Sherri l king luxuria da lua 03 a época do cio

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Luxúria da Lua – 03

Época do Cio

A época do cio Mating Season

Sherri L. King 3º da série LUXÚRIA DA LUA

Tradução: Gisa Revisão/Formatação: Joelma Revisão Final: Luna PROJETO REVISORAS TRADUÇÕES

Ash Darkwood chegou aos montes Urais na Rússia onde uma surpresa inesperada o aguardava, sua companheira, uma mulher feroz e orgulhosa que se negaria a ele até seu último suspiro. Quando se reúnem durante a caçada da lua cheia, sua união se inflama em uma fúria de paixão e sentem desejos que nenhum dos dois pode resistir. É lua cheia. Este é o momento de se emparelharem... A época do cio. 2


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Época do Cio

Prólogo — Bom. Está preparado para obter seu primeiro vislumbre de uma manada estrangeira? Ash Darkwood olhou indolentemente para seu primo e companheiro de manada Adrian. — Para que é que terei que me preparar? Não podem ser muito diferentes de nós. — OH, mas poderia se surpreender de quão diferentes de nós são algumas dessas manadas. A tribo Skawmaka no Canadá, por exemplo, não se transformam na lua cheia e sim na nova. E caminham sobre duas pernas, não quatro, quando têm a forma lupina. — Mas essa é a tribo Skawmaka, não a russa. Na verdade, como os chamou em seu relatório? — Manada Wawkalak. Bastante bom, não é mesmo? —Os olhos escuros de Adrian dançaram comicamente. Ash riu. — Manada homem-lobo? Está se divertindo muito com tudo isto, Adrian. O que seu pai diria se soubesse que o herdeiro-alfa de nossa manada se comporta de maneira tão frívola quanto um menino de escola, voando a centenas de quilômetros, inclusive mais, de suas terras nativas, como costuma fazer? Adrian franziu o cenho ao recordar de seu estóico pai. — Provavelmente desaprovaria. E foi por isso que, com o passar dos anos, aprendi a não mencionar a ele minhas aventuras. É melhor ter cuidado onde pisa. Os olhos de Adrian brilharam repentinamente de um modo que fez Ash recordar do por que Adrian possuía uma hierarquia maior que a dele na manada. Soube, de forma instintiva, que não seria nada bom para ele contar ao pai de Adrian qualquer assunto que implicasse as já citadas façanhas de seu filho. — Acalme-se. Não tenho intenção de brincar de gato e rato com seu pai. Se ele tivesse idéia de que estou contigo agora me proibiria de abandonar o povoado até que fosse um ancião. — Por certo foi uma brilhante idéia, dizer ao meu pai que ia sair para procurar sua consorte. — Adrian riu. — Ainda é tão escorregadio quanto era em nossa juventude. 3


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Cio — Tinha que pensar em algo, alguma razão para escapar. O povoado se tornou realmente aborrecido durante os anos em que esteve fora. Não me meti em nenhum problema grave desde o verão que nos deixou. Recorda-o? Agarraram-nos incomodando à manada de beefalos1 do senhor Rendall. Nunca vi os anciões tão loucos! Os dois homens riram juntos ao recordar, enquanto suas cabeleiras negras lisas brilhavam ao sol da tarde. Esperavam Nikolai Tamits, o líder alfa da tribo russa Wawkalak, para que os recolhesse e os escoltasse até seu povoado, que foi construído nos recônditos das montanhas. De repente Adrian ficou sério. — Oxalá papai tentasse entender por que faço o que faço. Mamãe entende e ela é metade humana, assim por que ele não pode? — Seu pai entende o porquê. Só odeia que tenha que ser assim. O que está fazendo é nobre e valente. Está preservando nossas espécies através de sua busca e exploração destas terras estranhas. Está orgulhoso de você. Simplesmente não gosta das mudanças. — E essa é a razão pela qual estamos nestas dificuldades. Nossa raça, em geral, odeia mudanças. Odiamos transpassar as fronteiras, aprender sobre o mundo além de nossas famílias e povoados. Por culpa disso estamos perdendo o controle sobre nossas terras e há um grande número de nós morrendo sem descendência. Não acredito que nossas raças foram feitas para se emparelharem só entre nós. E acredito que é por isso que tantos de nós permanecem sem par. — Só é um homem, Adrian. Não pode mudar o curso de nossa evolução sem ajuda. Fez muito para reencontrá-lo, certo, e isso é uma grande coisa. Mas um dia terá que voltar para casa e ocupar seu lugar como líder da manada. Não pode fugir de seu destino para sempre. — Simplesmente ainda não estou preparado para isso. — Nunca estará. — bufou Ash. — Ainda estou procurando algo. —Adrian defendeu a si mesmo com um sorriso fácil, embora seus olhos fossem tudo menos alegres. — Refere-se a uma companheira, onde quer que esta se encontre? Bom, não é nenhuma das que estão aqui. —Os dois riram, mas foi uma risada sem humor na leve brisa primaveril. — Nenhuma das que estão aqui, com certeza. 1

Beefalo – um híbrido que é resultado de uma mistura de búfalo americano, ou o bisão, e gado de engorda e é tipicamente 3/8 Búfalo e 5/8 bovino.

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Capítulo 1 Lua cheia — Seus filhos são bonitos de verdade, Bri. Selvagens e bonitos. Ash olhou para Alexi de quatro anos de idade, um garotinho precoce com selvagens cachos de cabelo negros em cima de sua cabeça e olhos tão verdes e resplandecentes quanto os de seu pai. Alexi estava grunhindo e mordendo a perna de Ash, brincando de lobo, sua brincadeira favorita ultimamente segundo seu pai, Ivan. — Podem ser um aporrinho, isso eu garanto. — Brianna respondeu enquanto encurralava a menor de seus três filhos, Sylva de onze meses de idade, que engatinhava loucamente sobre a terra se esforçado para escapar de sua mãe. Brianna já estava grávida de seu quarto filho, testemunho do profundo amor e paixão que ela e seu marido compartilhavam. Ash olhou ao redor dele, à reunião dos homens lobos. Esta noite era noite de lua cheia e ali, no lugar apropriado, todos se reuniriam e se regozijariam com a mudança, na transformação de bípedes a quadrúpedes, de humanóides a lobos. Ele nunca tinha presenciado a transformação de ninguém fora de sua própria família, uma tribo de nômades nativos dos bosques chuvosos do estado de Washington. A tribo Lukoiwai. Esta seria sua primeira caçada com outras pessoas que não fossem seus amados parentes. Justo então uma pequena mulher atraiu sua atenção. Ela era de certa forma diferente dos outros que a rodeavam. De constituição pequena, de ossos mais delicados. Parecia bastante jovem, talvez nos últimos anos da adolescência, mas a idade freqüentemente era difícil de perceber entre os membros de uma matilha que trocava de forma. Ash não pôde resistir ao impulso de farejá-la no vento. Achou-a naturalmente doce e agreste, seu perfume preferido. Ele se aproximou da multidão, deixando para trás Brianna com suas crianças. Sentiu uma grande necessidade de se aproximar daquela pequena mulher. Havia algo que o atraía. A escuridão caia, mas não era um impedimento para a visão 5


