Edição Especial
Michael
Phelps
tempestades de ouro
Deus é mais
Expedie nte Editor Chefe: Leo Oliveira Direção geral: Rangel Sales Projeto Gráfico e diagramação: Leo Oliveira Capa: Leo Oliveira Colaboradores: Samuel Rodrigues, Rafael Mairynk, Marcelo Cruz e Helenito Costa Apoio: João Francisco e Elizabeth Souza
Agradecimentos: Aos Colaboradores, ao diretor geral, à Com. alter Christus e Minst. Deus é Solução!
Tipografia
A
«Célula Tipográfica»
em Vitória Há cinco anos, pesquisadores,
A Célula Tipográfica, coordenada por Sandra Medeiros, é um núcleo de estudos em Tipogra-
tipógrafos e estudantes,
fia, Imagem e Edição. A denominação — Cé-
reunidos na Célula
dade reunindo pessoas com os mesmos ideais
Tipográfica, movimentam o Centro de Artes da UFES.
lula Tipográfica — levou em consideração a concepção do núcleo como uma pequena unide prática e pesquisa, principalmente em torno da letra, na sua forma caligráfica, na sólida (os tipos móveis) e na digital (fontes). A Célula pretende fomentar produção, pesquisa, maior integração entre disciplinas de diferentes cursos, e o intercâmbio dentro e fora do país, reunindo pouco a pouco os apaixona-
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Creazione
Tipografia dos pela tipografia semi-artesanal, mecânica e digital, além de apaixonados por ilustração e pela edição de livros, revistas, jornais e vídeos, utilizando o experimental como primeira etapa para alcançar a alta qualidade. A primeira pesquisa registrada pela coordenação da Célula aborda a Tipografia no Espírito Santo a partir de informações históricas e de levantamento sistemático de maquinário e estabelecimentos voltados a esta prática, no Estado. Além disso a Célula organiza eventos, também visando integração e aperfeiçoamento. O mais recente foi o I Seminário Nacional de Ilustração e Design Editorial, que colocou em cena profissionais do quilate de Trimano, Chico Caruso, Tide Hellmeister, Lula Palomanes, Cavalcante, Walter Vasconcelos, Rubem Grilo, Guilherme Mansur, Liberati, Joyc Brandão, Attílio Colnago, Gilbert Chaudanne e Ilvan. Um sucesso que alcançou grande repercussão. Mais informações: http://celula-tipografica.blogspot.com/ww
Creazione
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Embalagem
consumo , Design de embalagem, Público infantil Cada vez mais inseridas na cultura do consumo, as crianças representam um mercado consumidor significativo às empresas. O design de embalagem tem a importante função de dialogar com esse público, aproximando-o das grandes corporações, através da utilização de elementos presentes no universo infantil. Segundo o censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2006), crianças de 0 a 14 anos representam mais de 50 milhões de brasileiros, quase 30% da população do país. 78% das crianças nesta faixa etária vivem nas cidades, portanto mais próximas aos bens de consumo industrializados, o que representa um mercado significativo para a economia nacional. A cifra que representa o tamanho do mercado infa ntil no Brasil é a de U$$ 50 bilhões por ano, o que demonstra a importância da criança no contexto econômico nacional. Observações de diversos autores atestam que o público infantil
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Creazione
Embalagem atinge cada vez mais rápido a maturidade (incluindo consciência de consumo), tornando-se seletivo em relação às marcas que consome. A cultura do consumo, transmitida às crianças, que passa a ser entendida como um crescente mercado consumidor, estimula a compra e a posse como fonte de status. Para tornar-se mercado consumidor, segundo Pecora (1998), o segmento criança precisa preencher alguns requisitos, como o tamanho, a habilidade para comprar, o desejo ou necessidade por um produto, a autoridade para adquirir um produto específico, um entendimento do que é dinheiro, e a disposição para partilhar seu dinheiro. Assim, as crianças menores passam a ter também produtos televisivos, brinquedos, alimentos, todos dirigidos especificamente a elas. Segundo Peter e Olson (1999), a criança possui processos cognitivos bastante diferentes dos adultos em relação à memória, percepção, raciocínio etc. Através do consumo, a criança enxerga o seu espaço, a sua tribo, e entende a segregação social imposta pelo mundo imediatista do consumo, criando um novo conceito na construção da identidade social. Comida transformada em brincadeira Personagens e mascotes, bem como indivíduos não-fictícios, como ícones do esporte e estrelas de filmes, são utilizados nas embalagens infantis. Através da personificação imediata, são diretamente orientados à criança e seu mundo, gerando na criança a absorção das características do indivíduo representado.
