NÚMERO 1 - JULHO 2016 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA – VENDA PROIBIDA TIRAGEM: 5.000 EXEMPLARES
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#1
SUPERSIMETRIA SINGLE DO ÁLBUM SUPERSIMETRIA (2016)
BANDE DESINÉE MAIS VALIA CABES MC COLATERALL MATHEUS GODOY JULIANO GAUCHE LANÇAMENTO NOVO VÍDEO DE PEDRO PASTORIZ. ESPECIAL A HISTÓRIA DO ROCK CURITIBANO, POR ABONICO SMITH.
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BEM-VINDOS à primeira edição do novo QRtunes – Música Para Todos, a publicação que vai trazer todo mês o som e a cara da nova música independente brasileira. E a Serra Verde Express é a força motriz dessa nossa empreitada. Em todos os cantos do país, artistas estão criando e produzindo música nova, novos estilos, novos públicos e um novo mercado, que se aquece a cada ano. O download e o streaming mudaram a forma de se ouvir música na última década e estabeleceu o acesso a produções fora do mainstream; o avanço tecnológico e o advento de smartphones e tablets levaram às mãos de todos a diversidade sonora e estética de artistas de todo o mundo. E é essa diversidade que o pretendemos levar para todos e todas. Começamos com NASCA, direto do Rio de Janeiro e vamos até o Recife da Bande Desinée, passando por São Paulo (Mais Valia, Juliano Gauche e Pedro Pastoriz) e os conterrâneos de Curitiba (MC Cabes e Colaterall). O renomado jornalista Abonico Smith, nos agracia com A História do Rock Curitibano, série em 12 episódios que conta como tudo começou na terra das Araucárias. Ouça muito!
EXPEDIENTE Gladson Targa Editor/Idealizador Design Gráfico Gladson Targa Redação Abonico Smith Produção Executiva Ludmila Nascarella Produção Gráfica Gladson Targa
NASCA /////// Otto Nascarella chacoalhou os palcos europeus em diversos festivais e casas de show com sua música dançante, profundamente enraizada na black music com a irremediável jinga brasileira. De volta ao Brasil, firmou base como DJ no Rio de Janeiro, de onde espalhou seus sets contagiantes por todo o país. Em 2014, lançou o compacto digital Onde Vai Dar, que conta com uma versão eletrizante de Dia de Índio, originalmente uma canção de Jorge Ben Jor que ficou famosa na voz de Baby do Brasil.
Supersimetria é o mergulho definitivo e inevitável de NASCA em dois oceanos: o afrobeat e a música brasileira. Um registro rico em diversidade e groove, orgânico, com arranjos caprichosos de piano, metais e percussão impecáveis. “O disco nasceu da minha vontade de experimentar um processo de criação diferente dos outros que tinha participado anteriormente. Tinha vontade de poder cuidar de todos os detalhes, desde a criação das letras e melodias, até o arranjos de metais e banda. Cada notinha. Cada timbre. Cada textura”, conta Nasca. O resultado final é um disco que expande as possibilidades de mistura dos sons brasileiros do soul, do jazz e do afrobeat. O single Supersimetria, que dá nome ao álbum, foi inspirado na descoberta do Bóson de Higgs. “Eu sou muito interessado por essas coisas de nerd e acompanhei com profundo interesse essa história. O que me emocionou foi ver as lágrimas no rosto do físico Paul Higgs, que previu a existência da partícula 50 anos antes de poder provar sua existência’”. É o momento mais inesperado do álbum, um tema instrumental elegante, a trilha sonora de uma história de crença e fé na ciência.
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O baixo entra arrastado no compasso, o timbre saturado toma forma e você está navegando um rio milenar. Tigris é a faixa de abertura do EP Mesopotamia, da MAIS VALIA, trio paulista que leva seu pós-rock a navegar pelas águas turvas do stoner até o horizonte sinestésico da psicodelia. Lançado em junho deste ano pela Sinewave Label, o EP traz ainda a belíssima Euphrates e uma capa alucinante.
Pop e dançante – isso até parece ser uma coisa só – é Destemida, faixa título do segundo álbum do sexteto pernambucano BANDE DESSINÉE. Sintetizadores e arranjos de metais levam a voz fresca de Clarice Mendes a gritar de peito aberto a liberdade e autonomia feminina enquanto segue adiante a jornada. Ser destemida é não ter medo do patriarcado e do machismo. Temer jamais, com o perdão do oportunismo.
