Imortais depois do anoitecer #12 lothaire

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Talionis apresenta:

Kresley Cole

Lothaire Série Immortals After Dark 12 Todos temem o inimigo dos antigos Impulsionado por sua necessidade insaciável de vingança, Lothaire, o vampiro mais cruel do Lore, tem planos de confiscar a coroa da Horda. Mas a sede de sangue e tortura o deixaram à beira da loucura, até que ele encontrou Elizabeth Peirce, a chave para sua vitória. Ele capturou a singular jovem mortal, pretendendo oferecer a alma dela em troca de poder, mas Elizabeth acalma sua mente atormentada e desperta emoções dentro dele que Lothaire acreditava que não podia mais experimentar. Uma força mortal habita dentro dela Crescendo em meio a uma desesperada pobreza, Ellie Peirce ansiava por uma vida melhor, nunca imaginando que seria condenada por homicídio ou de que um maligno imortal iria raptá-la do corredor da morte. Mas Lothaire não é seu salvador, já que ele mesmo tinha planos para sacrificar Ellie no prazo de um mês. E ainda que o vampiro parecesse ansiar pelo seu toque, inundando-a com riquezas e prazer sexual. Em uma tentativa de salvar sua alma, Ellie rende seu corpo para o perverso vampiro, enquanto prometia proteger seu coração. Séculos de fria indiferença aniquilados Elizabeth tenta Lothaire além da razão, como apenas a companheira predestinada conseguiria. Conforme o mês chega ao fim, ele deve escolher entre uma vendeta de sangue que durava um milênio e sua irresistível prisioneira. Lothaire vai sucumbir às misérias do seu passado... ou arriscar tudo por um futuro com ela?


Kresley Cole The Immortals After Dark 12

Livro Traduzido e Revisado do Inglês Envio do arquivo: Δίκη REVISÃO INICIAL: Capítulo 1 ao 30: Gaia Capítulo 31 ao Epílogo: Anna Martins REVISÃO FINAL: Capítulo 1 ao 30: Anna Martins Capítulo 31 ao Epílogo: Gaia Formatação: Greicy Capa: Élica Talionis

Para o sueco, um bom esporte, um grande cara, e um marido notável. Enquanto estou escrevendo isso, são quatro da manhã. Prazo regular estourando, e você ainda está na mesa comigo. Como posso surpreendê-lo com uma dedicatória quando se recusa a abandonar o centro de comando?

Comentário da Revisora Gaia: Neste livro, a autora conseguiu fazer de um dos personagens mais polêmicos um divertido e sexy exemplo de como construir um relacionamento. Para um vilão como Lothaire só o amor não bastaria, precisou uma heroína forte, debochada e mega corajosa pra provar que tudo é relativo, inclusive a força da imortalidade. A história também começa a envolver personagens que estavam na tangente, e que são tão polêmicos quanto, mas devem dar um novo gás no Lore. Enfim, caída pelo Lothaire, sexy, engraçado e mau até os ossos! Mas nessa versão apaixonada, ele ganhou um traço justiceiro. Comentário da Revisora Anna: Essa é uma das minhas séries preferidas, talvez a preferida, e eu estava com medo desse livro, fiquei surpresa de saber que o Lothaire teria sua própria história e que já séria lançada, não sabia se o Lothaire ia ficar bonzinho ou como conseguiria simpatizar com ele. Mas como os livros são meio que paralelos, a série dá muita liberdade para a KC desenvolver a história do jeito que ela precisa, a história pode se preocupar apenas com o Lothaire, ele segue apenas os seus interesses e não precisa ser colocado como do bem ou do mal. A história de amor é linda, novos personagens surgiram, acontecimentos de outros livros continuam se desenrolando... As história que envolvem todo o Lore continuam bem desenvolvida e ainda tem muita coisa para acontecer nessa série.

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AGRADECIMENTOS Muito obrigado a minha redatora, Lauren McKenna, e minha editora, Louise Burke, ambas senhoras fantástica que continuamente me inspiram. Um agradecimento especial à equipe de produção da Galeria de Livros e para Nancy Tonik, por sua paciência com a minha -única- maneira de fazer cópia das edições e a minha fixação excêntrica aos meus projetos. Muito amor e muitos agradecimentos para o meu agente incrível, Robin Rue. Finalmente, agradeço aos meus leitores, para darem este passo comigo e por todo seu maravilhoso apoio!

EXTRAÍDO DO IMORTAL LIVRO DO LORE... O Lore “... e aquelas criaturas sensíveis que não são humanas serão unidos em um estrato, coexistindo uns com os outros, ainda assim em segredo da humanidade.” • A maioria são imortais e podem regenerar-se de lesões. As raças mais fortes só podem ser mortas pelo fogo místico ou por decapitação. • Seus olhos mudam com emoção intensa, muitas vezes a uma cor específica daquela raça. Os Vampiros “...No primeiro caos do Lore, uma irmandade de vampiros dominada por confiar em seu culto da lógica e da ausência de misericórdia. Eles saltaram das estepes dura de Dacia e migraram para a Rússia, embora alguns digam que um enclave secreto, o Daci, ainda vive na Dacia.” • Cada macho adulto procura por sua Noiva, sua esposa eterna, e andam como mortosvivos, até que a encontrem. • A Noiva irá tornar o seu corpo totalmente vivo, devolvendo-lhe a respiração e fazendo o seu coração tornar a bater, um processo conhecido como sangramento. • Os Caídos são vampiros que mataram por beber uma vítima até a morte. Distinguidos por seus olhos vermelhos. • Dois exércitos vampiro continuam em guerra: a Horda, que é majoritariamente composta pelos Caídos, e os Forbearers, uma legião de seres humanos transformados, que não bebem sangue diretamente da carne. As Valkírias “...Quando uma donzela guerreira grita clamando por coragem enquanto morre em batalha, Woden e Freya atendem ao seu chamado. Os dois deuses liberam relâmpagos para golpeá-la, resgatando-a para seus salões e preservando a sua coragem para sempre na forma de filhas Valquírias, donzelas imortais.”

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• Elas tomam seu sustento da energia elétrica da Terra, compartilhando-a em um poder coletivo, e devolvendo-o com as suas emoções em forma de raio. • Sem treinamento, a maioria pode ser hipnotizada por objetos brilhantes. A transformação “...Somente através da morte de alguém pode se tornar um 'outro'.” • Alguns seres podem transformar um humano ou uma criatura do Lore em sua própria espécie através de diferentes meios, mas o catalisador para a mudança é sempre a morte, e o sucesso não é garantido. A ascensão “...E um tempo há de vir quando todos os seres imortais no Lore, desde as Valquírias, vampiros, Lykaes, e facções demônio até as bruxas, shifters, feys e sereias... deverão lutar e destruírem uns aos outros.” • Um tipo de sistema místico de balanceamento e contrapesos para uma população sempre crescente de imortais. • Ocorre a cada quinhentos anos. Ou agora mesmo...

Prólogo Castelo Helvita, Fortaleza Vampira da Horda. Inverno russo, em longas eras passadas. — Qual humilhação nova traria o dia de hoje? — Ivana a Valente perguntava ao filho, Lothaire, enquanto os guardas os escoltavam para o vampiro conhecido como Stefanovich, o rei dos vampiros da Horda. E pai de Lothaire. Apesar de ter apenas nove anos, Lothaire poderia dizer que o tom de sua mãe trazia um traço de imprudência. — E por que acordá-lo? — Ela exigiu saber, como se ele pudesse explicar as maneiras arrebatadas de seu pai. A convocação havia chegado ao meio-dia, bem passado a sua hora de dormir. — Eu não sei, Mãe, — ele murmurou enquanto ajeitava a roupa. Ele teve apenas alguns segundos para se vestir. — Eu me cansei deste tratamento. Um dia ele vai me empurrar muito longe e vai se arrepender.

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Lothaire ouvira ela reclamando a seu tio Fyodor sobre o rei. — Tiradas e flertes, seu comportamento cada vez mais bizarro. — Ela confessou baixinho, — eu joguei fora o meu amor pelo seu irmão, sou nada além de uma amante mal-tratada neste reino, embora eu fosse a herdeira do trono em Dacia. Fyodor tentou confortá-la, mas ela disse: — Eu sabia que só tive um tempo com ele antes de seu coração parar de bater. Agora eu questiono se ele tem um coração em absoluto. Hoje seus olhos azul gelo estavam em chamas com uma luz perigosa. — Eu fui feita para mais do que isto. — Com cada um dos seus passos, as peles que caiam sobre os ombros ondulava para frente e para trás. As saias de seu vestido escarlate farfalhavam, um som agradável que ele sempre associaria a ela. — E você, meu príncipe, esta muito bem. Ela chamou-o príncipe, mas Lothaire não era um. Pelo menos, não neste reino. Ele era meramente o filho bastardo de Stefanovich, um em uma longa linha deles. Eles seguiram os dois guardas nas escadas em espiral até as suítes privadas do rei. As paredes eram folheadas a ouro e úmidas pelo frio. Do lado de fora, uma nevasca arremetia contra o castelo. Arandelas1 iluminavam o caminho, mas nada poderia aliviar a tristeza que ecoava nesses corredores. Lothaire tremia, ansiando por estar de volta em sua cama quentinha com o seu novo cachorro cochilando sobre as pernas. Assim que eles chegaram a antecâmara fora dos aposentos de Stefanovich e os guardas começaram a abrir as portas de ouro com um gemido, Ivana alisou as mãos sobre as elaboradas tranças de um loiro quase branco e levantou o queixo. Não pela primeira vez, Lothaire pensou que ela parecia um anjo de um passado distante. Dentro, dominando a parede do fundo, haviam altas janelas com incrustações jateadas em vidro com símbolos das artes das trevas. O vitral mantinha do lado de fora a fraca luz do sol visível através da tempestade e montava um cenário temível sobre a cadeira do rei. Não que o altaneiro vampiro precisasse de mais alguma coisa para torná-lo mais temível. Sua constituição era mais parecida com a de um demônio, com os ombros mais amplo do que uma prancha de transporte, seus punhos como bigornas. — Ah, Ivana Daciano se digna a obedecer a uma intimação, — Stefanovich exclamou da cabeceira de sua longa mesa de jantar. Todas as noites seus olhos pareciam ficar mais vermelhos, seu brilho rubro se destacando contra o cabelo cor de areia que caia sobre a testa. A dúzia ou mais de cortesãos sentados com ele encaravam Ivana com indisfarçável malícia. Por sua vez, ela arrastou seus lábios para trás dando um flash de suas presas. Ela considerava esses cortesãos abaixo dela e não fazia segredo disso. Sentado à esquerda do rei estava o tio de Lothaire, Fyodor, que parecia embaraçado.

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Braço para bico de gás, vela ou lâmpada elétrica, preso à parede.

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Lothaire seguiu o olhar de Ivana para o assento a direita de Stefanovich seu lugar de honra normalmente reservado para ela. Pratos de jantar cheios de restos de uma refeição estavam espalhadas sobre ele. Ocasionalmente, os vampiros mais jovens comiam alimentos da terra, consumindo-os, além do sangue. Talvez outro dos bastardos de Stefanovich viera para Helvita para viver entre eles? O coração de Lothaire deu um salto. Eu poderia fazer amizade com ele, poderia ter um companheiro. Como um bastardo do rei, ele não tinha amigos, sua mãe era tudo para ele. — Já é tarde, — disse Ivana. — Todos já deveriam estar deitados a esta hora odiosa. Fyodor parecia estar silenciosamente alertando Ivana, mas ela não lhe deu atenção, exigente, — O que você quer, Stefanovich? Depois de beber profundamente de uma caneca de hidromel, cheia de sangue, Stefanovich limpou seus lábios na manga. — Ver a minha senhora arrogante e seu débil bastardo. — O rei olhou para Lothaire. — Venha. — Não, Filho. — Ivana mordeu em Dacian. Lothaire respondeu na mesma língua. — Eu irei, para poupá-la. — Como sempre, ele faria tudo o que podia para protegê-la, não importa o quão fraco ele soubesse que fosse. Em sua expressão, a ansiedade por ele guerreava com o orgulho. — Eu deveria ter sabido Lothaire Daciano que você nunca iria se esconder atrás das saias de sua mãe, mesmo diante de um tirano de olhos vermelhos. Quando Lothaire cruzou para estar diante do assento do rei, Stefanovich balançou a cabeça com desgosto. — Você ainda não consegue riscar, não é verdade? O rosto de Lothaire estava impassível conforme ele respondia: — Ainda não, meu rei. — Não importava o quanto ele tentasse se teletransportar, ele nunca conseguia ter sucesso. Ivana lhe havia dito que o riscar era um talento que chegou atrasado para a necessidade dos Daci. Eles tiveram necessidades limitadas dessa vantagem em seu reino fechado. Ela considerava a incapacidade de Lothaire mais como um sinal de que ele herdou mais dela do que de apenas um simples vampiro da Horda. Stefanovich agarrou o braço fino do Lothaire, espremendo. — Muito frágil, pelo que eu vejo. Lothaire estava desesperado para crescer mais, para ser tão formidável quanto seu pai guerreiro, se por nenhuma outra razão senão para proteger sua mãe. Não que a princesa Ivana precisasse de outro ser para sua proteção. — Por todos os deuses, você me envergonha, rapaz. Eu deveria ter torcido o seu pescoço mal formado no nascimento. Lothaire ouvia essas críticas rotineiramente, já estava acostumado a elas. Sua mãe, entretanto, não estava.

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Com um grito, Ivana pegou uma garrafa de sangue, arremessando-a em Stefanovich. Ela quebrou contra um painel de vidro negro logo atrás dele, deixando entrar um mudo raio de luz. Os cortesãos sibilaram, espalhando-se por toda a câmara. O feixe queimou a centímetros do cotovelo imóvel de Stefanovich antes de um servo do dia correr para encher o buraco com um chumaço de pano. — Meu filho é perfeito. — Ivana mostrou as presas, sua íris azul ficando negra pela emoção. — Além do fato de que ele tem seu selo sobre o rosto. Felizmente, ele herdou sua mente afiada da minha linhagem real. Ele é cheio de astúcia, uma marca dos Daci! Stefanovich também arreganhou as presas afiadas, os olhos brilhando ainda mais vermelho. — Você tentar a minha ira, mulher! — Como você tentar a minha. — Ivana nunca recuava diante dele. Sempre que Stefanovich a golpeava, ela o golpeava de volta duas vezes mais. Ivana havia dito a Lothaire que os Daci eram friamente lógicos, regidos pela razão. Aparentemente, a valente Ivana era a exceção. Feroz como a tempestade furiosa que rugia do lado de fora, ela ainda instigava Stefanovich para chamar sua atenção, atacando-o com sua língua ferina sempre que ele olhava para dentro da noite. Ela já admitira uma vez a Lothaire que seu pai sonhara em encontrar a fêmea vampiro que viria a ser sua. A noiva de Stefanovich, aquela que iria fazer bater seu coração pela eternidade. A rainha legítima que carregaria seu verdadeiros herdeiros. Ivana alisou suas tranças mais uma vez, tão claramente lutando contra seu temperamento. — Você zomba de seu filho por seu próprio risco, Stefanovich. — Filho? Não tenho a pretensão de aclama-lo como tal. Este menino nunca vai se comparar ao meu sucessor! — Outro gole de sua caneca. — Disto eu estou certo. — Eu estou também. Lothaire será superior a qualquer outro homem em todas as maneiras! Ele é um Dacian! Lothaire assistia a este intercâmbio com uma inquietação que se aprofundava, lembrando-se da advertência que seu tio Fyodor fizera uma vez a Ivana: — Mesmo Stefanovich pode ficar com ciúmes de seu conhecimento e força. Você deve se dobrar, antes que o amor dele por você se transforme em ódio. Lothaire sabia que o aviso de seu tio se tornara realidade. Pelo olhar assassino de Stefanovich. — Você acredita que seu tipo é muito melhor do que a minha escolhida... Uma fêmea bêbada e cambaleante saía da sala da câmara privada de Stefanovich. Uma mulher mortal. A mandíbula de Lothaire se afrouxou, e Ivana pressionou as costas de sua mão sobre a boca. A mulher estava vestida como uma rainha, suas vestes tão ricas como as da própria Ivana. Fora ela que jantara a direita do rei? — Uma humana? — O choque de Ivana rapidamente se transformou em ira. — Você ousa trazer um desses animais doentes para dentro da minha casa! Para perto da minha prole? — Ela caminhou para a frente, empurrando Lothaire para trás dela.

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Embora os vampiros adultos fossem imortais, Lothaire ainda estava vulnerável a doenças. — A humana é Olya, minha nova amante. — Amante! — Ivana gritou. — Mais como um animal de estimação. Sua espécie vive em casebres de terra, dormindo entre os seus animais! Stefanovich acenou para a mulher, e ela timidamente serpenteou para ele. — Ah, mas ela tem o gosto do vinho e do mel. — Virou-se para seu irmão. — Não é verdade, Fyodor? Fyodor lançou um olhar de culpa para Ivana. Puxando seu animal de estimação em seu colo, Stefanovich zombou. — Você deve provar dela, Ivana. — Ele descobriu o braço pálido da mortal. Os olhos de Ivana se arregalaram. — Tomando sangue direto da sua pele! Eu jamais afundaria meus dentes em um humano mais do que em qualquer outro animal. Devo trazê-lo um porco para degustação? Eles estavam olhando um ao outro, suas expressões dizendo algo, mas Lothaire não conseguia decifrar exatamente o que estavam dizendo. Finalmente, Ivana falou. — Stefanovich, você sabe que há consequências, especialmente para alguém como você... — Minha raça reverencia a Sede, — disse Stefanovich, — reverenciam o Tomar Sangue. — Então vocês reverenciam a loucura, porque isso é o que certamente se seguirá. Ignorando o alerta de Ivana, ele perfurou o pulso da mulher, fazendo-a gemer. — Você é revoltante! — Ivana bloqueava a visão de Lothaire, mas ele estava fascinado com essa visão, olhando em torno de suas saias. Por que ela nunca o ensinou a furar outro ser? Assim que ele terminou de se alimentar, Stefanovich liberou o braço da mortal, então a beijou na boca, provocando um grito de indignação de Ivana. — Como se então você beber da pele deles não fosse ruim o suficiente, mas tem que acasalar com seus corpos? Você não tem vergonha? Ele rompeu o beijo. — Nenhuma. — Ele lambeu os lábios, e a mortal deu uma risadinha, girando um cacho do cabelo de Stefanovich em seu dedo. — Isto é muito desprezível para suportar. E eu não vou mais! — E o que você vai fazer sobre isso? — Eu vou deixar este lugar selvagem para sempre, — declarou ela. — Agora, largue seu novo animalzinho, ou voltarei a Dacia. — Tenha cuidado com ultimatos, Ivana. Você pode não apreciar o resultado. Especialmente porque você não pode encontrar sua terra natal. Ivana explicara a Lothaire por que o reino de Dacia permaneceu em segredo por tanto tempo. A misteriosa Daci viajava em uma névoa de camuflagem. Se abandonasse a névoa, o Dacian nunca poderia seguir para casa por conta própria, e suas memórias da localização desapareceriam.

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Com sua primeira vista de Stefanovich, Ivana perdera seu coração, seguindo-o de volta para Helvita, deixando para trás sua própria névoa, sua família, seu futuro trono. — Eu vou encontrá-la, — ela afirmava agora. — Se isto me matar, eu enviarei Lothaire ao Reino do Sangue e da Névoa, uma terra governada por imortais civilizados. — Civilizados? — Stefanovich riu, e os cortesãos seguiram o exemplo. — Aqueles demônios são mais brutais do que eu! — Macho ignorante! Você não tem ideia do que você fala! Você não pode compreender as nossas maneiras, eu sei disso, pois eu tentei ensiná-lo. — Ensinar-me? — Ele bateu com o punho na mesa. — Sua arrogância será sua ruína, Ivana! Você sempre se achou melhor do que eu! — Porque-eu-sou! Diante disso, os cortesãos ficaram em silêncio. Entre os dentes cerrados, Stefanovich ordenou. — Retire as suas palavras descuidadas, ou ao pôr do sol eu vou atirar você e seu filho bastardo para fora no frio. Lothaire engoliu em seco, pensando no fogo em seu quarto, seus amados quebra-cabeças sobre sua mesa, seus brinquedos espalhados pelos tapetes de peles quentes no chão. A vida em Helvita poderia ser miserável, mas era a única vida que ele já conhecera. Desculpe-se, mãe, ele silenciosamente desejou a ela. Em vez disso, ela endireitou os ombros. — Escolha, Stefanovich. A humana fétida ou a mim. — Implore o meu perdão e procure fazer as pazes com a minha nova amante. — Implorar? — Ivana zombou. — Nunca. Eu sou uma princesa de Daci! — E eu sou um rei! — Deixe Ivana, Irmão, — Fyodor murmurou. — Isto está ficando tedioso. — Ela deve aprender o seu lugar. — Para Ivana, ele ordenou, — Suplique o perdão de Olya! Quando a mortal lançou a Ivana um sorriso vitorioso, Lothaire soube que ele e sua mãe estavam condenados.

Um mês mais tarde... — Alimente isso com o ódio, Filho. Faça queimar como uma forja. — Sim, Mãe— Lothaire pigarreou, sua respirações fazendo fumaça conforme eles marchavam através da neve na altura dos joelhos. — É a única coisa que vai nos manter aquecidos. — Os olhos de Ivana brilhavam com ressentimento, como estiveram desde que Stefanovich lhes ordenou deixar Helvita. Naquela noite, Lothaire ouvira um pequeno percalço na respiração de Ivana, vira um relance de surpresa. Ela sabia que cometera um erro. Mas ela era orgulhosa demais para remediá-lo, a curvar-se ante uma humana.

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Nem mesmo por mim. Toda a corte se reuniu na entrada do castelo para assistir Lothaire e a arrogante Ivana serem expulsos apenas com as capas em suas costas. Para morrer no frio. Eles teriam perecido há muito tempo se não fosse Fyodor que escorregou algumas moedas para Lothaire. O cão de Lothaire o seguira, de olhos arregalados e tropeçando em suas próprias patas, em pânico para alcançá-lo. Enquanto Lothaire olhava incrédulo, Stefanovich agarrara o cão pela nuca, torcendo seu pescoço. Ao som de risos da corte de vampiros, o rei jogara a criatura morta aos pés de Lothaire. — Apenas um dos nossos animais de estimação perecerá neste dia. Os olhos Lothaire marejaram, mas Ivana sibilara para ele. — Sem lágrimas, Lothaire! Você deve construir seu ódio por ele. Nunca se esqueça da traição desta noite! — Para Stefanovich, ela gritou: — Você vai perceber o que você tinha tarde demais... Agora, ela murmurou distraidamente. — No momento em que chegarmos a Dacia, eu vou ter tornado sua alma tão amarga como o frio que esta tentando nos matar. — Quanto tempo vai demorar? — Seus pés estavam dormentes, o ventre vazio. — Eu não sei. Eu só posso seguir o meu desejo de um lar como Dacia. Como ela dissera a Lothaire, seu pai, o rei Serghei, governava o reino, uma terra de fartura e paz. Era fechado em pedra, escondido dentro do coração de uma cadeia de montanhas. Dentro de uma caverna subindo mil vezes maior do que Helvita havia um majestoso castelo negro, circundado por fontes deslumbrantes de sangue. Súditos do rei enchiam seus baldes todas as manhãs. Lothaire dificilmente poderia imaginar um lugar assim. — Depois de todas as nossas andanças, sinto que estamos perto, Filho. Naquela primeira noite, enquanto eles serpenteavam através da aterrorizante Floresta Sangrenta que cercava Helvita, ela temia que Lothaire não sobrevivesse durante a noite congelante. Uma e outra vez, ela tentou transportá-los a Dacia, apenas para ser devolvido ao mesmo local. Ele sobrevivera; ela se esgotou. Agora ela estava muito fraca para riscar, de modo que se arrastavam para outra aldeia, que poderia fornecer um celeiro para protegê-los da luz solar que o dia seguinte traria. Infelizmente, cada aldeia fervilhava com os mortais imundos. Eles sempre olhavam para a beleza de Ivana e o corte estrangeiro de suas roupas com admiração, então suspeita. Lothaire recebeu sua cota de atenção por seus penetrantes olhos azul-gelo e o cabelo branco-loiro que sempre saia de debaixo do seu boné. Por sua vez, Ivana ridicularizava sua sujeira, corpos cheios de piolhos e linguagem simplista. Sua aversão aos mortais continuara a crescer, alimentando a dele própria.

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Cada noite antes do amanhecer, ela deixaria Lothaire escondido enquanto caçava. Às vezes, ela voltava com o rosto lavado de sangue, e triunfo nos olhos. Um corte de seu pulso seria suficiente para encher um copo para ele também. Outras vezes, ela voltava abatida e mal-humorada, xingando a traição de Stefanovich, lamentando sua situação. Um nascer do sol, enquanto ele adormecia, ele a ouviu murmurar: — Agora vamos dormir com o gado, e devo beber da carne... Ivana desacelerou, sacudindo sua cabeça ao redor. — Eles estão nos seguindo, Mãe? — Os humanos da última cidade foram mais hostis do que em qualquer outra, arrastando-se atrás deles, até mesmo para o deserto. — Eu não acredito que estejam. A neve cobre as nossas trilhas muito rapidamente. — Ela se arrastava, dizendo: — É tempo para as suas aulas. Durante a viagem a cada noite, ela o instruiu em tudo, sobre como sobreviver entre os humanos. — Beber deles apenas se estivesse morrendo de fome, e nunca até a morte. — à etiqueta Dacian — explosões de emoção eram consideradas quase como grosseria, então naturalmente eu já ofendi a minha parte. E sempre ela extraia seus votos para o futuro, como se ela achasse que fosse morrer em breve? — O que você deve fazer quando estiver crescido, meu príncipe? — Vingança por esta traição contra nós. Vou destruir Stefanovich e tomar seu trono. — Quando? — Antes de ele encontre sua noiva. — Por quê? Lothaire obedientemente respondeu: — Uma vez que sua predestinada fêmea de sangue viesse a ele, ele iria se tornar mais poderoso, ainda mais difícil de matar. E ele será pai de um herdeiro legítimo de seu trono. A Horda Vampiro nunca seguiria o bastardo de Stefanovich, enquanto seu verdadeiro sucessor vivesse. — Você deve estar absolutamente certo de que a Horda vai jurar fidelidade a você. Se o seu esforço para reivindicar a coroa não der certo, eles vão aniquila-lo. Espere até que você esteja mais poderoso. — Será que eu tenho que ter olhos vermelhos para lutar com ele? Ela parou, inclinando a cabeça. — O que você sabe de tais assuntos? — Quando um vampiro mata sua presa enquanto ele bebe, ele se torna mais poderoso, mas mancha de sangue seus olhos. — Sim, porque ele bebe rápido, até secar o poço da alma. Traz força, mas também sede de sangue. Stefanovich tornou-se um dos Caídos. — Ela acrescentou vagamente, — E vai ser tudo crescentemente mais torturante. Para ele, em particular. — Por quê? Ela deu um olhar avaliativo a Lothaire, como se decidindo alguma coisa sobre ele.

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— Não pense nessas coisas, — ela finalmente disse, deixando seu tom leve. — Nunca mate enquanto você bebe, e você nunca terá que se preocupar com isso. — Então, como eu... — Ele corou de vergonha. — Como eu poderia ser forte o suficiente para matar Stefanovich? Ivana chegou perto dele, pressionando as mãos congeladas contra o seu rosto, levantando seu rosto. — Esqueça tudo o que você ouviu de seu pai. Quando você for mais velho, homens imortais tremerão diante de ti em pavor enquanto as fêmeas desmaiarão em sua presença. — De verdade, mãe? — Você está perfeitamente formado e crescerá para ser um Dacian magnífico, um vampiro para ser temido. Especialmente quando você for sangrado. — Ela olhou para o céu nublado, a neve pontilhando seu rosto. — E a sua Noiva? — Ivana encontrou seu olhar mais uma vez. — Ela vai ser incomparável. Uma rainha que mesmo eu me curvarei diante. Ele olhou para ela para ver se ela brincava, mas seu comportamento era sério. Lothaire esperava que encontrasse essa mulher rapidamente. Ele sabia que quando estivesse completamente crescido, seu coração ia parar lentamente seu ritmo, seus pulmões, a respiração também. Conforme ele se tornasse mais um entre os vampiros caminhando em morte, ele não sentiria mais a necessidade de fêmeas. Seu tio havia lhe sacudido sob o queixo e dito: — Exatamente quando você tiver esquecido o quanto você sente falta do berço macio das coxas de uma mulher, você vai encontrar a sua Noiva, e ela vai trazê-lo de volta à vida. Lothaire não se importava em nada sobre assuntos de cama, mas a ideia de seu coração parar o horrorizava. Ele perguntou a Ivana. — Quanto tempo vai ser até que eu possa encontrar ela? Ela olhou para longe, dizendo em um tom estranho. — Eu não sei. Pode demorar séculos. Fora da Dacia, vampiras são escassas. Mas eu sei que você será um rei bom e fiel a ela. — Então ela perguntou: — E o que você fará quando você possuir o trono da Horda? — Eu me unirei com seu pai, alinhando Daci e a Horda sob um brasão da família. Ela balançou a cabeça. — Serghei é o único em que você pode confiar. Não em meus irmãos, ou irmãs, com suas intrigas e enredos. Unicamente em meu pai. E é claro que você pode confiar em sua Noiva. Mas o que será de todos os outros? — Eu os usarei e os descartarei, não me preocupando com nada, pois nada importa. Ela enrolava o dedo indicador sob o queixo dele. — Sim, meu filho inteligente. Eles passaram as próximas milhas desta forma, ensinando-lhe os costumes intrincados de Daci enquanto tentavam ignorar o frio. Um céu escuro ameaçando ainda mais neve; a madrugada traria suas garras através da escuridão em poucas horas. Lothaire estremeceu, seus dentes e presas batendo como os de um bebê.

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— Silêncio, — Ivana assobiou. — Os homens nos seguiram. — Ela farejava no ar. — Deuses, o cheiro deles me agride! — O que eles querem? Ela murmurou. — Caçar-nos. — O-onde podemos nos esconder? — Eles estavam em um amplo vale com planaltos a leste e oeste. Os mortais avançavam do norte. Montanhas assomavam no extremo sul. Ela olhou em volta, desesperada. — Temos que atravessar por aquelas montanhas. Acredito que é onde vamos encontrar a passagem que leva a Dacia. — Ela deu-lhe um empurrão. — Agora, corra! Ele o fez, tão rápido quanto podia, mas a neve estava muito alta no chão, pedaços o cegando, arrastando-o para baixo muito rapidamente. — Nós nunca vamos conseguir, Mãe! Ela agarrou seu braço e tentou riscar com ele. Suas formas desbotaram brevemente, mas não desapareceram. Rangendo os dentes, ela tentou mais uma vez, sem sucesso. Soltando-o, ela girou no lugar, em busca de um escape, então calou-se, ouvindo. Seus olhos abriram-se a máxima largura. — Pai! — Ela gritou, o som ecoando pelo vale. — Eu estou aqui! Sua Ivana está aqui. Ninguém respondeu. — Pai! Mortais à distância davam gritos enquanto se aproximavam. — Papa? — Ela balançou sobre seus pés, sua expressão... perdida. — Eu sei que eu sinto ele e os outros. Então, também sentia Lothaire. Imortais de grande poder estiveram aqui. Por que não resgatavam sua princesa? Lágrimas vermelhas deslizaram por seu bonito rosto enquanto ela caia de joelhos. — Estávamos tão perto. — A orgulhosa Ivana começou a cavar na neve, usando suas garras para apunhalar pelas camadas de gelo permanente. Mesmo quando suas garras foram arrancadas e seus dedos começaram a sangrar, ela continuou a cavar. — O quanto baixo eu trouxe você, Lothaire. Quando você se lembrar de mim, não lembre disso. A cada punhado de gelo, um buraco crescia. — Você é o filho de um rei, o neto de um rei. Nunca se esqueça disso! — Quando a pele nas pontas dos dedos começou a descascar, ele tentou ajudá-la, mas ela bateu as mãos dele para fora, parecendo quase enlouquecida. Finalmente, ela puxou-o para o pequeno buraco que havia feito. — Vem. Esconda-se aqui. — Eu devo torná-lo mais profundo, mãe. Não há espaço suficiente. Ela sussurrou. — Há espaço suficiente. Vou ter certeza de que você ficará seguro. Seus olhos se arregalaram. Aquilo significava que ela iria combatê-los?

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— Risque-se daqui sozinha, — disse ele, embora soubesse que ela provavelmente estava muito fraca, mesmo para isso. — Nunca! Agora, quais são seus votos para mim? — Mãe, eu... Ela estalou as presas, sua íris ficando negras. — Seu votos! — Tomar a vida de Stefanovich. Usurpar o seu trono. — Em quem você vai confiar? — Ninguém, exceto em seu pai e minha rainha. Mais lágrimas caíram. — Não, apenas em sua rainha, Lothaire. Serghei e os Daci nos deixaram sozinhos neste dia. — Por quê? — Eu conduzi esses mortais muito próximo a eles. — Ela deu um soluço. — Ele escolheu o precioso sigilo do seu reino sobre nossas vidas. E eu vou pagar pela minha impetuosidade, pela minha falta de astúcia. Eles fazem de mim um exemplo. Pânico queimava dentro de Lothaire. — Como eu vou encontrá-la? O que eu farei? — Uma vez que os humanos desapareçam, a minha família virá por você. Se não, você vai fazer o que for preciso para sobreviver. Lembre-se de tudo que eu ensinei. — Ela empurrou sua manga sobre seu braço. — Beba, Lothaire. — Agora? — Ele balançou a cabeça em confusão. — Você não pode perder sangue. — Obedeça-me! — Ela mordeu seu pulso. — Incline sua cabeça para trás e abra seus lábios. Involuntariamente ele o fez, e ela levantou o braço sobre o rosto virado para cima, acima de sua boca. O seu sangue era rico, rapidamente afastando o frio. Ela o fez beber até que o fluxo diminuísse para um gotejamento, até que o gelo houvesse se formado sobre a ferida. — Agora ouça-me. Vou levá-los para longe de você, distraí-los. E eles vão me pegar... — Nãããõoo! — Ele gritou. — Lothaire, ouça-me! Quando eles me capturarem, a necessidade de proteger-me se levantará dentro de você. Você deve ignorá-la e permanecer aqui. Ignorar o seu instinto e confiar na razão fria. Como eu não consegui fazer com Stefanovich. Como eu falhei mil vezes. Jure-me isso! — Você quer que eu me esconda? Para não defendê-la contra essas criaturas? — Lágrimas de vergonha brotaram. — Sim, isto é precisamente o que eu quero. Filho, sua mente é a mais brilhante que eu já encontrei. Use-a. Não repita os meus erros! — Apertou-lhe o queixo. — Você tem uma última promessa a me dar. Um voto pelo Lore que você não vai deixar este local até que os mortais se forem. Pelo Lore? Este seria um voto inquebrável! Ele queria negá-lo, recusar-se a isso. Como não poderia defendê-la?

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Ela ergueu seu queixo. — Lothaire, eu lhe... imploro isso. Uma orgulhosa princesa do Daci implorando algo a alguém como eu? Seus lábios se separaram em estado de choque. Palavras caíram dormentes deles. — Eu o prometo pelo Lore. — Muito bom. — Ela pressionou um beijo frio na testa dele. —Eu quero que você nunca, nunca seja trazido a um ponto tão baixo como este novamente. — Sobre seus protestos mais frenéticos, ela começou a enterrá-lo na neve. — Torne-se o rei que você nasceu para ser. — Mãe, por favor! C-Como você pode fazer isso? — Porque você é meu filho. Meu coração. Eu farei o que for preciso para protegê-lo. — Seus olhares se encontraram. — Lothaire, qualquer coisa que fosse digna em mim começou com você. Ele se recusava a acreditar que seria a última vez que ele a veria, se recusou a dizer a sua mãe o quanto ele a amava. Ela sussurrou. — Eu sei, — então o isolou na neve. Aquecido pelo seu sangue, ele se deitou encolhido, tremendo de medo por ela. Seus olhos corriam, não vendo nada. Ela varrera a seus pés, correndo de volta na direção dos mortais? Com o tempo, ele ouviu sua luta à distância, podia sentir as vibrações de uma série de passos. O que deveriam ser dezenas de seres humanos a cercavam. Ele cerrou os punhos, lutando contra seu desejo frenético de salvála. Lothaire ainda estava impotente, vinculado por seu voto que o minava por sua fraqueza. Seus gritos abafados de frustração foram engolidos pelas escaldantes lágrimas quando ouviu o barulho de correntes, os gritos abafados dela. Os sons guturais de homens. Ele havia sido criado em Helvita sob o reinado ímpio de Stefanovich; Lothaire sabia o que os mortais estavam fazendo com ela. Enquanto ele lutava para não vomitar o precioso sangue com o que ela o presenteara, resolveu que se tornaria um dos Caídos, predador de outras criaturas pela força. Ele poderia ficar louco com a sede de sangue, mas ele nunca mais ficaria impotente novamente... No que deve ter sido horas mais tarde, seus gritos se calaram. Mais uma vez, seus olhos corriam. Ele pensou que captou um fio de fumaça, em seguida, o cheiro de carne queimada. Amanhecer. Os gritos dela se renovaram. Conforme ela queimava, ela gritou em Dacian. — Nunca se esqueça de mim, meu príncipe! Faça-me justiça! — Outras palavras se seguiram, mas não conseguiu distingui-las. Em seguida, sons ininteligíveis... gritos de agonia. Ao som de seus gritos, ele soluçava, repetindo seus votos uma e outra vez, adicionando um novo. — Queime o r-rei... de Daci vivo...

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— Minha sanidade me faltará muito antes de minha vontade o fazer. Felizmente, a única coisa mais interessante do que um louco é um incansável. LOTHAIRE KONSTANTIN DACIANO, O INIMIGO DOS ANTIGOS — Eu, uma magnólia de aço? Aço, é o meu rabo! [Rindo, então abruptamente séria.] Tente titânio. ELIZABETH — ELLIE PEIRCE, ESPECIALISTA EM CRIANÇAS, PISICOLOGIA REVERSA E EVASÃO DA APLICAÇÃO DA LEI — A diferença entre você e eu é que as minhas ações não têm consequências para mim. Isso é o que me faz um deus. SAROYA, A CEIFADORA DE ALMAS, DIVINDADE DE SANGUE, PROTETORA DOS VAMPIROS, DEUSA DA DIVINA MORTE

Capítulo 1 Slateville, Virginia Cinco anos atrás — Então você pensou em me exorcizar? — Saroya a Coletora de Almas, perguntou ao homem ferido que ela perseguia pela luz do fogo. — Eu não sei o que é pior. O fato de que você pensou que eu fosse um demônio... Ela girou o cutelo ensanguentado na mão, amando como o homem arregalava os olhos seguindo cada rotação. — ...ou que você acreditasse que poderia me separar da minha hospedeira humana. Nada menos do que a morte poderia remover Saroya. Especialmente um diácono mortal, um entre um grupo de cinco que fizeram todo o caminho até este imundo trailer em Appalachia2 para executar um exorcismo. Conforme ele se revolvia em uma retirada de sua marcha firme para frente, ele tropeçou em uma das lâmpadas quebradas no chão. Ele caiu sobre suas costas, rapidamente soltando seu domínio sobre o coto esguichante que costumava ser seu braço direito. Ela suspirou com prazer. Séculos atrás, quando ela fora uma deusa da morte, teria descido e afundado suas presas na jugular do humano, chupando até que ele fosse senão uma casca e devorado sua alma, agora, ela fora amaldiçoada a possuir um mortal impotente após o outro, experimentando sua própria morte repetidas vezes. Sua última posse? Elizabeth Peirce, uma menina de dezenove anos de idade, tão linda quanto pobre.

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Forma de se referir a cultura regional que se estendem do sul do Estado de Nova York e segue até o Estado da Georgia, não correspondendo a toda região ocupada pelas Montanhas Apalaches.

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Quando o diácono encontrou o cadáver esquartejado de um de seus irmãos, ele deu um grito em pânico, olhando para longe dela. Em um flash, Saroya pulou em cima dele, balançando o cutelo, mergulhando o metal em seu pescoço grosso. Sangue pulverizou em volta enquanto ela puxava a lâmina, liberando-a para um outro golpe. Depois outro. Em seguida, um último. Ela puxou as costas de seu braço sobre o rosto respingado enquanto seu comportamento se tornava contemplativo. Mortais acreditavam-se tão especiais e elevados, mas decapitar a qualquer um soava exatamente como um peixeiro decapitando um gordo pescado. Terminando com o último dos cinco diáconos, Saroya virou-se para o único sobrevivente restante no trailer: Ruth, a mãe de Elizabeth. Ela estava amontoada em um canto, murmurando orações conforme brandia um atiçador de fogo. — Eu derrotei o espírito da sua filha, mulher. Ela nunca vai voltar, — Saroya mentiu, sabendo que Elizabeth em breve encontraria uma maneira de subir à tona da inconsciência, recuperando o controle de seu corpo. De todos os mortais que Saroya possuíra, Elizabeth era a mais bonita, mais jovem e mais forte. Saroya tinha crescentes dificuldades para assumir o controle, a menos que a menina estivesse dormindo ou enfraquecida de alguma forma. A primeira. Saroya deu um suspiro. Elizabeth deveria considerar uma honra ser a forma à essência de Saroya, a carne e o sangue do templo da habitação de seu piedoso espírito vampírico. Saroya olhou para baixo em seu corpo roubado. Em vez disso, ela precisava lutar pela posse de Elizabeth, que ainda estava lutando contra ela. Não importava. Depois de séculos de ser embaralhadas a homens idosos ou mulheres com cara de cavalo, ela encontrou seu encaixe ideal em Elizabeth. No final, Saroya iria derrotá-la. Ela possuía a sabedoria dos tempos passados e presentes, dons sagrados e um aliado. Lothaire o Inimigo dos Antigos. Ele era um vampiro notoriamente mal, com milênios de idade, e filho de um rei. Um ano atrás, seu oráculo o havia direcionado a ela. Embora Saroya e Lothaire tivessem passado apenas uma noite juntos na floresta próxima, ele comprometeu-se a salvá-la de sua existência miserável. Ele poderia não ter a habilidade de retornar Saroya a sua condição de deusa. Mas de alguma maneira ele iria extinguir a alma de Elizabeth de seu corpo, então, transformar Saroya em uma vampira imortal. Contornando a maldição. Saroya sabia que Lothaire estava em uma incessante caçada por respostas. Porque eu sou a Noiva dele. Ela olhou para além da mãe de Elizabeth por uma pequena janela, encontrando a estéril paisagem invernal. Ela tinha esperança de que um massacre como esse poderia ter trazido Lothaire para ela? Quanto tempo mais devo esperar por ele, neste deserto esquecido por Deus? Sem palavra? Ele falou sobre a legião de adversários lá fora para destruí-lo, de vinganças antigas: — Se um vampiro pode ser medido pelo calibre de seus inimigos, deusa, então considere-me terrível. Se for pelo número? Então eu não tenho nenhum igual.

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Talvez seus inimigos tenham prevalecido? Ela não ficaria mais aqui. A família Peirce começara a encadear Elizabeth sobre a cama à noite, impedindo Saroya de matar, a única coisa para o que ela vivia. Lembrando-se de seu tratamento, ela se virou para a mãe. — Sim, a sua filha é minha para sempre. E depois que eu matar você, eu vou estripar o seu filhinho, então varrerei sua família como a uma doença da terra. — Ela levantou o cutelo acima dela, deu um passo adiante. De repente, manchas negras pontilharam sua visão. Tonturas? Não, não! Elizabeth estava subindo para a consciência com toda a sutileza de um trem de carga. A cada vez, ela emergia como uma mulher se afogando presa debaixo d'água, esmagando Saroya. A putinha pode recuperar o controle do seu corpo, mas, como de costume, ela acordaria em meio a um fresco pesadelo. — Divirta-se, Elizabeth... Suas pernas se dobraram, de costas encontrando o tapete. Negritude.

Batida do coração batida do coração batida do coração batida do coração Ellie Peirce acordou com uma bateria louca em seus ouvidos. Ela estava deitada no chão do trailer de sua família, os olhos apertados, o seu corpo revestido com algo quente e pegajoso. Nenhuma palavra era dita ao seu redor. Os únicos sons na sala eram os do fogo crepitando, suas respirações rasas, e os cães uivando lá fora. Ela não tinha nenhuma lembrança de como chegou a ficar assim, não tinha ideia de quanto tempo ela esteve desmaiada. — Mamãe, funcionou? — Ela sussurrou enquanto espiava em volta abrindo os olhos. Talvez os diáconos tivessem sido bem-sucedidos? Por favor, Deus, deixe-o exorcismo ter funcionado... minha última esperança. Seus olhos se ajustando a penumbra, a sala iluminada pela luz do fogo, ela levantou a cabeça para examinar seu corpo. Seu jeans desgastado, camiseta, e botas de segunda mão estavam encharcados. Com sangue. Ela engoliu em seco. Não o meu próprio. Oh, Deus. Seus dedos estavam enrolados em torno do punho de um cutelo gotejando sangue. Eu disse a eles para não me desencadearem até que meu tio e primos chegassem aqui! Mas o reverendo Slocumb e seus colegas de sua igreja, do ministério da emergência, presunçosamente acharam que poderiam lidar com ela. Movimentos atraíram seu olhar para cima. Um atiçador de fogo? Cerrado nas mãos de sua mãe. — Espere! — Ellie atirou-se para o lado dela, assim que o atiçador atingiu batendo no chão onde estivera sua cabeça. Sangue espirrando no tapete como se tivesse pisado em uma poça. — Você, coisa imunda, vá embora! — Mama gritava, erguendo o ferro novamente. — Você tem a minha garota, mas você não vai ter o meu menino!

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— Espere! — Ellie cambaleava a seus pés, deixando cair o cutelo. —Sou eu! — Ela ergueu as mãos, as palmas para fora. Mama não abaixava o atiçador. Seus longos cabelos ruivos estavam solto, emaranhadas em todo o rosto sem rugas. Ela usou um ombro para empurrar as mechas de seus olhos. — Isso foi o que você disse antes de começar a rosnar naquela estranha e demoníaca linguagem e debochar sobre isso! — Sua máscara corria pelo seu rosto, seu batom pêssego manchado através do queixo. — Antes que você matasse todos os diáconos! — Matei? — Ellie virou-se, aturdida pela visão macabra. Cinco corpos desmembrados estavam espalhados pela sala de estar. Estes homens foram atraídos por todo o caminho até aqui através de cartas suplicantes de sua mãe e pela evidência da possessão de Ellie: gravações dela falando línguas mortas que ela não tinha maneira de conhecer e fotografias de mensagens escritas a sangue que ela não tinha nenhuma lembrança de ter escrito. Aparentemente, Ellie já havia escrito em sumério, Renda-se a mim. Agora a cabeça de Slocumb jazia separada de seus outros restos mortais. Seus olhos estavam vidrados na morte, a língua pendendo entre os lábios entreabertos. Um braço estava ausente de seu cadáver. Ela mal percebeu que deveria ser aquele solitário sob a mesa de jantar. O largado ao lado do escalpo de um couro cabeludo e uma pilha de dedos cortados. Ellie cobriu a boca, lutando para não vomitar. Os cinco prometeram exorcizar o demônio. Em vez disso, foram massacrado, todos eles. — I-isso foi feito por... mim? — Como se você não soubesse, demônio! — Mama sacudiu o atiçador para Ellie. — Jogue os seus joguinhos com outra pessoa. Ellie coçou o peito, sua pele parecendo ter algo abaixo rastejando para sair do ser interior. Odeio muito isso, odeio, odeio, ODEIO ISSO. Embora ela nunca conhecesse os pensamentos dessa coisa, agora ela quase podia sentir seu regozijo. Sirenes soaram à distância, sobrepujando-se aos cães latindo ainda mais alto. — Oh, Deus, mamãe, você não chamou aquele xerife que não serve para nada? — Ellie e sua família eram povos da montanha em tudo e por tudo. Qualquer homem da lei era suspeito. Diante disso, sua mãe deixou cair o atiçador. — Você realmente é Ellie. O demônio me disse que não a deixaria voltar desta vez! Me disse que você nunca voltaria para nós. Não admira Mama tê-la atacado. — Sou eu, — Ellie disse por cima do ombro enquanto se apressava para a janela, suas botas chapinhando sobre o tapete. Ela puxou as cortinas manchadas de cigarro para olhar para fora dentro da noite. Pela encosta da montanha nevada, as luzes azuis do xerife apareciam, o carro dele serpenteando pela estrada sinuosa. Outra caminhonete acelerara por trás da dele. — Eu tinha que chamá-los, Ellie! Tinha que deter o demônio. E, em seguida, o atendente do nove-um-um ouviu os diáconos gritando...

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O que deveria fazer... o que posso fazer? Dezenove anos era muito jovem para ir para a cadeia! Ellie preferiria morrer, já inclusive considerara o suicídio se o exorcismo não funcionasse. Porque estes cinco ministros não foram as primeiras vítimas do demônio. Houvera pelo menos outros dois homens desde que a criatura possuíra o corpo de Ellie um ano atrás. Logo no início, ela acordou para encontrar um homem de meia-idade em sua cama, o resfriamento da pele dele contra a dela, sua garganta cortada aberta como um sorriso. Nada sobre o que a extensa família Peirce parecesse saber o que pensar. Teria um clã rival plantado o corpo? Por que incriminar Ellie? Por que deveria haver sangue em suas mãos? Seus primos de boca fechada enterraram o homem atrás do celeiro, dizendo a si mesmos que ele deveria ter previsto que isso poderia acontecer. A família não começara a suspeitar que ela estivesse possuída, até muito recentemente, quando o demônio colocou um mutilado representante da empresa de carvão entre os antigos bichinhos de pelúcia de Ellie, então blasfemado contra os parentes dela, de maneiras que uma garota como Ellie nunca poderia imaginar. Depois disso, sua mãe e tio Ephraim começaram a encadea-la à noite, como se Ellie fosse um dos cães lá fora. Embora odiasse as correntes e poderia facilmente ter escolhido correias, ela as suportou. Mas fora tarde demais para alguns. Caminhantes haviam encontrado um altar macabro na floresta, com ossos humanos espalhados pelo local. Mama sussurrara para Ephraim. — Você acredita que foi Ellie? Eu não! A maldita coisa dentro dela estava ganhando, assumindo o controle com mais frequência e mais facilmente. Apenas uma questão de tempo até que eu seja completamente absorvida. Conforme as luzes azuis chegavam mais perto, olhando, mesmo à brilhante luz da lua, Ellie teve um louco impulso de limpar-se, pular sobre o xerife para atormentá-lo por um mandado, então talvez, uma chamada desesperada. Afinal, ela não cometera esses assassinatos. Ou talvez ela devesse fugir! Mas ela sabia que a lei iria colocar os cães em seu encalço, ela nunca duraria até o próximo grito, não no inverno. E aquilo não resolveria o problema do demônio dentro dela. Ela ouviu um baque atrás dela e virou-se. Sua mãe, geralmente tão resistente, caíra de joelhos, com o rosto amassado. — Aquilo me disse que ia entrar em mim, em seguida, iria atrás do resto da família, iria atrás do bebê Josh. Joshua, o adorado irmão de Ellie. Ela o imaginava engatinhando em seu pijama de pezinho, as bochechas rechonchudas ficando rosadas conforme ele sorria. Uma tia estava de babá para ele em um trailer logo abaixo da montanha. Com a ideia de qualquer dano chegando até ele, as lágrimas de Ellie caíram marcando suas bochechas. — O, o que devo fazer?

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As próprias lágrimas da Mama se derramado. — Se o reverendo, Deus permita que sua alma descanse, e seu ministério não puderam tirar esse diabo para fora de você... ninguém poderá, Ellie. Talvez você devesse deixar o xerife levá-la. — Você quer que eu vá para a cadeia? — Nós fizemos tudo que podemos. — Mama levantou-se, aproximando-se cautelosamente. — Talvez as pessoas da prisão ou mesmo psiquiatras, possam impedi-la de matar novamente. Prisão? Ou morte? Ellie engoliu em seco, sabendo que uma vez decidisse como iria lidar com isso, nada mais poderia influencia-la. Se sua mãe era teimosa, Ellie o era triplamente, irredutível como as montanhas ao redor delas. Sirenes ecoaram conforme os cruzadores rodavam pelo longo caminho de subida, aí derraparam até parar em frente ao trailer. Ellie fungou com as lágrimas. — Eu vou fazer algo melhor do que ir para a prisão. — Eu poderia levar o demônio comigo. Se saísse correndo pela porta da frente com o sangue sobre ela e uma arma na mão... Mama balançou a cabeça com firmeza. — Elizabeth Ann Peirce, nem sequer pense nisso! — Se essa coisa, — Ellie cortou as unhas sobre o peito, — acha que vai machucar minha família, então ela não me conhece muito bem. — Apesar de sua própria arma e munição terem sido tiradas dela, a Remington de seu pai permanecia em seu armário. O xerife não saberia que estava vazia. — Você não fará isso, Ellie! Pode haver esperança, algum tipo de tratamento ultramoderno. — Você quer que eu desista de perambular por estas montanhas para ser trancada em uma cela minúscula? — Ela não lembraria a sua mãe que provavelmente receberia a pena de morte de qualquer maneira. Trucidar cinco diáconos em Appalachia? Ellie estava acabada. — Eu não vou deixar você fazer isso. — Mama projetava o queixo. —Nós duas suspeitamos que chegaria a isto. — O demônio esta apenas me matando lentamente. — Minha mente esta preparada. Diante desta verdade, Mama empalideceu ainda mais, sabendo que era tão bom quanto certo. — E apenas pense, se eu matar esse demônio, eu vou para o céu. Estarei com papai, — Ellie disse, esperando que fosse onde ela iria terminar. Ela estendeu os braços, e sua mãe se afundou contra ela, soluçando. — Agora, pare de agir como se você não soubesse que isso tem que acontecer, como você não tivesse sabido disso há meses. — Ah, Deus, querida, eu apenas... — Mais soluços. — V-você quer dizer uma oração? Ellie ficou na ponta dos pés e pressionou um beijo na testa lisa de sua mãe. — Não há tempo. E se ela voltar? — E já que os policiais estavam em torno do trailer, as botas chapinhando na neve, enquanto o pomposo xerife exigia que a Sra. Peirce abrisse a porta para eles neste minuto. Ele sabia melhor do que perturbar uma casa na montanha.

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Com uma expiração equilibrada, Ellie se voltou para a sala de sua mãe, obrigando-se a olhar para os corpos. Estes homens tinham famílias. Quantas crianças ficaram órfãs por causa desta demônio? Porque eu tenho obstinadamente me agarrado à esperança? Ellie passou para seu próprio quarto, estremecendo com a visão das correntes nas extremidades da cama, enroladas como cascavéis. Então, ela olhou amargamente para sua flâmula da universidade de Middle State pregada à parede do seu quarto de vinil justo antes de tudo isso ter começado. Como ela estava animada com a faculdade! Arcar com as mensalidades e dormitório, ela trabalhou com seu tio na loja de suprimentos a cada dia depois da escola e como guia durante todas as férias durante anos. Ellie frequentara as aulas apenas o suficiente para compreender, com admiração, Puta merda, eu posso... Eu posso realmente fazer isso! Cursos vieram surpreendentemente fáceis para ela. Então ela começou a perder tempo, acordar em lugares estranhos. Eles a mandaram de volta para casa antes de o semestre acabar. Ela teria sido a primeira da família a obter um diploma universitário. Quando chegou ao quarto dos fundos, ela viu seu reflexo na porta do armário espelhado. Sangue a cobria e seus longos cabelos castanhos estava molhado com ele. Seus olhos eram de um implacável cinza e duro como as Montanhas Peirce. Sua camiseta encharcada dizia: FORNECEDOR EPHRAIM: rafting, pesca suprimentos, caça e guias. O que o Tio Eph teria a dizer sobre isso? Ela imaginou seu rosto desgastado de expressão séria, assim como seu falecido pai. Você vai adiante agora e cuide dos seus assuntos, Ellie. Não é ninguém que vai fazer isso por você. Ela deslizou a porta do armário abrindo-a, alcançando o antigo equipamento de trabalho de seu falecido pai. Um capacete de mineração, ferramentas de serralheiro, um cinto de utilidades. Antes que ele tivesse morrido na mina, seu adorado pai nunca tivera menos de três empregos ao mesmo tempo. Com um nó na garganta, ela recolheu a arma preferida dele: a Remington cano duplo, calibre doze. Estava vazia, nenhum cartucho foi encontrado; tio Eph há muito vasculhara a casa e recolhido todas as munições, apenas no caso do demônio ter alguma ideia com a espingarda. O peso familiar da arma era tranquilizador. Logo tudo isso seria passado para sempre. Com esse pensamento, ela sentiu uma estranha sensação de alívio. Quando ela voltou para a sala, mamãe correu para a frente. — Por favor, bebê, você não pode apenas tentar a prisão? Estou condenada de qualquer maneira. Uma injeção mais tarde, ou uma bala agora. Ellie morreria nos seus termos, sangrando na neve, no topo de sua amada montanha. — Não, a cadeia está fora de questão. Agora você precisa pensar em Josh. Pense na família. — Ellie forçou um sorriso. — Eu te amo, mamãe. Diga a Josh o quanto eu o amava também. Você sabe que eu estarei olhando para baixo, olhando por todos.

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Conforme sua mãe começou a berrar, murmurando palavras desordenadas, Ellie dirigiu-se para a sala dos fundos. — Você vai lá para os fundos e fique lá! Você me escutou? Não saia até que eles a tirem, não importa o que aconteça. Prometa-me! — Por fim, Mama acenou com a cabeça. Ellie lhe deu um empurrão, e ela arrastou-se alguns metros de distância, suavemente fechando a porta do quarto atrás dela. Antes que Ellie perdesse seus nervos, ela se virou para a porta da frente, a Remington na mão. Ela começou a alcançar seu casaco mais grosso, em seguida, fez um punho com as mãos. Idiota. Você não vai sentir frio muito em breve. Na contagem até três. Ellie respirou fundo várias vezes, seus pensamentos vertiginosos. Estou apenas com dezenove anos. Muito jovem. Um. Eu não tenho escolha. Logo, nada mais restará de mim. Dois. Imagine acordar para ver Mama e Josh, mortos, os olhos vítreos e cegos. Nunca! Com um grito agudo, ela abriu a porta, levantando a arma. — Atirador! — Gritou o xerife. Balas voaram. Ela não sentiu nenhuma delas, um homem imponente apareceu do nada, parando de pé entre ela e os oficiais. Com um rugido furioso, ele empurrou-a para o chão, batendo a arma de suas mãos conforme ele tomava as balas em suas costas. Ela olhava com descrença. As íris dos olhos dele eram... vermelhas. Pelo menos cinco tiros o atingiram, mas seu olhar monstruoso nunca vacilou de seus olhos. — Suspendam o fogo! — De onde ele veio? — O que diabos está acontecendo? A pele do homem era perfeita como o mármore, rígida contra a camisa preta e o casaco que ele usava. Seu cabelo era loiro pálido, suas feições esculpidas. E aqueles olhos... de outro mundo. — Outro demônio! — Ela cegamente fincava suas mãos através da neve, automaticamente buscando chegar à espingarda, mas ele pisou em seu pulso. Quando ela deu um grito de dor, ele pressionou com mais força, com os lábios se retraindo para revelar... presas. — Você ousa por em risco a minha fêmea? — Sua voz era profunda e acentuada, o seu tom cheio de escárnio. Ao ouvir suas palavras, os cães que latiam imediatamente ficaram em silêncio. — D-do que você está falando? — Essa é sua tentativa de partir em meio a chamas de glória, Elizabeth? E tudo por causa de uns poucos assassinatos? — Ele deu-lhe um olhar de desgosto, como se dissesse: Amadureça. O xerife ordenou. — Coloque suas mãos onde eu possa vê-las!

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Em vez disso, o demônio de cabelos claros abaixou-se ao lado dela, agarrando sua nuca para aproximá-la. Com a outra mão, ele jogou sua arma fora. Quando outra bala o atingiu nas costas, ele assobiou por cima do ombro, desnudando as presas. — Um momento, — ele retrucou. Ellie furtivamente deu um olhar para os policiais, eles pareciam muito confuso para reagir. E atrás deles, Ephraim e alguns de seus primos vieram correndo montanha acima, rifles nas mãos. Eles desaceleraram em estado de choque ao ver o demônio. O macho zombou. — Mortais, — então se voltou para ela. — Ouça com muita atenção, Elizabeth. Eu sou Lothaire o Inimigo dos Antigos, e você pertence a mim. Depois de considerar as minhas opções, eu decidi que permitirei que você vá para a cadeia esta tarde. — V-você pegou a garota errada! Eu não conheço você... Falando com se ela não estivesse ali, ele disse: — Na sua prisão humana, você vai estar escondida da minha espécie, o que significa que você estará relativamente segura, enquanto eu continuo a minha busca. Eu voltarei para você em dois anos. Mais ou menos. — Ele deu-lhe um severo sacolejo. — Mas se você tentar prejudicar a si mesma e, portanto, a minha fêmea de novo, vou puni-la além do que você imagina. Você me entendeu? — Sua fêmea? Eu não sou sua! — Eu não terei você. — Ele estreitou os olhos vermelhos. — O glorioso ser que vive dentro de você, no entanto... — Eu não entendo! O que está dentro de mim? Ele estendeu a mão livre em direção a seu rosto, suas garras negras brilhando ao luar. Ignorando a pergunta dela, ele murmurou com voz rouca. — Eu vou tê-la, minha rainha, para sempre. Quando ele tirou uma mecha de cabelo do rosto dela, ela se encolheu. — Tire suas mãos de mim, demônio! Ele olhou para ela, mesmo enquanto se dirigia ao outro naquela voz profunda e hipnótica: — Saroya, se você pode me ouvir, durma até que eu volte para você. Quando todos os meus projetos e todas as minhas batalhas estiverem consumadas. Saroya? Isto tem um nome? Com uma velocidade desumana, ele se levantou, pairando acima de Ellie. Mais palavras em outro idioma se seguiram, então, ele desapareceu no ar. Os abalados policiais se fecharam sobre Ellie, seus queixos caídos. O suor escorria de suas frontes, mesmo quando suas respirações se esfumaçavam. Um deles a algemou em silêncio, enquanto os outros apontavam suas pistolas em todas as direções, até mesmo para cima. Ephraim e seus primos pareciam chocados, pois eles nada puderam fazer para salvá-la, a não ser que quisessem matar quatro policiais a sangue frio. Sua mente atordoada finalmente registrou que ela seria capturada viva.

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O demônio de olhos vermelhos havia impedido sua morte. Ellie ardia para matá-lo por isso.

Capítulo 2 Centro Correcional para Mulheres Ridgevale, Virginia Dias de Hoje — Acaso a condenada quer usar seu direito a suas últimas palavras? — Entoou o diretor. — Não! — Ellie se contorcia contra suas amarras na maca, puxando e esticando os eletrodos que pontilhavam seu tórax. Com cada um dos seus frenéticos batimentos cardíacos, o monitor de eletrocardiograma ao lado enlouquecia. Os condutos de intravenosas que saiam de cada braço balançavam para frente e para trás. — Não, eu estou pronta! Ela poderia ter sentido medo quando soube que estava prestes a morrer, mas a urgência suprimiu todas as outras emoções. Ela já vira a morte ser arrebatada de suas mãos uma vez antes. E a demônio estava se mexendo dentro dela. Temendo que Saroya pudesse se levantar e atacar a todos ao seu redor, Ellie não aceitara nenhuma última refeição, não havia aceitado se encontrar com nenhum familiar ou capelão. Ela inventariara seus pertences mundanos, seu hidratante labial, livros universitários, quatro dólares em trocados, e seus diários, com rápida eficiência. Ellie fizera às pazes com o seu destino há muito tempo, tinha um tranquilo anseio pela morte desde a noite de sua prisão. Ela escrevera desculpas às famílias das vítimas, resguardandoas para serem entregues depois que tivesse partido. — Por favor, depressa, senhor, — ela implorou ao idoso diretor. Diante disso, um zumbido de murmúrios eclodiu na sala ao lado. As testemunhas por trás da janela vidro fumê não sabiam o que fazer com seu comportamento, não sabiam como se comportar ante uma assassina tão incomum. Ela era jovem, não apresentara nenhum recurso contra a sentença, e por todas as contas nunca apresentara nenhum comportamento crescentemente violento. De fato houvera desentendimentos com a lei. Alguns menores, ser pega em estacionamentos com os meninos. Alguns não tão pequenos como caçadas em terras do Estado e se recusar a testemunhar contra os membros da família ou cooperar com a aplicação da lei. Mas nunca derramara uma gota de sangue humano por sua própria mão até aquela matança de um ano atrás. Saroya estivera mais ocupada do que Ellie sonhara. — Estou pronta. O diretor franziu a testa, e os dois guardas prisionais que o flanqueavam se mexeram desconfortavelmente. Contra todos os seus melhores esforços e os de Saroya, eles acabaram gostando de Ellie, admirando sua silenciosa determinação de educar-se, de conseguir um diploma, embora ela não tivesse futuro.

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Ellie sempre teve um bom senso de humanidade, e ela acabou se afeiçoando aqueles três a sua volta. — Obrigado por tudo. — Então que Deus esteja com você, Ellie Peirce. — O diretor voltou-se para a sala de controle adjacente. Enquanto os guardas o seguiam para fora, ele pousou brevemente a mão enluvada no ombro dela. O outro lhe deu um aceno rápido, mas ela poderia dizer que ele seria afetado por sua partida. A porta se fechou atrás deles, um clique final ensurdecedor. Estou sozinha agora. Ela ficou olhando para eles, com a compreensão de que ninguém saia vivo desta sala. Sozinha. Tão assustada. Eu não queria ter que morrer... Ela olhou para seus braços, amarrado ao suporte acolchoado. Os pulsos estavam presos, as palmas das mãos para cima. As duas linhas de intravenosas tinham mais de três metros de comprimento, correndo do interior de seus braços até um par de vigias na parede atrás dela, continuando na sala de controle. Meia hora atrás, um médico, sem nome e sem rosto começara a injeta-la com uma solução salina lá de trás. Ao meio-dia, ele iria adicionar um trio de produtos químicos, e momentos depois, o pesadelo teria acabado para sempre. Tenho que acabar com isto. Quase lá. Engraçado o que se pode pensar à beira da morte. Quantas pessoas sabiam que estava a um minuto da sua passagem? Ela duvidava que alguém já comparecera a sua própria execução, com uma movimentação tão febril a estimulando, com um objetivo e uma vontade de ferro dobrada para alcançá-lo. Longe de silenciar sua determinação, a prisão apenas a aperfeiçoara, como a adição de camada após camada de revestimento para escorar um cavalete de trem de montanha. Estou prestes a vencer. Prestes a derrotá-la. Saroya havia ascendido apenas duas vezes nos últimos cinco anos, ambas as vezes nos primeiros meses. Ambas os apagões de Ellie resultaram na desfiguração permanente de duas colegas de cela. Tudo feito com as mãos nuas. Há muito tempo adormecida, a demônio agora se agitava. Sentindo a sua própria destruição? É isso mesmo, você está indo para a lona, cadela. Apenas duas coisas poderiam salvar sua vida neste momento. Uma chamada inesperada do governador. Ou o poderoso companheiro de olhos vermelhos de Saroya. Não passava um dia sem que Ellie não pensasse no demônio chamado Lothaire, o Inimigo dos Antigos. Ela vira o homem aparecer do nada e depois desaparecer, vira as balas meramente o irritarem. Membros de sua família, o xerife, e os ajudantes testemunharam essas coisas com ela, não importava quantas vezes aquele xerife-prestes-a-ser-reeleito dissesse a ela que não acontecera Ela esticou a cabeça para trás para olhar para o relógio na parede atrás dela.

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Três minutos até o meio dia. Cento e oitenta segundos, até que a morte escorregasse por aqueles tubos. Embora confiante, Ellie não estava sem arrependimentos. Ela desejava ter podido usar sua formação em psicologia duramente conseguida, ter uma carreira, fazer amizade com mulheres que não fossem assassinas. Ela lamentou não ter sua própria família. Talvez ela não devesse ter sido tão cuidadosa para não acabar uma mãe adolescente igual a sua mãe e avó. Pelo inferno, talvez Ellie devesse ter dado para um daqueles meninos ansiosos, com os quais ela fora para o estacionamento. Ela provavelmente deveria ter sido menos rígida e inflexível de um modo geral. Inflexível. Mas essa era a Peirce nela; Ellie iria manter-se em seu caminho até o final. Melhor saírem da frente. Outro olhar para o relógio. Dois minutos até que... As luzes piscaram, e aumentaram a sua intensidade. Outro pico de energia, um momento depois as testemunhas estavam resmungando nervosamente. Com a terceira ocorrência, Ellie congelou de medo, mesmo quando o ECG3 foi à loucura. Nada poderia parar isto! Sua frequência cardíaca aumentando 150, 170, 190... Escuridão. O ECG ficou em branco depois de um último pico irregular. Sem janelas no corredor da morte. Escuridão de breu. As testemunhas estavam batendo na porta, clamando por uma evacuação de emergência. — O que está acontecendo? — Ellie gritou. Por alguma razão, nenhum gerador começou a funcionar, sem luzes de emergência para lançar o menor brilho. Deitada no escuro, amarrada a uma maca. Ao longe, um grito ecoou. Prestes a hiperventilar, ela se contorceu contra suas restrições, amaldiçoando suas amarras. — O que está acontecendo aí fora? Um grito agonizante soou, mas ela se recusou a validar as ideias que vieram à tona. Rajadas dissonantes de tiros alimentaram seus medos. Um homem gritou. — Eu não posso vê-lo! Onde diabos ele foi... — em seguida, veio um grito de gelar o sangue. Outro homem implorava, — Por favor! Nãããooo! Ah, Deus, eu tenho uma fami... — Sons gorgolejantes se seguiram. A compreensão a alcançou. Ele havia chegado. Lothaire, o Inimigo dos Antigos retornara por ela. Assim como ele havia prometido...

Capítulo 3

3

Eletrocardiograma, monitora a frequência cardíaca.

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— Esta pequena súka4, — zombou Lothaire com o pescoço de um guarda preso em seu punho. Elizabeth estava prestes a ser executada, voluntariamente, por um número insignificante de assassinatos. Dentro de poucos instantes. O parceiro do guarda disparava loucamente no escuro; balas acertavam a pele de Lothaire, mas ele dificilmente perceberia. Ele se alimentara ontem e estava forte por isto. Pelo menos, seu corpo estava. Sua mente, no entanto... Com um grito, ele pulou para frente para rasgar suas garras através da garganta do atirador. Quando o sangue respingou em seu rosto, as afiadas presas de Lothaire se estenderam pela carne, seus pensamentos ficando nublados. Loucura. Lambendo meus calcanhares. Mesmo agora, com tanta coisa em jogo. Muitas vítimas, muitas lembranças. Para sempre cobrando. Não, foco no Fim do Jogo! Chegue até ela, salve a sua fêmea. Seus inimigos o impediram de alcançá-la mais cedo. Se eu tivesse chegado muito tarde... Ele se lançou a frente através de corredores sem luz, facilmente enxergando no escuro, mas o lugar era um labirinto de corredores e quartos minúsculos. Maldição! Ele não podia farejá-la sobre o odor de amônia. Outro corredor ficou a sua vista, as câmaras mais classificadas: quartos de visitas familiares, quartos de visitação, as celas. Nenhum tempo restante. Ele alertou Elizabeth para não ferir sua fêmea. No entanto, ela optou por se deixar condenar, orientando seu defensor público a arquivar o processo sem fazer quaisquer recursos, para não tentar obstruir os fundamentos da acusação. Depois de viver milhares de anos, muito raramente Lothaire se surpreendia; as ações dela, no entanto, o surpreenderam como o inferno. Correr sob uma saraivada de balas era uma coisa, ficar incansavelmente tramando um suicídio ao longo dos anos era outra completamente diferente. Ele não conseguia decidir se ela era um caso fatal de defeito por teimosia ou se enlouquecera. Em qualquer dos casos, ela estava provando ser um espinho no seu flanco, o que lhe custava de incontáveis maneiras. Lothaire era conhecido em todo o Lore por cobrar dívidas de sangue de imortais em apuros, a negociação com eles era literalmente fazer um acordo com o diabo. Embora ele estivesse orgulhoso de sua contabilidade transbordando de entradas, acumulando-as, ele já queimara duas por Elizabeth. Ele forçou um oráculo em dívida a manter uma vigília sobre seu período na prisão. E poucos minutos antes, um telecinesista endividado o acompanhara até aqui para cortar toda a energia da instalação, incluindo os geradores de emergência, não deixando qualquer luz, e nenhuma câmera de vigilância. Apenas confusão. 4

Cadela, em eslovaco no original.

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E esta era toda a extensão do plano de Lothaire para hoje: cortes de energia por telecinesia enquanto o vampiro massacrava a todos no caminho até sua mulher. Ridiculamente simples para um estrategista nato. Como se a sacrificar-se para o plano maior, dois guardas o interceptaram no corredor, as lanternas brilhando em seus olhos vermelhos. Durante o seu silêncio atordoado, Lothaire teve tempo para antecipar suas reações. O maior a direita iria atirar primeiro, três disparos antes que ele percebesse que eu arranquei sua espinha. O da esquerda, gaguejaria uma resposta à minha pergunta, mas ele saberia que iria morrer logo depois. — Mãos onde podemos vê-las! Lothaire atacou. Primeiro tiro, segundo tiro, terceiro... Um grito torturado. O corpo do maior, já sem a espinha se amontoou no chão. Com uma mão, Lothaire jogou fora o saco de ossos. Com a outra, ele levantou o guarda restante pela garganta. — Qual o caminho para a câmara de execução? Lothaire afrouxou seu agarre apenas o suficiente para que o homem pudesse gritar. — D-direita, então... em seguida, segunda a esquerda. Todo o caminho até o fim. Mas p-por favor... Estalo. Pelo momento em que o corpo do guarda entrou em colapso, Lothaire já estava na segunda à esquerda. Ele tentava acessar a mente de Elizabeth, garantir-se de que ela estaria relativamente segura. Afinal, ele não se importava com sua mente, apenas com o seu corpo, o templo que abrigava sua Noiva. Minha companheira. A fêmea destinada somente para ele. E que gloriosa fêmea sanguinária ela seria... Teria Saroya pressentido essa execução? Estaria ela desesperadamente lutando para subir, para se proteger? Suas garras negras cavaram nas palmas das mãos até o sangue fluir. Foco. Foco! Conforme ele mergulhava mais profundamente no edifício, Lothaire lutava contra a lembrança dos seus pensamentos distantes de sua própria prisão recente. A razão pela qual estou atrasado para a execução de minha Noiva. Semanas atrás, quando soubera desta data, ele estivera à beira de resgatar Saroya. Em seguida, ele mesmo fora capturado pela Ordem, um exército mortal. Ele escapou deles... mas ainda em tempo? Feixes de mais lanternas brilhavam logo à frente. Três guardas da tropa de choque escoltavam para fora um punhado de civis. — Tem alguém aí? — Um guarda exigiu. Lothaire imaginou-se deixando um rastro de sangue e gritos pelo meio do grupo. Não, foco! Embora prazeroso, seria egoísta.

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Para economizar tempo, Lothaire riscou através deles, desaparecendo e reaparecendo em um instante. Quando chegou a sala de exibição, ele se teletransportado para dentro. Dois homens jovens acabavam de romper a porta da câmara de execução adjacente para protegê-la, atrapalhados entre as lanternas e os fuzis de assalto. Então, pela primeira vez em cinco anos, o olhar de Lothaire caiu sobre Elizabeth. A última vez que ele a viu, ela estava deitada na neve, aqueles incomuns olhos cinzentos olhando para ele com um medo delicioso. Agora ela estava deitada e constringida, vestida com um sujo uniforme cor de laranja. Seu longo cabelo cor de café foi severamente puxado para trás sobre seu rosto. Mais uma vez, ela estava apavorada, com os olhos forçando cegamente no escuro, mas ele não sentia nenhuma simpatia, só ódio. Isso tudo foi ela quem provocou! Com a bênção de Elizabeth, as agulhas foram afundadas em ambos os lados de dentro de seus braços. Um líquido transparente já descia por cada tubo. Seu coração parecia que estava prestes a explodir. Tarde demais? Com um rugido, ele riscou para dentro, golpeando os dois machos para longe, lançando-os de cabeça em paredes opostas. — Quem está aí? — Elizabeth gritou quando ele pôs as mãos tremendo em seus braços delicados para arrancar as agulhas fora de suas veias. — O que está acontecendo? Não posso ver! Ele se inclinou para o cheiro do líquido, quase afundando sobre os joelhos com alívio. Uma solução salina. Nenhum odor químico, apenas água salgada. Para ter certeza, ele cortou a linha com uma garra e pingou o líquido em sua língua. Segura. Mas se ele tivesse estado segundos atrasado... Conforme ele a libertava, arrancando os eletrodos que cobriam Elizabeth, ele rosnou. — Você tem sido uma mortalzinha má. Um suspiro contido. Então ela gritou: — Pare com isso, seu bastardo! Você me deixe em paz! Uma vez ele cortou suas amarras, ele apertou a mão ao redor do pulso dela e puxou-a sobre seus pés. Antes de Lothaire riscar de volta para a segurança de sua casa, ele prometeu a ela. — Agora, Elizabeth, você vai pagar.

Quando o chão de repente reapareceu embaixo dela, Ellie arrojou-se para frente. Ela sabia que o monstro a tinha segura, seria capaz de reconhecer a voz de Lothaire em qualquer lugar. Aquele timbre profundo e acentuado assombrara seus sonhos. Conforme a náusea corria para cima dela, percebeu que não estava mais na prisão. De alguma forma, ele a transportou para dentro de uma extravagante sala de estar, em algum tipo de mansão. Assim que ela recuperou o equilíbrio, sentiu seu corpo ser levantado do chão. — Ah! Pare, pare—

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— Eu avisei, mortal! — Berrou o demônio enquanto ele a arremessava para longe dele. Com um grito sufocado, ela pousou de lado em um sofá no outro lado da sala. Levante-se! Tonturas... Mantenha-o à vista, Ellie! Depois de uma sacudida para limpar sua cabeça, ela ficou sobre seus pés. O demônio caminhava para adiante e para trás na frente dela, desaparecendo e reaparecendo conforme ele andava. Ele era maior do que ela se lembrava, e desta vez parecia ainda mais assassino. Seus punhos estavam fechados, forçando os tendões em seu pescoço. Sua íris brilhava vermelha, as veias de sangue se bifurcavam para fora sobre o branco de seus olhos. Seu rosto estava lambuzado de sangue, o cabelo pálido manchado como ele também. Novamente ele estava vestido todo de preto, desde o seu casaco até suas botas. Buracos de bala crivavam sua camisa. Isso não pode estar acontecendo! Roubada do corredor da morte de uma prisão de segurança máxima? Por ele. — Eu prometi-lhe uma punição! — Ele balançou um longo braço para o lado, batendo contra uma coluna de mármore. Pedaços aterrissaram no tapete de pelúcia a seus pés, todo o edifício parecendo sacudir. Sua força era monstruosa, assim como tudo sobre ele. — Você me desobedeceu pondo-se em perigo. Ela devia ter se encolhido diante dele. Em vez disso, ela sentia uma raiva borbulhando, fervendo por dentro dela. Ellie pensara que finalmente estaria livre, que ela, finalmente, derrotara Saroya. Ela estivera a dois minutos da morte, pronta para isso. Mas este diabo a impedira mais uma vez. Ele já tirara a sua liberdade uma vez, assegurando-se de que ela passasse meia década em uma minúscula cela de prisão. Cinco desesperados anos. Enquanto ela se lembrava daqueles anos, se viu gritando. — O que você quer de mim? O que? — Pelo canto do olho, ela viu um vaso, arrebatando-o. — Porque você não pode me deixar sozinha, pelo inferno? — Ela atirou a pesada peça atingindo-o no peito e quebrando com a força do impacto. Como se tivesse batido contra uma parede de tijolos. Mesmo enquanto ela olhava incrédula, um pesado castiçal encontrou seu caminho em seu agarre. Dois minutos. Assim, tão condenadamente perto. Ela arremessou-o. Ele... desmaterializou, e voou através de sua forma nebulosa. Ela deu um grito de fúria. Outro candelabro voou, um peso de papel, uma luminária. Ele simplesmente se esquivou de todos os mísseis. Não pode estar acontecendo! Ela estava sem fôlego, desesperada para machucá-lo, para puni-lo. Mil oitocentos e vinte dias sem estações, sem neve ou flores, sem amigos ou família. Seu irmão bebê não se lembrava mais dela. Enquanto Josh firmemente amadurecia em direção a vida

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adulta sem ela em sua vida, a existência de Ellie estivera estagnada, pontuado apenas por ataques do mal. Ela já não se sentia mais como uma... pessoa. Eu não sou uma pessoa, eu sou a interna do DOC Virginia #8793347. E sou também a hospedeira de Saroya. Por causa dele. O olhar de Ellie pousou sobre uma espada em um suporte de exposição. Ela saltou para a arma, puxando-a e liberando-a de sua bainha ornamental ao mesmo tempo. O metal brilhante refletia a luz em seus olhos. Naquele instante, veio a clareza. Ela sabia o que precisava fazer. Segurando o cabo em ambas as mãos, ela se voltou contra ele. — Eu vou destripar você, demônio! Ele recuou seus lábios para que ela pudesse ver seus horríveis caninos e em seguida acenou dois dedos para ela. Vamos lá, então... Seus olhos se arregalaram e ela se lançou nele, a espada prestes a afundar em seu peito. No último momento, ela a virou para si mesma. — Não! — Ele gritou. Então de alguma forma ele estava entre ela e a ponta da espada, prensada contra o corpo dela. A lâmina deslizou pela parte inferior das costas dele, até que encontrou ossos. Ela ofegou, sentindo seus músculos tensos contra ela, sentindo a raiva em escala crescente dele. O vermelho de sua íris sangrou mais ainda sobre o branco de seus olhos, transformando-os completamente. Ele descobriu suas presas para ela. — Isso faz com que sejam duas as vezes em que você me desafiou, Suka. Você errou para o pior. Com um estalar de seu punho, ele a mandou voando para o chão. Atordoada. aterrissou sobre suas costas. Lágrimas histéricas ameaçando jorrar. Ela o ouviu removendo a espada de seu corpo, em seguida, jogando-a fora. Não chore na frente dele. Não ouse se render àquela sua cadela. Para reunir coragem, ela se lembrou dos anos passados olhando para as paredes de blocos de concreto. Contando os blocos, as linhas do reboco, vendo padrões e formas. Ela os apelidou de “o Canal de blocos de concreto”. Todos os blocos, todos os dias. Sem interrupções. Nunca. Rangendo os dentes, ela se torceu para um lado, esforçando-se para ficar de pé. Seu cabelo se soltara, derramando-se sobre o rosto. Ela empurrou uma mecha de cima de seus olhos. — Fique deitada, — ele ordenou, elevando-se sobre ela. Ele era um espírito maligno, um animal, um que ainda tinha sangue espalhado em seu rosto. Quantos ele assassinara hoje? — Volte para o inferno, babaca. — Então ela cuspiu em suas botas.

Capítulo 4

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Lothaire arrebatou seus braços levantados, puxando-a contra ele, ignorando a dor de sua ferida recém-aberta. Ela tentou acabar com a própria vida, novamente. E quase conseguiu... — Solte-me! — Ela se debatia contra o seu agarre. Elizabeth quase lhe roubara sua cobiçada Noiva, desobedecera a suas ordens, duas vezes e o esfaqueara. No entanto, ela ousava estar furiosa com ele? Quando ela continuou a fazer força, ele aumentou seu aperto, até que um grito foi arrancado de seus lábios, e ela se imobilizou. Controle-se. Ele inalou profundamente. Mais força e você perde a sua Noiva. Ele era muito forte para perder o controle quando ela estava próxima. A raiva... loucura... Inspire. Expire. Saroya estava sob sua guarda, segura por enquanto. Desastre evitado. Após longos momentos, ele encontrou sua ira esvaindo-se, a névoa se dissipando um pouco. Ele relaxou sua aderência, mas a manteve próxima a ele. — Você já terminou? — Ele retrucou. Com a expressão teimosa, ela murmurou. — De descansar. Ainda me desafiando? Lothaire sabia que ele se equilibrava precariamente à beira da loucura, agora ele percebia que esta humana já bem poderia estar lá. Mas na esteira de sua ira, a dor de seus ferimentos diminuindo era abafada por uma penosa consciência daquela mulher. Ele olhou para baixo em seus olhos marcantes com estupefação. O sentimento era quase... hipnótico. Ela permeava todos os seus sentidos. O corpo de sua noiva estava emitindo um calor insuportável, uma vez que tremia contra ele. Seu batimento cardíaco acelerado era como uma sirene chamando por ele, ostentando sua fluida corrente. Uma veia em seu pescoço pulsada convidativamente. Dor? Ele não sentia nenhuma. Seu olhar caiu sobre o manto de seda de seu cabelo fluindo solto sobre seus ombros. Ondas de marrom escuro que faziam a cor dos olhos destacarem-se: cinza esfumaçado, emoldurado por negros e grosso cílios. Ela ficara mais bonita nos anos seguintes. Curvilínea. Seus quadris sedutoramente arredondados, os seios altos comprimidos contra esse top puído. Ele esfregou sua língua sobre uma presa enquanto recordava a primeira noite que vira Saroya. Ela estava na floresta em um altar improvisado, coberta de sangue sob a luz da lua cheia. Um olhar para ela, e seu coração despertara de seu longo sono. Uma respiração encheu seus pulmões. Seu eixo endurecera com um rápido calor, exigindo sua primeira liberação em um milênio. Ele endureceu agora, lembrando-se de como ele lambeu o sangue da vítima da doce pele dela enquanto ele acariciava a si mesmo. Ela permaneceu passiva contra ele, uma mulher se

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dando, a suavidade de sua força, enquanto ele estremecia e derramava sua semente sobre as folhas... O que quer que Elizabeth tenha visto em sua expressão a fez puxar uma súbita respiração, as bochechas ficando rosadas. — O que você quer de mim? Seu olhar caiu sobre seu pescoço, suas presas latejando por aquela carne macia. Tocar em você. Beber de você e fazer você ficar molhada por isso... Não, ela não! A luxúria montou duramente sobre ele, mas ele nunca iria sucumbir a ela. Embora Lothaire matasse tão prontamente, embora ele infalivelmente agisse sem honra, ele não trairia a sua rainha. Especialmente com um mortal inútil, uma fêmea, naturalmente pouco digna de seu reconhecimento. Ele liberou Elizabeth, empurrando-a para longe dele. Lothaire iria saciar-se apenas com sua Noiva. Quando será que ela iria ascender? Saroya havia explicado muito de como a posse funcionava com Elizabeth. Nenhuma das fêmeas sabia o que a outra estava pensando, embora Saroya acreditasse que a menina podia sentir suas intenções, por vezes, exatamente como Saroya podia perceber as mudanças em Elizabeth. A deusa tinha dificuldade para subir a menos que Elizabeth estivesse enfraquecida, de alguma maneira, física ou emocionalmente, ou quando dormia. Quanto mais Saroya dormia, mais prontamente ela poderia recuperar o controle do corpo. Ainda uma vez que a menina começasse a empurrar seu caminho de volta à tona, Saroya seria sobrecarregada com tonturas, visão turva, e uma sensação de movimento dentro do corpo, um deslocamento interno. Lothaire lhe perguntara. — Porque você não pode ficar no controle? Com os olhos cinzentos brilhando, Saroya sibilara. — A mortal é muito forte. Agora, como então, estarrecia-lhe que sua Noiva estivesse sujeita aos caprichos de uma humana, uma situação muito semelhante à de sua mãe. Maldita! Se Elizabeth podia sentir as intenções de Saroya, às vezes, então não poderia a deusa ter sentido a presença de seu companheiro? Até que ela subisse, ele teria que lidar com Elizabeth. — Sente-se, — ordenou a ela. Queixo levantado, ela permaneceu de pé. Suas sobrancelhas se juntaram. Tão poucas vezes o desobedeceram, especialmente nunca na esteira de sua ira. Lothaire permaneceu vivo por tanto tempo usando sua habilidade de prever as jogadas de seus adversários. Ele sabia como eles iriam se comportar, muitas vezes até antes deles mesmos.

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Sua vida era uma partida de xadrez sem fim, uma marcha calculada levando-o cada vez mais perto de sua partida final de reinos apreendidos e vinganças entregues. No entanto, esta fêmea continuou a provar se imprevisível. Quando ela virou a lâmina sobre si mesma... — Sente-se agora. Ou eu vou voltar com correntes para que você se sente acorrentada. Ela engoliu em seco, mas não se mexeu. Ele quase achou uma pena que ela fosse embora tão cedo. Quebrar seu espírito teria sido um esporte divertido. — Muito bem. — Ele riscou até um de seus muitos esconderijos, este, um estratégico mantido nos Montes Urais, para recuperar um conjunto de algemas. Apesar de imortais com força e habilidades incalculáveis rotineiramente tremessem diante dele, uma humana impotente que não tinha nem mesmo um quarto de século de idade estava o desafiando. Impotente. Pensou novamente como seria fácil para seus inimigos conseguir matá-la. Por que Elizabeth não podia padecer em silêncio na prisão? Este resgate não poderia ter vindo em pior hora! Múltiplas facções, demonarquias, a Horda de vampiros, Valquírias, Fúrias, Lykae, todos o caçavam, em busca de vingança, ou, melhor ainda, da sua morte. Assim que eles descobrissem que ele tinha uma Noiva em sua posse, eles colocariam um alvo em Saroya também. Milhares de anos planejando o que em breve viria a dar frutos, o Fim de Jogo finalmente alcançado, logo que não lhe restava tempo para se distrair nessas últimas semanas. Ele considerou o Fim do Jogo como seu mestre, porque o servia sozinho, não pensando em mais nada... Não, ele não permitiria que Elizabeth alterasse seu curso. Ele voltou com as algemas. A menina apenas começara a dar uns poucos passos quando congelou ao som retinindo.

Ellie lentamente virou-se para ele, os olhos esbugalhados com a visão das algemas em suas mãos. Quando ele desapareceu, ela pensara em escapar. Agora, ela foi arrastada para o sofá e caiu sobre ele, implorando interiormente, Não ponha algemas em mim, não me acorrente... — Você tem medo de mim, humana? — Ele apontou as algemas. É claro que ela tinha! Ele possuía poderes sobrenaturais, acabara de matar, e por algum motivo este maníaco se fixara nela. Mas Ellie geralmente tinha uma boa noção sobre as pessoas, e suspeitava que ele iria respeitar a sua coragem. Então ela respondeu honestamente. — Falando deste exato momento, eu estou muito assustada. — Seu sotaque ficou mais pronunciado, um acento das montanhas que ficava mais espesso sempre que suas emoções estavam em alta. — Mas eu acho que vou ter que trabalhar nisso. — E você teme essas algemas? — Cada movimento dele irradiava ameaça. Este demônio está brincando comigo.

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— Sim, senhor, eu temo. Mas você não quer me acorrentar. Ele ergueu as sobrancelhas. — Não quero? — E se Saroya acordar? Tenho certeza que ela ficaria puta quando se encontrasse toda amarrada. E você não quer estragar o... reencontro de vocês. — Ela mal conseguia dizer a palavra. O que eles fariam juntos? Certamente ele gostaria de fazer amor com sua rainha, afinal. Porque, por alguma razão, ele nunca fizera antes. Ellie ainda era virgem. O que significava que Saroya nunca tivera um amante, quando ganhava o controle. Depois de um momento sem fim, Lothaire deixar os grilhões caírem ao chão. A concessão não se parecia como uma vitória para Ellie, mas como uma armadilha. Mas com a ameaça imediata evitada, ela arrastou seu olhar dele para avaliar seu entorno. A sala era várias vezes maior do que todo o trailer em que crescera. A mobília parecia rica, mas moderna, como saída de uma dessas revistas de design. As cortinas estavam fechadas tão hermeticamente, que ela não poderia dizer se era dia ou noite. — Onde estou? Ele cruzou os braços sobre o peito largo. — Nova York. — Nova York, — ela repetiu em silêncio. Ela nunca estivera fora das Appalachia, mas sempre quis viajar. Agora, tudo era muito surreal. — Por que você me trouxe aqui? — Porque esse lugar é misticamente protegido, inescapável e impenetrável. Misticamente? Naquele momento, ela decidiu que seria melhor manter sua mente aberta, sob pena de quebra pela tensão. — Você será mantida aqui por um tempo, até que eu expulse essa alma de seu corpo. — D-do que você está falando? — Seu corpo se tornará apenas de Saroya. Ele tinha o poder para separar o corpo de Ellie dela? Para sempre? — Eu vou me matar antes que isso aconteça! — Ela pulou sobre seus pés, mirando uma estátua de bronze sobre um pedestal. — Você está me ouvindo? — Se você prejudicar a si mesma de qualquer maneira, eu vou matar sua mãe e irmão. Ela se acalmou, o medo tremendo através dela. — Talvez eu devesse exterminar um deles hoje para fazer você demonstrar um pouco de fé na minha ameaça, — ele disse, como se comentando sobre o tempo. — Qualquer mensagem que você gostaria que eu entregasse? Sua mente gritou: Oh, Deus, não! No entanto, ela se forçou a zombar. — Faça-o. Não dou a mínima. Nenhum desses babacas veio me ver na execução hoje. — Ela os proibira. Sua família obedecera às suas outras ordens? Lothaire desapareceu bem diante de seus olhos. De centímetros atrás dela, ele murmurou, — Foi muito bem feito o seu blefe, pequena humana...

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Ela sentiu sua respiração em seu pescoço pouco antes que se virasse. — ...mas o seu coração trovejando a entrega, — ele terminou. Ele podia desaparecer e reaparecer diretamente no trailer de Mama e assassiná-los em segundos. Se sua família estivesse lá. Esperando que Lothaire buscasse retaliação por sua execução, Ellie fizera sua mãe jurar que ela ia ficar escondida, bem como toda a sua escassa família, nos dias que se seguissem. Certamente haveria cobertura de imprensa noticiando o misterioso desaparecimento de Ellie, e sua mãe estaria em modo de defesa, não devendo voltar para a casa dela até que ouvisse falar de sua filha fugitiva. Ellie estava quase certa de que eles estavam fora do alcance de Lothaire, mas podia apostar a vida de sua família contra ele? Não. Então ele ganhou. Toda a fervente raiva dela se esgotou, e ela afundou de volta para baixo no sofá. Ela sempre acreditou que iria ganhar a batalha contra Saroya porque pensava que tudo se resumiria a uma prova de vontades. Mas este homem... este animal... Conforme o olhar dela esvoaçava sobre os buracos de bala no peito dele que ele parecia não notar, então subindo para encontrar aqueles arrepiantes olhos vermelhos, ela compreendeu, eu não posso vencê-lo.

Capítulo 5

Lothaire podia ver a derrota em sua atitude. Finalmente a mortal aceitara sua situação, aceitado que ele tinha todo o poder de que precisava para forçá-la a cooperação. Agora, ele tinha apenas que aguardar por Saroya. — Permita-lhe ascender, Elizabeth. — Ela não está mais tentando. Eu não posso obrigá-la a fazê-lo. — Mas ela estava tentando antes? Para escapar da execução? — Quando ela não o negou, Lothaire imaginou que Saroya estivesse presa, escavando para subir, para se defender... Deuses, ele odiava essa garota e ele não podia matá-la! Ele compassou mais uma vez, lutando para controlar sua raiva, ignorando o cansaço e as pontadas de suas feridas que rapidamente se curavam. Quando foi a última vez que ele realmente dormira? Dias atrás? Semanas desde que ele descansara por mais de uma hora a cada vez? Necessidade de dormir, de sonhar. As lembranças vêm em sonhos. Ele precisava começar seu trabalho, suas sete pequenas tarefas.

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— Se você pode expulsar a minha alma, — disse Elizabeth, — então por que você precisa que ela suba a tona? E por que você me colocou no gelo durante cinco anos? Ele desacelerou, olhando para ela. — Eu não possuía os meios naquele momento. — Mas você os tem agora? Ainda não. Depois de anos de enganar, matar, e manipular, Lothaire haviam tomado o Anel das Somas, um talismã de grande poder, um concessor de desejos. Apenas para vê-lo ser roubado dele durante a sua recente captura. Os mortais da Ordem o atacaram com lançadores de carga, drenando sua força, forçando-o a ajoelhar-se... o sangue cegando seus olhos e se agrupando em torno de seus joelhos. Ele nunca esqueceria o arranhar ensurdecedor do anel pelo chão conforme seu captor, um soldado chamado Declan Chase, o algemava. — Você tem os meios agora? — A menina perguntou novamente. Em algum lugar no emaranhado de sua mente, Lothaire sabia a localização do anel. Ele só precisava acessar essas informações. — Eu consigo acessar qualquer lugar em uma noite que você pensaria em um mês. — Tempo suficiente para percorrer os milhões e milhões de memórias roubadas. Como seu pai antes dele, Lothaire era um cosas, um ceifador de memórias. Uma bênção para alguns vampiros, uma maldição para um dos caídos. Maldito fora seu tio por tentá-lo com o poder todos aqueles séculos atrás... — Você deve beber rápido para ser forte o suficiente para destruir o meu irmão, — Fyodor lhe dissera quando eles estavam reunidos mais uma vez. — Meus olhos estão vermelhos, não estão? — Lothaire perguntara. — Eu tenho sido um flagelo sobre os seres humanos. — Ou você pode beber de imortais pela velocidade e roubar sua força, até mesmo os seus poderes. Junte-se a mim, Lothaire. — Ivana me advertiu contra isso. Fyodor sorriu levemente. — Sua boa mãe provavelmente assumiu que você teria assassinado Stefanovich há muito tempo por agora... Impaciente por poder, Lothaire começara a escolher seus alvos entre os imortais. No entanto, suas almas eram muito mais deterioradas do que as dos humanos. — E possuíam exponencialmente mais memórias. Ruinosos para um ceifador. Seu tio havia prometido e entregue força além da medida, mas minimizara o efeito colateral. Insanidade. Memórias para sempre ressoando. Lothaire se equilibrava no fio de uma navalha. Embora Fyodor, também fosse um cosas, perdera sua mente muito antes de sua morte no ano passado, de alguma forma Lothaire conseguira puxar para trás, limitando a sua matança e colheita de memória, lutando por seu caminho de volta à razão. Tudo para servir ao meu Fim de Jogo...

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Ele olhou por cima da mortal prestando atenção nele do sofá. Por quanto tempo ele estivera sem ritmo, seus pensamentos à deriva? Sua expressão se transformou de derrotada para perdida conforme ela olhava para as ferramentas da lareira. Em outra situação, ele poderia ter admirado a tenacidade dela. Agora ele arrebentava de exasperação. — Você deve querer vê-los mortos. Ela puxou o seu olhar para frente. Com uma carranca, ele continuou andando, ponderando sua reação a ela mais cedo. Ele não conseguia se lembrar de seu corpo respondendo tão descontroladamente durante a sua única noite com Saroya. Durante anos, ele permaneceu afastado dela com facilidade, uma vez que tomara a sua primeira liberação com ela na floresta. Agora, o desejo fervia dentro dele. Ignore-a, Saroya vai ascender em breve. E quando o fizesse, ele iria tocá-la, prová-la. Explorar suas novas curvas. — Uau! Seus olhos estão ficando mesmo... estranhos. Contemplem a loucura em um vampiro. Todos no Lore sabiam que Lothaire estava à borda, o que ninguém sabia era como ele estava perto. Na maioria das vezes, ele tinha dificuldade em discernir as memórias de suas vítimas das memórias dele. Quando ele dormia, riscava de forma incontrolável para locais estranhos, como se fosse um tipo de sonambulismo. Com frequência cada vez maior, ele fora oprimido por ataques de fúria. Um acenava para ele agora. — Eu quero que Saroya ascenda, — ele disse a humana. — Acaso você não pode tirá-la de mim ao invés? Talvez colocá-la no corpo de um demônio fêmea de olhos vermelhos... — Ela é um demônio tanto quanto eu o sou! Saroya, a Ceifadora de Almas é a deusa da morte e do sangue, antiga divindade dos vampiros da Horda. — V-vampiros? — Elizabeth sussurrou enquanto começava a cambalear. — Você... você é um vampiro? Ele arreganhou as presas. — Você... você bebe de pessoas? Morde-os? Ele enunciou. — Prazerosamente. — Embora não sem uma expressa finalidade, não mais. Sua última presa fora calculada. Declan Chase, seu carcereiro. O homem que saberia para onde o Anel de Somas havia sido levado. Lothaire precisava apenas dormir para experimentar as memórias de Chase em sonhos... Elizabeth colocou as mãos nos joelhos, sua respiração era ofegante. — Nenhum sol. Deveria ser por isso que as cortinas são unidas de modo tão ajustado. Um vampiro. Doce Jesus me resguarde. — O sangue começou a pulsar a partir da punção no interior de um dos braços.

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Seu olhar estava travado sobre aquilo, a fome rugindo nele. Ele havia sido ferido repetidamente. Certamente essa era a única razão pela qual ele queria tanto provar dela. Não por causa do aroma do sangue dela que era requintado... fazendo o seu membro inchar em suas calças e suas presas se aguçarem. Ele passou a língua mais uma vez sobre elas, saboreando a picada de seu próprio sangue. Elizabeth gritou. — Olhe para você! Ele não havia se permitido um gosto dela antes. O seu sangue não teria qualquer utilidade, e poderia colocá-lo sobre a borda. Mas pelos deuses, seu apelo era irresistível. — Você não vai me morder! Chegue perto de mim com essas suas presas enormes, e eu vou arrancá-las fora... Ele estava atrás dela em um instante, um braço preso em torno de sua cintura. Com a mão livre, ele enrolou no punho o comprimento de seu brilhante cabelo e puxou a cabeça dela para o lado. O pulso flutuou diante de seus olhos. Quantas vezes ele tivera fome de carne, mas negou-se a si mesmo? No entanto, suas presas nunca estiveram pulsando como desta vez, babando por penetrála... — Não me toque! — Ela se debatia, cavando as unhas em seu braço, mas ele gostava da oposição de seus inimigos. Sempre gostou. Ele arrastou uma presa para baixo sobre a pele dourada do seu pescoço, cortando uma extensão superficial, o sangue brotando suavemente. Com a voz rouca, ele disse. — Eu vou gostar mais, quanto mais você lutar. Você vai gostar mais, se você não resistir. Dezenas de mulheres, e homens, desfrutaram de sua maneira de tomar o sangue. Ele os fazia ter fome, os faziam se agarrarem a ele como se quisessem se sacrificar em suas presas. Os mortais pareciam particularmente suscetíveis. Muitos vinham em seus braços. Elizabeth seria mais uma? A ideia o fez endurecer ainda mais. Ele baixou a cabeça, fechando a boca sobre a ferida aberta. Quando sua língua tocou em uma gota do sangue dela, seu corpo estremeceu como se um raio o atingisse. Uma corrente abrasadora parecia eletrizar cada veia em seu corpo... Deleitável. — O-o que você está fazendo comigo? Ele lambeu a ranhura uma e outra vez, querendo rugir quando ela começou a tremer, sua resistência fraquejando. Ela se inclinou para ele, suas costas pressionadas contra seu eixo dolorido. Quando ele a pegou mais apertado ainda e se esfregou contra ela, ela gemeu. Sim, mortais gostavam de sua maneira de tomar sangue, mas ela estava tremendo de necessidade. — Oh! Ohhhh, não... Oh, por favor! — Sua voz era rouca, suas respirações rasas.

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No entanto, apenas quando ele ampliou sua mandíbula para perfurar o pescoço para obter mais, ela começou a lutar novamente. — Não, não agora! Lothaire arrastou sua boca para longe, vendo o rosto dela ficar ainda mais pálido. Ela se balançava sobre seus pés. — Agora não... Saroya estava subindo! — Não lute contra ela, menina! — Ele ordenou, puxando Elizabeth na vertical. — Não, não, não. — Suas pálpebras se fecharam. Ele segurou-a contra ele, virando-a em seus braços. — Saroya, volte para mim. Depois de um longo momento, seus olhos se abriram, estreitando-se, em seguida, a palma da mão dela subiu para estalar em sua bochecha. — Como ousou deixar-me apodrecer na prisão, seu imundo! Eu vou brincar com o seu baço antes que a noite tenha acabado. — Saroya, — ele raspou, mal mantendo sua raiva sob controle. Inspire, expire. — Ah, minha flor. Eu tive saudades de você também.

Capítulo 6

Quando Saroya recuou a mão para golpear o rosto sorridente de Lothaire novamente, sua expressão tornou-se letal. — Uma vez é perdoável, deusa, mas duas vezes provaria ser imprudente. Sua mão vacilou. Lothaire era um notório assassino, e pelo tempo em que ela estivesse presa nesta casca mortal, Saroya era vulnerável. Embora seu espírito continuasse após a morte desta humana, assim como sempre o fez, este era o corpo que ela queria. Saroya estava determinada a mantê-lo vivo e ileso. Para isso, ela precisava da ajuda desse vampiro. Irritante. — Libere-me, Lothaire. Sem uma palavra, ele o fez. Ela deu um passo para trás, observando-o pela primeira vez em anos. É claro que ele mudara um pouco, congelado durante todas essas eras nesta forma imortal. Ele tinha quase dois metros de altura, magro, mas musculoso. Suas feições eram perfeitas, um rastro dourado de barba por fazer cobrindo sua mandíbula larga e máscula e o queixo forte. Seu cabelo pálido na altura do colarinho era grosso e reto, agora manchado de sangue. — Você matou? Sem esperar por mim? — Com o objetivo de tirar você da prisão, sim.

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Finalmente fora daquele buraco do inferno! Ela examinou os arredores, quase os achando escassamente melhores. A área foi decorada com um toque sutil, cores ricas e tecidos obviamente caros, mas era tudo muito sóbrio, à exceção de uma pilha de mármore e vários vasos quebrados. Saroya preferia uma ornamentação mais espalhafatosa, chamativa, a elegância de uma tumba cheia de sacrifícios para ela, cheia de troféus de carne e ossos. Sedas negras cintilantes contra granitos manchados de sangue. — Para onde você me trouxe? — Ela perguntou em tom ressentido. — Nova York, — ele respondeu. — Para uma das nossas casas. — Eu presumo que nós temos muitas então. — Nós possuímos mansões, vilas, castelos. Qualquer habitação que você deseje será sua. Como se ela precisasse que ele lhe dissesse isso. Ela olhou para o braço, observando um rastro de vermelho ressecado. — Você me mordeu? — Estreitando seus olhos, ela acrescentou, — E não pense em mentir para mim. Um músculo se contraiu em sua mandíbula. — Você sabe que eu não posso mentir, Saroya. — Vampiros nascidos naturalmente eram fisicamente incapazes disso. Sempre que uma mentira se levantasse, um vampiro sentiria a rána, uma queimação, uma sensação de queimadura na garganta. — Você ousou perfurar minha pele? — Há pouca ousadia nisso. Mas neste caso, eu só rocei o seu pescoço. Ela estendeu a mão e esfregou o ferimento com a ponta dos dedos. Por alguma razão, seu corpo parecia estranho, os seios pesados. — Tomando direto da carne, cosas? Vinte mil anos de minhas recordações, sem dúvida, o enviariam direto sobre a borda, — ela disse. — Você deve ter estado muito desejoso de sangue para ter roubado dela. Estava ali um sutil rubor em seu rosto? — Aposto que você teria que estar na vanguarda da consciência, a fim de que eu pudesse colher as suas memórias. Assim como as de Elizabeth. Acredito que posso lidar com vinte e quatro anos humanos. — Quanto tempo você me deixou naquela prisão, Lothaire? — Uma mera meia década. — O que foi mais importante do que eu? Ele encolheu os ombros. — Encontrar uma forma de contornar a sua maldição. — Suponho que você encontrou tal meio. De outra forma, eu ainda estaria presa. — Eu libertei você porque este corpo estava prestes a ser executado. Pelos mortais. Também muito vergonhoso para ser suportado! — Eu consegui sentir uma ameaça, mas uma execução? Por um número tão insignificante de mortes?

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Alguma coisa da tensão abandonou os ombros largos dele. — Foi exatamente o que eu pensei. — Então, não estamos mais perto? — Pelo menos agora que ela estava livre, seria capaz de matar mais uma vez. No passado, ela colhia as almas dos que matava, cada vítima dando-lhe mais força. Ela fora uma verdadeira vampira. Agora ela roubava vidas apenas pelo prazer de fazê-lo. — Depois de anos de pesquisa, eu desenterrei o Anel de Somas. — Somas? — Seus olhos se arregalaram. — Muito inteligente, Lothaire. — Por ele ter pensado nesta possibilidade! Aquele talismã estava mergulhado em poder. — Ele vai me permitir extinguir a alma de Elizabeth e fazer seu corpo virar imortal. Você está prestes a se tornar uma vampira, como eu. Vampiras fêmeas apenas podem nascer, nunca transformadas. Apesar de o sangue vampírico ter o potencial de transformar machos humanos em vampiros, uma mulher mortal como Elizabeth nunca iria sobreviver à mudança. Mesmo uma divindade já formada como Saroya não saberia dizer o porquê. Mas o anel poderia superar isso. O que mais o anel poderia fazer...? Ela quase se sentia sorrindo, o que ela nunca fazia. Em seguida, a sua satisfação esmaeceu. — Eu entendi que o anel foi perdido a séculos atrás. Junto com sua dona. — A feiticeira chamada La Dorada, uma adversária particularmente traiçoeira de Saroya, que guardara o anel. Não importa o quão zelosamente Saroya tivesse se empenhado na morte da Dorada, seus assassinos nunca puderam consegui-lo. — Você roubou o anel da Dourada? Ele inclinou a cabeça regiamente. Os lábios dela estavam entreabertos. — Eu sabia que você era ambicioso, mas isso é difícil de acreditar! Mesmo os deuses tem cautela com a Dorada. Especialmente os maus. — Eu nunca estive mais indefesa do que contra ela... — Eu enfrentei a feiticeira e seus lacaios há sete dias, mas aqui estou eu. Ele sobreviveu a um confronto? — Ela vai direcionar a sua ira contra sua noiva para puni-lo! A menos que você a matou? — Estou livre da profecia, finalmente? — Ainda não. — Se você a deixou viva, então ela virá por nós. — Sim, — disse ele casualmente. — Temos que usar este anel para reaver a minha divindade, Lothaire! E rápido. — Mesmo o Anel de Somas tem suas limitações. Se o anel pudesse transformar alguém em um deus, então Dorada já o teria ordenado a fazê-lo. Acredito que estamos ligados ao reino dos imortais. — Em qualquer caso, me dê o anel. — Três semanas atrás, eu fui preso por inimigos, uma organização chamada Ordem. Prenderam-me e o confiscaram.

