Jornal Balaio

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b Edição: 0001 / Ano:0001 segunda-feira, 12 de abril de 2010

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alaio

3d A nova geração do Cinema


Expediente

Editorial A notícia como metodologia de ensino Acredite. Apesar de não parecerem, as próximas páginas são um mero trabalho escolar. Não que mero seja a melhor palavra a ser utilizada para descrever o resultado apresentado. Fruto

PROJETO GRÁFICO Rangel Sales(direção) Leonardo Cezário Felipe Paiva Marcus Vinícius

da criatividade e da habilidade técnica dos alunos do Xmódulo do Curso Técnico em Comunicação Visual do Senai/Cecoteg de Belo Horizonte. O desafio foi mais do que um mero trabalho em grupo, mas sim, produzir uma publicação editorial com acabamento profissional unindo seis equipes e fazê-las colaborar mutuamente.

MODA Diagramadora: Jéssica Cristine Conteúdo: Leonardo Farias Juan barbosa

Nesta tarefa não estava em questão quem era o professor ou quem era o aluno, pois seguindo o paradigma contemporâneo da educação, o professor exerce seu papel mediador mediador. Sendo assim, as equipes produziram cada qual de sua maneira seu conteúdo, imbuídas pelo objetivo comum de reproduzir a rotina de trabalho da redação de um jornal.

GASTRONOMIA Diagramadora: Raquel Marque Conteúdo: Thaís Mendes Fabíola da silva

Foram determinadas as editorias cada qual com seu responsável, o que facilitou o diálogo profissional entre as editorias. Todas dependiam de alguma forma da editoria de arte, que ficou responsável por desenvolver o projeto gráfico da publicação, além de supervisionar e orientar o trabalho de diagramação da equipe. Cada equipe foi responsável pela qualidade gráfica e pela

MÚSICA Diagramadora: Rachel Araújo Conteúdo: Julio Cardoso Breno Macena

exequidade dos cadernos de sua editoria. O sucesso dessa tarefa é de total responsabilidade do empenho e dedicação dos alunos que assumiram o posto de profissionais. E este professor, editor ou mero mediador sente-se extremamente realizado pela oportunidade de transformar sua experiência profissional em uma atividade acadêmica, que por

ARTE Diagramador: Aline Ribeiro Conteúdo: Lucas Dalla Michelle Bianca

sua vez tornou-se novamente em experiência profissional. Parabéns a todos. O orgulho é pouco para descrever minha satisfação Rangel Sales Instrutor de Formação Técnica – Senai/Cecoteg

CINEMA E TEATRO Diagramador: Rafael Henrique Conteúdo: Tamiris Monteiro Marcos de Araújo


Sumário

Moda gastr músic arte cinema Deu a Louca no Figurino da Lady Gaga Ela é super talentosa e disso não há dúvidas. Lady Gaga chocou o mundo com figurinos diferentes, hábitos estranhos e músicas dançantes.

04

A revolução na cozinha O chef britânico Jamie Oliver está levando sua cruzada contra a comida insalubre para o outro lado do Atlântico,

Única fábrica de vinil brasileira voltará a funcionar

Polysom, em Belford Roxo, poderá produzir cerca de 40 mil LPs por mês. Álbum de estreia da Nação Zumbi faz 15 anos e ganha reedição em vinil.

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20

Juan Francisco Casas. O rei das canetas Bic. O trabalho desse artista é bem conhecido na Europa e leva o nome de Ballpoint Artworks.

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3d A nova geração do Cinema Se você já foi assistir a um filme em uma sala 3D já deve ter percebido que, em todos os filmes, nem todas as cenas são em 3D.

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Moda

Deu a Louca no Figurino da

Lady Gaga


Moda Ela é super talentosa e disso não há dúvidas. Lady Gaga chocou o mundo com figurinos diferentes, hábitos estranhos e músicas dançantes.

L

ady Gaga é um personagem interessante que apareceu da

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todo uma equipe que cuida dos seus trajes, maquiagens, e cabelo, que a cantora chama de “Haus of Gaga”. Sua inspiração para a música (e para o guarda roupa) vem de grandes nomes da cena pop rock. “Sempre gostei de pop, rock e teatro. Quando descobri Queen e David Bowie foi quando tudo fez sentido para mim e percebi que podia reunir as três coisas”, declarou. Ela também se inspira em Peggy Bundy e Donatella Versace. “Olho para estes artistas como ícones de arte. Não se trata só da música. Tem a ver com a interpretação, a atitude, o visual. É tudo e é aí que eu vivo como artista, é isso que quero alcançar”.

noite para o dia e virou um ícone (e não importa mais o

Lady Gaga atingiu o topo. Suas músicas estão nas paradas, e seu rosto

lugar de onde ela veio). Primeiro foi o seu visual que

em todos os lugares. Agora parece que ela quer ter uma exposição de

chamou atenção do mundo inteiro, depois suas músicas tomaram conta das paradas. É moda! Eu sou uma artista. Isso é pra ser divertido! Seu estilo é interessante e ousado. E toda a graça está aí. Lady Gaga é uma artista no quesito moda. Fazendo a linha fashion destruction, a cantora conseguiu atrair para si todo os holofotes. Nada de escândalos, ou atitudes agressivas, apenas cores fortes, franjão, às vezes um laço de cabelo no estilo Minnie, perucas e combinações bem exóticas, abusando sempre de bodies e meias calças. Não é que eu não goste de calças, só opto por não usá-las em alguns dias. Acho isso sexy e amo o corpo humano nú. É por isso que aos 18 anos eu estava trabalhando em um clube de strip. É ela mesma que desenha parte das suas roupas de palco. Mas é claro, que há

“ Não é que eu não goste de calças, só opto por não usá-las em alguns dias. Acho isso sexy e amo o corpo humano nú. É por isso que aos 18 anos eu estava trabalhando em um clube de strip. “

seus modelitos no famoso Museu do Louvre em Paris.


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Moda

Ela é tudo de bom Ela não se achava bonita e ainda hoje diz que seu nariz é meio duvidoso. Não passou muito tempo e ela virou Gisele Bündchen ou a modelo mais famosa e mais bela do mundo.

T

a Gisele para abrir e fechar desfiles. Você pode imaginar isso? Sabe o que é chegar a Milão ainda menina, sem nunca ter feito nada, com um monte de top, e você abrir o desfile do Dolce e Gabbana?”, pergunta Monica. Em 1998, nova temporada de desfiles em Londres, Milão e Paris, totalizando cerca de

udo começou em 1994. A garota Gi-

surpreendeu e, além de ilustrar página inter-

sele Caroline Bündchen, então com

na daquela edição, Gisele teve sua primeira

14 anos, participou do concurso

imagem estampada na capa de um título in-

Look of the Year, da agência Elite, ficando em

ternacional. Algumas outras capas nacionais

segundo lugar na etapa brasileira e em quarto

e muitos desfiles e catálogos depois, chegou

na fase internacional. Depois da derrota, fez

a hora de Gisele partir para os Estados Uni-

alguns editoriais de moda no Japão (estágio

dos, no final de 1996. “Ela estava bem coloca-

inevitável para estreantes) e voltou para casa,

da aqui no Brasil. Mas, em Nova York, teve de

em Horizontina (Rio Grande do Sul), decep-

começar do zero”.

cionada pela falta de trabalho.

Em 1997, Gisele já era Gisele Bündchen,

Ainda no anonimato, fez vários desfiles por

mas ainda não tinha toda fama mundial. Para

aqui. “Ela começou no Phytoervas [em 1998,

o mundo, ela ainda era um dos promissores

Gisele ganhou o prêmio Phytoervas Fashion

talentos da nova geração de modelos.

de melhor modelo].

Mesmo assim a vida da menina era agitada.

Veio a primeira capa de revista. Gisele saiu

vivia entre São Paulo, Estados Unidos e Euro-

na “Capricho”, mas não fez muito barulho.

pa, trabalhando para as melhores grifes. “Ela

“Ela foi muito recusada. Muitas vezes, não foi

só queria saber de trabalhar”, diz Monica. Aí

capa porque as pessoas diziam que o nariz dela

conheceu o estilista inglês Alexander McQue-

não era nariz de capa.”

en, o grande criador por trás da Givenchy até

Em outubro de 1995, a moça foi uma das es-

há pouco tempo, que passou a se referir a ela

colhidas para fazer um editorial de beleza so-

como “the body” (o corpo). Também teve a sor-

bre cabelos na Marie Claire brasileira. Quando

te de ser coroada pela dupla Dolce e Gabba-

as fotos ficaram prontas, a beleza da menina

na. “Logo que eles a conheceram, colocaram

60 aparições – afirma-se que os cachês eram


Moda de US$ 5.000 por apresentação. Daí veio o

las. O look sensual e saudável da gaúcha passa-

ingresso definitivo no universo editorial in-

va a desbancar o visual de estilo anoréxico tão

ternacional de moda. A primeira capa lá fora

difundido por Kate Moss. Essa atitude e apa-

foi na edição de março da Marie Claire ingle-

rência começavam a abrir espaço para o boom

sa. Dois meses depois, a sensibilidade latina

das brasileiras no mercado internacional.

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“Muitas vezes, não foi capa porque as pessoas diziam que o nariz dela

do fotógrafo peruano Mario Testino ajudou a

Gisele, que aos 18 anos tinha faturado em

promover uma nova imagem da mulher. Foi

um ano US$ 1 milhão, ainda não era o que é,

ele o autor da reportagem fotográfica feita no

nem dominava o mercado sozinha, mas todo

Rio de Janeiro para a edição de maio da revis-

mundo queria Gisele, inclusive o star Leo-

página inteira feita por Irving Penn. Retocada

ta americana “Allure”, uma espécie de bíblia

nardo DiCaprio. Corria o boato que ele man-

em computador, a imagem mostra uma Gisele

da beleza. Gisele estava lá, encarnando o novo

dava flores para ela, sempre acompanhadas

de seios maiores. Muito brava, teria pensado

símbolo de feminilidade que a moda parecia

de um convite para conhecê-la. Mas a moça

em processar a publicação.

querer: versatilidade, curvas, frescor, volume,

namorava o americano e também modelo

alegria, sensualidade. Gisele surgia com ar de

Scott Barnhill.

não era nariz de capa.”

