Jessica-Senhorini

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ANO 1 N1 09 DE MAIO DE 2011

Show de Ilustração

Cartunista mineiro em evidência no cenário nacional



ANO 1 N1 09 DE MAIO DE 2011

Tipografia 4 Ilustração 6 Arte Urbana 8 Design 10 Fotografia 12 Tecnologia 14 Portifólio 16 Processos de Impressão 20 Amigos leitores, é com muita alegria que celebramos a primeira edição da Soul Brasil! Nesta revista ressaltaremos os profissionais brasileiros e as culturas do nosso país. Tanto as que são de nossas raízes quanto as que acrescentamos de outros lugares. Neste primeiro número ainda teremos um convidado especial: Mello, um cartunista, assim como nós mineiro, de grande talento mostrando seu trabalho na seção Ilustração. Foi dele nossa capa inaugural. “Hoje no Brasil todas as datas comemorativas se tornaram, única e exclusivamente, uma oportunidade de se praticar o consumismo desenfreado. Neste cartum procurei demonstrar a distorção do Natal, onde um senhor de roupas vermelhas toma o lugar do verdadeiro comemorado. - Mello” Creio que ficaram curiosos para saber o o restante desta revista. Então vamos saboreá-la? Boa leitura! Jéssica Senhorini, editora.

Expediente

6 12 16

Ilustração Conheça as ilustrações de Mello.

Fotografia As 7 lições para fotografar bem.

Portifólio A evolução da marca Electra Lee

Editora: Jéssica Senhorini (jessica.senhorini@soulbrasil.com) Editor assistente: Joice Senhorini (joice.senhorini@soulbrasil.com) Repórteres: Cecília Giannetti , Fábio Brisolla, Isabela Caban, Joana Dale, Mariana Filgueiras (reportagem@soulbrasil.com) Coordenação: Rangel Sales (rangelsales@soulbrasil.com) Diagramação: Jéssica Senhorini (jessica.senhorini@soulbrasil.com) Fotografia: Camila Maia (camila.maia@soulbrasil.com), Ilustração Capa: Mello (mello@soulbrasil.com)


TIPOGRAFIA

Maryam

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Por Ricardo Esteves Gomes

um projeto tipográfico manuscrito

“A tipografia (do grego typos, “forma” — e graphein, “escrita”) é a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente.

A

tipografia é hoje um campo de estudo visivelmente importante para a atividade do design gráfico. Mas mesmo muitos séculos antes de usarmos o termo design, a tipografia já existia, e antes dela ainda, a caligrafia. Este trabalho é uma tentativa de resgate da expressão caligráfica na tipografia, para aplicação em massas de texto. Aqui, veremos um pouco do processo de construção de uma nova fonte tipográfica, preocupada com seus aspectos estéticos e funcionais.

Caligrafia original do a

Segundo Bringhust, A tipografia precisa freqüentemente chamar a atenção para si própria antes de ser lida. Para que ela seja lida, precisa contudo abdicar da mesma atenção que despertou. A tipografia que tem algo a dizer aspira, portanto, a ser uma espécie de estátua transparente. Outra de suas metas tradicionais é a durabilidade – não uma imunidade à mudança, mas uma clara superioridade em relação à moda. A melhor tipografia é uma forma visual que liga a atemporalidade ao tempo. (BRINGHUST, 2005, p 23).

Primeiro desenho vetorial da

Segundo desenho da letra,

letra, com haste pequena e

com haste maior e arredon-

quadrada e com terminal em

dada e com terminal em ponta

ponta afiada.

redonda.

Composição mostrando a

Destaque para a ligação a direita da letra q com

relação entre a letra r e seu par

a letra u.

posterior.


