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revista trimestral de design

edição 01

março

2011

R$10,90

Teoria e elementos da cor que influenciam no projeto final



edição 01

março

Sumário

revista trimestral de design

2011

04

Tipografia

06

Ilustração

08

Fotografia

10

Design editorial

12

Tecnologia

14

Arte urbana

16

Portfólio

20

Processos de impressão

R$10,90

Teoria e elementos da cor que influenciam no projeto final

Capa de edição nº 01 Presidente Rangel Sales Editor Eloah Roberta Conselho editorial Vanderlei Silva Calebe Augusto Isabel Santos Isabela Otoni Ana Cecília Projeto gráfico e diagramação Eloah Roberta Produção Cláudia Emanuela Assistente Jéssika Soares Contatos eloahroberta@hotmail.com (31) 8512-9905


Tipografia

Quadrada, mas moderna

A serifa slab está na crista da moda

Em meados do século XVIII

propósito, se fizeram neces-

estilos tipográficos. De um lado

iniciou-se a Revolução Indus-

sárias. As letras clássicas, fi-

desenvolveram-se as grotescas

trial na Inglaterra e com ela

nas e elegantes, com suas

ou sem-serifa, que viriam a

uma nova necessidade: a de

delicadas serifas e terminais

determinar os rumos tipográ-

comunicar e exibir ao público

arredondados, as transicionais,

ficos do século XX. Akzidens

o lançamento e a existência de

com suas serifas mais pesadas

Grotesk, Futura, e Univers são

produtos que agora eram fabri-

e curtas e médio contraste

grandes exemplos desse estilo

cados em grandes quantidades

no traçado das hastes e as

tipográfico. Tipos fortes, robus-

e a preços muito menores que

modernas, com suas serifas

tos, impessoais, mas com gran-

os artesanais. Podemos dizer

em traço fino e perpendicular

de variedade de pesos e ta-

então que nesse momento im-

às hastes, sem junção em cur-

manhos, aplicáveis a qualquer

portante surgiu o que chama-

va, e maior contraste entre as

natureza de trabalho impresso.

mos de arte publicitária.

hastes verticais e horizontais,

O outro estilo é um pouco

já se tornavam inviáveis na

mais ornamental, mais fantasia,

aplicação dos novos meios.

alguns de extrema qualidade

À medida que os impressos ampliavam os seus horizontes

4 | innovate

de atuação saindo do mundo

Aos cartazes e displays de-

artística, bom gosto e beleza;

dos livros, novas faces tipo-

vemos o surgimento, no início

outros de gosto bem duvidoso.

gráficas, mais adequadas ao

do século XIX, de dois novos

Provavelmente baseado nas ta-


Tipografia

buletas das antigas estalagens

de fontes traz resultados muito

e tabernas inglesas, pintadas

mais efetivos quando restri-

à mão, com todos os traços

tos a um número limitado de

reforçados, inclusive as serifas,

palavras (três ou quatro, no

para serem vistas à distância,

máximo) e nunca em tama-

o tipógrafo britânico Robert

nhos pequenos. Acredito que

Thorne (1754-1820), gravada

o tamanho de partida seria

por Vincent Figgins, lançou o

o corpo 16. Corpos menores

primeiro tipo chamado “egíp-

dificultam a leitura, por serem

cio” (tipos novos, a maior par-

muito pesados. Na segunda

te deles mais estreitos e altos

metade do século passado

do que largos, com uma gene-

aconteceu um novo adormeci-

rosa serifa grossa e quadrada,

mento das fontes Slab, porém,

com a mesma espessura das

neste início de século XXI pare-

hastes). Posteriormente, pas-

ce que renasceram com força,

sou-se a usar o nome de serifa

para alegria de seus adeptos.

Slab, que permaneçe até hoje.

Divirtam-se, mas usem com

O emprego destes estilos

sabedoria para não cansar.