No final daquele mesmo ano, veio a consagração: Gisele recebeu o prêmio de melhor

saúde num mundo de modelos esquálidas,

A liderança da estrela aconteceu mesmo

modelo do ano no Vogue Fashion Awards. Ela

com mais aparência de doentes do que de be-

em 1999, quando foi protagonista de um ten-

vestia uma microssaia e uma camisa branca

to inédito na história da moda internacional:

Dolce & Gabbana e era a mais importante e

emplacou de uma só vez todas as capas, edito-

mais famosa do momento. Afirmava-se que

riais e anúncios que importam. Mais: desfilava

não saía de casa por menos de US$ 35 mil. A

as coleções dos maiores estilistas. Em maio, foi

essa altura, já tinha um apartamento de dois

fotografada por Steven Meisel para a capa da

andares em TriBeCa, um dos bairros mais

“Vogue” América, considerada uma das mais

charmosos de Nova York, e uma fazenda em

importantes revistas de moda do mundo. Em

Woodstock, perto de Nova York. Mesmo res-

julho, a mesma “Vogue” publicou, além da capa

guardando como sempre sua vida pessoal, viu

com a moça em foto de Meisel, uma reportagem

os tablóides anunciarem o fim de seu namoro

sobre curvas femininas com uma foto dela de

de dois anos e meio com Barnhill.


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Moda

All star a moda que dura. N

ão existe uma pessoa que já

Marquis

Massachuset-

No Brasil, a moda chegou nos anos 80

não tenha usado ou, pelo

ts. No entanto, o modelo com o design

e já entrou até nas passarelas. Hoje, a

menos, conheça o All Star.

conhecido atualmente foi desenvolvi-

empresa comprada pela Nike, produz

Dizem que quanto mais velho, mais

do em 1921, pelo jogador de basque-

as mais variadas versões do clássico,

gostoso

customizado,

te Chuck H. Taylor. Em 1956 o famoso

desde os modelos mais básicos de lona,

com cadarço de cores diferentes. Cada

tênis apareceu nos pés do rebelde Ja-

aos estampados, coloridos e cheios de

um tem seu próprio jeito de usar All

mes Dean e se transformou em mania

aplicações, das maneiras mais criati-

star, o tênis que não sai dos pés de mui-

entre os jovens.

vas possíveis. Na onda sustentável, a

fica.

Surrado,

Converse, em

marca desenvolveu produtos feitos com

tas gerações. Jovens e adultos, universi-

O mundo da música, especialmente

tários, roqueiros, profissionais liberais

do rock, também têm forte participação

e celebridades, o All star é sucesso em

no fenômeno de dissipação do tênis. Os

O sucesso do All Star é indiscutível;

todas as tribos.

Ramones, os Rolling Stones, Kurt Co-

as vendas passam de 1,1 bilhão de pa-

bain e os garotos do Strokes, por exem-

res. Ignorando os avanços tecnológi-

plo, influenciaram milhares de jovens

cos da indústria esportiva, o tênis fez

A Converse Rubber Company foi

adeptos aos estilo roqueiro, que incluí-

história e atravessou um século sem

fundada em 1908 pelo norte-americano

ram o All Star na composição do visual.

ser esquecido.

Esse clássico tênis de lona completou 100 anos de existência em 2008.

tecido de PET.


Moda

9 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ray Ban Ele pode ser visto nas caras mais famosas e descoladas do mundo. Os óculos RAY BAN se tornaram um clássico da moda e fizeram história em cada geração que percorreu.

N

os anos 20, após a Primeira Guer-

ou Raios Banidos), ganhou armação dourada

ra Mundial, a indústria de aviões,

e as ruas do mundo inteiro. Mas foi através do

que primava pela construção de

cinema que o Ray Ban obteve grande sucesso.

aeronaves modernas e capazes de alcançar alti-

A marca de óculos de sol Ray ban tem mais

tudes impressionantes para a época, crescia de

de 70 anos de vendas de óculos de sol no mun-

forma constante. Os pilotos eram prejudicados

do todo. Em alguns óculos de sol Ray ban as

pela claridade excessiva do sol sobre as nuvens

matérias primas dos óculos de sol são precio-

e sofriam distorções visuais.

sidades, por exemplo, o óculos de sol Ray ban

A força aérea dos Estados Unidos encomen-

Ultra exprime qualidade com materiais como

dou a Baush & Lomb (empresa ótica ameri-

o titânio, o beta-titânio e até mesmo ouro.

cana fundada em 1849), lentes especiais para

Os óculos de sol Ray ban são para homens

combater os danos criados pelos raios UV. Fo-

e mulheres, eles remetem força e ousadia,

ram cerca de dez anos de pesquisas, mas final-

além de serem confortáveis e oferecem uma

mente foram criadas as lentes verdes de cristal

visão ampla.

especial capaz de refletir e bloquear um alto

Desde 1999, a marca pertence à empresa ita-

nível de luz solar, além de proteger contra os

liana Luxottica Group Spa. Além do modelo

raios ultravioletas e infravermelhos. O design

Aviator, o Wayfarers também atingiu grande

foi inspirado nas primeiras máscaras criadas

sucesso graças à eterna bonequinha de luxo,

para pilotos de avião. Foi batizado como Anti-

Audrey Hapburn. Hoje não há quem não te-

Glare Aviator e somente em 1937 passou a ser

nha ouvido falar nestes óculos que já lançaram

chamado de Ray Ban (do inglês Ray-Banner

diversos modelos desde sua origem.


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Moda

Desfile de Chocolate


Moda Inspirados em eventos internacionais estudantes do curso de moda do Senac-RS criaram looks comestíveis produzidos com peças feitas de chocolate.

O

s visitantes do evento “Choco-

da roupa e a deixa bem rígida. “As modelos

fest” se surpreenderam ao ver

não vestem a peça, elas entram nela”, explica

um desfile de moda com roupas

Weiss. Tem até vestido de noiva, feito com de-

feitas de chocolate. Por aqui, isso é novidade,

talhes em renda de chocolate. A peça pesa 5 kg

mas a ideia já é conhecida em Paris, Nova York

e, depois do banho de chocolate, passa a ter 15

e até Lisboa. É de encher os olhos e de dar

kg. Como manda o figurino, a noiva traz um

água na boca.

buquê de flores (de chocolate, claro). “Ficou

Como explica Márcio Weiss, produtor do

combinado que a modelo iria jogar o buquê

evento e coordenador do curso de moda do

para o público no fim do desfile, mas eu fiquei

Senac-RS, foi necessário fazer vários testes

com medo por causa do peso”, conta Weiss,

para analisar o comportamento do chocolate

depois de revelar que o adereço tinha 3 kg de

em altas temperaturas, espaços abertos e em

chocolate. Para driblar o calor, a saída foi con-

constante contato com o calor do corpo para

feccionar as peças e realizar o desfile com os

encontrar a maneira certa de trabalhar com a

aparelhos de ar condicionado a todo vapor.

guloseima. “O próximo passo foi criar a cole-

Sim, as peças são comestíveis! Weiss e a

ção e colocar o trabalho em prática”, afirmou.

chef de cozinha Andréa Schein fizeram uma

Todo o processo de confecção das peças foi

pesquisa para descobrir como conferir mais

realizado em ambientes climatizados e perma-

resistência ao chocolate, não só à temperatu-

necerão sob refrigeração até o final do desfile

ra ambiente, mas também à do corpo. A so-

para garantir a conservação das peças. Cerca de

lução foi adicionar à guloseima uma gordura

14 looks foram confeccionados, mas, segundo

especial vinda da Malásia.

Weiss, o material é muito adaptável e permite

Depois do evento, a intenção é doar as rou-

a montagem de até 50 peças. Para esse desfile o

pas para a cidade de Gramado. Uma indús-

modelo mais trabalhoso foi o vestido de noiva,

tria de chocolate já fez até uma proposta para

que conta com detalhes e acessórios cobertos

comprar as peças e montar uma exposição com

por mais de dez quilos de chocolate.

elas. O negócio agora é torcer para que a gor-

As peças são feitas com uma base de arame

dura da Malásia, os aparelhos de ar condicio-

revestida de tecido. Depois, vem o banho de

nado e o controle do apetite das modelos sejam

chocolate, que aumenta em até 300% o peso

bem resistentes.

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Gastronomia

A revolução na cozinha

| Jaime ensina a fazer pratos simples e deliciosos


Gastronomia O

chef britânico Jamie Oliver está

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A salada de tomate MOTHERSHIP

levando sua cruzada contra a comida insalubre para o outro

lado do Atlântico, com a estreia de seu ‘’reality show’’ “A Revolução Alimentar de Jamie Oli-

Ingredientes:

ver” (Jamie Oliver’’s Food Revolution). Ícone

1 kg de tomates maduros misturados, formas e

pop da culinária moderna, Oliver aterrissa em

cores diferentes

Huntington, Virgínia ocidental - uma cidade

Sal marinho e pimenta do reino

que ele próprio designou como a mais causa-

Uma boa pitada de orégãos secos

dora de doenças da América devido à obesida-

Vinagre de vinho tinto ou balsâmico

de desenfreada -, prometendo revolucionar a

Azeite extra-virgem

forma como seus moradores comem.

verdadeira transformação culinária.

1 dente de alho, descascadas e raladas

Oliver defende as alegrias de se preparar co-

“Esta comida vai matar seus filhos”, diz ele

mida fresca cuidadosamente desde o início, no

à mãe, condenando a dieta da família, baseada

lugar da comida barata processada, que contri-

em alimentos fritos e gordurosos, enquanto os

Preparação:

buiu para que os Estados Unidos se tornassem

olhos da mulher ficam cheios de lágrimas.