Rinha é um stoner clássico com um vocal que destoa completamente do estilo e, justamente por isso, deixa a canção soar como algo novo, vigoroso, singular. As influências de garage, grunge e punk são nítidas na música da COLATERALL, quarteto curitibano que lançou o álbum Rinha no início deste ano. Já as impressões, essas remetem ao póspunk e ao hardcore sulista das últimas décadas do século XX, no Brasil. Uma sonzêra pra gritar junto no refrão e pogar até o fim.
Todos os dias, single do primeiro álbum solo de MATHEUS GODOY, da dupla folk Irmãos Carrilho, é um rock sessentista daquelas que alegram o dia mais gelado do ano, principalmente, em Curitiba. A voz de Matheus tem um tom condescendente e bem humorado que cabe na letra como uma luva. Os arranjos dos diversos instrumentos são um espetáculo à parte: piano, banjo, gaita, trompa, viola, violino e violoncelo, tudo sobre a batuta de Leonardo Montenegro, produtor do álbum que promete estar nas melhores listas deste ano. Indispensável aos ouvidos.
PEDRO PASTORIZ reafirma seu papel de menestrel em Restaurante Lótus, canção inédita gravada no Gerência Records Sessions, primeiro registro do estúdio Gerência, por onde a música paulistana deixa seus ébrios e vivazes registros sonoros. Uma canção pungente, levemente melancólica que lembra que a esperança se espalha pelas ruas da cidade em todas as direções e para todos os paladares.
MC, compositor, produtor musical, beatmaker e agitador da cena RAP em Curitiba, CABES traz o single A Cidade, com participação de Thiago Ramalho, um hino à CWB do dia-a-dia, uma viagem pela urbe gelada, madrasta e amante incondicional de seus habitantes. Uma produção fina, com um arranjo primoroso, groove quente e manso.
////////////////////////////////// A introdução etérea te leva para a trip onírica de JULIANO GAUCHE em Nas Estâncias de Dzyan, single do álbum homônimo, segundo solo do artista capixaba residente em São Paulo. Sua voz passeia livremente pela melodia reta e dançante enquanto uma leve tormenta se prepara para dar cabo de tudo que começou com hora pra acabar.
Com a chegada da televisão à rotina dos lares em todo o país no começo da década de 1960, o eletrodoméstico tomou do rádio a preferência dos paranaenses, em qualquer faixa etária. Dirceu Graeser e Paulo Hilário, artistas pioneiros em gravações de discos e organização de eventos voltados para o rock em Curitiba, passaram a levar os seus programas à telinha, que também apostava nos talentos locais em suas produções. A TV Paraná e a TV Paranaense levavam ao ar programas com apresentações ao vivo de dezenas de bandas formadas entre os jovens curitibanos. Apresentador e cantor solo de sucesso com três compactos gravados, Paulo Hilário ainda era um dos quatro músicos dos Metralhas, a quem também empresariava. Em 1965, já se destacavam dos demais conterrâneos como o principal grupo local da época. Paulo tinha conexão direta com artistas da Jovem Guarda de São Paulo (Roberto Carlos, Wanderléa, na foto, Ronnie Von) e fazia dos METRALHAS a banda de apoio dos astros nacionais em shows no Paraná. Em pouco tempo eles ganharam seu próprio programa. “Festinha dos Metralhas” era exibido pelo Canal 12 e foi o primeiro a ter uma banda no comando. Paulo Hilário exercia também a função de âncora, entrevistando artistas locais e nacionais em passagem por Curitiba. Os convidados ainda tocavam algumas músicas ao vivo. Se a participação na Jovem Guarda era discreta no resto do país, no Paraná, entretanto, os Metralhas eram os maiorais. Sobretudo na capital. Movimentando a juventude da época, o grupo conquistava corações e incomodava setores mais conservadores da sociedade. O grande momento de rebeldia proporcionado por Paulo Hilário e seus comparsas foi um desfile atípico. O grupo entrou em um carro fúnebre com uma faixa que dizia “Os Metralhas são de morte”. Seguidos por carros de fãs, eles seguiram da sede do Canal 12 até a Rua XV de Novembro, onde fizeram um show gratuito para a população. O fato virou notícia em todo o país. ////////////// Continua na próxima edição. Ouça Tamborim, dos Metralhas, no qrcode. APOIO
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PROJETO REALIZADO COM O APOIO DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA - FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA E DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA.