Mais do que dar, En Passant pede, é uma peça carente de estória, carente de teorias e conclusões. Uma peça de sensações a serem divididas, que, assim como a vida, chegamos a odiá-la, blasfemá-la, mas que, em momento algum, tivemos coragem de largá-la.
En Passant ADULTO (LIVRE) | 60 MIN
En Passant retrata o encontro de um homem e uma mulher, dois desconhecidos em plena madrugada, sentados nos balanços de uma praça. O diálogo é embaraçoso, atrapalham-se com os próprios pensamentos e jamais conseguem se fazer entendidos. Os personagens se vêem sufocados diante da impossibilidade de apreensão do mundo e dos mistérios a respeito da existência. Estragam, assim, a própria vida, talvez porque pressintam a inutilidade de viver. A tristeza e a névoa de melancolia pairam sobre eles. No fundo, são apenas concretizações de um sentimento e de uma inquietude. Fundem-se entre si e também ao autor e atores. Um texto fragmentado em diversas elipses que vão se distanciando do real para dar vazão às sensações. O vazio é a principal matéria, a qual o espetáculo tenta dar forma. O que importa em En Passant não é a “trama”, mas a tradução poética do abismo existencial e da ausência de respostas às nossas perguntas mais íntimas. A fragilidade do homem diante do que não entende. O que resta é sentir. Daí a idéia de uma peça que valorize, acima de tudo, o que não é falado. Um espetáculo incompleto, que precisa ser amarrado pelo público, e que cada um receberá de acordo com suas experiências individuais. Uma peça que põe em xeque as fronteiras entre realidade e loucura; existência e morte; teatro e vida; ator, autor e personagem. Enfim, um grito para dentro.
Vão Não era de nossa intenção. Sequer nos empenhamos nisso. Não imaginávamos, ao nos reunirmos para pensar o espetáculo En Passant, que estaríamos nos formando enquanto coletivo de teatro. Aconteceu assiim, naturalmente. Simplesmente fomos e continuamos indo o. Empilhávamos nossas experiências diferentes, nosssas percepções sobre a vida, nossas perguntas sem fi fim. Queríamos fazer disso tudo o material de nossa arte. Co om o tempo, alguns começaram a nos referir como grupo. De modo gradual, sem alarde, fomos entendendo que En Passant não era um espetáculo avulso. Demos nome a algo que já existia. A Companhia Vão surgiu da necessidade de busca, da procura por nós mesmos. Da tentativa de reparar os desencaixes entree a arte e o restante do mundo. Não nos preocupamos em ser inovadores, nem com o contrário disso. Queremos apenas ser fiéis a nós mesmos, fazer ao nosso modo. Vão é simples, p , é ir,, mas não ir sozinho. É o espaço p ç vazio e desconfortável no qual entramos juntos. É o nada. É voltar ao zero na tentativa de não ser em vão, de fazer algum sentido. Ou quem sabe, como artistas que somos, ao menos inventá-lo.
Ficha Técnica Rafael Martins · texto, assistência de direção e sonoplastia Jadeilson Feitosa · direção, ELE Milena Pitombeira · ELA Yuri Yamamoto · cenário, figurino, caracterização Walter Façanha · iluminação Mário Alves · produção da montagem - PROCULT Ale Rubim · assistência de produção da montagem Christiane Góis e Jailson Feitosa · produção circulação Ayrton Pessoa · composição da música Intervalos Claudiu’s · confecção de figurino Jorge Ferreira · arte gráfica Henrique Silvério · vídeo Intervalos Ursa Maior/ Ernani Paiva · vídeo Intervalos e VT de divulgação Eufrásia Bizarria · confecção de cachecol Josué · cenotécnico Raíssa Starepravo, Paulo Victor Aires e Araci Breckenfeld · equipe de operação Celina Hissa · marca EN PASSANT 101º Macaco/Andrey Ohama · marca Companhia Vão de Teatro Duo Design · customização do projeto gráfico Companhia Vão de Teatro
Mapa de Luz Projetores
(instruments)
06 Projetores Elipsoidal 1 k W 10 Projetores Fresnel 1 k W 08 Projetores PC 1 k W
Acessórios (accessories) • 08 Barn-Doors para Fresnel 6’’ 1kW • Facas e Íris para todos os Elipsoidais • 06 “Pés de Galinha” para fixar projetores no chão • Cabos de aço de segurança para todos os projetores • 06 Linhas de energia de 20 metros cada para Projetores no chão e laterais
Informações Importantes (informations) • A vara de luz nº5 deverá ser contrapesada pois ela terá que se movimentar durante o espetáculo; • O teatro deverá ter 06 pernas de 03 bambolinas móveis para que possam esconder a iluminação de acordo com o mapa; • O teatro deverá ter uma rotunda preta no fundo do palco. Todos os tecidos deverão ser de veludo pesado anti-chamas.
