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Sinais de esperança

O coronavírus continua circulando, mas a retomada já começou

Texto Bárbara Milani Fotos Arquivo pessoal

Assim como eu, você, leitor da RE, deve ter pedido no fi nal do último ano um 2020 cheio de conquistas, realizações, sucesso e prosperidade fi nanceira. Sentimos, principalmente os empresários, que a vida tinha voltado a caminhar nos trilhos quando, inesperadamente, fomos atingidos por uma doença que matou e continua matando milhares de pessoas em todo o mundo: a Covid-19.

Com as incertezas e a falta de informação relacionada ao vírus, a sociedade sofreu bruscamente uma queda na economia. Segundo dados do IBGE, o desemprego no Brasil teve um aumento de 12,2% no primeiro trimestre de 2020, atingindo 12,9 milhões de pessoas. A região Sudeste, onde o estado de São Paulo se encontra, registrou taxa de desocupação de 12,4%.

Após fi car fechado por mais de 90 dias, o comércio das cidades de todo o país começaram a retomar as atividades. Em Jaú não foi diferente. Alguns setores voltaram a funcionar com horário reduzido de atendimento e todos os protocolos sanitários de segurança.

Nesta edição da RE, você vai conhecer histórias de pessoas incríveis que se reinventaram, e entender como será o nosso comportamento quando tudo isso passar! Vamos juntos?

PÓS-PANDEMIA

A pandemia do coronavírus transformou o mundo de uma forma avassaladora, com fechamento de fronteiras e medidas de isolamento, mas especialistas já estão especulando como será o nosso comportamento no processo pós-pandemia.

As mudanças são evidentes nos âmbitos social, ambiental e econômico. Com o isolamento, alguns indicadores do meio ambiente apontaram melhoras expressivas em termos globais como a qualidade do ar e da água, e o ressurgimento de espécies da fauna. No comportamento social, há avanços com demonstrações de solidariedade, maior convívio com a família e, principalmente, os hábitos importantes de higiene.

De acordo com a psicóloga clínica e professora Marcela Mangili Esteves Ivo, 28, as pessoas saíram do ‘modo automático’ de uma rotina e começaram a lidar com circunstâncias impostas de diferentes maneiras. “No início, o medo diante do desconhecido provocou desde atitudes de negação sobre o que estava sendo vivenciado até atitudes de desespero, quando as pessoas estocaram comida e produtos de higiene pessoal”, afi rma.

MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO

Com essa nova realidade, o impacto psicológico é grande. De modo geral, a população vem apresentando sintomas como humor deprimido, irritabilidade, insônia, medo, raiva, luto e ansiedade. Aos profi ssionais da linha de frente, ainda inclui-se exaustão e baixa concentração.

“O momento é terreno fértil à refl exão de que somos protagonistas das nossas ações dentro daquilo que nos compete. Nesse espaço para escolhas é que somos decisivos quanto à nossa alegria e sucesso pessoal e profi ssional”, explica Marcela. Segundo a psicóloga, alguns papéis foram revistos e reinventados com a pandemia, como é o caso dos professores e alunos que estão usando a educação a distância; nas casas, as atividades domésticas sendo divididas; os idosos estão recebendo cuidados especiais e os trabalhadores criando fontes alternativas de renda.

Marcela diz que é difícil fazer previsões generalizadas sobre quais mudanças serão permanentes no comportamento humano pós-pandemia. De acordo com ela, a tecnologia e o mundo virtual passaram a ser explorados por gerações mais antigas, e esse conhecimento não se perderá quando tudo passar. “Com a nova estruturação das instituições e empresas, tanto o ensino quanto o trabalho a distância poderão ser recursos adotados com maior frequência”, explica.

Outra experiência importante, segundo ela, foi a intensifi cação da convivência com algumas pessoas e a limitação do contato com outras.

ECONOMIA

A pandemia provocou a maior crise econômica da história recente do Brasil, mas indicadores relativos ao desempenho do comércio e da indústria já mostram crescimento na atividade desses setores. A confi ança dos empresários entrou em recuperação, mas para manter as expectativas em alta e sustentar o crescimento no longo prazo é necessário seguir com a agenda de reformas no pós-pandemia.