Parece-nos ser esse o grande desafio deste projeto tipográfico e da tipografia pós-moderna de uma maneira geral: desenvolver um desenho de tipo buscando referências do passado, trazendo-as à tona em forma de releitura, criando assim elementos novos para a cultura visual do presente. Para isso, tentamos buscar na caligrafia a fonte de energia para o desenvolvimento de um novo desenho tipográfico. Nossa intenção foi desenvolver o que hoje podemos chamar de fonte manuscrita. Entretanto, nosso foco não foi tão livre como, a princípio, é possível imaginar, pois tivemos a intenção de criar um desenho de letra que pudesse ser utilizado em pequenos textos contínuos, em pequenos corpos. Uma fonte manuscrita que funcionasse na diagramação de textos, e não só mais uma fonte display que pretendesse explorar o puro exercício de expressão formal. Foi então, estudando e experimentando os elementos da caligrafia, que começamos a desenvolver nosso raciocínio projetual. Procurávamos uma pena de ponta chata que nos oferecesse um traço com algum contraste fino/grosso, mas que esse não fosse demasiadamente acentuado. Com uma letra desenhada com uma modulação pequena, ficaria mais fácil reduzi-la, posteriormente, a um corpo pequeno – quando esta se tornasse desenho tipográfico – , sem a perda dos traços mais finos, mantendo sua legibilidade. A eleita para tal tarefa foi a Speedball C-4.

Utilizamos papel milimetrado para manter as letras dentro de um diagrama mínimo, que ficaria mais visível na marcação da altura-x do nosso alfabeto. Foi necessário exercício de meditação constante para repetir inúmeras vezes o desenho de uma determinada letra numa folha de papel, e depois a letra seguinte, e assim passar vários dias tentando manter uma unidade formal entre as diferentes letras do alfabeto. Ao final desse projeto tipográfico, fazemos algumas perguntas: De que maneira podemos traduzir a expressão caligráfica e suas inúmeras variações e sutilezas para um meio frio, mecânico e previamente calculado como a tipografia? Quais possibilidades a tecnologia dos computadores pessoais e os softwares de editoração digital poderiam nos oferecer para uma melhor exploração das variações possíveis na caligrafia, dentro de um projeto tipográfico? Os computadores, hoje, especialmente graças ao formato opentype, parecem conter em si o potencial para tais variações. Pares de letras já podem ser substituídos automaticamente por ligaturas previamente desenhadas Enfim, são inúmeras as possibilidades que o meio digital poderia oferecer para o refinamento da expressão caligráfica dentro da tipografia. Isso, sem dúvida, jamais substituiria o talento manual de domínio das formas manuscritas dos calígrafos.


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ILUSTRAÇÃO

Mello

Um jovem talento do cartum mineiro

Crime Digital Produzido em 2010, seu objetivo é denunciar alguns dos crimes que podem ser cometidos através da internet, neste caso a pedofilia. mellocartunista.blogspot.com / mello.cartoon@yahoo.com.br


Morte Ambiental: Cartum criado em 2010 para o Salão Internacional de Humor de Paraguaçu Paulista, no estado de São Paulo. Este desenho vem trazer a nossa memória os crimes que tem sidos cometidos contra o meio ambiente, o que poderá causar a extinção de muitas espécies.

A

credito que já nasci com os lápis nas mãos! Gosto de desenhar desde muito pequeno. Lembro-me que ainda com meus 04 ou 05 anos de idade já fazia meus primeiros rabiscos numa calçada que havia em frente à casa de meus pais. Nesta época, como ainda não estava na escola e não possuía nenhum lápis, fazia meus desenhos com carvão ou pedaços de tijolos utilizados em construção. Na minha família tenho outros irmãos que também tem o talento pro desenho, mas fui o único que nunca parou de fazer seus rabiscos. Desde muito pequeno vivo fazendo meus desenhos, por todo lado, em qualquer suporte que encontre pela frente. Na escola passava boa parte do tempo desenhando nas bordas dos cadernos ou até mesmo em folhas inteiras. Sou autodidata e nunca freqüentei nenhum curso sobre desenho ou pintura. A prática diária e a observação me ensinaram o que faço hoje. Um artista nunca deve achar que já sabe tudo, e sim buscar aprender coisas novas, novas técnicas, novos estilos e formas de se expressar. Por muito tempo fiz meus desenhos sem muito propósito ou um objetivo determinado. Já tive o sonho de me tornar um pintor ou ilustrador de livros infantis. Não posso dizer que praticamente desisti deste sonhos, principalmente de ilustrar livros para crianças, mas desde 2007 me dedico exclusivamente a fazer desenhos voltados pro humor gráfico, sejam cartuns, charges ou caricaturas. Minhas grandes influências são: Ziraldo, Loredano, Dalcío Machado, o espanhol Miguelanxo Prado, e principalmente o mexicano Angel Boligán, um dos cartunistas mais premiados em todo mundo. Para aqueles que também gostam de desenhar e querem se dedicar a isso, posso dizer que nunca devem desistir. Praticar muito é um grande aprendizado. Procure ser observador, aprenda novas técnicas, aprenda com outros artistas e desenhistas. Fazer um curso na área é bom, pois terá oportunidade de adquirir conhecimento técnico e acesso as novas tecnologias. O desenho para mim, principalmente o cartum, é uma forma de expressão, onde procuro trazer o riso, mas também a reflexão.