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Ilustração

Sentir, criar, expressar O significado e a importância da ilustração

6 | innovate

Uma ilustração é utilizada

literatura infanto juvenil, sendo

difere desta por se servir de

para acompanhar, explicar,

também utilizadas na publici-

meios mecânicos para a sua

acrescentar informação, sin-

dade e na propaganda. Mas

reprodução. Portanto, a história

tetizar ou até simplesmente

existem também ilustrações

e evolução da ilustração edito-

decorar um texto. Embora o

independentes de texto, onde a

rial está intimamente ligada à

termo seja usado frequente-

própria ilustração é a informa-

imprensa e à gravura.

mente para se referir a dese-

ção principal. Um exemplo que

A ilustração possui uma tra-

nhos, pinturas ou colagens,

podemos citar seria um livro

dição antiga que remonta às

uma fotografia também é uma

sem texto, não incomum em

primeiras formas pictóricas,

ilustração. Além disso, a ilustra-

quadrinhos ou livros infantis.

continuando pela Revolução

ção é um dos elementos mais

A ilustração editorial tem

Industrial até a nossa era di-

importantes do design gráfico.

origens nas Iluminuras, utilizada

gital. Essa tradição tem sido

São comuns em jornais, revis-

largamente na Idade Média nos

importante para as histórias

tas e livros, especialmente na

manuscritos, mas atualmente

em quadrinhos e a animação.


Ilustração

Ilustrações feitas por Lia Felix, uma jovem artista paulista, dona de um estilo delicado e ao mesmo tempo forte que reune feminilidade, crítica social e uma melancolia positiva. Suas obras estão nos muros e também em suportes tradicionais como papel e tela e mostram sua técnica apurada aliada a uma sensibildade à flor da pele.

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Fotografia

Fotografia digital

Veja a seguir algumas dicas bรกsicas para fotos com luz natural.

8 | innovate


dias ensolarados. Aproveite

reflexos. A iluminação de um

de luz nem sempre garante

todas as condições climáticas.

final de tarde ensolarado per-

uma boa foto, por mais estra-

Nem sempre podemos nos

mite que você capture imagens

nho que isso possa parecer.

dar ao luxo de sentar e ficar

Se você resolve fotografar ao

esperando uma boa luz para

Não existe uma regra nem

meio-dia de um dia ensolarado,

começar a fotografar. Mas se

horário para fotografar am-

o assunto da foto poderá ficar

você já sabe o que vai en-

bientes internos sob luz natural.

escuro (dependendo da posi-

contrar pelo caminho, pode

Isso vai depender da idéia que

ção) e você precisará usar um

programar seu dia de acordo

você quer transmitir através da

flash de preenchimento.

com a luminosidade de cada

foto e, claro, da quantidade de

horário do dia.

luz disponível.

Por mais que tenhamos a

com um tom mais romântico.

melhor das intenções, quan-

Você está viajando e quer

De maneira geral, você deve

do se trata de iluminação isso

uma foto panorâmica para re-

levar em conta duas coisas ao

não é o bastante. É preciso

cordar a cidade? Evite horá-

fotografar em ambientes inter-

conhecer os diferentes tipos

rios próximos ao meio-dia, se

nos. Se você quer uma ima-

de luz natural para aproveitar

puder, fotografe paisagens ao

gem mais dramática, escolha

seus benefícios em qualquer

amanhecer ou pôr-do-sol. Se

um horário ou local que não

situação que estiver.

a intenção é fotografar cons-

tenha muita luz disponível. Para

Qualquer clima é adequado

truções arquitetônicas, um bom

um efeito mais suave, aposte

para fotografar, e até mesmo

momento é após as 16h dos

na luminosidade.

os dias mais “feios” podem re-

dias ensolarados. Após esse

Em ambientes internos você

sultar em imagens fantásticas.

horário, a luz incide lateral-

pode controlar a quantidade

O clima pode alterar drasti-

mente sobre os objetos, o que

de luz que fará parte de uma

camente o “humor” de uma

ressalta sua textura. Para foto-

cena. Tire proveito de janelas,

fotografia. Em um dia nublado,

grafar lagos os dias calmos e

portas e cortinas para criar

o mesmo local pode parecer

com pouco vento são ideais, e

sombras e muitos outros efei-

completamente diferente dos

você conseguirá registrar bons

tos interessantes.

Fotografia

Uma grande quantidade

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Design editorial 10 | innovate

A cor na peça gráfica Teoria e elementos da cor que influenciam no projeto final. A cor é algo que fascina os

A cor é composta por ondas

RGB é quando uma luz

estudiosos de todo o mundo,

eletromagnéticas transmitidas

branca é interceptada por um

e os fundamentos que regem

pelo espaço, que são captadas

prisma, e essa luz se divide

a usabilidade e sensação das

pelos nossos olhos, causam

em 30 cores, sendo predomi-

cores ainda são motivos de

certas impressões no cérebro,

nantes das cores vermelho,

estudos de diversos fins, in-

provocando sensações diver-

verde e azul. O nome dessas

cluindo o design, é claro.

