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Chegando à sua quinta temporada, THE VAMPIRE DIARIES é a prova de que os sedutores seres da noite ainda estão em alta. A atriz Nina Dobrev conta como é encarar um papel sombrio e, ao mesmo tempo, ser vista como exemplo para os adolescentes por Raquel Temistocles, de Nova York MARÇO+Monet+43

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O AMOR IMPOSSÍVEL ENTRE UMA CRIA-

tura mitológica e um ser humano ainda é fascinante. Desde o romance inspirador de A Bela e a Fera, da Disney, até o dramático filme Cidade dos Anjos, de 1998. Mas, nos últimos dez anos, os vampiros – que sempre foram personagens explorados pela literatura e pelo cinema – ganharam versões romantizadas e viraram febre mundial, principalmente entre os adolescentes. É nessa onda, que começou com a Saga Crepúsculo, da autora Stephenie Meyer, que The Vampire Diaries chegou. Em entrevista, a atriz e protagonista da série, Nina Dobrev, contou como se sente após cinco anos vivendo a mocinha Elena. “Fico fascinada e admirada de os roteiristas terem todas essas ideias para manter [a série] interessante. Eles mudam a história e assim não fico entediada. Não posso falar por ninguém do elenco, mas interpreto duas personagens, então isso me mantém bem ocupada”, disse. THE VAMPIRE Com os cabelos despenteados DIARIES I (que imediatamente uma pesA PARTIR DO DIA soa da equipe fez questão de ar17, SEGUNDAS, 21H, rumar), usando um roupão por MTV, 121 E 621 (HD) cima do vestido, lenços de papel nas mãos e uma tosse insistente, Nina Dobrev superou a gripe – e os cinco graus negativos em Nova York em um domingo de manhã –, para conversar com a imprensa sobre a nova temporada de The Vampire Diaries e como o papel duplo – da mocinha Elena e da perigosa Katherine – afeta sua vida pessoal. “Sinto que comecei como Elena. Mas acho que as duas estavam em mim de alguma forma. Não estou falando da parte assassina ou vampira de Katherine [risos]. Mas há uma coragem, uma espécie de atrevimento que não acho que eu tinha antes. Desde que comecei a interpretar Katherine, tenho me sentido mais confortável e atrevida”, contou.

Não é à toa. Suas personagens protagonizam cenas para lá de sensuais. O que continua sendo uma marca da série neste ano: a linha tênue entre o romance adolescente e o adulto. “O que se torna complicado, geralmente quando você faz esse tipo de cena, é ter um monte de gente sentada lá, assistindo a um casal ‘se pegando’ e insinuando o sexo. Normalmente isso é íntimo, privado, mas, no nosso caso, quando estamos no set, não é. Mas estamos trabalhando juntos [a equipe e o elenco] há cinco anos, então agora já fizemos tantas vezes que não é mais estranho.” Mesmo que a cena seja com seu ex-namorado da vida real, o ator Ian Somerhalder, intérprete do vampiro Damon Salvatore? Apesar de não falar sobre o romance, que durou três anos, Nina deixou claro que a exposição da sua vida pessoal não é algo que ela aprecie. “É chato porque nenhuma pessoa deveria ser tão autoconsciente. Claro que você deve ser autoconsciente para não fazer coisas ruins, mas precisa ter uma certa despreocupação com as coisas. Mas estou ciente disso e quero ser um bom exemplo para o público, até porque a nossa base de fãs é mais jovem, e eles olham para mim e para minha personagem com admiração.” Aliás, é por causa desses fãs que a atriz, que detesta sangue e não acredita em vampiros, continua a encarar seu medo todos os dias enquanto grava a série. “É um vampiro, então não é real, nunca acreditei nisso. Mas não posso atuar ou ser uma atriz se eu não acreditar nas palavras que saem da minha boca. Então você torna isso real”, contou. Já deu para perceber que Nina Dobrev tira de letra a vida dupla nas telas, encarar sangue e ter sua vida exposta nos tabloides. O desafio da quinta temporada agora será disputar a atenção com o spin-off The Originals. Encara essa, Nina? Nem tudo é o que parece – Elena (Nina Dobrev) vai precisar enfrentar a nova faculdade ao mesmo tempo que precisa ajudar seu primeiro amor, Stefan (Paul Wesley), a recuperar a memória após uma maldição que vai afetar a todos. Abaixo, Damon (Ian Somerhalder) e Stefan (Paul Wesley) em mais um confronto

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Descendentes do mal Como tudo tem uma primeira vez, não seria diferente com os vampiros, que estreiam agora em THE ORIGINALS, série sobre a família que foi o princípio da raça sugadora de sangue