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Cio noturna de seus olhos. Podia ver claramente sua presa enquanto se aproximava. Estava detrás dela agora, espreitando-a, embora tentasse fingir que não era algo tão sério quanto isso. OH, mas era. E estava se tornando mais sério a cada inalação. Ele a farejou outra vez, levando-a bem para dentro de seus pulmões. A mulher se virou, tirando-o do transe em que se encontrava. Seus olhos eram violetas! Uma matiz eletrizante, resplandecentes e que mudavam de cor de acordo com o reflexo da luz, o que o deixou com a sensação de ter recebido um pontapé no estômago. Seus olhos resplandeceram na escuridão sob seus longos cílios. Foi difícil deixar de olhar, mas ele conseguiu depois de muito esforço. Foi então que a viu por completo. Ela era pequena com certeza, como ele pensou originalmente. Agora que parou próximo a ela podia perceber de maneira evidente que de pé era menor que seu próprio metro e noventa e dois centímetros de altura. Foi esta altura possivelmente, o que primeiro o levou a concluir que ela era ainda uma menina de pouca idade, mas sua forma de mulher testemunhava que na verdade era tudo exceto uma menina. Seus seios eram cheios, voluptuosos para sua leve constituição. Sua cintura era diminuta, não mais que a envergadura de uma mão, seus quadris cheios e chamativos o suficiente para dar a ela a forma clássica do relógio de areia. Sua pele estava coberta de orvalho e fresca, seus lábios um delicado arco de cupido. Seu nariz era diminuto sobre seu rosto oval, seus olhos oblíquos e grandes sob sobrancelhas elegantes. Parecia um anjo de Botticelli de carne e osso. Seus cabelos estavam presos sob um chapéu de lince siberiano. Seus dedos coçavam para libertá-los de seu confinamento, e realmente teve que refrear a si mesmo de mover-se para diante e fazê-lo. À mulher pareceu sentir seu impulso e arqueou uma sobrancelha arrogante, como se o desafiasse a tentar. A lua estava no alto. A mulher virou as costas para ele, claramente o despachando inteiramente de sua vista, o que quase enlouqueceu Ash. Mas era muito tarde para ceder aos seus impulsos, os quais eram agarrar à mulher e levá-la à força para as sombras do bosque. De repente se escutou um grande uivo da manada reunida, quando cada um deles começou sua transformação sob a luz da lua. Ash, sendo de uma família diferente, não estava sincronizado com os outros. Teve tempo suficiente para olhar através da multidão de lobos e ver seu 6


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Cio primo, Adrian, recostado contra um edifício pequeno com Brianna e suas crianças. Ash se perguntava se seu primo participaria da caçada do grupo. Adrian era um macho alfa, e sua tribo dava a ele o poder de negar sua mudança se ele assim escolhesse. Com certeza era poderoso o suficiente para evitar a transformação por várias luas. Quando era jovem, Ash zombou dele sem piedade a respeito disso. Adrian não começou a se transformar com a lua até que completou quinze anos, vários anos depois que a maioria. Ele teve um amadurecimento tardio. Mas era o varão mais forte que seu grupo se recordava, com amadurecimento tardio ou não. Agora demandava o respeito e a devoção de todos seus irmãos. Adrian quisesse isso ou não. Os melancólicos pensamentos de Ash foram interrompidos quando sua carne ondeou deliciosamente. Ele gemeu com o prazer de sua transformação iminente. A lustrosa pelagem negra surgiu por seu corpo todo. Rapidamente se desfez das roupas e voluntária e prazerosamente, deixou à natureza tomar seu próprio curso. Em questão de segundos estava apoiado em quatro patas acolchoadas, sua pele negra e grossa encheu sua forma de lobo. Sentiu-se cheio e avultado com a luxúria que a lua animava. Contemplou a lua e uivou. Dúzias de outras vozes lupinas se uniram a sua exaltação, suas chamadas ecoaram em suas orelhas sensíveis. Flexionou seus novos músculos e esperou o sinal do grande macho alfa que se ergueu com sua consorte à cabeça da manada. Uma inundação de poder se propagou sobre o grupo, o poder do alfa Bodark. Assim o sinal foi dado e recebido. Como um só a manada começou a se movimentar, estendendo-se uma vez que alcançaram o refúgio do interior do bosque, para caçar sua presa na noite iluminada pela lua. O rastro de um cervo resplandeceu como um farol ante os olhos sobrenaturais de Ash e ele seguiu imediatamente, a pista do enorme animal. Farejou o ar, usando todo seu instinto para rastreá-lo. Um perfume indefinido apanhou os sentidos de Ash. Doce e insinuante, despertando um grau de febre e ele se separou de uma presa e começou a caçar outra. A fêmea. Ela estava no cio! Fértil, madura e preparada para o emparelhamento. Ela estava adiante. Não longe de tudo, realmente, embora ela 7


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Cio estivesse correndo através do bosque sobre suas quatro graciosas patas. Sua pele prateada brilhou como uma estrela à luz da lua, brilhante e lustrosa apesar das escuras sombras. Ele a perseguiu, ofegante e ansioso por capturá-la e cobri-la, seu coração explodia de necessidade e desejo. Ela apanhou seu perfume e agora estava em uma vigorosa corrida para o topo para escapar dele. Ash podia cheirar sua excitação nervosa e isso o estimulou como nada mais podia fazê-lo. Correram através do bosque, subindo a saltos e pulos sobre troncos caídos e samambaias da tundra, serpenteando através do poderoso e velho bosque em crescimento como cachorrinhos jogando. Mas este não era um jogo fácil entre eles, isso era de longe algo muito sério para ser subestimado. Eles estavam jogando ao mais importante jogo entre um macho e uma fêmea lobo. A união. A fêmea era teimosa, negando sua atração por Ash, mas ele não faria caso disso. Mostraria a ela, provaria a ela sua mestria sexual, que eles eram consortes eternos. Destinados desde o nascimento a se conhecerem e amarem um ao outro, como não poderiam fazê-lo com outros. Por fim Ash encurralou à fêmea prateada contra um afloramento na parede de rochas. A fêmea expressou com um grunhido seu desgosto e tentou lança-se mais à frente. Ash era maior e mais forte que ela e imediatamente se moveu para provar isso a ela, dobrando-a tão facilmente que ela emitiu um agudo uivo e retrocedeu de seu amalucado arremesso. Ash se inclinou e brandamente enjaulou seu focinho entre seus dentes afiados, com cuidado para não feri-la, com o único propósito de dominá-la. A fêmea grunhiu, impulsionou-se para trás, e tomada por uma resolução cega, cortou o nariz em seus afiados incisivos. Ela ficou livre. Sem perder tempo, afastou-se correndo para dentro do bosque para ocultar-se. Mas Ash era tão teimoso quanto ela e, além disso, um bom rastreador. Rapidamente apanhou seu perfume e em poucos minutos estava atrás de seu rastro outra vez. O tempo passou sem que eles notassem, até que a hora da meia-noite veio e se foi e ainda corriam velozmente através do bosque. Mas por fim Ash a agarrou. Derrubou-se sobre ela em cima do chão do bosque, dobrando-a com uma vigorosa dentada em seu ombro. A fêmea grunhiu e tentou escapar desesperadamente, mas Ash não permitiu isso. Ele podia cheirar sua excitação, embora ela negasse 8


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Cio com sua amostra de desafio. Ele sabia que ela queria o emparelhamento tanto quanto ele. E ele estava louco de necessidade por ela. Cobriu-a, sujeitando-a firmemente no chão debaixo dele. Seu sexo ardeu e pulsou enquanto ele se apertava contra a entrada de seu corpo. Ela era fogo líquido, preparada para sua posse. Seu corpo doía pela perseguição e de excitação e ele tremeu. No fim das contas estavam unidos, acomodados juntos tão apertadamente, tão profundamente, que não se sabia onde começava ou terminava o corpo do macho e o da fêmea. A cabeça de seu pênis inchou em uma volumosa proporção dentro de seu calor acolhedor, travando-os simultaneamente, e a fêmea deixou escapar um som gutural de prazer e paixão. Os quadris de Ash se sacudiram contra ela e embora não fosse ele mesmo em sua forma de lobo, tinha suficiente engenho para fazer que seus movimentos fossem ternos e cheios de cuidados. Esta era sua consorte! Ele se regozijou com o descobrimento. Seu espírito, homem e lobo ao mesmo tempo, cantaram sua felicidade. A fêmea parecia estar em similar estado de êxtase, e levantou seus quadris contra ele, apresentando a si mesma completamente para o emparelhamento. O movimento foi sua destruição; ele sentiu sua liberação se aproximar alguns meros segundos antes que se derramasse dentro dela. Encheu-a de sua essência até que transbordou para fora e ainda por cima de seus corpos unidos. Seus uivos de consumação ecoaram na noite.