O crescimento nas vendas foi infl uenciado pelo aumento das transações nos canais digitais (e-commerce, aplicativos e redes sociais). As vendas e-commerce ajudaram o varejo a minimizar as perdas impostas pelo isolamento social e os canais digitais vão continuar sendo utilizados. Um dos indícios de que o fundo do poço da crise parece ter fi cado para trás é o menor número de desligamentos em maio, apontado no Caged. Em abril, quase 900 mil postos de trabalho formais foram fechados; em maio, o fechamento líquido apontou 331 postos.

Na última edição da RE, o presidente do Sincomércio - Sindicato do Comércio Varejista de Jaú e Região, José Roberto Pena, 55, disse que a pandemia teria que durar, no máximo, até fi nal de abril, senão aconteceria um caos econômico. “Naquele primeiro momento, que era o início da pandemia e do nosso isolamento social, não sabíamos muito sobre o vírus e o comportamento do consumidor, nem de auxílios emergenciais para empresários”, explica.

O PAPEL DO GOVERNO

Felizmente, o Governo Federal liberou auxílios e mecanismos para que as empresas pudessem manter seus funcionários, ou pelo menos parte deles. “O auxílio da jornada ajudou os empresários a cumprirem a folha de pagamento e eles também negociaram com fornecedores”, diz José Roberto Pena. Segundo ele, todos foram estendendo as mãos e a cadeia produtiva de cada segmento se ancorou uma na outra. Em junho, a reabertura do comércio de forma parcial e reduzida ajudou bastante. “De acordo com pesquisa que nós temos com setores, fi cou de 50% a 60% do faturamento normal com relação ao ano anterior”, esclarece.

Não estamos vivendo um caos econômico, mas uma crise, uma recessão que vai perdurar por um bom tempo, com aumento da taxa de desemprego, redução da massa salarial e perda de faturamento.

DELIVERY OU DRIVE-THRU?

O delivery e o drive-thru já eram conhecidos, mas a pandemia deu uma visibilidade maior para os segmentos. Quem diria que algum dia seríamos proibidos de comprar algo de forma presencial?

De acordo com Beto Pena, o delivery e o drive-thru foram adotados principalmente nos meses de abril e maio, quando o comércio fi cou fechado. “Com a reabertura do comércio presencial, os dois segmentos vão permanecer, mas serão menos utilizados. A partir do momento em que as lojas permanecerem abertas, a frequência da população nos estabelecimentos vai aumentar de forma gradativa”, explica.

Todas as lojas tiveram que aprender e se adaptarem. “O delivery e o drive-thru vão diminuir, mas as pessoas continuarão comprando online justamente por causa do medo. A experiência de comprar presencialmente nunca vai deixar de existir, mas no ‘novo normal’

RETOMADA EM JAÚ

Os estabelecimentos voltaram a abrir no dia 2 de junho com todos os protocolos sanitários. O presidente do Sincomércio disse, recentemente, que o primeiro mês de retomada foi totalmente satisfatório e superou as expectativas. “Nós acreditamos na recuperação do setor econômico neste segundo semestre de 2020, principalmente a partir de agosto. Conforme os meses vão passando, a pandemia será melhor administrada e de forma geral as vendas também vão se recuperando”.

Vamos conhecer agora como empresários de Jaú conseguiram sobreviver na pandemia do coronavírus. Os empresários são de três ramos fortemente atingidos: turismo, eventos e restaurantes.

O SETOR MAIS AFETADO

Considerado um dos setores mais promissores para a economia brasileira em 2020, o mercado do turismo foi um dos mais afetados pela pandemia. Tudo indica que o segmento demorará mais tempo para se recuperar dos efeitos da crise. Em abril, o impacto nas operadoras de turismo brasileiras somava R$ 3,9 bilhões em adiamentos e cancelamentos de viagens e se estenderá até 2021, com 3,8% das viagens adiadas ou canceladas.