sas. Só enxergamos as cores

cores em inglês (red, green e

Quem se propõe a estudar

quando existe luz no ambiente.

blue) geraram essa escala mui-

e especializar-se em design ou

A visão humana é relativa-

to conhecida. A escala RBG é

comunicação, nos dias de hoje,

mente limitada, e com isso, a

usada em arquivos e imagens

tem o dever de saber sobre

característica física da cor faz

voltadas para Mídia Digital,

círculo cromático, elementos

a diferença na hora da escolha

aonde as cores são colocadas

da cor, teoria das cores e tam-

entre as diferentes matizes e

e adicionam-se umas as outras

bém na reprodução gráfica das

seus meios de transmissão.

para formar novas cores.

peças gráficas produzidas pelos

Para iniciar o estudo de

As cores segundárias dessas

mesmos, pois o produto final

cores, o primeiro fator a ser

escala são do magenta (ver-

será, normalmente a impres-

estudado são as sínteses, adi-

melho + azul violeta), amarelo

são. Portanto conhecer o que

tiva e subtrativa, e o círculo

(vermelho + verde) e ciano

acontece no processamento de

cromático, que posiciona as

(verde + azul violeta). A união

cores é fundamental na execu-

cores, dispostas e de acordo

destas cores formam a cor

ção de um bom trabalho.

com suas classificações.

branca no centro dela.


Design editorial

CMYK é a síntese que fun-

de (amarelo + ciano). A união

ciona de maneira oposta,

destas cores formam a cor

sendo que as cores são per-

preta no centro dela.

cebidas por radiações eletro-

Para o designer conseguir

magnéticas. Enxergamos algo

o produto final com maior

com uma certa cor, como pre-

controle da estética e qualida-

to, por que ele absorve parte

de favoráveis, um dos pontos

da luz que incide sobre e refle-

principais é o processamen-

te um determinado número de

to da seleção de cores, que

ondas. Complicado não?

acontece sempre que se trata

Por exemplo, um objeto

de originais de tom contínuo

branco não absorve nenhuma

que necessitam dessa trans-

onda e reflete todas as cores,

formação, de imagem contínua

enquanto o preto absorve toda

em retícula, para que, quando

luz e não reflete nenhuma cor.

o material estiver pronto, o

Como muitas pessoas dizem

cliente que estiver olhando o

que usar cor preta no sol pro-

material tenha a impressão da

porciona mais calor, por que é

imagem ser contínua.

uma cor que recebe toda luz,

Esse processo é conheci-

lembra? É mais ou menos isso.

do como “reticulagem”, ligado

As 4 cores principais dessa

diretamente a qualidade dos

síntese são: ciano, magenta,

impressos. Retículas são pon-

amarelo (yellow) e preto (bla-

tos que formam e dão essa

ck), e com essas cores nós

impressão da imagem ser con-

temos a base para toda a re-

tínua. Por exemplo, se você

produção gráfica.

olhar bem perto de uma foto

As cores segundárias des-

de jornal, você irá ver que a

sas escala são do azul violeta

imagem é formada por diver-

(magenta + ciano), vermelho

sos pontinhos que vão se unin-

(magenta + amarelo) e ver-

do para formar a imagem.

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Tecnologia 12 | innovate

iPhone 4

Sob vários aspectos, o primeiro. Construção, evolução, aprimoramento Tudo novo, mais uma vez. Há anos as pessoas so-

Na verdade, a densidade de

nham com chamadas de ví-

pixels é tão alta que o olho

deo. E o iPhone 4 tornou isso

humano não consegue distin-

realidade. Com o toque de um

guir cada um separadamente,

botão você dá tchau para os

o que deixa o texto nítido e as

seus filhos, compartilha um

imagens com alta qualidade.

sorriso com alguém que está

Ele possui um enfoque to-

lá do outro lado do mundo e

talmente novo à multitarefa.

vê seu melhor amigo rir com

Capture vídeos fantásticos,

as suas histórias. E tudo fun-

mesmo em condições de baixa

ciona perfeitamente. Nenhum

luminosidade, graças ao avan-

telefone deixa o contato com

çado sensor de retroiluminação

as pessoas tão divertido e com

e LED integrados. Em seguida

bastante interatividade.

edite e crie sua própria mini

Ele possui duas câmeras:

obra de arte nele usando o

uma na frente, com foco em

novo app iMovie com temas,

você e outra na parte de trás,

títulos e transições.

com foco em todo o resto. O

Faça fotos bonitas e ricas

FaceTime permite alternar en-

em detalhes com a nova câme-

tre elas quando você desejar

ra de 5 megapixels com flash

durante uma chamada com

LED integrado. O avançado

vídeo, dando um toque na tela.

sensor com retroiluminação

A tela Retina do iPhone 4 é

captura imagens lindas, mesmo

a tela em alta resolução mais

em condições de baixa lumino-

nítida e vibrante já vista, com

sidade. Com essa nova câmera

quatro vezes mais pixels que os

frontal multifuncional ficou até

modelos anteriores de iPhone.

fácil fazer auto-retratos.