Dependendo do tamanho dos seus tomates,

1 pimenta vermelha fresca, sem sementes e picado

A mensagem, enfatizada por seu típico

algumas fatia ao meio, em alguns bairros e

Em seu novo programa de TV, que estreia

sotaque britânico, é a de que a boa comida

outros em pedaços irregulares. Imediatamente,

na sexta-feira com seis episódios na emissora

é um direito divino: toda criança tem o di-

este lhe dará o início de uma salada de tomate

BBC, o chef, de 35 anos, tenta ajudar os mora-

reito a refeições frescas e nutritivas na esco-

que é realmente corajoso e emocionante de

dores a se livrar de sua dieta de hambúrgueres,

la, e toda família merece uma alimentação

se ver e comer. Coloque os tomates em um

cachorros-quentes e pizza.

genuína e saudável.

escorredor e tempere com uma boa pitada de sal

um dos países com mais obesos no mundo.

Durante o programa, Oliver enfrenta a for-

marinho. Dê-lhes um lance, a estação de novo

te resistência dos moradores de Huntington,

e dar um par joga mais. O sal não será atraído

Graças a seus livros sobre as alegrias da co-

aferrados à sua forma de vida e nada dispos-

para o tomate, em vez disso, vai tirar o excesso

mida preparada com simplicidade - um estilo

tos a mudar, mas conseguirão, finalmente, ver

de umidade para fora, concentrando todos os

culinário que lhe rendeu o apelido de “o chef

a luz quando os créditos subirem na tela, ao

sabores encantadores. Deixar os tomates no

nu” (the naked chef) - ele ascendeu ao status de

final do episódio.

coador sobre uma tigela durante 15 minutos, em

Na Grã-Bretanha, por influência de Oliver, as escolas revisaram o cardápio do almoço.

ícone gastronômico com seu apreciado progra-

seguida, descartar qualquer suco que saiu deles.

ma de TV exibido na BBC.

Coloque os tomates numa tigela grande e

Oliver planeja ensinar a comunidade nor-

PARA MAIORES

polvilhe sobre o orégano. Faça um curativo

te-americana a preparar refeições saudáveis

INFORMAÇÕES

com uma parte de vinagre para três partes de óleo, o alho e a pimenta. Regue os tomates

que “não custam os olhos da cara”. No primeiro episódio, ele visita o refeitório de

www.jamieoliver.com

com cobertura suficiente para cobrir tudo

uma escola do ensino fundamental e uma

Assista “Naked Chef”

bem. Sirva com algumas bolas de mozzarella

família local que sofre de sobrepeso e sub-

sábado às 19h na GNT

ou pão ciabatta bom grelhado.

nutrição, na esperança de produzir uma


14 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Gastronomia

A dieta vegetariana

A

limentação é um tema tão amplo e

boa saúde em uma vida de intensa atividade

complexo quanto polêmico e con-

consumindo-se apenas 2,5% de calorias diárias

troverso. O assunto “dieta” sempre

como proteínas, ou seja, o equivalente a 20 g/

chamou a atenção das pessoas e a cada dia mais

dia para um homem adulto e até menos do que

e mais livros e revistas têm sido publicados a

isto para uma mulher adulta. Outras correntes

esse respeito - dentro dos mais diversos níveis

analisam a partir do seguinte ponto de vista: o

de abordagem. Embora o conceito que temos

ser humano apresenta a máxima taxa de cres-

hoje sobre alimentação esteja baseado em uma

cimento tecidual enquanto bebê, de forma que

herança cultural profundamente arraigada,

nessa fase atinge o ápice em sua existência. O

muita coisa que inicialmente era considerada

bebê obtém sua dose ideal de proteína através

“saudável” já tem sido revista e até reclassifica-

do leite materno, o qual possui 1,1% de teor

da, em muitos casos, com um rótulo oposto.

protéico. Ao alcançar a fase adulta, esse consu-

Há diversas teorias no tocante ao que se

mo será apenas para auxiliar na manutenção

deve ou não comer, sobre a melhor forma e os

e regeneração do organismo, pois não há mais

intervalos em que as refeições devem aconte-

crescimento. Assim, as necessidades de um

cer, a mastigação, combinação de alimentos e

adulto seriam ainda menores.

tantos outros subtópicos. Todas essas teorias

Sabe-se que um dos benefícios de uma dieta

parecem ter seu próprio grau de confiabilida-

vegetariana é que ela contém uma quantidade

de, uma vez que cada uma delas foi tecida a

adequada e não excessiva de proteínas. A maio-

partir de um determinado nível de raciocínio,

ria das pessoas traz consigo, desde a infância, a

que será sempre válido dentro de um contexto

informação de que uma dieta equilibrada deve

ou ponto de vista.

conter elementos de todos os tipos, inclusive a

Pesquisas recentes mostraram que não ne-

carne e o peixe. As pesquisas mais atualizadas,

cessitamos de tanta proteína quanto se pen-

no entanto, demonstram que o mito da carne

sava anteriormente. A dosagem recomendada

como fonte indispensável de proteínas perdeu

caiu para mais do que a metade nos últimos

toda a sustentação científica de que outrora

20 anos. A Organização Mundial de Saúde

desfrutou.

estabeleceu uma dose mínima de aproxima-

Hoje o vegetarianismo conta com o suporte

damente 5% da ingestão diária indicada de

de inúmeros estudos científicos nas mais di-

calorias, embora haja outros estudos que sus-

versas áreas. Pesquisas mostram que os vege-

tentam a ideia de que é possível manter uma

tarianos apresentam menos riscos de doenças

motivadas p animais, essa


Gastronomia

por ideias de respeito aos a dieta tem maior número de adeptos no mundo

15 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Bons motivos para ser vegetariano Gorduras animais favorecem o câncer, as doenças cardiovasculares, a obesidade, a diabete etc. Carne industrializada contém frequentemente, resíduos perigosos de pesticidas, antibióticos e hormônios. Na carne, as substâncias nocivas estão, em média, 14 vezes mais concentradas do que nos alimentos vegetais. Os dejetos da criação em massa são os principais responsáveis pela poluição de lagos e lençóis freáticos por nitrato. Metade dessa poluição causada pelo homem vem da criação de animais. O consumo de água para a produção de carne é muito maior do que para a produção de cereais. O amoníaco dos dejetos animais contribui muito para a formação da chuva ácida. A alimentação baseada em produtos de origem animal necessita muito mais terra do que a produção direta de alimentos vegetais. Enquanto nos países mais pobres milhares de crianças morrem de fome, esses mesmos países exportam cereais e soja para alimentar animais de abate nos países industrializados. Cada vez mais pessoas decidem adotar a alimentação vegetariana e assumem desta forma a responsabilidade pelas suas ações.

cardíacas, hipertensão, obesidade, diabetes,

representando uma consequência direta da

câncer, diverticulite, desordens intestinais, cál-

perda de contato com os ritmos naturais que

culos biliares e renais e osteoporose (Journal

deveriam reger a vida.

of the American Dietetic Association, nov/93).

É cada vez maior o número de pessoas em

As dietas vegetarianas têm sido empregadas

todo o mundo que têm substituído a habitu-

com êxito no auxílio ao tratamento de diversas

al dieta onívora por uma vegetariana, sejam

doenças, incluindo obesidade, artrite reuma-

motivadas por ideias de respeito aos animais,

tóide e síndrome nefrótica.

por preservação ambiental, por crenças filosó-

Cada espécie animal é programada geneti-

ficas ou mesmo por cuidados com a própria

camente para uma dieta específica, que é se-

saúde. A diversidade de ideologias dentro do

guida de forma instintiva por todos os seus

vegetarianismo pode ser retratada pela enor-

membros. Assim, cada espécie sabe com exa-

me galeria de celebridades ao longo da histó-

tidão o que comer. Os humanos, ao contrário,

ria, que vão desde Pitágoras, Platão, Sócrates,

escolhem sua própria dieta, muito mais por

Plutarco, Sêneca, Leonardo da Vinci, Voltaire,

tradição e cultura do que por restrições físi-

Tolstoi, Gandhi, Thomas Edison, Albert Eins-

cas. E foi através das influências culturais que

tein, Martin Luther King, até ídolos mais atu-

perderam, gradualmente, o contato com suas

ais como Sinéad O’Connor, Sarah McLachlan,

necessidades alimentares e outros instintos.

Annie Lennox, Madonna, Richard Gere, Dus-

Os comportamentos tão destrutivos em todo o

tin Hoffman, Paul Newman, Brad Pitt, entre

mundo indicam que a toxicidade devido aos

tantos outros.

maus hábitos alimentares tem levado a huma-

Se as pessoas se recusarem a manter seus

nidade ao excesso e à perda de controle. A pro-

antigos hábitos alimentares e a repensar sobre

babilidade da destruição de todas as formas de

a razão e o porquê de todo o processo alimen-

vida no planeta é progressiva e hoje iminente,

tar, poderão obter resultados surpreendentes.


16 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Gastronomia

Delícias que aquecem Com aparência aveludada ou espumante, estas bebidas podem ser saboreadas depois de uma refeição ou em uma tarde chuvosa com um bom livro ao lado

É

curioso como nosso apetite au-

seja em casa ou no trabalho. Outro motivo é

menta no inverno e como somos

a combinação harmoniosa do café com outros

influenciados por alguns pratos

ingredientes, resultando sempre em receitas

típicos desta estação. Cremes, sopas, entre ou-

deliciosas. E o café ainda faz bem à saúde.

tros são sucesso e ajudam a fugir do frio.

Consumido moderadamente (na quantia de

Com aparência aveludada ou espumante,

três a quatro xícaras por dia), o café aumenta

estas bebidas podem ser saboreadas depois de

a capacidade de concentração, a memória e o

uma refeição ou em uma tarde chuvosa com

estado de alerta, sendo indicado para crianças,

um bom livro.

jovens e adultos.

São várias as razões que explicam o sucesso

Com tantos atributos, não é sem fundamen-

do café no inverno. Primeiro, porque aquece.

to que o café é consumido por mais de 94% dos

Segundo, porque desperta e anima, dá aque-

brasileiros acima de 15 anos e, depois da água,

la energia e vitalidade, espantando a preguiça,

é a bebida de maior preferência nacional.