Programação Dominical Se tem algo difícil de fazer no domingo é ficar em casa assistindo TV, principalmente os canais abertos. Não tenho nada contra quem gosta da programação, mas chega a causar irritação e sono. Este desenho tem o intuito de mostrar quanta coisa de baixa qualidade vem sendo produzida no cenário nacional.


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ARTE URBANA

Movimento

Hip Hop

“O hip hop (também referido como hip-hop) é uma cultura artística que iniciou-se durante a década de 1970 nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afroamericanas da cidade de Nova Iorque. Afrika Bambaataa, reconhecido como o criador oficial do movimento, estabeleceu quatro pilares essenciais na cultura hip hop: o rap, o DJing, a breakdance e a escrita do grafite.”


Grafite

Dj Operador de discos, que faz bases e colagens rítmicas sobre as quais se articulam os outros elementos, hoje o DJ é considerado um músico, após a introdução dos scratches de GradMixer DST na canção “Rock it” de Herbie Hancock, que representa um incremento da composição e não somente um efeito. O breakbeat é a criação de uma batida em cima de composições já existentes, uma espécie de loop. Seu criador DJ Kool Herc desenvolveu esta técnica possibilitando B.Boys a dançarem e MCs a cantarem. O Beat-Juggling já é a criação de composições as pelos DJ nos tocadiscos, com discos e canções diferentes. Há diversos tipos de DJs: o DJ de grupo, de baile/festas/aniversários/eventos em geral e o DJ de competição. Este por sua vez, faz da técnica e criatividade, os elementos essências para despertar e prender a atenção do público. Um DJ de competição é um DJ que desenvolve e realiza apresentações contendo scratchs, batidas e até frases recortadas de diferentes discos (samples). Esses DJs competem entre si usando todo e qualquer trecho musical de um vinil.

MC Mestre de Cerimônia, é o porta-voz que relata, através de articulações de rimas, os problemas, carências e experiências em geral dos guetos. Não só descreve, também lança mensagens de alerta e orientação, o MC tem como principal função animar uma festa e contribuir com as pessoas para se divertirem.

Break Dance Break Dance (B-boying, Popping e Locking), por convenção, chama-se todas essas danças de Break Dance. Apesar de terem a mesma origem, são de lugares distintos e por isso apresentam influências das mais variadas. Desde o início da década de 1960, quando a onda de música negra assolou os Estados Unidos, a população das grandes cidades sentia uma maior proximidade com estes artistas, principalmente por sua maneira verdadeira de demonstrar a alma em suas canções. As gangues da época usavam o break para disputar território, a gangue que se destacava melhor era a que comandava o território.A dança é inspirada nos movimentos da guerra.


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DESIGN

Web Design Uma página web consiste na informação que deseja transmitir. Ou em uma perspectiva diferente uma página web pode ser comparada com a pagina de um livro.

O

web design pode ser visto como uma extensão da prática do design, onde o foco do projeto é a criação de web sites e documentos disponíveis no ambiente da web. O web design tende à multidisciplinaridade, uma vez que a construção de páginas web requer subsídios de diversas áreas técnicas, além do designpropriamente dito. Áreas como a arquitetura da informação, programação, usabilidade, acessibilidade entre outros. A preocupação fundamental do web designer é agregar os conceitos de usabilidade com o planejamento da interface, garantindo que o usuário final atinja seus objetivos de forma agradável e intuitiva.


Vantagens da Web A internet se tornou a maior ferramenta de marketing do mundo, e também a mais acessível. Tudo isso se deve ao seu alcance de grande parcela da população mundial acarretada pela suadinamização e disseminação crescentes no planeta. A tendência do mercado atual é que cada vez mais as empresas, necessitarem de um segundo endereço, o virtual. De modo que divulguem seu conteúdo para se sobreporem ao seu concorrente que possivelmente já têm sua página na internet. Um endereço virtual gera publicidade e credibilidade por parte do internauta e consumidor. Os benefícios de se ter uma identidade virtual são vários. Podemos apontar como os principais o fato que a internet é o meio que passa as devidas informações de maneira rápida e objetiva. Gerando um grande segmento sobre o cartão de visitas sem haver pressão sobre o cliente.