Capítulo 2 Ash, gemeu quando golpearam seu pé não muito amigavelmente. A luz do sol da manhã caía diretamente nele como uma faca sobre seu cérebro o fazendo entortar os olhos, o atormentando. — Uma noite selvagem? Ash franzido o cenho para o travesso sorriso de Adrian. — Ninguém deveria estar tão alegre como você de manhã. — Não posso ajudar você nisso. Parece mentira, foi divertidíssimo que utilizasse aquela sarça para esconder suas vergonhas sem ter um pedacinho de roupa. —riu Adrian. 9


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Cio — Já deveria saber, que não tenho nem um pingo de vergonha. — Ah, sim, tem razão. Mas, como foi? — Como foi o quê? —A voz de Ash ocultava a crescente irritação que sentia por seu sorridente primo. Levanto-se com um gemido, parecia que tinha dormido sobre um montão de rochas, e aceitou o comprido abrigo que Adrian sustentava ante ele. — Independentemente do que causou as manchas de sêmen que você tem por toda parte em seu sexo e coxas. Ash olhou para baixo e ruborizou, realmente ruborizou, antes que se apressasse a cobrir sua nudez. Adrian gargalhou, dando batidinhas em suas costas. — Deve ser o ar fresco, limpo e saudável da montanha. —Adrian se sufocou e se dobrou rindo ante sua ocorrência. — Cale-se. — Vem. Precisa quebrar rapidamente o jejum se quer ter forças suficientes para encarar a sua voluntariosa companheira esta manhã. — Minha companheira. —Ele respirou abruptamente, recordando — Onde ela está? —Ash não se incomodou de fingir que não sabia do que Adrian estava falando. O que ganharia com isso? Adrian sem dúvida poderia cheirar à fêmea impregnada nele de todos os modos. — Lá embaixo no povoado. Voltou antes da alvorada. Recorda de como alardeava em sua juventude de que cresceria para ser um amante tão legendário quanto Dom Juan? Parece que julgou mal seu potencial, evidentemente. —Adrian sucumbiu à risada uma vez mais e Ash disse grunhindo com inapetência. — Ela não ficou para os jogos amorosos matinais. — Quem é ela? Sabe? — Ela é uma das primas de Nikolai. Por isso sei, e acredite em mim já que eu adoro tomar nota de tudo o que posso, Lilia é quase tão cabeça dura quanto Niki. Isto deve vir de família. É independente como o inferno e franca é o que todos dizem, embora seja muito querida apesar disso. Ou devido a isso. Parece ter entre trinta e trinta e quatro anos, embora tenha que dizer que ela parece ter dezesseis anos. Brianna gosta dela e esteve ensinando inglês a ela em troca de lições de russo. Ela é uma caçadora muito produtiva. Esta manhã, sem se alterar por seu lançamento iluminado pela lua. —Adrian riu entre dentes. — Trouxe um veado e três lebres gigantescas, tudo ela sozinha. — Supõe-se que o veado era meu. — resmungou Ash. 10


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Cio — Bem, ah, acredito que posso adivinhar que tinha coisas mais importantes para caçar durante esta última noite. —Adrian deixou de esconder seu sorriso. Alfa ou não alfa, Ash lançou seu braço para Adrian, o derrubando sobre as folhas. Lilia olhou para fora por sua janela, franzindo o cenho ao ver os estrangeiros de cabelos negros andarem pelo povoado. Um deles com certeza era um alfa forte, orgulhoso, feroz e perigoso, entretanto foi o outro que chamou mais fortemente sua atenção. Ele era a razão pela qual suas coxas doíam e se estiravam a cada movimento que fazia. Era a razão pela qual seu corpo ardia recordando da paixão que havia sentido. Ele era a razão pela qual estava grávida. Bastardo. Não perguntou a ela se estava preparada para criar um filho. Não tinha passado o tempo suficiente para que ela pudesse estar completamente segura, mas seus instintos sabiam que seu corpo estava maduro para sua semente como nunca estaria outra vez durante seu ciclo deste mês. Não tinha nenhuma dúvida ante este fato. E ele certamente a fecundou. Lilia tentou não fazer caso do fato de que a experiência foi a mais gloriosa e satisfatória de sua vida. Tentou em troca enfocar a ameaça deste macho estrangeiro a sua estimada independência dos machos de sua matilha. Lilia trabalhou muito para parecer igual aos seus semelhantes os machos. Não queria que nenhum a mimasse ou receber ternura como as outras fêmeas. Queria liberdade e aventura nas regiões selvagens dos bosques de sua terra natal. O modo de ganhar e continuar desta maneira foi para ela mostrar coragem, atrevendo-se durante as caçadas, trabalhando junto com os homens quando eles estavam em seus trabalhos diários dentro do povoado. Suspeitava que os membros de sua matilha já não a viam como uma fêmea, não na realidade, e embora às vezes isto ferisse seu orgulho feminino, alegrava-se disso. Era forte por direito próprio. Não necessitava de um companheiro. É obvio, ela o reconheceu como seu companheiro. No mesmo momento que ele chegou ao povoado com Nikolai e o outro homem de cabelos negros dois dias antes. Havia uma história entre Nikolai e o outro alfa, estava claro para 11


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Cio todos só de vê-los. Eles mostravam camaradagem, os dois, ambos com instinto de supremacia sobre o outro embora claramente parecessem semelhantes em qualquer vitória entre eles. Mas Julia, a companheira de Nikolai, era quem mantinha unida aquela amizade e esta era mais forte que todo o resto. O macho alfa, Adrian, imediatamente se fez respeitar, não devido a seu comportamento, que era freqüentemente despreocupado e feliz, apesar da escuridão que havia em seus olhos, e sim devido a sua força inata e poder. Mas não foi o alfa que deixou Lílian sem fôlego quando os viu. Foi o outro. Ash. Um índio nativo americano, como Brianna, sua querida amiga humana, o chamou. Estava claro para Lilia que estes dois homens lobo eram ainda mais poderosos e mágicos devido à herança mortal que possuíam. Este poder brilhava como um farol em seu companheiro, chamando-a, atraindo-a até que virtualmente tinha ofegado pela necessidade de estar ao seu lado. Por que, OH por que, tinha permitido que ele a tivesse ontem à noite? Ela poderia havê-lo evitado. Disto estava segura. Mas em sua forma selvagem sua mente não era exatamente a melhor e mais clara para pensar. A parte humana de seu cérebro se separou, deixando que o animal em seu interior a dirigisse com seu legado. E seu animal havia caído tão mal a ela. Antes que ela pudesse pensar nas conseqüências de suas ações com o lado humano de seu cérebro, tinha reduzido a marcha em sua última corrida e permitiu que o gigantesco lobo negro a cobrisse. Foi um acoplamento apoiado no instinto, uma loba que reconheceu seu equivalente macho dominante; lógico, na verdade. Lilia gemeu e se virou se afastando da janela. Embora lamentasse admitir, ela era tão culpada do apuro no qual se encontrava quanto Ash. Desejou-o. Em um momento de debilidade tomou todo o prazer que podia... e tinha que reconhecer que foi um prazer sublime. Estremeceu ao recordar como seu companheiro a encheu, estirando-a, balançando-se em seu interior. Seu sexo palpitou pela excitação e seus mamilos endureceram excitados, como dolorosos diamantes. Se só de pensar em como a havia possuído a fazia se sentir dessa maneira, o que aconteceria... mas não, se seus pensamentos continuassem levando-a por esse caminho só conseguiria mais problemas. Seria melhor que se livrasse do varonil Ash agora. Enquanto 12


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Cio pensava em algum modo de evitar um destino que temia que já estivesse selado para sempre. Ash, Adrian, Nikolai e Julia repousavam em uma pequena mesa de café da manhã em que o sol batia, proporcionando uma sensação de bem-estar a eles depois de uma boa refeição, em boa companhia. Ash observava todo o entorno da sala com muito interesse. Assim aquele era o trabalho da artista mundialmente famosa Julia Tamits? Telas que mostravam os vibrantes e apaixonados lobos, paisagens montanhosas e arvoredos, e os retratos humanos adornavam as paredes da sala. E as esculturas! Os olhos sobrenaturais de Ash reconheceram facilmente e com interesse o refinamento dos detalhes e o realismo que sempre serviam para deslumbrar o mundo das artes quando uma nova peça de Tamits era exposta no museu de Nova Iorque ou em uma galeria de Paris. Julia possuía um grande dom e talento, disto não tinha a menor dúvida. E ela também cozinhava como o diabo um filé de veado; a avaliação de seu estômago o recordou. Mal passado, exatamente como um lobo o saborearia melhor. Nikolai era realmente um homem de sorte. E era óbvio que Nikolai era bem consciente de sua boa sorte. Ele estava atento a qualquer necessidade e desejo de sua companheira. Como deveria ser. Julia estava grávida. De gêmeos nem mais nem menos, dois fortes filhotinhos. Adrian tinha advertido ao Ash para que não mencionasse o número ou o sexo dos descendentes... ou o fato de que ambos os machos seriam alfas. Ele queria que fosse uma surpresa para o casal. A tribo Wawkalak2, diferente da sua, não tinha a capacidade de sentir os detalhes de um nascimento antes do tempo. Era estranho, mas Ash, tinha crescido com esta percepção sensorial suplementar e freqüentemente a achava normal, mas ele obedeceria aos desejos de seu alfa. Nikolai e Julia, com efeito, iriam ter uma surpresa dentro de pouco tempo. Nesse momento os olhos prateados do alfa russo, Nikolai, se viraram para ele parecendo aborrecidos. — Tratará Lilia bem. Não esperarei menos. —Advertiu-lhe, puxando a conversa sobre o acoplamento de Ash com franqueza 2

Wawkalak = homem lobo em russo.