Tecnologia

Ao criar o iPhone 4, os designers e engenheiros da Apple não partiram de uma folha em branco. Eles partiram de três anos de experiência no desenho e criação de telefones que redefiniram o que um telefone é capaz de fazer. O iPhone 4 é o resultado de tudo o que eles haviam aprendido até aquele momento. E toda essa tecnologia está em uma bonita estrutura de apenas 9,3 milímetros de espessura, o que faz do iPhone 4 o smartphone mais fino do mundo.

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Arte urbana 14 | innovate

Grafite

Dedicação para quem quer. Criatividade de quem busca. O grafite, originado de ins-

a pichação. Ambos utilizam o

crições feitas em paredes des-

mesmo suporte urbano. O pri-

de o Império Romano, é hoje

meiro é carregado com certa

uma manifestação artística

plasticidade enquanto o se-

em um espaço público. Na ida-

gundo é um monte de letras

de contemporânea surgiu em

indecifráveis e sem cor. Alguns

1907 em Nova York, nos Esta-

pichadores acharam na letra

dos Unidos. Está ligado a diver-

grafitada uma forma de sair da

sos movimentos em especial o

marginalidade e se tornarem

Hip Hop. Para esse movimento

“grafiteiros”. Graças às secreta-

o grafite representa a realidade

rias de cultura que abrem pro-

das ruas, a opressão da huma-

jetos envolvendo grafiteiros, a

nidade, dos menos favorecidos.

possibilidade de reconhecimen-

No Brasil, o grafite surgiu no

to da arte desses artistas ur-

final da década de 1970. Os

banos cresce. O grafite ganha

brasileiros não se contentaram

condições de sobrevivência

com o estilo norte-americano

junto com um melhoramento

e passaram a incrementar com

de técnicas e passa a atingir

o toque brasileiro, hoje o estilo

um público cada vez mais am-

do grafite brasileiro é reco-

plo. Diversas técnicas foram

nhecido entre os melhores do

utilizadas e desenvolvidas por

mundo. Muitas polêmicas giram

esse movimento, como a uti-

em torno desse movimento.

lização de máscaras que ser-

De um lado o grafite, do outro,

vem como molde, ampliações


o patrimônio público ou pro-

fotografias, slides e projetores.

priedade privada. Muito pelo

Além das secretarias de cul-

contrário. Quem pega numa

tura, comerciantes, empresas

lata não pretende dar largas a

privadas entre outros, também

um desejo de destruição, mas

dão apoio a esse movimento.

sim mostrar a sua criatividade.

O conhecido Beco dos Cocos

Não é à toa que este estilo

situado entre os mercados

de vida surge associado aos

municipais e a praça General

guetos norte americanos, onde

Valadão recentemente ganhou

jovens, de toda parte, asfixia-

uma nova cara. Antes conheci-

dos pela exclusão racial e so-

do por ser um ponto de drogas

cial encontraram nas paredes

e prostituição, hoje recebe a

dos seus bairros a tela para

simpatia dos aracajuanos e

dar voz a sentimentos de revol-

turistas que por ali passam. A

ta e de prazer que os rodeava.

transformação fez parte das

Os grafites são expressões

comemorações da Semana

artísticas que se manifestam

Nacional do Trânsito. Uma mis-

através de pinturas murais. To-

tura de grafite com fotografia

dos têm de reconhecer que

e artes visuais, mostrando um

certos muros e paredes velhas

novo estilo que estava vindo.

das nossas cidades ficaram

Nem todo o grafite é acu-

mais bonitos, pois ganharam

sado e condenado por danos

cor e quebraram a monotonia

murais. Verdadeiras galerias a

das cidades contemporâneas.

céu aberto, as ruas também

O vandalismo já é bem diferen-

ajudam a mostrar o trabalho

te, além de causar a poluição

de alguns artistas do spray. O

visual, ele destrói o patrimônio

grafite não é nenhuma forma

público das cidades, prejudi-

gratuita de vandalismo sobre

cando seus devidos lugares.

