três anos, pretende que o clube seja contemplado com um apoio financeiro para a colocação de um sintético. Uma obra que o responsável máximo entende ser crucial para o clube e para a freguesia. “Dotar o campo de jogos com um sintético é o grande objetivo do meu mandato e vou direcionar o foco para isso. Quase todos os clubes de Guimarães já têm sintético e o nosso clube

e freguesia merecem. Estamos inseridos num local bonito e bastante agradável e ter um campo de relva sintética ajudaria a dar vida ao clube e à freguesia. Aliás, até poderia ser um espaço de apoio a outros clubes, como o Pevidém, Serzedelo ou o Vitória, entre outros. E poderíamos apostar na formação. Os pais preferem colocar os filhos em clubes com sintético. Por isso, com essa obra, os jovens de cá não precisariam de fazer muitos quilómetros para jogarem futebol”, justificou Rui Machado Entretanto, o clube vai proceder a algumas melhorias. “Estamos à espera de orçamentos para

No plano desportivo, o Grupo Desportivo de São Cristovão poderá ser o novo representante de Guimarães nos campeonatos organizados pela Associação de Futebol de Braga. A novidade é avançada pelo responsável máximo. “Há uma forte possibilidade de nos inscrevermos nos distritais. Nos próximos dias vamos reunir com os jogadores sobre essa possibilidade. Quando os contactei e contratei, o acordo era para jogarem nas provas do popular. Mas, como surgiram apoios para uma participação nos distritais, é nosso dever dar uma palavra aos jogadores”, explicou Rui Machado. “Acredito que os jogadores vão recetivos ao nosso pedido”, acrescentou. Leandro Faria permanece no comando técnico e as metas desportivas já foram traçadas. “É um treinador que sabe estar e que dá garantias de fazermos um bom trabalho. Se ficarmos no popular, queremos o título. No distrital, como não se desce, vamos querer estar também nos lugares de cima”, assumiu. •

O CART, da vila das Taipas, terá um novo piso para as modalidades de hóquei em patins e patinagem. A novidade foi avançada por Ricardo Mota, presidente do clube taipense. “Era uma necessidade urgente. Estava muito deteriorado, mas a Câmara Municipal foi sensível ao problema e ajudou-nos financeiramente com 55 mil euros, cujo valor será

pago em dois anos. É uma obra que nos permitirá dar as melhores condições à nossa juventude, porque o anterior piso era muito propício a lesões. Até início de agosto, estou convicto que voltaremos ao nosso pavilhão”, perspetivou o dirigente. Até ao próximo mês o clube utilizará o rinque de Balazar para a prática de alguns treinos. •

Futsal

Candoso contrata dois internacionais © Direitos Reservados

Ténis

João Sousa e Francisca Jorge derrotados João Sousa saiu derrotado na final do segundo torneio do Circuito Sénior da Federação Portuguesa de Ténis, perdendo com Frederico Silva, por 6-3 e 6-4, em jogo disputado no Lisboa Racket Centre. “Faltou nível, intensidade, atitude, faltou muita coisa. O Frederico esteve muito bem com muita boa atitude, tudo aquilo que eu não tive”, assumiu o número um português e 66º do ranking mundial. Após um longo período de ausência, devido à pandemia do Covid-19, o tenista vimaranense procura recuperar a forma física, dado que o ATP Tour está de regresso a 14 de agosto, em Washington, nos Estados Unidos. Na final feminina e depois de ter conquistado o Open de Oeiras e o primeiro torneio do Circuito Sénior, a vimaranense Francisca Jorge perdeu diante Inês Murta, por 6-1 e 6-3. “Não foi o que eu desejava, ou o que eu esperava. Mas a Inês esteve muito bem, jogou melhor

© Direitos Reservados

do que na semana passada e eu não aceitei que ela pudesse estar mais tranquila neste jogo, porque tinha perdido a final anterior e sabia ao que vinha. Ela conseguiu

entrar logo no jogo, enquanto eu entrei bloqueada. No final já estava a conseguir encontrar o meu ténis, mas já fui tarde”, assumiu a tricampeã nacional absoluta. •

Amílcar Gomes, ex Sp. Braga e o brasileiro Thales Feitosa, proveniente dos sérvios do Estrela Vermelha, são reforços da equipa sénior masculina do Candoso para a próxima temporada. Amílcar Gomes é internacional português em dez ocasiões. O ala, conhecido pelos seus dotes técnicos e refinados, como é descrito pelos responsáveis diretivos do Candoso, é um elemento com provas dadas na modalidade e com vasta experiência internacional, tendo

passado por Itália, Hungria e Catar. Thales Feitosa, que no seu currículo contabiliza 19 internacionalizações pela seleção da Geórgia, é um nome de referência na modalidade, com carreira feita no Brasil, Cazaquistão, Rússia e Sérvia. Entre os vários títulos conquistados, destacam-se dois bicampeonatos catarinenses, no Brasil, um título de campeão na Sérvia e duas vezes o melhor marcador da liga Sérvia, em 2017/2018 e 2019/2020. •