Torna a relação mais amigável com o consumidor, por diminuir significativamente as necessidades de inconveniências inerentes às outras formas de divulgação como: Telemarketing, Panfletos, Correspondência e Outdoor que causam poluição visual e ambiental. Desse modo, esclarece mais que todos os meios anteriores citados e com mais elegância se for contratado o profissional correto para direcioná-lo devidamente. E o custo com a mão de obra e matéria prima são muito menores, pois, precisam contar com inúmeros profissionais e/ou despesas de impressão altíssimas devido à demanda comercial. Outra vantagem que leva sobre as outras formas de anúncios, é que pode ser acessado a qualquer hora e lugar que tenha internet, tornando mais conveniente e as propostas oferecidas sendo analisadas com mais peculiaridade e calma.

Profissão Promissora Com a modernidade em relação à informática em crescente avanço, muitas empresas estão precisando cada vez mais de pessoas capacitadas para realizar serviços e atendimentos em geral. Pessoas com capacitação profissional estão cada vez mais escassas, e complicadas de se encontrar. O curso de Informática hoje em dia, está cada vez sendo mais procurado. O profissional capacitado que saiba trabalhar e desenvolver aplicativos em Softwares, tem o salario mensal de R$ 4.000,00. Esse serviço é cada vez mais requisitado, a Internet gira em torno disso.

A capacitação leva em torno de 1 a 2 anos para ser concluída. A pessoa que não saiba nada em relação a desenvolvimento Web, depois de um curto período de tempo, pode sair com um emprego e com bom salário, dependendo da empresa onde se realiza o seu curso. Como hoje, transações comerciais via Internet atingem 55%, essa profissão pode ser considerada promissora tanto para o presente quanto para o futuro. Com um investimento mínimo, que pode ser feito hoje, seu retorno, futuramente, será bem grande, além de estar fazendo algo que realmente se gosta.


FOTOGRAFIA

Fotografar

Aprenda a em lições

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7

Por Claudia Regina

São 7 lições que cobrem todos os aspectos iniciais da técnica de fotografar: o que é exposição, profundidade de campo, os três pilares da exposição (velocidade, abertura e ISO), entre outros.

Quem deve ler?

Quem está começando. Esse conteúdo é simplificado ao máximo para melhor entendimento de quem resolveu começar a fotografar agora. Se você já conhece a fotografia vai achar básico demais. Não falei neste material sobre coisas mais intermediárias sobre equipamentos, cartão cinza ou contas complexas para determinar o melhor foco da lente. Deixo isso para quem quiser pesquisar mais além. Repito: este é um guia para quem está começando e quer entender sem complicações os conceitos básicos da fotografia.

O que você vai precisar?

Para seguir estas lições é imprescindível ter uma câmera com controles Manuais (M). As câmeras que não possuem controle manual selecionam todos os itens automaticamente – não deixando nenhum espaço para a sua criatividade. Também é importante que você tenha o manual da sua câmera para saber sempre como editar as configurações mostradas. Como a nomenclatura é basicamente a mesma independente do fabricante do seu equipamento qualquer dúvida está a um item do sumário de ser resolvida.

Hoje iniciaremos as lições e as próximas estarão nas edições futuras da Soul Brasil.

Foco e Profundidade de campo

Esses dois itens definem a nitidez da nossa imagem: onde fica essa nitidez (foco)? Quantas partes da foto ficarão nítidas (profundidade de campo)? Todo mundo conhece o foco. Quando tiramos uma foto queremos que nosso destaque, esteja nítido e visível.

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Foco O foco pode ser manual ou automático. Manualmente você gira o anel da sua lente. Para se ter certeza de que está focado, basta precionar o botão do obturador no meio toque, a câmera dará um bip. Nas lentes automáticas você pressiona o botão do obturador somente um pouco (meio-toque) e a câmera irá fazer o foco automaticamente.

Profundidade de campo A profundidade de campo define o quanto os objetos “próximos” do objeto que você decidiu ser o foco estarão focados também. Vamos passar a chamá-la de “DOF”, pois é mais curto. DOF vem de “Depth of field”, profundidade de campo em inglês.