Arte urbana

de imagens a partir de xerox,

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Portfólio

Henri Cartier

Um dos fotógrafos mais significativos do século XX, intitulado por muitos profissionais como o pai do fotojornalismo. Henri Cartier Bresson nasceu na cidade de Chanteloup,

16 | innovate

pintura, e cursou artes em um estúdio parisiense.

na França, no dia 22 de agosto

Inspirado pela produção

de 1908. Ele integrava uma

fotográfica do húngaro An-

próspera família do ramo têxtil

dré Kertész; por sua vez, teve

e, quando ainda era um meni-

também inúmeros discípulos,

no, recebeu um presente que

entre eles Robert Doisneau,

marcaria seu futuro profissio-

Willy Ronis e Edouard Boubat.

nal, uma máquina fotográfica

Ele foi um profissional de alto

Box Brownie.

gabarito no jornalismo, mas

Não demorou muito para

se tornou famoso retratando

que ele ficasse fixado no uni-

eventos do dia-a-dia no inter-

verso imagético: seu próximo

valo que se estende de 1930 a

passo foi experimentar uma

1960. Tecnicamente seus tra-

câmera de filme 35mm. Apai-

balhos não são considerados

xonado pelo mundo das ima-

perfeitos, mas são inegavel-

gens, ele também praticava a

mente belos e genuínos.


Portfólio

Ao retornar de uma viagem a África, depois de contrair uma enfermidade, Bresson passou pelo município de Marselha e, nesta ocasião, em 1931, ele teve de fato a certeza de que a fotografia seria seu destino, ao contemplar uma foto tirada pelo húngaro Martin Munkacsi, a qual revelava três jovens negros correndo em rumo ao mar, no Congo. Logo depois do final da Segunda Guerra Mundial, em 1947, Bresson criou a famosa agência fotográfica Magnum, em parceria com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour. Suas produções, neste momento, se tornam mais requintadas. Ele publica fotos célebres nas revistas Life, Vogue e Harper’s Bazaar, percorrendo, a trabalho disso, boa parte do Planeta.

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Portf贸lio 18 | innovate


Portfólio

Passando pelo continente

desenho e ao intuito de mos-

europeu, pela América do Nor-

trar suas obras. Sua produção

te, Índia, China, Indonésia, e

fotográfica transpira verdade,

tantos outros pontos do globo,

uma vez que ele acredita que a

ele registra imagens únicas da

câmera pode traduzir o mundo

morte de Gandhi, da estrutu-

real em imagens, flagrando-as

ração da República Popular da

em suas manifestações mais

China, dos conflitos em nome

espontâneas; daí ele ter uma

da autonomia na Indonésia,

profunda aversão por fotos

entre outras tantas.

artificiais, editadas conforme

Bresson é o fotógrafo europeu pioneiro na revelação do

o desejo de quem foi retratado ou do público consumidor.

cotidiano na União Soviética,

Consigo, ele traz somente

em pleno regime comunista,

uma antiga Leica, com uma

com autorização oficial para

objetiva de 50mm, e filmes

tanto, em 1954, depois da

preto e branco, pois não tem

morte de Stalin. Cinco anos

afinidade alguma com imple-

após este feito ele registra o

mentos fotográficos mais in-

décimo aniversário da Revolu-

trincados. Bresson cria, em

ção Popular Chinesa, transitan-

2000, uma fundação à qual

do pelas vias de Pequim.

empresta seu nome. Ele morre

A partir de 1974 o mestre da fotografia se dedicou ao

em 2 de agosto de 2004, aos 95 anos, em seu país natal.

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Processos de impressão

Impressão digital

Impressão digital torna-se opção para quem quer imprimir pequenas tiragens. O conceito de impressão

Há alguns anos, porém, os de-

res posteriormente, isso porque

digital está relacionado com

partamentos de marketing das

não há matriz nem fôrma.

imprimir em determinado su-

empresas perceberam que ma-

Essa característica atendeu

porte, um grafismo sem a utili-

teriais promocionais personali-

um nicho do mercado gráfico

zação de uma matriz ou fôrma.

zados, e por vezes com layouts

que antes era órfão. O sistema

Os dados referenciados para

customizados, podem ter um

offset, principal concorrente da

essa reprodução vem de arqui-

poder de atenção do consu-

impressão digital, possui custos

vos, em sua maioria no forma-

midor muito maior do que um

básicos que inviabilizam a im-

to PDF. Como cada impressão

produto genérico. Existem vá-

pressão de pequenas tiragens,

começa e termina todas as

rios estudos que mostram que

apesar das quedas significati-

vezes em que será reproduzi-

nos sentimos bajulados quando

vas no número de impressões

da, é possível criar variações,

recebemos uma mala direta

desse sistema.

resultando nos famosos dados

com características específicas.