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Ela ficou tentada a desacreditar em uma história dessas, poucos no Lore eram tão formidáveis quanto Lothaire, mas ele não podia falar inverdades. — Por que eles marcaram um alvo em você? — Para me examinar, determinar as minhas fraquezas, então me executar. Muitos outros guerreiros do Lore foram capturados também. — Estes inimigos devem ser excepcionalmente espertos para terem conseguido capturar você. — Suas armas são avançadas. Mas eu vou roubar o anel de volta. Eu partirei amanhã à noite, uma vez que você esteja estabelecida. E uma vez que tenhamos... nos colocado em dia, — acrescentou ele. — Você deve destruir La Dorada, Lothaire. Você deve. Ele estreitou os olhos. — Pretendo, assim que recuperar o anel. Considere a feiticeira tão boa quanto morta. Um pouco tranquilizada, ela perguntou: — Quanto tempo vai demorar a recuperá-lo—? — Uma noite? Um mês? Eu não posso dizer com certeza, — disse ele. — Eu bebi o sangue do meu ex-carcereiro. Ele sabe como encontrar o anel, e eu posso tocar suas lembranças através dos meus sonhos. Já vi algumas. Saroya não era uma deusa paciente. — Este corpo envelhece a cada dia. Lothaire rondava em torno dela, descaradamente passando seu olhar sobre sua forma. — E esta muito mudado. — Espelho! — Ela ordenou imperiosamente. Com um entediado elevar de sua testa, ele apontou para trás dela, para um pendurado em uma parede com painéis de madeira. Saroya cruzou a sala até o espelho e olhou para si mesma, encolhendo-se em seu uniforme da prisão. O arranhão no pescoço chamou a atenção dela. Será que deixaria cicatriz? Estaria curado antes que ela fosse transformada em uma vampira? Uma vez que este corpo se tornasse imortal, seria congelado para sempre, sua aparência fixada. Lothaire riscou para ficar atrás dela. — Você não sofreu nenhum trauma ou doença em seu tempo na prisão, só se tornou mais bonita. Ela examinou sua figura. Elizabeth perdera peso? Saroya já se resignara a sua pequena estatura. Alguns centímetros além de um metro e cinquenta, mas ela não podia aceitar essa magreza. — O corpo é muito fino. Ela lembrou uma das poucas vezes em que ascendera dentro daquela fétida prisão. Ela lera o diário de Elizabeth, notando que a mortal se exercitava todos os dias fora de sua cela. Infelizmente, aquilo surtiu resultados. Como Saroya sentia falta de suas próprias características! Seus olhos haviam sido grandes e amarelos como os de felinos, com uma fenda no centro, e uma íris negra e fina. Os lábios eram

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vermelho sangue, sua pele pálida como a lua. Ela tivera mais um metro e oitenta de altura e tão voluptuosa que chegava a ser obscena. Sempre que ela descia do plano dos deuses até a terra, os homens ficavam aterrados apenas por contemplá-la. Uma vez que ela acenasse para eles, eles se ofereciam para sua insidiosa marca da morte... Ela passou as mãos sobre esta nova figura esguia, tateando em busca de suavidade. Quanta carne poderia ganhar este corpo antes que Lothaire encontrasse o anel? Pelo menos os seios de Elizabeth cresceram a um tamanho decente. Quando Saroya pegouse fazendo uma concha com as mãos com alívio, os olhos Lothaire cresceram arregalados. Saroya soltou abruptamente suas mãos. Em um tom vivo, ela disse: — Este rosto é o mais lindo de todos os meus templos. Embora esta forma atual não pudesse se comparar com a dela, quando fora uma feiticeira de olhos de gato, Saroya obtivera algum sucesso atraindo suas vítimas. Homens sempre queriam proteger a meninas de aparência vulneráveis, para arrancar a sua inocência. Em vez disso, Saroya arrancara seus corações, olhos e testículos. Ao contrário de sua irmã gêmea, Lamia, uma deusa da vida e da fertilidade, Saroya era uma divindade virgem e sempre seria, defendendo sua castidade até a morte... Até as mortes dos outros. Lothaire ainda acreditava que ela era uma criatura sexual, acreditava que ela nunca tivera um amante dentro do corpo de Elizabeth por fidelidade a ele... — Na verdade linda. — Sua voz ficara mais rouca. — Quem veio antes desta humana? — Eu possuía um professor de meia-idade de Americana. Eu tinha muito a aprender com ele, o mantive vivo durante a maior parte dos seus noventa anos. Depois dele veio uma mulher corcunda e com apenas um par de dentes. Pulei de um prédio para me livrar dela. — Ela franziu o cenho. — Essa transferência não se provara ser instantânea como eu esperava. — Como é que são estes templos escolhido por você? — Poderia ser com base em uma linhagem. Só quem me amaldiçoou pode dizer. — Lamia, maldita seja até o Éter! —Tudo o que sei é que eu vou fazer de tudo para permanecer em Elizabeth e você faria bem em me ajudar. Eu prometo a você, a seguinte forma da sua noiva possivelmente não poderia ser melhor, isso se você pudesse me encontrar. Eu poderia possuir um homem ou um bebê, ou um octogenário. Não uma jovem e inocente mulher. Ainda uma outra razão para este corpo ter um ajuste perfeito. Elizabeth era uma virgem, para grande fascínio de Lothaire. Ele estendeu a mão para sua cintura, virando-a para encará-lo. Ela endureceu, mas permitiu. — Estou muito contente com a sua hospedeira também. Quanto tempo você pode mantê-la fora? — Ela vai subir esta noite. Ela tem uma vontade extremamente forte. Lothaire, eu quero que ela se vá. Ele tirou uma mecha de cabelo de sua testa, os olhos vermelhos seguindo o movimento da mão.

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— E você terá tudo o que deseja uma vez que eu recupere o anel. Por agora, vou fazê-la temer a cada vez que subir novamente. — Você acha que pode fazer um tipo como ela ficar dormente? Como? Quando você não pode prejudicar o organismo dela ou torturá-la até a submissão? Seus lábios se afastaram mostrando suas presas, não um sorriso. — Deixe que eu me preocupe com a nossa patética pequena mortal. — Tão vicioso. — Uma coisa que ela aprendera sobre Lothaire? Ele desprezava os seres humanos ainda mais do que ela. — Elizabeth acabou de tentar destruir a si mesma, pensando que iria matar a minha Noiva. No entanto, não posso puni-la por sua transgressão! — Ele resmungou. — Tenha certeza de que da próxima vez que se elevar seja a sua última. Saroya nunca havia encontrado um homem tão seguro de si mesmo. Mas então ele era poderoso, brilhante, calculista, e, acima de tudo, perfeitamente formado. Lothaire era tão convincente quanto um deus da virilidade. A noite do primeiro encontro deles, ela permitiu que ele lambesse o sangue da vítima dela de sua pele, enquanto isso ele acariciou seu próprio membro para se liberar. Apesar de ter se sentido repelida por suas necessidades animalescas, mesmo assim, ela estivera relutantemente em transe pela visão. E ela estava acima de tais impulsos. Saroya desprezava todas as coisas sexuais. Sangue e morte eram tudo o que ela reverenciava. E certamente nenhum ato destinado a criar a vida. Na verdade, ela detestava os machos, os imprudentes transportadores de sementes. Inteiramente. Agora, este afago escavando sua nuca, seu olhar bloqueado nos lábios dela, sem dúvida uma intenção de reivindicá-la. Como afastá-lo mais uma vez? — Como eu lhe disse anos atrás, Lothaire, eu não entregarei este corpo até que seja totalmente meu para lhe oferecer. Ele se endireitou, encontrando os olhos dela. — E como eu disse a você, Saroya, não posso tomá-la até que você seja imortal, sob pena de arriscar-me a matar você com a minha força. Mas há outras formas de dar prazer um ao outro. Primata nojento. — Apesar de uma grande oportunidade, não estive com outro desde o meu sangramento. Sim, ele teria uma grande oportunidade. — Acredito que as mulheres se atirem em você onde quer que vá. — Até um ponto entediante. — Ele estudou sua expressão. — Ciumenta de pensar em mim com outras? — De jeito nenhum. — Ela se importava tanto sobre com quem ele acasalava como se importaria sobre uma formiga na calçada. Seu domínio sobre o pescoço dela ainda era apertado, uma clara ameaça. — Eu não sou um macho abnegado, quando eu dou, eu espero receber de volta. Hoje eu deilhe a liberdade. Embora aquilo a horrorizasse, ela sabia que teria que manipulá-lo.

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— Vampiro, eu tenho o cheiro da prisão, da pobreza e do medo. Olhe para minha aparência, minhas vestes atrozes. Quero me sentir bonita, sentir-me desejável. Eu preciso de roupas, joias, cosméticos. Meu cabelo precisa de um corte, minha pele deve ser banhada. Ela pensou que ele poderia pressionar a questão. Em vez disso, ele a liberou, oferecendo a sua mão. — Então bem-vindo a Nova York. — Ele recuou uma cortina, revelando uma varanda que dava para um parque verde e uma vasta cidade. Ele anunciou sua frente à luz do sol enquanto recuava para as sombras. — Tudo o que você precisar, nós vamos encontrar aqui. Ele esperava que ela ficasse impressionada com essa vista? Ela estava confusa. Impressionante seria esta grande cidade escravizada à sua vontade...

Capítulo 7

Sua cobertura havia sido transformada em um ateliê de sonhos para qualquer mulher. Veludo azul drapeado na mesa da sala de jantar, pontilhada com pedras do tamanho do punho de sua noiva. Cabides de roupas caras cobriam as paredes na sala de estar. Sapatos de grife estavam espalhados pelo chão. Cosméticos estavam dispostos no vestiário. E na cozinha, um chef preparara uma refeição digna de uma rainha. Depois que Lothaire se limpara, fizera algumas chamadas específicas. Dentro de uma hora, sua casa estava repleta com os estilistas mais exclusivos da cidade, esteticistas, e modistas, todos vendendo os seus produtos e serviços. Pelo menos, os mortais mais exclusivos. Normalmente, ele teria comprado através de fornecedores no Lore, mas boatos sobre a nova Noiva do Inimigo dos Antigos seriam impossíveis de suprimir a menos que ele matasse todas as testemunhas. O que ele estava hesitante em fazer, já que também gostava de produtos de luxo. Mesmo que ele ainda não fosse um rei, gostava de se vestir como um... Assim, seriam seres humanos. Ele ajustou os óculos de sol, que era forçado a usar na frente deles. Pelas últimas várias horas, Saroya esteve encerrada no seu conjunto de aposentos com esteticistas e um especialista em cera, o que quer que fosse isso, passando a tarde no banheiro fazendo o-que-apenas-os-deuses-saberiam no banheiro. Para passar o tempo, ele estava tentado a resolver um novo quebra-cabeça mecânico que ele adquirira, um poliedro, solucionável em sessenta e cinco movimentos, mas sua concentração estava sofrendo na maioria dos dias como esse. E agora o som da voz de sua Noiva o provocava. O cheiro dela mantinha o seu corpo tenso e apertado. Como sempre, a loucura ameaçava. Lothaire sabia de uma coisa que iria relaxá-lo. Ele riscou para o armário de sua suíte, abrindo um cofre que havia dentro. Lá estava o seu bem mais precioso: um pesado livro de contabilidade.

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Ele não o usava para controlar seus gastos e rendimentos monetários. Em vez disso, ele gravava suas dívidas de sangue, elencando todos os imortais que juraram fazer o que quer que ele exija deles. Como um avarento recontando seu ouro, Lothaire iria rever seus devedores, reverentemente roçando os dedos sobre as páginas do livro. Ele congelou, sentindo que algo não parecia estar certo. A presença de algo de muito, muito tempo atrás. Ele empurrou o livro de volta dentro do cofre, batendo a porta fechada, então riscando para a borda de sombra da varanda. O sol se pondo estava velado por nuvens nebulosas, mas ainda precisa proteger seus olhos sensíveis enquanto olhava para a cidade. Ele estava sendo perseguido? Como antecipar uma ameaça, quando ele mal conseguia separar a realidade da fantasia? Esperando... observando... Uma vez que a noite caiu, a presença desapareceu. Ou teria ele imaginado aquilo? Inquieto, ele voltou para a sala de estar. Saroya surgiu pouco depois. Ante a visão dela, ele deu de ombros tentando espantar sua inquietação. A espera valera a pena. Um longo vestido de seda negra moldava-se sobre cada curva dela. A frente era um V profundo cortando todo o caminho até a cintura. Finas tiras de couro cruzavam-se sobre o peito, mantendo o material no lugar sobre os seios cheios. Quero vê-los. Pela primeira vez. Lothaire nunca contemplara sua forma nua. Os olhos estavam fixos em seus movimentos, naquela engenhosa peça do vestuário feminino, totalmente criada para fazer os homens fantasiarem sobre como lentamente desatar aqueles laços até libertar sua carne. Ela tranquilamente desfilava pela sala, seus saltos stilettos dando-lhe a ilusão de altura. Seu cabelo úmido, com cheiro de xampu perfumado pesava em suas costas. Sua maquiagem foi aplicada generosamente. Ousadas pinceladas de blush fazendo corar as bochechas e marcando profundas sombras quase embotando as nuances de sua ossatura finamente estruturada. Seus olhos foram maquiados em tons de marrom, preto e prata. Seu batom era escarlate. Ela tinha os lábios declaradamente sensuais, um beicinho em forma de arco. E as unhas pareciam malvadas, como se sangue escorresse de cada dedo. Um toque muito agradável, Saroya. No geral, o efeito foi flagrantemente sexual. Por todos os deuses, ela era uma peça linda, e logo ele a reclamaria como dele. Ao formar esse pensamento, seu eixo inchou. Ele se moveu desconfortavelmente, ajustando o casaco longo, tentando disfarçar sua reação a ela. A pressão crescente... Lothaire tinha trinta e três anos quando teve uma mulher abaixo dele, a noite antes de seu coração ter parado de bater, e ele ser congelado em sua forma imortal. Até essa idade, ele se divertiu com mulheres de todas as facções no Lore, tomara uma nova a cada noite. Agora ele estava sofrendo os impulsos e as urgências de sua juventude tudo de novo?

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Entre sua sanidade cada vez menor e sua ereção inconveniente, ele descobriu que era impossível se concentrar na sua jogada final. Ele começou a marcar passo, tendo que se lembrar de não se teletransportar na frente dos mortais. Eu não posso perder o foco. Finalmente, ele estava à beira de conquistar o trono da Horda. Ele já completara a tarefa mais desafiadora matando Stefanovich eras atrás. Embora não antes de o velho rei lançar um ataque contra seu filho bastardo com uma incompreensível malícia. A terra esta ruindo sobre mim... Não, foco na jogada final! Sobre o anel. Ele permitiria a Lothaire destruir o espírito de Elizabeth e transformar Saroya em vampira. Uma medida vital de proteção para sua Noiva, e a chave para assegurar o trono da Horda para ele. E o anel lhe daria o poder para encontrar e aniquilar o Daci. Para finalmente localizar Serghei. Um anel que unificaria a eterna companheira de Lothaire, dois reinos, e a vingança pela qual ele ansiava desde o assassinato de sua mãe... Saroya começou a finalizar suas compras, seu comportamento era entediado. Ela apontou a cada cabideiro de roupas, ordenando. — Coloque-os em meu guarda-roupa. — O quarto dela, um adjacente ao seu próprio, tinha um closet de tamanho gigante, mas ele duvidava de que tudo aquilo coubesse mesmo dentro daquele espaço que mais parecia uma caverna. Com um ar ofendido, ela percorreu os mostruários do joalheiro. — Eu vou ficar com todas essas bugigangas. Bugigangas de oito dígitos. Lothaire suspirou. Bem-vindo ao matrimônio. Todos os olhares caíram sobre ele. Com uma ondear negligente de sua mão, ele aprovou os gastos. Se possível, os seres humanos se submetiam ainda mais, o que aumentava sua irritação. Quando Saroya voltou para sua suíte e se acomodou em uma cadeira para ter seu cabelo cortado, ele a seguiu. — Acaso eu não posso ter privacidade? — ela perguntou. — Não, — ele disse simplesmente. Não mais. Ele possuiria aquele corpo tanto quanto ela o fazia. Ele estaria lá para quaisquer alterações. — E depois disso, eu quero vê-la com as roupas que eu comprei para você. — Ele se inclinou para falar junto ao seu ouvido, — Ver você naquela lingerie. — Seu olhar mergulhando, deixando-se levar avidamente nas ondas dos seios dela. Uma puxada em uma daquelas tiras de couro do laço... e toda aquela dourada carne transbordando. — É claro, meu amado, — ela disse, muito maciamente. Ele beliscou seu queixo, virando-a para encará-lo. — Saroya, eu não lhe comprei todas estas coisas para seu único benefício. — Ele nunca pensaria em dar um presente sem pensar em um retorno sobre seu investimento. — Eu comprei tudo isso para que nos dois possamos desfruta-los. Assim como nós faremos com esse seu novo corpo.

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Ela arqueou as costas sutilmente. — Um corpo como este foi feito para o sexo, não concorda? Ele rangeu os dentes antes de dizer: — Eu só posso imaginar, uma vez que nunca o vi. — Logo, Inimigo dos Antigos. Eu prometo. Lothaire debateu consigo mesmo sobre acreditar nela. A mitologia sobre Saroya era escassa na melhor das hipóteses, e contraditória. Algumas diziam que ela era tão frígida quanto mortal para os machos quanto sua gêmea Lamia era sexualmente apelativa para eles. Outras diziam que Saroya havia participado de depravadas orgias em seus templos. Vê-la assim, com essas roupas e maquiagem que gritavam “Fodam-me” o faziam apostar na última opção. Mas não importavam quais fossem suas inclinações, ele sabia que a Grande Saroya não aceitaria facilmente um companheiro de cama como ele, um macho que exigiria obediência em todos os sentidos. E ele nunca iria estuprar uma fêmea. Por isso, aquilo poderia envolver toda a sua considerável experiência para trazê-la aos seus pés. — Tosquie isso. Até a altura do meu queixo, — ela ordenou ao estilista. — Ah-ah, — Lothaire falou rouco. — Mantenha-o longo. — Ele nunca vira um cabelo tão lindo, um ondulado que capturava a cor do mink5 nele. Agora ela queria cortar tudo fora? Depois de ele ter ficado imaginado como seria enrolar seus dedos através deles infinitas vezes? Depois de ele ter fantasiado agarra-lo com seus punhos, enquanto deslizava o seu eixo dentro e fora de sua boca...? Saroya se eriçou. — Eu o quero curto. Ele estalou os dedos, e o estilista correu para fora do quarto, fechando a porta atrás dele. — Eu prefiro ele longo. — É o meu cabelo. Ele lhe deu um olhar sarcástico e divertido. — Este corpo é tanto meu, quanto é seu. Seus olhos brilharam. — Eu o habito. — E eu o roubei da prisão. Eu vou ser aquele a alimentá-lo, resguardá-lo. Este corpo estaria morto se não fosse por mim. Portanto, eu o possuo. — Você esquece que eu sou uma deusa, — ela sussurrou. — Sua deusa. E uma vadia também. Mas então, não eram todas as deusas afligidas com o a arte de ser uma vadia? Embora soubesse que não poderia esperar nada diferente de Saroya, ele poderia muito bem começar a colocar ela na linha. — Você esquece que não tem mais nenhum poder. Então, por agora, eu sou seu deus. Pare de me forçar, Saroya. — Ele sustentou seu olhar. — Você não vai gostar quando eu forçar de volta.

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Pele de marta, carnívoro mustelídeo que ocorre na Europa e na Ásia; de hábitos noturnos e perseguidor de toda espécie de mamíferos pequenos, e que é muito procurado por sua pele fina e valiosa.

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Capítulo 8

Saroya abriu seus lábios para amaldiçoar Lothaire para a superfície do sol, mas a sua visão vacilou. Ela levantou a mão de unhas recentemente feitas até a testa. Ela podia sentir Elizabeth já tentando ascender, como se a menina estivesse se lançando contra qualquer parede interna para separá-las. Um lembrete do quanto Saroya precisava deste demônio. Por enquanto. Controle essa sua raiva justificada, diga a ele o que ele quer ouvir. — Lothaire, eu era uma divindade do primeiro Éter. Eu não estou acostumada a renunciar a qualquer controle que eu esgrima. E agora eu tenho estado há muito tempo oprimida e encurralada. Eu tenho certeza de que alguém tão grande quanto você dificilmente poderia imaginar o quão baixo eu fui forçada, mas tente. Imediatamente, ela percebeu uma mudança nele. Suas palavras o haviam afetado. — Eu entendo, deusa. — Agora ele carinhosamente enrolava o dedo indicador sob o queixo dela. — Mas, neste assunto eu não vou ceder. Ele não pode mentir. O que significava que ele realmente não cederia. — Então vou deixar tudo isso. — Ela acenou para a pesada massa de cabelos. — Para o seu prazer. Seus olhos se escureceram com a necessidade. — E o que mais você faria para o meu prazer? Nada. Nunca mais. Naquela noite, ela o deixou beijá-la, algo que ela mal conseguiu disfarçar como era revoltante quando descobriu esse lado lascivo dele. Se ele não tivesse estado em um tal frenesi pelo seu sangramento, acaso ele teria detectado a reação dela? Ela sabia que ele não estaria tão motivado para garantir a posse do Anel de Somas para ela se descobrisse o quão sexualmente repelente ele parecia para sua Noiva. Como ela poderia disfarçar se ele quisesse saciar-se dela agora? Reprimindo um arrepio, ela ronronou. — Em breve, você vai ver. Mas, por agora, deixe-me concordar com seu desejo sobre o meu cabelo. — Antes que ela se levantasse e girasse nos calcanhares para chamar os humanos de volta, ela viu seus olhos se estreitarem com suspeita. Quando o estilista começou a aparar escassos centímetros de sua longa juba, Lothaire tomou um assento nas proximidades, como se em guarda sobre cada tesourada. Assistir a este processo parecia ser relaxante e estimulante para ele. Conforme a escova deslizava através de seu cabelo, suas pálpebras ficavam pesadas, mesmo quando ele se inclinou para frente, avançando em direção à borda da cadeira. Ele claramente precisava dela para muito mais do que o seu trono. Como ela poderia mantê-lo afastado por, possivelmente, um mês? Talvez, desviando sua atenção para outra?

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Encontrar uma parceira de cama para ele, não seria difícil. Mesmo ela poderia admitir o quão bonito ele parecia em suas vestes sob medida. Seu cabelo comprido e loiro estava limpo do sangue e com um estilo aparentemente descuidado que lhe dava um ar que resultava perfeitamente decadente. Ele usava óculos escuros para esconder os olhos e um longo casaco para cobrir a sua reação física a ela. O conjunto o fazia parecer ainda mais ladino. Especialmente com a sombra dourada escura de pelos em sua mandíbula. Aquilo fora congelado para sempre com ele, ele poderia raspar o rosto, mas logo voltaria para o mesmo dissoluto comprimento. As mulheres e homens aqui o cobiçavam tão intensamente, que ela podia sentir o desejo deles. Ele deveria levar algum daqueles para a cama ou todos eles. Vou cuidar disso. Uma vez que o estilista terminou, Saroya olhou para o espelho, desdenhando o resultado, mas o que ela poderia esperar, considerando as restrições que Lothaire impôs? Os macios cachos pareciam flutuar, e a faziam parecer mais jovem, mais inocente. Menos poderosa. Embora ela detestasse o sexo, ela fazia questão de parecer sexualmente receptiva, uma ilusão conveniente, como a usada por uma planta carnívora. Saroya gostava de atrair suas vítimas com promessas de realizar seus sonhos mais selvagens somente para entregar seus piores pesadelos. Ela se deleitava em imaginar que o último pensamento de cada um daqueles lamentáveis seres era: Eu acreditei que ela me queria. A voz era baixa e áspera quando Lothaire disse: — Eu estou satisfeito. Saroya retrucou. — Então, por todos os meios, os mortais podem viver. O cabeleireiro pensou que era brincadeira e riu, mas calou-se diante da expressão impassível de Saroya. Então Lothaire começou a expulsar rapidamente os humanos do apartamento, antes que Saroya pudesse garantir uma parceira de cama para ele. Ele, sem dúvida, acreditava que, eliminando quaisquer possíveis objeções do caminho, ele e sua Noiva poderiam começar a dar prazer um ao outro de outras maneiras. Quando ficaram a sós, ele riscou até ela, olhando-a. Como se ouvisse a sugestão, o estômago dela roncou. Ele largou a mão. — Você não comeu o dia todo? Outro roncado. Ele exalou, parecendo relutantemente divertido, como se encontrar um traço humano nela resultasse ligeiramente pitoresco. — Eu tenho uma refeição preparada para você. — Comer alimentos mortais? — Ao mero pensamento, ela ficou enjoada. — Eu me recuso. — Você não pode recusar. — Vou comer assim que você o fizer. — O vampiro poderia comer tão facilmente como um mortal poderia beber sangue, mas ele acharia o mesmo tanto saboroso.

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— Saroya, você sabe que isso não vai acontecer. — Eu vou me alimentar quando eu puder beber sangue mais uma vez. Eu agora sinto uma necessidade febril. — Você não tem estômago para isso agora? Ela balançou a cabeça. — Eu tentei isso com Elizabeth. Ao primeiro sinal de náusea, eu recuei para o fundo, muito feliz com o pensamento de acordar vomitando baldes de sangue. — As pequenas coisas da vida... — E depois de forçá-la a ficar dormente, o que então? Você terá que alimentar este corpo humano até que eu possa transformá-lo em um vampiro. Repetindo suas palavras, ela disse. — Nisto, eu não vou ceder. Deixe Elizabeth alimentar-se. — Você quer que ela se levante de vez em quando? Caso contrário Saroya seria obrigada a comer e a satisfazer seus desejos. — Você pode mantê-la prisioneira aqui quando eu recuar? Você tem um guarda para proteger este corpo da busca de La Dorada, enquanto você procura o anel? Sua testa estava sulcada, sua mente complicada já trabalhando nos detalhes. Lothaire pode ter os desejos de um primata, mas sua mente a impressionava. — Este apartamento está protegido contra invasões e fuga. É escondido de qualquer ser no Lore. — Como? — Eu sei que alguns dos métodos antigos, — disse ele. — Eu usei um feitiço Druida para criar uma fronteira invisível ao redor do apartamento. Mesmo Dorada não poderia cruzar essa fronteira. — Então, onde está a tranca? — Em algum lugar nesta habitação ele inscrevera, gravara ou pintara símbolos, um código intrincado. Poderia ser prudente saber onde estava, bem como o código reverso para desbloqueá-lo. — Dentro do meu quarto. — Antecipando sua pergunta, ele disse: — A combinação é atualizada durante o dia, apenas no caso de um adivinho talentoso começou a espionar sua existência. Ela ia deixar essa mentira por agora. — Excelente vampiro. — Ela estava assegurada pela precaução que Lothaire tomara e convencida de sua dedicação em mantê-la segura, para devolvê-la à sua antiga glória. Afinal, ele estava preso a ela para sempre. Sim, ela estava confiante. O suficiente para que ela se recusasse a chafurdar nesta fraca concha mortal, por mais tempo do que o necessário. — Então você pode lidar com Elizabeth. E, talvez, fazê-la ganhar um pouco de carne? Lothaire, se eu pudesse confiar em você para ver isto feito, eu poderia dormir até a minha transformação, construindo a minha força. — Ela precisaria de toda sua força para dobrar Elizabeth à sua vontade.

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— Dormir o tempo todo? — Ele estava incrédulo. — Eu disse que poderia demorar um mês! Eu deveria ficar sem a minha fêmea por todo esse tempo? Cio animal! — Um mês se parece com segundos para mim, dificilmente um descanso suficiente para me refazer. E você esteve tanto tempo sozinho. Além disso, você não deverá ter tempo para uma fêmea, porque você estará trabalhando incessantemente para encontrar o anel! Ela podia vê-lo lutando para controlar seu temperamento. — As circunstâncias são diferentes agora. Minhas necessidades são fortes, e minha mente quer se aproveitar delas. Eu não posso me dar ao luxo de perder minha concentração. — Muito bem. Vou tentar subir amanhã à noite, — ela mentiu. — Não apenas tente, deusa. — Ele pegou o pulso dela, forçando a palma da mão dela contra sua pulsante ereção. — Eu sou um macho sangrado. Vou ter outro alívio para esta dor. Com você ou com uma estranha. Decida. Saroya puxou sua mão de volta, abrindo os lábios para dizer-lhe que procurasse por uma estranha. Mas então ela percebeu que garantir uma parceira de cama poderia tomar um precioso tempo de sua busca, e seus flertes com uma outra limitariam o tempo que ela pessoalmente se manteria neste corpo. O que não serviria. Não com Dorada em cena. Uma ideia surgiu. Por que não deixar Elizabeth suportar suas paixões primitivas? — Você pode saciar-se em Elizabeth. — Pelo menos, até certo ponto. Saroya não queria que seu templo favorito fosse contaminado com os descendentes de Lothaire. — Satisfazer-me com uma humana, — ele cuspiu com nojo. — Com essa humana? — Eu lhe dou licença para usá-la à vontade. Basta resguarde sua reivindicação para mim, e não marque a sua pele ainda mais com suas mordidas! — Você pede muito de mim, fêmea. Hora de massagear seu ego. — Mas isto é apenas temporário, meu rei. Eu apenas quero ser sua em todos os sentidos, para governar a Horda ao seu lado. Você é um homem grande e poderoso. Você merece uma rainha que combine com você, Lothaire. — Ela forçou-se a descansar as mãos no peito dele. — Imagine uma eternidade de sangria juntos, caçadas juntos, conquistas juntos... Ela sabia que ele há muito tempo sonhava que essas coisas acontecessem estoicamente. A necessidade de Lothaire por governar sobre seus irmãos não era meramente uma obsessão. Era patológico. O que se encaixava perfeitamente em seus planos. Pelo resto do tempo, ela se esforçaria em obter sua divindade de volta, mas pelo presente, ela aceitaria governar um reino de criaturas que viveram na maneira que ela determinara... Alimentando-se de outros, reclamando a noite como seu próprio domínio. É claro que, em última instância, ela seria a governante suprema destas criaturas, e Lothaire seria seu consorte bajulador. — Como sua rainha, vou colocar a coroa sobre sua orgulhosa cabeça e me regozijarei como todos os seres da noite que tremem diante de ti.

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Suas sobrancelhas se juntaram, seu anseio por esta visão era palpável. — Em breve, meu rei, — ela murmurou, pouco antes de uma outra onda de tontura tomar conta dela. Ela se moveu para a beira da cama, afundando. Ele balançou a cabeça duramente, ordenando-lhe. — Combata-a agora. Permaneça comigo. — A menina se aproxima. — Saroya dava irritados chutes com seus stilettos. — Não há nada que eu possa fazer, Lothaire. Basta usá-la! — Maldição! Você não sabe o que está dizendo. Você subirá amanhã à noite, deusa, ou sofrerá a minha ira! Seus ouvidos vibraram se fechando e a escuridão a levou.

Capítulo 9

Ellie acordou em um susto com uma inspiração frenética. Cada vez que ela se levantava era como lutar contra uma onda, seu caminho ao longo de um túnel negro e silencioso apenas para acabar em uma rápida corrida. Agora ela virava a cabeça ao redor, encontrando-se em uma sala escura deitada sobre os mais macios lençóis que já imaginou. Não estou na prisão. Memórias da tarde voltaram como uma onda quebrando sobre ela. A boca quente de Lothaire contra seu pescoço. Suas presas raspando sobre sua pele alcançando o sangue. Sua língua serpenteando para as gotas. Ela estremeceu. Ele havia provado o sangue dela. Oh, meu Senhor, vampiros existem. A possessão demoníaca não foi bem um salto tão para uma menina de Appalachia, lar de manipuladores de serpente, do falar em línguas, e a fábula do homem alado. Mas a ideia de um vampiro bebedor de sangue deixava todo o seu mundo de lado. E se isso era verdade, então ela não tinha razão para não acreditar que Saroya era uma divindade. Ellie jogou seu braço sobre o rosto, gemendo pela sua miséria. — Oh, Deus. — Eu não sou o deus a que você está se referindo, — Lothaire entoou de um canto escuro. — Apesar de que, para você, eu poderia muito bem ser. Ela deu um pulo na cama, olhando para o escuro. Seus olhos vermelhos brilhavam das sombras como brasas. — Você! — O pesadelo continuava. Muito conveniente, desde que agora era noite lá fora. As cortinas estavam puxadas para trás e uma brisa fria soprava pelas portas francesas entreabertas. A linha do horizonte brilhava no céu à distância. Mais um dia de tempo perdido. Mas ela supôs que nem todo o tempo foi desperdiçado agora. Então, ela avaliou o seu corpo. Sem sangue?

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Ela estava vestindo um traje de seda que era quase indecente, com pulseiras e anéis que a adornavam. Longas unhas vermelhas nas pontas dos dedos. Sem pele escavada debaixo delas? Saroya sempre a deixava em horríveis cenários. Então, onde estavam os cadáveres? — Será que Saroya... ela matou enquanto eu estava inconsciente? — Não. Ellie exalou com alívio. — Minha Noiva estava muito cansada, por isso ela a chamou mais cedo esta noite. — Desde que Ellie o vira pela última vez, ele se lavara, limpara o sangue e trocara a roupa por uma camisa negra de botões e uma calça negra de cós baixo. — Mas há sempre um amanhã. — Se o seu objetivo é tornar-me infeliz, pode considerar essa missão concluída com sucesso. — Ela sempre acordava de seus apagões exausta e faminta. Mesmo que ela não estivesse coberta de sangue, sentia-se suja e usada. — Então, o que foi que eu perdi? — Ela bateu a palma da mão na testa. — Oh, é claro, por fim, eu me lembro, você é um vampiro. — Eu sou. — Ele estava se dirigindo a ela de uma forma diferente. Mas por quê? Como ela poderia estudar uma pessoa quando ela estava fora do palco durante a metade de suas interações? Ela não podia obter uma pista sobre seu humor também. Ele não parecia furioso ou louco de qualquer forma. Apenas parecia se conter com absoluta tranquilidade. Como um predador. Ela engoliu em seco. — Você bebeu mais do meu sangue, enquanto eu estive fora? Em um tom sarcástico, ele disse: — De alguma forma eu consegui me conter. O alívio a deixou mais valente, e ela retrucou. — Seja sarcástico o tanto que você quiser, senhor, mas você estava lambendo da minha veia como um filho da puta antes que eu fosse expulsa. — E você estava adorando. Gemendo e se esfregando contra mim. Ela afastou o olhar pelo constrangimento. Porque o que ele dizia era verdade. O prazer que ela sentiu foi desconcertante... — Você realmente não se lembra de nada do resto da tarde? Ela balançou a cabeça secamente. — Deve ser enlouquecedor, não ter nenhum controle sobre seu corpo. Se você odeia tanto disso, então por que se esforça para subir? — Porque este é o meu corpo. — Ela bateu em seu peito quase à mostra, e as pulseiras em seus pulsos tilintaram. — Meu! — Incorreta. Tenho apostado minha reclamação sobre ele. E em breve você vai cedê-lo para outra mulher. Ele estava tentando expulsar sua alma! Ellie se lembrou do tanto que se sentiu derrotada quando ele ameaçou sua mãe e irmão, até que percebeu que ainda tinha uma última jogada a fazer. Se ela pudesse chegar a um telefone, ela poderia ter certeza de que sua família estava escondida. Então não haveria moeda de troca para o vampiro. Ellie poderia acabar consigo mesma e levar Saroya com ela.

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Este guaxinim não foi encurralado ainda... — Se você esta pronta para morrer por causa disso, então por que não recuar e permita que ela a governe? — Ele perguntou. — Você teria simplesmente que dormir dentro de sua forma física, com nada mais de dor, nem medo. Eu não teria necessidade alguma de livrá-la de sua alma. — Eu estava pronta para morrer para punir uma assassina que mata homens de bem. Não dar-lhe um passe livre. — Ela acrescentou as últimas palavras distraidamente, sentindo como se algo não estivesse certo sobre seu corpo. — Não continue a lutar comigo, Elizabeth. Qualquer um que cruza espadas comigo perde. É apenas fato. — Huh? — Alguma coisa estava definitivamente errada lá embaixo. Com irritação crescente, ele dizia: — ...cruzar espadas. Você está perdendo... — Sim, bem, talvez seja porque você nunca conheceu alguém como eu. Eu sou mais teimoso do que qualquer um que você já encontrou. — Uma declaração ridícula, de uma menina ignorante. Eu tenho milhares de anos. Eu encontrei milhões de oponentes. — Milhares? Isso é um ancião! — Ela gritou. — Então sanguessugas são imortais? — Vou lhe dar um momento para conseguir envolver sua mente insignificante em torno disso. — Extremamente atencioso de sua parte. Mas não importa. Eu ainda sou mais teimosa do que uma mula do que qualquer um. Posso ser mais teimosa do que uma montanha. É apenas a minha natureza. — Maldito seja, por que ela se sentia tão estranha entre as pernas? Lothaire abriu a boca para dizer algo, mas ela o interrompeu. — Eu tenho que usar o banheiro. Ele exalou em irritação e apontou em direção a um corredor. — Por ali. Ellie levantou da cama, estremecendo ao ver o resultado da sua pedicure e seus pés doloridos. Um par de stilettos jazia largado no chão. Saltos, Saroya? Isso é simplesmente cruel. Capitulando, Ellie pensou que vivia com os pés descalços uns bons sete meses a cada ano. Na prisão, eles lhe deram macias sapatilhas. Sapatos era um hábito estranho, saltos eram pura tortura. Passando por um longo corredor, ela viu o banheiro. O interior era espaçoso. Um piso de mármore brilhava, pias e balcão combinando. Toalhas felpudas, bonitas demais para serem usadas, penduradas de uma prateleira aquecida. Quando ela se virou para examinar a si mesma no espelho que ia de parede a parede, ela engasgou com seu reflexo. O vestido preto que usava era da mais fina seda, mas seu decote mergulhava até que seu umbigo estava visível. Seus seios estavam tudo menos pulando para fora, o tecido fino claramente delineava o pouco deles que estava coberto. Ser exposta desta maneira poderia tê-la envergonhado, mas a prisão e os banheiros comunais acabaram com qualquer indício de modéstia, que ela uma vez possuíra.

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Ela tinha um moderno corte de cabelo novo e elegante e manicure e pedicure, mas camadas de maquiagem cobriam seu rosto. Seus lábios estavam vermelhos brilhantes, os olhos marcados com chamativas sombras. Ela parecia uma versão estrela pornô de si mesma. Maquiagem também escondia o arranhão que o vampiro lhe dera. Ela examinou o pescoço e peito buscando mais picadas, mas não encontrou nada. Então ele disse a verdade. Considerando a forma como ele lambeu o fluxo de sangue antes, ela tinha certeza de que ele mordera Saroya e terminara o trabalho. Então, por que ele se absteve? Saroya dera sua virgindade a Lothaire em vez disso? Para todas as vezes que Saroya demonstrara adorar assassinar homens, ela nunca se divertira com um! Ellie subiu a bainha do vestido, e quase gritou. Saroya a depilara, completamente. — Que porra é essa? — Careca como uma bola branca. — Quem faz isso? — Seu rosto se aquecendo. A nudez era tão descaradamente sexual. Certamente Lothaire a deflorara hoje. Ela se sentou no vaso sanitário, pensando sobre isso com naturalidade começou sentindo-se, delicadamente sondando dentro. Sem ferimento. Sua virgindade estava intacta. Então, não houvera nada de sexo e nada de mordidas? Será que os vampiros fazem mesmo sexo? Ela se lembrou de quando ele lambeu o sangue dela. Seus olhos se arregalaram. — Oh! — Ele tivera uma ereção, estivera duro contra suas costas. Talvez a psicótica Saroya lhe houvesse negado. Se ela era realmente uma deusa, então talvez pensasse que sexo estava abaixo dela. Então, por que a depilação com cera? Ellie esvaziou sua bexiga, lavou as mãos, em seguida, voltou para o imortal milenar esperando por ela. O quarto estava agora iluminado. Dispositivos embutidos de iluminação emprestavam um brilho ameno. Uma vez que os olhos se ajustaram, o rosto ele chamou sua atenção, e ela deu um passo tentativo. Na primeira noite em que o vira, ela estivera petrificada demais para registrar muito de aparência, além do óbvio: demônio de olhos vermelhos! Então hoje cedo, ele havia estado coberto de sangue. Agora? Querido Deus, ele esta... bem. Todas as suas cinzeladas feições e os cabelos loiros despenteados. Mesmo aqueles olhos assustadores não conseguiam prejudicar o resto do seu rosto, apenas o fazia parecer como uma espécie de anjo caído. Uma vez que pode erguer o olhar dele, ela observou outros detalhes, como o tamanho do quarto. — Se ele apenas não fosse tão escuro, — ela murmurou, embasbacada pela altura do teto. Decorado em tons de creme, o aposento era tão espaçoso que foi dividido em estúdio, sala de estar e quarto de dormir. A mobília era tão luxuosa, que ela temia tocá-la. No entanto, os colchões king-size estavam direto no chão. — Você tem algo contra estrados de cama? — Os vampiros gostam de dormir o mais próximo possível do chão. — Mas não estamos no primeiro andar.

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— Triplex Vinte e cinco acima do térreo. Também gosto de ter a cobertura. Ela nunca ouvira falar de triplex antes! Ela avistou um enorme parque para além da varanda. — Isso é mesmo... o Central Park? — O que tem isso? Ela correu para fora. Olhando para as bonitas luzes. Melhor do que na TV. Quando ela chegou ao corrimão da varanda, ela levou um empurrão para trás como se tivesse batido contra uma parede invisível. Apenas quando estava prestes a aterrissar sobre sua bunda, Lothaire agarrou-a de lado, mantendo-a de pé. Ele deixou-a sobre seus pés, mas manteve-se próximo atrás dela. Em seu ouvido, ele disse: — Misticamente protegido, lembre-se. — Ele agarrou seu pulso, forçando-a a tocar a fronteira invisível. Os lábios dela se separaram quando ela sentiu a energia pressionando de volta contra sua mão. — Você não pode deixar essas instalações de forma alguma a não ser escoltada por mim. — Ele a soltou, mas não se afastou. — De uma prisão para outra. — Precisamente, — ele murmurou, colocando as mãos sobre seus quadris. Ela congelou, não sabendo o que fazer. Eles provavelmente pareceriam para todo o mundo, como amantes diante da linha do horizonte, em vez de um vampiro e sua prisioneira. Sua pele se arrepiou com a consciência dele. Finalmente, ele a virou para encará-lo. Pagaria para saber o que ele está pensando. — Como você se move tão rápido? — Eu não me movo muito rápido. Vocês, mortais, se movem muito lentamente. — Seu olhar caíra para o V revelador do seu vestido? — E como você desaparece e aparece? — É chamado de riscar, que é como os vampiros viajam. — Ele franziu a testa, deixando cair suas mãos. — Se passou um longo tempo desde que eu tenha falado com alguém que sabe tão pouco sobre o nosso mundo. Inacreditavelmente, é ainda menos do que você sabe sobre o seu próprio. Ele começou a voltar para o quarto, ordenando por cima do ombro. — Venha. Ela encontrou seus saltos cavando o carpete. A única coisa que manteve acesa uma vela por sua teimosia foi a sua incapacidade de aceitar ordens. — Você realmente acha que é meu dono? Ele enfrentou-a com um olhar brando. — Sim. Odeio ele!

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— Então, mais cedo, quando você estava arrumado para me informar como as coisas seriam, você estava, basicamente, me dizendo que eu vou ser uma escrava até o dia em que acabar comigo! — Em tantas palavras. — Começou a circulá-la, um estranho a rondando que a assustou como o inferno. Então ela projetou o queixo. — E para onde exatamente você vai mandar a minha alma? — Mandá-la? Hmm. Eu mesmo não sei para onde as almas vão depois desta existência. Circulando, rondando. Minha única preocupação é que ela esteja fora de seu corpo. — Isso se eu mesma não me levar para fora antes disso. — Você não vai. Vou usar a sua fraqueza, seu amor por sua família para mantê-la longe de prejudicar a si mesma. — Você é realmente o tipo de homem que mataria uma mulher indefesa e um rapaz? — Ela exigiu, embora tudo sobre este homem gritasse que ele era. Sustentando o seu olhar, ele respondeu: — Eu vou fazê-lo sem hesitação para conseguir o que quero. E eu farei isso com prazer se você continuar a me desafiar. Ele é um animal... então é melhor tratá-lo como um, Ellie. Não demonstre medo. — Implore-me por suas vidas agora, Elizabeth. Interceda por eles. Com mais bravata do que ela já fingira antes, disse. — Você iria me odiar mais do que já o faz. Então, eu vou fazer melhor. Eu vou negociar com você. — Negociar? — Ele repetiu, parecendo intrigado. Então, sua expressão tornou-se fechada. — Somente aqueles com poder podem negociar. Você não tem nenhum. — É aí que você se engana. Eu consegui impedir Saroya de subir uma ou duas vezes no passado. Eu vou-me esforçar contra ela ainda mais. Eu não vou dormir ou comer. Eu não vou pensar em nada, exceto como enterrá-la dentro de mim tão profundamente que ela nunca mais vai ver a luz do dia. — Ellie pensou que ele ficaria furioso com isso. Em vez disso, ele novamente parecia interessado. — Eu gosto de um bom negócio. Mas eu também gosto de fazer meus inimigos mendigarem. — Você precisa de mim viva, mas você precisa mais do que isso. Você vai precisar de minha colaboração. Então o que você tinha planejado para eu fazer depois que eu acabasse de suplicar? — Eu planejei levá-la para jantar. Ela estreitou os olhos para ele. — Eu com certeza estou com fome, Lothaire. Poderia comer um cavalo agora mesmo. Viu como é fácil ficarmos juntos? Ele beliscou com força o queixo dela. — Cuidado animalzinho. Se você quiser brincar comigo, não vai gostar quando eu entrar no jogo. — Ele inclinou a cabeça para ela. — E por esta facilidade, o que você quer em troca? — Não deixe Saroya matar.

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Depois de um momento considerando, ele disse: — Até que você se vá? De acordo. E você vai obedecer aos meus comandos, sem questionar, ou sua próxima infração custará o fim de sua família. Tentar impedir Saroya de subir ou prejudicar a si mesma de qualquer maneira equivalerá a você mesma tomando as cabeças dos pescoços deles com suas próprias mãos. Você me entende, Elizabeth? — E-eu compreendo. — Em seguida, ela acrescentou, — Eu entendo que toda a minha família está a salvo de você e de qualquer um que trabalhe com você, enquanto eu estiver cooperando. Ele ergueu uma sobrancelha como se espantado por sua temeridade. Ela suspeitava que ela fosse uma novidade para ele. Então o que aconteceria quando a novidade se desgastasse? — Eu ficava imaginando se você estava louca. Decidi agora que você deve estar. — Virou-se e caminhou em direção ao outro quarto. — Siga-me. Ter tido uma espécie de vitória, a permitia seguir atrás dele. Em cada volta, ela era confrontada com mais exemplos de sua riqueza, luxos como ela nunca imaginara, arte, tapetes orientais, parafernálias eletrônicas. Mas nem um único telefone ou computador. Este lugar era um paraíso comparado com a cadeia. O ar estava mais seco aqui, não era saturado de umidade. Enquanto sua ala fora impregnada com o odor de urina e bolor, tudo aqui cheirava a novo. O apartamento tinha duas alas com terraços se espalhando entre eles. Um dos terraços até tinha uma piscina. Um paraíso em comparação a qualquer lugar. — Quantos quartos existem neste lugar? — Mais de uma dúzia incluindo os três andares. — Você mora aqui sozinho? — A partir de hoje, eu vivo com Saroya e uma prisioneira temporária. Então um pensamento golpeou. — Estamos acertados de que vamos comer juntos? — Não quer me ver beber o meu jantar? Ela nunca fora sensível às questões que envolvem sangue, havia caçado cervos toda sua vida com todos os seus tios, eventualmente acabando por fazer seu próprio negócio como orientadora em viagens de caça. Após isso, os crimes de Saroya endureceram Ellie ainda mais. Sem mencionar que a cadela bebera baldes de sangue... Mas Ellie não negociara que Lothaire não podia matar. Nem que ele não podia beber dela. — O sangue em si não é um problema. Estou mais preocupada com o onde você vai obtê-lo. — Normalmente de um jarro na geladeira. Por esta noite, você vai comer sozinha. Estou aqui apenas para garantir que você ganhe peso. Preencha mais as suas curvas. Saroya acha que você está muito mirrada. Não havia absolutamente nada de errado com suas curvas! — Então talvez vocês dois deveriam raptar uma menina mais gorda, uma já formada com as características que atendam às suas necessidades.

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Ele apareceu ao lado dela em um instante, sua mão fechando sobre um dos seus cotovelos. — Você é minha. Seu corpo é meu por direito. Eu o possuo. Quanto mais cedo você aceitar isso, melhor para você. Ela tentou se soltar, mas o agarre era como um torno. — Você é o único louco por aqui! — Devo voltar com a cabeça de sua mãe? Talvez eu deva usá-lo como centro de mesa. — Eu ainda estou cooperando! — Ele era a pessoa mais assustadora que já encontrou! Ninguém nas montanhas de sua terra natal ou mesmo no corredor da morte poderia se comparar. Seu sorriso se aprofundou. — Então, quem é o seu dono? Diga as palavras! Obrigue-se a dizê-las! — Você é. Ele a soltou. — Boa garota.

Capítulo 10

— Sente-se. — Lothaire apontou para a sala de jantar. Junto a extensa mesa coberta de baixelas e utensílio de prata se viam pratos e talheres postos para dois comensais, em uma configurações suficiente para confundir a menina. Elizabeth olhou ao redor. — Quem cozinhou tudo isso? — Um chef veio mais cedo, — Lothaire disse uniformemente, surpreso com sua persistente lucidez. Antes de Elizabeth ter acordado, ele assistiu a ascensão e queda de seu peito, suas pálpebras ficando mais pesadas. — Como o cozinheiro conseguiu passar pelo campo de força? — Ela perguntou. — Eu pensei que era impenetrável. — E é. — Em teoria, a fronteira nunca poderia ser violada, protegendo-a contra as legiões de seres imortais que dariam qualquer coisa para mata-la ou captura-la, só para punir ou chantagear Lothaire. Se eles pudessem encontrar este lugar. Mas Lothaire não corria nenhum risco. Em sua longa vida, ele descobriu que sempre que uma coisa era descrita no Lore, com advérbios como sempre, ou nunca acontecendo, o destino normalmente provava que ele estava errado. — Eu posso abri-la à minha vontade, é claro. Quando ela escolheu o assento na borda mais extrema, ele estalou:

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— Ah-ah. Não nesse lugar. Você não se sentará aí. — Ele não tivera qualquer controle sobre as prostitutas mortais de Stefanovich em todos aqueles anos no passado, mas agora, em sua própria casa, ele ditaria as regras para esta humana. — Está bem, está bem. — Ela se mudou para o lugar marcado, então sentou. — Continue. Com um relance, ela desdobrou o guardanapo e colocou-o no colo, então colocou porções de comida em seu prato. Quando ela começou sua refeição, dando delicadas mordidas de vários pratos, ele observou que suas maneiras à mesa não eram tão grosseiras como ele esperava. Ela escolheu esse momento para levantar uma garfada de foie gras, descendo-o de volta ao seu prato com um ligeiro plop. — O que é isso? — Não é a comida provinciana a que você está acostumada, mas você vai se virar. — Eu estou satisfeita. Sua refeição mal fora tocada. — Coma. Mais. Quando ela começou a mordiscar os enfeites da comida, ele disse: — Isso é apenas salsinha. — A única coisa que eu reconheço. — Coma mais de qualquer coisa diferente disso. Depois de uma pausa que teria deixado a outros eviscerados, ela cortou um pedaço de uma lagosta que parecia suculenta, dando uma mordida hesitante, então furtivamente cuspiu-o em seu guardanapo. Duas coisas o incomodaram. Ela nunca comera lagosta, que tolo mais disparatado não gostaria de lagosta? Até mesmo ele se lembrava do gosto dela. O salmão não se saiu melhor. Logo, haveria mais comida no guardanapo do que em seu estômago. — A refeição cheira divinamente, ou pelo menos o faria a um ser humano, — ele disse. — Especialmente para um que poderia comer um cavalo. Você esta me desafiando mais uma vez? — Eu nasci e cresci em uma montanha. Então depois, eu fui para a prisão. Eu nunca comi comida como esta. Extravagantes frutos do mar como estes. Se você queria me ver comer peixe, devia ter me trazido uma quentinha do Long John Silver6. Ah, só assim. — Então coma o pão. Ela começou a passar manteiga em um rolo esquisito. — Saroya realmente quer que eu a engorde? — Quando ele acenou com a cabeça, ela disse, — E você concorda com ela? Ele pensou que ela estava adorável agora, quase irresistível, mas não tinha uma preferência muito específica. Mais carne significava mais de tudo o que ele já gostava. E Saroya seria a única que habitaria aquele corpo pela eternidade. 6

Popular cadeia de fast food americana, especializada em frutos do mar.

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— Se a minha Noiva quer, então eu estou de acordo. — Tudo bem, mas não diga que eu não avisei, porque pão demais vai conseguir deixar meu traseiro enorme. — Ela deu uma mordida. — Percebi. — Você fala engraçado. O seu sotaque é europeu? Ele revirou os olhos. — É russo. — Espere! Você disse Noiva? — Elizabeth se arrepiou. — Você se casou com ela? O vampiro exalou, impaciente, sentando à cabeceira da mesa. — O casamento é desnecessário para o meu povo. Nosso vínculo é muito mais forte. — Então o quê? — Uma Noiva é a companheira de um vampiro, a fêmea destinada somente para ele. Saroya é a minha. Ellie processou esta informação. Manter uma mente aberta, então perguntou: — Como você sabe que é ela? Ele inclinou a cabeça daquela sua peculiar forma avaliativa, como se considerando os prós e contras em lhe responder. — Ela me sangrou. — Diante do seu olhar interrogativo, ele disse, — Cada vampiro adulto do sexo masculino anda como um morto-vivo, até que ele encontre sua companheira e ela o sangre, trazendo ele de volta à vida. Saroya fez meu coração bater mais uma vez, fez meus pulmões tomarem fôlego. — Em um tom rouco, ele acrescentou: — Entre outras coisas. — Como você sabe que não foi eu quem... sangrou você? Um músculo saltou em sua mandíbula. — Porque o destino não me faria uma desfeita tão indescritível. Eu procuraria um sol do meio-dia, se eu fosse emparelhado com alguém como você. — Como eu, — ela repetiu suavemente. Ela já fora ridicularizada muitas vezes sobre sua vida para se ofender. Sua pele era tão grossa como uma armadura. — Sim, como você. Uma mortal ignorante, uma garota de caixa do supermercado. Ele pegou a faca mais afiada do arranjo a sua frente, virando-a distraidamente entre o polegar e o dedo indicador esquerdo. — Supermercado? Eu deveria ter tido tanta sorte. Esses empregos eram difíceis de encontrar. Eu trabalhava na loja de suprimentos do meu tio. — Então você é ainda pior. Você era uma caixa da loja de suprimentos que sonhava em ser caixa do supermercado. — Ainda é melhor do que ser uma demônio. — Saroya não é uma demônio, — ele foi ríspido. — Eu não teria uma deles também. — Oh, isso mesmo, ela é uma deusa. E você é um vampiro. Suponho que assombrações são reais, também. E metamorfos? — Então seus olhos se arregalaram. — O Homem Mariposa é real?

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Nas Virgínias, todos ouviam falar de um ser demoníaco alado, com as órbitas de seus olhos totalmente vermelhas. Avistamentos continuaram a ser relatados daquilo voando em meio a escuridão e o pó de carvão. O xerife, que prendera Ellie brincara com os outros que bem poderia ter sido o Homem Mariposa avistado na noite de sua prisão, um encontro divertido no topo isolado da montanha Peirce. — Tudo com o que você sempre sonhou é real, — Lothaire disse. — Toda criatura que você pensou ser um mito. Chamamos o nosso mundo de Lore. E para futuro registro, o Homem Mariposa é fodidamente sagaz. Os lábios dela se entreabriram diante disso. — Como é o seu povo não se expõe para os seres humanos? — Nós somos punidos quando desnecessariamente nos revelamos como imortais. — Então, todos esses "mitos" estão aí fora, secretamente vasculhando as ruas? — E, liderando os governos, estrelando filmes, infiltrando-se nas monarquias humanas. Sua espécie é notoriamente fraca e desatenta em relação ao povo do Lore, de modo que vagueamos livremente sobre a terra, deuses andando entre os seus. Um pensamento horrível a atingiu. — Se você bebeu meu sangue, será que me fez uma vampira também? — Diga não, diga não, diga não. Ele exalou. — Se fosse assim tão simples. — Oh, graças a Deus! O vampiro não gostou nada disso. A tensão zumbia para fora dele. Ele pressionou a ponta da faca que ele segurava contra a almofada de seu polegar direito, girando até que o sangue começou a escorrer. O silêncio reinou. — Lothaire? Ele não respondeu. Gota, gota, gota... Ela mexeu com o guardanapo. A calma estranha intensificava seu nervosismo. A prisão fora um contínuo assalto aos seus ouvidos. Durante o dia, os presos batiam nas grades, guardas marchavam para cima e para baixo nos degraus de aço. Parecia uma gaveta bagunçada de utensílio sendo aberta e fechada várias vezes. À noite, gemidos misteriosos de prazer e de dor ecoavam da enfermaria. Gritos soavam subitamente. A assassina em série que habitava em frente à cela dela do outro lado do corredor amava ficar sibilando para ela no escuro... Finalmente Lothaire pigarreou: — Eu tive mortais me implorando para transformá-los. A maioria dos humanos daria qualquer coisa para se tornar imortal. É considerado um dom inestimável. Ela olhou em qualquer lugar, menos para aquela nova injúria. — Eu nunca iria querer algo assim.

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— Nunca adoecer, nunca envelhecer? Ellie possuía um talento inato para a empatia, para se colocar nos sapatos dos outros. Agora, imaginava como seria viver milhares de anos, como Lothaire aparentemente o fazia. Como poderia ele saborear cada dia de sua vida quando eles eram ilimitados? Como ele poderia experimentar o deslumbramento ou a excitação? — Tudo o que posso pensar é que seria cansativo. Ela viu uma sombra passando sobre a sua expressão? — Então, se eu não já não fui transformada em vampira, — Ellie disse, — e isso não é tão simples de fazer, como você e Saroya planejam ficar juntos? — Eu procuro um anel. Ele tem o poder de transformá-la em vampira. — Transformada em uma vampira? No meu corpo? Se ela é uma deusa, porque ela está escavando em mim como um carrapato? Ele simplesmente olhou para ela com aqueles olhos assustadores, girando a faca enquanto seu sangue começava a fazer uma piscina na superfície da mesa. Embora ele a aterrorizasse, Ellie pressionou diante. — Por que ela estaria dentro de mim, a garota do caixa? Por que eu deveria acreditar que ela é... divina? — Entenda-me, menina. Eu não minto. Nunca. Ela foi amaldiçoada a uma forma humana. — Quem a amaldiçoou? Por que colocá-la dentro de mim? Vendo que ele não tinha a intenção de responder, ela disse: — Olha, vocês vão por o meu corpo fora deste negócio. Eu não estou ganhando nada com isso. Você disse que gostava de uma boa barganha? Você deve reconhecer que esta não é exatamente uma troca justa. Acaso você iria morrer por me dizer por que ela precisa de meu corpo? Seus olhos estavam vagos e distantes e a cor deles se aprofundou, o que lhe disse que sua mente estava à deriva. Dissociação? Ela vira o mesmo olhar hoje cedo enquanto ele vagara. Ocorreu-lhe então que esse vampiro não era apenas maligno. O Inimigo do Antigo poderia ser clinicamente insano. — Outra deusa a amaldiçoou a ser contida em uma forma mortal, — Lothaire finalmente disse, lutando para refrear a loucura. Foco. — Eu não sei por que você foi escolhida. — Que deusa? Saroya tinha uma gêmea, Lamia. Cada irmã extraía sua força da vida humana. Lamia de criála e salvaguardá-la, Saroya de coletá-las e consumir almas. Quando Saroya havia feito uma proposta por mais poder, matando indiscriminadamente e perturbando o equilíbrio, Lamia unira forças com outros deuses e amaldiçoaram Saroya a uma experiência da morte uma e outra vez como uma humana. — A maldição da mortalidade, — ele murmurou. — Poderia haver algo pior? — Ele olhou para baixo, surpreso ao encontrar a si mesmo com a ponta de uma faca fincada em seu próprio polegar. — Lothaire, por que ela foi amaldiçoada? — Elizabeth continuava despreocupadamente.

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Ele lambeu sua nova ferida que pingava. — Porque ela é igualzinha a mim. — Um ser insaciável pelo poder. — Ela viu uma jogada para mais, e a tomou. — Eu não entendo. — Do pizdy. Não me importo uma merda. — Ele estava ficando doente dos outros agirem como se ele estivesse apenas proferindo um disparate. Ele matou a maioria dos que dispensaram aquele olhar interrogativo para ele. Mas ele não poderia prejudicar a humana diante dele, a fêmea com os seus graves olhos cinzentos, constantemente o medindo. Ele olhou para dentro deles por longos momentos, surpreso ao perceber se sentindo mais firme. — Como pode uma menina do meio do mato ter a pretensão de entender algo assim... improvável? Sem quebrar o contato visual, ele se recostou na cadeira. — Eu perguntei a mim mesmo o porque continuamente desde o momento em que eu a vi pela primeira vez. Afinal de contas, no começo, eu não tinha ideia que você fosse nada mais do que uma mera humana, não tinha ideia de como eu poderia estar conectado a você. Por que ele estava conversando com ela tão amistosamente? Talvez porque ele soubesse que ela ia levar os seus segredos para o túmulo? E em breve? Por alguma razão, as palavras pareciam ser arrancadas dele. — Imagine minha abjeta decepção sobre você, fêmea. Lothaire o Inimigo dos Antigos, o mais temido vampiro vivo, o filho de um rei e neto de outro pareado com uma mortal? Muito menos, uma mortal sem qualquer distinção. Eu sou levado a entender que o seu povo é pior do que camponeses. Em vez de indignação, a curiosidade acendeu seu rosto. — Espere. Eu vim primeiro? Você não me encontrou por causa dela? Hey, você está dizendo que você é um príncipe? — Sim, camponesa. — Ele repetiu lentamente. — Os mais humildes dos humildes entre os humanos. — Em seguida, ele enunciou, — Caipiras extremamente atrasados e vulgares. — Fomos chamados de coisa pior já, Senhor. — Diante de suas sobrancelhas levantadas, ela exalou, impaciente. — Contrabandistas de bebidas, balconistas, família buscapé, mãe da montanha, pescoço vermelho, garota do mato, caipira, catadora de lixo, jeca e mais recentemente, cabrita no corredor da morte. — Não há referências à mineiros? Estou desapontado. Tristeza brilhou em seus olhos expressivos. — Meu pai morreu em um deslizamento da mina. Desde então, nenhum dos meus parentes quis trabalhar debaixo da terra. — Naturalmente, a grande e malvada companhia de carvão foi a culpada? — Eu tenho certeza que existam boas, seguras e agradáveis empresas mineradoras de carvão lá fora, mas a Va-Co não é uma delas. Mineração acabou para nós. — E assim vocês permanecem terrivelmente pobres.

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— Parece que sim. O fundo do poço é quando os insultos só doem quando eles vêm de alguém que eu respeito. — Então ninguém lhe ensinou a respeitar os seus superiores? — Você acha que é melhor do que eu porque você é um príncipe? — Ela soava como se não acreditasse? — Eu sou um rei destituído de duas facções de vampiros. Agora eu trabalho para recuperar os meus tronos. — Por que estou dizendo isso a ela? Ele não dava a mínima se ela o respeitava ou não. — Quanto ao resto, eu acho que sou melhor do que você porque você é comprovadamente inferior a mim em todos os sentidos. Riqueza, inteligência, aparência, linhagem de sangue, devo continuar? Ela acenou a distância. — Como você me achou? Você é, obviamente, rico e, oh, é da realeza. Por que você estaria em uma das áreas mais pobres da América? Ele entreabriu os lábios para dizer-lhe que fechasse os dela, mas ela obedientemente deu outra mordida no salmão, na verdade engolindo. — A chegada da minha Noiva fora predita. Um oráculo previu quando e onde ela estaria. Mas não o que ela seria. — A mesma oráculo que o ajudava agora, uma fey chamada Hag. Ele olhou para o prato de Elizabeth. Ela deu outra mordida. — Eu a encontrei quando você tinha quatorze anos, mas você não acionou o meu sangramento. — Ele assumira que ela era muito jovem. — Decidi então que eu nunca retornaria, andaria como os mortos antes de estar para sempre ligado a uma criatura tão banal como você. — Não importava o quanto ela prometia ser fisicamente bonita. — Então por que você voltou? — Pura curiosidade. — Pode ter sido pura, mas o atormentara, e ele voltou para vê-la três vezes mais. Quando ela tinha quinze anos, uma mulher em botão, ele encontrou-a nadando uma noite com um menino, beijando-o, ansiosa por explorar a vida com ele. Aos dezessete anos, ela estava à beira do deslumbrante, com seu sol beijando sua pele, os olhos bem claros, e as características marcantes, mas ainda demasiado humilde para tentá-lo. Até um ano depois... — Apenas quando eu prometi despreza-la para sempre, eu a encontrei na floresta em um altar improvisado, rodeado por corpos. A expressão de Elizabeth ficou chocada. — Não era eu. Era Saroya. — Sim, Saroya, — ele suspirou. Coberta de sangue da cabeça aos pés, arrogante e letal, ela o sangrara instantaneamente. Agora ele olhava para além de Elizabeth, saboreando a memória daquela noite... Entre as respirações inexperientes, ele exigiu. — Quem é você? — Ele sabia que a consciência mortal desaparecera, sentiu a ausência de Elizabeth.

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Diante dele estava uma outra entidade. — Eu sou Saroya, vampiro. — Até mesmo seu sotaque mudara. — Sua deusa, presa na mortalidade. Todos os vampiros sabiam que Saroya fora traída em seu plano elevado, amaldiçoada por sua irmã a viver dentro de seres humanos aleatórios, um após o outro, repetidamente experimentando sua própria morte através deles. Se Lothaire tivera qualquer dúvida sobre sua identidade, ela a apagou, falando-lhe em russo, seu sotaque real. Não havia nenhuma maneira de uma camponesa de dezoito anos de idade e ignorante, saber aquela língua. E, além disso, Lothaire merecia uma deusa. Ele sabia que o destino não o teria emparelhado com a humilde Elizabeth Peirce! Por milênios ele procurou governar a Horda Vampira. Como eles poderiam negar a sua reivindicação com Saroya, a protetora dos vampiros, como sua rainha? — Acaso eu sangrei você? — Ela perguntou, com uma sedosa ameaça. — Sim. Sou Lothaire, o seu homem... — Eu não tenho nenhum homem e não aceitarei nenhum mestre, — ela retrucou. — Eu sou uma deusa! — Isso é uma lástima, — ele respondeu maciamente, ignorando os seus recém-descobertos batimentos cardíacos e o enrijecimento insuportável de seu membro, negando o frenesi de reclamá-la, de afundar suas presas profundamente em sua carne. — Porque se você fosse minha, eu teria encontrado uma forma de extinguir a alma da humana, o que então faria do seu corpo imortal novamente. — Lothaire? — Ela estreitou os olhos. — Um antigo, com grande poder, descendente de duas linhas reais. Até eu tenho ouvido falar de você. — E em breve eu pretendo reunir meus reinos sob meu comando. E eu terei minha rainha imortal ao meu lado. Ela se aproximou. — Você poderia me fazer imortal neste corpo? — Com o tempo, eu poderia encontrar uma maneira. Nada pode me deter. — Mas você tem vontade de acasalar comigo agora? Para completar o seu sangramento. Cada vampiro tinha a experiência de sua primeira liberação ao tocar o corpo de sua Noiva. A maioria dos vampiros simplesmente acasalava com suas fêmeas, mas Lothaire sabia que não podia. Riscando a poucos centímetros dela, ele apanhou sua nuca com a mão trêmula. — A única coisa maior do que a minha necessidade é a minha força. Sua forma mortal é demasiado frágil para que eu a reivindique. Mas devo superar este obstáculo. — Então eu não entregarei este corpo até que você destrua a alma de Elizabeth e faça-me completa. Por enquanto, você pode ter a sua liberação físico de alguma outra forma... — Lothaire? — Elizabeth interrompeu seus pensamentos.

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Lembrando-se daquele interlúdio com Saroya, ele lançou a menina um renovado olhar de ódio. Naquela noite, ele e a deusa conversaram até o amanhecer, discutindo seus objetivos. Uma e outra vez, ele descobriu o quão bem ela combinava com ele. Saroya era sua parceira de todas as maneiras, uma rainha a quem mesmo Ivana se curvaria diante. Maldição! Como sua Noiva poderia esperar que ele usasse Elizabeth? Talvez Saroya não visse a dicotomia entre as duas fêmeas, mas era claro para Lothaire. Seria como tomar uma mulher completamente diferente. Uma vez que Saroya compreendesse melhor as suas circunstâncias, ela não seria tão firme em sugerir que Lothaire desfrutasse de outra. Ele imaginou como se sentiria se a situação fosse revertida. Homicida. Embora ele tivesse desprezado Elizabeth em sua adolescência, mesmo assim ele fora equivocadamente protetor com ela. Quando ele a vira beijando aquele macho, Lothaire jogara sua caminhonete em um vale. O macho saíra correndo para fora da água para investigar, então Lothaire o jogou lá para baixo também... Talvez Saroya não sinta nenhum ciúme porque ela não sente nada por você, uma parte de sua mente sussurrou. Sim, Lothaire se orgulhava de prever as ações dos outros; ele realmente antecipava que Saroya subiria para ele amanhã à noite? Embora ele mal pudesse acreditar, a deusa ainda não se convencera de seus encantos. Um absurdo, ele sabia, mas quem poderia imaginar o que se passava nas mentes das mulheres? Lothaire resolveu despojá-la ainda mais e demonstrar a sua destreza na cama. Para garantir que ela entendesse que precisava dele para outras coisas. Ele exalou. Havia se passado tanto tempo desde que ele teve relações sexuais que ele bem poderia não ter retido qualquer das suas proezas. Ele sorriu, pensando: Talvez eu deva praticar em Elizabeth. A sacudida repentina da luxúria abalou-o como se fosse um soco, destruindo o seu sorriso. Ele cortou seu olhar para ela. Estudando aqueles olhos cinzentos que encontravam os seus. A ideia surgira. Ou talvez eu esteja me agarrando em palhas, racionalizando para explicar por que eu quero tocar uma humana. Não, o corpo compartilhado de sua Noiva era confuso para sua mente em constante sofrimento. Essa era a única razão por que ele sentia desejo por ela. A menos que eu seja mais parecido com meu pai do que eu gostaria de admitir?

Capítulo 11

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— Eu tenho trabalho a fazer, — disse o vampiro conforme riscava Ellie de volta para seu quarto, deixando-a balançando sobre seus pés. Será que ela algum dia se acostumaria com o teletransporte? — Você vai ficar aqui até que eu volte para você. — Trabalho? Tentando recuperar seus tronos? — Você sempre tem que fazer tantas perguntas? — Você sempre tem que responder a tão poucas delas? — Ela respondeu, ganhando outra cara feia. — Só me diga isso. Se Saroya é tão extremamente importante para você, então por que você a deixou na prisão? — Eu estava certo de que você estaria fisicamente segura lá. — E mentalmente? — Eu não poderia me importar menos com isso. Eu só me preocupo com o seu corpo. Homem típico. — Do que eu preciso ser protegida? — Eu sou o Inimigo dos Antigos. Há muitos que prejudicariam Saroya simplesmente para me contra atacar. — Me prejudicar. Ao meu corpo. Ele segurou seu queixo, sua pele surpreendentemente quente. — Como eu já disse, você está protegida aqui, menina. O único que você precisa temer sou eu. O que significava que este era o último lugar em que ela deveria estar. Ellie conseguia abrir uma tranca, mas o que dizer de tentar se libertar de uma prisão invisível? Se ali havia barreiras místicas, o que dizer de cadeados místicos? — E sobre meus pertences? Escova de dente, roupas de baixo, etcetera? — Qualquer coisa que você precise está no banheiro. Qualquer roupa — ele abriu uma porta no corredor — está aqui dentro. — Ele revelou um armário tão grande quanto seu antigo trailer. Sua mente ficou em branco quando ela entrou. Vestidos, casacos, bolsas, calças, em todos os lugares. Devia haver várias dezenas de pares de sapatos, casacos e ainda mais blusas. Com os olhos arregalados, ela girou no lugar. — Estas são as roupas mais finas que eu já vi! Lothaire apoiou-se sobre o ombro contra a porta. — Elas devem ser. A alta costura Apalache é supostamente inexistente. Sabia que ele estava sendo agudamente insultuoso com ela, mas escolheu agir como se estivesse brincando. Ela lutou de igual para igual com ele e perdeu. Agora ela ia tentar outra tática. Mama sempre dizia: Você ganha mais com mel do que com vinagre. E quando você correr para longe de ambos, chega perto do chumbo grosso. Ellie havia concluído que ela bem poderia ter alcançado o chumbo grosso bem cedo. Agora, ela disse. — Apalaches e alta costura? Sirva-se da jarra do paradoxo. — Ela serpenteava em direção à parte dos fundos, descobrindo prateleira após prateleira.

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Em casa, ela tinha poucas roupas. Alguns pares de jeans desgastados, alguns cortes para o verão, umas poucas camisetas para trabalho, em seguida, na prisão, revezou com quatro uniformes alternados. Esta seleção na frente dela era esmagadora. — Você conseguiu tudo isso para Saroya? Ele parecia mais relaxado do que estivera na sala de jantar, talvez olhando para ela com um pouco menos de hostilidade. — Eu o fiz. Ellie tentou imaginar a reação de uma deusa. — Ela deve ter pirado. — Ela desejou toda essa vestimenta e bugigangas, — ele disse, seu sotaque russo estava carregado. — E você acabou de comprar tudo isso para ela? — Ellie estalou os dedos. — Simplesmente assim? — Claro. Ela é minha mulher. — Ela deve te amar muito. Ele não disse nada, apenas cruzou os braços sobre o peito musculoso. — Então, ela o ama? — Eu já lhe disse isso, ela é minha Noiva prometida. Se ele estava dizendo a verdade sobre nunca dizer mentiras, o que bem poderia ser uma mentira? Então Ellie podia ver a sua resposta como um desvio. — Você ama Saroya? — Quando os mortais me fazem perguntas incessantes, costumo arrancar suas línguas da boca e vê-los sangrar até a morte. Em vez de ficar horrorizada, ela pensou, definitivamente uma tentativa de desvio! Problemas no paraíso? Fazendo seu tom ainda mais casual, ela disse. — É bom saber sobre as línguas. — Seus dedos de pontas vermelhas arrastaram-se amorosamente sobre o couro macio como manteiga de um casaco. — Posso experimentar isso? Quando ele deu de ombros, ela escorregou para dentro do abrigo, os olhos ficando com as pálpebras pesadas enquanto sentia o abraço do casaco se fechando sobre ela. — Lothaire, eu não poderia ter sequer imaginado coisas como esta. — Mais uma vez, eu aceitarei apenas o melhor. Como uma deusa por uma Noiva, em vez de uma mortal? A divindade, em vez de uma camponesa que ele encontrara tão carente que a observara por anos, decepcionado com a escolha do destino para ele? E todo aquele tempo em que ela nunca soube que um vampiro a mantinha em sua mira. Parecendo tomar uma decisão, ele caminhou até uma cômoda polida encostada contra a parede dos fundos. Depois de abrir uma gaveta rasa, ele retornou ao seu lugar, parando na porta sem dizer uma palavra.

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— O que há lá dentro? — Joias. Enormes. Brilhantes. — Oh— meu— Deus. — Ela suspirou. — Não consigo respirar. Mais uma vez ele riscou ao lado dela, segurando seu braço, desta vez mais gentilmente. — Obrigada, Lothaire. O brilhante gigante me cegou. — E ela não podia fazer nada, exceto pensar que apenas uma daquelas pedras provavelmente manteria toda sua família por anos. Poderia manter a empresa de carvão fora de suas bundas... — Você reage desta forma, mesmo sabendo que você nunca vai possuir nada disso? Em um tom defensivo, ela disse. — Elas ainda são lindas. Eu ainda estou feliz por tê-las visto. — Ela puxou contra seu agarre, mas ele a virou para ele. Ela olhou para ele, imaginando como seria ter um homem lhe comprando coisas como estas. Como seria tê-lo desejando-a tão seriamente, que ele mataria por mim. Suas sobrancelhas se juntaram. Ela percebeu que elas eram mais escuras do que o seu cabelo, barras ousadas cortando um rosto cinzelado com a pele tão suave e pálida como o mármore. Como se incapaz de conter a si mesmo, ele enroscou seus dedos através de seu cabelo. Normalmente, ela adorava ser acariciada desta forma, aquilo podia deixá-la dócil como um gatinho. Mas, agora, um assassino a estava tocando. Deixando os fios escorrerem através de seus dedos espalmados, seu olhar seguindo o movimento. Acariciando, acariciando... Surpreendentemente, algumas de suas tensões começaram a se aliviarem. Ele deixou a mão cair. — Eu vou deixá-la sozinha em sua suíte por algum tempo. Você vai estar sozinha, — ele rosnou em um tom insistente. Como se ela estivesse discutindo esse ponto com ele. Voltou-se para uma porta lateral para uma câmara ligada a dela. Dele? Bem, muito reconfortante. — Não há como escapar, nenhum telefone. Considere este quarto como sua nova cela. Ela o seguiu. — Espere, o que você acha que eu vou fazer enquanto isso? — Vá para a cama ao amanhecer. Acostume seu corpo a dormir durante o dia. — E amanhã? O que então? Você disse que eu poderia ter ainda um mês de vida. O que você espera que eu faça durante esse tempo? — Ganhe peso. — Ele bateu a porta na cara dela. Ellie olhou para os sólidos painéis da porta, os punhos em bolas. — Seu babaca! — Ela puxou a maçaneta da porta. Trancada! Ela varreu seu olhar ao redor da sala. Minha nova cela? Não importa o quanto aberta e arejada fosse, ela permanecia presa. E ela odiava estar confinada! Correndo pelas portas francesas até a varanda, ela chupou em respirações profundas o ar da noite. A cidade de Nova York estava diante dela, todas as luzes brilhantes e a energia. O quanto fortemente ela queria estar lá embaixo! Ela imaginou todos os lugares que poderia explorar, todas as pessoas novas e interessantes que poderia encontrar.

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Mas ela nunca teria a chance. Porque ali havia barreiras místicas. E deusas e bebedores de sangue arrogantes. Ela caminhou de volta para dentro, pegou seu banquinho da cômoda, e jogou-o na fronteira da varanda. O objeto saltou diretamente para dentro, pulando em sua direção. Ela começou a rir histericamente até que aquilo bateu contra sua canela. Iria deixar uma marca. Ha-ha, Saroya. Preto-e-azul é a sua cor. Ela estava prestes a bater seu rosto contra a maçaneta da porta quando ela se lembrou de que não podia prejudicar seu corpo, sob pena de arriscar sua família. Então, ela marchou para o banheiro. Vendo-se com toda essa produção, com o vestido da Elvira-a-vampira ela estava parecida com a Saroya. Pela primeira vez, Ellie estava vendo como a deusa preferia sua aparência. Ela ligou a água quente para lavar o rosto. — Eu odeio você mais do que o inferno, Saroya. Um psicólogo poderia ter um dia de campo com isso. Olhando para o espelho com o ódio? Afirmações diárias virando acusações diárias? Droga, eu deveria estar morta agora! Mas a cadela a impedira mais uma vez. — Você pode ter ganhado esta batalha, Saroya, mas vou ganhar a guerra. Vou destruí-la, de alguma maneira. — Mesmo que ela dissesse essas palavras com arrogância, Ellie lutou para não se deixar abater pelo pesar sobre sua situação. Parte dela ainda desejava uma outra chance, a possibilidade de viver. Por que ela tinha que fazer esse sacrifício? Por que ela precisava cair com a outra? Mas ela há muito tempo se resignara ao seu destino. Coletando água nas conchas de suas mãos, ela disse: — Seu grande final está dando voltas como se estivesse no meio de uma tempestade. Não o interrompa. — Ela limpou o rosto mais duramente do que alguma vez já fez, livrando-se da pintura de guerra de Saroya. Outro rosto a fitou no espelho. Estou de volta, ela pensou, embora a presença da deusa se escondesse dentro dela, corroendo-a como um câncer. Após secar a pele macia, Ellie voltou para o armário. Vasculhando as opções, ela jogou um par de jeans e uma blusa regata simples. Sentindo-se mais como Ellie, ela deixou seus pés descalços. Incapaz de se conter, ela furtivamente passeou outro olhar sobre as joias. Ela lembrou a forma como Lothaire as mostrara a ela. Sem uma palavra, sem se gabar. Por que ele se importaria se Ellie as visse? teria ele antecipado a reação dela? Imaginara que ela iria ficar louca como Saroya? Então, ela franziu a testa. Lothaire nunca dissera nada que indicasse que ele e Saroya gostavam um do outro, muito menos que se amavam. Ele falou apenas de destino e sangramentos. Perguntas sobre ele surgiram sem parar. Será que ele amava a deusa? Por que não se deitara com sua Noiva? Eram todos os vampiros tão cruéis como ele era?

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Ela desejava poder analisar Lothaire em seu tempo livre, talvez usar seu diploma em benefício de si mesma. Uma das razões por que ela estudou psicologia foi por que sempre achou fácil simpatizar com os outros. Uma ferramenta útil para uma conselheira. Mas a psicologia era a ciência do comportamento humano. Ele estava fora do universo dos humanos... Ela teria apenas que trabalhar mais para descobrir o que fazia Lothaire cismar, usando qualquer meio necessário. Quando ela saiu do armário, lembrou-se de que no começo eles caminharam para fora da porta de sua suíte principal. Eles riscaram de volta para dentro. Ao contrário da porta adjacente ao quarto de Lothaire, aquela deveria estar destrancada. Nem sequer teve que pegá-lo. Talvez quando ele saísse, ela fosse investigar este lugar. Será que ela ousaria desobedecê-lo? Ele provavelmente nunca sequer saberia que ela saiu furtivamente. Com esse objetivo em mente, ela ajoelhou-se na ranhura da porta de entrada para seu quarto, ouvindo-o. Ela ouviu o farfalhar de lençóis, um praguejar abafado. Ele fora para a cama? Depois de contar a ela que tinha trabalho a fazer? E não era esse tipo de trabalho diário? Mais uma vez ela pensou, macho típico. Espere. Ele acabara de... gemer? Eu nunca vou conseguir dormir com essa ereção. Embora Lothaire estivesse exausto, ele latejava por alívio, o que era impossível de ignorar. Ele não podia virar de frente sem o seu eixo se esfregar contra o colchão, não podia virar de costas, sem suas mãos descerem para masturbar seu comprimento. Mas ele estaria condenado se apenas se derramasse sozinho quando estava de posse de sua Noiva. Seus olhos se estreitaram quando a mortal se ajoelhou diante da sua porta compartilhada. Acabou de gritar e jogar coisas, Elizabeth? Ele podia ouvir sua respiração ofegante pela fresta debaixo da porta. Ela estava o espionando? Lothaire era um mestre em espionagem, gostava de poucas coisas mais do que isso. Em toda a sua longa vida, ele vira incontáveis seres terem relações sexuais, era um descarado voyeur. E ele notou que cada vez que um casal se aproximava de sua liberação, quando chegavam a um ponto sem retorno, quando todo o sentido e inibições eram perdidos, era um ponto no qual nada poderia separá-los. Lothaire, ele mesmo nunca esteve sem conhecimento do que estava fazendo, nem fora incapaz de parar. Agora, temia que se ele se aproximasse do clímax esta noite, cruzaria uma linha, jogando Elizabeth em sua cama. Ele tiraria sua roupa até deixá-la nua e enterraria seu pau e presas tão profundamente dentro dela, que não saberia onde ela terminava e ele começava... Não. Eu não vou me rebaixar a uma mortal. Lothaire podia esperar por Saroya, que subiria amanhã à noite. Ele iria esperar, ele jurou a si mesmo, mesmo enquanto sua mente sussurrava: Ela não vai querer.

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Mas como conseguir dormir? Ele ligou o metrônomo7 ao lado de sua cama. Tick... tick... tick... Calmante, mas nem perto do suficiente para combater a dor persistente em suas bolas. Talvez ele devesse droga-se como seu antigo carcereiro costumeiramente fazia, Declan Chase, um soldado irlandês da Ordem, conhecido como o Homem Lâmina. Lothaire sentou-se, apertando sua testa. Acaso sua fuga da prisão na ilha da Ordem sido apenas ontem? Parecia que semanas tinham se passado. Menos de 24 horas atrás, Chase estivera mortalmente ferido. Lothaire dera seu sangue ao Homem Lâmina em troca de sua própria liberdade. Qualquer coisa para chegar até Saroya antes da execução. Ainda fizera outro acordo. Tentativa de transformar Chase em um vampiro; salvar Saroya. Séculos se passaram desde que Lothaire transformara alguém em um vampiro. Talvez eu seja um pai mais uma vez? Mas o sangue não era garantia. Chase sequer ainda vivia? Meu inimigo. E, potencialmente, gerado de mim. Ele franziu a testa, sem saber como se sentia sobre isso. Especialmente desde que Chase havia torturado Lothaire durante sua prisão. Embora o próprio Homem Lâmina fora brutalmente torturado quando era um rapaz e, portanto, sabia o que diabos estava prestes a fazer, Lothaire apenas rira da dor. Mesmo quando sua pele estava queimada até as cinzas. Chase não entendera, nenhuma miséria poderia se comparar a esconder-se na neve enquanto escutava como uma mãe era brutalmente estuprada e queimada viva. Nenhuma crueldade poderia se comparar com o que Stefanovich fizera a Lothaire anos antes. A terra sendo moída em cima de mim, raízes perfurando meu corpo. Bloqueie essa memória do lado de fora! Ou olhe para baixo e encare o abismo... Não importava o que aconteceu entre Lothaire e Chase, eles estavam ligados pelo sangue agora que o trocaram entre eles. O que significava que Lothaire poderia chegar à mente de Chase com a sua, poderia investigar suas memórias. Talvez eu não precise dormir. Ele só precisava chegar perto o suficiente de Chase. A mulher do Homem Lâmina era uma Valquíria. Ela o teria levado de volta para Val Hall, a propriedade na Louisiana onde seu coven residia com sua interminável neblina, relâmpagos, e ímpios gritos de Valquírias. Um lugar que Lothaire conhecia bem. Ele foi o único de um punhado de vampiros que vira o interior e ainda vivia. Ele poderia ir até lá agora, buscando Chase. No entanto, se Lothaire tinha esses planos, então outros também poderiam ter. Imortais de todo o Lore gostariam de ter um pedaço de Declan Chase, o bicho-papão que assombrara a todos durante a noite, sequestrando dezenas de loreans e seus entes queridos para medonhos experimentos científicos. Mas eu pego ele primeiro. 7

Instrumento para medir o tempo e indicar um ritmo. O metrônomo mecânico consiste num pêndulo oscilante cujas oscilações, reguladas pela distância de um peso na haste do pêndulo, podem ser mais lentas ou mais rápidas, sendo que a cada oscilação corresponde um tempo do compasso.

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Especialmente desde que Lothaire iria ficar com ele primeiro...

Capítulo 12

— Você é um sentinela extra, então? — Lothaire perguntou a Thaddeus Brayden, um de seus companheiro fugitivos da prisão. O jovem entrava e saía ao seu bel prazer da mansão da época da guerra civil das Valquírias, marchando dentro e fora das paredes de nevoeiro que se agitavam até o pântano ali perto. Thaddeus se virou, sua expressão feroz relaxando instantaneamente, muito longe da recepção habitual que Lothaire recebia. — Adivinhe o que eu sou, Senhor Lothaire! Nós estamos meio que em estado de sítio. — Ele disse com um sotaque acentuado do Texas. Ele usava calça jeans desbotada, uma camiseta, e botas de cowboy, parecendo ridiculamente humano. Apesar de Thaddeus ser novo no Lore, tendo apenas descoberto que não era mortal há um mês, o menino poderia ser útil esta noite. — Como você consegue passar através das fronteiras de Val Hall? — Ele olhou para além de Lothaire. — Quando ninguém mais pode? Lothaire sorriu por cima do ombro para a turba de linchamento imortal reunida nas portas dianteiras, mantidas a distancia de sua vingança por um feitiço Wicca de clausura. Era semelhante, mas inferior a sua própria barreira druida. Fácil para eu violar. Como ele previu, todos esses Loreans queriam se vingar de Chase. O que eles não perceberam era que o Homem Lâmina fora apenas o músculo por trás da Ordem, sofrera uma lavagem cerebral desde quando era um rapaz pelo verdadeiro líder, o Comandante Webb. Webb, o mortal que levara o anel de Lothaire para fora da ilha-prisão, e que possuía um esconderijo secreto. Chase saberia onde ele estava. Lothaire desejou tudo de melhor para a multidão sedenta de sangue, mas sabia que nunca iriam passar a fronteira, e muito menos pela segunda linha de defesa das Valquírias. Os espectros. Vestidas com esfarrapadas roupas vermelhas, os ecos fantasmagóricos das falecidas guerreiras invadiram a mansão em um turbilhão, um rosto esquelético espiando para fora ocasionalmente. As Valquírias havia contratado o antigo Flagelo, com sua supostamente impenetrável guarda, para proteger a mansão depois de uma recente incursão de vampiros. Lothaire não fora uma parte daquilo? Ah, sim. Foi eu mesmo. — Eu lhe disse, Thaddeus, tenho poderes que os outros não podem começar a entender. E você também não pode, parente. Simplesmente beba da presa escolhida.

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Thaddeus riu, embora Lothaire estivesse sério. Eras atrás, ele havia consumido um feiticeiro que sabia neutralizar feitiços Wicca. Lothaire ainda se lembrava do gosto de seu sangue, ainda se lembrava do improvável aliado que o ajudara a aproveitá-lo... Thaddeus correu para frente, a mão estendida. — Em qualquer caso, é bom vê-lo. Lothaire deu um olhar fulminante aquela mão estendida até que o menino a deixou cair com um sorriso. Não importava o quão desagradável ele fosse com o jovem imortal, Thaddeus ainda pensava o melhor dele. Em seu primeiro encontro, Lothaire estava faminto em seu cativeiro e escolheu Thaddeus para beber. Jovem, poucas memórias, o preferido. O menino vivia apenas porque era parte vampiro. — Eu acho que você está aqui para verificar Chase, hein? Eu poderia perguntar as Valks se elas vão deixar você passar pelos fantasmas, mas, — ele embaralhou as suas botas de pele de cobra, desconfortável, — elas não parecem se importar muito com você. — Eu não estou perguntando nada, eu faço isso. Se eu quisesse com força o suficiente, até mesmo os fantasmas não conseguiriam me deter. — Se eu tivesse embalado adequadamente... Mas ele não precisa estar dentro, apenas nas proximidades de Chase. Thaddeus ergueu as sobrancelhas ao ouvir aquilo, mas tinha melhor juízo do que desacreditá-lo. Os feitos de Lothaire na ilha confundiram a mente do rapaz. — Chase está sendo mantido lá, mas ainda inconsciente. O homem havia sido estripado com uma espada. — Era de se esperar, Thaddeus. — Meus amigos me chamam de Thad. O Inimigo dos Antigos conversando com um escoteiro jogador de futebol adolescente chamado Thad? Um híbrido de vampiro e fantasma chamado Thaddeus era mais palatável. Em qualquer caso... — Nós não somos amigos, — Lothaire disse, então franziu o cenho. As palavras fizeram sua garganta queimar, quase como se fossem uma mentira. Como poderia ser isso? Thaddeus era tudo o que ele não era: um bom e decente virgem devotado a seus entes queridos e amigos. Além do fato de que ele e Thaddeus fossem ambos considerados extremamente atraentes, Lothaire muito mais, é claro, não podiam ser mais diferentes. — Tenho que te dizer, Regin ainda esta muito absurdamente irritada com você por quase estragar tudo para nós. — Ele chutou uma pedra no caminho. Regin, a Radiante, era uma Valquíria guerreira. Junto com Lothaire, Thaddeus, e eventualmente o próprio Chase, ela fora parte de um grupo de seis aliados para escapar da ilha, um bando não tão alegre. Lothaire salvara suas vidas em troca de promessas de Chase. Se o Homem Lâmina sobreviver, ele vai entrar para o meu livro de contas. Os seis estiveram em fuga por uma semana, lutando lado a lado contra inimigos mútuos. Até que Lothaire fizera um acordo com seus adversários, a quem ele eventualmente traiu também.

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— Eu vi uma jogada aberta e a aceitei. — Em um tom pensativo, Lothaire disse: — E, ainda assim, Regin perdoou Chase por todos os seus pecados contra ela? Antes de Chase haver se lembrado de que a amara em uma vida passada, o Homem Lâmina seguira as ordens de Webb e Regin fora torturada, ele a olhara nos olhos e liberado um veneno excruciante no corpo da Valquíria. Mais tarde, ele ficou arrasado pela culpa. — Regin sabia que DC não era mau, não no fundo, — disse Thaddeus. — Ela esta certa de que você é. Valquíria hipócrita. Regin provavelmente matara milhares de Loreans em sua longa vida. No entanto, ela era admirada por isso. Lothaire? Injuriado. — Espero que o seu sangue faça o truque para DC, — Thaddeus disse. — Se você salvar a vida dele, então elas terão que perdoá-lo, certo? — Você é tão ingênuo, que me incomoda fisicamente. Além disso, nem todo homem sobrevive a transformação. Thaddeus assentiu gravemente. — Ouvi muito sobre você, Senhor Lothaire. Nada de bom. Eu torço por você o tempo todo, mas parece que a metade dessas pessoas do Lore tem essa impressão muito ruim de você. — Pelo amor à precisão, eu ia colocar esse percentual mais próximo de noventa. E as suas impressões são precisas. — Lothaire alegremente prejudicara a maioria deles de formas condenáveis. — Tomar o meu partido, apenas faz você parecer deploravelmente desinformado ou intencionalmente obtuso... — Ele parou de falar, sua atenção já vagando em direção à casa. Ansioso por voltar para a minha Noiva. O pensamento levou-o brevemente. Por que Lothaire se sentia tão conectado com ela agora? Anos antes, ele facilmente se separaria dela. Agora, perder meros momentos longe dela estava afetando ele. Blyad! — Regin também disse que seus olhos vermelhos significa que você está ficando louco. — Com certeza, ela se expressou com mais cores do que isso? — Regin era uma vadia bocuda e espalhafatosa que gostava de chamar atenção e que se achava muito divertida. Thaddeus passou a mão sobre a nuca. — Ela disse: Olhe para mim, eu sou Lothaire, eu sou a morsa, koo-koo-ka-choo. Ou algo assim. Ela me disse que você vai ficar ainda mais pirado do que a Nïx. Isso é verdade? Nïx a-que-sempre-saber, o oráculo das Valquírias. Sua inimiga durante milênios, ela que frustrou mais esquemas vampiros do que todas as outras facções dos videntes combinados. — Mais louco do que Nïx? Impossível. — Ela estava muito pior do que Lothaire. Ele se perguntava se ela previu Saroya. A única coisa boa sobre Nïx? Ela estava tão enlouquecida que muitas vezes esquecia suas próprias visões. Mas do que ela se lembrava? E se Nïx, conspirasse contra ele mesmo agora? Rainha Branca movendo contra o rei preto no tabuleiro... Thaddeus murmurou: — Seus olhos estão mudando a cada segundo. Pior do que eu já tinha visto.

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Inquieto por deixar minha Noiva sozinha. Mercenários e assassinos de todas as facções o caçavam constantemente. Sempre que poderosos Loreans lhe deviam dívidas de sangue, eles geralmente optavam por enviar seus melhores guerreiros pela cabeça de Lothaire. — Risco Ocupacional. Mas os benefícios são fantásticos. — O que foi isso, Senhor Lothaire? No entanto, agora eles teriam como alvo a Noiva de Lothaire. Ele se lembrou de que, tecnicamente, Saroya não podia ser morta. Mas eu quero que ela mantenha a forma graciosa de Elizabeth. Pensando em seus olhos cinzentos, lábios sensuais e uma forma digna de qualquer fantasia, ele novamente determinava como era crucial garantir aquele corpo para Saroya. Sem mencionar o seu deleitável sangue. Ela tinha gosto de vinho e mel, assim como seu pai havia dito. Lothaire sentiu suas presas se afiando mesmo agora. — O que tem sobre vinho e mel? — Thaddeus perguntou. — Você não esta fazendo sentido. Falei em voz alta? Como se para desalojar aquelas lembranças, Lothaire balançou a cabeça duramente, e inadvertidamente, recuando para a linha dos espectros. — Cuidado, — Thaddeus gritou. Antes que Lothaire pudesse riscar seu caminho de volta, eles tinham suas garras em seu rosto, deixando sulcos sangrentos. — Você está bem, Senhor Lothaire? Dor. Seguro por um fio de lucidez. Não mostre fraqueza, não demonstre loucura. Enquanto o sangue escorria pelo lábio, ele disparou sua língua para ter um gosto. Ele detectou uma nota ligeira do sangue de Elizabeth misturada ao seu próprio, e isso o acalmou. Os espectros diminuíram suas evoluções, e seu líder olhou para ele com um rosto espectral. — Só eu sei como destruir você, — Lothaire resmungou. — Toque-me novamente, Flagelo, e eu vou demonstrar. Ela gritou; Lothaire sorriu. — Eu conheci você quando você ainda era bonita. O rosto brilhou com sua antiga aparência, o de uma bela guerreira macedônia. Em um tom contemplativo, Lothaire perguntou: — Não poderíamos ter nos divertido quando você era bonita? Outro grito furioso, então ela foi varrida na maré de sua tempestade. Lothaire encolheu os ombros. — Acho que nós fizemos. Avante, vamos até Chase. Thaddeus o seguia persistentemente. — O que você quer com o DC? — Eu preciso alcançar sua mente e ler seus pensamentos. — Como? Implorando aos céus por paciência, Lothaire mordeu. — Eu bebi do sangue dele, e depois eu o presenteei com o meu próprio. Nós temos uma ponte entre nós para sempre.

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— Então é isso que você quis dizer quando alertou Regin sobre laços inquebráveis. Parcialmente. Thaddeus se plantou na frente de Lothaire. — Por que eu deveria deixá-lo fundir-se, fazer conexão ou o que quer que seja com o DC? Lothaire deu uma risada amarga. — O que você pode fazer para me deter? Agora de um passo para o lado. — Ele quase acrescentou, Ou eu vou matar sua mãe adotiva e sua querida avó por sua insolência, mas a Ranà surgiu em sua garganta. O que significava que seria uma mentira. Por que eu não mataria dois seres humanos insignificantes? Por que ele iria se sentir ainda uma sucata pela fidelidade a Thaddeus? Porque havia um nível com o rapaz que me afetava. Uma demonstração de lealdade... Thaddeus colocou os ombros para trás. — Eu poderia soar o alarme. E eu poderia arrancar sua garganta fora antes que você tomasse um fôlego para gritar. Mas por causa de suas interações passadas, Lothaire iria poupá-lo nesta noite. — Eu pretendo usar as memórias de Chase para encontrar o comandante Webb, que foi quem ordenou os sequestros e aquelas tediosas experiências. O único que ainda poderia prejudicar a sua família. O único que detinha a chave para o meu futuro inteiro, todo ele na forma de um anel. As presas do jovem se alongaram. — Eu quero caçá-lo também. — Por que você possivelmente acha que eu preciso de ajuda para realizar uma vingança de sangue? Não preciso? Lothaire ainda precisava se vingar de seus queridos antigos. Ele se lembrou de Olya, aquela fêmea humana em Helvita, se lembrou do quanto ele quis matá-la. E ela havia sido drenada por Stefanovich muito antes que Lothaire pudesse chegar até ela. Ele se lembrou dos brutais mortais que atacaram sua mãe. — Faça-me justiça, — ela gritou. Só agora, Lothaire estava à beira da retribuição. A beira de encontrar Serghei finalmente... — Não me importa se você precisa ou não, Senhor Lothaire. Estou com ânsias de vingança também. Além disso, somos amigos. E os amigos cuidam das costas uns dos outros. Assim como eu e você fizemos na ilha. No calor da fuga, Lothaire poderia ter salvado o menino algumas vezes, sem receber nada em troca de Thaddeus, mas apenas porque servia aos próprios propósitos de Lothaire. Ele também ameaçara a vida de Thaddeus repetidamente. Lothaire cortou seus outros argumentos com um seco: — Vamos discutir isso mais tarde. — Para fazer a declaração verdadeira, Lothaire imaginava os desdobramentos dos termos de sua discussão. Thaddeus pediria. — Posso ir com você?

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Lothaire responderia: — Não. Agora, vai se foder. — Eu vou lembrá-lo disso, Senhor Lothaire. Agora, o que exatamente você está procurando com a sua coisa de fundir a mente? Abaixo da janela do quarto de Chase e fora do caminho dos espectros, Lothaire respondeu: — Ele deve ter visitado o esconderijo de Webb. Se eu puder acessar sua memória, posso riscar diretamente até ele, como se eu também tivesse estado lá. — Então acesse logo isso e vamos chutar alguns traseiros! — O primeiro passo é fazer você calar a boca. Thaddeus assentiu ansiosamente. — Considere-o feito. Lothaire estabilizou sua respiração, acalmando o seu coração enquanto ouvia os batimentos cardíacos do próprio Chase. Depois que ele começou a aumentar de volume em seus ouvidos, como um terremoto repetitivo, Lothaire brevemente fechou os olhos, mas ele ainda poderia ver. Diretamente dentro da mente aflita de Chase. Lothaire encontrou... escuridão lá. Vazio. Sem pensamentos, nem sonhos. Ele está nas garras da morte? Deuses, ele conseguia fazer sua própria mente ficar em repouso desta forma? Talvez valesse a pena morrer. Ele mergulhou mais fundo, mas tudo estava quieto. Não haveria nenhum pensamento sobre Webb muito em breve, e Lothaire não poderia arranhar a todas as cicatrizes na mente de Chase para procurar uma memória específica. Ele poderia muito bem tentar navegar ele mesmo. Pelo menos sabia onde estavam os buracos negros, as armadilhas de areia movediça e pontos sem retorno. Ele liberou seu domínio sobre Chase, exalando com frustração. Nada para compensar sua transgressão, nenhuma informação nova. Suas garras fincaram-se em suas palmas. Mas que merda! Devo conseguir esse anel! Mantido longe apesar de ser dele. Thaddeus perguntou: — Você achou o Webb? Qualquer coisa para ajudar a nossa missão? — A nossa missão? Eu não vi nada para ajudar meus objetivos! Você não deve dizer nada disso e nada acerca de mim para ninguém. — Por que eu deveria guardar segredos dos meus outros amigos? Você planeja fazer mal a qualquer um deles? Lothaire não tinha tempo para fazer mal a qualquer um deles. — Eu não. Ainda não, — ele acrescentou para evitar o Rana. Depois de uma hesitação, Thaddeus disse: — Certo, eu vou manter-me quieto. Mas eu preciso saber como posso entrar em contato com você. Qual é o seu número? Lothaire olhou para ele. — Número? Por que você quer isso? Thaddeus revirou os olhos.

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— Mais uma vez. Porque-somos-amigos. Eu pretendo ajudá-lo com Webb, e dar-lhe algum apoio contra Dorada. Eles disseram que ela virá por você. Ela virá. Quando Lothaire a viu pela última vez, mumificada, horrível de se contemplar, ela apenas gritava. — AAAAANEEEEEELLLLLLL, — enquanto ela o caçava através da prisão da Ordem, seus lacaios Wendigos rondando ao lado dela. Ele teria uma surpresa esperando por todos eles. — Lothaire? Alllôôôôô. — O que? — Eu disse, eu quero conhecer a patroa. Lothaire ficou tenso, lentamente esticando sua cabeça ao redor de volta para o menino. — Patroa? — Disseram que você tem a sua Noiva agora. — Disseram, significa Nïx disse. — Lothaire arreganhou as presas, sentiu-as escorrer por sua língua. Sim, ele brincara com seus inimigos, ameaçando suas famílias, zombando de suas reações frenéticas, enquanto permanecia sempre frio e calculista. Não mais. Desconhecendo o crescente impulso de Lothaire por cometer qualquer assassinato, Thaddeus continuou: — Há um monte de gente por aqui falando sobre a recompensa por sua dama... Antes que Thaddeus pudesse piscar, Lothaire tinha a mão em torno da garganta do menino, apertando-a... — Qual é a recompensa? Quem espalhou isso? Lothaire, tolo! Por que não agira com indiferença? Por que revelar sua possessividade enlouquecida por Saroya? O quanto presunçoso eu era no passado, confiante de que eu nunca cuidaria tanto de alguma coisa o suficiente para revelar uma fraqueza. Thaddeus cuspiu. — Eu não sei o que é... mas eles disseram que não tem preço. Não sei quem... espalhou. Sem preço? — Alguém já colocou caçadores sobre o nosso rastro? Então eles me enviaram refeições para atormentar. Se a minha Noiva letal não os alcançar primeiro. — Lothaire soltou Thaddeus com um empurrão que o enviou esparramado para o chão. Entre silvos, o menino disse: — Eu sabia que você tinha uma patroa, então! Você fez alguns comentários... É por isso que você teria feito qualquer coisa para sair da ilha. — Ele ficou muito satisfeito com suas conclusões, lutando para ficar de pé e espalmando-se para tirar o pó como se nada tivesse acontecido. — Esse é o motivo pelo qual você ferrou com todos nós. Eu sabia que você não era tão ruim quanto Regin, Nïx, Cara, Emma e...

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— Chega! — Os soldados do exército Vertas, os supostos chapéus brancos8 no Lore, atuavam mais-santos-do-que-nunca. No entanto, eles iriam punir uma mulher que nunca havia prejudicado a nenhum deles? Hipócritas em campo! Tenho que transformá-la em uma imortal, logo que possível. Saroya precisava ser capaz de se defender por si mesma, poder riscar em fuga, se necessário. — Bem, então, o que é ela? — O garoto pressionava. — Não é uma vampira, porque Regin me disse que não haviam restado mais fêmeas vampiras. Talvez ela seja uma demônio ou uma bruxa? Não consigo pensar... não consigo pensar. Por que esse interesse de Thaddeus? — Será que eles o plantaram aqui, para obter informações de mim? — Não, é claro que não! Mesmo se Lothaire mantivesse Saroya atrás de uma muralha, nada no Lore era infalível. O pânico apertou em seu peito. Retorne. Nunca mais a deixe desprotegida novamente. Para Thaddeus, ele rosnou. — Você se esqueça de que me encontrou, menino. — Então ele desapareceu.

Capítulo 13

Quando Lothaire retornou ao apartamento, ele encontrou Elizabeth acabando de sair de seu quarto. Contra suas ordens. Ela retirara toda a maquiagem, o que embora Lothaire estivesse relutante em admiti-lo, achou uma melhoria. Ela também vestira um jeans que abraçava amorosamente as linhas de sua bunda, um fato que compensou o pior da sua ira. Fazendo uma pequena exploração, não é? Quando ele imaginou seu pequeno cérebro mortal, lutando para processar seu novo ambiente, ele decidiu fazer-se sua sombra, tornando-se invisível para que pudesse estudar suas reações. Quando ela entrou no primeiro quarto com as luzes apagadas e as luzes se acenderam automaticamente, ela girou em um círculo, exigindo: — Quem está aí? — Então ela deu um passo fora do quarto. As luzes desligaram. — Oh. Na sala de estar, ela apertou um botão para a TV. Quando a tela se levantou a partir de um console, ela ficou com os olhos arregalados. A sala transformada em cinema provocou uma exclamação: — Hoo! — Que ele supôs fosse o equivalente caipira para Excelente. Na cozinha, ela espiou dentro da geladeira, fazendo uma careta ao ver seus jarros de sangue. Enquanto Lothaire vagamente se perguntava o que o chef mortal pensara de suas preferências 8

Gíria para descrever os rapazes bonzinhos da marinha americana.

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mais cedo hoje, ela cheirou um, então rapidamente o devolveu a prateleira. Ela investigou os armários, encontrando-os todos vazios. Depois de examinar os aparelhos, ela cantou: — Conheça George Jetson9. Seja o isso significasse. Na verdade, sua exploração consistia basicamente em apertar um botão e dar um salto para trás com o susto. Ela poderia muito bem pensar que estava em uma terra estrangeira. Ela parecia alternadamente em suspeita e deslumbrada. Mas, no vestíbulo principal, ela olhou para o lustre de cristal por longos momentos, inclinando a cabeça em diferentes direções, seguindo o desenho complexo, com seu olhar. Lothaire podia ver os prismas de luz refletindo em seus grandes olhos cinzentos. Ela possuía... olhos inteligentes. Talvez houvesse mais ali do que ele se permitia ver. Ele olhou para a forma delicada de seu rosto em perfil. Sob esse ângulo, ele podia ver que os lábios dela tinham um toque mais cheio no centro, dando-lhes a forma de arco. Ela era tão frágil. Tocá-la seria como lidar com uma delicada teia de aranha. Reivindicá-la seria impossível. Ela precisava ser mais forte. A ideia de si mesmo em um momento de ira de sangue, desesperado para se liberar profundamente dentro dela... Ele passou a mão sobre o rosto. Se ele a tomasse nesse estado, poderia rasgá-la em duas, poderia pulverizar seus ossos. Ela esfregou a nuca por baixo daquela lustrosa massa de cabelos, então conscientemente enfiou uma mecha atrás da orelha. Será que a mortal realmente podia senti-lo olhando para ela? Alguns humanos possuíam uma espécie de sexto sentido. Já poucos deles pareciam confiar nele. Um vampiro está de olho em você como se fosse sua presa. Você pode sentir isso, Elizabeth? Ela estreitou o olhar, olhando ao seu redor. Você pode me sentir...? Depois de um momento, seu semblante desconfiado se voltou determinado. Com um passo decidido, ela voltou ao primeiro quarto. Lá dentro, ela forçou a mesa de cabeceira para longe da parede, então caiu de joelhos. O que ela está fazendo? ele se perguntou vagamente, seu olhar travado em sua bunda arredondada e nas coxas firmes, até que ele ouviu o papel de parede sendo rasgado. Ele riscou para ficar a poucos centímetros dela a fim de dar uma olhada no que ela estava fazendo. Ela está cavando em busca de uma tomada de telefone. Sem um telefone? Por quê? Ela iria procurar em vão. Não havia nenhum no apartamento. Todos haviam sido removidos e as paredes engessadas em volta. No terceiro quarto, ela deve ter concluído o mesmo, porque se sentou sobre os calcanhares e soprou o cabelo dos olhos. — Filho da puta. Agora ela vai colocar a cabeça entre as mãos e chorar enquanto eu olho impassivelmente.

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Alusão ao tema do chefe da família Jetsons. Desenho da Hannah Barbera sobre uma família do futuro.

