Em busca de mario de andrade

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D A C S UB

D O I R Á M E M BUSCA

EDAR

DE MÁRIO DE

ANDRADE

U SC A DE

ÁRIO DE abril a junho de 2015



E M BUSCA DE MÁRIO DE

ANDRADE Realização:


SUMÁ RIO


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O retrato múltiplo de um homem singular Mário e seu mundo Mário: um artista reinventando o país Mário de Andrade: um poeta na sombra? Visita à casa da rua Lopes Chaves Um país nas cartas de Mário e seus interlocutores Mário de Andrade, Le Corbusier e o projeto modernista Do folclore à música urbana: as propostas musicais de Mário de Andrade Mário: primitivismo e vanguarda Mário, precursor da antropologia no Brasil Romance, cinema e interpretação do Brasil: Macunaíma Gestão cultural, políticas culturais e patrimônio


O retrato múltiplo de um homem singular O autor homenageado da Flip 2015, Mário de Andrade (1893-1945), foi um intelectual multifacetado, que atuou em diversas frentes das artes e do pensamento para forjar aquilo que entendemos hoje como cultura brasileira. No ano em que se completam setenta anos de sua morte, o Sesc e a Casa Azul, que realiza a Flip, no âmbito do Museu do Território, promovem o ciclo Em Busca de Mário de Andrade para compor o retrato múltiplo de um homem singular, que fez de sua vida e de sua obra uma interpretação do Brasil fecunda e original. A curadoria do ciclo foi realizada por Paulo Werneck, curador do Museu do Território e da Flip 2015, e pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. Biografia, história, sociologia da cultura, antropologia, crítica literária, musical e de artes – diferentes saberes foram convocados na tentativa de apreender Mário de Andrade, inesgotável em sua multiplicidade.

* Com exceção do dia 13/5, todas as atividades acontecem no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc.


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Acervo IEB/USP

Em 1917, ano desta foto, Mรกrio publicou seu primeiro livro de poemas


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Mário e seu mundo Mário de Andrade ganhou em 2015 sua primeira biografia, abrindo caminho para uma compreensão mais aguda de sua personalidade e de sua atuação pública. Esse perfil individual, bem como a análise do retrato de grupo, isto é, das relações do escritor com seus contemporâneos e com a sociedade brasileira de seu tempo, compõem um quadro mais fidedigno e menos idealizado da figura do intelectual. O debate de abertura do ciclo ainda reúne dois gestores que buscaram inspiração nas linhas-mestras do projeto cultural de Mário para desenvolver sólidas políticas para a cultura. Com Danilo Santos de Miranda, filósofo, cientista social e especialista em Ação Cultural. É o Diretor Regional do Sesc – Serviço Social do Comércio no Estado de São Paulo e conselheiro em diversas entidades, dentre as quais a Fundação Itaú Cultural, Fundação Padre Anchieta, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Rede Nossa São Paulo, Conselho Nacional de Política Cultural e Cultura Contemporânea. Com Carlos Augusto Calil, cineasta, crítico e ensaísta. Com ampla experiência em gestão cultural (Embrafilme, Cinemateca Brasileira, Centro Cultural São Paulo), foi o responsável pelas reformas da Biblioteca Mário de Andrade e do Theatro Municipal quando ocupou o cargo de secretário de Cultura da cidade de São Paulo (2005-2012). Professor na ECA/USP, é autor e organizador de livros sobre o


modernismo no Brasil, como Retrato do Brasil, de Paulo Prado, e A aventura brasileira de Blaise Cendrars, de Alexandre Eulálio. Foi o curador responsável pela musealização de alguns cômodos da casa onde morou Mário de Andrade, na rua Lopes Chaves, 546, reinaugurada em abril de 2015. Com Eduardo Jardim, autor de Eu sou trezentos (Edições de Janeiro, 2015), a primeira biografia de Mário de Andrade. Doutor em filosofia pela UFRJ, é especialista em modernismo brasileiro, tendo publicado também Mário de Andrade: A morte do poeta (Record, 2005) e Limites do moderno: o pensamento estético de Mário de Andrade (Relume Dumará, 1999). Coordenou a coleção Modernismo +90, da editora Casa da Palavra. Com Sergio Miceli, sociólogo e ensaísta, é autor de diversos trabalhos sobre modernismo brasileiro e vanguardas latino-americanas. Em Intelectuais à brasileira (Companhia das Letras, 2001), focaliza a geração intelectual de Mário de Andrade e suas relações com o poder político sob a República Velha e a era Vargas. É editor da Tempo Social Revista de Sociologia da USP e professor titular da USP. 30/04. Quinta, 19h30 às 21h30. R$ 30,00; R$ 15,00 ; R$ 9,00

legenda de preços Trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes (Credencial Plena). n Aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante. l


