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Mais de 800 casos em onze dias confina vimaranenses CONHEÇA AS RESTRIÇÕES ANUNCIADAS PELO GOVERNO QUE AFETAM O SEU DIA A DIA P.10
MINISTRO DIZ QUE NÃO FAZ SENTIDO LIGAR GUIMARÃES A BRAGA POR METRO P.09
APENAS ALUNOS INFETADOS E CONTACTOS DE RISCO VÃO PARA CASA P.08
LUZ VERDE PARA FEIRAS E MERCADOS P.09
EM GUIMARÃES
Floristas perdem até 70% com fecho dos cemitérios P.09 EM GUIMARÃES
Unidade de rastreio do Multiusos duplica capacidade de testagem P.06 VITÓRIA PARTILHA QUARTO LUGAR DO CAMPEONATO P.16 Equipa vimaranense conquistou sete pontos fora de portas, em três jogos.
SURTO DE COVID- 19 DITA SUSPENSÃO DOS TREINOS P.17 COVID-19
A história de um vimaranense internado nos Cuidados Intensivos P.08
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N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO
N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
O custo das incoerências O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães anunciou que vai permitir a realização semanal da feira retalhista e do mercado municipal, após a Resolução do Conselho de Ministros que delegou nas autarquias a decisão sobre a realização de feiras e mercados de levante. Guimarães assume assim que vai cumprir com todas as condições de segurança e normas determinadas pela Direção Geral de Saúde, como é exemplo o controlo da lotação do recinto, a higienização e o uso obrigatório de máscara, bem como a vigilância por parte de equipas municipais e autoridades policiais. É assim reposta alguma justiça e igualdade de tratamento destes comerciantes comparativamente com os seus concorrentes. Acredito que ninguém era capaz de perceber a manutenção da dualidade de trato do Governo entre comerciantes das feiras e mercados e os restantes que, mesmo tendo os seus negócios em espaços fechados, puderam mantê-los em funcionamento,
embora as conhecidas restrições. O que pedimos a este momento é que, quem nos governa consiga orientar este país de modo a que, simultaneamente, os serviços de saúde aos cidadãos estejam salvaguardados e a economia não se afunde, colocando um grande número de portugueses, ainda mais portugueses, em situação muito difícil. Ao longo destes meses de pandemia assistimos a vários episódios de incoerências, de exceções, justificadas tantas vezes de forma caricata. Episódios que só contribuíram para a descredibilização do apelo que nos é feito constantemente por quem está no terreno, por quem vive e sente as dificuldades, o apelo para que nos protejamos e, com isso, protejamos os nossos e a nossa comunidade. Resumindo, que neste combate, ocupemos o nosso lugar e façamos a nossa parte. O exemplo, de responsabilidade, de seriedade, de foco e de sentido de orientação, tem de vir sempre de cima.
Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal” “Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das instituições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015
Mais Guimarães - O Jornal - Semanário Proprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138 Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912 Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – Guimarães Email geral@maisguimaraes.pt Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto Sampaio Registado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735 Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís Freitas Redação Rui Dias | Vítor Jorge Oliveira Departamento Comercial Eliseu Sampaio Colunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir Brito Fotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.
E de repente fez-se Luz
Vivemos numa era de poeiras que se atravessam no nosso caminho. As poeiras não ajudam a caminhada e algumas, mesmo não sendo partículas, ferem mais do que as outras. A poeira vírica prende-nos os movimentos e turva a clareza da nossa mente, mesmo assim, temos de aprender a viver com ela e sobreviver. Neste ambiente empoeirado acendem-se discussões em redor da dicotomia pública e privada na saúde, levantam-se questões que ferem a racionalidade, afirmações idiotas e propostas abstratas pouco inteligentes. Sempre entendi o SNS como uma massa global de pessoas e instituições que se dedicam a cuidar da saúde. As instituições públicas e privadas focam-se no mesmo objetivo e são reguladas pelas mesmas entidades. As grandes diferenças entre ambas assentam sobretudo na forma como são financiadas e na liberdade de escolha das pessoas. O sistema público é financiado pelo estado e o privado é financiado pelo mercado livre; os primeiros não permitem a livre escolha dos utentes e os segundos vivem das escolhas livres das pessoas; as entidades públicas podem acumular prejuízos sucessivos e persistem, as entidades privadas que não forem lucrativas fecham a porta. Factos são factos. Em 2016 o grupo Luz Saúde, que celebra o seu vigésimo aniversário, decidiu apostar num novo hospital na nossa cidade. Importou a sua experiência, o seu modelo de gestão, investiu em recursos estruturais, técnicos e humanos e fez nascer e crescer o
Hospital da Luz Guimarães (HLG). A cidade, o concelho e a região careciam desta estrutura de saúde. A satisfação de toda a carência é um objetivo fulcral das pessoas e da sociedade. O passado e o presente prova-nos isso e a afirmação do HLG revela-se essencial para as pessoas que o procuram em número crescente e para as centenas de pessoas que aí encontram o seu emprego. Ao contrário do que muitas vezes se escuta, este hospital não se destina a gente rica e endinheirada, dedica-se a todas as pessoas, gente comum como todos nós, pessoas que pertencem aos mesmos estratos sociais que frequentam os hospitais públicos. A maior parte dos utentes do HLG está ligada a subsistemas de saúde e a seguradoras. Os profissionais e a estrutura dirigente do HLG focam o seu esforço e atividade no objetivo universal dos sistemas de saúde, ajudar a resolver os problemas de saúde de quem os procura. Esforçam-se por dar o seu melhor todos os dias e tentam criar um ambiente amável, honesto e eficiente que vá de encontro às expectativas das pessoas. Todos sabemos que a longevidade e o sucesso da casa e das nossas vidas se prende a critérios de qualidade. A qualidade dos serviços prestados mede-se pelo grau de satisfação de quem deles beneficia. Somos permanentemente auditados pelos utentes. A nossa persistência e longevidade depende dos resultados dessas auditorias contínuas, do escrutínio diário das nossas posturas. Temos a obrigação de ser responsáveis, valorosos e eficientes. A liberdade com que nos
escolhem é a mesma com que nos abandonam. Embora possam dizer o contrário, comunga-se um ambiente simbiótico entre o sistema público e privado, através da ciência, do intercâmbio profissional e da resposta nos cuidados de saúde. Embora o HLG seja uma pequena unidade quando comparada com os grandes hospitais públicos de proximidade, alberga um número de valências e especialidades maior, o que permite oferecer cuidados de proximidade que de outra forma seriam impossíveis. Somos a mesma moeda, cada um em sua face, não somos moedas diferentes procurando a desvalorização uma da outra. É desta forma que gostamos de ser compreendidos. •
Carlos Guimarães
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DESTAQUE
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SAÚDE
Hipertensão, diabetes e cancro fora de controlo A meio do mês de março o Governo decretou a interrupção de todas a atividade não urgente no SNS, para que os serviços de saúde tivessem capacidade de responder à pandemia. Os rastreios oncológicos – cancro da mama, colo do útero e colorretal -, bem como o seguimento de hipertensos e diabéticos estiveram entre as atividades afetadas. A retoma só se iniciou, gradualmente, a partir de julho. • Rui Dias O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alto Ave, onde está inserido Guimarães, Vizela, Fafe, Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto, acompanhou esta suspensão que ocorreu em todo o país. De 62 368 consultas presenciais, em janeiro de 2020, caíram para 53 589, em fevereiro, pouco mais de 34 mil, março e cerca de 10 mil em abril. Em julho, apesar de teoricamente se estar a retomar a normalidade e de o Ministério da Saúde e a DGS falarem em recuperar as consultas perdidas, o número de consultas presenciais, no ACES do Alto Ave, ainda só tinha subido para 23 649. No primeiro mês da retoma as consultas presenciais ainda foram quase 40 mil abaixo das que aconteceram no primeiro mês do ano. O gráfico mostra que, ao mesmo tempo que diminuíram as consultas presenciais, dispararam o número de consultas não presenciais, na sua grande maioria realizadas pelo telefone. Estas consultas não presenciais, desde 2017, nunca ultrapassaram muito as 20 mil por mês - 26 099, em outubro de 2018, foi o valor máximo registado - em todo o ACES. Ao longo dos primeiros meses de 2020 este número começou a subir quase na mesma proporção em que decresciam as consultas presenciais. Recorde-se que mesmo antes das medidas decretadas pelo Governo e do estado de emergência, decretado pelo Presidente da República (a 18 de março), os portugueses
já tinham começado a assumir comportamentos mais cautelosos. De 20 248, em fevereiro, as consultas pelo telefone, no ACES do Alto Ave, aumentaram até 58 328, em junho. No mês seguinte, em julho, começou a assistir-se a uma queda, mas ainda ligeira, a redução foi de menos de mil e 500 teleconsultas. Estes números e a impressão generalizada que as unidades de saúde permaneceram fechadas levam a crer que o grosso do trabalho continuou a ser feito remotamente, ou a ser adiado. Entretanto os números disponibilizados pelo SNS (atualizados a 20 de agosto), só permitem avaliar a realidade até julho.
Médicos e enfermeiros estão a usar os seus telefones pessoais Esta forma de trabalhar tem limitações, desde logo o número de linhas e de equipamentos telefónicos nas unidades de saúde. O sistema não estava dimensionado para trabalhar desta forma, tanto mais que ao trabalho rotineiro somaram-se os contatos de vigilância relacionados com a covid-19. Médicos e enfermeiros estão a usar os seus telefones pessoais, de outra forma o problema seria ainda maior. Uma parte do sucesso em saúde passa pelo seguimento e vigilância e pela deteção precoce. Como é óbvio, é mais difícil vigiar
ou detetar à distância. Esta dificuldade já é visível nos indicadores de controlo da população diabética e hipertensa da área de intervenção do ACES do Alto Ave. Há menos 25,5% de diabéticos com o exame dos pés realizado no último ano, em junho de 2020 que no mesmo mês do ano anterior. “Estima-se que cerca de 15% da população diabética tenha condições favoráveis ao aparecimento de lesões nos pés, nomeadamente pela presença de neuropatia sensitivo-motora e de doença vascular aterosclerótica”, lê-se na norma da DGS que regula a abordagem terapêutica a este problema. O Pé Diabético é a principal causa de internamento hospitalar entre os diabéticos e é causa de “40 a 60% de todas as amputações efetuadas por causa não traumáticas”. É por isso que é tão importante os diabéticos façam este exame com intervalos máximos de um ano. No ACES do Alto Ave a percentagem do universo dos diabéticos controlados rondou, entre 2016 e 2019, os 80% (valores para o mês de julho de cada ano). Em 2020, este valor baixou para um mínimo de 54,7%. No caso dos hipertensos, outro grupo cuja vigilância também faz parte das incumbências dos cuidados de saúde primários, a diferença entre o número doen-
tes menores de 65 anos com a pressão arterial menor que 150/90 (controlados) baixou cerca de 18%. A proporção dos hipertensos que normalmente estão controlados (valores ao mês de junho de cada ano, desde 2106) ronda os 70%. Em 2020, só 54,5% dos hipertensos, deste ACES, estão controlados, comparando com o 72,8%, no mesmo mês do ano anterior. Outro problema que, no entanto, ainda não se manifesta de forma visível nos números são os rastreios do cancro da mama, colo do útero e colorretal. Estes rastreios são feitos com uma periodicidade plurianual – dois em dois anos a mamografia, cinco em cinco, ou três em três a citologia vaginal e dois em dois a pesquisa de sangue oculto nas fezes -, portanto, só no final do ano é que será possível fazer o balanço do que se perdeu. Os primeiros meses de 2020 apresentam números de adesão aos rastreios ligeiramente superiores que no mesmo período 2019, no caso do cancro da mama e colorretal, e ligeiramente mais baixo no cado do cancro do útero. Em qualquer dos casos os números as variações são muito baixas e pode dizer-se que os números estão em linha com o ano anterior. Não é de esperar que o ano termine neste cenário. Atente-se, por exemplo que en-
tre março e abril de 2020 foram feitas, em todo o ACES do Alto Ave, 13 mamografias, no mesmo período, em 2019, foram feitas 390. As citologias realizadas neste período, em 2020, ficaram pelas 340, quando em 2019 tinham sido 644 e, em 2018, 961. Entre 1 de Janeiro e 30 de abril deste ano, segundo a ARS Norte foram convidadas a participar nos três rastreios 164 052 pessoas (menos 26% que em 2019) e foram rastreadas 95 465 (menos 23% que em 2019). “Os motivos de ausência estão relacionados com a evolução da situação epidemiológica da covid-19”, reconhece a ARS Norte. “As pessoas que tinham rastreio agendado para este período de confinamento vão ser chamadas para a realização do rastreio durante os próximos quatro meses”, afirmava a ARS, em julho passado. Considerando a situação que se vive conhece nos cuidados de saúde primários do SNS, em particular no ACES do Alto Ave, é possível que o objetivo enunciado pela ARS Norte, em julho, seja difícil de atingir. À situação de saturação do SNS, agravada pelo aumento dos casos que precisam de vigilância ativa, devido ao aumento do número de infeções na segunda vaga, junta-se o medo de algumas pessoas e a dificuldade de recuperar contatos perdidos. •
DESTAQUE
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Testes: Privados correm ao negócio
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O Serviço Nacional de Saúde paga por cada teste covid-19 65 euros. Com o país a testar cerca de 20 casos por dia, a despesa ultrapassa o milhão de euros.
