#269 25 novembro de 2020

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Hospital aumenta capacidade em cuidados intensivos Covid HSOG TEM 23 CAMAS DEDICADAS AO TRATAMENTO EXCLUSIVO DE DOENTES COVID-19 P.08

70 MIL EUROS PARA A ILUMINAÇÃO DE NATAL P.11

EM GUIMARÃES

Guimarães reforça sensibilização no terreno P.09 CONCELHO

Taipas aderiu às autarquias sem glifosato da Quercus P.13 CULTURA

Rui Sinel de Cordes com espetáculos no CAE S.Mamede P.12 DESPORTO

AF BRAGA: Competições paradas até dia 08 de dezembro P.19

A CRONOLOGIA DE UM ACORDO SECRETO P.04 e 05

PEDRO NUNO MARCOU GOLO DECISIVO, MAS É BAIXA POR SEIS MESES P.18

EMPRESÁRIOS DA RESTAURAÇÃO VOLTAM À RUA PSD propõe ao município um milhão de euros para o setor.

BRUNO VARELA HERÓI NO TRIUNFO EM AROUCA PARA A TAÇA P.17 ECONOMIA

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Guimarães apresenta plataforma digital de apoio ao comércio P.10

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N269 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2020

MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO


N269 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2020

Onde param os pirilampos? Na noite da passada sexta-feira ligaram-me uns amigos, muito animados, com a brilhante ideia de nos juntarmos na casa de um de nós lá pelas 22h30 e passarmos uma noite na cavaqueira e a beber uns copos, a ver umas séries (imagino também com uns petiscos e umas cartas) e a coisa tinha mesmo tudo para correr bem. A sugestão era ficarmos por lá “naquela tristeza” entre as 23h00 e as 05h00 de domingo, no período em que estava proibida a circulação. Pela manhã já poderíamos sair e regressar às nossas casas, tranquilamente, para dormirmos até à hora de almoço. O domingo, de novo em recolher obrigatório depois das 13h00, haveria de nos permitir descansarmos de uma noite mais cansativa do que estamos já habituados. O importante é, tantas vezes, mantermos os horários do recolher obrigatório, nem que estejamos amontoados num qualquer sofá ou numa mesa, tranquilamente com uma dúzia de amigos ou familiares de quem temos saudades. É imperativo que estejamos sobretudo afastados da via pública e longe do olhar dos críticos, daqueles que vivem “obcecados com esta pandemia”, que receiam pela saúde dos seus mais velhos ou pelos mais novos, e pelo impacto que esta crise já teve nos sistemas de saúde, na economia e na sociedade, e cujo mal é reforçado a cada dia que passa. Longe dos cuidadosos, mas, acima de tudo,

dos agentes, desses “pistoleiros e caçadores de multas”, os “pirilampos”, denominação habitual nos grupos onde são notícia as operações STOP que realizam, de fiscalização. Contorná-los é fundamental! Contornamo-los e sentimos uma alegria tão grande que até já nem nos importamos de encontrar, nem que seja em contramão, o coronavírus. Até havemos de lhe contar a aventura, a peripécia que foi! Fomos os maiores! Em Guimarães registaram-se, nos 14 dias anteriores a 21 de novembro, mais de 2.300 novos casos de infeções pela Covid-19 por 100 mil habitantes. Uma taxa de incidência que se agravou durante o mês de outubro, em que mais que duplicamos o numero de contágios desde o inicio da pandemia, março de 2020, e que ameaça manter-se alta, colocando-nos entre os concelhos onde a doença encontra melhores condições de propagação. Assim, no topo dos concelhos com maior incidência do país, (já ultrapassamos Vizela e Paços de Ferreira) havemos de continuar com as restrições à nossa liberdade, a ver os nossos empresários lamentarem-se por terem de encerrar as suas empresas, o desemprego a aumentar também e, sobretudo, as respostas dos nossos serviços de saúde a deteriorarem-se. Isto, se o coronavírus não nos apanhar primeiro, e nos encostar à parede. Aí, talvez ganhemos algum juízo, alguns de nós, pelo menos!

Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal” “Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das instituições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015

Mais Guimarães - O Jornal - Semanário Proprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138 Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912 Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – Guimarães Email geral@maisguimaraes.pt Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto Sampaio Registado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735 Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís Freitas Redação Rui Dias | Vítor Jorge Oliveira Departamento Comercial Eliseu Sampaio Colunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir Brito Fotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.

Estranha forma de vida

O título desta crónica, retirado da letra de um conhecido fado da Amália, retrata na perfeição os tempos que vivemos. Tempos anormais, tempos de incerteza, tempos de medo e de solidão. A cultura, esse bem essencial, sem o qual o homem tende progressivamente a mergulhar nas trevas, onde medra facilmente à barbárie, tem sido dos sectores mais sacrificados em tempo de pandemia. Em Guimarães, o Festival de Jazz, que costuma atrair à nossa cidade, largas centenas de apaixonados por este género musical, passou este ano quase despercebido, por via dos condicionalismos que lhe foram impostos. A edição deste ano contou essencialmente com intérpretes nacionais e estrangeiros radicados em Portugal. Os horários das sessões também foram atípicos, chegando ao ponto de se realizarem espectáculos às 10h30 da manhã, como aconteceu na sessão do último domingo, que encerrou o Guimarães Jazz. Concertos ao pequeno-almoço, como se de uma missa se tratasse, realmente só em tempos de anormalidade. As Festas Nicolinas, que fazem parte do nosso património cultural, não terão este ano o formato habitual, podendo-se realizar, segundo rumores que circulam na cidade, um ou outro acto simbólico, sem a tradicional presença de centenas ou milhares de participantes. Desde que passei a pertencer à “tribo” dos velhos nicolinos, pela primeira vez não vou participar no Pinheiro, nem em qualquer outro número das Nicolinas. Nas ruas da cidade deserta

reinará um silêncio clamoroso, onde antes ribombavam os tambores. Em 1918, aquando da última grande pandemia que assolou o mundo, não se realizaram as Festas Nicolinas. Se consultarmos o livro dos Pregões Nicolinos, falta lá o de 1918, sendo que os de 1917 e 1919 retratam fielmente a situação difícil que o País atravessava, naquele período que se seguiu à 1ª Guerra Mundial e que coincidiu com a grave crise sanitária causada pela pandemia. A ilustrar o que atrás foi dito, aqui vai um excerto do Pregão de 1917, da autoria de Leão Martins e recitado por Fausto de Menezes Leite Pinto Mourão: “A vida actualmente às almas causa dor. Dois campos desiguais – qual deles o melhor? Por um lado a guerra úteis braços consome Por outro lado então vai imperando a fome. A caso vós sabeis o que seja morrer À míngua dum só pão para o corpo entreter? Mesmo à falta de um caldo, umas ervas até, O sustento de um pobre, a mísera ralé? O azeite encareceu, o milho e o feijão Subiram a um preço tal que fere o coração. E o cortejo da fome – o povo da desgraça Engrossa dia a dia, e pelas ruas passa, Cabisbaixo, impaciente, aflito, esfarrapado, Olhos rubros de fogo, o rosto es-

pezinhado, Crianças de tenra idade estropiando às portas, Às horas do jantar, de noite a horas mortas. Vai aumentando sempre e sempre o aluvião Que nos confrange a alma, a vida, o coração…” •

António Rocha e Costa



DESTAQUE

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VITÓRIA S.C.

A cronologia de um acordo secreto Os membros da administração da SAD presidida por Júlio Mendes conheceram e aprovaram a proposta de compra das ações de Mário Ferreira por uma empresa com ligações a Deco. Um acordo secreto previa uma compensação para Júlio Mendes e Armando Marques no caso da venda se concretizar por mais de 8 milhões. A proposta, que Mário Ferreira diz ter sido encenada, era de 8,1 milhões. •

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Júlio Mendes, ex-Presidente do Vitória, subscreveu e apresentou ao Conselho Administração da SAD do Vitória, com data de 10 de maio de 2019, um documento (VER IMAGEM) em que defendia a aceitação da proposta de compra das ações de Mário Ferreira apresentada pela "Leader Constellation", uma empresa com ligações ao empresário e ex-jogador Deco, formalizada apenas seis dias antes. Nessa proposta, Júlio Mendes defendeu que a SAD não deveria “obstaculizar” a concretização do negócio. Se a venda se concretizasse e nos termos de um acordo se-

creto, Júlio Mendes e Armando Marques receberiam uma compensação superior a 2,7 milhões de euros. Pedro Coelho Lima, Francisco Príncipe e Hugo Freitas, enquanto diretores e administradores do Vitória, além de João Martins e Frederico Barreira, na qualidade de colaboradores do clube, serão chamados a depor no processo que corre em tribunal, certamente por terem conhecimento e validado a operação que Mário Ferreira acabou por recusar. De entre as condições dessa proposta constava a eliminação do direito de veto do Vitória Sport

Clube na eleição do Conselho de Administração da SAD. O negócio acabou por não se realizar e Júlio Mendes e Armando Marques recorreram ao Tribunal para exigir a Mário Ferreira o valor de 2.732.492.92 euros alegando incumprimento de um acordo secreto que previa uma compensação financeira para os ex-diretores no caso das ações da SAD serem vendidas por mais de 8 milhões de euros. O acordo secreto previa ainda que Mário Ferreira fosse obrigado a vender as acções perante propostas de mais de 8 milhões e que fosse dada preferência numa operação de venda a Júlio Mendes, Armando Marques e Luís Teixeira. O acordo foi sempre mantido em segredo dos sócios e acionistas do Vitória. Mário Ferreira considera que o acordo é nulo e que o subscreveu, de forma relutante, atendendo à realidade financeira do clube e à ameaça de demissão de Júlio Mendes que acusa de ter dito que “não iria continuar o seu trabalho de recuperação [da SAD] sabendo que “não iria ganhar nada com isso”. O empresário alega também que os ex-dirigentes do Vitória encenaram uma proposta de compra das suas acções, pela empresa “Leader Constellation”, num “processo negocial prejudicial para os interesses do acionista Vitória” e com o objetivo de Júlio Mendes e Armando Marques obterem “uma remuneração adicional” em “benefício pessoal”. Na opinião de Mário Ferreira, os ex-dirigentes do Vitória colocaram em causa “os deveres de não aproveitar oportunidades

negociais em proveito próprio e de lisura na recolha de vantagens remuneratórias”, além de terem encenado uma proposta de compra para das acções da SAD.

O contrato parassocial de 2016 Com a assinatura do contrato a 8 de dezembro de 2016 com a MAF (“Mário Andrade Ferreira – Sociedade de Investimentos, SGPS, S.A), Júlio Mendes, Armando Marques e Luís Teixeira, diziam que pretendiam “acautelar a hipótese” da MAF “perder a qualidade de principal acionista da Vitória Sport Clube Futebol, SAD, através da venda da totalidade ou parte do capital social que detém,” e “garantir a possibilidade de poderem exercer direito de preferência na transmissão a terceiros das ações.” No documento são estabelecidas também as “regras no que concerne à distribuição, entre as partes, das eventuais mais-valias geradas com a venda de parte ou da totalidade dessa participação social.” O documento obrigava Mário Ferreira a “notificar de imediato” os ex-administradores da SAD com uma “notificação de venda”, de modo a que Júlio Mendes, Armando Marques e Luís teixeira pudessem exercer o direito de preferência. No contrato parassocial de 2016, ganham relevo as cláusulas se-

gunda (obrigatoriedade de venda perante proposta de compra pelo valor mínimo de oito milhões de euros) e a terceira, referente a um “prémio de desempenho” para Júlio Mendes no valor máximo de até 700 mil euros e de mais mais-valias para os restantes. O contrato manter-se-ia válido por um período de seis meses se os dirigentes “independentemente do motivo, deixassem de exercer funções no conselho de administração da Vitória Sport Clube Futebol SAD”, ou por 12 meses depois dos mesmos deixarem de exercer essas funções ou Mário Ferreira tivesse “apresentado ou votado favoravelmente qualquer proposta de destituição dos diretores. A MAF, dizendo-se “surpreendida com este inusitado pedido” de celebração do acordo, esteve disponível para aceder ao mesmo como forma de evitar que, “a quem efetivamente reconhecia mérito na recuperação da Vitória (e do Clube), deixasse a respetiva direção.”