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mordaz. Ash se sentou orgulhosamente. — Não poderia fazer menos pelo presente que é minha companheira. Não sou um parvo que abusaria deste presente. Julia gargalhou. — Não sei se pensará que ela é um grande presente no princípio. Ela é obrigada a aceitar sua proteção depois desta noite. Duvido que esperasse encontrar um companheiro. — Bom, terá que acostumar-se à idéia. Planejo levá-la para casa comigo quando retornar. Nikolai grunhiu. — Perguntará a ela primeiro. Ash sentiu que seus cabelos ficavam de pé. Nikolai era um alfa, um forte, mas não era seu alfa, seu líder. E Ash não gostava que o intimidassem. Olhou deliberadamente para Adrian que se negou a olhá-lo nos olhos. Não conseguiria nenhuma ajuda nessa sala. Traidor. Enviou esse pensamento ao primo com repugnância. Adrian pôs os olhos em branco em resposta, mas negou-se a entrar na disputa. Ash se virou para enfrentar Nikolai. — Ela não tem nada a dizer nesse assunto. — Ele pensou em dizer isto? Agora era muito tarde, teria que seguir adiante com sua prepotência. Enquadrou os ombros. — Ela poderá decidir o que quiser. Não a forçará a sair da única casa que conhece. —O punho de Nikolai desceu com força sobre a mesa do café da manhã, dando mais ênfase a sua ordem. Julia acariciou o avultado antebraço de seu companheiro, tentando acalmar seu orgulhoso caráter. — Não importa o que se diga nesta mesa. Nada se pode planejar sem a participação de Lilia de todos os modos, no momento. Deixe que eles resolvam isso sozinhos, Nikolai. —Ela se inclinou e acariciou com seu nariz o pescoço dele. — Lilia pode se cuidar sozinha. E pode com Ash. Deixe-os. Nikolai se abrandou imediatamente, o brilho perigoso em seus olhos prateados se atenuou só um pouco quando a cólera foi substituída pela ternura e o amor. Puxou sua esposa para aproximá-la e olhou para Ash sobre sua dourada cabeça. — Tome cuidado. Ash teve que se perguntar se a advertência era em benefício de 14


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Lilia... ou em seu.

Capítulo 3 Lilia o farejou momentos antes de escutar sua batida na porta. Ele iria embora se ela se recusasse a responder? Deixou passar alguns minutos refletindo sobre a feliz possibilidade. A batida se ouviu de novo, mais enérgica esta vez. Bom, isso respondia a sua pergunta. Supunha-se que tinha que se alegrar, teve a maior parte do dia para se preparar para esse encontro. Sentimentos de temor se estendiam por seu estômago quando foi receber sua visita. O sol do entardecer detrás de sua cabeça, dava aos seus cabelos negros um brilho avermelhado, da cor do sangue fresco. Sua aparência quase a deixou sem respiração. Ele vestia um casaco comprido e preto que o cobria do pescoço até o tornozelo. Seus ombros pareciam fortes e largos sob a roupa. Ela recordava vividamente que não tinha se familiarizado tanto com sua forma humana como com sua forma lupina na noite anterior. Embora tivesse tido total intimidade com o homem não tinha familiaridade real com seu corpo como deveria ter, dadas as circunstâncias atuais. Como gostaria de ter. Descartou o pensamento tão rápido quanto pôde. Ash não a saudou, em vez disso, atravessou a porta sem ter sido convidado a entrar. Lilia retrocedeu instintivamente. Ele avançou sobre ela nos limites de sua sala de estar. Fechou a porta firmemente detrás dele com seu calcanhar. O som do trinco ao se encaixar em seu lugar ecoou como um tiro de canhão no silêncio que havia entre eles. Antes que ela pudesse piscar, Ash a segurou pelos antebraços em um agarre de ferro, virou-a e a empurrou para trás contra a porta. Ele a subiu à altura de seus olhos, assim seus pés penduravam ao menos a uns trinta centímetros do chão e murmurou brandamente em sua cara. — Minha. —E depois a sacudiu. Não a machucou, não obstante a violência reprimida em sua conduta a inquietou. — Diga. — Ordenou ele. Lilia se moveu para trás e grunhiu para ele, não se sentia feliz por sua arrogância. 15


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— Não. — Diga. — Cada palavra foi reforçada com uma sacudida firme. Pegando-o desprevenido, Lilia golpeou sua tíbia com o pé, fazendo que ele se sobressaltasse e afrouxasse sua prisão. Ela se soltou de seu agarre agachando-se e afastando-se dele tentando manter seus movimentos lentos e sentir segurança em si mesma quando o que realmente queria fazer era sair correndo da casa gritando como uma louca. — Não direi tal coisa. —Disse ela sarcasticamente quando estava a uma distância segura do outro lado da sala. — Você não pode negar. É minha. Por que me deixou daquela forma esta manhã? Embora ela soubesse que ele não admitiria, Lilia podia ver claramente a vulnerabilidade em seus olhos quando fez a pergunta. Seu coração se suavizou em uma doce e dolorosa pressa. Mas afastou com força a empatia instintiva que sentiu por seus sentimentos machucados. Não o faria para não dá a ele uma vantagem mais fácil sobre ela. — Eu tinha obrigações para com meu grupo. Minhas presas ajudarão a alimentar o povoado até a próxima lua cheia. Não tive o luxo de dormir tanto quanto você. —Que mentira, ela dormiu toda a noite, aninhou-se com toda segurança contra ele em seu caramanchão amassado. E ela o havia amado. Seu orgulho também pagou o preço por esses momentos com ele. Tinha custado toda a habilidade que possuía caçar a sua presa a tempo antes de sua transformação ao amanhecer. Não revelaria isso a ele tampouco. Tinha a intenção de levar este emparelhamento a sua maneira e mostrar debilidade só implicaria um fracasso para sua independência. — Você me deixou despertar sozinho. — Não costuma despertar sozinho? — Não seja tímida. — Não seja tão idiota. Não devo nada a você. Não pense que só porque me cobriu na noite passada estou agradecida a você. Eu faço o que quero, sigo minhas próprias normas. Tive coisas melhores para fazer esta manhã que me rebaixar a passar mais tempo contigo. — Que boca que tem! Agir como uma cadela faz você se sentir melhor? Faz você se sentir mais forte? Ter mais controle? Lilia lamentou suas palavras apressadas e cortantes e ficou sem 16