Até 26 de setembro o SNS pagava por cada teste 87,95 euros, nessa altura, o Governo decidiu baixar o valor a pagar aos laboratórios convencionados. Segundo o Governo, o valor anterior “refletia as condições internacionais adversas do mercado, designadamente a escassez de reagentes verificada a nível mundial e os consequentes preços”. Desde estão o SNS paga 65 euros por cada teste às entidades com convenção. Este é um negócio que movimenta muito dinheiro e por isso a concorrência é feroz. O Mais Guimarães conhece casos de cartas dirigidas às Unidades de Saúde Familiar do concelho de Guimarães a pedir aos médicos para escolherem um determinado laboratório e a reclamarem por acharem que o seu laboratório
está a ser preterido em relação a outros. Entretanto, é agora possível realizar os testes à covid-19, através do SNS, no Hospital da Luz Guimarães. Este hospital privado passou a ter também acordo com o SNS. O serviço de testagem no Hospital da Luz, funciona de segunda-feira a sábado e aos domingos no serviço de urgência. Os utentes do SNS podem realizar o teste à covid-19, tendo, para o efeito, de apresentar prescrição médica. Os resultados são comunicados aos utentes em 24 horas. Portugal tem estado a testar consistentemente próximo dos 20 mil casos por dia, em alguns dias ultrapassa este valor. Isto significa um esforço financeiro diário para o SNS de um milhão e 300 mil euros.. •
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Censos 2021: INE esta a recrutar
O Instituto Nacional de Estatística vai realizar o XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação – Censos 2021, a maior operação estatística nacional e está a recrutar delegados. A recolha de dados será feita preferencialmente através do autopreenchimento de questionários pela Internet. A dimensão desta operação esta-
tística implica o recrutamento de 140 delegados sub-regionais e de 450 delegados municipais, em todo o País. Os potenciais candidatos às vagas podem saber mais informações na página de internet do INE. O Recenseamento da população é feito a cada dez anos, nos anos terminados em um. •
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EM GUIMARÃES
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Multiusos duplica capacidade de testagem Guimarães é um dos concelhos de risco elevado de contágio no âmbito da pandemia da Covid-19 e para tentar inverter esta situação será lançada uma forte campanha de sensibilização a fim de tornar cada vimaranense num agente de saúde pública.
“Pressão” no Hospital de Guimarães
Esta foi uma das conclusões na reunião extraordinária da Comissão Municipal da Proteção Civil, que decorreu esta terça-feira, 3 de novembro, com a participação dos presidentes das juntas de
freguesia. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães diz que “é fundamental o apelo à identidade e orgulho vimaranense. Queremos sair deste conjunto
de concelhos de risco e para tal devemos passar uma mensagem que cada um de nós é um agente de saúde pública. Temos de fazer esse apelo na vertente pedagógica, através de uma campanha
Guimarães avança com equipas multidisciplinares de saúde no terreno As primeiras equipas multidisciplinares de saúde criada no âmbito da resposta à pandemia da COVID-19 em Guimarães foram esta quinta-feira para o terreno. Estas primeiras equipas terão uma intervenção em toda a rede escolar do concelho de Guimarães. Estas equipas são constituídas por um enfermeiro do ACES do Alto Ave, um técnico de serviço social da Câmara Municipal e um elemento das Forças de Segurança. Estão definidas cinco equipas multidisciplinares de suporte com intervenção nas e escolas e na comunidade em todo o território concelhio, num processo que decorre em articulação com a ARS Norte e ACES do Alto Ave (estruturas representativas do Ministério da Saúde) e a Câmara Municipal de Guimarães. Domingos Bragança “destacou a criação desta resposta no âmbito da estratégia de combate à pandemia”. “Há muitas semanas que estávamos em contacto com o Ministério da Saúde para a criação destas equipas multidisciplinares em Guimarães que, agora, vão para o terreno, com
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toda a informação ao pormenor do rastreio local da pandemia. Através destas equipas será possível garantir o apoio direto à população e, principalmente, à comunidade escolar numa relação direta e de proximidade que permite igualmente agir de uma forma célere e de prevenção à propagação deste vírus”, pode ler-se em comunicado enviado às redações. A vereadora da Educação, Adelina Pinto, realçou que estas equipas “vão dar um contributo essencial na área da logística, da saúde e da segurança perante alguns dos
problemas detetados na comunidade escolar”. É fundamental desenvolvermos políticas de prevenção e maior informação aos nossos jovens para combater esta pandemia”. Segundo do comunicado, a Equipa Multidisciplinar de Suporte Escolar “tem uma atuação para a prevenção e controlo da transmissão do vírus no que respeita às dúvidas e à gestão de casos, contactos e surtos em contexto escolar, criando um circuito de resposta integrada e efetiva, reforçando a comunicação externa com a comunidade escolar”. •
Na reunião da Comissão Municipal da Proteção Civil foi manifestada a “pressão” sobre o Hospital de Guimarães e as respostas de saúde pública, com o aumento do número de casos de doentes Covid-19. Foi anunciado a implementação de mais uma estrutura da unidade de rastreio no Multiusos de Guimarães, numa articulação definida entre a Câmara Municipal de Guimarães, a ARS Norte e UNILABS, que permitirá a realização de 400 testes diários, ou seja, o dobro do atual. Numa articulação com as entidades de saúde, Segurança Social, instituições, associações, Juntas de Freguesias, Polícia, GNR, Bombeiros, a Câmara Municipal de Guimarães “está a criar respostas no combate à pandemia com a manutenção do Estado de Emergência Municipal desde março”.
Domingos Bragança “considera importante cortar as cadeias de contágio, através da responsabilidade coletiva, da pedagogia e do sentimento de todos sermos agentes de saúde pública”. Pode ler-se ainda que esta semana “vão para o terreno mais três equipas multidisciplinares de suporte comunitário com uma intervenção direta na comunidade, em complemento com as equipas multidisciplinares que já estão a dar resposta nos agrupamentos escolares. Em Guimarães estão a decorrer ainda os testes de rastreio a todos os funcionários de lares de idosos, em articulação com a Segurança Social, assim como a resposta em instituições que se verificaram surtos através das Brigadas de Emergência. Há um reforço dos Equipamentos de Proteção Individual que estão a ser distribuídas pelas instituições e destaque ainda para o aumento da capacidade de camas na Estrutura de Retaguarda Municipal que proporciona o tratamento de pessoas em situação de confinamento ou com necessidade de isolamento profilático, bem como o acolhimento de doentes sem retaguarda familiar”. •
Rui Oliveira anuncia recandidatura à Direção da Associação Académica da Universidade do Minho O atual presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) e vimaranense, Rui Oliveira, anunciou ontem, dia 2 de novembro, a vontade de dar continuidade às suas funções, afirmando a sua recandidatura para o mandato de 2021. Num ano atípico para todos, sem exceção para a AAUMinho, Rui Oliveira confessa “ter sido um tempo desafiante, mas de grande crescimento da estrutura. Com esta recandidatura, as suas motivações passam pela ambição de continuar empenhado na concretização de um Ensino Superior Público de qualidade, com condições dignas e de acesso universal, reforçando a nossa ação representativa e reivindicativa a nível da Universidade, das autoridades do poder local, do Estado Português e da esfera da opinião pública”, pode ler-se em comunicado enviado às redações. Ao lado de uma equipa empe-
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fortíssima de sensibilização, assente nas recomendações de usar máscara, lavar as mãos e cumprir distanciamento social”, pode ler-se em nota de imprensa enviada às redações.
nhada e “ao serviço da Melhor Academia do País”, Rui Oliveira acredita “que os jovens têm nas suas mãos a oportunidade de serem agentes de transformação na construção de uma Academia capaz de dar respostas e de ser resposta”. •
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PSD quer redução dos impostos municipais Bruno Fernandes classifica este conjunto de propostas como “um contributo de responsabilidade” e acrescenta que “cabe também ao município partilhar o esforço que estão a fazer os cidadãos”. Entre as medidas apresentadas, Bruno Fernandes destaca a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), “pelo alcance que tem nas famílias, nas instituições e nas empresas”. O plano dos sociais-democratas para ultrapassar a crise desencadeada pelo prolongamento da pandemia de covid-19 passa por reduzir impostos municipais, implementar um plano extraordinário de apoio ao desporto, criar um fundo de apoio ao comércio e restauração e reforçar as transferências para as Juntas de Freguesia. Bruno Fernandes afirma que se tratam de “propostas responsáveis”, uma vez que “identificamos as fontes financeiras que compensam estas reduções de recei-
ta e aumento de despesa”. O líder laranja salienta que se tratam de propostas que não colocam em causa o equilíbrio das contas da autarquia. Bruno Fernandes menciona, a este propósito, o aumento de transferênias de Orçamento Geral do Estado de 3,6 milhões de euros, uma melhor eficiência na gestão dos recursos municipais e “a natural subida das receitas resultantes das taxas de urbanização e edificação”. Não é de agora que o PSD fala da falta de atratividade do concelho para pessoas e empresas. Propostas como a redução de 10% da taxa de IMI ou a redução da taxa de participação no IRS (atualmente no máximo 5%) para 4%, justificam-se, segundo o PSD, com esta necessidade de aumentar a capacidade de fixar e atrair população. Para as empresas, o PSD quer baixar a derrama de 1,5% para 1,2%, nos casos em que o volume
de negócios ultrapassa os 150 mil euros e criar uma taxa reduzida, de 1%, para as empresas que não ultrapassam os 150 mil euros. Relativamente ao comércio local, os sociais-democratas propõem a criação de um fundo dotado de um milhão de euros, para micro-empresas, com até dez trabalhadores. Trata-se de apoiar a “tesouraria e as dificuldades que estas empresas estão a sentir. Os apoios surgiriam em forma de empréstimos com prazos de reembolso, de cinco a dez anos, onde o município pudesse suportar o risco e as taxas de juro, com montantes até 20 mil euros que fossem financiamentos em condições que permitissem um acesso fácil, rápido e simples”, explica Bruno Fernandes. O PSD defendeu ainda o prolongamento das medidas de isenção das taxas de esplanadas e do acesso ao parque de estacionamento de Camões, até ao final de 2021.
© Rui Dias
O presidente do PSD, Bruno Fernandes, apresentou ao executivo municipal um pacote de medidas destinadas a ultrapassar as consequências da pandemia. O contributo dos sociais-democratas foi feito na quarta-feira, dia 28, no âmbito das auscultação dos partidos da oposição para a elaboração do Orçamento para 2021.
Relativamente ao desporto, o PSD defende medidas excecionais, entre as quais uma linha de apoio financeiro, isenção de taxas na utilização de equipamentos municipais, comparticipação dos custos de inscrição, seguros de saúde e exames médicos, dos atletas federados dos escalões de formação.