A proposta da Leader Consttelation A 5 de maio de 2019, segundo a defesa de Mário Ferreira, no estádio D. Afonso Henriques, a poucas horas do início do jogo Vitória SAD contra o Nacional da Madeira, Júlio Mendes terá chamado os administradores Armando Mar-


DESTAQUE

ques, Luís Teixeira, Hugo Freitas, Francisco Príncipe e ainda Pedro Coelho Lima, Vice-Presidente do Clube, a uma das salas do estádio “onde lhes comunicou, a todos eles, que havia recebido uma proposta de aquisição” das acções da MAF, entregando uma cópia a cada um deles. A defesa considera “insólita” a situação de Júlio Mendes ser portador de uma proposta dirigida à MAF e ter optado por reunir com os administradores da SAD e lhes ter dado uma cópia do documento, em vez o entregar ao legítimo destinatário, assim como assinala a “curiosidade” da proposta ter o valor de 8.100.000€, ou seja, uns “convenientes” 100.000 € acima do montante mínimo indicado no acordo Parassocial para efeitos de aplicabilidade da obrigação de venda e dos “prémios de desempenho”. A MAF garante ter também “descoberto” posteriormente que a Leader Constellation “era (e é) controlada por um círculo de pessoas próximas de Júlio Mendes e Armando Marques e com relações estreitas com estes. A Leader Constellation tem como acionistas pessoas próximas de Anderson Luís de Sousa (Deco) agora conhecido agente de jogadores com “relações comerciais estreitas com a Vitória SAD iniciadas no tempo de Júlio Mendes, tendo agenciado pelo menos 5 jogadores do plantel principal do Vitória SAD, a saber: Raphinha; Pedro Henrique; Falaye Sacko; Edmond Tapsoba e Tiquinho Soares.” A defesa da MAF estranha igualmente que a proposta da Leader Constellation contenha como condições para o negócio exatamente os mesmos termos da proposta de alteração dos Estatutos do Vitória apresentada pela Direção para desblindar os estatutos. Daí que a MAF conclua não restarem dúvidas que a proposta apresentada pela Leader Constellation foi “arquitetada e apresentada em colaboração com Júlio Mendes e Armando Marques, que se asseguraram que a mesma servia os seus interesses, nomeadamente, que lhes permitiria exigir da MAF os “prémios de desempenho” e as mais-valias acordadas no acordo parassocial.” A 10 de maio de 2019 reuniu o Conselho de Administração da SAD, na qual Júlio Mendes manifestou que o Vitória “não deve obstaculizar a cioncretização de qualquer possível negócio de transmissão de ações” e propôs que a Vitória SAD prestasse à Leader Constallation a garantia de que no período de vigência da proposta o Vitória não celebraria qualquer negócio relativo a seus atletas. No dia 21 de maio de 2019, a MAF

informou da recusa da proposta de compra por entender que a mesma não contemplava "um plano de investimento definido na VSC SAD que assegure o seu desenvolvimento e crescimento futuros”, por a "proposta estar dependente de várlos pressupostos que ou não dependem apenas da MAF ou implicam a assunção de compromissos pela Acionista que não são, do nosso ponto de vista, aceitávels quer para a própria acionista quer para a VSC SAD” e por prever “um pagamento diferido do preço, o que não é aceitável”. Recorde-se que Júlio Mendes e os restantes elementos da sua direção, entre os quais Armando Marques, demitiram-se das suas funções no clube e da SAD em 27 de maio de 2019, seis dias depois da recusa da proposta por parte da MAF, tendo apresentado como principal motivo a indisponibilidade dos sócios para viabilizarem uma mudança dos estatutos do clube e poderem abrir as portas a maior investimento externo na SAD vitoriana.

Júlio Mendes e Armando Marques requerem o cumprimento do contrato A 30 de janeiro de 2020, Júlio Mendes e Armando Marques apresentaram uma “Ação Declarativa de Condenação” contra a MAF invocando o “incumprimento do acordo” e exigindo “o pagamento do valor correspondente aos prejuízos” daí resultantes. Júlio Mendes entende que tem direito a 700.000,00€ relativos a titulo de remuneração adicional e a 1.016.246,46€ de mais valias, enquanto Armando Marques se acha no direito de receber 1.016.246,46€ de mais valias, totalizando o pedido 2.732.492,92€. Mário Ferreira, na contestação apresentada a 12 de maio de 2020, “questionou a validade do Acordo, recusou a existência de qualquer incumprimento”, e, consequentemente, o pagamento de qualquer quantia à dupla de ex-dirigentes do Vitória, alegando também que Mendes e Marques celbraram o acordo em “clara violação das competências estatutárias e dos deveres de lealdade a que se encontravam vinculados perante Vitória SAD e o Clube”. Partindo do pressuposto que os ex-dirigentes do clube - “fazendo uso das suas qualidades de administradores da Vitória SAD (e de presidente e de vice-presidente do clube), prosseguiram um interesse próprio que não o da sociedade Vitória SAD” – a MAF entende que o Vitória e a

SAD “têm, também eles, legitimidade para arguir e peticionar a declaração de nulidade do Acordo Parassocial”, razão pela qual requereu a participação das duas entidades no processo. Júlio Mendes e Armando Marques acham que “a obrigação de venda das ações para as propostas de aquisição de valor superior a 8 milhões de euros subsiste sempre, não cabendo à MAF, nesse caso, decidir pela aceitação, ou não, da proposta.” Para efeitos do Acordo, considera-se que a Ré aufere mais-valias com a alienação das suas ações. Para esta, “não resta qualquer dúvida quanto à existência de um incumprimento do Acordo por parte da Ré.” No processo estão arroladas como testemunhas, por parte da acusação Hugo Freitas, Francisco Príncipe, Luís Teixeira, Anderson Luiz de Sousa, Frederico Barreira e João Augusto Martins.

Mário Ferreira considera "nulo" o acordo e acusa exdirigentes de "máfé" A defesa de Mário Ferreira considera que o “Acordo Parassocial constitui um mecanismo de atribuição de remuneração - os “prémios de desempenho” - aos administradores da Vitória SAD, sem aprovação em assembleia-geral, em violação de várias disposições.

Considerando também que a fixação de remunerações aos administradores sem a necessária autorização da assembleia geral, “constitui facto que lesa gravemente o sentimento de confiança que deve presidir às relações entre os administradores e a sociedade, suscetível de ser qualificado como justa causa de destituição.” No caso em apreço, alega a defesa, “estão em causa os deveres de não aproveitar oportunidades negociais em proveito próprio e de lisura na recolha de vantagens remuneratórias.” Mário Ferreira invoca ainda que o acordo de 2016 com os ex-dirigentes e administradores da SAD vitoriana não previa pressupostos como os constantes na proposta da Leader Constellation, nomeadamente para que fosse suprimido o poder de veto do Vitória na eleição de administradores. Neste ponto, a defesa de Mário Ferreira acrescenta que a intervenção de Júlio Mendes e Armando Marques está “claramente eivada de má-fé, sendo manifesto que interferiram com a essência futura e incerta em seu exclusivo benefício; mais: fizeram-no desconsiderando os interesses e com intenção direta de prejudicar a Vitória SAD e, sobretudo, o Vitória Sport Clube.” Para a defesa da MAF, a proposta apresentada pela Leader Constellation terá sido arquitetada “em conluio para tentar espoletar a obrigação de pagamento do “prémio de desempe-

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nho” e que o valor está abaixo dos oito milhões de euros, devido à desvalorização do valor do dinheiro ao longo do tempo. A proposta da Leader Consttelation estabelecia o pagamento em cinco tranches e num prazo global de 270 dias. A sinalização do negócio, de 300 mil euros, outra de um milhão, duas de 2,3 milhões e uma última de 2,2 milhões. A defesa arrolou ao processo como testemunhas Pedro Coelho Lima, Francisco Príncipe e Luís Gaspar. O Vitória vai participar no processo que decorre em tribunal, mas o clube não se pronunciou ainda oficialmente sobre o assunto.

Vitória vai ter maioria da SAD após acordo com Mário Ferreira Para o próximo dia 30 de novembro, ou seja, na próxima semana, está previsto que o Vitória Sport Clube passe a deter a maioria do capital da SAD, adquirindo a primeira fatia do bolo das ações de Mário Ferreira. O primeiro pagamento deverá será feito com a devolução dos suprimentos que a SAD paga ao clube. Portanto, a primeira tranche corresponde a 1,3 milhões de euros, que corresponde a 11% do capital. Até 31 de março de 2022 o clube prevê comprar as restantes ações, sem que se conheça, até ao momento, de que forma. • © João Bastos

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"Se antes da crise não se conseguiu resolver não é agora que isso vai acontecer"

Testemunhos dos vimaranenses sobre as medidas que têm vindo a ser aplicadas pelo Governo

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Francisco Miranda Rodrigues, bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses, afirma que o problema já vem antes da crise da pandemia da Covid-19 e que “se antes da crise não se conseguiu resolver, não é agora durante uma crise se vai resolver”, no Consultório Aberto, programa do Mais Guimarães.

Portugal está no top 3 relativamente ao número de psicólogos por habitante na Europa, e

segundo Francisco Miranda Rodrigues o problema não reside nesse facto, mas sim o facto de

“em algumas áreas não estão a ser ainda contratados profissionais que são necessários para fazer face aquilo que as pessoas solicitam, e depois ainda existem um conjunto de ineficiências que conduzem a isso”. Essa falta de eficiência deve-se a “alguns erros políticos e ineficiência do próprio sistema ARS [Administração Regional de Saúde]”. Relativamente a este último fator, o bastonário afirma que as ARS’s “são muitas vezes um entrave à fluidez de decisão necessária na forma como as coisas têm estado a funcionar, e acabam por atrapalhar mais do que ajudar”. Ainda segundo Francisco Miranda Rodrigues, o ministério é a máquina que funciona melhor ao nível local, ao nível onde estão os centros hospitalares e onde estão os agrupamentos dos centros de saúde, ou seja, “onde os profissionais fazem muito mais que dar respostas”. Nos cuidados de saúde primários existem poucos mais de 250 psicólogos, contudo aparem cerca

de 400 contabilizados, “porque estão a considerar psicólogos que estão nas ARS’s, mas depois aparecem ali classificados porque vêm do antigo Instituto da droga e da Toxidependência. “Um dos grandes problemas é o facto de sem o próprio ministério saber quantos psicólogos foram contratados”, revela o bastonário. A ordem tem conseguido se aperceber, uma vez que “oficiamos a todos os agrupamentos de centros de saúde para saber se tinham feito contratações, se não tinham, como é que estavam as listas de espera, etc”. O último concurso foi aberto em 2018, e “nem sequer esses entraram ainda”, uma vez que é um concurso com regras antigas, “absolutamente anacrónicas em termos daquilo que é a legislação atual”. Francisco questiona-se “porque é que o governo admite que faltam psicólogos nos centros de saúde, lança concurso, não lança mais, não consegue concluir o concurso e diz que não são precisos mais para dar resposta ao serviço do país”. • FR

"As medidas são corretas, mas pecam por virem tarde. Facilitou-se e as pessoas tiveram também um relaxamento. Guimarães está assim porque trabalha muita gente de fora e isso está a facilitar a propagação." •

"Temos de ter muito cuidado, também facilitamos e agora estamos a sofrer. Está a faltar a mentalidade. Quando se passa perto da Universidade ainda se vêm as mesas dos cafés cheias com os jovens, e isso tem peso." •

Campanha de sensibilização entre o E.Leclerc e a CIG Os hipermercados E.Leclerc, juntamente com a CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género) iniciarão uma campanha de sensibilização na luta contra o flagelo da violência doméstico, no Dia Internacional de Combate à Violência Doméstica, celebrado a 25 de novembro. A campanha foi oficialmente inaugurada hoje, 24 de novembro. “Não à Violência Doméstica” é o nome da campanha que junta o E.Leclerc e a CIG, o organismo nacional responsável pela promoção e defesa da igualdade entre mulheres e homens. A principal missão deste projeto “passa por sensibilizar a sociedade para este crime que afeta tantas mulheres e tantas famílias em Portugal”, revela Manuel Albano, vice-presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade. Florence Mangin, Embaixadora de França em Portugal, é uma das apoiantes da campanha “Não à Violência Doméstica” e diz que está “muito orgulhosa deste projeto pioneiro em Portugal”.

Para a embaixadora esta iniciativa faz mais sentido nesta altura, devido ao período de pandemia em que vivemos, que “implicou o confinamento e houve um aumento significativo do número de maus tratos a mulheres no seio familiar”. O vice-presidente da CIG afirma que este “é um problema de todos e não podemos aceitar que isto continue a acontecer. A responsabilidade é individual, mas também coletiva”, conclui o Manuel Albano. Pedro Bernardes, presidente do grupo E.Leclerc realça que esta campanha “mais que o objetivo económico, tem o objetivo de interpelar as pessoas. Não é uma campanha estática, por isso nós vamos interagir com todos os clientes que passarem na linha de caixa”. Desta forma, no talão de compras do E.Leclerc estarão os contactos via telefone e via SMS para que “chegue a um maior número de pessoas”, revela. Esta ação solidária irá decorrer

© Mais Guimarães

"Estas medidas são o melhor para todos nós, a população é que não tem feito o seu melhor. Os vimaranenses têm falhado muito, não têm cumprido e têm continuado uma vida perfeitamente normal." •

através de vendas de plantas nos hipermercados E.Leclerc, nomeadamente de orquídeas e suculentas, em que o resultante da venda revertem com 2,5 euros e 50 cêntimos respetivamente. Importa referir que as empresas

locais também apoiam esta iniciativa. Todos os hipermercados E.Leclerc escolheram uma associação que apoia as vítimas de violência doméstica e toda a receita arrecadada será entregue. • Filipa Rocha

"Isto é muito instável, mas que quero acreditar que estas medidas vão servir para alguma coisa. A minha rotina agora é trabalho – casa, casa – trabalho, para evitar mesmo movimentos que não são necessários." •