Gastronomia

17 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Chocolate quente 4 xícaras de leite 4 gemas de ovo 1 colher (chá) de maisena 6 colheres (sopa) de chocolate em pó 4 colheres (sopa) de açúcar 1 colher (café) de essência de baunilha Coloque o leite para ferver em uma leiteira. Peneire em um recipiente o chocolate em pó, a maisena e o açúcar. Acrescente as gemas e misture bem para obter um creme liso. Despeje um pouco do leite fervente sobre a mistura de gemas. Misture levemente e coloque o leite restante. Leve novamente ao fogo baixo misturando com uma colher de pau. Ferva por 1 minuto. Retire do fogo

café com chocolate

e acrescente a essência de baunilha. Sirva em canecas com marshmellow.

1 xícara de chá de café quente 1/2 xícara de chá de creme de leite fresco

DICAS DE INVERNO

1 xícara de chá de chocolate meio amargo

O inverno, assim como as outras estações do ano, tem sua beleza própria, que traz char-

picado

me e elegância para as noites frias. Tudo o que fazemos no inverno tem um “gostinho”

3 colheres de sopa de açúcar refinado

especial, principalmente na culinária. É uma época propícia para ganhar peso, pois não

Para decorar:

há quem resista a uma sopa de legumes quente, ou a um chocolate cremoso. A atenção

Chocolate em pó

redobra para quem está de dieta e procura manter a forma durante essa estação, mas é

Chantilly

possível manter a forma mesmo com tantas delicias que o inverno nos oferece. É durante o

Café em grãos

inverno que precisamos cuidar do corpo, os exercícios físicos são recomendados, o corpo tende a consumir mais energia para manter a temperatura, aumentando a fome. Por isso

Misture café com creme de leite e leve ao fogo

os exercícios eliminam tudo o que consumimos para manter o corpo aquecido nas épocas

até aquecer bem. Junte os demais ingredientes

com temperaturas mais baixas. A alimentação é importante já que a tendência é consumir

e bata no liquidificador em velocidade alta

mais que o normal, mas não se esqueça das saladas, verduras, legumes e grãos. Os legu-

por alguns segundos até que a mistura fique

mes cozidos também são fontes de vitaminas e minerais, mas quando cozidos perdem suas

homogênea. Sirva em seguida em taças

características. Então, dê preferência e não substitua os crus.Assim, mantenha as mãos

decoradas com chantilly, chocolate em pó e, se

limpas e evite o contato com muitas pessoas em lugares fechados.

quiser, folhas de hortelã ou chocolate picado.


18 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Gastronomia

É de raspar o tacho !

Os doces de fazenda são uma das maiores tradições brasileiras. Essas delícias ajudam a contar uma história de delicadeza e miscigenação cultural pêssego. O de casca de laranja também é ótimo. E o de banana, abacaxi, limão, araçá, marmelo, figo ou abóbora! O de abóbora eu gosto sem coco, tem? Tem e tem também de jabuticaba e de jaca. Em pedaços ou cremosos. E pera, sapoti, maracujá, fruta-pão, cajá, carambola, umbu, mangaba e guajiru: matéria-prima abundante, alargando a ousadia de quem cozinha e de quem saboreia. Para quem for do contra, ainda é possível tentar resistir ao doce de leite e ao doce de ovos, duas outras especialidades que têm na ambrosia a expressão máxima de manjar dos deuses . A tradição da nossa doçaria vem da época colonial, tempo em que se contava com escravas escolhidas a dedo para bater claras

S

em neve, acertar o ponto das receitas, servir e tradição fosse medida em grãos de

impureza do açúcar, que a maioria das pessoas

as mesas com a elegância das compoteiras

areia, Minas seria uma praia do ta-

desconhece que exista, é retirada com clara de

de cristal e das salvas de prata. Cada famí-

manho do litoral brasileiro. O jeito

ovo ou leite. Toda essa autenticidade se perpe-

lia tentava impressionar por suas especia-

tua passando de geração a geração.

lidades e, não raro, o convidado saía com

do mineiro, a música, as montanhas e casarões e a comida são marcas do estado que nem a

Mas não é preciso ser estrangeiro para sen-

um pote de doce, oferecido como presente.

tecnologia e a globalização conseguiram ofus-

tir água na boca por um doce desses. Ou vai

Seja na casa da avó, seja nas feiras livres

car. Quer justificativa melhor do que os doces

dizer que você já conseguiu experimentar tudo

de produtos artesanais, nos restauran-

mineiros? Até hoje eles são feitos em tacho de

que é fruta e não conseguiu escolher uma que

tes típicos ou nas prateleiras dos super-

cobre, no fogão a lenha, mexidos com colher

lhe apetecesse, em sua forma dulcíssima? Mais

mercados, vai ficar sempre um gostinho

de pau e uma pitada de paciência e prazer. Afi-

fácil é não conseguir escolher: além de coco e

de quero mais : aquele espaço que de-

nal de contas, doce para ser bem mineiro não

mamão verde, goiaba, caju, cidra e lima, não

sejamos preservar intocável, a despeito

pode ter nenhum ingrediente químico. Até a

deixe de provar os de manga, de jenipapo e de

de tantas mudanças em nossos costumes.


Gastronomia

19 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cupcakes à brasileira

N

ão há povo que mais invente na co-

bezinho. Hoje eles são fabricados por várias

zinha do que o brasileiro. Os ita-

empresas e podem ser utilizados, já que têm

lianos ficam estarrecidos diante

muita durabilidade e aí você fica somente

das nossas pizzas doces ou dos sabores que

com o trabalho da decoração.

misturam vários ingredientes. Os japoneses

Antigamente era usado como lembran-

nunca entenderam como a combinação de

cinha de aniversário. Bastava colocar uma

peixe com arroz pode gerar a infinidade de

vela em cada bolinho e o sucesso do evento

sushis e sashimis que temos por aqui. Sim,

era garantido. Ou era entregue às crian-

nós nos misturamos, sempre.

ças no momento de cantar os parabéns e

E na cozinha não seria diferente.

cada uma delas soprava a velinha do seu

Os cupcakes, típicos doces americanos,

próprio bolo. Mais do que o próprio sabor,

chegaram ao Brasil não faz muito tempo e

os cupcakes são valorizados pelo impacto e

já têm sabores jamais imaginados na terra

pelo bom gosto.

de Obama. O nome vem da fôrma em que o bolinho é assado, que tem o tamanho e formato de uma xícara (em inglês, cup). Esses são vendidos em forminhas de papel. Lembram o muffin, mas com cobertura em formato de sorvete expresso. A variedade está no sabor do bolo e da cobertura. Sua fama começou quando as pessoas nos Estados Unidos madrugavam e faziam fila para comprar os cupcakes das padarias mais cobiçadas, antes que a fornada diária acabasse. Existem há muitos anos, mas depois de ser relançado nos USA virou febre nacional. Essa mania na verdade nos acompanha faz tempo, com um bolinho chamado Be-

Cupcake de Maracujá Ingredientes: 1 xícara de farinha 1 colher de chá bem cheia de fermento em pó 1 pitada generosa de sal 1/3 xícara de suco de maracujá 7 colheres de sopa de manteiga em temperatura ambiente 1/2 xícara de açúcar 1 ovo

Misture a farinha, o fermento e o sal. Peneire a mistura para aerar, e reserve. Numa outra tigela, bata em velocidade média a manteiga e o açúcar até ficar esbranquiçado e meio fofo. Junte o ovo e bata bem. Em velocidade baixa, junte um terço da farinha e bata até incorporar. Acrescente metade do suco de maracujá. Repita a operação com mais um terço da farinha, depois com o resto do suco, e termine com o terço final da farinha. Misture todos os ingredientes. Para assar, você vai precisar de forma para bolinho individual. Cada forma precisa ter uma forminha de papel-manteiga plissado. Coloque a massa nas forminhas, deixando o terço superior vazio. Asse em forno moderado (180 graus) por aproximadamente 20 minutos. Os bolinhos estarão prontos quando o topo estiver dourado e um palito inserido no meio sair limpo.


20 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Música

Única fábrica de vinil brasileira voltará a funcionar para o desespero dos fãs esse pode ser o último álbum da tão renomada banda de heavy metal inglesa Iron Maiden que vem lotando shows por toda parte do mundo desde 1980.

O

disco de vinil vai bombar no Brasil. A previsão é de João Augusto, novo dono da Polysom,

única fábrica de LPs da América Latina. Localizada em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, ela ficou desativada até ser comprada pelo presidente

Polysom, em Belford Roxo, poderá produzir cerca de 40 mil LPs por mês. Álbum de estreia da Nação Zumbi faz 15 anos e ganha reedição em vinil.

da Deckdisc, no início deste ano. Prestes a voltar a funcionar, a empresa não tem vínculos com a gravadora e deve produzir 40 mil peças por mês. “A Polysom é uma companhia inteiramente independente que vai atender a todas as gravadoras. A Deckdisc vai ser tão cliente dela quanto as outras gravadoras e os artistas independentes. Há uma gama muito grande de independentes que tem essa demanda por vinil”, diz João Augusto. Na era do MP3, disco de vinil recupera espaço entre os fãs de música. A data da conclusão da reforma, que começou em maio, depende de diversos fatores, mas a Polysom deve reabrir suas portas “ainda este ano, com certeza”. De acordo com o proprietário, a capacidade de produção será de 40 mil discos por mês. “Isso só no começo, depois pode aumentar. Acredito numa demanda alta porque já tem muitos interessados.” Como não se fabrica mais maquinário para prensar discos de vinil, todo o equipamento da


Música Na era do MP3, disco de vinil recupera espaço entre os fãs de música.