No que toca às Juntas de Freguesia, Bruno Fernandes lembra “os magros orçamentos destas estruturas” e propõe um aumento de 30% do valor anual previsto para contratos para conservação e limpeza dos espaços públicos e pequenas reparações, uma vez que estes órgãos terão custos acrescidos devido à pandemia. •
Em Creixomil e Ronfe Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 Ronfe De segunda a sábado, das 08h00 às 20h00
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Internado nos Cuidados Intensivos diz ter sido “sufocante e muito desconfortável” © João Bastos /Mais Guimarães
António vive em Guimarães e deu entrada no hospital a 19 de setembro, durante a manhã. Nas suas redes socias contou que foi “sujeito a vários exames” e que, além de Covid-19, “estava com uma infeção urinária e um cansaço acima do normal”.
Ficou internado no piso 10 e, no dia seguinte, “tinha febre e a respiração muito fraca”. Testaram-lhe várias vezes o nível de oxigénio, que apresentava “resultados cada vez piores”. “Ao final da tarde a médica abordou-me, foi muito direta comigo, dizendo que eu estava
num quadro clínico muito grave”. Foi depois de receber a notícia que foi para os Cuidados Intensivos onde, escreve, “nunca na vida imaginaria estar um dia”. António desabafa no Facebook, dizendo que o equipamento “assusta” e explica que tiveram de “introduzir quatro cateteres
em cada braço”, que permitiam as colheitas de sangue.
“Concentre-se só na respiração" Na cara foi-lhe colocada uma máscara de alta pressão com
um tubo ligado a uma máquina. “Concentre-se só na respiração, porque vai viver com isto 24 horas por dia durante vários dias”, pediram-lhe. O vimaranense confessa que foi “sufocante e muito desconfortável”, porque a máscara “tinha um aperto em volta na cabeça na orla do cérebro e na parte inferior da mesma”. António esteve deitado, sem se levantar, “sem janelas, sem televisão, olhar para o teto, com muita tecnologia” durante uma semana. Começava a ficar “cansado e saturado” e pensava na esposa e na filha. Confessou que rezou e que este período o fez perder a liberdade: “impediu-me de seguir o meu caminho, ser dono do meu destino”. Voltou à enfermaria e, explica, “sorri pela primeira vez, falei com pessoas, vi televisão, mexia bem os braços e via Guimarães pela janela”. A partir desse dia não teve mais sintomas e, ainda infetado, recebeu alta a 05 de outubro. Explica que o levaram para casa de ambulância, para fazer quarentena, e que estava
“bem apoiado”. Começou no dia seguinte a trabalhar, “felizmente”, porque o tipo de trabalho de António assim o permitia e cumpriu oito horas por dia. “Nem dei pelo tempo passar”, conta. Um teste inconclusivo seguido de um teste negativo, e alta a 16 de outubro. “Já não precisava de fazer o segundo teste, uma vez que estive 20 dias consecutivos sem qualquer sintoma”, explicou na sua página. António agradece aos médicos, enfermeiros, auxiliares e pessoal da limpeza “pelo apoio e carinho que sempre deram, com muito profissionalismo e dedicação”. Na pele de quem viveu, António garante que “foram incansáveis”. “Confirmei durante 28 dias que os serviços funcionam e as pessoas são o maior ativo do SNS”. O vimaranense termina fazendo um apelo, “porque pode acontecer a qualquer um, mesmo aos mais saudáveis”: “só com responsabilidade de todos podemos reduzir esta pandemia”. “Usem máscara e desinfetem as mãos várias vezes ao dia”, conclui. •
14 dias em isolamento profilático sem receber Apenas alunos infetados qualquer contacto da Autoridade de Saúde e contactos de risco vão para casa O sistema de rastreamento e mais uma vez por iniciativa pró© Direitos Reservados
vigilância está a dar sinais de não conseguir aguentar o volume de novos casos com que tem de lidar diariamente. Ricardo Pinheiro está há 14 dias em isolamento profilático e o único contacto que teve foi desencadeado por ele, no momento em que soube que tinha estado em contacto com uma pessoa infetada. Quando Ricardo soube que tinha tido um contacto de risco, esperou que chegasse um telefonema da Autoridade de Saúde, que lhe dissesse o que fazer. O telefonema tardava em chegar, por isso decidiu por pernas ao caminho. Tentou contactar a Delegada de Saúde, mas não conseguiu, por isso ligou para a linha SNS 24. A informação que lhe deram foi que aguardasse três dias, que nesse espaço de tempo seria contactado pela Delegada de Saúde. Passados os três dias, o telefonema da Autoridade de Saúde continuava sem chegar. Decidiu voltar a tentar telefonar por iniciativa própria. A dificuldade manteve-se. No dia 26, dez dias depois de entrar em confinamento, decidiu,
pria, mandar um email com os seus dados para rastreamento à Delegada de Saúde. Mesmo depois de mandar o email, continuou a tentar ligar, sem sucesso. Neste tempo todo, o médico de família também não lhe telefonou. Os dias foram passando e, no sábado, dia 31, completam-se 15 dias sobre o inicio do confinamento. Ricardo quer voltar ao trabalho, mas não sabe se o faz de forma responsável, porque não conseguiu falar com nenhum responsável de saúde. Entre quinta e sexta-feira (29 e 30), fez inúmeras chamadas para a Unidade de Saúde Publica. Quando finalmente conseguiu ser atendido, foi apenas para falar com uma funcionária que lhe prometeu que iria reencaminhar o seu email para a Delegada de Saúde. Com a aproximação do final da quarentena, sem feedback, tentou ligar ao médico de família. Em dois dias a telefonar, o melhor que conseguiu foi deixar recado e uma promessa de que o médico
lhe ligará de volta. Na mesma situação de Ricardo há alunos que são mandados para casa por terem contacto com colegas de turma infetados e depois não recebem nenhum tipo de seguimento. Num caso, que chegou ao conhecimento do Mais Guimarães, os pais do aluno receberam um email com o Manual de Confinamento no 12º dia da quarentena. •
Na Escola Secundária Martins Sarmento, os alunos foram esta semana informados de que, caso houvesse um infetado na turma, “apenas os mais próximos vão para casa”. Contactada pelo Mais Guimarães, a direção do Liceu adiantou que esta é uma “nova medida da Direção Geral da Saúde”, tendo “já uma semana”. A Martins Sarmento teve três turmas em casa, a última a 16 de outubro, porque “inicialmente as turmas iam para casa”. “Os encarregados de educação dão-nos conta que um aluno está infetado, nós comunicamos às autoridades de saúde e procuramos saber quais foram os contactos de alto risco de acordo com as indicações que a autoridade de saúde nos pediu”. Assim, em caso de existir um aluno com teste positivo, “as turmas não vão para casa”. “Esse aluno [infetado] fica em casa e aqueles alunos da turma que tiveram comportamentos de alto risco”, explicou a diretora, Ana
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Maria Silva. Como comportamentos de risco, foi dado o exemplo de estar mais de 15 minutos, juntos, sem máscara, em espaços fechados sem arejamento. “Essas situações têm acontecido porque eles vão almoçar juntos ao exterior, praticam desporto e encontram-se em ginásios noutros espaços”. Na escola, garante Ana Maria Silva, tem sido feito um trabalho junto dos professores de educação física para “garantir que os alunos estão a mais de três metros de distância em espaços fechados, e dois ao ar livre”. Na cantina a disposição garante “o distanciamento e o espaço é arejado”. •
EM GUIMARÃES
O JORNAL N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
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O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães vai manter a realização semanal da feira retalhista e do mercado municipal, na sequência da Resolução do Conselho de Ministros, conhecida esta segunda-feira, que delega nas autarquias a decisão sobre a realização de feiras e mercados de levante.
“No âmbito das medidas de desconfinamento, já tomadas em maio, Guimarães cumpre, desde essa altura, todas as condições de segurança e normas determinadas pela Direção Geral de Saúde, como é exemplo o controlo da lotação do recinto, a
higienização e o uso obrigatório de máscara, bem como a vigilância por parte de equipas municipais e autoridades policiais”, pode ler-se em comunicado da Câmara Municipal. Entre as medidas que já fazem parte do Plano de Contingência
do Município de Guimarães, estão o reforço de ações de limpeza, a adoção de medidas concretas para eventuais surgimentos de casos ou suspeitas de contaminação Covid-19 na feira municipal e no mercado, desinfeção dos recintos e criação de pontos próprios com solução de base alcoólica para desinfeção das mãos, recurso que está igualmente disponível em todas as bancas dos feirantes. A atual lotação da feira retalhista de Guimarães é de 700 clientes. “Tal como tem sucedido, os acessos obrigam a uma gestão cuidada, de modo a evitar uma concentração excessiva, disponibilizando-se apenas uma entrada e duas saídas, estando já adjudicada a aquisição de um semáforo com leitura ótica para conhecimento em tempo real da lotação do espaço”. É obrigatório o uso de máscara por feirantes e clientes, sendo o espaço de venda limitado por dois feirantes. •
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Floristas perdem até 70% com fecho dos cemitérios
Um fim de semana em que as floristas normalmente tinham uma maior afluência nas suas lojas, com o encerramento de alguns cemitérios os seus negócios ressentiram-se com quebras entre os 50% e os 70%. O ano 2020 já não estava a ser favorável para o setor das flores, sem casamentos, batizados e outras festividades. Agora, com as limitações decretadas pelo governo para o passado fim de semana, a situação ficou ainda menos benéfica para este setor, visto que era altura em que havia uma maior afluência às floristas. O Mais Guimarães contactou quatro floristas do concelho, de forma a perceber a opinião sobre
o encerramento dos cemitérios e qual o impacto no negócio. Todas as floristas demonstraram que foi uma medida justa do ponto de vista da saúde pública, contudo “poderia ter-se contornado a situação de maneira diferente”, revela a proprietária da Bloom Creative. “No Dia de Todos os Santos ser uma medida justa, mas nos outros dias não era necessário”, revela o proprietário da Florista Casa de Entre -Vinhos. Contudo, o que mais indignou uma das contactadas foi o facto de uns cemitérios fecharem e outros não. Apesar de tudo, trabalhou bem, até porque “as pessoas zelaram na mesma pelas suas campas, mesmo durante a
semana, porque pensavam que sexta-feira já estariam fechados”, afirma a proprietária da Florista Azurém. Para a florista das lojas Meramente Florido, houve trabalho, mas nada de especial: “não houve afluência, houve mãos para tudo este ano”. Neste caso em particular, esta florista tem quatro lojas e, apesar de ainda não ter efetuado um balanço, conta com uma quebra na ordem dos 50% nesta altura. A Florista Bloom Creative tem a sua loja num centro comercial no centro de Guimarães, e desde o início da pandemia que tem ocorrido oscilações na afluência dos clientes ao seu estabelecimento, principalmente “por estar num local como este, em que as pessoas não o consideram totalmente seguro”, e nesta ocasião de celebração dos ente queridos que já partiram, não foi diferente, acabando mesmo por ter uma quebra de 70%. Apesar disso, esta situação em que vivemos ajudou a “crescer o negócio online”, conta. •
AVH fala em “inércia e passividade” do Município relativamente ao setor Ricardo Silva, Presidente da Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH), referiu que “o setor da restauração e da hotelaria foi fortemente afetado com as exigências de prevenção de saúde pública”. Numa primeira fase os estabelecimentos estiveram encerrados e quando reabriram houve “fortes condicionalismos e restrições ao funcionamento e à dinâmica dos estabelecimentos”. Para o presidente, “os comerciantes deste setor em específico, quer individualmente, quer através da AVH, têm-se mostrado totalmente cooperantes com o Executivo Municipal, no sentido de coordenação de processos e obtenção de medidas ou alternativas que permitam a subsistência dos negócios”. “Os nossos comerciantes estão de parabéns, porque se tornaram efetivamente agentes de saúde publica”, afirmou Ricardo Silva. Por iniciativa própria, a AVH sugeriu “reuniões de trabalho com o Executivo Municipal, com as forças de segurança, com o serviço de proteção civil”, mas o problema “no que toca à Câmara Municipal apoiar estes comerciantes, o que encontramos, e o que o Executivo Municipal sempre manifestou, foi total inércia e completamente passividade relativamente às questões e à dinâmica do setor”. “A necessidade dos comerciantes da hotelaria e restauração de se reinventarem diariamente é uma
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Feira e Mercado de Guimarães mantêm-se abertos