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PSD propõe um milhão de euros de apoio do município à restauração Em comunicado, os sociais-democratas vimaranenses vêm lembrar que em abril deste ano defenderam que o Município de Guimarães “deveria apoiar o setor do comércio tradicional, restauração e similares através da criação de um Fundo de Apoio à Economia Local Com este Fundo os apoios surgiriam sob a forma de empréstimos, até 20 mil euros, sem juros, com prazos de reembolso de cinco a dez anos e período de carência de capital de um ano. Esta seria uma medida de apoio complementar às medidas nacionais, onde se deveria garantir um acesso rápido e fácil, particularmente destinado a socorrer a tesouraria das microempresas.” Na altura, a maioria Socialista rejeitou esta proposta, referindo ser “ilegal”. Segundo Ricardo Araújo, que assina o comunicado, “Afirmaram que a Câmara não pode subsidiar empresas por um lado, e por outro, anunciaram que estaria para breve “a criação de um fundo que dá resposta às dificuldades de tesouraria das empresas, e que Guimarães pre-

tende que tenha âmbito regional”, que estaria a ser preparado com o Governo.” Passados seis meses sobre estas declarações os sociais-democratas questionam o Presidente da Câmara sobre se “continua a considerar ilegal a proposta do PSD para a criação de um fundo Local, quando assistimos à implementação de propostas semelhantes por outros Municípios, nomeadamente com Câmaras do Partido Socialista (Lisboa, Sintra)?” O PSD questiona também o edil vimaranense sobre “O que é feito do tal Fundo que o Presidente da Câmara e o Vereador do Desenvolvimento Económico referiam em abril como estando para breve?” Considerando o “acelerar da degradação económica e financeira das empresas do setor da Restauração local, em resultado das medidas decretadas pelo Governo para tentar inverter o agravamento da situação pandémica, que afetaram em especial este setor”, o PSD vem defender e propor a criação pelo Município

de Guimarães: Apoio específico às empresas de restauração sediadas em Guimarães, a fundo perdido, sem dívidas AT, SS e CMG, com volumes de negócio até 300 mil euros e quebras de faturação, entre janeiro e setembro, acima de 25% face ao ano anterior. O volume total do Programa proposto é de um milhão de euros, com pagamento em duas tranches, em dezembro de 2020 e março de 2021: - Empresas com volume de negócios entre 200 mil euros e 300 mil euros – Apoio de 6000 euros; - Volume de negócios entre 100 e 200 mil euros – Apoio de 5000 euros; - Volume de negócios até 100 mil euros – Apoio de 4000 euros. O PSD sugere que a Câmara de Guimarães crie para este efeito “um site específico, simples e de fácil registo pelos empresários, de forma a garantir um processo rápido e eficaz no apoio ao setor da Restauração.” Os sociais-democratas, lamentam, por fim, que “passado todo este tempo, sobre um problema

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Luís Soares defendeu a importância d termalismo

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que já se antecipava na primavera passada, ainda não haja uma solução por parte da Câmara Municipal de Guimarães. Embora já seja tarde para algumas empresas, é ainda tempo de salvar algumas delas e com isso muitos postos de trabalho. Uma vez que a Câmara não teve a capacidade de agir no tempo certo, esperamos que seja agora capaz de reagir.” •

Nas votações da especialidade do Orçamento para a área da saúde, o deputado vimaranense do Partido Socialista, Luís Soares, defendeu a importância do termalismo para a saúde e para as economias locais em territórios do interior. Depois de na especialidade ter relembrado a importâncias de prolongar o projeto piloto que vigorou em 2019 e em 2020 e que repôs a comparticipação dos tratamentos termais, regime que tinha sido suspenso pelo Governo PSD/CDS desde o ano de 2011, os Deputados do Partido Socialista apresentaram proposta de alteração do Orçamento que prevê a manutenção da comparticipação dos tratamentos termais para o ano de 2021. •

Em Creixomil e Ronfe Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 Ronfe De segunda a sábado, das 08h00 às 20h00


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Cuidados intensivos covid: Hospital de Guimarães aumenta capacidade intensivos fez-se pela ocupação de uma zona de recobro. O recobro é uma zona intermédia, onde os doentes recuperam depois das intervenções cirúrgicas, antes de regressarem aos serviços ou de terem alta, dependendo da complexidade do procedimento. Esta zona de recobro estava afeta às salas de operações que, entretanto, foram adaptadas para os cuidados intensivos, pelo que não estaria a ser usada. • Rui Dias

Ecobarreira no rio Selho filtros de retenção Foram implementadas duas das medidas previstas no projeto Aqualastic. O rio Selho, junto ao Laboratório da Paisagem, tem já um protótipo de uma “EcoBarreira” e em três sumidouros de águas pluviais da cidade foram colocados filtros de retenção experimentais. As medidas fazem parte do projeto Aquaplastic, do Laboratório da Paisagem, e visam a redução do lixo flutuante. O objetivo é perceber o real impacto destas soluções, desenvolvidas pelo Laboratório da Paisagem, assim como caracterizar os resíduos encontrados. Reconhecendo que o estado das linhas de água é, muitas vezes, reflexo do comportamento dos cidadãos, nomeadamente nas opções que tomamos, é fundamental contribuir para a educação e capacitação da população. Assim, e de acordo com os objetivos do Aqualastic, foi desenvolvido

e implementado um protótipo de uma “EcoBarreira”, que pretende contribuir para a redução do lixo flutuante no rio Selho, uma das principais linhas de água urbanas. “A estrutura visa duas funções principais: uma zona de retenção e acumulação de lixo flutuante, essencialmente resíduos plásticos de uso único, pontas de cigarros, latas etc., e uma zona de retenção e potencial tratamento da massa de água, suportado pelo conceito de ilha flutuante, na qual estão integradas plantas aquáticas que contribuem para a depuração da água. A cortiça foi o material utilizado na construção das ilhas flutuantes, possibilitando, deste modo, o cultivo de plantas em hidroponia, sendo que toda a EcoBarreira foi construída com base em materiais sustentáveis e sem qualquer impacto para o ecossistema aquático”, destacou Nuno Silva, investigador do Laboratório

da Paisagem. Já a colocação de filtros de retenção nas entradas dos sistemas de drenagem localizados na malha urbana, commumente designadas de sarjetas de águas pluviais, permitirão igualmente a retenção e caracterização de resíduos provenientes das escorrências urbanas, atuando-se, deste modo, a jusante das linhas de água. O projeto Aqualastic: educar, reduzir e valorizar, resulta de uma candidatura do Laboratório da Paisagem ao Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Transição Energética. Ao longo das últimas semanas promoveu diversas iniciativas, nomeadamente uma exposição fotográfica instalada no centro da Cidade, uma instalação artística na Fonte do Toural, arte urbana e um conjunto de vídeos de sensibilização para a redução da utilização do plástico de uso único. •

Covid-19: Como justificar as faltas São muitas as situações que o podem obrigar a ficar em casa como consequência da covid-19. Pode ter estado em contacto com alguém positivo, testar positivo, ter de prestar assistência, pode até querer fazer um isolamento voluntário. Nestas situações, a quem deve pedir um documento que comprove e justifique as suas faltas? Caso se encontre em isolamento profilático, por ter estado em contacto com alguém infetado, deve ligar para a Linha SNS24. A 4 de novembro passou a ser a Linha a emitir declarações provisórias de isolamento. Sempre que for indicado ao utente que deve ir para o

seu domicílio, por ter um contacto de risco, vai receber um código por SMS ou email. O documento serve para justificar a ausência no local de trabalho até a pessoa ser contacta pela saúde pública e ser emitida, ou não, uma declaração definitiva de isolamento profilático. Se estiver infetado com covid-19, ser-lhe-á passado um certificado de incapacidade temporária por doença natural, pelo seu médico de família. Se os seus filhos, com menos de 12 anos, se encontram em isolamento profilático e necessitam de cuidados presenciais, deve requerer a declaração através da Segurança Social Direta (SSD), e

anexar a digitalização da declaração emitida pela autoridade de saúde relativa à criança. No caso de os seus filhos testarem positivo, será o médico de família que passará uma baixa por assistência a familiares. Caso seja doente de risco, imunodeprimido ou doente crónico, o seu médico de família pode passar-lhe uma declaração médica comprovativa do aumento de risco, no caso de infeção. Se o trabalho não pode ser realizado em teletrabalho, as faltas serão justificadas. No caso de o seu isolamento ser voluntário, deve chegar a um acordo com a entidade patronal. •

© Rui Dias

Este novo alargamento foi necessário num momento em que das 15 camas disponíveis já só resta uma livre. Recorde-se que estas quinze camas foram conseguidas através da utilização de três salas de operações para aumentar a capacidade da Unidade de Cuidados Intensivos Covid, em nove camas. Este novo aumento da capacidade de internamento de doentes covid a necessitar de cuidados

© Rui Dias

O Hospital Senhora da Oliveira continua a aumentar o número de camas em cuidados intensivos para doentes covid-19. Há agora 23 camas e 14 doentes covid-19 internados.



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CONCELHO

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Guimarães apresenta plataforma digital de apoio ao comércio

A plataforma, que garante uma “oferta variada de produtos e serviços para todos os subscritores da aplicação Proximcity”, surge como uma das medidas do município de apoio ao comércio, restauração e similares. Ricardo Costa, vereador responsável pelas Divisões de Desenvolvimento Económico e Sistemas Inteligentes e de Informação, refere que “é com base neste tipo de soluções que se transformará digitalmente a economia”.

“Proximcity” é a nova plataforma digital, desenvolvida pela Câmara Municipal de Guimarães, que estará disponível no início do mês de dezembro, com o objetivo de “aproximar mais a população ao comércio tradicional, serviços de restauração e similares.” Segundo a informação do município, este serviço será gratuito e materializado numa aplicação para dispositivos móveis, com o “objetivo claro de apoiar os comerciantes de todo o território

PCP: “país não precisa de estados de emergência O a organização de Guimarães do PCP realizou uma ação de contacto com os trabalhadores da Camport e da Amtrol-Alfa, nos dias 19 e 20. A conclusão é que a resposta à crise tem que ser “excecional”. Ficou claro, nesta ação, segundo o PCP, “que ninguém tem dúvidas sobre a dimensão e gravidade dos problemas que o País enfrenta. Mas não basta dizer que a situação é grave”. “Se a situação é excecional, então a resposta tem de ser excecional.”, defendem os comunistas.

Para o PCP, o país não compreenderá que não sejam mobilizados os recursos, “toda a margem disponível”, para socorrer quem ficou sem emprego, sem salário, sem proteção social ou sem o seu pequeno negócio. “O País não precisa de estados de emergência. Precisa, sim, de medidas de emergência”. Segundo os comunistas o Governo está a adiar e a comprometer as soluções. O comunicado do PCP termina afirmando que o partido “tem propostas para avançar na resposta ao país”. •

PSD defende a criação de um programa de apoio ao desporto © Direitos Reservados

de Guimarães.” Através da nova plataforma digital, será possível aceder a uma oferta variada de produtos e serviços selecionados a partir da oferta local, para todos os subscritores da aplicação “Proximcity”. Os utilizadores de dispositivos móveis poderão fazer encomendas ou efetuar compras em “total segurança e comodidade” a partir das suas residências. Para os comerciantes, o acesso à plataforma de venda online estará à distância de um simples registo. “Será possível a gestão do seu catálogo de produtos ou das tarefas de expedição até ao cliente, entre outras ações pensadas para simplificar todo o processo de transformação digital.” Pode ainda ler-se na nota enviada às redações. Para a população, a utilização da aplicação é gratuita. Os produtos ou serviços adquiridos poderão, de acordo com o fornecedor, ser levantados diretamente nas lojas ou expedidos para a morada de registo, sem custos para quaisquer das partes. O Presidente da Câmara, Domingos Bragança, destaca que este Quiosque Digital “surge na sequência da reunião magna com o comércio tradicional no final do ano de 2019 e dará resposta às necessidades atuais, muito acentuadas com a pandemia, do comércio local, restauração e outros serviços fazerem negócios seguros por via digital. Espero que todos adiram: promovemos Guimarães, dinamiza e moderniza o nosso comércio e serviços, e facilita as compras a todos que escolham fazer as suas compras no território vimaranense”. •

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Os sociais-democratas lembram que a “sete de Setembro deste ano, os Vereadores do PSD /CDS, propuseram e defenderam que o Município criasse um programa Extraordinário de Apoio ao Desporto vimaranense, para fazer face às enormes dificuldades que os Clubes vimaranenses enfrentam em consequência da crise pandémica. Os Clubes desportivos, particularmente locais, tiveram, por um lado, uma forte redução das suas receitas, nomeadamente de patrocínios, inscrições de atletas em escalões de formação, bilhética, sendo que, por outro lado, os custos em grande medida não reduziram, pelo contrário, tiveram mesmo nalguns casos uma subida para responder às necessidades de realização de testes e/ou obras de adaptação dos espaços e recintos desportivos às novas exigências de mitigação de contágios”. Para o PSD o Governo relegou para segundo plano da política nacional o desporto, “com total ausência de medidas relevantes de apoio”. Segundo a nota dos sociais-democratas vimaranenses, esta posição do Governo torna ainda mais imperioso a criação de mecanismos, por parte do poder local, que pudessem colmatar a inação do Governo e reforçassem o seu papel de apoio ao Desporto local, em particular aos clubes. O PSD recorda que, a par com o CDS, defendeu, em sede de Assembleia Municipal e por ocasião da preparação da discussão do Plano e Orçamento do Município para 2021, de um plano específico para apoiar este setor. “O executivo socialista desvalorizou

sempre esta proposta”, acusam os sociais-democratas. Para o PSD, a proposta de um apoio extraordinário de 59.274 euros, que a maioria socialista levou a reunião de Câmara, e foi aprovada por unanimidade, é “manifestamente reduzida, insuficiente e muito aquém da capacidade do Município”.

“Não se compreende que, para as dezenas de clubes locais, se dedique somente 60 mil euros”, Ricardo

Araújo

Este apoio terá que ser distribuído por dezenas de clubes, sublinham os sociais-democratas. O PSD relembra que, em junho, a Câmara reforçou o subsídio à exploração à Tempo Livre, em 630 mil euros, cerca de 60% do apoio anual previsto para 2020. “Não se compreende que, para as dezenas de clubes locais, se dedique somente 60 mil euros – 10% do aumento atribuído à Tempo Livre”, crítica o vereador social-democrata, Ricardo Araújo. O PSD manifesta “incompreensão” relativamente ao facto de um clube com o Vitória “não ser sequer contemplado com qualquer apoio, apesar do meritório serviço que presta à Comunidade nos escalões de formação e modalidades amadoras”. O comunicado do PSD termina reiterando a necessidade de criar um “Programa Extraordinário de Apoio ao Desporto”, aumentando consideravelmente o montante de apoio aos clubes locais. • RD


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Restauração e hotelaria voltaram à rua em Guimarães Empresários, funcionários, familiares e fornecedores da restauração e hotelaria de Guimarães percorreram este sábado, dia 21, as ruas desde o Campo de São Mamede até ao largo do Toural. O objetivo é voltar a chamar a atenção do Governo para este setor “que está a morrer”. © Rui Dias

multidão que aplaudia, apontando para a grande árvore de Natal, a ser montada ali ao lado. Nuno Freitas queixa-se de ter a faturação reduzida a um quarto e de estar a suportar 40 salários, sem saber o que vai ser o futuro. “Ou é para fechar ou é para abrir e não é com 20%, porque 20% da faturação deste ano só significa uma coisa, é cofres vazios”, afirmou. Nesta altura a multidão rompeu num aplauso, a bater nos tachos que muitos trouxeram como símbolo do setor.