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fôlego. — Como se atreve? —Ela se deu conta que tinha falado em russo e se viu obrigada a acalmar seus nervos e a repetir suas palavras em inglês a fim de que o cabeça dura pudesse entendê-las. — Você não me conhece. Como se atreva a fazer hipóteses sobre meu caráter? — Tem razão. —Disse Ash suspirando e passando os dedos por seus cabelos tirando o cordão de couro e ocultando seu rosto sob os compridos e reluzentes cabelos que caíam sobre seu rosto chegando aos seus ombros. Lilia imediatamente invejou os cabelos dele, extremamente consciente de que sua própria cabeleira estava escondida sob o chapéu velho de seu pai como sempre. Ela odiava seu cabelo com paixão. — Sinto muito por minhas palavras, Lilia. Minhas paixões animais me venceram, tenho medo. Podemos começar de novo? Lilia quis lançar-se em seus braços, beijar o inseguro cenho franzido que arruinava sua testa. Teve que fechar seus joelhos contra o impulso, teve que recordar a si mesma que este compromisso com ele não era o que ela queria. Era simplesmente uma luxúria instintiva. Se pudesse de algum jeito opor-se a isso, então talvez pudesse sair vencedora naquela escaramuça. — Sim. Comecemos novamente como você disse. — Meu nome é Ash Darkwood. Sou um Licántropo da tribo Lukoiwai, não muito diferente da sua espécie, Bodark ou Wawkalak, embora tenhamos nossas diferenças. E sou... —ele se calou, parecendo perder as palavras para continuar depois sufocado. — Eu sou seu companheiro. Lilia tentou manter-se longe dele, mas falhou. Por alguma razão que não entendia, necessitava realmente ficar mais perto dele. Era um desejo inegável, primitivo. — Meu nome é Lilia. Não sou uma fêmea submissa na manada e trabalhei duro para ser assim. Não quero ser sua companheira. — Disse ela — Mas sou. Pareceu não haver necessidade de mais palavras entre eles. Em um momento estavam de pé ali, cara a cara como dois guerreiros preparados para começar a batalha, e no momento seguinte estavam um nos braços do outro. Lilia não sabia quem se moveu primeiro, mas de repente se encontrou saltando para ele, abrigando-se em seus braços e com as pernas ao redor dele como uma videira agarrando-se a 17


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Cio sua própria vida. Ela era muito menor que ele. Não era uma luta contra ele, agarrava-se a ele com uma mão enquanto que com a outra tirava o chapéu. Seus cabelos longos e prateados, pareciam uma nuvem de seda sobre eles e Ash ficou sem fôlego. — Como pode me esconder tanta beleza? Ela nunca admitiria ante qualquer pessoa, mas sempre odiou seus cabelos. Começaram a mudar da cor castanha para a prateada quando completou vinte e seis anos de idade e depois disso, os manteve confinados sob o chapéu de seu pai. Ela se sentia mais velha que sua idade quando se olhava no espelho. Mas Ash parecia estar sob seu jugo, enterrou seu rosto nela e inspirou profundamente, grunhindo com um som de pura satisfação masculina. Ash jogou a cabeça para trás. — É demasiadamente bela. —Ele gemeu e pressionou os lábios contra os dela. Lilia não estava segura do que ele quis dizer, seu inglês ainda não era perfeito, mas soube que ele queria lhe dizer com suas palavras um elogio cheio de paixão e de adoração. Sustentou-se com suas pernas apertando a cintura dele e devolveu seu beijo com ansioso abandono. A quente e dura ponta de seus pênis empurrava o berço de suas coxas e ela ficou sem fôlego. Ash, o varão agressivo, usou a oportunidade para lamber com sua língua a separação de seus lábios e mais à frente. Sua língua deslizou ao longo da dela como veludo molhado. Ele tinha sabor de hortelã e de varão e Lilia o engolia com uma fome que surpreendeu a ela mesma. Amamentou-se em sua língua, brandamente e depois bruscamente até que ele gemeu e cravou seus dedos em suas suaves e cheia nádegas. Seus dentes, continuavam afiados pelo atraso de seus ciclos, e não se deram conta até que Lilia provou seu sangue doce e vermelho. Ela grunhiu em sua boca, e apertou os quadris contra sua ereção, cravando os dedos nos músculos de suas costas largas. Ash estava perdido, em meio a uma tormenta de paixão e desejo. Ele queria, não ele precisava estar dentro dela logo que fosse possível. Não poderia esperar muito mais tempo. Seu pênis vibrava e ardia com cada doce e charmosa ondulação de seus quadris contra dele, e sabia que se não tomasse cuidado, derramaria sua semente antes até que tivesse a possibilidade de tirar a calça. Nunca teria imaginado, até em suas mais selvagens fantasias, e tinha algumas; que estaria tão 18


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Cio enamorado por sua companheira tão rápido depois de havê-la encontrado. Lilia apertou sua pélvis contra a dele e Ash teve que se afastar e apertar os dentes contra a urgência de gozar ali. —Acalme-se, mulher. Acalme-se. Lilia puxou seus cabelos bruscamente e deixou escapar um diminuto uivo lupino, como pedindo que a beijasse outra vez. Ash lutou corajosamente para recuperar seu autocontrole, mas a batalha estava terminando rapidamente. Com um grunhido impaciente ele a baixou ao chão a pôs sob seu corpo e apertou seu membro fortemente contra ela. Seu orgasmo se aproximava e ele rapidamente recuou bem a tempo de desabotoar sua calça jeans e descarregar-se em uma pressa acalorada em cima do piso entre suas pernas. Mas ele não tinha acabado. Quando seus estremecimentos de liberação se apaziguaram examinou os profundos olhos violetas de sua companheira e imediatamente ficou duro e palpitante outra vez para ela. — Sinto muito. —Disse ele sussurrando, e com gentileza afastou uma mecha de seus cabelos platinados de seus olhos. — Por quê? —Murmurou ela. — Não tive a intenção de perder o controle assim. —Admitiu timidamente. — Eu adorei. Eu gosto de saber que tenho esse efeito em você. — Isto não quer dizer que com isto se libera. —Ele pressionou seu membro rígido contra ela para dar ênfase. — Esse pensamento não cruzou minha mente. — Bom. —Replicou e se inclinou para beijá-la outra vez. Ele grunhiu. Ela tinha um gosto de melaço doce. Tinha um cheiro excelente, como chantili e canela. Queria comê-la, realmente devorála... não era um mau pensamento. Ele moveu suas mãos para a braguilha de sua calça jeans. Em um minuto, com a ansiosa ajuda dela a liberou dela. Ela não usava calcinha sob seu jeans e Ash ficou assombrado ante a deliciosa vista que apresentava. Agarrou seus tornozelos com as mãos, levantou-a e empurrou para trás assim poderia ver seu sexo mais claramente à luz dourada do sol que entrava através das janelas. Os pêlos entre suas pernas eram suaves e brandos de uma cor castanha como a do chocolate. Gotejava de tão molhada, suas dobras inchadas, reluzentes e rosas sob sua suave pele peluda. Ele aspirou profundamente seu 19


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Cio perfume feminino, embriagador e doce ali entre suas coxas. Quase saltou sobre ela, mas controlou a si mesmo para ir com mais lentidão, embora isso quase o matasse. Ash baixou seus tornozelos com gentileza até que descansaram sobre suas coxas. Inclinou-se sobre ela, consciente de sua abertura, seus olhos violeta seguiam cada movimento dele. Moveu-se para desabotoar sua camisa de flanela, lentamente deixando expostos os globos cheios de seus seios encaixados em um sutiã provocante de renda. Empurrando as dobras da camisa para um lado, tomou seus seios completamente em suas mãos. Ela era perfeita, tal como ele sabia que seria. Manuseou seus peitos sentindo sua suavidade e firmeza com admiração. Não pôde resistir. Baixou a cabeça e beijou primeiro um mamilo deixando-o rígido, depois o outro, através do sutiã cor de marfim. De onde tirou tão bonita peça de lingerie? Ash só podia supor, provavelmente de Bri ou Julia que certamente não deixariam para trás os luxos da Vitória’s Secret até em seu exílio nesse lugar inexplorado na Rússia. Ele silenciosamente agradeceu a intromissão delas ao raspar sua língua sobre o tecido áspero, uma e outra vez. Lilia gemeu e corcoveou embaixo dele, resfolegando com a respiração ofegante e grunhindo quando ele a sugou e lambeu. Tão impaciente quanto ela por sentir as carícias em sua pele nua, ele se jogou para trás, estendeu a mão agitando um par de ferozes garras sem olhar contra a confecção de renda. Por fim seus seios estavam nus para seu penetrante olhar e poderia ter chorado de alegria ante essa visão. Eram completamente belos, perfeitos em todos os aspectos. Seus mamilos eram escuros e rosados em cima dos globos redondos cheios. Eram grandes, perfeitos para amamentar. A boca de Ash começou a babar. Caiu sobre ela e colheu com sua boca um mamilo sugando ruidosamente provocando uma dor aguda em um mamilo com sua boca, atravessando-a como uma lança e formando redemoinhos com sua língua ao redor dela. Lilia ficou sem fôlego ao ver as garras retrateis rasgar seu sutiã, o qual certamente foi comprado na Vitória’s Secret, uma indulgência que Bri animou todas as mulheres a comprarem quando fez o pedido mensal pela Internet a companhia americana. Não se horrorizou quando Ash destruiu a pecaminosa e confortável peça de lingerie, estava tão ansiosa quanto ele. Em troca se escandalizou, de como ele 20