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ARTES E ESPETÁCULOS

N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

Tó Trips e Rodrigo Areias juntos em “Surdina”

Programação regular está de volta ao CLAV para a segunda temporada de 2020 © Direitos Reservados

O jardim do CCVF recebe a exibição do filme gravado totalmente em Guimarãe já no dia 10 de julho, pelas 21h45. © Direitos Reservados

Surdina é uma história sobre a delicadeza de se ser velho, do que resta ainda para sonhar e para amar. Totalmente rodado em Guimarães, o filme foi escrito por Valter Hugo Mãe, e realizado por Rodrigo Areias, aproveitando a feliz coincidência de o escritor e o realizador serem ambos de origem vimaranense. Depois da antestreia nacional no início de junho, no Cinema Trindade, o jardim do CCVF recebe a exibição do filme, no dia 10 de julho, às 21h45. A exibição do filme será acompanhada pela interpretação ao vivo da música de Tó Trips, responsável pela banda sonora do filme. Tango Surdina é o tema de avanço do novo trabalho de Tó Trips (Dead Combo), para a banda sonora deste filme. O filme Surdina é uma produção Bando à Parte, e estreia nos cinemas a 09 de julho. • Rui Dias

Sons da distância: o ruído da pandemia Durante o período de confinamento, na sequência da pandemia COVID-19, experimentamos sensações novas a diversos níveis. A paragem da grande maioria da atividades quotidianas expôs-nos a uma atmosfera sonora diferente. Mais silenciosa do que o habitual, distante dos ruídos da rotina de trânsito e movimento das cidades, esta nova paisagem acústica trouxe para o primeiro plano do ouvido sons a que habitualmente somos menos sensíveis. Alguns destes sons eram-nos completamente desconhecidos, outros não os escutávamos havia anos. Ao longo de várias semanas, o mundo à nossa volta reverberou uma espécie de ecos da distância. Numa iniciativa livre, o projeto AUDIRE , do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, convidou outros ouvidos a escutar os efeitos acústicos da quarentena de contenção da COVID-19. Os registos evidenciam um certo consenso sonoro em torno dos sons das paisagens naturais, do eco das cidades vazias e da percussão dos ambientes domésticos. O projeto AUDIRE combina investigação fundamental, investigação aplicada e intervenção social. O AUDIRE visa contribuir para o

© Direitos Reservados

Estão de volta para o segundo semestre as CLAV LIVE SESSION, no Centro e Laboratório Artístico de Vermil. Sedeado numa pequena União de Freguesias do Concelho de Guimarães, este projeto foi pioneiro na programação regular em formato misto em Portugal ( com público e transmissão online). Para iniciar esta segunda temporada de 2020, o projeto escolhido foi os Unsafe Space Garden, que apresentam pela primeira vez em concerto o seu segundo disco “Guilty Measures”, concerto agendado para o dia 10 de julho pelas 21h30. Unsafe Space Garden nasce na Penha de Guimarães e cantam o musgo e o absurdo. O caminho

pelas Penhas do mundo faz-se sempre às gargalhadas: a arma neutralizadora de todos os males, o que não implica que de quando em vez não se deixem levar pelo nome. Nesta dicotomia subsiste a impressão digital das canções: bonecas russas que não sabem quando acabam, mas que reconhecem que precisam umas das outras. A conclusão é sempre que não existe nenhuma e é daí que Unsafe Space Garden se ergue, em todo o seu esplendor de vozes, cores, teatralidade, pungência e fragilidade. A grande novidade para a segunda temporada é a transmissão das CLAV LIVE SESSION, em várias plataformas. •

Investigadora da UMinho vence Prémio de Arqueologia Eduardo da Cunha Serrão

desenvolvimento dos estudos de som e simultaneamente propor a criação de modos inovadores de preservar a memória sonora. Na interseção destes propósitos, o plano de trabalho de AUDIRE está organizado em cinco objetivos principais: desenvolver uma teoria do som como suporte essencial à expressão humana e como fonte de conhecimento; compreender como as pessoas

reconhecem e valorizam ambientes acústicos; construir um repositório de conteúdos sonoros em acesso aberto; criar um museu virtual do som que possa contribuir para estimular a criatividade de artistas emergentes e ao mesmo tempo preservar uma espécie de herança sonora; e promover uma literacia do som baseada na apresentação de propostas de atividades pedagógicas. •

