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Opinião

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Boa Vida

Boa Vida

Por Wagner Parronchi, colunista wagnerparronchi@hotmail.com

2022 – Um ano para entrar para a história!

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É, meu caro leitor da RE, este ano deu o que falar. Mal nos recuperamos da Pandemia com as vacinas e uma avalanche de acontecimentos fez com que vivêssemos momentos de muita emoção, tensão e medo

Parece realmente que o mundo revive suas agruras de tempos em tempos. A Guerra da Ucrânia e o risco de uma Terceira Guerra Mundial, as eleições mais acirradas de todos os tempos, pedido de golpe ou intervenção militar ou federal, censura e ativismo judicial, e há quem diga ditadura da toga, são alguns dos acontecimentos que fi zeram com que o brasileiro fi casse atento diariamente às notícias.

Revendo esses fatos parece até que a humanidade está fi cando louca ou regredindo. Uma guerra sem qualquer sentido, e por mais explicações que se possa oferecer, a única coisa que enxergo é a disputa por mais território, parecendo que estamos na Idade Média, causando uma tensão desnecessária em pleno 2022, inclusive com ameaças de uso de bomba atômica. Será que o mundo esqueceu da capacidade destrutiva desses artefatos?

E as eleições no Brasil? Você ainda acredita que possa ter ocorrido uma fraude em qualquer uma das eleições realizadas com urnas eletrônicas e que nunca isso veio à tona? Referido crime seria mais do que perfeito! Quantas pessoas você acha que teriam que ser corrompidas para que isso acontecesse de fato? Dezenas, talvez centenas ou milhares Brasil afora e a cada época, e nenhuma delas até hoje não revelou tal fato? É óbvio que não. Podemos até não gostar do resultado, de quem foi eleito ou de quem não foi, mas será que isso nos autoriza desejar o fi m da democracia e o início de uma ditadura militar? Será que alguém realmente acredita que com uma intervenção o Brasil possa melhorar? Será que nos esquecemos totalmente de como funciona uma ditadura? É possível confi ar que depois de tomar o poder, aquele que assim agiu, militar ou não, o entregará tão facilmente?

Boa parte das eleições brasileiras foi acirrada, não tanto quanto a última, mas sempre tiveram resultados bem apertados. Gostando ou não, é a democracia. Não estou defendendo nem um, nem o outro, mas é importante lembrar que as urnas deram um recado muito claro a quem foi eleito, ou seja, de que estamos cansados da velha política e atentos ao que ele vai fazer e, muito embora tenha vencido as eleições, isso foi por uma pequena maioria, devendo, sim, ouvir essa massa que hoje pede intervenção, seja qual for o nome que você dá – golpe, intervenção militar ou intervenção federal – para que perceba que queremos avançar.

Já o ativismo judicial e a suposta censura judicial ou ditadura da toga, precisamos lembrar que a nossa Constituição Federal garantiu um sistema de freios e contrapesos, não sendo necessária qualquer intervenção militar ou federal, de forma que cabe a outro poder corrigir os excessos, seja por meio da criação de novas leis ou emendas constitucionais que promovam reformas a estabelecer os limites necessários para manutenção do Estado Democrático de Direito, ou até mesmo por impeachment quando há excessos.

Que venha 2023 e esperamos francamente que nossos políticos escutem nosso povo e realmente passem a agir de forma a melhorar o Brasil, um país que já cansou de ser do futuro! 

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