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realidade e, neste âmbito, nós idealizamos, e colocamos a proposta à Câmara, de colocação de umas estruturas envolventes das esplanadas”. Com a implementação desta medida, pretendiam “garantir maior segurança em relação às regras de saúde pública, relativamente ao interior dos estabelecimentos, alargando a área de serviço para o exterior”. Segundo Ricardo Silva, em resposta foi-lhe dito que “o Covid não é resposta para tudo, que os interesses dos comerciantes não podem prevalecer sobre questões ou critérios panorâmicos ou paisagísticos, designadamente do centro histórico”. •
Ministro diz que não faz sentido ligar Guimarães a Braga por metro © Direitos Reservados
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, disse, na segunda-feira, dia 2, no parlamento, que não faz sentido ligar as Guimarães a Braga por metro de superfície, defendendo, antes, um reforço do sistema de transportes nas próprias cidades. Isto vem contrariar as ideias defendidas por Domingos Bragança e pela oposição. Domingos Bragança disse, recentemente, que a anunciada ligação por metrobus entre as duas cidades não invalidava a necessidade de uma ligação por tramway (metro ligeiro) a Braga e à linha de alta velocidade, que ligará o Porto a Vigo. O PSD recordou que as vias de-
dicadas para autocarros faziam parte das suas propostas, no programa que levou às eleições de 2017, mas que não são solução para ligar as duas cidades. Para os sociais-democratas, Guimarães ficará mais periférico se não tiver uma ligação ferroviária à alta velocidade. “Braga e Guimarães em linha reta são, para aí, 17 quilómetros. Não tem sentido, com todo o respeito, haver um metro de Braga a Guimarães. Tem sentido, isso sim, haver um reforço do sistema de transportes em Braga e Guimarães”, disse o ministro no parlamento, em resposta a uma pergunta do deputado do PS, Hugo Pires. •
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CONCELHO
N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
António Cunha tomou posse como presidente da CCDR-Norte Na passada quinta-feira, 29 de outubro, tomaram posse os novos presidente e vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). presidente do Conselho Diretivo da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, Beraldino Pinto foi, ainda, administrador não executivo na Empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro e presidente da Direção da Associação Geoparque Terras de Cavaleiros Célia Ramos foi renomeada pelo Governo para a função de vice-presidente, cargo que já exerce desde dezembro passado, depois de ter sido Secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza.. A cerimónia de tomada de posse teve lugar no Convento de São Francisco, em Coimbra, para todas as Comissões de Coordena-
Guimarães em zona de risco
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ção e Desenvolvimento Regional. A celebração foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, e ainda contou com a presença da ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, e do secretário do Estado da Descentralização e da Administração Local, Jorge Botelho. No mesmo dia, ficou a saber-se que a presidência executiva do Gabinete de Crise e da Transição Económica será bipartida, assumindo essa responsabilidade o Professor da UMinho Carlos Bernardo, ex-Vice-Reitor e ex-Presidente da Escola de Engenharia, e Pedro Arezes, atual Presidente da Escola de Engenharia. •
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ntónio Cunha é o presidente da CCDR-N e passa também a ser o Gestor do Programa Operacional Norte 2020. Em Guimarães, o ex-reitor da Universidade do Minho, ocupava a presidência executiva do Gabinete de Crise e da Transição Económica do Município, sendo substituído por Carlos Bernardo, também ex-Vice-Reitor da UMinho, e Pedro Arezes, Presidente da Escola de Engenharia da UMinho. Como vice-presidentes tomaram posse Beraldino Pinto, antigo presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, que foi o eleito pelos presidentes da câmara da região Norte. Licenciado em Engenharia Civil,
PS Guimarães diz que orçamento da Câmara responde ao momento de pandemia
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António Costa anunciou ao país, no sábado, as novas medidas restritivas para 121 concelhos do país, no final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizada durante este sábado. Em 121 concelhos, entre os quais Guimarães passa a haver dever cívico de recolhimento domiciliário, eventos e celebrações limitados a 5 pessoas, salvo se do mesmo agregado familiar, o teletrabalho obrigatório. O critério para definir as zonas de risco foi a existência de mais de 240 casos por 100 mil habitantes. Guimarães tem, nos últimos 11 dias, mais de 800 casos por 100 mil habitantes, mais de 3 vezes mais que o limite estabelecido para ser considerado zona de risco. Os estabelecimentos devem
encerrar até às 22h00, com exceção de restaurantes que cozinham para fora, farmácias, consultórios e clínicas, funerárias, postos de abastecimento e serviços de aluguer de viaturas. Os restaurantes devem encerrar até às 22h30 e só devem ter um máximo de seis pessoas por mesa, salvo se forem do mesmo agregado familiar. Todas as feiras e mercados ficam proibidos. As medidas entram em vigor a 4 de novembro e serão alvo de reavaliação a cada 15 dias. A reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizou-se um dia depois de o país ter ultrapassado os recordes desde o início da pandemia covid-19 com o registo de 40 mortos, 4 656 infetados e 1 927 doentes internados. Destes internados 275 estão em cuidados intensivos. •
À margem da reunião de apresentação do Orçamento do Município para o ano de 2021, o Partido Socialista de Guimarães destacou a importância para Guimarães “de um documento que dá respostas ao momento difícil que vivemos, sem colocar em causa os compromissos e o futuro do Concelho”. Luís Soares, Presidente da Concelhia do PS afirma que “este é um Orçamento que dá continuidade ao cumprimento do compromisso eleitoral do PS com os vimaranenses”. Luís Soares considera que o Orçamento é uma proposta de confiança para o combate à Covid-19, porque apoia as famílias e as IPSSs nesta situação difícil. Para os socialistas é um Orçamento que desenvolve as freguesias e promove a coesão no Concelho. O PS destaca ainda “o reforço das despesas destinadas à promoção de apoios sociais aos munícipes afetados pela Covid-19: Ao orçamento ordinário da CMG na área social de 3,5 milhões de euros, que inclui os apoios ao pagamento de água, luz, eletrodomésticos, bolsas de estudo, apoio ao transporte, subsídio de arrendamento e apoio alimentar prestados a famílias em situação de vulnerabilidade, os apoios às Instituições Sociais de Solidariedade Social no valor de 1,5 milhões de euros, registamos o reforço muito significativo de apoio às situações relacionadas com a Covid-19”. Luís Soares defende, que “este orçamento desenvolve as freguesias e promove o concelho
de Guimarães porque distribui o investimento direto e indireto pela cidade e pelo concelho com a mesma qualidade das intervenções urbanísticas. Por último, os socialistas consideram que esta proposta “é também uma proposta de Futuro: É um orçamento que não se limita a manter as apostas na Educação e na Cultura, mas também a apresentar medidas específicas para os desafios de futuro: a descarbonização e a digitalização da sociedade, a investigação e o
conhecimento, referindo-se ao reforço dos transportes públicos, dos projetos de mobilidade suave com a construção das Ecovias em todo o concelho, na valorização das ações de proteção da bacia do Ave, do Rio Ave, Vizela e afluentes e ainda na área da digitalização e do conhecimento da instalação da Escola de Artes Performativas, da Academia da Digitalização, do Centro das Descobertas Escola de Engenharia Aeroespacial e da Escola Hotel”, conclui Luís Soares. •
SOCIEDADE
O JORNAL N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
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Criações de alunos do IPCA na final de "Jovens Criadores 2020"
Retrato de Perfil Francisco Zamith por Rui Dias
Nome Francisco Luís Monroy Zamith de Passos Data de Nascimento 25 de junho de 1935 Natural de Valadares, Vila Nova de Gaia Profissão Empresário
Nasceu em Valadares, Vila Nova de Gaia, há 85 anos. Francisco Luís Monroy Zamith de Passos faleceu no domingo, dia 1 de novembro, no Hospital Senhora da Oliveira em Guimarães. Os rotários lamentam a perda de um dos seus mais valorosos membros. Francisco Zamith era um homem de números, um contabilista meticuloso. Foram as questões profissionais que o trouxeram para Guimarães, há muitos anos. Num tempo tão recuado que os costumes que, juntamente com a esposa, trouxe para a cidade, pareciam aos de cá muito “avançados”. Apesar dos seus 85 anos, as questões ligadas à emancipação das mulheres não eram para ele nenhuma novidade, mesmo que não fosse com esse nome. Quando vieram viver para a Cidade Berço, a esposa deslocava-se ao mercado para fazer compras sozinha, “numa altura em que tal não era próprio de uma senhora respeitável”. Francisco Zamith contava esta história de uma forma divertida, para ilustrar a passagem do tempo. Era, com certeza, com orgulho que encarava o facto de a sua filha, Maria José Zamith, ser a primeira presidente do Rotary Clube de Guimarães, do sexo feminino. Em Guimarães, apesar das muitas coisas que fez ao longo dos anos, será para sempre recordado pela ação que teve no Clube Rotary. Na verdade, a sua influência neste meio era tão grande que o Clube, em certas ocasiões, se confundia com o homem. António Lopes, outro rotário, ex-presidente do Rotary Clube de Guimarães, conta um episódio ilustrativo do reconhecimento que Francisco Zamith granjeava. “Uma certa altura, em Lisboa, num restaurante, encontrei dois indivíduos rotários, eram estrangeiros, um espanhol e um
americano. Disse-lhes que era do Rotary Clube de Guimarães, ao que me responderam: ‘do Rotary Clube do Zamith’. Era um embaixador”, relembra António Lopes. A sua dedicação ao movimento confunde-se com a sua vida. Em 1989/90, exerceu o cargo de governador do Distrito 1970, de que faz parte Guimarães. Foi sempre muito ativo na captação de novos “companheiros” (como os rotários se chamam entre si). Num clube que tem pouco mais de quarenta membros, Francisco Zamith era “padrinho” (assim se chama aquele que traz alguém novo para o clube) de mais de 30. Como estes “companheiros” bem sabem, Francisco Zamith não se limitava a levá-los para o Clube, são unânimes em dizer que ele exigia que cumprissem. “Dar de si antes de pensar em si”, é o lema rotário e António Lopes reconhece que se alguém encarnava este lema era Francisco Zamith. “Mesmo hospitalizado ou em convalescença continuava a querer participar nas atividades do Clube”, recorda António Lopes. “Genuinamente preocupado com os outros e com a sua comunidade. Capaz de identificar necessidades e de intervir, sabendo como fazê-lo”, nas palavras de António Lopes. Apaixonado pela vida e determinado em fazê-la feliz, para si e para quem o rodeava. “Uma altura aguardava por uma consulta no hospital, rodeado de gente doente como se imagina. Pois enquanto ele ali esteve só houve sorrisos, tal era sua capacidade de irradiar alegria”, recorda um amigo. Intolerante com os atrasos e procurando sempre antecipar os acontecimentos. Mesmo cheio de amor à vida, tratou de preparar a sua última morada, no cemitério da Atouguia, para onde recolheu ontem. •
O concurso já vai na sua IV edição e é organizado pelo município de Braga, tendo como propósito estimular o espírito crítico e inovador de jovens estilistas. O tema escolhido para o desfile deste ano foi “Bracara Augusta” e todos os jovens do distrito puderam participar. Uma das finalistas apuradas é Débora Costa, frequenta o Curso Técnico Superior de Design de Moda no IPCA. A estudante é natural de Barcelos, inspirou-se nas suas influências diárias e na arquitetura Romana para a criação desta coleção. Leonardo Cunha, também está na final do concurso e no último ano do CTeSP em Design de Moda. O estudante é natural da Póvoa de Lanhoso, inspirou-se no período da monarquia, nas épocas medievais e toda a sua componente histórica com um toque moderno. O vencedor recebe um prémio de 1 500 euros. O segundo classificado recebe um prémio de
1000 euros, enquanto ao terceiro é atribuído um prémio de 500 euros. De referir que o júri foi constituído por Sameiro Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal de Braga, Elsa Barreto,
Lanceiros homenageiam camaradas que já partiram
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estilista e madrinha do evento, pelo estilista Pedro Neto e pelo empresário Manuel Serrão. As votações encontram-se online e decorrem até ao dia 8 de Novembro. •
Romagem da Saudade em versão limitada © Direitos Reservados
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Os estudantes do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) Débora Costa e Leonardo Cunha são finalistas do concurso “Jovens Criadores 2020”, com o tema “Bracara Augusta”.