21 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Polysom é reaproveitado. “Tudo está sendo recu-

álbuns históricos num formato de luxo em edi-

perado, desde a mesa de corte até as prensas. A

ção limitada. Cada exemplar contém o LP ori-

gente desmonta e troca várias peças, mas a carcaça

ginal com áudio remasterizado fabricado nos

é a mesma de décadas atrás.”

EUA e um CD.

A Polysom vai vender o produto semi-acaba-

A primeira edição do projeto reúne os tra-

do. Caberá às gravadoras colocar a capa, emba-

balhos de estreia de Chico Science & Nação

lar e vender. O preço final também vai depender

Zumbi, Vinícius Cantuária, Engenheiros do

delas. “No que diz respeito ao custo de fabrica-

Hawaii, Inimigos do Rei e João Bosco. Serão

ção do vinil aqui, estou tentando fazer com que

30 títulos ao todo, incluindo álbuns do Skank,

o preço seja duas vezes e meia menor do que lá

Zé Ramalho, Sérgio Dias e Maria Bethânia. Cada

fora”, diz João Augusto. “Vou conseguir fazer

disco custa em torno de R$ 150.

aqui um produto muito mais barato do que o que

“‘Da lama ao caos’ é o primeiro e mais im-

vem de fora. O problema do Brasil é que as taxas

portante disco de nossa carreira”, diz Lúcio Maia,

são muito altas.”

guitarrista da Nação Zumbi. “Ali estão as ideias

Nos Estados Unidos, as vendas de discos de vi-

de anos de expectativa por uma consolidação

nil aumentaram 50% em relação ao ano passado,

profissional. Tudo aconteceu da melhor maneira

de acordo com dados divulgados pela Soundscan.

possível. Não imaginávamos que um dia o álbum

Segundo a empresa, a estimativa é que sejam ven-

seria tão importante para a música brasileira.

didos 2,8 milhões de LPs no país até o final do

Mudamos o conceito de ‘MPB é uma m..., o ne-

ano – esta é a marca mais alta desde que a Soun-

gócio é imitar gringo’”, reflete o músico, que só

dscan passou a acompanhar o setor, em 1991.

compra vinil.

‘Da lama ao caos’ completa 15 anos e ganha reedição em vinil. A gravadora Sony acaba de lançar a série“Meu Primeiro Disco”, que traz de volta ao mercado

“Não sei quantos LPs eu tenho, mas minha coleção tem de tudo. A maior parte de música brasileira, depois jazz, depois Jamaica, alguns de funk, outros de rock, vários do Fela Kuti, Hendrix, trilhas sonoras...”


22 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Música

para o desespero dos fãs esse pode ser o último álbum da tão renomada banda de heavy metal inglesa Iron Maiden que vem lotando shows por toda parte do mundo desde 1980.

“The Final Frontier” o nome do novo álbum


Música

P

ara a alegria dos fãs a Donze-

Em seu facebook, Kevin Shirley, produtor

la de Ferro anunciou o nome

do Iron Maiden, respondeu à pergunta de um

de seu 15º álbum de estúdio:

usuário sobre a história de “Final Frontier” ser

“The Final Frontier”.

o último álbum da donzela.

Ao contrário do que disse o baterista Ni-

“É o seu décimo quinto álbum de estúdio

cko McBrain em recente entrevista, o álbum

- Steve sempre disse que faria 15 álbuns...”diz;

será lançado ainda este ano e a turnê de di-

Provavelmente esta seja apenas a opinião de

vulgação do novo trabalho se iniciará nos

Kevin, mas por ele estar sempre ao lado da ban-

shows nos EUA e Canadá em junho e ju-

da, é uma informação que preocupa os fãs.

lho. Sim! O Iron Maiden tocará na terra do

Em outra resposta, Kevin disse que não

Tio Sam e no Canadá antes dos já marcados

pode adiantar o nome das faixas antes do site

compromissos nos festivais de verão pela Europa.

oficial e dará dicas sobre as gravações em um

O DREAM THEATER fará abertura para o

diário que ele vai soltar na internet.

Iron Maiden na América do Norte.

23 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

((Rock in Rio - 2001) O Iron Maiden foi a principal atração do dia 19 de janeiro de 2001, onde tocou para mais de 250 mil pessoas na Cidade do Rock em Jacarépaguá, RJ.

“A hora do Maiden chegará! Você sabe tan-

Os shows no velho continente já anuncia-

to quanto eu e a banda deve saber praticamen-

dos serão a sequência da “The Final Frontier

te o mesmo - terá uma turnê de verão, o álbum,

World Tour”. A banda planeja, em 2011, pas-

grande turnê no próximo ano - é uma coisa

sar por vários outros países pelo mundo, entre

de cada vez. Nós não podemos revelar os títulos

eles o Brasil.

das músicas ou qualquer outra coisa antes do iron-

Mas para o desespero dos fãs esse pode ser

maiden.com, mas vou dar algumas dicas no diário

o último álbum da tão renomada banda de he-

da gravação, quando estiver pronto. Só posso

avy metal inglesa que vem lotando shows por

dizer que Bruce e Nicko gostam de daiquiris

toda parte do mundo desde 1980.

de banana”.

(The nunber of the beast - 1982) álbum que marca a entrada do vocalista Bruce Dickinson e considerado um dos melhores álbuns da banda.


24 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

dança

Alguém quer dançar?

A

A dança de salão está voltando com tudo, a cada dia que passa mais pessoas incluindo jovens estão a procura dos ritmos tradicionais

dança de salão é uma das formas mais tradicionais

Quem não se lembra do forró? Um dos ritmos mais famosos e pro-

de se dançar. Tem sua origem nas gafieiras e ganhou

curados que há tempos faz sucesso nas pistas. Além desse, a salsa e o

bastante divulgação no final da década de 80 quando

zouk também estão em alta. A salsa é mais conhecida, veio de Cuba e

começou a ser mais difundida pela televisão em tramas de novelas e

surgiu da fusão de ritmos caribenhos, é bem animada e pode ser dan-

programas de auditório.

çada mais solta ou juntinho do par. O zouk ainda não é tão famoso, o

Dança de salão é o nome genérico dado aos ritmos dançados em dupla como, por exemplo, a salsa, o bolero, o zouk, o samba, o soltinho,

estilo da música é o reggaeton, mistura de lambada com hip hop e os movimentos são rápidos, circulares e sensuais.

o forró, o merengue, o tango, a valsa, etc. Cada um desses estilos pos-

É difícil não ficar impressionado com os habilidosos passos da

suem características próprias. Dos ritmos mais lentos aos mais agitados,

gafieira, ou com os passos super animados e contagiantes do solti-

a dança de salão tem um gênero que agrada a todos os gostos. Cada vez

nho ou os giros impressionantes do forró? É com essa mistura de

mais a dança de salão ganha adeptos e quem acha que a dança de salão

ritmos já conhecidos junto das novas linguagens que este merca-

ficou nos bailes da terceira idade, esta muito enganado, ultimamente a

do se move e coloca a dança de salão de volta nas pistas e no gosto

exelente aceitação do publico jovem vem crescendo cada dia mais.

das pessoas.


dança DANÇAR FAZ BEM!

25 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Para levantar o seu astral

A dança de salão é um ótimo exercício para o corpo e para mente. E

A dança está de mãos dadas com a música e essa dupla faz um bem

não importa muito a perfeição ou a velocidade com que se dança o que

danado para gente. A música acalma, tranqüiliza, traz alegria, esti-

interessa mesmo é o bem-estar. A dança de salão é livre de conceitos

mula as sensações, toca as emoções e, do ponto de vista físico, dançar

pré- estabelecidos, qualquer pessoa pode aprender a dançar, não im-

libera endorfinas. “É comum as pessoas chegarem à aula chateadas e

porta a idade, o tamanho, a aparência, o cargo ou a posição social.

saírem mais leves, dando risada”, conta Carlinhos de Jesus, profes-

Nunca é tarde para incluir a dança na rotina diária. Ela proporcio-

sor de dança do Rio de Janeiro. A atividade tem impacto até sobre a

na uma alegria que influi na fisiologia e possibilita o desenvolvimento

auto- estima. “Vejo meus alunos se transformando. Se nas primeiras

da coordenação motora, consciência corporal, conhecimento musical,

semanas de aula eles chegam meio abatidos, com um ou dois meses já

inteligência e disciplina. É uma atividade cultural também, pois as

estão com corte de cabelo novo, roupa nova, mais perfumados e mais

pessoas se interessam em conhecer a origem da dança, quem a criou,

felizes”, garante Carlinhos.

o significado da música, a época em que surgiu, enfim, a história de cada dança e de cada ritmo. E além disso, é uma ótima atividade física e mantém a forma. E no caso da dança de salão, que é essencial a formação de pares, trabalha o relacionamento social, confiança e autoestima, além de descarregar as tensões da dia-a-dia.

| Fotos de apresentações de forró,zouk, soltinho e valsa.


26 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

dança

ÍMÃ

UM DOS ESPETÁCULOS MAIS FAMOSOS DO GRUPO CORPO

O

princípio de interdependência e complementaridade que rege as relações humanas serviu de ponto de partida para a criação de ímã pelo coreógrafo Rodrigo Pedernei-

ras. Suave e vital, trivial e estranho, o balé do Grupo Corpo é marcado pela alternância constante entre o cheio e o vazio na ocupação do espaço cênico. Solos, duos e formações maiores ou menores de grupo se constituem e se dissipam a todo momento, num jogo incessante de união e dispersão. A trilha composta pelo + 2, trio formado por Domenico, Kassin e Moreno, sobrepõe timbres e texturas de instrumentos de origens e naturezas diversas - como a guitarra e a ocarina, ou o sinth e a cuíca - para trafegar por temas abstratos, essencialmente melódicos ou tipicamente eletrônicos, e revelar influências que vão do bossanovista João Donato, ao ícone da música afro dos anos 70 Fela Kuti, passando pelo multiinstrumentista contemporâneo japonês Cornelius. Com refletores de leds de sete cores recém-lançados por uma empresa norte-americana, Paulo Pederneiras funda uma nova espacialidade cênica. Onde volumetria e textura adquirem uma ‘materialidade etérea’. Porque feita de pura luz. Aos tons inteiriços e quase bucólicos do início segue-se uma explosão de cores. Violentas, radicais, exuberantes, elas produzem, entre si ou no diálogo intenso com os figurinos de Freuza Zechmeister, combinações inusitadas e quase sempre dissonantes. Essa poética das polaridades, moldada com a magia que se oculta na convergência entre os divergentes, na justaposição de díspares, na excitação que rodeia o atrito, confere ao balé um misto indizível de estranhamento e beleza.

| Fotos do espetáculo Ímã.


