Edward van de Vendel e Alain Verster Tradução de Cristiano Zwiesele do Amaral
Quando Mateus fez aniversário, ele ganhou dois presentes: um porco de estimação e uma bola. A bola era de futebol e o porco se chamava Bóris. Foi o melhor dia de sua vida. Mas foi também o melhor dia da vida de Bóris, porque nem era o aniversário dele e, mesmo assim, ele ganhou um presente: Mateus.
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Eles comiam juntos. Eles roncavam juntos. E, juntos, viam televis達o.
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Mas do que Mateus gostava mesmo era de jogar futebol. “Olha, agora eu sou o atacante”, dizia para Bóris, “e então você vem e tira a bola de mim.” Depois continuava: “Agora eu sou o zagueiro. E aí eu é que pego a bola de você”. Bóris não sabia o que significava “atacante” nem “zagueiro”, porque o seu jogo favorito era se jogar e rolar na lama. Mesmo assim, tentou fazer o que Mateus lhe pedia, porque é isso que você deve fazer quando é o porquinho de alguém. Acontece que não deu muito certo.
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