DOF Maior: quer dizer que tanto os objetos à frente do escolhido

DOF Menor: que os objetos à frente e atrás do

como o ponto focal quanto os que estão atrás também ficarão com

objeto escolhido como o ponto focal ficarão sem foco.

um bom foco.

Fatores que influenciam a profundidade de campo Como controlamos a pronfundidade de campo? Abertura: Quanto maior a abertura, menor o DOF e vice-e-versa. Proximidade com o objeto: Quanto mais próximo do objeto você estiver, menor o DOF e vice-e-versa Distância focal: Quanto maior a distância focal (“zoom”), menor o DOF e vice-e-versa. Falaremos mais sobre Distância Focal na próxima lição. Fundo desfocado graças à utilização de uma abertura F1.8


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TECNOLOGIA

Terceira geração de SSDs Por Luciana Porfírio

Intel SSD 320 Series oferece versão com até 600 GB de capacidade

A

Intel anuncia a chegada da terceira geração do Disco de Estado Sólido Intel (SSD), a Intel Solid-State Drive 320 Series (Intel SSD 320 Series). Baseado na memória NAND flash de 25 nanômetros, o Intel SSD 320 substitui o Intel X25M SATA SSD. Segundo a empresa, o novo Intel SSD 320 oferece melhor desempenho e características de segurança especialmente projetadas. Indicado para uso em desktops e notebooks, o dispositivo é voltado para consumidores co nvencionais, TI corporativa ou entusiastas de PCs que desejam uma melhoria substancial de desempenho em relação aos discos rígidos convencionais (HDDs). Segundo a Intel, um SSD é mais resistente, consome menos energia e reduz os gargalos de leitura e gravação de dados para acelerar processos no PC, como a inicialização e a abertura de arquivos ou aplicativos. A atualização de um HDD para um Intel SSD pode proporcionar aos usuários melhoria de 66% no tempo de resposta geral do sistema. O Intel SSD 320 Series oferece versões com 40, 80, 120 e as novas versões de alta capacidade com 300 e 600 GB. O dispositivo utiliza a interface SATA II de 3 Gbps para permitir uma atualização de SSD para mais de um bilhão de PCs com a SATA II em uso em todo o mundo. Oferecendo alto desempenho em velocidade de leitura e gravação, o Intel SSD 320 produz até 39.500 operações de leitura aleatória de entrada/saída por segundo (IOPS) e gravação aleatória com 23.000 IOPS em seus discos de maior capacidade. Além disso, a Intel mais que dobrou a velocidade de gravação sequencial da sua segunda geração para 220 MB/s e ainda mantém uma das maiores taxas de leitura com até 270 MB/s de leitura sequencial, o que melhora as capacidades multitarefa do usuário. Por exemplo, um usuário pode reproduzir uma música de fundo ou baixar um vídeo enquanto trabalha em um documento sem que ele perceba uma redução de velocidade.


Computadores em forma de prancheta são uma das novas tendências da tecnologia pessoal

TABLET

Por André Cardozo

Que bicho é esse?

O

s tablets foram apresentados ao mundo no início de 2010 e, com o lançamento do iPad, ganharam força e prometem ser uma das principais tendências da tecnologia pessoal para os próximos anos. Mas afinal, o que é um tablet e o que você pode fazer com ele? Confira a seguir as respostas para essas e outras perguntas sobre tablets. O que é um tablet? Um tablet é um computador em forma de prancheta eletrônica, sem teclado e com tela sensível ao toque. Para ter uma idéia de como é um, basta pensar em um “iPhone gigante”, com tela entre 7 e 10 polegadas. Todos os tablets já vem com conexão Wi-Fi e alguns também usam conexão 3G. Já posso comprar um tablet? Sim. No Brasil há dois modelos distribuídos oficialmente, o Galaxy Tab, da Samsung e o iPad da Apple. Fora esses, há dezenas de modelos “genéricos” disponíveis em sites de comércio eletrônico. Qual o preço? No Brasil, os preços começam na faixa de R$ 1.600. Nos Estados Unidos, o iPad mais barato custa US$ 500. Quem fabrica? Por enquanto, Apple, Samsung, Motorola, Dell e Asus são alguns dos nomes mais famosos. A HP terá seu tablet até junho de 2011. O que posso fazer com ele? O principal foco dos tablets está