A Associação de Veteranos Lanceiros de Portugal (AVLP) não quis deixar de assinalar a data em que habitualmente se fazem as visitas ao cemitérios. Na impossibilidade de fazer uma cerimonia mais elaborada, na manhã de domingo, dia 1, foi colocada uma coroa de flores na estrutura de homenagem aos Lanceiros de Portugal, situada na Penha, junto
ao santuário. A deposição da coroa de flores foi feita por um único veterano lanceiro, para não colocar em causa as medidas de confinamento a que a situação de pandemia obriga. Os lanceiros, força de cavalaria que reúne a Polícia do Exército e a antiga Polícia Militar, nunca esquece a sua divisa: “Ajudar a cumprir”. •
A Comissão de Festas Nicolinas para o ano de 2020 fez hoje, dia 1 de novembro, a sua primeira aparição formal à cidade. De acordo com a tradição, é neste dia que a Comissão ruma ao cemitério da Atouguia para aí evocar a memória de todos os Nicolinos já falecidos. Dadas a circunstâncias provocadas pela pandemia de covid-19, a homenagem deste ano cingiu-se à realização do percurso entre a Torre dos Almadas e o cemitério. •
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CONCELHO
N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
Câmara e IHRU estabelecem protocolo para reabilitar Emboladoura e Atouguia
A Câmara Muniipal de Guimarães e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) vão assinar um protocolo para reabilitar os bairros sociais da Emboladoura e da Atouguia.
O texto do protocolo foi votado na Reunião de Câmara, na segunda-feira, dia 26 e votado favoravelmente por unanimidade. O bairro da Emboladoura, em Gondar, é considerado um dos mais degradados da região Norte. “Com este protocolo ficam reunidas as condições das entidades públicas para a concretização das obras nos bairros sociais de Gondar e Atouguia. Espero que os proprietários privados dos 86 fogos, destes bairros, estejam disponíveis para colaborar e que percebam que queremos ajudar. O tempo perdido com incompreensões atrasa as soluções. O meu desejo é que as obras se realizem em 2021”, afirma Domingos Bragança. O presidente manifestou o
seu enorme desconforto relativamente à degradação física destes bairros.
Há 726 famílias em condições indignas de habitação no concelho de Guimarães O bairro da Emboladoura vai sofrer uma intervenção completa, ao passo que no bairro da Atouguia a intervenção se limita aos blocos B e D. Em ambos os casos as obras vão abranger não só as partes comuns, da responsabilidade dos condomínios, mas também as frações. O arranque destas obras estava
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em suspenso por existirem proprietários privados, de algumas frações, que não tinham recursos para custear para fazer face à parte que lhes cabia nos custos. O IHRU, proprietário de 175 frações num total de 231, é incompetente para intervir na propriedade privada. Com este protocolo, a Câmara pode financiar as obras que seriam responsabilidade destes moradores com dificuldades económicas. A este apoio vem juntar-se os incentivos no âmbito da Estratégia Local de Habitação, lançada pelo IHRU. Este documento identificou 726 famílias, em Guimarães, a viver “em condições de indignidade habitacional”. A maioria destas famílias é de Gondar. • Rui Dias
Ponte: Cruz de flores em homenagem aos mortos
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Família de Sande S. Lourenço perde pai e filho no mesmo dia
Uma enorme cruz feita de flores, iluminada por velas foi colocada pela Junta de Freguesia daquela vila, no cemitério local. “É a nossa homenagem a quem já não está entre nós! A Junta de Freguesia de Ponte colocou, no dia de hoje, uma simbólica cruz de flores com velas no centro do cemitério, no fim de semana
em que a Igreja Católica celebra a ‘Festum Omnium Sanctorum’, a festa do dia de Todos-os-Santos, em honra de todos os santos e mártires”. O gesto tem como como finalidade homenagear a memória os habitantes da freguesia que já partiram. Recorde-se que, por deter-
minação da Proteção Civil Municipal, todos os cemitérios do concelho de Guimarães, estão encerrados este sábado e domingo, 31 de outubro e 1 de novembro. Esta foi a forma encontrada pela Junta de Freguesia de Ponte para não deixar passar em claro esta data. •
Os bombeiros das Taipas foram chamados, no dia 30 de outubro, para acorrer a um caso de uma doença súbita, na avenida da Liberdade, em Sande S. Lourenço. No local encontraram um homem de 55 anos, vítima de enfarte. Quando foi dado o alerta à família, depararam-se com o pai da vítima de enfarte morto no leito. A morte, no entanto, não tem ligação com o falecimento do filho, de que este sujeito não chegou a tomar
conhecimento. O homem de 78 anos tinha estado recentemente internado no Hospital da Senhora da Oliveira onde foi submetido a uma intervenção cirúrgica. Tinha tido alta na última quarta-feira. As causas desta morte são desconhecidas, embora o homem se encontrasse muito fragilizado. Os corpos foram removidos para o Gabinete Médico Legal, no Hospital da Senhora da Oliveira. •
ZONA NORTE
O JORNAL N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020 Vizela
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Autarquia apoia restauração e suspende taxas das feiras
Santo Tirso
Câmara promove ação de formação © Direitos Reservados
A Câmara Municipal de Vizela atribuirá um apoio financeiro à Associação Comercial e Industrial de Vizela (ACIV), que corresponderá a 50% do valor das despesas referentes ao fornecimento de águas e eletricidade, assim como a tarifa de disponibilidade do serviço de gestão de resíduos, medidas direcionas aos estabelecimentos comerciais de restauração e bebidas, de modo a minimizar as respetivas perdas. Para além disso, a autarquia decidiu suspender o pagamento da totalidade das taxas da feira semanal de quinta-feira e sábado do concelho de Vizela, com reconhecimento do direito ao crédito do valor pago durante este período, a ter em consideração no
licenciamento de reabertura. Estas medidas adicionais juntam-se a um conjunto de medidas de apoio social já em execução, como por exemplo as duas campanhas de distribuição de máscaras pela população, cuja entrega foi efetuada através dos CTT, num kit composto por quatro máscaras e um folheto explicativo da sua correta utilização. A Câmara Municipal criou também um Plano de Emergência Alimentar e Higienização Familiar destinados a famílias carenciadas e que funcionará como um auxílio ao Banco Alimentar de Vizela, gerido pela Santa Casa da Misericórdia. Junto das escolas também foi definido um Plano de Contingência. •
ACâmara Municipal de Santo Tirso vai promover a ação de formação “Agroalimentar e Biotecnologia” que acontecerá através das plataformas digitais. As candidaturas decorrem de 28 de outubro a 9 de novembro. Esta ação de formação tem como objetivo proporcionar novas oportunidades na área agrolimentar e de biotecnologia e destina-se a potenciais empreendedores. Colaboradores de empresas da Economia Social que trabalham ou pretendam vir a trabalhar nas áreas do agroalimentar e biotecnologia ou mesmo empresários que já estão nestes setores e que pretendam aprofundar conhecimentos nestas temáticas, são as pessoas que se podem candidatar. A formação decorrerá de 9 de novembro a 15 de dezembro e terá um total de 80 horas. •
Município lança pacote para atrair residentes das cidades
PUB
“querer convidar os portugueses a virem viver em Melgaço”, lembrando que a pandemia de Covid-19 obrigou a novos hábitos e fez com que as pessoas “repensassem o seu modo de viver e onde viver”. O autarca diz ainda que esta cidade portuguesa “proporciona o melhor desse mundo. Aqui, em Melgaço,vão encontrar os serviços básicos necessários para uma vida saudável. •
Realizadora Ana Rocha de Sousa no Festival Ymotion Ana Rocha de Sousa, autora do filme “Listen”, que este ano arrecadou seis prémios no Festival de Cinema de Veneza, é presença confirmada no Ymotion, o Festival de Cinema Jovem promovido pela Câmara Municipal de Famalicão. A fase final do festival arrancou no dia 2 de novembro e decorrerá até ao próximo dia 7 de novembro, dia em que serão conhecidos os vencedores dos oito prémios atribuídos pelo Ymotion, com natural destaque para o “Grande Prémio Joaquim de Almeida”, no valor de 2500 euros, que será entregue à melhor das 45 curtas em competição. Para além da exibição de uma das suas curtas-metragens, Ana Rocha de Sousa estará também à conversa com Rui Pedro Tendinha, jornalista e comissário do Ymotion, que nesse mesmo dia estará ainda à conversa com o autor e realizador Diogo Morgado. Para além da atribuição dos prémios, contará também com a atribuição do Prémio Carreira ao ator português Nuno Lopes. • © Direitos Reservados
Portugal e o mundo Quarta-feira Azerbaijão e Arménia Os dois países trocam acusações sobre mortes de civis em bombardeamentos. •
Quinta-feira
Polónia aprova lei do aborto A gravidez só pode ser interrompida legalmente em caso de violação ou incesto. •
Sexta-feira
Sismo no mar Egeu
Abalo de magnitude sete provocou 27 mortos e pelo menos 800 feridos. •
Sábado
Covid-19: Confrontos em Barcelona Confrontos entre polícia e manifestantes devido às restrições impostas. •
Domingo
Esfaqueamento no Canadá Um homem esfaqueou várias pessoas no centro da cidade de Quebeque. •
Segunda-feira
Melgaço
A autarquia lançou um novo pacote para atrair residentes das grandes cidades, intitulado “Viver em Melgaço”. As novas medidas contam com uma isenção para construir habitação própria, fundos de apoio à criação de micro-negócios ou novos apoios à natalidade e a famílias numerosas. Em comunicado enviado às redações, Manoel Batista, presidente da Câmara, reforça a ideia de
Famalicão
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Robert Fisk morreu aos 74 anos, em Dublin. O jornalista cobriu o 25 de abril. •
Terça-feira
Pessoas em fuga em Moçambique Guerra em Cabo Delgado colocou mais de 11.200 pessoas em fuga. •
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OPINIÃO
N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
Opinião de Vânia Dias da Silva
ESTADO DE INEBRIAÇÃO Vivemos há oito meses suspensos entre estados – de alerta, de contingência, de calamidade e de emergência – e, neles, temos visto pendurados, à espera, os direitos e liberdades mais básicos, que nem nos nossos mais sombrios pesadelos sonhávamos ver suprimidos. Mas vimos. E, pela amostra, veremos durante muito tempo ainda. À parte considerações de cariz legal – já aqui disse há meses que só em estado de excepção constitucional podíamos legi-
timar as medidas que vinham sendo tomadas, sob pena de ambiguidade e de arbitrariedade e, pior, do perigoso precedente que criavam – o outro lado não menos importante da questão prende-se com um outro estado, que não se decreta, mas que pode ser bastante útil a uns e, paradoxalmente, muitíssimo perturbador para todos: o estado de inebriação. Que, de resto, o Governo aproveita para nos envolver em sucessivos engodos como a falácia da descida do IRS
e da preparação do SNS para o período que atravessamos ou a “moralidade” das escolhas sobre o que proibir e não proibir, travestidas de equidade e de objectividade. Malogradamente, porém, o mais grave deste estado de inebriação não é o que o Governo beneficia com ele – porque mais tarde ou mais cedo a realidade acaba por esmagar a ilusão, embora, às vezes, com prejuízos já irreparáveis como é o caso, só para citar os do momento, da disponibilização de mais camas de cuidados intensivos ou da contratação de mais médicos e enfermeiros (a sério, só agora? E em Janeiro, quando a ruptura é iminente em Novembro?!) – mas antes o que nós, todos nós, deixamos passar por estarmos demasiado envolvidos por ele. É precisamente este último ponto que quero enfatizar - o que vamos deixando andar, mergulhados nos nossos medos e preocupações quotidianas, esquecendo que, “lá fora”, há mais mundo e mais ameaças, seguramente mais insidiosas. E há uma em particular que paira sobre nós, numa tentativa óbvia de destruir o nosso modo de vida e de estabelecer um outro, que, com desculpas várias, vamos fingindo ser normal e compreen-
sível. Se, por cá, nos vão proibindo de ir ao cemitério no dia de finados mas nos deixam ir a um concerto ou ao teatro – opção altamente duvidosa até sob o ponto de vista da saúde pública mas, sobretudo, reveladora da intenção – em França, os continuados ataques de radicais islamitas só confirmam o que preferimos ir ignorando: que há cada vez mais radicais dispostos a interpretar o Corão ao pé da letra e a impor a “Sharia”, matando todos os que não pensem como eles para, finalmente, subjugar os que sobrem. Por isso é que pôr a questão como a pôs o Bispo do Porto – “O atentado (…) é o resultado dos preconceitos daqueles europeus que não só não fomentam o diálogo intercultural e inter-religioso…” – é um desastre que adensa o tal estado de inebriação em que já vivemos e que, no limite, nos conduzirá direitos ao abismo. Não, Senhor D. Manuel Linda, a culpa não é nossa. Nós acolhemos, respeitamos e não temos feito outra coisa senão dialogar. E, sim. Um radical não faz de todos radicais. Mas como há mesmo muitos radicais pouco importados com o nosso monólogo, o caminho é outro. Deixar entrar quem venha por bem e
dialogar com esses – fazem-nos falta – triar a sério quem entra e punir e perseguir quem nos faz mal. Assim mesmo, sem meias palavras. •
O outro lado não menos importante da questão prende-se com um outro estado, que não se decreta, mas que pode ser bastante útil a uns e, paradoxalmente, muitíssimo perturbador para todos: o estado de inebriação.