O empresário e turismólogo Daniel Rosalin, 36, não entende até hoje como conseguiu lidar com o cancelamento de viagens. “Quando veio a notícia que realmente não poderia mais abrir e viajar, que as aeronaves iriam fi car no chão, eu me desesperei na primeira semana. Não sabia como reagir, não sabia o que falar para o cliente. Eu tinha um monte de viagens saindo no fi nalzinho de maio, mas todas as viagens até 31 de julho foram canceladas”.

O presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória (MP 948/2020) para proteger empresas de turismo e cultura. Segundo o texto, os prestadores de serviços fi cam dispensados de reembolsar imediatamente os valores pagos pelos consumidores por reservas, eventos, shows e espetáculos cancelados. Para isso, a empresa deve assegurar a remarcação do serviço ou oferecer crédito para a compra de outras viagens ou novos eventos. “Quando as medidas provisórias foram publicadas tivemos um norte com a opção de remarcar a viagem sem nenhum custo adicional para o cliente para que, daqui um ano em qualquer outra data, ele viaje sem cobrança de taxa tarifária”, relata Daniel.

A segunda opção das agências foi a carta de crédito, onde o cliente fi ca com a carta no valor integral da viagem para qualquer outra que seja do seu pacote, e ele tem um ano para usar esse crédito, seja na mesma viagem ou para outro destino. Se houver diferença na tarifa, o cliente paga essa taxa. A terceira opção seria a parte de reembolso integral, permitido pelas medidas provisórias.

ORGANIZAÇÃO

Os funcionários das quatro agências Daniel Rosalin trabalharam em home-offi ce no primeiro mês e começaram, semana a semana, a se organizarem. Entraram em contato com os clientes e passaram as opções conforme as medidas provisórias. “Não pude mandar ninguém embora, nem dar férias, porque nós tínhamos muitas viagens para resolver”, afi rma.

De 21 de março até o primeiro cancelamento, que foi em 31 de maio, a agência Daniel Rosalin Turismo tinha 2.500 pessoas saindo de viagem. Os funcionários ligaram para cada uma destas pessoas para explicar a situação e, segundo o empresário, 99% dos clientes entenderam. Emocionado, Daniel relatou que no início chorou bastante e chegou a questionar o que seria da agência que tem 15 anos de história. “Eu me perguntava como é que vem uma pandemia dessas, como vai acabar, como a gente teria que cancelar as viagens e devolver o dinheiro dos clientes. Felizmente, com o tempo, conseguimos nos organizar e aprendemos a lidar com os cancelamentos”.

“No começo a gente fi cou meio sem chão”

REINVENTAR-SE

“Nós usamos a tecnologia a nosso favor”. Foi assim que Daniel Rosalin reinventou-se. “Reestruturamos nosso site e criamos um blog com vários destinos nacionais e internacionais, onde os funcionários que já conheceram os locais escreviam um artigo falando sobre o destino, com vídeos e fotos”, explica.

A empresa criou a Live ‘Próximo Destino’, onde guias de turismo de cada região do Brasil e do mundo eram convidados e falavam sobre curiosidades do local. Com as Lives, Daniel também começou a sortear brindes para ter engajamento.

“Mesmo com todo o distanciamento social, sabemos que a pandemia do coronavírus fez com que as pessoas se tornassem mais humildes e solidárias, e criamos a campanha Viagem Solidária: a cada 1kg de alimento doado, a pessoa concorria a 5 viagens (quatro do portfólio da Daniel Turismo e uma viagem com acompanhante para o Nordeste em 2021). Já arrecadamos duas toneladas de alimentos que foram distribuídas para igrejas e ONGs”, fi naliza.