Creazione
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Fotografia
Desconhecidos Íntimos:
O imaginário do fotógrafo
``lambe-lambe``
O fotógrafo lambe-lambe é um profissional em extinção; desenvolve uma atividade que foi superada pela facilidade tecnológica e pela pressa imposta pelo tempo de novas velocidades.
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Ao que tudo indica, o nome lambe-lambe foi
O historiador Boris Kossoy, em seu pio-
sugerido por um gesto bastante incomum no
neiro ensaio sobre o tema, publicado em
exercício da profissão, isto é, o teste que se
1974 no Suplemento Literário do jornal O
faz para verificar de que lado está a emulsão
Estado de São Paulo, “O Fotógrafo Ambu-
de uma chapa, filme ou papel sensível.
lante - a história da fotografia nas praças
Para evitar o erro de colocar a chapa com
de São Paulo”, explica que “a origem do
a emulsão voltada para o fundo do chassi o
termo lambe-lambe é controvertida. Se-
que deixaria fora do plano focal e, portanto
gundo alguns lambia-se a placa de vidro
com falta de nitidez, costumava-se, não só o
para saber qual era o lado da emulsão o
fotógrafo lambe-lambe, mas como qualquer
que explicaria o nome. Tal fato, porém,
outro fotógrafo que utilizava câmeras de
parece pouco viável, pois o simples tato,
grande formato, molhar cwwwom saliva
ou a observação da chapa em local escuro
a ponta do indicador e do polegar e fazer
mostra qual o lado da película sensível.
pressão com esses dois dedos sobre a su-
Há quem diga que se lambia a chapa para
perfície do material sensível num dos cantos
fixá-la, porém a origem mais viável parece
para evitar manchas. O lado em que estiver
estar ligada ainda ao antigo processo da
a emulsão será identificado ao produzir uma
ferrotipia*. Este processo envolvia uma ca-
leve impressão de “colagem” no dedo.
mada de asfalto sobre uma chapa de ferro
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Fotografia
de mais ou menos 1 mm sobre a qual era aplicada a emulsão. Após a revelação com sulfato de ferro, o fotógrafo lambia a chapa, fazendo com que a imagem se destacasse do fundo preto asfáltico pela ação do cloreto de sódio existente na saliva”. Acreditamos mais na idéia de que foi o gesto, mágico e furtivo do fotógrafo de jardim, que para identificar a emulsão, impressionava tanto os populares que nada conheciam sobre a arte da luz e sombra, é que acabou dando o nome de lambelambe para essa atividade profissional. Lembrá-lo neste trabalho tem o sabor de tentar recuperar imagens e histórias que hoje fornecem uma infinidade de informações de ordem estética, antropológica, cultural e social.
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Fotografia deste país, destacamos o tempo como uma das variáveis fundamentais para a compreensão da fotografia. Por isso entendemos que, tal qual registrou o fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson: “de todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de fazê-las voltar outra vez. Não podemos revelar ou copiar uma memória”. Constatamos e entendemos que toda referência fotográfica, apoiada em outras fontes de documentação, contém preciosas informações e, cada vez mais, assume relevante papel na análise e contextualização da história contemporânea. Jacques Le Goff lembra que “a fotografia (...) revoluciona a memória: multiplica-a e democratiza-a, dá-lhe uma precisão e uma verdade visuais nunca antes atingidas, permitindo assim guardar a memória do tempo e da evolução cronológica”. A fotografia sabemos, causou, indiscutivelmente, o maior impacto na história das iconografias do século XIX, e provocou uma verdadeira revolução na questão da representação. O confronto entre o sujeito e o mundo, intermediado por uma prótese, estranha e revolucionária, propiciou um resultado imagético - a fotografia - que além de extraordinário potencial estético, conduz à conscientização e à reflexão. Antes de iniciar nossa aventura pelo reconhecimento do trabalho do lambe-lambe, fotógrafo quase sempre anônimo, popular e intuitivo, que desenvolveu suas atividades profissionais em Praças e Jardins Públicos
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Creazione
Criação e Design
A origem de uma marca Nenhuma marca simboliza mais a eficiência e competitividade alemã nos esportes que a ADIDAS.
