Trabalho de teoria da história

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A crítica marxista em E. P. Thompson José Rafael Soares, PG 28234 Mestrado em Ensino de História Teoria do Conhecimento da História Professora Isabel Guimarães Sá Ano lectivo 2015/2016

“There cannot be free competition of scientific thougth without freedom of tought”1.

A frase acima transcrita data de meados do século XX, o século onde os extremos tantas vezes se tocaram. Às tensões latentes no mundo dos homens somaram-se-lhes as indagações. O conhecimento histórico foi permeável à teorização dos conflitos, que se tornou numa abordagem necessária para a compreensão da nossa existência, sendo da extrema importância o seu registo historiográfico. O dilema científico que pretendo abordar versa sobre a filosofia do marxismo, que entende que uma dada dinâmica implica uma dada mecânica, e de como nessa mecânica se encontra uma resposta ao destino da história do Homem2. O marxismo, método que ousou registar os conflitos da sociedade capitalista, foi desenvolvido por Karl Marx durante praticamente toda a sua vida adulta, e por

1 “Não pode haver livre competição de pensamento científico sem liberdade de pensamento”.

Esta frase é de Karl Popper, crítico de todo o sistema argumentativo pelo qual o marxismo enveredou. Cf. Karl Popper, “What is Dialectic?”, in Mind (Oxford: Oxford University Press, 1940), p. 426. 2 Encontra-­‐se na página primeira do Manifesto Comunista a seguinte frase chave da engrenagem: a história de todas as sociedades é a história da luta de classes. Só a união dos proletários de todo o mundo poderia derrotar a burguesia instalada e proceder ao comunismo. Cf. Friedrich Engels e Karl Marx, The Communist Manifesto (London: Penguin Books, 2004), p.3.

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