“Não estamos a pedir 20% nem a pedir esmola, estamos a pedir uma estratégia” “Não estamos a pedir 20% nem a pedir esmola, estamos a pedir uma estratégia”, continuou. Nuno Freitas terminou com uma pergunta dirigida ao Presidente da República, relativamente ao local onde devem ser feitos os protestos, se aqui ou em Bruxelas. “Estamos dependentes do primeiro-ministro húngaro?” – Inquiriu. Nuno Freitas lembrou a importância que uma balança comercial positiva tem para o país e a ajuda que o setor do turismo pode ter para cumprir esse objetivo. “Se não for assim, vamos outra vez para a terra cultivar”, terminou. Para o presidente da Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH), Ricardo Pinto da Silva, que organizou esta marcha, aquilo que é importante é que o Governo os ouça e tome medidas de apoio efetivo aos setores da hotelaria

e da restauração. Relativamente à reunião que tiveram com a Câmara Municipal, o presidente da AVH, defende que as medidas tomadas pelo Município são “importantes para mitigar os efeitos desta crise”, mas há outras medidas que não dependem da Câmara que fazem parte do manifesto que a associação endereçou primeiro-ministro, Presidente da República, presidente da Assembleia da República e deputados. Entre estas medidas estão, por exemplo, a isenção da Taxa Social Única durante oito meses, a redução do IVA para 6%, a implementação de moratórias fiscais, entre outras. Estas medidas dependem do Governo e, nessa medida, Ricar-

70 mil euros para a iluminação de Natal A Câmara Municipal de Guimarães vai gastar 70 mil euros na iluminação das ruas na época de Natal e Ano Novo de 2021. Na época natalícia de 2019 o investimento feito pela Câmara em iluminação foi de 145 mil euros, quer dizer que este ano há uma redução para cerca de metade. Em 2019 houve um ligeiro acréscimo relativamente a 2018, em que foram gastos 140 mil euros. A este emagrecimento do investimento no Natal de rua há que juntar o

desaparecimento da Cidade Natal. Um vasto cartaz, do qual faziam parte animações de rua, teatro, concertos, um mercado de Natal, arruadas e exposições. Neste programa o Município gastou, em 2019, 70 mil euros. Em 2020, a grande maioria das cidades, ao contrario de Guimarães, aumentam o investimento na iluminação de Natal. É o caso do Porto (395), Viana do Castelo (170) , Póvoa do Varzim (80), ou Matosinhos (227) entre outras. A vizinha cidade de

Braga vai reduzir ligeiramente a despesa , ficando pelos 150 mil euros. Em 2019, Braga fez um aumento da despesa em luzes natalícias, de 78 mil euros para mais de 150 mil euros. A câmara de Gaia vai substituir as festas natalícias por entrega de vales a gastar no comércio local e utilizar o que sobrar da verba alocada ao Natal para apoiar a IPSS. Em Lisboa o gasto em iluminações ascende a 800 mil euros, um valor igual ao do ano anterior. • RD

do Pinto da Silva apela à Câmara Municipal de Guimarães que mova a sua influência junto do executivo de António Costa. O presidente da AVH fala em quebras superiores a 60% na restauração, na hotelaria o cenário é ainda pior, com uma redução média da faturação, até outubro, de 90%. “A mensagem que nos é transmitida diariamente pelo Governo é de medo, incutir o medo na população e está a resultar”. “A despesa que está a ser feita neste momento não é canalizada para os sítios certos”, comentou o presidente da AVH, relativamente à iluminação de Natal. Bruno Fernandes líder do PSD Guimarães encontrou-se com alguns dos manifestantes no

final da marcha. Os organizadores da marcha fizeram questão de manter a manifestação apartidária. Pedro Fernandes fez depender dessa demarcação dos partidos a participação da AVH no protesto nacional que está a ser organizado para os dias 25 (dia limite para o pagamento de impostos ao Estado). Mesmo sem participar na marcha, a margem da manifestação, Bruno Fernandes, presidente do PSD Guimarães, encontrou-se com alguns dos participantes. O líder social-democrata manifestou o seu apoio a esta causa e defendeu a necessidade de medidas mais robustas para ajudar este setor. • Rui Dias

© Mais Guimarães

Mais de uma centena de pessoas, numa manifestação ordeira com muitos cartazes dirigidos a António Costa, alguns aos Governo e aos deputados. “Quanto é que os deputados já perderam com a crise?” – Lia-se num dos cartazes. O tom geral era de indignação perante aquilo que classificam como “falta de medidas concretas do Governo para ajudar o setor”. Pedro Fernandes, empresário da área da restauração dá o exemplo do apoio de 20% da faturação, baseados na media deste ano: “é ridículo, é nada, não tem expressão nenhuma no orçamento”. “O governo pede-nos para não despedirmos e nós não queremos despedir, mas como é que vamos fazer isso sem faturar. Eu tenho dez empregados comigo, como é que lhes vou pagar?”- Questiona o mesmo empresário. ” No período do primeiro confinamento tive perdas que superaram os 30 mil euros, que acomodei, o verão não foi famoso, foi para começar a trabalhar, mas com esta nova paragem é o fim. Há algumas empresas que recorreram ao crédito no primeiro confinamento, esses agora já não têm margem para mais nada, vão começar a fechar”, acrescenta. “Queremos uma estratégia nacional para podermos definir uma estratégia local, queremos saber os que se vai passar nos próximos três meses”, revindicou Nuno Freitas, administrador do ramo hoteleiro, num discurso improvisado à chegada da marcha ao largo do Toural. “Para que é que se está a fazer esta árvore se não a vamos poder ver? Para que é que estamos a fazer isto?” – Perguntou para à


SOCIEDADE

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2020, a prova de que “firmes estaremos aqui todos os anos”

Retrato de Perfil Bruno Fernandes por Rui Dias E

“Chega em breve, como em todos os anos, a inquietação ao nosso coração que quer bater compassadamente com o alvoroço de bombos e caixas.”

Nome Bruno Alberto Vieira Fernandes Data de Nascimento 25 de março de 1978 Natural de Guimarães Profissão Gestor

É o mais novo de três irmãos, nascido numa família de São Torcato, ligada ao têxti. O pai foi encarregado na tecelagem da Coelima durante mais de trinta anos, o tio trabalhava nos Recursos Humanos da mesma empresa. À custa dessa relação familiar com uma empresa que tinha mais de três mil funcionários, ainda hoje o cumprimentam na rua, principalmente em Pevidém, por ser filho do senhor Fernandes.“Era uma família humilde, com três filhos e uma mãe doméstica, a viver do salário do pai”, recorda Bruno Fernandes. Cresceu e estudou em São Torcato até aos 13 anos, no 9º ano mudou-se para o liceu, em Guimarães. As áreas ligadas à gestão e à economia já diziam qualquer coisa ao Bruno adolescente e foi essa a opção para fazer o 12º ano.Terminado o secundário, o percurso óbvio era ir para a universidade, dar oportunidade aos filhos de estudarem era uma prioridade dos pais. Bruno Fernandes, contudo, optou por um via alternativa, aos 17 anos foi trabalhar. O primeiro emprego foi na contabilidade da Têxteis Tarf. “O meu pai dava-me essa liberdade e eu queria experimentar o mundo do trabalho”, confessa. Na verdade Bruno Fernandes já trabalhava antes. O irmão era sócio de uma pastelaria, onde Bruno ajudava. Fala desse tempo com orgulho. “Desde muito cedo aprendi o valor do trabalho duro, atrás do balcão. Aprendi a cozinhar, a fazer francesinhas e a tirar finos. Não era trabalho em sentido formal, até porque eu tinha entre os 14 e os 16 anos, mas muito cedo percebi o que custava a ganhar a vida”. Foi por esta altura que apanhou o autocarro para Guimarães e se dirigiu à sede do PSD para se filiar. “Não fui filiado por ninguém, foi por iniciativa minha que me juntei à JSD”. Embora não houvesse história de militância na família, Bruno reconhece que a admiração do pai pela figura de Sá Carneiro teve alguma influência na sua opção. É um homem de relações duradouras, a esposa, com quem tem dois filhos, vem dos tempos da escola em

© João Bastos

São Torcato. Depois de um ano a trabalhar em contabilidade, foi para o Politécnico do Porto, em 1997, estudar Contabilidade e Administração de Empresas. No final da licenciatura, em 2002, foi ao processo de recrutamento da Arthur Andersen, uma empresa de consultoria, auditoria e contabilidade que preenchia os sonhos dos estudantes da área da economia e gestão, naquela época. Descontraidamente, reconhece que foi pressionado por um amigo, “que queria boleia”. Acabou por ser selecionado, primeiro como estagiário, ainda a terminar o curso e depois nos quadros, a partir de 2002. No final de 2003 surgiu o desafio de integrar a equipa do Governo Civil de Braga. “Foi uma decisão difícil, num momento em que estava numa empresa muito boa, mas tinha uma vontade de serviço público que era anterior e que talvez tenha sido o que me trouxe para a política, para o PSD neste caso”. Ainda saiu com licença sem vencimento, mas acabaria por não voltar. Quando, em 2005, houve eleições e a comissão no Governo Civil terminou, o presidente da Câmara da Póvoa de Lanhoso viu como muito positiva a experiência acumulada naquela função e fez dele chefe de gabinete. Bruno Fernandes fala deste período como uma época de grande aprendizagem no domínio autárquico. Podia ter concorrido para integrar o quadro da Câmara, mas recusou. “Não me vejo como um funcionário público, antes como um servidor público com uma missão”, afirma. É assim que vê o seu período como presidente da Junta de Freguesia de São Torcato. Desde junho de 2019, a missão é elevar a Escola Profissional do Alto Ave, de que é diretor, a outro patamar. “Já introduzimos um processo de gestão documental, processos de avaliação e certificamos a escola”. O passo seguinte, “já em andamento, é a requalificação do edifício”, explica com entusiasmo. •

Num ano tão atípico como este, as Nicolinas juntam-se à lista de eventos que se adaptaram. A Comissão de Festas Nicolinas 2020 garante que tudo estão “a fazer para que este ano atípico não nos leve tudo”. Num vídeo dirigido aos “Nicolinos de todas as idades, estudantes… novos, velhos…”, a Associação dos Antigos Estudantes do Liceu de Guimarães

(AAELG), a Comissão das Festas Nicolinas 2020 e a Associação de Comissões de Festas Nicolinas (ACFN), explicam que “este ano a festa Nicolina será simbólica, mas cabe-nos manter o espírito”. No próximo domingo, certo é que, da varanda ou da janela, “São Nicolau escutará!” O convite para dia 29 de novembro está feito: “cheguemo-nos às

varandas e janelas e pelas onze da noite, munidos de caixas e bombos, evoquemos a nossa Festa sem igual. Que ribombem como nunca! Toquemos a zabumbada que ecoará, como sempre, nas velhas ruas e paredes do nosso burgo.” O repto está lançado, acender “as varandas, as janelas de nossas casas” e brindar. “Que cada sacada seja, ao mesmo tempo, um púlpito do Pregão, um poiso das maçãzinhas, um palco das Posses e uma passagem do cortejo do Pinheiro!”. A forma como os restantes números serão adaptados está, contudo, a ser ainda discutida. “À data de hoje, os moldes excecionais aplicados a este ano estão a ser discutidos, ao sabor das mudanças que os dias nos vão trazendo.” “O perigo inerente a uma tradição diz-nos que um corte pode ser fatal. Não se passa um testemunho sem um estafeta. Sem a realização das Festas Nicolinas 2020, estão em perigo as Festas Nicolinas 2021 e sucessivas”, explica André Alves, presidente da Comissão de Festas Nicolinas 2020. “As nossas Festas têm de ser realizadas, pois os Estudantes do ano letivo 2020/2021 – que têm este ano o seu primeiro contacto com este nosso (e prontamente seu) fenómeno – serão quem cuidará da nossa tradição, no futuro.” A Comissão das Festas Nicolinas 2020, a AAELG e a ACFN relembram que “o Espírito Nicolino nunca morrerá”. “Acreditamos, solenemente, que algo se pode fazer este ano. Algo que transmita parte do Espírito Nicolino aos novos Estudantes, e que não sirva apenas de celebração ou refúgio dos Velhos.” “Temos São Nicolau do nosso lado!” •

Rui Sinel Cordes: espetáculos passam do Multiusos para o CAE Rui Sinel Cordes estará no São Mamede CAE, a 24, 25 e 26 de novembro.” Os espetáculos de Rui Sinel de Cordes estavam previstos para o Pavilhão Multiusos de Guimarães nos, dias 13 de março e 17 de outubro de 2020, no âmbito da digressão “O Início é o Fim”, que integra dois espetáculos. Os bilhetes para o espetáculo de 13 de março já tinham sido vendidos quando, por motivos sanitários relacionados com a pandemia de covid-19, o espetáculo não se realizou. Relativamente à

apresentação prevista para outubro, este problema não se coloca, uma vez que os ingressos ainda não tinham sido vendidos. Estes espetáculos, no Multiusos, estavam previstos para uma lotação de 1.500 pessoas. Uma vez que a capacidade do São Mamede CAE é menor, serão feitas três sessões, é o próprio humorista que o explica num vídeo nas redes sociais. As pessoas que possuem bilhetes para a antiga data (13 de março), podem validar o ingresso

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para as atuais datas no mesmo local onde o adquiriram. Desconhece-se a razão da mudança do espetáculo do Pavilhão Multiusos para o São Mamede CAE. •


CONCELHO

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A Freguesia de Caldelas aderiu à campanha “autarquias sem glifosato” da associação ambientalista Quercus, colocando a saúde pública e o Ambiente em primeiro lugar ao comprometer-se a não usar de herbicidas à base da substância ‘glifosato’. A Junta de Freguesia das Taipas, desde meados de 2018, que tem vindo a “utilizar alternativas ecológicas para o controlo de vegetação espontânea em zonas urbanas, de lazer e junto a estra-

das, em vez de herbicidas à base da substância ‘glifosato’. Tem-se optado por controlar as ervas espontâneas na maior parte dos casos, a monda manual – que permite a remoção das áreas ajardinadas apenas as espécies com características indesejadas – e a monda moto-manual e mecânica, através de pequenas motorroçadoras aplicáveis em bermas”, pode ler-se numa nota enviada às redações. Em cada ano estão previstas 2

limpezas anuais, uma na Páscoa e outra antes do Inverno, na Vila de Caldas das Taipas, no entanto, por não se “utilizarem herbicidas e devido a condições atmosféricas propícias tem sido efetuados quatro cortes de vegetação espontânea”. “Há ainda um caminho a percorrer na aceitação das ervas espontâneas pela população, num modo mais verde e ecológico dado que cada vez mais devem fazer parte da paisagem urbana”.•

“Rios de Plástico”: exposição de fotografia no parque de lazer das Taipas © Laboratório da Paisagem

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Taipas: Feira de velharias só volta em 2021

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Taipas aderiu à campanha “autarquias sem glifosato” da associação ambientalista Quercus

Prevista para o próximo fim de semana, domingo, dia 29 de novembro, a Feira de Antiguidades e Velharias das Taipas não se vai realizar, como medida preventiva para reduzir os contágios de covid-19. José das Neves Machado, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas, entidadereponsável pela organização da feira este evento, afirmou ao Reflexo que esta decisão foi tomada em concertação com Luís Soares, o presidente da Junta de Freguesia de Caldelas. Em 2020, ainda não se realizou nenhuma Feira de Velharias em Caldas da Taipas, em virtude da pandemia e também do calendá-

rio. O evento acontece no quinto domingo do mês, quando tal sucede. Este fim de semana decorreria a primeira feira organizada pelos Bombeiros Voluntários das Taipas, uma vez que a feira era, até aqui, organizada pela Associação Comercial e Industrial das Taipas. “Em dezembro não vale a pena realizar feira, seria muito próximo do Natal. Fica para janeiro se tudo correr bem, porque no tempo em que vivemos não se podem fazer projetos a longo prazo”, disse o presidente dos Bombeiros ao Reflexo. Tudo indica, portanto que a Feira de Velharias das Taipas só regressará em 2021. •

Utentes do Centro Social de Guardizela todos vacinados A vacina da gripe já foi administrada a todos os utentes do Centro Social de Guardizela. Domingos Bragança, presidente do Município de Guimarães visitou na manhã de terça-feira, 17 de novembro, esta instituição e deixou uma mensagem: “Não estão sós

neste combate!”. Prestando apoio a cerca de 90 idosos, esta estrutura residencial dá resposta às valências de Lar, Centro de Dia e Apoio Domiciliário, além de garantir resposta nas valências de Creche e Pré-escolar, a 150 crianças.•

As 10 fotografias são o resultado de um trabalho dos fotógrafos André Brito e Joaquim Beteriano no âmbito do projeto Aqualastic do Laboratório da Paisagem. Esta imagens já estiveram expostas no Centro Histórico de Guimarães. A exposição retrata a realidade dos rios Ave e Selho, tem como objetivo principal que as pessoas diminuam o uso de plásticos no dia a dia e só depois de os reutilizarem devem ser

colocados nos vários ecopontos amarelos espalhados pela freguesia. Nas limpezas nas margens do rio Ave e das ribeiras da Agrela e da Canhota, efetuadas por voluntários da Brigada verde durante o verão, foram detetadas grandes quantidades de plásticos. Em Caldas das Taipas, pese embora os alertas que têm sido dados, há ainda muitos comportamentos que importa eliminar.

A Junta de Freguesia e a Brigada Verde pretendem reduzir o impacto do plástico no ambiente em Caldas das Taipas. “A presença de plásticos nas nossas linhas de água é uma realidade que não se pode esconder e mostrar as consequências das nossas ações diárias tem que ser suficiente para mudarmos definitivamente os nossos comportamentos”, afirma a Junta de Freguesia, em comunicado. •


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ZONA NORTE

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Caminha

Festival Sonic Blast regressa em 2021 num novo local

Melgaço

Solar do século XVI classificado como Monumento de Interesse

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Portugal e o mundo Quarta-feira Antibióticos em Portugal Consumo reduziu 20% nos primeiros nove meses do ano. •

Quinta-feira

Governo da Bolívia

País pede ajuda à Interpol para localizar ex-ministros da Defesa e do Inteior. •

O Festival Sonic Blast está de regresso no próximo ano para a sua décima edição e vai ter um novo local no concelho de Caminha. O Festival vai realizar-se nos dias 12, 13 e 14 de agosto na praia da Duna do Caldeirão, freguesia de Âncora. Até 2019 decorreu em pleno centro da freguesia de Moledo, contudo em fevereiro deste ano 2020, o presidente da Câmara de Caminha anunciou o fim do festival de música no concelho, porque a organização do festival não aceitou “nenhuma das quatro localizações alternativas à aldeia de Moledo, apresentadas pela autarquia em negociações que se prolongaram por quatro meses”.

Em declarações à agência Lusa, Ricardo Rios, um dos membros da organização, adiantou que “na altura chegou a ver o sítio proposto pela autarquia, mas acrescentou que o espaço onde o festival se vai realizar em 2021 está situado noutro local da freguesia de Âncora. No novo espaço escolhido, praia da Duna do Caldeirão, Ricardo Rios afirma que “É um local que tem melhores condições. É maior, o que nos permite garantir toda as normas de segurança, está situado ao pé da praia, em comunhão com a natureza. Vamos manter a lotação nas edições anteriores, cerca de mil pessoas e estou confiante que vai ser uma grande edição”. •

No passado dia 18 de novembro, um solar situado numa quinta na freguesia de Paderne, em Melgaço, mandado construir no século XVI pela rainha D. Leonor foi classificado como Monumento de Interesse Municipal.. Manoel Batista, Presidente da Câmara, revelou à agência Lusa que este solar tem uma “relevância histórica” e é de realçar o seu “enquadramento paisagístico por se encontrar completamente rodeado de vinha”. O processo de classificação foi iniciado em 2017 e foi proposto pelos atuais proprietários. O autarca diz que “desde a primeira hora acarinhou o processo e congratula-se com a sua classificação”. Desde que foi mandado construir, o solar da Quinta do Reguengo tem estado na posse de vários proprietários. De acordo com a descrição a que a Lusa teve

Paços de Ferreira

Braga

Comércio Local e Restauração vão ser testados

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A Câmara Municipal de Paços de Ferreira vai lançar uma campanha de testes rápidos destinada a todos os funcionários e empresários do comércio local, restauração e similares. Para isso estes devem realizar a sua inscrição através de um link onde terá de dizer o número total de funcionários a testar. O principal objetivo da autarquia da capital do móvel com

esta campanha é o de garantir à população que quer o comércio local quer os restaurantes são locais seguros para frequentar e também dar um contributo para a mitigação do novo coronavírus no concelho de Paços de Ferreira. Os testes rápidos de deteção do SARS CoV-2 serão realizados através de colheita por zaragatoa, e os resultados estarão disponíveis em 15 minutos. •

acesso, este solar está adaptado à função de hotel rural, resultado de um projeto de recuperação e remodelação realizado em 2001. “Numa altura em que a aposta na economia do vinho Alvarinho e da marca Monção e Melgaço se procura afirmar cada vez mais, era muito importante que este imóvel e a quinta onde está inserido, fossem classificados”, reforçou o autarca. Este solar “representa um bem de valor cultural de significado preponderante para o município”, pode ler-se no Diário da República (DR). A família Cardadeiro é a atual proprietária e adquiriu a propriedade em 1998. Reconstruiu o solar, plantou a vinha e construiu ainda uma adega para a produção do Vinho Alvarinho. O Solar da Quinta do Reguengo em Melgaço está inserido em meio rural, com cerca de oito hectares.•

© Direitos Reservados

Projeto “GoMore” para conhecer a cidade

A Associação de Ocupação Constante de Braga lançou o “GoMore”, projeto que visa melhorar a experiência turística de todos os que queiram conhecer a cidade. Através do dispositivo gratuito SWIP todas pessoas podem aprofundar o património cultural bracarense, conhecendo 25 pontos relevantes da cidade minhota.•

Sexta-feira

Abate de animais na Dinamarca Milhões de Visions abatidos como medidas de prevenção contra a Covid-19. •

Sábado

Época natalícia na Europa Governos europeus preparam medidas para travar Covid-19 no Natal. •

Domingo

Moto GP em Portugal Miguel Oliveira vence o Grande Prémio de Moto GP que decorreu no Algarve. •

Segunda-feira

Estudo sobre o uso de máscara Estudo no Kansas demonstra que o uso de máscara abranda a pandemia. •

Terça-feira

Estado de Emergências Entraram em vigor em Portugal novas medidas de combate à pandemia. •


OPINIÃO

O JORNAL N269 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2020

Opinião de José João Torrinha

DO LADO CERTO DA LINHA Quando andava no secundário, estávamos entre a segunda metade dos anos oitenta e o início dos noventa. Apesar de já lá irem uns anos, a revolução ainda era algo muito presente. Por isso, quando se discutia política (como fazíamos incessantemente) ser de esquerda ou de direita não era brincadeira nenhuma. Verdade seja dita que, na altura, havia algum comedimento em alguém se assumir como de di-

reita, o que é natural atenta a tal proximidade com quarenta e oito anos de uma ditadura oriunda desse lado do espetro partidário. O mesmo comedimento existia nos próprios partidos, mesmo sabendo-se que o país se encontrava sociologicamente partido a meio, como a eleição presidencial Soares/Freitas tinha demonstrado. Volvidos alguns anos, começou a haver quem dissesse que a

Opinião de Mariana Silva

TRADIÇÃO EM TEMPO DE PANDEMIA Dois acontecimentos, à partida desligados motivam hoje a minha crónica. A epidemia que vivemos e que nos traz confusos e desorientados, impõe-se como uma entidade omnipresente que nos tolhe os gestos mais naturais e que mal nos deixa respirar. Gostaria muito de não voltar a falar sobre este assunto, mas permanece no nosso dia-a-dia e exige que tomemos medidas mais concretas para nos protegermos e protegermos os outros.

Esta semana dezenas de empresários e profissionais da restauração manifestaram-se nas ruas de Guimarães clamando por mais apoios para assegurar a sua sobrevivência. Compreendemos bem as suas razões. Acompanhamos as suas angústias. Mesmo que a epidemia não seja culpa de ninguém, os atrasos nas respostas para quem vive, como tantas vezes dissemos antes, do dinheiro da caixa do dia para pagar as contas do dia seguinte, e de um