RESTAURANTES

Restaurantes que viviam lotados precisaram readequar-se com a pandemia. Por meses, os estabelecimentos do setor fi caram fechados em todo o país. Recentemente, com a reabertura de alguns segmentos, tiveram que seguir um guia de boas práticas de higiene e relacionamento, lançado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). “Quando nos vimos obrigados a fechar para atendimento ao público tivemos a ideia de trabalhar com o delivery. A pessoa opta por buscar no balcão ou a comida é entregue em sua casa, dentro do horário”, relata o empresário Douglas de Melo Miranda, 22, que está à frente do Restaurante Mirante do Pouso, junto com seu pai Sidnei Miranda, 46.

Para continuar garantindo a qualidade do serviço e a lucratividade, o empresário teve que reaprender a fazer compras dos produtos. “Sempre trabalhamos com produtos frescos e de qualidade, por isso tivemos que reaprender a comprar para não perder itens essenciais. Também implantamos o WhatsApp para atender a todos com atenção”. Douglas acredita que ainda é meio imprevisível saber se os clientes terão a mesma confi ança em sentar- -se à mesa de um restaurante ou em qualquer outro estabelecimento. “Vale ressaltar que todos os cuidados, tanto por parte dos restaurantes quanto dos clientes, estão sendo seguidos”, fi naliza.

O SETOR DE EVENTOS

O isolamento social é uma das medidas preventivas para conter o coronavírus e com isso o segmento de eventos sofreu drasticamente. Um levantamento feito pelo Sebrae mostra que o setor foi afetado em 98%. Para tentar negociar prazos, os empresários devolveram dinheiro para o contratante (34%) e negociaram crédito para usar futuramente (35%).

Segundo pesquisas, cerca de 30,1% dos empresários estão aprimorando a gestão. A empresária Renata Maróstica Paschoalini, 43, revela que está utilizando o tempo da quarentena para realizar manutenções e modifi cações na Lumare Eventos. “Essas mudanças vão facilitar ainda mais o processo de montagem e desmontagem dos eventos. Neste momento difícil, estamos todo o tempo buscando proporcionar o melhor para os nossos contratantes, convidados e fornecedores”.

A empresária também está utilizando seu tempo para manter contato, de forma digital, com os clientes, futuros clientes e fornecedores, sempre com planejamento na participação de novos projetos.

CANCELAMENTOS

Com muitos casamentos, aniversários, formaturas e alguns eventos corporativos, a Lumare Eventos foi pega de surpresa com a pandemia. Diante do desespero de muitos, a atitude da empresária Renata foi colocar-se no lugar do cliente. “Procuramos tranquilizá- -los e orientá-los, garantindo que remarcaríamos a data sem custo e alteração no orçamento”, ressalta.

Mesmo prestando todo o apoio necessário, alguns clientes pensam em desistir do tão sonhado momento devido à difi culdade em encontrar data compatível com todos os fornecedores. Apesar da conciliação, eventos foram cancelados justamente porque seriam realizados em meses específi cos e não fazia sentido remarcar.

“O que mais argumentam é que não querem uma festa com as pessoas de máscara e, por outro lado, temos a preocupação com as inúmeras pessoas que trabalham com o setor de eventos e que atualmente estão sem trabalho. A cadeia de profi ssionais envolvidos no planejamento, na produção e na execução de eventos é gigante”, comenta.

VOLTAR COM SEGURANÇA

A empresária afi rma que pensar em como adaptar um setor que depende essencialmente de reunir pessoas é difícil. “Tenho consciência que não será do jeito que queríamos para uma festa, mas o momento é de compreensão, de empatia, de um ajudar o outro porque ninguém está trabalhando da forma como gostaria”, reforça.

Segundo Renata, o refl exo da crise é como uma bola de neve, pois cada empresa envolvida na realização do evento também envolve uma grande rede de outros prestadores de serviços como buffet, decoração, segurança, fotografi a, vídeo, assessoria, som, iluminação, músicos, DJs, bandas, bartenders, convites, lembranças, etc.

Já existem vários projetos com protocolos de medidas sanitárias que foram apresentados e adotados em outros estados e até em outros países para que os eventos pudessem ser retomados com segurança. “É o momento de consciência coletiva”, refl ete.