Música

27 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Agenda

Shows em BH

25/04/10 - Open The Gates Apresenta: Nuclear Festival

20/04/10 - Titane e convidados

Bandas: Carnage, Bonestripper, Black Halo,Wake Up Deads,

Show de lançamento do CD “ana”.

Silent in Fear, Drums Project, Loki. Rua Guajaras 1353, Cen-

Participações de Arnaldo Antunes e Makely Ka. Grande Teatro do

tro Ingressos: R$10 (vendas: - Bits Games Centro (31) 3271-9537

Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro-fone:3236-7400).

rua: Carijós 424 sala 904/ Power Slave - Galeria Praça 7 )

Entrada:R$20e R$10(meia).

28/04/10 - Conexão Vivo Shows Iva Rothe(19h), Graveola e o lixo

21/04/10 - Simply red

Polifônico (20h), Pio Lobato (21h), AlessandraLeão (22h), Sandália

“Farewell Tour”. Chevrolet Hall (Av.Nossa Senhora do Carmo, 230,

de Prata convida Elza Soares (22h). DJs Léo Vidigal e a Coisa. Parque

Savassi- fones: 3209- 8989/ 21915700). Pista e Arquibancada/2° lote:

Municipal (Av. Afonso Pena, s/n, Centro). Dás 19às 24horas.Entrada:

R$220 e 110(meia). Pista Premium(lote único): R$350 e R$175(meia).

R$ 20 e R$ 10 (meia). Informações: www.conexaovivo.com.br

Informações:4003-5588. Venda a grupos:(11) 2846-6166/6232

17/04/10 - Rita Lee Turnê “Battle for the sun”. Abertura com a banda paulisrta de pop-rock Superdose. Chevrolet Hall( Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 SavassiCadeiras numeradas: R$140 e R$70(meia).Pista e Arquibancada: R$80 e R$40(meia).

| Show da cantora Rita Lee.


28 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

arte J

Francisco

(ly) não (Fernando Pra-

Casas é um artis-

dilla Gallery, Madrid, 2005

ta espanhol de 33

e 2008, respectivamente),

anos que consegue a proe-

My Loving Nation (Gale-

za de fazer impressionan-

ria Ferran Cano, Palma de

tes

realísticos

Mallorca, 2007), Sacrebleu!

usando apenas a boa e ve-

(Sandunga Gallery, Grana-

lha caneta Bic azul.

da, 2006), Mis (s) compor-

uan

desenhos

O processo é assim:

tamento (Sala Rivadavia,

de uma foto digital, Juan

Diputación Provincial de

amplia a imagem obtida

Cádiz, 2006) e participou

e a transforma em enor-

em feiras de arte mais im-

mes painéis desenhados

portantes do mundo e em

a mão. E não tem nada

todas as edições da ARCO,

de Photoshop. É pura

desde 2002. Seu trabalho

habilidade mesmo.

tem sido exibido em todo

O trabalho desse ar-

o mundo, de Nova York,

tista é bem conhecido na

Miami ou Chicago para

Europa e leva o nome de

Seul, Londres, México e

Ballpoint Artworks.

Basel, entre muitos outros,

Sua obra está represen-

e recebeu inúmeros prê-

tada em colecções impor-

mios e bolsas de estudos

tantes, incluindo o acervo

nacionais e internacionais.

do Museu Artium ou Vo-

Como trabalho parale-

cento-ABC, Madrid, bem

lo, publicou vários livros

como em coleções priva-

entre os quais estão os

das em todo o mundo.Teve

poemas

inúmeras exposições indi-

kus e Outros Poemas e

viduais destacando Satur-

um enchimento em Alea

day Nigth Bathroom e Bare

Publishing Blanca.

Juan Francisco Casas

Thesummerhai-

O rei das canetas Bic.


Manuel Carvalho

arte

29 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Artista plástico formado pela escola Guignard, manuel carvalho conta um pouco da sua relação com a arte. Você é formado em que

Você se inspira em algum

Existe algum trabalho

e onde?

artista para a realização de

em que você teve um

Formado em artes plásticas,

seus trabalhos?

carinho especial?

pela Escola Guignard.

Não, mas utilizo como refe-

Especificamente não. Todos

rência muitas das vezes .

os trabalhos a gente trata com

Quando e porque começou

maior carinho possível.

a dar aula?

Quais são suas maiores in-

Comecei antes de formar.

fluências na arte?

Para você arte é...

Dava oficinas de pinturas.

São Gerhard Richter, Mo-

Existem várias formas, vários

Acho importante ensinar, e

dernismo com um todo,

focos na arte. Mas de modo

também aprender, e ter al-

Andy Warhol, Jeff Koons,

geral é um trabalho com lin-

guma proposta diariamente

entre outros.

guagem, que geralmente tem uma pertinência pra socieda-

sobre isso . Qual material você costuma

de contemporânea .

De onde surgiu a

usar na suas pinturas?

ideia de você começar

Trabalho geralmente acrílico

a pintar?

e óleo sobre tela. Sempre tra-

Na verdade comecei a pintar

balhando com digital, imagem

desde muito novo e continuei

criada digitalmente.

balhos a gente

Qual estilo de arte de

trata com maior

por gostar. Quando você fez sua primei-

sua preferência?

ra pintura?

Expressionismo, Pop Arte, Da-

Foi em torno de 14 anos

daísmo, arte conceitual, entre

de idade .

outros estilos.

“Todos os tra-

carinho possível.”

| Pinturas de Manuel Carvalho e Gustavo Maia


30 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

arte

Raquel Schembri: da paisagem edificada Ă s paisagens lĂ­quidas

| Raquel Schembri por Nath Mendes


arte A

31 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

obra do prestigiado sociólogo polo-

sionismo de Egon Schiele à pop art de David

posições estéticas, suas intervenções em cons-

nês Zygmunt Bauman aborda temas

Hockney, da pintura figurativa vigorosa de

truções abandonadas deixam aos seus especta-

como a Modernidade e as novas for-

Gerhard Richter aos retratos contemporâneos de

dores o privilégio da fruição de algo efêmero,

mas de sociabilidade numa era dominada pela

Luc Tuymans e Elizabeth Peyton. Estabelecendo

cujo tempo de duração é “aberto”, imprevisí-

experiência tecnológica. Suas análises debatem

conexões com alguns dos melhores expoentes da

vel; de forma análoga, o processo de criação

a nossa época como um “tempo líquido” onde

retratística recente, a artista direciona o seu foco

da artista aposta em projetos que são elabora-

tudo é fluido, volúvel e flexível, gerando mode-

ao rosto humano, signo maior da identidade.

dos no momento da execução, sem esquemas

los e relações que já não perduram o suficiente,

Embora suas pinturas apresentem pinceladas

previamente determinados. Neles, a paisagem

em contraposição ao tempo passado, o da “mo-

sutis, com tons mais frios na maior parte das ve-

desconstruída se desconstrói novamente, dan-

dernidade sólida”, marcada por relativa estabi-

zes, a artista consegue plasmar nas telas uma for-

do lugar a uma nova paisagem: mergulhadores

lidade das estruturas sociais.

te carga psicológica. Ao dispensar pouca atenção

que flutuam sobre um mar de tijolos de de-

Essas considerações parecem-me oportu-

ao fundo, surge potencializada a força expressiva

molição. Imensa cobra-marinha a atravessar a

nas ao apresentar a produção da artista Raquel

do retratado, revelando seus traços subjetivos.

arquitetura urbana. Um mar de ondas forma-

Schembri. Em seus trabalhos que perpassam os

Numa época marcada por identidades flutuan-

das por sacos plásticos azuis. Peixes, pássaros,

campos do desenho e da pintura intimista para

tes, seus retratos constituem assim, um elogio

aves, aviões... imagens que remetem, com fre-

chegar às intervenções urbanas ou a um espaço

à alteridade.

qüência, aos mundos aquático ou aéreo, deno-

que os faz coincidir de modo híbrido, essas no-

Finalmente, nas intervenções urbanas e

tando, talvez, um desejo de conferir fluidez ou

ções se afloram de modo particular e se esten-

nos novos projetos realizados em galerias pela

vôo a espaços tão sólidos e terrenos como as

dem à ambivalência das identidades, códigos,

jovem artista brasileira o espaço real é posto

edificações que lhes abriga.

linguagens e espaços na era atual.

como medida de localização, a partir do qual

Essas intervenções denunciam também a

Na série de desenhos realizados em pági-

se articulam relações mais complexas entre

inexorabilidade do destino dado às arquite-

nas de um livro sobre dissecação de cadáveres,

o desenho, a pintura e o seu entorno. No mo-

turas que perderam sua função, e constituem

a artista reinventa com tinta negra imagens

mento em que faz coincidir num mesmo espaço

uma tentativa quase nostálgica de construir

vigorosas, quase expressionistas, articulan-

dimensões variadas (telas pequenas como parte

uma utopia libertária nos seus escombros: a

do uma inteligente relação compositiva entre

de grandes pinturas e desenhos executados di-

transformação da paisagem edificada em pai-

imagem e texto. Entretanto, essa experiência

retamente nas paredes), suas estratégias apon-

sagens líquidas. Uma última e delicada home-

tão compartilhada e tão comum, aqui parece

tam para novas soluções formais e conceituais,

nagem ao mundo frente à irreversibilidade da

questionar as identificações possíveis entre a

visando alargar a experiência sensorial do es-

destruição, que torna mais nítido, ainda que

precisa descrição textual do corpo nos trata-

pectador. Nestes espaçamentos híbridos, a pin-

de forma momentânea, os limites entre as ru-

dos médicos e a inescrutável personalidade

tura em tela, a pintura e o desenho realizados

ínas do real e as múltiplas possibilidades da

dos humanos. Procedimentos similares são

na parede se relativizam e se fundem, dina-

fantasia criadora.

levados a cabo também nas suas ilustrações

mizando o próprio espaço real, agora tornado

de forte teor gráfico e, ao mesmo tempo, de

um “campo ampliado” de experimentações. Similarmente, a tomada da escrita visual

Luiz Flávio

Já a pintura de Raquel Schembri é reche-

como atuação direta na esfera cotidiana consti-

Artista e professor de História da Arte

ada de heranças, posturas e tramas espaciais

tui uma alegoria cabível para um tempo que se

Contemporânea da PUC-MG.

que se filia a um amplo repertório: do expres-

desfaz a cada movimento. Promessas de repro-

extrema delicadeza.