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Em vez disso, ela bateu com a mão em uma das coxas, então levantou-se, marchando para a cozinha. Pegando uma faca de manteiga e uma lâmina de corte, ela voltou para o console de televisão, manobrando a mobília pesada para longe da parede. Em seguida, ela voltou de joelhos, suas novas ferramentas prontas. Ele ergueu as sobrancelhas enquanto pedaços do equipamento começaram a voar para fora, por trás do console. Pequenos parafusos, um cabo achatado, pedaços de arame... A caixa da TV a cabo desapareceu do seu encaixe, puxada de volta pela peculiar mortal. Novamente, ele riscou para mais perto a fim de vê-la. Encontrou-a deitada de frente, mexendo com a caixa. — Vamos lá, vamos lá. — Ela mordeu o lábio inferior. Botão de recepção. Ela tentava enviar um sinal através do cabo! Não, Lothaire não era surpreendido muitas vezes, mas ela continuava a deixá-lo pasmo. Elizabeth provara... ser mais ardilosa do que ele assumira. E o susto pela surpresa não foi desagradável. Apenas quando ele estava prestes a detê-la, ela murmurou: — Não, não. Maldita seja, Motorola. — Ela se sentou, encostando na parede, os joelhos contra o peito. Seus olhos começaram a lacrimejar. Agora ela vai chorar enquanto eu tripudio sobre ter previsto exatamente isso. No entanto, tão repentinamente quanto sua tristeza aparecera, desapareceu. Ela bateu o fundo de seu punho contra o chão, então começou a deixar tudo direito novamente, pelo menos superficialmente, escondendo os pedaços que ela removera. Um outro olhar determinado se acendeu no rosto dela, e ela voltou para seu quarto. O que ela faria agora? Por alguma razão, eu mal posso esperar para saber. Ela começou a olhar a fechadura da porta ao lado. Não. De jeito nenhum... Apesar da madrugada se aproximar, Ellie ainda não ouvira Lothaire dentro de seu quarto. E ela queria entrar. Ela testou a maçaneta da porta estilo alavanca. O bloqueio era um pino padrão e gatilho, não seria muito difícil de arrombar. Mas e se ele voltasse? Ela lembrou que quando a jogou do outro lado do quarto naquela tarde, seus olhos brilhavam vermelhos como chamas. Ele bem poderia ter um telefone lá dentro. Decididamente. Ela correu para o banheiro em busca de suprimentos. Em um kit de higiene, encontrou uma pinça. Ela puxou, alargando-a como um osso de galinha, então inclinou uma ponta contra o balcão em um ângulo de noventa graus. Perfeito para uma chave de tensão. Um grampo aberto atuaria como um ancinho. De volta à maçaneta da porta, ela inseriu seu alicate de tensão improvisado no buraco da tranca. Com a outra mão, ela aliviava a pressão no gancho ao lado para articular os pinos da fechadura.

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Ajuste a tensão. Levante. Ajuste a tensão... Clique. — Docinho. Bebê. Ela abriu a porta, guardando suas ferramentas nos bolsos de calças jeans. O quarto de Lothaire era um gêmeo do dela em tamanho e configuração, mas as cores eram em tons mais masculinos, com papel de parede e tapetes em ricos tons de terra. Luzes especiais realçavam pinturas nas paredes. As imagens pareciam elegantes e clássicas, como se fossem únicas. Pesadas cortinas cobriam portas francesas que davam para sua varanda. Sua cama estava desfeita, os lençóis retorcidos. Aquilo era um metrônomo apoiado em sua mesa de cabeceira? Do outro lado do aposento, uma mesa com aparência de antiquário estava coberta com complicados quebra cabeças em três dimensões. Vários estavam completos, mas alguns pareciam em andamento. Ela levantou um que se consistia em anéis de metal e fios. Não era um quebra-cabeças, era um fundidor de cérebros. Outro deles era mecanizado. Brilhantes blocos de prata e triângulos montados à sua terça parte. Ao lado deles, um livro estava aberto a um capítulo intitulado: Quebra-cabeças mecânicos, o Princípio Goldberg Teoria geométrica aplicada a montagem de quebra cabeças? Lothaire criara alguns desses quebra-cabeças? Indo em frente, ela olhou para a esquerda da escrivaninha. Espalhados pelo chão estavam chumaços de cartas amassadas em uma linguagem e alfabetos que não conseguia ler. Sempre com medo de seu iminente retorno, ela rapidamente investigou seu banheiro. Surpreendentemente, ele parecia normal e bem masculino: creme de barbear, barbeador, sabonete, uma escova de dentes. Tem que manter aquelas presas branquinhas. O gabinete não continha medicamentos. Ela supôs que vampiros não tinham doenças. Seu armário estava cheio de roupas caras, dezenas de longas e clássicas calças, ternos sob medidas, e casacos, tudo em todas as variações de preto. Botas lustradas enchiam as prateleiras de sapatos. O vampiro ama essas suas poucas roupas. Ela inclinou-se para cheirar um de seus casacos, tendo uma prova de seu perfume masculino suave, terroso, com uma leve pitada de verde? Simplesmente tão fascinante quanto a sua aparência. Quando ela percebeu, suas pálpebras estavam ficando pesadas, ela se deu uma agitação interior, em seguida, arrastou-se para longe do casaco. Em uma gaveta de acessórios, ele organizara com precisão sua coleção de óculos de sol, relógios, abotoaduras, grampos de dinheiro. Na parte de trás do armário, ela viu uma série de espadas dispostas em uma sequencia alinhada nas prateleiras. A parte inferior de cada punho de espada estava uma polegada ou quase longe da ponta do outro. Na verdade, ela apostaria que elas estavam exatamente uma polegada de distância, como se ele tivesse utilizado uma régua para medi-las.

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Estas armas não pareciam ser decorativas como a que ela usara para quase se esfaquear esta tarde. Mantenha sua mente aberta, mas mais como acessórios úteis. Um lembrete oportuno de que ele era um guerreiro, um homem mortal. O que estou fazendo aqui? A curiosidade matou a Ellie. E de toda a pesquisa, ela atraíra uma pequena visão para ajudá-la contra Lothaire e nenhuma nova esperança de escape. Agora que pressa de fugir havia minguado, ela exalava com a fadiga, imaginando-se em sua cama nova. Embora ela se preocupasse com a ascensão de Saroya, nada poderia mantê-la longe daquela cama. Ellie não havia dormido na noite anterior a sua execução. Execução. Memórias daquela manhã vieram à tona, mas ela implacavelmente empurrou-as de volta. Imaginava uma faixa de borracha agarrando seu pulso a cada vez que ela se lembrava da maca de injeção, o relógio correndo, os gritos... Pare! Pense para frente, nunca desista. De alguma forma, antes de Lothaire conseguir esse anel, Ellie iria descobrir uma maneira de se comunicar com sua família. Depois que ela tivesse a certeza de que eles estavam bem e escondidos, ela finalmente começaria a fazer o que precisava ser feito. Cuide de seus assuntos, Ellie. Ela e Saroya não existiriam mais. Eu ainda posso morrer, apenas estaria alguns dias fora da sua programação. Abatida pela exaustão, Ellie voltou para seu quarto. Algum dia já fora tão cansativo... — Que diabos você está fazendo aqui?

Capítulo 14

Os olhos da moça se arregalaram quando ela girou para enfrentar Lothaire, seu cabelo, uma onda escura balançando sobre um dos ombros. — Você arrombou a fechadura do meu quarto? Invadindo minha privacidade? — Ele trovejou, furioso com a intromissão, furioso com suas reações a ela. Quando o mortal aspirara o cheiro dele, ficando com suas pálpebras pesadas... ele mal sufocou um gemido enquanto seu membro ficava duro como pedra. Agora, ele riscou até a frente dela, agarrando sua garganta. Ela recuou com medo, seu coração batendo em um ritmo destacado que ele podia sentir. — Eu disse que não iria prejudicar esse corpo! No entanto, você recua de mim? Com uma voz estrangulada, ela gritou: — Você está brincando? — Acalme seu maldito coração, — ele gritou, seu instinto de protegê-la, de confortá-la, quase substituindo sua necessidade de puni-la. O que o enfureceu ainda mais!

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Ele sabia que só deveria devolvê-la para o quarto dela, e depois dormir e não apenas para resgatar memórias de sonhos. Ele se sentia vicioso, sua loucura cada vez mais à tona a cada momento. Mas sua ira exigia apaziguamento. — Você recua como uma covarde. Você é uma? Eu sou muito covarde para adicionar todos os adjetivos que eu uso para descrevê-la? — Foda-se, vampiro. — Ela bateu o braço dele para longe, e ele a deixou. — Eu não sou covarde. Eu tenho fogo em minhas veias. Não confunda os meus reflexos com medo. — Seus punhos eram duas bolas, seu medo transbordava. — E você não tinha posto o aviso de não perturbe! Não para evitar a piranha sem-teto que fez sua casa de papelão dentro de mim. Ele reagiu melhor a sua raiva, sua visão clareando. Deuses, os rumores eram verdadeiros. Ele estava conectado ao humor de sua Noiva, reagindo a eles. E Elizabeth era um fragmento de Saroya, como um espaço reservado para sua fêmea. Entre os dentes cerrados, ele comandou: — Acalme-se, Elizabeth. — Ele sabia de uma coisa que iria acalmar os dois. Liberação. Com uma mordida, ela estaria implorando para ele alivia-la. Ele se perguntou se os outros rumores sobre Noivas eram verdadeiros. Será que ela vai me dar um prazer mais profundo do que eu posso imaginar? Espere pela sua verdadeira! Saroya vai valer a pena. Elizabeth olhou para seus olhos. — Olhe para mim, Lothaire. Eu estou me acalmando, certo? — Então responda à pergunta. Por que você estava no meu quarto? — Eu estava curiosa sobre você. — Curiosa para encontrar uma maneira de frustrar os meus planos? E o que você descobriu sobre mim que você não sabia? — Algumas coisas. O quê? O quê? A antecipação brincava com ele, porque ele não tinha ideia do que ela diria. Ele se sentou em sua mesa, impaciente acenando a mão para ela. — Escravize-me. Ela respirou fundo e disse: — Você é um insone. Você fala e escreve pelo menos duas línguas, mas você tem dificuldade em concentrar seus pensamentos o suficiente para escrever qualquer coisa mais extensa. Você é obsessivo-compulsivo com as suas posses, o que me leva a pensar que muito pouco da sua vida fora destas paredes é como você quer que seja. Você não teve amigos crescendo com você e isso não mudou desde então. Você é narcisista, mas isso eu já sabia desde a primeira vez que olhei para você. Ele inclinou a cabeça, relutantemente impressionado, embora seu tom não demonstrasse nada. — Primeiro de tudo, eu não sou narcisista. — Quando ela abriu os lábios para argumentar, ele disse, — Eu conheci Narkissos de Thespiae enquanto poderíamos compartilhar algumas

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características, eu vim primeiro, portanto ele é Lothairistico, não o contrário. Além disso, eu falo e escrevo oito idiomas. Quanto à minha obsessão pela ordem, isso é óbvio pelo meu armário. A insônia é bastante fácil de adivinhar. Os lençóis estão retorcidos. — E o metrônomo. Você o usa para relaxar. Humana observadora. — Meu suposto estado sem amigos? — Ela o colocara em xeque bem aí, diferente do seu jovem admirador mestiço. Então Lothaire franziu a testa. Não, ele já teve um companheiro de armas. Até que eu fui traído. — Eu soube pelos quebra-cabeças, — Elizabeth disse. — Eles são uma recreação solitária. Alguns deles parecem muito velhos, então eu acho que você esteve interessado neles por algum tempo, provavelmente desde que era um menino. Novamente, aquilo foi inesperado. Ela estava realmente o divertindo. — Olha, Lothaire, isso não irá acontecer novamente. Vou voltar para o meu quarto. — Sente-se. — Ele apontou para um sofá ao lado de sua mesa. Depois de uma hesitação, ela pousou na borda da almofada, com suas costas muito retas e rígidas. — Relaxe, mortal. — Como eu posso quando eu não tenho nenhuma ideia do que você vai fazer? — Seu olhar passou rapidamente para o lado do rosto dele. Ele estendeu a mão, reabrindo os cortes dos quais se esquecera. Fodidos fantasmas. — Eu vou tentar desacelerar a partir deste dia e noite. Elizabeth ainda se mantinha rígida, embora estivesse exausta. Manchas coloriam a pele sob seus olhos — Como você aprendeu a abrir fechaduras? — Nos fins de semana, meu pai trabalhava como marceneiro que fazia serviços de metalurgia nas portas. — Antes de morrer na mina? Todo esse trabalho e vocês ainda estavam mergulhados na pobreza? Ela ergueu o queixo, os olhos piscando. Tão orgulhosa. E tão pouca razão de ser. — Será que você se divertiu vasculhando minha casa? — Quanto tempo você esteve me observando? — Ela exigiu. — Quanto tempo você acha? — Você sempre responder a uma pergunta simples, assim? Ele fez de dar respostas oblíquas um hábito. Sua incapacidade de mentir lhe tornara hábil em desorientação. Mas ele não era chamado disso muitas vezes, porém. — E você? Você é quase tão ruim quanto eu sou. — Muito bem. Sim, eu gostei de vagar em torno do seu apartamento. Eu tinha que ver coisas que nunca tive antes. Eu provavelmente vou sonhar com este lustre esta noite. — Ela mordeu o lábio inferior. — Logo após eu ter sonhado com aquelas joias.

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Ele se surpreendeu, mostrando-lhes a Elizabeth, por querer ver a reação dela. Ou talvez ele simplesmente quisesse ver qualquer reação, qualquer resposta aos seus presentes. Saroya fora... insípida. — Você realmente acha que é com isso que você vai sonhar? — Ele perguntou. — É mais provável que você vá reviver os acontecimentos das últimas vinte e quatro horas. — Ele não achava que ela compreendera totalmente tudo o que lhe acontecera. Sua mente estava muito ocupada planejando inutilmente uma fuga ou suicídio. Mas, uma vez que ela realmente aceitasse que estava condenada... ? Tudo o que ela sofrera iria alcançá-la. Todas as misérias nos apanham eventualmente. Será que ele teria a experiência da morte iminente de Elizabeth em sonhos? Ele tomara bastante de seu sangue antes. — Eu não estou me permitindo refletir sobre o dia de hoje, — ela disse. — Simples assim, sua mente faz o que sua vontade comanda? Mente sobre a mente? Ela encolheu os ombros. — Algo assim, sim. Ele se inclinou em sua cadeira. — Portanto, esta noite, eu aprendi que você é injustificadamente orgulhosa. Você se acredita forte de vontade e com presença de espírito. — Eu não sou torpe ou fraca de vontade. — E você gosta de analisar as coisas. Eu me pergunto o que você faria com isso? — Ele riscou para dentro do seu cofre, recuperando seu pesado livro de contabilidade. Nunca mostrara suas contabilidades a outra pessoa. Mas Elizabeth logo estaria morta, e agora ele estava curioso para ver o que ela diria. Ele se sentou em sua mesa mais uma vez, abrindo o tomo. — Vem. Veja os meus registros. Ela se levantou hesitante, em seguida, estava ao lado dele. — Eu nunca vi um livro de contas como este. Continha apenas duas colunas: Em débito e alcançados. — E você revisou tantos em seu trailer em Apalachia? — Engraçadas essas piadas sobre Appalachia, ao contrário de todas as outras brincadeiras, estas não ficam velhas. Ele levantou uma sobrancelha. — É uma prestação de contas das dívidas de sangue de Loreans comigo. — Há tantas entradas. Ele inclinou a cabeça. Tudo para servir o seu Fim de Jogo. — Isto representa milhares de anos de... contabilidade. — Uma e outra vez, ele usou sua habilidade de prever os movimentos dos outros, assegurando-se que ele estivesse sempre no lugar certo na hora certa para a promessa exata de sangue. Se Nïx era a rainha da previsão, então Lothaire era o rei do pressentimento.

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Rainha branca versus o Rei negro. Ele se lembrou de seu último encontro com a adivinha, naquela ilha prisão. Ele lhe disse: — Até o nosso próximo jogo. — Mas ela respondeu: — Não haverá uma próxima partida, vampiro. O que ela quis dizer? — Explique-me como isso funciona, — Elizabeth disse, chamando-o de volta de seus pensamentos. — Se um imortal está em apuros, eu concordo em ajudá-lo, mas só por um preço. Então eu lhes faço jurar fazer qualquer coisa que eu queira. O ditado de fazer um pacto com o diabo vem de mim. — Se ele parecia orgulhoso, bem... Eu estou. — Então é por isso que você pareceu tão interessado quando eu ofereci uma barganha. — Exatamente. — Novamente ele estava achando fácil falar com ela, como se as palavras fossem retiradas dele, como se ele tivesse esperado toda a sua vida para revelar estas coisas. Devo estar precisando de um confidente, alguém que nunca poderia contar meus segredos. A maioria dos homens lendários o faz. — Mas você ajuda os outros? — Então, talvez eu não seja completamente mal? — Ele deu uma risada sem humor. — Na maioria das vezes eu sou a pessoa que manipula as criaturas para deixá-las em posições desesperadoras. Por exemplo, eu posso ferir fatalmente a um ente querido, e em seguida, oferecer-me para salvá-lo. — Alguns desses nomes aí dentro são um inferno de uma surpresa, hein? Elizabeth era mais esperta do que ele inicialmente a julgara. — Exatamente. Ele arrastou seu olhar das páginas até fitar seu rosto, inspecionando-o como ele poderia fazer a uma pintura que achara superficialmente atraente, apenas para descobrir várias camadas, nuances sutis. Ele balançou a cabeça com força. Não, se Saroya estivesse na linha de frente, ele estaria sentindo este desejo, esta fascinação, mesmo que fosse apenas ela. — O que você costuma exigir deles? — Eu não costumo cobrar desta forma. — Seus devedores sempre assumiam que ele exigiria o seu primogênito. Como se eu fosse o fodido Rumpelstiltskin10? O que faria Lothaire com inúmeros bebês berrando? Criá-los num canil? — Mas quando eu fizer um movimento para reassumir meus tronos, as suas contas vencerão. E o mundo irá tremer. Seus lábios enrolaram conforme revisava algumas das entradas mais recentes: dois membros da realeza do Clã Lykae MacRieve, o deus do mar, Nereu; Loa a sacerdotisa vodu; Gamboa, o demônio traficante; Rydstrom Woede, rei dos demônios da ira. — Todo esse trabalho para reaver esses tronos? 10

Personagem de um conto de fadas dos Irmãos Grimm.

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— Sim. Tudo por eles. — Ele lutou lado a lado com uma Valquíria que odiava quando tudo o que queria fazer era se vingar dela. Ele se aliara com várias demonarquias, convencendo algumas delas que ele era o diabo encarnado, dedicado a conduzi-los de volta para o inferno. Ele jurara fidelidade a um rei vampiro, o mesmo que se sentava no trono do próprio Lothaire. — Se os seus reinos eram importantes, então por que você os perdeu em primeiro lugar? — Eu não poderia esperar que você entendesse as maquinações políticas dos vampiros. Ela inclinou a cabeça para ele. — Nenhum dos seus devedores algum vez o ludibriou? — Promessas feitas pelo Lore são inquebráveis. — Então eu estou surpresa que eles não tenham simplesmente tendo matá-lo. — Oh, eles tentam, constantemente, — ele disse. — E agora eles vão vir atrás de você, pensando em troca-la por suas dívidas ou para lucrar com uma eventual recompensa. Então, é claro, há os que buscam retribuição, empenhados em se vingar de seja quais assassinatos em tenha cometido. — Ele nivelou seu olhar com o dela. — Eu cometi muitos. Ela não desviou o olhar. Na verdade, ele teve a estranha impressão de que ela o estava estudando. O inseto quer entender a lupa. — É por isso que você é chamado o Inimigo dos Antigos? — Em parte. Também porque eu apareço como uma praga a cada dois séculos, matando seres em massas antes de desaparecer. — Às vezes desaparecendo involuntariamente. — Há uma recompensa de verdade pela minha cabeça? Quando Lothaire descobrisse quem espalhara isso, sangue iria correr. — Minha Noiva já seria o alvo número um no Lore. Agora milhares lutarão pela recompensa e eles vão acreditar que você é minha. Eles vão usar oráculos para rastrear seus movimentos. Então, se de alguma forma você for capaz de escapar destes limites, você pode ser sequestrada em segundos. E eles farão coisas terríveis com você. Ela levantou as sobrancelhas. — Eu só posso imaginar o quanto ruim algo teria que ser para que você possa chamá-lo de terrível. Mas se eles estão oferecendo a morte, não se esqueça de que eu quero morrer. — Alguns inimigos levariam sua vida. A maioria optaria por mantê-la. Um anatomicamente incorreto deus do mar adoraria nada mais do que sondar suas profundezas e roubar sua virgindade. Meus inimigos vampiros prefeririam mantê-la viva para servir de alimento, perfurando-lhe todas as noites durante décadas. Demônios iriam emprestar você para seus notórios haréns, onde você seria prostituída por todas as muitas criaturas que pagariam caro por uma chance de humilhar a Noiva de Lothaire. Você poderia aprender a polir os chifres dos demônios das formas mais degradantes. Ela engoliu em seco. — De haréns e se prostituir e chifres, então? — De repente o destino que eu planejei para você não parece tão escandaloso? Ela voltou para o sofá, sentando-se menos rígida do que antes.

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— Só para ficar claro. Meu destino, como você pretende que seja, é assim: Entre um e trinta dias, você vai enviar a minha alma em viagem, para onde quer que as almas vão e minha família nunca vai ser prejudicada por você. — Aproximadamente, — ele respondeu, usando um de seus favoritos jogos de palavras. A menina poderia supor que ele se referia ao número de dias. Mas na verdade, ele falava da parte de mandar a alma dela em viagem. Sua alma seria extinta. — Por aproximadamente, você quer dizer o um a trinta, ou o resto da frase? Bruxinha. — A pergunta que você deveria se fazer é porque os dias são tão variáveis. — Lothaire. Por que os dias tão variáveis? — Eu disse que eu preciso de um anel muito específico para fazer Saroya virar uma vampira. O mesmo anel que irá libertar sua alma de seu corpo. — Não era uma mentira. — Pode levar semanas até que eu o localize. — Entendo. Não que eu esteja reclamando, mas se você deveria estar procurando por alguma coisa, então por que você estava tentando dormir esta noite? Não é isto muito parecido com uma jornada diária de trabalho, tipo nove as cinco? Você não deveria estar fora rastreando o chão, mesmo agora? Ela o fez parecer preguiçoso. Ninguém trabalhou mais duro do que ele fez para cumprir suas sete pequenas tarefas: encontrar o anel, despojar a alma da humana, transformar Saroya em vampira, matar La Dorada, reivindicar a coroa da Horda, encontrar Serghei para queimá-lo vivo, conquistar o Daci. Ele não tinha prazeres na vida, não gostava de diversões. Tudo servia apenas a seu Fim de Jogo. Cansado só de pensar em todo esse trabalho, ele se recostou na cadeira. E mais uma vez, ele teve a sensação de que ela estava o estudando. — Sono e trabalho são uma e a mesma coisa agora. — Eu não entendo. — Quando eu bebo o sangue diretamente da veia, eu posso colher as memórias da minha vítima. Eu vejo suas lembranças em meus sonhos, revivendo-as quando durmo. Eu sinto a mordida de frio em suas peles, a dor de seus ferimentos, até mesmo sua morte em minhas mãos. Recentemente, eu bebi de um homem que sabe onde está o anel. Agora eu só tenho que chegar a essa memória, mas é mais fácil dizer do que fazer. Eu tenho que percorrer um monte delas antes. Ela correu os dedos sobre a marca em seu pescoço. — Você vai sonhar com as minhas? — Provavelmente. Mal posso esperar pelas lembranças de suculentos guisados de esquilo em volta da lareira do trailer. Ela separou os lábios, sem dúvida nenhuma se preparando para devolver uma réplica cortante, em seguida, a sufocou. — Como você sabe o que é um sonho comum e o que é lembrança da vida de alguém? — Eu não sonho com nada, o que faço é reviver memórias, e apena elas. — Não é à toa que você é louco. Mas eu afeto a sua sanidade mental, não é?

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— Saroya afeta a minha sanidade mental. Você é apenas um espaço reservado. — Então, se o anel equivale a minha morte, então toda vez que você dormir significa que eu estou mais perto de morrer? — Não coloca muito bem um ponto, mas basicamente sim. Finalmente, ela olhou para longe, dizendo em silêncio: — Você poderia me dar um aviso prévio? — Não. Não mais do que você faria aos veados que caçou. — Eles eram animais! — E você é muito mais do que eles? — Ele perguntou em tom pensativo. — E o que você faria com o aviso prévio? — Eu gostaria de escrever para a minha família. — Ah, as últimas palavras de Ellie Ann. Que tocante. Mas não há espaço no Lore para o sentimentalismo. — Quando ele cruzou os braços sobre o peito, ela parecia estar fazendo uma nota mental do que ele disse. Ele realmente sentiu uma pontada sentimental antes, quando percebera que Chase poderia morrer e com ele, a única esperança de Lothaire de uma Noiva vampira. Será que não vou deixar nada de mim para trás? Há muito tempo atrás, Lothaire ocasionalmente criara vampiros, mas todos morreram antes dele. Ele perdeu o gosto por isso. Todos morreram antes dele. E agora estou me sentindo piegas, sentindo o peso da minha idade? Elizabeth perguntou: — Você já fez alguma coisa para outra pessoa sem esperar algo em troca? — Vou lançar a minha mente ao passado. Além disso... mais além ... Ah, sim. Durante a Idade do Ferro, deparei-me com um guerreiro mortal, morrendo em um campo de batalha. Ele queria que eu entregasse uma mensagem dele para sua esposa e filhos. Eu estava em um humor extravagante. "Dê a ela a mensagem você mesmo", eu disse a ele, transformando-o em um vampiro. Quando ele se reuniu a ela, ela correu para ele, lágrimas de alegria escorrendo por seu rosto, seus filhos à direita dela. Enquanto seus filhos se alegravam, ele girou-a em seus braços, apertando-a contra o peito. Um momento tão pungente, tanta emoção, até que ela pareceu como uma uva passa. Elizabeth ficou horrorizada. — Vampiros e humanos não se misturam. Vocês são muito frágeis. Se eu perco o controle e ponho as mãos em seu corpo... pop. Ela ficou em silêncio. Por que eu poderia matar para saber o que ela está pensando agora? Provavelmente porque eu gosto de matar. Em uma clara tentativa de mudar o assunto, ela perguntou: — Acaso os seus alvos sempre caem em seus truques? — Noventa e seis vírgula quatro por cento das vezes, sim. Ela franziu os lábios.

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— Que... chato. — O que você disse? — Onde está a diversão nisso? Onde está a surpresa? — A vida não é divertida. — Não para a maioria, eu suponho. — Ela se recostou no sofá, dobrando as pernas sob ela. — Mas se eu fosse rica como você, eu iria me divertir. — Se você não fosse tão terrivelmente pobre com é, você saberia que dinheiro não compra felicidade. — Falou como um homem que sempre teve dinheiro. — O que você faria se fosse eu? Para se divertir? — Eu iria gastar dinheiro com a minha família. E eu iria viajar. —Ela olhou para o teto, como se imaginando todos os lugares para onde iria. — Eu iria conhecer todas as maravilhas: a Grande Muralha da China, as Pirâmides, a Grande Barreira de Corais. Pelo inferno, eu iria conhecer a costa pela primeira vez na vida. Ela nunca esteve fora de Appalachia, nunca vira um mar, uma praia. Ele mal podia imaginar isso. Ela não tinha ideia do cheiro que tinha o mar, nenhuma ideia do que se sentia quando ondas batiam em seus pés. Como reagiria? Provavelmente não como ele esperava que ela o fizesse. — Eu vi o mundo, Elizabeth, várias vezes. É superestimado. E eu não tenho família devo reconhecer. — Então agora você lê o seu livro para se divertir? — Ela delineou o desenho do tecido do sofá, a unhas vermelhas traçando levemente. — Qual é a última entrada na sua lista de recebidos? — Será um mortal chamado Declan Chase. Se ele sobreviver. Ele é o único que possui as memórias do anel. — Se ele sobreviver. Você o feriu? — Ela perguntou. Acaso ela reprimiu um bocejo? — Não eu. Um demônio o estripou com uma espada ontem. Mas eu lhe dei meu sangue para torná-lo imortal. — Isso é realmente uma grande coisa? Desde que mortais imploram para que você os transforme e tudo mais. Eu acredito que você disse que isso era impagável? — Ela descansou a cabeça no braço do sofá. — Eu queria muito um empate com dele. Embora eu agisse como se tencionasse por a prova pelo meu sangue. Lothaire lembrou-se do subterfúgio, um enredo simples, mas elegante, e, em seguida, a culminação. Chase inconsciente, sua boca escancarada enquanto ele era forçado a aceitar o sangue de um vampiro. Mesmo que o Homem Lâmina considerasse aquilo como uma violação, um veneno em suas veias... — Agora eu posso localizá-lo em qualquer lugar do mundo, a qualquer momento, — Lothaire continuou. — Posso ler a sua mente se ele estiver por perto. Sim, mortal, sob as circunstâncias corretas, eu sou capaz de ler mentes. Apenas um outro motivo pelo qual eu sou superior a você.

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Ela vai engasgar com espanto, levantando a mão para sua têmpora, temendo que eu esteja lendo sua mente agora mesmo... Silêncio. Ele olhou de volta para ela, percebeu que ela apertava as mãos em punhos trêmulos. Elizabeth estava dormindo profundamente. Ele finalmente se abriu e realmente conversou com alguém, mostrara seu fodido livro e ela adormecera? Será que ele a entediara tanto assim? Suka! Ele estava tentado a riscá-la para o meio de uma luta de gaiola de ghouls, para ver se isso iria acordá-la! Ele pairava sobre ela, olhando para baixo, confundido pelo comportamento desta mortal. E por que ele nunca conseguia antecipá-la. Por cima das batidas do seu coração, ele conseguia ouvir as respirações de Elizabeth. No sono, ela parecia suave, ainda mais jovem. Tão bonita, mas profundamente carente de potencial. Ela parecia bastante inteligente, exceto quando me desafiava, ainda que não fosse sua aparência, não havia nada de notável sobre ela, sem realizações das quais ela pudesse se vangloriar. Ela fora interessada em atletismo, com todas aquelas suas expedições ao deserto e tal, mas ela não era um atleta que se destacasse. Ela não tocava nenhum instrumento, e ela só falava uma língua, pobremente. Se não fosse por Saroya, Elizabeth teria vivido uma existência desperdiçada, assim como sua repugnante mãe. Roupas de lojas de terceira categoria, perfume barato e um trailer, sombrio e com goteiras. Pelo menos agora Elizabeth servia a um propósito maior. Conforme suas respirações se aprofundavam, seus lábios se entreabriam e seu batimento cardíaco parecia mais repousante. Como um metrônomo... como as ondas que ela nunca veria. Tão jovem, esta mortal. Olhando para ela agora, ele quase podia esquecer o quanto ele detestava os seres humanos. Quase. Seus pensamentos foram interrompidos pelo seu súbito bocejo. Observá-la dormir o acalmara. Sua Noiva, ou pelo menos seu corpo, podia acalmá-lo. Uma ferramenta que eu posso usar? Depois de desapertar o cinto de sua espada, ele descalçou as botas, retirou sua camisa. Agora eu durmo. Agora, as memórias virão. Conforme ele riscou até sua cama, ele pensou, seus dias estão contados, jovem Elizabeth.

Capítulo 15

Ellie acordou com um gemido. Um gemido de um macho.

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Ela abriu os olhos em um susto, para encontrar a si mesma enroscada em um sofá no quarto do vampiro. Ela estendeu a mão ainda grogue e ascendeu uma lâmpada próxima, iluminando o espaço suficiente para enxergar Lothaire. Ele jazia, dormindo em sua cama. Ela se levantou e cruzou o quarto até ele, curiosa para ver se ela o acharia tão bonito, agora que ela estava descansada e não tão agudamente traumatizada. Ao lado de sua cama, Ellie exalou em resignação. Como ele poderia ser tão danificado mental e moralmente e tão deslumbrante pelo lado de fora? Vestindo apenas seus jeans escuros que pairavam logo abaixo da linha dos seus quadris, ele se deitava de bruços, o lado de sua cabeça apoiado em seu antebraço. Seus loiros cabelos compridos estavam despenteados, os olhos enervantes, escondidos. Seu rosto era assustadoramente impecável, com seu nariz, aristocrático e orgulhoso e maçãs do rosto largas. Mesmo a sombra de barba cobrindo seu queixo maciço era atraente para ela. Os dedos coçavam para se arrastar sobre seus lábios, para determinar se eles eram tão firme quanto pareciam. Ela nunca realmente notara os lábios dos homens antes, mas os dele eram sensuais. Agora que seus ferimentos estavam curados, a pele macia de suas costas parecia exigir o seu toque. Aqueles ombros musculosos... Ele gemeu de novo, as sobrancelhas se juntando bruscamente. Sonhando? Se ele realmente experimentava as memórias de todas as suas vítimas, ações de milhares de anos, como que ele poderia não estar ficando louco? Certamente ele não poderia já estar sonhando com esse anel. Talvez ele estivesse vendo suas memórias? Ela nunca fizera nada, ficaria muito envergonhada se ele descobrisse isso, mas não queria que ele sentisse exatamente o quanto ela amava sua família ou soubesse o quanto eles estavam em maus lençóis atualmente. Na última vez em que ela falara com sua mãe, havia boatos sobre os homens Peirce regressarem às minas. Mamãe dissera. — Por cima do meu cadáver, Ellie, — então ficara envergonhada por seu comentário com a filha no corredor da morte... Quando Lothaire virou sobre suas costas, a boca de Ellie ficou seca. Seu torso era duro como pedra, com abdominais recortados e peitorais muito definidos. Pelos em um tom mais escuro de louro, quase na cor dourada, tracejavam no centro do peito, e uma linha fina e dourada arrastavase para baixo até o umbigo e mais além. Seus sentidos famintos beberam daquela visão, quase cegando seu ódio por ele. Querido Deus, o vampiro era tão... lindo. Perfeição masculina. Especialmente com os olhos fechados. Eu poderia olhar para ele durante todo o dia. Não! Acorde, idiota! Ele era um assassino que queria fazer-lhe sua igual. Ele era também em parte responsável por sua prisão.

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Era melhor que ela não cultivasse nenhuma confusa atração por ele. Na verdade, chegou a pensar brevemente em abrir as cortinas para deixar entrar a luz do sol da manhã, mas decidiu-se contra. Ele era muito rápido, apenas iria riscar para longe da luz. Em vez disso, Ellie arrastou-se para longe, planejando tomar um banho, se vestir e se preparar mentalmente para a próxima rodada com ele. Dentro de seu quarto, ela trancou a porta adjacente entre suas suítes pelo lado de dentro, como se isso fizesse qualquer coisa para mantê-lo fora. Então ela arrastou as cortinas para a sua varanda. Seus lábios se separaram. No final da tarde? Esgotada ou não, ela não podia acreditar que dormira por tanto tempo. Na prisão, ela acordava às seis da manhã em ponto durante todo o período da sua sentença. Ela se dirigiu para o banheiro, encontrando luxuosos artigos de higiene lá dentro. A promessa de uma ducha com água bem quente e nenhum olho de guardas sobre ela, a atraía como o canto de uma sereia. Uma vez que o vapor começou a subir da água caindo em cascata sobre ela, ela suspirou de contentamento, despreocupadamente esfregando seu corpo com um sabonete perfumado. No entanto, logo suas mãos escorregadias começaram a descer, transformando o banho em uma caricia. Passara-se tanto tempo desde que ela fora capaz de se tocar sozinha desta forma, totalmente nua e sem ser observada, que se esquecera de como se sentia. Ela bloqueou as imagens do torso esculpido de Lothaire de sua mente, dizendo a si mesma que ela estava apenas se reencontrando com seu corpo. Quando ela segurou um dos seios, uma respiração instável escapou. Porra, mas ela sentia falta de ser acariciada, sentia falta dos sons masculinos de apreciação enquanto ela os tocava de volta. Ellie desfrutara dos homens, fora uma incurável viciada em flerte por toda a sua vida. Ela perdeu as contas de quantas cabines de caminhão ela embaçou as janelas, tanto que conseguira uma reputação. Isso era Ellie, a virgem fácil, que estava sempre disposta a conversas safadas e amassos quentes. Enquanto seus jeans permanecessem fechados. Mas, então, ela fora mandada embora, banida de flertar, rir e tocar. Na prisão, ela ansiava por sentir a aspereza das mãos dos meninos sobre os seios, para ouvir seus gemidos desesperados em seu ouvido. — Deixe-me tê-la, Elli ... Vou só colocar a cabecinha, eu juro. Ela apoiou o antebraço no mármore da parede do chuveiro, enquanto sua mão livre descia por sua barriga e mais abaixo. Desde que ela agora estava nua entre suas pernas, Ellie percebia cada diferente sensação, desde a água caindo, correndo sobre sua carne, o raspar de suas longas unhas... Ela estava escorregadia por dentro, tão tentada a fazer mais do que explorar. Ela mordeu o lábio e olhou ao redor, meio com medo que Lothaire pudesse riscar para dentro do banheiro e pegá-la. O que ele faria? Quando ele a apertou contra seu corpo ontem, ela sentiu o poder incansável de seus músculos, sentiu sua ereção incrivelmente grande.

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O sexo dela apertou com a lembrança daquela dureza. Um spray de água aspergia sobre seu pescoço parecendo arrepiá-la, fazendo-a tremer. O vampiro a provara ali, parecera saborear o gosto dela, gemendo enquanto a bebia. Por alguma razão, a ideia daquilo era meio assim... erótica para ela, como se ele a quisesse tanto, que precisasse tomar uma parte dela dentro de si mesmo. Sua respiração a fez tremer ao sair. O que teria acontecido se Saroya não tivesse se levantado? Será que o vampiro teria agarrado os seios de Ellie na concha das mãos? Ela se lembrava de como eles doíam. Naquele momento, ela não poderia tê-lo detido, estava em um estado de estupor sensual pela sua boca. Teria ele feito um caminho de beijos descendo por seu corpo... e mais abaixo? Ela imaginava aqueles lábios firmes se fechando em torno de um de seus mamilos, as sobrancelhas loiras arqueando-se com prazer, as mãos pálidas massageando-a... Não! O que estava errado com ela? Ela detestava o vampiro, mas estava fantasiando por ele? Ela deixou cair as mãos, ao mesmo tempo desligando a água. Inclinada para trás contra a parede, ela prendeu a respiração, tomando o controle sobre a sua necessidade. Os vampiros sempre foram retratados como hipnoticamente atraentes nos filmes. Certamente ele exerceu algum tipo de influência estranha sobre ela, alguma qualidade sobrenatural que ele esgrimia. Embora a explicação mais provável fosse que ela estava simplesmente muito carente após a sua longa estadia na prisão. Após se secar, ela tateou para o armário, cambaleando de novo diante de todas aquelas seleções. Ela poderia passar horas misturando e combinando. Ela nunca seguiu a moda das revistas femininas porque sabia que nunca teria opções suficientes para criar combinações, criar um estilo pessoal. Na verdade, ela se ressentia vagamente as mulheres que possuíam os recursos, e o tempo para gastar em moda. Ainda não tenho esse tempo. Lembrando-se que ela tinha apenas um mês no máximo, ela rapidamente escolheu um par de calças bege e um suéter azul com um decote baixo e capuz. O visual parecia bobo, sem sapatos, então ela escorregou em um par de escarpãs cor de tabaco. Será que o vampiro ainda estaria lá? Será que eles teriam outra conversa ou confronto? Ela se perguntou se o sentimento oscilante em sua barriga era a fome. Ou os nervos. Ela rapidamente trançou seus cabelos no alto, deixando as pontas enrolarem sobre seus ombros. Após debater sobre a maquiagem, ela optou por um leve brilho labial. Um trovão soou abaixo de seu quarto. Seguido por outro, e mais outro. Alto, mais alto... Então, silêncio.

Capítulo 16

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Quando Lothaire despertou, ele estava deitado em um banco de neve. Apesar de ainda ser certamente dia em Nova York, a luz amarela da lua escorria sobre ele. Riscar dormindo. Mais uma vez. Onde diabos eu estou agora? Acaso isso ia acontecer a cada vez que ele dormisse? Ele disparou seu olhar ao redor, reconhecendo o seu paradeiro, porque era uma propriedade para onde voltou muitas vezes, e que agora pertencia a ele. O campo onde sua mãe morrera. Como ele se lembrava tão claramente da morte de Ivana e da noite que se seguiu. Em um entardecer exatamente como este agora, ele finalmente conseguiu sair de seu casulo de neve... O sol mal tinha se posto quando ele começou a escavar para fora da neve. Os humanos há muito havia ido embora, mas Lothaire fora obrigado a esperar em agonia pelo crepúsculo. Por fim, ele rompeu a camada exterior de gelo e correu em busca de sua mãe... desejando contra toda esperança. Então viu tudo o que restava da orgulhosa Ivana. Cinzas negras contra a neve flagrantemente branca. Com um grito sufocado, ele alcançou seus restos mortais, mas uma ligeira brisa soprava, espalhando as cinzas por todo o campo. — Não, não, Mãe! — Chorando, freneticamente buscando tocar qualquer fragmento dela, avançou por eles. E ele seguiu em vez disso, roçando os dedos sobre as cinzas que se desintegravam. A primeira vez que fora capaz de se teletransportar. O choque brotou. Horas antes, essa habilidade teria impedido o sacrifício de Ivana. Ele caiu de joelhos, cheio de um ódio amargo por si mesmo. Eu falhei com ela. Lágrimas escorriam até que ele percebeu uma presença. O Daci, todos em torno dele, envoltos em névoa. Sua mãe lhe havia dito que sua família poderia vir por ele uma vez que os seres humanos tivessem ido embora. Na verdade, eles vieram. — Lothaire, — eles sussurravam como o vento. Ele ficou sobre seus pés, balançando em círculos. — Mostrai-vos! — Ele virou o ódio que sentia por si mesmo para fora. Ele ouviu a voz de sua mãe em sua mente: — Confie na razão fria. — Mas ele não podia. Fúria queimava dentro dele assim como o sol a queimara. — Seus covardes imundos! Onde vocês estavam na noite passada? Onde estava Serghei? — Ele gritou até a saliva pulverizar de seus lábios, congelando. — Deixe-me ver seus rostos! — Lothaire... Ele riscou para frente, voando para o meio da névoa com seus dentes arreganhados. Não era possível vê-los. Olhos selvagens, ele percebeu que eles eram a névoa e estavam dentro dela, assim como ele. — Vocês a deixaram queimar. — Ele gritou, a garganta arranhando. — Lutem comigo! De todos os lados, ele ouviu seus murmúrios quebrados: “... a maldição dela ...” “ ... ele traça para dentro da neblina...” “... Sangue da Horda...” “ ... deficient ...” “ ... raiva...”

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— Sim, eu tenho sangue da Horda! O melhor para destruí-los... Eles simplesmente riscaram para longe, se dissipando. A noite ainda era alta, silêncio absoluto. Solidão absoluta... Ao longo dos séculos, Lothaire voltara aqui uma e outra vez, desesperadamente à procura do povo de sua mãe, procurando por Serghei. Mas nunca riscara em sonho por esse tipo de distância. O pouco de neve em seus pés descalços, uma brisa fria filtrando o calor do seu torso descoberto. Despreze esse lugar. Lothaire ainda podia se lembrar do cheiro da carne queimada de Ivana naquela madrugada congelada. Porque seu pai, Serghei, o rei do Daci, a abandonara. O avô que Lothaire nunca, em sua interminável vida, fora capaz de encontrar. Quando jovem, Lothaire não compreendera a dor que sua mãe havia sentido. Desde então, ele conhecera o sabor da tortura, muitas vezes, sentira sua própria pele ser cauterizada pela luz do sol. Agora ele entendia ao que Serghei submetera Ivana. Eu ainda posso sentir suas frágeis cinzas contra meus dedos... Ao recuperar aquela memória, a raiva ferveu dentro de Lothaire, tão fresca quanto naquele momento. Não deveria já ter diminuído? Ele se sentia enlouquecido, querendo rasgar um inimigo até que o sangue fumegante pulverizasse o chão como a chuva e pintasse a neve de vermelho. — Me enfrente, Serghei! — Ele gritou. — Você é um fodido covarde! Por um instante, ele achou que sentia a sua presença. Ou era apenas um resquício remanescente do seu sonho? — Enfrente-me! — Ninguém foi ao seu encontro; Ninguém respondeu ao seu desafio. — Malditos sejam todos vocês, lutem comigo! Este pode ser o momento em que eu caio sobre o fio da navalha, irremediavelmente louco. Outro grito explodiu em seu peito. Desejo de sangue, carnificina... ossos quebrando... A coceira em sua carne deu lugar a expansão de suas presas. No fio de uma navalha, olhando para o abismo. E o abismo o encarava de volta. Apenas quando ele percebeu que estava prestes a perder esta batalha, imaginou a pele de sua Noiva submissa, dando-lhe aquele rubro vinho. Afunde suas presas dentro dela, mergulhe-as profundamente... Seus olhos se arregalaram. Ela está sozinha. Desprotegida. Em menos de um instante, ele retornou para o apartamento. Precisando protegê-la. Precisando dela. Ele poderia enterrar o rosto em seu cabelo e inalar seu perfume inebriante, ele podia imaginar isso muito claramente. Ele encontrou Elizabeth de pé ao lado de fora da varanda, sob o manto do sol. Não ela, não ela. Apenas Saroya. Ele resmungou: — Deixe Saroya subir. Ela se virou. — Você está de volta! Oh, meu Deus, os seus olhos.

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— Deixe-a subir! — Abismo. — Ela não está tentando subir. Ele jogou a cabeça para trás e gritou. — Lothaire? — Ele ouviu a mortal engolir em seco pelo medo, e ainda assim ela chegou mais perto dele, as mãos estendidas a frente. — O-o que aconteceu com você? É neve isso que esta em seus jeans? Ele estreitou seu olhar sobre ela, desejando-a, sim, venha a mim. Ela deu um passo mais perto das sombras, depois outro. Suas mãos tremiam. Quero-as sobre mim. Venha e me toque, fêmea. Toque-me, e eu talvez possa durar uma outra noite.

Os olhos do vampiro estavam mais assustadores do que Ellie já os vira antes. Eles estavam cheios tanto de angústia quanto de raiva. O vermelho raiava para fora sobre o branco, dando-lhe um aspecto ainda mais sinistro. No entanto, eles ainda eram fascinante para ela. Seu peito nu arfava com duras respirações, suas mãos apertadas em punhos cerrados, a promessa da violência transbordava por todos os músculos ondulando e pelos tendões esticados como corda. Suas presas brilhavam como se fossem recém-afiadas. E ela percebeu que ainda atravessava o espaço até ele, querendo alisar os cabelos desarrumados pelo vento em sua testa, precisando sentir sua pele impecável. Quando se juntou a ele na sala, algo começou a acontecer que Ellie não compreendeu. Ele se posicionou mais perto dela, então mais perto, com uma graça sedosa, predatória. Algo ocorreu a ela. Ele não queria assustar sua presa. Ela estremeceu, ordenando-se a não fugir. Porque ela sentiu que aquilo poderia... excitá-lo. Logo eles estavam tão perto um do outro, que precisou torcer o pescoço para cima para encontrar o olhar dele. Seus lábios se separaram ao enxergar a gritante necessidade que viu lá. Mas, do que ele precisava? O que ele queria? Por que ela senti que iria morrer se não conhecesse a sensação daquela sua pele pálida? — Elizabeth, — ele mordeu fora, a voz crua, sua expressão enlouquecida. Talvez ela pudesse tocá-lo, poderia satisfazer a sua curiosidade, e ele nem sequer se lembraria. — Posso... Posso tocar em você? Ele estremeceu, então sussurrou: — Sim. Me. Toque. Para testar as águas, ela roçou um estreito comprimento de cabelo, afastando-o de seu rosto. Quando ele simplesmente se aproximou mais dela, ela tentativamente colocou as palmas

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das mãos em seu peito, contra a sua pele congelada. Para onde ele riscara? Para que lugar tão nevado? Ele vacilou, mesmo quando seus músculos pularam sob o seu toque. — Elizabeth, — sua voz era áspera, entrecortada. — Você me queima. — Ela estava prestes a deixar suas mãos caírem quando ele ordenou, — Mais. — C-certo. — Ela espalhou os dedos sobre o peito dele, avançando as mãos para fora até que pairavam sobre seus rígidos peitorais, seus mamilos ainda planos. Ela não entendia esse homem, esse maligno vampiro com seus olhos angustiados. Ele ainda não colocara as mãos sobre ela. Porque ele a temia? — Se eu perder o controle...— Ele avisou. Mas ela sentia que o acalmava, que o afetava física e mentalmente. Com bastante certeza, ela percebeu que a agitação dele começou a diminuir, suas pálpebras ficando pesadas. Ellie estava da mesma forma afetada. Ela ficava cada vez mais fascinada com as ondas de músculos flexionando sob a ponta dos seus dedos, implorando para serem explorados. Quando ela arrastou as unhas pelo cabelo dourado no peito dele, os olhos nublados se fecharam. — Isto esta melhor? — Sua voz era vergonhosamente gutural. Mas ela esteve ardendo pela chance de contato humano pela metade de uma década, como poderia não apreciar um homem como ele? Todo ele se resumia a cabelos desgrenhados e músculos salientes. Parecendo acordar, ele lhe deu um olhar cheio de ódio. Ele empurrou suas mãos para longe murmurando uma maldição, então caminhou em direção à cozinha. Como ele não riscou, ela imaginou que queria que ela o seguisse. Ela olhou com admiração relutante para os planos esculpidos das costas dele, do jeito que convergiam em forma de cone até os quadris estreitos... Mesmo seu caminhar é sensual. Lothaire andava como ela imaginava que um poderoso rei faria. Na cozinha, abriu a geladeira, encostando na porta, ele retirou um jarro de sangue. Parecia um pote de creme em suas mãos grandes. Ele virou a garrafa, engolindo seu conteúdo, enquanto Ellie afundava em uma cadeira, olhando com fascínio. Ela o viu olhá-la com o canto do olho, sabia que ele notou sua respiração ofegante, as bochechas coradas. Agora que o havia tocado, ela se sentia ainda mais atraída por ele. Mosca-voando-para-amorte-atraída-por-uma-lâmpada. Talvez ele estivesse um pouco menos intimidante sem suas roupas pomposas e sobmedidas e suas botas caras? E a sua bebida direto da jarra diante da geladeira era tão normal, tão masculina, que ela não podia deixar de responder. Mesmo quando um fio de sangue escorreu do canto de seus lábios.

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Vampiro. Sangue. Ainda assim, ela não conseguia desviar o olhar. Como pode essa visão me deixar tão molhado e ansiosa? Quando ele terminou, passou o braço sobre a boca, sobre a barba em seu queixo. — Olhou o suficiente? Fartou-se da visão? Não se preocupe, estou acostumado a mulheres de todas as espécies me cobiçando com luxúria. Ela sentiu uma onda de constrangimento, mas conseguiu refrea-la. Ellie tinha uma data de validade em sua vida que estava se aproximando rápido, e ela não podia perder um minuto se constrangendo por qualquer coisa. E ela resolveu não se torturar porque se sentia atraída por um letal e maníaco, vampiro que ela tinha ganas de matar. Ellie inclinou a cabeça como se considerasse algo, dizendo honestamente. — Bem, pelo menos você é bonito por fora. — Ao ver sua expressão, ela disse: — Oh, vamos lá! Em toda a sua vida interminável, ninguém nunca insinuou que você é feio por dentro?

Aqueles mais fracos do que Lothaire não tinham o hábito de insultá-lo. Claro que ela queria morrer. — Você não vai me provocar para matá-la, — ele disse, acrescentando: — esta noite. Mas provoque minha ira, e eu vou puni-la de outras maneiras. Sua ira estava no ponto, seu humor, completamente ausente. Embora ele tivesse dormido por horas, as únicas memórias que sonhara ou experimentara em primeira mão, eram algo dele mesmo, o que não acontecia em anos. O que significava que ele não colhera nenhuma nova informação sobre o paradeiro do anel. Se ele não conseguisse acessar as memórias de Declan Chase, seria forçado a empreender a procura do anel desde o início, tudo de novo. Quando ele seguiu pela primeira vez o conselho de seu tio, e bebeu, sangue da carne, Lothaire aceitara o risco: a loucura. Mas ele se convenceu de que sua mente era forte demais para ser excessivamente afligida. Talvez ele ficasse mais diabólico, sua consciência ainda mais corroída. Ele nunca esperara o riscar sonâmbulo e nem os ataques de ira, às vezes quando não podia ouvir um inimigo se aproximando por causa do barulho de seu coração. Ele nunca esperou perder suas habilidades estratégicas. No passado, facilmente lidou com vários jogadores, décadas de planejamentos, prevendo os movimentos de cada jogador como se fossem peões em um tabuleiro de xadrez. Agora soluções de meros quebra-cabeças lhe escapavam. Ele raramente conseguia dormir. Quando o fazia, não podia filtrar através de seus sonhos para obter as informações que precisava. Outra coisa estranha? Ele não experimentara nenhuma das memórias de Elizabeth. Ela foi seu último gole, então porque não vira nada dela?

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O único bem que viera de seu descanso era que seus ferimentos havia se curado completamente. Na sua idade, ele poderia aguentar semanas entre as refeições, mas a regeneração o havia deixado quase morrendo de fome. Ele derramou mais sangue gelado dentro de um copo... glub, glub. Ele bebia calmamente na frente da mortal, apenas para sacaneá-la. Mas ela não fez comentários sobre seu café da manhã, apenas disse: — Eu não encontrei nada aqui que eu queira comer. — Não se preocupe, eu vou alimentar meu novo bichinho de estimação. — Bichinho de estimação? — Seus olhos brilharam. — Eu nunca soube que eu poderia odiar alguém tão profundamente como o faço com você. — Eu sempre ajudo os outros a descobrirem os limites sombrios de seus ódios. É um talento meu. — Meditando sobre sua própria situação desconcertante, ele disse: — Deve confundi-la desejar um macho que você despreza. — Não, eu descobri o que está acontecendo. — Estou tediosamente intrigado. Diga-me o que o seu pequeno cérebro mortal, conseguiu pensar, — ele disse, imitando seu sotaque. Ela estreitou os olhos. — Eu sempre gostei de homens. Antes da prisão, namorei bastante, ia me divertir nos estacionamentos a cada fim de semana. O ciúme queimou dentro dele, embora estaria condenado, se soubesse o porquê. Elizabeth não era dele. Como se lembrando de um ex-namorado, ela olhou para além de Lothaire. Seus olhos passearam lânguidos, ela enroscou uma mecha de cabelo nos dedos, rodando-a sobre o lábio inferior que parecia inchado. Aquele cabelo. Aqueles lábios... — Sinto falta de alguns daqueles estacionamentos, — ela murmurou distraidamente, um rubor se espalhando ao longo de suas maçãs salientes no rosto. — Quentes, frenéticos... Estacionamentos. — Apenas quando ele estava prestes a quebrar alguma coisa, ela encontrou seu olhar. — Nos últimos cinco anos, eu vi um total de nove homens. Pense nisso por um segundo. Então vai entender como até mesmo você pode parecer bom. — Até mesmo eu? — Seu tom era zombeteiro. — Meus atributos naturais não teriam nada a ver com isso? — Ele apontou para si mesmo, indicando seu físico impecável. Ele crescera para ser um exemplar perfeito. Exatamente como prometido. Mas, por todos os deuses, o que foi preciso para manter minhas próprias promessas? — Lothaire, só porque eu estou sexualmente desesperada, isso não faz de você um pêssego. Sexualmente desesperada? Pela sua mente passou o momento em que ele a vira na água ansiosamente beijando aquele menino, apertando os dedos em seus ombros enquanto sua boca se movia sobre a dele. A expressão do homem fora de deslumbramento, justo antes de seus olhos se fecharem em um deslize, uma luxúria esmagadora neles...

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Vermelho cobriu a visão de Lothaire. Elizabeth se contorcera contra o menino, como se não conseguisse chegar perto o suficiente dele. Lothaire arremessou seu copo do outro lado da cozinha, sangue, e vidro explodindo contra a parede. Ele riscou até diante dela, segurando seus braços para arrancá-la de seu assento. O coração dela disparou, seus olhos se arregalando com um delicioso medo...

Capítulo 17

As mãos de Ellie voaram para o peito do vampiro, enquanto sua boca descia para o pescoço dela. — O que há de errado com você? — Esse corpo pertence a mim agora! Isso nunca vai ser tocado por outro homem. — Contra sua pele, ele rosnou, — Maldita seja, permita que Saroya suba! — Seus lábios se separaram, e a sua língua pulou para fora. — Oh! E-eu não consigo, ela não está nem tentando. — Ele vai beber de mim outra vez? A pele dele estava mais quente do que estivera anteriormente, e esquentando cada vez mais sob seus dedos. Outra vez aquela língua malvada lambeu seu pescoço fazendo arrepios passarem por ele. Os mamilos de Ellie se apertaram em pontos sensíveis, os seios inchando. — Você sente necessidade do meu toque. Retroceda e faça-a vir a mim, — ele ordenou, sua voz grave. — Vou tomar meu prazer deste corpo, e então você vai estar livre deste incômodo quando acordar. — Eu não sei como desvanecer sem ela vir, — ela gemeu, seu sotaque espessando. Ele estava beijando seu pescoço tão avidamente, não mordendo, mas ainda assim com uma fome urgente. — Oh, Deus, eu não posso pensar quando você está fazendo isso. — Ela gemera a última frase? Ela deve ter feito, porque ele se afastou dela, olhando para baixo para medir sua reação. Ela estava ofegante, os olhos focados em sua boca sensual, aqueles lábios... Ele abriu o botão de sua calça. — Você me odeia... Ela engoliu em seco com medo. E antecipação. — ...mas você ainda vai me deixar fazer o que eu quiser em você. — Ele segurou zíper, murmurando ásperas palavras em russo para ela conforme lentamente começava a puxar para baixo. — E-eu te odeio mais que tudo! Mas isso, isso que você faz com a boca é tão bom... Você provavelmente tem algum tipo de controle vampiro antinatural em cima de mim. — Alguma coisa tinha que explicar esse desejo animal que ela sentia por ele.

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Quando ele deixou suas calças abertas e tocou com o dedo no laço da calcinha de seda com um gemido, Ellie mordeu o lábio inferior, lutando para manter os olhos abertos. Será que aqueles dedos continuariam a mergulhar para baixo, até descobrirem sua umidade...? Quanto mais ele poderia controlar? Sua vida, seu futuro, e agora seus desejos? Ela estava sofrendo de insanidade temporária, perfeitamente compreensível, considerando o que ela passara. Tudo pelo que ele a fizera passar. Com esse pensamento, ela o odiou tudo de novo. Ellie deu uma dura sacudida de sua cabeça, em seguida encontrando os seus olhos de fogo. — Não, eu não vou deixar você fazer o que quiser. — Ela agarrou seu pulso, puxando sua mão sempre descendente de dentro de sua calcinha. — Porque eu não quero você, nunca vou querer você. Um músculo saltou no seu maxilar. Ela não sabia se ele ia beijá-la mais um pouco ou matá-la. Ele se virou e socou a parede da cozinha, levantando uma nuvem de gesso. — Como se eu fosse querer você! Eu detesto tanto você que chega a queimar! E eu não posso matá-la! — Ainda. Ele girou o olhar sobre ela. — Ainda não. Mas em breve. — Ele desapareceu, reaparecendo segundos mais tarde, completamente vestido. Seu peito largo estava ainda arfando sob um suéter cinza escuro de algum material fino, provavelmente caxemira ou algo tão caro quanto. Seja o que for, aderia aos músculos dele como uma segunda pele. Suas calças pretas foram, obviamente, feitas sobmedida. Ele usava um cinto de bainha e uma espada. Incrivelmente bonito. — Estamos indo para um passeio. Uma chance de escapar? — Onde? — Encontrar uma bruxa velha.11

Lothaire riscou com Elizabeth para dentro de um barraco à beira-mar à beira de uma praia deserta em Outer Banks. Ele precisava de uma reunião de emergência com o seu oráculo, uma fêmea Fey conhecida como A Bruxa No Porão. — Onde estamos? — Elizabeth sussurrou. — Você disse que seus inimigos iriam me encontrar se eu estivesse fora do apartamento!

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No original, hag; um trocadilho com o apelido Hag.

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— Não aqui. Suas proteções são idênticas as minhas. — Elizabeth estaria o suficiente segura. Além disso, ele não tinha escolha a não ser consultar-se com Hag. Sua mente estava cada vez mais desordenada. Perigosamente, mais desordenada. Momentos atrás, ele estava decidido a puxar as calças de Elizabeth até seus tornozelos, em seguida dobra-la sobre a mesa para fodê-la ali mesmo. Ele pensou por um momento que aquela era uma ideia brilhante. Fazê-la gemer o meu nome antes de eu permitir que ela goze, mergulhando em seu calor apertado, sentindo-a ficar cada vez mais escorregadia a minha volta... Não, não! Concentre-se! Afora o fato de que ele esperava a subida de Saroya naquela mesma noite, ele poderia matar Elizabeth. Se ele perdesse o controle, socando dentro dela com toda a sua força... Suas narinas se dilataram e os punhos cerraram. A luxúria de sangue lutava com a necessidade sexual. E ele já havia chegado perto de penetra-la esta manhã. Hag poderia ajudá-lo a encontrar o foco, poderia ajudá-lo a filtrar através de suas memórias para que ele pudesse livrar-se de Elizabeth, o mais breve possível. O oráculo era a única pessoa em que ele, ainda que superficialmente, confiava com seu Fim de Jogo. Ela previu sua esposa e lhe disse como encontrá-la. Ela se certificou de que o corpo de Elizabeth fosse preservado durante seu tempo na prisão. Durante anos, Hag guardara seus segredos... As persianas de sua casa estavam fechadas contra o último raio de sol do dia. O oráculo estava esperando por ele. Enquanto Elizabeth pesquisava a sala ampla e a área da cozinha, Lothaire tentava ver esse lugar através dos olhos dela. Asas de morcego e novelos de ervas penduravam do teto para secar. Carcaças de animais estavam em um bloco de açougueiro em vários estados de abate. Uma das misturas que Hag fabricava estava borbulhando em um fogão a gás moderno, enquanto em extensas bancadas de trabalho sustentavam uma variedade de frascos e queimadores. Sua coleção de crânios de demônio decorava uma prateleira superior. Eles pareciam humanos, exceto pelos chifres salientes e presas. Cabeças de Ghouls estavam alinhadas em outra prateleira, seus rostos verdes e pútridos, congelados em horror. Falos de centauros preservados em frascos cheios de líquido. —Hag, — ele chamou. O oráculo era na verdade uma Fey aparentemente jovem que fora transformada em uma velha impotente por alguns séculos antes de retornar recentemente a sua verdadeira forma. Uma graciosa morena com orelhas pontudas. Balery era seu nome verdadeiro, mas achava Hag melhor. Lothaire gostava de lembrar à Fey de seu passado como velha, tão frequentemente quanto possível. Porque ele fora aquele que a salvara. Outro nome em meu livro. Hag surgiu de um quarto nos fundos.

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— Lothaire, não posso dizer que esta é uma surpresa. — Ela enxugava as mãos encharcadas de sangue em um avental manchado. Embora ela usasse roupas modernas sob o avental, saia curta, botas e uma camiseta, ela tinha uma algibeira que decididamente não era moderna, negra e cheia de ossos de vidente afixados ao seu cinto. Além de seus talentos como um oráculo, que enfraquecera com um involuntário desuso, Hag era também uma fazedora de misturas, especializada em venenos e poções. Elizabeth olhava boquiaberta para as mãos sangrentas da Fey, esgueirando-se para perto dele, como se pedindo proteção. Ao vampiro que pretendia destruir sua alma. Ele a ouviu sussurrar para si mesma. — Mente aberta, mente aberta, — e achou que ela passara seu dedo indicador através de um dos passadores do cinto dele. — Ficando perto do sugador de sangue agora? — O medo de Elizabeth era tão humano, tão pouco digno. Outro exemplo de como ela era inferior a brava Saroya. Elizabeth tentou arder em chamas de glória há cinco anos? Ela se juntara a ele nas trevas mais cedo? Mera debilidade mental, Lothaire decidiu. — Atualmente, eu estou pensando que você é o menor de dois males. Ele deu uma risada sem alegria. — Você não poderia estar mais enganada. — Ela é a Hag? — Elizabeth murmurou. — Ela não se parece com uma. Será que ela se transforma em uma à noite ou algo assim? Hag suspirou em sua ignorância. Em um tom de desdém, ela disse: — E você trouxe companhia humana. — Meus inimigos já sabem que ela está sob minha guarda. — Em tão poucas horas? — Nïx. — Ele não precisava dizer mais nada. — Devemos atualizar nossas chaves de criptografia a cada hora. Ele balançou a cabeça. A Fey circulou Elizabeth, suas orelhas pontudas dando pequenos espasmos. — Ela é ainda mais bonita do que nas minhas visões. — Você esperava algo menos da minha Noiva? — Visões? — A postura tímida de Elizabeth desapareceu, e ela se afastou dele para encarar Hag. — Você é a pessoa que contou a esse esquisito como me encontrar? Hag a ignorou, como ela poderia ter ignorado um cachorro latindo. — Seu corpo vai procriar bem, mesmo depois de transformá-la, — ela comentou com Lothaire. Ele estava tão preocupado com o ato de procriar que ele nunca pensara sobre o resultado. Como se pareceria a sua descendência, obtida a partir desse corpo? Apesar de vampiros reproduzirem parcamente, ele imaginava inúmeras crianças de claríssimos cabelos louros e determinados olhos cinzentos.

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— Vou exigir muitos herdeiros. Compreensão e horror floresceram na expressão de Elizabeth. Era muito bizarro perceber que o seu próprio corpo iria continuar sem ela, Lothaire pensou, um corpo que produziria filhos para outros. — Meus filhos, — Elizabeth fechou os punhos em bolas. — Criados por você e a sua cadela nojenta. — Se ela lhe pareceu como se desejava muito fazer aquilo, ela poderia quebrar os ossos da mão. Quando Hag deu um aperto de avaliação no quadril de Elizabeth, a menina virou-se, balançando um desses punhos. Ele se riscou para ficar entre elas, pegando-o seu punho com a palma da mão. — Nunca toque esta Fey. Nunca. Sua pele é venenosa. Hag era um Venefican, uma senhora envenenada. Quando ela era uma menina, fora alimentada com pequenas quantidades de veneno até que sua pele ficou permanentemente letal. Ela também foi treinada como uma cortesã, coloque esses traços juntos, e ela era uma arma perfeita. — E antes que você tenha ideias suicidas, — Lothaire disse a Elizabeth, — sei que ela vai curar você antes que você pudesse morrer. Mas você experimentar uma agonia como nunca antes. Elizabeth puxou sua mão para longe dele, o queixo se levantando. — Ela é uma pequena humana feroz, não é? —Hag disse. — Elizabeth ainda não compreendeu seu lugar no grande esquema das coisas. — Ele deu à menina um meio empurrão em direção ao balcão da cozinha. — Sente-se, cale-se, e não toque em nada. Ela hesitou antes de se sentar em uma banqueta de bar, ainda eriçada. — O que te traz aqui hoje? —Hag perguntou. — Eu venho atrás de uma poção. Preciso limpar a minha mente para acessar a minhas memórias. Meu Fim de Jogo esta muito perto. Então ele teria tudo o que ele sempre quis. Então eu vou, finalmente, compreender o incompreensível... — Eu preciso me concentrar. — Em outra coisa que não este fascínio por Elizabeth. Hag inclinou seu grande olhar castanho de corça para ele. — Você gostaria de discutir negócios na frente dela? Ele encolheu os ombros. — Ela terá partido muito em breve. Mas ela precisa comer até então. Hag disse a ela. — Ande até o quarto dos fundos e procure por um baú verde decorado com videiras frondosas. Abra a tampa e diga-lhe o que você gostaria de comer. Não abra o baú preto decorado com teias de aranha. Quando Elizabeth apenas estreitou os olhos, Lothaire disse: — Faça o que ela lhe ordena. Você deve seguir as suas ordens, assim como você segue as minhas.

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Elizabeth levantou-se com um bufo, em seguida, passeou até o quarto dos fundos. Ele ouviu um rangido da dobradiça, então seu enunciar. — Muito engraçado. Um segundo mais tarde, ela falou naquele seu sotaque arrastado: — Saiam! Por cima do ombro, ele ordenou. — Coma algo nutritivo. Depois de uma pausa rebelde, disse ela. — Waffles de mirtilo. Xarope de bordo. — Então ela gritou, — Hoo! Excelente. Ela voltou com um prato carregado e talheres de prata, sentando-se a mesa de jantar mais próxima. Agora que recuperou seu equilíbrio, ela agia despreocupadamente com relação a tudo isso, mas ele sabia que as rodas giravam, podia ver aquele brilho calculista em seus olhos. Mas eu ainda não posso prever o que ela vai fazer. Ela cautelosamente deu uma mordida no seu café da manhã, murmurando: — Oh, meu Deus, isso é bom. Outra mordida e outra. Ela reverenciava a refeição de uma forma quase sensual. Ele se perguntou se ela seria assim na cama, saboreando o gosto de sua pele. Como eu saboreei a dela. Hag estava lhe dizendo alguma coisa e ele queria se concentrar, mas ele continuava ouvindo o garfo de Elizabeth sobre esse prato, seus barulhinhos de prazer. Ele encontrou-se extasiado enquanto ela rodava um pedaço de waffle sobre a calda. — Você está gostando de seus waffles? — Ele falou roucamente para ela. — A gororoba da prisão tinha gosto de botas de trinchar. Então, sim, você poderia dizer que eu estou gostando disso. — Com um ar presunçoso, ela acrescentou, — Além disso, eu estou me divertindo com o fato de que eu posso fazer algo que você não pode. — Não posso? — Ele riscou até o assento ao seu lado. Com um desafiador elevar de sua testa, Elizabeth levantou uma garfada de waffle. — Quer uma mordida? — Você não tem ideia. — De waffle. Oh, mas você é um sugador de sangue. — Ela fez uma careta exagerada. Ele descobriu que é imperativo varrer esse olhar do rosto da mortal. Embora soubesse que Hag estava olhando para ele com perplexidade, não deu a mínima. Ele segurou o pulso de Elizabeth e deu uma mordida. No mesmo instante, suas papilas gustativas gritaram errado! Ele não mastigava em eras e estava desajeitado com o ato, mas eventualmente ele pode engolir a comida. Elizabeth lançou-lhe um surpreso meio sorriso. — Você tem xarope em seus lábios. Aqui. — Ela lambeu o dedo e esticou o braço para arrastar o xarope do rosto dele. O ar entre eles ficou elétrico enquanto ele debatia se puxava seu pulso para afastá-lo dela ou para tomar uma prova do seu sabor. Feiticeira pigarreou. — O anel, Lothaire?

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Relutantemente, ele se levantou. — Você ainda não o viu em suas visões? Ela abriu espaço para ele sentar no balcão, guardando uma pilha do que pareciam ser crânios de aves. — Eu não tive mais sorte do que você. Ele está escondido, com algumas magias muito poderosas. Toda vez que eu tento descobrir sua localização, eu enfraqueço minhas habilidades. Eu posso sentir o olhar da mortal ainda sobre mim. O que significava que ele estava tendo dificuldade em manter os olhos longe dela. Ele enfiou os dedos pelos cabelos. — Você pode ajudar na minha concentração? — Talvez. Mas nós temos outras preocupações também. La Dorada. A rainha feiticeira do Mal. Algumas semanas atrás, ele a localizou adormecida em uma tumba escondida na Amazônia. Ela estava meio morta, mumificada por séculos em um sarcófago, com o Anel de Somas em seu polegar. Embora tivesse magias de proteção vinculadas a ela, incluindo uma garantia para acordá-la, Lothaire arrancara o dedo rígido e roubado o anel. E possivelmente inundara seu túmulo com uma onda de maré. Talvez eu não devesse ter roubado tão descaradamente o seu bem mais amado do seu corpo, despertando-a e, potencialmente, anunciando o apocalipse? Eu poderia ter deixado o seu polegar... — Eu vi Dorada em visões, tenho sentido ela, — continuou Hag. — A rainha do mal não vai deter-se ante nada até puni-lo. A rainha era uma feiticeira que detinha mais controle sobre algo do que qualquer outra feiticeira. Quando Dorada estivesse totalmente regenerada, ela poderia controlar quaisquer seres malignos, incluindo Lothaire. Mas ele não se preocupara com o seu poder, imaginando que se eles estivesse com o anel, poderia derrotá-la com bastante facilidade. No entanto, apenas quando ele esteve prestes a colocá-lo em seu dedo, ele foi capturado por Declan Chase. — Vou lidar com ela uma vez que eu encontre o anel, — Lothaire disse. — Nós temos mais algum tempo. Apenas sete dias atrás, eu consegui lançá-la em um abismo de fogo. — Quando todo o inferno veio abaixo, ou melhor, quando todos os prisioneiros imortais foram libertados das celas da Ordem, seus Wendigos zumbis o atacaram como uma massa. Ele derrotou a todos eles, um feito particularmente notável considerando que ele estava faminto, se recuperando de uma recém tortura, misticamente enfraquecido, e incapaz de riscar. Então ele virou o seu olhar cheio de ódio para Dorada... Hag brincava com um vidro de fumar. — A feiticeira já está vindo por você. — Ressuscitando tão rapidamente, não é? — Depois de despachar os Wendigos, ele saltou sobre uma fenda para chegar até a Dorada, lançando-a para baixo. Mas ela pegou a perna dele. Enquanto ficaram pendurados, ele fez o que qualquer um na sua situação, chutou no rosto dela até que seu crânio cedeu e um olho pulou para fora.

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No final, ela despencou em um abismo de centenas de metros de profundidade. — Sim, Dorada está se recuperando dos ferimentos infligidos por você e também de seu estado mumificado. Lothaire, se você quase não a derrotou da última vez, e ela está se regenerando agora...? Seu controle sobre todas as criaturas do mal será absoluto em questão de semanas, talvez até mesmo dias. Então ela poderia lhe ordenar que fosse saudar um sol do meio-dia em um deserto equatorial, o que iria matar até mesmo ele. Elizabeth tossiu, escondendo um sorriso por trás de seu punho. — Por que você está tão alegre? — Ele exigiu. — Parece-me que você esta prestes a ter seu rabo espancado por um pinto. Eu não sei quem é essa Dorada, mas eu estou desejando-lhe toda a sorte do mundo. Hag engasgou. Lothaire bateu com o punho sobre o banco ao lado dele, quebrando-o, os estilhaços voando. Conforme ele e Hag assistiam com espanto, a mortal calmamente os olhava por cima do prato e por entre seus longos cabelos, depois comeu outro pedaço de waffle.

Capítulo 18

Diversas realidades se tornaram evidente para Ellie enquanto os imortais falavam na frente dela como se ela fosse uma criança esquecida em uma cadeira alta. Um: Lothaire estava tendo dificuldade em encontrar o anel que significava a morte de Ellie. Dois: Sua concentração sofria quando chegava perto do seu limite. Três: Ellie precisava fazê-lo chegar ao limite quanto o mais e o mais rápido possível. Quatro: Ela se arriscava a morrer a cada tentativa. E isso estava bem. Ganhava ou ganhava. Mas agora sua expressão proibitiva estava fazendo um dano em sua coragem. Para reforçála novamente, ela se lembrou de que já estava tão boa quanto morta. Ellie já havia lido uma vez um artigo sobre o transtorno de estresse pós-traumático de guerra. Lembrou-se de um oficial do exército em particular, que dizia aos novos soldados da linha de frente, — Você morreu no dia em que assinou contrato para vir a esta guerra. Você já está morto. Então por que não ser corajoso agora? Eu morri no dia em que Saroya aterrissou dentro de mim. Então por que não levar a sanidade de Lothaire para baixo comigo? Sua voz vibrava de raiva, o vampiro disse: — Eu fui torturado e privado de sangue durante semanas antes de enfrentar La Dorada. Ellie deu-lhe um olhar como se estivesse ligeiramente embaraçada por ele. — Mas não era ela ainda uma múmia ou algo assim? Se regenerando e tudo isso? Parece que você é o peso mosca e ela o seu peso pesado.

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Pelo canto do olho, viu a mandíbula de Hag cair abobalhada. Lothaire riscou até a frente dela, cerrando os punhos com tanta força que o sangue começou a pingar fortemente de entre os dedos. — A feiticeira tinha uma dúzia de guardas Wendigo que eu derrotei. — Eu não sei o que é um Wendigo. Poderia ser o equivalente a um coelho no Lore. Mas parece que você considera esse feito uma grande coisa. Hag interveio. — Wendigos são zumbis devoradores, contagiosos até mesmo para imortais, rápidos como o relâmpago, com garras e presas parecidas com lâminas. No passado, apenas um era suficiente para dizimar toda uma espécie de imortais. Quanto mais uma dúzia. Em um tom depreciador, Ellie perguntou a ela: — Você está amenizando as coisas para Lothaire, não é? Agora Hag caminhou em direção a ela com indisfarçável malícia. Em um tom incrédulo, Lothaire resmungou: — Sua insolência... — Estou apenas brincando com vocês dois, seus idiotas. Mas com toda a seriedade, Lothaire, você deveria se ocupar de derrotar essa Dorada antes de se preocupar com o anel. Hag disse: — Se não calar a sua boca, eu vou selar seus lábios para você. Elizabeth deu de ombros. — Acho que você não quer o meu conselho. — Ele disse para você calar a boca. Mas Lothaire levantou a mão. — Às vezes o meu novo animal de estimação gosta de fazer truques. — Para Elizabeth, ele disse, — fale. — Se Dorada pode controlar todas as criaturas do mal, então é melhor você começar o quanto antes a obter alguma vantagem sobre essa uma. — Ela sustentou o olhar dele. — Estou bem ciente de que não há luta quando seu oponente tem total poder sobre você. — Se eu encontrar o anel que procuro, então poderia derrotá-la com ele. — Você me disse que poderia demorar até um mês para encontrá-lo? — É pouco provável. Mas ainda possível. — Dorada estará com sua força total em uma fração desse tempo. Você deve sempre atacar a tarefa sensível ao tempo em primeiro lugar. — Uma dedução razoável, mas você não tem todas as variáveis. A localização do anel pode mudar. Se eu não o alcançar, poderia perdê-lo para sempre. — E isso não seria uma pena? Apenas quando Ellie decidiu que empurrara longe demais e conseguira atingir seus objetivos, ele disse a ela: — Eu vou falar com Hag em particular agora. — Onde exatamente você quer que eu vá, Lothaire?

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— Você não queria ver o mar? — Ele disse num tom enigmático. — É exatamente do lado de fora. Vá. Contemple-o. Emoção vibrou através dela. — De verdade? — Estamos nos Outer Banks. Ellie saltou de pé, correndo para a porta da frente.

Lothaire murmurou: — Em cinco, quatro, três... — O que você está falando? —Hag perguntou. — Sobre a mortal, prestes a ficar pela primeira vez de cara para o... — Ahhh! Fronteira. — Ele sorriu. — Você não costumava atormentar as suas presas, Lothaire. — Sim, eu costumo, — ele corrigiu. — E além do mais, minha presa, normalmente, não costuma começar a provocação. — Sua mente esta falhando? As mentes mortais quebram tão facilmente... — Ela quer me provocar, para incitar a minha loucura, então eu vou ataca-la e mata-la. — Ela está se aproveitando da sua maior fraqueza tão cedo? Então, ela é surpreendentemente inteligente, não é? —Hag acrescentou um envelope de cristais verdes em um balão, e aquilo brevemente esmaeceu. — Tem certeza de que ela não é sua Noiva? — Cuidado, Hag. — Ele a avisou, fervendo por ela sequer considerar Elizabeth para ele. — Seus empregadores anteriores poderiam ter perdoado o seu atrevimento, eu não. — Eu nunca previ que sua mulher seria Saroya. — Em inúmeras palavras, sim que você fez. “Uma grande e destemida rainha, amada pelos vampiros, que vai garantir o seu trono para você”, — ele disse. — Ellie-Ann, nascida nas Appalachia, apenas não é capaz de inspirar a horda, quanto mais o amor de vampiros. Elizabeth não era da realeza, não era uma nobre, e não era uma vampira. Não era nem mesmo um dos seres mais baixos dentre os Loreans. Saroya era uma divindade. Os lábios de Hag se afinaram. Ainda não esta convencida? Como ela poderia fazê-lo? É claro que a Noiva de Lothaire seria uma deusa. Ele pretendia iniciar uma dinastia com ela que iria durar pela eternidade. A mãe da dinastia não poderia ser uma camponesa ignorante e mortal. — Você se lembra de quando eu descobri Elizabeth pela primeira vez, — perguntou ele. — Como eu voltei e lhe disse que houve um erro? Eu protestei e neguei a sua visão, até que eu encontrei Saroya e tudo fez sentido. Foi como uma epifania. E você me lembrou de que eu nunca fui sangrado até que eu vi Saroya.

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— Eu poderia ter me equivocado agora. Descubra com certeza. — Você pode também se enganar para saber se o céu é azul. Desperdiçar o seu poder nisso, quando você mal consegue suprir o suficiente para me ajudar com qualquer coisa? Entre outras coisas, você deveria ter localizado a rainha Valquíria. Mas não conseguiu. Quando ela abriu a boca novamente, Lothaire a cortou. — Deusa de sangue triunfa sobre a mortal que mora no reboque imundo. Ponto final. Sequer contemplar a alternativa é ridículo. — Ele nivelou seu olhar sobre ela. — Eu nunca irei, e nem nunca poderia abandonar Saroya. Levante esse assunto novamente, de qualquer forma, e eu vou cortar sua garganta até a sua coluna. Entendido? Ela murmurou: — Entendido. Pelo menos uma fêmea que sabia quando recuar diante dele. Não que Hag fosse uma covarde, mas acima de tudo, a fêmea fey sabia escolher suas batalhas. — Agora, em relação a Dorada. Eu não quero usar o anel para derrotá-la. Ele planejara usá-lo não mais que três vezes. Embora o Anel de Somas fosse simples de utilizar, era um dos mais traiçoeiros talismãs do Lore. O anel poderia fazer quase qualquer desejo se tornar realidade, mas quanto mais era usado, mais ele escolhia interpretar mal os desejos feitos. No passado, ele ouvira falar de dois donos diferentes do anel. O desejo do primeiro homem era de uma fortuna em ouro. Baús de ouro apareceram do lado de fora de sua porta da frente. O quarto desejo de outro homem foi o mesmo. Ouro caíra do céu, enterrando sua família viva. E o anel não permitia nenhum desejo de reversão de um desejo já concedido. Lothaire poderia colocar La Dorada em espera e arriscar a má interpretação do anel depois ou encará-la agora e arriscar de que o anel fosse removido do complexo de Webb. O passo lógico seria de fato procurar a feiticeira. — Encontre-a para mim, — Lothaire disse, — E vou enfrentá-la. Hag assentiu. — Estarei à procura dela tanto quanto as minhas visões permitirem. — E sobre a minha confusão, a minha falta de foco? — Sua Noiva pode acalmar sua mente, tão bem como qualquer coisa que eu possa inventar para você. — O que devo fazer? Trazer Saroya comigo enquanto eu luto para recuperar o meu anel? — Ela não vai subir de qualquer maneira, sua mente sussurrou. Não, hoje a noite ela se levantaria. Ela deveria. Seria o suficiente para acalmar sua mente? Em qualquer caso, ele ainda buscava por uma poção. — Eu não posso expô-la ao Lore. Meus inimigos a aniquilariam. — Então, retorne para as proximidades dela, tanto quanto possível. Fale com ela. Toque-a. — Isto é inconveniente. Basta preparar algo para mim.

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— Há um remédio, mas eu vou precisar de cinco videiras de cinzas para fazê-lo. As vinhas cinzentas não são normalmente encontradas neste plano. Vou ter que rolar para encontrar alguma. — Faça isso. Ela puxou esse maço de pano preto de seu cinto, expondo-o sobre o balcão, perdendo dezenas de pequenos ossos de várias formas. Ela pegou-os e rolou-os como dados, em seguida, estudou a sua colocação, enfocando sua previsão. — Há um bando de shifters de carcajus12 nas florestas da Moldávia. Eles usam as vinhas para curar seus escravos mortais após o sexo vigoroso. — Como faço para encontrar o bando então? Ela revirou os ossos hesitantemente novamente. — Estão em algum lugar dentro de um dia de viagem desde o templo de Riora. Riora, a deusa da impossibilidade. — Eu conheço o local. — Haveria cerca de seis horas antes do amanhecer na Moldávia. Ele iria riscar para fora a partir do templo, milha a milha, enquanto prestava atenção para a iminente subida de Saroya, voltando a cada hora. — Eu vou diretamente para lá. Eu quero a base da poção pronta ao meu retorno. — Haverá dezenas de machos, —Hag disse. — Não poderia usar uma dívida de sangue por uma espada extra ou duas? Só um louco iria invadir uma área de malditos shifters sozinho. Ele levantou uma sobrancelha. E seu ponto é?

Capítulo 19

A costa. Ellie estava olhando para ela, suas mãos e bochechas pressionado contra a fronteira invisível. Ela estava tão perto que podia sentir o cheiro do ar salgado, podia ouvir as ondas, mas não podia tocar em nada. O limite se estendia apenas até o alpendre coberto da Hag, como Lothaire obviamente tinha conhecimento. A testa de Ellie ainda latejava. A cena diante dela era tão diferente de suas amadas montanhas, a vista aqui era aberta e surpreendentemente infinita. Seus ombros ficaram tensos quando Lothaire riscou ao lado dela. Ela baixou as mãos, furiosa consigo mesma por permitir que ele a pegasse olhando ansiosamente para o oceano. — Você vai me deixar chegar tão perto, mas não vai me deixar tocar a areia, e nem a água? — É a mesma coisa com as joias. — Suas palavras pingavam com a diversão. — Você vai ser feliz simplesmente por ter visto isso. 12

Wolverine, em inglês. Mamífero carnívoro, natural das zonas frias do hemisfério norte.

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Ela disse calmamente: — Eu te odeio mais do que ao inferno. — Eu sei. Conforte-se com o conhecimento de que você só vai ter que lidar comigo por poucos dias mais. Com a nova poção de Hag, eu poderei sonhar com anel hoje à noite. Desta forma, você poderia estar morta amanhã! — Eu pretendo voltar e assombrá-lo. — Então você teria que entrar na fila. Por enquanto, fique e eu vou voltar aqui em poucas horas ou nunca. — Eu sei pelo o que eu devo esperar. Depois que ele desapareceu com um juramento murmurado, Ellie vislumbrou ideia após ideia de como poderia escapar. Mas ela simplesmente não sabia o suficiente sobre esse mundo para dirigir a sua atual situação. Ela permaneceu nessa fronteira até o dia desaparecer sobre o oceano em uma confusão de púrpura e laranja. Paisagens como esta poderiam fazer uma garota querer não estar morta. Com o coração pesado, ela foi para dentro, assumindo um banco juntou ao balcão de Hag. A Fey estava trabalhando em alguma poção, parecendo esgotada. A transpiração se acumulava acima do lábio superior, os cachos soltos pendendo sobre seu rosto corado. Até as pontas de suas orelhas pontiagudas estavam rosadas. E ainda assim Hag era linda, com seus enormes olhos castanhos e traços delicados. Dois em dois dos imortais que Ellie conhecera eram sobrenaturalmente belos. Que implorava a questão, como esse tipo ganhara o nome? Hag recolhia o que parecia ser ovos azuis endurecidos, em seguida, começou a moê-los com um cálice e pilão. Quando seu avental começou a tremer, Ellie congelou. A Fey tinha um telefone celular preso ao seu cinto. Ela decidiu conquistar Hag, talvez, convencendo-a a dar um telefonema. Com esse pensamento em mente, Ellie retornou ao baú de refeições e ordenou: — Duas Coca-Colas com gelo. Dois copos de Coca-Cola gelada apareceram. Para alguém que adorava comida tanto quanto Ellie, este baú era como a Arca da Aliança13. Ellie trouxe as bebidas de volta para o balcão, deixando uma na frente do oráculo. — Você não se parece com uma bruxa para mim. — E eu não desejava de forma alguma decepcioná-la. — Então, qual é seu nome verdadeiro? Silêncio. O olhar de Ellie caiu sobre um velho livro deitado perto do pilão. — Isto aí é um livro de feitiços? — Ela o pegou, correndo os dedos sobre a capa. — Nunca senti um couro tão macio. — Feito com a pele de um ser humano dedicado ao cuidado do corpo. 13

A Arca da Aliança é descrita na Bíblia como o objeto em que as tábuas dos Dez mandamentos e outros objetos sagrados teriam sido guardadas, como também veículo de comunicação entre Deus e seu povo escolhido.

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Ellie deixou cair o livro com um arrepio. —Você pode realmente ver o futuro? — Sim. — Eu posso abrir uma janela? — Não. — Suas orelhas são pontudas. — E os seus olhos estão funcionando! — Eu poderia fazer isso de moer para você, — Ellie ofereceu. — Por que você não me coloca para trabalhar? — Eu acredito que as ordens de Lothaire eram de que você se sentasse, ficasse calada e não tocasse em nada. Eu sugiro que você as obedeça, Elizabeth. Sua atitude condescendente a irritou. — Não sou uma criança. — Para nós, você bem poderia ser. — E se eu a nocauteasse e roubasse seu telefone? A Fey revirou os olhos. — Tente, mortal. Calma, estou planejando. — Considere-se advertida, Hag. — Mesmo se você pudesse de alguma forma tirá-lo de mim, eu tenho uma senha para desbloqueá-lo. Droga, de volta a simpatia. Em um tom mais conciliador, ela disse: — Você pode me chamar de Ellie, se você quiser. — Eu não quero. — Hag correu as costas de uma mão manchada de azul sobre uma onda marrom brilhante de seus cabelos. — Olhe. Se esta é a parte onde você tenta fazer amizade comigo para me fazer te ajudar, poupe seu fôlego. Eu sirvo apenas aos interesses de Lothaire. — E aos de Saroya? Você não se importa que uma assassina psicopata esteja prestes a ser solta no mundo? — Se esse é o desejo Lothaire, então é o meu também. — Você o teme tanto assim? — Devo a minha vida a Lothaire. Independentemente disso, você seria louca de não temer ao Inimigo dos Antigos. — Vocês dois estão envolvidos? — Claro que não. Ele tem uma Noiva, a quem ele permanece fiel. — Mas Saroya e Lothaire não são íntimos. — Pelo menos, eu acho que eles não são... — Não discutirei sobre isso com você... Lothaire apareceu na sala, fazendo com que Ellie saltasse na cadeira. Desde que o vira pela última vez, ele vestia um casaco longo, feito sobmedida sobre seus ombros largos. Ele estava sem fôlego, com manchas de terra ao longo de uma bochecha e lama espirrada até em cima de suas pernas.

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—Saroya tentou subir? — Ela não está disponível no momento, — Ellie disse acidamente. — Posso entregar-lhe alguma mensagem? — Você prometeu-me que permitiria que ela subisse! — Saroya não está nem tentando. — Onde é o incêndio vampiro? Ele estivera afastado da deusa durante anos. Agora, simplesmente precisava vê-la? — O que você disse? — Nem-uma-contração. Lothaire lançou o punho contra a parede, e depois desapareceu. Hag suspirou olhando para o espaço deixado por ele, então voltando a trabalhar. — Ele é sempre assim tão... intenso? — Mesmo quando Ellie e Lothaire compartilharam uma conversa um tanto ou quanto normal na noite passada, ele havia estado vibrando com alguma coisa. — Você é estúpida por ameaçá-lo. Se ele perder o controle, você vai morrer. Da pior maneira. Nota mental: descobrir qual era a sua definição de pior maneira. — O que seria necessário para fazer você me ajudar? — Tudo que eu preciso é fazer uma chamada. — Nada que você possua. Agora, cale a boca. Dois minutos depois: — Você tem um banheiro? — Pensando em fugir? — Pensando em fazer xixi, na verdade. Hag acenou em direção a um corredor lateral. — Não abra janelas ou portas em qualquer lugar nesta casa. — Certo. — No banheiro, Ellie fechou a porta atrás dela, andando de um lado a outro. — O que é que eu vou fazer? — Ela murmurou. — O que fazer... o que fazer...? — Venha comigo, — uma voz sussurrando respondeu. Uma voz. Vinda daquele espelho arrepiante! Ellie se achatou contra a porta. — Q-quem é você? — Mente aberta! — A cavalaria, aqui para salvá-la. — A mão de uma mulher apareceu imediatamente colada ao atordoado reflexo de Ellie, o que parecia como se viesse de dentro do espelho. Cavalaria? Seu coração deu um salto. Mas então ela se lembrou do que os inimigos de Lothaire iriam fazer com ela. Haréns, prostituí-la, e chifres. Ellie virou-se e abriu a porta, correndo de volta para a cozinha. — Hag! — ela gritou. — Tem-tem algo no espelho, algo que quer que eu vá com ele. Hag deixou cair as folhas que tinha estado classificando. — Espelho? — Ela retirou um facão de um gancho na parede. — Mariketa, a Esperada. Ela deve ter procurado em todos os espelhos do mundo para achar o seu reflexo. — Quem é Mariketa?

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— Ela é a líder da Casa das Bruxas, um famoso bando de mercenárias. — Com a arma na mão, Hag se encaminhou para o banheiro. Isso não vai acabar bem para Mariketa. Ellie cautelosamente seguiu Hag. — Que tipo de mercenárias? Você tem que estar brincando comigo! — Elas já decifraram a criptografia das nossas proteções. Ou pelo menos parte dela. — Na porta, Hag disse: — Vá para dentro e diga-lhe que você quer ir com ela. — Uh, tudo bem. — Ellie entrou, então encarou o espelho. — Ei, você está aí, cavalaria? A voz respondeu: — Não tenho o dia todo, Noiva de Lothaire. Tem cerveja barata e jogo de boliche esta noite. — Mariketa soou tão humana, tão normal, que Ellie teve dúvidas. Especialmente quando Hag rastejou para o lado do espelho e levantou o facão. Mariketa continuou: — Eu não posso romper o plano do espelho, porque a magia que fez a proteção é da velha escola. Mas você pode chegar até o espelho e pegar minha mão. Deixa comigo que eu vou fazer o resto. Hag acenou para ela se afastar, então Ellie disse: — Sim, está bem, aqui vou eu. A Fey levou sua mão dentro do espelho, como se a mergulhasse em uma piscina de água. Mariketa disse: — Te peguei. Hag respondeu: — Não, eu te peguei. Seu facão golpeou através do vidro. Um grito irrompeu de dentro. — Ahhh! Sua CADELA! Em um jato de sangue, a Fey saltou para trás; Ellie ficou boquiaberta. Hag estava segurando uma mão decepada da bruxa. Algum tipo parecido com uma fera rugiu de dentro do espelho, a energia começando a se construir no ar, deixando o fino cabelo sobre os braços de Ellie de pé. Usando o sangue, Hag freneticamente desenhava símbolos estranhos no vidro, terminando exatamente quando um flash do que parecia ser um raio torpedeou em direção a elas. — Aguenta... segure firme, —Hag murmurou. As sustentações ricocheteavam no plano do espelho e volta para as trevas. Outro grito soou. — Você vai pagar por isso, Fey, — em seguida, o silêncio. O vidro era sólido, mais uma vez, os símbolos parecendo infiltrar-se no espelho antes de desaparecer. Hag cedeu de costas contra a parede. — Eles sabiam o suficiente da nossa chave para encontrá-la. Deuses das trevas, essa esteve perto. — Você me salvou, obrigado. Seu rosto empalideceu. — Foi por muito pouco. Eu devia ter mudado a criptografia há uma hora. Você não era invisível aos inimigos. Lothaire vai me matar por isso.

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— Nenhum dano, nenhuma culpa? Eu não tenho um arranhão em mim. — Você não conhece Lothaire. — A expressão da Hag parecia doente. — E se eu não lhe disser nada? — E o que você iria querer em troca? O olhar de Ellie caiu para seu telefone. — Você sabe o que eu quero. — Eu jurei pelo Lore nunca trair Lothaire. Mesmo se eu quisesse deixar você usar o telefone, é impossível quebrar um juramento feito pelo Lore. — Então o que você pode me dar? Os olhos da bruxa dispararam. — Eu não sei... Eu não consigo pensar. — É melhor se apressar. Ele poderia voltar em breve. Ei, talvez você possa responder vinte perguntas para mim. Em um rápido debate interior, Hag disse: — Eu posso me reservar o direito de não responder a certas perguntas se tais respostas puderem prejudicar os interesses de Lothaire. Uma pessoa inteligente poderia colher muito unicamente a partir das perguntas que eu recuse. Como posso simplesmente eu recolher algo que seja sequer possível afetar diversamente os interesses de Lothaire? Acaso você acha que eu sou inteligente? — Então, prometa-me informações sobre este mundo, a cerca de imortais em geral. — Ajude-me a limpar isto, e eu vou fazer com que valha a pena para você. — Hum, sim, eu vou precisar de você jure isso pelo Lore. Feiticeira olhou de soslaio para Ellie. — Eu tenho um pressentimento muito agourento sobre você. Mas eu quero viver. Então, eu me comprometo pelo Lore em lhe dar informações sobre o nosso mundo. — Tudo bem. Diga-me o que você quer que eu faça... Hag deu-lhe um pó para derramar em cima da pia e ao longo do facão para fazer o sangue desaparecer enquanto ela desintegrava a mão da bruxa em outra cuba. Quando tudo estava novamente em ordem, Hag disse: — Não importa o quão limpo nos deixamos isto aqui, você vai nos entregar. Ele vai ver simplesmente através de você. Ellie voltou ao seu banquinho. — Olha, é exatamente como quando a Lei vem por aí perguntando sobre um imóvel ou um laboratório. Mesmo que eu seja pega com uma brilhante jarra de vidro na minha mão, eu vou negá-lo. Me transformo em uma parede de tijolos. Eu não sou o elo mais fraco aqui... — Sinto o cheiro de sangue de bruxa. — Lothaire entoou atrás delas. A Fey virou um pouco rápido demais, mas Ellie era um especialista nisso.

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— Sim, eu não posso acreditar que você, seu extravagante, me enviar essa merda através do USPS . — Ela batia as unhas sobre o balcão. — Eu pretendo denunciá-lo quando eu escapar. — Uh-huh−. Lothaire estreitou os olhos para Hag. — Que poção precisava usar o sangue de bruxa? — Eu estou reforçou o feitiço da fronteira contra elas especificamente depois que você me contou sobre o prêmio. A Casa não vai parar ante nada até capturar Elizabeth. Ele examinou o rosto de Hag, claramente suspeito. — Tal coisa é uma previsão. — Eu sou um oráculo. Essa foi boa. — Como vai a sua procura, Lothaire? — Hag perguntou. — Eu estou chegando mais perto, — Ele se virou seu olhar penetrante para Ellie. — Saroya? — Nem um pio. — Se eu descobrir que você a prendeu de volta... — Dang15!, Eu não existo mais! Lothaire dedicou-lhe o olhar mais aterrador que Ellie já vira em um homem. Isso chegou a lhe provocar arrepios e a fez querer mergulhar para o espelho. Então, ele desapareceu. Ellie estava prestes a exalar uma respiração reprimida quando se lembrou de um truque antigo usado por policiais. — Faça uma cara inocente, Hag. Ele está voltando. 14

Capítulo 20

Elas estão aprontando alguma coisa. Lothaire voltou a casa de Hag segundos mais tarde para pegá-las compartilhando uma confidencia, um olhar de alívio... Ele fez-se invisível, mas meramente encontrou a Fey mexendo sua panela enquanto Elizabeth continuava a tamborilar as unhas em cima do balcão. Com os olhos apertados, Lothaire voltou para sua tarefa. Sim, enfim alguma coisa. Mas ele não tinha nem o tempo ou a clareza para aprofundar nada. Durante as últimas horas, ele cobriu quilômetros, correndo por fora do templo vazio de Riora através de uma antiga floresta. Desde que ele só podia riscar para lugares em que estivera previamente ou lugares que conseguia ver, ele tinha dificuldade em cobrir grandes distancias ali. Era quase tão fácil quanto

14

United States Postal Service, Serviço de Correio dos Estados Unidos.

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Forma originalmente sulista de dizer “damn” (maldição).

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correr, seguindo as trilhas dos animais feitas à medida que fugiam de sua presença. Até mesmo outros predadores tem medo de mim... Embora esta tarefa pudesse ajudá-lo a completar o seu Fim de Jogo, ele encontrou seus pensamentos vagueando de volta para Elizabeth, mais uma vez, desta vez para o olhar de desejo em seu rosto enquanto ela olhava para o mar. Sua satisfação com aquilo fora curiosamente menor do que ele esperava. Por que não podia parar de pensar nela? Ou como ela se derretera por ele mais cedo no apartamento? Porque até mesmo eu pareceria como uma opção. Ele nunca teve problemas com mulheres antes. Agora duas haviam entrado em sua vida, como se apenas para atormentá-lo. Um não parecia desejá-lo, a outra o fazia, mas apenas porque fora privada de qualquer macho por um longo tempo. Aquela boca me deu uma sensação tão boa... O que ele faria se Saroya ainda insistisse em não subir esta noite? Trairia sua Noiva? Lothaire precisava ser fiel não apenas por razões sentimentais, mas pelas lógicas. Ele estudou os verdadeiramente grandes reis e rainhas no Lore, e historicamente, os casais reais que acumularam mais poder juntos não dormiram com outros. Os machos não tomam concubinas. As fêmeas não deslizavam secretamente em camas de outros. A dupla se apresentava sempre como uma frente unida para o mundo, sem fissuras em sua base que permitisse aos inimigos penetrarem seu mundo. Cada um demonstrava sua lealdade absoluta para o outro. Lothaire não podia negar os fatos. Ele esperava que esta unidade com Saroya, planejara aquilo para eles. Mas, tecnicamente, Elizabeth e Saroya eram uma e a mesma coisa. Se sua Noiva não via a diferença, então talvez ele não devesse ter escrúpulos sobre isso. Ele poderia desfrutar de Elizabeth e ainda ser fiel à sua Noiva. Ele ficou tenso, captando o cheiro do bando de shifters. Ele rastreou-o até a entrada, em seguida, mergulhou dentro. Dentro da terra. Mantenha-se focado. Cinco vinhas de cinzas. Entrar. Sair. Ele seguiu por um túnel até um lugar parecido a uma caverna, um lugar central para encontro, com passagens e desdobramentos em todas as direções. Ao redor de uma fogueira, colchonetes cobriam o chão, e bancos de pedra contornavam as paredes. Raízes pendiam do teto como dedos em forma de garras. A terra se fechando em cima de mim... Bloqueie essa memória. Ou olhe dentro o abismo. Bloqueie-a. Concentre-se! Ele sentiu o cheiro de mortais em algum lugar mais profundo dentro da caverna. Seus escravos. Os shifters começaram a surgir a partir dos outros túneis. Dezenas o cercaram, todos em suas formas humanas, mas estavam tensos pela agressão iminente. O maior deles, o alfa, disse: — Um vampiros se atreve a entrar no nosso território, invadindo e chegando perto de nossas mulheres?

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— Existe muito pouca ousadia neste ato. — Só um louco iria entrar em uma toca de shifters? Lothaire soava cheio de tédio. Quantos bandos ele enfrentara e abatera? Incalculáveis. — Eu vim em busca das vinhas cinzas. Dê as vinhas a mim, e vou poupá-los a todos. — Quem diabos é você? — O alfa exigiu. — Eu sou o Inimigo dos Antigos. Os olhos do Alfa se arregalaram. — Você matou meu pai e três irmãos mais velhos. Lothaire falou lentamente. — Nunca ouvi isso antes. — Aparentemente, ele matara membros de tantas famílias que devia ter afetado significativamente a população do Lore. Fazendo minha parte para o meio ambiente. Um homem corpulento e atarracado disse: — O sanguessuga exterminou uma linhagem de alfas? — Agora ele vai morrer. Um disco arranhado. — Vamos deixá-lo em paz, — um mais covarde, ou sábio, shifter aconselhou. Outros murmuraram em acordo. — Você está louco? — O Alfa olhou com raiva. — Há trinta de nós aqui. Apenas um dele. Com o canto de sua boca, o covarde insistia. — Mas... mas é o inimigo dos Antigos. — Então, para Lothaire, ele disse, — Estamos sem reservas das vinhas, e nosso fornecedor não as tem mandado por semanas. Eu juro pelo Lore. — Cale a boca, — ordenou o Alfa. Nenhuma vinha. Lothaire deveria riscar para longe, não arriscar-se a entrar na sua sede de sangue, garantindo-se de que não bebesse de qualquer um destes animais no calor da luta. — Olhe para isso, — o atarracado disse, — ele vai riscar para longe, fugindo de volta para o seu rei. Oh, espere, seu rei foi morto, na última primavera. Assassinado em seu próprio castelo. O rei a quem Lothaire havia servido. O rei com quem ele falhou. A morte que eu tanto lamento quanto celebro. Uma raiva silenciosa surgiu dentro de Lothaire. Sua mente parecia se perder dentro de um túnel surreal. Tudo em torno dele desacelerou, até mesmo a batida de seu coração pareceu ficar mais pesada, como um relógio tiquetaqueando submerso em óleo. O alfa vai golpear com as garras de sua mão esquerda que é a dominante. Eu vou separar seu braço do corpo com as garras da minha direita e usarei a minha esquerda para cortar sua jugular. O covarde vai atacar com hesitação por trás. Um pontapé para trás irá se conectar com o peito dele e esmagar sua caixa torácica. O atarracado vai agarrar um banco de pedra, balançandoo enquanto eu soco direto em seu peito e removo o seu coração. O resto vai reagir de forma incontrolável, transformando-se e atacando em bando. — Você cometeu um erro fatal. — Lothaire arreganhou suas presas. — Agora todos vocês vão morrer.

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Capítulo 21

— Então, qual é a minha recompensa por salvar o seu rabo Fey? — Ellie perguntou quando Hag voltou para a cozinha. Pouco tempo após a última visita suspeita de Lothaire tentando flagrá-las, Hag pediu licença, dizendo que precisava verificar alguma coisa. Agora que ela voltara, olhou para Ellie com uma estranha intensidade. — Vá para a estante. — Hag apontou para um conjunto frágil de prateleiras. — Procure um tomo muito antigo intitulado O Livro Vivo do Lore. É uma enciclopédia que se autoatualiza do nosso mundo. — Enciclopédia? — Legal! Ellie a encontrou, abrindo barulhentamente as páginas mofadas. As palavras eram escritas à mão em um tipo de letra arcaica, mas legível. — Se Lothaire retornar e encontra-lo com você, eu vou negar tudo, deixando-a com toda a culpa. — Mensagem recebida. — Momentos depois, Ellie estava reclinada com o livro em uma espreguiçadeira na varanda sob a lua quase cheia. Imediatamente, ela procurou referências sobre Deusa de Sangue ou Saroya, ou Ceifadora de Almas, mas nada apareceu. Desanimada, ela virou-se para a entrada vampiros. Agora havia informações para ela absorver! Ela começou a ler atentamente sobre as facções de vampiros. Lothaire zombara dela. — Eu não poderia esperar que você entenda as maquinações políticas dos vampiros. Por isso, era imperativo para Ellie compreendê-los. Os Forbearers eram um exército relativamente novo de seres humanos transformados, liderados por um vampiro nascido naturalmente chamado Kristoff o Caminhante dos túmulos. Eles prometeram não beber sangue diretamente da carne, da fonte. Seus olhos eram claros, suas mentes fortes. Kristoff governava de seu castelo no Monte. Oblak. O Daci eram, supostamente, uma outra facção, mas dos que se achavam ser os primeiros vampiros. Havia rumores deles existirem em um reino subterrâneo com um lendário castelo negro que ninguém no Lore poderia encontrar. Nem ninguém podia dar alguma prova da sua existência. A Horda era o principal reino vampiro, povoada principalmente pelos Caídos, vampiros de olhos vermelho como Lothaire que assassinaram suas presas enquanto bebiam delas. Eles eram liderados por Tymur, o mais leal, assim chamado porque serviria quem quer que fosse o rei que estava sentado no trono. Mesmo que seu mestre anterior houvesse sido morto pelo atual. Desde a morte do Rei Demestriu no ano anterior, Tymur e os outros vampiros leais que ocupavam o Castelo Helvita, a sede real, esperavam pelo próximo herdeiro a se apresentar. Eles só aceitariam um legítimo herdeiro real que considerasse sagrado a Sede, a necessidade dos vampiros de beber da carne.

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Lothaire certamente não tinha problema em beber de ninguém. Então por que o consideravam ilegítimo? Pelo que ela podia perceber, ele provavelmente estava interessado tanto no trono da Horda, quanto no trono de Dacian ou ambos. Mas como ele poderia ter certeza que Daci sequer existia? Seus olhos se arregalaram. Ele era um Dacian real e vivo? Ellie memorizava tudo o que podia, repetindo os fatos em sua cabeça. Forbearers. Kristoff. Oblak. Beber direto da carne. Olhos claros. Horda. Tymur. Helvita. Composto pelos Caídos, assassinos de olhos vermelhos. Daci. Fábula? Castelo em Dacia. Os primeiros vampiros. Olhos desconhecidos. Em seguida, Ellie examinou as características de cada uma de todas as espécies dos vampiros. Os nascidos naturalmente eram os vampiros que, de fato ficavam doente se mentissem. Eu vou ter que analisar com mais cuidado as técnicas de deslocamento de Lothaire. Eles podem riscar para o mundo inteiro, mas não podiam se teletransportar para fora de certas armadilhas místicas, correntes, ou mesmo das garras de um adversário mais forte. Vampiros machos geralmente congelavam na sua imortalidade em seus vinte e tantos anos ou trinta, tornando-se Os Mortos Andantes, até que cada homem encontrasse a sua Noiva e ela o sangrasse. O que significava que Lothaire estava a milhares de anos sem sexo. Milhares. Concentre-se, Ellie! Depois de estudar cada palavra sobre o assunto vampiros, ela virou a pesquisa para outra entrada. Acaso Lothaire não dissera que Hag era uma Fey? Os Feys dos domínios de Grimm eram mestres na arte dos venenos. Confere. Eles tinham seu próprio reino místico chamado Draiksulia. No entanto, Hag se estabelecera na Carolina do Norte? Eles geralmente guerreavam contra os vampiros e demônios de várias monarquias diferentes, ou demonarquias. Então, por que Hag estava trabalhando para Lothaire? Em seguida Ellie virou ao acaso, lendo sobre ninfas, fantasmas, e Cerunnos, maciças criaturas semelhantes a cobras que podiam falar. Ela engoliu em seco ao ver a ilustração horrenda de um Wendigo, sentindo um respeito relutante por Lothaire por conseguir derrotar tantos daqueles. Dentro do Lore, havia facções de poder, como as Valquírias, Lykaes, e a Casa das Bruxas. Com muita certeza, as Wiccas eram mercenárias místicas que vendiam suas magias pelo maior lance. Aparentemente, a mão de sua líder iria voltar a crescer. Os vampiros não eram as únicas espécies com poderes regenerativos. Hag e Lothaire também falaram sobre a La Dorada, uma rainha feiticeira do mal, então Ellie folheou sobre Demônios da Areia, shifters... Feiticeiras. A maioria dos feiticeiros tinha a capacidade de controlar a matéria ou os seres vivos de diversas formas. Uma feiticeira era conhecida como uma rainha, se o seu poder fosse especialmente mais forte do que o de qualquer outro feiticeiro. Então Dorada realmente poderia controlar o mal.

