amcluhen GALÁXIA UTEN BE RG marshall DE
UM PONTO DE VISTA FIXO TOMA-SE POSSÍVEL COM A PALAVRA IMPRESSA E PÕE FIM À IMAGEM COMO ORGANISMO PLÁSTICO.
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TANTO EM NOSSA VIDA INTERIOR COMO EXTERIOR, ESSA INTERAÇÃO E, POR ASSIM DIZER,
A C A U S A L I D A D E “ F O R M A L”
A PALAVRA IMPRESSA EXISTE ___________________EM VIRTUDE ___________________ DA SEPARAÇÃO
ESTÁTICA DE FUNÇÕES E CRIA A MENTALIDADE DE RESISTÊNCIA GRADUAL E CONSTANTE A TODA CONCEPÇÃO QUE NÃO SEPARE, DEPARTAMENTALIZE, OU ESPECIALIZE. É O QUE GYORGY KEPES EXPLICA EM THE LANGUAGE OF VISION (PÁG. 200):
PARTINDO DE UM PONTO DE OBSERVAÇÃO FIXO, MATOU A IMAGEM COMO ORGANISMO PLÁSTICO. (... ) A ARTE NÃO FIGURATIVA ELUCIDOU AS LEIS ESTRUTURAIS DA IMAGEM PLÁSTICA. RESTABELECEU A IMAGEM EM SEU PAPEL PRIMITIVO COMO EXPERIÊNCIA DINÂMICA BASEADA NAS PROPRIEDADES DOS SENTIDOS E DE SUA ORGANIZAÇÃO PLÁSTICA. DESPREZOU, PORÉM, OS SIGNIFICATIVOS SINAIS DAS RELAÇÕES VISUAIS.
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m o u t r o s t e r m o s , a l i g a ç ã o v i s u a l e e x p l í c i t a . d o s c o m p o n e n t e s n u m a c o m p o s i ç ã o , v e r b a l o u n ã o v e r b a l , s o m e n t e c o m e ç o u , n o f i n a l d o s é c u l o q u i n z e , à f a s c i n a r e d o m i n a r a m a i o r i a d o s e s p í r i t o s . K e p e s e s p e c i f i c a q u e e s s a l i g a ç ã o v i s u a l e e x p l í c i t a e r a “ l i t e r á r i a ” e , c o m o t a l , s e f e z o m o t i v o i m e d i a t o d a d i s s o c i a ç ã o d a i n t e r a ç ã o d a s v á r i a s p r o p r i e d a d e s d e t o d o s o s s e n t i d o s , a c r e s c e n t a n d o ( p á g . 2 0 0 ) :
Nessa purificação. entretanto, esqueceu-se do fato de que as resultantes distorção e desintegração da imagem. como experiência plástica. não foram devidas a significativos sinais representados como tais. mas antes ao prevalecente conceito de representação Que era estático e limitado e. conseqüentemente. em contradição com a natureza plástica e dinâmica da experiência visual. A estrutura do significado baseara-se na mesma concepção que gerara o ponto de vista fixo da representação do espaço, a perspectiva linear e a modelagem pelas linhas de sombra. O caráter involuntário e subliminar desse “ponto de vista fixo” ou pessoal está condicionado ao isolamento do fator visual na experiência (36).
HAVIA-SE “PURIFICADO” A IMAGEM.
Mas a tendência do visual para fazer-se “explicita” e separar-se dos outros sentidos foi notada até mesmo no desenvolvimento da escrita em letras góticas. E. A. LOWE relata: “A escrita em letras góticas é difícil de ler. ( ... ) É como se a página escrita fosse para ver e não para ler” (em Handwriting. em The Legacy of the Middle Ages, pág. 228, de G. C. CRUMP e E. F. JACOB, coords.)
Esse, portanto, é o grande paradoxo da era de GUTENBERG; o seu aparente ativismo somente é cinemático
no sentido estrito de cinematográfico. É uma série uniforme de instantâneos estáticos ou “pontos de vista
fixos” em ligação homogênea. A homogeneização de homens e materiais passará a ser o grande programa
da era de Gutenberg, a fonte de riqueza e poder desconhecidos de qualquer outro tempo ou tecnologia.