32 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

arte

Renato Madureira

S

e resta alguma possibilidade de se fazer escultura atualmente, Renato Madureira encontrou uma das saídas mais hábeis para o ofício. O artista

mineiro formou-se na Escola Guignard nos anos 80 e teve seu grande laboratório na experiência coletiva do Ateliê Embra, entre 1993 -96 . Com Amilcar de Castro, aprendeu a expressão da matéria - do metal e do lápis duro. Desde o princípio, o metal se apresentava como material a ser trabalhado de forma a explorar suas capacidades além da tradição. Através do acúmulo de folhas de zinco e, mais tarde, de aço carbono, Renato desenha o movimento produzido pela maleabilidade do material e pela gravidade das chapas ao serem penduradas, até que assumam uma configuração apaziguadora. Suas peças pressupõem uma relação original com os planos da parede e do chão onde se estruturam. Sob tal aspecto, sua escultura confirma a existência física do lugar, estabelecendo uma relação dialógica com o espaço. A rarefação da forma produzida pela justaposição de chapas, finas o suficiente para se estruturarem, traduzse num sentido inverso da matéria, configurado também nos desenhos de parede. Nestes, as linhas sulcadas diretamente na parede e preenchidas com nanquim se comportam como espessuras contrárias, distendidas unicamente pelo peso da própria tinta, para então comporem o resultado final. Aqui, o desenho anula a parede como constitutiva do entorno e toma-a para si como suporte do acontecimento espacial relativo a ele próprio . Tatiana Ferraz | sem título, 1997 / 2003 nanquim s/ fissura na parede 130 x 220cm


arte

Toninho Mattos Quando você começou a fotografar?

33 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Formado em Design Gráfico, Toninho Mattos conta um pouco sobre sua visão de fotografia, sua especialização. Quais

são

suas

maiores

influências

Uma dica para quem quer ingressar

na fotografia?

na fotografia.

Evito olhar muitas exposições para não fi-

Ser

car influenciado, tenho meu próprio esti-

luz e sombra, onde na fotografia analógi-

Para você fotografia é...

lo de fotografia, mas admiro muito Henri

ca isso é muito mais trabalhoso do que na

Para mim fotografia é congelar uma imagem

Cartier-Bresson.

fotografia digital.

Comecei

a

fotografar

por

volta

dos

anos 70.

muito

observador,

principalmente

no tempo . Tem

alguma

Quando e porque você começou a dar aulas

de fotografia?

de fotografia?

Eu

Comecei a dar aula de fotografia em 1981,

e alimentos.

gosto

preferência

muito

de

de

fotografar

estilo jóias

porque tinha formado na universidade e fui convidado para substituir o meu pro-

Prefere fotografia digital ou analógica?

fessor pois ele já estava de saída, fiz uma

Prefiro fotografia analógica pelo conceito,

prova e passei.

digital comercialmente.

“Para mim, fotografia é congelar uma imagem no tempo.”


34 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

arte

Arte Urbana MTO MTO, um artista plástico francês, circula pelas ruas que são seu campo de ação. Na fonte de inspiração do artista estão figuras famosas que compõem os grafites das obras de Street Art. Ray Charles, Ace Ventura, os Blue Brothers, Transpotting e até Zé Pequeno do Cidade de Deus estão entre os artistas e personagens famosos que entram nas produções do MTO.

Grafite + Pintura Clássica Imagine que na altura em que foram pintados os grandes quadros da pintura ocidental, no século XVI, XVII e XVIII, já existiam grafites. E que, em vez de muros claros, colunas brancas e toda uma paisagem muito limpa, os cenários eram pautados por assinaturas e desenhos em tintas de lata. Um pouco difícil de conceber, mas foi esse o desafio lançado pela Worth 1000, um site que se intitula de redesign. Neste website podem ser feitos desafios aos utilizadores e o Graffiti Ren - diminutivo da palavra Renascença. No total, há mais de 100 imagens a responderam ao mote e que elevam o clássico a um nível muito mais urbano.


arte

35 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Guia para o ócio criativo Palácio das Artes

Centro de Cultura de BH

Avenida Afonso Pena 1.537, Centro, CEP: 30130-004 - Belo Hori-

Rua da Bahia, 1149 - Centro, Belo Horizonte - MG, CEP: 30160-010

zonte - MG - Brasil - Tel: (31) 3236-7400

(31) 3201-9665

Museu de Arte da Pampulha

Inhotim

Avenida Otacílio Negrão de Lima, 16585 Belo Horizonte - MG -

Em Brumadinho, acesso pelo Km 500 da BR-381 - MG

31365-450 - (31) 3277-7996

Quarta a sexta, das 9h30 às 16h30. Sábado, domingo e feriado, das 9h30 às 17h30 - (31)3227-0001

Mini Galeria

Abílio Barreto

Rua Carolina Figueiredo, 30 - Belo Horizonte - MG

Avenida Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim, Belo Horizonte

(31) 3326-3504

MG - (31)3277-8573

Quina Galeria

O desvio

Rua da Bahia, 1148 - Ed. Maleta, slj 06 - Belo Horizonte - MG

Rua Tomé de Souza, 815 sobreloja – Savassi - Belo Horizonte MG -(31) 3261-0365


36

cinema E teatro

D 3

Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

A nova geração do Cinema

Se você já foi assistir a um filme em uma sala 3D já deve ter percebido que, em todos os filmes, nem todas as cenas são em 3D.


cinema E teatro O

37 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

cinema em terceira dimensão

uma polarização, fazendo com que a luz mude

não é exatamente uma novidade.

de direção milhares de vezes por segundo. Para

Pelo contrário. Suas primeiras

criar a sensação de profundidade, utilizam-se

utilizações comerciais remetem á década de 50

óculos com lentes também polarizadas, que fa-

nos Estados Unidos. Porém, o 3D da maneira

zem com que cada olho enxergue uma direção

que conhecemos hoje nos cinema é algo rela-

diferente de luz. Assim, quando o cérebro jun-

tivamente novo. O portal Baixaki já abordou

ta as imagens, parece que cada região da tela

o assunto em dois artigos: “Como funciona o

está em um patamar diferente.

Imax?” e “Como funciona a tecnologia 3D?”.

Essa tecnologia tem exercido grande in-

Se você já foi assistir a um filme em uma

fluência no mercado cinematográfico. Cada

sala 3D já deve ter percebido que, em todos os

vez mais filmes vêm sendo produzidos nesse

filmes, nem todas as cenas são em 3D. Mesmo

formato, como Shrek Para Sempre, Alice no

em um filme de duas horas de duração as ce-

País das Maravilhas (de Tim Burton) e Astro

nas com efeitos são intercaladas entre cenas

Boy, que devem chegar as telonas nos próxi-

normais. Sabe por que isso acontece? Não há

mos meses. Além disso, obras mais antigas

comprovação científica disso, mas em alguns

ganharão versões em 3D, como A Bela e a Fera

casos os espectadores podem sentir tonturas ao

e os dois primeiros episódios da série Toy Story

acompanhar projeções por um longo período

(o terceiro já foi feito neste molde e também

neste formato.

deve chegar aos cinemas em breve).

Up – Altas Aventuras, Os Fantasmas

O Brasil, no entanto, ainda está engati-

de Scrooge e Avatar. Esses são alguns dos

nhando nesse ramo. Nos Estados Unidos,

títulos que chegaram ao Brasil em 3D nos

por exemplo, já existem mais de 1700 salas

últimos meses e que representam a ten-

com tecnologia 3D. Por aqui, ainda estamos

dência do cinema atual. Essa tecnologia de

próximos da casa das 100.

projeção tem revolucionado a indústria

Outra grande diferença está na produ-

cinematográfica e veio para transformar a

ção de material em três dimensões. Enquan-

experiência dos espectadores.

to na América do Norte os grandes estúdios

Um dos primeiros sistemas a ser utiliza-

estão investindo pesado nesse campo, no Brasil

do nos cinemas era o de imagens com duas

poucas peças publicitárias para o cinema

camadas de cores diferentes.

foram feitas.

Com a ajuda de óculos especiais, que ti-

Segundo

Rodrigo

Olaio,

sócio-diretor

nham uma lente de cada cor, o espectador

da primeira empresa a criar um filme de

tinha a impressão de que o filme saltava

propaganda

da tela. No entanto, com o passar dos anos, a

desse tipo de campanha sobre o espectador é

tecnologia passou por um grande desenvolvi-

muito maior, apesar de haver um gasto mais alto

mento. Atualmente, ao invés de se utilizarem

para a produção.

duas camadas coloridas, a imagem passa por

em

3D

no

país,o

impacto

Veja as reportágens a seguir.