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Incapaz de se conter, Ellie fez uma busca para a o termo Alienígenas. Em vez disso encontrou ascensão, um fenômeno místico que ocorria a cada quinhentos anos, que compelia as diversas facções a fazerem guerra entre si enquanto reuniam-se em alianças. A ascensão atuava como um controle populacional para aqueles que eram imortais. E uma estava em curso agora mesmo... Quando o céu começou a clarear, ela olhou em volta espantada. O sol se levantava cedo, e ela não sequer arranhara a superfície. De repente, o livro foi fechado e arrancado de suas mãos. — O que temos aqui? Lothaire. De pé diante dela. Coberto de sangue e pedaços de... pele. Seus olhos brilhavam enquanto ele fechava o livro. Merda. Quando ele riscou para dentro, ela logo o seguiu. Lothaire acenou o livro diante do rosto de Hag. — Por que ela estava com isso? Ellie disse rapidamente. — Eu o vi e o peguei. Eu só queria saber mais sobre esse novo mundo. Em um tom fervente, ele disse: — Você não vai estar nele o tempo suficiente para se incomodar com isso. — Ela é impossível de ser contida, Lothaire, — Hag disse, calmamente, mexendo um preparado no fogão. — Como você bem sabe, ela é esperta. Diga-me, você encontra as vinhas? Ele balançou a cabeça. Como se ele pudesse sentir Ellie o estudando, ele se virou para ela. — O quê? — Está coberto com... pele e restos de carne. Ele olhou para si mesmo. — E então? Ela repreendeu. — Luta na caixa de areia, Lothaire? Você joga sujo com os outros pequenos vampiros? — Poshyol ty. Vá. Se. Foder. Saroya tentou se levantar? — Ela está lá no fundo, parece que totalmente hibernando. Nem mesmo um arrepio. O que significa que ela não estará chegando em nenhum momento muito próximo. Com isso, a fúria se acendeu em seus olhos. Ele agarrou o braço de Ellie, riscando os dois de volta para o quarto de seu apartamento, com o livro ainda na mão. Quando ele a soltou, ela se encolheu com desgosto. — Você deixou cair essa nojeira sobre mim! Conforme Lothaire começou a andar de um lado a outro, ela pegou uma das cartas amassadas do chão para limpar o sangue sobre ela. Embora tentada a correr e tomar um banho, ela precisava, pelo menos tentar tirar o livro de perto dele. — Eu não tinha terminado de ler isso. Ele franziu a testa para o livro como se não se lembrasse de que o segurava.

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— Você deveria me deixar ler, Lothaire. Eu fiquei realmente mais impressionada com você uma vez eu vi uma ilustração de um Wendigo. Quase parece como se você tivesse dado conta de um fanfarrão peso pesado. Ele girou o olhar para ela, sua expressão, dizendo: Quem é você? Então, com uma carranca, ele riscou para junto do seu cofre, trancando o livro lá dentro. Quando voltou, ela disse: — Você não pode estar tão puto só porque eu li algum livro velho e mofado ou porque você teve que jogar sujo com outros vampirinhos. — Eram shifters! — Eu não cheguei a ler sobre shifters ainda, então eu não posso apreciar a briga que você deve ter tido. Mas eu tenho certeza que você deve tê-la considerado um grande feito. Ele riscou até ficar a frente dela, parecendo positivamente insano. Ele agarrou sua garganta, pressionando apenas o suficiente para dizer-lhe que era para ser levado a sério. Ela agiu despreocupadamente. — Ou talvez você esteja chateado porque Saroya não subiu. — Considerando o encontro acalorado entre Ellie e ele mais cedo, ela imaginou que ele queria ficar ocupado com Saroya, mas rejeitou a ideia. Certamente, ele não estaria tão desesperado mais tarde. Mais uma vez, ele estivera metade de uma década sem um vislumbre de sua companheira. — Lothaire, por que você estava tão certo de que Saroya subiria? Ela geralmente não o faz. Especialmente se não há ninguém para matar ou mutilar. Ele a soltou murmurando um xingamento e encolheu os ombros dentro de seu casaco sujo. — Existe algo assim tão terrível que você tem que discutir com a deusa? Um assassinato para planejar ou algum malefício inadiável em suas agendas...? — Ellie parou de falar, as palavras falhando em sua garganta e então, se afundou no sofá. Porque ela agora podia ver sua flagrante ereção apertada contra as suas calças. Portanto, aí está o incêndio, vampiro. Quando ela finalmente conseguiu parar de olhar embasbacada pelo tamanho, Ellie arrastou os olhos para cima. Seus ombros estavam tensos. As sobrancelhas loiras estavam contraídas sobre famintos olhos vermelhos. O vampiro tinha necessidade de se ocupar! E Saroya estava longe de ser encontrada. Isso tudo viria abaixo pela luxúria? Nada de assassinatos ou tramas? Luxúria estava, por sorte, dentro da esfera do seu conhecimento. Ela tinha experiência suficiente com isso depois de todos os seus amassos em cabines de caminhões. E enquanto crescia, ela aprendeu muito, simplesmente mantendo os ouvidos abertos. Ela foi criada em Appalachia, pelo amor de Deus. Sem mencionar que as mulheres de sua família se certificaram de que Ellie saberia como lidar com o sexo oposto, porque em tempos passados, tudo dependia dos homens. Ela se lembrou de sua avó dizendo, Os homens são como caldeiras de carvão, Ellie. Se você encontrar um homem que ache que vale a pena manter, você só tem que alimentar a barriga dele

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todos os dias, depois fazê-lo queimar por você e em seguida deixe-o liberar alguns tantos vapores, ou você jamais vai fazê-lo funcionar. Infernos, Saroya poderia ter uma aula de vovó Peirce! Ellie via a estimulação de Lothaire ficar cada vez mais agressiva, imaginando a dor que ele tinha que estar sentindo lá embaixo. E na sua boca, também. Ele continuava correndo a língua sobre as presas. Suas presas são afiadas, mas minha pele não tem nenhuma nova marca; o seu eixo está ansioso para se liberar, enquanto o meu corpo está intacto. Saroya, aquela cadela estúpida; ela tivera tempo ontem para conseguir um novo guardaroupa, depilar totalmente suas partes íntimas, e fazer as unhas, acaso seu vampiro havia imposto alguma condição para conceder-lhe tudo isso? Em seguida, deixou-o em companhia de outra mulher... uma mulher que se parecia exatamente com ela? Se ela foi estúpida o suficiente para deixá-lo insatisfeito, Ellie meio de brincadeira pensou, então talvez eu devesse alimentar a sua barriga e deixá-lo liberar o seu vapor. Ligue-o ao meu lado. Ela se acalmou. E se ela... fizesse isso? Ela poderia conquistá-lo? Tentá-lo até que ele preferisse a ela ao invés de Saroya? Seus olhos se arregalaram. Se havia uma maneira de se livrar de Ellie, talvez o contrário também fosse verdade? Então ela poderia persuadir Lothaire a expulsar Saroya! Eu poderia ter o meu corpo de volta. Minha vida de volta! O vampiro andou, alcançando uma extremidade do quarto espaçoso em uma fração de segundo antes de chegar a outra. Os movimentos dele eram tão vertiginosos quanto os pensamentos dela; pela primeira vez em anos, ela percebeu, Talvez eu... talvez eu não tenha que morrer. Ellie poderia se deitar com Lothaire se ela tivesse que fazê-lo. Ela poderia fechar os olhos e fingir que ele não era maligno e que ela não o odiava até o âmago de seu ser. Certamente. Você não parece se importar quando ele estava lambendo todo o seu pescoço, Ellie. Diante da lembrança, os mamilos dela se apertaram novamente, mas ela se forçou a ignorar a própria reação. Ela conseguiria deixá-lo tê-la? Arriscando-se a uma lesão corporal? Pop ... Que escolha ela tinha? Se tudo o que faltava era um anel para se livrar de Ellie, mais cedo ou mais tarde Lothaire ia encontrá-lo. Então Saroya ganharia. Nunca. Eu vou seduzir Lothaire. Fazer-me insubstituível para ele. Mas ela sabia que aquilo iria ser mais do que simplesmente seduzir seu corpo. Se eu fosse um antigo imortal, o que eu iria querer? Energia, surpresa, excitação.

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Ellie poderia mantê-lo na ponta dos pés, mantê-lo tentando adivinhar. Ela ia conquistar a mente desse vampiro também. Então eles chutariam a bunda de Saroya até o meio-fio, e Ellie poderia ficar com suas próprias joias! Eu não tenho que morrer. Meu futuro está em minhas mãos mais uma vez. Ela iria usar tudo em seu arsenal, todas as lições que alguma vez já aprendera, baseadas em toda a folia praticada em cabines de pick-ups, seus vícios e vitórias. Ela poria sua sabedoria provinciana contra o cosmopolita e por que não dizer, transcendental conhecimento dele. Meu destino depende e se resume a fazer um vampiro me querer mais do que ele quer uma deusa.

Lothaire entrou, andando em um ritmo furioso. O entardecer viera e se fora, a noite acabou. E Saroya estava adormecida. O que significava que ela não tinha vontade de vê-lo. Mesmo depois que ele explicou a ela que suas paixões não podiam ser sufocadas. Mesmo quando a pressão crescente dentro dele se transformara em dor. Aquela puta! Eu estava certo sobre ela, eu previ isso. Saroya esperaria tanto quanto um mês para elevar-se? Enquanto ele estava aqui fora lutando por eles? Onde estava a lealdade, a unidade entre eles? Sua mente em sofrimento dificilmente conseguia processar esta situação. Ele deveria tê-la forçado a vir a sua cama ontem, em vez de permitir-lhe comprar suas malditas roupas! Com um berro, ele girou um punho, esmagando um antigo serviço de uísque. Nunca desejara uma mulher que não o quisesse também. — Lothaire? — Elizabeth murmurou. — Eu preciso te dizer uma coisa. — Então diga logo! — É embaraçoso. Eu não vou gritar isso desde o outro lado da sala. — Ela torcera o cabelo para cima, amarrando-o em um nó frouxo. Ela brincava com aqueles fios de seda, como se soubesse exatamente como isso o afetava. Com os olhos pregados nela, ele imaginava se ela descobrira o pescoço para ele. Expondo-se em um convite. Seu eixo pulsou mais forte. — Diga-me. Ela dobrou seu dedo para ele. — Por favor, venha aqui? Ele esfregou sua língua sobre uma presa, então riscou para ficar logo na frente dela. — O que foi? Ela se levantou, ficando na ponta dos pés. Quando ela pôs as mãos delicadas sobre o peito dele, ele quase estremeceu. Ao seu ouvido, ela deu um suspiro. — Lothaire, posso dizer que você esta duro como uma tora.

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Isso foi... inesperado. Outro quase estremecimento. —Você acha que eu não percebi? — Só queria que você soubesse que os outros poderiam também ter percebido. — Olhe para isso, Elizabeth. — Ele beliscou seu queixo e puxou sua cabeça para baixo. — Será que eu de alguma forma seria tão iludido a ponto de pensar que isso poderia passar despercebido? Ela ficou olhando para o seu membro, mesmo depois que ele soltou sua cabeça. Sua própria cabeça caiu para trás. Eu posso sentir o seu olhar muito faminto sobre mim. Ele se imaginava empurrando-a de joelhos, em seguida, alimentando-a com seu pênis entre os lábios. Ele a ordenaria que o sugasse até não sobrar nada dele... Ela murmurou: — Talvez você queira voltar aqui depois. — Depois do que? — Depois você cuidasse disso. — Você presume que eu preciso cuidar de mim mesmo. — Após o primeiro alívio, ele teria voltado para junto dela, quase tateando, desesperado para estar com ela. Ou melhor, com Saroya. Minha Noiva. A que não se dignou a me ver. Então foda-se ela. Ele usaria esta mortal para seu próprio prazer. E se a fantasia o feria, ele faria aquele seu suculento pequeno corpo gozar, culminando com tanta força que a deusa ainda estaria sentindo quando ela fizesse sua aparição. — Você vai cuidar de mim, garota. Elizabeth não demonstrou nenhum medo, nenhuma surpresa, apenas avaliou sua decisão o estudando com seus olhos cinzentos. — Você não vai tentar resistir a mim? — Não. Tudo que eu peço é que você tome banho para se lavar de todo esse sangue. — Qual é o seu plano? — Com um sorriso, ele disse: — Talvez você vá tentar me faz te querer mais do que eu quero Saroya? Elizabeth ergueu as sobrancelhas. — Eu previ cada movimento em seu tabuleiro de xadrez, cada jogada que você poderia usar. Este é o único movimento aberto para você. — Talvez isto seja exatamente o que eu estou planejando. Outro riso de escárnio. — Então eu vou lhe dar uma chance para demonstrar o quão mal você quer me balançar. Quando eu voltar do meu banho, esteja usando o vestido de seda vermelho e esteja de joelhos diante de mim. No momento em que ele riscava para longe, ele a ouviu murmurar: — Eu vou me certificar de que você fique... satisfeito.

Capítulo 22

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Ellie conseguiu mascarar seu choque até que ele riscou para fora. O vampiro intencionava usá-la apenas da forma mais superficial que se possa imaginar? Errado, em tantos níveis. Primeiro, ela nunca ficara de joelhos ante um homem antes. Ela limitara seus encontros até a terceira base, uma macia terceira base. Sempre um grande sarro, completamente vestida até o clímax. Sem sujeira, sem problemas, nenhuma gravidez. Ideal para ela. E segundo, que ela precisava que Lothaire a desejasse tanto que ele a escolhesse acima de uma divindade. Não haveria como seduzir seu corpo e sua mente, se ela fosse apenas um receptáculo para o vampiro. Ellie suspeitava que ele precisasse de encantamento, surpresa e excitação. Agora aquilo lhe dizia que o caminho mais certo para surpreendê-lo seria desobedecer a suas ordens. Enquanto corria para o seu próprio chuveiro, ela debatia suas opções. Por um lado, Ellie precisava obedecê-lo para não correr o risco de ele ferir sua família. Se ela estivesse jogando apenas com sua própria vida, então isso seria óbvio. Por outro lado, se o seu plano desse certo, ela podia ganhar um coringa, o seu corpo de volta de Saroya e talvez uma chance de escapar de Lothaire, de preferência com um bolso cheio de joias para melhorar a situação financeira de sua família. Depois de um banho rápido, ela jogou um roupão sobre o corpo e sentou-se diante de sua penteadeira. Desde que ele parecia tão parcial com seus cabelos, ela os prendeu frouxamente, apenas para deixá-lo cair na frente dele. Então ela usou algo da maquiagem de Saroya. Rímel, batom e um pouco de delineador. Mas quando chegou ao que vestiria, Ellie não tinha mais tanta certeza. Ela olhou consternada para a pelúcia vermelha em sua gaveta de lingerie. Ela não tinha vergonha de usá-lo, nenhum resquício de modéstia e tudo, mas não queria que seu encontro com Lothaire acontecesse como ele parecia ter planejado: ela em uma fantasia de ursinho fazendo-lhe um boquete, então ele saindo sem dizer uma palavra. No final, ela vestiu roupas sensuais, mas optou por usar um outro par de calças e um top de alcinhas, escolheu um vermelho para obedecer-lhe. Ela até usou as botas de salto agulha. Quando ela terminou de se vestir, avaliou-se diante do espelho. Seus jeans e camiseta eram ambos como uma segunda pele, suas botas de salto alto eram a epítome do sexy. Mas mesmo assim, ela sabia que seu figurino precisava de algo... Com um engolir em seco, ela arrancou a blusa, tirou o sutiã, em seguida, vestiu-a de volta. Isso vai resolver. Ela imaginou ver-se através dos olhos dele. O que eu pareço para um vampiro milenar? Os jeans acentuavam as curvas de seus quadris e traseiro. Seus seios se projetavam contra o material fino de seu top. Ele provavelmente iria querer tocá-la ali.

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Só de pensar nas mãos dele sobre ela fez seus mamilos ficarem duros. Não vou me deixar levar pelo desejo por um bastardo como ele. Ela estava sentindo antecipação, porque estava emocionalmente carente e sexualmente desesperada, da estadia na prisão. A roupa era sexy, mas não tanto quanto o vestido que ele queria que ela usasse. Eu estou jogando com fichas que não posso me dar ao luxo de perder. Ela exalou, prestes a trocar-se. Lothaire apareceu em seu quarto, seu cabelo ainda úmido, envolto em um outro traje caro. Ela brevemente se perguntou por que ele se trocara com aquela roupa, mas imaginou que ele iria querer intimidá-la ou partir imediatamente após seu boquete. Hora do show, Ellie. Ele parecia lascivo, seu corpo tenso. — Eu te dei uma ordem. — Ele riscou para ficar apenas diante dela, agarrando seu cotovelo. — Você me desafia, quando eu já estou à beira de fúria? Eu poderia matá-la muito facilmente. — Mas você não vai. — Eu poderia. Embora eu não pretenda. No caso de você não ter notado, eu estou muito perto da loucura. Em um tom inexpressivo, ela disse: — Eu acho que você é apenas mal interpretado. Recebeu um segundo olhar do vampiro. — Além disso, Lothaire, poderia o seu jogo de xadrez se recuperar de um movimento como esse? Você chegou muito longe para poder arriscar-se a perder tudo. Ele lançou-lhe um olhar avaliativo, ela fez uma nota mental, aprender a jogar xadrez. — Você entendeu o que aconteceria se me desobedecesse. Ela se obrigou a dar-lhe seu sorriso mais brilhante, como se estivesse encantada com ele. — Oh, eu não acho que você realmente queria que eu usasse aquilo. Ele ergueu as sobrancelhas. — Eu não queria? Apoiando-se em cada pingo de coragem que possuía, ela disse: — Definitivamente, esta não é a primeira vez que ficamos... íntimos. — E por que não? — Você quer que eu me sinta confortável. Eu estou mais confortável nestes jeans. Seu controle se tencionou. — Você realmente acredita que eu dou a mínima para o seu conforto? Coragem, Ellie! — Eu lhe disse que lhe agradaria, não foi? Soltando o braço dela, ele atravessou a porta de ligação, indo até o sofá em seu quarto, sem duvidar que ela o seguisse. Ele se reclinou contra o encosto do sofá, suas longas pernas esticadas à sua frente. Ele cruzou as mãos atrás da cabeça, dizendo em um tom malicioso. — Estou pronto para ser satisfeito. E, claro, para ser seduzido e afastado das garras de Saroya. — Ele parecia que estar sufocando uma risada cruel. — Prossiga.

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— Você acredita que conhece meus planos e não acredita que eu tenha uma chance no inferno. — Nenhuma, em absoluto. — Mas você ainda vai me deixar tentar? — Eu dou as boas vindas ao seu esforço mais inspirado. Embora eu dificilmente ache que é justo, já que você não foi capaz de praticar suas habilidades de sedução na prisão. Ou talvez você tivesse sido capaz. Quem sabe o que se passava atrás das grades? Sua expressão era tão zombeteira, provocando-a tão profundamente, como uma ferida. — Isso é engraçado para você? — Hilariante. — E o que Saroya pensaria sobre o que estamos fazendo? — Vou me certificar de lembrar para poder contar todas as suas tentativas desajeitadas de suplanta-la, então ela e eu poderemos rir juntos de tudo isso. Ellie estreitou os olhos. Sim, sua zombaria a provocava, mas ele não a intimidara, apenas acenara com uma bandeira vermelha na frente de um touro. Ele nunca teve sua chance com uma menina provinciana. Uma grosseira, uma garota boca suja. Uma cuja própria vida estava em jogo. Ela poderia levá-lo para dar uma volta. Ela se lembrou de ouvir os meninos falando sobre ela na escola: — Você já esteve no estacionamento com Ellie Peirce? É uma mudança de vida. — Decidiu, então, que ela conheceria o suficiente sobre os homens para ser perigosa. Ele a subestimara por sua conta e risco. Lembrando que todos sempre a subestimavam , ela colocou os ombros para trás e caminhou até se chegar ao lado dele, percebendo que o seu olhar estava travado em nos seios sem sutiã. Sua bojuda ereção quase a fez tropeçar, mas quando chegou até ele, ela montou em seu colo, descansando sobre ele de joelhos. — Eu quero atrair os fogos esta noite, Lothaire. — Você? — Sim, eu vou fazer todo o trabalho. Você só precisa sentar e relaxar após um exaustivo dia de fazer o mal. Será que você consegue manter suas mãos para si mesmo? — É pouco provável. — Você disse que poderia me machucar se você me tocasse. — É por isso que eu exigi obediência, Elizabeth. — Certamente você não está com medo da virgem mortal guiar o caminhão? É claro que eu tenho alguma experiência que você pode gostar. Ele beliscou seu queixo novamente. — Ah, eu estou ansioso por desfrutar de suas habilidades de estacionamento. Ela jogou a cabeça para trás, fora de seu agarre, mas ainda sorrindo para ele. — Quando a única ferramenta que você possui é um martelo... — Todo problema começa a se parecer com um prego.

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Certamente que ele estaria familiarizado com o seu ditado preferido. Ele distraidamente lambeu uma presa. — Eu mal posso esperar para ver exatamente como você... dirige. Então eu vou levá-lo para dar um passeio que você nunca vai esquecer.

Capítulo 23

Ela obstinadamente me desafia me dando um sorriso de embaralhar o juízo. O que ela estava pensando? A ideia de que Lothaire escolheria esta camponesa mal-educada sobre a deusa dos vampiros? Risível. Mas, oh, ele enxergou muito adiante da inexperiente campanha impetrada por Elizabeth para balançá-lo. — Faça-me perceber o quanto você é superior a uma divindade. Ou você está perdendo a coragem? Ele rapidamente ficaria entediado com o seu jogo, e então ele arrancaria aquele top e acariciaria aqueles grandes e atrevidos seios dela pela primeira vez. Vou lamber esses mamilos tensos contra o tecido. — Talvez essa não seja a única razão pela qual eu queira estar com você, — ela disse. — Explique-se. — Eu vou morrer logo. Talvez eu não queira morrer virgem. — Mas eu não vou fazer sexo com você. Reservo isso exclusivamente para minha Noiva, à sós. Ela mordiscou o lábio inferior fazendo beicinho. — Então eu quero estar com você, porque eu já passei eras sem o toque de um homem. Seus mamilos estavam tão duros que ele quase podia acreditar que realmente desejava suas mãos sobre ela. — Eu não sou um homem. — Não. Você não é. Mas você vai servir. — Ela estendeu a mão para o alto e soltou sua sedosa crina, deixando-a cair em cascata sobre os ombros. Curvas e cachos saltaram sobre seus seios, fazendo cócegas nos picos, seu aroma inebriante escorreu sobre ele. Espere. Eu vou servir? Então ela estendeu a mão para desfazer o botão de cima de sua camisa, espalhando a abertura tão grande quanto conseguiu, expondo o centro de seu torso. Com outro sorriso, ela desceu sua boca e a apertou contra a pele dele. Seus músculos ficaram tensos sob seus lábios. Ela deu uma lambida. Ele sussurrou uma maldição. Outro botão aberto, outro beijo que o acompanha. Novamente e novamente ela fez isso com os mais leves beijos. Doce, mas muito, muito sexy.

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Até o momento ela arrastara a camisa, expondo seu peito, dando-lhe beijos desde sua clavícula até o umbigo e para cima, começando novamente. Quando ela alcançou um mamilo, ela pairava sobre ele, deixando-o sentir seu hálito quente antes que ela roçasse os lábios sobre ele. No momento do contato, o seu eixo já pulsava em suas calças. Enquanto ele olhava para ela, ela brincou com seu mamilo com a língua, fazendo seu corpo todo ficar rígido. Então, ela o sugou. Assim que ele estava preste a gemer, ela... o mordeu. Seus quadris subiram incontrolavelmente. — Você gosta disso? — Ela perguntou. — Vou fazer o mesmo com você, menina. Veja se você gosta disto. Ela deu uma lambida em seu outro mamilo, murmurando contra ele. — Promete? — Brincando comigo? Eu vou te abrir, beber de você. Tire essa camisa e me observe. Ela se levantou e recolheu a bainha de seu top, levantando-o lentamente, desnudando centímetro após centímetro de seu torso perfeito... subindo então para o início de seus seios inchados. Mais alto, mais alto, prestes a revelar seus mamilos. Ela deixou a roupa cair de novo. — Eu estou no comando. Ainda não está pronto para que eu tire meu top. Ele pegou um pedaço de seu cabelo, envolvendo-o em torno de seu punho. — Entenda-me, Elizabeth, — ele começou, prestes a lhe dizer que ele estava farto e acabando com aquele seu joguinho. Mas, a rana veio sobre ele. Não posso mentir Aparentemente ele... não estava farto e nem querendo acabar com seu jogo? Posso até estar gostando? Não com ela! Ele puxou bruscamente em seu cabelo. Em vez de gritar com medo, ela disse: — Parece que você está querendo ficar no comando, então. É uma pena você não saber e nem ver a única coisa em que eu sou muito, muito boa. Maldita seja. Mais uma vez ela estimulou sua curiosidade. Ele se lembrou do prazer que ele sentiu apenas de vê-la desmontar sua caixa de TV a cabo. Ele certamente não esperara aquelas suas ações, então, que outras surpresas teria para ele? — Hmm. O quanto boa? — Eu provavelmente sou melhor nisso do que você é no assassinato. — Você tem cinco minutos para me impressionar, — ele disse. — E saiba disso, minhas habilidades em matar são extremamente bem afiadas. É melhor você me ter gritando para as vigas nesse tempo. — Pelo inferno, Lothaire, eu posso fazer isso em quatro. Agora, se você acabou de conversar comigo, eu adoraria lhe mostrar meus seios.

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Ele sufocou uma tosse chocada. Disfarce sua surpresa. Não mostre nenhuma reação. Com os olhos se estreitando, ele a soltou para que ela pudesse retirar seu top. Quando ela estava nua para ele, ele sibilou entre os dentes. Os seios da mortal eram... divinos. Altos e cheios, com a pele suave e dourada. Seus mamilos rosados estavam arrebitados. Enquanto ele olhava paralisado, ela abaixou-se sobre seu membro, arrancando um gemido dele e um grito dela. — Maldição, vampiro, você veio carregado contra ursos! — O que significa isso? — Caçadores de ursos no país tem que sair armados até os dentes, mesmo que eles estejam a caça de um pequeno. Então o que estou dizendo é que você está armado, e muito, muito duro. — Eu sou superlativo em todos os sentidos. — Uh-huh. — Ela colocou a mão espalmada no peito dele, em seguida, inclinando-se para pressionar os seios contra ele. Com a mão entre seus corpos, ela acariciou seu mamilo e o dela própria, conforme carinhosamente beijava sua bochecha, em seguida, o canto dos lábios, dando uma lambida ali. — Eu gosto do seu sabor, Lothaire. Quando ela era lasciva como neste momento, seu sotaque se adensava, a cadência ainda mais agradável. Por alguma razão, ele a achou... sexy como o inferno. — Você tem um sabor totalmente superlativo. Ela estava tirando sarro dele? Outra lambida em seu mamilo. Ele não conseguia pensar. E então ela começou realmente a falar. Depois de sugar o lóbulo da orelha, ela sussurrou-lhe como se sentia molhada e dolorida, como o sentia contra ela, quente, duro como aço. Como ela se imaginava lambendo-o desde os joelhos até seu pescoço e fazendo uma festa no meio do caminho. — Será que você me alimentaria até eu me fartar, vampiro...? Sim. Sim, eu faria. Tudo enquanto ele lutava para resistir ao calor que caia sobre ele. E Lothaire percebeu que ele poderia gostar muito de seus jogos, de fato. O que começara como um exercício, um meio de autopreservação para Ellie, logo queimou fora de controle. Apenas do jeito que ele estava olhando para ela, a despertou como nada do que se lembrasse. Ele a olhava como se quisesse devorá-la. Será que ele realmente morderia seus seios? Com a ideia, os mamilos enrugaram ainda mais, como se instigando-o a fazê-lo. Sua pele impecável implorava pelos lábios dela; os contornos inflexíveis de seu corpo faziam sua respiração ficar superficial. E cada entrada de ar trazia para dentro dela o seu delicioso perfume de bosques, masculino como uma mordida. — Eu amo o seu cheiro também. — Eu sei. Eu vi a sua reação quando você cheirou o meu casaco.

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Ela estava muito acesa para ficar constrangida, sua atenção absorvida pelos músculos de seu torso, pela promessa daquela incrível força em cada centímetro esculpido dele. — Seus músculos são fortes, vampiro. Eles parecem tão bons. — Meu pau esta duro também, — respondeu asperamente. Quando o seu membro subiu debaixo dela, seu sexo latejava em prontidão por isso. — Será que isso parece bom também, meu bichinho de estimação? Seu sotaque era áspero, seu tom, desafiador... um desejo que ela nunca conhecera a inundava. — Logo quando eu acho que não pode ficar mais duro, ele fica. Ela olhou para os lábios dele, enquanto lambia o seu próprio. Ela precisava beijá-lo. Mas será que suas presas iriam cortá-la? Logo ela estaria indiferente... Ellie estava perdendo o controle. Quando ela ficava excitada o suficiente, sua mente parecia ficar em branco até que tudo o que importava era alcançar o orgasmo. Nunca houvera qualquer comunhão com seu parceiro, nenhum encontro de seus olhos e mentes. Só ela se esforçando por sua liberação. Ela nunca se preocupara em abalar o mundo de um menino ou qualquer coisa assim. Era só uma feliz coincidência que o cara abaixo dela sempre gozasse, também. E agora a costura da calça jeans dela e a parte superior do membro de Lothaire se alinharam contra seu clitóris dolorido. Ela estava prestes a começar a mover-se sobre ele, e então tudo estaria terminado. Ela encontraria um ritmo que iria levá-la até sua liberação. — Eu posso sentir seu calor, — ele disse asperamente. — Quero estas calças fora de você. Afastá-la desta perfeição? Ela encostou o dedo indicador sobre os lábios dele, dando-lhe um sorriso indulgente. — Apenas deixe-me fazer o que eu preciso fazer.

Capítulo 24

Lothaire colocou a mão sobre sua garganta, empurrando-a para trás. — Você está louca, então? Novamente, ele não viu medo nos olhos de Elizabeth. Eles estavam pesados, nublados, de um cinza profundo, suaves. — Você brinca com a minha fúria, como se estivesse tentando levá-la adiante? — Isso não é o que eu estou tentando levar adiante agora. Estou ocupada com outra coisa. — Ela usou as duas mãos para empurrar o cabelo sedoso para cima, empilhando-o em cima de sua cabeça. O perfume sublime de seu cabelo escorreu sobre ele conforme seus seios balançavam. Seus pensamentos ficaram mais indistintos. Não! Ele estava irritado com alguma coisa, precisava discipliná-la por algum motivo.

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— Você teve seus cinco minutos. Agora é a hora...— Suas palavras sumiram. Porque ela começara a se mover. Deuses onipotentes. Sua cabeça caiu para frente, o olhar fascinado enquanto ela se balançava languidamente, os quadris para frente e para trás sobre seu colo, sensualmente esfregando seu sexo ao longo de seu membro inchado. Depois de mais uma ondulação, ela gemeu, atraindo o olhar dele para cima. Seus instintos vampirescos desapareceram, observando as mudanças em sua presa. Sua respiração era arfante conforme suas pupilas se dilatavam, tingindo de sangue as elevadas maçãs do rosto, espalhando-se para baixo do pescoço para os seios, os mamilos endurecendo ainda mais. Sim, ele vira amantes chegarem a um ponto sem retorno, quando todas as inibições eram perdidas, quando nada poderia separá-los. Elizabeth estava lá. Por uma vez, ele pensou que poderia gostar de experimentar este ponto por si próprio. — Lothaire, você está olhando para meus mamilos... ainda querendo me morder? — Ela baixou as mãos, soltando as ondas escuras do seu cabelo, em seguida, agarrou seus ombros. — Incline-se para frente, animal de estimação. Eu só vou usar a minha língua sobre eles. Ela estremeceu. — Isso é o que você quer? — Sim. Ela se inclinou para trás. Apesar de sua ousadia atraí-lo como uma fonte de sangue fresco, sua ira não poderia ser negada. — Você quer que eu os chupe. — Tanto que me dói. — Então me obedeça agora, Elizabeth! Com os olhos fechados, a cabeça caída para trás, ela sussurrou: — Não. Ele era o mestre, ela era sua propriedade. Ela se importaria com ele. No momento em que Lothaire a alcançou, agarrando-a pelos seios e arrastando um para a sua boca... ele sentiu o cheiro de sua excitação. Como se ele respirasse uma droga que sabia da que nunca teria o bastante. Ele gemeu: — Está molhada por mim. Ela envolveu suas mãos em torno da nuca dele, segurando-se a ele enquanto se esfregava em seu colo. — Encharcada. Surpresa por você não ter sentido através dos meus jeans. A ideia de ela estar tão excitada que teria ensopado a calcinha e os jeans... Impulsos de um predador o atormentavam, dirigindo-o a dominá-la, para tirar dela sua libertação, o seu sangue. Ele se imaginou fixando essa mulher abaixo dele, as coxas forçadas a se abrir amplamente para aceitar o seu membro... ou a sua boca sobre ela. Meus dentes na sua exuberante carne de mulher. — Não me enraiveça, Elizabeth. O meu controle desliza perigosamente.

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Ela segurou uma das mãos dele, trazendo o dedo indicador aos lábios. Quando o chupou na boca, molhando generosamente, seu pau estremeceu em resposta. Então ela colocou o dedo liso contra um de seus mamilos. Com olhos extasiados, ele circulou lentamente a ponta. — Posso senti-lo pulsando. Com um grito, ela espalhou mais seus joelhos para conseguir ficar mais baixa. Quanto mais ele circulava seu dedo, mais forte ela o montava. Ele estava perto de gozar com isso se ele não a detivesse em breve. Sarando com uma mortal? Mas, pelos deuses, se sentia tão bem. Ele não podia impedir-se de forçar-se debaixo dela. Ela gemeu de prazer, finalmente arrastando suas mãos para seus seios. Quando sentiu os mamilos se contraírem contra as palmas das mãos, ele quase liberou sua semente. — Impaciente, pequena Elizabeth. — Ele usou seus seios para pressioná-la para baixo, enquanto roçava seu pau contra ela. — É isso o que você procura? — Bem... aí. — Você vai gozar? — Se ele ia, então ela também. — Estou tão perto. — Ela mordeu o lábio inferior, exatamente como ele desejava fazer. Então seu olhar repousou sobre os lábios dele. — Vampiro, eu vou gozar montando em você... goze bem duro até eu gritar, se eu pudesse beijar sua boca. Você quer que eu o faça? — Você gosta de falar sujo, me mostre o que mais você pode fazer com a língua. Ela prendeu uma respiração. Assim como ele percebeu uma nova enxurrada de desejo, ela roçou os lábios contra os dele. Os dela eram suaves, se dando. Quando ela correu sua língua no contorno de sua boca, ele encontrou a dela, retorcendo a sua com a dela, girando mais e mais. Parecendo se derreter por ele, ela colocou os braços finos em volta do pescoço dele como se nunca fosse deixá-lo partir, como se não pudesse chegar perto o suficiente... Quando ela começou a chupar sua língua levemente, seus olhos rolaram em sua cabeça. Elizabeth! Como isso poderia fazê-lo se sentir tão bem? Os contos sobre Noiva de um vampiro eram verdadeiros? Infinitamente mais prazer com sua Noiva. Muito prazer. Não, ela era uma mortal, e não sua mulher. Estou a confundindo com a minha Noiva. Mesmo enquanto ele dizia isso a si mesmo, suas presas se preparavam para ela. Tome dela... Contra a sua boca, ele gemeu. — Vou mordê-la. — Ela não se puxou para trás. Tinha ela assentido com a cabeça? Não importa. Ele afundou uma presa em seu lábio inferior, como se saboreasse uma ameixa. Sangue se derramou sobre sua língua, seu corpo se sacudiu. — Uhn! — Sua essência correu pelas veias dele, como uma febre se espalhando dentro dele. Um frenesi o dominou, a luxúria montou sobre ele. Gota após gota molhavam suas línguas, enquanto ela apertava seu sexo para baixo em seu pênis. Nada poderia ser tão bom. Ele lambia, chupava. Sua visão vacilou. Quero consumi-la, levá-la para dentro de mim.

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É demais. Ela é muito frágil. Muito mortal. De alguma forma ele conseguiu se separar dela para recuperar o fôlego e avaliar sua reação, sabendo que ela estaria revoltada com o sangue. Ele queria ver aquele nojo, para se lembrar de que a garota humana jamais entenderia como ele vivia. Suas pálpebras estavam pesadas, mas os olhos cinzentos eram ferozes em sua boca. Como se ela não tivesse notado o sangue escorrendo de seus próprios lábios, as mãos dela dispararam para fora, os dedos se enrolando em seu cabelo. Ela pegou dois punhados e o puxou de volta para o beijo, lambendo sua língua sangrenta. Foda-se! Pequena quente! Com as mãos trêmulas, ele segurou a parte de trás da cabeça dela e apertou sua bunda, puxando-a para ele, empurrando seus seios contra seu peito. Conforme ela montava nele, seus mamilos se esfregavam para cima e para baixo sobre sua pele suada. Faça-me gozar assim. Não me importo. Ele sentia sua cabeça cada vez mais leve. Seu pau estava cheio com sua semente, a coroa grossa com ela. Apenas não pare. Entre beijos, ele respondeu asperamente. — Você vai gozar, eu farejo o quanto você está perto... — Ele sabia que se ele a apalpasse agora, seus jeans molhariam a palma de sua mão. Ele queria deslizar os dedos dentro dela, queria lamber seu mel deles. Ela puxou seu cabelo com mais força, contorcendo-se sobre ele mais rápido. Mais rápido. Mais rápido. O sangue dela em suas veias. A ardente fricção sobre seu pênis. — Ahhh! Faça o que fizer... não pare com isso... — Línguas. Enroladas. A pressão se construindo. Seu corpo enrijeceu, curvando-se para trás. O prazer o fez quebrar o beijo para jogar a cabeça para trás e rugir. — Porra! Elizavetta! Por um momento, sua mente rolou, ficando alegremente em branco. Tudo o que ele podia perceber era o coração dela galopando. Em seguida, ele ouviu seu próprio gemido selvagem: — Mulher, você está me fazendo... gozar! — Jatos de sêmen dispararam de seu membro, a ejaculação foi tão forte que ele gritou maldições em russo. Gritou descontroladamente com cada jato, cada vez mais alto. As ondulações do corpo dela ficaram impossivelmente mais frenéticas. Como se ela se banhasse no sêmen por todo o seu pau, ele pensava, Siga-me, Elizavetta, siga-me nessa loucura.

— Lothaire! — Ellie gritou. — Oh, Deus, eu estou gozando, gozando. — Suas pálpebras se fecharam. Seu orgasmo a oprimiu.

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Onda após onda de êxtase, de contínuo arrebatamento. Mas a intensidade continuava a se construir, quase a assustando. Seus olhos brilharam ao abrirem-se. — L-Lothaire? — Ela sussurrou, enquanto não conseguia conter seu sexo que continuava seus espasmos, vazio. — Eu não consigo acabar! Seu olhar ardente ficou preso no dela. Ele falou palavras estrangeiras para que ela, que não entendia, mas latejavam com ferocidade, com fome. Aqueles olhos... ela se perdia neles. Finalmente, a sua libertação diminuiu. Com um gemido, Ellie desabou sobre ele, escondendo o rosto contra seu pescoço. Eu estou fora da minha profundidade. Ela nunca conhecera nada parecido com isso. Houve orgasmos, e então aconteceu isso! Tirando o braço do redor de seu pescoço, ele a puxou para o lado dele, arrastando-a até que seus seios se pressionavam fortemente contra o seu lado. Ela não tinha outro lugar para colocar a mão, exceto em seu peito arfante, acima do coração trovejante. Emocionalmente atrofiada, sexualmente desesperada, ela repetia para si mesma. Essa era a única razão pela qual acabara de gritar em completo abandono com o homem que estava determinado a matá-la. O vampiro que havia mordido o lábio dela pelo seu sangue. Depois de uma hesitação, ele apoiou o queixo em sua cabeça. Logo quando ela pensou que eles estavam agindo como amantes normais, ele agarrou seu pulso e enfiou a mão dela no calor úmido de suas calças. — Ansioso, pequena Elizabeth. Sinta o que você me fez fazer. Sem pensar, ela fechou os dedos em torno de seu eixo úmido, ainda semirrígido. Quando ele pulsou em reação, ela suspirou baixinho. O primeiro que ela já sustentara. Ela ansiava por vê-lo, beijá-lo. Ela nunca estivera interessada em descer lá e baixo, como ele o chamou. Mas agora ela lambia o lábio superior, imaginando como era aquela coroa inchada... — Se eu não estivesse tão exausto, eu faria você me limpar. — Ele parecia irritado, mas depois ele se inclinou para roçar os lábios sobre sua orelha. — Com sua língua. Ela estremeceu com seu tom de voz rouco. Enquanto ela ponderava se ele estava falando a sério, e o que a sua própria reação poderia significar, ele disse: — O beijo de sangue não a incomodou. — Eu estava meio que em transe no momento. Eu o deixei satisfeito, não é? — Ela deu-lhe um apertão, ganhando um rosnado de volta. — Fiz você gritar para as vigas? Ele de repente ficou tenso, segurando seu pulso com força. — Todo o seu esforço foi em vão, animal de estimação. — Ele empurrou a mão dela. — Sua tentativa patética de angariar minhas afeições falhou. Você não pode se comparar a Saroya. Sem outra palavra, ele desapareceu.

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Capítulo 25

Chafurdando em uma humana, exatamente como meu pai. Consternado consigo mesmo, Lothaire riscou para seu banheiro, tirando a roupa para tomar outra ducha. Enquanto a água deslizava sobre ele, ele apertava as mãos contra a parede, lutando para se acalmar. Em sua agonia, ele quis consumir Elizabeth, tão freneticamente que voltou a usar sua língua natal. Ele nunca perdera o controle como dessa vez, não se lembrava de já ter gozado com tanta força, como se ele tivesse sido desmantelado como um quebra cabeça, em seguida, lentamente reconstruído. E ele nem sequer a reclamara. Ele nunca iria esquecer o olhar em seus olhos quando ela agarrou seus cabelos, puxando-o para perto pedindo mais daquele beijo de sangue. Eu nunca vou me esquecer de ter gozado como uma fonte enquanto a minha Noiva tinha seu orgasmo sobre mim. Não, não... ela não era sua Noiva. Estar perto de Saroya antes o confundira, Elizabeth meramente estivera no lugar certo na hora certa. Se Saroya se desse ao trabalho de subir, ela teria ordenhado aquela incrível ejaculação dele. Saroya ficaria curiosa com a vida infernal dele agora mesmo. Claro. Ainda assim, ele continuava revivendo o que acabara de acontecer com a mortal, descobrindo-se excitado mais uma vez. Apenas momentos após esse tipo de liberação? Ele franziu a testa para baixo observando seu pau desenfreado. Isso não vai acontecer. Ele havia ridicularizado as intenções de Elizabeth, com a expectativa de se divertir com sua inexperiência. No mínimo, ele esperava que ela fingisse seu desejo. Em vez disso, ela esteve desesperada para gozar, exigindo a sua semente sem usar a boca ou as mãos. Montando nele. Desenfreadamente. O que o fez imaginá-la nua, montando outras coisas. Minha coxa, minha boca... Elizabeth dissera que teve suficientes namorados. Com quantos ela esteve praticando para ser capaz de se mover assim? Quantos haviam estado igual a ele, se perdendo nela, sem poder fazer nada, exceto se derramar sob ela? As presas de Lothaire se afiaram agressivamente com o pensamento dela com outro. Pelo menos nenhum de seus namorados tomou sua virgindade. Ele se perguntou por que ela não a desperdiçara. Se Lothaire não estivesse lá para interromper todas as sessões de natação com jovens machos, e obviamente, ela apreciava a sua sexualidade. Como eu o fiz. Ele deu um sorriso afetado. A virgindade de Elizabeth pertence apenas a mim.

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Seu sorriso desapareceu. Ele nunca iria conhecê-la assim. Ele apenas poderia reivindicar a Saroya. Nunca experimentaria a paixão desenfreada de Elizabeth? Nunca sentira seu membro entrando polegada por polegada em seu sexo gotejante? Assim, ele não seria diferente de todas as suas outras conquistas. Seu punho disparou para fora, conectando com a parede. O mármore desmoronou, sua ereção diminuiu. Ele queria matar qualquer pessoa com quem ela já tivesse estado. Aniquilar a todos. Vampiros da Horda eram conhecidos por se prenderem a ideias repentinas, agindo sob impulsos mundanos. Apenas quando sua mente estava prestes a fixar-se sobre o assassinato, fazendo as suas sete pequenas tarefas se tornar oito, ele a ouviu marchando para dentro de seu banheiro. Curiosidade rolou por ele mais uma vez. O que ela faria? Ele se virou para apoiar o braço contra o vidro, descansando sua testa nele. — Voltando para mais, animalzinho de estimação? — Ele disse casualmente, como se não sentisse qualquer coisa mais. Ela marchou com seus seios ainda nus, com os ombros para trás. Ele cerrou seus punhos, seu pênis distendendo mais uma vez. Ela parecia impetuosa, seus olhos desafiadores. Ela jogou aquela juba de cabelos sobre os ombros, o que quase lhe garantiu um lugar dentro da ducha com ele. — Eu estou aqui para lembrá-lo de algo. Do que, de quê? Prazer ondulando por dentro dele, quase como diversão. Mas seu tom foi entediado. — Hmm. Recorde-me? — Por que a sua voz estava rouca? Ah, dos meus gritos chocados para as vigas. Ela pegou as calças descartadas do chão. — Quando você contar sobre as minhas tentativas desajeitadas para Saroya, certifique-se de mencionar a parte em que eu cavalgava sobre você como em um cavalo preguiçoso e fiz-lhe derramar creme em seus jeans mais rápido do que um estudante magricela de quinze anos de idade apertando uma menina pela primeira vez. — Ela jogou as calças para dentro do chuveiro. — Você pode querer deixar estes limpos. — Ela girou nos calcanhares e passeou para fora do aposento. Ele ficou olhando para ela. Creme nos jeans? Cavalo preguiçoso?Espontaneamente, seus lábios se curvaram em um sorriso.

Depois de lavar-se e escolher o mais modesto dos trajes de dormir, quer se resumiam a uma camisola longa de seda branca, Ellie cruzou para a cama. Quando relaxou sobre os lençóis, ela suspirou quando a suavidade a saudou. Nunca soube que lençóis poderiam ter essa sensação. Aqui estava ela, deitada, vestida em seda, cercada das melhores roupas que já imaginara, deleitando-se naquela enorme cama, mesmo considerando que estava direto sobre o chão.

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Ela estava sendo mantido em uma prisão no paraíso, por um carcereiro de olhos vermelhos que se desdobrava como uma fantasia sexual ambulante. Um carcereiro que tinha despertado algo nela essa noite, algo que Ellie, instintivamente, temia que ela não conseguiria experimentar com outros. Assim como ela começava a se preocupar, perguntando-se como iria viver sem o êxtase que descobrira com Lothaire, ela se lembrou de que provavelmente não iria sobreviver. Rompa essa bolha, acorde. Se liga. SE LIGA! Finalmente, ela se acalmou, sua mente zumbindo, mas começando a desacelerar. Assim que ela começou a cochilar, uma sensação de vertigem estonteante abateu-se sobre ela, quando abriu os olhos, estava de pé no quarto dele. Riscou-me outra vez? — Entretenha-me, — ele comandou, tomando um assento na sua mesa. Ele estava sem camisa e descalço. Seu cabelo úmido pendurado descuidadamente sobre a testa. Tão lindo, lindo demais. — Entreter. — Ela esfregou os olhos. — Isso não fazia parte da descrição do trabalho. — Eu acredito que a descrição do trabalho era para você fazer o que eu ordenasse. Além disso, você está claramente vestida para o trabalho que você quer e não para o trabalho que você tem, e minha Noiva vai me entreter depois de passarmos algum tempo. — Dance, macaco, dance. É isso? Lothaire, eu estou exausta. — Do pizdy. Não me importo uma merda. Sente-se. Fale comigo. Ela hesitou em regressar a esse sofá, mas eventualmente afundou com um bufo de raiva. — Acho que tenho perguntas sobre você. Surpreendente, considerando que é... você. Mas eu não posso controlar a minha curiosidade. — O que você quer saber? — Por que você ainda é virgem? Ela não queria dizer-lhe a verdadeira razão, que ela temia engravidar de algum garoto de ginásio, temia ter que abandonar seus sonhos tão longamente acalentados de construir uma carreira, um marido amoroso e, por último, quando estivesse finalmente pronta para eles, filhos. Então, ao invés disso, ela disse: — Eu acho que de alguma forma Saroya resistiu aos seus encantos todas as vezes que vocês saíram para a matança juntos. — Eu nunca sai para matar com ela. — Ela apenas saia sozinha e cometia assassinatos? Por quê? Ele encolheu os ombros. — Ela costumava tirar seu sustento do ato de matar. Agora eu acho que é apenas por hábito. — Isso não faz sentido. — Suponha que você não precise mais comer para viver, mas você poderia comer. Você quereria perder a lembrança do sabor dos alimentos, do ritual das refeições? Ele tinha um ponto. Ellie adorava comer. — Você não respondeu minha pergunta, — ele disse. — Será que nenhum guarda na prisão tentou deflorar você?

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— A maioria deles era decente. — Mas não todos? Algum deles... tocou em você? — Sua expressão escureceu, seus dentes pareceram crescer. Ele esta derrapando nas curvas novamente. E quando seus olhos ficavam vagos, os sentidos dela entraram em alerta vermelho. — Desacelere o seu fodido coração! Ela gritou. — Talvez eu pudesse desacelerar o meu fodido coração se você parasse de gritar comigo, porra! — Eu seguro o seu destino nas minhas mãos, mas ainda assim você me mostra desrespeito a cada curva. — Você não conquistou o meu respeito. — Poderia ter sido hoje que eu sonharia com o anel. Então você partiria para sempre. Ela cruzou os braços sobre o peito. — Você ama estar segurando a espada sobre o meu pescoço. Você está tentando me deixar louca como você? — Fazer-me desaparecer mentalmente antes que eu o faça fisicamente? — É uma possibilidade? — perguntou ele com toda a seriedade. Pelo menos ele se acalmou uma fração. — Quanto mais você acha que eu posso suportar? — Você vai aguentar o que eu lhe der... — E eu vou gostar disso? — Ela revirou os olhos. — Você tortura todo mundo assim? Ele ficou imóvel como uma estátua, sua voz gotejando ameaça enquanto dizia: — Você não conhece o significado de tortura. — E você conhece? Você só sabe distribuir ameaças ou já esteve na outra ponta também? — Ambos. Ela desejava não estar tão curiosa a respeito dele. Mas... — Como você foi torturado? — Pegue a pior agonia que você possa imaginar, multiplique por mil, em seguida, sofra isso a cada segundo durante seiscentos anos. E essa foi apenas uma dentre muitas outras vezes. — Seis séculos? — Ele está exagerando. Ele tem que estar. — É por isso que você está louco? — Em parte. É também por causa das memórias. — Você viu as minhas quando você dormiu da última vez? — Até agora, nenhuma recordação de pó de carvão, telhados com goteiras, ou o aroma pungente de uma miríade de criaturas fritando em óleo de cozinha velho. Ele faz parecer tão horrível, mas o que ela não daria para estar de volta em meio a tudo isso agora! — Você me observou mais do que me deixou saber. — Eu tive que aprender sobre você, investiguei os seus pertences, espionando sua arrepiante família. Ela engasgou.

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— Você esteve em minha casa? — Eu tenho uma casa. Você viveu em um meio de transporte. — Foi comprado e quitado. Ninguém pode nos fazer sair de lá. — Ao contrário da terra em que estava estacionado. O representante da Va-Co que Saroya assassinara estava farejando a Montanha Peirce por alguma razão. Nas suas entranhas, a montanha estava carregada de carvão. A Va-Co começara a exercer pressão sobre a família para vendê-la. Quando isso não funcionou, eles foram até o banco sondando a hipoteca. Apesar de Ruth, Ephraim e o resto da família se unirem para juntar o valor dos pagamentos, era apenas uma questão de tempo antes que eles faltassem às parcelas do empréstimo. — Você é tão orgulhosa, — Lothaire murmurou, seu tom era perplexo. — E eu não posso compreender por quê. Ela sufocou uma réplica. Fique fria, Ellie. Consiga informações. — Diga-me como Saroya é. — Viciosa, insolente, destemida. Ela é uma rainha diante da qual outras rainhas vão se curvar. Ellie levantou uma sobrancelha. — Uma mulher viciosa que não se importa que você passe tanto tempo sozinho com a bonita Hag? — A Fey e eu não estamos envolvidos. — Saroya está bem disposta em ter todos os herdeiros que você deseja? — Ela vai me dar tantos quantos eu deseje, — ele disse friamente. Evasão? — Não quer você comece a ter seus pequenos príncipes Vampiro? — Não posso reclamá-la até que ela esteja em um corpo imortal, senão poderia prejudicá-la com minha força. Lembra-se? Pop. — Então esse é o atraso. — Ou havia mais alguma coisa? Saroya ainda poderia satisfazer o vampiro. Talvez a deusa não gostasse de situações sexuais? — Eu tenho dificuldades em imaginar esse tipo de força. — Existem quatro coisas que fazem um vampiro mais poderoso do que seus irmãos. A luxúria de sangue, um coração batendo, o sangue Dacian e idade. Eu sou um vampiro com os olhos vermelhos pela sede de sangue e um Dacian com o coração batendo. Eu vivi durante milênios, ficando cada vez mais forte ao longo dos intermináveis dias de minha vida. Que ótimo. Ela fora capturada pelo Hulk dos vampiros. Então, ela olhou para cima. — Você é um Dacian de verdade? — Ah, é isso mesmo, você andou estudando depois da escola. Minha mãe era Ivana Daciano, herdeira do trono. Eu sou Lothaire Daciano, agora o herdeiro legítimo. — Mas se pensava que eles não existiam. — Claro que eles existem. Imortais podem ser tão ruins quanto os humanos, pensando que se eles não podem ver algo, aquilo não deve existir.

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— Seu interesse reside em reunir os tronos da Horda e da Dacia? — Quando ele inclinou a cabeça, ela disse, — Se você é tão poderoso, seus futuros súditos devem estar ansiosos por você ser o rei deles. Ele fez um som de escárnio. — Tenho a intenção de subjugar um reino e lançar seus espólios para o outro. — E depois? Suas sobrancelhas loiras se uniram. — O que você quer dizer? — Impor-se, despojos, subjulgar? Tem que haver uma razão para fazer estas coisas. — Pura gratificação. — Quanto tempo isso vai durar? Cem anos? Mil? Certamente você tem um objetivo final? Ele se levantou, abruptamente enfurecido, todo imponência e intimidação. — Eu tenho um Fim de Jogo! Fazendo a curva. Dessa vez ele surtou. Ele murmurava para si mesmo em russo, em seguida, sacudiu a cabeça bruscamente, daquela forma estranha que as pessoas insanas fazem, como se tivesse acabado de ver ou experimentar algo que ninguém mais tinha. — Este seu “Fim de Jogo” é o seu objetivo final? — Ela perguntou. — Certo, então o que é isso? Seu olhar devaneava enquanto ele andava. — Sete pequenas tarefas. — Conte-me quais são. Soando como se ele recitasse uma lista, ele disse: — Encontrar o anel. Descartar a alma de Elizabeth. Transformar Saroya. Matar Dorada. Assumir a Horda. Encontrar e matar Serghei. Conquistar o Daci. Descartar a minha alma. Como tão facilmente ele diz isso! E quem era esse Serghei? — Vampiro, eu odeio te dizer isso, mas essas tarefas não são um objetivo final. Ele se virou para encará-la. — Segure a sua língua, pequena mortal! Ou eu vou ter que fazer isso para você. Ela caiu em silêncio, na borda enquanto ele andava/riscava. Longos momentos depois, ele retrucou: — Do que diabos você estava falando? — Um objetivo final deve ser um resultado, não o processo de alcançá-lo. — Talvez eu tenha prazer no próprio processo. Ellie disse: — Então, o objetivo final é o prazer. As tarefas são ainda apenas o processo. — Meu objetivo final é o serviço de uma vingança de sangue. Eu trabalho apenas para isso, tenho feito por milênios. Com uma voz modulada, ela apontou. — Ainda, um processo. — Ahhh! — ele rugiu, socando a parede novamente. — Cale a sua fodida boca!

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Em um tom tão casual quanto ela pôde fingir, ela disse: — A maioria das pessoas têm objetivos de uma vida familiar satisfatória e uma carreira gratificante, com a felicidade e prazer como resultado. — E o que você sabe da felicidade? — Ele se acalmou, parecendo muito interessado neste assunto. — Eu a experimentei pela maior parte da minha vida. E eu a aprecio ainda mais depois das minhas recentes misérias. — Como você poderia ter sido feliz nesse trailer, forçada a caçar por comida, tendo tão poucas posses? Ela piscou. Ele não a insultara? Lothaire estava realmente curioso sobre isso. — Eu valorizei os bons momentos passados com aqueles que eu amo, e me esforcei para rapidamente passar pelos maus momentos. O que está feito, está feito. Eu nunca me debruço sobre o passado. — Isso é simplista. — Não, é não complicar as coisas, — ela respondeu. — É abstrair. — E ainda pode ser algo aprendido. Você pode ensinar a si mesmo como ser feliz. Você disse que suas habilidades como um assassino eram bem afiadas. E se você colocasse todo esse esforço em encontrar a felicidade? — Então eu não teria sobrevivido todos estes anos. — Talvez você possa encontrá-la compartilhando interesses com Saroya. — Deixe-a fora disso. — Ela pode meio que contribuir para isso. O que ela gosta de fazer? Ele estreitou os olhos. — Saroya caça, assim como você costumava fazer. — Ela não caça como eu caçava. — A ideia a fez querer socar uma parede! — Você me viu deixando carcaças de veados por toda a montanha para apodrecer? Por nenhuma razão? Não há comparação. Eu nunca cometeria um desperdício e desrespeito pela vida desta forma. — Assunto delicado? Eu encontrei uma brecha na sua armadura? — Qualquer comparação com ela me tira do eixo. Nós não somos nada parecidas. — Na verdade, vocês são... — Ah, apenas guarde para si, — ela o interrompeu. — Eu já sei que eu sou inferior a ela em todos os sentidos, blah, blah, blah. Ele levantou uma sobrancelha, e depois continuou. — Como forma de partilhar interesses, Saroya e eu vamos governar juntos, protegendo e educando nossa descendência. Minha descendência! — Eu só posso imaginar o que uma deusa da morte iria ensinar a seus filhos. — Você não vai semear discórdia. Seu truque é transparente.

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— Seria apenas um truque se eu estivesse sendo desonesta. Caso contrário, é uma observação. E eu realmente gostaria de saber sobre as habilidades de Saroya como mãe, para não mencionar as suas. Ele franziu a testa, seu comportamento parecendo contemplativo. — Lothaire, você nunca pensou como seria ser um pai? — Seria um risco, embora poucos ousariam prejudicar os filhos de Saroya. Certamente nenhum dos meus inimigos vampiros ousaria...— Ele cruzou para a varanda e olhou para fora. Quando uma brisa arrastou-se através de seus cabelos, seus ombros ficaram tensos. — A névoa aumenta. — Ele disse em um tom estranho. Ela não estava chegando a lugar nenhum com ele. — Já cumpri minha obrigação de entreter você, vampiro? Eu estou cansada. Esta mortal inferior precisa descansar. Ele se voltou para ela. — Você vai dormir aqui. — Diante do seu olhar incrédulo, ele disse: — Eu não estou exagerando nas ameaças para você. Eu esperava que tivéssemos quartos separados não porque queria dar-lhe privacidade, mas porque eu não queria olhar para você. Infelizmente, nós não teremos esse luxo. — Tudo bem. — Ela se levantou, pegou um travesseiro e um cobertor de seu quarto, depois voltou para o sofá. — Não me toque quando eu estiver dormindo, — Lothaire disse. — Não chegue perto de mim. — Enquanto ele sustentava seu olhar, ela se lembrou de repente do fole assustador ecoando de seu quarto da última vez que ele dormiu. — Não importa o que aconteça.

Capítulo 26

Onde eu estou agora? Lothaire acordou na neve, mais uma vez, desta vez durante o dia. A luz do sol se filtrava, caindo diretamente sobre seu peito nu e era como um couro de amolar lentamente se esfregando sobre a carne viva. Protegendo os olhos, ele olhou ao redor, seu coração começando a trovejar em seus ouvidos. Ah, deuses, não... Ele se ajoelhou no meio de uma floresta. Por toda a volta ao redor dele havia árvores que choravam sangue. O sol da manhã fluía entre os troncos retorcidos, sobre a casca transbordante. Mais uma vez, ele voltou a um lugar do seu passado, a floresta das raízes sangrentas, que rodeavam o Castelo Helvita. Eu cresci dentro daquelas paredes. Mais tarde eu conheci a tortura nessas florestas. A constante pressão da terra se comprimindo sobre ele, como se a terra tivesse se alimentado dele, digerindo-o como a uma refeição...

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Ele não voltara aqui desde que o Rei Demestriu morrera. Agora, com nenhum rei na residência, os vampiros leais guardavam o trono, à espera de um herdeiro com duas qualificações: ele teria que sustentar que a Sede era sagrada, e tinha que ser de uma linhagem real legítima. Liderados por um soldado chamado Tymur, o Leal, eles rejeitaram todos os candidatos. Tymur iria assassinar Lothaire à sua primeira vista. Por que eu voltaria a esse lugar de traição? Por que seu subconsciente enfocaria essa memória de sua tortura. Metal frio beijou seu pescoço. Uma espada de verdade? Uma ameaça fantasiosa? Ele torceu a cabeça para encontrar dois sentinelas diurnos, um demônio de chifres e um Cerunno. Eles teriam recebido ordens para levá-lo prisioneiro, para ser interrogado. O demônio pode se teletransportar em retirada; a velocidade do Cerunno era lendária. No entanto, eles permaneceram. Então eles não têm ideia de quem eu sou. O demônio disse: — Quem se atreve a invadir esses locais sagrados? Lothaire arreganhou as presas. Vou riscar com uma velocidade que nem eles podem seguir, aparecendo atrás do demônio, sussurrando meu nome em seu ouvido. Ele vai tremer com medo antes de eu torcer sua cabeça em seu pescoço. O Cerunno fugirá até eu arremessar a espada do demônio, acertando a criatura na coluna vertebral... — O Inimigo dos Antigos, — Lothaire sussurrou no ouvido do demônio antes de agarrar seus chifres e torcer. A cabeça se soltou em um rasgar de tendões e nervos, as vértebras estalando. E sentindo-se pouco ousado. Ele olhou impassível para o corpo do sentinela enquanto caía. Eu estava enganado. Não houve qualquer tremor de medo, em vez disso, o macho se irritara ao ouvir o nome de Lothaire. O segundo guarda já começara a sua retirada deslizando, correndo sobre a neve, ao redor das árvores. Lothaire pegou a espada do demônio e arremessou-a no Cerunno, atingindo-o nas costas, aleijando-o. Com os pensamentos já em outras coisas, Lothaire riscou para junto do ser, pisando sobre ele, sua cauda se contorcendo, tentando recuperar sua espada. Conforme ele decepava a cabeça do Cerunno com um volteio, Lothaire percebeu que sua mente danificada estava tentando lhe dizer algo, ao lhe enviar aqui. No entanto, ele provavelmente estaria morto antes que pudesse interpretá-lo. Ele riscou diretamente para os seus inimigos sem uma arma, apenas para acordar desorientado sob o sol. Se o demônio meramente se balançasse primeiro, eu estaria morto. Pelo menos Lothaire não revivera a tortura que experimentara aqui. Ele certamente teria caído no abismo dessa vez. Eu queria me tornar louco. As memórias sempre o assombravam. Mas nem uma única nova informação do anel. Após várias horas de sono, ele não recebeu nenhuma nova pista.

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Com ambos os adversários eliminados, Lothaire tentou não perceber que os troncos das árvores pareciam bocejar perto dos cadáveres. As árvores nessa floresta não precisavam nem de sol e nem de chuva para viver, como tudo o mais neste domínio vampiresco, elas se alimentavam de sangue. Ele bloqueou o gemido de um tronco particularmente voraz, o silvo assobiado de um membro... Com um estremecimento, Lothaire riscou de volta até o apartamento. Embora ele ainda precisasse dormir e sonhar, ele estava preocupado com o risco. Ele teria que conseguir maneiras que o impedissem riscar? Acorrentar-se à sua cama a cada vez que dormisse? De volta à sala mal iluminada, Elizabeth estava dormindo pacificamente. Ela estava quente, seu aspecto era suave, tão distante da violência que ele acabara de encontrar. Enquanto olhava para ela, as escaramuças começaram a misturar-se em suas memórias, congelando-o com quase um milhão de noites delas, cada uma repleta de tortura, guerra, ou mortes. Sangue até os meus tornozelos, e gritos intermináveis em meus ouvidos. Sim, Elizabeth estava muito longe, e deveria ser sempre assim... Ele arrastou seu olhar para longe dela, franzindo a testa para baixo em uma espada gotejante da qual ele não se lembrava de ter retido. Perdendo minha mente. Com um movimento praticado, ele balançou a lâmina e o sangue saiu voando. Inquieto, ele jogou a arma fora, em seguida, sentando em sua cadeira, baixando a cabeça em suas mãos. A loucura penetrava cada vez mais, o abismo o aguardando. O que eu vou fazer? Pela primeira vez em muito tempo, ele não sabia. Estar tão perto de seu Fim de Jogo e ceder o controle agora? Nunca! Ele ergueu o olhar, estreitando-o em seu quebra-cabeça mais complicado. Mente sobre a mente?

Um frio na sala. Ellie acordara, imaginando se uma janela havia sido deixada aberta. Mas o frio vinha de Lothaire quando reapareceu de alguma misteriosa viagem, com neve ainda endurecida em torno das pernas das calças e segurava uma espada ensanguentada na mão. Ela mantinha as pálpebras cerradas, sua respiração profunda e até nivelada, observando-o enquanto ele olhava para ela com uma expressão indecifrável. Finalmente, ele se afundou em sua cadeira. Então, ele dera um olhar tão desafiador a um daqueles quebra-cabeças, como se fosse derrotá-lo ou morrer tentando. Agora, ela via como ele parecia estar fazendo progresso, colocando um bloco aqui, girando a estrutura para inserir um triângulo.

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Ela estava encantada ao ver como seus dedos pálidos trabalhavam. Embora terminando em garras negras, eles eram longos e elegantes. Como ela imaginava que as mãos de um cirurgião deveriam ser. No entanto, Lothaire usava suas mãos não para salvar, mas para destruir. Quando aqueles dedos de repente largaram abruptamente seu trabalho, tensão irradiou dele, em uma escalada como uma bomba-relógio prestes a explodir. Seus olhos vermelhos se acenderam. Com um brado, ele lançou o jogo do outro lado da sala, com tanta força que pedaços voaram ao longo do chão e se cravaram na parede oposta. Deus, ele é muito forte. Ela prendeu a respiração. Aparentemente, um dos mais fortes. Mas isso não era destruição suficiente para o vampiro. Enquanto ela olhava atônita, ele esmagou móveis, arremessou lâmpadas. Ele correu o antebraço sobre sua mesa e levou todos os quebra-cabeças para o chão. Ele se acalmou, as sobrancelhas se juntando. Arrependimento? Ele claramente não podia suportar ver seus amados quebra-cabeças em desordem. Aprofundando suas respirações, seus olhos brilharam no escuro e ele caiu de joelhos. Talvez eu devesse ajudá-lo, tentar amortecer suas emoções. — Qual é o problema, Lothaire? — Ela perguntou, reunindo a coragem para se juntar a ele no chão. — Tão simples antes, — ele disse distraidamente, estudando um bloco por todos os ângulos. — Brinquedo de criança. Ela se ajoelhou na frente dele. — Está tudo bem. Shh, vampiro, — ela murmurou enquanto começava a reunir peças similares em pilhas, em seguida, colocando-as sobre a mesa. Ele levantou a cabeça para encará-la totalmente. Seus olhos estavam definitivamente fora de foco. Ele parecia... vulnerável. Mesmo com suas presas e garras negras, suas íris de fogo. Mesmo que ele certamente tivesse acabado de dar fim a uma vida alguns minutos atrás. — Nós nunca iremos viver perto da floresta de sangue. As árvores gritam por sangue, bebendo profundamente. Nunca perto delas de novo. — Suas palavras eram as divagações de um louco, seu sotaque tão acentuado quanto ela jamais o ouvira. Apesar de querer exigir que ele lhe dissesse o que aquilo significava, ela disse: — Claro que não. Por que você estava na... floresta? — Eu risco quando eu durmo. Risco até meus inimigos. Quanto tempo o destino me deixará safar-me com isso? Quantas vezes posso ter uma espada em meu pescoço, antes que uma realmente consiga me atingir? — Você não pode impedir-se de riscar? — Com correntes. Odeio estar acorrentado. Preso a nada. — Eu também.

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— Quando eu era um menino, eu estive preso em uma rede. — Ele olhava para seu passado. — Não pude riscar dali de dentro. O metal estava frio e pesado sobre a minha pele. Eles me derrubaram para recolher minha cabeça e presas. — Quem? — Olhe para o pequeno lorde sanguessuga em trapos, — ele zombou, imitando a entonação de outro ser. — Ele deve estar com fome. — Uma longa exalação. — Eu fui poupado. Mas porque...? Sem aviso, ele pôs de lado o seu quebra-cabeça e a puxou em seus braços, riscando-os para a cama. Sentou-se contra a parede, enrolando-a em seu colo, olhando para ela. — Quando eu tomar o castelo, eu vou derrubar todas. — Hum, até a última árvore? Isso pareceu acalmar-lhe um pouco. — Sim, bela, eu sabia que você iria concordar, — ele respondeu, escovando uma mecha de cabelo da testa dela. A sala escureceu ainda mais conforme a chuva começou a cair lá fora, parecendo encasulálos do mundo. Será que ele ainda se lembraria desta conversa? Talvez ela pudesse aprofundá-la para obter informações. — Lothaire, me fale de sua vingança de sangue. Como suas sete tarefas se encaixam nela? — Vou vingar a morte de minha mãe. — Ele levantou o olhar, parecendo olhar para algo que Ellie não podia ver. — Ela morreu por mim; não era necessário. Serghei poderia tê-la salvado. — E Serghei é...? — O pai dela. Aquele que permitiu que ela fosse estuprada por dezenas de homens, em seguida, queimada até a morte. Ellie apenas conseguiu impedir a mandíbula de cair. Em um tom distante, Lothaire murmurou: — Nenhum menino deveria ouvir essas coisas. O Daci a abandonou, retornando quando ela não era mais do que cinzas espalhadas. Mas vou fazê-los pagar. Ele esteve perto quando sua mãe havia sido estuprada e assassinada? Por que o pai de Ivana não havia feito nada para salvar sua filha, para poupar seu neto? Não importa, Ellie. O passado de Lothaire não lhe diz respeito. Não importa o quão trágico foi. — Como é que o anel entrou no jogo? — Ellie sabia que Lothaire planejava usá-lo para transformar Saroya em vampira. E se livrar de mim. Mas como isso serviria a sua vingança de sangue? Se não tivesse encontrado sua mulher, ele teria uma lista de tarefas diferente? — O que o anel faz? — Quase tudo que se deseja. Por um tempo, — acrescentou enigmaticamente. — É um talismã poderoso, mas extremamente simples de usar. Basta rodar ele em um dedo e fazer um desejo. Mas não muitos. — O que isso quer dizer? Ele não respondeu, apenas acariciou seus cabelos.

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Percebendo que ela não ia conseguir mais dele sobre esse assunto, ela disse: — Eu sei que você vai encontrá-lo em breve. Ele sorriu para ela, revelando ainda, dentes brancos, suas presas não tão intimidantes nesta luz do crepúsculo. Lothaire Daciano era impressionante, quando ele sorria. — Eu vou. E então você vai ser minha rainha para sempre. — Sim, para sempre, Lothaire. Ele curvou o dedo sob o queixo dela, em vez de belisca-la. — Você quer ficar comigo. Esta ternura inesperada, juntamente com a sua vulnerabilidade, estava fazendo o peito dela doer. — Esperei uma eternidade por você. — Ele correu os dedos ao longo de sua bochecha, sua expressão era de desejo. E ela teve uma estranha vontade de chorar. — Eu não poderia saber como você se pareceria. Imaginando por séculos, procurando rostos. — Você está feliz com a forma como eu pareço? Outro sorriso maroto fez seu coração apertar. — Eu poderia encarar Saroya por horas. Um elogio, Ellie supôs. Ela inclinou a cabeça para ele. Lothaire parecia mais jovem quando sorria. — Quantos anos você tinha quando se tornou imortal? — Eu tinha trinta e três anos quando o meu coração parou de bater. — Ele suspirou. — A última vez que tomei a uma serviçal. Enquanto isso, ela pensava. Milhares de anos sem uma mulher. — Você é realmente mal, Lothaire? — Sim, — ele respondeu sem hesitação. — Você realmente planeja me fazer mal? — Quando eu encontrar o anel, sim. Para você, eu não sou nada mais do que a morte. — Ele disse, mesmo enquanto dava a sua bochecha um outro delicado carinho. — Será que vai doer quando você arrancar a minha alma? — O anel pode lhe trazer dor. Eu não sei. Perturbadoramente vago. — Você não vai me mostrar qualquer misericórdia? — Misericórdia? Meu pai me implorou por isso uma vez. Depois que eu o decapitei, eu alimentei seus cães com seus restos mortais. — Lothaire deu um sorriso sinistro, tão diferente do seu sorriso devastador. Este era mais um desnudamento de suas presas do que um sorriso. — Ele odiava cães. — Você m-matou seu próprio pai? Ele ficou tenso ao seu redor. — Talvez ele não devesse ter me enterrado vivo por seis séculos. — E-enterrado... — Enviou-me a minha sepultura. Antes que eu estivesse morto.

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Oh, meu Deus. Na noite passada, ela reconheceu que estava fora de sua profundidade com Lothaire. Agora ela percebeu que estava fora de sua profundidade com todo este mundo novo dele. Um mundo cheio de ódio, tortura e assassinato. Não admira que ele queira Saroya. E ainda assim, ela se viu chegando-se a ele para arrastar as pontas dos dedos ao longo de sua mandíbula forte. — Eu sinto muito por tudo aquilo que sofreu— Ele afastou a cabeça e mordeu o seu dedo indicador. — Ow! — Como um animal raivoso! Quando o sangue subiu, ele apertou o pulso dela e puxou-lhe a mão até a boca, fechando os lábios sobre a ponta do dedo. Quando ele começou a chupar, suas pálpebras ficaram pesadas, em seguida, fechando completamente. Esses músculos esculpidos dele se relaxaram completamente ao seu redor. E oh, ela respondeu ao seu óbvio prazer. Observando seus lábios trabalharem a fazia derreter-se. Quando sua língua se torceu em torno de seu dedo, ela sentiu uma dor lenta e úmida se construir entre suas pernas. Por que ela não deixara que ele sugasse seus seios antes? Para ter a sensação desta sua boca faminta trabalhando em seus mamilos rígidos? De repente, ele a libertou, sua expressão cheia de intenção. — Preciso de você. Ela engoliu em seco, imaginando o que ele faria agora. — Lothaire? — Você quer que eu a toque? Será que ela queria? Será que ele iria machucá-la? Se ele pudesse acariciá-la tão delicadamente como ele havia feito com as peças deste quebra cabeças... Antes que ele o jogasse longe em um ataque de raiva. Ellie planejara seduzi-lo para afastá-lo de Saroya. Eu vou desistir depois de um fracasso? Ele pegou seu seio na concha de uma palma quente, os elegantes dedos puxando seu mamilo através da seda. Ela ofegou, seu corpo parecia ter sido desossado. — Responda-me. — Ele mergulhou a boca para o pescoço dela, provocando-a com pequenas arranhões feitos por suas presas. — Sim ou não, Elizabeth, antes de eu parar de fingir que não entendo suas perguntas. Quando ele começou a deslizar sua camisola subindo-a até as coxas, ela estremeceu com a necessidade, se perdendo. — Sim, sim...

Capítulo 27

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A neblina diminuiu. Lothaire não estava sonhando. Ele tinha uma das mãos sobre um tenro seio, a outra constantemente avançando, subindo a lingerie de Elizabeth até as coxas firmes. Como ele chegara a este ponto? Ele não conseguia se lembrar. Por que ele provava o seu sangue delicioso? Por que não podia lembrar... Espere. Ela estivera a interrogá-lo? Conforme sua mente começava a clarear, ele percebeu que a mortal havia pensado em se aproveitar dele. — Você estava cavando para obter informações? Ela engoliu em seco. — Sua pequena cadela! — Ele queria castigá-la, e não podia. Blyad! O que seria necessário para garantir o anel e, finalmente, se livrar dela? A frustração borbulhava dentro dele, levantando-se bruscamente, ele a jogou de costas na cama, fazendo-a gritar. No entanto, como ela se apressava para endireitar-se, sua camisola movia-se para cima e ele pegou o mais tênue vislumbre de seu sexo. Nua? Imediatamente, ele riscou para a cama, jogando-a de volta para baixo. — Você tem alguma surpresa para mim? Vou vê-la agora, afaste suas coxas. — Não! — Ela puxou a camisola para baixo. Ele apertou as mãos sobre os joelhos dela, espalhando-os. Com o rosto ficando vermelho, ela lutou, mas ele facilmente a dominou, encaixando seus quadris entre as coxas dela. — Eu fiz as coisas à sua maneira pela última vez. Agora vou fazê-las a minha...— Suas palavras pararam em sua garganta diante da primeira visão de sua carne feminina. Seus lábios brilhantes abriam-se como pétalas. Um grunhido escapou dele enquanto sua mão caia para ela. Ele não queria desejá-la. Mas a visão de seu sexo excitado e seu aroma delicioso fez sua luxúria ficar fora de controle. Quando ela precisava de liberação, ele instintivamente precisava saciá-la. Sua primeira sensação dela... úmida, quente ao toque, inimaginavelmente macia. Ele deu um gemido reverente. — Solte-me. — Ela o empurrou. Levar este prêmio para longe dele? — Minha, Elizabeth! — Ele a cobriu possessivamente, dando-lhe um duro empurrão. — Isso me pertence. Você não pode me negar o que é meu. Quando ela cravou as unhas em seu braço, ele riu cruelmente. — Como as garras de um gatinho. — Outra corcoveada. — Entenda-me, mulher, eu sou dono do seu corpo, vou desfrutá-lo pelo resto da minha vida. Lambendo-o, fodendo-o, tudo para o meu lazer. Ela começara a tremer com medo, olhando por ele com os olhos desolados... Maldita seja, isso não vai acontecer.

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Sim, ele a odiava e apreciava insultá-la, especialmente desde que ela o questionou. Sim, ele ficou furioso por não ter novas pistas desde seu último sono e queria descontar nela. Mas agora ele tinha uma ereção constante e dolorida, o que significava dizer que ele ansiava a sexualidade desinibida que ela lhe demonstrara. Quero-a ainda mais molhada, quero que ela se abandone. Com esforço, ele acalmou seu tom. — Relaxe, bichinho, — ele se forçou a dizer. — Eu não vou machucar você hoje à noite. — Hmm, não era uma mentira? Ainda tensa, ela tremia. — Você não confia em mim? Ela balançou a cabeça, seu cabelo esvoaçante se espalhando contra os lençóis. — Eu só quero tocar você, apenas brincar. Observe-me, então. — Para ilustrar, ele esfregou o dedo indicador preguiçosamente sobre seu clitóris. Uma, duas vezes... Ela diminuiu o aperto em seu braço. Outra leve carícia e ela começou a relaxar. — É isso aí, mulher. — Enquanto ele brincava com ela, ela ergueu os quadris para mais. — Tão responsiva. — Ele deslizou o dedo indicador entre seus lábios úmidos, macios. — Você é muito bonita aqui, Elizabeth. — Ele disse com voz rouca. Para proferir essa afirmação sem sofrer a rana, precisava acrescentar, — eu acho que você é primorosa aqui. Ela engoliu em seco, nervosamente estudando a expressão dele. — Coloque seus braços sobre sua cabeça. E mantenha-os lá. — Por quê? — Porque eu estou mandando. Faça-o. Entrelace seus cotovelos. — Quando ela hesitantemente obedeceu, ele baixou as mãos sobre sua camisola e rasgou-a em um único e limpo movimento. Deixando-a totalmente nua. Deuses onipotentes. — Lothaire! Seus olhos... Entre um fôlego e outro, ele disse asperamente. — Eu preciso... ver você. Desse jeito. Uma cintura fina se abrindo para deslumbrantes quadris bem torneados. Generosos, deliciosos seios. A pele da cor do mel. O calor exuberante entre as pernas... Lothaire acreditava que merecia todas as coisas boas que vinham ao seu caminho, considerando-as devidas a ele, mas mesmo ele se sentiu atordoado por sua boa fortuna, quando a contemplou se espalhando ante ele. Quando ela começou a tremer novamente, ele se deitou ao lado dela, flexionando seus braços e apoiando sua cabeça em sua mão. Sua postura casual desmentia a necessidade que explodia dentro dele, conforme dava uma lenta carícia circular sobre o seu pequeno clitóris. Ela suspirou novamente. — Você me deixa louca, vampiro. — Claro que sim, Elizabeth. — Outra carícia bem estudada.

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Este macho era como sexo encarnado. Comparado com Lothaire, os garotos com que Ellie havia estado antes eram brutos de mãos torpes. Agora ela estava lidando com um sedutor imortal que usava seus dedos talentosos e sua mente ardilosa para fazer coisas pecaminosas com ela. Um imortal cujos olhos pareciam pegar fogo, profundos vermelho que a atravessavam conforme ele olhava para seu corpo nu. Quando ele arrastou sua umidade antes de continuar os preguiçosos círculos, ela relaxou os braços sobre a cabeça e deixou os joelhos caírem para os lados. — Gananciosa por mais? — Empurrando sua dureza contra o quadril dela, ele esfregou seu pescoço, sua orelha, murmurando palavras em russo. Suas respirações quentes contra ela a faziam tremer descontroladamente. — O-o que você disse? — Eu disse coisas sujas em seu ouvido. — A voz dele era irregular ao dizer isso, — Eu disse que você tem a mais bela bucetinha que eu já vi, e então eu lhe disse o que eu vou fazer com ela. Ela gemia, as unhas cavando os cotovelos dele. — Lothaire! — Seja minha, querida, — ele respondeu asperamente com aquele sotaque profundo, — E acaricie-se para mim. Mostre-me como você gostaria de gozar. Seu sotaque... a aspereza de suas palavras sujas... sua voz malvada era como um contato, acariciando-a por todo corpo. Ela prontamente obedeceu, escorregando a mão entre as pernas, acariciando seu clitóris. Embora ele não tivesse pedido para ela, a outra mão sustentou o próprio seio, que pareceu agradar-lhe. — Você não penetra a si mesma? — Seus olhos estavam travados em seus dedos. Ela só conseguia balançar a cabeça. — Você não saberia como fazer, não é? Logo eu vou te ensinar como é bom ter algo dentro de você. — Lothaire... — Uma vez que seu corpo se tornar imortal, eu vou alimentar seu corpo com todo o meu comprimento dentro de você, derramando-me profundamente aqui dentro. — Ele bateu a almofada de seu dedo indicador direito em seu núcleo. — E aqui também, — ele levantou a mão até sua boca, molhando o dedo dentro dela. Quando ela obedientemente o sugou, ele sussurrou: — Sim. Ah, doce Lizvetta, eu vou estar dentro desta carne ao crepúsculo, à meia-noite e durante a madrugada. Imaginando que seu polegar estaria em outra parte de sua anatomia, Ellie sugava-o em êxtase.

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— Eu sinto sua pequena língua. Você vai me fazer gozar só com isso? — Ele arrastou a mão para longe dela, esfregando o polegar molhado sobre a ponta de um mamilo, depois do outro. — Lothaire, eu estou perto... — Sem esperar por mim? Levantando-se, ele desabotoou as calças empurrando-as, em seguida, caiu de joelhos entre suas pernas. Ela olhava para seu corpo nu com admiração, seu pênis enorme, mais bonito do que ela jamais havia imaginado. O eixo venoso era tão rígido, a cabeça tão larga. Umidade transbordando de sua fenda inchada. Quando o pensamento retornou, ela disse: — Eu quero tocá-lo. Aprender o que você gosta. Ele lhe deu um olhar ininteligível. Satisfeita com isso? — Você estará ocupada com outra coisa. — Ele deu um olhar afiado para os dedos dela, em seguida, agarrando sua ereção em uma mão, elevando-se acima dela. Com os músculos dos braços salientes, ele pressionou a coroa contra o centro dos seios dela, sibilando uma inalação ao contato. Lentamente, ele se arrastou para um mamilo, depois ao outro, fazendo-a gemer baixo. Ela engoliu em seco quando ele se posicionou entre os seus seios, segurando-a até que pressionava ambos os seios contra os lados de seu membro. Com um gemido, ele arremeteu, deixando a cabeça cair para trás, esticando os tendões em seu pescoço. — Oh, meu Deus...— Eu poderia gozar apenas de vê-lo se mover. Ele prendia ambos os mamilos entre o indicador e o polegar, em seguida, empurrando-se novamente. E mais uma vez. — Estou quase me derramando sobre o seu pescoço, se eu não parar. Ela choramingou, imaginando aquele quente líquido marcando-a. — Faça o que quiser! Mas ele já começava a arrastar a cabeça do seu membro para baixo sobre seu torso. Em uma névoa de sensações, Ellie viu a coroa úmida arrastando-se sobre seu ventre. — Mais baixo, vampiro. P-pressione isso contra mim. Deixe-me mover contra ele. — Você quer que nos toquemos? Você quer sentir-me contra aqueles lábios nus? — Mais uma vez o tom era de desafio. — Então me beije. Levante-se e me beije. Ellie sentia como o vampiro a estava testando, mas para descobrir o que?

Arrastando os dedos dela para longe de seu sexo, Elizabeth pôs as mãos para trás dela, erguendo-se sobre os braços esticados. Ela inclinou-se para pressionar a boca contra a de Lothaire, desenfreadamente buscando sua língua. Deuses, ela me deixa louco. Ele recuou. — Mais forte. Beije-me como se você fosse morrer se não gozasse logo.

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Seus olhos estavam fixos nos lábios dele. — E eu vou! Ele agarrou o seu brilhante cabelo e a puxou para cima. — Faça isso! Com um grito gutural, ela inclinou-se para dentro Quando ele pegou a sua boca com a sua própria, ela chupou a língua dele novamente, fazendo a cabeça dele nadar. E então... ela timidamente lambeu uma de suas doloridas presas, derramando seu próprio sangue dentro dele. Ele se acalmou em estado de choque mesmo enquanto pensava, Sim, ah, deuses, sim! Faça isso novamente... A bruxinha lambeu sua outra presa. Mais forte. Compartilhando outro beijo de sangue comigo? O prazer o sacudiu direto até seu pênis, mas a ideia dela fazendo isso ficou gravada na sua mente. Muito intenso, muito dela. Muito... inesquecível. Ele se separou. Furioso com ela. Emocionado com ela. Seu pênis prestes a explodir. — Deite-se, então. — Ele quase não reconhecia sua própria voz. — Pegue seus cotovelos mais uma vez. Quando ela obedeceu, ele a premiou avançando seus quadris para baixo, forçando o seu pau dentro de sua umidade. Ela enrolou as pernas em torno de sua cintura, estimulando-o. Pequeno pedaço de fogo... Finalmente, Lothaire descansou seu eixo contra os lábios trêmulos. Foda-se! Ele teve que espremer a cabeça de seu membro para não se derramar instantaneamente. — Tão molhada, — ele sussurrou. — Gotejando. Com sua outra mão, ele gentilmente beliscou as dobras dela contra o seu eixo, como fizera com seus seios. Então ele se balançou sobre seu clitóris. — Oh-meu-Deus! — As mãos dela voaram para seus quadris. — Elizabeth, espere. Não se atreva a gozar ainda! — Tarde demais! — Ela estremeceu, seu longo cabelo caindo descontroladamente sobre os lençóis. — Não posso parar. Ele sentiu a mordida das unhas dela em sua bunda enquanto seus quadris corcoveavam acima e abaixo, deslizando seu sexo ao longo de seu eixo. Assim que ele a soltou de seu agarre, ele se derramou. Não consigo resistir a isto... Ele abriu os joelhos mais largamente, empurrando-os contra a parte de trás das coxas dela. Quando ele se enfiou mais rápido sobre ela, seus seios saltaram, os mamilos rosados saliente. É muito... Com o olhar bloqueado em seus olhos de pálpebras pesadas, ele disso asperamente: — Você quer a minha semente. — Sim!

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— Então me veja... gozar. — Ele liberto seu pênis; as costas inclinadas enquanto seu sêmen se precipitava. — Ah! Elizavetta! — Ele urrou, bombeando sobre a sua barriga. Como arcos caindo sobre ela uma e outra vez, ele ficava mais atordoado com cada um deles, porque ela estava se contorcendo em um outro orgasmo. E sorrindo. Seus lábios se enrolando com prazer. — Lizvetta? Quando terminou de se lançar, finalmente, ele se derrubou ao lado dela com um gemido, seu eixo se contraindo contra a coxa dela. Muito dela. Ele precisava ficar longe dela. E mesmo assim, ele se deitava ao seu lado com um braço estendido sobre seus seios, sua perna jogada sobre a dela, puxando-a para mais perto. Então, ele franziu a testa. Eles se encaixavam. Como duas peças de um quebra cabeças.

O corpo de Ellie estava cantarolando, sua pele formigava conforme suas exalações roucas atingiam seu ouvido. Eles estavam deitados como se ambos precisassem recuperar o fôlego. Ele ainda roçava os lábios contra a sua têmpora. Esfregando um dedo em sua semente, ela lhe deu um sorriso atrevido. — Olha o que eu fiz você fazer, — ela disse, repetindo suas palavras. Logo que Ellie estava pensando que fizera progressos com ele, ele recuou, o rosto era uma máscara de raiva. — Questione-me assim novamente, e eu vou fazer você implorar por sua morte. — Antes que ele desaparecesse, ele falou asperamente, — E você ainda não se compara a Saroya. Ela recostou-se atordoada, os olhos correndo de um lado a outro, não conseguindo acreditar no que acontecera. Mas a prova gritante ainda estava reunida sobre a sua barriga. Antes, ela achara erótico senti-lo se derramar sobre ela, agora se sentia manchada por isso. Usada. Ellie cobriu o rosto com o antebraço, o lábio inferior tremendo. Não só ela não fora boa o suficiente para influencia-lo, como ele zombou dela novamente por tentar seduzi-lo para afastá-lo de Saroya. Era uma pontada tão ruim... Ela nunca se permitiu chorar, nem mesmo na prisão. Agora ela não sabia se podia deter as lágrimas. Ela acabara de descer novamente ao fundo do poço, com alguém que a ameaçara, ameaçava a sua família, repetidamente. Alguém que era um assassino. Alguém que eu odeio tão profundamente. Antes que ela pudesse explodir em lágrimas, ela sentiu uma agitação em seu peito. Saroya. Eu me pergunto o que a deusa iria pensar sobre a semente dele espalhada por toda ela? Se ela realmente desprezava todas as coisas sexuais...

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Inferno, mesmo se ela não o fizesse. Pela primeira vez em sua vida, Ellie a deixaria subir sem uma luta. — Isso é pelos baldes de sangue que me fizeram vomitar. Divirta-se com isso, deusa.

Capítulo 28

— Oh, sua putinha. — Saroya se levantou na cama, olhando com horror para sua barriga recoberta. Tão perto de colher a fruta. Foi por isso que fui obrigada a me levantar. A semente de Lothaire parecia escaldar sua pele, como se fosse ácido sobre ela. A vida em cada maldita gota. Ela entrou apressadamente no banheiro de sua suíte, freneticamente tentando limpar-se, esfregando-se com um pano úmido até sua pele ficar abrasada. Como Lamia ia rir dela. Se Saroya tivesse subido quando o vampiro pediu, era isso o que ele planejara para ela? Degradação? Ela sabia que não seria capaz de esconder o seu asco! Uma vez que se sentiu relativamente limpa de sua marca, ela avaliou-se no espelho. Havia hematomas no alto de seus braços e na parte interna das coxas. Aquilo era sangue em sua boca? Ele cortara sua língua com suas presas! Bruto. O primeiro impulso de Saroya foi o de recuar. Mas, claramente, Lothaire acabara de ser servido. Se ele tivesse permanecido no apartamento, este seria o momento ideal para ela enfrentá-lo. . . Enquanto ela começava a se aprontar, Saroya ansiara voltar para todas aqueles séculos quando ela tivera um grande número de serviçais, para se banhar, vestir e enfeitá-la com joias. Agora ela devia cuidar de si mesma. Depois de aplicar seus próprios cosméticos, ela escolheu através da pouca seleção de peças de vestuário atribuídos a ela, escolhendo uma justa saia negra, salto agulhas, e um colete metálico. Satisfeita com os resultados, ela caminhou até seu quarto, encontrando Lothaire em sua mesa, olhando distraidamente para um quebra-cabeça em suas mãos. Imerso em pensamento? Enfronhado sobre o que acabara de acontecer com Elizabeth? Tudo ao redor do aposento fora reduzido a detritos. Teria ele vivido um dos lendários ataques de fúria de que tanto falara? Isto não pressagiava nada de bom. Talvez tenha sido por isso que usara a humana, para expressar seu rancor. Ele levantou a cabeça, lançando-lhe um sorriso de escárnio. Antes que ela tivesse dito uma palavra, seu olhar desbotou. — Ah, Saroya, se dignou a levantar-se para mim.

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— Por que você não me confundiu com Elizabeth? — Ela e a mortal não eram meramente gêmeas, elas compartilhavam um corpo. Ignorando a pergunta dela, ele falou: — Quando foi que você acordou? — Na hora de encontrar os seus. . . restos sobre a minha barriga. Elizabeth deixou-me subir apenas para apreciar isso. Ele deu uma meia risada. — Você não merece nada menos. Eu esperei por você na noite passada, mas você recusou a juntar-se a mim. — E é isso que você reservara para mim? — Depende de quão boa você é. Eu não gozo como uma fonte para qualquer uma. A provocação! — Então ela deve ter sido muito talentosa. — Surpreendentemente talentosa. Ela pode ter se sentido vulnerável por Elizabeth tê-lo satisfeito tão plenamente, mas ela era Saroya, deusa do sangue e da morte divina. Além disso, Lothaire tinha um compromisso com ela. Ele não conseguia abandoná-la mais do que o sol poderia manter-se longe do amanhecer. — Talvez eu pudesse ter tratado a minha Noiva de maneira diferente, — ele disse. — Em qualquer caso, deveria ter sido você aquela a me trazer tal prazer. Saroya examinava suas unhas. Nunca que seria ela. Ela se recusara a render-se a um macho em vinte milênios. Apenas Lothaire acreditaria que ele seria o único a dominar-me. Ela ergueu o olhar para ele. O Inimigo dos Antigos faria bem em não persistir nessa crença depois que ela fosse transformada. Caso contrário, ela ficaria encantada em ser seu último lamentável pensamento: Eu acreditei que ela me queria. Lothaire esperava que Elizabeth tivesse voltado marchando em seu quarto, censurando-lhe por sua saída e comentários picantes. Eu estava mesmo esperando por isso? Em vez disso, Saroya o encarava mais uma vez. Ele ainda estava furioso com a deusa por não aparecer, mas ele estava ainda mais com Elizabeth por ser tão inconcebivelmente sexy. A forma como ela lambeu suas presas. . . seus gemidos guturais. . . Sua paixão o despertara como nada mais que podia se lembrar. Longe de estar revoltada com sua semente marcando-a, ela parecia excitada com isso. — Olha o que eu fiz você fazer, — ela brincou, quase tentando seduzi-lo. Não pense nela. Sua Noiva está diante de você. Aquela que não ascendera para vê-lo. — Diga-me por que você não me veio me encontrar, como prometido. — Elizabeth não me deixou subir. Muito bom, pequena mentirosa. Mais uma vez, onde estava a lealdade, a confiança? — Se assim foi, então ela vai ser punida. Severamente. Apesar de eu não saber como ela podia impedi-la enquanto dormia.

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Se Saroya não subiu, então talvez tivesse estado com medo. A deusa do sangue com medo de me enfrentar? Impossível. — Você esta mais perto do anel? — Ela mudou de assunto, e ele a deixou, decidindo deixar esta passar, para amenizar o seu ressentimento. Ivana lhe dissera que ele seria um bom e fiel companheiro à sua Noiva. Não importa por que Saroya se negara a ele, Lothaire iria começar de novo com ela. — Não, eu não estou mais perto na minha busca, — ele disse. — Mas eu posso definir quais deverão ser minhas memórias da próxima vez que eu sonhe. Se não, eu pretendo capturar a fêmea Valquíria dele para forçar a sua cooperação. — Se Declan Chase sobreviveu. Lothaire iria descobrir isso nesta noite. — Como você sabe, não há maior influência do que a de um ente querido. Claro, Lothaire poderia matar a mulher de Chase na primeira vez que ela ensaiasse um dos seus costumeiros deboches. Regin, a Radiante, poderia tentar a paciência de um monge Fey. — Seus planos parecem promissores. E Dorada? — Minha oráculo procura por ela. Até agora ela não conseguiu chegar perto de você. Ele notou seu alívio evidente, mas não fez qualquer observação sobre isso. — Agora que eu tenho você aqui, você poderia passar a noite comigo. Sente-se. — Ele apontou para o sofá. Quando ela atravessou o quarto para seguir as suas ordens, ele riscou para o seu armário para educadamente vestir uma camisa, como um polido macho deveria se portar. Ela falou alto: — Como você sabia que era eu, em vez da mortal? As mãos de Lothaire congelaram sobre um dos botões. Ele soubera porque Elizabeth era. . . mais bonita. Ele sabia que já não podia enganar a si mesmo. As duas fêmeas não eram uma e a mesma. A deusa emplastrava seu rosto com maquiagem, que encobriam as charmosas sardas em seu nariz. E ela caminhava rigidamente, não com o rebolado sensual dos quadris dela. Os olhos de Elizabeth eram mais brilhantes. Ela sorria com os olhos quando o provocava. Não, não. Saroya parecia e caminhava de maneira diferente, porque era uma deusa. Ela teria que se comportar como uma. Não de uma maneira vulgar como Elizabeth. Quando ele voltou, Lothaire respondeu, — Com certeza, que eu teria que conhecer a minha própria Noiva. — Ele se sentou na cadeira. Saroya estava empoleirada na ponta do sofá, tão longe dele quanto fosse possível. Mesmo Elizabeth não teria feito isso, e ela o temia. Não importa. — Fale comigo, Saroya. — Sobre o que? — O que esteja em sua mente. — Mais cedo, ele se sentara com a mortal, em um excitante embate medindo sua perspicácia com ela. Por um tempo, suas argumentações o distraíram de outras preocupações. Será que ele poderia esperar o mesmo de Saroya? — Muito bem. Quero servos. — Eu não posso confiar em ninguém, exceto em Hag. — Então a dê para mim. Faça-a minha serva.

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— Duvido que isso iria funcionar como você pretende. Alguns imortais não conseguem ser bons escravos. Infelizmente, ela é um desses. Além disso, eu preciso de seus talentos como um oráculo. — Isso me decepciona profundamente, Lothaire. — Isso é temporário. Nós faremos sacrifícios agora para sermos recompensados mais tarde. — O silêncio se seguiu. — E não há nada mais em sua mente? — Isso soou mais ríspido do que ele intencionara que fosse. — Meus pensamentos estão consumidos pelo anel. Outro turno de silêncio. Enquanto um homem cuja existência havia sido quase sempre solitária, Lothaire não estava acostumado a propor assuntos para discussão. — Qual é a sua lembrança favorita, Saroya? — Era uma pergunta tão boa quanto qualquer outra, ele supôs. — Por que você me pergunta isso? — Apenas faça a minha vontade. Ela olhou para as unhas. — Uma vez, por diversão, eu escolhi um par de vampiros que eram meus acólitos16, um macho e sua Noiva, e ameacei a vida da descendência dos dois. Era claro, os pais fariam qualquer coisa para salvá-los. Então eu fiz o macho jurar pelo Lore que ele iria comer a sua mulher, pedaço por pedaço a partir dos dedos dos pés. — Saroya suspirou. — Depois, ele tentou de tudo para desfazer o seu voto, para contorná-lo. Pelo menos para aliviar o sofrimento dela. Mas o seu voto o obrigava, e a enfadonha regeneração dela assegurou que aquilo se prolongasse por décadas. Na verdade, ele ainda estava em sua tarefa quando eu fui amaldiçoada. Essas promessas inquebráveis pelo Lore. . . os imortais dependiam delas, mesmo enquanto eles temiam ser envolvidos por uma. Saroya encolheu os ombros. — Eu assegurei aos meus acólitos que eu iria aumentar a sua prole, enquanto eles estavam ocupados de outra forma. Mas eu me recordo com carinho de bebêlos rápido de qualquer maneira. Lothaire tinha os ombros tensionados, qualquer relaxamento que conseguira mais cedo desaparece. O quanto boa mãe Saroya seria. . . ? — Você fez mal aos jovens? Você não fará mais isso. — Você pensa em me dar ordens novamente, Lothaire? Entenda que eu sou uma deusa. Eu não tenho sensibilidade em relação à idade. Meus acólitos eram meramente organismos que eu usava como brinquedos. Jovens, velhos. . . questões de idade são insignificantes. — Se você tem os filhos dos outros como alvo, então seus inimigos farão alvo dos seus. Ela piscou. — Eu não tenho nenhum filho. — Mas você vai. Eu vou. — Maldita fosse Elizabeth, por ter plantado aquelas dúvidas. — Se esse for o seu desejo, vampiro. Vou me esforçar para ser-lhe obediente. Isso é o que você quer, não é?

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Aqueles que acompanham e ajudam o sacerdote em celebrações e nos ministérios do altar.

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Acaso me convém uma mulher que vai ouvir as minhas ordens e, em seguida, fazer tudo, exceto elas. Ele empurrou o pensamento para longe. — Diga algo divertido, Saroya, — ele ordenou. — O que? — Você é rápida no pensamento, loquaz na fala? — Como Elizabeth continuamente demonstrava ser. Você é o peso pena para o peso pesado dela. . . — Lothaire, eu escravizo aos outros para que sejam essas coisas, para que eles possam me entreter. Silêncio mais uma vez. Ele continuava se lembrando daquela noite na floresta com Saroya, o quão bem ele se liberado junto a ela. Ou ele simplesmente fora arrebatado pelo seu sangramento? — Na primeira noite em que a encontrei, conversamos por horas. Por que isso agora parece como se arrancássemos os dentes? — Estou confusa, Lothaire. Parece que você está me testando por um papel que eu já ganhei. Um que é meu para além de qualquer retificação. Acaso a mortal de alguma forma, semeou a discórdia entre nós? Ele deixou sua expressão neutra. A mortal de fato semeara a discórdia. Ele nunca pensara no depois da obtenção dos tronos e na realização de seus objetivos até que uma garota humana o desafiara. Agora, ele era forçado a se perguntar o que seria a eternidade com a mulher diante dele. Não, não, a maioria dos imortais teve dificuldades com seus companheiros no início. Especialmente se eles eram de facções ou culturas diferentes. Para Lothaire não seria diferente. Pelo menos não nisto. Como qualquer outro macho do Lore fazia todos os dias, Lothaire iria conquistar sua fêmea. Ele poderia ser charmoso, se escolhesse ser. Ele poderia convencê-la a corresponder-lhe. — Se não vamos conversar, então o que devemos fazer neste entardecer, minha flor? — Caçar. Matar. Derramar o sangue de inocentes. Lothaire não entendia esta necessidade de Saroya por matar. Se ela não ia fazer a colheita do sangue, então qual era o ponto? Ele entendia o porquê de assassinar seus inimigos e obstáculos políticos. Deleitava-se com isso. Mas Saroya abatia suas presas sem motivo. E Lothaire prometera não deixá-la matar. — Não haverá caçadas. Você só poderá estar completamente escondida de meus inimigos aqui e junto ao meu oráculo, — disse-lhe honestamente, embora pudesse tê-la levado para fora, em um meioriscar para mantê-la invisível dos outros. E havia também uma tatuagem druida que ela poderia usar, o que a tornaria não-rastreável. E ele poderia adquirir a tinta com um dos seus devedores. Mas eu vou manter essa informação restrita por enquanto. — Infelizmente, Saroya, há uma recompensa pela sua cabeça—

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— Uma recompensa! — Ela exclamou. — Retorne a minha divindade, e eu ferirei a todos os seus inimigos, os afligirei com a loucura e os atormentarei até que fervam e apodreçam, rastejando aos seus pés por misericórdia! Seus lábios se curvaram. — Eu realmente gosto quando você fica assim. — Eu serei uma rainha temível para você, assim que encontrarmos o anel. — Ela estudou o seu rosto, não poderia confundir seu interesse. — Até então, desfrute de Elizabeth, — ela disse. — Você parece estar gostando de se esfregar com o seu brinquedinho mortal. — Me esfregando? — Quando ela se contorceu enquanto ele ejaculara sobre ela? — Sim, creio que fazemos isso muito bem. É uma coisa boa que você não esteja com ciúmes, porque nós dois juntos somos realmente pervertidos. Mostre algum desagrado feminino. Dê bastante impressão a este maldito de que a incomoda. Em vez disso, ela pareceu incrédula. — Vocês dois? Você não teve que forçá-la para satisfazer você? Ligeiramente ofendido, ele resmungou, — Olhe para mim, Saroya. Ela mal consegue manter as mãos longe de mim. — Mas ela apenas aceitou ficar assim? Mesmo sabendo que você está prometido para outra? — Como posso estar prometido quando você insiste em me empurrar para usar uma substituta para você? — Saroya claramente não sentia nada das emoções dos vampiros vinculados como ele sentia. E havia apenas uma maneira de acender esse vinculo. Na cama. — Além disso, Elizabeth enfiou em sua cabeça que ela pode seduzir-me para escolhê-la sobre você. — Isso me diverte muito. — É mesmo? Eu não poderia dizer. Por que você não sorri, então? — Nenhuma expressão. — Vamos lá, você tem um sorriso bonito. — Você quer dizer que Elizabeth tem. Ela sorriu timidamente para você, Lothaire? Você está obcecado por ela? Talvez você prefira ela sobre mim? — Ela zombou. Elizavetta pode ser minha? Seu nome gritado para o céu parecera tão . . . correto. O pensamento era tão abominável, que ele imediatamente o baniu. — Eu estou perigosamente perto de machucar você, deusa. — Certamente o grande Lothaire não estaria ficando loucamente atraído. Foi o fato de Elizabeth tê-lo abandonado que o despertara, ou tão somente o corpo da sua Noiva? Tempo de descobrir. — Atraído? Por acaso, eu estava ansioso por provar você como sua substituta. — A audácia! Você acha que eu não me lembrarei desses insultos sarcásticos? — Venha para mim, e eu os farei tudo igual com você. — Sou capaz de ler esse olhar em seus olhos. Estranho. Eu pensei que você ia estar satisfeito por esta noite.

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— Eu posso aguentar por mais umas dez rodadas, se eu estiver inspirado. Venha para mim. Agora. Isso não é um pedido. Embora seus olhos se fechassem em meras fendas, ela se ergueu e marchou para ele. Ele a arrastou em seu colo, mas ela continuava tensa. — Relaxe, Saroya. Quando ele se deitou ao lado de Elizabeth com a perna jogada por cima dela, seu braço arrastando-se sobre seus seios macios. . . eles se encaixaram. Este era como tentar juntar duas peças do quebra cabeças que não combinavam, forçandoas. Não, não. Sua mente esta perturbada. — Eu serei delicado com você. Não deseja me beijar? Para conhecer o meu toque? — Você vai me machucar. Elizabeth não era consciente de sua força ilimitada, mas eu sou. — Eu consegui não feri-la. Duas vezes. — Você a usou duas vezes? E ela nunca lutou contra você? — Mais uma vez ela estava incrédula. — Permita-me demonstrar-lhe por que ela consentiu. — Você diz que não a feriu, mas eu estou com dores agora, — disse Saroya. — Machucada e dolorida. Diga-me, Lothaire, você tem todas essas feridas, as escoriações? — Claro que não. — Pois eu as tenho por todo o meu corpo. — Então eu vou ser ainda mais gentil com você, ainda mais cuidadoso com a minha Noiva. — Pegando seu rosto na concha das mãos, ele murmurou em seu ouvido, — Apenas relaxe, Saroya, e eu lhe prometo a só vou lhe trazer prazer. Ela vai apertar os olhos quase fechando-os, seu corpo enrijecendo, como se uma camada de gelo crescesse sobre ela. Ele se inclinou para pressionar seus lábios sobre os dela, uma e outra vez, provocando com sua língua. Ele aprofundou o beijo, e ela respondeu. . . Exatamente como ele previu. Ele recuou. — Você ficou fria. — Os olhos dela se espremeram até quase fechar, os lábios apertados. E o pior. . . ele se pegou imaginando que era Elizabeth para continuar duro. — Você não quer o meu toque de qualquer maneira. Ela abriu os olhos. — Eu nunca seria capaz de relaxar com medo que você me machucasse. Lothaire, imagine ir para a batalha em uma condição mortal. Sem regeneração, sem nenhum poder, nem o de velocidade. Imagine ser indefeso. Você estaria tão interessado em apressar o conflito, não importando o quanto você amasse a guerra? Ela tinha um ponto. Convença-se, Lothaire. Você não pode mentir para os outros, mas você pode mentir para si mesmo. — Quando eu for vampira, as coisas serão diferentes, — ela insistia. — Por enquanto, peço paciência. Peço a compreensão do meu prometido até então. Sim, quando ela for uma vampira . . .

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E ele ainda se recusava a aceitar que sua Noiva era sexualmente fria? Não, Saroya poderia ser moldada para ser dele se ele assim o quisesse. — Será que o seu corpo mortal não sente nada, exceto a dor? Você deve ter necessidades. — Não. Aparentemente você satisfez todas essas urgências recentemente. Blyad! Ele desperdiçara todo aquele prazer com Elizabeth! Saroya tocou seu ombro desajeitadamente. — Você logo encontrará o anel, e então eu vou ser sua em todos os sentidos. Por agora, use a sua mortal. — Não se preocupa que eu possa acabar me apaixonando por ela? — Ele perguntou, embora soubesse a resposta. Saroya simplesmente não podia compreender que alguém pudesse não desejá-la acima de todas as outras. Sua arrogância a impedia de ter dúvidas assim. E ele não podia deixar de sentir como se houvesse uma lição inerente ali para ser apreendida. — Nem um pouco, Lothaire. Se você a escolhesse acima de mim, você teria que renunciar a todas as suas aspirações ao trono da Horda, tudo pelo que você tem trabalhado por todos esses milhares de anos. Além disso, você é tão inteligente, que eu sei que você pode ver através das pobres manipulações dela. Você nunca seria o peão de uma humilde mortal. Um peão. Ele e sua mãe foram peões de uma mortal antes. — Suplique pelo perdão de Olya. .. Nunca mais. — Você viu a família de Elizabeth, — Saroya continuava. — Aqueles seriam seus parentes. E ela gostaria de viver entre eles. Ele reprimiu um estremecimento. — Eu quase não sobrevivi, morando naquele trailer. O quanto bem você se encaixaria ali? Lothaire preferiria morrer. — Eu tenho uma ideia, vampiro, — Saroya disse de repente. — Leve-me até a sua oráculo. — Por que? — Ele perguntou, ainda chutando-se por ter saciado a humana. — Você perguntou o que eu gostaria de fazer esta noite? Eu quero fazer uma pergunta a ela sobre o futuro. Ele exalou, riscando a ambos até Hag. Tão logo apareceram na cozinha de Hag, esta disse a Saroya — Oh, é você. Entre dentes cerrados, Saroya disse, — Como você sabia que era eu? Antes que eu dissesse uma palavra? — Por causa da maquiagem, — Hag murmurou. — Montes e montes de grosseira maquiagem. Saroya disse agradavelmente, — Você acaba de garantir sua morte. Uma vez que sua utilidade acabe, Lothaire vai trazer-me a sua cabeça. Vou usá-la como um apanhador de moscas. Os olhos da Fey ficaram verde floresta, brilhando com raiva. — Isso não está no meu futuro deusa— — Esta é a minha Noiva, Hag, — Lothaire interrompeu bruscamente, perplexo com essa hostilidade. — Não é Elizabeth. Demonstre algum respeito, então.