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se ao negócio em 1924. Sendo um vendedor treinado, Rudolf era responsável principalmente por tarefas administrativas, enquanto Adolf concentrava-se no desenvolvimento e na produção. Os irmãos fundaram a “Dassler sport shoes” (Fábrica de Calçados Esportivos dos Irmãos Dassler) em 1924, inicialmente empregando 12 trabalhadores. Trabalhando dia e noite em sua oficina ampliada, os irmãos e seus funcionários conseguiam produzir 50 calçados por dia. Em 1925, Dassler obteve
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Atletas no pódio. Quebras de recordes. Limites
suas primeiras patentes: uma para um calça-
superados. Vitórias. Dificilmente em alguma
do de corridas com travas forjadas a mão, e
dessas situações esportivas as singelas “três
outra para uma chuteira de futebol com botões
listras” não estiveram presentes.
de couro rebitados. Tudo motivado pela idéia
História
que o guiou durante toda sua vida: a de que cada atleta tivesse o sapato adequado para o esporte que praticava. O sucesso do modelo
As origens da marca datam do século 20,
serviu de incentivo para Adi Dassler, que logo
quando Adolph Dassler iniciou um pequeno
desenvolveu sapatos para outras modalidades
negócio, na cidade alemã de Herzogenaurach,
do atletismo e chuteiras para futebolistas. Uti-
no coração da Francônia, ao norte de Nürem-
lizava sua própria experiência e a ajuda de
berg, produzindo malas militares e calçados
atletas e técnicos para desenvolver e projetar
para sustentar a família. Mas o jovem fanático
seus sapatos.
por esportes precisaria ser muito criativo para
Já em 1928 os esportistas alemães disputaram
trabalhar nos difíceis anos do pós-guerra, sem
a Olimpíada de Amsterdã calçando sapatos
dispor de máquinas, eletricidade ou materiais
especiais da oficina dos irmãos Dassler. Na
adequados. Inicialmente, o negócio era pare-
década de 30, a oficina produzia 30 modelos
cido com o de qualquer outro sapateiro, mas
para 11 disciplinas esportivas, incluindo patins,
ele nunca desistiu de seu sonho e da paixão
com a ajuda de 100 funcionários. Nos Jogos
por desenvolver calçados especificamente
Olímpicos de Los Angeles, em 1932, o alemão
para o esporte. Após um período difícil de infla-
Arthur Jonath tornou-se o primeiro atleta a gan-
ção e desemprego, seu irmão, Rudolf, juntou-
har uma medalha usando calçados Dassler,
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Criação e Design Rudi fundou a Puma. Adi criou a ADIDAS com apenas 47 funcionários. A marca foi registrada somente em 18 de agosto de 1949. O nome deriva de “ADI”, apelido de Adolph, e “DAS” iniciais de seu sobrenome Dassler. A busca por uma imagem que chamasse a atenção, para tornar seus calçados mais reconhecidos à distância, culminou com o famoso design das três listras, que foram acrescentadas como marca registrada no ano seguinte, surgindo assim um dos logotipos mais famosos do mundo. A conquista do Campeonato Mundial de Futebol de 1954 pela Alemanha selou definitivamente o sucesso da tendo conquistado o bronze nos 100 metros
ADIDAS. Em 2005 a ADIDAS deu um grande
rasos – o endosso que faltava para os irmãos
passo para tentar recuperar o mercado mun-
empreendedores. Nas Olimpíadas de 1936,
dial de equipamentos esportivos ao comprar a
em Berlim, atletas usando calçados Dassler
inglesa Reebok por US$ 3.5 bilhões. No ano
conquistaram nada menos que 40 medalhas
seguinte executou outra manobra ousada ao
de ouro, incluindo quatro do lendário atleta
pagar cerca de US$ 400 milhões para ser pa-
americano negro Jesse Owens. O ódio de
trocinadora oficial da liga de basquete ameri-
Adolf Hitler foi tanto que, assim que a Segunda
cana (NBA).