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Cio podia exibir um par tão malvado de garras durante a lua minguante. Ela, não poderia inclusive se tentasse. Este foi simplesmente um aviso de que Ash não era da mesma raça de mutantes. Lilia teve que admitir haver encontrado o lado feroz dele estremecendo-se em grau supremo. O puxão de sua boca em seu seio a conduzia à loucura com luxúria. Seus dentes afiados beliscavam amavelmente sua pele, puxando e esticando fortemente até que seu mamilo parecia como se fosse feito de mármore. Ela aproximou seu rosto pressionando-o mais contra ele e aconchegou seus quadris para abraçar a dura ponta de seu pênis. Livre de qualquer barreira entre seus sexos, seu calor molhado escorregou e deslizou sobre seu membro palpitante até que ambos estremeceram e gemeram com a mais deliciosa das torturas. Seu clitóris zumbiu e inchou com cada pequena fricção. Lilia gritou e se esticou mais. — Ainda não. —Murmurou ele contra seu mamilo. Aquietou os movimentos de seus quadris com suas mãos, acomodando-a em cima do piso quando ela se apertou contra dele. — Ainda não. —Ele se afastou e rapidamente se desfez de suas roupas, querendo, não necessitando, do contato de sua carne nua. Ash estava em cima dela outra vez, beijando a parte inferior de seu seio, logo suas costelas e depois seu ventre. Sua língua explorava a covinha de seu umbigo e ela ofegou, sentindo uma conexão entre seu umbigo e seu clitóris. Sua língua deu um golpezinho outra vez e ela sentiu a carícia entre suas pernas como se ele a tivesse lambido ali. Ash colocou suas mãos no interior de suas coxas e as empurrou para fora, abrindo-as todo o mais possível. Ele se moveu para baixo e sua respiração fazia uma carícia em seu molhados, inchados e suaves tecidos. Lilia deu um grito agudo do fundo de sua garganta e apertou os punhos contra os cabelos de ébano de Ash. Ela instintivamente sabia o que ele tinha intenção de fazer. Tremeu e esperou que ele respirasse quente, e ofegante sobre seu sexo molhado. E logo... sua boca, Oh sua boca! Pressionou lentamente, suavemente em cima de seus formigantes lábios inferiores. Sua vulva parecia que tinha sido golpeada por um relâmpago, era uma sensação tão erótica ter sua boca ali. Ash abriu mais suas pernas com seus ombros e usou seus dedos para estender os lábios de sua vagina para seu prazer. Sua língua 21


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Cio lambeu de seu ânus até seu clitóris e ela gritou. Sua língua lambeu outra vez, e logo outra vez, como se saboreasse um sorvete de casquinha em um dia de calor abrasador no verão. Ele deu beijos pressionando com a boca fechada sua carne trêmula, depois a meteu na boca, logo a lambeu… repetidas vezes. Fez isso até que Lilia ficou completamente alagada com a umidade de sua cremosa excitação. E essa maravilhosa tortura não se deteve ali. Ele a amou com a boca, amou-a com os dedos também. Suas garras ainda estavam expostas e as usou gentilmente para arranhar a parte inferior de suas coxas trêmulas como se festejasse. A sensação dessas perigosas navalhas raspando seus lugares sensíveis lhe deu um sentimento de vulnerabilidade que ela nunca tinha experimentado antes... e ela o amou. Depois, ele mordeu seu clitóris, com força suficiente para fazê-lo arder excitado com uma deliciosa sensibilidade. De repente liberou sua paixão tempestuosa e enterrou seu rosto contra ela tão apertadamente que Lilia esteve segura de que ele não poderia respirar. Colocou seu rosto no úmido calor de sua vulva, chupando e mordendo, lambendo e beijando, até que ela não pôde suportar mais. Lilia gritou e corcoveou contra seu rosto que se meneava. Sentiu os pequenos tremores de sua liberação um segundo antes que a levasse ao céu. Seu rosto ardeu e seus seios incharam e seu sexo se alagou com a cremosa umidade que Ash bebeu ruidosamente. Ele colocou um longo dedo em seu pulsante canal e ela gritou pelo êxtase que a penetração provocava dentro de seu corpo convertido em paixão. Ela voou aos céus, mais alto e mais alto, tanto quanto Ash empurrava e empurrava... até que por fim a tormenta terminou e esteve repleta. Antes que recuperasse seu debilitado julgamento viu Ash posicionar-se entre suas lascivas pernas abertas. Ele agarrou a base de seu pênis com seu punho, bombeou ao longo de sua grosa raiz, uma visão que fez Lilia se tornar selvagem. Ele olhou para sua vagina, a qual pareceu o fascinar, e fechou os olhos. — Vou transar com você até que não possa partir dando meia volta como fez ontem à noite. —Prometeu ele misteriosamente. Lilia estava além da obstinação agora. Ela o queria tanto quanto ele a queria. Talvez mais. — Sim. —Respirou ela ansiosamente. — Diga se eu a machucar. —Suas palavras ternas desmentiram a 22


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Cio promessa zangada de sua desumana luxúria como se nunca tivesse falado. — Sim. —Ela respirou de alívio. Ela queria tudo o que ele tinha dado: amor, paixão, luxúria, aspereza, ternura. O amor? De onde veio esse pensamento? Isso era instinto, não amor, recordou a si mesma. Era mais conveniente que ela o recordasse e mantivesse seu coração bem protegido. A cabeça grossa de seu sexo como um cogumelo pressionava em sua suavidade. Sua umidade aliviou o caminho e ele escorregou facilmente, estirando e penetrando. Ele a encheu, e a encheu e a encheu. Era tão longo, tão grosso, tão pesado... que por um momento Lilia temeu não poder o ter completamente. Mas no final, depois do que lhe pareceram horas ele estava dentro dela, até o punho. Os emaranhados e rangentes pêlos negros de sua virilha, raspando sobre o bago inchado de seus clitóris que pulsou até quase o extremo da dor. Suas mãos subiram e se enrolaram em seus cabelos, atando-os em seus pulsos. — É bela. E é minha. Lilia só podia gemer quando ele começou a mover-se dentro dela, quase se retirando dela em um longo deslizamento livre antes de empurrar para alcançar seu centro. Ela fechou seus tornozelos ao redor de sua cintura e o puxou para baixo. Seu peso era uma carga deliciosa que ela prazerosamente agüentava. Neste ângulo ele se moveu mais firmemente contra seu clitóris com cada golpe roçando esse secreto, profundo e mágico lugar dentro de sua vagina até que ela ficou louca e gemia com cada movimento. Ash beijou seus lábios brandamente, repetidas vezes, até que seus lábios formigaram como se tratasse de suaves aguilhões de abelha. — É minha, Lilia, minha linda. Toda minha. E ela foi. Admitiu-o livremente para si mesma. Devia estar em seus braços, envolta ao redor de seu corpo do mesmo modo que ele estava envolto ao redor do dela. Ele a completava. Enchia todos os espaços vazios inclusive aqueles que Lilia não sabia que tinha antes de encontrá-lo. Admitiu tudo isto e muito mais para si mesma. Mas não o admitiria ante Ash. Ainda não. Não estava preparada para a rendição. Mas a rendição estava preparada para ela e não poderia evitá-la completamente para sempre. Assim deu o que podia e se desfez em 23


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Cio seus braços. Seu corpo se balançou no dele se abandonou à liberação que chegava. Gritou e o som foi absorvido pela boca de Ash quando a beijou. Bombeou dentro dela tanto quanto pôde extraindo tremores e pulsações do mais profundo de seu sexo. E logo ele também se rendeu à liberação. Seu espesso e quente sêmen a encheu mais e mais enquanto a sustentava, soluçando na curva de seu pescoço. As lágrimas encheram seus olhos, lágrimas de alegria ante a beleza do momento. Ela sentiu as das lágrimas de Ash salpicar em cima de seu pescoço e soube que ele compartilhava a comunhão de suas almas. O suor esfriou seus corpos enquanto eles jaziam ali, abraçados um ao outro. O sol há muito tempo tinha se afundado no horizonte e o crepúsculo tinha chegado a luz tênue e cinza cruzou velozmente as janelas. Mas suas almas estavam recebendo um novo amanhecer, um tempo de novos começos: o nascimento de sua união. Mas não seu amor. Lilia se recusava a amá-lo. E do mesmo modo que tocou a dura carapaça de gelo de seu teimoso e quebrado coração, renovou a promessa a si mesma que manteria esse último pedaço sagrado e livre de seu consorte. Não o amaria. Seu coração, se não sua vida, era independente, ainda era dela. E tinha a intenção de conservá-lo desse modo.