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— Muito bem. — Mas os olhos de Hag ainda brilhavam. — Você tem ajudado Lothaire a ver o seu futuro, — Saroya disse. — Eu quero uma resposta a minha própria pergunta. — Eu só posso rolar as pedras poucas vezes em um dia. — Diante do olhar ameaçador de Lothaire, Hag acrescentou: — Mas eu vou tentar. — Pergunte a seus ossos se a Horda aceitará Lothaire como seu rei, se eu estiver ao seu lado. — Não é tão simples assim— — É sim. Ele é parte Dacian. Eles cortaram todas as considerações irrelevantes e focaram apenas em seus objetivos. O principal objetivo de Lothaire é tornar-se rei da Horda. Eu quero saber se eu sou a chave para o trono da Horda. — Faça-o, Hag. A fey, de má vontade, tirou a bolsa espalhando o conteúdo sobre um pano. Ela revirou os ossos, lendo-os. — Bem? — Lothaire exigiu. Como se as palavras fossem retiradas dela, Hag disse, — A Horda vai aceitá-lo se Saroya estiver ao seu lado e ela for uma vampira. Tymur, o Fiel, e os seus homens renderão o Castelo Helvita e jurarão fidelidade para você. Tymur ajoelhado diante de mim enquanto eu decido se devo decapitá-lo. . . Os olhos de Lothaire se enevoaram. — Aí está, Lothaire, — Saroya disse, — como eu prometi, vou colocar essa coroa na sua justa cabeça. Você vai ser um rei, assim como Ivana, a Corajosa, queria. E depois de governar a Horda, você vai usar o seu exército para tomar o trono Dacian. Esta tudo tão perto. Estamos apenas esperando por você, meu rei. Rei. Seu peito doía pelo querer. Coroado, governando, poderoso. Ele iria construir um monumento à sua mãe no velho castelo de Stefanovich. Se eu não arrasar tudo até o chão, pedra por sangrenta pedra. — Agora, Lothaire, — Saroya começava, — Será que podemos ter mais alguns bens e serviços entregues no apartamento? Sua rainha anseia por rubis. E diamantes olho-de-gato. Talvez uma gargantilha romana cravejada de esmeraldas. . .

Capítulo 29

— Lothaire simplesmente. . . me abandonou, — Ellie murmurou para Hag, sua voz soando tão perplexa como ela se sentia. pelas últimas sete noites, ele a deixou na casa de Hag, como

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deixaria uma criança com a babá enquanto ele estava fora na sua incansável busca pelo anel, tão determinado a substituí-la para sempre. Mas neste nascer do sol, ele não havia chegado para buscá-la. Já eram três da tarde. Agora ela sabia como se sentia a última criança em pé na porta da creche. — O que eu devo fazer nessa situação? — Olhando para o nada, Ellie bebia um gole de sua cerveja. Ela e Hag estavam na varanda da casa da fey, deitadas em espreguiçadeiras ao sol com lanches, revistas, e um balde repleto de coronas light geladas entre elas. Depois do susto com a-bruxa-do-espelho, a oráculo era muito mais agradável para ela. Provavelmente porque ela sabia que Ellie estava prestes a morrer e tudo. E Ellie eventualmente a perdoara por ter posto Lothaire em seu caminho, afinal, Hag não tinha nada a ver com Saroya ter estacionado dentro de Ellie. — Não faça nada sobre isso, Elizabeth, — Hag disse. — Ele está apenas atrasado. Vamos nos divertir, até que ele retorne. Percebendo que Saroya provavelmente não iria querer um bronzeado, Ellie fingira estar em St. Tropez17, passando o dia ali, lambuzada em óleo de coco. Embora ela sempre se bronzeasse facilmente, ultimamente ela estava pálida devido a temporada na prisão. Não mais. Sinta a queimadura, esquisita. E desde que Saroya queria que ela engordasse, Ellie decidiu perder peso. Ela estava atualmente em uma estrita dieta de cevada e lúpulo. — Alguma coisa aconteceu depois que Saroya subiu da última vez, — Ellie disse. — Desde então, Lothaire vem agindo diferente comigo. — Como se todo o terreno que ela conquistara com ele tivesse se perdido. Quando Ellie acordou, Lothaire a olhara como se ela o tivesse enganado, como se estivesse magoado com ela. Talvez Saroya tenha se mostrado sedutora. Talvez ela tivesse aprendido com as tentativas de Ellie. Embora eu ainda seja virgem. Claro, Lothaire havia explicado por que eles não podiam ter relações sexuais. — Eu daria um tapinha em sua mão como um gesto bem-intencionado, mas seria embaraçoso, já que a minha pele é venenosa. — Hag estava tão desacostumada a ter uma amiga quanto Ellie. Cada noite, uma vez que o trabalho da Fey estava concluído, ela e Ellie desciam algumas bebidas e conversavam. De pileque com uma oráculo fey. Meu novo normal. Elas falavam sobre poções, caçadas, a loucura do Lore. E do estatuto pessoal de Hag. Descobrira que há séculos, Hag caíra de amores por um demônio, o que estava estritamente fora dos limites de uma fey como ela. O guerreiro musculoso duvidara do amor de sua delicada e pequena fey, especialmente desde que ela era tão jovem. Por sua vez, ela duvidava que ele pudesse resistir a sua pele envenenada por tempo suficiente para reclamá-la. Eles decidiram se 17

Badalada cidade litorânea na França.

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encontrar uma década mais tarde, sob a árvore de maçã dourada em Draiksulia. Isso se ela ainda se sentisse da mesma maneira, e se ele tivesse obtido um antídoto para ela. Por causa da maldição de Hag, ela chegara séculos atrasada para o seu encontro. Agora ela era incapaz de encontrar o guerreiro e até mesmo seus ossos não podiam dizer-lhe onde ele desaparecera. Os olhos castanhos de corça de Hag brilhavam verdes de emoção sempre que ela falava dele. . . — Ei, você não acha que Lothaire está. . . morto? — Ellie perguntou, confusa ao perceber que ela quase se sentia preocupada com a segurança de seu captor. Captor e em breve carrasco. — Ele vai voltar, Elizabeth. E como eu devo me sentir sobre isso? — Eu saberia se ele estivesse morto, — Hag disse enquanto verificava a hora. A Fey estava trabalhando em uma poção, uma experimental que esperava que fosse um contrafeitiço que protegeria Lothaire de alguns dos seus inimigos, alguma Valquíria chamada Regin, Radiante. Ao descobrir que Regin tinha um feitiço de proteção, Lothaire sussurrara, — Nïx, aquela puta! O que quer que isso significasse. — Ele poderia ter ficado mais distraído e perdido o seu caminho temporariamente, — Hag acrescentou. Ellie podia acreditar naquilo. Ele estava se deteriorando mentalmente. Um amanhecer quando ele chegou para buscá-la, ele estava coberto de sangue e delirando sobre os seus inimigos, — Seguindo-me! Não é seguro para você. Duas noites atrás, ela despertara em seu lugar no sofá para encontrá-lo ajoelhado ao lado dela, acariciando seus cabelos. Ele murmurava, — É cada vez mais e mais difícil dizer quando eu estou acordado. . . não posso viver assim por muito mais tempo. Às vezes, ele falava com ela em russo, como se esperasse que ela respondesse na mesma língua. Ela nunca o questionou novamente, a não ser ocasionalmente, quando perguntava, — Eu vou morrer esta noite? — Ainda não, — ele respondia distante. Mas no pôr do sol passado, ele não respondeu, apenas olhou para longe. Ellie abriu outra cerveja, enfiando uma fatia de limão pelo gargalo da garrafa. — Você pode me dizer por que Saroya não está nem mesmo tentando ascender? Ela não deveria estar preocupada com ele agora? Por que ela não está com vontade de vê-lo? Se eu fosse do mal e Lothaire tivesse me banhado com joias e roupas, eu estaria em cima dele. — Estaria mesmo? — Hag estudou seu rosto. — Mesmo depois de tudo que ele fez para você? Como sempre, Ellie repetia a voz zombeteira do vampiro em sua cabeça. — Você não pode se comparar a Saroya. — Ela pensou que era imune a insultos, mas por alguma razão, ele atingira

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suas estruturas. — Você é comprovadamente inferior a mim em todos os sentidos. Inteligência, vigor, aparência, linhagem. . . O desprezo em seu tom, seu sorriso debochado. Ela suspirou. A verdade de suas palavras. Seu ego recebera um golpe. Mas então havia aqueles vislumbres de um lado diferente dele. O Lothaire, sedutor, encantador, cujos beijos deixavam seu sangue em chamas. O vampiro que fez seus dedos se curvarem com suas charmosamente frases fora de moda, cheia daquele rico sotaque. — Seja minha querida. . . — Você está querendo saber se eu poderia me apaixonar por ele? — Ellie perguntou, tentando imaginar como poderia ser a sensação de ser amada por Lothaire. Mas ela tinha melhor juízo do que sonhar com coisas que nunca aconteceriam. — Mesmo que por algum milagre, ele sentisse alguma coisa mais por mim, eu nunca o amaria. Só um tolo iria se apaixonar por seu captor. — Ela encontrou o olhar de Hag. — Eu não sou uma tola. Meu interesse nele é puramente de vida ou morte. — Ela tomou um longo gole de sua cerveja. — Nesse mesmo assunto, há alguma chance de que eu seja a sua Noiva? Parecendo escolher suas palavras com muito cuidado, Hag disse — Companheiros mortais são extremamente raros para o povo do Lore. Estou pensando agora que entre todos os casais reunidos nesta ascensão e não poderia citar um único com um ser humano na mistura. Em qualquer caso, Lothaire despreza os mortais mais do que ninguém que eu conheça. — Por quê? — Eu não vou dizer, e eu sugiro que não o pergunte. — Mas é possível que eu seja. Por que você não dá uma de oráculo e descobre ao certo? — Você sabe que eu apenas posso rolar os poucas vezes em um dia. Ellie pedira que Hag contasse como funcionavam o rolar dos ossos. Ela respondeu que era como a digitalização de texto em um livro, mas se fosse feito muitas vezes, as palavras iria ficar cada vez mais borradas. — O que acontece se eu for a Noiva dele? — Ellie insistia. — Se você serve aos interesses de Lothaire, então como você acha que isso vai afetá-lo uma vez que ele perceba que matou sua primeira e única Noiva? Você acha que ele ficaria chateado? O olhar de Hag flutuou a distância. — Eu confio no bom julgamento de Lothaire. — Me diga por que você deve tanto a ele. — Muito bem. — Hag pegou outra cerveja, facilmente arrancando a tampa com sua unha. — Séculos atrás, eu comecei a trabalhar para um poderoso feiticeiro e suas irmãs. Ele não gostou de uma das minhas previsões, então ele me amaldiçoou a parecer, como uma velha repulsiva, cativa à sua vontade durante o tempo que ele vivesse, o que era uma situação particularmente dramática, considerando o quão difícil era para matá-lo. Ele era conhecido como o Primeiro Imortal. — Seus dedos apertaram sua garrafa. Apenas quando Ellie pensava que ia quebrar, Hag liberou o seu agarre. — Se não fosse por Lothaire, eu ainda estaria presa em um porão úmido daquele castelo. Ele traiu todas as suas alianças, quebrando um pacto para liberar a assassina do feiticeiro.

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— Lothaire fez tudo isso por você? Hag deu uma risada sem humor. — Não, ele tinha outras razões misteriosas. Minha liberdade foi apenas uma feliz coincidência, mas era tudo a mesma coisa, e ele me fez prometer uma dívida com antecedência, o que me colocou em seu famoso livro. — Seu temporizador apitou. — Estarei de volta dentro de pouco tempo. Não fique muito queimada. Sozinha, Ellie pegou a revista de viagens, mais uma vez. Ela virou as páginas, folheando um artigo sobre Bora-Bora, mas não realmente lendo-o. Em vez disso, ela refletia sobre todas as coisas que nunca chegaria a fazer. Ver sua família novamente. Viajar ao redor do mundo. Fazer o seu próprio lar. Ter filhos. A ideia de Ellie de uma cerca branca? Sua própria cabana na montanha Peirce. Ela nunca chegaria a descobrir um homem que daria um dote por ela. Ela sempre imaginara o tipo de cara com quem iria acabar, fantasiando em amorosos detalhes como ele deveria ser. Basicamente, o oposto de Lothaire em todos os sentidos. Refletindo como algo assim poderia fazer uma menina desejar que não estivesse oscilando à beira da morte. Oscilando. Ellie estava ficando doente com isso. Pelo menos no corredor da morte, ela fora capaz de contar os dias até que fosse libertada. As bordas da revista enrugaram sob seu aperto. Agora, ela permanecia nesse inferno de esperar para ver. Ela queria gritar, queria estrangular Lothaire, já podia realmente ver como era o apelo para acabar com a vida de um ser. Como ela desejava outra chance para cruzar espadas com ele, especialmente agora que havia aprendido a decodificar a maneira como ele falava. Ela analisara suas declarações uma e outra vez, e sentia-se confiante de ser capaz de dizer quando ele estava desviando ou redirecionando. Se ela lhe perguntasse: — Você gosta de azul? — E ele gostasse, mas não quisesse admitir isso, ele zombaria, — Eu me pareço com o tipo de homem que gosta de azul? Ele começava suas declarações com “Talvez” ou “Eu aposto” para evitar mentiras. Ou ele diria algo distraidamente ultrajante. Ela chamava isso de discurso-Lothaire. Ellie não concordava com ele sobre uma coisa: até mesmo para sua mais remota chance de sobrevivência, ela ainda tinha apenas um movimento aberto para ela. Seduzi-lo. Parte dela queria tentar mais uma vez. Talvez se ela o fizesse reclamá-la totalmente, poderia colocar uma barreira entre ele e Saroya. Ou talvez Ellie devesse apenas dar-lhe o boquete que ele tanto queria. Ela se lembrou das sábias palavras de sua prima Sadie, vagabunda residente da montanha: — Se você quer transmitir uma ideia ao cérebro de um homem, você fala com ele através de seu pau. É como um chifre de ouvido18, se é que vocês me entendem. 18 Recurso auxiliar para audição antes dos modernos aparelhos para surdez. Tinha forma de chifre, a boca captava o som e o amplificava até o ouvido na ponta menor.

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Meditar sobre a sedução de Lothaire não tinha absolutamente nada a ver com o fato de que Ellie ainda ansiava por ele com loucura. Com certeza, ele havia despertado algo dentro dela. Durante toda a semana, ela esteve com um tesão infernal, doente por conseguir suas mãos sobre ela, revivendo o que eles haviam feito juntos. Quando dormia, ela sonhava sugando-o, em seguida, tomando o seu eixo grosso dentro dela. Ela tocou-se um par de vezes no chuveiro, mas nunca podia relaxar o suficiente para gozar, sempre com medo que Lothaire aparecesse de repente para pegá-la, então zombasse dela daquela sua forma tão virulenta. . . Ela suspirou, virando uma página, decidindo em seguida, ir e depois em não ir por ele. Eu nunca tive uma chance com ele de qualquer maneira. O que significava que não havia nenhum movimento em aberto para ela. Já estou tão boa como morta, assim como os soldados da primeira linha da batalha. A ideia era de certa forma libertadora. A pressão para decidir e conseguir influenciar ele fora cansativa. Especialmente desde que ele a evitava durante dias. Ela estava resolvida, firme. Então, por que as páginas estavam se borrando pelas lágrimas não derramadas? Odiá-la. Querê-la. Durante uma semana, Lothaire manteve distância de Elizabeth, deixando-a com Hag e ignorando-a quando eram forçados a ficar juntos. Nunca ele precisara tanto dela mais do que agora. Este dia inteiro, ele rastreara Declan Chase—que sobrevivera apesar de nenhuma ajuda de Lothaire. Descobriu-se que o Homem Lâmina era um berserker imortal o tempo todo, apesar de Chase não saber que ele era. Uma e outra vez, Lothaire tentou chegar perto o suficiente para que tocar sua mente, mas sua companheira, Regin, tinha algum tipo de feitiço sobre si mesma que repelia Lothaire. A vadia nunca se afastava do lado de Chase. Após de um dia de espionar o casal, incluindo suas entusiastas batalhas sexuais, Lothaire voltou a seu apartamento, cansado, mas tenso, desejando ardentemente sua própria mulher, sua Noiva. Quando Saroya viera à tona da última vez, ele havia jurado dispensar a mortal. E uma vez que ele comprara tudo, exceto a lua para a deusa, ela concordou em subir dentro de duas semanas. Mas o que fazer até lá? Manter-se separado do corpo de sua Noiva estava afetando o seu próprio corpo, bem como sua sanidade. Houve mais daqueles riscar sonâmbulo, mais ataques de ira, e até mesmo apagões enquanto caçava.

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Em vez de visões sobre o anel, ele esteve sonhando com coisas que pensara estar há muito esquecidas, memórias aleatórias, suas próprias memórias aleatórias. Um bebê de cabelos louros chegando até mim. A Valquíria Helen grande com a criança que carregava, seus olhos se enchendo de tristeza quando ela olhou para o marido. Nïx exigindo, — Onde está a sua paciência. . .? E mais, Lothaire percebera aquela presença misteriosa outra vez. O Daci. Ele achou que os sentira fora do apartamento em um par de ocasiões. Mas nada apareceu diante dele para enfrentá-lo. Acaso eles o seguiram, ou ele estaria apenas imaginado a sua presença? Eram tantos os possíveis desenvolvimentos, tantos possíveis movimentos. E eu mal posso manter meus pensamentos longe de Elizabeth, manter o meu desejo sob controle. Antes que ele a pegasse para o resto do dia, sabia que precisava aliviar um pouco dessa pressão. O acumulado de sete dias. . . Deitado em sua cama, ele cuidadosamente abriu o zíper de suas calças sobre sua dolorosa ereção. Enquanto se apertava em seu punho e começava a bombear, ele se perguntava se Elizabeth se aliviara desde a última vez juntos. Enquanto ele estava tão ocupado pensando sobre o seu miserável estado sexual por estar longe de Elizabeth, ele não pensara nela. Ela era uma mulher sensual. A caipira pouco provavelmente aliviaria a si mesma. Dentro de sua casa, acariciando seu sexo virgem. Aquela delicada carne nua ficando tão escorregadia. . . A ideia lhe enviou em uma onda e seu punho estremeceu. Será que ela aceitaria a sua sugestão e se penetraria com um dedo? Ou dois? Ou será que ela esperaria por ele para ensiná-la ..? Suas presas gotejavam em sua boca, afiadas por ela. Ele lambeu uma, sugando seu próprio sangue, fantasiando que era dela. Suas costas se arquearam enquanto ele gemia em russo, — Espere por mim, Lizvetta. Espere. . . Seu sêmen subiu até seu pênis em desenfreada corrida conforme balançava os quadris, fodendo seu punho. . . Mas então ele diminuiu. E se ela tivesse esperado por ele? Eu quero as mãos dela em mim. Eu quero que ela me veja gozar. Elizabeth tinha gostado de vê-lo derramando sua semente. Se ele voltasse para ela, ele poderia persuadi-la a ordenha-lo. Com sua boca. Este plano fazia sentido—tomar a sua libertação com ela, usando-a como uma ferramenta. Mesmo que apenas para escorar sua sanidade. Com esse objetivo em mente, ele trabalhou meticulosamente para colocar seu eixo de volta em suas calças, vestiu um casaco para disfarçá-lo, então riscou à casa de Hag. A fey olhou para cima por trás de uma panela fervendo. Me dando um olhar de censura? — Elizabeth esta lá fora.

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Ele encontrou a mortal deitada ao sol enquanto lia uma revista Viagem & Lazer, um balde de cervejas geladas ao lado dela. Ela usava um biquíni. Um bem pequeno. Triângulos de algum material vermelho-cereja amarrados juntos. Sua pele dourada estava lustrosa com o óleo. Óleo de coco, um exótico e portanto erótico, um perfume para atrair a ele. Sua mandíbula se fechou, seu sexo sacudindo em prontidão. Eu não tinha tido o menor conhecimento de que essa visão viria me cumprimentar! Querendo vê-la assim durante o seu lazer, ele riscou de volta ao apartamento, colocou seus óculos de sol, depois voltou. Depois de pedir a Hag para ir dar um passeio, ele riscou até uma cadeira à beira das sombras, silenciosamente tirando o casaco. Daquela posição, ele olhava, fascinado como o sol embebia a pele escorregadia de Elizabeth, aquecendo-a, marcando-a diante de seus olhos. Nunca vira tal carne tão macia. Até mesmo seus dentes brilhavam brancos contra o seu novo bronzeado. Ele avistou um toque sutil de vermelho na sua brilhante cabeleira. Ela era de Appalachia, em algum lugar em sua linhagem, ela provavelmente teria um antepassado escocês. Seu biquíni zombava dele, o material se agarrava aos mamilos rígidos e a mais leve sugestão de sua fenda. Ele queria mordê-la no centro de cada um daqueles triângulo. Ela dobrava orelhas em algumas páginas que estava olhando. Havia apenas uma razão para marcar páginas em uma revista de viagens. Quando se sonhava com uma futura viagem. Uma que ela jamais faria. Ele franziu a testa diante a sua reação a isso, então lembrou a si mesmo que não sofria de arrependimentos sobre decisões já tomadas. E o seu sacrifício havia sido determinado há meia década. Tudo o que ele queria era usar o seu belo corpo até então. — Tire esse seu top bichinho. Ela engasgou. — Pare de me chamar assim, idiota. — Mas você é um animal de estimação. Eu a alimento, protejo, acaricio. E você me traz diversão. Agora, faça como eu digo. — Se eu soubesse que ia passar o dia aqui, eu poderia ter preparado uma mala. — Então é por isso que você está encolerizada hoje. — Exato, Lothaire. Não tenho mais nenhum motivo para estar irada. — Ah, você deve ter sentido minha falta. — Não tanto quanto você claramente sentiu a minha. — Ela levantou os óculos de sol, revirando os olhos em sua ereção. — Eu dei uma ordem a você. Ela correu a ponta de um dos laços do biquíni contra o lábio inferior. — Você quer ver os meus seios? — Ela ronronou, lançando-lhe aquele sorriso ofuscante. Ele se sentou ereto na cadeira, tenso pela antecipação. — Mande Saroya mostrar-lhes. — Seu sorriso se foi, ela pegou sua cerveja, dobrando o dedo ao redor do gargalo.

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Conforme ela bebia um gole, ele pensou, nenhuma classe. Mas estranhamente. . . excitante. — Você nem sequer tenta ser elegante, não é? — Não. — Ela ruidosamente chupava uma fatia de limão. — Você realmente não quer fazer isso hoje, Elizabeth. — Mas eu tenho que fazer! Veja você, eu estou correndo contra o tempo muito rapidamente, tenho que colocar qualquer coisa para fora. Recusando-se a morder a isca, ele concordou, — Sim. Você deve. Agora, sobre o seu top. Cale a boca e tire-o. Ela riu, e bebeu mais cerveja. — Dê um longo riscado até uma pequena ponte, vampiro. — Não quer mais se empenhar em seduzir-me para me fazer esquecer de minha Noiva? — Não, eu decidi que nada vale a pena para me prostituir para você. — E quanto a sua razão alternativa? Apenas querer estar com um homem? Para conhecer o toque de um homem? — Aquilo foi bom Lothaire, mas não foi tão bom. — Você gozou rápido o suficiente. — Ele sim que estava gostando daquela disputa, porque tão raramente acontecia com ele. — Você realmente quer falar disso mesmo? Porque, oh grande rei, foi você quem gozou em suas calças. Seus olhos se estreitaram. — E não é isso o que aconteceu com todas as suas outras conquistas? Só porque eu não sou pobre, imbecil e vulgar como eles não significa que eu seja imune aos seus encantos. Agora. Tire seu top. — Quando ela não fez nenhum movimento, ele explodiu, — Você me desobedece, porque você presume que não vai ter nenhuma punição. — Que tal se fizermos uma brincadeira. Um jogo de olho por olho. Você responde a umas perguntas minha, e eu tiro uma peça. — Ela indicou um dos triângulos superiores de seu biquíni. O do lado direito.

Capítulo 30

Elizabeth e os seus jogos. Os quais ele podia desfrutar mais do que gostaria de admitir. — Continue. — Onde você estava? — Ela perguntou. — Perseguindo meus inimigos, Declan Chase e Regin, A Radiante. Chase é a chave para encontrar o meu anel. Ela ajustou o material para a direita, apenas o suficiente para revelar. . . a marca do seu bronzeado. Porra, como aquilo era sexy para ele. Poderia apostar que sua pele queimaria ao toque. — Eu pensei que você só precisava sonhar suas memórias.

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— As memórias demonstraram ser muito evasivas. — Ele disse distraidamente. — Mas nós compartilhamos o sangue entre nós, portanto eu posso ler sua mente se conseguir chegar perto o suficiente dele. Outro ajuste. — Quem é Nïx? Você a xingou no outro dia. A maldição da minha existência. — Ela é uma Valquíria vidente que eu conheço por quase toda a minha vida. Ela gosta de meter o nariz onde não deve. — A rainha branca, com a sua premonição divina. — Você teve um relacionamento com ela? Como responder a isso? — Nós fomos. . . muitas coisas um ao outro. — Ele disse, lembrando a primeira vez que a encontrou, apenas um mês após a morte de sua mãe. Ele esteve morrendo de fome, machucado, mancando por uma passagem isolada de uma montanha, sem ideia para onde ir. Uma rede de metal havia descido sobre ele, impedindo-o de riscar. — Olhe para o jovem lorde sanguessuga em seus trapos, — uma Valquíria de cabelos escuros disse enquanto ela e outras de sua laia desciam de uma rocha. — Ele parece com fome. Ele arreganhou suas presas para elas, sibilando sangue e saliva. Enquanto debatiam sobre quem iria decapitar sua vítima, outra Valquíria chegou passeando pelo meio delas. Com seu cabelo cor de azeviche e brilhantes olhos dourados, ela fora incompreensivelmente linda para ele. — Poupem este, irmãs, — ela disse. — Ele é especial. — Como assim, Phenïx? — Eu não posso ver, — esta Phenïx disse. — Na verdade, a única maneira pela qual eu posso dizer que ele desempenha um papel em nossos assuntos é lendo o seu futuro, Helen. Vocês dois estão conectados de alguma forma. — Você fala por enigmas, como de costume. — Helen havia enfiado sua espada na bainha com um impulso exasperado. — Ele é um parasita patético. Eu morreria de tristeza se eu fosse ligada a alguém como ele. Mas elas o pouparam, e a Valquíria de olhos dourados furtivamente deixara cair algumas moedas para ele enquanto elas se afastavam em seus cavalos brancos. Uma era havia se passado antes que encontrasse Nïx novamente. Ambos haviam tentado capturar um feiticeiro cujo castelo estava sitiado por um exército de demônios de pedra, uma das mais brutais demonarquias. Nïx planejara salvar a vida do feiticeiro para que ele cumprisse algum papel desconhecido no futuro; Lothaire queria beber seu sangue e roubar o seu legendário conhecimento. Os dois decidiram trabalhar juntos. Eles deixariam os demônios derrotarem o exército do feiticeiro e quebrar seus bloqueios que o protegiam misticamente. Então Lothaire e Nïx chegariam, para apanhar o feiticeiro para si. Enquanto ele e a Valquíria ficaram à espera de uma abertura com vista para o confronto, Lothaire estivera trabalhado em um quebra-cabeça em forma de anel, ouvindo a conversa da Valquíria, surpreso por concordar com tudo o que ela dizia.

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Ela louvou o feiticeiro por não ter tomado nenhuma mulher, desovando assim sua prole, e por não cultivar amizades. — Ele não tem fraquezas. O rei demônio de pedra não terá nenhum poder para forçar magias sobre ele. Lothaire se prevalecia sobre essas mesmas vulnerabilidades. Razão pela qual ele não acumulara amigos. Uma escolha, não uma deficiência. . . Com o dedo com uma garra na ponta, Nïx apontara a soldados em ação, tecendo comentários. — Idiota. Mais idiota. Um idiota cornudo. — Ele grunhia de acordo. — Oh, veja isso! Olhe este, — ela dizia de vez em quando, prevendo um assassinato particularmente macabro no campo de batalha. Logo eles começaram a conversar, principalmente sobre como imortais podiam ser tolos, até que a conversa deles ficou pessoal. — Você não tem um companheiro, mulher? — Ele perguntou, intrigado com ela, apesar de ser sua inimiga natural. — Eu estava prometida a Loki por um tempo. O que não transcorreu da melhor forma, por razões óbvias. Então por enquanto eu sou uma impenitente predadora de homens. — Diante do olhar vazio de Lothaire, ela dissera, — Isso é o que seria divertido no século vinte e um. — Se você é uma adivinha, diga-me o meu futuro. — Eu não posso. Eu ainda não vejo nada de você. Muito poucos devolvem minha previsão completamente em branco. Na hora antes do amanhecer, Lothaire disse, — Eu me cansei de esperar, Phenïx. Fique se quiser, mas vou me demorar mais. Os olhos dela ficaram nebulosos. — Paciência, Lothaire. Você deve aprender a ter paciência. Ele se arrastara até esticar-se à sua altura total, furioso por ela atrever-se a repreendê-lo. — O dia que eu receber ordens de uma mulher louca que gera raios vai ser o meu último. — Com uma risada comedida, ele se tencionou preparando-se para riscar para longe. No momento em que ele começou a desaparecer, viu um demônio saltando sobre a saliência, a espada em riste. Deixe a Valquíria com seu destino, Lothaire dissera a si mesmo. Ela não significa nada. Ela é uma inimiga! No entanto, ele hesitou. Talvez tivesse estado menos aborrecido então, talvez não tivesse nada melhor para fazer. Por alguma razão, ele retornou ao seu lado para matar o homem, no exato momento em que as defesas do castelo caiam. . . Nos próximos anos, eles perseguiriam inimigos comuns, aumentando a confiança um no outro, pelo menos o suficiente para guardar as costas um do outro durante caçadas mais extensas. Mas Lothaire nunca aprendera a ter paciência, e sua obstinação os colocavam em desacordo em várias ocasiões. A lucidez dela continuava a diminuir. Ainda assim, eles tinham muito em comum, e um respeito relutante crescera entre eles. Ele se lembrou de uma vez ter confessado a ela: — Phenïx, você é a única... — Lothaire! Ele sacudiu a cabeça erguendo-a. — O quê? Elizabeth estava franzindo a testa para ele. — Você e Nïx?

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Ele se sacudiu para sair de seu devaneio. — Nós pertencemos a exércitos diferentes do Lore, os Pravus e os Vertas. Ela está liderando os Vertas, e eu fico ao lado dos Pravus ou com ninguém, o que combine melhor com o meu Fim de Jogo. — Por que você não nunca a matou? Isso é o que você faz com os seus inimigos, certo? Uma pergunta difícil de responder. Por fim, ele disse, — Apesar de ser uma inimiga, Nïx é a única que conheço que me corresponde em idade e conhecimento. — Na loucura e cansaço. — Nós temos uma história. — E assim sua vida seria alterada sem ela fazendo parte dele. — Decidi há muito tempo que eu sempre poderia matá-la, mas eu nunca poderia trazê-la de volta. — Entendo. — Quando Elizabeth tomou outra bebida, a condensação da garrafa pingava sobre os seios dela, serpenteando para baixo. Conforme seu olhar seguia a gota de água, sua mente facilmente voltava do passado para este presente muito mais atraente. — Creio que respondi à sua pergunta. — Ele ergueu as sobrancelhas para ela. Com um bufo contrariado, ela puxou o material mais para o lado. — Você pensa em mim quando está longe? — Penso em como você está prestes a morrer. Um sacrifício muito belo para Saroya. Quando ela puxava seu top, Elizabeth perguntou: — Quanto tempo tenho? — Possivelmente uma semana. Ela olhou para longe, tomando outro gole de cerveja, ela ajustou o material. O próximo movimento iria desnudar um atrevido mamilo. — Em qualquer momento, você teve algum pensamento terno dirigido a mim? Ele pensou em destruir a alma de Elizabeth, e pode ter se sentido um sussurro de alguma coisa. — Eu me pareço com o tipo de homem que tem pensamentos ternos, menina? Agora você está sendo ridícula. Quando os olhos dela se arregalaram um pouco, ele retrucou, — O quê? — Nada. — Se já acabamos com a conversa fiada, então vamos passar para esses seios. — Hmm. Talvez eu tenha mudado de ideia. — Ela fez correr a suada garrafa de cerveja para baixo, por seu decote. Exatamente onde ele esfregara seu membro uma semana atrás. — Não, você gostaria de poder ver. . . — Eu passei os últimos sete dias desejando que pudesse toca-los. Agora eu pretendo fazer exatamente isso. — Antes que ela pudesse reagir, ele havia riscado até ela sob a luz, agarrando-a antes que ele se queimasse, depois voltou com ela para o apartamento. Ele podia sentir o cheiro do sol em seu cabelo, podia ver novas sardas em seu nariz. A pele dourada, malvadas linhas de bronzeado. . . sua pele estava quente. — Solte-me! — Ela empurrou contra o peito dele. — O que você quer de mim agora? Talvez haja ainda um quarto de polegada da minha pele em algum lugar sobre a qual você não tenha ejaculado ainda. É isso? — Estes dias longe de mim fizeram você ficar mais ousada. Insensatamente ousada. Mas eu vou devolvê-la a realidade. Ela se debatia contra ele. — Eu te odeio!

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— O sentimento é mútuo, — ele resmungou com dificuldade, sentindo a queimadura da rána. Blyad! Claro que ele a odiava. Ela era uma mortal, ignorante até do perigo que ele representava para ela. Sua mão se enrolou na garganta dela. — Eu poderia estrangular você com tanta facilidade. Aperta-lhe a vida até senti-la escorrer de você. — Faça-o! — Ela gritou, seus olhos ferozes. — E pare de falar sobre isso! — Você não vai me incitar para matá-la, — disse o vampiro. — Então, pare de tentar. Se eu fosse fazer isso por minha própria mão, já teria feito isso por agora. Por um breve segundo, Ellie pensou tê-lo franzir a testa, como se tivesse acabado de perceber que aquilo era a verdade. Não pode mentir, hein? Quando ele aliviou o aperto na garganta dela, ela caiu para trás. — Não estou gritando com você porque eu quero que você me mate, eu estou gritando porque você me deixa doente! Você deveria ser algum tipo de grande cérebro do Lore? Mas você está decidido a escolher Saroya sobre mim? Por que você é estúpido demais para ver o que está exatamente a sua frente? — Na minha frente? Você quer dizer que a mortal gritando para mim com um grosseiro sotaque caipira? A humana ignorante, sem realizações? Talvez eu seja inteligente o suficiente para não reduzir-me a uma criatura como você. — Eu não sou ignorante. Eu tenho um diploma! Ele levantou uma sobrancelha loira. — Certamente. Diz H.S19. depois dele. Em qualquer caso, existe mais conhecimento no mundo do que o de um diploma. Você nunca esteve fora do seu próprio estado, nunca encontrou quaisquer outros tipos de pessoas, exceto o seu próprio. — Porque eu sou jovem! Eu estive na prisão desde que era adolescente. Você não tem ideia do que eu teria feito se essa sua cadela não tivesse sequestrado meu corpo. Você não pode ter as duas coisas, você não pode ridicularizar a minha ignorância quando você teve a sua mão me conduzindo a isso! — Não faço ideia do que você teria feito? Eu aposto que você teria vivido em um trailer esquálido com lamentáveis moleques agarrados a seu avental enquanto assistia à TV o dia todo. Ele acabara de se expressar no discurso-Lothaire. — Você não acha que é o que eu teria feito. Você não acredita em nada disso. Um segundo olhar do vampiro. Mas ele se recuperou rápido, dizendo em um tom brando, — Isto esta ficando tedioso, Elizabeth. Cale-se e dispa-se. — Consiga que Saroya o faça! Ou talvez ela ache você tão odioso como eu acho. — Um músculo pulsou no seu maxilar, a avisando que o empurrara longe demais. Não me importo. Já estou morta.

19 High School ou human Service. A referência pode ser ao diploma do segundo grau ou a um cursos de serviço social, ambos depreciados pelo vampiro no sentido de amplitude de conhecimentos. (N. T.)

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— Você corteja a minha ira, porque você nunca verdadeiramente a testemunhou. Eu vou corrigir isso agora. Ele a puxou contra o peito. — Vamos fazer uma viagem. — Você disse que seus inimigos iriam me encontrar— Para ser prostituta de um demônio. . . ? — Vou encobrir-nos. Novamente, o único que você precisa temer sou eu. — No espaço de um fôlego, ele se riscou para dentro de uma caverna. Mas eles não estavam totalmente teletransportados, estavam em uma espécie de crepúsculo nebuloso. Ainda assim, ela podia sentir na terra o cheiro de mofo e podridão, podia ouvir moscas zumbindo. Uma vez que seus olhos se acostumaram com a luz fraca, ela viu os cadáveres. Os corpos brutalmente decapitados de homens jovens. Dezenas e dezenas deles. Sangue coagulado, membros decepados, crânios esmagados. Coisas ondulando nas paredes úmidas da caverna. Ela teria vomitado o conteúdo de seu estômago, se fosse constituição fraca. Ou se ela não tivesse visto uma cena semelhante em sua própria casa há cinco anos. Quando ela pode confiar em sua voz, ela perguntou: — Você fez isso? — Ah, Elizabeth, agora você vê do que eu sou capaz? Abater um bando inteiro em seu próprio covil me entedia. Meu coração nem sequer acelerou, minha sede de sangue nunca me abateu. Eu bocejei alto enquanto trabalhava com a cabeça livre. A última coisa que eles chegaram a ouvir foi eu me lamentado sobre a minha indelicadeza. Você faria bem em temer minha fúria, em entender que a simples menção do meu nome grava o medo nos corações daqueles que me conhecem—por uma razão. — Eu entendo que você seja assustador, doentio, e perverso! Eu entendo que o Inimigo dos Antigos e Saroya, a Ceifadora de Almas, são absolutamente perfeitos um para o outro. Duas peças de um quebra cabeças encaixadas juntas. Mais uma vez, suas palavras atingiu um nervo. Sua mão apertou seu braço, sua expressão prometia dor. — É assim que é a sua vida? Ele zombou, — A maioria das noites, há milênios. — Então eu sinto muito por você. Isso mesmo, Elizabeth, seu animal de estimação, a camponesa que você despreza, o corpo, tem muita pena de você. — Ela olhou para seu rosto. — Uh-oh, já temos aquele músculo piscando na sua mandíbula. Soletre o seu problema para mim! Qual é o caso? Você não pode aceitar quando alguém lhe diz como é de verdade? Eu sou provavelmente a primeira pessoa a fazê-lo em séculos. Havia uma cintilação em seus olhos vermelhos? — Como é, — ele falou agradavelmente. — E como é que você poderia ter pena de mim? — Eu tenho vinte e quatro anos de idade. Eu passei mais de vinte por cento da minha vida no corredor da morte. E eu ainda conheci mais felicidade em minha curta vida que você conheceu nesta sua interminável.

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Capítulo 31

Como Elizabeth se atrevia, porra! — Como de costume, você fala sobre coisas que sua mente não pode nem mesmo compreender! — Eu? Eu aposto que você nem sabe o que é felicidade! Lothaire queria explodir: — Claro que eu sei! — Mas ele... não sabia. Ele acreditava que soubesse quando criança com sua mãe, mas não conseguia se lembrar daqueles primeiros anos vividamente, não depois de eras que chegaram e passaram, e não depois que sua vida se tornou dedicada à vingança. E não podia ressuscitar seja o que fosse que sentiu anteriormente, porque não sentira nada próximo disso desde então. Ele frequentemente espionou os outros, estudando suas maneiras. Ele viu duas irmãs Bruxas rirem em silêncio de piadas irônicas. Ele observara Lykaes fazendo alvoroços, então rindo tanto que precisavam segurar seus estômagos. Eles experimentaram a felicidade; Lothaire, não. Ele sabia que era diferente dos outros. E no entanto, não conseguia determinar se ele era infeliz, desde que isso significasse que ele conseguia reconhecer o oposto. — Bem, você sabe o que é? — Elizabeth exigiu. Não posso mentir. Contentamento, felicidade, satisfação, todas essas coisas eram insondáveis para ele. Uma das razões pelas quais lutava tanto pelo seu Final de Jogo era que ele sem dúvida ficaria satisfeito uma vez que todos as suas promessas fossem cumpridas. Uma vez que seu árduo trabalho finalmente terminasse. Ela ofegou. — Você não sabe. O quão ignorante eu sou? Eu me sentei em meu trailer miserável, experimentando algo que sua mente não pode nem mesmo compreender! — Eu não poderia matá-la, mas posso te machucar, quebrar os seus ossos frágeis! — Você poderia. Você preferiria ferir a única pessoa que poderia ensiná-lo a ser feliz! — Ela apertou a testa. — Oh, Deus... agora? Saroya subindo? — Elizabeth, não retroceda. Termine isto comigo! Ela estreitou os olhos para ele. — Apenas mantendo os termos do nosso acordo. Se Saroya quer a vez dela, então eu tenho que sair do caminho, certo? — Sua putinha, não se atreva a correr disso! — Sua voz ecoou na caverna.

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— Uh-oh, lá vou eu... Whoa, whoa, retrocedendo logo diante de seus olhos. Red Rover20, mandem Saroya pra cá. Veja o quanto de felicidade a Ceifadora de Almas pode trazer para você! — E então ela entrou em colapso. Lothaire a puxou para ele, agarrando-a exatamente quando Saroya disse: — Onde estou? Eu senti sangue e violência. Ele deu um grito furioso. Elizabeth zombara dele, deu a última palavra, depois retrocedeu propositalmente! Quero estrangulá-la, maldita! — Lothaire, o que há de errado com você? — Então Saroya franziu o cenho, lutando para ficar de pé sozinha. Mas ele deixou a mão no braço dela, mantendo-a encoberta. — Por que eu estou vestida deste modo? Oh, minha pele! Mantenha o controle. Antes que ele esmagasse Saroya com sua fúria. Inspirar. Expirar. — A mortal se mostra... inquietante. — E desconcertante. Ela continuava a espantá-lo a cada situação. — Você não consegue lidar com uma garota humana? — Saroya olhou ao redor conferindo toda a carnificina. — Mas olhe para este massacre esplêndido! Seu? Elizabeth ficou repugnada. Saroya não apenas aceitava o que ele fez, ela o exultava. — Há mais vidas para tomar? Todas estas estão completamente esgotadas. Lothaire, seu egoísta. — Ela cutucou com o pé uma perna decepada. — Por que você trouxe Elizabeth aqui? Isto tem alguma relação com o anel? — Eu fiz algum progresso a esse respeito. — Então você não tem anel algum para me dar e nem vidas para me deixar tirar, embora eu não tenha matado em anos! — Ela chutou uma cabeça em decomposição, então estremeceu de dor ao contato. — Você é sempre tão egoísta? — Sim. — ele respondeu distraidamente. Eles não podiam permanecer aqui por mais tempo. Ele só podia meio riscar duas pessoas por um tempo limitado. Em um instante, ele os retornou para o quarto dele em Nova York, soltando-a. — Leve-me para junto de corpos vivos, Lothaire! Na verdade, risque-me à antiga casa de Elizabeth. Eu prometi a mãe dela que a mataria. Eu exijo tê-la em minhas mãos. — Exija tudo o que quiser, isso não vai acontecer. — Afinal, ele sentia gratidão para com a camponesa por carregar Elizabeth. Sem aquela mortal, Lothaire não teria o corpo para sua Noiva. — Eu não vou ficar na linha da frente se for tratada dessa maneira. —Saroya começou a balançar em seus pés. Agora ela ia a retroceder? O diabo que iria! — Se você propositadamente retroceder, eu vou marca este corpo. Escaldar o rosto. Arrancar um olho.

Saroya imediatamente se endireitou. 20

É um jogo infantil. Duas equipes formam uma corrente dando as mãos a seus companheiros. Um das equipes grita ‘Red Rover’ e o nome de uma pessoa do outro time, que deve então tenta romper a corrente que a outra equipe fez.

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— O que você quer? — Lothaire estava claramente em um humor perigoso. — Você vai responder a algumas perguntas minhas. Em um tom ofendido, ela disse: — Francamente, Lothaire. O que despertou isto? Sou eu quem deveria estar furiosa. Permitir que Elizabeth bronzeie a minha pele assim? Ele riscou de uma parede à outra. — Eu preciso de informações. — Tais como? — Nós falamos anos atrás sobre governarmos juntos. — ele disse. — Você ainda quer isso? — Claro. Temo que é você quem tenha dúvidas. — Falamos de tronos, poder e vingança. Mas e quanto a nós? — O que você quer dizer? — Quando a minha vingança for entregue e as nossas coroas descansarem sobre nossas cabeças, o que haverá então? — Então nós conquistaremos mais, — ela disse. — Nós podemos governar o mundo juntos, enquanto procuramos uma maneira de retornar minha divindade. Eu tenho inimigos que imploram por vingança também. Ou você se esqueceu disso? — Sua irmã, Lâmia. — Entre outros. — La Dorada, por exemplo. — Você tem a rainha do mal prometendo represália contra você, o que significa contra mim também. — Saroya considerou contar a Lothaire sobre seus muitos crimes contra a Bruxa, mas decidiu-se contra isto. Ele não precisava saber que ela enviara assassinos atrás Dorada por séculos. Ele não precisa saber sobre a profecia, que foi pressagiada por um oráculo vampiro morto há muito tempo. — Se você não vencê-la, ela vai me matar, Lothaire. Eu sinto isso. — Dorada não pode encontrá-la. Ninguém no Lore sabe deste apartamento. Você estará escondida, permanecendo aqui ou na casa de Bruxa, e eu disfarço seu corpo de outra forma. Você acha que eu algum dia permitiria que Dorada roubasse minha companheira e com ela, todo o meu futuro? Saroya se acalmou um pouco. Embora não confiasse em ninguém, ela sabia que Lothaire era um dos guerreiros mais implacáveis no Lore, e um dos mais fortes vampiros que já viveu. Ele beliscou a ponte do nariz. — E depois que Dorada for derrotada, como você imagina nossas vidas? — Nós vamos aniquilar todos os inimigos restantes, nos tornando a parceria mais poderosa que o mundo já conheceu. Cada vez mais frustrado, ele disse: — E quando nosso trabalho estiver terminado pela noite, quando chegar o amanhecer... o que então? Ela alisou o cabelo para trás. — Eu não entendo. — Você sabe o que é felicidade?

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— É assistir a luz enfraquecer nos olhos de um bom homem. É fazer subordinados rastejarem. É deter o poder sobre a vida e a morte. — Não, Saroya. Eu não posso acreditar que estou prestes a dizer isso, mas... cada uma dessas coisas é um processo. Não um resultado. — Ele deu uma risada amarga. — Você não tem mais ideia do que é a felicidade do que eu. — Você está ficando apatetado com sua pequena concubina mortal. Olhe para você. É quase como se estivesse ansiando por ela. Quase como se ela fosse sua Noiva. O que Elizabeth provavelmente era. Embora Saroya uma vez acreditasse que ela mesma provocara o sangramento de Lothaire, já não o fazia. Para ele ter sentimentos por uma criatura tão repugnante? Algo maior estava acontecendo aqui. Ainda assim, ele nunca acreditaria que Elizabeth era dele, a própria ideia seria muito humilhante para um homem de sua classe e posição. Se Lothaire não tinha visto a verdade até agora, então era porque ela não o queria.

Dúvidas consumiam a confiança de Lothaire, corroendo-a. Mesmo se ele pudesse se fazer acreditar que Elizabeth era a sua Noiva, e este era um se muito grande, não havia nada que pudesse fazer sobre isso. Ele já colocara seu destino em movimento. Ele estava intrinsecamente ligado à sua sorte e obrigado não apenas a expulsar a alma de Elizabeth, como a garota pensava... Não poderia ser ela. Certamente. Porque ele fora tão avesso a humanidade dela, Lothaire nunca se permitiu sequer considerar que Elizabeth pudesse ser sua Noiva. Agora, aparentemente, eu vou chegar lá. Era possível que Elizabeth não o sangrara em seus primeiros encontros, porque ela não tinha a idade suficiente. Fêmeas de outras espécies normalmente não provocar um sangrar a menos que fossem amadurecidas. Aos dezessete anos, Elizabeth não o despertara. Quando tinha dezoito anos, um olhar sobre Saroya faiscara seu coração e corpo à vida. Foi devido à chegada de Saroya? Ou a idade de Elizabeth? Não, não, não. Deusa ganha de mortal, lixo de trailer. Luxuriosa mortal lixo de trailer. Uma com predileção por lamber suas presas e sugar sua língua lentamente. De todos os casais reunidos nesta Ascensão, de todos os contos de aflição e felicidade entre os companheiros, nenhum incluíra um ser humano. Por que eu tiraria a palha mais curta? Mesmo o macho mortal de Regin a Radiante acabou sendo um berserker21 Lorean. 21

De acordo com o glossário de termos do Livro vivo do Lore, bersekers são guerreiros humanos, conhecidos por sua brutalidade impiedosa, que juram lealdade a Wóden.

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Saroya cruzou para ele agora. — Imagine como sua família teria reagido a Elizabeth Peirce. Ivana a aprovaria? Ivana entraria em uma crise de raiva espumante. Seu único descendente desistindo de uma deusa por um modesto animal? Onde estava a lógica disso? Stefanovich teria rido, zombando que — O filho da Daci não é melhor que um vampiro da Horda. — Ele teria perguntado a Lothaire se Elizabeth tinha gosto de vinho e mel. E eu teria que dizer que sim. — Você sabe que Elizabeth não pode ser sua Noiva. — Saroya disse placidamente. — Além do fato de que sou uma deusa e, portanto, um par impecável para um rei como você, considere isto: nenhum vampiro poderia aterrorizar sua fêmea como você faz com ela. Saroya estava certa. Seus instintos não o impediriam de prejudicar Elizabeth? Em vez disso, ele sujeitou esta mortal ao corredor da morte. Ele a depreciou em todas as oportunidades, fazendo pairar sua morte iminente sobre ela, provocando-a com isto. Mentalmente a atormentando. Eis o oceano que você nunca tocará, as joias que nunca vai possuir. Deseje o macho que nunca vai querê-la de volta e sinta o prazer que nunca experimentará novamente... Bílis subiu pela garganta de Lothaire. Não é Elizabeth. Simplesmente não é. Mesmo seu tio Fyodor não torturaria sua Noiva assim, mesmo que ela fosse uma ultrajante inimiga. Ivana contou a Lothaire. — Você vai ser um bom e verdadeiro rei à sua noiva. — Mas ele não fora para Elizabeth. Ele transformara a vida da garota em um inferno. Ela não, ela não. E ainda, enquanto sua inquietação aumentava e sua dúvida pesava sobre ele em um grau de esmagador, seu primeiro impulso era tocar Elizabeth. Não porque ela era sua noiva, mas porque ela podia satisfazê-lo, fazê-lo esquecer de seus problemas por um tempo. — Force-a à superfície. — ele soltou. Saroya piscou para ele. — Você está me dispensando? — Sim. — Por que você nem mesmo está tentando me seduzir? — Você não sente desejo por mim. Você nunca sentiu. Eu posso esperar pela humana. Ela o faz. — Como você sabe que não vai ser melhor comigo? — Porque não há possibilidade de ser melhor com qualquer outra. — As palavras ditas em voz alta o abalaram. A verdade dita em voz alta. Estou disposto a desistir desse prazer? Que escolha ele tinha?

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— O que é tão melhor com ela? — Saroya exigiu. — Conte-me o que Elizabeth faz que o coloca em tal estado de agitação. As coxas dela se espalham em boas-vindas? Ela geme em sua boca? Frustração se elevou. Ele se ressentia desta fêmea diante dele. — Ela olha para você com necessidade? — Como se ela fosse morrer se eu não a fodesse. — ele sussurrou. — Vou praticar esta expressão no espelho para quando nós fizemos amor. — Pare de me enganar! — Ele enfiou os dedos pelos cabelos. — Você não tem intenção alguma de se deitar comigo. Os rumores de sua virgindade são verdadeiros. Você nunca conheceu um homem. — Mas apenas porque eu não encontrarei meu companheiro. Em um tom gelado, ele disse: — Você devia estar acima de mentir para um mero vampiro como eu, não devia, deusa? Longos momentos se passaram. — Sim. Você está certo. —Seu disfarce de tenra preocupação se transformou em uma exultação maligna. — Oh, Lothaire, você era arrogante demais para acreditar que uma mulher não iria querê-lo sexualmente. Mas eu estou acima desses desejos desprezíveis. — Você livremente admite sua traição? Você nunca teve a intenção de partilhar minha cama! — Mentindo para mim, me traindo. Já! — Você tem uma deusa como sua Noiva. Eu nasci diferente, criada de forma diferente. Sexo é tão importante para você? Estamos falando de conquistar reinos juntos! Levar-me para cama é tão crítico? É para isso que servem as concubinas. Ele podia manter um harém, possuindo uma mulher nova a cada noite. Ele não precisaria de uma Noiva para estas necessidades. Frente unida, Lothaire? — Eu não planejara ter qualquer outra fêmea. Elas semeiam discórdia. — Você é o macho mais singular. — Então estreitou os olhos. — Não é uma questão de sexo. É questão de ser ela. — Quando ele não disse nada, os lábios dela se entreabriram. — Você está se apaixonando pela mortal! Informe-se deste fato: Em breve você destruirá completamente a alma dela. — Você acha que me tem à sua mercê? — Eu tenho. — Eu poderia usar o anel para forçar a Horda a me seguir. — O Anel é traiçoeiro, seu poder é precário. Você vai precisar de mim ao seu lado por tanto tempo quanto quiser governá-los, ou você será desafiado constantemente. Ele não podia negar isso. Lothaire não cumpria um dos dois requisitos sagrados da Horda. Assim como Feiticeira previra, sua Noiva era a chave para o seu trono. — Sem mim, Lothaire, você enfrentará uma eternidade de insubordinação. Como você conquistará o Daci com seu reino atolado em rebeliões? — Então talvez eu mantenha você e Elizabeth. Você será minha rainha, e ela será nosso segredinho sujo. Uma concubina escondida que surge apenas na minha cama.

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Perfeito. Assim como ele merecia uma deusa por rainha, ele merecia uma fêmea jovem e núbil22 para aplacar seus desejos. — Você quer que eu compartilhe esse corpo, Lothaire? Isso não vai acontecer. — Eu digo que vai. — Você se lembra do resto da nossa conversa naquela primeira noite na floresta? — Saroya perguntou, sua voz aveludada. — Eu lembro. Frequentemente. Ele pensava nela muitas vezes também... Riscando a poucos centímetros dela, ele envolveu sua nuca com uma mão trêmula. — A única coisa maior do que a minha necessidade é a minha força. Sua forma mortal é frágil demais para que eu a reivindique. Mas devo acabar com isto. — Então eu não entregarei este corpo até que você destrua a alma de Elizabeth e torne-me completa. — Saroya disse. — Por agora, você pode ter a sua liberação física de alguma forma, depois que jurar que vai fazer essas coisas que ofereceu. Jure por seu Lore, e faça este pacto inquebrável comigo. Eles se olharam nos olhos, e ele sentiu como se o tempo desacelerasse apenas para que ele pudesse apreciar o quão importante as palavras seguintes seriam. — Eu juro pelo Lore que farei tudo em meu poder para extinguir a alma de Elizabeth para sempre, então tornar este corpo imortal. Ela pareceu vagamente surpresa, então satisfeita. — Muito bem, meu rei... Agora Saroya disse: — Você fez seus votos, Lothaire. Você será compelido por eles a encontrar o anel a fim de tornar este corpo imortal e livrá-lo de Elizabeth. Ele estava certo naquela noite, suas palavras foram importantes. Apenas não pelas razões que ele assumira. — Libere-me desta pacto. Seus lábios se curvaram, quase em um sorriso. — Eu juro pelo Lore que nunca vou libertá-lo. — Ela estava gostando disso. — Estes votos são tão convincentes, não são? Lembra-se da minha acompanhante? Seu destino está selado, Lothaire. Está. Ele sabia disso. Seu caminho estava claro. — Console-se, vampiro. Se você permanecer firme, em breve terá tudo que sempre quis. Tudo que Ivana queria para você. Mas ele pode ter começado a querer mais. — Agora, Lothaire, devo convocar sua concubina temporária? Com os olhos estreitados, ele resmungou: — Sim, minha flor. Deixe-a de banho tomado e vestida em seda vermelha em minha cama. Oh, e dispense a maquiagem berrante. 22

Em idade de casar.

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Capítulo 32

Ellie acordou com arrepios subindo e descendo de seu corpo. Lothaire estava deitado ao seu lado, na cama dele, arrastando as costas dos dedos desde o seu umbigo até o vale entre seus seios. Ela estava vestida com um sensual baby-doll; ele estava nu. — Eu gosto de você em vermelho. — ele disse, sua voz rouca, fazendo-a tremer ainda mais. —Eu estive esperando por você. — O que... o que você está fazendo? — Eu decidi lhe dar uma chance para reparar sua insolência anterior. Com a cabeça. — Minha insolência. Saroya simplesmente subiu por conta própria? — Isso significaria... — Oh, Deus, ela me entregou assim à sua cama? Ou você acabou de chegar com ela até aqui? Ellie não se sentia como se tivessem estado íntimos. Mas como ela poderia dizer com certeza? — Um ou outro, não importa em absoluto. — Você está certo. De qualquer forma, é doentio. Você e Saroya são doentes! — Ela empurrou seu peito, mas não conseguiu movê-lo. — Fique longe de mim! Ele facilmente capturou-lhe os pulsos em uma de suas mãos, prendendo-os acima dela. Quando ele cobriu um dos seios com a mão livre, gentilmente massageando, ela gritou: — Não me toque! Eu não quero você! Ele se inclinou para beijá-la, mas ela ergueu a cabeça para longe. Ele beliscou seu queixo, mantendo-a imóvel... ela manteve os lábios fechados contra os dele. Ele se lançou para trás. — O que é isso? Seja como você foi comigo nas outras vezes! Quando você se derreteu por mim. — Isso foi antes de eu entender completamente a figura desagradável que você é. — Por causa de umas poucas hábeis decapitações? Vamos lá, Lizvetta, não é como se eu andasse batendo na cara de gnomos com meu pênis. O queixo dela caiu. — Você é incrível! Um monstro letal, miserável e sem amigos. Bonito por fora e nada muito além disso. Deus, apenas encontre o anel e acabe com a minha miséria! — Seja como você foi comigo antes! Isto não é um pedido. — Vai se foder, vampiro. — Logo. — Solte-me! — Quando ele não o fez, ela gritou. — Solte-me, solte-me, SOLTE-ME! — Deuses sombrios, cale-se! — Ele berrou, mas a soltou. Ela pulou da cama.

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— Por que você seria infiel a Saroya? A primeira vez que estivemos juntos foi porque ela estava atrasada para um encontro, a segunda apenas aconteceu, mas isso seria premeditado. Porque você não pode simplesmente esperar por sua Noiva? Não sou eu que você quer. Você já me disse milhares de vezes o quanto inferior a Saroya eu sou. Eu prometo que vou deixá-la subir. Ignorando-a, ele ordenou: — Retorne a esta cama agora. — Ela retrocedeu, porque ela não queria você? Ele deu uma risada bruta. — Que fêmea não iria me querer? — Palavras de Lothaire? — Eu! Você me perguntou por que eu ainda era virgem? Era por causa de homens como você, os tomadores. Homens egoístas e estúpidos! E eu não quero você! — Claro que quer, Elizabeth. Apenas me olhar te deixa molhada. — Olhar para você me lembra o tipo de homem com quem eu deveria estar. — E que tipo de homem é esse? Bêbado, pobre, patético? — Não. Eu nunca o conheci, mas o vejo claro como o dia. Ele tem rugas ao redor dos olhos quando sorri e a pele bronzeada de trabalhar ao ar livre. O trabalho honesto calejou suas mãos. Eu e ele vamos caçar juntos, cozinhar e comer grandes refeições em família juntos. Ele vai se casar comigo e amar minha família, também. — Com a voz mais suave ela disse. —Ele vai me dar um bebezinho e uma garotinha. Os olhos de Lothaire se estreitaram. — Não. Ele não vai. Você nunca conhecerá outro além de mim. Agora, volte para a cama e pare de se comportar como se isso fosse algum tipo de evento. Nós demos prazer um ao outro antes, e tudo que eu quero de você é a troca de um par de orgasmos. — Eu não sou o tipo de mulher que deixará um homem tratá-la como lixo, e então fazê-lo gozar sempre que ele quiser. Você não fez nada para merecer estar comigo. — Mas o seu honesto, bronzeado e imaginário marido fez? Pense sobre ele o tanto que quiser, mas serei eu a arrancar gritos de você esta noite. Eu posso fazê-la querer isso. Uma mordida e você estará implorando que eu lhe toque. — Um boa noite cinderela de vampiros? Não pode conseguir de outra maneira? — Você quer que eu me empenhe por isso, então? — A voz de Lothaire ficou rouca. — Eu vou, Elizabeth. Eu não estou acima da sedução para conseguir o que quero. Seus olhos se prenderam aos dela com aquele brilho predatório, e ela novamente se sentiu como uma presa indefesa, o objeto da luxúria de um vampiro impiedoso. Por alguma razão, esta ideia deixou suas respirações rasas. Sentiu sua pele ficar ruborizado, como se para atraí-lo. Em um instante ela estava de pé ao lado da cama; no seguinte estava na cama, deitada sob a pressão firme da mão dele. Antes que ela pudesse sequer pensar em se defender, ele deslizou a seda para baixo dos ombros até se acumular em sua cintura. A indignação queimava dentro dela, e ela lhe deu um soco selvagem, mas com aquela velocidade sobrenatural, ele facilmente prendeu seus dois pulsos em uma mão. — Ah-ah, você vai apenas se machucar. E me divertir. Agora, relaxe. Ela ficou ainda mais tensa.

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— Doce Lizvetta, com sua pele quente e sangue quente. — Ele estendeu os braços dela sobre a cabeça, prendendo seus pulsos ali mais uma vez. — Deixe-me ver se eu não consigo atiçar uma febre em você. — Com sua mão livre, rolou um mamilo entre o polegar e o indicador. — Você gosta disso? — Não! — Ela ofegou a palavra para fora. — Mentirosa. E quanto a isso? — Ele beliscou o outro. Seus quadris pularam. — Não! Em seu ouvido, ele ronronou: — Seja minha, querida e diga que me quer. — Eu não vou dizer! Ele se inclinou para um de seus seios. Ela sentiu o hálito quente soprando sobre ele e mal conseguiu manter os olhos abertos. Ele nunca a sugara antes. Ele quis na primeira noite, mas ela negou-lhe. Durante a segunda vez deles juntos, ele estivera concentrado em outras coisas. Agora seu desejo estava claro. — Olhe para os seus belos mamilos. — Sua língua rodeou um, fazendo-a sufocar um grito. — Eles imploram que eu os prove, o sangue os enrijecendo até que eles estejam como pequenos frutos. Será tudo o que posso fazer para não perfurá-los. — Ele capturou a ponta entre os dentes... e delicadamente os puxou. Ela ouviu um gemido, mal podia acreditar que aquele som carnal viera dela. Os lábios dele se curvaram em um sorriso antes de fechá-los em torno do pico para chupar. Sua boca estava escaldante quando a língua a açoitou. Quando ele se afastou para observar a reação dela com seu perverso olhar vermelho, ela estava ofegando, lutando contra o desejo de arquear-se por mais. — Ah, você gosta disso. — Enquanto ele mordiscava e sugava seu seio, os dedos se arrastaram por seu corpo abaixo, circulando o umbigo. Contra seu mamilo molhado, ele disse asperamente, — E você gostou quando lhe toquei aqui, não foi? A mão dele serpenteou sob o baby-doll. — Não! — Ela gritou enquanto seu dedo indicador deslizava entre as dobras dela. — Você não quer que eu continue? — Ele parou tudo. O sugar em seu peito, o jogo hábil de seus dedos. — Lothaire... — Implore. Diga que você precisa de mim, que deseja apenas a mim. Ela balançou a cabeça. — Eu sinto o seu estremecimento, senti você ficando escorregadia. Porque está sendo tão teimosa? Teimosa? Essa era a única coisa que ela parecia não conseguir ser com ele! Pois logo então, tudo o que queria era que ele fizesse amor com ela com a boca e as mãos. — Por sete dias, Lizvetta, eu tenho pensado nisso constantemente. Eu sei que você precisava de mim tanto quanto eu de você. — A vulnerabilidade subjacente nas palavras dele foi quase a sua ruína.

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Mas então ele voltou a ser o Lothaire agressivo. — Foda-se. Eu tenho um acumulado de uma semana de semente para você. E você já está no limite. — Ele começou a acariciar entre as pernas dela novamente. — Você pode não implorar com palavras, mas o seu corpo o faz. Espere. Acumulado de uma semana? A realização chegou a tona em sua mente saturada pelo desejo. Então Saroya realmente não o tinha satisfeito esta noite? O sexo era obviamente importante, mesmo crítico para ele, e Saroya não estava acompanhando. Talvez Ellie estivesse certa e Saroya nunca o acompanharia. Talvez a deusa de sangue não fosse uma deusa na cama? — Lothaire, diga-me que não me comparo a Saroya. Os dedos dele se desaceleraram. —O quê? — Você me ouviu. Você vai me dizer diretamente depois que gozamos, então apenas quero tirar isto do caminho agora. Diga-me: — Você não se compara a Saroya. — Então eu podei relaxar. Eu serei toda sua. — Estou ocupado no momento. — Outra carícia arrebatadora. Concentre-se, Ellie! — Apenas me diga essas seis palavras, e então farei qualquer coisa que você queria. — Logo você vai fazer qualquer coisa que eu queira de qualquer maneira. Ele não conseguia dizê-lo. Lothaire estava começando a sentir algo por ela. Quando ela mencionou outro homem, o vampiro parecera ciumento. Mais cedo, ela lhe perguntou sobre pensamentos tenros em relação a ela, e ele desviou dessa pergunta também. O que significa que o jogo, aquele com o meu único movimento disponível, ainda estava em curso. Sedução. Talvez ela devesse dar ao vampiro exatamente o que ele queria. Corneta de ouvido23, Sadie? Bem, Ellie tinha algo que precisava desesperadamente comunicar a ele. Eu quero viver, ficar livre de Saroya! — Lothaire, eu acho que de fato eu me comparo a ela a seus olhos. — Pense o que quiser. — Afastando suas mãos dela, ele se deitou de costas, tensos com a frustração. Mas, novamente, ele não negou. Eu ainda tenho uma chance com ele! — Ela não o deseja como eu, não é? Os punhos dele se cerraram, sua expressão anunciando outro acesso de raiva.

— O que eu disse sobre tomar cuidado com sua língua? — Lothaire não queria que esta mortal soubesse que Saroya não o desejava, mas claro, nada escapava a Elizabeth.

23

Antigo tipo de aparelho auditivo.

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Seus nervos estavam desgastados, sua fúria crescente. Seu pênis e bolas estavam tão inchados com a necessidade reprimida que pareciam como se tivessem sido agredidos. Sugar os seios cheios e os pequenos mamilos duros dela apenas fizeram a dor aumentar... Ela se virou de lado, envolvendo o rosto dele com as palmas das mãos. Quando ele finalmente se moveu para encará-la, ela disse: — Saroya não pode desejá-lo tanto quanto eu, Lothaire. Ninguém pode. Tão parecido com o que ele disse sobre Elizabeth. Em uma voz sussurrante, ela murmurou: — Eu tenho ansiado por você. Deuses, como ele gostava de ouvir isso, era como um bálsamo para o seu orgulho. — Fale novamente. Diga-me o quanto você me anseia. — Eu vou lhe mostrar. — Quando ela se inclinou e apertou os lábios contra os dele, ele trabalhou duro para se controlar. Tomando a boca dela em um beijo lento, langoroso, suas línguas se enrolando preguiçosamente. Assim como no passado, ela se derreteu por ele. Sim, Lizvetta! Isto é o que eu preciso de você. Mas por que lhe dar isto agora? Ele se afastou. — O que provocou essa mudança? — Você se importa? — Normalmente? Do pizdy24. Agora estou desconfiado. — Eu pensei que você tinha acabado de estar com Saroya e estava tentando ficar com as duas em uma noite. Eu estava irritada. E caramba, eu estava tão ciumenta quanto o dia é longo. Ciumenta? Finalmente! E apenas apropriado, uma vez que o ciúme ainda fervilha dentro de Lothaire pelo homem imaginário de Elizabeth, e não podia compreender por que. Ela se ergueu e beijou sua orelha, aninhando-a com respirações abafadas, então ela apertou a boca mais abaixo à sua clavícula. Outro beijo em seu peito se seguiu. Um homem imaginativo poderia pensar que ela levaria aqueles lábios todo o caminho até embaixo. Ele se virou de costas, seu sexo se elevando em prontidão. — Meu pobre, pobre vampiro. — Ela passou a língua em um de seus mamilos, fazendo-o estremecer. —Tudo o que você sempre quis foi me ver em um baby-doll vermelho, fazendo sexo oral. De alguma forma ele ficou ainda mais tenso. A voz ficando rouca, ele perguntou: — Eu terei o que quero, afinal? — Não. — Ela tirou a roupa totalmente, atirando-a de lado. — Somente a cabeça. — Acho que vou ter que me contentar. Seus lábios se curvaram. — Estou faminta por você, Lothaire. — Você está, então? — Seu tom era duvidoso.

24

Gíria Russa: Não me importo, porra.

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— Quando eu chupava seu polegar, imaginava que era a coroa. — Ela continuou sua trilha para baixo. — Eu tenho sonhado com isso, também. Então é com isso que ela sonha? — Seu comportamento é... inesperado. — Agora, eu nunca fiz isso antes, então não vou ser tão especialista nisso como se eu estivesse montando você. Fedelha insolente. Ela mergulhou lambidas aquecidas ao longo de seu tronco, sua língua mortal o consumindo como poderia fazer com um doce. Quando chegou ao seu umbigo, ela enfiou as unhas pelo cabelo encaracolado descendente a partir dele. Ele já começara a balançar seus quadris, seu saco se apertando. — Você vai ter que ser paciente comigo enquanto eu descubro meu caminho através disto. Paciente? Seu sexo não fora sugado em eras; Lothaire não duraria o tempo da sua descoberta. Sem aviso, ele riscou para ficar de pé ao lado da cama. — Eu preferiria ensiná-la como.

Capítulo 33

Ensinar-me? Ellie pensou silenciosamente enquanto se deitava novamente, maravilhando-se com Lothaire. A visão dele de pé em toda a sua glória nua estava entorpecendo seu juízo. E deixando seu corpo em chamas. Os olhos dela amorosamente assimilavam os músculos afunilando de seu peito largo até os quadris estreitos... as depressões rígidas nos lados de seu traseiro duro como pedra... sua ereção projetando-se orgulhosamente. — Venha a mim. — ele ordenou a ela. — Sente-se na beira da cama. Uma vez que ela o fez, ele tomou o próprio sexo na mão, deslizando-o na boca dela. — Lamba a ponta. Quando ela olhou para seu pênis, sentiu seu rosto corar. Parte dela não acreditava que estava prestes a fazer isso. Chupando o membro de um vampiro. Ela engoliu em seco, depois inclinou-se para tentativamente esfregar sua língua sobre ele. Com apenas este pequeno contato, ele gemeu, enquanto ela sorria em admiração. A pele dele era tão suave ali, tão sensível. — Mais uma vez. — ele soltou. — E olhe para mim. Ela olhou para cima, passando a língua ao longo da fenda. Com a voz tensa, ele perguntou: — Você sentiu o meu gosto? — A menor sugestão de sal.

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— Pré-ejaculação. Isso não vai durar muito. — Não diga isso! Eu estou apenas começando. Ainda assim outra conferida do vampiro. Quando ele agarrou sua mão, encaixando os dedos dela ao longo do pênis, ele pulsou em sua palma da mão. Enquanto a guiava em como o acariciar, ele sussurrava: — Sua mão... tão macia em mim. — Quando a parte mais distante do punho dela fez contato com seus testículos, outra inspiração assobiou entre os dentes cerrados. — Eu lhe machuquei? Ele achou a pergunta engraçada. — Não, você não me machucou. Minhas bolas estão pesadas, carregadas de semente. Elas precisam de seu toque. — Ele a fez envolvê-las com a outra mão. A postura dele se ampliou para dar-lhe mais acesso enquanto as pesava na palma da mão, fascinada. — Agora corra sua língua ao redor da cabeça. Ela ficou fascinada quando mais uma gota de umidade se acumulou ali, mas ela levantou seu olhar para o dele quando cobriu a ponta com a língua. Todos aqueles músculos cinzelados em seu torso se contraíram em uma exibição de tirar o fôlego. Apenas por causa da minha língua? Satisfação martelava dentro dela, admiração... Excitação. O que era compreensível, considerando seu cheiro viciante, seu sabor delicioso, suas reações totalmente masculinas. — Eu acho que eu vou gostar assim, Lothaire. — ela disse, pouco antes de girar sua língua em torno da coroa bulbosa. — Chupe-o... em sua boca. Ela assentiu, então vagarosamente trouxe-o entre os lábios. Outro gemido se partiu do peito dele. Seu prazer a deixou ousada, e ela puxou-o mais profundamente, lambendo enquanto chupava. Quando a cabeça dele caiu brevemente para trás, Ellie percebeu que ele adorava isso. Com as mãos trêmulas, ele enfiou os dedos pelos cabelos dela. — Como está sendo sua primeira experiência? — Seu sotaque estava carregado, suas palavras roucas. Ela deu um duro sugar, então murmurou: — Eu poderia fazer isso a noite toda. — Seus testículos coitados de fato pareciam que doíam. Ela se inclinou para dar uma lambida a cada um, sorrindo quando os joelhos dele quase dobraram. — Ah, boa menina! Quando ela tomou seu pênis na boca mais uma vez, ele segurou sua cabeça no lugar e começou a balançar os quadris. Então, como se com grande esforço, ele removeu as mãos, cerrando os punhos nos lados. — Você sabe o quanto... difícil é não... foder sua boca?

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Era disso que ele precisava? Então ela precisava fazer sua mão e boca parecer como se ele estivesse fazendo exatamente aquilo. Então, ela bombeou seu punho molhado sobre seu sexo, enquanto a boca seguia no ritmo. — Sim, é isso! — Um rosnado baixo começou a ressoar nele. Ele ficou ainda mais duro de uma vez, assim como ela percebia mais daquele sabor salgado. — Olhe para mim. — Ele embalou seu rosto. Veias nos braços musculosos dele ficaram em relevo. Tanta força, mas ele a segurava delicadamente. Enquanto trabalhava em sua carne inchada pelo sangue, encontrou o olhar dele; olhos vermelhos que a consumiam. — Eu estou preste... a derramar, Lizvetta. — Sua voz era áspera. — Seja minha, querida... tome-a de mim... e eu vou recompensá-la, bela. — Eu vou. — Então ela voltou ao movimento, ávida pela liberação dele, querendo senti-la, saboreá-la. — Sobre a gozar...— De repente, ele ficou imóvel. — Logo em cima de sua língua talentosa! Com um rugido brutal, ele ejaculou, jorrando fortes jatos contra a parte de atrás de sua boca. Ela sentiu cada arrepio se agitando através do corpo poderoso dele, sentiu seu sexo bombeando entre os lábios dela enquanto ele berrava para o teto. Calor escorregou para baixo de sua garganta enquanto ele gritava sua aprovação. — Sim, sim, Lizvetta! Continuou infinitamente, enquanto seus quadris se lançavam impotente à boca dela. Quando ele deu um último gemido, puxando-a para longe dele, ela caiu de costas na cama, recuperando o fôlego, incapaz de mascarar sua surpresa. Que emocionante. Que primitivo. Ela estendeu os braços sobre a cabeça e sorriu. — Você gostou disso? Ele zombou. Ele estava zangado com ela? — Elizabeth inesperada... É demais. Mais uma vez o prazer foi inesquecível. Como se Elizabeth estivesse marcando sua mente com essas lembranças. Sua exploração ansiosa dele... a maneira como os lábios carnudos selaram-se em torno de seu sexo, as pequenas bochechas esvaziando enquanto sugava... o sorriso dela depois que audaciosamente aceitou seu derramar. Ela lhe disse que o assombraria depois que se fosse. Ele estreitou seu olhar sobre ela. Ela pode. — Eu fiz alguma coisa errada? Lothaire pressionou um joelho na cama. — Separe suas coxas. — Acho que não. Quando ela deslizou as pernas abertas, ele começou a endurecer mais uma vez, nem sequer se surpreendendo desta vez. Ele era insaciável por ela. O que não serviria. Eu vou me preocupar com isso mais tarde.

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Ele envolveu o sexo dela, deuses poderosos, ela tinha gostado de chupá-lo e engolir sua semente. Ela estava molhada com o desejo, então pronta estava para ser fodida, se não com seu pênis, então com os dedos. Ele afundou um dentro dela, provavelmente a primeira vez que ela já fora tocada assim. Ela ofegou. — Lothaire, está sensação é tão boa... — Você anseia por mim aqui? — E-esta é a minha recompensa? Você vai fazer sexo comigo? Sua alegria aparente com a perspectiva o provocou novamente. É demais. Ele estava rolando por dentro, e ela era a causa disso. — Não. Como mortal, você não está forte o suficiente para me receber. — Não se equiparava a mim em absoluto. Inferior em todos os sentidos! — Eu vou usar meus dedos. Ele o mexeu dentro dela. Ela era muito apertada, seu hímen ficando no caminho. — Isso precisa sair. — Do que... do que você está falando? Isto está começando a doer, Lothaire. Ele a estava machucando? Ele queria machucá-la. Ele estava obcecado com ela mais do que com a sua vingança, mais com que seus votos. Algo está errado comigo. Eu desprezo a sua espécie! Ele começou a forçar um segundo dedo dentro dela. Prendendo seu olhar, ele lhe comandou: — Tome-os, Elizabeth. Tome-os profundamente. Quando ele os forçou para dentro, espalhando-os, lágrimas brotaram dela. — Você não pode. — Eu posso! Seu hímen é meu. — Ele tirou os dedos, empurrando-os de volta para dentro. — Por favor, pare...— Ela se arrastou para trás, mas ele prendeu a mão livre sobre o pescoço dela. Sua cabeça caiu para o lado, os olhos apertados. Elizabeth não podia ser dele. Eu não sujeitaria a minha frágil fêmea ao corredor da morte pela metade de uma década. Claro que não era ela. Ele não tomaria a virgindade de sua Noiva com um impulso brutal de seus dedos... Eu não teria jurado obliterar sua alma. Tranquilizado, ele relaxou um pouco, capaz de controlar sua raiva. — Não se preocupe, a dor vai valer a pena. — Ele se encontrou alisando o cabelo dela para longe do rosto enquanto a deixava se adaptar a plenitude interior. — Ainda dói? Quando ela assentiu para ele com os olhos brilhando, algo se torceu em seu peito. Como alguém poderia feri-la? Tão bela, tão crédula. — Terna mortalzinha... Vou fazer ficar melhor, então. — A-apenas me dê um segundo. — Shhh, Lizvettav. Ele tirou os dedos, ajoelhando no chão no final do colchão. — Eu disse que ia recompensá-la. — Abaixando a cabeça, beijou seu umbigo, e desceu. — Espere, você não pode fazer isso! Não depois que você acabou... Oh, pare! — Novamente ela se arrastou para longe, mas ele prendeu seus quadris, arrebatando-a de volta.

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— O que você está fazendo? — Ela gritou. — Tomando tudo o que é meu. — Mãos espalmadas em sua bunda, ele a levantou como uma tigela aos lábios, pressionando a boca aberta entre suas pernas, deslizando a língua para dentro de suas dobras. — Lothaire, não... Oh! Ohhh... Ele provou a mordida doce do sangue de virgem misturado com seu próprio mel; rosnando baixo em sua garganta, tanto que ele quase se derramou no chão. — Sonhei em prová-la, Lizvetta. — Ele mordiscou, lambeu, devorou. Quando ela começou a balançar em sua língua, ele deslizou seu dedo indicador de volta para dentro de sua umidade, mexendo-a. Então ele curvou o dedo para cima até que encontrou aquela carne sutilmente enrugada. Seu inchado lugarzinho escondido, esperando para ser encontrado por um homem em busca. — Você já teve um homem lhe fazendo cócegas aqui? — Ele acariciou. — LO-THAIRE! — Ela gritou, curvando as costas. — Você soa surpresa. — Ele brincou. —Tomo como se você tivesse gostado? Valeu a pena um pouco de dor no início? — Enquanto esfregava novamente, ele disparou a língua sobre seu clitóris. — Oh, meu Deus. — Ela soluçou, apertando os lençóis. — Eu disse que ia lhe ensinar o quão boa podia ser a sensação. — Não pare... não pare! Ele imobilizou o dedo dentro dela, rindo contra sua carne. — Seu diabo! — Ela torceu os quadris, contorcendo-se violentamente para colocar seu dedo de volta naquele ponto. Pedaço sexy! —Lothaire, pare de me provocar! —Provocar? — Seu pênis pulsava. Ele já sentia os tremores iniciais. — É o mínimo que posso fazer desde que você está prestes a me fazer gozar sobre o meu tapete. Ofegante, ela inclinou-se sobre os cotovelos, os olhos arregalados. — Você está prestes a... Outra ondulação de seu dedo a fez cair para trás com um grito abafado, seus joelhos se abrindo amplamente.

Capítulo 34

Ellie ouviu o vampiro rindo novamente, mas desta vez parecia muito mais tenso. Através de olhos com pálpebras pesadas, ela encarou sua pálida cabeça inclinada sobre ela enquanto rodava a língua, suavemente acariciando seu interior.

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— Uhn, ficando tão molhada. — Ele rosnou, implacável. Ela estava perto, e ele manteve seu domínio sobre a borda. Aquela intensidade assustadora que ela sentia com ele antes voltava mais forte do que nunca. No entanto, em seguida... um movimento se agitou dentro de seu peito. Não. Não pode ser. Então aconteceu de novo. — Peça-me para lhe deixar gozar. — Lothaire lhe disse, — e eu poderia... — Não... Não! — Saroya começara a assumir o controle. Duas vezes em um dia? Ele ergueu a cabeça. — Não? — Ela está tentando ascender! — Ellie se inclinou para cima. — Lothaire, eu quero isso. Não me faça partir. Por favor, eu tenho que sentir isso! — Você me obedece, Lizvetta. Você fica aqui comigo. Ela deu um aceno trêmulo. — Eu-eu vou tentar. — Olhe para mim. — Seu olhar prendeu o dela, o vermelho hipnótico enfeitiçando-a. Era como encarar brasas. — O prazer é apenas para você desfrutar. Você permanece comigo para isso. Saroya já roubara tanto dela. Ellie se recusava a entregar isso também. Resistiu a ela com tudo o que tinha. Esperando... lutando... Com o tempo, a ameaça passou. — Eu acho que a fiz recuar. — Bom. — Ele correu o rosto contra sua coxa, como se ele a estivesse exaltando em um algum tipo de maneira animal. Ellie engoliu em seco. — Você vai continuar agora? Com aquele seu beijo? Com a mão livre acariciando seu membro e um sorriso repuxando seus lábios, ele se inclinou para ela mais uma vez. Quando curvou seu dedo, ele pegou o clitóris entre os lábios para sugá-la. Os olhos dela se arregalaram, então gradualmente, se fecharam. Seu beijo ficou mais forte. Desenfreado. Voraz. As sensações se aprofundaram, mais e mais forte enquanto ele rosnava contra ela. O turbilhão se apertou até... Ela gritou. — Ahhh, Lothaire! Meu Deus! Deslumbrante. Êxtase. Com espasmos entorpecentes, seu sexo agarrou o dedo dele repetidas vezes. Ela se sentou com um gemido baixo, segurando o cabelo dele, esfregando a carne contra a sua língua enquanto ele acariciava seu interior tão profundamente.

Perversa, como ela se move! Com o punho voando para cima e para baixo sobre seu pênis, Lothaire rosnava entre cada lambida faminta em seus reluzentes e escorregadios lábios.

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O orgasmo dela encharcava sua língua. Ele a lambeu mais forte. Ainda não era o suficiente, não era suficiente. O gosto dela precisava se manter com ele pela eternidade. Ela tentou pressioná-lo para longe; ele não seria negado. Logo, ela gritou de novo. Não terminara com sua mulher ainda. Quando as coxas se fecharam em torno de sua cabeça enquanto ela rebolava... Era demais. De uma só vez, seu esperma explodiu quando começou a ejacular no chão. Sua semente se lançava livre em ondas, acumulando-se debaixo dele enquanto lambia e lambia os orgasmos dela. Quando ele finalmente estava esgotado e ela se contorcendo em sua boca, ele lutou para recuperar o fôlego. Ele não confiava em suas pernas para ficar em pé, então vagarosamente beijou as coxas dela antes de riscar para a cama. Lá, ele se deitou de costas, puxando-a para ele. Ela vai se enrolar ao meu lado, fazendo tudo, menos ronronar com contentamento enquanto envolve um braço sobre meu peito e desliza a perna por cima da minha. Vou apertá-la mais perto, então ela vai adormecer em meus braços. Encaixando-se a mim... Elizabeth começou a chorar, cobrindo o rosto com as mãos. — O que é isso? — Atônito, ele arrancou as mãos dela do rosto. — Ainda está doendo? — Não. — Ela chorava miseravelmente. — Eu-eu só quero ir para o meu quarto. Seu ego estava tomando golpe atrás de golpe nesta noite. Minha Noiva não me quer, e quando eu satisfaço a minha amante, a mulher chora em pura angústia. Ele sabia que estava sem prática, mas isso era ridículo. — Então pelo que diabos você está chorando? — Você realmente v-vai fazer. Você tem toda a intenção de expulsar minha alma. — Por que você só agora está aceitando isso? — E-este foi o meu prêmio de consolação. Você queria que eu tivesse esse prazer como um presente de despedida. Obrigado por jogar, Elizabeth? Mas, fim de jogo? Ele apertou a testa. Porque ela provavelmente estava certa. E um par de orgasmos não poderiam reparar o que ele estava prestes a fazer com ela. Nada podia. Lágrimas corriam por seu rosto abaixo. —Mas nós... mas certamente isso não é algo que todos experimentam juntos. Você tem que sentir algo por mim. Com uma voz sem entonação, ele disse: — Se eu sinto ou não é irrelevante. Eu uso as pessoas e as descarto. Isso é o que eu sempre fiz. — Alguma vez você já descartou alguém e depois se arrependeu? — Nunca. — Mas você vai se arrepender comigo. — Ela correu o antebraço sobre os olhos. — Eu poderia lhe fazer feliz, Lothaire. Você vai perceber o que tinha apenas tarde demais. Suas sobrancelhas se juntaram. Ivana não gritara a mesma coisa a seu pai?

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Lothaire cautelosamente pressionou a cabeça de Elizabeth em seu peito, esfregando a palma da outra mão sobre a parte inferior das costas dela enquanto a envolvia nos braços. Estranhamente, ela deixou, até mesmo o agarrando para mais perto. — Você me sequestrou. Você v-vai me matar. Por que estou deixando você me confortar? Ele olhou por cima de sua cabeça. Porque eu garanti que você não tivesse ninguém mais a quem recorrer. — Tudo entre nós é doentio... distorcido. E não precisava ser. — Shh, shh— Ele a balançava em seus braços. Nunca consolara outra pessoa de tal maneira. Ele estava desajeitado com isso também. — Eu o-odeio t-tanto você. — Ela soluçava tão forte que seu corpo tremia contra ele, as lágrimas molhando seu peito. — Eu sei. —Quando eu-eu partir, você vai... vai c-contar aos meus filhos sobre mim? Vai c-cuidar deles? — Apenas relaxe por agora, Elizabeth. — Por que v-você e Saroya não poderiam apenas m-me deixar em paz? Eu apenas q-queria viver. Por que isso estava fazendo suas entranhas se contorcerem? Ele estava desenvolvendo uma consciência, ou Ellie Ann Peirce era sua Noiva. Ambos os cenários eram desastrosos para ele. Porque qualquer um dos dois significava que não seria Elizabeth a morrer, seria ele. A única saída de seus votos para o Lore seria sua própria morte. Ela não é minha, ela não é minha...

Capítulo 35

Os berros de Lothaire acordaram Ellie ao alvorecer. Ela piscou, surpresa ao encontrar-se nua e em sua cama com ele, embalada em seus braços. Ele estava vestido apenas com uma calça jeans escura, pressionando-a contra o peito descoberto. Como eles chegaram a esta posição? Ela não possuía nenhuma lembrança passada de chorar até dormir enquanto ele suavemente a acariciava. Soluçando até dormir. Embora ela sempre se orgulhasse de nunca chorar, soltou um oceano de lágrimas. Mas como ela não poderia? Ontem à noite, ela foi do prazer mais sublime para a mais brutal dor, ambas dadas a ela por um único macho. Agora ele estava, obviamente, nas garras de horríveis pesadelos. Estaria ele revivendo alguma memória horrível?

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Mesmo depois de tudo o que ele fizera para machucá-la, e iria fazer no futuro, ela sentia uma pontada de simpatia. Desenrolando-se de seus braços, ela se ergueu sobre os joelhos para espiá-lo. — Lothaire? — Ela murmurou, sua garganta arranhada. Os músculos no torso dele ficaram tensos até que pareciam atados sob a pele lisa pelo suor. Ele gritou em russo, torcendo os dedos como se estivesse em agonia. O que eu faço? Devo tocá-lo? Embora ele gritasse de novo e novamente, ele estava estranhamente imóvel, como se não conseguisse se mover. — Lothaire, acorde. — Não! — Ele rugia, os olhos ainda fechados. — Nããão! — Ele estendeu um braço, lançando-a em um voo. Pousando com um baque a alguma distância da cama, ela fez um inventário mental de seu corpo, constatando surpreendentemente que nada estava quebrado. Vacilante, ela ficou de pé. Eu não posso fazer nada por ele. E ele não merece a minha simpatia de qualquer maneira! Sacudindo a tontura, ela se afastou em direção a seu quarto, onde colocou uma camisola. Em sua própria cama, ela puxou os joelhos contra o peito, balançando-se enquanto os gritos dele ficavam mais alto. Balançando, balançando... Ela nunca ouvira ninguém em tal dor. Eu vou gritar de dor quando ele expulsar minha alma? Ele terá pena de mim? Ele lhe contou que não mostraria misericórdia... — Elizavetta? — Ele gritava atordoado. Ela fechou os olhos como se para bloquear o som. Ele chamava por ela? Por que seu nome e não o de Saroya? Porque ele precisa de mim. Não, ignore-o, Ellie! — Elizavetta? Ele parecia tão... perdido. — Perdido. — Ela murmurou, levantando-se para retornar ao quarto dele. — Não deixaria um animal sofrer assim. Ela congelou ao vê-lo. Trilhas sangrenta corriam de seus olhos fechados. Meu Deus, aquilo são... lágrimas? Que tipo de miséria poderia trazer esse vampiro insensível às lágrimas? Os próprios olhos de Ellie se encheram, e ela se viu subindo na cama com ele mais uma vez. — Não sofra, vampiro! — Ela escovou o cabelo pálido da testa dele. O que estava errado com ele? O que estava errado com ela? Ela sentia a necessidade de tirar a dor dele, e não podia entender o por que. — Lizvetta? — Ele respondeu asperamente, começando a se acalmar um pouco. Ela acariciou seu rosto dolorosamente belo. — Eu estou aqui. — Mais de sua tensão diminuiu. O vampiro podia pensar que se sairia muito bem sem ela; Ela não tinha tanta certeza sobre essas perspectivas. Ele podia desprezar tudo o que quisesse, mas claramente precisava dela. E

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perceber isto a afetou. Enquanto continuava a acariciá-lo, novamente imaginou como seria ser amada por Lothaire. Se ele algum dia parasse de planejar matá-la, ela podia ficar tentada a descobrir. Ellie balançou forte sua cabeça. Melhor não sonhar com coisas que nunca acontecerão. Então, ela franziu a testa a sua própria vez. Ele começou a desaparecer lentamente. — Oh, não, não! — Ele disse que poderia ser morto se riscasse em seu sono. — Acorde! A sobrevivente em Ellie pensou, Despache-o, garota. Mas alguma outra parte dela, uma que não conhecia muito bem, a fez pegar os ombros dele e chacoalha-lo. Nenhuma resposta. — Lothaire, não vá! — Ellie sabia que devia abandoná-lo e salvar a si mesma. Ela chacoalhou mais forte. No entanto, em vez de trazer Lothaire de volta para ela, tudo o que fizera foi assegurar-se que partisse para o desconhecido com ele. Seu último pensamento: Querido Deus, sobre o que é o pesadelo dele...?

Mantenha a sanidade, Lothaire ordenou a si mesmo enquanto a terra pesava sobre ele. Quanto tempo desde que seu pai havia enterrado-o aqui em sua cova eterna? Quantos séculos desde que fora deixado para apodrecer dentro de uma floresta de árvores Sanguinárias25? Sua punição por tentar assassinar Stefanovich. A tentativa que falhou. Porque eu fui traído. Pela único amigo que ele já conhecera. Correntes o amarravam aqui na terra. Ele era incapaz de riscar para fora delas, muito fraco para quebrar os elos. Incapaz de morrer pela luz do sol ou uma decapitação rápida. Ele podia dizer que outra raiz encontrara sua pele, que começara a afundar. Logo cavaria através dele, procurando qualquer carne regenerada, qualquer gota de sangue da casca de seu corpo. Raízes enrolando-se em todos os seus membros; verme para sempre se banqueteando. Ele queimou para gritar em agonia e frustração, mas estava preso firmemente, não podia mover parte alguma de seu corpo. Nem mesmo abrir sua mandíbula ou a parte que restava de seus lábios. Quanto tempo desde que seu pai o castigara assim? Um de seus pais o enterrara para salvar sua vida, o outro para atormentá-lo— Movimento de cima? Ele podia sentir as vibrações. Algumas vezes Stefanovich cortava a garganta de um mortal sobre este túmulo, encharcando a terra com sangue, tão perto que Lothaire podia sentir o cheiro, mas nunca o alcançava. Sempre fora de alcance. Perdendo sua sanidade mental, entregando-a hora a interminável hora. A superfície sempre fora de alcance... Ele de fato ouvia espadas rasgando a terra acima? 25

A Sanguinária canadensis é uma planta com flores perenes e herbáceas, natural dos Estados Unidos e do Canadá.

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Não, ninguém está cavando. Quantas vezes ele imaginara tal cenário? Quem iria escavar por ele, quem diabos se importaria o suficiente para isso? Seus amigos, seus parentes? Lothaire não tinha ninguém com que pudesse contar. A cada segundo, o seu tormento o lembrava que ninguém neste mundo inteiro dava a mínima se ele sofria. Mas então ele sentiu parte da pressão em cima dele diminuir. Poderia ser a tensão sobre a algema ao redor de seu pescoço? Como um tiro, ele foi arrastado para cima, as raízes violentamente arrancadas de seu corpo, arrancando carne manchada dele. Na superfície, finalmente? Muito brilhante, muito brilhante! Depois de escuridão por tanto tempo, até mesmo o preto da noite estrelada doía sua vista. Ele tentou silvar, tentou cobrir seus olhos deteriorados com o que restava de seu braço. — Ah, Lothaire! Fyodor? Meu tio? — Eu tenho procurado por você. Salvo. Meu tio veio para me salvar. Se Lothaire possuísse qualquer sangue de sobra, lágrimas iriam correr de seu rosto. Eu tinha alguém lá fora, alguém leal a mim. — Por seis séculos eu o procurei. Seiscentos anos! No solo por tanto tempo? Eu nunca imaginei... — E agora, sobrinho, vou libertá-lo de suas algemas. Sob duas condições. Condições? Lothaire queria ranger. — Qualquer coisa! Farei qualquer coisa. — mas seus lábios e língua foram devorado. Ele barganharia pela condenação, não poderia ser pior do que a sua situação atual. — Caso contrário, vou plantá-lo diretamente de volta para o chão, para nunca mais retornar. Tio, como você pode dizer isso para mim? A traição... — Meu irmão lhe fez mal nesses séculos, Lothaire. Mas você não devia ter enfrentado Stefanovich até que estivesse mais forte. Eu vou ajudá-lo a curar-se disso, irei ensiná-lo a como se tornar poderoso o suficiente para derrotá-lo. Tudo o que peço em troca é a sua fidelidade e a cabeça dele. Eu sou herdeiro régio de Stefanovich. A Horda vai me aceitar, porque ele não tem filho legítimo. Eu vou encontrar uma maneira de deixar o trono para você, se eu morrer. Ele me liberta apenas para caçar seu irmão, soltando-me de minha jaula, como uma criatura do inferno. Fyodor deu seu sangue a Lothaire para se curar, colocando-o em sua boca incrustada, apenas o suficiente para que ele pudesse falar mais uma vez. — Você jura sua fidelidade a mim, seu futuro rei, até o dia que eu morrer? — Fyodor disse. Embora Lothaire quisesse uivar com fúria, dizer a seu tio para fazer seu pior, ele não podia. — Eu-eu juro. — Disse ofegante, vomitando terra e sangue fresco. —a-ao Lore— Eu nunca vou esquecer esta traição, tio, nunca. — Então bem-vindo de volta à vida, Lothaire, para um novo começo.

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Contra a cegante luz branca das estrelas, Lothaire apertou os olhos passando por Fyodor e viu aquele que uma vez chamara de amigo, secretamente observando da floresta...

Sacudindo os restos do sonho, Lothaire arranhou seu peito nu, afundando-se de joelhos dentro da Floresta de Sangue mais uma vez. Enquanto gritava para o céu noturno, a umidade corria de seus olhos. Eu não posso continuar vivendo assim. O abismo o encarou de volta. Finalmente, eu tombei sobre a borda. Ele se ajoelhou diante da árvore imponente que plantara, olhando em horror na casca, o sangue jorrando. Meu sangue. Ele fodidamente queria mergulhar no abismo! Sanidade forjara apenas dor. Ele deu uma risada enlouquecida, aliviado quando se sentiu caindo... caindo... — L-Lothaire. — Ele ouvia Elizabeth fracamente chamando-o. Ele estava sonhando as lembranças dela? Ele sentiu o cheiro de seu medo, se atirando de pé. Não, não, ela não pode estar aqui. Isto não era real. — P-por favor...— Ela chorava. Ele se virou, mas não acreditou em seus olhos. Ela estava em suas mãos e joelhos sobre um monte de neve, rastejando em direção a ele. Elizabeth estava aqui. Seus lábios estavam pálidos, sua expressão, aflita. — M-muito frio. A loucura precisa esperar. — Lizvetta! — Ele gritou, enrijecendo, se preparando para riscar. Inimigos apareceram ao lado dela. Um espada em sua garganta o deixou imóvel e gelado. Tymur, a espada Fiel. A gangue de demônios de Tymur, Cerunnos, e vampiros os rodeavam. Para levá-la de mim. Todos empenhados em levá-la de mim. — Ah, Lothaire, acredito que tenho algo que lhe pertence. — Tymur disse, sua barba desgrenhada balançando todo o caminho até seu peito. — Se você riscar para longe ou resistir a nós, nunca mais vai vê-la novamente. Mais dos capangas de Tymur se fecharam ao redor de Lothaire. Demônios lançavam golpes duros em sua cabeça e costas, esfaqueando-o com espadas curtas. Ele não podia fazer nada para se proteger, não podia fazer nada para alcançá-la. Sua visão se nublou. Sangue em torno de meus pés? Meu? Sangue negro, de seu coração negro. A consciência vacilou, Lothaire lutou para manter seu olhar concentrado em Elizabeth. Tymur a empurrou de joelhos, torcendo um comprimento de seu cabelo em torno do punho carnudo. Os gritos suaves dela. Não consigo chegar até ela. Seu olhar aterrorizado encontrou o de Lothaire.

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A clareza o atingiu; o reconhecimento cantou dentro dele, percorrendo cada uma de sua veias. Era ela. Sua Noiva. Queridos deuses, era... Elizabeth. Você vai perceber o que tinha tarde demais. Era tarde demais? Sua mulher, capturada pelos seres mais mortíferos do Lore. Eu me aliei a eles. Sou pior do que eles. — Este é ricpo. — Os olhos de Tymur se avermelhavam com satisfação. — O flagelo do Lore emparelhado com um mortal? Você não poderia ter maior deficiência. É tão difícil manter esta espécie viva. Em torno de uma boca cheia de sangue, Lothaire sufocou para fora. — Machuque-a e infligirei um furor indescritível... a sua casa... a seus descendentes. Não viverei para nada mais! Quantas vezes ele estivera nesta situação, mas ao inverso? Quantas vezes colocara sua espada na garganta de uma fêmea, sorrindo diante do frenesi de seu macho para alcançá-la, o animal nele precisando protegê-la. Mas eu negociei com eles. Elizabeth levantou as mãos sobre suas orelhas, murmurando. — Não é real, não é real. — O que você quer, Tymur? A recompensa? — Apesar de ser tentador, eu planejo manter essa adorável humana. E todas as noites em que meus homens e eu bebermos de suas coxas, vamos brindar ao Inimigo do Antigo, ao bastardo indesejado que pensou em nos governar. — Você não vai tocar nela, porra! Um Cerunno inclinou-se para Elizabeth, a língua bifurcada agitando-se ao longo da bochecha dela enquanto a cauda dele se enrolava em torno de seus joelhos. Diante disso, seus olhos cinzas ficaram assustadoramente em branco. Os lábios entreabertos, os braços molemente em colapso. Ela olhava fixamente para o nada. — Não, Lizvetta! — O pânico o encheu. — Oh, querido, a mente dela está se quebrando. — Tymur estalou a língua. — Isso acontece com eles. Uma pena. Ela não vai saber do que está sentindo falta. Quanto a você, eu vou planta-lo de volta no chão, deixar sua árvore se alimentar de seu sangue um pouco mais. Eu acredite, ela vai sentir falta de você. Lothaire estremeceu, enquanto o suor irrompia sobre seu corpo. — Quanto tempo você ficou enterrado na última vez? — Tymur perguntou em um tom contemplativo. — Ou talvez você posa me dar seu lendário livro de contabilidade. A garota em troca do livro, Lothaire. Minhas milhares de dívidas para salvá-la? Depois de todos esses anos de labuta? Parte dele queimou para gritar: — O livro é seu, apenas deixe-me tê-la de volta! Parte dele ainda era... Lothaire. E dizia a si mesmo que poderia riscar daqui, então encontrar Elizabeth, no futuro, poderia recuperá-la de seus inimigos. Mas por todos os deuses, eu a quero agora!

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— Dê-me sua decisão...— A voz de Tymur morreu quando uma névoa súbita soprou para dentro. A gangue ficou inquieta. Ele ordenou. — Chequem o perímetro. Quatro homens apareceram, espadachins maciços de pele clara, cada um com sua arma levantada. Lothaire não acreditava em seus olhos. Eles vieram da névoa. Dácios. Quando os demônios e Cerunnos se lançavam em um ataque, os Daci começaram a cortar por eles, fria e metodicamente. Lutando sem emoção, pura precisão letal. E eles estavam lutando para chegar até Elizabeth. — Capture a mortal. — O maior Dácio ordenava. — Levem-na de volta para o castelo. Nem Lothaire ou os espadachins seriam capazes de alcançá-la antes que Tymur riscasse-a para longe deste lugar. Para longe de mim. Enquanto Lothaire se debatia contra seus captores, o vampiro agarrou Elizabeth pelos cabelos mais uma vez, arrastando-a para ficar de pé. Ela não evidenciou qualquer reação. No entanto, quando Tymur tentou riscar, nada aconteceu. Lothaire se atreveu a olhar ao redor. Nenhum dos demônios ou vampiros da Horda podiam riscar na névoa. Aquele líder dos Daci se aproximou de Tymur, se aproximou de Elizabeth. Se o espadachim Dácio a levasse de volta para seu reino escondido, Lothaire nunca poderia encontrá-la. O pânico redobrou. Com todas as forças restantes em seu corpo, ele disparou contra as garras dos guardas demônios, finalmente se libertando. Ele matou três inimigos, quatro... Somente o Daci, Tymur, e dois outros guardas restavam. Tymur girou para se defender de Lothaire, soltando Elizabeth; ela mergulhou na neve, seu olhar ainda vago. E se nunca se recuperasse? A fúria o atacou como um chicote. — Você já errou para o mal, Tymur. — A sede de sangue fervia adiante. — Agora você conseguiu morrer. — Atacando em um riscar, Lothaire se chocou contra o vampiro, arremessandoo longe de Elizabeth. Impacto esmagador de ossos. Tymur gemeu em agonia. Lothaire arrancou a arma dele. O vampiro olhou para Lothaire, sabia que a morte o tinha alcançado; quando Lothaire deslizou seus lábios para trás de suas presas e jogou a espada longe, Tymur se encolheu. — Você ia tornar minha noiva uma escrava de sangue? — A voz do Lothaire era... enlouquecida, irreconhecível. — Minha mulher? Minha Elizabeth? Enlouquecido de raiva, ele cortou suas garras sobre Tymur, socou seus punhos através do torso espancado do macho, coletou punhados de vísceras. Ele gritou com prazer quando arcos de sangue pulverizavam através da neve. Quando finalmente arrancou a cabeça deformada de Tymur, Lothaire olhou para cima através da névoa. Todos os inimigos foram derrubados, menos os frios Daci. Eles circulavam Lothaire e Elizabeth, seus olhares atentos, mas inescrutáveis. A sede de sangue ressoava dentro dele, a necessidade voraz pela carnificina. Ele trancou seu olhar no sangue que ainda jorrava do pescoço estraçalhado de Tymur. Lambeu os lábios por aquela fonte fumegante.

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O corpo se debatia nos espasmos da morte, excitando-o. Lothaire gemeu, as garras afundando na cabeça que ele carregava. O Daci o assistira cair sobre sua presa em um frenesi? A sede de sangue, uma febre inegável... O batimento cardíaco de Elizabeth? Calmante... como ondas. Como um farol. Com a visão clareando, ele viu sua forma delicada no meio da carnificina que ele fizera. Ele soltou a cabeça de Tymur, agachando na frente dela para enfrentar o Daci. O líder tinha olhos da cor de gelo, glacial e igualmente impiedoso. A cor que meus olhos costumavam ser. Em Dacian, ele disse: — Então, esteve perto de perdê-la para sempre, Primo. — Ele estreitou os olhos diante do olhar vazio de Elizabeth, em seus lábios azulados. — Você ainda pode perdê-la, inclusive. Primo? Com um rugido brutal, Lothaire riscou Elizabeth para longe.

Capítulo 36

Ela ouvia Bruxa e Lothaire argumentando, suas vozes eram indistintas. Mas Ellie não podia responder. Quando desapareceu com Lothaire, ela de repente viu-se transportada para uma terra congelada, então abandonada em meio a escuras árvores sem folhas que pingavam sangue. A floresta sangrenta sobre a qual ele divagava? À distância, ela viu o castelo mais mal-assombrado que já imaginou. Então demônios com chifres e Cerunnos a cercaram. Uma coisa é ler sobre serpentes ambulantes, outra bem diferente é ser capturada por elas. As coisas que ela vira... coisas que não poderiam estar certas. E as coisas que ouvira, as alusões sobre a tortura de Lothaire. Ele lhe disse que ficara enterrado vivo por seiscentos anos. Quando estava nas garras de um pesadelo cansativo, ele inconscientemente voltara a sua... sepultura? Ela queria apenas recuar um pouco, deixar Saroya sofrer aquela cena horrível. Mas quando a deusa não ascendeu, Ellie caiu neste estupor. Lembrava-se de pouca coisa depois disso, percebera gritos apenas remotamente, espadas retinindo, os rugidos profanos de Lothaire. E agora Ellie não conseguiu sair desse estado, não conseguia falar. Ele a sentou endireitada em uma cadeira, mas ela não podia se mover dela. — Vampiro, eu o avisei disso! — Bruxa gritava enquanto enfiava cobertores sobre os ombros de Ellie. — Mortais podem quebrar. — Então a remende! — Como eu poderia saber como tratar uma mortal em choque? Ela está catatônica! — Eu não dou a mínima. Ordeno a você, cure-a!

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— Por que você a levaria para Helvita? O que você esperava? Você tem sorte por ela não ter morrido sob a força dos elementos. — Eu risquei dormindo. Devo tê-la agarrado. Não, eu me agarrei a você. Como uma idiota. — Não importa, Bruxa! — Cada palavra soando mais alto, Lothaire estalou — Agora, pare de ser uma vadia tola e a conserte! — Eu não achava que você se preocupasse com a mente dela, apenas com o corpo. Correto? Saroya sairá ilesa disto, vampiro. Assim, você pode relaxar. Bom ponto. Por que Lothaire se importava em absoluto? — Silêncio! Deixe-me pensar! — Em um tom vago, Lothaire murmurou. — Eu me lembro de alguém que passou por isso. Devo recordar quem era. Maldito seja, quem foi? Ambos começaram a compassar, a falar ao mesmo tempo: — Ele quer que eu conserte um ser humano! Devo buscar o uísque? Ou talvez um Band-Aid? — Foi um macho. Ele sofreu essa mesma coisa! Quem diabos era? Então Lothaire disse: — Eu me lembro! — E desapareceu. Bruxa soava como se tivesse começado a florear rápido por algum livro de feitiços. — Elizabeth, o vampiro vai sair matando loucamente por causa disso. Como é improvável que ele puna a si mesmo, você precisa acordar! Eu preciso? Ellie não pensava que queria viver em um mundo como o Lore. Onde um pai enterra o filho vivo por séculos. Onde habitavam os monstros. A língua bifurcada que deslizou por minha bochecha... Em sua memória, seus pensamentos se calaram mais uma vez. Por quanto tempo, ela não sabia. De repente Feiticeira estalou. — Quem é ele, Lothaire? Isso é algum tipo de piada? Outro macho esteve aqui? A voz profunda disse: — Meu nome é Thaddeus Brayden, senhora. Mas você pode me chamar de Thad.

Lothaire apanhara o menino diretamente do quintal da frente de Val Hall, dizendo: — Eu preciso de sua ajuda para consertar a Lizvetta. As Valquírias gritaram. — Você não pode levá-lo! Solte-o, vampiro! Ao que Lothaire eloquentemente respondera: — Vão se foder! — Você poderia por favor me explicar o que está acontecendo? — Thaddeus perguntava para Bruxa agora. — O Senhor Lothaire não está fazendo muito sentido. E, uh, de quem é o sangue que está todo espalhado por ele? Quando a fey olhou para Lothaire, ele assentiu, confiando no menino. Até uma certa extensão.