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Acervo IEB/USP

MĂĄrio em 1937, quando dirigiu o Departamento de Cultura da cidade de SĂŁo Paulo


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Mário: um artista reinventando o país Se Mário de Andrade foi um crítico de artes certeiro nos mais diferentes campos: literatura, artes plásticas, música, foi também um artista que fez de sua obra uma espécie de observatório experimental do Brasil. Ao reunir uma de nossas grandes críticas de arte e um artista contemporâneo que faz do país a matéria-prima de seu trabalho, este debate pretende pensar a arte de vanguarda como centelha para a reinvenção da cultura brasileira. Com Cao Guimarães, cineasta e artista plástico especializado em videoarte; em 2015 fez uma retrospectiva de sua obra em Cao (Cosac Naify). Realizou nove documentários experimentais, tendo recebido inúmeros prêmios em festivais de cinema e vídeo. Seu último filme, O homem das multidões, de 2013, foi premiado na França, no México e no Brasil. Suas obras integram acervos importantes como o MoMA (Nova York), Tate Modern (Londres), Guggenheim (Nova York) e Inhotim (MG), entre outros. Com Aracy Amaral, historiadora e crítica de arte, organizou o volume que reúne a correspondência entre Mário de Andrade e a pintora Tarsila do Amaral, publicada em 2001 (Edusp/IEB-USP). É autora de diversos trabalhos sobre artes e modernismo brasileiro, entre os quais Artes plásticas na semana de 22 (Editora 34, 1998). Foi professora de História da Arte na FAU-USP e realiza curadorias artísticas desde a década de 1960, tendo atuado na Pinacoteca do Estado de São Paulo e do MAC-USP. 04/05. Segunda, 15h às 18h. R$ 30,00; R$ 15,00 ; R$ 9,00


Mário de Andrade: um poeta na sombra? Uma crítica literária e dois poetas se reúnem para conversar sobre a poesia de Mário, que tende a ser ofuscada pela magnitude de sua prosa. Como reavaliar hoje, setenta anos após a sua morte, o poeta de Pauliceia desvairada, Remate de Males, O Clã do Jabuti e Lira paulistana? E quais preciosidades poéticas podem se esconder em sua prosa, em livros de diferentes gêneros como O turista aprendiz (diário de viagem), Macunaíma (romance), em sua extensa correspondência ou mesmo no curioso ensaio Namoros com a medicina, sobre os poderes terapêuticos da música? Acervo IEB/USP

Mário em 1936


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Com Eliane Robert Moraes, crítica literária e ensaísta. Prepara o lançamento de sua Antologia da poesia erótica brasileira (Ateliê), que inclui poemas de Mário de Andrade. Publicou, entre outros livros, Lições de Sade (Iluminuras), Perversos, amantes e outros trágicos (Iluminuras) e uma tradução de A História do olho, de Georges Bataille. É professora de literatura na USP e pesquisadora do CNPq. Com Carlito Azevedo, poeta e tradutor, autor de Monodrama (7Letras, 2009), que o consagrou entre os grandes nomes da poesia contemporânea no Brasil. Co-editou por muitos anos a revista Inimigo Rumor, da 7Letras, em torno da qual se formou um importante núcleo de poetas, e a coleção Ás de Colete, na editora Cosac Naify. Edita a página de poesia Risco, publicada no caderno Prosa do jornal O Globo. Traduziu Dia de folga, de Jacques Prévert, ilustrado por Wim Hofman. Com Eduardo Sterzi, poeta e crítico literário. Autor das coletâneas de poemas Prosa (IEL, 2001) e Aleijão (7 Letras, 2009), e dos ensaios Por que ler Dante (Globo, 2008) e A prova dos nove (Lumme, 2008), que investiga as relações entre a poesia modernista brasileira e a obra de Dante Alighieri. 11/05. Segunda, 15h às 18h. R$ 30,00; R$ 15,00 ; R$ 9,00