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E ONDE VIERAM OS VAMPIROS? É ESSA A PERGUNTA que a série derivada de The Vampire Diaries chega para responder. A produção conta a história dos primeiros vampiros, dos quais todos os outros do mundo descendem. The Originals se passa em Nova Orleans e, para se diferenciar da série que veio primeiro, os personagens levam os mistérios sobrenaturais a um nível mais adulto e menos romantizado. “É um pouco mais agressivo. Os personagens são o que eles querem ser, o que eles desejam ser. E também a diferença de idade é maior. Em The VampiTHE ORIGINALS re Diaries eles estão na escola, indo para a faculdade. I A PARTIR DO DIA 17, [Em The Originals] não temos tantas referências a SEGUNDAS, 21H45, essa faixa etária”, conta Charles Michael Davis. MTV, 121 E 621 (HD) O ator interpreta o maléfico Marcel, protegido de Klaus (Joseph Morgan), que governa todos os seres de Nova Orleans. Junto com eles, fazem parte do elenco Daniel Gillies, Phoebe Tonkin e Claire Holt. Mas além do desafio de se diferenciar de The Vampire Diaries, a nova trama tenta conseguir espaço em um mercado saturado por criaturas fantásticas. Davis garante que enquanto as pessoas quiserem se perder no mundo da fantasia, os vampiros sempre vão ter lugar. “Quem pensou nos vampiros, zumbis e lobisomens? Quem os criou fez um ótimo trabalho; teve imaginação para criar toda uma história, um universo onde há esses personagens e eles coexistem com pessoas reais. E é isso que atrai o público”, afirmou.

O princípio – Cheia de flashbacks, a série começa com Elijah (Daniel Gillies) seguindo seu irmão Klaus (Joseph Morgan) até Nova Orleans, onde eles descobrem que Hayley (Phoebe Tonkin) está nas mãos de uma bruxa poderosa. É o início da retomada do poder da família Mikaelson, a original

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SANGUESSUGA REPAGINADO Drácula é um dos personagens mais adaptados para o cinema. O Conde chega em nova versão protagonizada por Jonathan Rhys Meyers, o ator britânico conhecido pelo papel de Rei Henrique VIII na extinta série The Tudors

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Nós já tínhamos um público cativo em todo o mundo. Acho que o único desafio mesmo é manter a qualidade” – Charles Michael Davis Mesmo não levando a sério toda essa história de vampiros, – o ator disse que respeita “o suficiente para não acreditar” – ele afirmou que a trama tem um tom sombrio que torna a série única. Talvez esse seja o segredo para prolongar o sucesso dos vampiros. Nos Estados Unidos, onde a série estreou em outubro do ano passado, o primeiro episódio atingiu uma audiência de cerca de dois milhões de telespectadores. Nada mal para quem está apenas começando. “Nós já tínhamos um público cativo em todo o mundo. Acho que o único desafio mesmo é manter a qualidade [de The Vampire Diaries]. O que, se formos ver, Joe [Joseph Morgan] consegue manter um alto padrão. Por isso é muito fácil como ator chegar e fazer um bom trabalho”, explicou Davis. O ator, que forma uma dupla com o personagem de Morgan no poder de Nova Orleans, parece que leva essa amizade também para fora das telas – no encontro com os jornalistas em Nova York, ele passou pelo menos três minutos elogiando o trabalho do amigo. “Ele é tão profissional e carismático. Entendo por que deram uma série para ele. Chega e está muito bem preparado. Sabe seus movimentos, seus ângulos na câmera, a terminologia, ele é cheio de referências e ideias. Joe me mostra como posso levar meu trabalho a outro nível”, concluiu Davis. Rasgação de seda à parte, Klaus (Joseph Morgan) e Marcel (Charles Michael Davis) estão preparados para fazer os vampiros, lobisomens e bruxas de Nova Orleans – e os humanos no resto do mundo – tremerem de medo.

DRÁCULA I A PARTIR DO DIA 13, QUINTAS, 22H, UNIVERSAL, 130 E 630 (HD)

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Um brinde à morte – Na foto acima, Klaus dá um jantar para Marcel e sua cúpula. É nesse episódio que o líder apresenta Hayley ao grupo e dá o aviso para que não mexam com ela, a mulher que está esperando seu filho

maior de todos os vampiros. É assim que o Conde Drácula é conhecido no mundo todo. O personagem criado por Bram Stoker em 1897 foi baseado no príncipe romeno Vlad Tepes, ou‘Vlad, o Empalador’, do século 15, e já recebeu inúmeras homenagens no cinema (difícil esquecer o ator Bela Lugosi na icônica adaptação de 1931). Agora volta para a televisão em uma versão sombria e mais charmosa – culpa de seu intérprete, o ator Jonathan Rhys Meyers.“Não queria fazer dele um monstro. Queria fazê-lo monstro e parte humano. E é essa pitada de humanidade nele que faz com que apareçam os problemas”, contou o ator em entrevista à NBC, rede que exibe a série nos Estados Unidos. Na trama, Meyers encarna o empresário americano Alexander Grayson, que chega em Londres com o objetivo de modernizar os processos da era vitoriana. Por trás, ele busca vingança e acaba se apaixonando por uma estudante que pode ser a reencarnação da sua falecida esposa.“O personagem principal que interpreto é Vlad Tepes. Alexander Grayson é uma performance pomposa feita para desviar e proteger o que ele está realmente tentando fazer”, disse Meyers. Para ele, o papel caiu como uma luva, já que“acho que tenho alguma coisa na minha aparência que passa essa arrogância ou intensidade que costumo interpretar. Não faço de propósito, mas é o que aparece na tela”. E onde entra o Drácula nessa história? “Ele só aparece em um momento de fúria, raiva, dor, amor, perda ou inveja, que é incontrolável. É quase uma manifestação física da emoção. Nossa série faz isso ser palpável para o público. Isso é o que a torna diferente”, explicou. Agora é só tomar cuidado para não cair nos encantos de Jonathan Rhys Meyers, quer dizer, do Conde Drácula.

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