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Bruxa disse: — Essa menina é nova no Lore e acaba de estar no meio de uma luta de espadas típica do Lore. Lothaire ganhou, mas ela viu as criaturas do Pravus. O entendimento correu pelo rosto de Thaddeus. — Entendi. Isso foi tudo o que precisou para surtar. E Thaddeus era um Lorean, mesmo se ele não soubesse que era na época. Elizabeth era uma mortal. Ela é tão fraca. Fraca! E se ele nunca visse o olhar teimoso dela novamente? Sentisse sua paixão? Você iria exterminá-la de qualquer jeito, a mente dele sussurrou. Ela talvez possa ser minha Noiva, mas ela não pode ser a minha rainha. Lutando para controlar seu tom, Lothaire disse: — Então, o que será preciso para compreender, Thaddeus? — Umas poucas semanas, e os cuidados de uma Valquíria e uma fey agradáveis. — Semanas! — Para Bruxa, Lothaire disse. — De volta com você, Venefican. Ela olhou para baixo em seu livro de feitiços como se o pressionando fosse conseguir uma resposta. — Uh, é só uma sugestão, Sr. Lothaire. — Thaddeus começou. — mas não deveria estar, tipo, abraçando a Lizvetta ou algo assim? Se eu a tomar em meus braços, a apertarei desesperadamente, forte demais. — Espere! — Bruxa gritou. — As vinhas cinzas ajudam a mortais também. Eu poderia limpar a mente dela com a poção que eu pretendia usar em você. — Excelente ideia, Bruxa. Apenas um problema, não havia encontrado as fodidas vinhas para serem usadas! — Há uma outra fonte. Eu não me incomodara em falar porque é quase impossível. — Diga-me! — Nereus. — Ela não disse mais nada. O deus do mar. — Ele me tem uma dívida de sangue. — Mas teme a chegada de Lothaire, sem dúvida supondo que iria pelo primogênito dele. Nereu recrutara guardas para proteger seu covil, alguns dos imortais mais cruéis que já viveram. — Bruxa, comece a fazer a poção mais uma vez. — Mas como você vai passar pelos sentinelas deles para resgatar sua dívida? — Eu provavelmente não vou. — E com isso, Lothaire riscou até a borda de uma costa montanhosa, perpetuamente tempestuosa para enfrentar um deus.

Capítulo 37

Para onde Lothaire foi? Ellie imaginava.

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Ele estaria em perigo? Ela também não sabia por que devia dar a mínima. Independentemente de sua catatonia, nada mudara entre eles. Certo? Aquele jovem se abaixava na frente de Ellie, então gentilmente movendo a cabeça dela até que esteve de frente para ele. Mas ela ainda não podia enfocar seus olhos. — Então você é a Noiva do Lothaire. Eu sabia que ele ia me deixar conhecê-la! Não importa o que jeito rude que ele ostente. Eu não sou a Noiva dele, sou uma camponesa de estimação que ele usa para se satisfazer até que possa me matar. Pelo menos, era isso o que ela pensava apenas algumas horas atrás, enquanto chorava nos braços dela. Mas, considerando a reação de Lothaire mais cedo...? Agora, ela não sabia. — Lizvetta, não é? — Perguntou o recém-chegado com um sotaque sulista. Não um sotaque de montanha, mas definitivamente do Sul. Bruxa disse: — Ela prefere ser chamada de Ellie. — E você? Eu apenas não posso chamar alguém tão bonita quanto você de... Hag26. Talvez você tenha um nome do meio? Ellie achava que ele estava sorrindo quando disse isso. — Lothaire não gostaria que você me chamasse... — Deixe que apenas eu me preocupe com ele. — Muito bem. Meu nome é Balery. Ela contou para ele, mas não para mim? — Prazer em conhecê-lo, Balery. — E o que você poderia ser, Thaddeus? Você parece mortal. — Obrigado. Mas na verdade sou um mestiço de vampiro e fantasma. Hag—Balery—respirou fundo. — Por quê? — Sim, eu recebo bastante essa reação. — Mais uma vez, Ellie ouviu diversão em seu tom. —Desde que eu sou perversamente poderoso, raro e tudo isso. — Em seguida, para Ellie, ele disse, — Meu nome é Thad. Sou amigo do Sr. Lothaire. E vou ajudá-la a passar por isso. Esse cara estava falando sério? Sua voz profunda estava cheia de bondade, mas se ele era amigo do Lothaire e parte vampiro, aquilo não o tornaria mal? — O Sr. Lothaire veio e me pegou porque eu era humano até a pouco tempo. Ou pelo menos, eu pensava que fosse. E fiquei catatônico quando vi algumas das criaturas que você conheceu hoje. Coisas arrepiantes, huh. As coisas que vi... Thad tomou suas mãos nas dele. Elas eram grandes e áspera, aquecendo as dela. — Mas você está a salvo agora. Ninguém vai machucá-la. Nós vamos protegê-la.

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Hag pode ser traduzido como bruxa; mulher velha, feia e rabugenta.

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Segura. Protegida. Como Ellie ansiou por alguém que lhe dissesse exatamente isso! A qualquer momento nos últimos cinco anos. Mas ainda assim ela não conseguia focar o olhar, nem mesmo para ver como ele era. — Quando eu sai do surto. — ele continuou, — esta Valquíria realmente muito legal chamada Regin, a Radiante, e uma fey sombria chamada Natalya, me tomaram sob suas asas. Regin, a Radiante, aquela que Lothaire perseguia? Oh, Deus. Eu odeio este mundo. — Todos os dias as senhoritas conversavam comigo, sobre coisas normais na maior parte das vezes. E depois de um tempo, eu me senti confortável o suficiente para levantar minha cabeça. — Ele lhe deu um leve aperto de mãos. — Então é isso que eu vou fazer com você. Conversar. Porque não há nenhum outro lugar onde eu gostaria de estar. Eu estou me escondendo da minha mãe adotiva. Ela é a melhor, mas ela acha que eu estou no colegial e ainda sou humano, mas eu já parei com a escola mortal. Assim, todos os dias das oito as três, eu tenho que sumir. Eu ando com as Valquírias na maior parte do tempo, mas nenhuma delas joga futebol americano. Elas só gostam de se embebedar com as bruxas, jogar vídeo game, e gritar para quaisquer outras coisas. Isto é melhor que o Livro do Lore... — Ei, se você chegar a superfície, vou lhe contar histórias sobre o Sr. Lothaire. Sobre como ele salvou a minha vida repetidas vezes. Bruxa parara momentaneamente de agitar sua poção quando ouviu isto? — Então sobre o que eu deveria falar agora? — Thad ponderou. Ellie o ouviu estalar os dedos quando disse: — Oh, eu já sei... Sua voz era um bálsamo calmante, ele lhe contara sobre as Valquírias emitindo raios por causa da emoção, iluminando o céu como se fosse o quatro de julho27. Ele falou sobre como uma Valquíria que parecia uma fada madrinha chamada Nix o arranjara um tutor vampiro, um que estava lhe ensinando como riscar e ligar pedindo sangue para viagem. Ele contou a Ellie como ele, sua mãe e sua avó estavam agora vivendo em uma grande mansão em Nova Orleans. E durante todo o tempo fez pausas para lhe lembrar de que nunca deixaria alguém machucála, que ela estava segura. Com o tempo, o olhar de Ellie começou a se concentrar nele. Ela poderia dizer que ele era alto, musculoso e de cabelos escuros. Bonito. — Você está voltando, Ellie. — Ele sorriu. Oh, aquele sorriso! Com covinhas. Tão genuíno, tão aberto. — Você apenas tem que voltar um pouco mais. Não vou deixar nada machucar você. Ela tentou falar, se mover. Lutando... Eu posso fazer isso. Mente sobre a mente. Assim como chutar Saroya para fora do palco. Ellie começou a forçar seu caminho. — É isso, querida. Volte para nós. Lute... lute... uma respiração profunda. — Oi? 27

Dia da independência nos Estados Unidos.

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— Bem-vinda de volta! — Oh, graças aos deuses. — Bruxa disse, acrescentando num murmúrio. — Agora nós todos poderemos viver.

Capítulo 38

Quando Ellie saiu do chuveiro, bruxa estava esperando com uma muda de roupa. — Thad se recusou a partir até que Lothaire retornasse, pensando que você poderia precisar ser vigiada até que o mano dele voltasse. — Claramente Thad nunca viu você empunhar um facão. — Ellie pegou as roupas, uma camiseta e um par de bermudas que deixara por aqui. — Não é que as barreiras o permitiriam partir de qualquer maneira. Sem um portal ou escolta, ninguém além de Lothaire pode riscar para dentro ou para fora daqui. Eu tinha planejado segurá-lo aqui até que Lothaire decidisse o que devia ser feito com ele. — Para onde Lothaire me levou mais cedo? O que era aquele lugar horrível? — Ele acidentalmente riscou você para a capital da Horda de Helvita. — Aquela sobre a qual li. Foi lá que ele foi torturado? Bruxa não confirmou nem negou. — Agora, sobre esse menino. Se você contar a ele qualquer coisa sobre sua situação atual, Lothaire irá matá-lo. Uma palavra disto será igual a um decreto de morte. Você não pode pedir a ajuda dele para escapar. Ellie se arrastou para as bermudas. — Eu não vou dizer nada. — Eu vi você olhar para o telefone celular de Thad antes de pedir licença para tomar banho. — Sim, bem, eu vi você me vendo olhando para o seu telefone. Bruxa cruzou os braços sobre o peito. — Foi por isso que você não pediu a ele para usá-lo? Porque temia minha represália? — É verdade, eu não queria que você cortasse a mão dele. Mas eu também me contive por outra razão. — Diante da expressão de questionamento de Bruxa, Ellie disse. — Eu sou a Noiva de Lothaire, não sou? Ela se virou abruptamente para organizar uma toalha sobre o cabide. — Por que você está me perguntando isso de novo? Ellie vestiu sua camisa. — Houve um momento na briga quando ele pareceu... atordoado enquanto me olhava. As últimas vinte e quatro horas foram uma montanha-russa para Ellie. Ontem à noite, ela aceitara o seu fim. Agora, algo tinha mudado. Como poderia Ellie acreditar que Lothaire a condenaria após a sua preocupação óbvia, seu pânico?

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— Não importa se você é ou não, Elizabeth. Ele precisa de Saroya para reivindicar a coroa da Horda. — Porque ele é ilegítimo. Bruxa assentiu hesitantemente. — Por que ele não pode simplesmente usar o anel para consegui-lo? — Lothaire me disse que o anel poderia fazer qualquer coisa. — Você só pode usá-lo algumas vezes antes que seus desejos comecem a dar errado. Além disso, sem Saroya ao lado dele, haveriam incontáveis rebeliões. — Eu não entendo. Saroya não tem poderes. — A Horda apenas aceitará um herdeiro vampiro da realeza, ou um casado com um nobre... — Ou uma ex-deusa vampira. — Exatamente. E desde que ele planeja usar a Horda para assumir o Daci, Saroya é igual a duas coroas. Ellie não se igualava a qualquer daquelas coisas. Não importa se eu sou a Noiva dele. Ele teria que querê-la mais do que a estes tronos. Quando Ellie terminou de se vestir, Bruxa disse. — Mais uma vez, você não pode contar a Thad qualquer coisa que possa ficar no caminho dos planos de Lothaire. — Eu entendi. Mas ei, você não conte ao garoto que eu estava na prisão por assassinato, certo? Bruxa assentiu em concordância, e elas voltaram para a cozinha. De uma só vez, Thad se levantou de seu assento no balcão. Que cavalheiro. Ele estava vestido em jeans desbotado que destacavam suas pernas poderosas e uma camisa preta lisa que se esticava sobre os seus peitorais bem desenvolvidos. O garoto era construído como um linebacker28. — Você retomou suas cores, Ellie. Você vai estar tão correta como a chuva no momento em que o Sr. Lothaire retornar. Enquanto Bruxa continuava seu trabalho na base da nova poção, Ellie se sentou ao lado dele. — Conte-me como você e meu mano se conheceram. — Thad disse, seus olhos animados. De perto, ela podia ver que eram cor de avelã com vivas manchas azuis. — Hum, Bruxa nos reuniu. — Ellie respondeu vagamente. Ele franziu a testa para a palavra Bruxa. — Quero dizer, Balery usou o poder de previsão dela e tudo mais. — Esses oráculos. — ele sorriu para a fey, — sempre ajudando o pessoal. Morda a língua, Ellie. — Então você... você não pode realmente ser amigo do Lothaire? — Eu sou, senhora. — ele respondeu com orgulho, seu peito se curvando. — Estou bastante certo de que sou o único amigo dele. 28

Posição do time de defesa de uma equipe de futebol americano.

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Por que isso fez seu coração se apertar? Ela odiava Lothaire mais do que nunca depois da noite passava. Não odiava? Certamente que odiava. No entanto, outra coisa estava se agitando dentro dela. Ellie não se atrevia a nomeá-la porque isso confirmaria que ela era uma tola. Eu não sou a tola de ninguém, muito menos de Lothaire. Ele podia ter mudado a maneira como olhava para ela, mas ela ainda estava recém-saída dos soluços sobre sua execução que se aproximava. Para não mencionar a viagem desta manhã. — Espere aí, você me chamou de senhora? Eu não sou muito mais velha do que você. Você parece que tem uns vinte anos. — Acabei de fazer dezessete. — Em um tom prático, ele disse. —Todo mundo achava que eu era mais velho, porque sou tão alto e robusto. Bruxa murmurou: — Isto você é. — Depois de limpar a garganta, ela perguntou, — Como você conheceu o Lothaire? Nós achamos que você é um conhecido improvável para ele. — Ele e eu fomos ambos capturados por esses soldados humanos, então presos nessa ilha para sermos torturados e passamos por experiências bizarras e tudo mais. — Oh, meu Deus, isso é horrível! — Ellie disse, brevemente segurando o braço musculoso dele. — Por que eles fariam essas coisas com vocês? — Eles são chamados de A Ordem. Eles consideram que os imortais são miscreats, criações errôneas. Abominações e tal. Eles planejam exterminar cada um de nós. — Como você foi capturado? — Foi a coisa mais maldita. Eu tinha acabado de sair para pegar uma garota e levá-la ao cinema, preocupado com nada mais do que com a Eagle Scouts29, o meu toque de recolher, e talvez roubar um beijo da minha garota. — Ele piscou para Ellie, e ela sentiu vontade de se abananar. — Quando fui ver, estava acordando em um tanque com todas essas criaturas. Foi quando eu surtei. — Deve ter sido terrível. — Bem, não foi um piquenique de junho, isso é certo. E a cela! Você não pode imaginar como é ficar enjaulado por dias a fio. Eu não posso? Seu amigo me colocou na casa grande por cinco anos. Estala a faixa de borracha30. Estala! — Eu só passei por uma sessão de tortura, não foi tão ruim, mas o Sr. Lothaire? Eles o queimaram até que a pele dele descascou e você podia ver seus ossos. Eles o deixaram com fome. Ele simplesmente ria, mexia com as mentes dos humanos e tudo mais. Ellie poderia facilmente imaginá-lo fazendo isso. — Quando todos os presos se soltaram, ele salvou a minha vida, repetidamente. E durante todo o tempo, ele estava desesperado para sair da ilha. Nós imaginávamos que ele tinha alguém 29

A classificação mais alta dos Garotos Escoteiros da America. Usa-se uma faixa de borracha no pulso para ajudar a deixar de fazer algo ou ter certo comportamento. Quando você estala a faixa, lembra-se de que deve parar de fazê-lo ou agir daquela forma. 30

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para quem voltar. Não sabia que era você! — Claramente se lembrando de alguma memória, Thad disse. —Sr. Lothaire certamente é louco por você. Não por mim. — Então, o que você faz, Ellie? — Ele perguntou. Bem, antes, eu tinha uma posição no corredor da morte, mas ultimamente tenho sido o joguete de um vampiro. Em breve eu vou ser sacrificada para que a Ceifadora de Almas e o Inimigo do Antigo possam fazer bebês. — O que eu faço? — Ellie captou o olhar de advertência de Bruxa. Em um fingido tom alegre, ela disse — Ei, você quer uma bebida, Thad? Eu ficaria feliz com uma bebida. E eu quero mostrar este baú para você...

Três horas mais tarde, Ellie falava de forma indistinta para o baú. — Eu disse Tequilas Cuervo31, por favor. De alguma forma ela, Thad, e Bruxa já tinham terminaram dois baldes de Coronas32. Thad lhe dissera que nunca provara tequila. Ellie mal se lembrava. Havia uma forma de remediar isso! — Limão. Sal. Outro balde de Coronas. E batatas fritas, obrigado. Quando Ellie arrastou sua dose do balcão, encontrou Thad zumbindo enquanto apertava uma dobradiça da fechadura com uma ferramenta de bolso multiuso. Bendita Eagle Scout. Ela e Bruxa estavam em trajes de banho, e ele tirou a camisa. Apesar de ser um dia sem nuvens, Thad não tinha problema com o sol, e ele tinha um bronzeado para provar isso. — Acho que é minha metade fantasma. — ele explicou com um encolher de ombros. Atrás das costas deles, Ellie imitou um gatinho arranhando; Bruxa sorria para sua cerveja. Depois de abrir num estalo uma rodada para os três, Ellie se afundou na poltrona para assistir o suor gotejar ao longo do sobe e desce dos músculos do tronco recortado de Thad. Estou sentindo desejo por ele? Ou apenas apreciando sua gostosura surpreendente? Ocorreu-lhe que ele era exatamente o tipo de menino com que ela sempre se imaginou. Bem-humorado, bonito, atencioso. Então, por que ela estava tão atraída por um letal e proibitivo sanguessuga como Lothaire? Por causa de um trauma mental e desespero sexual? Ou por causa da mente brilhante dele com seu toque de sedução? Aquele olhar derretido... Talvez ela devesse testar se realmente desejava Lothaire ou se simplesmente precisava de um homem, qualquer homem. Talvez testar isso com Thad? Incontáveis Coronas disseram que este era o melhor-planotodos-os-tempos. Quando seu cronômetro disparou, Bruxa balançou sobre seus pés, apontando para o céu. — Poção! — Ela disse, como se poderia dizer, — Eureka! — Então ela saiu para a cozinha. 31

Marca de tequila Jose Cuervo. Bebida destilada, típica do México fermentada a partir de um tipo de babosa e cana de açúcar.

32

Marca de cerveja

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Sozinha com Thad, Ellie disse: — Muito obrigado por me trazer de volta esta manhã. — Tomando ainda um outro gole de coragem líquida, ela se levantou, atravessando até ele. — Você é meu herói. Ainda se concentrando em sua tarefa, ele falou lentamente. — A qualquer hora, querida. — Ela descobriu que ele era um texano nascido e criado. Um drink longo, alto e lindo do Texas... — Você se importaria se eu lhe desse um abraço em agradecimento? — A voz dela ficara gutural. Ele se virou para ela com uma careta, esfregando a palma da mão sobre o queixo. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ela envolveu as mãos em volta do pescoço dele, as unhas peneirando os cabelos enrolados em sua nuca. Deus, ele tem um cheiro incrível. Os músculos do peito se flexionaram contra os seios dela, sua pele úmida tão quente que ela podia sentir através da camisa. — Ou que tal um beijo de agradecimento? — Ela ficou na ponta dos pés. Ele corou profundamente. — Uh. Você é mulher do Sr. Lothaire, o que significa que você foi tomada. Realmente tomada. E quanto a mim, eu estou... Ellie pressionou os lábios contra os dele, apertando seu abraço enquanto ele congelava em choque. Mas os lábios dele eram firmes, com gosto de limão e uma pitada de sal. Bom. Ela beijou mais forte, e os lábios finalmente se separaram em uma respiração. Ele cheira bem, tem uma sensação e um gosto maravilhoso. Então, onde está o desejo? Maldição! Agora ela podia admitir o que instintivamente sabia. Sem Lothaire, eu nunca vou sentir tanta paixão novamente. Ela estava prestes a se separar quando Bruxa saiu. — Deuses sombrios! O que é isso, Elizabeth? — Ela gritou. — Você quer ver este menino morto? Thad e Ellie tropeçaram para trás resmungando desculpas a Bruxa, e um para outro. A fey apontou para Ellie e em direção ao banheiro. — Vá lavar o rosto agora! — Para Thad, Bruxa disse. — Sente-se. Você é o próximo. Dentro do banheiro, Bruxa bateu a porta atrás de Ellie. — Lave! Tire o cheiro dele de você. Ellie limpou o rosto devidamente. Certo, talvez as cervejas estivessem erradas e esta não tenha sido a melhor ideia. — Você não vai dizer ao Lothaire, certo? — Isso aconteceu no meu turno. Deixei dois seres bêbados e pós-púberes sozinhos. Lothaire nunca poderá saber. Por que, em nomes dos deuses que você faria algo assim? — Eu só... Eu tinha que saber por que sinto as coisas tão fortemente com Lothaire. Se é por que acabei de sair da prisão, ou se é ele. O semblante de desaprovação de Bruxa suavizou.

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— Não importa o quão mal aconselhada seja sua experiência, não posso criticá-la por sua curiosidade. — Ela exalou. — Eu posso apenas imaginar como você deve estar se sentindo. Mas pelo menos chegou a uma conclusão? — Há apenas o Lothaire para mim. Pelo menos em relação a paixão. — A tola de ninguém. Então Ellie franziu o cenho. E se houvesse realmente um futuro com um vampiro como ele? Em algum lugar e de alguma forma, a ser encontrado? Para se salvar, ela tem seduzido seu corpo e sua mente, com algum sucesso. Mas ela deixara seu coração fora disto. E se ela partisse para conquistar o vampiro, porque ela queria tentar uma vida com ele? — Vou fazer o Lothaire se apaixonar por mim. Quero dizer realmente se apaixonar. — Vou colocar o coração dele na minha mira. Pode riscar, vampiro, mas não vai poder se esconder. — E se ele ainda assim sacrificar você por Saroya, pela coroa? — Bruxa perguntou. —Tudo o que você estaria fazendo é provocar mais dor para ambos. Ellie esteve guardando seu próprio coração o tempo todo, determinada a não se apaixonar por Lothaire. E uma vez que ela determinava sua mente, não podia ser dissuadida de suas decisões. — Então eu tenho que fazê-lo me amar mais do que a dois reinos vampiro. — E exatamente como você vai fazer isso? Ellie sorriu. — Eu vou descobrir isso depois de mais tequila. Agora, deixe-me suavizar as coisas com o pobre Thad...

Capítulo 39

“One love, one heart... let’s get together and feel all right…”33 Quando Lothaire riscou de volta para a casa de Bruxa, música reggae e risos soavam de seu quintal. Uma garrafa se abrindo num estalo, copos tilintando. Embora a poção base borbulhasse em prontidão, a área da cozinha estava vazia. Elizabeth estava do lado de fora? Ela recuperara a consciência plena sem essa mistura? Tanto por sua imaginação. Bruxa completando a poção, eu administrando-a, o teimoso olhar cinza de Elizabeth entrando em foco, seus braços se envolvendo em torno de mim em sinal de gratidão... Com as vinhas cinza agarradas em seu punho trêmulo, Lothaire se tornou invisível, meioriscando para as portas abertas do pátio para encontrar Elizabeth, Bruxa, e Thaddeus tomando doses de tequila no quintal.

33

Trecho da música One Love do Bob Marley. Tradução: Um amor, um coração... vamos ficar juntos e nos sentir bem.

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Alívio tomou conta dele enquanto examinava a cena. Elizabeth estava acordada, os olhos brilhantes. Ela usava uma bermuda e a parte de cima de um biquíni; desde que Thaddeus não estava comendo seu corpo com os olhos, Thaddeus podia viver. Elizabeth estava segura, o garoto estava sendo um cavalheiro com ela, e Lothaire podia dizer que Bruxa mudara o código de limites desde que ele partira. Estava tudo bem. Ainda assim, Lothaire estava furioso com os três. Embora não soubesse por que. Ele apenas sabia que sua oráculo, sua mulher e seu... amigo não podiam estar bebendo e rindo juntos, sem ele por perto. Os olhos de Lothaire se estreitaram. Isto parecia vagamente com um... motim, mas não podia exatamente dizer por quê. Ele os ouviu conversar entre as doses. Thaddeus estava narrando contos sobre ele? — Lothaire é o cara mais engraçado que você vai conhecer. — ele dizia. — Sim, claro. — Elizabeth zombava. — Eu posso processar isto tão bem quanto os Cerunnos. — Estou falando sério! No meio da nossa fuga, o mundo inteiro estava indo para o inferno, batalhas em todos os lugares, explosões acontecendo à esquerda e à direita com gritos horripilantes. E Lothaire aparece do nada tão calmo quanto só ele pode ser. Na última vez que nós o vimos, ele estava lutando com esse bando de vampiros enorme. Alguém do nosso grupo perguntou como ele podia ter sobrevivido à batalha. Nesta voz inexpressiva, ele diz cinco palavras: —Eu sou tão bom assim. Enquanto as fêmeas riam, Lothaire inclinou seu ombro contra a porta, ainda invisível lançando sua mente de volta para aquele intercâmbio. Lembrou-se porque Thaddeus lhe devotara lealdade logo após. O grupo estava prestes a decolar em um avião com Declan Chase, com destino a fuga, mas não queriam incluir Lothaire. No entanto, Thaddeus exigiu que lhe fosse permitido seguir com o grupo. Lothaire declinara, é claro. Então ele ordenou que demônios alados derrubassem o avião e levassem Chase até ele. Mas Lothaire nunca esqueceu que Thaddeus se levantara por ele, mesmo que o menino não ganhasse nada com isso. Um dos primeiros exemplos de lealdade verdadeira que Lothaire experimentara desde que sua mãe morreu... — Conte mais. — Elizabeth exclamou, dando um gole de uma mistura de cerveja. A área em torno da poltrona estava coberto com batatas fritas esmagadas, o que fez seus lábios se curvarem. — Mais! — Uma noite, estávamos dando um tempo neste laboratório assustador. —Thaddeus começou. — Ferramentas de tortura estavam penduradas em todos os lugares, mas Lothaire estava completamente imperturbável. Ele apenas subiu em cima dessa gaiola para dormir, dizendo ao resto de nós. — Para qualquer um que contemple sequer a ideia de se aproximar de mim enquanto eu durmo: Vou estrangulá-lo com suas próprias vísceras. — Quero dizer, quem diz merdas assim? Mais risos.

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Nessa época, eu tinha bebido o sangue de Chase, já estava ansioso para conseguir as memórias do homem. O menino bateu um dose. — E na trilha, Lothaire disse a esta berserker corpulento para cuidar de si mesmo, — Ou então eu vou rever minha fase juvenil de foder crânios. Elizabeth bufou cerveja do nariz, e Thaddeus jogou a cabeça para trás para rir. Bruxa não se juntou a eles, ela sabia que Lothaire falara a sério. Ah, minha juventude travessa... — E ele é loucamente corajoso. — Thaddeus declarou, exibindo aquele sintoma inconfundível de adoração do herói. Mas Elizabeth está se apegando a cada palavra que ele diz sobre mim. Um sentimento de satisfação. — Agora, nisso eu posso acreditar. — ela disse. — Eu sei que ele matou um bando de Wendigos. Thaddeus dispensou isso com um aceno de mão. — Isso foi no início da luta. Depois disso, ele derrubou um exército deles, salvando todas as nossas vidas. E durante todo o tempo, ele estava tentando voltar para você. O sorriso de Elizabeth desapareceu. Lothaire quase podia ouvir seus pensamentos: Não estava tentando voltar para mim. — Na ilha, eu era o único que suspeitava que ele possuísse uma dama. — continuou Thaddeus. — Quando Lothaire ficava distante, ele murmurava para mim sobre sua jovem Noiva olhando para ele com medo, o que com certeza é um pouco estranho de ouvir. — Eu voltei. —Lothaire interrompeu. Todos eles pularam, cabeças chicoteando em sua direção. Ele não se lembrava de contar essas coisas para Thaddeus. Jovem? Medo? Definitivamente não descrevia Saroya. Eu sempre soube lá no fundo que Elizabeth é minha? O sorriso dela voltou agora. — Lothaire, você está seguro. Como você está. Depois das lágrimas da noite passada e o terror desta manhã, ela estava feliz em vê-lo ileso? — Claro. — Para Thaddeus, ele disse. —Você parece se sentir em casa. O menino olhou para sua cerveja. — Pensei em ficar por aqui, talvez lhe dar uma mão protegendo a sua dama. — Você reviveu Elizabeth? — Apenas a ajudei ao longo de uma parte. Lothaire deu-lhe um breve aceno de cabeça. — Uma palavra Bruxa. — Ele riscou para dentro, jogando as vinhas no balcão. Ela seguiu. — Você as conseguiu.

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Por pouco. Os guardas foram tão cruéis como ele esperava. De alguma forma ele violou suas defesas para enfrentar Nereu... Quando o deus entregou as vinhas com alívio, ele perguntou a Lothaire sobre sua nova Noiva, aquela sobre quem os Loreans de todos os lugares estavam especulando. — Ela é alguém que eu conheço? — Ela não é ninguém. — Lothaire respondeu com sinceridade. — Eu realmente pensei que você exigiria o meu primogênito. — Como se eu quisesse a porra do seu guppy34— Lothaire falou pausadamente, riscando para longe antes que Nereu pudesse matá-lo. — O caldo está pronto. — Bruxa disse enquanto dobrava as vinhas em uma panela borbulhante. — Não que estejamos precisando dele agora. — A fey o estava criticando? — Como Thaddeus a trouxe de volta? — Ele falou com ela, dizendo que ela estava protegida. Incrível como ela reagiu a algo tão simples. Eu imagino que se sentir segura é uma novidade para ela. Lothaire ignorou seu tom de censura, atribuindo-o aos espíritos, e focou no resultado. Elizabeth estava bem, e Thaddeus demonstrara lealdade, mais uma vez. Talvez o mestiço pudesse ser um tipo de aliado... Agora que a preocupação de Lothaire por Elizabeth estava aliviada, ele podia finalmente avaliar a batalha desta manhã e as suas ramificações. Aquele macho Dacian verdadeiramente era seu primo? Que outra família viva ele possuía do lado Dacian? Talvez ele estivesse mais perto de encontrar esse reino, encontrar Serghei. Ele tinha que estar se eles se focaram na Noiva de Lothaire tão agressivamente. No entanto, outro inimigo a enfrentar. Depois de testemunhar a habilidade deles com espadas, Lothaire não os subestimaria. E agora que Tymur, o Leal, fora despachado, maquinações políticas entre os vampiros se encrudesceriam mais uma vez. Os Forbearers provavelmente fariam uma jogada pelo trono, liderado pelo nascido naturalmente Kristoff, por quem Lothaire mantinha uma animosidade particularmente letal, e que se rebelara contra a Horda no passado. Mas Kristoff proibira o seu exército de beber sangue diretamente da carne. Se abster35. O que violava um dos dois princípios sagrados da Horda: a Sede. Além de Kristoff havia um outro concorrente, por mais provável que ela possa ser. Muito a analisar, movimentos para prever... — Eu agitei para encontrar Dorada, mas ela está muito distante de nós no presente. — Bruxa disse.

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Peixe ornamental de comportamento pacífico, originário da América Central e América do Sul, com vida de aproximadamente 2 anos, usado em exposições aquarísticas. O guppy é um animal ovovivíparo da família dos poecilídeos. O comprimento do macho adulto é de aproximadamente 5 centímetros e o da fêmea, 7 cm. 35

Forbear, o que dá origem ao nome Forbearers.

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— Muito bem. — ele respondeu distraído, apenas agora lembrando que não preverá os movimentos de Tymur, não matara o vampiro com seu desprendimento habitual. Na defesa de Elizabeth, Lothaire jogou fora a sua maior arma, se baseara no instinto ardente. Ela é minha. Lendo-o tão bem, Bruxa disse: — Você sabe que é a Elizabeth agora, não é? Talvez você não vá cortar minha garganta até a minha espinha se eu sobre falar isso? Ele fora tão arrogante durante esta conversa com Bruxa, rejeitando a ideia de uma Noiva mortal como um absurdo. Ele nem sequer se preocupara em dizer a bruxa exatamente como ele fora enlaçado com Saroya. — Como você vai fazer que Elizabeth esqueça tudo que você fez com ela? — Bruxa perguntou. — Ela não será capaz de esquecer facilmente, senão em absoluto. Confie em mim. —Não interessa se ela é minha Noiva. Eu não posso ficar com ela. Meus planos devem permanecer inalterados. Bruxa piscou para ele. — Você não pretende...? Lothaire, continuar com isso destruirá você. — Eu vou ser destruído se não cumprir esses votos. — Sua mãe não iria querer isso de você. — Você assume que falo dos votos que fiz a Ivana? Talvez eu tolamente tenha feito outros... Elizabeth caminhou para dentro, descalça e sorrindo em sua bermuda curta. Tão sexy que seus pensamentos se apagaram por um longo momento. — Ei, Lothaire. Thad tem nos contando tudo sobre você. O quão heroico você é. — Ela se esgueirou para cima dele com um andar que balançava o quadril, acelerando o pulso dele. — E você foi e conseguiu vinhas cinza para mim? Bruxa escolheu aquele momento para virar seu fogão para ferver e sair da cozinha para o quintal. Antes que tivesse decidido se aproximar de Elizabeth, Lothaire encontrou suas mãos circundando a cintura dela. — Tão certa que eu fiz isso por você? — Ele perguntou, levantando-a para o balcão. — Uh-huh. Você só precisava manter meu corpo saudável. Não a minha mente. Ele deslizou os quadris entre os joelhos dela. — Talvez você não devesse atribuir características a mim que não existem. — E você deve parar com o discurso-estilo-Lothaire. — Ela levantou a mão para seu peito, fazendo redemoinhos preguiçoso com o indicador. — Do que você está falando? — Você faz perguntas para contornar mentiras. Ou você diz coisas como. — ela imitou seu sotaque. — Talvez você ou Eu suponho que você. Sim, isso mesmo, vampiro, eu tenho o seu número. Desconcertou-o a rapidez com que ela aprendeu suas dissimulações, mas ele deixou o rosto impassível. — Você se preocupou comigo hoje? Entre todas aquelas doses de tequila?

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Ela suspirou. — E você também abruptamente muda de assunto. Em todo caso, eu de fato me preocupei com você, Leo. — Do que você me chamou? — Suas iniciais. Lothaire, o Inimigo do Antigo36? Soa como Lothaire o Mágico de Oz. Leo se ajusta melhor a você. Seus dedos se enfiaram no balcão de ambos os lados dos quadris dela. — Inimigo do Antigo não é apenas um nome, é uma designação. É preciso golpes ousados para sobreviver no Lore, eu conquistei o direito de ser chamado assim. — Bem, agora você conquistou o seu apelido, também. — Por que agora? — Eu estou bêbada e você está parecendo lindo e beijável. Você precisava de um apelido. Em toda a sua vida, ninguém jamais lhe chamara por um apelido. Nem sentira a tranquilidade casual para fazê-lo. — Por que essa... afeição? Na noite passada, você estava chorando. Você não está com raiva por eu tê-la levado a Helvita? — Eu agarrei você. — ela admitiu. — Você começou a desaparecer, então eu tentei acordálo chacoalhando. — Preocupação por mim? — Seu pico de prazer foi invadido pela irritação. — E ainda assim eu ordenei que você não me tocasse. Por que me desobedeceu? — Você chamou por mim, gritando repetidamente o meu nome. Então alguma parte dele de fato soubera que Elizabeth era dele. — E você me disse que poderia ser morto se riscasse em seu sono! Depois de ver as criaturas a sua espera, eu acredito nisso. Seus músculos do ombro ficaram tensos. — Do que você se lembra? — Pedaços confusos até certo ponto, então, nada. De qualquer forma, já superei isso. — Como você pode ter superado? — Eu tenho algo a que aspirar. — Em um tom solene, ela disse. — Eu decidi, Leo, que vou mantê-lo. Apesar de tudo dentro dele estar em tumulto, ele calmamente disse: — Você decidiu, então? — Mesmo que você tenha sido o maior otário já imaginável. Ele deu um olhar ameaçador a isso. — Mocinha insolente. — Eu sou sua noiva, não sou? — A ideia de uma Noiva mortal é ridícula. — Mesmo que a Noiva em questão me deixe fraco de desejo. — Isso é discurso-Lothaire! Você não me respondeu. 36

Leo vem do nome em inglês, Lothaire Enemy of Old.

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— Quantas vezes eu lhe disse que você está abaixo de mim? Em vez de ficar insultada, ela sorriu. — Eu devo chamá-lo de maridinho? Ou noivo vampiro? Justamente quando ele estava prestes a lhe dar uma reprimenda, ela se inclinou para sussurrar em seu ouvido: — Se você der um gole em mim, vai ficar embriagado? Seu corpo ficou tenso. — Existe uma maneira de descobrir. — Então me leve de volta para sua cama e faça coisas realmente malcriadas comigo enquanto fala sujeiras no meu ouvido. Ele apenas abafou um rosnado. Em seu caminho para fora, ele parou rapidamente no quintal parar dizer a Thaddeus. — Bruxa abrirá um portal temporário para você chegar em casa, paren37. Deixe o seu número de telefone com ela antes de ir. E, claro, você não vai dar esta localização a ninguém. — Com certeza, Sr. Lothaire. — Mas, novamente, o garoto se recusou a encontrar seus olhos.

Capítulo 40

— Há algo diferente em você. — o vampiro disse logo que apareceram no quarto dele. Eu descobri algumas coisas sobre mim mesma. — Eu não posso imaginar. — E sobre você. Ele começou a fazer aquela predatória coisa perseguidora em torno dela. — Se eu apenas pudesse mentir tão facilmente. Eu vou descobrir o seu segredo. Ávida por uma mudança de assunto, Ellie perguntou: — Sobre o que você estava sonhando quando riscou mais cedo? — Então mordeu a língua quando viu um vislumbre de angústia bruta em seus olhos. Sua expressão ficou fechada. — Uma memória... uma das minhas próprias. Algo sobre o qual não quero falar. Ela tinha uma boa ideia do que. — Justo o suficiente. — Você não vai me pressionar? — Você vai me contar quando estiver pronto. — ela disse. Isso realmente pareceu agradá-lo. Ele a aproximou para aconchegar-se em seus cabelos. — Você cheira como o sal, sol e tequila. Exóticos para alguém como eu. — Ele inalou profundamente, como se quisesse levar seu perfume para dentro dele. Subitamente o corpo dele estremeceu com a tensão, e a afastou. 37

Garoto, em russo.

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— Por que eu ainda sinto um rastro de Thaddeus, mesmo quando estamos longe dele? — Eu tenho certeza que nós nos abraçamos. — Mas ela podia sentir suas bochechas ficando ruborizadas. Seu coração estava acelerando? — Você está... mentindo. Por que você mentiria, a menos que...— Seus olhos lançaram chamas vermelhas. — Não, Lothaire, não é assim! — Conte-me como foi. — ele disse suavemente antes de rugir, — Ou eu vou cometer um assassinato! — Eu-eu o beijei. — Então você o matou. — Thad não me beijou de volta! Ele estava desnorteado, apenas ficou parado lá. Depois, ficou mortificado. —Então eu vou puni-la mais ainda, sua prostituta! Eu deveria amarrá-la nua em um poste em uma encruzilhada demoníaca! — Com um berro enlouquecido, ele lançou um de seus punhos contra a parede, atingindo-a como uma bola de demolição. A sala tremeu. Outro soco antes que a enfrentasse, gritando, —Você o tocou? — Não! Em todo o caso, por que você se importaria? Você continua me dizendo que eu não sou sua Noiva. Saroya é! O que é um beijo inofensivo para uma mulher que você vai matar em breve? — Conte-me porque você fez isso! Por que você o beijaria, porra? — As minhas razões são apenas minhas! Ele pôs sua mão ensanguentada sobre a garganta dela. — Conte-me ou eu vou torcer o seu pescoçinho lindo. Nada mudara com Lothaire. Nada. — Você não pode. — Ela se debateu de seu aperto. — Então tire a agulha deste disco, vampiro! — Não, mas posso matar sua família! Devo fazer você escolher um parente em detrimento de outro para viver? Oh, Deus, não eles! — Por favor, não, Lothaire... Ele já a estava riscando para a montanha. — Leve-me de volta para o apartamento, e vou lhe contar...— Ela parou quando viu que o lugar era como uma cidade fantasma. Nenhuma luz, nenhuma voz, nenhuma TV funcionando em qualquer um dos trailers em toda a montanha. A família Peirce conseguira se perder. — Onde diabos eles estão? — Ele estalou, riscando-a para o interior de seu antigo trailer. A primeira vez que ela voltara desde a noite dos assassinatos. Seus pertences estavam espalhados. Mama os tirara em pressa, e eles claramente se foram há algum tempo. Vazio. Ellie verificou com um olhar de vitória.

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Lothaire balançou seu olhar sobre ela, riscando-a de volta para fora para olhar para baixo da montanha sem luz. — Conte-me onde eles estão! — Eles se foram. — Ela respirou profundamente o ar do interior, endireitando os ombros. — Eles estão fora de seu alcance para sempre. De volta aqui em sua montanha, ela absorveu sua força. Este lugar vira centenas de anos de luta e sofrimento, de sangue perdido e dor sendo encontrada. Agora, Ellie acreditava que fora aperfeiçoada pela vida aqui, como se tivesse apenas esperado para ficar de igual para igual com um diabo como Lothaire. — Hmm. — Ela deu batidinhas no lábio. — Não pode matá-los. Não pode me machucar. Parece que você está segurando uma mão de cartas de merda, Leo.

Na última vez que estiveram à porta deste trailer, Elizabeth arriscara sua vida para matar Saroya, correndo para uma saraivada de balas. Agora, depois de tudo o que lhe fizera para, ela estava zombando dele. Eu realmente acho que ela seja covarde? — Então, o que é pior, Lothaire? O fato de que eu sou uma humana caipira e ignorante? — Ela apontou para o peito dele com o indicador. — Ou o fato de que você acabou de ser superado por uma? Esta ousadia nela... deliciosa. Não, você está enraivecido com a prostituta! E encantado com ela. Possessividade, luxúria e outra coisa que ele não conseguia definir guerreavam dentro dele. Então ele se lembrou dela beijando aquele garoto anos atrás. O quanto facilmente Lothaire podia imaginar o olhar de admiração de Thaddeus! Ciúme fervilhava. — Bruxa nunca deixaria você ligar para eles. — Não. — Não pode ser Thaddeus. — Sua família se fora a muito tempo. — Conte-me como você os avisou! — Ou o que? — Ela riu ironicamente. — Eu vou encontrá-los. — Eles estão escondidos, como apenas os povos da montanha conseguem. Encare, Lothaire, você perdeu esta batalha. Você jogou na ofensiva; eu joguei na defesa. Eu coloquei esse plano em movimento há meia década atrás. Lothaire a riscou de volta para o apartamento. — Do que você está falando? Com o queixo levantado, Elizabeth tentou se lançar para longe dele. Depois de um momento, ele a deixou.

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— Eu considerei que você cumpriria aquele castigo que prometera se eu conseguisse matar sua rainha. Então eu fiz minha mãe jurar tornar-se e a toda a família invisível a um feitiço. Limpar uma montanha inteira de Peirces? Como raspar um formigueiro completamente. No entanto, acontecera. — Você quer que sua reputação como o Inimigo do Antigo o preceda, fazer seus inimigos temerem você? — Quando ela espetou seu peito novamente, suas entranhas se cerraram com desejo. — Meu maior trunfo é que sou sempre subestimada por pessoas como você. — Ela fixou o olhar dele com o seu próprio. — Eu estou totalmente atordoada que você nunca tenha esperado por essa. Elizabeth a inesperada, com seus ferozes olhos cinzentos. Saroya podia ser viciosa e letal, mas Elizabeth era astuta e sedutora. Silenciosamente correndo em círculos em torno dele a cada oportunidade. Porque não era inesperada apenas uma outra maneira de dizer subestimada? Totalmente atordoada? Ela o deixou cambaleando. — Então, não, Lothaire, não haverá qualquer prejuízo causado a minha família por você esta noite. Ou nunca. Nós-estamos-claros? Como cristal, ele pensou enquanto seus lábios se separavam. Eu sei exatamente o que você é agora. Eu sei o que você será. Era evidente o que ele precisava fazer. Mesmo que pudesse reconhecer que estava passando por alguma necessidade antes desconhecida por esta garota mortal, algo ainda mais do que desejo. E era tudo, apesar da deusa dentro dela. — Lothaire, eu fiz uma pergunta! Ele apertou os olhos quando um pensamento obscuro ocorreu. — Se você suspeitava que sua família estava a salvo, por que não seguiu com meus planos? Por que você agiu com medo por eles? Ela encolheu os ombros, lançando-lhe um olhar régio que o desafiava a fazer algo; um rosnado de luxúria explodiu de seu peito. Com seu pecado sem importância esquecido, por agora, ele se inclinou para beijá-la.

Capítulo 41

—Sai de cima de mim, aberração! — Ellie inutilmente o empurrava. — Eu não vou beijar você! Você estava prestes a machucar minha família! E você me tirou da minha montanha mais uma vez... — Eu não ia fazer mal a ninguém. — o vampiro disse. — Eu planejava levar você para o lado de fora do trailer e assustá-la. Então você veria a razão. Ele não consegue mentir.

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— Mas parece que eu estava segurando uma mão de cartas de merda. — Ele passou os dedos pelos cabelos. — Você se recusa a fazer o que eu prevejo. — Você se atreve a falar sobre isso. — Ele não estava tendo ganas homicidas por ela ter vencido sobre ele, estava impressionado. E ver aquele olhar nos olhos dele a afetou. Juntamente com o choque que ela acabara de experimentar por cheirar o ar fresco de sua cãs. A floresta, a própria terra. Ela quase podia sentir... esperança. Ele me tirou da minha casa, mas talvez um dia o homem diante de mim vá me levar de volta para lá. Em um tom cansado, ele disse: — Conte-me por que você beijou o garoto. — Para saber se eu apenas desejava qualquer macho depois da minha estadia na prisão, ou se era só você... — E? Ele está prendendo a respiração. Querido Deus, ela podia realmente ter uma chance com Lothaire. — Eu não senti qualquer desejo por ele, porque eu estava querendo... você. — Eu. — O orgulho queimava no fundo vermelho de seus olhos. — Bom. Eu não... Eu não queria ter que decapitar Thaddeus. Ou amarrar você na encruzilhada demoníaca. — Sério? Oh, Lothaire, isso é enorme! Isto é o que eu chamaria de um momento de descoberta. — Cala a boca. Ela sorriu. O olhar dele caiu para sua boca. — Você quer um beijo de verdade agora? Do seu próprio macho? Meu próprio macho. Ela quase balançou. Lothaire nunca a tratara como sua Noiva; agora seu olhar sobre ela era aquecido e possessivo. — Eu quero Leo, mas eu vou querer por muito mais do que uma semana. Eu quero viver! Ele envolveu o rosto dela com as mãos pálidas. — Eu vou mantê-la, Lizvetta. — Você quer dizer...— os olhos de Elizabeth começaram a brilhar. — que eu não tenho que morrer? Que monstro poderia matar alguém como ela? Eu estive planejando. Não, pior que matar. — Você nunca irá morrer! Vou mantê-la para sempre. Porque ela iria ser... sua rainha. Em Helvita, ele reconheceu Elizabeth como a Noiva que o destino escolhera para ele. Agora, contemplava a rainha astuta que escolhera para si. De alguma forma descobriria uma maneira de contornar seus votos à deusa. Ele era Lothaire, afinal de contas. Ele conseguiria descobrir qualquer coisa.

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— Mas e quanto a Saroya? — Eu vou cuidar dela. — Como? — O anel ainda está em jogo, não é? — Ele disse. — Você vai viver, e eu vou cuidar de Saroya, mas em troca, você deve...— Ele agarrou os ombros dela. — Eu ordeno que você esqueça o que aconteceu entre nós antes. — O que quer dizer? — Bruxa me disse que você não seria capaz de ver além do meu tratamento para com você. — Ohhh. Como as ameaças contra mim e meus entes queridos? Como a angústia mental e a infinita zombaria? Como me colocar no corredor da morte? Ele franziu o cenho. — Se você quer viver, então tudo isso deve ser esquecido, assim como você fez com seus tormentos no passado. Você me disse que já fez isso antes! — Eu fiz, e vou fazer agora. Tudo que eu peço é que você jure nunca ferir minha família, por sua mão ou ordem. Temos um acordo? — Sempre com os juramentos. — ele murmurou. — Eu adiciono minha própria condição. Nas próximas semanas, você não me questiona sobre meus planos e ações. Você confiará em mim para decidir o que é melhor para nós dois. Ela hesitou. — Concordo. — Então eu juro pelo Lore nunca ferir sua família por ação ou ordem. — E eu juro deixar você decidir o que é melhor para nós. Por três semanas. Ele estreitou os olhos pelo qualificador, mas deixou passar. — Você também me disse que poderia me fazer feliz. — Ele curvou o dedo sob o queixo dela. — Você tem seu trabalho planejado. — Eu ouvi, provavelmente seja apenas um rumor maluco, que o sexo deixa os machos felizes. Você quer selar este acordo, Leo? Ele puxou-a apertadamente em seus braços. — Você acha que não quero reivindicá-la? Ela inclinou a cabeça para ele. — Mas você acha que vai me machucar. — Quando um macho humano fere uma mulher durante o sexo, o que acontece? — Eu acho que ela pode sair andando engraçado. — Eu posso levantar a porra de um trem, Lizvetta. O que aconteceria com você? — Pela primeira vez em sua longa vida, ele lamentou sua força, embora tenha pago tão caro por ela. Agora era um obstáculo. Para não mencionar seus instintos vampirescos. Ele não era um mortal transformado; ele era de uma espécie diferente, um vampiro nascido sem impulsos humanos para moderar o seu comportamento predatório. — Imagine você tentando lutar com uma borboleta, mas não saiba que pode esmagar as asas dela. É o equivalente a nossa situação.

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Ela arrastou o dedo indicador no peito dele, dizendo em uma pronúncia lenta e sensual. — E se a borboleta montar em você como em um cavalo preguiçoso? Ele endureceu ao redor dela. — Continue. — Em vez de roçar em você como eu fiz quando estávamos no sofá. — Ellie disse, — Eu poderia montá-lo. O interesse do vampiro foi definitivamente despertado. Mas então, ele balançou a cabeça. — Eu não faço sexo há milênios. O que faz você pensar que eu não perderia o controle? — Eu apenas sei que você não perderia. — Ellie resolvera em sua mente que isto ia acontecer. Ela acreditava que era a Noiva dele, embora ele não tivesse especificamente reconhecido o fato ainda, o que significava que ela acreditava que ele não a machucaria. Além disso, na parte traseira de sua mente, ela queria selar este acordo. Roubá-lo de Saroya completamente. Apenas guarde o seu coração, Ellie. O ciúme dele mais cedo fizera coisas engraçadas para ela. — Esta é sua primeira vez, Elizabeth, e muito, muito longe de sua última. Não posso arriscar vê-la ferida ou assustada. Sua mão escorregou para acariciá-lo através das calças, ganhando um rosnado. — Você não me assustou nas vezes que ficamos juntos. Tanto assim. Tudo o que eu senti foi prazer— Após um pouco de dor. — Eu tenho negado meus instintos com você. — O que quer dizer? Ele esfregou uma mão sobre o rosto cansado. — Os vampiros não fodem como machos humanos. O ato para nós é tudo sobre possessão, sangue, domínio. Esses impulsos serão mais forte quando eu estiver dentro de você. Quando você se tornar uma vampira, eu não vou ter que me segurar tanto. — Eu? Me tornar uma vampira? — Whoa. Ela nunca achou que iria acontecer com ela, apenas com Saroya. — Quando eu disse que iria mantê-la para sempre, eu falei sério. Ela engoliu em seco diante da intensidade em suas palavras, o cintilar da presa. Claramente uma discussão para outro dia... — Eu tenho uma ideia. Vamos tirar nossas roupas e brincar no sofá. Se eu tropeçar, cair e pousar diretamente no seu pau, então não vai ser culpa sua. — Perder sua virgindade por cima? — Eu já meio que perdi minha virgindade. O rosto dele ruborizou? — Seria mais fácil para você se eu me colocasse em cima de seu corpo, uma vez que seja transformada. Ela nunca o vira tão dividido. Justamente quando ela estava prestes a desistir, ele exalou uma rajada de ar. — Não posso lutar contra isto. — Ele tirou a parte de cima do biquíni dela. — Porque agora minha mente se apoderou de você pousando diretamente no meu pau. Quase já posso sentir.

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Sem se importar com as próprias roupas, rasgou seu cinto e calças. Quando sua ereção saltou livre, a riscou para o lugar habitual deles. Enquanto se sentava, gloriosamente nu, no sofá, ela ficou entre seus joelhos, deslizando para fora de sua bermuda. — Você está nervoso, Lothaire? — Já faz um tempo. — Ele passou seu olhar sobre ela. — E eu quero a sua primeira foda seja... — Superlativa? Os lábios dele se torceram no sorriso mais sensual que ela já vira em um homem, e rapidamente se esqueceu de como desatar a parte de baixo de sua roupa de banho. Ela suspeitava que Lothaire ansiaria por excitação. Agora os olhos dele estavam brilhando com isto, suas respirações rasas. Uma de suas pernas sacudia para cima e para baixo. Uma vez que estava nua, ela rastejou para o colo dele, levantando-se em seus joelhos abertos acima dele. — Eu vou estar dentro de você. — ele disse, como se apenas agora estivesse aceitando isto. Seu membro se projetou em antecipação, a coroa quase encontrando o sexo dela. — Preparado para mais uma situação extrema? — Ela brincou, fazendo-o sorrir mais uma vez. — Eu de fato, nasci preparado para situações extremas. — Ele se inclinou para alguma vez tão gentil roçar as presas ao longo do pescoço dela. — Somente para encontrar uma borboleta. Ela estremeceu. Ele podia ser tão encantador, tão sedutor, quando queria ser. — Eu quero beijá-la, Lizvetta. Ela se inclinou ansiosamente para pressionar seus lábios contra os dele. Mas ele assumiu o controle, girando-a novamente em seu braço. Com seus lábios acima dos dela, ele a obrigou a aceitar os impulsos fortes de sua língua, até que pareceu como... sexo, como se estivesse transando com sua boca com a língua. Ela deu um grito contra seus lábios quando ele mergulhou um dedo em seu sexo por trás, empurrando-o no ritmo com o beijo. Quando ele pressionou um segundo dedo pra dentro, ela pensou, Ele está me preparando. Uma e outra vez, ele beijou e investiu... mais forte. Mais bruto. Não, ele me alertando. Em vez disso ele deixou a imaginação dela em chamas. Ela vira a forma como ele se movia; o que mais ele podia fazer com aquele corpo pecaminoso dele? Quais eram esses impulsos sobres os quais ele continuava falando? Ela e Lothaire tiveram alguns momentos perigosos juntos, mas o êxtase sempre se seguiu. Quando ele a liberou do beijo, ela estava sem fôlego, em uma névoa de desejo. — Estou pronta, Lothaire. Ele deixou que fluísse dele a frase trato com o diabo; Ellie se sentia como se estivesse na iminência de vender sua alma.

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— Você realmente confia em mim para não machucá-la. — Lothaire balançou forte sua cabeça, se perguntando exatamente quando concordou em reivindicá-la. Mais cedo, ela lhe disse que estava completamente atordoada. Agora, ele percebia que podia jamais parar de cambalear. Mas não havia como voltar atrás com isso. Mesmo um homem melhor do que ele faria qualquer coisa para possuir essa criatura adorável, com sua pele doce e sensuais linhas bronzeadas, com seus cabelos longos balançando abaixo fazendo cócegas nos próprios mamilos. Aqueles ardentes olhos cinza... Muito menos um vampiro que ansiara por sua rainha durante eras. — Eu confio em você, Leo. Você é o meu cara. — ela murmurou, olhando para ele por debaixo de seus cílios. — Você vai cuidar de mim esta noite. Como podiam as palavras dela fazerem seu peito se apertar? Deixá-lo desesperado por não machucá-la? — Então eu não posso tocá-la. — Ele entrelaçou os dedos atrás da cabeça. — Não até eu saiba que posso passar por isso. — Você faz parecer como uma provação. Será. — Só sei que você está por sua conta. — Tudo bem. Eu posso fazer isso. O quanto complicado pode ser? — Como a porra do aço. Ela arqueou uma sobrancelha. — Então, nós somos um par perfeito, porque estou me sentindo quente como uma forja agora. — Tirando-o na mão, ela acariciou sem pressa, para cima e para baixo... para cima... para baixo, deixando o controle dele irregular. Mal reconhecendo a própria voz ele disse: — Comece isto, Lizvetta. Monte-me. Ela mordiscou o lábio e assentiu, abaixando-se sobre ele. Quando a ponta do pênis encontrou seu sexo úmido e suave, ele quase se derramou contra sua abertura. — Deuses todos poderosos, você é apertada. Ela abriu mais os joelhos, mas foi apenas capaz de receber a cabeça. — Lothaire, por favor... Não a toque! Se ele apertasse seus quadris, a torceria para baixo de seu comprimento, rasgando a carne tenra dela. Seus dedos entrelaçados se apertaram até que pensou que seus ossos iriam estalar. — Você está... indo... bem. — Ele deixou as mãos caírem, apertando-as aos lados. Mais uma vez, ela abriu mas os joelhos, mas foi presa rapidamente. — Eu não consigo descer mais. — Oh, Deus, eu preciso descer mais. Ele soltou: — E exatamente como você planejara me tomar?

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Ela piscou. — Eu pensei que apenas deslizaria para baixo. — Então preciso de você escorregadia, preciso de você pingando. — Ele recuou para contemplar os seios inchados. Logo diante de seus olhos, um rubor irradiava sobre a pele flexível, provocando-o com todos os lugares em que ele poderia furá-la. —Traga seus seios até a minha boca. Quando ela o fez, ele sustentou seu olhar enquanto aninhava um mamilo. Fechando os lábios sobre ele, passando a língua no pico... — Lothaire! — Quando ele começou a chupar, ela ondulou, trabalhando para empalar-se a si mesma. Agonia. Ele se sentia como se fosse explodir, a segundos de distância de bombear dentro dela com apenas a coroa dentro. Com um gemido, ele perfurou o mamilo dela, uma pequena picada de sua presa, deixando o sangue fluir para a língua que a lambia. Deliciosa! Ele algum dia teria o suficiente disto? Ela gritou. Em dor? Não, ela estava arqueando as costas. — Lothaire, chupe mais forte. Ele o fez, até que a sucção no mamilo estava quase a segurando na posição vertical. Quando ele se forçou a parar, ela choramingou, apressadamente envolvendo seu outro seio para tentá-lo novamente. — Aqui. Ele roubou outra provada. Contra o seio molhado em sua boca e seu sangue, respondeu asperamente. — Não posso suportar mais. Segurando seus ombros, ela murmurou: — Nem eu. — Ainda assim, ele não a penetrara. — Você realmente é grande demais. Ela começou a rastejar para fora dele. Para fugir de mim? Suas presas ficaram ainda mais afiadas, seus instintos o comandando... Risque-a para a cama, segure-a em baixo. Tome seu sangue, inunde-a com sua semente. Ele agarrou sua cintura fina, prendendo-a, mal impedindo suas garras de se enfiar na pele. — Ah-ah, Lizvetta. — Nós não encaixamos! — Nós iremos encaixar. Eu não vou soltá-la até que tenha reivindicado você. — Perdoe-me. Seus quadris se agitaram, saltando-a em seu membro, lançando-a para cima, então deslizando de volta para baixo. — Lothaire! — Sua voz era uma mistura de dor e desejo. — Solte-me! — Não. Porque agora mesmo, você não é... — outro pulo de seus quadris, —ainda— um impulso mais forte, — minha! — Ele rosnou quando atingiu o topo do sexo dela. Com um grito sufocado, ela abaixou a cabeça para frente, o corpo tremendo contra o peito arfante dele.

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— Olhe para mim. Eu machuquei você? — Ele perguntou, ignorando as vozes em sua cabeça, aquelas que clamavam, Segure-a reivindique-a, faça-a entender quem vai marcá-la. Quem vai dominá-la. Ela mordeu o lábio, sua expressão grave. — Doeu um pouco, Leo. Não, nunca machucar você! Ele se sacudiu, interiormente cantando, Fim de jogo. Fim de jogo. Elizabeth como minha rainha. Não posso assustá-la. Ela nunca saberia sobre a batalha dentro dele quando começou a manobrar sobre ela. Ele abriu os dedos na bunda dela, sentindo a carne se movendo tão sensualmente, enquanto ela testava seu corpo, o ajuste apertado deles. Porra, ele estava latejando dentro dela! Não, controle-se! Ele rangeu os dentes, o suor molhando a pele. Quando ela deu um balançar cauteloso de seus quadris, os olhos se encontraram, ambos se perguntando como ela reagiria. Suas pálpebras ficaram pesadas... um gemido escorregou dos lábios dela. Ele estremeceu em resposta. Ocorreu-lhe que estava realmente assistindo sua mulher, sua, descobrir este prazer pela primeira vez. A ideia o gratificava de forma que não podia descrever. Quanto tempo eu esperei por isso, esperei por ela. — Agora isso só parece melhor e melhor. — Ela tocou sua testa contra a dele. — Baby, eu posso sentir a batida do seu coração dentro de mim. Logo você vai sentir em mais de uma maneira. — Você nunca poderá reverter isto, Lizvetta. Eu a reivindico como minha. — Mas não completamente. Ele ainda precisava morder seu pescoço. Ritual. A marca era um sinal dessa reivindicação, do acordo entre eles. Afunde suas presas nela. Faça-a se contorcer sobre elas também. Logo quando os olhos dele se fixaram em um ponto de pulso em seu pescoço, ela sussurrou, — Eu nunca soube que poderia ser assim. Lothaire, eu nunca me senti mais perto de alguém. Ele arrastou seu olhar até o dela. Com a voz grossa, ele admitiu. — Nem eu. Ela sorriu. — Bom. Não a machuque. Apenas gentileza. Não a assuste. Esta noite, Lothaire, você não poder ser um vampiro com ela. Em russo, ele lhe disse: — Pequena mortal, você mudou tudo. Como posso eu querer você tanto assim? Negar o que eu sou? Porque ele estava sentindo algo mais forte por ela, um sentimento profundo até os ossos de possessividade, de proteção. Ninguém jamais iria ferir a fêmea em seus braços, nem ele mesmo.

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Capítulo 42

Quando Ellie se levantou e tentar deslizou para baixo pela primeira vez, os olhos de Lothaire se arregalaram, então se obscureceram mais uma vez. Ele estava tão chocado quanto ela pela forma como o quão certo isto parecia? Mesmo as íris dele apareciam mais nítidas, sua forma mais definida, o olhar lúcido enquanto se prendia com o dela. Conexão... No passado, Ellie nunca conversou intimamente com outro, nunca olhou nos olhos de um garoto e sentiu algo mais profundo do que a necessidade de liberação. Agora, com Lothaire... ela sentia. Isto era mais do que apenas sexo; isto era como um vínculo, como uma promessa entre eles. Ela pensou que saberia que tipo de homem queria. Agora ela percebeu que sempre precisou desse amante vampiro com seus famintos olhos vermelhos e todo uma vida de anseios. Ele ansiou todo esse tempo por mim. Quando ela lentamente começou a montá-lo, envolveu o rosto dele com as mãos, inclinando, para beijá-lo com todos os sentimentos borbulhando dentro dela. Ele encontrou sua boca com uma língua desbravadora e lábios firmes. Guarde o seu coração, Ellie. Mas seu beijo possessivo... quem poderia se proteger contra isso? Ou das sensações em cascata sobre ela? Os mamilos se arrastando para cima e para baixo do peito musculoso dele, as mãos quentes como marcas na bunda dela. Quando ela recuou, ofegante, respondeu asperamente. — Olhe para a sua expressão. Você está se apaixonando por mim. Ela mal podia pensar, mas por algum motivo não queria que ele tivesse esse poder sobre ela. — Eu não estou me apaixonado por você. — Eu posso estar me apaixonando por você. — É claro que você está. Guarde o seu coração! — Eu-eu nunca disse isso. — Ah, mas eu sou eu. — Lothaire, você é sempre tão irritantemente falador durante o sexo? Eu posso ir fazer um chá... Ele deu uma risada dolorida, então gemeu quando ela contorceu o quadril. — Lizvetta! — Ele pulsou dentro dela. — Mais disso. Ela já estava se aproximando de seu pico, mas queria ver o prazer dele. Isto não era apenas sobre ela gozar; ela precisava satisfazer seu homem. Ela diminuiu seu ritmo. Um erro. — Mova-se em mim! — Ele entrelaçou os cabelos dela em torno da mão, puxando-a de volta para lamber seu pescoço. — Mais forte, mais rápido.

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Como se Lothaire algum dia permitiria-se ficar insatisfeito. — Eu vou ter mais de você! — Ele soltou seu cabelo para envolver seus seios. — Dado ou tomado. Ela colocou os braços em volta do pescoço dele, cavalgando-o com abandono. No entanto, enquanto observava seus olhos, a clareza dele desbotou. Um rosnado começou a emanar dele enquanto seu sexo se inchava dentro dela ainda mais. Seus lábios se afastaram de suas presas. — Preciso te foder forte. — Ele parecia selvagem, seus olhos eram como fogo. O medo correu através dela. — Lothaire. Ele a envolveu nos braços e a riscou até a cama, com ela presa embaixo dele. Quando investiu para dentro de Elizabeth, Lothaire rugiu ao teto pela sensação de estar tudo certo. Ele era um vampiro nascido, e ela era sua mulher predestinada, agora presa à cama. Através da névoa de prazer inconcebível, ele a sentiu ficar tensa abaixo dele. Não, ela pode me tomar. Ele se retirou para outro impulso, mergulhando em seu sexo apertado. — Forte d-demais. — Ela sussurrou. — O quê? — Eu quero forte! Você vai me dar o que eu quero. — Por favor, seja gentil comigo, Leo. — Ela se inclinou para beijar seu pescoço com leves toques de seus lábios. Como as asas de uma borboleta. Sua mortal. Tão delicada. O quanto fácil ele poderia quebrar seu pequeno corpo. Fim de jogo! Esta criatura é a minha rainha. A ponto de machucá-la com minha força amaldiçoada. Mas como ele poderia se privar de ondular dentro dela? Quando cada vez que fazia, seu canal lhe acariciava, um paraíso úmido e sedoso que se esfregava sobre sua coroa como uma língua, então apertava seu membro dolorido como um punho... Ninguém a machuca, inclusive eu. Ele rangeu os dentes, então levantou-se em um braço esticado. Prendendo com ela em seu corpo imóvel, ele deslizou o polegar sobre seu clitóris. — Mexa seus quadris para cima e para baixo em mim. — Extraindo suas últimas reservas de controle, ele se absteve de empurrar, até que seus músculos começaram a tremer pelo esforço e suor escorreu por seu torso. Então... sua Noiva começou a se mover sob ele. — Ah, é isso! — Ele inclinou a cabeça para sugar seus mamilos duros. — Mais rápido. — ele rosnou em torno de um pico, dando-lhe uma mordiscada com sua presa, estimulando-a. — Oh! Ela gostava disso. Ficando tão molhada. O cheiro de seu sexo delicioso o fez estalar. — Mais forte! — Tire-me da minha miséria. Suas mãos voaram para o traseiro dele, os dedos apertando, usando-o para se puxar para cima. Seus gemidos ficaram mais altos, mais urgentes.

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— Você vai me dar isso sempre que eu quiser... deixar-me fazer seja o que eu quiser com você. — ele rangeu. — Porque você é minha Noiva, Lizvetta. E eu tenho muitos anos para compensar. Entre as respirações ofegantes, ela perguntou: — Eu realmente sou sua? — Até o dia que eu morrer. — ele disse, sua voz tensa. A pressão crescente em seu sexo açoitando-o com a necessidade de mover os próprios quadris, os impulsos vampirescos que negou apenas ficavam cada vez mais fortes. De alguma forma ele se manteve imóvel. Mas ele precisava marcar o pescoço dela. Suas presas estavam pingando por ela, mais afiadas do que jamais estiveram. — Preciso mordê-la. — Sim! Faça-o. — Uma mordida verdade. Em seu pescoço. Sem hesitação, ela virou a cabeça para o lado, oferecendo aquela pele dourada. Ele ansiava por perfurá-la. — Tentarei não machucá-la... — Preciso fazer uma mordida limpa. Ele mostrou as presas acima dela, apertou as pontas contra seu pescoço. Elas se afundaram profundamente, como se ela o tivesse atraído para dentro dela. Perfeição. Ele a sentiu gritando. — Oh, Deus, sim! Delirante com a sensação, ele engoliu o fluxo quente. Consuma-a completamente. Seu sangue fluía verdadeiramente, como se direto para o coração dele, vinculando-os. — Lothaire! — Ela arqueou abaixo dele. — Eu vou... Eu vou gozar! — Suas unhas marcaram a pele dele. Ele rosnou contra ela, saboreando as marca dela. Consuma-a. Quando ela chegou ao clímax, sentiu seu sexo ordenhando o órgão dele, exigindo o que lhe era devido. Tome como eu dou. Tome... Não. Ele não poderia tomar mais sangue, nem podia plantar sua semente. Não posso me derramar dentro dela. Como tão desesperadamente precisava fazer. De alguma forma ele lutou contra a felicidade absoluta de sua mordida, a sensação de certeza que nunca conhecera. De alguma forma, ele soltou seu pescoço. As costas dela se curvaram mais uma vez. Sua cabeça se debatia. Gozando de novo? — Ah, deuses, eu sinto você! — A pressão latejante em seu sexo o fez jogar a cabeça para trás e berrar, — Lizvetta! Eu reivindico você... No último segundo, ele puxou de volta os quadris, logo que o sêmen começou a bombear dele, linha após linha de marcando seu corpo terno.

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Lothaire desabou ao lado dela, o coração trovejando, ainda languidamente empurrando contra o quadril de Ellie. — Você é minha agora. — ele disse asperamente, batendo a sua língua contra a marca de mordida. Atordoada. Não consigo me orientar. O vampiro não a fez não distinguir mais cima de baixo. E ela não poderia estar mais feliz. Ele se levantou sobre um cotovelo e escovou os cabelos úmidos da testa dela, inclinando-se para beijá-la a intervalos. Quando conseguiu formar palavras de novo, ela perguntou: — Por que você puxou para fora? — Eu não vou deixar você ficar grávida. Ela franziu o cenho. — Você disse que queria herdeiros. — Nós não teremos descendência até que você seja uma vampira. Bruxa amanhã lhe dará uma poção de contracepção que durará um mês ou dois. Tão desconsiderado. Nem mesmo ia me perguntar? — Eu tenho escolha? — Apenas uma hora atrás, você concordou que eu tomaria as decisões por nós. Bem, era isso. Ela lhe lançou um sorriso. — Você está certo. Um brinde para as poções. Com um olhar enigmático, ele disse: — Eu vou orientá-la corretamente, se você confiar em mim. Ela encarou seu olhar. Conseguiria confiar cegamente em um homem como ele? Ela se forçou a assentir. — Você também vai precisar de uma tatuagem de ocultação. Eu tenho muito a lhe mostrar fora destas paredes, Elizabeth. — O que? — Ela perguntou, sem fôlego, porque ele já estava começando a endurecer para outra rodada. — Nada menos do que o mundo inteiro, garota bonita... No final da noite, quando ela lhe pediu por apenas mais uma vez, ele sacudiu a cabeça. — Não importa o quanto eu queira você. — Ele a arrastou para perto, até que ela estava deitada sobre seu peito. — Eu estou bem. — ela disse, sonolenta. — Sua mortal pode sair até mesmo com vampiros grandes e maus. Ele curvou o dedo sob seu queixo, levantando o rosto. — Vamos conversar quando você acordar. — Ele parecia estar realmente olhando para ela. — Suas íris estão tão nítidas agora. — Minha mente está tranquila. Ela se aconchegou para mais perto dele. — Isso me faz feliz, Leo.

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— Você já me satisfez esta noite. — Ele pressionou um beijo em seus cabelos. — Acima de tudo, você me satisfez. É ele. Lothaire para mim. Pato com o diabo? Se isso for errado, eu não quero estar certa. Enquanto ela adormecia, de fato se sentia protegida, cuidada. — Estou feliz que você tenha me escolhido. — Eu também estou. — Então, em um murmúrio acalentador e amoroso, ele disse. — Mas nunca me traia, Lizvetta.

Uma vez que Elizabeth dormira, Lothaire permaneceu acordado, querendo desfrutar desta rara paz. A respiração dela em meu peito. A tensão retirada de todos os músculos. Relaxamento acolhedor. Sua companheira. Reivindicada. Ela era a coisa mais primorosa que ele já possuíra. Enquanto enfiava os dedos pelos brilhantes cabelos escuros dela, seus pensamentos estavam surpreendentemente claros. Cristalinos. Eu vou descobrir uma maneira de contornar o meus juramentos de sangue. Sua situação era apenas um quebra-cabeça para resolver. E eu sou o mestre deles. Seu olhar caiu sobre o quebra-cabeça diabolicamente difícil de dezoito peças entre sua coleção. Precisaria de sessenta e cinco movimentos calculados para montá-lo, sem um único passo em falso. Afastando Elizabeth com um beijo em sua testa, ele riscou para a sua cadeira. Sessenta e cinco movimentos ridiculamente simples mais tarde, ele segurou o quebracabeça concluído em suas mãos atordoadas. Então Lothaire sorriu maldosamente. Eu estou de volta...

Capítulo 43

Eu nunca vou me acostumar com isso, Ellie pensou enquanto ondas cobriam seus pés em uma praia isolada na França. Uma brisa balsâmica dançava sobre sua pele, cuja maior parte estava exposta em um biquíni de amarrar. Por quase três semanas, Lothaire a levou a costas ao luar ao redor de todo o mundo, após Bruxa lhe der uma tatuagem bacana de aparência druida em seu tornozelo. Mas aquela dor valera a pena para ver o mundo. — É lindo aqui, vampiro. — Quase tanto quanto você... Ele estava descalço, sem camisa, vestindo apenas calças jeans de cintura baixa. O borrifo do mar umedecera seu cabelo e molhara seu peito. À luz do luar, sua pele brilhava, seus olhos cintilavam. Embora tivesse visto a expressão emocionada dela com cada localidade que visitavam, seu olhar vigilante estava preso em seu rosto.

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— Obrigada por me trazer aqui. Um curto aceno de cabeça. Depois daquela primeira noite de sexo alucinante, Ellie acordara, dolorida, mas feliz, esperando que as coisas fossem diferentes entre eles. Em vez disso, Lothaire a deixara na casa de Bruxa novamente, como se nada tivesse mudado. Bem, exceto pelo chiante beijo de enrolar os dedos dos pés que ele lhe dera antes de partir. E então ele voltou cedo, perguntando-lhe. — Se você pudesse ir a qualquer lugar no mundo, para onde seria? — Bora-Bo... Ela não tinha sequer terminado as palavras antes que ele os riscasse até lá. Sempre que ela estava na casa da Bruxa, ela lia revistas de viagens, e depois ele a levava para seja qual fosse o destino da página que ela estava terminando de virar. Aparentemente Lothaire estivera em todos os lugares. Ela ainda assim precisava provocá-lo em todas as suas viagens. Ele lhe mostrara todas as Grandes: a Grande Muralha da China, as Grandes Pirâmides, a Grande Barreira de Corais. Além disso, as Maldivas, as florestas da Ásia, blocos glacial, e selvas... Agora, ela olhou para baixo na água em torno de seus tornozelos. — Uh, Lothaire, por que a água é cintilante? — É a fosforescência. Em cada destino, ele lhe ensinara coisas novas sobre a área. Ele parecia saber tudo, e ela sentiu que ele realmente gostava de lhe ensinar. — Fos... fofo o quê? Ele soletrou a palavra, então explicou: — Minúsculos organismos que emitem luz quando perturbados. — Sério? — Ela espirrou água por vários momentos, fascinada. — Sabe, esta não é a última vez que você vai ver isto. Como alguém que teve prazos aplicados ao seu tempo de vida, duas vezes, ela achava difícil afastar a sensação de que a morte estava à espera. — Antes de partirmos, podemos andar mais abaixo na praia, talvez pegar algumas conchas? — Ela tinha uma prateleira no apartamento designada para nada além de conchas do mar. — Como quiser. Eles caminharam em silêncio, perdido em seus próprios pensamentos. Estas semanas não foram perfeita entre eles, é claro. Quando conseguiram dormir juntos, ele teve que se acorrentar na cama. Como ele explicou. — Sem mais viagens não planejadas para a minha noiva. E lá estavam as questões da vadia enfiada dentro de Ellie e um anel para ser encontrado. Sem mencionar a tensão constante que ela sentia nele, como se estivesse lutando contra uma força dentro de si. Uma noite depois que fizeram amor, ele murmurou:

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— Eu gostaria de poder lhe dizer as coisas em minha mente. — Apenas o fato de que ele queria confiar nela significava muito. — Você poderia me ajudar a entendê-las claramente. No entanto, não importa o quanto ela perguntasse, ele não lhe dizia. Talvez estivesse apenas ficando impaciente para transformá-la em uma vampira. Isto poderia explicar a tensão que começara a ver no seu belo rosto? Ela não estava tão ansiosa para ser transformada. A ideia de ser transformada em outra espécie era aterrorizante. Como ela poderia não lamentar todas as coisas do que estaria desistindo para sempre? O frango frito de sua mãe, waffles, cerveja. Os raios de sol. Ela lhe perguntou: — Você já desejou poder passar um dia descansando ao sol? — Eu não posso sentir falta do que nunca conheci. — Mas eu poderia. — Nós vamos resolver isso... Acima de tudo, ela iria sentir falta de seus entes queridos. Ele lhe disse: — Você nunca os verá novamente, Elizabeth. Eu sou sua família agora, você tomou meu nome no instante em que lhe reivindiquei. Sua lealdade é apenas comigo. Mesmo se ela acreditasse que poderia contornar essa proclamação, haviam outras preocupações. Ela aprendeu que praticamente não havia vampiras no Lore, porque todas morreram de algum tipo de praga imortal, uma que afetavam apenas a elas. — E se eu pegar a praga quando você me transformar? — Ela perguntou a ele. — Esta devia ser a menor de suas preocupações. Preocupe-se com assassinos, guerras, torturadores. Mas não com uma doença. — O seu mundo é sempre tão violento? Ele admitiu. — O Lore é um... lugar cruel. Para sobreviver nele, Ellie teria de ficar mais agressiva, insensível até. Ele lhe contou que os que sobreviviam mais tempo eram os notórios, os imortais com reputações baseado em alguma jogada corajosa ou ato de bravura. Na prisão, ela trabalhou tanto para se segurar a sua humanidade. Agora, era esperado que a jogasse fora. Ela queria ficar com ele tanto assim? Aceitar se transformar tão drasticamente? Se o amasse, ela poderia querer. Mas ela não o amava. Não em absoluto. Mente sobre a mente. Só uma tola iria amá-lo... Além disso, toda vez que sentia como se estivesse em perigo de se apaixonar por ele, eles tinham uma discussão sobre algo. Algumas noites atrás, quando ele estava obsessivamente debruçado sobre seu valioso livro de contabilidade, ela limpou alguns destroços das várias fúrias dele e lavou os lençóis. Ele ficou horrorizado.

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— Você... você limpou? — Alguém tinha que limpar. Eu não gosto de dormir em lençóis sujos. — Até que possamos contratar serviçais, nós nos transferiremos para outro cômodo. Outra propriedade, até! Nenhuma Noiva minha limpa. — Você fica tentando me mudar, o jeito que eu falo ou ajo. Você vai alterar a minha própria espécie para se adaptar a sua. Quando você vai mudar alguma coisa por mim? — Este cão antigo não vai aprender truques novos. Além disso, é dever da fêmea se ajustar a seu macho. Ellie mordeu a língua para não gritar com ele. Às vezes, ela mordia sua língua tão forte que sangrava. E eles brigavam por causa do ciúme irracional dele. Uma noite, ele a levou para um riacho em que ela costumava nadar quando era mais jovem. — Por que você me trouxe aqui, Lothaire? — Uma vez você gostou este lugar. Ela amava ir ali. No entanto, sua emoção sobre o gesto atencioso desaparecera bruscamente. — Como você sabe disso? — O vampiro deve tê-la visto aqui, a noite. — Você me espionou? — Eu espiono todo mundo. Por que com você seria diferente? Logo você vai espionar comigo. Em seguida, a realização despontadora. — Oh, meu Deus, foi você que machucou Davis, o garoto com quem eu estava. Você nos viu juntos, e você o atirou em uma vala. Ele quebrou as duas pernas! — Ele sobreviveu? — Com o olhar estreitado, Lothaire murmurara: — Não por muito mais tempo. Ellie mal conseguiu impedi-lo de buscar seu antigo namoradinho com a intenção de cometer um assassinato. Fazê-lo perdoar Thaddeus foi uma batalha igualmente difícil. — Vamos, Lothaire. — Ellie dissera. — Ele só quer nos visitar na casa da Bruxa. Ele pode ajudar a me proteger quando você estiver longe. — Esqueça. — Ele é seu melhor amigo. — Não necessariamente, porque Lothaire não se importava com Thaddeus, mas porque o garoto se importava mais com Lothaire do que qualquer outra pessoa no Lore o fazia. — Como eu sei que você não vai mortificá-lo com mais alguns de seus beijos? — Porque você sabe que estou enfeitiçada apenas por você. Além disso, você pode confiar nele. Qualquer outro homem teria me beijado de volta. — Quando ele permaneceu impassível, ela gritou, — Você está com ciúmes de um rapaz de dezoito anos de idade! — Ele tem dezessete. Eventualmente, ela convenceu Lothaire. Ou assim ela pensava. Na casa de Bruxa, ele encurralara o menino em uma parede, a expressão cheia de malícia. — Elizabeth Daciano é minha mulher. Thad engolira em seco.

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— E ela com certeza é uma boa mulher, Sr. Lothaire. — Mantenha sua boca para si mesmo hoje, garoto, ou a sua coluna vai decorar a nossa lareira... Mas depois da briga com Lothaire, sempre que ele a encontrava pensativa, a surpreendia com novos presentes. Ele lhe trouxera joias de todo o mundo. Joias específicas para Ellie. Ela supunha que as outras eram dela também, mas estas novas eram especiais porque ele as escolhera especialmente para ela. Ou ele a surpreendia com sexo perverso. Seu vampiro sensual possuía tantos truques na manga, e a media que ele se tornava mais confortável em controlar sua força com ela, revelava um após o outro. No entanto, cada novo movimento a fazia se perguntar com quantas deslumbrantes mulheres imortais ele praticara antes dela. Ele uma vez lhe disse que levava para cama um nova a cada noite: cortesãs fey, garçonetes ninfas, uma ocasional pastora demônio. Mas nunca uma humana, é claro. De repente, ele pegou sua mão. A dela se encaixava na dele como se fosse uma luva feita para ela. Ela olhou para ele sob os cílios e suspirou. Lothaire era como um deus de cabelos claros ao lado dela. Ele parou, parecendo como se fosse dizer alguma coisa, mas fechou a boca, e continuou andando. Mataria para saber o que você está pensando... Ellie não queria estragar essa precária trégua com ele, não queria estragar este período de lua de mel. Mas na primeira oportunidade, precisava saber como eles iriam expulsar a deusa. Na noite em que eles trocaram seus votos, Ellie estivera demasiadamente exaurida por todos os desenvolvimentos para perceber algo crítico. Quando ela lhe perguntou como iriam se livrar de Saroya, Lothaire respondera: — O anel ainda está em jogo, não é? Clássico discurso-Lothaire. Ela fora igualmente dissimulada, prometendo-lhe que iria olhar além de todas as coisas que ele lhe fizera. Na época, ela não teria dito nada. Ela reconhecia que o encurralara, e caramba, ela queria viver. Agora, mesmo enquanto ela segurava sua mão e se inclinava em seu braço forte, se perguntava se poderia manter sua palavra. Ela realmente queria superar seu ressentimento, em vez de apenas mentir para ele sobre isso e estalar sua faixa de borracha mental. Mas como ela poderia olhar além desse tratamento com ela quando tudo o que ele estava fazendo agora apenas a lembrava disso? Ele lhe dizendo que ela nunca veria sua família novamente trazia à mente como os ameaçara de forma tão cruel. Para não mencionar o fato de que a enfiara no corredor da morte. Ele tentava argumentar que ele impedira Saroya de matar ao trancar Ellie. Ela dizia a si mesma que ele salvara vidas. Ellie dizia isto a si mesma muito. E embora tivesse tomado a poção de contracepção de Bruxa, ele ainda se retirava durante o sexo. Não que ela quisesse engravidar agora ou algo assim, mas ele devia estar horrorizado com a

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ideia de um herdeiro parte humano. Toda vez que ele deixava sua semente em qualquer lugar, menos dentro dela, ele a lembrava de todos os seus muitos insultos. Humana fraca, mortal idiota. Ninguém nunca a fizera se sentir tão desprovida. Não era como se tivesse mudado de ideia sobre o que ela era, aceitado-a; ele estava apenas esperando o momento em que ela se tornaria diferente. Retire a diferença entre suas espécies e eles ainda estavam em mundos separados. Ele era da realeza. Ela era... a Ellie. Ele ainda me considera apenas uma caipira vulgar e atrasada? Ele provavelmente terá vergonha de mim perto de outras pessoas. Deus, isso dói. E como ela poderia se sentir confortável com ele, quando sentia o quanto perigoso e mal ele ainda era? Ela sentira orgulho porque ele não quis decapitar o próprio amigo. Que maneira de estabelecer o parâmetro, Ellie... Ele parou de andar, puxando-a para perto. — Se você pudesse ter qualquer presente, o que seria? — A brisa chicoteou o cabelo dele em seu rosto magro. — Nenhuma despesa é grande demais. — Pagar a montanha de minha família. Talvez arrumar uma casa perto deles. — Elizabeth...— Ele disse em advertência. À luz do luar, seus olhos brilhavam como um animal pego em um farol. — Tudo bem então, talvez algo para a Balery? Você poderia tirá-la fora de seu livro! — Uma e outra vez, a fey ajudara Ellie a tentar entender um enigma como Lothaire. Na outra noite, Ellie admitira que ela seria um caso perdido para ele se pudesse apenas beliscar algumas coisas. Balery respondeu. — Você precisa entender que ele nasceu e cresceu em um mundo fora do reino humano, em um tempo diferente. Há eras, ele cresceu naquele castelo de mau agouro que você viu, sob o reinado de um déspota cruel, que também era seu pai. Mesmo que Lothaire não fosse um dos homens mais inteligentes que eu já encontrei, ele não tem a sabedoria sobre os sentimentos das mulheres. Nenhum. O seu será o primeiro relacionamento que ele teve com uma amante, a curva de aprendizagem é precariamente abrupta... Agora Lothaire dizia: — A dívida de Bruxa ainda não está saldada. Em todo caso, eu estava falando de um presente para você. — Claramente frustrado, ele murmurou. — Apenas esqueça. Você simplesmente terá que suportar quando eu lhe trouxer mais joias. — Exatamente o quão rico você é, Leo? Ele começara a gostar quando ela o chamava assim, porque o nome era só deles. Assim como ela aprendera a amar ser chamada de Lizvetta em seu sotaque rouco. — Nós somos obscenamente ricos. Condizente com um rei e uma rainha. Eu sempre sustentarei você. E apenas eu. Talvez ela pudesse penhorar secretamente algumas das suas joias no futuro e enviar pelo correio algum dinheiro para sua família. Ele puxou a mão dela. — A água está morna. Junta-se a mim para um mergulho.

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Sorria, Ellie. — Você está com aquele olhar no rosto. Estou prestes a transar, não estou? Depois de se livrar rapidamente de suas roupas, ele a alcançou, as palmas pousando em seu traseiro com um tapa medido. Ela surpreendeu a si mesma gemendo guturalmente. — De fato. — ele respondeu asperamente, massageando sua carne espancada quando a levantava, forçando suas pernas em torno da cintura dele. — Você está prestes a transar... Algum tempo depois, com as ondas quebrando em torno deles, Ellie gritou com prazer, berrando seu nome como uma oração enquanto se agarrava a seus ombros molhados. Diretamente após, ele deu um grito brutal e arrancou seu membro para fora dela. Levantando suas respirações contra o ouvido dela, ele bombeou sêmen entre seus corpos escorregadios. Sempre tão cuidadoso para não me engravidar. Aquela conexão que ela sentiu na primeira vez em que fizeram sexo estava faltando agora. Quando ele finalmente a soltou, ela se afastou para lavar a ejaculação, seus olhos pinicando de lágrimas. — Lizvetta? — Ele roçou as costas dos seus dedos ao longo da bochecha dela. Tal força nele, mas ainda assim ele podia acariciá-la com tanta delicadeza. — Olhe para mim. — Quando ela o fez, seu olhar parecia queimar de emoção. — Eu machuquei você, meu amor? Como ele podia fazer seu coração derreter tão facilmente? Quando ele olhava para ela assim, todas as suas defesas desmoronavam. — Não, não é isso. Com uma voz rouca, ele lhe disse: —Você é minha. Sua vida é a minha. Não lute contra isso. A ternura em seu tom a fez querer jogar seus braços ao redor dele e admitir o quanto se importava com ele. Mas ela se forçou a dizer a verdade. — Às vezes eu tenho dúvidas... — Dúvidas? — Como um tiro, ele enrolou um comprimento de seu cabelo em torno do punho, a expressão dele alterando de desejo para ameaça. — O tempo para dúvidas acabou. Esta é uma coisa terminada, Noiva. — Lothaire... — Se algum dia nos separássemos, eu traria você de volta para mim. — ele disse asperamente. — Não há lugar na terra que eu não pudesse encontrá-la. De qualquer outro homem, essas palavras poderiam ser uma promessa sobre o futuro deles. De Lothaire, elas eram nada mais do que uma ameaça. Coloque-a com outras palavras. Estalo! — Não há lugar, Elizavetta. — ele repetiu, com os olhos em chamas. Um contraste à seu sentimentos sinceros anteriores.

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Era como se dois homens estivessem diante dela, um que precisava amar e ser amado, e um que apenas queria a Noiva que acreditava ser dele pelo destino. Nenhuma das versões sabia como amar. — Eu entendo isto, Lothaire. Ao longo das duas últimas semanas, sua fixa de borracha foi estalada tanto que precisava se perguntar porque ela não quebrara ainda.

Capítulo 44

Ela não está apaixonada por mim, Lothaire pensou enquanto deixava Elizabeth na casa de Bruxa. Isto o deixou excessivamente perplexo. Ele satisfizera sua Noiva, a mimara, a protegera. Ele queria lhe dar a imortalidade e fazê-la parte da realeza. Ele era o homem mais bonito que ela já vira. No entanto, ela continuava a reprimir algo de si mesma. Enlouquecia-o infinitamente! Por que ela se apegaria à sua família miserável? A sua antiga vida? Ele não tinha respostas, porque ele ainda não sonhara as memórias de sua Noiva... Ao ouvir a saudação, Bruxa disse: — Thadeus perguntou sobre você mais cedo. — A fey ostentava faixas de pasta púrpura em suas mãos e face. — Ele quer ir em sua missão de vingança, para cuidar de você. — Que pizdy38. Ele faria bem em esquecer que algum dia me conheceu. Bruxa não discordou. — Você já tentou explicar para o garoto como você realmente é? — Eu mostrei a ele. Eu furei o pescoço dele dez segundos depois de conhecê-lo, logo após ele me ajudar a sair de uma situação apertada. E daquelas escassas gotas de sangue, ele roubara as memórias de Thaddeus com bastante facilidade. Lothaire já experimentara algumas delas, sonhara com correr sob o sol, sentindo o calor em sua pele. Não era de admirar que sua Noiva temesse a perda. — Por que ninguém mais acredita que eu sou mau? Ele perguntou a ela. — Oh, eu acredito. Honestamente. — Elizabeth disse solenemente antes de virar em direção ao banheiro. — Vou lavar a água salgada. Não parta até eu voltar! Enquanto a observava se afastando, ele pensou, Ela não acredita que eu seja mau, não realmente. Ontem, quando ele retornou à Bruxa para buscar Elizabeth, ela estava dormindo. Cuidadosamente, ele a levantou nos braços, e ela enterrou seu rosto contra o peito dele tão confiantemente. Ele olhou para ela, perturbado, pensando, Ela ainda não tem ideia do que verdadeiramente eu sou capaz, sem ideia do que eu fiz. 38

Xingamento em russo.

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O que eu faria para possuí-la para sempre. Agora ele exalava um sopro de ar, sentado à mesa de jantar. Em uma voz baixa, perguntou a fey. — A Elizabeth fala de mim? — Bruxa deu um aceno de cabeça cauteloso. — E? Quais são seus sentimentos em relação a mim? — Eles variam de acordo com seu comportamento. — Ela deixou folhas caírem em uma panela. — É incrível como isso funciona. Seu olhar se estreitou. — Cuidado, Bruxa. — Novamente se humor estava abominável. Passara o dia sonhando inutilmente suas próprias memórias, mais uma vez. — Ela não me disse que ama você, se é isso que quer saber. Era. Ele precisava que Elizabeth se apaixonasse por ele, porque só então confiaria em sua lealdade a ele. No entanto, um macho menor poderia suspeitar que ela ainda o odiasse por todos os seus pecados contra ela e apenas esperasse seu tempo até que ela pudesse ficar livre dele. E livre de Saroya. Bruxa perguntou: — Você não vê os pensamentos dela em sonhos? Ele beliscou a ponte de seu nariz. — Nada. — Mesmo que ele continuasse bebendo dela. Sempre que ele dormia, Elizabeth era como um tranquilo local em branco em sua mente. E não importava o quanto ele sugerisse, ela nunca lhe falava de seus sentimentos. No entanto, todas as noites, ela dizia ou fazia algo para lembrá-lo do quanto sentia falta de sua família. Embora ele se sentisse como um amante mesquinho e ciumento, sabia que se ela era leal a eles, então não poderia ser totalmente leal a ele. A situação amadureceria para a traição, porque ela colocaria os interesses deles sobre o seu se um conflito algum dia surgisse. E vamos ser realistas, quando eu não estaria em conflito com aqueles humanos maleducados? Cortar contato com eles era o mais sensato. Notícias sustentavam que Elizabeth fora mortalmente ferida em uma fuga da prisão que deu errado. Sua família acreditaria que ela estava morta. — Você está cedendo seu coração para ela. — Bruxa observou. Ele olhou na direção de Elizabeth. — Ela é. — ele fez uma pausa, então admitiu. — estimada. Se alguma coisa acontecer comigo, você deve protegê-la. Busque uma forma de libertá-la. A fey assentiu. — Falando de algo acontecendo com você, Dorada foi sentida no sul, perto do coven Valquíria da Louisiana. A feiticeira morou anteriormente na Amazônia, agora ela estava na Louisiana? Ele apostava que a múmia horrível e seus lacaios Wendigo estavam se esconder na bacia do pântano.

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— Eu vou até lá esta noite. — Ele riscaria para um bar da baía pantanoso chamado Erol’s, um frequentado por dezenas de imortais. Talvez Dorada tenha viajado para aquela área por causa da energia Lore. Ou talvez sentisse que ele estivera lá recentemente. — Saroya ascendeu? — Bruxa perguntou. — Uma vez. Enquanto Elizabeth dormia. A garota nunca soube. Ele não perdeu tempo em castigar Saroya, soltando sua fúria contra si mesmo nela. — Você sabia que não era minha Noiva, porra! — Você está tão certo? Como ele poderia algum dia ter sido enganado? — Você não é minha. Eu procuraria um sol do meio-dia se me emparelhasse com você. — Ele não teria dito a mesma coisa a Elizabeth? Ele se encolheu quando pensou em quanto incrivelmente muito a insultou. — Você sabia o tempo todo que eu não possuía qualquer ligação predestinada com você. — Eu usei a sua própria arrogância como uma arma contra você. Um arsenal tão abundante. Além disso, no fundo você reconheceu Elizabeth como sua, mas se recusou a aceitá-la. O que é compreensível ao extremo, Lothaire. Independentemente disso, você vai deixar ela por mim, porque você ainda quer suas coroas. — Ela olhou para o corpo de Elizabeth com desprezo. — Mesmo que você obviamente tenha se relacionado com ela. — Eu vou encontrar uma outra maneira de conseguir meus reinos. — Se você descobrir uma maneira que um vampiro quebre um voto ao Lore, me avise... Seus votos o amarravam como algemas, forçando-o em um caminho do qual ele não podia se desviar. Eles o obrigavam a procurar incansavelmente. A fim de passar o tempo com Elizabeth, ele precisava resistir à compulsão, mas apenas poderia fazê-lo por uma quantidade limitada de tempo. Ela voltou então, de banho tomado, vestida, carregando um prato cheio de café da manhã. — Você vai se fazer de bonzinho com todos os outros vampirinhos quando estiver lá fora em busca esta noite? Ele ignorou o olhar indagador de Bruxa. Ele sabia que a oráculo queria saber qual era o seu Fim de Jogo agora. Lothaire apenas desejava que fosse tão claro como fora nos milênios anteriores. — Claro. — Ele se levantou. — Eu parto agora. — Pelo menos me beije como se fosse sentir minha falta, Leo. — Elizabeth exigiu em um tom picante que o fez querer fazer nada além de riscá-la de volta para a cama deles. — Ou então não vou achar que você é um doce para mim. Os cantos dos lábios dele se curvaram. Ele gostava de seu sotaque agora. Mesmo que ele não tivesse começado a achar seu sotaque montanhoso sensual, era um trunfo para ela, as pessoas a ouviam falar, viam sua beleza e a subestimavam. Assim como ele. Totalmente atordoado. Mas não mais. Cada dia com ela, ele estava aprendendo que mulher formidável ela era.

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Sempre que viajavam, sua mente afiada absorvia conhecimento como uma esponja. Ensinála se provou gratificante, agradável. E experimentar aquelas localidades com ela as lançara sob uma luz nova, tornando-as excitante para ele mais uma vez. Ela o fazia se sentir jovem e vivo. Elizabeth Daciano era uma droga para um macho como Lothaire. Então, por que ele não podia reprimir a sensação de que ela estava se afastando dele? Ele se inclinou para pressionar seus lábios aos dela, levando seu perfume suave para dentro dele. — Você vai se preocupar comigo enquanto eu estiver fora? Ela balançou a cabeça. — Mas eu vou ter piedade de qualquer um que cruze com você. Seu peito se curvou. Como uma droga, Elizavetta... Relutantemente, ele riscou para longe. Assim que apareceu no estacionamento de cascas de conchas39 do Erol’s, percebeu uma forte presença. Dorada estava por perto. Garoa, um trovão ressoando. Música retumbava de dentro do barraco em ruínas de um bar. Os aromas de tantos de seus inimigos se confundiam em um só lugar que o fez desejar ter trazido uma bomba mística. Erradicar a todos tão facilmente... Não. Foco. Ele cruzou para a beira da água negra, espionando uma velha base de operações no meio de uma enseada. Riscando para a base, ele se agachou em cima dela, ouvindo por Dorada. Sobre o fortalecimento da chuva, ouviu apenas sons que eram esperados. Répteis deslizando através do pântano, um perdido grito Valquíria. Ele farejou o ar úmido, percebeu um leve rastro da pele apodrecida de Dorada, mas não conseguiu identificar sua origem. No passado, ele teria esperado aqui até o amanhecer, perseguindo o inimigo, prevendo a sua próxima batalha em detalhes sangrentos. Agora ele estava impaciente, sabendo que seus pensamentos ficariam mais caóticos a cada momento em que estivesse longe de Elizabeth. Um relâmpago bifurcou acima, momentaneamente iluminando a baía pantanosa. Os olhos reflexivo das criaturas do Lore brilharam ao redor da água. Nenhum deles era sua presa. Onde está você, Dorada? Ele não tinha tempo para persegui-la... Sacudindo a cabeça ao redor quando captou aquele cheiro mais uma vez. Ele pulou em um riscar, pousando no perímetro da baía, girando no lugar. O cheiro parecia vir de todos os lugares ao seu redor. Então eu vou vasculhar cada centímetro deste lamaçal esquecido pelos deuses. Meio riscando, meio correndo, começou a cobrir o solo, desmaterializando por moitas de espinhos, então se lançando em torno das árvores. Os ventos começaram a uivar, deixando a chuva de lado, dispersando o cheiro. Ainda assim, ele correu, seus pensamentos ficando mais bagunçados como a vegetação rasteira. Encontrar Dorada. Matá-la. Então, nada irá me distrair do anel.

39

Usadas como cobertura do piso.

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Ele pensou em perdoar a dívida do Homem Lâmina em troca da localização de Webb. Afinal de contas, Chase certamente odiava Webb; o comandante agira em suas costas e estudara Regin. Mas Lothaire sabia que o Homem Lâmina não lhe diria nada. Ele desprezava Lothaire ainda mais do que ao homem que ordenou que sua fêmea fosse aberta enquanto ainda estava consciente. Navegando em um povoado denso de cipreste, Lothaire abaixou sob um galho, assustando um bando de metaformos crocodilos e as ninfas que se misturavam com eles. Os seres fixando o olhar nele, gritando com medo, então se espalhando em todas as direções. Ele não lhes dispensou sequer um silvo. Aquele cheiro... por que não podia correr para a terra...? Não, não haveria negociação com o Homem Lâmina; tocar as memórias de Chase era a única esperança de Lothaire de recuperar seu anel. No entanto, em vez de sonhá-los, ele continuava a viver os próprios. Seu último? Lothaire revivera a noite em que finalmente capturara Stefanovich para Fyodor, eras após a tortura de Lothaire ter terminado. Num acesso de raiva enlouquecido, Lothaire torturou Stefanovich por horas, dias, divertindose com os apelos de seu pai por misericórdia. Uma vez que Fyodor deu a ordem, Lothaire levantou sua espada para o golpe mortal, firmando-se o suficiente para compreender que o coração do rei estava batendo. — Blyad40! Ele foi sangrado, Tio. Fyodor olhou horrorizado. — Então ele poderia ter gerado um herdeiro secreto. — Ele apertou a borda da própria espada contra a garganta de Stefanovich, começando a cortá-lo para frente e para trás. — Onde está sua noiva? — Morrendo. — Stefanovich respondeu asperamente com dificuldade, ele próprio mal estava vivo. — Como as outras. As vampiras foram atingidas em massa por algum tipo de praga. O Rei Stefanovich considerou este um sinal de fraqueza tão embaraçoso... imortais sucumbindo à doenças! Que manteve a tragédia em segredo, disseminando boatos selvagens... — E onde está seu herdeiro? — Lothaire perguntou, se preparando para outra rodada de tortura. — Onde você nunca vai encontrá-lo, bastardo. Mas Lothaire encontrou. Movendo-se como uma sombra, silencioso como a morte, ele pairava sobre um berço. Um bebê de cabelos claros olhou para ele, segurando seu dedo com uma mãozinh a... Por que ver essa cena de novo? O que sua consciência estava lhe dizendo? Quando a aurora se aproximou, ele diminuiu seu ritmo implacável, cambaleando até parar. O suor escorria pelo seu rosto e costas e se misturava com a chuva. Ele lançou um olhar acusador para o céu iluminado pelos raios. Lothaire não descobrira nenhum sinal de Dorada. Aquele presença pesada se desvanecera em um nada. Ainda outra noite desperdiçada. Esta vai ser aquela quando minha mente falha comigo de vez? Ele apertou a cabeça entre as mãos. 40

Prostituta em russo.

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Embora desse apenas pensamentos passageiros à sua coroa, sua apreensão por Elizabeth era incessante, atormentava-o, como a terra fizera uma vez séculos antes. Quero-a tanto! O que diabos eu vou fazer? Eventualmente, ele iria encontrar o anel. Então três cenários se abririam diante dele. Ele podia desejar voltar no tempo, apagando seus votos completamente. Enquanto estivesse lá, expulsaria Saroya, então tomaria seu tempo para cortejar Elizabeth, tratando-a como uma rainha. Ou ele poderia desejar voltar, mas ser negado, os votos poderiam impedi-lo de usar o anel desta maneira. Ele fizera um juramento de fazer tudo em seu poder para transformar Saroya em imortal e extinguir Elizabeth. O que significava que qualquer tentativa de fazer o contrário seria atingida com oposição. Se tudo o mais falhasse, ele poderia deixar Elizabeth aos cuidados de Bruxa, então se queimar até as cinzas sob o sol. Buscar a minha própria morte, após ter sobrevivido tanto tempo...? Mas tentar suicídio quebraria seu juramento com Saroya. Seria sequer possível resistir a compulsão e a dor, tempo suficiente para morrer por Elizabeth? Todos os três cenários significariam que ele realmente recuperara o talismã que poderia destruir sua Noiva. O risco... Ele não podia dizer a qualquer pessoa sobre sua situação, não podia pedir nenhuma ajuda, sem quebrar o seu pacto com a deusa. Ele não podia sequer avisar Elizabeth para deixá-lo. Não que isso faria diferença. O anel iria funcionar não importasse o quanto perto ou longe ela estivesse. Em um labirinto mortal de sua própria criação, ele não podia determinar qualquer saída. Desfeitas pela minha própria arrogância, pela minha necessidade insaciável de vingança. Meus defeitos serão literalmente fatais? Todos aqueles votos de sangue que ele coletara não podiam fazer nada para ajudá-lo fugir dos seus. Sua esperança, ou a desgraça de sua Noiva, dependiam do anel. Assim que ele ficou tenso para riscar para Elizabeth para o dia, para se perder em seu corpo e aroma, ele ouviu um grito Valquíria ser carregado pelo tamborilar da chuva que diminuía. Poderia ser Nix? Tão traiçoeira como ela era, sempre parecia entendê-lo. Talvez ela lhe concederia uma benção; ele não merecia menos dela. Sua mente em apuros à beira de se quebrar, ele decidiu engolir seu orgulho e chamar a única pessoa que possa discernir seu vínculo. Ele riscou para Val Hall, em pé no meio do nevoeiro, esperando. Momentos depois, Nix caminhou para a varanda da frente, entregando uma mecha de cabelo preto aos espectros circulando. O cabelo era o preço negociado deles. Lothaire sabia que quando os Flagelos coletassem o suficiente para fazer uma trança de um determinado tamanho, eles podiam submeter todas as Valquírias à sua vontade por um tempo. As poderosos Valquírias seriam escravizadas. Ele mal podia esperar.

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Nix passeou em direção a ele sob a garoa, seu comportamento indiferente. No passado, ela lhe disse que ele desafiava sua previsão. Adequado, desde que ela desafiava sua perspicácia. Mas agora ele estava apostando na capacidade dela de fazer tudo, menos ler sua mente, basicamente ter os poderes de uma deusa. No entanto, ela carregava a porra de um bastão em seu ombro? Sua camiseta rosa dizia: Why can’t we be friends?41 Sutil, Nix. Realmente sutil. Ela parou a poucos metros diante dele. Eles ficaram sem palavras, avaliando um ao outro. Seu longo cabelo de zibelina estava úmido e bagunçado pelo vento, seus grandes olhos dourados inescrutável. Sua saia fluindo estava rasgada na bainha. Apenas algumas semanas atrás, ele a vira na ilha prisão, desde então, ela parecia mais magra, cansada. Ela sempre foi pequena, mas agora parecia menor. Mesmo assim, foi abençoada em forma, tão bela fisicamente quanto danificada mentalmente. Ela inclinou a cabeça então, como se pudesse espiar dentro dele. Ele silenciosamente pediu a ela para ver, saber, o que ele precisava tão desesperadamente. Ajuda-me neste vínculo. Com dificuldade, ele soltou: — Nix, eu devo ter Elizabeth. — Ele não conseguia dizer mais nada, não conseguia explicar nada. Mesmo esta declaração testava os limites de seu voto; apenas permanecer na presença de Nix drenava suas forças. Ela sorriu, seu olhar vago. — O rei negro procura a ajuda da rainha branca, então? Relâmpagos cortaram acima, duramente iluminando o rosto dela. Seus traços graciosos e afiados, seu rosto pressentindo enquanto ela sussurrava. — Lothaire, você tem se enganado sobre algo. O abismo não olha de volta. Ele pisca. Então ela se virou nos calcanhares e o deixou. Descrença. Ela passara os espectros antes que ele encontrasse sua voz. — Sua vadia, porra! — Ele gritou, enquanto pensava, estou perdido... Naquele dia, enquanto ele dormia com Elizabeth apertada em seus braços, Lothaire sonhou com o anel.

Capítulo 45

As memórias de Chase da localização do anel eram caóticas e confusas. O que significava que Lothaire fora certeiro com elas, usando-as para riscar diretamente para o esconderijo de Webb nas Montanhas Rochosas canadenses. Nunca teria imaginado Canadá. 41

Por que não podemos ser amigos?

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Mais cedo, quando Lothaire despertara, ele agiu como se nada estivesse errado, deixando Elizabeth na casa de Bruxa. Embora uma vez que começara a dar um beijo de despedida em Elizabeth, ele achou difícil parar. Agora, ele inspecionava a frente de um rancho inclassificável, rodeado por alguns dos sistemas de segurança de mais alta tecnologia na Terra. E mais, Chase estivera familiarizado com todas as proteções de segurança, o que significava que Lothaire também estava. Ele contornara todos elas, facilmente ultrapassando as defesas da estrutura. Fazendo-se incorpóreo, Lothaire meio riscava pelos corredores mal iluminados. Invisível aos olhos mortais, ele entrou nos aposentos privados de Webb. O cofre do homem estaria por trás de uma parede dentro destas câmaras, no anel, no interior. Ele encontrou Webb sentado em sua mesa, no meio de um telefonema, os músculos do ombro agrupados com a tensão. Lothaire podia ouvir ambos os lados da conversa. Webb estava falando com o Homem Lâmina, Declan Chase. Interessante. — Eu não posso lhe dizer o quanto isso significa para mim que você tenha ligado. — Webb afirmava. — Eu não tenho desejo algum de retomar a comunicação com você— Chase disse em seu forte sotaque irlandês. — Mas, para recompensá-lo por salvar minha vida, eu decidi lhe dar um aviso. — Sobre o quê? — O Inimigo do Antigo bebeu meu sangue na ilha. Ele tem as minhas memórias, o que significa que ele vai eventualmente sonhar com a localização de seu rancho, a sua segurança, tudo. Ele vai atrás de você. E do anel. Já estou aqui. Lothaire apenas abafou uma risada. O tempo é a essência, Chase. — Ele não vai ter a combinação, e há contra medidas no lugar. — o comandante disse. — Mas vou me mudar imediatamente, escondê-lo dele esta noite. — Uma pausa pesada. — A menos que você queira fazê-lo. Volte para o rebanho, Declan. Precisamos da sua força. Ainda há trabalho a ser feito para impedir a maré de imortais de tomar o controle da terra. De nos escravizar. Como se nós quiséssemos você. — A minha ligação com a Ordem está terminada. — Chase disse. — Apenas mantenha o anel longe das mãos daquele vampiro. Por incrível que pareça, eu confio menos no Lothaire do que em você. As palavras ferem, Chase. — Você está realmente se aliando com as miscreats? — Webb exigiu. — Você esqueceu que aquelas abominações torturaram e mataram seus pais? Torturaram e quase mataram você? Eu salvei você deles! — Eu sou uma daquelas miscreats, Webb. Um berserker nascido. Estamos nos livrando da lavagem cerebral da Ordem, não é, Homem Lâmina? Apesar de o rosto de Webb estar ruborizado de raiva, seu tom permanecia paternal e preocupado.