Guerra Mundial começou, mandou confiscar a fábrica dos irmãos. Com o país em escombros após o conflito, os irmãos retomam o controle de seus negócios. Neste período, encontraram enormes dificuldades para manter o negócio. A matéria-prima era escassa e eles tiveram que recolher dos escombros da guerra a lona e a borracha usadas de vasilhames pelos americanos para armazenar combustível para fabricação de seus calçados. Foi neste momento que os irmãos resolvem seguir caminhos distintos.
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Sinalização
O Processo do Design de Sinalização Considerando o briefing, a especificação do projeto e do produto, a interdisciplinaridade, a administração dos projetos e a metodologia adotada no design desinalização, no sentido de detectar mudanças no seu desenvolvimento.Peter Phillips, em seu livro “Creating the Perfect Design Brief” publicado em 2004, apresenta a questão do design brief a partir de sua experiência de trinta anos como designer e consultor de empresas. Quem define o brief-
O objetivo deste capítulo é apresentar o processo de design aplicado ao design de sinalização.
ing do projeto? Segundo Phillips, as áreas de marketing ou engenharia das empresas em
os do produto. Nesta definição incluem-se tam-
geral definem o que deve ser produzido ou pro-
bém os fabricantes do produto. Distingue assim
jetado, considerando os designers contratados
o design estratégico, do design operacional.
como meros executores de suas idéias ou um
Enquanto no design estratégico a forma segue
serviço “decorativo” de suas idéias.Sendo um
o que se quer comunicar: a forma segue a men-
documento gerado de comum acordo entre o
sagem; no design operacional as questões rela-
cliente e o designer, o briefing do projeto deve
tivas ao desempenho, às características práti-
conter informações básicas.
cooperacionais são enfatizadas: a forma segue
Estes conceitos genéricos podem ser aplica-
a função (MAGALHÃES, 1994). No design de
dos a projetos de design de qualquer natur-
sinalização, o processo de design apresenta
eza. Segundo Magalhães (1994), “o processo
características próprias, pois não se trata de um
de design deve ser capaz de definir requisitos
produto único, e sim de um sistema, composto
do novo produto (ou projeto) a partir de dados
por vários sub-sistemas com necessidades es-
oriundos de um contexto mais amplo, onde o
pecíficas.As características do design de sinal-
design se insere.”.Ainda segundo Magalhães
ização determinam a aplicação de um modelo
(1994), design estratégico contempla não só
híbrido: onde por um lado as questões técnico-
os usuários, mas a sociedade como beneficiári-
operacionais são fundamentais (solução de
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Creazione
Sinalização
problemas físicos, desenvolver corretamente o produto, ênfase nas necessidades do usuário) por outro lado as questões simbólicas também são enfatizadas (a ação desde o início participando da conceituação, a interdisciplinaridade, ênfase nas necessidades e desejos do beneficiário, posicionamento psicológico através da especificação dos atributos físicos Os aspectos do briefing relatados
neste
capítulo
como a visão do produto e a experiência, a categorização, o público alvo, e os objetivos do negócio e estratégias são tópicos que serão abordados na pesquisa de campo, com o objetivo de verificar as mudanças ocorridas no design de sinalização no contexto da especificação do projeto.