Visita à casa da rua Lopes Chaves Visita ao número 546 da rua Lopes Chaves, na Barra Funda, em São Paulo, onde viveu Mário de Andrade e sua família. Tombado pelo Condephaat e pelo Conpresp, o sobrado geminado em estilo eclético foi projetado por Oscar Americano, no início da década de 1920. Seu maior valor, entretanto, é o papel central que exerceu na cultura brasileira dos anos 1920, 30 e 40, como endereço de milhares de cartas recebidas e enviadas ao escritor e como ponto de encontro entre inúmeros artistas e intelectuais articulados em torno de Mário de Andrade. Sob a administração da Secretaria de Estado da Cultura, acaba de passar por uma reforma coordenada por Carlos Augusto Calil, que musealizou alguns cômodos, evocando a presença de Mário no imóvel. Com Carlos Augusto Calil, cineasta, crítico e ensaísta, é professor na ECA/USP. Com ampla experiência em gestão cultural (Embrafilme, Cinemateca Brasileira, Centro Cultural São Paulo), foi o responsável pelas reformas da Biblioteca Mário de Andrade e do Theatro Municipal quando ocupou o cargo de secretário de Cultura da cidade de São Paulo (20052012). É autor e organizador de livros sobre o modernismo no Brasil, como Retrato do Brasil, de Paulo Prado, e A aventura brasileira de Blaise Cendrars, de Alexandre Eulálio. 13/05. Quarta, 15h às 18h. Atividade gratuita mediante inscrição. A atividade acontecerá na rua Lopes Chaves, 546, Barra Funda (Metrô Marechal Deodoro ou Barra Funda), São Paulo.


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Um país nas cartas de Mário e seus interlocutores Mário de Andrade tinha consciência de que sua copiosa correspondência viria a constituir uma das mais importantes fontes de pesquisa sobre a cultura brasileira do século XX. A sistematização da edição dos volumes de cartas com seus grandes amigos, a partir dos anos 1980 e 90, sob os cuidados do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, não só confirmou esse imenso valor documental, mas também revelou uma prosa com alta qualidade estética, alçando a correspondência de Mário de Andrade ao patamar das grandes realizações literárias no Brasil. Com Marcos Antonio de Moraes, pesquisador do IEB-USP e um dos coordenadores editoriais da coleção Correspondência de Mário de Andrade, na qual organizou o volume de cartas trocadas com Manuel Bandeira. Seu trabalho com as cartas de Mário de Andrade é objeto do ensaio Orgulho de jamais aconselhar (Edusp, 2007). É professor de literatura brasileira no IEB-USP. Com Leandro Garcia, pós-doutor em Estudos Literários pela PUC-Rio, professor de Literatura Brasileira na Universidade Católica de Petrópolis. Especialista na obra de Alceu Amoroso Lima, conhecido sob o pseudônimo Tristão de Athayde, prepara o volume de cartas trocadas entre os dois escritores. 18/05. Segunda, 15h às 18h. R$ 30,00; R$ 15,00 ; R$ 9,00


Mário de Andrade, Le Corbusier e o projeto modernista Assinante de primeira hora da revista francesa de arquitetura L’Esprit Nouveau, Mário de Andrade foi um entusiasta da visita ao Brasil feita pelo arquiteto modernista Le Corbusier, em 1929, durante a qual deu palestras que fecundariam uma geração inteira de urbanistas e arquitetos – a de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. E literatos também: Mário já apostava na integração entre as artes e via nas formas da arquitetura novas possibilidades de pensamento. Essas intuições, depois de sua morte, acabariam por se cumprir, por exemplo em Brasília ou na obra de Lina Bo Bardi. As ligações entre arquitetura, território e literatura são algumas das questões a serem debatidas neste encontro. Com Silvana Rubino, organizadora de Lina por escrito (Cosac Naify, 2009), reunião de escritos da arquiteta Lina Bo Bardi. Foi a curadora da mostra Ocupação Mário de Andrade, realizada em 2013 no Itaú Cultural, em São Paulo. É professora no Departamento de História da Unicamp. Com Luiz Fernando de Almeida, foi presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) entre 2006 e 2012. Também foi coordenador nacional do Programa Monumenta (2004-2012), da Unesco, e membro do comitê de Patrimônio Mundial da Unesco (2008-2011). É diretor-presidente do Instituto Pedra, que realiza projetos ligados ao patrimônio histórico. 27/05. Quarta, 15h às 18h. R$ 30,00; R$ 15,00 ; R$ 9,00