Capítulo 4 Ash despertou e se encontrou sozinho outra vez. — Merda. —Jurou, levantando do chão. Perguntava-se se estaria destinado a dormir tão desconfortavelmente de agora em diante. Sua voluntariosa companheira parecia decidida a que fosse assim. Um sorrisinho sufocado cruzou seu pensamento. Vestiu-se com sua roupa e suspirou, resignado a ir à caça dela outra vez. A casa estava escura, mas caminhava por ela facilmente procurando vestígios de sua consorte. Não estava ali. Farejou o ar e começou a rastreá-la, sua perturbação crescendo não podia acreditar que ela o tivesse deixado outra vez. Seus rastros o conduziram para fora da cabana, para mais à frente do bosque. Com um semblante carrancudo seguiu o rastro, entrando na escuridão da noite. 24


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— Ele vai querer que vá com ele, quando parti. —A voz de Nikolai soou firme no silêncio que se prolongou entre eles. Lilia o rodeou duas vezes antes de se aproximar para falar com ele. Deveria saber que a sentiria muito antes que estivesse preparada. — Sim sei... Não quero ir. — Por que não? Ele é seu consorte. O que tem aqui, que pode significar mais que ele? Lilia se sentou ao seu lado, contemplando do alto da rocha seu povoado. Este era o lugar favorito de Nikolai para pensar ou decidir. Lilia se perguntou qual dos dois era seu objetivo esta noite. — Meu lugar é aqui. — Seu lugar é com seu companheiro. Você conhece a verdade disto. — Ordenará que me vá? —Lilia quase desejava que ele o fizesse. Simplificaria muito sua situação. Os dentes brancos de Nikolai resplandeceram na escuridão quando sorriu abertamente. Ele parecia ouvir seus pensamentos. — Não tomarei a decisão por você, Lilia. Não seria justo. Além disso, minha esposa me bateria. Lilia riu. — Sim. Está claro que Julia agora é nossa Alfa. Não importa o que aconteça faria que nós pensássemos isso. Os dois riram juntos e gradualmente se calaram. Nikolai suspirou e Lilia se perguntou outra vez o que passava por sua mente. — Algo estar errado? —Perguntou Lilia depois de vários minutos de silêncio. — Não. —Respondeu imediatamente. Muito depressa. — Mentiroso. O que está acontecendo? — Adrian irá embora amanhã. Lilia riu. — Eu pensava que isto o deixaria feliz. Há apenas um posto para um macho Bodark neste povoado. — Eu gosto de Adrian. —defendeu-se com um grande sorriso lupino. — Para ser justo, as coisas não são melhores quando ele está do outro lado do oceano. —Ficando sério prosseguiu — Mas ele não vai para casa. Ainda não. — Aonde vai então? —Lilia se perguntou se Ash viajaria com ele 25


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ou ficaria. — Há um problema que envolve outra matilha de nossa espécie na Escócia. Adrian não disse, mas... eu acredito que é perigoso. Sua idéia é ir para lá para averiguar. Não estou seguro para que. — Pode ver quão perigoso será? —Ela perguntou, fazendo referência a sua visão premonitória. — Não. Tentei, embora Julia não tenha acreditado em mim quando o disse. Não posso saber o que espera Adrian quando partir daqui. Só sei que estará sozinho se ele se for. — Não se preocupe Nikolai. Estou segura que Adrian pode se cuidar sozinho. — Nikolai. —A suave voz de Julia soou detrás deles. Nikolai se levantou e se aproximou de sua consorte. Lilia foi testemunha de que a chama do amor e do desejo resplandeciam em seus olhos de prata quando ele a olhava. Ela tremeu pensando nos olhos escuros de Ash, que refulgiram com um fogo similar quando eles fizeram amor, não uma vez, e sim duas vezes mais depois de seu primeiro encontro. Nikolai e sua companheira murmuravam na escuridão. Lilia discretamente concentrou sua aguda audição nos sons da noite para dar aos dois amantes mais intimidade. Estava tão concentrada em outra parte, que não notou imediatamente que Julia se sentava ao seu lado, elegante apesar de seu avançado estado de gestação, tomando o lugar que Nikolai tinha desocupado. Este se retirou para longe nos bosques, abandonando-as discretamente. — Sempre gostei de você, Lilia. —As palavras de Julia surpreenderam Lilia. Ela não esperava uma confidência, diferente de Nikolai com quem tinha tentado não esperava esta aproximação. — É exatamente o que eu queria ser antes de encontrar Nikolai. Honrada. Segura de si mesma. De aspecto atraente, mas sem ser consciente disso. Sim. Eu gostei de você mais ou menos desde o primeiro dia que nos encontramos. Lilia não sabia o que dizer. Decidiu manter uma certa prudência. Tinha ouvido falar muito sobre a ágil inteligência de Julia, para subestimá-la. — Obrigado, Julia. — Infelizmente é uma estúpida. — Uma o quê? —Lilia sabia por instinto que este era um insulto e ficou aturdida olhando a cara de Julia. 26


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Cio — Uma estúpida. Uma autêntica imbecil. — Desculpa!!!! — Deveria se desculpar com Ash, não comigo. Deixou-o outra vez. Posso cheirar que os dois estiveram juntos fazendo amor e o deixou. Não se importa como isto pode fazê-lo sentir? — Isto não é seu assunto. —Disse Lilia cheia de indignação. — Tem razão, não é meu assunto. —Julia suspirou cansadamente e curvou as costas. — Deus, parece que levo um hipopótamo aqui dentro. —Disse ela quando esfregou seu ventre volumoso. — Como dizia, não é de minha incumbência, mas... —A voz de Julia se suavizou. — Você é de minha família agora. E a amo. Nikolai a ama. Todo mundo aqui a ama e fariam tudo por você. Todos nós podemos ver que não é feliz. Você nunca foi feliz de verdade. E desde que seu pai morreu no inverno passado, cada vez mais se tornou silenciosa e retraída. Agora este homem, Ash, veio e está claro que é seu companheiro. O que a impede de saltar sobre ele, o sujeitando com grilhões a você a fim de que não tenha nenhuma maldita oportunidade de escapar? — Não sei. —Admitiu Lilia em um gemido. Julia imediatamente se aproximou e a enlaçou em um terno abraço. Embora Julia fosse a mais jovem das duas, Lilia sentiu uma certa serenidade neste gesto. Não era estranho que fosse uma fêmea Alfa. — Não quero amá-lo. —lamentou-se Lilia. — É muito cedo. — Bem. É verdade que só o conhece há vinte e quatro horas. Mas com nossa natureza, o amor nem sempre necessita de muito tempo para florescer. Acredite em mim, eu sei. —Julia riu — Seu coração reconhece e aceita a conexão entre vocês. Sua mente só necessita de tempo para adaptar-se. Os instintos, a química, o amor destinado, estas não são buscas insignificantes. Mas Lilia... você lutou toda sua vida, uma batalha depois da outra, para chegar a ser uma mulher independente. Nunca vi você fugir de algo. Por que então foge de Ash agora? Lilia não o via desta maneira. Ela esteve se opondo a ele, não fugindo dele. Esteve lutando pelas mesmas coisas de sempre. — Não estou fugindo. Só me nego a ser intimidada pelo Ash. Recuso-me ser uma mulher de caráter fraco. — Quem diz que é uma mulher de caráter fraco? —A voz de Ash ressoou. Lilia saltou e Julia sorriu. Estava claro que Julia tinha notado a 27