no acesso à internet. Navegação na web, e-mail e leitura e edição de documentos simples são algumas das principais atividades que podem ser feitas com eles. Além disso, é possível assistir a vídeos, ver fotos e ouvir músicas. Devido a limitações de poder de processamento e interface, não é viável trabalhar com programas pesados, como o Photoshop ou abrir arquivos pesados de aplicativos como Word, Excel e PowerPoint. Outro grande apelo dos tablets são os aplicativos. Esses programas permitem acessar notícias e redes sociais em uma interface mais confortável, entre outras tarefas. Há aplicativos para as mais diversas funções, desde simuladores de guitarra e bateria até programas para ensino de química e biologia. O iPad, da Apple, é o tablet que tem o maior número de aplicativos. Quais os sistemas usados? No momento, são basicamente cinco. A aposta da Microsoft é o Windows 7, que está em alguns tablets da HP e da Asus voltados prin-

cipalmente para uso em empresas. O segundo sistema é o Android, do Google, baseado em Linux. Ele está em tablets da Motorola, da Samsung e da Dell, entre outros fabricantes. Além desses, há o iOS, usado no iPad, da Apple. O quarto concorrente de peso é o webOS. Ele será usado nos tablets da HP, que chegam ao mercado em junho de 2011. A RIM, fabricante dos celulares BlackBerry, também tem um sistema próprio. Ele é usado no Playbook, tablet que chega aos Estados Unidos em abril de 2011. Além desses, há muitas variações do sistema Linux criadas por cada fabricante. Os tablets são similares aos ereaders ? No tamanho, sim. Mas as semelhanças param por aí. As telas dos tablets são coloridas e sensíveis ao toque, enquanto as dos e-readers são monocromáticas e não respondem à pressão dos dedos. E-readers servem exclusivamente para ler jornais, livros e revistas, enquanto tablets possuem outras funções.


Iniciando sua carreira de multiprofissional

Jéssica Senhorini

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PORTIFÓLIO


E

la sempre foi amante das artes. Desde pequena adorava ouvir música e desenhar. No ensino médio deixou os desenhos para se empenhar nos estudos e trabalho, mas a música continuou em seu caminho. Teve suas primeiras bandas, se formou e continuou trabalhando. De certo modo o emprego formal a atrapalhou a seguir estudando, não havia tempo. Na primeira oportunidade que teve se jogou novamente nos estudos. E viu no design gráfico a possibilidade de continuar o que já era presente em sua vida como profissão. Hoje ela cursa o segundo módulo do Técnico em Comunicação Visual na instituição Senai. Paralelamente Jéssica continua com a música. Integra a Electra Lee, banda de mpb, onde canta, compõe

e toca violão. Com certeza este é seu maior prazer e refúgio. Em grande parte de suas composições escreve sobre o amor, que poderia ser clichê se no mundo este sentimento fosse demasiado o que na verdade, não é. Por isso ela continua escrevendo, independente da forma de amor. Por viver esta grande expressão cognitiva, Senhorini relaciona música com as peças gráficas que compõe, assim como grandes artistas já fizeram, tais como Kandinsky e Paul Klee. É o início de sua trajetória e muito aprendizado ainda virá, contudo ao existir a relação entre música e design gráfico podemos prever onde ela irá chegar. Nas próximas páginas veremos sobre a JJ Produções empresa que Jéssica faz parte.

Fundo - Composição II Trabalho individual onde foram propostos 5 retângulos. Há simetria em cada um deles separadamente, mas não no conjunto todo. E a harmonia é presente na junção de todos eles.

Postal Este trabalho foi feito em grupo. Tivemos que criar um cliente e realizar toda a composição da foto. Claramente nos inpiramos em uma padaria. Assino a fotografia e a criação desta peça gráfica.


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PORTIFÓLIO

Uma tacada de mestre! Duas irmãs com talento duplo. A música e o design gráfico andam juntos desta vez. Elas mostram como desenvolveram a identidade visual de sua banda relacionando-a as mudanças sofridas com o tempo.