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Do folclore à música urbana: as propostas musicais de Mário de Andrade Na área musical, Mário de Andrade atuou em inúmeras frentes. A formação no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo foi o diploma que obteve na educação formal e, as aulas de piano por um bom tempo foram parte importante de seu ganha-pão. Crítico militante e pesquisador de ritmos e danças do interior do Brasil, procurou tensionar um arco que partia do folclore brasileiro para chegar à música erudita de vanguarda, e sensibilizou Camargo Guarnieri, por exemplo, para incorporar temas brasileiros em sua obra. Esta mesa visa apresentar um panorama da influência da atuação de Mário de Andrade para a música. Com André Botelho, autor do livro De olho em Mário de Andrade: uma descoberta sentimental e intelectual do Brasil (Claro Enigma/Companhia das Letras, 2012), organizou antologias sobre pensamento social brasileiro. É professor de sociologia na UFRJ e pesquisador do CNPq e da Faperj. Com Luis Antonio Giron, autor da biografia Mario Reis (Editora 34, 2001), jornalista e crítico cultural. É gerente de multimídia do portal de conteúdos da TV Cultura. 01/06. Segunda, 15h às 18h. R$ 30,00; R$ 15,00 ; R$ 9,00


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Mário: primitivismo e vanguarda Mário de Andrade construiu sua visão da cultura brasileira a partir mescla da arte popular e arte de vanguarda, criando articulações entre dois campos da cultura que mal conversavam – procedimento no qual o romance Macunaíma é exemplar, constituindo uma nova linguagem literária. As matrizes e os temas primitivos na obra de um excepcional artista de vanguarda são o foco desta discussão. Com Abílio Guerra, editor da Romano Guerra e do Portal Vitruvius, ambos dedicados à arquitetura. É autor do estudo O primitivismo em Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Raul Bopp (Romano Guerra, 2010). Com Alberto Ikeda, professor de Etnomusicologia e Culturas Populares na Unesp, onde coordena o grupo de estudos de música étnica e popular do Brasil da América Latina. 03/06. Quarta, 15h às 18h. R$ 30,00; R$ 15,00 ; R$ 9,00 Acervo IEB/USP

Mário em 1944, entre o escultor Bruno Giorgi e o arquiteto Luís Saia


Mário, precursor da antropologia no Brasil O interesse de Mário de Andrade pela cultura indígena coincidiu com a gênese da moderna antropologia no Brasil, por ocasião da missão francesa que veio fundar a USP, nos anos 1930, da qual fizeram parte Claude Lévi-Strauss e Dina Dreyfuss. Mário conviveu com o casal e com ele chegou a visitar aldeias indígenas nas imediações de São Paulo. Sua obra literária, bem como suas pesquisas de campo e seu “aprendizado de turista” foram pioneiros ao apontar a Amazônia como centro de interesses culturais e políticos, o que dá grande atualidade a sua obra. Em outra vertente antropológica, o encontro intelectual de Mário de Andrade com Câmara Cascudo, pesquisador do folclore e da alimentação, apontou novos caminhos para compreender a cultura brasileira a partir da comida e do que vem junto com ela. Com Luisa Valentini, autora de pesquisa sobre o encontro entre o casal Lévi-Strauss e o autor de Macunaíma, que resultou na dissertação Um laboratório de antropologia: o encontro entre Mário de Andrade, Dina Dreyfuss e Claude Lévi-Strauss (1935-1938). Com Paula Pinto e Silva, antropóloga especializada em culinária brasileira e história da alimentação no Brasil, é mebro do C5 – Centro de Cultura Culinária Câmara Cascudo, dedicado a debater e pesquisar a comida no Brasil. É autora de Farinha, feijão e carne-seca – Um tripé culinário no Brasil Colonial (Editora Senac, 2010). 08/06. Segunda, 15h às 18h. R$ 30,00; R$ 15,00 ; R$ 9,00


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Romance, cinema e interpretação do Brasil: Macunaíma Talvez por ser um romance, Macunaíma não costuma figurar entre as obras de interpretação de nosso país, como Raízes do Brasil, Formação econômica do Brasil ou Casa-Grande & Senzala. Este encontro pretende discutir o poder interpretativo sobre o país do mais conhecido livro de Mário de Andrade – o qual, depois de sua morte, ganhou novas forças ao ser levado às telas do cinema. Macunaíma se transformou num personagem popular, sobretudo depois da adaptação cinematográfica de Joaquim Pedro de Andrade. Com Eduardo Escorel, cineasta e crítico de cinema. Autor de Adivinhadores de água (Cosac Naify, 2005), que reúne ensaios sobre cinema brasileiro; atuou como montador na adaptação de Macunaíma realizada por Joaquim Pedro de Andrade em 1969 e dirigiu a adaptação de Amar: verbo intransitivo, intitulada Lição de amor. Coordena o curso de especialização em cinema documentário da Fundação Getúlio Vargas e assina o blog Questões Cinematográficas no site da revista Piauí.