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Portifólio
GÊNIO
DOS
Brasileiros na vanguarda do design internacional Fios emaranhados ou entrelaçados dos mais variados materiais, como algodão, plástico, cobre etc., retalhos coloridos e estampas em formas exuberantes transformam uma cadeira numa obra de arte. 16
Creazione
Muito além da beleza plástica, suas peças materializam o gênio inventivo, explosivo, inquieto, o espírito imaginativo do nosso tempo e povo. Como escreve Maria Helena Estrada no livro Campanas: “Fernando e Humberto andam pela cidade, são atraídos por vendedores de rua e por lojinhas de bric-a-brac, tiram do cotidiano popular a inspiração para suas criações, percorrem o mundo e retornam para o campo, para Brotas, a cidadezinha onde cresceram. Esse ir e vir constante traz como resultado uma obra de matriz brasileira e expressão universal”. Conhecidos internacionalmente como Irmãos Campana, Fernando e Humberto nasceram no interior paulista. O Estúdio Campana surgiu há 21 anos. Humberto, formado em Direito, criava
Portifólio peças, objetos e algum mobiliário e Fernando, arquiteto, foi trabalhar com o irmão. As criações falam e calam aqueles que as contemplam. Quando o “boom” aconteceu? Em 1994, na exposição no MOMA – Museu de Arte Moderna de Nova Iorque –, com curadoria de Paola Antonelli, inesquecível no cenário do design do Brasil e irreversível no do planeta. Mais do que talento, eles tiveram coragem. Enquanto o design internacional caminhava para a industrialização, Fernando e Humberto seguiram noutra vertente, resgatando as mãos dos artesãos, tecendo novas e exuberantes superfícies e dando outro rumo à expressão contemporânea chamada design. Uma novidade de múltiplas sonoridades e formatos surpreendentes estava reservada para o Natal de 2005. São os sinos criados com os mestres vidreiros da Venini. O resultado pode ser visto até 18 de dezembro na Moss Galery, em Nova York, numa instalação que ocupa uma parede de 18 m de extensão por 3,5 m de altura. Nela, 175 sinos de cristal de altura máxima de 70 cm se sustentam numa trama de cordas de cânhamo. Um braço de corda pendente permite que os visitantes façam soar a instalação. Cada uma das peças é numerada e assinada – Campane di Campana; Venini per Moss, 2005. Os preços vão de US$ 1.600 a US$ 9.000. Os Campanas estão com a Zona D desde o primeiro dia, quando a loja da Al. Gabriel Monteiro da Silva, 147, abriu suas portas para o público. Fernando e Humberto criaram com exclusividade a bandeja Ameba para a Zonazero – fábrica de design assinado criada em 2002 por Andréa Elage. Se você quiser ver toda a linha Ninho e outras peças da dupla, visite um dos três endereços da Zona D e não deixe de acessar o www.campanas.com.br.
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Papel
papéis especiais
Apesar da diversidade de papéis especiais disponíveis para impressoras. Existe uma ampla variedade para atender às necessidades de cada usuário de computador.
Nas duas últimas décadas, o papel passou por algumas transformações. Quase todos os principais dispositivos de impressão atuais usam algum tipo de papel comum em bandejas fáceis de carregar.
Você também pode economizar, usando os novos papéis especiais em todos os tipos de impressão que antes precisavam ser executados em impressoras profissionais. (É claro que, antes de experimentar, consulte a compatibilidade do papel no manual da impressora.) A seguir, é apresentado um resumo sobre papéis que incentivarão sua criatividade.
Papel Fotográfico: Semelhante ao papel utilizado por reveladores de filme, o papel fotográfico é projetado especificamente para produzir imagens com muitas cores e de alta qualidade, difíceis de distinguir das fotografias reveladas tradicionalmente. Muitos papéis fotográficos HP são fornecidos com opção de acabamento fosco ou brilhante e vários tamanhos, incluindo o prático 4 x 6 para impressões diárias acessíveis e papéis de tamanho grande no formato de retrato para ampliações com qualidade de estúdio.
Papel brilhante: O papel brilhante produz cores vibrantes, mas é suscetível a marcas de dedos. Esse papel possui superfície brilhante e revestida em um ou nos dois lados; sendo ideal para impressões com brilho. Em brochuras, folhetos, capas de relatórios
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Creazione
Papel
e apresentações especiais, o papel brilhante produz imagens coloridas e textos nítidos, iguais aos da impressão profissional. A linha de papéis HP para brochuras e folhetos é fornecida em vários tamanhos para atender a todas as suas
sanato confeccionados especialmente
necessidades de impressão.