Foi atribuído, no passado dia 18 de junho, a Fernanda Magalhães, investigadora do Lab2PT, da Universidade do Minho, o Prémio de Arqueologia Eduardo da Cunha Serrão (6a edição), como resultado da sua Tese de Doutoramento intitulada “A domus romana no NO Peninsular. Arquitectura, construção e sociabilidades“. Este prémio é atribuído anualmente pela Associação dos Arqueólogos Portugueses e tem como objetivo homenagear a memória daquela personalidade e promover a investigação científica em Portugal entre as gerações mais jovens. O Laboratório de Paisagens, Patri-

mónio e Território (Lab2PT) é uma unidade de R&D da Universidade do Minho, avaliada como excelente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Esta unidade está focada nas ciências sociais e nas humanidades, integrando uma grande variedade de investigadores de diferentes áreas científicas (arqueologia, arquitectura e urbanismo, design geografia, geologia, história e artes visuais) convergindo no interesse comum pelo estudo do território, as suas paisagens e heranças, entendidas como a expressão material e cultural das sociedades ao longo do tempo. •


PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEIS

O JORNAL N249 QUARTA-FEIRA 08 JULHO 2020

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© Direitos Reservados

Farmácias de serviço Quarta-feira 08 de julho

Farmácia Paula Martins Rua Teixeira Pascoais - Tlf: 253 415 833

Portugal à mesa com

Quinta-feira 09 de julho

Farmácia Lobo

Mário Moreira

Avenida Londres - Tlf: 253 412 124 Sexta-feira 10 de julho

Farmácia Vitória (Creixomil) Guimarães Shopping- Tlf: 253 517 180

Este é um tempo dos Carangueijos

No largo do Cubo, em Lourosa, próximo da nacional nº 1, coabitavam várias famílias, com filhos de idades aproximadas, entre os 9 e 11 anos; a Carminda Berbigão, a Maria da “Belita”, o Eduardo “Chosca”, o Carlitos “Dininho, o Manel do “Grilo” e o Marinho da Srª Conceição. Na primeira semana de julho, 3 de nós estámos (ainda) de parabéns. A celebração contagiante da alegria e liberdade, tornavam-se conquistas de novos lugares e espaços, efusivamente festejada, repleta de memórias inapagáveis. Pegamos em baldes furados, martelados com pregos, vamos até ao rio à cata de peixe. Sabíamos como apanhar carangueijos com facilidade. Entramos no rio, calças arregaçadas até ao pescoço, um regalo ver os carangueijos a morder o isco, não queriam outra coisa, entravam de cabeça que nem ginjas. Tal a pescaria que ao chegarmos ao largo, se armava tamanha algarraza de fecidade e triunfo. O Sr. Botica pai da Carminha, felicitou-nos com uma “viagem” de bicicleta ao fim da tarde. Conheciamos aquela bike de outros desafios. A única que sabia as regras da estrada era a “crica” da nossa líder, a Carminda, membro da família dos “cricos”. Sempre os 6, não faziamos nada por menos, todos por um, um por todos. Apelidados no largo por “putos inquietos”. Felizes que

Sábado 11 de julho

Farmácia Hórus

Largo do Toural - Tlf: 253 517 144 Domingo 12 de julho

Farmácia do Parque

eramos. Pusemo-nos à estrada encavalitados na acostumada bicicleta, em desafio até à estrada, vender os carangueijos para comprar cavacas de feira. O medonho arvoredo e silvados de um lado e outro da estrada das alminhas, tapavam o sol, quase nos tocavam na cabeça. Bem ao ritmo, no meio da estrada, ao comer uma curva, aperece-nos de frente um camião da Shell, ia abastecer a “bomba do Edmundo” . Esta ação irreverente, obrigou-nos a fazer contra mão, atirou-nos ao imenso silvado. O Sr. motorista parou, pediu ajuda. Saímos uns crivos, pintados de esmagado de amoras, sem reoveito. Arranjamos uma corda, conseguimos resgatar a biccleta. A frente estava irreconhecível. Metemos a frente entre as pernas enquanto outros puxavam o guiador em sentido contrario, sem sucesso. Batemos na casa do Sr. “Zaquiel” o gragista, fomos insultados, com promessa de fazer queixa aos pais. No outro dia era feira. Os Berbigões guardavam no alpendre os pertences dos tendeiros. Escondemos aí a bicicleta. Fomos descobertos, castigados a trabalhar para o campo bem cedo. A festa de aniversário realizou-se sem prendas, não havia prendas, mas sempre com enormes lições de vida, a mais importante de todas, o sentimento inqueitante de liberdade, a alegria de viver.