Com Lilia Schwarcz, antropóloga, ensaísta e editora, tem diversos trabalhos publicados sobre questões raciais, pensamento brasileiro e história do Brasil. Integra o advisory group da Universidade Harvard, membro do Conselho Científico do Instituto de Estudos Avançados da UFMG, membro do conselho da Revista da USP, das revistas Etnográfica (Lisboa) e Penélope (Lisboa). É pesquisadora do CNPq.


Com José Miguel Wisnik, compositor, crítico cultural e ensaísta, abordou a música na Semana de 22 em seu livro O coro dos contrários (Livraria Duas Cidades, 1977). Em Veneno remédio (Companhia das Letras, 2008), que se inscreve na linhagem de grandes interpretações do Brasil, a figura de Macunaíma é evocada ao discutir a figura de Garrincha. Publicou diversos trabalhos sobre música e literatura. 10/06. Quarta, 15h às 18h. R$ 30,00; R$ 15,00 ; R$ 9,00


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Gestão cultural, políticas culturais e patrimônio A mesa abordará a contribuição de Mário de Andrade para a formulação das políticas culturais no Brasil. A convite de Paulo Duarte, o escritor foi um dos criadores e o primeiro diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo (de 1935 a 1938), experiência inovadora que, embora de breve duração, prefigurou as políticas culturais que ainda hoje são empregadas, como a criação do ônibus-biblioteca, da discoteca pública e os primeiros parques infantis voltados para os operários. Mário de Andrade ainda formulou a política de preservação do patrimônio histórico brasileiro, tendo contribuído para a criação do atual Iphan, então denominado Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), ao lado de Rodrigo Melo Franco de Andrade, no governo federal.

Da esquerda para a direita: Cândido Portinari, Antônio Bento, Mário de Andrade e Rodrigo Melo Franco. Palace Hotel, Rio de Janeiro, 1936


Com Carlos Augusto Calil, cineasta, crítico e ensaísta. Com ampla experiência em gestão cultural (Embrafilme, Cinemateca Brasileira, Centro Cultural São Paulo), foi o responsável pelas reformas da Biblioteca Mário de Andrade e do Theatro Municipal quando ocupou o cargo de secretário de Cultura da cidade de São Paulo (2005-2012). Professor na ECA/USP, é autor e organizador de livros sobre o modernismo no Brasil, como Retrato do Brasil, de Paulo Prado, e A aventura brasileira de Blaise Cendrars, de Alexandre Eulálio. Foi o curador responsável pela musealização de alguns cômodos da casa onde morou Mário de Andrade, na rua Lopes Chaves, 546, reinaugurada em abril de 2015. Com Isaura Botelho, doutora em Ação Cultural pela ECA-USP, com pós-doutorado no Département des Etudes, de la Prospective et Statisques (DEPS) do Ministério da Cultura da França. Coordenou o setor de pesquisas e planejamento da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura. É consultora do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo. Com Roberto Barbato Júnior, autor de Missionários de uma utopia nacional-popular: os intelectuais e o departamento de Cultura de São Paulo (Annablume, 2004). É doutor em ciências sociais pela Unicamp, advogado e professor da Metrocamp/Veris. 15/06. Segunda, 15h às 18h. R$ 30,00; R$ 15,00 ; R$ 9,00


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Acompanhe também o Ciclo Mário de Andrade e a Música, de 5 a 8 de maio de 2015, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc.

Associação Casa Azul São Paulo Rua Capitão Antônio Rosa, 376, cj.10 CEP: 01443-900 São Paulo - SP TEL.: (11) 3081-6331 Paraty Rua João Aires Martins, 14 Ilha das Cobras CEP: 23970-000 Paraty - RJ TEL.: (24) 3371-7082 flip.org.br museudoterritoriodeparaty.org.br /flip.paraty @flip_se


Centro de Pesquisa e Formação Rua Dr. Plínio Barreto, 285, 4º andar, prédio da FecomércioSP CEP: 01313–020 Trianon–Masp 700m Anhangabaú 2000m TEL.: (11) 3254–5600 sescsp.org.br/centrodepesquisaeformacao centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br /centrodepesquisaeformacao @sescformacao

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