Concepção e desenho de luz (light designer)
Adaptações (adaptations) Na falta dos 08 projetores fresnel, trocar por 08 projetores PC com gelatinas Difusoras Rosco Supergel R#119 Hamburg Frost 46 25
Dimmer * Canal (channel) Projetor (instrument) Grau (degree) * Dimmers do Teatro SESC Emiliano Queiroz
55º
Walter Façanha walterff@bol.com.br + 55 85 8733 8816
Direção Geral (director) Jadeilson Feitosa jadeilsonfeitosa@hotmail.com + 55 85 8801 7226
5
6
Contra
Fechado PĂşblico 17
Contra
7,5m
17
6
17
Pino Dir
R#20
R#20
Pino Esq
R#74
11
11 8
7
7
1
Rosto Jadeilson
2 Cont. FT
16
1
13 Recorte Jadeilson sentado
1.5m
12- Recorte Milena sentada 14- Recorte Milena 15- Rosto Milena
2 Cont. FT
15 14 12
1
4
8
3
2
5
3
4.5m
10 10
4
Pino Poste
9
R#74
9
“S AUDADE T E M D I R E ÇÃO.
O QUE EU SINTO NÃO TEM”.
Mapa de Palco O palco deve estar revestido com linóleo preto. O cenário é composto apenas por duas cadeiras brancas e um poste de ferro que é dependurado numa vara de cenário.
Mapa de Som Caixas de Som - 300 W-PA Caixas de retorno Mesa de Som Compressor de 4 Canais Aparelho de CD e DVD
Dimensões: 5m x 5m Altura Mínima: 4m Nº. de varas: 2 Pernas: 3
Necessidades: Linóleo Máquina de fumaça Telão retrátil Projetor DVD Player Ventilador
L E G E N DA D O M A PA
1- Linólio Preto 2- Cadeiras brancas 3- Cachecol vermelho 11m 4- Poste pendurado em vara 5- Rotunda preta
5
4
2 3 1
“DE REPENTE ME DEU VO N TA D E D E S E R PA R A S E M P R E . M A S NÃO. . . SINTO QUE ALGO E S TÁ S E E S VA I N D O. . . S E E S VA I N D O. . . ALGO SEM NOME”.
“Todo conformismo é confortável, passivo e sempre pouco criativo. Mas as ousadias são incômodas e, quando tecidas com talento, prazerosas. (...) Os fios da arte, os mistérios de Ariadne estavam todos lá, em labirintos de silêncio. Só quem não se incomodou foi que deixou de perceber”. Tércia Montenegro, escritora Jornal O Povo · 07 de março de 2008
“Mais que amigos, Rafael Martins, Jadeilson Feitosa e Milena Pitombeira são contemporâneos de uma geração para qual a decisão e o ato de fazer teatro implicam diretamente num questionar constante. Perguntando desenfreadamente — como os tipos criados por Martins para “En Passant” — o teatro se afirma como dúvida e abre mão da tentativa, vã, de arremate”. Magela Lima, jornalista e crítico teatral Diário do Nordeste · 18 de março de 2008
“É assim que o espectador se sente no espetáculo, capturado na sua insistente e vã tentativa de compreensão racional. E se vê, repentinamente, tocado e emocionado, sem saber bem o porquê”. Daniel Dias, autor e diretor Diretor do Teatro João Caetano- RJ · 07 de abril de 2008
APOIADORES
C O N TAT O S companhiavao@hotmail.com