38 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

cinema E teatro Todas as dimensões de Alice

U

ma rainha cabeçuda, uma Alice adulta e 2.500 efeitos especiais: a maravilhosa fórmula de primeiro filme

em 3D de Tim Burton Johnny Depp não enxerga em 3D. Um problema no olho esquerdo que afeta a percepção de profundidade vai impedir o ator 46 anos de acompanhar todas as dimensões de sua atuação em Alice no País das Maravilhas, que chega aos cinemas do Brasil dia 21 de abril. Azar o dele, que passou 40 dias contracenando com bolinhas de tênis e pedaços de fita adesiva para compor cerca de 2.500 sequências do filme vitaminadas por efeitos visuais. Para a nossa sorte, a antiga parceria - Depp figura em sete dos 25 filmes dirigidos por Burton – tem dado bons resultados. Um relacionamento desses deve ajudar na hora de convencer um ator, com cabelo inspirado no Bozó, a olhar por mais de um mês para uma parede verde, mesmo tendo tonturas. Antes de rodar o filme, ambos trocaram esboços e cruzaram referências para definir como deveriam ser os personagens.


cinema E teatro Alguns segredos do filme da Disney

39 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Imaginação: Cenário e personagens virtuais, como o Coelho Branco, o Dormindongo e o Blablasauro, fizeram com que os atores atuassem na frente de uma tela verde. “Já me

Outra dimensão: O filme foi capturado em 2D e depois convertido para 3D. “Tentamos fazer tudo mais rápido e com a mesma qualidade” diz Burton. Somente as sequências em que Alice está no mundo real foram encenadas em local aberto, na Inglaterra. Aumentem-lhe as cabeças: Duplicar o tamanho da cabeça da Rainha Vermelha foi um dos desafios de Ken Ralston, supervisor de efeitos visuais. Ele precisou de câmeras especiais que aumentam pontos específicos do físico e de 22 meses para tornar verossímil o efeito. O corpo dos irmãos Tweedle e de Alice, quando ela passa ter 2,40 metros de altura, foi filmado utilizando as mesmas técnicas. Humor explícito: Os olhos de Johnny Depp foram aumentados digitalmente para reforçar a sandice do Chapeleiro Maluco. E seu figurino muda de cor de acordo com o humor do personagem, “ Se ele está melancólico, ficará mais escuro ou cinzento. Quando fica feliz, você verá a vibração na roupa, a gravata borboleta sobe, quase como um sorriso”, diz o coprodutor, Tom Peitzman. Pernas de Pau: O Valete de Copas Stayne tem o corpo de 2,30 metros de altura gerado por computação gráfica. Apenas a cabeça é real, emprestada pelo americano Crispin Glover. Para contracenar com atores de tamanhos diferentes, ele usou pernas de pau.

acostumei a contracenar com marcações de fita adesiva”, diz Depp.


40 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

cinema E teatro essa cifra), e é atualmente o filme com maior bilheteria da história. Depois desse faturamento, James Cameron confirmou que seria lançada uma sequência do filme, e, possivelmente, um terceiro filme.

Produção James Cameron começou a escrever o roteiro em 1995, buscando inspiração em toda ficção científica que lia quando criança. O texto final fora feito em 2006, com a ajuda de um linguista da USC para criar o idioma dos extraterrestres. Cameron anunciou a produção em 2005 como “Projeto 880”, que seria um dos seus futuros projetos junto com uma adapta-

AVATAR 3d

ção de mangá, Battle Angel. Em fevereiro de 2006, Cameron anunciou que o “Projeto 880” era uma reformulação de Avatar, um filme que ele tentou produzir anos antes, e ele faria o filme antes de Battle Angel. Em Novembro de

Avatar é uma inovação em termos de tecnologia cinematográfica devido ao seu desenvolvimento com visualização 3D.

O

2006, Cameron declarou que caso Avatar faça filme foi lançado em formatos

sucesso, ele se dispõe a fazer 2 continuações.

2D tradicional e 3D. A crítica diz

Avatar foi filmado em 3D, com os atores

que Avatar é uma inovação em

sendo transformados em versões digitais por

termos de tecnologia cinematográfica devi-

captura de movimento. Cameron disse que

do ao seu desenvolvimento com visualização

optou por esse sistema pelos avanços tra-

3D e gravação com câmeras que foram feitas

zidos em personagens como Gollum, King

especialmente para a produção do filme.

Kong e Davy Jones.

O orçamento oficial do filme foi de 237 milhões

É a produção mais cara da história do

de dólares e o faturamento mundial no seu

cinema, em sentido técnico, com orçamento

fim-de-semana de estreia foi de 232 180 000

estimado em US$ 500 milhões. Foram 237

de dólares, o sétimo maior da história do ci-

milhões de dolares apenas para a execução do

nema e o maior para um filme original, que

filme, sendo a 4ª produção mais cara da

não é adaptação ou sequência. Em menos de

história do cinema. Os outros 263 milhões de

um mês Avatar superou um bilhão de dóla-

dólares foram gastos nas novas tecnologias,

res de faturamento (o quinto filme a alcançar

marketing etc.


cinema E teatro Kataklò

41 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

palco. Flexionando e impulsionando seus corpos, eles reestruturaram seus movimentos atléticos e acrobáticos, adquiridos em anos

companhia italiana que une a beleza atlética ao melhor da dança contemporânea

de treinamento, e os transformaram em arte para multidões. Essa inusitada e irresistível união do esporte com a dança cria os surpreendentes espetáculos do Kataklò. Seis anos após sua primeira e celebrada passagem pelo país, eles estão de volta com seu mais recente sucesso, o espetáculo “Play”. Em uma verdadeira “tour de force” esportiva, a companhia será vista pelos brasileiros em uma extensa turnê, que começa em Belo Horizonte (Palácio das Artes), no dia 10 de abril.

KATAKLÒ

B

A coreógrafa Giulia Staccioli, diretora do grupo, tempera essa verdadeira desconstrução

elo Horizonte é a primeira cidade a

dos tempos de estádio com humor. O que antes

receber o novo espetáculo da companhia

poderia ser interpretado como “fora de Lei”,

italiana que une a beleza atlética ao

agora ganha aplausos e desperta admiração,

melhor da dança contemporânea, e que em abril

como se o ato de criar produzisse um outro

chega ao Brasil para apresentações em 12

tipo de dança, próxima de uma indisciplina

cidades. Para os bailarinos da copanhia

necessária para ser carismático e autêntico.

italiana Kataklò, a vocação atlética afir-

Todos

os

integrantes

da

companhia

ma a condição de domínio, rigor e precisão.

são atletas, jovens campeões mundiais e

A dança acrescenta uma ropagem contempo-

olímpicos, que se reuniram para ir além dos

Palácio das Artes (Grande Teatro).

rânea, ao mesmo tempo subversiva e sensual,

limites permitidos pelas competições es-

Sáb, 21h. 10/04. Livre. R$50,00 (inteira)

como se estivessem desobrigados de competir e

portivas, romper normas impostas em giná-

e R$25,00 (meia).

dispostos a celebrar a vida.

sios e estádios e, nessa busca, chegaram ao


42 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

cinema E teatro “flicts“a história de uma cor que não tinha lugar no mundo, nem na caixa de lápis de cor.

D

epois de ‘O Rapto das Cebolinhas’ e

criança vê desenhos das cores e a cor indefi-

‘Maria Minhoca’, Grupo Encena faz

nida, Flicts. No teatro fica difícil materializar

adaptação do clássico de Ziraldo.

isso.” A peça trata, então, de criar seu próprio

Em 1969, enquanto o astronauta Neil Arms-

caminho, buscando um equilíbrio entre

trong pisava na lua, Ziraldo escrevia “Flicts”,

um universo mais “abstrato” - a lua, o cosmos

a história de uma cor que não tinha lugar no

- e outro, mais “concreto” - nas brincadeiras

mundo, nem na caixa de lápis de cor nem no

das crianças. “Queria um espetáculo que

arco-íris. “Era apenas o frágil e feio e aflito

tivesse muitas brincadeiras, onde as crianças

Flicts”, narrava ele. Como não encontrasse o

se reconhecessem.

seu lugar no mundo, ela resolveu subir tão

E que as cores pudessem ser vistas tanto

alto que encontrou a Lua. E viu que a cor da

como algo indefinido quanto como pessoas”,

Lua era... Flicts!

explica Wilson.

“As crianças lidam com a ideia de exclusão. E nunca tinha visto isso num texto infantil: aquela cor Flicts quer ocupar um lugar na vida, mas não está pronta pra ele”, comenta o diretor Wilson Oliveira. Junto com o seu Grupo Teatral Encena, Wilson leva para o palco o clássico de Ziraldo, 40 anos depois do seu lançamento, num espetáculo homônimo que estreia amanhã, no Teatro Dom Silvério. O maior obstáculo de se montar “Flicts”, diz Wilson, é a “grande abstração que uma primeira leitura sugere. No livro, a


cinema E teatro

43 Jornal da Birosca segunda-feira, 12 de abril de 2010

Diversão Garantida AGENDA CINEMA

Agenda Teatro

Toy Story 3D Os Mansos da Terra Relançamento, em versão 3D, da primeira

De 11 de março a 28 de abril - Teatro Sesc

animação digital da Disney, realizada pela Pixar, contando as aventuras de um grupo de brinquedos pertencente ao menino Andy.

Meu Tio é Tia De 09 de abril a 02 de maio Teatro Imaculada Conceição Avenida Q - Musical de bonecos

Sherlock Holmes

De 15 a 18 de abril - Palácio das Artes Brincando com os Homens

O detetive Sherlock Holmes e seu parceiro se sentir John Watson Envolvem-se em uma

De 16 de abril a 02 de maio Teatro Santo Agostinho

batalha contra o crime na Inglaterra, utilizando suas habilidades físicas e mentais.

‘As Bondosas’ Dias 17 e 18 de abril - Teatro Dom Silvério Raimundinha

Ilha do Medo

Dias 22 e 23 de abril - Teatro Alterosa Não foi um drama irreal

Em 1954, o detetive Teddy Daniels

De 06 a 09 de maio - Palácio das Artes

investiga o desaparecimento de uma assassina, que fugiu de um hospital psiquiátrico e está supostamente foragida na remota Ilha Shutter.

Os Melhores do Mundo Futebol Clube Dias 29 e 30 de maio Palácio das Artes


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