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dicotomia esquerda/direita já não fazia sentido. Que era uma herança da revolução francesa e que, volvidos mais de duzentos anos, se tratava de uma caracterização vazia e sem conteúdo. Permito-me discordar. É verdade que a dita separação não dá para tudo. Também é verdade que a realidade é infinitamente mais complexa do que uma versão a preto e branco das coisas. Mas também o é que continua a fazer sentido a distinção. Diria que definir o que é ser de esquerda ou de direita é algo difícil, mas é algo que todos intuímos e sabemos. Dito isto, nos dias de hoje emerge uma outra dicotomia muito mais atual e decisiva: aquela que distingue quem tem práticas e propostas democráticas dos outros: daqueles que pretendem abalar as fundações do nosso sistema democrático. Basta olhar à nossa volta para constatarmos que o perigo é real. Alguém acreditaria que em 2020 estaríamos a assistir ao facto espantoso de um derrotado numas eleições americanas e que não aceita os resultados eleitorais? E se olharmos para a Europa, que dizer de vermos dois países a boicotar o programa de recuperação da pandemia mundial,

em reação às sanções que lhes poderão ser aplicadas pelos desvios antidemocráticos que as suas nações têm trilhado? Por isso, entendo que a grande linha divisória e a que é decisiva, mais do que a esquerda/direita é a tal linha que divide aqueles que pela sua prática e discurso político pretendem abalar os alicerces do nosso sistema democrático e os outros. Dir-me-ão que a divisão não faz sentido, porque se trata claramente de uma minoria que está do lado errado da história. Eu digo que faz, não só porque essas minorias têm grande potencial de crescimento (atento algum cansaço que se vai sentindo quanto aos partidos e forças políticas tradicionais) mas sobretudo deve fazer-se entre quem contemporiza com essas forças e quem é intransigente com elas. Esta é mesmo a altura de traçar uma linha na areia, deixando bem claro que não estamos a traçar uma linha entre esquerda e direita, mas entre a decência e a indecência. Entre quem festeja a democracia que tanto custou a construir e quem a quer desfazer, ainda que lentamente. O artigo primeiro da nossa Constituição diz: “Portugal é uma república soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e

na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária”. Que isso nunca nos saia do espírito no momento de escolhermos o lado da linha em que estamos. •

momento para o outro as medidas restritivas que lhes tiram o pão da boca não podem deixar de gerar indignação. É que, ao contrário do que alguns nos queriam fazer acreditar no mês de março, e confirmando o que até aqui fomos dizendo, nem estamos todos no mesmo barco, nem vamos ficar todos bem. Os pequenos restaurantes não têm a capacidade das grandes cadeias para aguentar um embate tão violento. Já viram os seus negócios ameaçados pelas grandes cadeias internacionais e pela entrada nesta área de grandes grupos económicos que tudo sugam. E, apesar de muitas vezes não se aperceberem, são também vítimas da política de baixos salários e das pressões dos grandes grupos para que o Governo não determine um vigoroso aumento do Salário Mínimo Nacional, que empurraria todos os outros salários para cima. Quando começarmos a confiar e pudermos “dar folga à mola”, será essencial que as pessoas possam consumir, possam ir aos restaurantes, possam viajar e para isso precisam de ter mais dinheiro. No entanto, alguns destes empresários, hoje, percebem melhor as razões daqueles que em abril e maio continuaram a lutar para que se garantissem

os salários, os direitos e que fosse possível acreditar numa outra política de desenvolvimento. E como consequência da pandemia, outro assunto nos traz as almas apertadas. Este ano não se festejará o Pinheiro da forma que sempre conhecemos e que sempre o fizemos. As Nicolinas serão assinaladas neste ano de 2020 tão atípico. Com distanciamento. Sem os rojões e as castanhas assadas. Sem o mais importante, sem o encontro e reencontro daqueles que conhecemos há anos e que na noite do Pinheiro reencontramos e partilhamos a tradição. Mas não haver aquele momento de grande partilha, com milhares de jovens que enchem a cidade de partilha, convívio e de camisas brancas e lenços vermelhos. A noite será fria como são as noites de novembro, os amigos estarão ligados em chamadas de vídeo, o coração vai ficar apertado, mas ficará a certeza de que para o próximo ano poderemos festejar tudo o que ficou interrompido em 2020. Porque é necessário preencher os nossos dias da normalidade possível, não permitir que se adensam os problemas e acreditar sempre que não será através do medo que nos querem impor que seremos capazes de superar a pandemia e as suas consequências.

É necessário não nos deixarmos vencer. Nem pela doença. Nem pelo medo. •

O artigo primeiro da nossa Constituição diz: “Portugal é uma república soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária”.

Os pequenos restaurantes não têm a capacidade das grandes cadeias para aguentar um embate tão violento. Já viram os seus negócios ameaçados pelas grandes cadeias internacionais e pela entrada nesta área de grandes grupos económicos que tudo sugam.


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CLASSIFICADOS

N269 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2020

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No dia 27-nov-2020 (sexta-feira), às 19:30 horas, na Igreja de Atães, será celebrada missa de 7.º dia pela sua alma.

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No dia 28-nov-2020 (sábado), às 9:00 horas, na Igreja de Gonça, será celebrada missa de 7.º dia pela sua alma.

No dia 28-nov-2020 (sábado), às 9:00 horas, na Igreja de Urgezes, será celebrada missa de 7.º dia pela sua alma.

PRAZINS (SANTO TIRSO)

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No dia 28-nov-2020 (sábado), às 9:30 horas, na Igreja de Santo Tirso de Prazins, será celebrada missa de 7.º dia pela sua alma.

No dia 28-nov-2020 (sábado), às 12:00 horas, na Igreja de Lordelo, será celebrada missa de 7.º dia pela sua alma.

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No dia 29-nov-2020 (domingo), às 10:00 horas, na Igreja de São Domingos, será celebrada missa de 7.º dia pela sua alma.

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Luísa de Lima Baptista

No dia 29-nov-2020 (domingo), às 10:30 horas, na Basílica de São Torcato, será celebrada missa de 7.º dia pela sua alma.

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No dia 29-nov-2020 (domingo), às 11:15 horas, na Igreja de São João de Ponte, será celebrada missa de 30.º dia pela sua alma.

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O JORNAL N269 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2020

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Bruno Varela foi o herói no triunfo em Arouca para a Taça

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Decisivo nas grandes penalidades, o guarda-redes continua com um arranque de época muito positivo, sendo dos poucos elementos que tem encantado a massa adepta. Sonho do Jamor permanece vivo. O Vitória garantiu a presença na quarta eliminatória da Taça de Portugal, mas precisou das grandes penalidades para carimbar o passaporte para a ronda seguinte, após o nulo registado nos 120 minutos de jogo. Zié Ouattara foi expulso no último minuto da primeira parte, deixando o coletivo em inferioridade numérica durante 75 minutos de jogo. A exibição do Vitória voltou a não encantar. Os arouquenses foram mais fortes no primeiro tempo e, nos primeiros 15 minutos, Adílio esteve perto de inaugurar o marcador em duas ocasiões. Com dificuldades para travar a equipa da casa, só após a meiahora de jogo o Vitória conseguiu criar perigo, por intermédio de Bruno Duarte. Porém, o desejado crescimento ficou condicionado ainda na primeira metade da partida, com a expulsão de Zié Ouattara. O inglês Maddox foi opção para a segunda parte e, mesmo em inferioridade numérica, as oportunidades de golo foram mais divididas. A equipa da casa,

liderada pelo vimaranense e ex treinador vitoriano Armando Evangelista, foi a primeira a criar perigo. Na resposta, Bruno Duarte e André Almeida estiveram a escassos centímetros de festejar. Porém, valeu ao Vitória a qualidade de Bruno Varela que, no primeiro minuto do período de compensação, levou o jogo para o prolongamento, após uma magnífica defesa. Nos trinta minutos extra, a melhor ocasião de jogo até pertenceu à formação liderada por João Henriques. Maddox atirou forte, mas o remate foi ao encontro da barra. Nas grandes penalidades, Bruno Varela defendeu o remate de Leandro Silva, mas, no lance decisivo, Sílvio desperdiçou. Na segunda ronda, depois de Holm, Maddox e Jorge Fernandes terem revelado eficácia, Bruno Varela voltou a assumir o papel de protagonista e travou o remate de Blondell. O guardaredes justificou na plenitude os abraços de todo o coletivo, contribuindo de forma decisiva para um triunfo que teve muito

© VSC

Bruno Duarte marcou na época passada

pouco encanto. Duas defesas que permitem à família vitoriana

manter vivo o sonho de regressar uma vez mais ao Jamor. •

Sub-23 em crescendo e invencíveis © VSC

O ganês Gideon Mensah e o sulafricano Lyle Foster já evoluem no relvado e poderão fazer parte do leque de escolhas. Embora façam treino condicionado, o

Visitas ao Tondela com histórico de equilíbrio Tondela e Vitória já se defrontaram em cinco ocasiões para a Liga no Estádio João Cardoso, mas o equilíbrio tem sido nota dominante, com dois triunfos para o Vitória, duas derrotas e uma igualdade. •

Maliano Sacko regressou aos treinos coletivos e já espreita a titularidade em Tondela Falaye Sacko será uma das novidades no onze de João Henriques para a visita ao Tondela, agendada para a próxima sexta-feira (21h00), referente à oitava jornada da Liga. Depois da ausência nos eleitos do treinador para o encontro da Taça de Portugal, justificada pelo fato de ter chegado dos trabalhos da seleção do Mali na véspera da partida com o Arouca, o lateral direito, que nas últimas épocas não tem tido concorrência, tem caminho aberto para a titularidade para o encontro no estádio João Cardoso, dado que o jovem Zié Ouattara foi expulso em Arouca. Um jogo para o qual o responsável técnico poderá ganhar mais duas opções, num encontro que poderá ser decisivo no apuramento para a Taça da Liga.

AMI 15114

defesa esquerdo e o pontade-lança já não apresentam grandes queixas. Agu, Wakaso, Mascarenhas e Joseph, por lesão, são os indisponíveis. •

A equipa de sub-23 do Vitória continua com uma recuperação fantástica na Liga Revelação, permanecendo imbatível depois da paragem forçada na competição. Com três triunfos e dois empates nos últimos cinco jogos, o Famalicão foi a mais recente vítima dos comandados de Dominik Glawogger, cujo belíssimo jogo foi coroado com um triunfo tranquilo (2-0). O capitão Pedro Rosas, logo nos primeiros minutos, inaugurou o marcador. Os famalicenses reagiram, mas sem encontrar o sucesso junto da baliza vitoriana. Sem baixar o ritmo, Duarte Moreira esteve perto de ampliar o marcador, mas foi dos pés de Iuri Tavares que surgiu o golo da tranquilidade. O remate ainda foi ao encontro do poste, mas acabaria por entrar para alegria de um coletivo que tem crescido de jogo para jogo. •

A última visita dos Conquistadores é de boas memórias para os vitorianos. Na época passada, a equipa liderada por Ivo Vieira venceu por 3-1, com golos de Lucas Evangelista, Bruno Duarte e Davidson. Todos os golos foram apontados na primeira parte. •

Equipa B joga em casa diante o Tirsense Com um empate e uma derrota nos dois últimos jogos, a equipa B vitoriana está obrigada a vencer a formação do Tirsense. À semelhança dos últimos encontros, Bino Maçães deverá contar com o guarda-redes Jhonatan e os extremos Nelson da Luz e Abou Ouattara. •

Sub-23 visitam o rival Leixões É já na próxima sexta-feira, pelas 14h30, que os sub-23 vitorianos voltam a entrar em ação. Para a visita ao Leixões, o triunfo permitirá aos jovens conquistadores ultrapassarem o rival. Na primeira volta, o Vitória perdeu por 2-3. •


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FUTEBOL

N269 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2020

Passagem na Taça mas com César Peixoto ausente do banco César Peixoto teve uma estreia feliz no comando técnico do Moreirense, mas o sucesso alcançado no reduto do Merelinense, por 1-0, referente à terceira eliminatória da Taça de Portugal, não contou com a presença do responsável técnico no banco de suplentes. O sucessor de Ricardo Soares testou positivo à Covid-19, impedindo-o de assistir ao vivo às incidências da partida. Um cenário que deverá manter-se também na próxima sexta-feira, em Alvalade, em jogo relativo à oitava jornada da Liga. Mesmo ausente, as ideias para o jogo tiveram o dedo do jovem treinador que, com poucos dias de trabalho, optou por não fazer grandes alterações no onze. Favorito na eliminatória, as dificuldades estiveram presentes, dado que o Merelinense, que entrou em jogo com apenas um golo sofrido, mostrou todo o seu potencial. Ainda assim, as melhores ocasiões pertenceram à equipa vimaranense. Logo nos minutos iniciais, o brasileiro Pires poderia ter inaugurado o marcador. Pasinato não teve uma tarde sosse-

gada e, ainda no primeiro tempo, apanhou alguns sustos. A equipa da casa até entrou melhor no segundo tempo e criou problemas à equipa vimaranense, contudo, no melhor período da formação bracarense, Pedro Nuno, que enfrenta uma paragem de seis meses, devido a uma rotura de ligamentos, decidiu assumir o papel de herói, marcando o decisivo golo do apuramento. A eficácia deu alguma tranquilidade ao coletivo, diante um oponente que não baixou os braços e que procurou sempre o golo que permitisse conduzir o jogo para prolongamento. No entanto, com mais espaço para jogar, o Moreirense poderia ter selado o jogo com o segundo golo. Porém, um contra-ataque muito mal desenhado causou irritação nos responsáveis vimaranenses. O ponta de lança André Luís, contratado ao Chaves, foi a principal novidade no onze. O brasileiro recuperou de lesão e fez a sua estreia. Filipe Soares testou positivo à Covid-19 e foi baixa de última hora. Após o surto que afetou o coletivo, Afonso Figueiredo

© Liga Portugal

Golo de Pedro Nuno foi suficiente para garantir um lugar na quarta eliminatória da Taça de Portugal. Batismo de César Peixoto no banco adiado, dado que o treinador, após ter testado positivo à Covid-19, falhou o jogo em Merelim.

é o único elemento do plantel que ainda não testou positivo.