A

JJ Produções nasceu da idéia de duas irmãs quase gêmeas, digo isso porque apesar da grande diferença de idade (11 anos) os gostos e ideais das duas são muito parecidos. A mais velha, Joice, Técnica em Design Gráfico formada pelo SENAI, com 15 anos de carreira e a mais nova Jéssica seguindo os passos da irmã estudando o mesmo curso. É importante dizer, que além de técnicas em design as irmãs em questão possuem outro trabalho, Jéssica como vocalista, compositora e violonista e Joice como empresária da banda Electra Lee. Já que possuíam o mesmo gosto pelas artes gráficas e precisavam suprir a necessidade visual comunicativa da banda resolveram unir a experiência de uma com a vontade da outra. A partir daí foi um pulo para darem início aos trabalhos da JJ Produções. Por enquanto, o material elaborado pela JJ se resume a toda comunicação visual da banda Electra Lee desde a criação do Logotipo a uma identidade visual diferenciada. A diferença é que grande parte do material de trabalho da banda é voltado para a web, mas alguns itens não poderiam deixar de ser impressos tais como: cartão de visitas, contratos, banner, e flyers impressos (para eventos de maior porte). Desta forma, a harmonia dos elementos visuais da banda está presente do impresso à web, é o que veremos agora.

Primeira Logo Electra era uma banda de pop rock, formada por quatro meninos e uma menina, todos por volta de seus 16 anos. Bateria, baixo, duas guitarras e voz faziam o casamento perfeito. Quatro elementos unidos por uma voz. Dessa ligação veio a idéia do símbolo. Uma elipse envolvendo outras quatro. As cores o preto e o branco, para caracterizar o estilo musical. E a tipografia, com detalhes arredondados para enfatizar a presença de uma mulher.

Primeira mudança A passagem por outros estilos, mudança e acréscimo de alguns integrantes fizeram o logotipo ganhar cores. Agora o funk e outros estilos mais dançantes estariam presentes no repertório da Electra Lee.


Logo atual Por fim, a mudança radical. A presença feminina tomou mais lugares sobre o palco, duas mulheres e um baterista. Guitarra, violão, bateria e voz. Somando com o tipo de música, que da mesma forma sofreu transformação para MPB, forró e samba rock, basicamente. Mesmo com a evolução das cores o logotipo anterior não conseguia traduzir este fato, então foi necessário alterar tipografia e cores novamente.

Aplicações do logotipo Como citado antes veremos a aplicação deste logotipo nos diferentes meios de comunicação que a banda possui. Respectivamente da esquerda para a direita: Banner de porta, cartão de visitas e flyer de internet. É possível

ver de forma nítida a harmonia entre eles. Caso queiram acompanhar o trabalho desenvolvido pela banda, podem acessar qualquer site de relacionamento e procurar o nome da manda ou www.palcomp3.com.br/electralee.


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PROCESSOS DE IMPRESSÃO

Digital, e AGORA? Por Luciana Porfírio

Especialistas e empresários da área gráfica dão importantes dicas para quem quer tirar o máximo proveito dos equipamentos digitais.

A

pontada como uma área promissora, a impressão digital tem conquistado um número significativo de empresários da área gráfica que veem na tecnologia uma possibilidade de ampliação dos negócios. E eles estão certos. Nunca antes o mercado gráfico esteve tão perto de seu consumidor final através de impressos com pequenas tiragens, livros sob demanda, dados variáveis, fotobooks, entre outras inúmeras oportunidades. Porém, nem todas as empresas que apostaram nesse segmento estão preparadas para tirar o máximo proveito de seu equipamento. E por que isso acontece? Para o consultor Hamilton Terni Costa, muitos empresários pecam ao não investir em um bom plano de negócio e de marketing. “As máquinas digitais são cada vez mais específicas para o que se vai fazer, mas antes é necessário entender bem o negócio, as linhas de faturamento, os tipos de clientes e como será a venda”, explica. Hamilton considera que a área gráfica precisa começar imediatamente a pensar em negócios e se capacitar para geri-los.