CLASSIFICADOS
O JORNAL N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
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PORTO | PENCELO
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No dia 7-nov-2020 (sábado), às 19h00, na Igreja de N.ª Sr.ª da Boavista - Porto, será celebrada missa de 30.º dia pela sua alma.
No dia 8-nov-2020 (domingo), às 9:00 horas, na Igreja de Santos Passos, será celebrada missa de 7.º dia pela sua alma.
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No dia 8-nov-2020 (domingo), às 17:00 horas, na Basílica de São Torcato, será celebrada missa de 30.º dia pela sua alma.
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N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
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No banco estava a solução para cantar de galo em Barcelos
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Bruno Duarte quebrou jejum de golos e deu vantagem ao Vitória ao intervalo. Reação gilista permitiu o empate, mas João Henriques foi ao banco encontrar o antídoto para o triunfo. O Vitória venceu no reduto do Gil Vicente, por 2-1, dividindo o quarto lugar na classificação com F.C. Porto e Santa Clara, respetivamente. Em nove pontos possíveis como visitante, sete já chegaram ao castelo do Rei D. Afonso Henriques. Com Ricardo Quaresma em bom plano, o internacional português assistiu Bruno Duarte para o golo que deu vantagem ao Vitória ao intervalo. O brasileiro quebrou o jejum, antecipandose com mérito ao defesa local. O Gil Vicente entrou melhor no segundo tempo e só a atenção de Gideon Mensah, em cima da linha de golo, evitou o empate. Na resposta, Jacob Maddox teve tudo para ampliar o marcador, mas prevalecerem os reflexos do guarda-redes gilista. Quem não marca arrisca-se a sofrer e a equipa da casa, por intermédio de Samuel Lino, chegou ao empate. João Henriques reagiu e refrescou o coletivo com as entradas de Holm e Rochinha e arriscou com as saídas de Mumin e Quaresma para as entradas
© VSC
de Edwards e André Almeida. O Vitória empurrou os gilistas para o seu setor mais defensivo e, no penúltimo minuto, viu o coletivo chegar à felicidade, com Rochinha a apontar o golo da vitória. Edwards teve visão e assistiu na perfeição o colega para o lance da felicidade. João Henriques reconheceu que o Gil Vicente teve uma boa reação, mas adiantou que o plano traçado previa um crescimento nos últimos 20 minutos. “Houve uma boa reação do Gil Vicente na segunda parte, mérito para eles. Mas, no nosso plano, sabíamos que nos últimos 20 minutos, refrescando o meio-campo e o ataque, conseguiríamos finalizar e ampliar ou chegar à vantagem”, adiantou.
Ganês Mumin tem via aberta fixar-se como titular
tempo com bola, a controlar mais o jogo e os seus ritmos. É o meu terceiro jogo, temos duas vitórias fora e em terrenos difíceis (Bessa
Seleções recrutam mais dois Jung-Min Kim e Lyle Foster também vão estar ausentes dos trabalhos do coletivo liderado por João Henriques na próxima semana. O sul-coreano foi convocado para representar os sub-23 do seu país nos amigáveis com o Egito e o Brasil, a 12 e 14 de novembro, respetivamente. Lyle Foster estará ao serviço dos sub-23 da África do Sul no duplo confronto com a Arábia Saudita, a 14 e 17 de novembro. Na semana passada, recorde-se, o lateral direito maliano Sacko foi recrutado pelo seu país para o duplo confronto com a Namíbia, a 13 e 17 de novembro, e o norueguês Noah Holm para representar os sub-21 nos jogos com Gibraltar e Bielorrússia, a 13 e 18 de novembro. Nos próximos dias, o plantel liderado por João Henriques poderá sofrer novas baixas. Bruno Varela é o guarda-redes menos batido do campeonato e poderá ter nova oportunidade
© Direitos Reservados
de Fernando Santos. Tié, Trmal e Mensah também podem
Melhor defesa à sexta jornada Cumpridas seis jornadas no campeonato, o Vitória passou a ter a defesa menos batida do campeonato. Os vitorianos apenas sofreram três golos na competição, com menos um golo sofrido pelo líder Sporting, o próximo adversário. •
“O caminho é este” O Vitória não fez um bom jogo, mas João Henriques enalteceu o crescimento. “Soubemos sofrer. O crescimento desta equipa tem de ser sustentado em vitórias. Agora há coisas a consolidar e a melhorar. Mas já estamos mais
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ser chamados às respetivas seleções. •
e Barcelos) e um derby com o SC Braga que nos deixou amargo de boca. São seis pontos em três jogos”, lembrou •
Herculano resolveu dérbi com o Sp.Braga Um golo do jovem Herculano Nabian, de apenas 16 anos, foi suficiente para o triunfo no dérbi minhoto com o rival Sp.Braga, em jogo referente a mais uma jornada da Liga Revelação. Após uma longa paragem, devido à existência de dez casos de Covid-19, o conjunto liderado pelo austríaco Dominik Glawogger regressou em alta ao campeonato de sub-23, justificando o sucesso alcançado, com um remate eficaz do jovem ponta de lança nos minutos finais da primeira parte. Após um início de época negativo, com três derrotas em igual número de jogos, a jovem equipa vitoriana terá agora maior motivação para os próximos encontros e com possibilidades de subir lugares na classificação, dado que tem alguns jogos em atraso para cumprir. •
Jorge Fernandes tem mais um jogo de castigo para cumprir, permitindo ao ganês Mumin continuar como primeira escolha de João Henriques para o centro da defesa. O treinador deverá manter a parceria com o inglês Suliman. •
Maddox é para manter no onze com o Sporting O inglês estreou-se pelo Vitória no triunfo diante o Gil Vicente e, pela resposta positiva que deu, o jogador britânico deverá continuar como primeira opção da equipa técnica para a receção aos leões. •
Equipa B tem dérbi no reduto do Pevidém A equipa do Vitória, liderada pelo técnico Bino Maçães, que procura chegar à liderança da série B, tem visita marcada ao reduto do Pevidém, formação liderada por João Pedro Coelho. Os dois conjuntos partem para o encontro com jogos em atraso. •
FUTEBOL
O JORNAL N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
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Derrota em Vila de Conde em jogo com muitas baixas
Surto de Covid-19 dita suspensão dos trabalhos O surto de Covid-19 detetado, anteontem, no plantel do Moreirense, já ditou o encerramento, das instalações do Parque Desportivo Comendador de Joaquim de Almeida para que o espaço seja alvo de uma desinfeção ainda mais aprimorada. Segundo apurou o Mais Guimarães, entre jogadores, treinadores e staff de apoio ao grupo de trabalho, mais de duas dezenas de elementos testaram positivo, o que determinou de imediato a suspensão dos treinos e do encaminhamento de todos os envolvidos para as respetivas habitações para o cumprimento de quarentena. Grande parte dos elementos testados não apresentam sintomas, mas o isolamento profilático será para cumprir por um período de dez dias. Até lá, o Moreirense tem os seus treinos suspensos. Apanhados de surpresa, dado que nas horas que antecederam o jogo com o Rio Ave apenas sete elementos tinham testado positivo, a SAD liderada por Vítor Magalhães procura perceber o foco que ditou o alastramento para os restantes elementos. No entanto, o mesmo poderá ter nascido de
© MFC
um caso isolado, dado que na estrutura existem vários elementos que residem em concelhos, como o de Guimarães, onde a taxa de casos positivos tem crescido nos últimos dias. Desde que o futebol foi autorizado a regressar, os jo-
Campeonato de Portugal
Carlos Medina reforça o setor defensivo
gadores têm sido divididos pelos vários balneários existentes e, quando os treinos são realizados noutros espaços, fazem a viagem em diversas viaturas O jogo com o Paços de Ferreira, inicialmente agendado para o
© Direitos Reservados
próximo sábado, já não será realizado. Porém, fica a dúvida se haverá acordo para o adiamento, ou se o Moreirense será penalizado com derrota, dado que essa possibilidade está prevista nos regulamentos. •
Campeonato de Portugal
Partidas da quinta jornada reagendadas
Os encontros adiados da quinta jornada da série B do Campeonato de Portugal já foram reagendados. O Pevidém visitará o Rio Ave no próximo dia 22 de novembro, com início marcado para as 15h00. Uma semana antes, a equipa vimaranense receberá o Tirsense, em jogo em atraso da primeira
jornada. Quanto ao Vitória B, a receção ao São Martinho foi reagendada para o próximo dia 15 de novembro, pelas 15h00, na Pista Gémeos Castro. Já o Berço, disputará o encontro com o Tirsense a 22 de novembro (15h00), na Pista Gémeos Castro. • © Direitos Reservados
O defesa equatoriano Carlos Medina, de 19 anos, é reforço do Pevidém. O jovem sul-americano chega ao plantel liderado por João Pedro Coelho proveniente dos juniores Leixões. Carlos Medina já poderá ser utilizado na próxima jornada do campeonato, precisamente no dérbi com o Vitória B. O defesa Pedro Paul, de 18 anos, que na temporada passada ali-
© Liga Portugal
Testes realizados na passada segunda-feira detetaram um elevado de número de casos positivos. Treinos estão suspensos. Jogo com o Paços de Ferreira não será realizado. Subsiste a dúvida se haverá acordo para o adiamento.