Leandro Mendes reconheceu dificuldades Leandro Mendes, na ausência de César Peixoto, foi o responsável pela liderança da equipa em cam-

po. No final do encontro, o treinador foi objetivo. “Sabíamos as dificuldades que íamos encontrar. Tínhamos analisado este adversário e reconhecemos-lhe qualidade. Entrámos bem no jogo, tivemos uma ou outra situação e conseguimos controlar, ainda assim, o Merelinense soube criar perigo. Na segunda parte chegámos ao golo e a partir desse momen-

Campeonato de Portugal

Campeonato de Portugal

O Pevidém continua na senda dos bons resultados e, mesmo nas dificuldades, o coletivo vimaranense deu uma boa resposta na visita ao Rio Ave B. A expulsão de Moreira, logo nos primeiros segundos da partida, não foi entrave para a equipa de João Pedro Coelho que, apesar da adversidade

O Berço cedeu os primeiros pontos no campeonato, após empate a um golo, na receção ao Tirsense, em partida referente à quinta jornada da série B do Campeonato de Portugal. Apesar do empate, o Berço divide a liderança com o Fafe, embora o conjunto vimaranense tenha menos um jogo. O vimaranense Pedro Garcia, de grande penalidade, colocou o conjunto de Santo Tirso em vantagem. Porém, ainda na primeira parte, Mário Dias restabeleceu a

© Direitos Reservados

Berço cedeu os primeiros pontos

© Direitos Reservados

Pevidém empata com dez e com golo de Vítor Hugo

to o Merelinense arriscou mais e penso que nessa altura faltou discernimento para matar o jogo”, explicou. “Foi uma semana atípica. O mister chegou e tentou implementar as ideias dele, depois ficou isolado. Na medida do possível, com as novas tecnologias, tentámos ter o mister presente e ele tentou transmitir à equipa as suas ideias”, acrescentou. •

inicial, conseguiu empatar no reduto dos vilacondenses (1-1). Mesmo reduzidos a dez elementos, o Pevidém não descurou o ataque e, por intermédio do experiente Vítor Hugo, conseguiu chegar à vantagem no marcador. Contudo, a equipa da casa soube aproveitar a superioridade em campo

para chegar ao empate, num jogo cuja contrariedade inicial obrigou o Pevidém e um enorme esforço físico e muita entreajuda coletiva. O empate a um golo acaba por ser um prémio merecido, provando que os “cavaleiros” querem surpreender na exigente série B do Campeonato de Portugal. •

igualdade. O resultado ao intervalo, face ao desempenho dos dois conjuntos, refletiu o equilíbrio verificado nos primeiros 45 minutos. Na segunda parte tudo mudou, mas o elevado número de oportunidades criadas não foram ao encontro das ideias determinadas por Manuel Machado. O ascendente foi notório e o perigo rondou várias vezes a baliza jesuíta, mas insuficiente para o resultado sofrer alteração. Segue-se uma visita ao Mondinense. •


+ DESPORTO

O JORNAL N269 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2020

Resultados e golos das equipas vimaranenses nas provas distritais

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1ª divisão

© Direitos Reservados

Ronfe volta a treinar no seu estádio

No Pró-Nacional, o Sandinenses sofreu a primeira derrota da temporada. Na Divisão de Honra, o Campelos soma já três vitórias em igual número de jogos e o Gonça estreou-se a vencer. Na primeira divisão, Prazins/Corvite e Santiago Mascotelos continuam sem perder. O Souto e Gondomar estreou-se a vencer, bem como a jovem equipa B do Taipas Pró-Nacional

O Sandinenses não foi feliz na receção ao Santa Eulália, acabando por ser derrotado por 2-0. Depois do triunfo na jornada inaugural diante o Serzedelo e do empate caseiro com o Ronfe, o conjunto liderado por Pedro Adão sofreu a primeira derrota da época. •

Pró-Nacional

O Taipas perdeu por 2-0, na visita ao terreno do Vieira, em jogo referente à quinta jornada do Pró-Nacional. Após o nulo registado ao intervalo, a equipa da casa inaugurou cedo o marcador e sentenciou o jogo no período de compensação. •

Pró-Nacional

A equipa liderada por Adriano Araújo não foi feliz na visita ao Joane. Depois do empate a dois golos no reduto do Sandinenses, os ronfenses não tiveram argumentos para a equipa da casa. •

Divisão de Honra

Três jogos, três vitórias. É o saldo do Campelos na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga, após ter vencido o Regadas (2-1). Carlos e Trigo marcaram os golos da formação liderada por Rui Nogueira. •

O conjunto vimaranense liderado por André Pereira venceu confortavelmente, por 3-0, na visita ao Antime. Um triunfo expressivo, obtido com golos de Abílio, Dinis e Joãozinho. •

Divisão de Honra

Sandinenses Santa Eulália 0-2

Joane – Ronfe 5-0

Divisão de Honra

Antime - Airão 0-3

1ª Divisão

Prazins/Corvite – Oliveirense 3-1

1ª divisão

Souto e Gondomar – Tabuadelo 1-0

1ª divisão

Equipas bês em ação

Vieira - Taipas 2-0

Campelos – Regadas 2-1

Selho – Gonça 2-3

O Gonça levou a melhor no dérbi realizado em Selho, vencendo por um tangencial 3-2, com golos de Martins, Diogo e Vítor Hugo. A equipa da casa reduziu por João Couto e Formiga. •

1ª divisão

O Prazins/Corvite, de Leandro Pinheiro, continua invencível. Na receção ao candidato AD Oliveirense, a equipa vimaranense venceu por 3-1, com um bis de Rafa e um golo de Rui Fernandes. •

O Souto e Gondomar estreou-se a vencer na primeira divisão, série C, derrotando o Tabuadelo (1-0). No regresso do clube às provas distritais, César foi o autor do golo que permitiu ao conjunto liderado por Miguel Gomes a primeira vitória. •

O Sandinenses B empatou no reduto do Longos a três golos. Isha destacou-se com um hat-trick. Keke bisou para a equipa da casa e Henrique também marcou. O Brito B empatou no reduto do S.Cristovão a um golo. Catorze e Marcelo marcaram os golos. O Taipas B venceu em casa o Cepanense por 1-0. •

Delães - St. Estevão 2-0

1ª divisão

Santiago - S. Tiago Pinheiro 5-0

A.F. Braga

Vários jogos adiados

O Santo Estevão não foi feliz na visita ao Delães. A equipa liderada por Bruno Macedo, após empate na última jornada, diante o São Cristovão, não foi capaz de contrariar a equipa da famalicense. •

O Santiago Mascotelos goleou o Santiago de Pinheiro, por 5-0, somando o terceiro triunfo na série D. Pedro Coelho destacou-se com um bis. Rui Casoto e Kevin também revelaram eficácia. A equipa da casa beneficiou também de um auto golo. •

Devido à pandemia do Covid-19, Torcatense, Ponte, Serzedelo, Amigos de Urgeses, Pevidém B, Polvoreira, Aldão Cano e Ronfe B viram os seus jogos serem adiados para outras datas. Até 8 de dezembro, nenhuma prova da A.F. Braga será disputada. •

O plantel do Desportivo de Ronfe voltará a treinar no seu estádio. As obras de colocação do novo piso sintético estão em fase de conclusão e os primeiros treinos no novo tapete verde estão previstos já para os próximos dias. Recorde-se que a equipa liderada por Adriano Araújo tem andado com as casas às costas. Na presente temporada, a equipa sénior já treinou em Airão e no campo do Grupo Desportivo Recreativo Mikaelense. Nas últimas semanas, os treinos têm sido realizados no parque de jogos do Prazins/Corvite. A equipa B, de Ricardo Lopes, têm realizado os seus treinos no campo pelado do clube e nas instalações do Mikaelense • A.F. Braga

Provas foram suspensas até ao dia 8 de dezembro A Associação de Futebol de Braga comunicou no início da semana que os jogos das competições por si organizadas (Pró-Nacional, Divisão de Honra, 1.ª Divisão, campeonatos distritais de futsal masculinos e femininos), agendados até 8 de dezembro, serão adiados. Uma medida que não reuniu satisfação entre os clubes vimaranenses Segundo o comunicado, “oportunamente” serão indicadas novas datas. Recorde-se que várias equipas têm jogos em atraso. O Polvoreira, por exemplo, ainda não se estreou na presente temporada. Amigos de Urgeses e Pevidém B ainda só realizaram um encontro. •


+ DESPORTO

N269 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2020

GTEAM está a celebrar sete anos de vida e com sonhos para cumprir

CR Candoso suspende treinos e pediu adiamento de jogos © Direitos Reservados

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O presidente José Fidalgo deu conta do crescimento que o clube tem tido ao longo dos anos e abordou o grande sonho que têm para o futuro. O objetivo passa por ter um pavilhão próprio. © Direitos Reservados

A equipa feminina do GTEAM está a celebrar o seu sétimo aniversário. Numa retrospetiva ao passado, mas com o foco no presente e no futuro, o presidente José Fidalgo está satisfeito com o crescimento. “O balanço é extremamente positivo e pode ser avaliado pelo impacto que o clube tem tido no panorama desportivo local e mesmo nacional”, começou por dizer. “Quando o clube foi criado, a prática de futebol e futsal feminino em Guimarães era praticamente residual e só tinha alguma expressão a nível sénior. Existia ainda um estigma muito grande em seu torno. Apesar disso, depois de uma primeira época de experimentação, com atletas de vários escalões a treinar, decidimos na segunda época arrancar com equipas federadas de juvenis, juniores e ainda uma equipa de benjamins”, recordou. Uma evolução que foi notória ao longo dos últimos anos. “Desde 2014/15 que temos equipas a

disputar ininterruptamente todos os campeonatos federados de formação, ao qual acrescentamos, em 2017/18, uma equipa sénior que veio dar continuidade ao trabalho já realizado com as atletas mais jovens”, lembrou. Um sucesso também que tem crescido fora dos pavilhões. “O crescimento estrutural tem sido uma das grandes conquistas do clube, no qual a aquisição da sede social é um dos pontos altos. A certificação como Entidade Formadora FPF, que muito nos orgulha, é também um atestar da qualidade do trabalho realizado

Futebol feminino

A equipa sénior masculina de voleibol do Vitória venceuno reduto do Leixões, por um esclarecedor 3-0. Num bom jogo da formação liderada por Luís Paço, os conquistadores revelaram muita determinação e concentração, fechando o encontro com os parciais de 21-15, 23-25 e 25-27. Apesar do equilíbrio, os conquistadores não vacilaram nos momentos decisivos. Em femininos, a partida entre Vitória e Ginásio Vilacondense, foi adiado pela Federação Portuguesa de Voleibol de acordo com as recomendações da Direção Geral de Saúde. Em causa o fato da existência de dois casos positivos da Covid-19 que obrigaram a equipa do Ginásio Clube Vilacondense a entrar em isolamento profilático. O jogo inicialmente agendado para o passado domingo, no Pavilhão da Unidade Vimaranense, dizia respeito à 9ª jornada. •

elementos, entre jogadores e staff, com teste positivo à Covid19. Outros 6 jogadores do plantel, que apresentaram sintomas, estão a aguardar o resultado ou a realização do teste, estando em isolamento profilático, decretado pelas autoridades de saúde. Felizmente todos os elementos se encontram bem, apenas com alguns sintomas. Nesse sentido solicitamos, junto da Federação Portuguesa de Futebol, o adiamento dos jogos do CR Candoso, de acordo com o número 4 do artigo 12.º do Regulamento COVID-19 para a Retoma da Prática Competitiva de Futebol, Futsal e Futebol de Praia. Apelamos à compreensão de todos neste momento difícil”, explicaram os dirigentes, numa nota oficial. •

Andebol

Andebol

Futebol feminino

Ciclismo

O Xico Andebol regressou aos triunfos no campeonato nacional da segunda divisão, após ter derrotado o F.C. Porto B (29-25). Depois de ter sido surpreendido na jornada anterior, o conjunto vimaranense aliou a boa exibição ao resultado, permanecendo firme rumo ao objetivo ambicioso traçado no início da temporada. Os comandados de Pedro Correia lideram a sua série, juntamente com o Fafe. Os dois conjuntos somam 15 pontos. Na terceira divisão nacional, a equipa B do Xico Andebol também assumiu a liderança, após ter derrotado o Afifense, por 31-26. Além do resultado, o treinador Gustavo Castro teve a oportunidade de testemunhar o crescimento dos seus jovens jogadores. O Vitória jogou ontem com o Águas Santas B, mas à hora de fecho deste jornal, o resultado ainda era desconhecido. Na próxima jornada, o Xico B defronta o ABC B. O Vitória recebe o BECA. •

A equipa sénior feminina de basquetebol do Vitória saiu derrotada, por 66-60, na visita ao CRC Quinta dos Lombos. Apesar da melhor entrada em jogo do conjunto de Cascais, a reação vitoriana ainda permitiu terminar o primeiro período em vantagem. Um desempenho que se manteve no segundo período e que permitiu à equipa de Rui Costa chegar ao intervalo em superioridade. A reação da equipa da casa foi forte e o jogo foi para o derradeiro período empatado. Contudo, as vitorianas acusaram a exclusão de Sara Ressurreição, uma das jogadoras que estava em destaque na partida. “Fizemos uns primeiros 20 minutos de grande nível, em que fomos capazes de cumprir o nosso plano de jogo. Mas um jogo de basquetebol são 40 minutos e nos segundos 20 não estivemos ao nosso melhor nível”, explicou o treinador, aos meios do clube. •

O Vitória voltou a golear o Polvoreira, por 32-0, em jogo a contar para a quinta jornada do campeonato nacional da terceira divisão. Depois de um 37-0 para a Taça de Portugal, Daniel Pacheco optou por realizar algumas mudanças no onze, mas a superioridade foi evidente e ficou bem patente nos números finais. Eduarda destacou-se com nove golos e deixou a sua análise à partida. “Foi um jogo em que sabíamos que tínhamos de ser sérias, como sempre. Cumprimos o objetivo de garantir a vitória e os respectivos três pontos. Agora é arregaçar as mangas e trabalhar para preparar o próximo jogo frente ao Rio Ave”, revelou, aos meios do clube. Já o Tabuadelo, liderado por Bruno Silva, recebeu e venceu o Bragalona, por 3-0. Marta Isabel, autora de um bis, foi a jogadora que mais se evidenciou. •

O ciclista vimaranense José Mendes vai renovar por uma época com a W52- F.C. Porto. Campeão nacional em 2016 e em 2019, José Mendes, de 35 anos, permanecerá mais um ano ligado ao conjunto nacional. O ciclista, recorde-se, esteve seis anos no estrangeiro, tendo corrido uma época na principal divisão. Apesar de não ter integrado a equipa azul e branca na última Volta a Portugal, José Mendes continua a merecer a confiança dos responsáveis, tendo já dado início à preparação da temporada 2021. •

Xico Andebol com um ciclo vitorioso já lidera em duas divisões

Desempenho da primeira parte não teve o mesmo seguimento no segundo tempo

Vitorianas com poder de fogo elevado não deram hipóteses ao Polvoreira

Vimaranense José Mendes tem acordo para continuar mais um ano © Direitos Reservados

Vitorianos foram felizes na casa do rival Leixões em jogo bastante equilibrado

ao longo de sete anos”, regozijou. “A curto prazo a nossa missão será, tal como dos restantes clubes com escalões de formação, por proporcionar condições de treino em máxima segurança às nossas atletas e lutar pela retoma competitiva. É o projeto mais urgente que temos”, sublinhou. No entanto, há um grande sonho para cumprir. “O sonho de termos o nosso próprio pavilhão é o grande projeto para futuro. Estamos há sete anos sem um espaço próprio e com elevados encargos no aluguer de instalações de terceiros”, lembrou. •

A direção do Clube Recreativo de Candoso decidiu suspender todas as atividades da equipa, após terem sido detetados vários casos positivos de COvid-19. A direção do clube vimaranense, em comunicado, já informou as entidades competentes da situação e já solicitou o adiamento de jogos. “O departamento de dutsal sénior masculino vem por este meio informar que, na passada quinta-feira, um dos elementos da equipa teve sintomas suspeitos de Covid-19. De imediato foram suspensas todas as atividades da equipa e ativados os protocolos de segurança, de acordo com as orientações do SNS 24. Informamos também que, neste momento, temos cinco


ARTES E ESPETÁCULOS

O JORNAL N269 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2020

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7.ª edição do Westway LAB reinventou-se e ligou-se a sessenta mil pessoas © Direitos Reservados

Da primavera para o outono, a 7ª edição do Westway LAB desafiou-se, reinventou-se e um novo formato ganhou vida, ligandose a cerca de sessenta mil pessoas ao longo de quatro dias onde couberam 22 concertos e 17 conferências de âmbito nacional e internacional.