para impressoras, como vegetal e per-
Transparências:
gaminho, folhas para impressão em
Adesivos e etiquetas estão disponíveis
tecidos como feltro e lonas, Mylar para
para cartas, pastas, disquetes, CDs e
impressão, plástico para embalagens
tudo mais que você possa imaginar.
e adesivos de janela, tornando o mun-
Você pode usar fontes, imagens e
do da impressão praticamente ilimita-
cores para personalizá-los. Adesivos
do. Novamente, lembre-se de verificar
reaproveitáveis permitem flexibilidade
a compatibilidade com sua impressora
criativa ainda maior.
ao usar papéis especiais. Se não o fiz-
Papéis para artesanato:
er, poderá causar atolamento de papel
Os papéis especiais oferecem várias
e outros problemas
possibilidades ao artesão. Os transfers iron-on HP facilitam a criação de suas próprias camisetas, almofadas com fotos e muito mais. Ou apresente sua mensagem de forma bem clara com o papel HP para faixas. Também estão disponíveis papéis para arte-
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Processos Gráficos
Processo de Impressão A utilização de cada um vai depender de al-
cos. Sendo um processo rotativo contínuo,
guns fatores, tais como: a qualidade estética
permite altas velocidades de impressão, o
final do material impresso, a resistência do
que popularizou o seu uso.
material, a tiragem etc. O sistema OFFSET
A utilização de uma blanqueta para atran-
é um dos mais utilizados pelas gráficas,
ferência da tinta possibilita o uso dos mais
devido à alta qualidade e ao baixo custo
diferents tipos de superfícies de papel. O
que oferece, principalmente para grandes
uso de chapas metálicas , ao contrário das
quantidades. É um sistema de impressão
pedras na litografia, garantiu ao offset tira-
indireto, conforme a palavra original ingle-
gens muito elevadas.
sa, baseado na repulsão tinta-água.
O offset foi descoberto casualmente pelo
O offset é o resultado da evolução da lito-
norte-americano Rubel em 1904, quando
grafia, resolvendo os seus problemas bási-
admirado, observou a nitidez do repinte no verso de uma folha de papel produzida pelo
Existem vários processos de impressão, cada um mais adequado ao tipo de aplicação: offset, flexografia,serigrafia, tipografia,hotstamp, impressões digitais, etc. 20
Creazione
padrão de borracha de uma impressora litográfica, quando inadvertidamente rodou a máquina sem papel. Antes de iniciar o processo de impressão, foram elaborados os fotolitos e as subseqüentes chapas de impressão. Atualmente, existe um sistema que dispensa o uso dos fotolitos, também chamado de processo “direct to plate” (direto na chapa). Já a FLEXOGRAFIA é um processo bastante voltado para a impressão de materiais contínuos, como etiquetas em bobinal. A impressão é feita por uma matriz de material sintético flexível
Processos Gráficos
Existem também a FLEXOGRAFIA, a SERIGRAFIA (silk screen), a TIPOGRAFIA, o HOT-STAMP (estampa quente) etc.Além de todos estes processos deimpressão, mais recentemente têm sido utilizadas as impressoras offset digitais, dispendando o uso de fotolitos em copiadoras coloridas (parapequenas tiragens até 200 cópias), plotters (para impressão de grandes formatos).
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Processos Gráficos
Gráfica Digital, E-Book e o futuro
digital
A produção digital em várias áreas vem avançando a passos largos. A impressão digital continua aumentando sua participação de mercado na indústria gráfica a uma taxa de crescimento bastante acelerada, criando novas aplicações e conquistando receitas que antes eram oriundas de outras tecnologias principalmente offset. Hoje esta tecnologia já está bastante difundida, na produção de livros, revistas, impressos promocionais de baixa tiragem, bem como na área de dados variáveis, também em embalagens como cartuchos, rótulos autoadesivos, e outros produtos impressos. Cada vez mais, as gráficas tradicionais que militam nestes setores agregam às suas máquinas tradicionais, equipamento digital. Não só na impressão, mas principalmente na criação de impressos e na pré-impressão, a tecnologia digital hoje domina o mercado. Para isso entram em campo os sistemas JDF (Adobe), por exemplo, que estão em franco desenvolvimento com a ajuda do protocolo CIP4.
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Creazione
Miguel Arcanjo