O setor de livros é um

variáveis, permitindo perso-

E notamos que essa sensação

exemplo significativo do uso

nalização e customização do

pode ser revertida em compra

da impressão digital para pe-

layout dependendo dos objeti-

do produto divulgado.

quenas tiragens. Títulos es-

vos do projeto gráfico.

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Outra vantagem da impres-

pecializados que interessam

A personalização dos itens

são digital é a possibilidade

apenas a um número pequeno

a serem impressos não é novi-

de reproduzir sob demanda. É

de leitores são impressos com

dade. Há muitos anos os cida-

possível fazer 50 cartões de

qualidade e são distribuídos

dãos recebem suas contas com

visita ou um banner ou 150

em setores que garantam a

descriminação dos serviços

livros, sempre com a capacida-

venda desse produto.

prestados e o respectivo valor.

de de imprimir mais exempla-

Antes da impressão digital,


Processos de impressão

os livros tinham tiragens mé-

o que facilita o processo de

Existem muitos fabricantes que

dias em torno de 3.000 exem-

impressão usado.

disponibilizam maquinário que

plares, o que gerava encalhe

A alimentação dessas má-

imprimem sobre vários tipos

do produto nas livrarias, des-

quinas pode ser em colha ou

de papéis como couché (brilho

valorizando o trabalho do es-

bobina. A vantagem da segun-

e fosco), sem revestimento

critor, ocupando muito espaço

da opção é a velocidade no

(offset, opaline, alta alvura),

físico para estoque e transtor-

processo de impressão.

cartões, reciclados, texturados

nos com transporte. A impres-

Outro segmento que utiliza

(casca de ovo, vergé, telado),

são sob demanda desse tipo

a impressão digital são os pro-

de projeto permite também a

cessos editoriais para confec-

Para quem está acostuma-

facilidade de atualização nas

ção de apostilas, manuais de

do com a impressão offset,

edições, aumentando o valor

eletroeletrônicos, cuja inovação

a quantidade de cores resul-

agregado do livro.

tecnológica necessita de revi-

tante da impressão digital é

Alguns acabamentos, como

sões periódicas, catálogo de

menor, principalmente nos

laminação, podem ser aplica-

produtos com preços e listas

processos que utilizam toner,

dos nas capas destes livros.

de produtos com códigos e

porém isso não desmerece o

Até de uma apresentação

descrição, bastante utilizadas

sistema. Para os criativos é in-

estética mais interessante, o

por representantes comerciais.

teressante tomar um pouco de

processo aumenta a durabili-

Esses projetos gráficos po-

cuidado com tons de papéis. O

dade do produto final. Alguns

dem ser impressos em má-

uso de cores Pantone também

modelos de máquina permi-

quinas baseadas em sistema

não é possível. Essas cores,

tem a inclusão de módulos

eletrostático, utilizando toner

quando utilizadas no layout, se-

como grampo ou cola e refile,

ou tinta líquida (electro ink).

rão convertidas para cores de

vegetal, entre outros.

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Processos de impressão

processo (CMYK), para serem reproduzidas. Por outro lado, está disponível o electro ink na cor branca, que possibilita a impressão de substratos transparentes ou coloridos. Também estão disponíveis vários tipos de vernizes aplicados na própria máquina, com o objetivo de trazer um acabamento desejável ao projeto. Outro segmento em que podemos encontrar a impressão digital é o mercado de sinalização e gigantografia. Nessa área encontramos as plotters, impressoras de grande formato que são utilizadas para reprodução sobre papel , plástico, lona, tecido, vinil entre outros substratos. Nessas máquinas a tinta é líquida, na maioria das vezes à base de solvente, que é transferida para o substrato por meio de jatos. Podem possuir várias cores básicas além das de processo (CMYK), garantindo um aumento na quantidade de cores, aumentando a qualidade das imagens reproduzidas nos papéis. A impressão digital aparece em um mercado cada vez mais competitivo, com grandes chances de desenvolvimento tecnológico e de expansão, basta observar a quantidade de fabricantes disponíveis na área gráfica.

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