MEDIDAS FUNDAMENTAIS

A ideia principal é iniciar com eventos menores, com 30% da capacidade do local, distanciamento seguro entre as mesas que seriam compartilhadas apenas por pessoas da mesma família; vários pontos de álcool em gel, além de um em cada mesa; uso de máscaras e luvas por todos os funcionários e uso de máscaras pelos convidados também, com exceção do momento da alimentação, limpeza e higienização das áreas.

Outras medidas incluem aferição da temperatura de todos (colaboradores e convidados), entrada e saída independentes para maior controle do fl uxo de pessoas, mudança na forma do serviço do buffet, espaço mais reservado para grupo de risco, controle de entrada e saída nos sanitários, etc.

“Meu maior desejo é voltar a ver meu espaço vazio e silencioso ser tomado pelo barulho”

IMPACTO NA EDUCAÇÃO

Além de causar impactos em setores da economia, a pandemia do coronavírus atingiu, claro, a educação. Metade da população estudantil mundial permanece afastada das escolas e universidades, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

O número corresponde a mais de 850 milhões de crianças e jovens com os estudos interrompidos em mais de 100 países. O fechamento das instituições se tornou um desafi o e fez com que escolas e universidades buscassem soluções na educação a distância: o formato envolve vídeo aulas em tempo real, gravação de vídeos, realização de atividades online e ampliação da programação educativa em canais de TV e rádio.

Uma questão que causa bastante preocupação com o fechamento das escolas é que muitas crianças e adolescentes fi cam sem a alimentação oferecida pela instituição, sendo esta, muitas vezes, a única refeição do aluno. Sem deixar de mencionar, também, a falta de acesso a ferramentas digitais.

ENSINO PÚBLICO

O desafi o é ainda maior para as escolas estaduais. Nem todas estão preparadas e precisaram introduzir e adaptar-se às novas tecnologias em pouco tempo. Um dos desafi os enfrentados pela EE Major Prado, de Jaú, foi encontrar a melhor maneira de desenvolver a prática pedagógica no sentido de minimizar os défi cits educacio-

nais. “Realizamos um levantamento junto aos estudantes de quais meios seriam mais fáceis para que o desenvolvimento das atividades remotas fossem realizadas, tanto para os estudantes do ensino regular quanto para os estudantes do Centro de Estudos de Línguas (CEL)”, explica o diretor Alessandro Pedro, 44. Segundo ele, uma ferramenta foi disponibilizada pelo SEDUC/SP, o Centro de Mídias de São Paulo. Neste aplicativo, os alunos assistem aulas ao vivo ou as reprises. Os professores desenvolvem atividades complementares, que são enviadas aos estudantes via Facebook, WhatsApp, e-mail e classroom (sala de aula). “Estudantes que não possuem acesso à internet podem acompanhar as aulas pela TV Educação e também foram disponibilizados materiais impressos para a realização das atividades”, orienta Alessandro.

ENSINO SUPERIOR

As aulas a distância e a utilização de plataformas digitais são mais fáceis de serem aplicadas aos alunos do ensino superior, pois muitas instituições já ofereciam essas mídias antes mesmo da suspensão das aulas presenciais.

A Unoeste Jaú, que possuía os métodos do ensino a distância, também sofreu com a mudança drástica na educação brasileira. “Tivemos uma semana para nos organizar, mas foi trocar a roda com o carro andando. Nos organizamos de maneira que o suporte tecnológico pudesse ser mais preparado para o aluno”, explica a coordenadora administrativa e docente Amanda Creste Martins da Costa Ribeiro Risso, 41.

A instituição particular também disponibilizou todos os contatos dos professores para que os alunos tivessem acesso e não fossem tão prejudicados neste momento. Consultorias, atendimentos e dúvidas aconteceram via celular, e-mail e sistema.