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— Filho, sua mente não está clara. Aquela fêmea tem influenciado você. — Eu não sou seu filho. — Chase soltou. — E aquela fêmea vai ser minha esposa. Melhor a Regin me influenciar do que você. Discutível. — Eu informei à Ordem que você morreu na ilha. — Webb disse. — E vou manter isto, mas somente se você não se colocar contra a nossa missão. Chase respondeu: — Você me disse que estaria do seu lado ou do deles. Você estava certo. Prejudique qualquer um entre os meus aliados, e eu vou retaliar. — Clique. O Homem Lâmina sobe um degrau na minha estima. Assim que a chamada terminou, Lothaire disse: — Ah, por acaso era o Chase alertando você contra mim? Que pena. Se apenas ele tivesse feito isso mais cedo. O comandante se virou, disparando um lançador de carga nele. Lothaire riu enquanto a corrente elétrica passava por seu torso. — Meio-riscando, Webb. Você não pode me tocar. Mas eu posso tocar em você. — Ele brevemente se materializou para bater a arma da mão de Webb, quebrando o braço do mortal com um estalo satisfatório. Webb gritou com a dor, a outra mão correndo para um botão em sua mesa. — Ah-ah, não toque nesse alarme. — Lothaire prendeu a mão do homem em seu próprio punho. Dando o mais leve dos apertos, ele quebrou os ossos de Webb como uma noz esmagada. Quando o homem soltou um grito, Lothaire sorriu, sabendo o quanto aterrorizante ele parecia. A face da morte. — Agora você tem duas escolhas, humano. Se você me disser a combinação do seu cofre e revelar quais contra medidas estão em vigor, eu poderia poupar sua vida. Ou posso torturá-lo pela informação, depois beber as suas memórias para que possa encontrar e punir sua família também. Você tem alguém escondido em algum lugar, não é? — Nunca. Nunca vou lhe dizer! — Muito bem. Eu vou apreciar mais se você lutar... Em última análise, ele torturaria Webb até que o homem implorasse para divulgar tudo. Depois de um tempo, Lothaire o deixaria falar. — E uma última pergunta. — Lothaire disse, levantando-se acima do corpo mutilado do homem. — Quem deu a Ordem o meu nome? Quem me colocou na lista de captura de Chase? Sangue borbulhava nos lábios de Webb enquanto ria entrecortadamente. — Vampiro... lá no fundo... você sabe. Diante disto, a compostura de Lothaire vacilou. Ele tinha uma suspeita, é claro, mas não poderia estar correta. — Não é possível. Entre tosses asfixiadas, Webb rangeu. — Você sabe... quem nos entregou você. Ele tinha que estar mentindo. Apenas uma forma de descobrir com certeza.

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O olhar de Lothaire caiu para o pescoço do homem. Esta seria a vítima que o lançaria no abismo? Ele poderia parar de beber de Webb rapidamente? Preciso arriscar. — Eu vou drená-lo agora. — Lothaire arrastou o homem de pés. — Resista. Isto acrescenta algo. — Então perfurou a jugular de Webb, e fez uma careta para o sangue. O comandante tinha gosto de esgoto em comparação com Elizabeth. Mas o assassinato iminente provocava Lothaire, acenando-lhe para chupar mais forte enquanto o corpo se debatendo de Webb ficava mais leve pela perda de sangue. Quando o homem ficou mole, Lothaire o soltou, cambaleando para trás. O que há no sangue dele? Uma névoa de narcóticos o envolveu. Brutal, potente. Lothaire estava alto por causa dela, alto demais para refletir o por que. Ele deslizou suas costas contra uma parede, fechando os olhos contra a sala girando. Enquanto Webb dava sua última respiração crepitante, as imagens começaram a transmitir através da mente de Lothaire na velocidade da luz. Ele caiu em um meio sono, imerso nas memórias distorcidas do homem. O que se pareceram com horas passaram antes que Lothaire pudesse se agarrar a memória que procurava... O comandante não mentira sobre o traidor de Lothaire. Bílis subiu na garganta de Lothaire, uma ferroada de puro ódio revivendo-o. Ele abriu uma fração de seus olhos. Todo mundo em quem ele um dia confiou morrera, ou o traíra. Elizabeth ainda podia fazer uma das coisas. Ou ambas. Sempre traído. Stefanovich, Serghei, Fyodor, Saroya, até mesmo o único ser que Lothaire chamara de amigo... Mas não Elizabeth. Nunca ela. Ele se arrastou pesadamente a seus pés, chutou o corpo sem vida de Webb. Grande madeira de se libertar, idiota. Então partiu para o cofre. Agora, desativar todas as proteções de segurança. Pressionar um botão ali, digitar um código falso, virar a alavanca de uma vez. Digitar o código real. Um quebra-cabeça se movendo. Se Lothaire não tivesse tanto em jogo, poderia ter gostado disto. Com um silvo, a porta do cofre se abriu. Ali. Uma bolsa de veludo preto. Ele deslizou o anel dela. Quando ele colocou a faixa de ouro puro, sentiu um poder incomensurável irradiando dele. Sem desperdiçar nem um segundo, Lothaire torceu o anel, fazendo seu desejo. Volte no tempo para desfazer os meus votos a Saroya, a Ceifadora de Almas. Nada. Lothaire não sentiu aumento de poder como sentira no passado com outros talismãs menores. Talvez o anel proibisse viagens no tempo. Ele alterou seu desejo: Apague os meus votos a Saroya. Mais uma vez, nada. Deuses queridos, o anel lhe negara; os votos mantiveram-se inviolados. A compulsão para destruir sua Noiva ficou esmagadora. A morte era o único movimento restante no tabuleiro de xadrez. De Elizabeth, ou a dele próprio? Ele olhou pela janela da sala de estudo. O sol estava nascendo, os raios de luz em erupção sobre as montanhas distantes. Como dedos esmagando. Seu instinto era de se enterrar, para fugir de seu alcance.

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Ele poderia se sacrificar por Elizabeth? Parte dele mal podia acreditar que Lothaire, o Inimigo do Antigo de coração negro, estivesse sequer contemplando isto! Para poupá-la, ele se tornaria cinzas? Como fizera Ivana todos aqueles anos atrás, para protegê-lo... Ele dizia a si mesmo que estava considerando isso apenas porque a morte de Elizabeth o alteraria. Como poderia qualquer vampiro continuar vivendo sem sua Noiva? Ele tentou se convencer de que seu coração não tinha qualquer influência nesta decisão. Mas tinha. Pequena mortal, você mudou tudo... Antes de Ivana ir ao encontro de sua morte, Lothaire lhe perguntou: — Como você pode fazer isso? — Finalmente ele compreendeu a resposta dela. Porque tudo o que é digno em mim começou com Elizabeth. Ele passou a mão sobre o peito, surpreso com a dor que sentia ali. Eu gostaria de ter podido vê-la pela última vez... Ombros para trás, ele riscou para o lado de fora para encontrar a aurora, desafiando um inimigo que iludiu toda a sua vida. Um inimigo que ele agora rezaria que o derrotasse.

Capítulo 46

— Está acontecendo, Ellie admitiu a Balery enquanto bebia uma Coca-Cola. — Estou me apaixonando por ele. Ela e a fey estavam na varanda observando o pôr do sol enquanto Ellie ansiosamente aguardava Lothaire. Ele estivera ausente durante todo o dia. Quando ele partiu, Ellie dissera novamente que não iria se preocupar. Tanto por isso. Mais cedo, Thad as visitara. Durante horas, ele e Balery tentaram distraí-la, mas sua sensação de pavor crescera de forma constante ao longo do dia. Às quatro da tarde, ela exigiu que Balery jogasse seus ossos. O que quer que fosse que a fey tenha visto lavara toda a cor do seu rosto, arrancando uma palavra engasgada: —...queimando. No entanto, uma vez que se recompôs, Balery colara um sorriso falso e considerou aquele rolar uma “bomba falhada”. Não importou o quanto Ellie a bajulasse, ela se recusou a oferecer mais informação sobre o assunto. Agora Balery dizia: — Eu poderia dizer, apenas pelo modo como você o olha. Você já disse a ele? Ellie murmurou: — Ainda não. Segurando um fio de sua antiga personalidade teimosa, ela tentou não se afastar de seus próprios votos. Nunca se apaixonar por Lothaire se transformara em não dizer a ele que o amo antes dele dizer primeiro... — Elizabeth, — Balery começou em um tom magoado, — há algo que você precisa saber sobre Saroya e...

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Lothaire apareceu; e a mandíbula de Ellie caiu. Ele estava queimado em remendos profundos, seus músculos salientes, suor e sangue escorrendo de sua pele carbonizada. Antes que Bruxa ou Ellie pudessem proferir qualquer palavra, ele agarrou o braço de Ellie, riscando-a para o quarto deles no apartamento. — Lothaire, meu Deus! O que aconteceu com você? — O que Balery testemunhou? As íris eram um do vermelho mais profundo que Ellie já os vira, a cor sangrando em todo o branco dos olhos. — Olha o que eu recuperei, Lizvetta. — Ele beliscava uma simples faixa dourada com dois nós dos dedos brancos, sua expressão, uma mistura de loucura e agonia. — Isso é bom, certo? Ele riu amargamente. — Bom? É a sua condenação. — Do que você está falando? — Eu não posso salvá-la... Não importa o quanto eu tente, os meus votos me controlam. Calafrios subiram rapidamente por sua espinha. — Eu não entendo. Por favor, acalme-se, Lothaire. Você bebeu de alguém? — Lizvetta, eu não posso sequer matar o seu corpo primeiro para poupar sua alma. — Me matar? E a minha alma? Você está falando feito um louco novamente! — Ela gritava. — Apenas use o anel para tirar Saroya de mim. Ele começou a andar pela sala, aquilo nunca era um bom sinal. — Não posso traí-la. Você não entende! — Então me faça entender! Como se com muita dificuldade, ele rangeu. — Eu jurei pelo Lore tornar Saroya imortal e destruir você. Você não vai meramente morrer. Sua alma se extinguirá. Eu tentei de tudo para fugir deste juramento... combato-o mesmo agora. Ele soube o tempo todo que teria que fazer isso? Mesmo ela conseguia entender que os votos feitos pelo Lore eram inquebráveis. — Deixe-me fugir, Lothaire. Mais compassar. — Você poderia estar do outro lado da Terra. Não vai fazer diferença quando eu for forçado... forçado a... exterminar você. Ela não conseguia obter ar suficiente. — Minha alma será extinguida deste corpo... ou de tudo? — Partirá! Como se nunca tivesse existido! Respire, Ellie, respire. — Era sobre isto que você estava dando dicas! Por que você não me contou? Para que eu pudesse me preparar? — Eu não podia... fisicamente não podia colocá-la em um caminho que pudesse interferir com o meu voto. Pensei que poderia salvá-la de alguma maneira.

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O desespero se aprofundou. E ainda vou morrer. De volta para onde ela começara. Não, agora era muito pior. Pelo menos antes, ela não estava se apaixonando pelo vampiro. Pelo menos antes, ela teria ido do corredor da morte para o céu, ou assim ela acreditava. Agora ela estava para partir de um paraíso de prazer para um... nada. Estou para não ser mais nada? Destruídas pelo homem que começara a amar? Ele enfiou os dedos pelos cabelos cobertos de fuligem. — Eu não consegui sequer permanecer ao sol... Seus lábios ficaram entreabertos. Era por isso que sua pele se queimara? Balery lhe dissera que a dor era insuportável para um vampiro. — Você tentou morrer por mim? — Claro! — Ele gritou, puxando-a em seus braços. — Eu prefiro morrer do que machucá-la! Ela não conseguia realmente acreditar nisso, mas sabia que ele não podia mentir. Hoje, Lothaire havia tentado acabar com a própria vida por ela, desafiara um instinto de sobrevivência que o manteve vivo por milhares de anos. — Como você é capaz de me contar tudo isso agora? Porque tudo está completamente decidido? Ele agarrou os ombros dela, olhando em seu rosto. Sua expressão lhe respondeu. — Oh. — Lágrimas se recolheram e caíram. Por que não chorar? Ela nunca se sentiu mais sem esperança. Finalmente, ela sabia contra o que ele estivera lutando. — Vai doer? À suas palavras, ele rugiu com angústia, sangue desceu do canto de um olho dele. — Lizvetta, não... — Você pode usar o anel para me trazer de volta? — Não posso reverter um desejo! Mas eu vou encontrar uma maneira de trazer você de volta! — Lothaire, eu estou...— Ela deu um soluço. —... estou com medo. Outro berro agonizante se seguiu, então ele a abraçou contra seu peito. Ele estava tremendo ao seu redor, lutando aquela batalha interior. — Se não posso salvá-la, eu vou segui-la. — Abraçando-a mais apertado, ele a sacudia, murmurando palavras desconhecidas em Russo. Sua pele queimada e roupas cheiravam a cinzas. Ele tentou se queimar por mim. Este seria o último cheiro que ela sentiria? — Não me siga, Lothaire. Eu não quero que você... — ANNNNNEEEEELLLLL! A cabeça de Ellie chicoteou acima. — O que é isso? — Remova meu annnneeeellll! — soou o grito de uma mulher alcançando vinte e cinco andares acima do chão, no terraço. De uma vez, Lothaire empurrou Ellie de lado para tirar o anel.

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— Dorada. Como diabos ela nos encontrou? Alguma fêmea do lado de fora estava o controlando? Assim como eles temeram! — Inimigo do Antigo! — As palavras de Dorada soaram estáticas, como se tivessem sido passadas por um filtro. — Permita minha entrada. Não resista a mim. — Eu não posso lutar contra ela. — Lothaire estalou baixinho quando atravessou a parede ao lado da porta da varanda. Símbolos estava gravados no gesso. —Vá para a porta da frente, Elizabeth! Você será capaz de abri-la em breve. Uma vez que Lothaire desbloqueara o acesso, Dorada caiu sobre os trilhos do terraço, como se tivesse acabado de ultrapassar uma barreira invisível. Com um aceno de sua mão, as portas francesas se abriram. Enquanto Ellie ficava boquiaberta, a feiticeira flutuou para dentro, metade de um pé fora do chão. Lothaire revelara algumas coisas sobre Dorada, como estivera meio louca, grotescamente mumificada, gritando por seu anel. Agora a feiticeira estava se regenerando. Ela ainda possuía apenas um olho, mas era marcante, verde oliva e com grandes cílios. Alguns fios de seu cabelo eram de um negro espesso e exuberante, outras mechas eram descoloridas. Metade de seu rosto tinha a pele lisa e morena, a outra estava incrustada de gazes e apodrecendo. Uma couraça de ouro maciço cobria seu tronco, uma saia de fios de ouro envolvida em torno dos quadris. — Corra, Elizabeth! Ellie fechou as mandíbula de uma vez, e se virou correndo em direção a porta da frente. Pelos corredores ela voou. A entrada da frente à vista. Ela a alcançou, abriu a tranca comum, então abriu a porta. Ellie parou rapidamente com um grito; Lothaire deu um berro em resposta de seu quarto. Wendigos bloqueavam seu caminho. Seus corpos desfalecidos eram curvados e disformes, suas presas do tamanho dos dedos dela. Pele pastosa, esticada sobre seus contornos esqueléticos, mas pareciam ondular no lugar. Horror a atingiu. Eles estavam vestindo a pele de outros seres. Mangas, coletes, colarinhos... Ellie bateu a mão sobre a boca, se afastando. É demais. Eu não posso lidar com muito mais do que isso. À medida que se afundavam no apartamento, eles lambiam seus lábios para ela, seus olhos vermelhos em chamas. Com fome. Ela correu de volta para Lothaire, bombeando os braços, correndo como nunca o fez antes. Eles estavam em seus calcanhares, grunhindo, babando. Ela se arrastou para dentro do quarto. O olhos arregalados, Lothaire estendeu a mão para ela, mas não se moveu, não tentou protegê-la. Ela correu para trás dele de qualquer maneira. — Ela está me controlando, Elizabeth! Disse para não me mover. Eu estou preso onde estou.

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Dorada puxou a cadeira da mesa de Lothaire, tomando um assento com um ar casual. Mas seus movimentos eram lentos. — Como você encontrou este lugar? — Ele exigiu. A feiticeira levantou o anel até a luz da lâmpada. — Um velho conhecido me contou. — Ela colocou o anel em seu dedo, então acenou para a Ellie. — Venha, menina. Ela balançou a cabeça lentamente. — Vamos, ou eu vou fazer o seu vampiro beber de você até a morte. Lothaire agarrou seu pulso, até Dorada ordenar. — Solte-a. Ele o fez de uma só vez. Vendo o quanto controle a feiticeira possuía sobre ele, Ellie atravessou a sala para ficar diante de Dorada. Ela vai me matar? Vai me transformar em uma daquelas coisas? — Ajoelhe-se. Com nenhuma outra escolha, Ellie o fez. A feiticeira a examinou com aquele único olho. — É Saroya, a Ceifadora de Almas, que está enterrada profundamente dentro desta mortal, Lothaire? Era a deusa dos vampiros a Noiva que você buscava? Talvez você quisesse transformar esta hospedeira humana em imortal com meu anel. Ele permaneceu em silêncio. — Você guardou o corpo de forma tão veemente para preservar Saroya? Ou a garota é sua? — Você veio aqui para me insultar? Você sabe a resposta para essa pergunta. — DiscursoLothaire? Dorada levantou a mão boa para tocar a testa de Ellie, comandando. — Enfrente-me, Saroya. Ellie recuou, resistindo a Saroya com toda sua força. — Não, feiticeira! — Lothaire gritou. — Não faça isso! — Eu sei que você pode me sentir bem no fundo deusa, — disse Dorada, ignorando-o. — Agora ascenda! As placas de ouro da fêmea pareciam vibrar enquanto o poder se infundia na sala. Ellie podia sentir Saroya deslizando descontroladamente em seu peito, mas ainda assim ela lutava. Lothaire também ficou tenso contra o controle de Dorada. — Isso tem a ver com mais do que meus crimes contra você. O que você quer de Saroya? — Vingança. Ellie permaneceu em silêncio, lutando para manter a deusa para trás. — Pelo o que? — Lothaire rangeu. — Por que você acha que eu estava naquela tumba, vampiro? — Dorada indagou. — Porque os assassinos de Saroya me caçaram sem cessar! Em desespero, me voltei para o anel, mas ela era poderosa demais para ele vencer. Então, eu desejei nunca ser encontrada pelos assassinos dela, ser liberada de seu tormento. E o anel garantiu que eu estivesse para sempre fora do alcance dela,

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por ter os meus outros inimigos me trancando naquela tumba por séculos. — Ela a encarou com seu olho único por longos momentos, depois se virou de volta para ele. — Até que você apareceu, me acordando. De uma só vez, eu senti a falta da divindade de Saroya. Eu me recusei a deixá-lo usar o meu próprio anel de para capacitá-la de qualquer maneira. — Isso não faz sentido, Dorada. Saroya não teria nenhum motivo para assassiná-la. Quem você era para uma deusa? A visão de Ellie vacilou. Ela estava perdendo terreno, não podia segurar por muito mais tempo... Dorada franziu a testa para Lothaire. — Você não sabe sobre a profecia? — Do que você está falando? — Ele soltou. — Que profecia? Diversão. — Hmm. Apenas sei que ela está prestes a ser cumprida. Com isso, Ellie deu um grito, entrando em colapso quando sua vista escureceu.

Saroya se sentiu compelida a ascender, piscando para abrir os olhos. Ela estava no quarto de Lothaire? Mão à testa, ela se levantou sobre seus joelhos... e se encontrou rodeada por Wendigos. De frente para sua velha inimiga. A profecia! O medo cresceu dentro dela, parecendo inchar dentro de sua garganta. Mas Saroya blefaria, como se ainda tivesse poder. — Dorada, — ela zombou. — Quantos séculos. Dorada sorriu, revelando dentes apodrecidos brilhando entre os brancos. — Você não é mais a deusa de olhos de gato, — ela disse em um inglês estático através de algum tipo de feitiço de tradução. — Você não é mais digna de se olhar. Adequado que você mantenha a companhia de animais que babam. — Regeneração. — Dorada encolheu os ombros. Seus adornos habituais eram quase cegantes, placas de ouro tão pesadas que pareciam que esmagariam sua forma em decomposição. — Seu macho me prejudicou bastante. Eu queria me vingar de Lothaire. Eu não tinha ideia que poderia repartir minha vingança com você também. Isso não poderia estar acontecendo. Foi previsto... Foi previsto... O horror inundou Saroya, mas ela se forçou a dar um aceno desconsiderado. — O que você pode fazer contra mim? — Estou suando de medo? — Eu sou uma deusa. — Você não tem poderes. E é pura maldade. Fácil de controlar. Devo fazer como foi previsto há tanto tempo? Saroya engoliu em seco. — Se você tentar, irá falhar. E então irei feri-la com a ira de um deus. Dorada sorriu, seu rosto repuxando em uma máscara repelente. — Creio que vou arriscar.

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Saroya se virou para Lothaire. — Vampiro, faça alguma coisa! Os músculos dele estavam atados, sua expressão era tensa, mas ele permanecia imóvel. Dorada claramente o tinha sob seu poder. — Não tome Saroya, feiticeira. Deve haver uma outra maneira de resolver isto! A compreensão a atingiu. Lothaire estava agindo como se ela fosse sua Noiva, porque sabia que Dorada a expulsaria para puni-lo. Com certeza, ele descobrira uma maneira de contornar seus votos. — Dorada, eu não sou a Noiva dele! Se você procura vingança contra Lothaire, então deve matar... — Por que você me renega agora, Saroya? — Lothaire gritou. Dorada levantou a mão, alargou os dedos dirigindo a energia mística para Saroya. As joias de ouro em seu corpo reverberavam, seu único olho brilhando. Os Wendigos uivaram enquanto o ar ficava elétrico. —Não! — Saroya gritou. — Não faça isso! — Eu nunca feriria você deusa, nunca a marcaria como alvo, se você não tivesse me cercado com seus assassinos. Tola! Você me colocou neste caminho. Você cumpriu essa profecia. — Você vai pagar, Dorada! Minha irmã... — Manda suas considerações. — Dorada fechou os olhos e fechou o punho. A escuridão se espalhou diante de Saroya, a profecia se repetindo várias vezes enquanto sua consciência começava a escurecer. Foi previsto que La Dorada, a Rainha do Mal e dos Ouros, uma feiticeira de grande poder, irá destruir Saroya, a Ceifadora de Almas, a Deusa da Morte Divina, condenando-a ao Éter que a gerou, para sempre tão informe quanto o caos onde ela nasceu... Predito. A profecia auto-realizável. Escuro. Silêncio. Frio. Nada. O último pensamento de Saroya: Minhas ações tiveram uma consequência.

Capítulo 47

Elizabeth desabou no chão, seu corpo mole. Horas pareceram se passar enquanto Lothaire e Dorada esperavam por ela acordar. Esperando... Finalmente, ela se levantou, disparando na posição vertical de uma vez, ansiosamente batendo no peito. — Saroya se foi? — Elizabeth o encarou. — Ah, Deus, ela se foi! A mandíbula de Lothaire se afrouxou enquanto olhava para ela, absorvendo sua pele radiante e os olhos vívidos. Aqueles lábios em forma de arco... Antes, o encantamento dela o atormentava. Libertada de Saroya, sua fêmea era irresistível.

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O ser dentro de Elizabeth devia ter diluído a sua necessidade por ela. Agora era como se o desejo feroz e a proteção que sentia por ela tivessem sido multiplicados exponencialmente. Então injetados diretamente em seu coração. Minha Noiva. Era disso o que todo mundo falava. O rosto de Elizabeth... Como se uma janela de vitrais tivesse se quebrado para deixar pura luz entrar; Ela estava em chamas com absoluta beleza... — Mate-a, Lothaire, — disse Dorada. Lutando contra seu controle, ele transformou seu tom em desprezo. — Por que eu iria me incomodar? Você tomou Saroya de mim. — No caso desta mortal ser a sua Noiva real. Antes, seus próprios votos o acorrentavam, agora que ele estava livre deles, se sentia mais poderoso do que jamais esteve. Elizabeth era um farol focando tudo dentro dele. — Eu nunca vou machucá-la. E você sabe que eu não posso mentir. — Eu suspeitava que ela fosse sua noiva. Agora eu lhe comando que a mate. — Eu não dou a mínima, feiticeira. — A única coisa mais forte do que o domínio de Dorada sobre ele? O domínio de Elizabeth sobre mim. — Você não pode me compelir a machucá-la. Você não está totalmente curada e acabou de se debilitar matando uma deusa. Eu vou lutar com você até que nenhum de nós tenha forças para ferir Elizabeth. — Vou tornar isto simples, — Dorada estalou. — Você vai matá-la. Ou eu vou forçá-lo a se matar. Ele riu. — Então vá devagar comigo, súka42. Eu gosto de preliminares. — Devagar, Lothaire? Eu tenho todo o tempo do mundo para assistir você descascar a pele do seu corpo. — Não! — Elizabeth correu para ficar protetoramente na frente dele. — Por favor, não faça isso, Dorada! A feiticeira nem sequer a reconheceu. — Eu quero que você retire sua carne como uma camisa, vampiro. Eu vou fazer uma de minhas bestas usá-la até que apodrece no corpo dele. — É você que os veste em... peles? — Elizabeth engoliu em seco repetidamente, como se fosse ficar enjoada. — Comece com o seu pescoço, Inimigo do Antigo, — Dorada falava. Os Wendigos deslizaram seus corpos medonhos para o chão, se preparando para um show e para seus restos mortais. Ele encontrou suas próprias garras cortando sua pele no pescoço. Não posso me deter... — Espere! — Elizabeth gritou. — Por que não negocia com a gente? — Você ousa se dirigir a mim? — Dorada balançou seu arrepiante olhar caolho sobre Ellie. — Nós temos algo que você quer. — disse ela, sem ter ideia do que estava fazendo. Entre os Wendigos, esta senhora múmia, a confissão de Lothaire e o exorcismo de Saroya, sua mente estava tão aberta que quase se rachou escancarada. 42 Vadia em russo, geralmente dito de uma forma agressiva.

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Ainda assim ela estava tentando se recompor para salvar seu vampiro. — O livro de contabilidade de Lothaire de dívidas de sangue. Apenas pare com a mutilação por um minuto, e me deixe lhe contar sobre isso. Dorada acenou para Lothaire parar, então se dirigiu a ela. — Explique. — Lá há milhares de dívidas. Ele trabalhou demais nele. Em troca de deixar ambos vivermos e não nos incomodar mais, nós vamos lhe dar... metade do livro. — E quem está em dívida com ele? Escória lorean? — Dorada desenrolou um comprimento da gaze, espiou a ferida escorrendo por baixo, então suspirou. — Imortais de vontade fraca? Ellie balançou a cabeça. — Temos reis, rainhas, deuses. Os bons também, aqueles sobre os quais você não tem domínio. — Tornando sua voz severa, ela disse: — Mas você não pode forçar Lothaire a entregá-lo só porque ele é mal e você pode controlá-lo como a um Muppet43. Isso tem que ser uma troca justa. Dorada piscou o olho. — Por que deve ser? Boa pergunta. Pense, Ellie, pense! — Para que você possa cobrar essas dívidas, elas têm que sido de boa vontade, uh, concedidas a você. — Isso soou lógico. —Se você tirar o livre arbítrio dele e roubar os votos de sangue, não valerão o papel em que estão rabiscados. Para Lothaire, Dorada disse: — Você pode falar. Este livro existe? Ellie esperava que ele rugisse sobre isso, recusando-se a negociar a obra de sua vida. Em vez disso, ele está olhando para mim como se em... assombro. — O livro é exatamente como minha Noiva diz. — Discurso-Lothaire. A parte do livro era, mas a parte do livre-arbítrio, não. Dorada inclinou a cabeça, enviando ondas de cabelo brilhante caindo sobre as mechas sem vida. — Eu escolheria meus próprios devedores, decidiria sobre a divisão. — Se você me conceder o uso do anel, — Lothaire disse, — Eu vou lhe dar a coisa toda. Ellie suspirou. —Esse anel não é nada além de problemas. É perigoso! — Você não tem ideia, — murmurou Dorada. — Eu o ostento, mas não o uso mais. — Então não há razão para não emprestá-lo para mim, feiticeira! Ellie balançou a cabeça tristemente. — Não, Lothaire. Sua voz crescendo em volume, com cada palavra, Lothaire disse a Dorada. — Agora que estamos em negociações, e você tem o anel, Eu gostaria de ser capaz de me mover novamente, porra! 43 Marionetes de pano

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Outro aceno de mão de Dorada e ele foi libertado. Ele agarrou os braços de Ellie. — Eu preciso ter esse poder. Lizvetta, você precisa ser transformada em vampira. E embora eu esteja contente que Saroya tenha ido, a coroa da Horda desapareceu com ela. Eu não vou engavetar minhas ambições como um maldito jogo de tabuleiro. — Por favor, nós vamos resolver isso juntos, — disse Ellie, mas ele não se abalou. — E se houver mais votos que você está escondendo e que eu não saiba? — Não há nenhum. Confie em mim. — Eu tenho confiado em você, e quase morri duas vezes esta noite por sua causa. Ele estremeceu. Mas ainda assim disse a Dorada. — Permita-me o uso do anel até amanhã à meia-noite, e o livro é seu. Dorada brevemente fechou os olhos, ficando em silêncio. — Traga-o para mim, — ela finalmente disse a Lothaire. — Se é como a sua mortal diz, então eu vou negociar com o anel. Na periferia da sala, os Wendigos resmungaram, como se chateados por não poderem cometer um assassinato. Passando por cima dos novos protestos de Ellie, Lothaire pegou o livro de seu cofre, exibindo-o para Dorada. O olhos da feiticeira se iluminaram. Os dois fizeram seus votos. O livro de contabilidade de Lothaire, dado livremente, compraria vinte e quatro horas com o Anel das Somas. Após o que, ela voltaria aqui pelo anel. Com uma expressão aguçada, Dorada o tirou e entregou. — Desta vez eu vou manter meu polegar, Inimigo do Antigo. E quando Lothaire renunciou a seu livro de contabilidade de valor inestimável para Dorada, ele o fez sem um segundo olhar. Porque o seu olhar estava arrebatado por Ellie.

Capítulo 48

— Qual é a sensação de estar livre de Saroya? — Lothaire perguntou. Ele acabara de tomar banho e limpar sua carne que já curava e em reparação; o cheiro de fumaça que ficara sobre ele parecia particularmente incomodar Elizabeth. Ele não saboreara o lembrete de sua repetida e enlouquecida tentativa de suicídio também. Mas agora tudo estava se encaixando, a pressão das últimas semanas se levantando finalmente. — Eu prometi que ganharia a guerra contra ela, — Elizabeth disse. — Ainda assim, mal posso acreditar que ela se foi, ela e Dorada. Não posso acreditar que tudo aquilo acabou. — Por causa de você. — Sua Noiva astuta mais uma vez o surpreendera. — Você negociou com Dorada, enganou a rainha do mal. Eu não poderia estar mais orgulhoso de você, Lizvetta. Ela corou, conscientemente aconchegando o cabelo atrás da orelha. Ele poderia dizer que ela estava contente, até mais, surpresa com o elogio.

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Então ele franziu a testa. Ela estava agindo como se ele nunca a tivesse elogiado. Ele deve têla elogiado. Certamente. Mas não conseguia pontuar um instante específico. Como alguém que sabia a importância de proteger o ego de alguém, ele ficou horrorizado consigo mesmo. Isso vai mudar. Muita coisa vai... — Lothaire, eu não suponho que você teve a chance de riscar Balery do livro quando você o pegou no cofre? — O que você acha? — Ele perguntou, com toda a seriedade. — Acho que você... riscou. — Errado. Seu rosto caiu. — Oh. — Mas eu consegui riscar uma oráculo fey chamada Bruxa. — Eu sabia que você riscaria! — Ela deu aquele sorriso de remexer a mente que era só dela. — Foi um gesto por você. Nada mais. — Não interessa o porquê, apenas que você o fez. — Mas então seu sorriso vacilou. — Explique o que aconteceu antes, com você e com a minha... alma. — Eventualmente, eu contarei tudo. — Como eu estava cego pelo preconceito e pela sede de vingança, — mas nós não temos tempo agora. — Ele levantou o dedo, brandindo o anel. — Temos de completar essa última etapa para você, e então planejar nosso futuro. Lothaire teria que alterar sua estratégia. Com Saroya fora, a Horda não cairia sob seu domínio, mas então, ele teria poupado um desejo quando se libertou de seus votos. Poupado Elizabeth... Agora, as conspirações e os esquemas começavam a se desenrolar com uma clareza chocante. Suas tarefas, por ordem de importância: Torne Elizabeth imortal, planeje uma maneira de enganar a Horda até a submissão, encontrar e conquistar Daci. Para que possa matar Serghei. Ele ainda poderia ter sua companheira eterna, dois tronos, e sua vingança. Tudo ainda estava bem... Mas quando Lothaire tomou Elizabeth em seus braços, ele franziu a testa ao encontrá-la tremendo. — Você está segura agora, amor. Eu restaurei os limites. E você vai estar guardada com Bruxa quando Dorada e seus Wendigos retornarem. Tenho a intenção que você nunca mais veja um daqueles animais enquanto você viver. — Ele curvou o dedo sob o queixo dela. — E, Elizabeth, você vai viver por um tempo muito, muito longo. — Eu não quero isso, Lothaire. Inalando para acumular paciência, ele disse: — Para roubar o anel de Dorada, eu derrotei os cultos e as feras das lendas; para recuperá-lo mais uma vez, sobrevivi a prisão da Ordem, dizimando exércitos. Eu sacrifiquei meu livro. Fiz todas estas coisas por você! Você não pode entender o presente que está prestes a receber?

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— Eu tenho muita dificuldade em vê-lo como um. Você me disse que eu nunca mais poderei ver minha família novamente. Nunca poderei voltar à minha antiga vida. Ao sol, caçadas, caminhadas. Grandes refeições em família com meus entes queridos. Lothaire estava ficando irritado... ciúmes, mais uma vez. — Você precisa esquecer aqueles outros mortais. Eles estão em seu passado. Eu sou o seu futuro. — Não se pode simplesmente abandonar a família! — Claro que pode. Eu abandonei. — Os seus estão todos mortos! — Eles estão? — Ele ergueu as sobrancelhas. — Elizabeth, lembre-se do que lhe disse, mortais e vampiros não se misturam. — Você e eu o fizemos. — Se você soubesse quantas vezes eu cheguei perto de perder o controle... Além disso, os deuses derramam punições a imortais que se revelam desnecessariamente aos humanos. Eu não criei essa lei, mas ainda assim temos de respeitá-la. Agora, não estrague esta noite para mim, Noiva. — Faça amor comigo primeiro, Leo. Uma última vez como humana. — Você não vai mais atrasar isto. — Você não está me escutando! Apenas me dê tempo. Eu não estou dizendo que não vou concordar com isso, mas apenas me dê tempo para me acostumar. Uma hora atrás, você ia extinguir a minha alma! É demais para minha mente entender Lágrimas caíram por seu rosto, e ele não gostava de vê-las de forma alguma. Elas o fizeram se sentir perturbado. Como um fracasso. Minha Noiva nunca deveria ter motivos para derramar lágrimas. Ele ternamente as secou. — Você prometeu que me deixaria tomar decisões por você durante três semanas. O meu tempo ainda não terminou. — Por favor. Estou implorando que não faça isso comigo agora. Vamos apenas conversar sobre isso. Ele fez uma pausa. Mas mesmo se fosse o tipo de homem que discutia decisões com sua mulher, eles não tinham tempo para isso. Ela não vai estar segura, não até que se transforme. — Lothaire, se você se importa comigo de alguma forma, não vai fazer isso. Ele segurou os antebraços dela. —Essa é absolutamente a pior coisa que você poderia ter dito. É porque eu me importo como você que preciso fazer isso. — Você não pode usar este anel em mim! Você mesmo disse que não sabe o que vai fazer. — O primeiro desejo é o mais preciso. Até agora, não me foi concedido nenhum, então vou usá-lo pela primeira vez. — Você entende como isso soa vago? Esta é a minha vida! Eu li no livro do Lore que o catalisador para a transformação é a morte.

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— Nós não estamos fazendo isso da maneira habitual. Olhe para mim, Elizabeth. Ouça as minhas palavras: Eu não tenho dúvida alguma de que isso vai funcionar exatamente como eu planejo, ou não arriscaria. — Quando ela começou a tremer mais ainda, ele disse. — Você acha que eu não tenho repassado o meu desejo, verificando cada intenção com a previsão de Bruxa? Em coisas como esta, eu sou sábio. — Você não pode me convencer disto! — Então você deve confiar em mim para saber mais, Elizabeth. A parte difícil estava no sentido de obter o anel, então elaborar o desejo exige habilidade, mas o processo será fácil. Num piscar de olhos, você vai se tornar uma vampira, como se eu mesmo a tivesse criado. — Você disse que as pessoas geralmente se transformam, porque estão prestes a morrer. Eu não estou. Sou saudável. Eu sou jovem... — Meus inimigos terão você como alvo. Mesmo sem as dívidas de sangue, eu ainda terei adversários que procurariam me ferir através da minha Noiva. Você é a minha vulnerabilidade mais flagrante. — Vulnerabilidade mais flagrante, — ela repetiu em voz baixa. Falando com ela como se fosse uma criança, ele disse: — Pense amor, se você pudesse riscar, poderia ter desaparecido diante daqueles Wendigos. Como posso levá-la para o meu mundo se você não tem força necessária para se defender ou a capacidade de escapar de uma ameaça em um instante? — Então não quero o seu mundo violente e bagunçado! Que tal isso? Eu não teria que riscar para longe de Wendigos porque não os veria no meu apartamento! Ele afastou a cabeça. — Você não aceitaria este presente a fim de ficar comigo? Você está apaixonado por mim, você faria qualquer coisa que eu pedisse. Mulheres apaixonadas fazem sacrifícios. Isto é simplesmente o que elas fazem. Ele observara o mundo sobre a extensão de sua vida e na grande maioria dele, as mulheres se rendiam aos homens que desejavam. Certamente os últimos cinquenta anos foram uma anomalia... — Você está pedindo demais! Se usar esse anel, eu odiarei você. — Você vai superar isso. Assim como superou tudo o resto. Suas sobrancelhas se juntaram, o seu olhar ficou austero. — Eu não vou olhar além disso, Lothaire. — Como Dorada disse, eu vou arriscar.

Ele realmente vai fazer isso! Em pânico, Ellie se virou, correndo da sala mais uma vez. Atrás dela, ouviu o suspiro irritado de Lothaire. Então ele gritou: — Prepare-se, Elizabeth.

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Enquanto ela corria pelo corredor, o ouviu dizer outra coisa, mas não conseguiu distinguir as palavras. De repente, um fogo se enfureceu dentro dela. Apertando seu peito, ela desacelerou, mas ainda estava em alta velocidade por todo o apartamento. Ela sentiu presas crescendo em sua boca. Não, não, não! Ele apareceu a sua frente, agarrando-a contra ele. — Está feito, Elizabeth. Você é como eu agora. Viu como foi fácil? Ela escondeu o rosto entre as mãos quando tonturas a atingiram. Tudo estava em um volume alto demais, seu corpo estava leve como o ar. Os aromas... Era o sangue dele que ela estava sentindo? Contra o seu ouvido, o coração dele parecia a bateria de um relógio de torre. Ele retirou as mãos dela. Ela observou com horror que suas unhas estavam escuras e mais parecidas com garras. — Não, deixe-me ver você, amor. Suas íris estão negras, adoráveis além das palavras. Mas você deve se acalmar. Está tudo bem agora, você está segura comigo. — Eu sou uma vampira? — Mente aberta, mente aberta. Enquanto ela parava emudecida, ele segurou suas mãos, pressionando uma das próprias pontas dos dedos contra sua garra, parecendo satisfeito com o corte. — E olhe para as suas presinhas. — Sua voz ficou rouca. — Ah, Lizvetta, eu poderia gozar apenas de olhar para elas. Você é perfeita em todos os sentidos. Ele parecia como um menino com um brinquedo novo, enquanto ela estava despreparada pela perda, enjoada com a confusão. Emoções explodiam dentro dela, impulsos que não entendia. Seus pensamentos corriam. Eu o odeio! Eu o amo? Preciso prová-lo. Beba de mim! Nunca o seu corpo pareceu menos como dela própria. Nem mesmo quando Saroya vivera dentro dele. Ele poderia me transformar de volta com esse anel. Se ela lhe desse razão para isso, se o assustasse bastante... — Acalme-se. — Ele embalou seu rosto. — Agora nada vai nos separar. — Me abraça? — Ela murmurou. — Ah, qualquer coisa! — Ele a puxou apertado contra ele, enfiando sua cabeça embaixo do queixo. — Agora eu não tenho que temer ferir você. Odiá-lo... Amá-lo... Seu cheiro! — Lothaire, Eu-eu preciso de você.

—Você não poderia me fazer mais feliz, Elizabeth. — Agora que ela era imortal, Lothaire poderia finalmente reconhecer o que sentia por ela, poderia parar de lutar contra isto finalmente. Quando ela torceu os dedos atrás do pescoço dele, apertando os seios contra seu peito, ele respondeu asperamente.

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— Este é apenas mais um sinal de que sua transformação foi impecável, os vampiros são criaturas notoriamente luxuriosas. Ela se levantou na ponta dos pés para beijar seu peito no decote de sua camisa, se aconchegando... Os caninos dela traspassaram. Prazer como ele nunca conhecera sacudiu através de seu corpo. — Uhn! Elizavetta! — Quando ela gemeu e chupou, sua mente rapidamente se apagando... — Não! —Ele rugiu, erguendo-a da mordida. — Você bebeu da carne, de mim. — Ele agarrou os ombros dela, ainda enevoado pela luxúria com a mordida, mesmo enquanto alarme o enchia. — Você não sabe o quão defeituosa é a minha mente? O quanto está envenenada com memórias? E eu não tenho dúvida de que você é uma cosaş como eu! — Me transforme de volta! — Ela gritou, sua íris de um sólido negro com a emoção, sangue caindo do canto de seus lábios. — Ou eu vou ficar maluca! Ele balançou forte a cabeça. — Eu quis dizer... Eu quis lhe acalmar, bebendo apenas uma gota na sua língua. Para ensinála a amar isto. Mas você esgotou a fonte na sua primeira vez. — Então me transforme de volta! — Eu considerei esta possibilidade, brincando com a ideia de usar outro desejo para torná-la imune a meu sangue. Afinal, você seria obrigada a tomá-lo diretamente de mim, mais cedo ou mais tarde. Mas então, eu também queria os dois tronos. — Ele exalou. — Eu não posso acreditar que estou prestes a fazer isso. — Erguendo a mão, ele torceu o anel em seu dedo. — Sempre que minha Noiva beber de mim, vai colher apenas as minhas memórias criadas desta noite em diante. Nenhuma das memórias de minhas vítimas algum dia a afetarão, nem as minhas do meu passado. O rosto dela caiu, e ela balançou em seus pés. — Bem, Elizabeth, isto acabou de nos custar um reino. E ainda assim... o resultado é necessário. Nós geralmente não nos alimentamos entre nós, mas agora você pode beber de mim. Você vai beber apenas de mim. O sangue dele retirado da carne iria torná-la ainda mais forte. E agora eles tinham uma ponte entre eles. Laços inquebráveis. — Eu poderia ter desejado que você não tomasse qualquer memória, — continuou ele, — Mas eu quero que você conheça meus atos, veja minha bravura na batalha enquanto eu luto por você e nossos filhos. Eu quero que você fique orgulhosa de seu macho. E todos os dias, ela sonharia com seus sentimentos por ela, experimentando o quanto intenso eram, como sua obsessão apenas continuava a crescer. Essa ligação tornaria a vida dele mais fácil. Ele tinha pouco conhecimento sobre relacionamentos, sobre como passar uma vida unida a outro, discutir seus sentimentos. Agora, ele não teria necessidade de aprender. Ela simplesmente conheceria sua mente, assim como ele o fazia. Os lábios dela se moviam silenciosamente.

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— Eu serei tudo que precisa, nutrirei você. — Ela tomou um gole escasso antes, agora ele pretendia alimentá-la completamente. O pensamento dela tomando sua dose do corpo dele, seus novos caninos afundando cada vez mais em sua carne... Seu pênis inchou tão rapidamente que teve que abafar um gemido. Talvez, pudesse rever suas tramas e esquemas depois de reivindicar e alimentar sua Noiva vampira. O olhar dela disparou olhando ao redor por outro recurso. Ele garantiria que ela não tivesse nenhum. No entanto, então sua língua cobriu o sangue nos lábios. O gosto fez seus olhos selvagens ficarem encobertos, suas respirações ficando rasas. — L-Lothaire? Ele podia ouvir seu coração acelerando, podia sentir o cheiro de sua excitação. Mas a fome em sua expressão quase o derrubou. Tudo que você precisar, Elizabeth.

Capítulo 49

Ellie podia ouvir o hipnótico bater do coração de Lothaire, podia percebê-lo acelerando enquanto ele olhou para seu rosto. —Tão linda. Elizabeth, você amplamente recompensou minha longa espera. — Nunca soltando sua mão, ele a riscou para seu cofre, jogando o anel no interior. — Está feito agora. — Ele a conduziu para a cama deles. — Esta noite nós começamos a nossa vida de novo. Já latejava por todo parte, seu sexo se umedecia no calor de sua calcinha, os mamilos tensos contra sua camisa, suas... presas perfurando sua língua. Aquela breve amostra do sangue dele teve gosto de uma volta ao lar. E ainda assim ela estava tão enfurecida com ele que poderia sufocá-lo. — Eu não queria isso. — Estes sentimentos eram tão intensos, até demais. Assustadores. — Você está com raiva. Mas isso vai passar. Ela não disse nada, apenas tentou manter seu foco. — Depois desta noite, eu lhe mostrarei o quanto prazer é seu para ser tomado, e você vai me perdoar. Ela balançou a cabeça. — Eu já arruinei o seu Fim de Jogo, você não quer me abandonar? Me repudiar? Ele apenas sorriu, aquele sensual enrolar de seus lábios. — Com você ao meu lado, quem sabe o que posso ganhar? Juntos, seremos invencíveis. Além disso, não tenho tempo para vinganças no presente. Preciso ensinar minha Noiva a riscar, a se alimentar. A conhecer sua própria força e controlá-la. — Ele a puxou para perto. — Mas em primeiro lugar, preciso persuadi-la a admitir que eu sou seu macho e que ela me ama, então ela mesma vai aceitar isto.

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A satisfação que sentiu nele era inebriante. Ele parecia estar vibrando com isto, assim como poderia dizer o quanto ele sofria por reivindicá-la. — Eu nunca lhe disse que o amava. — Você precisa, — disse ele em um tom paternalista. — E agora que é da minha espécie, você vai se sentir ainda mais vinculada a mim. — Ele envolveu sua nuca, trazendo-a para perto para roçar os lábios ao longo de seu pescoço. Quando a língua dele se agitou para fora, sensação a bombardeou até que ela cedeu contra ele. — Eu quero você nua, Noiva. — No espaço de um de seus suspiros, ele rasgou todas as roupas dela, empilhando-as a seus pés. — Tire minha camisa, — ele rangeu em seu ouvido. — Eu quero sentir seus mamilos esfregando contra meu peito. Oh, Deus, ela também! Com um gemido, ela estendeu a mão para a camisa. O material parecia cair sob seus dedos. — A força é inebriante, não é? Ela rasgou em tiras? Exatamente o quanto forte ela era...? Seus pensamentos flutuavam, o olhar dela preso no peito nu dele, na marca de sua mordida. Por que ela nunca apreciou completamente a beleza de sua carne, a pele lisa que a seduzia a morder mais uma vez? Tentava-a a saciar esta fome... Ele a fez agarrar seu cinto de couro, olhando para baixo em seus olhos. — Arranque isto se você quer mais de mim. Ela não poderia ter parado isso mesmo se quisesse. Seu corpo pulsava como uma corda de violão dedilhada. Ela mal puxou. O couro rasgado em dois. — Vazia, — ela murmurou, puxando em seu jeans. — Faminta. — As roupas dele não eram páreo para seus dedos frenéticos, e logo ele estava nu diante dela. — Lothaire... o que está acontecendo comigo?

—Eu vou cuidar de você. Tudo ficará bem, se confiar em mim. — Ele tomou as pequenas mãos de Elizabeth, colocando-as contra o peito. Por vontade própria, as garras delas cavaram seus músculos, garantindo o que ela desejava, prendendo-o mais perto. Como se eu algum dia fosse sair do lado dela. — Esta noite você vai se familiarizar com o seu corpo mais uma vez. Como eu irei. A aparência dela mudou, mas felizmente não muito. Embora ela não possuísse marcas de bronzeado, sua pele era totalmente dourada, como fora quando ele a vira em seus dezenove anos. As longas madeixas em cascata sobre os ombros estava ainda mais ricas em cor, mais sedosas. Suas íris brilhavam do cinza brilhante para o preto azeviche, as presas afiando diante de seus olhos.

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Ver essas características vampirescas nela fazia seus próprios instintos negados há tanto tempo virem enfurecidamente à tona. Durante semanas, ele se manteve de fixá-la contra qualquer coisa. Não empurrando a frente dela contra o colchão enquanto se afundava por trás. Não forçando os joelhos dela até os ombros, dirigindo mais de suas polegadas dentro dela. Agora, ele a manobrou de costas contra a parede, prendendo-a pela garganta enquanto beijava sua orelha, bochecha, lábio inferior. Ele lambeu o sangue dali, provando a si mesmo sobre ela. — Você é infinitamente mais poderosa agora. — Mas em comparação com sua força antiquíssima, ela permanecia delicada para ele. — Então você não terá que se segurar? Não posso mentir. — Vou lhe dar tudo o que posso. A suas palavras, o olhar dela se prendeu em seu pescoço, na veia pulsando ali. — Você quer mais sangue? Ela desviou o olhar, mas não antes de sua língua se lançar para o lábio. — Nunca se envergonhe de sua sede. Nós a mantemos sagrada. Olhe para mim e me diga que quer mais. Ela inclinou o olhar para ele. — Deus me ajude... Eu-eu quero. — Agora, meu sangue corre forte para um lugar no meu corpo. Seus olhos se arregalaram com a realização. Antes que ela pudesse protestar, ele os tinha na cama. — Deite-se, então. — Quando ela o fez hesitantemente, ele se levantou de joelhos ao lado de sua cabeça. Segurando seu sexo lhe disse. — Afunde suas belas presas em mim aqui. — Ele poderia dizer que ela queria, sabia que ela podia ouvir o seu sangue correndo ali. — Beba, Elizabeth. Ela o encarou em cobiça. — Mas eu vou machucar você. Ele envolveu a parte de trás da cabeça dela, puxando-a contra ele até que seus lábios se apertaram contra ele. — Beba. Tome dela. Ele sempre não teve esse pensamento durante o sexo? Esta noite, pensou, Dê tudo para ela... Com um gemido perdido, ela cobriu sua carne com lambidas que saboreavam, deslizando para afagar seu saco, então de volta ao seu membro. Mas não mordia. Em vez disso, ela sussurrava seu nome, cobrindo-o com beijos de amor ao longo de seu comprimento, acariciando seu rosto contra ele... estimando-o. Ele carinhosamente afastou o cabelo dela para trás da orelha, querendo que ela continuasse fazendo isso para sempre, mesmo quando estava desesperado para que o mordesse.

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Para tentá-la, ele correu uma garra ao longo do lado do seu sexo, extraindo uma linha de sangue. — Lizvetta, amor... tome!

O olhar de Ellie ficou paralisado pelas gotas carmesim se acumulando no topo da ereção de Lothaire. Um grito lhe escapou quando ela mergulhou as presas, parecendo inchar dentro de sua boca. — Eu vou ser qualquer coisa que você precise. — O sotaque dele algum vez foi tão carregado? — Me prove! — A grande mão cobriu um lado de seus quadris, as garras se enfiando em sua pele. Ele era mais forte com ela agora, mais animalesco. Apesar de sua agressão a atrair, provocando uma resposta selvagem dentro dela, ela balançou a cabeça. — Lothaire, eu não posso machucá-lo! — As suas presas doem? — Oh, Deus, sim! — Você precisa afundá-las na carne. Minha carne. A dor só vai piorar. Olhando para ele, reunindo coragem, ela abriu seus lábios. — Sim, Noiva, alimente-se... Ela disparou sua língua para o fluxo, com o primeiro contato, um gemido em delírio escapou dela. Seu sangue a queimava, parecendo saltar para a sua língua, trazendo a sensação de regresso a casa, de certeza. De uma vez, a sede e a excitação a inundaram. Insuportável. Ele sibilou uma respiração. — Você precisa morder... Antes mesmo que ela tomasse uma decisão consciente, as presas começaram a se afundar no lado de sua ereção espessa. Ela perfurou a carne dele; seus olhos girando em sua cabeça. — Deuses, sim! — Ele rugiu, curvando as costas. Inegável. Enquanto o sangue delicioso de Lothaire encharcava sua língua, o poderoso coração dele trovejou em seus ouvidos, uma batida de seus gemidos em êxtase. — Chupe, Lizvetta, até que não possa mais. Eu sou forte por você. Ela o fez, extraindo um fluxo rico e sensual dele. Ela se sentiu como se tivesse esperado toda a sua vida para beber assim. A cada gole, seus seios e sexo se incharam, os mamilos saltando desenfreadamente. Ela estava em chamas, seu corpo parecendo pulsar a cada batida de seu coração, ou do dele? O sangue de Lothaire a estava afetando de maneiras que ela não conseguia entender. Ela se sentia mais viva do que nunca, mas suas emoções estavam fora de controle. Em um momento pensava que iria chorar, em outro, rir histericamente. Ela chupou mais forte.

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— Não pare, não solte suas presas. — Deslizando em suas costas, ele respondeu asperamente. — Preciso beijá-la. Ela o manteve sob sua mordida enquanto ele manobrava corpo para ficar de lado. — Grite, Lizvetta, grite para mim. — Quando ele enfiou a cabeça entre suas pernas, pressionando sua boca aberta contra ela, ela de fato gritou. — Ah! Continue a se alimentar, — ele lhe ordenou com um açoite de sua língua, e eu vou recompensá-la. Vagamente, ela se lembrou da última vez que ele disse isso. Ela queria sua recompensa, não pararia de chupar até que ele a arrancasse a força. Ele se debateu com o prazer quando ela enfiou suas garras em seu torso, extraindo dele com goles gananciosos. E então ele cobriu seu clitóris com a boca, sugando-a. Arrebatamento. Nunca tire isso de mim. Ela afundou as garras no traseiro dele. Nunca quero que isso acabe. Quando ele rosnou contra sua carne, as vibrações a satisfizeram ainda mais. Prestes a gozar. Para chegar a um orgasmo como nunca antes. O sangue dele em sua língua. Os músculos que flexionavam se agitando sob suas garras. O pênis em sua boca voraz. Ela podia sentir sua semente subindo, pensou que a provara. E quando ela percebeu uma pequena picada da própria presa dele, seus olhos se lançaram abetos. Ela caiu sobre o limite. Gritando... sugando fundo... gritando mais. Ele rosnou contra ela quando seu sêmen começou a bombear sobre o seu tronco, atingindo seu peito. O cheiro da semente, de sexo. De sangue. Céu. Mesmo depois que gozou, ele permaneceu duro entre os lábios dela. Entre as respirações duras, ele rangeu. — Amor, você vai ter que me devolver isso para ganhar sua recompensa. — Ele envolveu seu rosto, pressionando o polegar contra o seu músculo da mandíbula para fazê-la libertá-lo. Ela soltou relutantemente, dando a seu membro lambidas ansiosas enquanto ele o puxava dela. Perdendo minha mente. Ele descuidadamente enxugou parte de suas sementes marcando o próprio peito, então riscou entre as pernas dela. — Agora que tiramos este primeiro frenesi do caminho...— Ele enfiou o dedo dentro seu núcleo liso. — Lothaire! — Ele não lhe mostrou misericórdia quando prendeu um segundo dedo profundamente. Com movimentos de seu pulso, ele perversamente os investiu, mais rápido... mais profundo. As veias em seu braço inchado e os músculos em seu pescoço agora parecia duplamente sensuais para ela. — É... é sempre assim? Orgasmo humano, fogos de artifício. Orgasmo vampiro, explosão atômica. — Uma vez que aprendermos o que seu corpo pode fazer? Só vai ficar melhor. Eu vou fazer você amar isso, vou fazê-la me agradecer por transformá-la em minha espécie. Ela balançou forte a cabeça. — Eu ainda não aceitei isso. Ele fez cócegas no topo de seu canal até que ela gritou.

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— O que foi isso, Noiva? Quando ele parou, ela gritou: — Isso não é justo! — Devo ser injusto mais uma vez, Lizvetta? — Outra carícia, outra pausa. Olhando nos olhos dele, ela novamente sentiu como se estivesse fazendo um pacto com o diabo, sua alma entregue no espaço de um apelo. — Por favor, não pare...

Capítulo 50

As íris de Elizabeth estavam escuras com emoção enquanto ele acariciava seu calor, sua respirações rasas entre os lábios manchados de sangue. Simplesmente olhar para ela fazia aquela dor retornar em peito. Mas Lothaire não podia se permitir saborear esse sentimento desconhecido ou a liberação surpreendente que eles acabaram de compartilhar. Ele tinha uma agenda. Ele precisa convencê-la de que este era o caminho certo. Se sua Nova possuía uma falha fatal, era sua teimosia. Claro, agora ele amava essa característica nela, a achava admirável. Não significa que ela não devesse ser persuadida, às vezes. Ele estava à altura do desafio. Novamente ele enrolava o dedo dentro dela. Porque seu sangue corria dentro dela, aquele lugarzinho enrugado inchara, tanto que ele seria capaz de senti-lo contra o seu membro quando a tomasse, o sentiria apertar-se contra o aro de sua coroa ingurgitada. E, deuses, como ela sentiria isso... — Eu vou desejar prazer e riqueza sobre você. — Ele começou a circular seu polegar sobre seu clitóris enquanto esfregava seu interior. — Você nunca vai se arrepender disto. Esta noite, eu vou fazê-la gozar mais uma dúzia de vezes, cada uma, mais forte que a anterior. Um lampejo de angústia passou sobre o rosto dela. Ele ouvira de humanos que o sexo após se tornar um imortal era mil vezes mais intenso. Não se admira que ela temesse. — Shh, shh, amor, você pode aguentar agora. Eu nunca faria qualquer coisa ao seu corpo pelo que você não me agradeceria mais tarde. — Como mudar a minha espécie. Sem qualquer vergonha, ele disse. — Exatamente. — Removendo seus dedos, ele colocou as mãos sob seu traseiro e ergueu. Com uma investida rápida, ele montou sua fêmea.

Lothaire se retirou e colocou seu membro mais profundamente, torcendo os quadris magros para fazer Ellie sentir coisas que nunca soube que poderia. — Sim, sim! Sim? — Ela começou o orgasmo antes mesmo que compreendesse o quão perto estava. — Gozando... oh, Deus! — Ela podia sentir seu sexo apertando o membro dele de novo e

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novamente, enquanto ele estremecia e suava acima dela, já à beira ele mesmo. —Não vai parar, Lothaire! — Seu pênis estava deslizando sobre aquele ponto dentro dela, fazendo com que o orgasmo seguisse indefinidamente. Ele foi impiedoso, se manteve mergulhando, mergulhando, até que ela estava chorando por misericórdia, enquanto levantava seus quadris por mais. Mas ele rangeu os dentes, diminuindo o ritmo. — Você aceita isso? — Ele enfiou os dedos pelos cabelos dela, agarrando-a, levantando seu rosto para o dele. — Me aceita? Ela quase podia imaginar que ele estava dizendo perdoar em vez de aceitar. — Eu aceito! Oh, sim! — Ela teria dito qualquer coisa a ele naquele momento, qualquer coisa para mantê-lo se movendo dentro dela. Ele se abaixou para beijá-la, lambendo seus lábios, suas presas sensíveis. Quando o rico sangue correu entre as suas línguas, ela retalhou os lençóis com suas garras novas. Na primeira vez que eles fizeram sexo, ela lhe pedira para ser gentil. Agora exigia. — Mais forte! — Você quer forte? — Seu tom advertia que ela poderia não querer. No entanto, ela se encontrou marcando as costas dele para instigá-lo. Ele estremeceu, arqueando-se contra suas garras. E por um breve momento, lhe lançou um olhar de... admiração? Então o implacável Lothaire retornou. Com um grunhido, empurrou seus quadris no colchão, batendo contra ela. Os sons da relação deles ficando ensurdecedores, suas peles colidindo, os contínuos gemidos dela, as palavras guturais em russo dele. E sempre o trovejar de seus corações. Ela estava na borda, a ponto do clímax novamente. Esta felicidade brutal a teria matado quando humana. Entre respirações ofegantes, ele rangeu. — Diga que você me ama. Ela quase gritou que o amava. Mas, mesmo nessa névoa de emoção, ela segurou firme a um sussurro de teimosia. Não diga a ele primeiro... E uma vez que seu orgasmo começou, não pode fazer nada além gritar o nome dele. Apenas quando Ellie temeu que não aguentasse mais de suas investidas, o corpo dele ficou completamente imóvel, os grossos músculos inchando. — Eu nunca vou deixá-la partir, Lizvetta! — Ele permaneceu imóvel dentro dela, seu rosto uma máscara de tensão. — Você é minha! — Ele rugiu, com os olhos incandescentes, seu olhar fixando o dela. — Minha! Ah, deuses, você é... minha... Êxtase iluminava suas feições. Sua semente fervendo adiante de uma vez. Seus quadris subindo, para frente em uma fúria incontrolável, como uma pistão entre as pernas dela. Jatos escaldantes de sêmen bombeado dentro dela... o corpo dele se derramando no seu... mais e mais... Uma vez que ele a encheu com seu calor, finalmente desabou sobre ela. — Lizvetta— ele gemeu atordoado.

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Ela o agarrou mais perto, pressionando beijos a sua têmpora úmida, seu pescoço liso pelo suor. Ele permaneceu dentro dela, ainda empurrando suavemente. Enquanto seus corações batiam juntos, ela experimentou essa proximidade com ele que uma vez conhecera e depois sentiu falta. — É só início amor. — ele prometeu, o seu sexo se agitando dentro dela... No final da noite, depois de incontáveis ataques de sexo, ele a apertou contra seu peito de um jeito duro. Mas foi bom para ela. — Você sabe há quanto tempo eu queria segurar minha Noiva assim? — Roçando os lábios contra seu cabelo, ele murmurava. — Você nunca vai carecer de qualquer coisa novamente, Elizabeth. O mundo é seu para ser tomado. Mais uma vez, ela se sentia protegida. Segura. Suas pálpebras começaram a ficar pesadas. Mas ela não queria que isso acabasse, temendo que acordasse amanhã, e tudo isso fosse um sonho. — Estou tão sonolenta. — Minha linda garota, a alvorada se aproxima. E todos os vampiros bonzinhos vão para cama. Ela deslizou para cima, arqueando uma sobrancelha para ele. — Então você vai ficar acordado. Envolvendo seu rosto, ele levemente cobriu sua boca com a dele, ternamente lambendo a presa, dando-lhe um último sabor de sangue. O mais doce beijo de boa-noite. Então de volta para o berço seguro de seus braços. Então, por que ela ainda sentia uma sombra de desconfiança? Por que se sentia como se tivesse na verdade acabado de vender sua alma ao diabo e que havia uma política de não reembolso? Não, não. Que mulher não amaria esse deus, este amante autoindulgente, com poder e dinheiro e que parecia adorar o seu corpo? Se ele lhe dissesse que a amava agora, ela diria de volta. E ela falaria a sério. Mas ele não dissera nada disso. E ele nunca lhe disse que estava arrependido por tudo o que lhe fizera. Eu sou a tola do Lothaire...

Lothaire possuía exatamente zero reinos sob seu controle. Nenhuma de suas vinganças foi realizada e todos os seus planos estavam abalados. No entanto, um relaxamento extenuado se espalhava por ele. Seus lábios continuavam a se curvar em vontade própria. A satisfação que sentia acariciando os cabelos de Elizabeth enquanto ela dormia em seu peito... indescritível. Ele a satisfez com seu corpo, alimentando sua necessidade, então a saciando. Ele a alimentou com o seu sangue até que a pele dele ficou aquecida. Agora ela dormia profundamente, enquanto ele a salvaguardava com a força que conquistou por eras de sobrevivência. É claro que ela o amava. Ele sabia que ela esteve prestes a lhe dizer mais cedo. Assim, sua lealdade era dele...

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Indescritível. Lothaire suportara um enorme esforço para ensaiar aquele desejo de transformação, e o anel fizera exatamente como ordenado. O que significa que amanhã ele daria a ela um presente que nenhum outro homem poderia oferecer. Quando ela distraidamente apanhou o lábio inferior com uma de suas adoráveis pequenas presas, ele suspirou. O Inimigo do Antigo suspirou, porra. Queridos deuses, finalmente acontecera com ele. Felicidade. Então suas próprias presas ficaram afiadas. Eu matarei qualquer um que tente tirar esse sentimento de mim.

Capítulo 51

Ao crepúsculo, Ellie acordou sem ficar grogue. Em um segundo ela estava dormindo, no próximo, acordada. Estranho. Encontrou Lothaire olhando para ela com uma ternura desconcertante, seu cabelo desgrenhado pairando sobre um de seus olhos. Se já era lindo antes... Lothaire parecendo bem amado era de tirar o fôlego. Em uma voz grave, ele disse: — Bom crepúsculo. Uma versão vampira de bom dia? — Uh, para você também. — Como você se sente? Mentalmente? O júri ainda do lado de fora. Em relação ao corpo? Surpreendentemente bem. Embora ela se recusasse a admitir isso. Ellie não queria que ele pensasse que poderia continuar a se dar bem com essa prepotência em relação a ela. Se ela iria ter uma vida vampiresca “oh, querido Senhor” com ele, ela precisava estancar este comportamento pela raiz. Ela encolheu os ombros. — Eu me sinto bem. É definitivamente diferente. — Ela não sentia pontadas, apesar do sexo agressivo. Mas eu também não tenho desejo pelos meus waffles de costume. — O que você está pensando? — Sinto falta de comida. — Com uma pontada de tristeza, ela se levantou, sentindo os olhos dele em seu corpo como nunca antes. Palpável. Possessivo.

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— Eu vou ser o seu café da manhã. Me reabasteci da geladeira. Venha, Lizvetta, você ama o meu sabor. E eu sei exatamente como você prefere tocar a minha... fonte. Tão presunçoso. Ela olhou para ele na cama, parecia uma cena de assassinato. O colchão estava desfiado. Pelas garras dela? Sangue estava por toda parte. Ela corou ao perceber que nunca ofereceu a ele seu próprio sangue. Isso lhe tornava uma amante egoísta? Ele seguiu seu olhar, parecendo orgulhoso da destruição. Lançou-lhe um sorriso autossatisfeito como se tivesse acabado de ganhar uma discussão. E por alguma razão suas presas eram tão... incrivelmente... sensuais. Sua mente pareceu ficar em branco. Lambê-las, senti-las em mim. Ela esfregou a língua sobre uma de suas próprias. Aquele vampiro pecaminoso podia torná-la uma escrava sexual enlouquecida se o deixasse. Ela balançou forte a cabeça, e caminhou para seu quarto para vestir algumas roupas. Ela não confiava em si própria para ficar nua ao redor dele. Quando abriu seu armário, arrancou a maçaneta da porta de uma vez. — Você vai se acostumar com a força, — ele disse, de repente atrás dela. Enquanto ela estava de boca aberta olhando para a maçaneta, ele acrescentou.—Não é uma coisa ruim ser forte. Engolindo em seco, ela colocou a maçaneta em uma prateleira e cuidadosamente, começou a se vestir, atenta para não destruir tecidos que pareciam tão frágeis como teias de aranha. Lothaire olhou com uma expressão encantada, como se ele nunca a tivesse visto nua antes, ou talvez ele simplesmente não quisesse deixá-la sair de sua vista. — Admita. Sexo vampiro é melhor. Explosão atômica. — Não importa. Lothaire, nós precisamos conversar. — Nós iremos. — Ele estendeu a mão para ela, puxando-a para perto, até que ela pode sentir sua ereção como uma haste de aço contra ela. — Depois de nos esgotarmos de novo, e você se alimentar de mim mais uma vez. Dorada retornará à meia-noite, mas depois, eu tenho uma surpresa para você... — Agora. Por favor, vista-se. Vendo que ela estava falando sério, ele encolheu os ombros. — Eu estou me sentindo muito magnânimo agora. O vencedor. Se ele era arrogante antes, agora seria insuportável. Desgastante como nunca antes fora. Ele riscou para longe. Quando ela voltou para seu quarto, ele saia de seu closet completamente vestido. Assim como fizeram tantas vezes antes, ele se sentou em sua mesa, ela no sofá. — Diga-me, Elizabeth. O que não pode esperar até mais tarde? — Lothaire, você não pode tomar decisões por mim novamente. — Claro que posso. — Não, vamos começar essa coisa de igual para igual. Diga.

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— Não posso dizer isso. Considerando que você, meu amor, mantêm sua capacidade de mentir, e eu não. — Como é? — Ela tinha que ter entendido mal. — Nós não somos iguais, Elizabeth. Tenho milhares de anos de conhecimento acima de você. A sabedoria sangrenta dos séculos. A sala parecia tremer. — Você é minha Noiva, minha posse mais estimada, e eu sou seu companheiro e tecnicamente o seu criador. Vou tomar as decisões por nós, e você vai confiar em mim para saber o que é melhor. — Como você pode dizer isso? — Você não queria ser vampira, mas acabou adorando. — Amando uma noite de vampirismo. O resto permanece para ser visto! — Ela tentou dizer a si mesma que ele simplesmente não tinha noção do que estava dizendo. Como Balery explicara, Lothaire era emocionalmente insensível, porque nunca aprendera, ou por que nunca quisera, se comportar diferentemente. Seja paciente, Ellie... — Lothaire, me prometa que nunca vai tirar minha escolha de novo. — E vou cuidar de você pelo resto da minha vida, fazendo o que for necessário para garantir sua segurança. Se isso incluir tomar decisões por você, então, será assim. Seus lábios se entreabriram. Ela agora era vampira, e ele ainda a estava tratando como uma merda. Isso nunca vai acabar. Uma eternidade vivendo com este otário arrogante? — Não, Lothaire, essa merda termina agora! Ou eu vou deixar você. Você me entende? Não tenho que ficar com você e prefiro ficar sozinha do que ser constantemente tratada como uma criança. — Seu sangue ainda está muito vivo. Isso irá se acalmar com o tempo. — Ele lhe deu um olhar indulgente. — Eu vou perdoar essas palavras imprudentes, por enquanto. Ela falou apressadamente. — Perdoar? Vamos falar sobre o que deveria perdoar o que. — Quem. — ele corrigiu. — Cala a boca! Eu estou no meu direto aqui. Lembra de todas aquelas coisas que você fez comigo? Ameaçando a minha família? Minha mãe e meu irmão? Mandando meu traseiro para a prisão? Você nunca se desculpou comigo. Você sequer uma vez pediu perdão para mim. Você apenas exigiu que seu animalzinho de estimação superasse tudo. E só depois que você reconheceu que eu era a sua Noiva, foi quando a lâmpada finalmente brilhara sobre a sua cabeça dura. — E você me disse que iria olhar além dessas coisas! — Ele retrucou. — Você jurou. — Eu menti. Ele pareceu atordoado, como se esta possibilidade nunca lhe tivesse ocorrido. — Então você já me traiu!

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— Você pensou que eu tinha apenas ignorado tudo no espaço de um par de semanas? Eu não poderia, especialmente quando você não mudou de forma alguma! E tudo isso foi antes de você me transformar em um bebedor de sangue, contra a minha vontade. — Torná-la uma bebedora de sangue devia negar quaisquer ofensas contra você! — Ele gritou, ficando de pé. — Você deveria estar ainda mais em dívida comigo. Eu lutei por anos para encontrar aquele anel! Arrisquei minha vida uma vez e de novo, e eu não cortejo a morte levianamente! — Eu nunca pedi por isto. — Ser a criatura “feita” por Lothaire, ser sua posse. — Eu nunca pedi por você! — Você me disse que aceitou essa coisa entre nós, que você me aceitou. Eu tomei suas palavras por verdade e confiei nelas. Eu confiei em você! — Você mentiu, também, — ela gritou. — Você disse que eu nunca iria me arrepender disso. Agora mesmo eu me arrependo, com todo o meu coração! Está se tornando claro como cristal que isso nunca vai funcionar entre nós dois. Diante disso, sua expressão furiosa se transformou em um sorriso cruel. Ela desprezava esse olhar. — Um problema. Você se apaixonou por mim. Não será capaz de viver sem mim. Ele achava que a tinha a sua mercê; ela ansiava por magoá-lo tanto quanto ele continuava a magoá-la. — Não, eu não me apaixonei por você. Depois da noite passada, eu me apaixonei completamente por você. Mas como sempre, ela não queria que ele soubesse de seus sentimentos, não queria lhe dar ainda outro domínio sobre ela. Além disso, o amor não conquistava tudo. Se ela aprendeu alguma coisa crescendo em uma comunidade isolada, era que às vezes o amor não era suficiente. — E, novamente, você mentiu para mim, — ele disse, mas ela pensou ter visto um cintilar de dúvida em seus olhos. — Amor ou não, eu decidi nos dar uma chance. Mas você está estragando tudo. Você está estragando tudo com sua arrogância e egoísmo, tudo! Ele parecia sequer estar lhe ouvindo, sua mente capturada em uma coisa: — Você, de fato, me ama. É óbvio. Mesmo que não tenha me dito, oh, como você colocou? O que sentimos entre nós não é algo que todo mundo experimente junto. — Eu não lhe disse isso naquela noite em que percebi que você realmente iria me matar? O que você teria dito no meu lugar? — Vamos acabar com isso agora, Elizabeth. Você está agindo tolamente. — É claro que sou eu que estou agindo de forma tola. Nunca você. Porque sou comprovadamente inferior! Não é como você colocou? Como algum dia eu poderia amar alguém que me trata como um cão? Você espera que eu tenha sentimentos de ternura por um homem que me capturou, atormentou, esteve secretamente planejando destruir a minha alma. O que você acha que isto diria sobre mim? Você iria querer uma mulher que permitisse que um idiota a tratasse dessa maneira?

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— Se você não esteve se apaixonando por mim, então o que temos feito por essas três semanas? — Nós? Eu estive sobrevivendo! E eu fiz o que foi preciso. Com uma voz calmamente sinistra, ele disse. — Foi isto o que tudo representou para você? Uma artimanha? — Como poderia ter sido algo mais? Diga-me, Lothaire, eu quero saber. Convença-me de por que eu deveria amar você. — Porque qualquer outra mulher amaria! No entanto, você fingiu afeição por mim? — Seus olhos brilhavam com a ira. Aquilo... a assustou. O que a deixou mais louca. — Sempre no fundo da minha mente eu pensava em tudo o que você fez. — Você vai fazer o que quer que seja preciso para sobreviver mais uma vez? Você não tem ideia de como riscar ou conseguir sangue. Você é completamente dependente de mim. Se eu precisar usar a sua sede para mantê-la como minha cativa, então eu irei. Qualquer confiança que conseguira sentir por ele acabara de ser violada, além de qualquer reparo. Ela sentiu os lábios se retraírem para trás de suas próprias presas, sentiu-as se afiarem enquanto memórias a atormentavam. Eu decidi deixá-la ir para a prisão esta noite... Eu vou matar sua família com prazer... O medo e a frustração que se construíram agora transbordavam. — Eu nunca mais quero ver seu rosto novamente. — É uma pena, Elizabeth. Você está presa a mim. Não por algumas décadas, não por séculos. Você está amarrada a mim para sempre. Aqueles descendentes menina e menino sobre os quais você falou? Eles virão de mim, ou de ninguém. —Eu estou partindo! — Ela se virou para a porta, caminhando pelo corredor, vacilando quando se lembrou daquelas coisas que a caçaram na noite anterior. — Partindo para longe de mim? — Ele riscou na frente dela com uma risada zombeteira. — Mesmo se você pudesse atravessar a fronteira, para onde iria? Ela caminhou em torno dele. — Onde você pode ir que eu não a encontraria? — Ele a seguiu, provocando-a, mesmo que os sentimentos dela fossem brutos, seus nervos estavam desgastados. Estavam agora na sala de estar onde ele lhe trouxera naquela primeira manhã, direto do banco de injeção. Ele a jogou redor, empurrando-a para o chão. — Para onde eu iria? — Ela perguntou. — Que tal para o mesmo lugar que a minha família foi, onde você não pode encontrá-los! Eventualmente, vou ficar livre. Ela pensou ter visto um brilho de alarme em seus olhos, mas sua própria agressão rapidamente o superou. — Resigne-se ao fato de que você nunca vai vê-los novamente! Eles estão mortos para você, assim como você está para eles. — O que isso quer dizer?

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— Eles acreditam que você morreu naquela fuga da prisão, morta a tiros por um guarda. Eles nunca saberão a verdade, animalzinha de estimação. E com isso, sua tenacidade mental... quebrou. Em vez de partir, eu vou surtar. Ela pegou um vaso, jogando-o em cima dele. — Eu odeio você! Apenas uma tola poderia algum dia amar você! — Então um abajur. — Feio por dentro! — Ela mergulhou na direção da espada decorativa com que ela o ameaçou naquele primeiro dia. — Por que você não tenta me jogar do outro lado da sala agora! Em um tom sarcástico, ele disse: — Bruxa chamou você de selvagem antes. Ela não tinha visto nada. — Eu vou matar você! — Você nunca vai me machucar. Negue o quanto quiser, mas você me ama. Use sua espadinha para me convencer do contrário, ou aceite que você é minha para sempre. — Mais uma vez ele riu. Sua risada a esfolou, cortando como uma faca. Selvagem pela confusão, ela levantou a espada, desejando que pudesse cortá-lo pelas costas. Quando ele avançou em sua direção, ela gritou. — Fica longe de mim! Eu não posso... Eu não posso ficar aqui agora! Apenas me deixe em paz! — Você não pode ficar aqui? E, ainda assim, eu não vou deixar você partir. — Eu disse para ficar longe! Vou atacar! — Vermelho cobriu sua visão. Literalmente. Lágrimas de sangue. Querido Deus, eu tenho sangue ao invés de lágrimas agora. Não posso ver. — Você nunca poderia brandir esta espada contra mim. Agora, pare de agir como uma criança, e largue essa coisa antes que alguém se machuque. Ela gritou com fúria, mas ainda podia ouvir a risada dele. Não posso parar de gritar... o punho da espada esmagado em meu aperto... cegamente balançando a lâmina... O riso parou. Isto foi um baque no chão? Ela engoliu em seco, a tontura engolindo-a. Aquilo não foi o corpo dele? O bastardo está brincando comigo, me enganando. Ela esfregou os olhos, uma e outra vez, e viu... Horror. Lothaire deitado de costas, pendendo a cabeça em um ângulo estranho ao seu corpo. Seu pescoço estava clivado ao meio, sua coluna vertebral cortada... Os dedos dela ficaram moles. A espada caiu no chão. Dobrando os joelhos, ela caiu ao lado de seu corpo. Eu... o matei? Mais lágrimas vieram enquanto ela se jogava sobre o peito imóvel. Não, não, não! Ele era invencível, nada poderia derrubá-lo. Muito menos ela. O que eu fiz? Ela sequer estivera perto o suficiente para alcançá-lo. Como, como, como?

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A angústia substituiu sua raiva. Mesmo depois de tudo, nunca quis feri-lo assim, ou... matálo. Só porque não achava que eles pudessem viver juntos não significava que ela não sentia amor por ele. Eu não estava nem perto dele! — Ele não está... se f-foi...— ela soluçou. — Ele não. N-não pode ser...— Ellie se levantou, inconscientemente arrancando os cabelos. Seus olhos cheios de sangue se lançavam. Ela congelou. O anel. — Eu n-não vou deixá-lo em paz. — Ela se levantou abruptamente, correndo para o cofre. — Eu vou trazê-lo de v-volta. — Você não vai fazer nada, — disse uma voz atrás dela. Ellie virou. Uma mulher com longos cabelos negros, orelhas pontiagudas e presas pequenas estava de pé ao lado do corpo de Lothaire. Ao lado dela estava um demônio brutamontes, observando a cena atentamente. — Quem é você? — Ellie exigiu. — Como você quebrou a fronteira? — A Valquíria prestes a raptar você. Informação privilegiada de uma adivinha. — Tente me manter longe do meu objetivo. — Ellie estalou os dentes. — Eu desafio você. Com uma velocidade correspondente a de Lothaire, a fêmea de cabelos negros atacou Ellie, seu punho atingindo-a sem aviso. Ellie girado em um pé, o sangue espirrando de sua boca antes que ela caísse de joelhos. A mulher estava em cima dela de uma vez, amarrando seus pulsos, então empurrando uma lâmina contra a sua garganta. — Não! Solte-me! — Você é uma ex-humana, então? Aposto que isto deixou o bastardo presunçoso mais humilde. — Ela sinalizou para o demônio. — Deshazior, agora. De uma só vez, o demônio riscou para frente, agarrando o braço de Ellie. Ele podia teletransportá-la dali em um instante. Para longe de Lothaire. — Não, não me toque! — Ellie sibilou, lutando com toda sua nova força, mas não conseguiu quebrar o agarre do demônio. Agora implorando para a Valquíria, ela gritou: — Eu tenho que chegar ao anel! Eu estou lhe implorando! Eu vou negociá-lo, apenas me escute! — A fêmea estava imóvel. Para o demônio, Ellie gritou. — Não! Não faça isso... Ele começou a riscar com a Valquíria e ela. Pouco antes de desaparecerem, Ellie se torceu ao redor para um último vislumbre de Lothaire. O vampiro por quem ela de fato se apaixonara. Eu matei o homem que eu amava. Mas eu vou trazê-lo de volta... Um instante depois, os três apareceram na frente de uma enorme mansão com fantasmas de vestes vermelhas voando ao redor. Relâmpagos riscando o céu noturno enevoado, gritos soando constantemente. Eles me trouxeram para um coven Valquíria? Ela precisava descobrir onde estava, e depois bolar um plano de fuga. Tenho que voltar ao anel antes que Dorada chegue.

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Enquanto a Valquíria a arrastava para a entrada da frente, a mente de Ellie zumbia com ideias. Ela poderia forçar o demônio a ponta da espada para riscá-la de volta! Assim, poderia curar Lothaire, poderia levá-los de volta no tempo se precisasse. Liberte-se. Encontre uma espada. Isto não está terminado. Suas garras novas cortavam as palmas das mãos até que sangue escorria. Tenho que escapar! Lothaire está deitado lá... morto. Quando a fêmea começou a empurrá-la para cima dos degraus da varanda, o demônio fez uma reverência provocativa. — Até que nos encontremos de novo, Carafina. — Não! — Aquele era a sua passagem de volta! Ellie se debateu contra o agarre firme da mulher, mas ele já havia desaparecido. Depois de com naturalidade, oferecer uma mecha de seu cabelo para os fantasmas voadores, a tal Carafina empurrou Ellie, lançando-a voando através das portas da frente. Ellie se virou. — Deixe-me ir, sua vadia! Os olhos da Valquíria eram violeta, brilhando sinistramente. — Eu sou a única coisa protegendo você das minhas irmãs agora. No interior, fêmeas de orelhas pontudas estavam por todo o lugar, olhando para baixo do patamar do segundo andar, alinhadas contras as paredes. Embora cada uma delas fosse de uma beleza surpreendente a sua própria maneira, todas possuíam garras e dentes e moviam-se com uma graça sobrenatural. Enquanto sua captora forçava Ellie mais profundamente para dentro, uma Valquíria disse. — Vamos permitir que uma sanguessuga entre sem ser incomodada em Val Hall? Val Hall, o reduto Valquíria! Em Louisiana. Oh, Deus, como posso voltar para Nova York? Mais lágrimas inúteis se derramaram, mas ela foi capaz de piscá-las para longe mais rápido. Ainda não está terminado! — Onde é que o Inimigo do Antigo encontrou uma vampira? — Perguntou outra. — Oh, eca, eu odeio quando sanguessugas choram! Uma terceira brincou. — Então por que você sempre os faz chorar no campo de batalha? O grupo riu. Voltar para Lothaire, voltar para Lothaire. Mas Ellie estava enfraquecendo a cada momento, a boca seca de sede. Por suas lágrimas? — Essa cadela acabou de olhar para o meu pescoço? — Uma ruiva baixinha estalou. — Porque o jogo vai começar se ela ficar me comendo com os olhos. Quando entraram em outra sala, Ellie viu ainda mais Valquírias alinhadas nas paredes. Uma de olhos dourados estava sentada à cabeça de uma longa mesa de jantar, com um morcego empoleirado em seu ombro. — Bem-vinda, Ellie Ann Peirce Daciano. Eu sou Nix, A Que Sempre Sabe, e eu vou ser a sua adivinha esta noite. Então esta é a notória Nïx.

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— Por que eu fui trazida para cá? — Cara, a Justa, a sua raptora Valquíria/Fúria por esta noite, planeja exigir resgate por você a Lothaire para obter informações. Veja você, ele capturou a irmã gêmea de Cara, nossa rainha Furie e a aprisionou. Cara deu a Ellie ainda outro empurrão, seus olhos indo de violeta a prata com a emoção. — Seu amante a acorrentou no fundo do oceano para que ela pudesse se afogar repetidas vezes até o fim dos tempos! Ele fez isso seis décadas atrás! Chamas acabaram de se espalhar em torno da cabeça de Cara? Nix murmurou. — Devagar, Carafina, as suas asas começam a aparecer. Asas de fogo? Ellie estava demasiadamente perturbada para se importar. Ela soltou as palavras. — Chegaram tarde demais. Ele está morto. — O que? — Nix gritou, parecendo realmente chateada. — Eu não vi isso! — Eu-eu o decapitei. — Sangue borbulhava de seu estômago quando as náuseas a inundaram, mas ela a reprimiu de volta para baixo. Alguém murmurou ao longo da parede. — Uma vampira decapitou o Inimigo do Antigo? Eu não posso decidir se devo estripá-la ou conseguir seu autógrafo. Ellie se virou com um silvo. — Cara — disse Nix.— Ele não está morto. A Noiva deixou um pedaço de tendão. Não foi uma decapitação completa. Ele se levantará novamente. Esperança pulou no coração de Ellie. — Ele vai... ele vai viver? — Mais uma vez suas novas garras se cravaram nas palmas das mãos. — Chegue mais perto, Elizabeth, e deixe-me ver com certeza, — Nix disse. Quando Ellie ansiosamente o fez, a adivinha pareceu espiar dentro de sua mente. Depois do que pareceram horas, Nix pronunciou, — Lothaire está muito vivo. — Você está falando sério? — Muitas vezes. Embora não tanto quanto a desbocada Regin. Eu tento não fazer isso na frente de Bertil. — Ela acariciou o morcego. — Eu quis dizer, Lothaire vai viver? — Ele vai. Por alguma razão, ela confiava nesta Valquíria louca. Se Nix disse que ele iria viver, então Ellie acreditaria. Ela se inclinou com alívio. Cara a puxou para cima. — E uma vez que se cure, vai vir procurando por você. Até então, você vai ser mantida aqui— disse Cara. — Não há como escapar de Val Hall. Se você tentar riscar daqui, os espectros vão impedi-la violentamente. Ellie mal estava escutando. Eu não o matei, sua mente cantava, eu não o matei. Nix acrescentou.

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— Você vai ser uma espécie de prisioneira política. Ele está vindo por mim. Ellie nunca teria esperado ficar tão animada com a perspectiva. Então, franziu a testa. Lothaire viria por ela? Ele a perdoaria? Em algum ponto daquela discussão, ele pareceu homicida. E isto fora antes de ela quase decapitá-lo. É claro que ele saberia que foi um acidente. Ela era sua Noiva vampira; ele precisava vir por ela. Tranquilizada, Ellie finalmente olhou em volta pela sala. Embora ela estivesse para além de aliviada por que Lothaire viveria, não conseguia sentir felicidade. Presa mais uma vez?

Capítulo 52

Como se de uma grande distância, Lothaire ouviu seres murmurando em... Dacian? Onde estou? Ele riscara sonhando de novo? Por que não consigo abrir meus olhos? Todos os músculos do seu corpo ficaram tensos, seu primeiro pensamento frenético foi por Elizabeth. — Ele está enlouquecido o suficiente, — disse uma voz profunda. — Mas a companheira dela também? — Pelo menos a maldição estará encerrada, — disse uma mulher. — É verdade, Mina, mas Lothaire não é apenas uma maldição nova? — Um macho disse secamente. — Talvez devêssemos tê-lo deixado em York. — Devo dizer, eu não te disse mais cedo, ou simplesmente com mais frequência? — Disse outro homem em um tom de censura. — E é Nova York. Evidentemente, há uma diferença entre as duas. Blyad'! Eles eram Daci. Eles o capturaram. Onde está Elizabeth? Então as memórias dela o varreram. A última coisa de que ele lembrava era dela gritando, seus olhos negros de raiva enquanto empunhava uma espada. Ela balançou a espada para ele. Então a mordida da lâmina. Ela... ela quase decapitou a minha cabeça? Deuses, ela mentiu, fingindo amor por ele, e tentou matá-lo! Ele se perguntou quantas vezes poderia ter uma espada em seu pescoço antes de um verdadeiro golpe. Ele nunca pensou que teria que se preocupar que sua própria noiva desse o golpe. Mais uma vez, eu fui traído. Com dificuldade, ele deslizou a mão à garganta, sentiu uma bandagem. Por que os Daci o enfaixariam? — Ele está acordando, finalmente. Quando Lothaire conseguiu levantar as pálpebras, se encontrava na cama em alguma sala palaciana.

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O cheiro de sangue fresco era transportado pelo ar. Luz entrava pela janela aberta e se espalhava sobre seus braços, mas ele não se queimava. Figuras borradas estavam de pé ao lado de sua cama. Ele tentou se levantar. Não conseguiu. Como sua visão ajustada, viu três altos machos de cabelos escuros, todos semelhantes na aparência, e uma pequena fêmea de cabelos louros. Cada um vestido com roupas à moda antiga. Outro vampiro enorme estava sentado à mesa, as botas apoiado sobre ela. Ele estava bebendo de um frasco, que cheirava a álcool infundido em sangue. Sua aparência era mais moderna do que a dos outros, seus olhos de um azul glacial. Como os meus costumavam ser. O Dacian da Floresta Sanguinária! — Onde estou? — Lothaire raspou, a garganta queimando como se ele tivesse engolido um atiçador. — Castelo Dacia, — o que estava sentado disse. — Eu sou o Príncipe Stelian. De pé estão os Príncipes Trehan, Viktor, e Mirceo, bem como a irmã de Mirceo, a linda princesa Kosmina. Ela nervosamente fez uma reverência formal. — Uma vampira? — Lothaire não via uma puro-sangue em séculos. — As nossas tem estado a salvo da praga aqui. Lothaire estreitou seu olhar em Stelian. — Você estava em Helvita naquela manhã. — Isso está correto. Estávamos tentando salvar a nossa rainha dos homens de Tymur. Uma vez que você tinha... qual é o termo moderno? Deixado a bola cair. — Rainha? — A tontura corria por Lothaire. — Bem-vindo ao seu reino, meu soberano. Você é nosso governante agora. Recémrestaurado. — Ele levantou o frasco em um brinde zombeteiro. — Como? Eu não conquistei nada, não travei qualquer guerra contra você. — A família real escolheu você para ser nosso governante. Quase unanimemente, apenas uma objeção. — Por que vocês fariam isso? — Lothaire exigiu, tossindo sangue. — Por que não assumir o trono você mesmo? — Aqui, tio Lothaire, — a mulher disse, correndo para frente com um cálice incrustado de pedras preciosas. — Beba isso. Tem ervas curativas. Lothaire jogou o copo contra a parede com as costas da mão, respingando sangue perfumado. — Tio? Stelian exalou. — Tecnicamente, você é nosso primo. Mas os mais jovens Mirceo e Kosmina nos chamam, primos mais velhos, de Tio pela tradição excêntrica. — Responda à minha pergunta! Trehan disse. — Quando Ivana, a Corajosa morreu, ela amaldiçoou a família dela a guerrear e a se trair até que você fosse feito rei, e até que todos jurássemos fidelidade a você.

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— Minha mãe não era bruxa. Stelian dispensou com um aceno. — Talvez ela tenha brincado com as intrigas em movimento. Isso foi antes de nosso tempo. De qualquer caso, seis gerações foram aniquiladas por assassinatos e guerras civis. Finalmente decidimos investigar você, para ver se daria um bom governante. — Ele bebeu um gole, dizendo baixinho. — Antes que todos nós matássemos uns aos outros. Os três homens de pé lançaram olhares a Stelian. Ele apenas deu de ombros. — Lothaire iria descobrir tudo eventualmente. Viktor disse: — Nós estudamos você, mas decidimos que você era louco demais para governar qualquer coisa. Diante da carranca de Lothaire, Mirceo apressadamente explicou. — Você insistia em aparecem na periferia do nosso reino, meio vestido, gritando para que alguém ‘lutasse com você, porra.’ Kosmina engasgou. — Linguajar! Batendo na mão dela, Mirceo continuou. — E você também desafiou Serghei, que está morto há... — Morto! — Minha vingança não existe mais? Mirceo assentiu. — Por mais de um milênio. Todos estes anos que Lothaire desperdiçara, impetuosamente determinado a entregar retribuição. Para um homem que já não existia. Trehan disse em um tom medido. — Sem mencionar o fato de que você parecia como se pretendesse consumir aquele líder da Horda na floresta. Mas então você se estabeleceu com sua noiva, e ficou mais lúcido. Nós decidimos jurar lealdade a você e sua rainha. Lothaire ficou ainda mais tenso. Assim, Elizabeth fora a chave para o seu trono. A previsão de Bruxa se provou correta. Que pena que Elizabeth tentara cortar sua cabeça. — Onde está...— aquela vadia, — ela? Ele a jogaria no calabouço do castelo, condenando-a a ainda outra prisão. Blyad'! Por que o pensamento não lhe dava prazer? Apenas porque ela era sua Noiva? Ele desprezava esse laço predestinado com ela! E agora estavam vinculados por sangue também. Mas mesmo com essa união, Elizabeth não sentira qualquer coisa por ele. Estivera violentamente cultivando a intenção de ficar longe dele, enquanto ele baixava a guarda... — Depois do atentado contra sua vida, — Stelian disse, — ela foi capturada por uma Valquíria chamada Cara, a Justa.

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Então Carafina pegou minha noiva. Elizabeth estava dentro dos muros de Val Hall. Aqueles relâmpagos diabólicos iriam aterrorizá-la pior do que ele jamais poderia. Sua mulher o enganara, e agora ela pagaria. Lothaire queria rir. No entanto, sua amargura cambaleava sob o peso de um outro sentimento. Perda. Tudo o que eu sinto é... perda. — E La Dorada? — Perguntou ele. — Vocês tiveram um encontro com ela? — O anel dela foi devolvido, a transação concluída, — Stelian disse, acrescentando com os lábios contra o aro de sua taça, — Que os deuses ajudem as pobres almas naquele livro. Lothaire já lamentava a perda de seu livro de contabilidade, sua fortuna desperdiçada. Ele iria começar um novo livro! Talvez ele e Dorada pudessem negociar as dívidas, como cartões de beisebol... Kosmina limpou a garganta. Quando todos os olhos se voltaram para ela, seu rosto ficou vermelho. — Nós-nós tememos que a Rainha Elizavetta está por trás da guarda do Antigo Flagelo. Nnão há como contorná-los. — A pivete era socialmente inepta, mais atrasada do que ele jamais acreditou que Elizabeth fosse. — Seu Tio sabe uma maneira de contornar os Flagelos, — Lothaire raspou com nojo. — Mas eu não vou usá-la. Carafina pensava em forçá-lo a revelar onde sua irmã estava? Todos assumiam que ele sabia, simplesmente porque ele fora aquele a afundá-la em primeiro lugar. Talvez eu não devesse ter escolhido um solo oceânico com frequentes rupturas sísmicas e uma corrente forte? Quando ele contou aos outros que não tinha ideia de onde Furie estava, falara a verdade. Até este dia, Lothaire ainda não tinha conseguido encontrar a rainha Valquíria, apesar da ajuda de Bruxa. Mas mesmo se o fizesse, ele nunca pagaria um resgate por Elizabeth. — Feio por dentro! — Ela gritou. — Eu nunca poderia ter amado você! Ela realmente não se apaixonada por ele. Por ele. O que indicava que ela era uma idiota. E ele não tinha tempo ou paciência para isso. Maldita seja, Elizabeth, porque...? Stelian estalou a língua. — Sentimentos ferroando por causa de uma decapitação insignificante? Eles sabiam que ela fizera isto com ele? Eu vou matar todos eles. — Ela deixou um oitavo de uma polegada de tendão, — Stelian acrescentou. — Muito para a regeneração. Lothaire estreitou seu olhar para ele. — Você é aquele que votou contra a minha restauração. — Este sou eu. Parecia sábio então, e ainda mais agora que você perdeu sua rainha. — Eu não a perdi.

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— Eu não sou nenhum especialista em fêmeas, — os outros reviraram os olhos para aquilo, — mas eu acredito que uma tentativa de decapitação comunica a necessidade de algum espaço. Lothaire não gostou deste Stelian, o espertalhão. Em um tom inocente, o Dacian perguntou. — Este não é o termo moderno para isso? Viktor disse. — Nós já montamos um pequeno destacamento para negociar com as Valquírias. Se isso falhar, eu ficarei feliz de liderar o cerco. — Negro piscou através de sua íris, como se a ideia de uma guerra o excitasse. Então este gosta de lutar. — Desmonte-o. Carafina pode apodrecer esperando. — Ao olhar incrédulo do macho, Lothaire disse. — Eu não quero que minha Noiva seja recuperada. Mirceo disse. — Seja o que for que aconteceu entre a rainha Elizavetta e você, acredito que deva ser subordinado ao bem da coroa... — Não fale o nome dela. — murmurou Lothaire, — ou será a sua última expressão. Os lábios de Mirceo se separaram com surpresa. — Se é isso que você... comanda, meu soberano. — Não está acostumado a receber ordens, não é, Mirceo? — Lothaire os olhou um por um. —Vocês todos supõem que eu quero o reino de vocês? Talvez eu prefira a porra da Horda! Outro ofego de Kosmina, com mais rubores furiosos. Stelian disse. — Vá para a janela, olhe para fora. Indiferente a sua nudez, Lothaire foi. Com um falar atabalhoado e engasgado, Kosmina riscou para longe, enquanto Mirceo ria. — Há peças de vestuário para você, Tio. Tome cuidado para não definir uma nova moda. Na janela, Lothaire olhou, curioso. Por que Ivana algum dia deixou esse lugar? Ele estava no fantasioso castelo de pedra negra de Dacia, aquele circundado por fontes de sangue. A magnífica estrutura estava sobre algumas pedras de vantagem, dali ele podia avaliar um reino que se estendia indefinidamente, antes de desaparecer em uma névoa no horizonte. Cavernas elevadas subiam; ruas de paralelepípedos se abriam através da névoa abaixo. A arquitetura era antiquada, mas ornadamente construída com pedra esculpida. No topo de uma caverna no alto, um prisma gigante diluía a luz do sol, lançando-a sobre todo o reino em raios silenciosos que iluminavam tudo, mas não queimavam. Nem mesmo a pele de um vampiro. E tudo o que eu vejo é... meu. Quando ele pode controlar as palavras mais uma vez, os informou. — Minha coroação será realizada tão logo minha garganta se cure. Eu aceitarei seus votos de fidelidade então.

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Isto estava realmente acontecendo, os imbecis estavam o convidando para governar este reino fantástico. — Muito bem, — Stelian disse com a decepção exposta. — Você vai escolher um novo nome de regente? Uma tradição vampira. O próprio tio de Lothaire, Fyodor, tomara um novo nome quando foi coroado pela Horda e foi um que significava reinado sem fim. Ah, não tanto assim, tio. — Não. Eu já fiz muita RP44 com o nome que tenho. Eu vou ser conhecido como Rei Lothaire, o Inimigo do Antigo. Ele ainda teria sua guerra vampira, mas os lados estariam alterados. Vou usar o Daci para devastar a Horda. Ele não tinha problema algum em inverter; ele trocava de alianças com facilidade. E então estaria resolvido. Ele teria tudo o que sempre quis. Então, enfim conheceria a felicidade. Eu já conheci a felicidade antes. Mas ela a roubou de mim. Com um balanço de sua espada. De todos os golpes, de todas as torturas, aquele golpe foi o que mais o feriu. Por que, Elizabeth...? Com os punhos cerrados, ele ordenou. — Deixem-me para que eu possa me vestir. Deixem-me para apreciar a ideia de minha Noiva presa em um buraco cheio de Valquírias maliciosa. A Astura-Fúria Carafina iria aterrorizá-la. A beligerante Regin teria sua garganta. Nix salvaria Elizabeth, ou deixar a natureza seguir seu curso? Espero que o último. Talvez ele devesse enviar a sua fêmea um presente de despedida, como ela disse uma vez. Sim, para informá-la que agora sou rei, e a abandonei. Os príncipes riscaram para longe um por um, com Stelian resmungando. — Um rei de olhos vermelhos que rejeita sua Noiva. Deuses ajude a todos nós...

Capítulo 53

— Este é um cenário de matar-ou-morrer, sanguessuga, — Regin, a Radiante, uma espadachim de pele brilhante de um milênio de idade, disse a Ellie em um tom sinistro. — Portanto, levante sua arma e se prepare para o seu fim. Porque eu estou prestes a tomar sua cabeça. Ellie bocejou. Dez dias disso estava ficando velho. — Garota, eu não quero mais jogar vídeo game.

44 Relações Pública.

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O companheiro berserker de Regin, Declan, estivera em reuniões com alguns outros berserkers relativas à Ascensão, de modo que Regin andara por aqui a cada dois dias, brilhando no sofá, brincando com Ellie. À princípio, Regin ficara animada por conhecê-la, porque Ellie fizera o que Regin sonhara por séculos. — Compre a essa sanguessuga assassina de sanguessugas uma caneca de alguma coisa densa! Derrubar Lothaire? Sem brincadeira? Descreva-o segundo a segundo, numa voz sussurrante... A única coisa que as Valquírias odiavam mais do que vampiros em geral era Lothaire em particular. Claro, Regin teria tido sucesso em “recolher a cabeça e presas de Lothaire.” No entanto, depois de alguns dias, Regin percebera que Ellie ainda tinha sentimentos pelo arqui-inimigo das Valquírias: Não é legal, caipira, não é legal. Por que ele não viera por Ellie ainda? De tempos em tempos, Nix a visitara, mantendo-a informada, mesmo que ela nem sempre fosse coerente. Através de Nix, Ellie soube que Lothaire estava de fato se recuperando e que fora convidado a voltar a Dacia para governar. Serghei não existia mais. Lothaire tornou-se um rei. Assim como ele sempre quis. Ellie passara por tantas emoções ao pensar sobre ele. Culpa, raiva, saudade. Estava tudo perdoado? Claro que não! Ela ainda estava furiosa com ele. Isso não significa que não estivesse ansiando por ele salvá-la. Ellie sabia que ele podia, acreditava que ele podia fazer qualquer coisa. Mas depois de quase duas semanas, ela precisava se perguntar se o rei Lothaire algum dia reinvidicaria sua rainha. Ela perguntou a Nix. — Se ele está curado, então por que não veio por mim? — Quem? — Uh, Lothaire. — Isso não me lembra nada... — Posso enviar uma mensagem a Dacia, para explicar o que aconteceu? Com os olhos brilhantes pela antecipação, Nix gritara. — Para quem nós estamos enviando uma mensagem...? Agora Ellie dizia a Regin. — Nós vamos jogar amanhã. Além disso, não está na hora da minha xícara de jantar? As íris âmbar de Regin cintilaram em prata com ira. — Eu não sou sua encarregada do sangue. — Ela deu um grito que feriu os ouvidos sensíveis de Ellie. —Chupe o meu pau, Vampirellie, chupe-o. Irritada, Ellie enfiou as juntas no braço de Regin com toda a sua nova força vampira. Nix lhe dissera no começo. — Se qualquer uma das minhas meio irmãs passar do limite, dê uma de montanha nelas.

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Ellie aprendera que não havia outra maneira de lidar com as Valquírias. Se elas gostavam de fêmeas que não aturavam merda alguma delas, era apenas uma questão de tempo antes que se tornasse a Sra. Popularidade aqui. —Cadela! — Regin gritou. — Você só pode se safar com a queda de Lothaire por um curto tempo. Nix dissera a todos que Ellie atacara Lothaire de propósito, e a quase decapitação de um dos vilões mais temidos do Lore tornara Ellie uma criatura com quem ninguém fodia. — Pode vir, Regin, em qualquer dia da semana. — Da próxima vez eu vou pra cima. E seu sangue estará no micro-ondas, vaputa. — Então ela saiu pisando duro. Aparentemente, era assim como Regin tratava todas as suas amigas. Ellie deu de ombros. Cada uma das Valquírias era excêntrica em sua própria maneira, desde Nïx de olhos vagos à assustadora Cara, que era parte Fúria, uma raça de mulheres guerreiras que mesmo as Valquírias evitavam. Embora muitas das dezenas que viviam em Val Hall estavam desconfiadas do vampirismo de Ellie, achava que elas estavam se apegando. Quando se esqueciam, as Valquírias eram uma espécie de diversão. Eram todas meio irmãs, basicamente uma grande unidade família, com tudo o que vinha com uma família deste tamanho. Feudos, brigas de xingando, favoritismo e lealdade inabalável. De certa forma, Ellie estava totalmente em casa aqui. Ela suspirou. Mas ainda sentia falta de seus próprios amigos, Balery e Thad e sua própria família... O olhar de Ellie caiu para o sofá, sobre o telefone celular esquecido de Regin. Seus olhos se arregalaram. Após dez dias de intimidar suas captoras para deixá-la fazer uma ligação, Ellie ainda não as convencera. Cuidadosamente como se fosse embalar um ovo, Ellie coletou o telefone. Ela ousaria ligar para sua família, deixá-los saber que estava viva? Ela acabara de se convencer a não fazer isso quando percebeu que, pelo menos, precisava lhes dizer que poderiam seguramente sair do esconderijo agora. Além disso, ela ainda se recusava a aceitar que não podia vê-los, que nunca mais iria voltar à sua montanha. Embora ela entendesse a cautela de Lothaire sobre a mistura de força imortal com fragilidade humana, afinal, Vampirellie nunca encontrou uma maçaneta que ela não quebrasse, ela acreditava que poderia se treinar para controlar a sua força. E sobre o aviso de que nunca devia revelar o Lore desnecessariamente aos humanos? Bem, sua família teve suas vendas tiradas muito antes de agora. Primeiro com Saroya, e depois com Lothaire. Se os deuses queriam punir Ellie, ela lhes lembraria de que hospedar Saroya em seu corpo por seis anos era tempo de serviço, porra. Com esse pensamento, ela discou o celular de sua mãe. — Mama? Sou eu. Ellie.

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— Oh, Senhor Jesus no céu, eu sabia que você não estava morta! Eles nos disseram que você tinha sido baleada em alguma fuga da prisão, mas eu sabia que você ainda vivia! Porque não está vindo para casa? Ellie podia ouvir a perplexidade no tom de sua mãe, a entendia. Se ela estava viva e fora da cadeia, então devia estar em casa, fim da história. — Eu irei no futuro. Algum dia. Mas é... complicado, Mama. E realmente difícil de acreditar. —Bem, deixe-me ver se posso acompanhar e manter meus olhos na minha cabeça. Por onde começar? Tanta coisa acontecera. O quanto ela devia revelar a sua mãe? — Primeiro, me conte como está o Josh. — Josh está ficando ainda mais indisciplinado, rebelde, e voluntarioso, então naturalmente a família está orgulhosa como quanto todo saem... Gritos Valquírias soavam na sala ao lado. Mama gritou. — O que diabos foi isso? — A TV! Deixa eu abaixar o volume. — Ela se apressou para a porta, fechando e trancando-a, aliás, quebrando a maçaneta. Merda. — Como está todo mundo? E você? — Oh, querida, estamos todos indo muito bem, — disse ela animada. Brilhantemente demais. — Conte-me o quão ruim está, Mama. Uma expiração no telefone. — Estamos nos juntando para os pagamentos da hipoteca todo mês, mas a Va-Co está segurando os nossos pés no fogo, menina. As presas de Ellie se afiaram, a violência fervilhando dentro dela. — Todos os nossos homens estão de volta na mina. — O quê? Mas eles juraram que estavam cansados daquilo. E quanto a loja de Efraim? — Nesta economia? Todos fecharam. Era a mina, ou perderíamos a montanha. A maioria de seus primos está apenas feliz pelo trabalho. — Vou descobrir uma maneira de enviar dinheiro para vocês, Certo? — Ellie, me conte sobre você. Comece desde o início. Ela mordiscou o lábio. — Você se Lembra do demônio de olhos vermelhos que todo mundo viu naquela noite? — Aquele de quem estamos nos escondendo? O Homem Mariposa? — É esse mesmo. Só que ele não é um demônio ou Homem Mariposa, e vocês não precisam mais se esconder. Ele nunca mais vai machucar vocês. — Lothaire nunca poderia quebrar o juramente de não prejudicar sua família e ela vira em primeira mão como os juramentos eram obrigatórios. — Então o que é ele? Depois de uma hesitação, Ellie admitiu.

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— Ele é um vampiro. Foi ele quem me tirou da prisão. Seu nome é Lothaire Daciano. — Apenas dizer o nome dele lhe dava uma pontada. Você tomou o meu nome no instante em que a reivindiquei... Mama falou apressadamente. — V-vampiro? Oh, Ellie, você está prestes a me dar um ataque cardíaco. Você tem certeza? — Eu tenho certeza, eu já o vi beber sangue. — Jesus! Este... vampiro machucou você? Você está com ele agora? — Ele acabou se tornando protetor comigo, levou-me para viajar por todo o mundo. Ele achava que aquela aberração Saroya era sua companheira, mas acontece que eu é quem era. — Saroya continua matando? — Ela se foi, Mama. Para sempre. — Você está curada! Por que você não me contou isso primeiro? Porque eu fiquei curada de uma única coisa para ser afligida com outra coisa, algo que pode levar ainda mais tempo para você aceitar. — Hum, não caiu a ficha de que realmente estou livre dela. — Você ainda está com aquele colega vampiro? Ou eu preciso enviar nosso grupo de homens para recolher você? — De jeito nenhum, Mama! A menos que você queira que todos sejam mortos. Além disso, não estou com ele no momento. Eu meio que fui apanhada por alguns dos inimigos dele. Um monte de garotas. Elas são muito decentes, contudo, — Ellie rapidamente acrescentou. — Eu recebo toda comida que posso comer. — Sangue que eu posso beber. — E nós assistimos novelas juntas. Eu tenho meu próprio quarto, — que costumava pertencer a algum tipo de princesa do gelo. —Elas me tratam muito bem. Não que Ellie gostasse de ser prisioneira, mas até que pudesse entender todos os seus novos poderes, estar em um ambiente protegido e sem sol não era tão ruim assim. A cada hora aqui ela estava aprendendo mais sobre o Lore, e as meninas eram boa companhia. Nunca chutando meu traseiro muito mais do que eu chuto o delas. Uma das primeiras coisas que aprendera? Lutar era meio que divertido quando você nunca ficava ferido por isso por muito tempo. — Eu não me importo de ficar aqui de qualquer maneira, realmente. — De certa forma, ela estava grata por estar em Val Hall. Porque seja qual fosse o motivo, Lothaire não viera para buscála. No fundo, Ellie sabia que não tinha para onde ir. Este conhecimento era aterrorizante. — Eles estão me ensinando tudo sobre vampiros, — sobre eu mesma, — Enquanto espero para ver se Lothaire virá me resgatar. Nix foi uma salva-vidas, juntando Ellie com a mesma tutora de riscar que ensinara Thad, embora Ellie não estivesse autorizada a ver ou se comunicar com o próprio menino. Thad era muito leal a Lothaire, e as Valquírias temiam que ele dividisse informações sobre ela com o inimigo.