nhou no Desportivo das Aves, poderá tornar-se no próximo reforço do Pevidém. Segundo apurou o Mais Guimarães, o jovem defesa, que fez quase toda a sua formação no Portimonense, deverá vincular-se ao emblema liderado por Rui Machado nas próximas horas. No entanto, ainda não deverá ser opção da equipa técnica para o jogo do fim-de-semana. •
O Moreirense apresentou-se limitado na visita ao Rio Ave, mas apesar da derrota averbada, por 2-0, protagonizou um bom jogo e mostrou ter qualidades para realizar um campeonato tranquilo. Mesmo só com cinco suplentes e sem guarda-redes no banco, a equipa liderada por Ricardo Soares, que não marcou presença no jogo, por ter testado positivo à Covid-19, esteve sempre na discussão do resultado. No entanto, prevaleceu a maior eficácia de Lucas Piazón. A equipa da casa entrou melhor no desafio e chegou cedo à vantagem. Carlos Mané, sempre muito ativo, criou vários problemas à defensiva vimaranense. O Moreirense respondeu bem à desvantagem e dispôs de várias ocasiões para empatar. Filipe Pires e Pedro Nuno estiveram muito ativos, mas com um rendimento insuficiente para criar mossas no setor defensivo local. O equilíbrio, apesar do ligeiro ascendente do Rio Ave, foi nota dominante nos primeiros 45 minutos. O descanso trouxe maior emotividade ao encontro, com velocidade e transições rápidas a obrigarem os guarda-redes a terem atenções redobradas. Carlos Mané, logo nos minutos iniciais, incomodou. Na resposta, foi a vez de Filipe Soares assustar. Numa partida emotiva, os guarda-redes também deram espetáculo. Primeiro com uma magnífica intervenção de Kieszek a negar o golo a Pires. Minutos mais tarde, foi a classe de Pasinato que impediu o golo ao Rio Ave. Limitado de opções no banco, as substituições operadas permitiram ao Moreirense refrescar o coletivo, mas insuficientes para reentrar na discussão do resultado. Aliás, seria a equipa da casa a chegar ao golo da tranquilidade, através de uma grande penalidade. •
FUTEBOL
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Divisão de Honra arranca com três dérbis vimaranenses que prometem emoção
Rui Nogueira (Campelos)
Sete equipas vimaranenses dão o pontapé de saída na Divisão de Honra da AF Braga. O Mais Guimarães foi ao encontro dos treinadores para conhecer o estado de espírito das respetivas equipas (1) e projetar os duelos da primeira jornada (2).
André Pereira (Airão)
Bernardino Névoa (Pevidém B)
Stephane Varela (Selho)
Ricardo Macedo (Polvoreira)
1 - Está bem melhor do que a uma semana atrás. O grupo está mais completo, fazendo aumentar a competitividade interna e aumentando os índices de atenção e agressividade. Trabalhar com todos também nos permite fazer escolhas e preparar especificamente o primeiro jogo. Aproveitar a última semana antes da competição para acertar apenas pormeno-
res e estaremos prontos 2 – O Pevidém B é uma equipa muito jovem, mas com muita qualidade individual e irreverente. É uma equipa que treina sem pausas desde o início de setembro, o que faz aumentar a sua intensidade e a sua organização. Estamos a preparar esse jogo a contar com um Pevidém no máximo das suas capacidades. •
1 - Foi pena não termos jogado este último fim-de-semana, mas encontramo-nos bem e prontos para iniciar a competição. Apesar do contexto em que vivemos, o mesmo é igual para todos, não adianta sempre falar do mesmo. Importante é focar naquilo que nós controlamos, que é a nossa equipa, e nisso estamos fortes, comprometidos, organizados e intensos 2 – O Airão é uma equipa forte, que é das favoritas a atingir
outros patamares, com bons jogadores, com um grande treinador, que admiro muito. É um encontro com duas ideias de jogo positivas, a promover o jogo e os jogadores. Pena não haver público, porque vai ser um jogo com duas equipas com características diferentes, mas muito próprias. São duas equipas com duas abordagens positivas e duas equipas à procura dos três pontos. Que ganhe o melhor. •
1 - Temos trabalhado com o objetivo de entrar com o pé direito no campeonato. Sentimos que a equipa tem crescido ao longo desta pré-época. No entanto, pensamos que existe margem para crescer. A competição traz outros ingredientes difíceis de projetar em contexto de treino, como a adrenalina e a disputa de pontos, que obrigam os jogadores a testar os seus limites. Eles querem competir e sinto-os preparados para os desafios que se avizinham 2 – É o reencontro de duas equi-
pas que se defrontaram a época passada. A equipa técnica do Campelos mantém-se e grande parte dos jogadores também, por isso, sabemos o que vamos encontrar. Mas o conhecimento será certamente mútuo. Sabemos das suas forças e fraquezas e é por aí que vamos avançar para o jogo. É um confronto entre vizinhos, um derbi, e isso aumenta a competitividade. Pensamos que é muito importante ser competentes num contexto como este. Estamos confiantes. •
1 - Foi pena não termos jogado este último fim-de-semana, mas encontramo-nos bem e prontos para iniciar a competição. Apesar do contexto em que vivemos, o mesmo é igual para todos, não adianta sempre falar do mesmo. Importante é focar naquilo que nós controlamos, que é a nossa equipa, e nisso estamos fortes, comprometidos, organizados e intensos 2 – O Airão é uma equipa forte, que é das favoritas a atingir
outros patamares, com bons jogadores, com um grande treinador, que admiro muito. É um encontro com duas ideias de jogo positivas, a promover o jogo e os jogadores. Pena não haver público, porque vai ser um jogo com duas equipas com características diferentes, mas muito próprias. São duas equipas com duas abordagens positivas e duas equipas à procura dos três pontos. Que ganhe o melhor. •
1 – A equipa está a dar-nos boas indicações para um bom
Armando Jorge (Urgeses)
Nuno Gonçalves (Gonça)
1 – Pela resposta que os meus jogadores têm dado, apesar de ainda não estarmos na nossa melhor condição física, vamos iniciar o campeonato com uma dinâmica de vitória e, independente do onze que venhamos a
início de campeonato, revelando uma grande vontade de iniciar a competição, depois de uma longa paragem e uma pré-época ligeiramente mais extensa que o habitual. Ambicionamos entrar bem neste campeonato. 2 – Um dérbi contra uma equipa de qualidade bem orientada, contamos com um jogo de grau de dificuldade elevado e intenso onde vamos procurar ser mais competentes que o Selho para que possamos conquistar os três pontos. •
1 – Foi uma pré-época atípica e que causa desgaste nos atletas, mas penso que estão determinados e querem muito iniciar bem o campeonato. 2 – Será um jogo difícil, pois o Pica é uma equipa com pergaminhos. Mas em casa queremos ser mandões e procurar garantir os três pontos. •
apresentar ou que possamos ter disponível, vai ser um onze que vai dar garantias de conseguirmos esse objetivo de conquistar os três pontos. 2 – É um adversário que, apesar de ter alterado muito o seu plantel e não termos um conhecimento aprofundado do seu real valor, tem por norma equipas bastante aguerridas e competitivas. Derivado a essa mesma falta de conhecimento, estamos focados somente nos comportamentos que temos de ter nos diversos momentos do jogo. Tenho um grupo de trabalho a trabalhar nos limites para estar preparado para o jogo e conseguir entrar a vencer no campeonato. •
Pró-Nacional
Sandinenses e Ponte reforçaram-se Sandinenses e Ponte reforçaram-se nos últimos dias. Vitoriosos no arranque do Pró-Nacional, Ricardo Macedo da Silva e Filipe Oliveira, presidentes do Sandinenses e Ponte, respetivamente, optaram por dotar os respetivos grupos de trabalho com novos elementos. O médio Cardoso, de 29 anos, que iniciou a temporada ao serviço do Brito, é reforço para o treinador Pedro Adão. Jogador com vasta experiência nos nacionais de futebol, o médio já poderá ser utilizado na próxima jornada. O defesa central Pepe, de 22 anos, ex Aliança de Gandra, é reforço do Ponte. O defesa, que na época passada brilhou ao
© Direitos Reservados
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servido do Lousada, tendo integrado os trabalhos da seleção da Associação de Futebol do Porto, é a mais recente novidade no plantel liderado por Zé Faria. Com ritmo competitivo, Pepe já poderá ser opção para os próximos encontros. •
+ DESPORTO
O JORNAL N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
Doze equipas vimaranenses dão o pontapé no próximo fim-de-semana no campeonato da primeira divisão da Associação de Futebol de Braga. O Mais Guimarães foi ao encontro dos treinadores para conhecer o estado de espírito das respetivas equipas. O Santo Estevão deverá ficar isento na primeira jornada da série C, face à passagem do Santiago Mascotelos para a série D.
Bruno Macedo (Santo Estevão)
Luís Mendes
(Santiago Mascotelos)
Miguel Gomes (Souto)
Manu Fernandes (São Cristovão)
José Ribeiro (Brito B)
Ricardo Lopes (Ronfe B)
Cada vez mais estamos melhor e o grupo tem assimilado bem as ideias. Mas ainda temos um plantel reduzido e estamos a tentar acrescentar algumas mais-valias. Precisamos ainda de três e quatro jogadores. •
Estamos a contar os dias para começar a competir. A equipa está preparada para dar início ao objetivo, que passa pela subida de divisão. •
A nossa equipa está apta e com muita confiança para o início do campeonato. O Souto tem um plantel que dá garantias para discutir os três pontos com todos os adversários. •
A equipa está motivada para começar a competir. Sinto os atletas estão focados e determinados. Apesar do pouco tempo que tivemos para preparar o início a época, acredito que iremos dar uma boa resposta desde o início da competição. •
Tem sido uma pré-época atípica, o que foi um pouco transversal a toda a comunidade do desporto não profissional. Não tivemos a quantidade de amigáveis que queríamos, mas sabemos de toda a nossa capacidade e os objetivos permanecem intactos, ou seja, promover ao máximo os jovens deste clube, sem nunca tirar o foco da vitória. •
Estamos em crescimento. As condições da pré-época não foram as mais favoráveis, quer pela falta de campo, quer pelo facto de termos de construir o plantel à pressa. Alguns jogadores tiveram de fazer quarentena. Mas temos muita qualidade e vamos estar preparados. •
Leandro Pinheiro (Prazinz/Corvite)
Hugo Silva (Ases)
Fábio Oliveira (Sandinenses B)
Joaquim Vieira (Aldão Cano)
António Pereira (Longos)
André Fernandes (Tabuadelo)
Ténis
João Sousa desceu mais quatro posições © Direitos Reservados
Equipas vimaranenses iniciam a sua participação na primeira divisão
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A equipa está preparada e motivada para honrar todos os objetivos a que propusemos, mas a equipa tem plena consciência da situação atual e o quanto pode ter influência nesta época. Mesmo assim, não perde o foco. •
Fisicamente e psicologicamente, estamos preparados para iniciar o campeonato. Tivemos muito tempo para o fazer e sentimos que estamos preparados. Contudo, ainda há muito trabalho a fazer. •
Estamos muito atrasados. Temos apenas oito treinos, mas temos uma boa base da época passada que já me conhecem, e isso vai permitir dar já uma boa resposta no primeiro jogo. •
A equipa está a crescer mas ainda temos muito trabalho físico e técnico-tático para chegar ao que pretendemos, devido à longa paragem que tivemos e ao pouco tempo de preparação. Mas estamos no bom caminho e com um grande espírito de grupo.•
O tenista João Sousa desceu mais quatro posições no ranking mundial ATP. O vimaranense passou para a 88ª posição, naquela que é a pior posição desde setembro de 2013. Afetado por lesões, a última das quais no braço direito, João Sousa desistiu de participar no Masters 1000 de Paris-Bercy, mas com o objetivo de fechar o ano de 2020 a competir, precisamente no ATP 250 de Sófia, na Bulgária. A possibilidade de disputarem torneios no ATP Challenger Tour chegou a estar equacionado, contudo, dificilmente João Sousa optará por esse tipo de torneios. Após o ATP na Bulgária, o vimaranense aproveitará os dias sem competição para debelar na totalidade todas as mazelas sofridas em 2020 • Modalidades
A equipa está numa fase de recuperação, depois de uma semana muito complicada em que um jogador nosso deu positivo à Covid-19. Vamos ver como corre esta semana, mas é um início de época atípica. Não conseguimos, de forma natural, pensar apenas no futebol por causa desta pandemia. Certamente estaremos preparados, mas nunca a 100%. •
A equipa está preparada para o início da época. Fizemos bastantes jogos de preparação que nos deram indicadores positivos para o que aí vem. A imensa juventude que temos no plantel está a assimilar as nossas ideias muito rapidamente, o que nos dá garantias de estar preparada para o arranque da época. •
Xico Andebol defende liderança O Xico Andebol vai defender a liderança na segunda divisão no reduto do São Paio de Oleiros, em partida agendada para o próximo sábado (21h00). O treinador Pedro Correia foi claro na abordagem ao jogo. “Estamos no lugar que queremos e vamos defender esta posição até ao fim. Teremos pela frente um adversário competente e combativo, mas queremos conquistar a vitória. No plano teórico somos favoritos, mas esse favoritismo tem de ser provado dentro de campo e com respeito pelo adversário. Temos de estar num bom nível para evitar surpresas”, lembrou o responsável técnico da equipa vimaranense. •
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ARTES E ESPETÁCULOS
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Surdina: Prémio de melhor atriz e melhor ator em Liverpool © Direitos Reservados
Adelaide Teixeira venceu o prémio de melhor atriz e Antonio Durães o prémio de melhor ator, no Liverpool Film Festival, com o filme Surdina de Rodrigo Areias.