E o gerenciamento de uma gráfica engloba uma importante etapa: definição de custos. Segundo o diretor setorial do Grupo Empresarial de Impressão Digital (GE-DIGI) da Associação Brasileira da Indústria Gráfica-Regional São Paulo (Abigraf-SP), Flavio Tomaz Medeiros, o empresário deve relacionar todos os custos possíveis em uma planilha e buscar informações precisas sobre os equipamentos, como confiabilidade, assistência técnica, disponibilidade de peças, qualidade de impressão, opções de acabamento, entre outros, além de pensar bem antes de formular o preço de venda. “A impressora digital faz muitas paradas para manutenção, a exigência de qualidade está cada vez maior e isso demanda perda de tempo para calibragem. Em geral o custo de peças e manutenção é maior que a parcela do financiamento”, afirma Flavio. O executivo, que também é diretor comercial da Fast Print, oferece outra dica importante: pesquisar se o mercado em que a gráfica atua hoje consome serviços digitais, pois é mais fácil ofertar e fechar negócios com os clientes que já se relacionam.

HP Indigo 3050


Impressão Offset TABLET Que bicho é esse? Por André Cardozo

Se ainda não sabe, agora é a hora de aprender sobre um dos processos de impressão mais utilizados.

É um dos sistemas mais utilizados pelas gráficas, devido à alta qualidade e ao baixo custo que oferece, principalmente para grandes quantidades. É um sistema de impressão indireto, conforme a palavra original inglesa, baseado na repulsão tinta-água. Os processos de impressão exigem a confecção de fotolitos e as subseqüentes chapas de impressão (direto para o filme). Atualmente, existe também o offset digital, que dispensa o uso dos fotolitos, também chamado de processo direto para a chapa (direct to plate ou computer to plate). O sistema offset permite o uso de várias cores, retículas uniformes ou variáveis, de modo que as cópias obtidas podem ser de alta qualidade. As máquinas offset podem ser planas ou rotativas, sendo que as rotativas servem para grandes tiragens (geralmente acima de 20.000 cópias) e as planas para menores tiragens. As impressoras podem variar o número de tintas que imprimem simultaneamente: existem impressoras offset que imprimem apenas uma cor e aquelas que im-

primem até dez cores automaticamente (ciano, magenta, amarelo, preto e mais seis cores especiais). permite aos usuários do iPhone ou Apple iPad acessarem o status de seus trabalhos de impressão e também o acesso à informação sobre a produtividade da gráfica. “Estamos felizes que a estratégia da digi:media esteja focada na importância da comunicação da impressão com os diferentes canais de mídias disponíveis, o que possibilita à feira oferecer uma plataforma comum de soluções para ‘print buyers’ – clientes - e provedores de serviços gráficos. É por isso que optamos pela digi:media para mostrar a nossa ampla gama de soluções para este segmento. O evento também marca o início da colaboração com o nosso novo parceiro de sistema de impressão digital Ricoh. Pela primeira vez, apresentaremos publicamente a combinação de nosso portfólio de tecnologia de impressão digital e offset”, disse o CEO da Heidelberg, Bernhard Schreier.


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PROCESSOS DE IMPRESSÃO

A arte da

Serigrafia

Aprenda um pouco mais sobre esta técnica.

É

um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada. A tela (Matriz serigráfica), normalmente de poliéster ou nylon, é esticada em um bastidor (quadro) de madeira, alumínio ou aço. A “gravação” da tela se dá pelo processo de fotosensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotosensível é colocada sobre umfotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotosensível que foi exposta a luz. É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.), espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas). A serigrafia caracteriza-se como um dos processos da gravura, determinado de gravura planográfica. A palavra planográfica, pretende enfatizar que não há realização de sulcos e cortes com retirada de matéria da matriz. O processo se dá no plano, ou seja na superfície da tela serigráfica, que é sensibilizada por processos fotosensibilizantes e químicos. O princípio básico da serigrafia é relacionado freqüentemente ao mesmo princípio do estêncil, uma espécie de máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato (suporte).

Tela de serigrafia O termo serigrafia (serigraph, em inglês) é creditado a Anthony Velonis, que influenciado por Carl Zigrosser, crítico, editor e nos anos 1940, curador de gravuras do Philadelphia Museum of Art, propôs a palavra serigraph (em inglês), do grego sericos (seda), e graphos (escrever), para modificar os aspectos comerciais associados ao processo, distinguindo o trabalho de criação realizado por um artista dos trabalhos destinadas ao uso comercial, industrial ou puramente reprodutivo. Velonis também escreveu um livro em 1939, intitulado Silk Screen Technique (New York: Creative Crafts Press, 1939) que foi usado como “how-to” manual de outras divisões de posters. Ele viajou extensivamente orientando os artistas da FAP sobre a técnica da serigrafia.




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