FLEXIBILIZAÇÃO PARA RETORNO ÀS AULAS

O governo de São Paulo anunciou no dia 13 de julho a fl exibilização para o retorno da educação complementar, que consiste em cursos de idiomas, artes, informática, entre outros. Foi autorizada também a retomada das atividades de cursos de ensino superior que exigem aulas práticas como Medicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Odontologia. A Secretaria de Educação considerou que, nesses cursos, os alunos não frequentam as aulas diariamente. “De certa forma, a Unoeste Jaú já está preparada para isso, temos todos os protocolos de segurança para que as aulas práticas possam acontecer com muito rigor. Sempre analisando os dados epidemiológicos que são apresentados pela Secretaria de Saúde”, explica Amanda.

A coordenadora administrativa acredita que, para essa retomada da educação, é necessário um treinamento muito intenso com relação a funcionários, equipes de limpeza, professores, alunos e pais de alunos. “O trabalho não é sozinho e o rigor de vigilância é muito alto”.

As aulas do ensino público estadual ainda permanecem previstas para o dia 8 de setembro. Para o diretor da EE Major Prado, Alessandro Pedro, o retorno às aulas deve acontecer com todas as normas de segurança. “É uma questão difícil e penso que, caso seja possível esse retorno dentro dos protocolos de segurança, o mesmo deve acontecer. Acho que a sociedade está percebendo que a presença do professor no processo de ensino e aprendizagem é essencial para que as crianças e os jovens tenham formação de qualidade”, reforça.

As instituições de ensino deverão obedecer a protocolos de segurança como a presença máxima de 35% dos alunos matriculados, no entanto, a fl exibilização só será autorizada em cidades que permanecerem, no mínimo, 14 dias na fase 3 (amarela) do Plano São Paulo. No caso da educação complementar, a fl exibilização será autorizada para cidades que estão na fase 2 (laranja), mas apenas com 20% da capacidade prevista. Na fase 3 (amarela) será permitida a presença de 40% dos estudantes matriculados.

VALORIZE SUA SAÚDE MENTAL

Apesar de todos os cuidados que tomamos no dia a dia com o uso do álcool em gel e máscaras de proteção, precisamos lembrar do nosso maior bem: a saúde mental. Neste momento tão difícil, refl ita: qual a melhor versão do seu eu que você pode construir hoje?

“O comprometimento não é fácil, mas não podemos deixar que nossos problemas conduzam nossas vidas e nem devemos gastar energia lutando contra o inevitável. Só nos resta encontrarmos uma maneira de lidar com os desafi os sem que isso nos custe a felicidade”, afi rma a psicóloga clínica Marcela.

O cenário da pandemia do coronavírus aumentou a busca pelo profi ssional da psicologia, abrindo os olhos da população para a importância da saúde mental. Estabeleça uma rede de apoio e lembre- -se, sempre, da sequência: saúde, família e trabalho. 

DIA A DIA

Não sabemos como estará a situação do comércio quando esta edição da RE chegar até você, leitor. Infelizmente, no dia 20 de julho, alguns setores foram fechados novamente como restaurantes, salões de beleza e estética, barbearias e academias.

JAÚJAÚ SHOPPINGSHOPPING

I Instalaçãnstalaçãooddeeppontoontossddeeáálcoolcool l eemm ggelel pportodortodoosshoppinghopping; ;

MEDIDAS DE SEGURANÇA:MEDIDAS DE SEGURANÇA:

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•• Horário ReduzidoHorário Reduzido; ; •• Uso obrigatório de máscaraUso obrigatório de máscara; ; •• Capacidade de púbCapacidade de públilicoco lilimitada de ummitada de um ccliliente para cadaente para cada 112,5m2,5m²²

•• Checagem dos exaustores e sistema de renovação de ar;Checagem dos exaustores e sistema de renovação de ar; EEscadscadaa rolantrolanteessinalinalizizada,ada, aa ccadadaa33ddegrauegraussuummaappessoaessoa; ; •• Suspensão de eventos eSuspensão de eventos e l lazeazerrque geram aglomeraçõesque geram aglomerações; ; •• Higienização dos calçados emHigienização dos calçados em ttodas as entradasodas as entradas; ; •• SinaSinalilizações pozações porrttodo o shopping para manteodo o shopping para manterroo distanciamento e organização de filas e fluxodistanciamento e organização de filas e fluxo; ;

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