Braga
Jorge Palma atua no Festival para Gente Sentada © Direitos Reservados
O filme já venceu o Remi de Prata de melhor comédia negra no 53º WorldFest-Houston, o prémio de melhor filme estrangeiro no Kiev IFF, melhor filme internacional no Central States IndieFilmFest, e melhor longa metragem no 12º Jaipur IFF.
Rodrigo Areias contou ao Mais Guimarães que Surdina é uma tragicomédia, inteiramente rodada em Guimarães, assumindo que a história se passa nesta mesma cidade. “É, de certa forma, uma história de amor”, explicou, no qual os personagens têm cerca
de 60 anos. “Tem a ver com a vida nestes meios pequenos, a vida com os vizinhos, com a relação que tem muito do excesso de proximidade”. Surdina é um filme do realizador vimaranense Rodrigo Areias e escrito por Valter Hugo Mãe. O escritor tem raízes fami-
Barcelos
Mês de novembro com programação preenchida no Theatro Gil Vicente
liares em Guimarães, nomeadamente em Selho – São Cristóvão e Candoso – S.Martinho, tendo nascido em Saurimo, Angola. Sudina explora o universo e as diferentes vivências entre o centro da cidade de Guimarães e o meio mais rural, Selho S.Cristóvão.” •
O Festival para Gente Sentada terá uma edição de Natal em três dias, em dezembro. A 17ª edição deste evento vai-se realizar nos dias 17,18 e 19 de dezembro. O festival irá abrir com os temas da jovem artista Surma e as poéticas letras do cantautor Benjamim. Já na segunda noite haverá um concerto de Samuel Úria, considerado um dos melhores compositores e intérpretes da sua geração. Na terceira e última noite, dia 19 de dezembro, aturam os bracarenses Ocenpsiea e Jorge Palma. É de realçar que os bilhetes estarão à venda em breve. O Festival para Gente Sentada, que se realizou pela primeira vez em Braga em 2015, após dez edições em Santa Maria da Feira, é uma coprodução de Ritmos, da Câmara Municipal de Braga e do Theatro Circo. •
Famalicão
Jorge Pinheiro – obras da coleção de Serralves © Direitos Reservados
O cinema inicia a sua programação com a Associação ZOOM – Cineclube de Barcelos a apresentar cinco sessões: “Ciclo: Estados de Juventude 1.ª parte, no dia 3, a 2.ª parte, no dia 4, a 3.ª parte no dia 5. Estas curta-metragens inserem-se no Dia Mundial do Cinema que se comemora a 5 de novembro. No dia dez continua com a programação de cinema, desta vez com “Ordem Moral”, de Mário Barroso e “O ano da morte de Ricardo Reis”, de João Botelho, no dia 17. Ambas as sessões têm início marcado para as 21h30com entrada paga. No dia 7 de novembro, a Fundação GDA promove uma ação de divulgação e sensibilização sobre “Direitos de Autor e Direitos
Conexos”, com duas sessões, uma às 16h00 e outra às 19h00. A entrada é gratuita e a ação permite a emissão de certificado de participação. O músico barcelense João Dias, finalista do Got Talent, irá atuar no dia 14 com entrada gratuita. Já no dia 19 de novembro vai haver um espetáculo intitulado Filme-Concerto de Tresor&Bosxh, evento inserido no ciclo de concertos “triciclo”, e no dia 26 “Tomorrow is the question”, de Demian Cabaud Quarteto, do Ciclo de Jazz ao Largo. Os espetáculos acontecem às 22h00 e têm o valor de três euros. O auditório da Biblioteca Municipal recebe, no dia 6, às 22h00, o concerto dos Evols, inserido no “triciclo”. A entrada custa também três euros.
No âmbito do serviço educativo, programa dedicado à comunidade escolar, o Theatro recebe no dia 11, duas sessões, às 10:30 e 14h30, de teatro infantil com a peça “Em Pessoa” pela CTB – Companhia de Teatro de Braga. A rubrica “Em família no TGV” reserva a tarde de domingo, dia 15, às 16h00, com o musical “A Casinha de Chocolate”, pela GrowUp Eventos. Nos dias 27, 28 e 30 de novembro dá-se também início ao Ciclo de Jovens Fadistas de Barcelos com os fadistas barcelenses Sónia Lopes, Mário Bruno e Joana Lopes, respetivamente. Esta iniciativa conta a organização da Casa da Juventude, a partir das 21h30, no Theatro Gil Vicente. •
Jorge Pinheiro é reconhecido como um dos nomes mais influentes do contexto artístico português da segunda metade do século XX, integrando o célebre grupo “Os 4 vintes” em 1968, juntamente com Ângelo de Sousa, Armando Alves e José Rodrigues. Ao longo de uma carreira de mais de 50 anos, Pinheiro tem vindo a desenvolver uma obra de uma profunda coerência teórica e intelectual traduzida num corpo de trabalho visualmente diverso, no qual coexis-
tem a pintura figurativa e a abstração concreta e conceptual. A sua obra baseia-se em princípios de matemática e semiótica, sendo particularmente inspirada na célebre sequência de Fibonacci, matemático italiano do século XII, segundo a qual cada número sucessivo resulta da soma dos dois números anteriores. A exposição estará patente de 4 de novembro a 21 de dezembro, na Casa das Artes, em Famalicão. •
PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEIS
O JORNAL N266 QUARTA-FEIRA 04 NOVEMBRO 2020
P.21
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Farmácias de serviço Quarta-feira 04 de novembro
Farmácia Avenida
Avenida D. João IV - Tlf: 253 521 122
Portugal à mesa com
Quinta-feira 05 de novembro
Farmácia Paula Martins
Mário Moreira
Rua Teixeira Pascoais - Tlf: 253 415 8334 Sexta-feira 06 de novembro
Farmácia Lobo
Avenida Londres - Tlf: 253 412 124
Pimenta (cont. nº2)
Sábado 07 de novembro
Farmácia Vitória (Creixomil) Guimarães Shopping - Tlf: 253 517 180
“No meu tempero tem um pouco de pimenta; não é todo o mundo que gosta, nem todo o mundo que aguenta” Clarice Lispector A pimenta é a seguir ao sal o condimento mais utilizado em todo o mundo. Os grãos de pimenta não têm nada que ver com as plantas do pimentão e do pimento doce, muito embora sejam ingredientes que emprestam um precioso contributo condimentando a nossa alimentação com sabor picante. A pimenta moida em saquetas dentro de algum tempo apresenta um sabor desagrável e poeirento, muitas vezes com misturas de outros produtos, como caroços de tâmaras moídos, pelo que se aconselha comprar a pimenta em grão. Os grãos de pimenta devem ser libertos de pó, aromáticos, ter uma textura dura para não se deixarem amassar entre os dedos. Nada melhor do que ter um moinho na cozinha, o aroma e o
Domingo 08 de novembro
Farmácia Hórus
Largo do Toural - Tlf: 253 517 144
*Farmácia Faria
R. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 34
sabor da pimenta moida no momento é diferente do gosto e do cheiro seco daquele que compramos em saquetas em pó. Falar de pimenta, vem-nos à memória a pimenta preta. As suas bagas devem ser apanhadas verdes e deixadas a secar ao sol, até que se transformem de cor preta ou castanho-escuro. A pimenta branca resulta da mesma planta, mas para obter a sua cor, é necessário que as bagas amadureçam e atinjam uma cor avermelhada a fermentar ao sol. Após esta operação são retiradas as cascas com sucessivas lavagens. Os grãos são colocados de novo a secar, tornando-se, deste modo, esbranquiçados e lisos. Vem-nos também à memória, em ganapos, de sermos repreendidos com pimenta na língua quando contrariavamos os nossos tutores.
Segunda-feira 09 de novembro
Farmácia do Parque
R. Dr. Carlos Saraiva 46 - Tlf: 253 516 046 Terça-feira 10 de novembro
Farmácia Pereira
Alameda S. Dâmaso - Tlf: 253 412 950
*Em regime de disponibilidade
Dê sangue! COLHEITA PERMANENTE
“Posta de novilho com molho de mostarda com pimenta preta”
Todas as Terças-feiras das 14h30 às 19h00 Primeiro e terceiro Sábado de cada mês das 09h00 às 12h30 Local Casa do dador (Azurém)
© Direitos Reservados
O que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia... Levar uma frigideira ao lume com uma colher de azeite, 1 colher de sopa de manteiga, um dente de alho esmagado com casca, 1 folha de louro, grelhar as 4 postas de 250gr cada, de ambos os lados. Reservar os bifes em local quente. Aproveitar os sucos da carne, adicionar 1 colher de alho francês picado, 5 cogumelos brancos laminados, deixar confecionar até que
fiquem macios. Levar ao liquidificador até que fique num creme. Temperar de sal a gosto. Levar de novo ao lume e adicionar 100 ml de natas com 1 colher de sobremesa de mostarda, ½ colher de café de pimenta preta, moida no momento. Mexer o molho até que ferva, sempre em lume brando. Verter 2 colheres em cima de cada posta. Polvilhar com pimenta rosa.
Bom apetite! Um abraço gastronómico. Envie as suas sujestões para: leitor@maisguimaraes.pt
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Sugestão
Depois de várias semanas sem poder competir, devido a vários casos de Covid-19 no grupo de trabalho, a equipa vitoriana voltou aos relvados e derrotou o Braga, por 1-0.
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Comissão Municipal da Proteção Civil quer sensibilizar vimaranenses para serem agentes de saúde pública
Guimarães é um dos concelhos de risco elevado de contágio no âmbito da pandemia da Covid-19 e para tentar inverter esta situação será lançada uma forte campanha de sensibilização a fim de tornar cada vimaranense num agente de saúde pública. Esta foi uma das conclusões na reunião extraordinária da Comissão Municipal da Proteção Civil, que decorreu esta terça-feira, 3 de novembro, com a participação dos presidentes das juntas de freguesia.
“É fundamental o apelo à identidade e orgulho vimaranense. Queremos sair deste conjunto de concelhos de risco e para tal devemos passar uma mensagem que cada um de nós é um agente de saúde pública. Temos de fazer esse apelo na vertente pedagógica, através de uma campanha fortíssima de sensibilização, assente nas recomendações de usar máscara, lavar as mãos e cumprir distanciamento social”, apontou o presidente da Câmara Municipal. •
Aumento dos casos de Covid-19 Os casos de infeção pelo novo coronavírus no concelho de Guimarães continuam a aumentar. Entre os dias 28 e 29 de outubro, um vimaranense foi infetado a cada dez minutos.
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Uma oficina com uma variedade de propostas de trabalho e exploração no campo das técnicas de impressão. O objetivo é que as crianças, num ambiente descontraído e divertido, sejam introduzidos a novas formas de produzir e explorar o campo artístico, estimulando o seu lado criativo. Estampa, de Mónica Araújo, para ver no dia 8 de novembro, no CIAJG - Centro Internacional das Artes José de Guimarães. Preço unitário de dois euros, mediante inscrição prévia. •