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A tutora, uma mestiça vampira/Valquíria chamada Emmaline MacRieve, era totalmente adorável, com uma estrutura óssea de morrer, presas pequeninas, orelhas pontudas e longas madeixas douradas. Ela fora realmente encorajadora quando Ellie começara a riscar. Bem, a vacilar. Embora Ellie não pegasse bem o jeito da coisa, praticava todos os dias. Mas ela podia dizer que Emmaline estava mantendo distância, e algo sobre a mestiça continuava puxando pela memória de Ellie, deixando-a desconfiada também. Emmaline provavelmente possuía algum tipo de experiência pessoal ruim com Lothaire. Parecia que todos no Lore possuíam uma história para contar sobre aquele vampiro. — Se ele irá resgatar você? — Mama exigiu. — Eu pensei que tivesse dito que ele era protetor com você. Por que ele não iria? — Nós meio que tivemos uma briga. Mas estou confiante de que ele superará. — Por favor, supere, Lothaire! — Como ele é? — Mama perguntou, acendendo um cigarro. — Aquele bebedor de sangue? — Ele é alto, bonito, rico como o dia é longo. E é uma celebridade. No mundo mortal, Lothaire teria sido um ator galã, um que apenas cometeria uma média de um par de assassinatos por dia, durante milênios. Como Noiva de Lothaire, ela ganhou alguma notoriedade também, entre os Loreans curiosos sobre a mortal do corredor da morte que de alguma forma sobrevivera a transformação em vampira. Quando nenhuma outra fêmea nos registros sobrevivera. — Ele também é um rei poderoso entre sua espécie, — disse Ellie. — Famoso em seus círculos. — Infame por sua crueldade dissimulada. Sim, Ellie ouvira tudo sobre seus crimes, soube que todo mundo no Lore o considerava um demônio diabólico. Mas no fim, ela decidiu que enquanto ele poderia ser um demônio, ainda era o seu cara. Ela suspirou novamente. Ele era dela? Ela se perguntava a cada minuto do dia. Ele nunca iria buscá-la? Em sua mente, tudo se resumia a que eles tinham um monte de trabalho a fazer em sua relação; agora que ela não estava pirada pela raiva de ser uma nova vampira, ela estava pronta para resolver as coisas. Desde que ele venha e me busque, vou colocar o traseiro dele na linha a pontapés, mas vamos resolver. Ele estava levando muito tempo para se curar, ou ele decidiu não vir por ela. Certamente um imortal da idade avançada dele seria maduro o suficiente para discutir suas diferenças. — O que acontece se ele não vier, Ellie? Boa pergunta. — Eu vou pensar em algo. — Ei, por que essa porta está trancada? — Regin gritou da sala. — Com quem diabos Vampirellie está falando? — Mamãe, eu tenho que correr! Mas vou enviar dinheiro quando puder. A porta foi estraçalhada, revelando Regin, brilhando como fosforescência. — Você nem sabe o quanto está morta, sanguessuga.

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— Eu amo você, Mama, amo todo mundo, falarei logo! — Ela desligou o telefone. Acidentalmente esmagando-o. Regin se lançou sobre Ellie. Ellie se preparou para o impacto, fechando os olhos quando as tonturas a oprimiram. Espera... Então veio uma batida no console da TV. Regin gritou. — Eu vou foder você! Quando Ellie abriu os olhos, estava do outro lado da sala e Regin acabara de colidiu de cabeça contra a TV. Eu risquei? Finalmente! Essa tontura, quando ela sentira isso antes? Na luta contra Lothaire! Eu risquei então? Não é surpresa que ela o tenha alcançado com aquele golpe de espada. Como ela desejava poder explicar isso para ele! Por enquanto, ela tinha um Valquírias irritada para lidar. Mas Regin nunca poderia pegá-la agora que podia desaparecer! — Qual é o problema, vagalume? Esqueceu como mudar de canal? Ha-ha-ha, Valquíria, você não pode me pegar, — Ellie a insultou com uma voz monótona. — Caipira em fuga, ruh-hun! Quando Regin pulou no sofá, Ellie riscou mais uma vez, mas Regin antecipou seu reaparecimento e a prendeu no chão. — Ow! Então Regin começou a mostrar sua verdadeira face, fazendo Ellie socar seu próprio rosto. — Por que você está batendo em si mesma? Huh? Vampira, pare de se bater. — Vampira? — Nix questionou da porta, o cabelo selvagem, seu olhar desfocado. Aquele morcego raivoso empoleirado em seu ombro, acaloradamente batendo suas asas, tão louco quanto sua dona. — Em Val Hall? — Seus olhos âmbar ficando prata, as cores girando. Uma eletricidade estranha começou a crepitar no ar. Cada um dos sentidos imortais aumentados de Ellie gritavam PERIGO. Certamente não de Nix? Deixando o morcego para trás, a adivinha atacou, atingindo Regin com as costas da mão, lançando-a do outro lado da sala. Antes que Ellie pudesse reagir, Nix tinha seus joelhos empurrando os ombros de Ellie, prendendo-a com força enlouquecedora. Com o cabelo disperso sobre o rosto pálido, Nix murmurava. — Helen pagou com um coração partido. Furie pagou. Emmaline... — Nix! Sou eu, Ellie! O que você está fazendo? A adivinha inclinou a cabeça como um animal. — Você não sabe onde Furie está...? — Relâmpago explodindo lá fora, trovão estremecendo a casa. —Nixie, calma! — Regin se levantou com esforço, puxando sua irmã. — A gente só estava brincando. — Mas mesmo Regin não era páreo para o poder de Nix. Finalmente, Nix permitiu que Regin a afastasse, ambas pousando emaranhadas no chão. A adivinha piscou em confusão.

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— O que aconteceu? Ellie gritou. — Você está perguntando para mim? — Então lamentou o tom quando Nix de repente pareceu exausta, até mesmo doente. Seu morcego bamboleou em sua direção, pulando em seu braço, parecendo acalmá-la. — Que porra é essa, Nix? Você anda a merda de um show de terceira categoria estes dias! — Regin se desvencilhou de sua irmã, afastando o morcego. — Você foi toda Cavalgada das Valquírias 45para cima de Vampirellie. Nix franziu a testa para algo invisível a Ellie, então suspirou tristemente. — E eu temo que entre nós dois, eu esteja me saindo melhor...

Capítulo 54

Rei Lothaire, o rei louco. Ele gostava do apelido, ouviu muitas vezes dito na frase: — O que o rei louco fez agora? Não porque ele perdera sua sanidade mental, mas por causa de seu comportamento. Raramente dormia, vagava pelas ruas em todas as horas, tramando para enviar seus novos súditos para a guerra contra a Horda na primeira oportunidade. Neste crepúsculo, Lothaire estava atendendo a corte. Ele se sentou em seu trono dourado, decorado com crânios mergulhados em crânios. Seu design. Se ele tivesse uma rainha, seu trono teria sido similar. Claro, os crânios dela seriam mais elegantes. Mas ele não tinha rainha. Os primos reais que atuavam como seu conselho sabiam avaliar sua sanidade mental, abrindo a cortes nas noites em que Lothaire parecia mais lúcido e recomposto. Pelas últimas três semanas, esses tipos de noites foram surpreendentemente frequente. Ele e Elizabeth trocaram sangue, o que significava que ele tinha um vínculo inquebrável com a mente dela. Ao contrário daquele com Chase, a ligação com sua Noiva estava mantendo Lothaire relativamente saudável. Uma bênção, porque ele se recusava a deixar alguém acreditar que sofresse devido à sua Noiva regicida. Lothaire não seria objeto de piedade. Quantas vezes ele zombara de homens com o coração partido? Quantas vezes ele lhes perguntou: — Aww, nós nos masturbamos em meio às lágrimas na noite passada? Como o destino colocara, o laço com Elizabeth significava que poderia sobreviver sem ela. Ele já não precisava dela, felizmente, não mais a queria. Mentindo para si mesmo, Lothaire?

45 Cavalgada das Valquírias (em alemão: Walkürenritt) é o termo popular da Europa para o início do ato III da ópera Die Walküre (A Valquíria) de Richard Wagner. A Cavalgada das Valquírias é provavelmente mais conhecida por seu uso no filme Apocalypse Now (1979) na cena em que um esquadrão de helicópteros atacam uma vila vietnamita.

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Quando ele entoou na corte. — Eu vou ver meu conselho, sozinho, — súditos se dispersaram como se estivessem em chamas. Era hora de uma reunião com a realeza, agora que ele os conhecia intimamente, de rotineiramente espioná-los. — Limpem a galeria. Incluindo você, Bruxa. Ela o olhou penetrantemente, sem dúvida desejando nunca ter aceitado sua posição como oráculo real. Após a sua coroação, um acontecimento formal que foi ridiculamente atolado em tradição, Lothaire riscara para a casa de Bruxa em busca de uma poção, que apagasse Elizabeth de sua memória completamente. A casa da fey estava abandonada, parecendo como se não fosse habitada há cem anos. Nenhum aroma pairava, nenhuma pegada na areia saindo da entrada. Ele riscou até a cidade mais próxima para fazer uma ligação, roubar um telefone celular de seu proprietário, algum otário distraído que estava salvando órfãos de um inferno ou algo assim, então discou o número de Bruxa. — Onde diabos você está? — Longe. Eu não quero ficar entre você e Elizabeth. — Entre! — Ele rugiu, lamentando ter riscado o nome de Bruxa de seu livro. — Se você não está comigo, está contra mim, não há entre! Você é minha maldita adivinha. — E alguns de seus inimigos descobriram a nossa conexão. Eu estou sendo perseguida enquanto falamos, pelo rei e rainha dos demônios da ira. Eles buscam a minha ajuda para encontrá-lo, bem como a irmã da rainha, que está desaparecida desde a fuga da ilha prisão. Boa sorte para eles com a última coisa, — ela disse enigmaticamente. — Mariketa, a Esperada, Portia a Feiticeira da Rocha, e muitos mais estão nos meus calcanhares. Em qualquer caso, o seu negócio foi concluído, as suas tarefas, completadas. — Não todas elas. — Restava uma. Ele ainda queria a coroa da Horda, ainda planejava dar aquela retribuição. — Você está prestes a ser minha nova oráculo real. Você não vai ser encontrada se estiver dentro do meu reino. Desde que chegou, sua atitude deixava muito a desejar. Mesmo agora, ela o encarava antes de sair da sala. Uma vez que ele e os cinco membros da família real estiveram sozinhos, Lothaire tomou seu tempo estudando-os. Nem todos eles estavam vinculados. Trehan fora sangrado, mas não tinha uma Noiva para exibir. Mirceo era o caçula dos machos, apenas trinta anos e logo congelaria em sua imortalidade, perdendo toda a sua capacidade sexual. Seu batimento cardíaco estava irregular e em desaceleração. Sua irmã, Kosmina, era muito imatura para sequer cogitar um macho dela própria. Lothaire não tinha ideia se o coração de Viktor ou de Stelian batia. Ambos usavam uma magia antiga para encobrir. O que Lothaire achava intrigante. Viktor, provavelmente, não tinha tempo para ficar no cio de qualquer maneira, já que tudo o que ele fazia era lutar. Eu conheci ghouls que eram mais pacíficos. E o sexto da realeza, o oculto de quem eles achavam que não sabia? Minha investigação continua... Com um ar aborrecido, Stelian se virou para Lothaire.

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— Nenhum dos meus súditos pediu uma benção de seu rei? O vampiro grande balançou a cabeça. — Eles praticamente vivem com medo de você. — E por que isso? — Ele perguntou suavemente. Sorrindo, Mirceo perguntou. — O que você está achando de suas acomodações, Tio? — Ele era o chefe da guarda do castelo. E gostava de Lothaire, achava-o divertido, porque era imprevisível. Como certa vez eu achei Elizabeth. — Elas são adequadas, — Respondeu Lothaire, não era mentira, embora sua sala de estar fosse do tamanho de um salão de baile. Se ele não fosse um mestre dos quebra-cabeças, poderia se perder em seu novo castelo labiríntico. — Por que, Mirceo, eu não acredito que seu coração tenha batido muito desde que você entrou. — Não mais do que um surto de trovão. — E você não precisa mais respirar? O jovem vampiro sufocou sua expressão aflita. — Infelizmente, isso é verdade, Tio. — Ele agia estoicamente sobre isso, mas em segredo, ele saia toda noite freneticamente transando com qualquer coisa que se movesse, tão excitado quanto Lothaire estivera na mesma situação eras atrás. Ontem à noite, Mirceo estava feliz lambendo os seios de uma mulher, enquanto um macho o chupava... até que o pobre Mirceo... perdera o entusiasmo. —Não tema, — disse Lothaire, — você provavelmente não vai nem perceber que parece que todo o resto do mundo, menos você, está constantemente fodendo como animais. Com um comentário, Lothaire poderia deixar tanto Mirceo quanto sua pudica irmã profundamente desconfortáveis. Como usar duas bolas no boliche Stelian rapidamente mudou de assunto. — Você tem viajado bastante. — Como o mais velho dos membros da realeza, ele era o Guardião do Portal, a posição mais poderosa depois do rei. Stelian era quem decidia quem iria entrar ou sair de Dacia, e apenas ele ensinava seu povo como usar a névoa para sair sem ser detectado. Ele parecia surpreso e descontente que Lothaire aprendesse a controlá-la tão facilmente. Mas Stelian foi rápido em acrescentar que apenas ele conhecia todos os poderes esotéricos da névoa. Dê-me tempo. No entanto, o Guardião do Portal deveria estar fazendo um belo de um trabalho se nem mesmo o Livro do Lore marcava Dacia. De suas espionagens, Lothaire sabia que Stelian era descontraído, até que alguém tentasse sair sem autorização. Então? Mesmo Lothaire levantara uma sobrancelha a sua resposta arrepiante. — Eu de fato viajo muito, — Lothaire concordou. Para reforçar ainda mais sua sanidade mental, ele frequentemente voltava para seu apartamento e inspirava o perfume de Elizabeth, enterrando o rosto em suas camisolas de seda, em seu travesseiro.

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Embora não fosse o mesmo que tocá-la, seu perfume, juntamente com o vínculo de sangue, era o suficiente para ajudá-lo a passar a maioria das noites. Ele se perguntava o que os Daci pensariam de seu novo rei se descobrissem que ele carregava a lingerie de sua Noiva em seu bolso a todos os momentos. Mas então, que rei enlouquecido dos vampiros não carregava a lingerie de sua rainha em seu bolso? — A capital é chata, — ele disse Stelian. Ela era, embora outras espécies fossem acolhidas aqui. Desde que nunca partissem. O que significava que haviam ninfas para cuidar de jovens vampiros excitados como Mirceo. — Você de fato permanece dentro da névoa quando viaja para o estrangeiro? — Stelian perguntou. — Invisível para todos? — De que outra maneira eu seria capaz de voltar? — Discurso-Lothaire. Ele ordenou que Bruxa elaborasse um farol apenas para ele, porque às vezes Lothaire gostava de ser visto. Parte dele queria proibir a névoa completamente, fazer seus súditos se anunciarem para o mundo. Caso contrário, Lothaire seria apenas o rei de um reino que ninguém sabia que existia. Em outras palavras, ele era a árvore na floresta que silenciosamente caiu quando ninguém estava por perto para ser esmagado. Mas a névoa envoltória protegia os Daci da invasão e da peste. Além disso, com cada excursão, todos eles estavam basicamente espionando, o que ele sinceramente endossava... Seu impetuoso primo Viktor disse. — Eu entendo que você observou a prática de nossos soldados. O que achou deles? — Ele era um general e justificadamente orgulhoso de seus batalhões. O exército estava afiado, disciplinado e era magistral com as espadas. Na verdade, os Daci eram obcecados por todas as armas medievais: Clavas, atiradores de punhais, chicotes, machados de guerra. Assim que um Dacian empunhava uma arma, uma determinação a sangue frio o impregnava. Já governado pela lógica, ele se tornava ainda mais focado, capaz de prever as jogadas de seu oponente. Tanto quanto eu. — Os soldados estavam ligeiramente preocupados demais com honra marcial, — Lothaire respondeu. Toda a habilidade e poder e ainda assim eles não travaram guerras além de entre si? — Não se preocupe, Viktor. Eu vou resolver isto. Em qualquer caso, eles vão me servir muito bem na minha guerra contra a Horda. A menos que você esteja preocupado com a defesa do meu reino escondido. Viktor ficou tenso, cerrando os punhos por baixo da mesa. Sangrado ou não, ele tinha uma natureza impetuosa e ranzinza que garantia que fosse um solitário entre os reservados e lógicos Daci. E a bela “sobrinha” de Lothaire? Embora Kosmina tivesse vinte anos, ela fora resguardada pelos super protetores machos da realeza a um grau prejudicial. Aparentemente, o másculo corpo nu de Lothaire fora o primeiro que ela já vira.

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Que pena, Mina, que você vá sempre achar todos os outros deficientes em comparação com o Tio Lothaire. Embora ela fosse tão ignorante sobre sexo e pecado, chegando quase a ser infantil, Kosmina era uma máquina de matar, uma amante de armas com reflexos em chamas. Metade colegial afetada, metade assassina letal. Lothaire percebera que suas orelhas eram pontudas, cumprimentos de algum ancestral fey, que também a presenteou com aquela velocidade incrível. Ele lhe perguntava agora. — E qual é a sua função? Ou você só existe para ser mimada? Com o rosto quente, ela gaguejou. — Eu-eu... Lothaire falou sobre ela, dizendo. — Eu entendo que você nunca se aventurou fora de Dacia, não reconheceria um automóvel se ele batesse no seu rosto, o que pode acontecer, se você não estiver, digamos, familiarizada com a porra dos carros. Seus olhos se arregalaram. Ele devia enviá-la para longe de Dacia, despachando-a para investigar um bando particularmente indisciplinado de ninfas na Louisiana. — Kosmina, você é parente distante de uma fêmea chamada Ivana a Corajosa. Aja de acordo. Cobrindo a boca com a mão, ela riscou para longe. Por fim, ele se virou para seu primo Trehan, um assassino responsável por um bando de assassinos de elite. Ele era o mais digno de todos os seus primos, o mais “Dacian” deles, e por isso o menos divertido de espionar. Ele frequentemente encarava o nada, sem dúvida pensando sobre seja qual Noiva o sangrara e depois o deixara. Lothaire inclinou os dedos. — Ah, Trehan, somente uma mulher pode fazer você ficar com essa aparência. — Você saberia. — ele respondeu friamente. Enquanto Mirceo estava fora saciando-se em todos os cantos obscuros de Dacia, Trehan sempre riscava de volta para seus aposentos sozinho, gastando suas paixões em sua própria mão, frequentemente várias vezes em uma noite, enquanto Lothaire revirava os olhos em desgosto. No entanto, eu não faço o mesmo? Não por muito tempo; Lothaire decidira que após esta reunião, ele iria se refamiliarizar com outras fêmeas. Ele era um rei todo-poderoso, e definitivamente lia o interesse nele enquanto andava pelas ruas de seu reino. Evidentemente, seus súditos ainda gostavam do belo por fora. Sim, um monarca todo-poderoso estava prestes a iniciar sua caçada por um bando de concubinas. Então, onde estava a felicidade? Perdida. Ele agora sabia o que estava faltando, porque o sentiu brevemente, antes mesmo que tivesse sua coroa.

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Lothaire concluiu que cada ser tinha uma chave única para sua felicidade. A minha era Elizabeth. Por causa das ações dela, roubara Lothaire de sua chave. Suas presas se afiaram. Ele matara outros por menos. Se você não está comigo, está contra mim... Seu instinto era o de punir, sua mente presa na vingança. — Meu soberano? — Stelian disse, as sobrancelhas levantadas. — Que vingança estamos contemplando nesta noite? Eu falei em voz alta? — Nós vamos retomar esse tema em uma data posterior, — Lothaire soltou, então riscou para sua suíte, andando de um lado ao outro do seu quarto. Tudo o que ele queria era não sofrer mais traições. Ele sequer desejara o amor de Elizabeth, não particularmente. Mas ele acreditava que a lealdade dela o seguiria. Por que fora incapaz de conquistá-la? No passado, qualquer mulher que levara para cama o seguiria por toda parte por anos. Mas não a sua Noiva, a que ele queria acima de todas as outras. Ela não me quer de volta. E eu não consigo entender por que. Enquanto tentava resolver o quebra-cabeça que era Elizabeth, sua mente corria através de suas interações passadas. Eu nunca disse a ela como me sentia. Mas pelo amor de Deus, eu tentei morrer por ela. Ela me conheceu melhor do que ninguém, era inteligente o suficiente para entender meus sentimentos. Talvez eu devesse ter dito que ela era inteligente...? Ele se lembrou de julgar Saroya tão arrogante que ela nunca suspeitaria que alguém poderia não desejá-la. Lembrou-se sentindo como se houvesse uma lição inerente para ele. Eu era tão arrogante que eu nunca percebi que Elizabeth não me desejaria como eu a desejava. Na maioria das noites ele se manteve ocupado, mas nas pausas, ele podia senti-la, podia perceber sua presença do outro lado do vínculo de sangue. Embora tivesse tentado se aprofundar nas emoções dela, a distância era muito grande, e ele mal conseguia discernir as suas, sem falar das de outra pessoa. Tudo o que sabia era que ela não sentia medo. Então, devia estar segura. O que vou fazer sem ela? Quando conseguiu dormir, tentou alcançá-la de novo e novamente, ansiando por ela de corpo e alma. Ele a desprezava por isso! Seu coração lhe doía como nada fizera antes, o fazia querer gritar pela miséria. Uma agonia intensa e perfurante queimando a cada batimento. — Elizavetta! — Ele rugiu para o teto, arranhando seu peito. Ele odiava que seu coração batesse apenas por ela, que ela o trouxe à vida... Trouxe-me à vida. Como um animal arrancando a mordidas um dos próprios membros que estivesse preso e apodrecendo, Lothaire cavou no peito.

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Capítulo 55

—Pacote! — Alguém gritou lá de baixo. Do quarto temporário de Ellie, ela ouviu o que soou como uma dúzia de Valquírias acelerando escada abaixo. — Para quem é isso? — Tem que ser para mim! — Cale a boca! — Não, você cale a boca! Ellie suspirou, ainda maravilhada com a forma do quanto suas gananciosas carcereiras Valquírias eram. Ela as vira roubando roupas em assaltos complexos, lutando com espadas por joias, atacando umas as outras para arrebatarem novas armas. Agora que aprendeu a riscar, Ellie considerava se teletransportar lá para baixo e ganhar de todas elas, mas não tinha a energia. Seu apetite a abandonara. Sem ansiar por comida, ou sangue? Mas em comparação com o rico sabor do sangue sombrio e escuro de Lothaire, o material ensacado era nauseante. Passara cerca de três semanas desde que ela fora trazida para Val Hall, e ainda assim esperava por ele vir resgatá-la. Nesse tempo, Ellie perdoara Lothaire por transformá-la em vampira. Embora ela ocasionalmente se sentisse como um show de horrores, com os olhos brilhando negros e suas presas ficando afiadas sem aparentemente uma boa razão, ser uma vampira não era tão ruim. Ocasionalmente, ela até gostava de ser tão forte. Como quando socava Valquírias faladoras. Ellie o perdoara por um monte de coisas que fizera, uma vez que percebera que o que Lothaire dizia e o que ele fazia nem sempre combinavam. Embora tivesse zombado dela por ser uma mortal humilde, ele de fato tentara queimar-se até a morte, a fim de salvar a vida dela e ela era mortal na época. No seu último dia juntos, ele se comportara como um tirano, ridicularizandoa; ainda assim nas horas anteriores, fizera amor com ela como se a estimasse. Quando disse que eles não eram iguais, isto não necessariamente significava que ele achava que ela era estúpida ou inútil. Ele lhe disse. — Enganou Dorada? Eu não poderia estar mais orgulhoso, Lizvetta. Mais uma vez, ela ainda era meio que mortal... Às vezes, Ellie sonhava com uma breve amostra das memórias dele, vendo a noite de amor do ponto de vista dele. Ou ela experimentava algum tipo de ligação intensa com ele. Mas os pensamentos e emoções dele eram sempre tão frenéticos, impossível de desvendar para uma novata como ela. Tudo que ela sabia era que sentia tanta falta dele, que parecia como luto... — É para a vampira! — Alguém gritou lá de baixo.

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Ellie se atirou a seus pés. De Lothaire? Quem mais? Leve, tonta, ela riscou até a multidão, jogando os cotovelos para chegar até o centro. Apenas não havia outra maneira de lidar com Valquírias. Lothaire a queria de novo? Ele estaria agora mesmo tentando libertá-la? — Deixe-me ver! Com um silvo casual, uma das Valquírias mais jovens o cedeu. A embalagem elegante estava carimbada com um selo de aparência régia, endereçada a ela de Lothaire Konstantin Daciano, Soberano da Dacia, o Reino de Sangue e Névoa. Ellie abriu a caixa, lançando a todos um sorriso animado. A parte de cima se foi... Os dedos dela ficaram moles. O pacote caiu no chão, espalhando seu conteúdo. Um negro coração ensanguentado caiu para fora. Quando se firmou sobre seus pés, ela empurrou a palma da mão sobre a boca para não vomitar. Por que ele faria isso? Como...? A multidão se afastou para a acerada Cara, Nix seguindo de perto. — Leia a nota, vampira, — Cara ordenou. Com as mãos trêmulas, Ellie recolheu o pergaminho quebradiço. Elizabeth, Com os meus cumprimentos. Você nunca vai ter suas garras em outro dos meus. Apodreça no inferno, L Nix entrelaçou as mãos sobre o peito, suspirando. — Ele lhe seu coração. Isso é tão romântico. Muito melhor do que um coração feito de doce. Aqueles ficam preso nas presas, você sabe. — Ele não vai vir por você, —Cara disse em um tom incrédulo. Ellie balançou a cabeça, entorpecida. — Não, ele não vem. — Então você não nós dá poder de barganha. — Os olhos violetas de Cara brilharam. — Sua utilidade terminou. Nix me aconselhou a não matá-la. Então você está por conta própria. — Você está me libertando? — Você está me expulsando? — Por que eu deveria mantê-la aqui? Porque eu não tenho mais para onde ir! Ellie não podia viver com sua família. Ela não tinha amigos, além de Thad e Bruxa, e suas lealdades eram em primeiro lugar com Lothaire. Ellie se tornara uma vampira... Por nada. Ela ficaria sozinha no mundo dele. Ele não queria nem falar com ela, discutir o que acontecera, muito menos trabalhar no relacionamento deles. Ele a abandonara... ao Lore. Depois que a tirou de sua família. Com este pensamento, todas as suas racionalizações sobre ele desapareceram. Aquele desgraçado! Vai viver neste mundo, Ellie? Então fique dura, fique má. Cuide de seus próprios negócios.

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Lothaire lhe dissera. — É preciso golpes ousados para viver no Lore. Ela podia ser tão louca quanto todas estas aberrações. Eu sou Apalache! Ela daria uma de montanha como eles nunca viram! Ellie se virou para Nix. — Posso mandar um pacote de volta para ele? Ela saudou Ellie, tagarelando. — Eu mesma vou cuidar disto. Impulsionada pela raiva queimadora, Ellie enfrentou Cara. — Me dê uma lâmina. Seja o que Cara viu em sua expressão a fez lançar uma faca. Ellie apertou seu punho em torno do cabo. Então, ao som de um coro chocado de Valquírias... — Oh, vamos lá, a vamp não vai realmente fazer... Cara! Ela fez, porra! — Ellie é a minha melhor amiga. — Eu gostava dela antes mesmo de conhecê-la, você a odeia em comparação com o quanto eu gosto dela. — Ela nunca vai pagar consumação mínima no Lore novamente. ...Ellie fez a Lothaire um presente sincero dela própria.

—Ele está são hoje—? Stelian murmurou enquanto ele e os outros machos reias riscavam para a sala do conselho. Eles pediram para se reunir com Lothaire esta noite para avaliar o seu novo governo. Sim, suas noites coerentes e estáveis eram surpreendentemente frequentes; esta noite não era uma delas. Lothaire esfregava sua língua sobre uma presa. Eu tenho a sua avaliação. Na sala do conselho, uma vez houve uma ornada mesa redonda, indicando a igualdade entre aqueles sentados. Ele fez a mesa ser destruída, substituindo-a por uma retangular. Um trono dominava uma extremidade. Nenhuma cadeira na outra. E se Lothaire tivesse qualquer restrição a sua redecoração, não haveria conselho em absoluto. Ele estava realmente sendo reprimido em outras coisas. Stelian estava frequentemente bêbado demais para ter medo de Lothaire e muito estupidamente, falava livremente. Mirceo geralmente pensava que Lothaire estava brincando, acreditando que podia brincar com seu tio. Sem sua Noiva, Trehan não se importava se estava vivo ou morto. Viktor ansiava por lutar contra seu rei, tomando cada ofensa no espírito com o qual Lothaire as destinava. Kosmina adorava seu novo “desbocado, mas bem-intencionado tio.” Porque, como ela mesma disse. — Talvez não devêssemos compreendê-lo. Talvez ele seja tanto um quebra-cabeça quanto um mestre dos quebra-cabeças. Ouçam, ouçam Kosmina. Mas eu ainda vou enviar seu traseiro para Louisiana.

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Talvez a realeza precisasse testemunhar uma demonstração do poder inigualável de Lothaire. Até agora, eles simplesmente o achavam um tolo apatetado que fora nocauteado por sua fêmea. Ainda se recuperando... Depois de semanas em Dacia e muitos dias de sonhos, Lothaire ainda não tinha nenhuma das memórias de Elizabeth. Sua consciência parecia vaguear bem na borda delas. Ele sabia que vampiros nunca viu nada em suas visões da qual não poderiam mentalmente se recuperar. O que está nas memórias de Elizabeth que poderia deixar cicatrizes piores do que as já tenho? Stelian limpou a garganta. — Antes de começar, eu gostaria de falar com você sobre a sua rainha. Lothaire inclinou os dedos. — Obviamente, eu não tenho nenhuma. Mirceo disse. — Você é um monarca com uma Noiva, meu soberano. Isso significa que ela é nossa senhora, e nós a servimos. Agora, ela é um alvo para os seus inimigos. Um oitavo de uma polegada de tendão. — Eu não quero ouvir isso, maldição! Stelian disse. — Se não por nenhum outro motivo, você precisar de sua noiva por herdeiros. — Não preciso de nenhum. — Eu pretendo viver e reinar para sempre. Então herdeiros eram desnecessários. Mas e quanto a simplesmente ter filhos? Ele ficara satisfeito com a ideia de filhos com Elizabeth. Ainda uma outra coisa que ela roubou de mim! Ele estreitou os olhos. — Você está franzindo o cenho, jovem Viktor? Meu governo pela eternidade não alegra você? O grande vampiro se levantou, os punhos cerrados. — Sua agenda não é o que nós imaginávamos, Primo. Você procura nos mergulhar em uma nova guerra e acredita que devemos nos revelar a todos no Lore? Aqui não mais será Dacia. Com sua intensidade calma, Trehan disse. — Nós juramos fidelidade a um rei e uma rainha. Viktor acrescentou. — Nós juramos proteger a Rainha Elizavetta. Em um cintilar, Lothaire se lançou da cadeira, riscando a frente para bater a cabeça de Viktor contra a mesa. — Eu lhe disse para nunca mencionar esse nome para mim! Viktor libertou a sua espada e lançou um golpe, mas Lothaire pegou a lâmina, apertando-a. — Se você não está comigo, está contra mim. — Seu sangue jorrou sobre o rosto incrédulo de Viktor. — Você já errou pelo mal. — Lothaire deu um puxão brutal, arrancando a arma dele. Quando os outros puxaram suas próprias espadas, Lothaire varreu a sala com uma velocidade que não podiam compreender. Garras à mostra, ele desabilitou seus oponentes, dilacerando o tendão de um braço dominante, cortando um nervo da perna...

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Voltando ao Viktor. Ele espalmou a cabeça de seu primo. — Agora, — ele raspou, quando começou a esmagar o crânio de Viktor. — Todos nós reconhecemos que não se fode com Lothaire? Que eu posso ser parente de vocês, mas sempre serei o Inimigo do Antigo? Acenos de cabeça atordoados e relutantes por todos os lados. — Acima de tudo, eu sou seu rei. — Ele olhou para cada um deles enquanto lutavam para recuperar o fôlego ou estancar uma ferida sangrando. — Vocês obedecem a mim. Sua lealdade indivisa é para mim. Jurem isto. Ao contrário de Elizabeth, eles estariam ligados a ele. Mas eu queria a lealdade dela mais do que a de ninguém, mais do que qualquer coisa. Uma vez que cada nobre fizera seu voto, ele soltou Viktor, que caiu ao chão. — Lothaire termina sua lição. Eles arrastaram Viktor para longe, então riscaram da sala, todos menos Stelian, que segurava um braço jorrando. — Você já ganhou um inimigo para toda vida em Viktor. — Eu ganhei respeito! — Viktor é muito parecido com você para aceitar a lição que tentou ensiná-lo. Lothaire distraidamente lambeu a ferida na mão. — Então ele logo perecerá sob meu governo. Stelian balançou a cabeça. — Agora que as ambições políticas foram neutralizadas entre nós, seus primos são um grupo bom e verdadeiro. Eles poderiam se unir como uma família mais uma vez, se os liderasse. — Você já perdeu o foco, Stelian. Eles podem ser bons e verdadeiros. — Lothaire arreganhou os dentes. — Mas eu não sou. Bruxa entrou então, vestido com conservadores trajes Dacian, manchados de poções com rosa choque e verde neon. — Precisamos conversar, Lothaire. — Ela lhe disse que se dirigiria a ele como majestade, assim que ele a chamasse de Balery. Ou quando o inferno congelasse. — O que é, Bruxa? —Eu não sei o quê, ou exatamente quando ou como, mas a primeira ameaça ao seu reino se levantará... em breve.

Capítulo 56

—Para onde eu irei? — Ellie perguntou a Nix enquanto rabiscava sua nova bandagem. Ela e a Valquíria, que parecia lúcida hoje, estavam na varanda da frente de Val Hall, esperando o sol se pôr.

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Embora a maior parte do coven quisesse que Ellie ficasse, Cara simplificara: — Ela permanece, ela morre. Apesar de estar sem dinheiro, com apenas uma única muda de roupa, um casaco de capuz, e um litro de sangue acondicionado em uma sacola de supermercado, ela iria prestar atenção ao decreto de Cara. — Nunca deveria seguir assim, Ellie disse a adivinha. — Como eu vou me alimentar ou me proteger do sol? Como faço para ganhar a vida? As palmas de Nix voaram para seu rosto. — Eu queria ensiná-la a se juntar a um grupo de datilógrafas! — Estou falando sério, Valquíria! Eu não posso exatamente usar o meu diploma para conseguir um emprego. Eu nem sequer tenho uma identidade que possa usar. Ei, talvez eu possa ir a Nova Orleans, conseguir um emprego em uma loja do Lore em algum lugar? — Eu suponho que este seria um mau momento para lhe dizer que muitos seres iram matála à primeira vista apenas por você ser uma vampira. Lobisomens, Fúrias, berserkers, e bruxas tentariam acabar com você antes de se aproximar para descobrir quem você é e por que eles deveriam temê-la. Eu tenho enviado memorandos, mas estas coisas levam tempo. — Por que Lothaire me rejeitaria assim? ‘Apodreça no inferno?’ O que foi aquilo? — Eu sei, certo! Só por causa de uma quase decapitação? Infelizmente, ele ainda está remoendo, pode remoer isso por décadas. Tempo não significa a mesma coisa para os mais antigos. Pense desta forma: Lothaire viveu por tanto tempo que três semanas pareceriam como escassas horas. O relógio interno dele está dizendo que ficou longe de você por uma tarde. — Então, eu deveria apenas esperar que ele visse a razão? Depois daquele pacote, por que eu iria quero ficar com um morto-vivo desequilibrado? — Bem, não se esqueça que ele veio até mim pedindo ajuda para salvá-la. Considerando que ele me detesta, acha que eu o traí, aquilo foi enorme. — Você realmente o traiu? — Sim. Frequentemente. — Ela deu de ombros. — Às vezes você tem que ser cruel para ser gentil. — Eu não acompanho... Nix a empurrou para o quintal da frente, a luz de um sol escaldante da tarde. — Bata suas asas, borboletinha! Ellie riscou de volta para dentro; os espectros a jogaram de volta para fora. Ela sibilou e se curvou, mas sua pele... não estava em chamas. — O que é isso, Valquíria? — Ela olhou para seus braços não marcados. — Como isto é possível? — Você ouviu Lothaire quando ele fez o desejo para transformá-la? Ellie balançou a cabeça lentamente. — Ele é extremamente brilhante. Certamente ele teria formulado seu desejo para, digamos, 'torne Elizabeth uma vampira com todos os seus pontos fortes e nenhum dos seus pontos fracos.

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Lothaire lhe dissera que tinha uma surpresa para ela. Ele realmente a escutara quando lhe dissera o quanto ela sentiria falta do sol. E ele lhe dera um presente que nenhum outro homem poderia dar. Todos os nasceres do sol pela eternidade. Infelizmente, ela quase o decapitara antes que ele pudesse apresentar sua oferta para ela. Ela levantou o rosto para a luz, ainda sem acreditar. Estou verdadeiramente livre. Depois de anos de cativeiro, de responder aos outros, ela poderia ir para onde quisesse, fazer o que quisesse. Ela poderia viajar o mundo, sem medo de se queimar. Mas, depois de tudo, presente desinteressado de Lothaire, afinal de contas ele nunca poderia aproveitá-lo com ela, apenas lembrava Ellie que houve uma chance entre eles. Quando as lágrimas brotaram, as afastou, envergonhada por Nix vê-las. Precisava de sua família, se nada, apenas para observá-los de uma distância por um instante, Ellie pegou sua bolsa e apressadamente acenou adeus para Val Hall, aos espectros, a Nix. — Adeus, Rainha Ellie! — A Valquíria chamou. — Obrigada por tudo, Nix. — Ellie encolheu-se em seu capuz, puxando-o sobre sua cabeça, apenas no caso de acontecer que alguém a avistasse. Então, ela riscou para a floresta perto do trailer de sua mãe. A floresta cobrindo a montanha crescia a muito tempo, os pinheiros e madeiras de lei tão densos que a luz solar mal atingia o chão úmido, não que ela precisasse mais se preocupar com isso. Enquanto passeava por caminhos familiares, ela olhou para cima, vendo a copa das árvores mais altas formarem em uma estável brisa montanhosa. Seus sentidos estavam tão aguados agora. Aqui, ela podia sentir a própria terra. O som das cigarras era como um rugido em seus ouvidos. Toda vez que ela pisava em uma pinha verde, seu aroma fresco estourava. Um mordida de plantas perenes. Como o perfume de Lothaire. Não pense sobre ele, Ellie! Olhe para a frente, nunca fique remoendo. Na fronteira da floresta, ela via seu velho trailer, encontrando-o mais surrado do que nunca à luz do dia. O aroma de comida sendo cozinhada vinha carregado de dentro. Embora não fosse mais atraente para o seu apetite, cheirava a casa. Como algum dia ela seria capaz de deixar esta montanha novamente? Ela sabia que não podia ficar, mas para onde poderia ir? Ellie brevemente considerou viver em um dos locais exóticos onde Lothaire a levara. E como exatamente eu iria tirar sangue dos habitantes de Bora Bora? Oh, lá estava Josh! Ele estava brincando com alguns de seus primos em um balanço quebrado e enferrujado. Veja o quanto ele cresceu! Seu cabelo escuro era mais de um tom castanho avermelhado do que o dela, mas seus olhos compartilhavam a mesma cor.

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Como ela sentira falta de seu irmãozinho. Enquanto o observava, se perdeu nas memórias dele como uma criança gordinha, lembrando-se como ele corria ao redor do trailer como uma João Bobo, sempre liderando com o queixo teimoso. Aquelas suas lágrimas se reunindo e se derramando novamente. — Mãos onde eu possa vê-las, ou eu vou explodir sua cabeça! Tio Ephraim. Na floresta, atrás dela. Ela congelou. Oh, meu Deus! Tanto cuidado para não fazer contato com sua família. E ele era tal gatilho rápido, que ela se perguntou se sequer poderia riscar para longe antes que uma bala a atravessasse. Riscar para onde, Ellie? — Mãos para cima, eu disse! Ela deixou cair seu saco de supermercado, levantando as mãos. — Sou eu, tio Eph. É a Ellie. — Ela deslizou ao redor, então descobriu a cabeça. Seu rosto maltratado pelo clima empalideceu, sua mandíbula larga afrouxando enquanto baixava a arma. — Ruth! — Ele gritou na direção do trailer. — Ruth, venha rápido, sua filha está perdendo os olhos! Ellie gritou. — O que? — Ah, as lágrimas! — Espere, eu não estou perdendo meus olhos! Não a chame... Tarde demais. Mama veio correndo em seus chinelos caseiros, quase tropeçando pelos degraus. — O que é isso? — Ela empurrou o grosso cabelo vermelho para fora de seu rosto, jogando um cigarro. Ephraim cobriu o ombro de Ellie com a mão calejada. — Fique calma, menina, e nós vamos levá-la a um hospital rápido como um relâmpago. — Eu estou bem. É apenas como eu choro agora. — Como se isso fizesse algum sentido. Mas quando sua mãe chegou até eles, deu uma olhada para Ellie e balançou a cabeça tristemente. — Ellie Ann, isto são lágrimas? O que aquele colega fez para você? Quando Josh veio pulando em direção a eles, Ellie se virou. — Mande-o para baixo da montanha. Eu não quero que ele me veja assim! Mama o afastou, enxotando-o de volta para seus amigos, então disse a Ellie. — É melhor você entrar. Ela assentiu, e os três marcharam para o trailer em silêncio. Dentro, uma vez que sua mãe deu uma olhada mais atenta, o olhar se lançando sobre as trilhas de lágrima de Ellie, as garras pretas, as pequenas presas, a compreensão despontou. — Oh, Ellie, — ela murmurou. — você não sabe que quando se deita com cães, se levanta com pulgas? Ela sabe o que eu sou! Como ela vai reagir? Ela vai fugir de mim? Vai ficar enojada? — Não quer dizer que eu não vou amar o seu traseiro, mesmo mordido de pulgas.

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Ellie queria se encolher de alívio. Quando Mama abriu os braços, estivera tentada a correr para ela, mas se conteve. — Eu não posso ficar abraçando ninguém ainda. Eu sou meio que forte. Ephraim olhou de uma para outra. — Ellie, acho que você tem um monte de falação para fazer. Assentindo gravemente, ela afundou no sofá surrado da sala de estar, fazendo pelo de cachorro e partículas de poeira flutuarem através da luz do sol que entrava. Então ela começou a dar-lhes uma noção de suas novas habilidades e imortalidade, sua necessidade de sangue... Uma vez que ela terminou, Ephraim parecia atordoado. — Vou ter que ponderar tudo isso por algum tempo. Mas o fato é: você é uma Peirce. Não importa no que você se transformou. E nós fazemos o certo pelo nosso povo. Então, apenas nos diga se você vai precisar... ele engoliu em seco... beber ou qualquer coisa assim. Eu vou caçar, ajudarei onde puder. Mama cruzou os braços sobre o peito ofendidamente, se inclinando para trás em sua cadeira. — Eu quero saber mais sobre o vampiro que fez isso com você. Assim, Ellie lhes contou sobre Lothaire também, deixando de fora o sexo alucinante, é claro. Resumindo com: — E então ele me deu seu coração em uma caixa e me disse para apodrecer no inferno. Ele sequer quis conversar sobre o que aconteceu, apenas me enviou um beijo de despensa! —Eu vou matá-lo, — Efraim rangeu, com os olhos brilhando, o que fez Ellie se engasgar tudo de novo. Quando ele viu suas lágrimas de sangue, seu tio prometeu. — Eu vou matá-lo pelos direitos, Ellie Ann. Ele coloca um pé na nossa montanha e é um filho da puta morto.

Capítulo 57

— Você tem uma visitante, Lothaire. — Bruxa chamou. — Uma visita? No meu reino supostamente escondido? — Ele mostrou os dentes para Stelian, que apenas ergueu as sobrancelhas. — Por todos os meios, mande entrar minha convidada não solicitada. Era Nïx, carregando uma pequena caixa de presente. — Como você chegou aqui, Valquíria? Ela olhou ao redor, os grandes olhos dourados, então sussurrou. — Cheguei onde? — Seu cabelo estava bagunçado pelo vento, e tinha manchas escuras sob os olhos. Ela usava uma blusa de camponesa plissada, uma longa saia esvoaçante e uma bota. — Você está ficando pior. — Por que ele não possuía a energia para odiar Nïx como ela merecia ser odiada? Na ilha, ela lhe disse: — Não haverá um próximo embate vampiro. — Porque ele não podia ser incomodado?

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— Você estava ficando melhor, — disse ela. — Antes. Não tanto agora. — Se você está aqui para negociar a libertação de Elizabeth, poupe seu fôlego. — Um oitavo de uma polegada. Tomou minha maldita felicidade. — Eu não estou. Eu sou apenas uma mensageira de Elizabeth. Você enviou a ela seu coração em uma caixa, e ela respondeu. De uma vez, ele riscou para Nïx, arrebatando o pacote dela. Enquanto Lothaire levantava a tampa com uma sensação de pavor, Nïx murmurou. — Dica: é o do meio. O frágil dedo de Elizabeth. Vê-lo decepado assim desencadeava uma reação visceral. Dor se lançou através de sua própria mão, irradiando por todo o seu coração regenerado. Ele engoliu em seco ao fechar a tampa, sentimentalmente embolsando o pacote. —Você deu a ela seu coração, e ela lhe mostrou o dedo. — Nïx suspirou. — Canções serão escritas sobre isso. Stelian riu, sufocando em seu hidromel. Então Elizabeth realmente me odeia. Não dou a mínima. — Meu coven foi à loucura com isto, a propósito, — Nïx disse. — Absolutamente adoraram aquela vamp espirituosa. Se eu não encontrar a nossa rainha em breve, elas provavelmente vão colocar o nome dela na cédula. Tanto por elas atormentando Elizabeth. As Valquírias não tiveram chance. — E agora sua rainha está no próximo capítulo de sua vida eterna. Que é, que é...? Não, não me importo! Não... Caramba! Ele agarrou o braço de Nïx, então a riscou para sua suíte privada, no alto do castelo. Tarde demais, lembrou-se do estado de seus aposentos. Desde que ele não permitia ninguém dentro para limpá-lo, eles estavam em... desordem. — Reformando, vampiro? — Ela examinou a área, assimilando o mobiliário que ele destruíra e a parede que socou tantas vezes que finalmente entrou em colapso. Tudo por causa de Elizabeth! Nïx franziu o cenho. — Eu gostava do jeito que era antes. — Antes? — Naturalmente, — Você esteve aqui? Ela encolheu os ombros. — Então você não quer saber o que sua Noiva está fazendo? Não posso mentir. — Eu não fui atrás dela, não é? Ela caminhou até a janela da sala de estar, olhando para fora. — Compreensível. Eles dizem que até você está com medo dela. E por eles, quero dizer eu. Mas o rumor está pegando. Você vai me agradecer por isso mais tarde, — ela prometeu, passeando por sua mesa e vasculhando seus documentos. — Deve ter lhe tomado dias para

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regenerar um coração. Toda aquela dor... Se apenas eu pudesse encontrar um homem tão romântico. — Romântico? Foi para marcar o fim do nosso relacionamento. Mantê-la em Val Hall para sempre, se você preferir. — Oh, não. Ela se foi. Paradeiro desconhecido. Suas entranhas se apertaram. A tatuagem de camuflagem no tornozelo dela havia desaparecido com a transformação. Elizabeth estaria segura fora da proteção dos espectros? Quem ele estava enganando? Ela era uma mulher cruel, uma vampira que o derrubara! — Ellie fez alguma menção sobre ver o mundo. Ele queria dizer a Nïx. — Eu não poderia me importar menos — mas sua garganta queimou pela mentira. — Você sabe que há uma recompensa pela cabeça dela? — A que Kristoff postou? — Kristoff? — Ele pouco fora. O Caminhante de Túmulos estará recebendo uma visita de mim em breve. — Ele está em uma excursão atualmente. Vai estar de volta a Oblak em poucas semanas. Se me lembrar, vou garantir que ele saiba que você estará fazendo uma visita. — Faça o que quiser, — ele retrucou. — Não tema, muito poucos Loreans fariam de Ellie um alvo. Depois do que eu disse a todos o que ela fez com você? Além disso, eles tem melhor noção do que usá-la como barganha, desde que você parece não querê-la. Não a quero? Ele ainda tentava alcançá-la em sua cama, só para se encontrar agarrando o nada. Depois de cada despertar, rugia pela frustração, abalado novamente por ela não estar com ele. — Você pode manter a fachada, Lothaire, fingindo como está maravilhoso sem ela. Mas nós dois sabemos do que sente falta. — Talvez eu simplesmente sinta falta de uma fêmea, qualquer fêmea. Aposto que vou ser o vampiro que vai rejeitar sua Noiva e desfrutar de outras. Começando por hoje, ele o faria. Seu plano de instalar concubinas fora adiado pela regeneração de seu coração. Então, ele perdera o entusiasmo pela ideia, porque seu novo coração doía pior do que o antigo. Mas sem mais atrasos. Nïx examinava as próprias garras, como se a declaração dele fosse o cúmulo do absurdo. — Você sabe quantas vezes eu já ouvi isto? Ele riscou na frente dela, lentamente encurralando-a em direção a parede. — Ah, flor, gostaria que eu demonstrasse a rapidez com que me esqueci dela? — Ele perguntou, a voz gotejando insinuações. Num sussurro ofegante, ela disse. — Sim. Beije-me, Lothaire. Ele arqueou uma sobrancelha. Algum homem poderia enfrentá-la? Nïx era estonteante e estava aparentemente disposta. Ele afastou os cabelos emaranhados para trás do rosto dele.

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Eu sempre soube que ela me queria. Que mulher não iria querer? Elizabeth. Porque sou feio por dentro. Ignorando os pensamentos sobre sua Noiva e seu passado controverso com Nïx, ele se inclinou para mais perto... mais perto. Ele sorriu enquanto imaginava Elizabeth descobrindo sobre as outras mulheres em sua vida, descobrindo que ele levava inúmeras para a cama sem sequer um pensamento dedicado a ela. Nem um pensamento. Eu vou beijar Nïx e será melhor do que com Lizvetta. Melhor do que a noite em que reivindicou sua Noiva pela primeira vez, ajudando-a a tomá-lo dentro de seu corpo? Melhor do que a noite em que a transformou? Quando ela apertou sua carne com as pequenas garras enquanto se alimentava dele? A forma como seu coração batera no mesmo ritmo que o dela... a forma como sempre corria círculos em torno dele... a forma como seu queixo se projetaria teimosamente, seus ferozes olhos cinzas... Pouco antes de alcançar os lábios de Nïx, ele congelou. Melhor com a Valquíria? Tolo, não pode ser melhor. A raiva explodiu. — Ahhh! — Ele gritou. — É ela! Aquela vadia me arruinou! Ele socou a parede ao lado da cabeça de Nïx, ela bocejou. — Você sabia que isso aconteceria! Sabia que nunca iríamos nos beijar. No entanto, você disse que eu desafiava a previsão. — Não é preciso uma adivinha para ver o quanto você ânsia por ela, Lothaire. Ela é a peça que falta do seu quebra-cabeça. Você nunca estará completo sem ela, não importa quantas etéreas Valquírias lindas você leve para cama. Elizabeth é a minha felicidade, ele pensou novamente. — Eu poderia odiá-la pelo que ela me fez. — Por causa de uma decapitação mal sucedida? — Ela bateu uma garra no queixo. — Wow. Eu nunca pensei que você fosse tão covarde. Estou repensando a nossa amizade. Ele mostrou os dentes mais uma vez. — Não é sobre o meu pescoço! Ela me traiu. — Ela fingiu afeição por ele. Por ele. — Eu tive traições o suficiente na minha vida. Do meu pai, meu tio, de você. — Eu? — Não banque a inocente, Valquíria. Eu sei de sua traição. Você advertiu Stefanovich do meu ataque iminente contra a vida dele. Ele ouviu bem. Ela encolheu os ombros com indiferença. — Eu realmente disse a ele, mas apenas depois que expliquei para você que pretendia fazer exatamente isso. Eu repetidamente lhe disse para ser paciente, para confiar em mim, mas você não quis ouvir. Você partiu de qualquer jeito. — Você era minha amiga mais antiga! Eu nunca pensei que você iria verdadeiramente contatá-lo.

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— Eu agi pelo seu bem maior, para colocar o seu destino em uma direção diferente, antes que uma tragédia o atingisse. — Tragédia? — Ele se virou para bater o punho na mesa, que se quebrou em estilhaços, os papéis voando. — O que poderia ter sido pior do que ocorreu? Eu sofri seis séculos de inferno por causa de você! Você sabe como era naquela sepultura, insetos perfurando dentro do meu próprio cadáver vivo, mordiscando a minha carne? Sem qualquer ideia de quando iria acabar... a árvore de sangue crescendo dentro de mim. — Ele deu uma guinada em seus pés, as memórias ameaçando subjugá-lo. — Ela... se alimentava. Eu rezei pela morte. Qualquer coisa para fazer a dor terminar! — Se Stefanovich não o pegasse, então você não teria a sua Noiva. Inspirando por calma. Exalando. Extraindo do vínculo com Elizabeth. — Do que você está falando, porra? — Você nunca se perguntou por que eu iria trair, Nïx fez aspas no ar, você? — Porque somos inimigos naturais. Instintivamente você despreza o que sou. Era apenas uma questão de tempo. Ela se empoleirou no banco da janela da sala estudo. — Se você não tivesse sido pego por Stefanovich, teria morrido na invasão da Horda em Draiksulia. — Não houve invasão da Horda ao plano fey. Ela estalou os dedos. — Exatamente. Você, assim como todos as nossas aliadas Valquírias, foram poupados. Por apenas um sussurro no ouvido de seu pai. Seus lábios se separaram. — E se você tivesse morrido então, nunca teria feito contato com Saroya, que teria matado ainda mais enquanto estava no corpo de Elizabeth, não deixando tempo para uma tentativa de exorcismo. — Os vagos olhos dourados de Nïx brilharam. — Eu vi o futuro alternativo de sua Noiva tão claro como o dia. Em uma manhã de outono, Elizabeth lavaria a roupa de sua mãe, dobraria as roupas enquanto as tirava da máquina. Então ela pegaria a Remington do pai e entraria na mata sozinha. Enfiaria o cano da espingarda sob o queixo. Sangue, cérebro e ossos salpicados sobre as folhas. Ele se encolheu. — Eu vi tudo. Ainda me acha uma traidora? Eu não teria Elizabeth se não fosse pelas ações de Nïx. Ele não a tinha de qualquer maneira! Então seus olhos se estreitaram. — Por que você me deixou por tanto tempo no túmulo? Você estava lá na noite em que Fyodor me libertou, eu vi você na floresta. — Minha visão não funciona com você. Eu só fui capaz de encontrá-lo lendo o destino de Helen. Você sabe o que ela se tornou para você. — Sim. — Minha tia. — Uma vergonha. — Fale mal da minha irmã morta, Lothaire, e eu vou levar a minha loucura para algum outro lugar.

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— Para algum lugar fora de Dacia? — Ele acenou com o braço. — Se você podia encontrar este reino por todo esse tempo, poderia ter me contado como! Eu passei séculos procurando. Como você bem sabia! — Você não estava pronto para encontrá-lo ainda. Você preferiria ter guerreado com eles ou se tornando seu rei por convite? Bastou paciência, que é o que eu lhe disse repetidas vezes. Mas você nunca me ouviu. Você quebrou a confiança entre nós, não eu. — Mesmo depois de todo o antagonismo entre nós, eu fui até você por ajudar a poucas semanas atrás. Você virou as costas para mim e mandou la Dorada direto para minha casa! Não se atreva a negar. — Eu estava esperando que Dora pudesse encontrar facilmente o seu enderecinho. MapQuest às vezes é afetado Seus punhos cerraram apertados, os músculos do ombro atando com a tensão. — Você queria Elizabeth, e precisava que Saroya se fosse, sem quebrar seus votos. Nïx enviara Dorada para ajudá-lo? — Meu plano era brilhante. — E arriscado. — Se Elizabeth não tivesse pensado rápido... Nós dois estaríamos mortos. — Grandes riscos levam a grandes recompensas, não é mesmo? — Então Nïx riu. — Eu realmente gosto de dizer aos Loreans. — Esteja ciente de que sua dívida de sangue agora é atendida por La Dorada, com efeito imediato. Ele estava abalado por estas explicações. O valor dos meus milênios de ódio por Nïx era infundado? Quem seria seu inimigo, se não fosse Nïx? Em todo o Lore , ela era o único adversário digno dele. O que foi uma das miríades de razões de por que ele não retaliara depois que ela o traiu. Sempre posso matá-la, mas nunca posso trazê-la de volta... Em um tom contemplativo, ela acrescentou: — Você viu Dora enquanto ela estava eufórica por uma vitória tão esperada. Na maioria das vezes, ela é tão apocalíptica. E agora ela tem peões maus e bons para empreender sua guerra. Vou ter que consertar isso no futuro. — Nïx franziu a testa, e de repente parecia muito, muito cansada. Após parecer contar com os dedos, ela murmurou. — Como vou me lembrar de corrigir isso no futuro? Finalmente, ela olhou para Lothaire. — Estou arriscando um apocalipse por você, e você nem sequer quer ficar com Elizabeth! — Ela quase me decapitou! Eu nunca estive mais perto da morte em todos os meus anos! — Então agora você está fazendo beicinho no seu castelo. Após as misérias que infligiu a legiões? Você pode distribuir, mas não pode tomar? — É diferente. — Como? Ele enfiou os dedos nos cabelos. — Simplesmente é. — Como? — Ela insistiu.

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— Porque eu acho... porque eu estava me apaixonando por ela! — Então por que ela não está aqui com você agora? — Não fui correspondido! — Ele chocou a si mesmo dizendo em voz alta. Lothaire Daciano, um rei, admitindo estar se apaixonando por uma mulher que o desprezou? — Você acredita nisto por causa das lembranças dos sonhos dela? Ou por causa das ações? — Eu não posso ver as memórias dela, Nïx. — Mas eu sei por que, é porque os vampiros não veem o que não podem lidar! Eu não posso lidar com o conhecimento de que ela brincou comigo. Ela o superou. — Só me diga o que eu... me diga o que devia ter feito diferente, para fazê-la me amar. Nïx revirou os olhos. — Por onde começar? — Vai se foder! — Por que eu deveria ajudá-lo com Elizabeth, afinal? Você me traiu de maneira pior do que eu jamais fiz a você. Por que você atacou Furie em vez de exigir sua vingança diretamente de mim? — Onde estaria o esporte nisto? Você é mais louca do que eu! Porque não pode encontrar Furie, adivinha? Ela é um outro ponto cego em suas visões? Eu nunca duvidei que você iria localizá-la. — Isto mudaria a sua decisão de prendê-la? — Não. Eu seguia as ordens de meu rei. Você, de todas as pessoas devia saber por que eu era obrigado a obedecê-lo em todas as coisas. — Em qualquer caso, você vai ajudar as Valquírias a encontrar Furie agora? — Como eu disse a Regin, eu não sei onde ela está. — Mas você soube uma vez, Lothaire. Foi você que a acorrentou no fundo do oceano. — Por suas intervenções no passado, eu deveria estar obrigado pela honra a ajudá-la, — Lothaire disse. — Que pena que eu não tenho honra. Seu rosto caiu. — Eu não posso ajudá-lo assim. Você está mais consumido pelo ódio do que eu jamais pensei, e mais ignorante sobre as fêmeas do que jamais imaginei. Eu estou perdendo um tempo que preciso para outras coisas. — Ela se virou para ir embora. Atrás dela ele chamou. — Eu bebi do Comandante Webb, Valquíria. Tenho as memórias dele. Eu sei que você estava trabalhando para ele. Lothaire também já sabia que Webb provavelmente teria... renascido. Como um imortal. Antes que Lothaire o tivesse mordido, o bastardo ardiloso estalara uma amostra de sangue, como uma cápsula de cianeto. Quando Webb morreu, ele tinha o sangue de um imortal correndo através dele, um tão poderoso que mesmo Lothaire fora superado depois de beber dele. Webb levantaria, como apenas os deuses sabia o quê. Talvez eu devesse contar a Chase todos os segredos obscuros que descobri sobre seu pai adotivo, para aliviar um pouco de sua culpa.

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E para prepará-lo. Mas Lothaire ainda era Lothaire e com laço de sangue ou não, Chase ainda era um otário. Eu não dou sem receber. No entanto, ele não fizera isso com Elizabeth? Nïx se virou para ele novamente, seu rosto marcado pelo cansaço. — Eu não estava trabalhando com Webb, eu estava usando ele. — Como seus aliados se sentiriam ao saber de sua ligação com ele? Através de Webb, você enviou uma bruxa para a ilha. Inferno, você enviou a sua própria irmã. Eu me pergunto por que deu a ele o meu nome para acrescentar à lista de captura. Ainda uma outra traição. Ela inclinou a cabeça para ele, seus olhos ficando prateados. — Precisava pegá-lo antes que usasse o anel, Lothaire. Mais um segundo e você seriamente reescreveria a fêmea errada. Você não quer sequer imaginar o que teria acontecido à sua Noiva se Saroya tivesse sido feita vampira, com a capacidade de riscar... E mais, eu precisava de você na ilha por seis propósitos: extermínio de Wendigos, salvar a vida de Thaddeus, dar sangue a Chase para estabilizá-lo até que sua berserkertude assumisse o controle. Eu me esqueci dos outros motivos, — ela disse com agitação crescente. — Não importa. O seu bordão: às vezes você tem que ser cruel para ser gentil. — Então, depois desta noite, eu deveria me sentir em dívida com você? Você espera que simplesmente desligue a minha animosidade contra você? Ele não poderia, mesmo se quisesse. Ela estava certa, ele fora consumido pelo ódio. — Eu vejo Furie se afogando, mas nunca consigo encontrá-la. Ela é minha irmã! E você não me pouparia isso? Talvez eu devesse dizer a Nïx onde a deixei... Mas havia mais na linha. — Você e eu sabemos a quem ela está vinculada. Afundá-la também foi estratégico. Nïx pareceu desanimada. Seus lábios se movendo em silêncio, ela abraçou os braços em volta do peito. A compreensão o atingiu. A fim de me ajudar esta noite, ela se machucara de qualquer maneira. — Nïx? — Ela estava cansada, confusa, dificilmente era o ser malicioso que ele pensara que fosse por tanto tempo. Em nórdico antigo, ela lhe perguntou. — Como é que vou me lembrar do apocalipse? — Sua voz estava assombrada, sua forma fina e trêmula. — Há muito para ver, para lembrar, tantas faces... Por todas as memórias que estiveram sombreando os pensamentos dele, visões do futuro obscureceriam os dela. Ele estivera jogando seu próprio Fim de Jogo; aparentemente, ela estava jogando milhares. — Como? — Ela gritou. Relâmpagos cintilaram, raios dentro das grandes cavernas de Dacia, pela primeira vez na história.

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Nas ruas abaixo, gritos soaram. O trovão abalou todo o reino, ecoando até que escombros tremeram. A ameaça desconhecida que Bruxa falara. — Acalme-se, Valquíria! — Ele agarrou seus ombros, dando-lhe uma sacudida. Ela se debateu mais forte contra ele, e mais dois raios lancearam abaixo em rápida sucessão. Como detonações. Ela poderia derrubar o castelo! — Phenix, acalme-se! — Ele a levantou nos braços para riscá-la. De uma só vez, os relâmpagos diminuíram. Segundos se passaram. Um grito mudo aqui e ali. Desastre evitado. —Phenix? — Ela sussurrou para ele. — Ninguém me chama assim além de você. Todos que costumavam chamar estão mortos. Eles estão todos mortos. Ele exalou uma rajada de ar. — Eles sempre morrem antes de nós, não é mesmo? — Sem falhas. — Quando foi a última vez que você dormiu? — Não desde que eu vi você na ilha. Que foi há algumas semanas. — Por quê? Os gritos em Val Hall a mantêm acordada? — Eu gosto de divagar ao som de gritos. Mas não, é porque alguém sempre precisa da minha ajuda. Loreans são incessantes, rondando a mansão, com seus corações definhando e desejos não realizados. Eu posso senti-los ansiando, como um dente podre que nunca posso arrancar. — Você precisa de um macho para manter os seres à distância. — Você não tem ideia. Ele murmurou uma maldição, então disse. — Você pode descansar aqui esta noite. — Riscando para o sofá da sala de estar, ele gentilmente a deitou. — Eu vou manter os Loreans afastados por uma noite. — É abençoadamente pacífico aqui, no alto deste castelo. Rainha branca e rei negro podem decretar um empate por um tempo... Minha inimiga. Uma vez minha amiga. Por que ela continuava a ajudá-lo? Com um brusco “Boa noite”, ele jogou um cobertor sobre ela. Mas ela disse. — Fique. Só até eu cair no sono. Após debater por alguns momentos, ele sentou, descansando as costas contra o sofá, com os braços esticados sobre os joelhos dobrados. — Por que você me quer aqui? Ela bocejou amplamente, como os jovens fazem. — Podemos cuidar das costas um do outro em turnos, como costumávamos fazer. Embora parecesse com tempos há muito passados, ele disse. — Você ainda não pode confiar em mim. Estou considerando cortar seu cabelo enquanto você dorme, apenas para conseguir moedas de troca para passar pelos Flagelos. — Naturalmente. Converse comigo sobre outras coisas.

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— Sobre o quê? — Qualquer coisa. Outra exalação, então ele falou livremente. — Eu me sinto... velho. — Ele sabia que ela poderia simpatizar com isso. Quando eles eram amigos, uma vez confessou a ela, — Phenix, você é a única que compreende a verdade: a vida eterna por si só não é senão um castigo eterno. — Lothaire, eu conheço terras mais jovens do que nós. Ele esfregou a mão sobre o rosto. — Eu não me sentia velho quando estava com Elizabeth. Eu me sentia como um vampiro jovem, apenas começando com ela. O mundo era nosso para ser tomado. — Eu invejo você por essa sensação. Após várias batidas do coração, ele admitiu em voz baixa. — Eu voltaria para o túmulo se isso obrigasse Elizabeth a me amar. — Oh, Lothaire, — ela suspirou, dando lhe tapinhas no ombro. — Eu tentei ajudá-lo com ela. Eu cuidei dela em Val Hall. Mostrei que ela podia andar ao sol. — Ela ficou animada? — Ele se virou para encarar Nïx. — O que ela disse? Ela falou de mim? — Embora Lothaire há muito jurara nunca mais dar um presente sem pensar em um retorno sobre seu investimento, ele finalmente o fez. Eu dei o sol a Elizabeth. Ele queria que ela conhecesse aquela felicidade, mesmo que ele próprio não pudesse. — Ellie ficou... triste. — Triste? — Ele soltou. Ele nunca entenderia as mulheres! — Ela alguma vez falou de mim? — Nas semanas que você a ignorou, humilhando-a a cada dia em que não aparecia para recuperá-la? Honestamente, Lothaire, se o assunto surgisse com qualquer uma... seria constrangedor. Ele olhou intensamente para o teto. O silêncio reinou. Droga, Nïx estava caindo no sono e deixando-o sozinho e inquieto, perguntando-se como conseguira deixar Elizabeth triste e se devia dar a sua Noiva outro de seus corações negros em penitência. Com uma carranca ele disse rispidamente. — Eu não sou covarde, você sabe. — Então sonhe as memórias dela, — Nïx sussurrou, antes de dormir.

Capítulo 58

Depois de vários dias de volta em sua casa de infância, Ellie ainda não se acostumara. Enquanto ela remendava meias, olhou ao redor do trailer, tentando vê-lo através dos olhos de Lothaire.

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Mama estava no fogão, fritando frango para quando Ephraim e os outros chegassem de volta da mina. Um Big Mouth Billy Bass46 cantador estava orgulhosamente montado na parede. Bonecas de porcelana que gritavam “Liquidação de Natal da QVC47” alinhadas numa prateleira. Dois cães de caça preguiçosos, Bo Bo e Junior, cochilavam aos seus pés. Lothaire provavelmente odiava animais. Ele ia achar tudo brega e arrepiante. Ela encolheu os ombros. Mesmo em comparação com o luxo do apartamento e da grandeza de Val Hall, ela gostava mais daqui. Embora já não se sentisse em casa. Por que Lothaire não está comigo. Mama olhou para ela. — Se você está sentindo falta daquele vampiro, pode parar agora mesmo, Ellie Ann Peirce. — Creio que o meu último nome seja Daciano, na verdade. — O inferno que você acha! Eu poderia matar aquele monstro pelo que ele fez a você. — Ele não é um monstro, Mama. Acho que ele é apenas mal compreendido... Josh entrou pulando para dentro, correndo direto para Ellie. — O meu forte é o melhor, Ellie! Ele disse, trepando sobre ela no sofá. Ele estava brincando na casa da árvore que ela construiu para ele, a que construiu em menos de quarenta e cinco minutos sem um martelo. Ela usou seus polegares para pressionar as unhas em madeira doadas involuntariamente. Inicialmente, Josh fora cauteloso com sua irmã há muito perdida, como se tivesse percebido que ela não estava correta de alguma forma. Embora Ellie não supusesse que parecesse tão diferente, contanto que não estivesse com fome ou chateada, o menino fora reservado. Agora não podia afastá-lo. Não que ela algum dia tentaria. Desde que ele grudava nela em todos os momentos, precisou acelerar fortemente seu curso intensivo de controle de força vampira. — Josh, eu ainda não consigo superar o quão grande você está! Quando ele fez um muque com seu braço direito, ela refreou um sorriso e olhou devidamente impressionada. — O Tio Ephaim disse que eu vou ter mais de três metros de altura. — Bem, talvez se você comer suas verduras. — E Mama disse que você voltou para a montanha, porque teve um divórcio, e se algum homem aparecer perguntando por você, eu tenho que dizer que você está morta, então cuspir nas botas dele. Com um olhar arqueado para sua mãe, Ellie disse. — Um divórcio? Ela disse, então?

46 47 Empresa de vendas pela televisão e internet.

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Mama encolheu os ombros. Ellie se virou para Josh. — Por que você não vai se limpar, e eu lhe faço um PBJ48. — Sem crosta? — Depende de como as finanças estão indo, querido. — Diante das sobrancelhas levantadas, ela disse. — A Ellie está brincando. Sem crosta, prometo. Uma vez que ele se fora, ela disse a Mama. — Eu vou sair esta noite. — Na semana passada, ela continuamente pensava em maneiras de como poderia invadir o apartamento Lothaire e roubar as joias. E voltava de mãos vazias. Em vez disso, ela pretendia dar uma de gato ladrão mais tarde, qualquer coisa para tirar sua família das minas. O trailer balançou, a gordura se espalhando para fora da fritadeira. No momento em que Josh veio correndo com os olhos arregalados do banheiro, um grande estrondo se seguiu. Ellie e sua mãe cruzaram olhares, sabendo que apenas uma coisa poderia desencadear uma explosão não planejada assim. Houvera outro colapso na mina.

Lothaire apagou pouco depois de Nïx, a cabeça caindo para a frente, os olhos dardejando por trás de suas pálpebras. Finalmente, começou a assistir a um fluxo de memórias de Elizabeth. Ele temia o que iria encontrar, mas negligentemente se abriu ao passado dela... Quando seu pai morreu, Elizabeth foi atingida pelo luto, mas se permitiu pouco tempo para pranteá-lo. Em vez disso, ela trabalhou incansavelmente para reescrever juntos uma vida melhor para sua mãe e irmão. Lothaire observou exemplo após exemplo dela usando sua inteligência para fazer avanços, com o trabalho, com a escola. E ela conhecera sucessos, ganhando força. Até Lothaire e Saroya devastarem sua existência com um ano de inferno, culminando em uma noite de carnificina. A prisão se seguiu. Os olhos de Lothaire arderam enquanto ele experimentava a cortina de fumaça se demorando na enfermaria. Ele sentiu o pulso dela se acelerar quando deu um pulo na cama, despertada pelo sibilo de outros prisioneiros no escuro, gemendo, chorando. O lábio inferior tremia quando ela sonhava com a flâmula de sua faculdade e as bochechas rosadas de seu irmãozinho. O quanto ela desejava vê-lo crescer! Mas em cinco anos, ela nunca se permitiu chorar. Ele experimentou em primeira mão sua quase execução, as intravenosas afundando em suas veias, seu “resgate” para um lugar ainda mais torturante. Ele reviveu seu próprio escárnio, como se tivesse sido dirigido a ele. Ele havia ridicularizado o passado e os entes queridos dela, ferindo-a repetidamente. 48 Sanduíche de pasta de amendoim e geleia (Peanut Butter and Jelly).

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Se ele tivesse de fato, alguma vez elogiado sua inteligência, então ela não tinha memória disso. Não apenas ele não se retratara de seus comentários de ódio, mas ele nunca corrigira seus erros. Lothaire a ouviu pensando. — Ele ainda me considera apenas uma caipira vulgar e atrasada? Provavelmente terá vergonha de mim perto de outras pessoas. Deus, isso dói. Não, você é tudo para mim! Do ponto de vista dela, ele experimentou a noite em que lhe disse que iria mantê-la, que a escolhera. Ele sentiu sua vibração de esperança; mais tarde, ele sentiu a miséria, uma vez que compreendeu que ele ainda a mataria, que destruiria sua alma. No início de seu calvário com Saroya, Elizabeth aceitou que morreria; ainda assim então, se deixou criar esperança pela primeira vez desde a noite que ele a mandara para o corredor da morte. A esperança destruída era pior. Elizabeth lhe dissera honestamente. — Eu não quero viver no seu mundo violento e bagunçado. Por que ela iria decidir viver no reino de imortais violentos, muito menos escolher a ele como seu protetor, no meio deste mundo? Ele não lhe dera razão alguma para escolhê-lo sobre seus entes queridos, simplesmente decretando que ela nunca iria vê-los novamente. Uma vez que ele viu as memórias dela de sua família, rindo com eles, cobrindo-os, sempre lá para ajudar, reconheceu o quão ridículo fora esperando que os esquecesse. A família se provara igualmente leal a Elizabeth. Sem perguntas, dois de seus primos enterraram corpos para ela atrás do celeiro. Eu nem sequer pensei, ou me importei, sobre o que havia acontecido com as vítimas de Saroya. Elizabeth uma vez lhe dissera que sua família era uma unidade, que a sua montanha era um rígido sistema de apoio. Minha própria família é carente em relação a isso. Ivana fora traída pelo próprio pai. O próprio pai de Lothaire o torturara. Os Peirce eram invulneráveis a falsidade e covardia como estas. Mas enfim, Lothaire não estava com ciúmes da devoção de Elizabeth a outros, não importasse o quanto ele cobiçasse isto. Só porque ela amava sua família e era leal a eles, não significava que não poderia ser leal a ele também. Contanto que ele nunca passasse por cima deles. Em vez disso, ele colocou em movimento algo que iriam separá-la de seus entes queridos para sempre. Ele a roubou de sua família. Assim como Serghei me roubou de Ivana. No sono, ele começou a suar enquanto captava a verdade: Eu fiz a Elizabeth... o que ele fez para mim.

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Lothaire nunca vira as memórias dela por uma razão, porque não poderia lidar com a maneira como tratara sua preciosa fêmea. Justamente quando ele estava prestes a acordar, desesperado por algum dia ganhá-la de volta, um lampejo de outra memória surgiu. Enquanto ele dormia uma noite, sofrendo de algum pesadelo, ela olhou para ele com ternura. Seu peito doera com os sentimentos dela por ele, como o dele continuava a doer por ela. Ela alisou o cabelo da testa dele, acalmando-o com palavras suaves. Ele nunca soube disso antes. Ah, os deuses, ela realmente o amava. Lothaire podia sentir isto queimando forte dentro dela. Eu poderia ter a lealdade que ela mostrou a sua família. O amor... Ele acordou com um grito. — Lizvetta! Eu sabia que ela estava se apaixonando por mim! Ele girou ao redor, mas Nïx não estava mais no sofá. Ele a encontrou sentada na janela, acenando para baixo a seus súditos. Ela parecia revigorada, o cabelo penteado. — Elizabeth realmente me amava! — Ele gritou sem preâmbulos. — Então por que me atacou daquele jeito? Nïx deu de ombros, soprando um beijo a alguém. — Porque ela era uma vampira nova com suas emoções correndo alto? Você disse a ela alguma coisa que possa ter provocado aquele tipo de raiva? Ele esfregou as costas de seu pescoço. — Poderia ter havido algumas poucas frases selecionadas. — Além disso, ela riscou assim que balançou a espada em você. — Impossível. Ela era vampira apenas por horas. — Ela pode riscar por todo o mundo agora. Inesperada Elizabeth. — Eu estou orgulhoso. Mas se ela pode riscar, sem limites, ela vai voltar para a família? — Ele era incapaz de pensar muito além de conseguir sua noiva de volta, sua mente presa em uma única pequena tarefa? Buscar Elizavetta. — O que ela disse quando deixou Val Hall? Nïx se voltou para ele. — Eu me lembro dela em pé atordoada em nossa varanda. A alardeada rainha do orgulho Daci estava sozinha, sem dinheiro, com suas poucas roupas, todas elas rejeitadas pelas Valquírias se você se importar em saber, em uma sacola de supermercado. Ela não tinha ideia do que ela ia fazer ou como iria se alimentar, e temendo que sua família nunca a aceitaria. Ah, e ela tinhas menos um dedo. Ele gritou em frustração, riscando para perfurar um soco em uma parede novo. — E você me diz estas coisas? Assim poderia também me estripar com uma lâmina. — Eu só estou lhe dizendo para que saiba por que ela pode não ficar tão excitada, se você aparecer. — Eu senti suas emoções, eu sei que ela me amava.

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— Antes que você partisse seu coração. Longos momentos se passaram. Em voz baixa, ele perguntou. — Eu nunca terei o amor dela de novo? — Apegue-se ao dedo, Lothaire. Pode ser tudo que você terá dela. A família é a chave para ela. Ele jogou a cabeça para trás e gritou. — Stelian! Quando o grande vampiro riscou do lado de dentro, ele deu uma reverência cortês para Nïx, que sorriu distraidamente. Lothaire não perdeu tempo. — Vá e compre a montanha da família da minha rainha para ela. Coloque-a no nome dela. Minta, roube, engane ou mate para resolver tudo. Stelian saudou sarcasticamente. — Nós temos intermediários que lidam com humanos. Considere feito. — E consiga também as montanhas ao lado, apenas para garantir. — Eu vejo que estamos planejando comprar o perdão da rainha. Já era hora. — Cesse. O. Falatório. Stelian desapareceu. Nïx assentiu com aprovação. — Agora você está começando a entender, vampiro...— Ela parou de falar, atirando-se sobre seus pés, seus olhos girando prateados. — Lothaire, algo está errado. Ele também sentiu um pesado sentimento de pavor. Sua ligação com Elizabeth estava mais clara agora, mais do que jamais fora. — O que você vê, Nïx? O olhar ficando selvagem, ela murmurou. — Ellie girando em círculos cegos, sangue escorrendo de sua boca. Vá para a montanha, Lothaire, siga os gritos!

Capítulo 59

— Elizabeth! — Lothaire a encontrou de joelhos em um campo iluminado pelo sol, coberto de pó de carvão, segurando as mãos sobre os ouvidos sangrando. Ele estava meio-riscando, mas ainda assim a luz queimava. — L-Lothaire? — Lágrimas trilhavam suas bochechas, mais sangue derramando de sua boca. Ela estava frágil, obviamente, não bebera o suficiente, e fora recentemente ferida. Mortais espancados estavam deitados no chão ao redor deles. — Eu estou aqui, me conte o que aconteceu. Ela balançou a cabeça em confusão. Ela não conseguia ouvir, mal podia falar. — Ajuda... me...

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Ele a apertou nos braços, riscando-a de volta para a casa dela. — Não! — Ela gritou, batendo contra ele. — Voltar. Volte! Lothaire estabilizou sua respiração, lutando para igualar sua pulsação a corrida frenética do pulso de Elizabeth. Quando o batimento cardíaco dele começou a ficar alto em seus ouvidos, Lothaire brevemente fechou os olhos, vendo dentro da mente dela, falando diretamente em seus pensamentos. — Shh, shh, amor. Acalme-se. — Leve-me de volta! Meus parentes estão morrendo! — Eu vou corrigir isso! Mostre-me o que aconteceu. — Eu tenho que voltar! — Eu vou salvar qualquer um que esteja vivo. Você sabe que posso fazer qualquer coisa. Confia em mim? Seus lábios tremiam. Outro par de lágrimas traçou seu rosto. — Eu posso? — Só você pode confiar em mim. — As palavras em russo saíram de seus lábios: Eu vou lutar qualquer batalha por você, esmagar qualquer adversidade. Porque você é minha, garota linda. Eu a amo tão loucamente que o passado diante de você parece são... — Lothaire? — Confie em mim. Você deve, por sua família. Finalmente, ela assentiu e ele quis berrar com satisfação. — Então beba. — Ele mordeu o pulso, empurrando o corte contra seus lábios. — Cure-se. — Quando ela resistiu, ele gritou em sua mente, — Agora, Elizabeth! Ela estremeceu, os olhos ficando arregalados, então apertou os lábios contra o pulso dele. Quando ela suavemente sugou, o prazer ondulou através dele, mas se ordenou a manter o foco, lembrando-se que o seu Fim de Jogo estava em jogo. Enquanto ela extraia a força dele, começando a se recuperar. — Deixe-me ver o que aconteceu. Mostre-me. De repente, ele viu um pandemônio. Uma explosão em uma mina, dezenas de homens presos... Elizabeth tentando riscar seus parentes para fora enquanto pedras continuavam a cair... Ela só conseguia levar um de cada vez, rapidamente se enfraquecendo... Outra explosão estourou seus tímpanos... Uma viga de suporte balançou para baixo, golpeando seu tronco, danificando algo internamente. — Se mais pedras caírem, Lothaire, se pegar fogo... — Para onde devo riscar? Imagine o local exatamente. — Ela o fez. — Deixe-me ver o rosto dos seus parentes. Imagens de um após o outro surgiram. Doze homens restavam. Lothaire os memorizou. — Fique aqui, Elizabeth. Não deixe este lugar. Vou salvar qualquer um que esteja vivo. Ele riscou, mas quando a ponte imediata deles quebrou, pensou que a ouviu dizer. — Consiga voltar para mim. Duas pequenas tarefas: encontrar mortais específicos, voltar para Elizabeth.

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Dentro. Escuridão total. As trevas o engoliram, o tipo de escuridão encontrada apenas no subsolo. Até ele se esforçava para ver aqui em baixo. A poeira picou seus olhos e encheu seus pulmões, como se estivessem compactadas com a sujeira. Ele congelou ante a compreensão. Poderia ficar enterrado vivo aqui. A terra rangendo em cima de mim... Com tremores violentos, lutava para respirar. Um suor frio se acumulando em sua pele. Ele disse a Nïx que voltaria para o túmulo por Elizabeth. Aqui estou, porra. Não, foco! Duas pequenas tarefas. Elizabeth iria querê-lo uma vez que salvasse sua família. Eu poderia levá-la para casa comigo, neste mesmo dia. Ele apertou a primeira pedra em seu caminho, soltou-a para o lado. Depois outra. Gritando com o esforço, começou a limpar seu caminho através do túnel. Todo o tempo, o teto se curvava precariamente acima dele, as vigas de suporte estalando sob seu fardo. Enquanto fendas choviam sobre ele, ele estremeceu de novo. Foco! Finalmente, viu as luzes de capacetes dos mineiros. A maioria dos homens estava inconsciente, mas todos tinham batimentos cardíacos. Com a poeira obscurecendo o rosto, ele não podia discernir os parentes de Elizabeth dos outros. O que significava que teria que salvar todos eles, e classificar mais tarde. Aqueles ainda conscientes recuaram dele. — Quem diabos é você? — Seus... olhos! — O que é? Ele pegou os homens pelos colarinhos, riscando seis de cada vez, despejando-os naquele campo abrasador e rapidamente examinando seus rostos para contar os Peirce. Mas ele ainda não encontrara o parente que Elizabeth secretamente mais amava. Seu tio Ephraim. Lothaire riscou mais e mais profundamente, esforçando-se para ver. Só quando viu o homem a uma curta distância, Lothaire ouviu outro terremoto sinistro. Ele pegou o tio dela e o riscou, jogando-o no campo antes de retornar. Um homem ainda estava desaparecido, um primo. Lothaire salvara o mortal favorito de sua Noiva; agora correria o risco de ficar enterrado aqui em baixo por algum primo aleatório? Ele ficou tentado a riscar para longe, decretando esta missão acabada. Ela lhe disse para voltar, não foi? Ele estava pronto para voltar ao negócio deles. Mas ela confiou nele, confiou nele para salvar qualquer um que vivesse. Lealdade deve seguir de ambos os lados. Mas se ele demonstrasse isto neste inferno sombrio, então que assim os deuses o ajudassem, era melhor que ele recebesse dela... Ele sentiu a faísca tarde demais...

Lothaire viera até ela. Ele viera por ela?

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Ellie estava se curando a cada segundo, o sangue dele como combustível de foguete rico e quente em comparação com o sangue dos animais que forçava garganta abaixo. Sua audição já estava de volta, sua lesão interna remendada. Ela já não estava petrificada por sua família, porque Lothaire realmente podia fazer qualquer coisa. Se ele disse que iria salvar todos os que sobreviveram, então era isso o que ele faria. Engraçado Ellie, você não se importou com a prepotência dele nisso. Mas imortal ou não, se o pó de carvão acendesse lá em baixo, ele poderia... morrer. Cercada de ansiedade, por ele, ela compassou/riscou, mordendo o lábio. Ela não podia perdê-lo novamente. Seus olhos começaram a lacrimejar, o sangue novamente se acumulando. O que estava levando tanto tempo? Ela estremeceu, lembrando-se da queda de pedras, o carvão em seus pulmões... Ela engasgou. — Oh, querido Deus. — Ele tinha aqueles sonhos de ser enterrado, encurralado. Ela tentou acalmar seus pesadelos angustiantes uma vez. E ainda assim, o mandei para uma mina em colapso. Com um grito, ela riscou para o campo de triagem. Tantos já haviam sido salvos. Em uma contagem apressada, viu cada um de seus parentes, alguns deles gravemente feridos, todos foram contabilizado. Então, por que Lothaire não retornava? Então ela percebeu que um de seus primos de terceiro grau estava ajudando aos outros, mas não tinha poeira sobre ele. Ele não estava na mina antes, ainda assim ela o mostrara a Lothaire como um dos desaparecidos. Lothaire está à procura de alguém que nunca vai encontrar. Cheia de pavor, riscou para o interior da mina, imediatamente caindo para frente quando chamas se lançaram sobre ela. Não havia fogo antes! Oh, Deus, oh, Deus. Ela puxou a camisa sobre a boca para manter o pó inflamáveis fora de seus pulmões. Se Lothaire respirara muito disto... Rastejando pelas correntes ofuscantes de fumaça, se esforçou para alcançá-lo, lutando para senti-lo enquanto navegava pelas artérias da montanha. Ele disse que tinham laços inquebráveis. Guie o seu juízo, Ellie! Uma vez que ela se recompôs e se concentrou, pareceu instintivamente saber para onde ir, que caminho em torno das pedras, e sua conexão com Lothaire ficava mais forte, como um som cada vez mais alto enquanto chegava mais perto da fonte. Quase lá... Ela o encontrou. — Lothaire! Leo? — Ele estava inconsciente, preso sob um desmoronamento de rochas em chamas, sua pele em chamas. Quando ela o arrastou de sob os escombros, ele gritou. Os pulmões cheios de carvão se abriram, seu torso explodiu para fora. As pálpebras se abriram. As sobrancelhas unidas, ele moveu os lábios.

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— Deixe-me agora... vá... embora...— Seus olhos se fecharam. A tensão deixou o corpo. Melhor guardar suas ordens para alguém que irá obedecê-las, vampiro.

Capítulo 60

— Sua mãe está vindo, — Ephraim advertiu Ellie enquanto ela pressionava uma compressa fria sobre o rosto de Lothaire. Durante dois dias, Lothaire ficara inconsciente e enfaixado no quarto escuro de Ellie, com Bo Junior atravessado sobre os tornozelos dele pela maior parte do tempo. Aquele cão o marcara a quilômetros de distância. Era de se esperar que o cão genioso gostaria instantaneamente do vampiro genioso. Depois que Ephraim enfaixou sua própria cabeça, ajudou Ellie a limpar as feridas de Lothaire e deixá-lo confortável, tinha até caçado um veado para alimentar o homem que salvara sua vida. Todos, incluindo sua mãe, especialmente ela, mudaram sua opinião sobre o vampiro vilão de Ellie. — Então deixe-me ver se entendi, — Mama disse, olhando com admiração para o rosto de Lothaire. Mesmo queimado e envolvido em gaze, ele ainda parecia um deus. — O homem mais bonito que você já viu a transformou, assim você nunca poderia ficar doente ou morrer, então a mima com joias e roupas, enquanto a leva ao redor do mundo? — Quando você diz isso assim, não parece razoável tê-lo rejeitado e acidentalmente quase o decapitado. — Se a carapuça serviu, Ellie Ann Daciano! — Você esqueceu de todo o resto que contei? — Ellie gritara. — Ele me tratou como... como você trata o Bo. — Aquele cachorro dorme na cama comigo, menina! — Se eu ficar com Lothaire, teria que viver dentro de uma montanha! Finalmente, Mama franzira o cenho. — Como em uma toca ou algo assim? — Um castelo. Mas isso não é o ponto... Agora Ephraim murmurava. — Eu estive repassando toda essa interferência, mas ela tem opinião formada sobre esse vampiro dela. Mama entrou de um vez, as sobrancelhas se juntando ante a visão de Lothaire dormindo. — Apenas olhe para ele, — ela sussurrou. — Eu nunca vou me acostumar com essa rosto. Ellie quase disse. — Espere até ser alvo de seus olhos. — Ele não é apenas a coisa mais bonita? Como uma estátua de um museu de fantasia.

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Lothaire continuava a se curar, parecendo mais e mais com o impecável anjo caído com quem Ellie estava acostumada. Mama reverificou os cobertores sobre as janelas, andando com uma expressão de aprovação pela sala, organizando alguns dos balões fique-bem e ursinhos de pelúcia, que continuavam a ser entregues. Finalmente, ela se sentou ao lado da cama. — Um homem tão belo quer que o meu bebê seja sua rainha. — Ela suspirou. — Rainha Elizabeth. Você vai viver para sempre em um castelo, e poderá voar ao redor do mundo como uma fada. — Ellie não a corrigiu. — E você vai ser rica e adorada por ele. — Mama, novamente, nós não sabemos por que ele voltou. Ele pode apenas precisar de um herdeiro ou algo assim. Quem sabe? — Por que outra razão esse anjo salvaria todos os nossos homens? — Ele nunca disse que voltou por mim. — A menos que tenha dito em russo. Ela lembrou da emoção naquelas palavras, que pareceram como uma promessa... — É melhor você esperar que sim, — Mama resmungou com raiva. — Eu só estou dizendo que é conhecido por ser mal. E não tenho ideia do que ele está tramando. — Não nós não somos exatamente santos por aqui, Senhorita Telhado de Vidro. Pelo amor de Deus, Ellie, quando você ficou tão crítica? Minha mãe está desapontada comigo por não fazer meu casamento vampiresco funcionar. Apesar dela nunca ter trocado uma palavra com Lothaire, ela já instruíra Josh a chamá-lo de tio Leo. Ephraim balançou a cabeça. — Não vai poder mais viver com sua mama agora. Você sabe disso, né? — Sim. — Então eu realmente espero que Lothaire tenha vindo aqui pelas razões certas...

—Eu estou no trailer, não é? — Lothaire resmungou quando despertou na cama de Elizabeth. Ele acabara de acordar com seu doce aroma no travesseiro, quando o odor de alguma lazarenta fritura desagradável na cozinha o oprimiu. Agora, ele olhava ao seu redor. Paredes de vinil e lençóis puídos, bizarras bonecas de porcelana. Um cão de aparência malévola cochilava sobre seus pés. Ele gostou do cão. Elizabeth cruzou os braços sobre o peito. — Era aqui ou poderia ter deixado você na mina. Quando ele viu os balões e os estufados ursos de melhoras com olhos de botão, quase preferiu a mina. Ela se levantou e bateu na própria coxa, chamando o cão. — Aqui menino, saia de cima dele. A besta rosnou assim que Lothaire disse. — Ele pode ficar.

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Ela se sentou, murmurando. — Vocês dois são perfeitos um para o outro. Ele é seu agora, a propósito. Então ele é nosso. — Por que há horrendos ursinhos estofados com meu nome neles? — Toda a minha família ama você agora. Eles queriam agradecer por salvá-los. Você salvou a todos, sabe disso. — E então você me resgatou. — Salvando sua vida enquanto arriscava a dela própria. Lealdade recompensada na mesma moeda. Mas se ela alguma vez se colocar em perigo novamente... Ela dispensou isto com um aceno. — Em qualquer caso, temos mais caçarolas do que nós, ou melhor, eles poderiam comer em um mês. — E como é que eles explicam o resgate? — Minha família sabe o que somos, mas não contam segredos para forasteiros. Confie em mim. Os outros mineiros acham que você é... o Homem Mariposa. Lothaire revirou os olhos. — Homem Mariposa. Sério, Elizabeth? Sério? Ela encolheu os ombros. — Olha, estou profundamente grata pelo que você fez. Mas por que veio até aqui? — Por você. Eu ganhei o controle de um reino. Volte comigo para Dacia e seja minha rainha. — Sua última palavra sobre o assunto era que eu deveria apodrecer no inferno. A Inesperada Elizabeth não estava caindo em seus braços como ele previra, mesmo depois ter agido tão heroicamente e sido valentemente ferido. Talvez tivesse realmente a perdido. — Lothaire, você me deu seu coração negro e me disse que eu nunca conseguiria colocar minhas garras em outro. — Eu vou dá-lo de novo a você. — Ele alargou as próprias garras sobre o peito, a ponto de perfurá-lo, — Doeu como nada antes... — Não! — Ela se lançou a frente, batendo em sua mão. Forte. — Você acabou de regenerar essa pele. Ele baixou a mão resmungando. — Meu coração não funciona direito sem você, porra. Ela pareceu suavizar ao ouvir isso, mas então perguntou. — Alguma coisa realmente mudou? — Eu aprendi que preciso consultá-la em todas as questões, para que você não me decapite. — Lothaire...— Ela disse em advertência. — Você realmente não me queria, não até que eu fosse vampira. E isso dói. — Quando Saroya foi expulsa naquela noite, senti como se alguém tivesse me injetado com sentimentos por você. Eu a vi claramente pela primeira vez, reconheci você como minha Noiva, sem dúvidas. Antes que você fosse vampira.

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— E se não houvesse anel algum, nenhuma maneira de me transformar? Você poderia aceitar isso? — Nunca. Dor brilhou em sua expressão. — Por quê? — Eu não cortejo minha própria morte, Lizvetta. Você era mortal, poderia perecer tão facilmente. Quando a Noiva de um vampiro morre, ele está acabado, voltar a ser O Morto Ambulante. Isso se ele não saudar o sol. Então, em última instância, eu sou tão forte quanto você. — É por isso que você estava tão ansioso para me transformar? Ele levantou os ombros. —E o sexo é melhor. — Ugh! — Ela jogou as mãos para cima. — Porque é mais seguro. Cada vez que neguei meus instintos, temi que eu mesmo iria ferir você. — Se eu tivesse permanecido humana, você poderia ter sentido o mesmo por mim? — Eu nunca teria reconhecido para mim mesmo tudo o que sentia por você enquanto estivesse tão vulnerável. Mas então, quando foi transformada, você era tão forte...— A voz caindo uma oitava, ele disse, — Você pegou todos os meus desejos e me deixou fraco. Quando ela mordiscou o lábio inferior com uma de suas pequenas presas, os pensamentos dele se apagaram por um momento. — Tudo o que você sentia por mim? — Vamos, vamos lá, Noiva. Você é extremamente inteligente. Deve saber que estou apaixonado por você. Agora, vai voltar comigo? Parecendo se fortalecer contra ele, disse. — Mas você disse que não éramos iguais. Que realmente não concorda com a minha ideia de amor. — Você riscou no seu primeiro dia como vampira. Você me derrubou com uma espada. A maior parte do Lore viverá com medo de você. A sua lealdade à família nunca vacilou, não importava o quanto eu lhe oferecesse, ou quanta pressão colocasse em você. Tem muito a me ensinar, Elizabeth. Quando permaneceu incerta, ele disse. — Eu entendo o quão importante a sua família é para você, porque me lembrei do quão importante a minha mãe foi para mim. Nesses longos milênios, eu odiei Serghei por tirar minha família, agora eu percebi que tentei fazer o mesmo com você. — E se tivermos outra separação? Você vai se recusar a falar comigo? Eu ansiava por pedir desculpa por tê-lo ferido, até que me enviou aquele pacote horrível! — E você me mostrou o dedo em troca. O que agora posso admitir que foi tumultuoso. — Especialmente desde que crescera de novo. — Você não respondeu minha pergunta. Não tem ainda suas habilidades de relacionamento exatamente dominadas. E nós vamos brigar no futuro.

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— Como eu disse, você está me ensinando. Além disso, você vai ter as minhas memórias e vai saber como realmente me sinto. Tudo que tem que fazer é beber de mim toda noite. — Ele olhou para sua boca, para as presas se preparando pelo simples pensamento. — Você sente falta do meu sangue, admita. — Não! — Ela engasgou, apertando os lábios. Com a voz ficando rouca, ele disse. — Então por que essas presas sensuais estão tão afiadas? — Erguendo o olhar para seus olhos escurecidos, ele raspou. — Deuses, eu vou fazer coisas depravadas com você quando voltarmos ao nosso castelo. Ela engoliu em seco. — Eu-eu não concordei em ir com você. — Então me diga onde eu posso fazer essas coisas com a minha Noiva. Se permanecermos aqui, vamos quebrar essa cama frágil, possivelmente todo este transporte. O queixo levantado, ela disse. — Você precisa se desculpar por como me tratou. Ela está oscilando. Ele conferiu com um olhar de vitória, dizendo honestamente. — Eu sinto muito, Elizabeth. Tentei voltar no tempo com o anel, com a intenção de tratá-la como uma rainha desde o nosso primeiro encontro. — Então franziu a testa. — Você tem sempre que me dizer quando preciso pedir desculpas. — Só até você pegar o jeito! — Ah, você está concordando, não é? Então vamos partir. — Ele se sentou, ficando imóvel. — Eu estou usando um camisa regata, Lizvetta? — Ele ficou boquiaberto olhando para baixo. — Oh, fale sério! — Acho que agora não é um bom momento para lhe dar o seu chapéu da Skoal49? — Sua retaliação é impronunciável. Só por isso, você deve me perdoar pelo meu tratamento com você. — Ainda prepotente? — Eu literalmente arrisquei meu pescoço agora para dizer isto na sua frente. Ele viu os lábios dela tremer, mas ela educou sua expressão. — Eu disse a Nïx que iria para o túmulo de novo se isso fosse fazer você me amar. Eu fui para o túmulo naquela mina, portanto... — Você está tentando me fazer sentir culpada para que possa me manipular? Ele piscou. — Claro. Agora, diga que você me ama. — Eu o amo, Lothaire. Por alguma razão, eu realmente amo você. E vou dar uma chance a isto. — ela disse. — Se você ficar aqui comigo.

49 Marca de tabaco.

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Ellie já formara sua opinião de que iria tentar viver no castelo de Lothaire e ser uma rainha dos vampiros e tudo o mais, mas esta era uma oportunidade engraçada demais para deixar passar. Lothaire engoliu em seco, o olhar cintilando ao longo dos Beanie Babies50 no peitoril da janela e os animais de pelúcia. — Você poderia gostar daqui, Lothaire, eu apenas sei! Com uma expressão de dor, ele disse. — Aqueles bichinhos de pelúcia me horrorizam e me repelem. — Ele estremeceu. — E a aura de emoção neste lugar é inescapável. Você não... você não pode querer viver aqui. Não em vez de um castelo com servos a esperar para atender a todas as suas necessidades? — Claro que posso! E então você não precisaria de todas aquelas suas roupas extravagantes. Ele se contorceu. — Eu não acho que possa viver aqui. Eu realmente não acho, Elizabeth. E porque ela estava tão em sintonia com ele, podia sentir algo semelhante a pânico dentro dele. — Não quer nem mesmo dar uma chance? — Na verdade, nem mesmo posso ficar aqui por muito mais tempo. Ela deu um tapinha na mão dele. — Eu sei, bebê, eu sei. — Se você sabe que eu não posso ficar aqui, e você não vai vir comigo...— Seus olhos se avermelharam ameaçadoramente. — Você acredita que vamos viver separados? Eu tentei isso; E detestei! Então ele fez um claro esforço para se acalmar. Abriu a boca para dizer alguma coisa, pensou melhor. Finalmente, ele ralou. — Eu estou comprando esta montanha e as adjacentes para você. Uma respiração a deixou. — Lothaire, eu nem sei o que dizer. — Volte comigo ao nosso reino, e vou construir uma mansão aqui para sua mãe. — Com um grande esforço, ele disse. — Nós poderíamos visitá-los, mesmo que raramente. Ela se inclinou para baixo até que seus rostos estavam a centímetros de distância. — Nós vamos visitá-los todos os fins de semana, feriados e na NASCAR51, vampiro. — Ela apertou os lábios contra os dele, suspirando pela justiça disto, na certeza de que sua vida era com ele. Oh, Lothaire, você não vai nem saber o que o atingiu... Entre beijos, ele disse. — Se você concordar com apenas domingos e feriados, vou comprar casas para todos os seus irmãos. — Contra seus lábios disse. — E você sabe que eu e NASCAR é forçar a barra, Noiva

50 Marca de bicinhos de pelúcia. 51 National Association for Stock Car Auto Racing. Modalidade de corrida de automóveis esportivos. Tem circuito mundial

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Epílogo Algum tempo mais tarde... — Nós riamos as suas costas. — Stelian disse a Lothaire em um tom confuso, — nos divertindo pela forma como uma fêmea tão jovem esta governando você. — A expressão dele estava atordoada. Lothaire conhecia aquele olhar, o usou muitas vezes ele mesmo. — Mas você não entendeu nada do que ela falava? — Ele disse, olhando para Elizabeth do outro lado do recanto de seus aposentos no castelo. Ela se sentava diante de uma lareira, rindo com Bruxa e Kosmina, o cão real a seus pés. — Correto. — Stelian bebeu um gole profundo de um drink de hidromel e sangue. — Como é que ela acabou de me fazer concordar com a visita de Natal da família dela? Em um tom, tanto pesaroso quanto cheio de orgulho, ele disse. — Você nunca vê minha rainha chegando até que seja tarde demais. — Ainda esta noite, Elizabeth de alguma maneira fizera Lothaire concordar em levar Joshua e oito de seus primos para pedir doces no halloween. Mas, realmente. O quão difícil isto poderia ser? Embora não devesse ter surpreendido ninguém, o garoto mortal venerava Lothaire. Estou adquirindo parentes como gatos metaformos não castrados. Elizabeth captou seu olhar, lançando-lhe aquele sorriso que remexia a mente dele. Envolta em joias que ele carinhosamente lhe concedia, irradiava seu contentamento. Ela não teve problemas em se adaptar a este modo estranho de vida, levando tudo na esportiva. A cada incursão na nova realidade deles, ela prontamente pegava mais da linguagem e costumes dos seus súditos. E lhes ensinou alguns dos seus. Os reservados Daci... a adoravam, a encontraram revigorante. Como previsto. Depois de pedir licença, Elizabeth riscou para se sentar ao lado dele no sofá. O cão deles, que ele se recusou a chamar de Bo Junior, resmungou indignado, ainda ficando perplexo sempre que alguém riscava. Quando Lothaire pegou sua mão na dele, pressionando um beijo carinhoso nas costas, Stelian se dispensou com um olhar cauteloso a Elizabeth. — Todo mundo está se dando muito melhor, você não acha? — ela perguntou. Ela há muito tempo sonhara suas memórias de Dacia, e depois de analisar as relações de Lothaire com a realeza, começou a “salvá-las”. Agora que Elizabeth era a rainha, parte do gelo entre eles estava de fato se descongelando. Após séculos de conflitos, começaram a se reunir em torno da lareira do recanto. Ainda assim, ele disse. — Eu admitiria, se achasse isso?

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— Discuso-Lothaire? — Ela levantou uma sobrancelha. — Bem, acho que tudo está indo muito bem. Após se reunir com Viktor, ela disse ao general. — Você é o feroz de quem Lothaire se gabava! Não admira que ele o escolhesse para ser chefe da minha guarda. Quando ele está longe, não iria me confiar a mais ninguém. — O peito do soldado se inchara. Para Mirceo, ela disse. — Você poderia perguntar a Balery para ver por quanto tempo vai esperar por sua Noiva. Contagem regressiva às vezes ajuda. — Conselhos de uma rainha sábia que tivera duras experiências de vida em fazer contagens regressivas. Ela disse a Trehan. — Se eu posso viver com Lothaire, então tudo é possível com sua Noiva. Você não pode dar ao seu relacionamento só mais uma tentativa? Com Kosmina, encontrou pouco a fazer, admitindo para Lothaire. — Eu nem sei por onde começar. Ela pode realmente precisar de uma reinicialização completa...— Olá, Louisiana. Elizabeth acreditava que todos estavam se unindo como uma família ou alguma coisa assim, e que a razão pela qual ele se sentia desconfortável ao redor deles era por temer que começasse a se importar com eles. Ele zombou, pronto para lhe assegurar que odiava sua família e não os queria por perto, mas não fora capaz de pronunciar as palavras. Então, por agora, eles invadiam seu espaço pessoal, Dacianos inundando-os. Apesar disso, ele estava feliz mais uma vez. Quando olhou para sua primorosa Noiva, pensou, Mas eu guardo minha chave zelosamente. Rainha Elizavetta Daciano era seu Fim de Jogo, sempre fora. Ivana a Corajosa teria feito uma reverência a ela? Sim. Mas, no fundo, ele sabia que isto não importava mais. Cada noite, quando Elizabeth bebia dele, o vínculo inquebrável deles apenas se fortalecia, da parte dele, sua mente continuava a se manter estável. Ele nunca seria completamente são, não havia chance disso, mas desde que ela o aceitasse, ele poderia se virar. Sempre que ela dormia, sonhava com as ações dele do dia anterior. Se ele saísse em negócios reais oficiais, ela lhe daria uma beijo de despedida com o pedido. — Não faça qualquer coisa que eu me arrependerei de sonhar, Leo. Apenas duas tarefas urgentes permaneciam. Ele precisava pagar Nïx, e precisava cumprir a promessa a sua mãe de governar de Horda. Ele decidiu, com a ajuda de um golpe atordoante, auxiliar na busca da adivinha por Furie. Embora não necessariamente quisesse que Phenïx fosse sua alegre companheira mais uma vez, não gostava de estar em dívida com ninguém. E quando ele pensava sobre o quanto amava Elizabeth e como inconcebivelmente certo parecia tê-la ao seu lado, reconhecia que estava seriamente, gravemente, em dívida com Nïx.

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Agora, se ele apenas pudesse encontrar a adivinha para lhe dizer; quando ele riscou de Dacia para salvar Elizabeth, a Valquíria desaparecera. Ninguém no Lore conseguia localizar Nïx, a Que Sempre Sabe... Quanto ao seu voto final a Ivana, Lothaire estava dividido. Elizabeth apontara: — Ivana queria que você governasse a Horda enquanto Serghei governava o Daci, unindo os dois reinos, certo? O que ela teria dito, se soubesse que você tomaria o lugar de Serghei como rei? Bom ponto. No entanto, então Elizabeth adicionara. — Claro que, se a coroa apenas estiver lá para ser tomada, eu sei que meu garoto está a altura do trabalho... A fim de evitar um conflito em larga escala, Trehan ofereceu seus assassinos para eliminar os outros dois outros concorrentes: Kristoff, o Caminhante de Túmulos, e Emmaline, a Improvável, a filha mestiça da Valquíria Helen e do tio de Lothaire, Fyodor, também conhecido como Rei Demestrius. Embora tanto Kristoff quanto Emmaline fossem legítimos, nenhum deles venerava a Sede. Lothaire colocara Trehan em espera, mas o deixara preparado. Com esse pensamento em mente, ele dizia a Elizabeth agora. — Eu vou ver um dos candidatos ao trono da Horda esta noite. — Você precisa? — Eu preciso confrontar Kristoff, aquele otário, para fazer com que a recompensa por sua cabeça seja revogada. Ela sorriu. — Além disso, você só quer ver o olhar no rosto dele quando se revelar. — É isto. — Me conhece tão bem. — Você vai ficar aqui? — Desta vez, sim. — Muito bem, — ele disse, mascarando sua excitação, porque pretendia fazer uma captura esta noite. Qual era a vantagem de ter o seu próprio calabouço, a menos que ele fosse utilizado? Elizabeth iria descobrir o golpe. Realmente apenas um insignificante, provavelmente nem mesmo um assassinato, em seu próximo conjunto de sonhos? Os lábios dele se curvaram. É claro. Assim, ele armazenou uma mensagem só para ela: Admita, amor, você gosta quando eu sou um pouco malvado... Ela olhou para ele. — Só não se esqueça do nosso novo lema, Leo. Nós sempre podemos matá-los mais tarde, mas não podemos trazê-los de volta. — Minha Noiva sábia e inteligente. — Ele envolveu sua nuca, puxando-a mais perto. — Você é tudo, — ele disse simplesmente. Com um suspiro satisfeito, ela pressionou sua boca contra a dele, dando-lhe um beijo que quase a fez pousar de costas na cama deles. De alguma forma ele se separou, murmurando em seu ouvido.

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— Quando eu voltar, esteja vestindo seda vermelha. Sua íris brilhou negra, seu olhar ardente. — Eu vou garantir que você fique... satisfeito. — Garota atrevida, — ele brincou levemente, mesmo enquanto seu corpo se apertava com desejo. Deve fazer isso rápido...

Lothaire se teletransportou para Monte Oblak, o assento Forbearer, e desembainhou sua espada. Meio-riscando nas câmaras do Caminhante de Túmulos, quase invisível, ele encontrou Kristoff olhando pela janela aberta, os cabelos cor de areia soprando ao vento. Os olhos azuis escuros do macho estavam limpos da sede de sangue, mas ele parecia preocupado, enquanto olhava para a noite. Sonhando com sua futura Noiva? Com o pai que nunca conheceria? Lothaire se lembrou de olhar para Kristoff quando bebê. Todos aqueles séculos atrás, Lothaire pairou sobre o berço dele, empenhados em matar o verdadeiro herdeiro de Stefanovich... até que o bebê de cabelos louros estendera a mão e agarrara seu dedo. Como se em reconhecimento. Se Kristoff fizesse um movimento errado nesta noite, Lothaire solucionaria suas misericórdias anteriores. Movendo-se como uma sombra, silencioso como a morte, Lothaire colocou sua espada contra o pescoço de Kristoff. — Olá, irmão...

Fim

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