A 7ª edição do Westway LAB defrontou-se com as incontornáveis contingências que estes dias nos trazem, não tendo deixado de imprimir o seu intrínseco espírito de superação, também aqui abraçado pelos artistas e pelas várias equipas que colaboraram para

fazer acontecer os concertos do festival por onde passaram ao vivo no palco do Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor projetos artísticos como The Legendary Tigerman, Mão Morta Redux (com a banda sonora original de A Casa da Praça Trubnaia, de Boris

Barnet), Tó Trips (em Surdina, de Rodrigo Areias), Valter Lobo, The Lemon Lovers, Miramar, Evols, Seiva, IAN, com transmissão digital em direto e gratuita, tal como sucedeu com o momento de celebração dedicado à criação desenvolvida nas primeiras

6 edições, reunindo também no CCVF vários participantes de residências artísticas passadas com representantes dos espaços que acolhem os City Showcases e as Talks, para uma conversa no LAB Lounge. Na impossibilidade de se realizarem os habituais concertos em vários pontos da cidade (City Showcases), foi igualmente transmitida uma emissão online ininterrupta nas redes sociais com as atuações de artistas com raízes nacionais e internacionais como Julian Zyklus, Hickeys, Aka Neomi, Misia Furtak, Lily Arbor, Carnival Youth, Jack Found, Samuel Martins Coelho, Aníbal Zola, Zé Menos, Marinho, André Júlio Turquesa e Yosune, alguns deles resultantes da integração do Westway LAB no ETEP (European Talent Exchange Programme) e INES (Innovation Network of European Showcases). Em 2020, o Westway LAB contou igualmente com a representação de entidades e conferencistas, de âmbito nacional e internacional, na sua vertente da Conferência PRO. Aqui, testemunhámos e tivemos a oportunidade de nos cruzarmos com nomes como Rob Challice (Paradigm Agency), Roberta Medina (Better World: Rock in Rio), Robert Singerman, Alexander Walter (WOMEX), Markus Linde (Europe in Synch), bem como com representantes do gabinete de exportação da músi-

ca portuguesa Why Portugal, da GDA – sociedade de Gestão dos Direitos dos Artistas, da AMAEI – Associação de Músicos Artistas e Editoras Independentes, das redes ETEP (European Talent Exchange Programme) e INES (Innovation Network of European Showcases), ao que se juntou este ano, pela primeira vez de forma integrada no Westway LAB, a segunda edição das sessões Digital Music Days, que nos puseram em contacto com representantes de projetos como Spotify, Amazon, Merlin, Facebook ou Apple. Nesta 7ª edição, uma das novidades foi o reforço da sua dimensão tecnológica e digital, com o lançamento novo website www. westwaylab.com e uma plataforma de transmissão digital da programação, a juntar às redes sociais do Westway LAB. Recorda-se que, estando alguns dos concertos inicialmente alinhados para receber o público no Centro Cultural Vila Flor, A Oficina, responsável pela organização Westway LAB, encetou todos os esforços para proporcionar ao público a possibilidade de assistir virtualmente, e de forma gratuita, a todos os espetáculos da presente edição, no total de 22 concertos, com as atuações da noite a serem transmitidas em live streaming com os músicos e bandas em direto do palco do Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor. •

Rock do deserto aquece o outono no CIAJG É entre África e a Europa que se constrói o som de Kel Assouf, a banda com raízes no Níger e baseada na Bélgica que encerra o segundo ano de programação do ciclo de músicas do mundo Terra no próximo dia 27 de novembro, às 19h30, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG). Blues psicadélicos do deserto do Níger, via Bruxelas. Assim a banda Kel Assouf recria a tradição das guitarras tuaregues a partir da Bélgica, onde o seu criador, Anana Harouna, passou a viver desde 2006, depois de um longo exílio. Desde então, tem explorado vários estilos e fórmulas, reunindo músicos de países africanos e europeus, com os quais gravou três álbuns, que vão da tradição ao rock puro e duro. O

mais recente, Black Tenere, saiu em 2019. As melodias e ritmos são diretamente inspirados na música bérbere e as suas frases curtas dispostas em escalas e ritmos da música tradicional Kel Tamasheq (tuaregue). O concerto de Kel Assouf em Guimarães está marcado para o dia 27 de novembro, às 19h30, um horário adaptado às atuais restrições ao funcionamento dos equipamentos culturais devido à situação sanitária, cujas normas atuais implicam também uma redução na lotação da Black Box CIAJG, entre os vários procedimentos de higiene e segurança que são escrupulosamente cumpridos. Tendo em conta as limitações impostas pela pandemia, os espectadores são obrigados a

usar máscara ao longo de todo o concerto. Por isso, na compra de um bilhete para o Terra 2020 será oferecida uma máscara com design exclusivo. Esta é a terceira proposta de 2020 do ciclo de músicas do mundo Terra, depois da estreia da programação deste ano no passado dia 18 de setembro com o concerto da lenda-viva do Funaná de Cabo Verde, Julinho da Concertina, e do memorável concerto dos galegos Baiuca a 2 de outubro. O ciclo Terra é uma organização da Capivara Azul – Associação Cultural, com o apoio do Município de Guimarães e da Direção-Regional de Cultura do Norte, com coprodução da cooperativa A Oficina, entidade gestora do Centro Internacional das Artes José de Guimarães. •

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PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEIS

N269 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2020

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Farmácias de serviço Quarta-feira 25 de novembro

Farmácia Paula Martins Rua Teixeira Pascoais - Tlf: 253 415 8334

Portugal à mesa com

Quinta-feira 26 de novembro

Farmácia Lobo

Mário Moreira

Avenida Londres - Tlf: 253 412 124 Sexta-feira 27 de novembro

Farmácia Vitória (Creixomil) Guimarães Shopping - Tlf: 253 517 180

Prodígios de Outono

Sábado 28 de novembro

Farmácia Hórus

Largo do Toural - Tlf: 253 517 144

*Farmácia Faria

Os marmelos ali maduros a um canto da cozinha, o cheiro resinoso dos pinhões ao sol, os dióspiros maturam esborrachados, o odor inebriante dos boletos, o perfume dos crisântemos à soleira da porta.... Regressam os perfumes nos píncaros do Outono. Regressam os regalos dos sabores da comidinha de sustância, num tempo tão cruel, que nos bate com tamanha leveza, que muito mal o sentimos. Comer bem é a volúpia do presente, um desafio contra o tempo. Os marmelos, deliciosamente perfumados, mas tantas vezes ignorados, são símbolo de alimentação saudável, alegria, abundância, erotismo... São um regalo aos olhos, relembram paladares, perfumes e combinações exóticas, eu e os marmelos, somos ambos uma só carne, somos um e outro a fusão perfeita de dois corpos.

R. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 34 Domingo 29 de novembro

Farmácia do Parque

R. Dr. Carlos Saraiva 46 - Tlf: 253 516 046 Segunda-feira 30 de novembro

Farmácia Pereira

Alameda S. Dâmaso - Tlf: 253 412 950

Quando mordisco ou toco com a minha língua um marmelo, sinto-me a caminhar por cima das nuvens, é como sentir as estrelas no céu da boca. Quando olho, cheiro, ou toco um marmelo doce, sumarento, perfeito no calibre, durinho ao tato, não é apenas fome de desejo e prazer, mas um desejo profundo que me faz projetar da luxúria aos instintos carnais. De uns simples marmelos assados ao requinte conventual, o corpo pede isso mesmo, volúpia e energia, dá saúde e combate o frio, que a pouco e pouco, pingo a pingo, se vai anunciando, o espírito necessita de recolhimento e comtemplação à vida qb.

Terça-feira 01 dezembro

Farmácia da Praça

Rua Paio Galvão - Tlf: 253 523 167

*Em regime de disponibilidade

Dê sangue! COLHEITA PERMANENTE

“Marmelos no Forno”

Todas as Terças-feiras das 14h30 às 19h00 Primeiro e terceiro Sábado de cada mês das 09h00 às 12h30 Local Casa do dador (Azurém)

© Direitos Reservados

O que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia... Num tacho levar ao lume brando, com 2 dl de água, sumo de 1 limão, 1 pau de canela, 1 estrela de anis, 5 colheres de sopa de açúcar mascavado, 1 cálice de vinho do porto tinto, deixar ferver, até ficar numa calda consistente. Adicionar 1 colher de sopa de mel e envolver. Cortar ao meio 4 marmelos, limpar das sementes. Num tabuleiro

de ir ao forno, colocar as metadas ovais para cima, regar com a calda e levar ao forno pré-aquecido a 180º, por 30 minutos. Virar e regar de novo com a calda e deixar mais 30 minutos até ficarem exaustos! Na parte côncava do marmelo, pode servir-se uma bola de gelado de tangerina. Regar com o molho. Decorar com folhinhas de hortelã.

Bom apetite! Um abraço gastronómico. Envie as suas sujestões para: leitor@maisguimaraes.pt

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BV Guimarães 253 515 444 BV Taipas 253 576 114 SOS 112 CM Guimarães 253 421 200

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Sugestão

VALIDADE PERFORMANCE FINAL Após três oficinas temáticas e exploratórias, e decorridos três anos desde o início do projeto “Validade”, a performance final combina a presença física e digital em tempo real, articulando vários palcos (físico e digital) e dimensões performativas, resultando da ativação do espaço de reflexão do todo – do tempo, do processo, das transformações, e dos materiais e conteúdos gerados, com o objetivo de recuperar uma ideia de ligação e duração, de memória e de construção, em que todos os participantes do projeto se (re)veem num objeto artístico performativo partilhado com a cidade. Quinta-feira, 3 de dezembro, às 21h00, no Grande Auditório do CCVF. •

Última

Guimarães apresenta plataforma digital para efetuar compras em segurança

“Proximcity” é a nova plataforma digital, desenvolvida pela Câmara Municipal de Guimarães, que estará disponível no início do mês de dezembro, com o objetivo de aproximar mais a população ao comércio tradicional, serviços de restauração e similares. O presidente da Câmara, Domingos Bragança, destaca que este Quiosque Digital “surge na sequência da reunião magna com o comércio tradicional no final do ano de 2019 e dará resposta às necessidades

atuais, muito acentuadas com a pandemia, do comércio local, restauração e outros serviços fazerem negócios seguros por via digital. Espero que todos adiram: promovemos Guimarães, dinamiza e moderniza o nosso comércio e serviços, e facilita as compras a todos que escolham fazer as suas compras no território vimaranense”. Este serviço é gratuito e materializado numa aplicação para dispositivos móveis, com o objetivo claro de apoiar os comerciantes de

todo o território de Guimarães. Através da nova plataforma digital, será possível aceder a uma oferta variada de produtos e serviços selecionados a partir da oferta local, para todos os subscritores da aplicação “Proximcity”. Os utilizadores de dispositivos móveis poderão fazer encomendas ou efetuar compras em total segurança e comodidade a partir das suas residências. Para os comerciantes, o acesso à plataforma de venda online

CONSULTÓRIO EM SERVIÇO PÚBLICO

O ABERT

Sensibilização no terreno O combate à pandemia de Covid-19 está a ser feito também através de uma unidade móvel multimédia, onde são exibidas mensagens de alerta e recomendações, com passagens pelas freguesias do concelho.

Taxa de incidência preocupa Freixo de Espada à Cinta, Lousada e Guimarães, por esta ordem, são os concelhos do país com maior incidência de casos de Covid-19 nas últimas duas semanas por 100 mil habitantes.

está à distância de um simples registo. Será possível a gestão do seu catálogo de produtos ou das tarefas de expedição até ao cliente, entre outras ações pensadas para simplificar todo o processo de transformação digital. Para a população em geral, a utilização da aplicação é gratuita. Os produtos ou serviços adquiridos poderão, de acordo com o fornecedor, ser levantados diretamente nas lojas ou expedidos para a morada de registo. •

Todos os sábados às 18h00 Emanuela Lopes Psicóloga


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