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presença de Ash antes que Lilia. — Deixarei os dois sozinhos para que possam falar. —Julia tentou se levantar se apoiando na palma da mão; mas se ouviu por detrás um ruído surdo e uma risada. — Um pouco de ajuda? Imediatamente Ash se moveu para ajudá-la a ficar de pé. — Acompanho-a a casa? —ofereceu-se amavelmente. — Deus, não. Nikolai teria um ataque se ficasse a sós com você muito tempo, Ash, não importa o quanto as circunstâncias fossem inocentes. —Agradeceu com simpatia sua oferta, fez gestos com as mãos em direção a Lilia com um sorriso travesso e desapareceu nas sombras. — Ela é terrível. —Disse Ash. Lilia não podia fazer outra coisa se não concordar. Julia, com certeza, era uma força a ter em conta — Quem acreditaria que quando ela se encontrou com Nikolai era uma virgem tímida e insegura? — É mesmo? — perguntou Ash. — Que importância tem? — O que a faz pensar que eu quero que seja uma mulher de caráter fraco? — Todos os homens não querem mulheres suaves e submissas? — Bem, não sei. Eu gosto que seja suave e submissa... mas unicamente quando está nua. Odiaria que fosse dura e ossuda. — Brincou. — Sabe o que quero dizer. Não sou o tipo de mulher que pode se adaptar e obedecer imediatamente a todas as ordens que dite seu homem. — Pedi a você algo assim? Exigir isso de você? Bem... além de sexualmente, quero dizer. —Sorriu abertamente. Lilia não podia menos que sorrir. Era muito atraente em seu encanto infantil, para fazer algo mais. — Não. Achei é obvio que era o que queria. — Caramba... realmente não nos conhecemos. — Não. —Tinha que concordar com ele. Seus corpos estavam realmente familiarizados um com o outro a esta altura. Mas suas mentes era um assunto completamente diferente. — Mas a verdade é que nos pertencemos. Complementamos um ao outro. Tem que sentir o mesmo. —Seus bonitos olhos escuros suplicavam que ela desse o passo definitivo. 28


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Cio — Sim. Nós temos um futuro em conjunto. Sinto isso também. — As palavras tinham aflorado mais facilmente do que esperava. — Então o resto se esclarecerá com o tempo. Estou certo disso. Não quero que mude o que é Lilia. É uma mulher maravilhosa, apaixonada e lamentaria que se enfraquecesse e se acomodasse para mim agora. —Disse levemente — Eu quero que volte para casa comigo, quando retornar a minha gente. Só para testarmos. Mas se não for feliz lá... podemos voltar para cá. Sentirei falta da minha família, minha tribo, —sua voz se interrompeu pela emoção— mas não ter você seria pior. Minha casa está contigo agora. Não importa onde seja. Enquanto estejamos juntos serei feliz. Esperei por você minha vida inteira. Não vou jogar tudo a perder sendo um burro arrogante. Odeio que você pensasse que o faria. Lilia sentiu que as lágrimas desciam por seu rosto. — Sinto muito Ash. Só estava assustada. —Ah, quanto custava aquela admissão a seu orgulho. Mas o orgulho não importava agora. Ela queria que ele soubesse disso — Nunca me senti desta maneira antes. Tudo está pelo avesso. Há alguns dias, antes que você viesse, eu estava contente de ser como sou. Mas agora... tudo o que quero é você. E isto me assusta. — OH, carinho. —Ash a sustentou em um forte abraço, beijando suas lágrimas — Não tema. Tudo será perfeito, você vai vê. Lilia sentiu as palavras antes que ela as dissesse e nunca falou tão sério. — Amo você. Ash ficou rígido, agarrou-a apertando-a até que ficou sem fôlego. — Eu também a amo. Amei você desde o primeiro momento em que a vi. Nunca amei a nada ou alguém mais. — Ficaremos juntos? —Era sua voz, quente, tranqüila, feminina e provocadora. — Sempre. Sempre estaremos juntos. Lilia uniu seus lábios aos dele, seu coração pulsando ferozmente. Seus cabelos suaves caíram para frente e se enredaram com os dela, prata e ébano, caíram juntos sobre a rocha a suas costas. Ash a defendeu, agora sentia o corpo dele protetor onde antes a intimidava. — É tão bonita, Lilia. Por dentro e por fora. Ela tremeu quando ele despiu seus seios ao ar da noite. Seus 29


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Cio lábios eram um contraste ardente ante aquele frescor, ele lambeu seus mamilos com beijos e sorvos suaves. Habilmente tirou o resto da roupa dela e em alguns minutos estava felizmente nua debaixo dele. Suas mãos e sua boca a acariciavam da cabeça à ponta dos pés. Mordiscou ligeiramente os dedos de seus pés. Não havia nenhuma parte de seu corpo que não fora tocada ou explorada. Lilia enlouqueceu de necessidade quando ao fim Ash ficou tão nu quanto ela. Ansiosamente abriu os braços para ele, aceitando-o e desejando-o, para que ele pudesse tomar tudo o que ela podia oferecer e mais. Abriu suas coxas e ele se colocou entre elas. Seu pênis duro e exigente, mas dolorosamente suave quando a penetrou. Por fim estavam unidos como se fossem apenas um, perfeitos em sua união enquanto ofegavam e gemiam em suas bocas. Com cada movimento que eles faziam, criavam uma atmosfera de êxtase que ressoava ao longo de seus corpos, conduzindo-os mais e mais alto até os céus. Por fim eles se desfizeram em um abraço apaixonado. A semente de Ash entrou em torrentes em seu corpo, alagando-a com o delicioso calor líquido. O corpo de Lilia estremeceu, aproximando-se, sugando-o até que ambos ficaram tremendo e cansados quando se recuperaram do êxtase. Então se beijaram e murmuraram promessas de amor e fidelidade. Lilia nunca havia se sentido tão fraca. Ou tão forte. E Ash era o causador destas sensações. Seu companheiro. Seu amante. Ela estava agradecida ante a oportunidade de encontrar a verdadeira felicidade a que podia aspirar um lobo, a felicidade ganha pelo amor do companheiro espiritual, perfeito e único. Ash era seu consorte para toda a vida e mais à frente. Ele chamou sua atenção, quando se deslizou para seu lado, com cuidado para não esmagá-la com seu peso. — Sabe, realmente deveríamos tentar fazer isto em uma cama alguma vez. Lilia riu e suspirou, aconchegando-se contra seu corpo. — Nosso filho está feliz. — Há alguns minutos estava preocupado. — Nosso filho? —Lilia ficou sem fôlego. — Ele pensa que uma cama seria uma grande idéia. Tem frio aqui fora em cima da rocha. — Como você sabe disso? — Ela perguntou com admiração. 30


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Cio — Sou um Lukoiwai. Confie em mim. Sabemos destas coisas. Lilia deu murros no ombro dele e sua risada podia ser ouvida ecoando sobre o pequeno povoado que dormia aos seus pés. Adrian Darwood sorriu ao ouvir a risada de prazer dos dois amantes, que se derramava na noite. Agora sabia que tinha razão ao trazer seu querido primo até ali. Tinha esperado, talvez além da razão, que tal união entre suas tribos fosse o resultado. Era uma boa união e ele se alegrava por isso. Mas havia algo mais que chamava sua atenção agora. Algo que fazia que a ansiedade aumentasse em seu estômago. Algo que fazia que seu coração estremecesse dolorosamente em seu peito. Algo estava errado. O que era não podia adivinhar e mesmo depois de falar com Nikolai, um vidente nascido da terra, ainda não tinha respostas reais para ajudá-lo. O que sabia é que tinha que ir imediatamente para as regiões selvagens da Escócia. O perigo se preparava naquela terra, um perigo que o afetaria diretamente. Quem sabia que mistérios incompreensíveis o esperavam ali? Ele não tinha nenhum indício. Mas averiguaria.

FIM

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