R. Dr. Carlos Saraiva 46 - Tlf: 253 516 046 Segunda-feira 13 de julho

Farmácia Pereira

Alameda S. Dâmaso - Tlf: 253 412 950 Terça-feira 14 de julho

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Rua Paio Galvão - Tlf: 253 523 167 *Em regime de disponibilidade

Dê sangue! COLHEITA PERMANENTE

Todas as Terças-feiras das 14h30 às 19h00 Primeiro e terceiro Sábado de cada mês das 09h00 às 12h30 Local Casa do dador (Azurém)

O que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia...

“Carangueijos do Rio” © Direitos Reservados

É NOTÍCIA!

Lavar em água diversas vezes. Colocar ao lume uma panela, adicionar à água fervente, temperada com sal, alho esmagado

e malagueta, os caranguejios durante uns uns 5 minutos. Servir frios com manteiga e sumo limão.

Bom apetite! Um abraço gastronómico. Envie as suas sujestões para: leitor@maisguimaraes.pt

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Pontos de Vista Sugestão

Knives Out Harlan Thrombey é um escritor que resolve organizar uma grande festa para celebrar o seu 85.º aniversário. Tudo isto não passaria de uma vulgar reunião familiar não fosse o facto de, no dia seguinte, o senhor aparecer morto. Para investigar o caso é enviado Benoit Blanc, um detective conhecido pela sua extraordinária agudeza de espírito. Qual não é o seu espanto quando o investigador percebe que todos os presentes, sem excepção, têm um motivo real para o crime. Com realização de Rian Johnson (“Os Irmãos Bloom”, “Looper - Reflexo Assassino”, “Star Wars: Episódio VIII”), uma comédia negra que é também uma homenagem a Agatha Christie, escritora, e ao mestre do suspense Alfred Hitchcock. O elenco inclui Daniel Craig, Chris Evans, Ana de Armas, Jamie Lee Curtis, Michael Shannon, Don Johnson, Toni Collette, Lakeith Stanfield e Katherine Langford, •

Semana de calor intenso no concelho de Guimarães.

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Ministra da Coesão Territorial em Guimarães esta quarta-feira

A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, estará em Guimarães esta quarta-feira, 08 de julho, em visita a vários equipamentos, no âmbito da afirmação de Guimarães como Cidade de Conhecimento. Acompanhada pelo Presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, o programa de visita da Ministra da Coesão Territorial inicia com a receção no Centro de Formação Pós-Graduada na zona de

Couros, seguindo-se a apresentação da Universidade das Nações Unidas e a visita às obras da antiga fábrica “Freitas & Fernandes” que irá integrar as infraestruturas de apoio da Universidade das Nações Unidas-EGOV. Será ainda feita uma apresentação do projeto do Bairro C e visitas ao Teatro Jordão, antiga Fábrica do Arquinho, Escola-Hotel, Centro de Ciência Viva - Curtir Ciência e Instituto de Design.

Da parte da tarde, está prevista a visita à antiga Fábrica do Alto, em Pevidém, que contará com a presença de António Cunha, Presidente Executivo do Gabinete de Crise e da Transição Digital. A Câmara Municipal de Guimarães vai apresentar à Ministra da Coesão Territorial o projeto de base tecnológica a implementar num espaço de cerca de 5.000m2, que aposta na promoção da investigação e no desenvolvimento de soluções de

Futebol vimaranense A equipa vimaranense viu confirmada a subida de divisão, para o Campeonato de Portugal. O Brito junta-se ao Vitória B e Berço, equipas que já militavam nesta divisão, e ao Pevidém, recém-promovido.

João Sousa O tenista vimaranense voltou a não conseguir provar o seu verdadeiro valor e na final do segundo torneio do Circuito Sénior da Federação Portuguesa de Ténis, foi derrotado diante de Frederico Silva, por 6-3 e 6-4.

alto grau tecnológico para o setor industrial. O DIGI_M Digital Center contará ainda com a Academia getDigital e com as futuras instalações do DTx, DoneLab, Centro de Demonstração de Digitech, Fab_G e Espaço IPCA. A visita da Ministra termina na Universidade do Minho, com a visita ao DoneLab e DTx, onde será apresentado o projeto G-SET Tech Hub do Gabinete de Crise e da Transição Económica. •


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